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introdução sobre o diabetes tipo melitos
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Introdução
A obesidade é um fator predisponente para diversas enfermidades, tais como:
câncer, calculose biliar, doenças respiratórias e ósteo-articulares , hipertensão
arterial,dislipidemia, resistência à insulina, diabetes, além de estar associada a
efeito negativo na saúde reprodutiva.Existe também uma considerável
morbidez psicológica que está relacionada à discriminação do indivíduo
obeso,favorecendo o aparecimento de quadros depressivos que culminam com
a redução da auto-estima, das perspectivas de relacionamento social. Todos
estes aspectos psico-emocionais podem ser identificados como causadores ou
retroalimentadores de sua condição de obeso juntamente com uma condição
clínica e educacional alterada.O tratamento da obesidade é de suma
importância e deve objetivar a melhoria do bem-estar e da saúde metabólica do
indivíduo, reduzindo significativamente os riscos de morbimortalidade . Para
tanto, o indivíduo obeso deve ser avaliado profundamente, em relação a erros
alimentares, práticas de atividade física, presença de sintomas depressivos e
de complicações ou doenças associadas à obesidade .A implementação de um
plano dietoterápico hipo-energético aliado ