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Introdução A obesidade é um fator predisponente para diversas enfermidades, tais como: câncer, calculose biliar, doenças respiratórias e ósteo-articulares , hipertensão arterial,dislipidemia, resistência à insulina, diabetes, além de estar associada a efeito negativo na saúde reprodutiva.Existe também uma considerável morbidez psicológica que está relacionada à discriminação do indivíduo obeso,favorecendo o aparecimento de quadros depressivos que culminam com a redução da auto-estima, das perspectivas de relacionamento social. Todos estes aspectos psico-emocionais podem ser identificados como causadores ou retroalimentadores de sua condição de obeso juntamente com uma condição clínica e educacional alterada.O tratamento da obesidade é de suma importância e deve objetivar a melhoria do bem-estar e da saúde metabólica do indivíduo, reduzindo significativamente os riscos de morbimortalidade . Para tanto, o indivíduo obeso deve ser avaliado profundamente, em relação a erros alimentares, práticas de atividade física, presença de sintomas depressivos e de complicações ou doenças associadas à obesidade .A implementação de um plano dietoterápico hipo-energético aliado ao aumento da atividade física e educação nutricional constituem o tratamento convencional da obesidade. O insucesso dessas medidas, principalmente quanto à manutenção dos resultados, tem enfatizado a necessidade de recursos terapêuticos

Introdução diabetes de mellitos

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introdução sobre o diabetes tipo melitos

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Page 1: Introdução diabetes de mellitos

Introdução

A obesidade é um fator predisponente para diversas enfermidades, tais como:

câncer, calculose biliar, doenças respiratórias e ósteo-articulares , hipertensão

arterial,dislipidemia, resistência à insulina, diabetes, além de estar associada a

efeito negativo na saúde reprodutiva.Existe também uma considerável

morbidez psicológica que está relacionada à discriminação do indivíduo

obeso,favorecendo o aparecimento de quadros depressivos que culminam com

a redução da auto-estima, das perspectivas de relacionamento social. Todos

estes aspectos psico-emocionais podem ser identificados como causadores ou

retroalimentadores de sua condição de obeso juntamente com uma condição

clínica e educacional alterada.O tratamento da obesidade é de suma

importância e deve objetivar a melhoria do bem-estar e da saúde metabólica do

indivíduo, reduzindo significativamente os riscos de morbimortalidade . Para

tanto, o indivíduo obeso deve ser avaliado profundamente, em relação a erros

alimentares, práticas de atividade física, presença de sintomas depressivos e

de complicações ou doenças associadas à obesidade .A implementação de um

plano dietoterápico hipo-energético aliado ao aumento da atividade física e

educação nutricional constituem o tratamento convencional da obesidade. O

insucesso dessas medidas, principalmente quanto à manutenção dos

resultados, tem enfatizado a necessidade de recursos terapêuticos

coadjuvantes que favoreçam o balanço energético pretendido. Tais recursos

correspondem principalmente à farmacoterapia e à cirurgia bariátrica

O tratamento farmacológico da obesidade poderá ser indicado quando o

indivíduo possuir um Índice de Massa Corpórea (IMC) > 30 kg/m ou IMC > 25

kg/m associado a doenças relacionadas ao excesso de peso, em situações nas

quais o tratamento com dieta, exercício ou aumento da

atividade física e modificações comportamentais não obtêm resultados

satisfatórios e significantes.

Page 2: Introdução diabetes de mellitos

Evidências científicas demonstram que o sucesso no tratamento da obesidade

está associado a perdas ponderais na ordem de 5% a 10%. Tal emagrecimento

pode melhorar significativamente os níveis de pressão arterial, o número de

apnéias e hipopnéias durante o sono e o controle do diabetes e da dislipidemia.

Da mesma forma, o tratamento da obesidade associado à farmacoterapia terá

a mesma meta para perda ponderal e parâmetros metabólicos.É imprescindível

o conhecimento das propriedades e limitações dos medicamentos utilizados

para esse fim com o intuito de esclarecer os profissionais não médicos, como

os nutricionistas, o papel coadjuvante dessas medicações. Não devem existir

preconceitos, com relação ao uso da terapia medicamentosa aprovada pelos

organismos institucionais. Da mesma forma, a informação deve atingir não

apenas àqueles que prescrevem a medicação, mas todos que trabalham com o

manejo da obesidade e enfrentam as dificuldades para atingir um bom nível de

adesão ao tratamento.

Nos doentes com obesidade mórbida o balão intragástrico (BIG) pode ser uma

ponte para a cirurgia ou uma terapêutica temporária nos não candidatos à

mesma.

O QUE É OBESIDADE E EXCESSO DE PESO?

A obesidade e o excesso de peso são definidos como acúmulo anormal ou

excessivo de gordura no corpo que pode ser prejudicial à saúde.

Índice de massa corporal (IMC) peso em quilos dividido pelo quadrado da

altura em metros (kg/m2) é uma indicação simples da relação entre peso e

altura que é comumente usado para identificar sobrepeso e obesidade em

adultos, tanto individual e da população.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define:

Um adulto que tem IMC entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso.

Page 3: Introdução diabetes de mellitos

Um adulto que tem um IMC de 30 ou mais é considerado obeso.

É importante lembrar que, embora o IMC se correlacione com a quantidade de

gordura corporal, o IMC não mede diretamente a gordura corporal. Como

resultado, algumas pessoas, como atletas, pode ter um IMC que os identifique

com excesso de peso, apesar de não ter excesso de gordura corporal.

Outros métodos de estimativa da gordura corporal e distribuição da gordura

corporal incluem medidas de dobras cutâneas e da circunferência abdominal e

do pescoço, e técnicas como a ultra-sonografia, tomografia computadoriza da e

ressonância magnética.

Resultados

OS DADOS SOBRE OBESIDADE E SOBREPESO

Segundo dados da OMS, o aumento da incidência da obesidade está

ocorrendo em ambos os sexos e independente da classe social e nível cultural.

Porém, com maior prevalência do sexo feminino.

As últimas estimativas da OMS indicam que em 2005 havia em todo o mundo

cerca de 1 bilhões de adultos (>15 anos de idade)estavam com sobrepeso.

Pelo menos 400 milhões de adultos eram obesos.

Além disso, a OMS estima que até 2015, aproximadamente 2,3 bilhões de

adultos terão excesso de peso e mais de 700 milhões serão obesos.

Em 2005, existiam em todo o mundo, pelo menos, 20 milhões de crianças

menores de 5 anos estão com sobrepeso.

Page 4: Introdução diabetes de mellitos

Uma vez considerado um problema apenas dos países de renda elevada,

sobrepeso e obesidade estão a aumentar dramaticamente nos países de

rendimentos baixos e médios, especialmente em áreas urbanas

A causa fundamental da obesidade e do sobrepeso é um desequilíbrio entre

ingestão e gastos de calorias.

O aumento global da prevalência de sobrepeso e obesidade são atribuíveis a

vários fatores, dentre os quais:

A mudança global na alimentação, com tendência para aumentar a

ingestão de calorias, com alimentos ricos em gordura e açúcares e

pobres em vitaminas, minerais e outros micronutrientes.

A tendência para a inatividade física, devido à natureza de cada vez

mais a população estar sedentário, devido às mudanças nos transportes

e a urbanização crescente, dentre outras.

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS COMUNS DO SOBREPESO E OBESIDADE

PARA A SAÚDE?

Sobrepeso e obesidade conduzem a conseqüências graves para a saúde, tais

como:

As doenças cardiovasculares (principalmente a doença cardíaca e

acidente vascular cerebral), que são a principal causa de morte no

mundo, com 17 milhões de mortes anualmente.

Diabetes, que rapidamente se tornou uma epidemia global. A OMS

estima que as mortes por diabetes aumentem em todo o mundo em

mais de 50 % nos próximos 10 anos.

Doenças músculo-esqueléticas, especialmente a osteoartrite.

Alguns cânceres como: de mama, endométrio e cólon.

Page 5: Introdução diabetes de mellitos

Doenças Respiratórias, a apneia obstrutiva do sono compreende

episódios de obstrução total (apneia) ou parcial (hipopneia) da via aérea

durante o sono, sendo o sobrepeso um importante fator de risco para

essa condição.

Doenças do Trato Digestório: Doenças da vesícula biliar

(colecistopatias) Pancreatite aguda; Doença hepática gordurosa não

alcoólica; Doenças Psiquiátricas.

Neoplasias.

Osteoartrose.

Osteoartrose.

Outras Doenças Associadas à Obesidade:

Além das doenças acima, uma série de outras doenças, que podem acometer

qualquer órgão ou sistema, foi reconhecida como associada ao aumento de

peso. Podem ser citadas a:

Doença do refluxo gastroesofágico, a asma brônquica, insuficiência renal

crônica, infertilidade masculina e feminina, disfunção erétil, síndrome dos

ovários policísticos, veias varicosas e doença hemorroidária, hipertensão

intracraniana idiopática (pseudotumor cerebri), disfunção cognitiva e demência.

Além da maior presença de doenças, a obesidade perturba o diagnóstico e o

tratamento devido à dificuldade oferecida a alguns procedimentos e limitação

técnica de alguns equipamentos para esses pacientes.

COMO REDUZIR O FARDO DA OBESIDADE E DO EXCESSO DE PESO?

Obesidade, sobrepeso e as doenças relacionadas são largamente evitáveis.

No nível individual, as pessoas podem:

Atingir o equilíbrio de energia e um peso saudável.

Page 6: Introdução diabetes de mellitos

Reduzir a ingestão de calorias provenientes de gordura e de mudanças

no consumo de gorduras saturadas para gorduras insaturadas.

Aumentar o consumo de frutas, verduras, legumes, grãos integrais e

nozes.

Reduzir a ingestão de açúcares.

Aumento da atividade física (pelo menos 30 minutos de atividade física

regular de intensidade moderada na maioria dos dias). Para reduzir o

peso pode ser necessária mais atividade e uma alimentação equilibrada

e saudável.

Outras atitudes importantes para prevenir e diminuir o sobrepeso e a obesidade

Casa

Reduza o tempo gasto assistindo televisão e

em outros comportamentos sedentários

Criar rotinas de atividade física regular em casa

Escolas

Certifique-se que o café da manhã e merenda

escolar cumprem as normas de nutrição (no

caso das crianças e adolescentes)

Oferecer opções de alimentos pobres em

gordura, calorias e açúcares adicionados

Fornecer a todas as crianças, educação física

de qualidade diariamente.

Trabalho Criar oportunidades para a atividade física nos

locais de trabalho.

Comunidade

Promover escolhas saudáveis, incluindo pelo

menos cinco porções de frutas e legumes por

dia.

Incentivar a indústria alimentar para reduzir o

tamanho das porções e teor de gordura, açúcar

Page 7: Introdução diabetes de mellitos

e sal nos alimentos processados, para

aumentar a introdução de soluções inovadoras,

saudáveis e nutritivos, comprando sempre

tamanhos menores.

Estabelecimentos de alimentos devem ser

incentivados a aumentar a disponibilidade de

alimentos de baixa caloria e nutritivos.

Criar oportunidades para a atividade física nas

comunidades.

Tabela. 1 Comportamento físico e alimentar.

Obesidade e o impacto na Sociedade

Os inibidores de apetite reduzem, em média, apenas 10% do peso corporal dos

pacientes. Portanto, ninguém tem a inocência de pegar um obeso mórbido e

tratar com medicamentos anorexígenos. Mas são medicamentos que tem a sua

importância, o impacto da obesidade na saúde pública é enorme, pois está

entre as principais causas da diabetes, do câncer e da hipertensão arterial,

entre outras enfermidades.”( Paulo Giorelli )

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

O tratamento farmacológico da obesidade poderá ser indicado quando o

indivíduo possuir um índice de Massa Corpórea (IMC) maior igual a 30 kg /m2

ou o IMC maior igual a 25 kg/m2 associados a doenças relacionadas ao

excesso de peso, em situações nas quais o tratamento com a dieta, exercícios

físicos e mudanças do estilo de vida não obtêm resultados satisfatórios.

(FORTES, et al ,2006.) Por isso a dispensação desse medicamento só será

feita mediante receita médica,a qual fica retida em farmácia tendo assim o

paciente que procurar o médico de dois em dois meses já que cada caixa de

medicamento vem com 60 cápsulas. Essa forma de dispensação faz mais

restrita o seu uso podendo assim ser vendido apenas para obesos, que

Page 8: Introdução diabetes de mellitos

provavelmente não tiveram resultados em perca de peso com o tratamento

convencional. É importante ressaltar que o tratamento farmacológico só atingirá

seu resultado se a pessoa fizer uma dieta balanceada prescrita por nutricionista

e fizer exercício físico direcionado. Algumas literaturas defendem seu uso

outras acreditam que o resultado esperado não é satisfatório, mais isso não é

válido para todos deve se avaliar que cada pessoa reage de uma maneira e

que cada pessoa atingirá uma perca de peso diferente.

MEDICAMENTOS NO BRASIL

Atualmente os medicamentos classificados como anti- obesidade liberados no

Brasil pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) são: Orlistat e

Sibutramina como primeira linha de tratamento, pois outros medicamentos

como: Fluoxetina (antidepressivo), Topiramato( anti-convulssante), Metformina(

tratamento de Diabets) são considerados medicamentos com efeito secundário

já que estes não são próprios para o tratamento da obesidade,mais foi

comprovado que uns dos efeitos colaterais nas pessoas que os tomava era a

perca de peso o que se torna um beneficio para pessoas obesas. Também usa

se o Picolinato de cromo como inibidor do hábito de comer doces mais ainda

faz se necessários mais estudos a cerca desses medicamentos. (TAMINATO,

2010)

ORLISTAT

Um derivado hidrogenado da lipstina sintetizado quimicamente age por inibição

parcial das atividades das lípases gástricas, pancreáticas e carboxil- Ester no

trato gastro intestinal, reduzindo a hidrólise das triglicérides ingerida e

impedindo a absorção de aproximadamente 30% de gordura dietária ingerida.

(HALPERN, et al ,2000.) ou seja o Orlistat inibe a absorção de gorduras

adipogênicas faz com haja a eliminação de gorduras que engordam ao invés

de armazenar. .

Page 9: Introdução diabetes de mellitos

Eficácia comprovada: A equipe de Hollander, et al, 1998,

realizou um estudo multicêntrico, randomizado por 57

semanas duplo-cego controlado por placebo, que avaliou o

impacto da administração do Orlistat na perda de peso e

controle glicêmico, e os níveis séricos em pacientes obesos

portadores de diabetes tipo 2 em uso de medicações a

base de sulfoniluréias. Foi administrado 120mg de Orlistat

ou placebo via oral, três vezes ao dia com uma dieta

moderamente hipocalórica em 391 homens e mulheres

obesos com Diabetes tipo 2 estáveis e sob uso de

sulfoniluréias orais. Alterações no peso corporal, controle

glicêmico e os níveis de lipídeos e tolerabilidade da droga

foram medidos. Após 1 ano de tratamento, o grupo que

recebeu Orlistat perdeu 6,2 ± 0,45% de seu peso corporal

inicial e 4,3 ± 0,49% no grupo placebo (P < 0,001). O dobro

de muitos pacientes recebendo Orlistat (49 vs 23%) perdeu

≥ 5% do peso corporal inicial (P < 0,001). O tratamento

com Orlistat mais a dieta em comparação com o placebo

mais a dieta foi associada à melhora significativa do

controle glicêmico, como refletido na diminuição da HbA1c

(P < 0,001) e glicemia de jejum (P < 0,001) e em reduções

de dosagem de medicamentos orais sulfoniluréia (P <

0,01). O tratamento com Orlistat também resultou em

melhorias significativamente maiores do que o placebo em

vários parâmetros lipídicos, ou seja, maiores reduções nos

níveis de colesterol total, (P < 0,001), colesterol LDL (P <

0,001), triglicerídeos (P < 0,05), apolipoproteína B (P <

0,001) e a proporção de colesterol LDL para HDL (P <

0,001). Os níveis de vitaminas liposolúveis permaneceram

dentro do limite normal de referência e poucos pacientes

necessitaram de suplementação. (FARIA,et al 2010).

Os efeitos adversos desse medicamento mais frequentes são: Diarreia,

flatulências, dores abdominais. Quanto mais gordura, o individuo comer maior

Page 10: Introdução diabetes de mellitos

será o risco de uma diarreia brusca, fazendo assim com que o individuo

diminua seu hábito de comer alimentos gordurosos.(FARIA,et al 2010).

ESTRUTURA QUÍMICA DO ORLISTAT

Seu nome químico: (S)-((S)-1-((2S,3S)-3-hexyl-4-oxooxetan-2-yl)tridecan-2-yl)

2- formamido-4-methylpentanoate.

Figura. 1 Estrutura química do Orlistat

SIBUTRAMINA

A sibutramina é classificada terapeuticamente como um anorexígeno sendo

indicada para o tratamento de obesidade e redução de peso corpóreo, em

conjunto com dieta e exercícios físicos. Sua atividade esperada é a perca de

peso conseguida através da inibição da recaptação de serotonina e de

noradrenalina. O mecanismo de ação por inibição da recaptação por duas vias

resulta na diminuição do peso corporal diminuindo a ingestão de alimentos

mediante a intensificação da saciedade. (DIEFENBACH, 2007).

Segundo a autora a sibutramina age no sistema nervoso central, inibindo o

sistema regulador de fome e aumentando a saciedade

(sensação de estômago cheio) fazendo o individuo ter menos fome e comer

menos.

Sobre seu risco de desenvolver doenças cardiovasculares foi realizado um

estudo assim que a sibutramina foi liberada onde constatou um índice de 16%

Page 11: Introdução diabetes de mellitos

de cardiopatias não fatais. Entretanto todas as pessoas envolvidas nessa

pesquisa já possiam alguma cardiopatia, então nota-se que o risco é baixo em

relação ao seu uso, já que esses pacientes não poderiam estar tomando esse

medicamento justamente por já terem alguma cardiopatia. (TAMINATO, 2010.)

É importante ressaltar que a sibutramina não pode ser indicada por portadores

de doenças cardiovasculares, portadores de enfermidades mentais, acidente

vascular cerebral e hipertensão arterial descontrolada. (FORTES et al ,2006).

A perca de peso estimado é de 9 a 12 kg do peso inicial mais isso depende de

cada organismo de como a pessoa reage ao tratamento. Nota-se que o

tratamento isolado com sibutramina não é tão eficaz com obesos do tipo 2, tipo

3 e mórbido já que reduziria pouco o IMC , entretanto ainda é indicada por

evidenciar melhoras nas comorbidades.(TAMINATO,2010).

Os efeitos adversos mais frequentes da sibutramina encontrados em estudos

clínicos ocorreu no inicio do tratamento. Sendo eles secura na boca, pressão

alta, fadiga, taquicardia, dores de cabeça, insônia. (DIEFENBACH, 2007).

Lembrando que cada pessoa reage diferente ao tratamento depende de cada

organismo.

Em resumo os estudos clínicos realizados com o tratamento apresentaram

perca de peso satisfatório e riscos de baixo nível. Ressaltando que estudos

científicos compravam que esse medicamento de ação central não causa

dependência. (TAMINATO, 2010.)

ESTRUTURA QUÍMICA DA SIBUTRAMINA

A estrutura química da Sibutramina (Figura 2) é ciclobutanometamina(USP

DI ,2005.).Seus nomes químicos são cloridrato de N-(1-[-(4-clorofenil)ciclobutil]-

3-metilbutil)-N,N-dimetilamina monoidratado.

Page 12: Introdução diabetes de mellitos

Figura 2. Estrutura química do cloridrato de sibutramina.

Interações Medicamentosas de Sibutramina

Substâncias de ação sobre o SNC: o uso de cloridrato de Sibutramina

monoidratado concomitantemente com outras drogas de ação no SNC,

particularmente agentes serotoninérgicos, não foi sistematicamente avaliado.É

aconselhável cautela se cloridrato de sibutramina monoidratado for

administrado com outras drogas de ação central( ver contraindicações e

Advertências).

- Inibidores da monoaminooxidase (IMAOs):o uso concomitante de cloridrato

de Sibutramina monoidratado com inibidores da monoaminooxidase (IMAOs) é

contraindicado.Deve haver um intervalo mínino de 2 semanas após interrupção

dos IMAOs antes de iniciar o tratamento com cloridrato de

Sibutraminamonoidratado ( ver contraindicações).

Efeitos Colaterais de Sibutramina

Reações durante Estudos Clínicos: a maior parte dos efeitos colaterais

relatados ocorreu no início do tratamento com sibutramina (durante as

primeiras quatro semanas). Sua gravidade e frequências diminuíram no

decorrer do tempo. Os efeitos, em geral, não foram graves, não levaram a

descontinuação do tratamento e foram reversíveis. Os efeitos colaterais

Page 13: Introdução diabetes de mellitos

observados nos estudos clínicos de fase II/III são relacionados a seguir por

órgãos/sistema (muito comuns maior que 1/10; comuns menor ou igual 1/10 e

maior 1/100).

Sistema Frequência Efeitos indesejáveis

Sistema

cardiovascular

Comuns Taquicardia, palpitações, aumento da pressão

arterial/hipertensão, vasodilatação (ondas de

calor)

Sistema

gastrintestinal

Muito comuns Constipação

Comuns Náuseas, piora da hemorroida

Sistema nervoso

central

Muito comuns Boca seca, insônia

Comuns Delírios, parestesia, cefaleia, ansiedade

Pele Comuns Sudorese

Funções Comuns Alterações do paladar

Apresentação de Sibutramina

FORMA FARMÊUTICA E APRESENTAÇÕES

Cápsula - Embalagens contendo 10 ou 30 cápsulas de 10 mg ou 15 mg.

USO ADULTO - USO ORAL

COMPOSIÇÕES

Cada cápsula de 10 mg contém:

cloridrato de Sibutramina

monoidratado....................................................................10 mg

(equivalente a 8,37 mg de Sibutramina).

excipiente: celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio e

lactose monoidratada.

Page 14: Introdução diabetes de mellitos

Cada cápsula de 15 mg contém:

cloridrato de Sibutramina

monoidratado....................................................................15mg

(equivalente a 12,55 mg de Sibutramina).

excipiente: celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio e

lactose monoidratada.

Posologia de Sibutramina

A dose inicial recomendada é de 1 cápsula de 10 mg por dia, pela manhã, com

ou sem alimentação. Se o paciente não perder pelo menos 2 kg nas primeiras

4 semanas de tratamento, o médico deve considerar a reavaliação do

tratamento, que pode incluir um aumento da dose para 15 mg ou a

descontinuação da Sibutramina.

No caso de titulação da dose, deve-se levar em consideração os índices de

variação da frequência cardíaca e da pressão arterial.

Doses acima de 15 mg ao dia não são recomendadas.

O uso da Sibutramina. demostrou ser seguro e efetivo por 24 meses em

estudos dulo-cego placebo controlados.

No caso de esquecimento de uma dose, cápsula deve ser ingerida em outro

horário do mesmo dia, sem prejuízo de tratamento.

Indicações de Sibutramina.

O Cloridrato de Sibutramina monoidratado está indicado no tratamento da

obesidade, ou quando a perda de peso está clinicamente indicada; deve ser

usado em conjunto com dieta hipocalórica e exercícios, como parte de um

programa de gerenciamento de peso, quando somente a dieta e execícios

comprovam-se ineficientes.

A Sibutramina. é recomendada para pacientes obesos com um índice de

massa corporal inicial (IMC) 30 kg/m2, ou 27 kg/m2 na presença de outros

fatores de risco (ex.: hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia.)

Contra-indicações de Sibutramina.

Page 15: Introdução diabetes de mellitos

– Cloridrato de Sibutramina. monoidratado é contra-indicado a pacientes com

história ou presença de transtornos alimentares, como bulimia e anorexia.

– Cloridrato de Sibutramina. monoidratado é contra-indicado a pacientes com

hipersensibilidade conhecida á Sibutramina. ou a qualquer outro componente

da fórmula.

– Cloridrato de Sibutramina. monoidratado é contra-indicado em caso de

conhecimento ou suspeita de gravidez e durante a lactação.

– Cloridrato de Sibutramina. monoidratado é contra-indicado a pacientes

recebendo inibidores da monoaminooxidase. É recomendado um intervalo de

pelo menos duas semanas após a interrupção dos IMAOs antes de iniciar o

tratamento com Sibutramina.

– Cloridrato de Sibutramina. monoidratado é contra-indicado a pacientes

recebendo outros medicamentos supressores do apetite de ação central.

Fluoxetina

Fluoxetina é um medicamento antidepressivo da classe dos inibidores

selectivos da recaptação da serotonina. Suas principais indicações são para

uso em depressão moderada a grave, transtorno obsessivo-compulsivo

(TCO),transtorno alimentar, transtorno do pânico e de ansiedade. É utilizado na

forma de cloridrato de Fluoxetina, como cápsulas ou em solução oral.

Foi sintetizada e comercializada pela companhia farmacêutica Eli Lilly com o

nome Prozac. Atualmente é comercializada no Brasil e em Portugal por vários

laboratórios como medicamento Genérico, estando sujeita a receita médica (ou

até mesmo a retenção da receita).

A patente da Eli Lilly sob o Prozac expirou em agosto de 2001, despertando um

influxo de genéricos ao mercado. Só nos Estados Unidos, mais de 19 milhões

de prescrições genéricas foram efetuadas em 2006, colocando-a na terceira

posição entre os antidepressivos mais receitados, após a sertralina e o

escitalopram.

Page 16: Introdução diabetes de mellitos

Precauções

Não é recomendado seu uso somente para reduzir o apetite, exceto em obesos

com transtornos de ansiedade, alimentares ou do humor. Em efeito colateral

possível em pessoas saudáveis é o aumento do apetite e do peso e

agravamento de problemas cardiovasculares, urológicos, neurológicos e

respiratórios. Entre 5 e 21 % dos pacientes são metabolizadores lentos da

fluoxetina e sofrem com efeitos colaterais mais sérios.

Reações adversas

Os efeitos colaterais mais comuns (mais de 1%):

• Insônia e /ou sonolência;

• Ansiedade e nervosismo;

• Fadiga(cansaço) e astenia(fraqueza);

• Perda ou aumento do apetite;

• Náuseas com ou sem diarreia;

• Tremores

Em geral são efeitos que surgem no início do tratamento e diminuem ou

desaparecem com o tempo.Podem ocorrer, mas não são comuns: diarreia,

secura na boca, hiperprolactinemia. Episódio maníaco(aceleração do

pensamento e impulsividade), confusão mental, ideias de suicídio,

discinesias( sensações táteis sem estímulos externos), trombocitopenias

(redução do número de plaquetas no sangue), ginecomastia(aumento dos

seios), mastodinia(dor nas mamas), dismenorreia(problema menstrual) e

sangramento vaginal.

Como a maioria dos serotoninérgicos, pode causar diminuição do desejo

sexual(libido), diminuição do prazer sexual (anorgasmia) e atraso na

ejaculação. Associação com buspirona ou bupropiona podem amenizar esses

efeitos colaterais. Caso não seja suficiente, existem diversas outras opções de

medicamentos antidepressivos.

Page 17: Introdução diabetes de mellitos

Topiramato emagrece e provoca diversos efeitos colaterais

O Topiramato é um remédio indicado para o tratamento de pessoas que sofrem

com epilepsia e crises provocadas por uma síndrome chamada Lennox-

Gastaut(síndrome epiléptica grave).Mas é verdade que esse medicamento

provoca perda de peso? Sim, o Topiramato emagrece, mas esse é apenas

mais um dos seus muitos efeitos colaterais.

O Topiramato emagrece e provoca vários outros efeitos colaterais

O Topiramato age no Sistema Nervoso Central, e um dos seus efeitos

colaterais é diminuir a sensação de fome. Naturalmente, ao sentir menos fome,

a pessoa que faz uso desse remédio come menos, e então perde peso.

Por causa desse efeito colateral o Topiramato tem sido bastante utilizado para

tratar pessoas que sofrem com obesidade e compulsão alimentar.

É verdade que o Topiramato emagrece, contudo, é preciso levar em

consideração os outros efeitos colaterais que ele provoca.

O Topiramato emagrece, mas é preciso também dieta e exercícios

O Topiramato emagrece, mas se você contar apenas com esse medicamento

para emagrecer, além de correr o risco de sofrer com os outros efeitos

colaterais, dificilmente conseguirá perder a quantidade de peso que você

deseja.

O Topiramato emagrece simplesmente porque diminui o apetite, levando a

pessoa a comer menos. Ele não ajuda o seu corpo a queimar gordura, e

também não contribui para acabar com a retenção de líquido no corpo, já que

não tem função diurética, na verdade ele dificulta o funcionamento dos rins, o

que prejudica a eliminação das toxinas e a retirada de excesso de líquido do

corpo.

Page 18: Introdução diabetes de mellitos

Recomendações importantes

• Lembre-se sempre de que não existe remédio milagroso para emagrecer

;

• Os remédios são substâncias químicas que podem provocar diversos

efeitos colaterais, portanto, prefira sempre emagrecer de maneira natural e

saudável.

• Nunca tome medicamentos por conta própria, procure sempre um

médico, afinal, um remédio que você toma para emagrecer pode provocar

efeitos colaterais perigosos, e se você não souber o que está fazendo, sua

saúde pode ser gravemente afetada.

CIRURGIA BARIÁTRICA (CIRURGIA DE REDUÇÃO DE ESTOMAGO)

Segundo estudos realizados pelo programa Bem Estar da Emissora Globo, nos

últimos cinco anos, o número de cirurgias de redução de estômago aumentou

quase 90% no Brasil. Tratasse de procedimentos que estão ficando cada vez

Page 19: Introdução diabetes de mellitos

mais acessível , onde ate mesmo pacientes de dezesseis anos têm a

oportunidade de operar pelo Sistema Único de Saúde.

Especialistas alertam que este tipo de opção só deve ser tomado em ultimo

caso. O paciente deve tentar combater a obesidade com exercícios,

reeducação alimentar, criar hábitos saudáveis de vida, e se caso em um a dois

anos não houver obtido resultado mínimo esperado, ai sim, torna-se a opção

mais viável. Devendo passar por especialistas, o sujeito será avaliado para

garantir se tem requisitos para fazer a cirurgia, como o Índice de Massa

Corporal acima de 40 ou acima de 35, com problemas associados - diabetes,

hipertensão e colesterol, por exemplo.

São muito comuns casos de pacientes ganharem peso após o procedimento.

A cirurgia é apenas o primeiro passo rumo a uma nova vida e é preciso

abandonar antigos costumes nocivos e adotar uma forma de vida mais

saudável, que inclui dieta equilibrada e a prática de exercícios. O principal fator

para ganho de peso posterior é a não adesão ao tratamento, que não se

resume apenas às cirurgias bariátricas. O tratamento deve ser multidisciplinar,

ou seja, com médico, nutricionista, psicólogo e educador físico, já que o

paciente deverá a aprender a viver de uma maneira diferente.

A escolha de qual procedimento a ser usado é uma opção do medico, ele

saberá avaliar qual o melhor procedimento para tratar a obesidade e possíveis

doenças associadas, como diabetes, sem oferecer grandes riscos ao paciente.

No Brasil existem hoje quatro técnicas regulamentadas pela Resolução nº

1.942/2010 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece normas

seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo

Page 20: Introdução diabetes de mellitos

indicações, procedimentos e equipe. Os demais procedimentos e técnicas

cirúrgicas para o controle da obesidade não apresentam indicação atual de

utilização ou ainda estão em fase de estudos.

Saiba tudo sobre o balão intragástrico

Colocando no estômago, o balão intragástrico "rouba" espaço da comida e

espanta a fome, mas está longe de ser a solução ideal para emagrecer só uns

quilinhos.

É uma alternativa que está sendo muito usada para o emagrecimento rápido é

o balão intragástrico, que custa no valor aproximadamente de 5 mil reais.

Saiba como funciona o balão intragástrico

Por meio da endoscopia, uma técnica não cirúrgica que dispensa

anestesia(basta uma leve sedação), uma esfera de silicone ainda murcha é

inserida, pela boca , no estômago. Acoplado a esse dispositivo, um cateter

serve de veículo para a mistura de soro fisiológico e azul de metileno, que vai

inflar o balão. Caso o dispositivo se rompa, a substância azulada tinge a urina e

denuncia o ocorrido, que deve ser comunicado imediatamente ao médico.

Cheio, ele ocupa de 1/3 a metade do estômago, que passa a secretar menor

quantidade de grelina, o hormônio da fome, reduzindo, assim, o apetite.Uma

microcâmera instalada na ponta do endoscópio orienta todo o procedimento,

que dura de 30 minutos a uma hora, é realizado em hospital e não requer

internação.

O prazo de validade é seis meses. Depois, o balão deve ser retirado porque os

ácidos que banham o estômago degradam o material.

Além disso, como fica em contato direto com a mucosa do órgão, pode

contribuir para o aparecimento de úlcera e gastrite. Em média, 15 % do peso é

exterminado. Ele funciona como um empurrãozinho para você aprender a

comer direito.Não interfere na absorção dos nutrientes e, como em qualquer

Page 21: Introdução diabetes de mellitos

processo de emagrecimento, não evita a perda de massa magra (com menos

músculos, o corpo fica mais flácido, sem definição). Um mês após o

procedimento, que não é coberto pelo Sistema Único de Saúde(SUS), a

atividade física está liberada. Como você elimina grande volume de líquido, a

pele pode ficar ressecada durante o período crítico, quando os efeitos adversos

são mais fortes.

Engordar para operar

Essa estratégia não é bem vista por grande parte dos especialistas. Seja por

vontade própria, seja por orientação médica, tem gente que acaba engordando

de propósito só para se enquadrar na faixa de obesidade que tem cobertura

dos planos de saúde para a cirurgia bariátrica."Eu jamais pedirei isso a um

paciente, mas, ás vezes, até mesmo por um imperativo de sobrevivência,

algumas pessoas, levadas pelas circunstâncias, acabam atingindo o peso

mínimo exigido para a operação", diz o especialista João Luiz Azevedo. Seu

colega Luiz vicente Berti também condena o esforço voluntário para

engordar:"Quem faz isso pratica uma violência contra o próprio corpo e

contribui para aumentar os riscos na hora do procedimento", alerta. Ao

contrário, você deve perder peso antes de fazer a cirurgia. E ai, sim, o balão

intragástrico funciona como uma boa terapia auxiliar.

Critérios para redução de estômago podem mudar

Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica quer incluir outras características

além do IMC para definir quem pode fazer cirurgia. Essa cirurgia pode ser

realizada pelo SUS mas demora. Atualmente, para se submeter á cirurgia de

redução de estômago obeso precisa ter um índice de massa corporal (IMC)

Page 22: Introdução diabetes de mellitos

igual ou superior a 35 e apresentar doenças associadas como o diabete ou a

hipertensão ou um IMC superior a 40, mas isso pode mudar em breve.

Sociedade lança guia para plástica após redução de estômago. A proposta

pretende "ampliar a visão do médico"e pode trazer mais flexibilidade nos

critérios estipulados. Se a modificação for colocada em prática, os obesos

precisariam corresponder a um dos três critérios (IMC ou doenças associadas

ou circunferências abdominal elevada) em vez de um só (IMC).

Os especialistas entendem como comorbidades doenças que vão de ovários

policísticos, apneia e problemas nas articulações a hipertensão e diabetes. Em

fevereiro, o FDA (agência norte-americana que regula medicamentos e

alimentos) aprovou a utilização de uma banda gástrica para reduzir o estômago

de alguns pacientes que estão apenas obesos e não na categoria obeso

mórbido, como era exigido antes.

Segundo cohen, as mudanças no protocolo estão sendo observadas pelo

Conselho Federal de Medicina . "O que estamos buscando são parâmetros

clínicos mais modernos para indicação da cirurgia bariátrica, dentre as opções

que vem sendo discutidas médica internacional", diz. Ainda não há previsão,

mas a entidade vem lutando para que os novos parâmetros sejam adotados

ainda este ano.

Page 23: Introdução diabetes de mellitos

BANDA GÁSTRICA

Este procedimento é feito de forma a colocar um dispositivo no começo do

estômago, fazendo com que essa pequena área de aproximadamente 30 ml,

seja o novo estomago. A prótese fica ligada a uma espécie de reservatório no

qual é possível injetar água destilada para apertar mais o estômago ou

esvaziar para aliviar a restrição, hoje o método de realização é através da

vídeoaloparoscopia, leva cerca de uma hora de duração, e garante a perca de

20 a 30% do peso corporal. É um método vantajoso porque é reversível, e

também permite reajuste, porém, também pode apresentar rejeição da prótese,

infecção ou mesmo uma perca de peso desconsiderável para garantir a saúde

do paciente. Não é indicada para paciente com compulsão por doces,

portadores de esofagite de refluxo e hérnia hiatal volumosa.

GASTRECTOMIA VERTICAL

Neste procedimento é removido cerca de 70 a 85% do estomago do paciente,

deixando-o como um tubo estreito de 110 ml no mesmo diâmetro do esôfago e

duodeno. Há a redução do hormônio grelina associado à fome, sem

comprometer a absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B.

Page 24: Introdução diabetes de mellitos

Leva cerca de uma a duas horas para ser realizado, procedimento utiliza a

vídeoaloparoscopia, e garante perda de 30% do peso corporal. Não é

reversível, este ligado a um risco maior de complicação. Se caso não funcionar,

pode ser transformada em Bypass Gástrico ou Derivação Bileopancreática.

BYPASS GÁSTRICO

Diminui para 10% a capacidade do estômago, restringindo a quantidade de

comida ingerida e desviando esses alimentos para a primeira porção do

intestino, chamada duodeno, até a porção intermediária do órgão, chamada

jejuno. Dessa maneira, há redução do hormônio grelina, responsável pela fome

e liberação de hormônios próprios do intestino que promovem saciedade. O

apetite do paciente é reduzido praticamente sem diarreia e desnutrição, e

doenças associadas à obesidade apresentam rápida melhora. Os riscos

incluem fístulas, embolia pulmonar e infecções. O Bypass corresponde a 75%

dos procedimentos.

DERIVAÇÃO BILEOPANCREÁTICO

É uma associação da Gastrectomia Vertical, com 85% do estômago retirado,

com desvio intestinal. Esse desvio faz com que o alimento venha por um

caminho e os sucos digestivos (bile e suco pancreático) venham por outro e se

encontrem somente a 100 cm de acabar o intestino delgado, inibindo a

absorção de calorias e nutrientes. A vantagem é que a técnica possibilita maior

ingestão de alimentos, reduz a intolerância alimentar e promove maior perda de

peso. Porém, pode ocorrer desnutrição de intensidade variável ao longo do

tempo. Diarreia, flatulência e deficiência de vitaminas também são comuns. A

Derivação Bileopancreática corresponde a 5% dos procedimentos.

Page 25: Introdução diabetes de mellitos

Considerações finais

A obesidade é uma condição clínica grave que necessita de tratamento

adequado, objetivando a manutenção de um peso saudável e redução dos

riscos à saúde. O maior desafio consiste em evitar que o paciente recupere o

peso inicial e as morbidades que o levaram a procurar um tratamento. Para

controlar a obesidade como uma condição crônica, os agentes farmacológicos,

associados ao tratamento dietético, estímulo à atividade física e à terapia

comportamental, têm sido utilizados na tentativa de melhorar a resposta dos

pacientes em longo prazo .

De acordo com Mancini (2002), em qualquer discussão sobre o uso racional de

medicamentos antiobesidade é importante entender alguns conceitos: 1º

tratamento farmacológico só se justifica em conjunção com orientação dietética

e mudanças de estilo de vida. Os agentes farmacológicos somente ajudam a

aumentar a aderência dos pacientes a mudanças nutricionais e

comportamentais; 2º o tratamento farmacológico da obesidade não cura a

obesidade, quando descontinuado, ocorre reganho de peso; 3º medicações

antiobesidade devem ser utilizadas sob supervisão médica contínua; 4º o

tratamento e a escolha medicamentosa são moldados para cada paciente. Os

riscos associados ao uso da droga devem ser avaliados em relação aos riscos

Page 26: Introdução diabetes de mellitos

da persistência da obesidade; 5º o tratamento deve ser mantido apenas

quando considerado seguro e efetivo para o paciente em questão.

O que poucas pessoas conhecem, são os efeitos, às vezes irreversíveis, que o

uso destas “drogas” pode causar. Entre eles, consideram-se os mais

freqüentes: Irritabilidade, depressão, disforia (uma mistura de humor instável,

euforia, irritação, agressividade e depressão), perda de memória, cefaléia,

confusão mental, alucinações e dependência (MANCINI et al.,2002).

A obesidade grau III é uma condição clínica grave associada a uma alta

morbidade e mortalidade, devido a várias complicações clínicas associadas.

Seguindo-se critérios de avaliação adequados, a cirurgia bariátrica passa a ser

a única intervenção eficaz, a longo prazo, no tratamento da obesidade grau III.

Pacientes com obesidade grave podem apresentar um aumento de

psicopatologia associada. Sendo assim, é de extrema importância uma

avaliação clínica e psiquiátrica criteriosa, visando a uma redução de possíveis

complicações pós-operatórias

O BIG é um método eficaz na redução de peso em indivíduos com obesidade

mórbida. As náuseas e os vómitos são as complicações mais comuns. Embora

desejável nem sempre se consegue a transposição para a cirurgia.

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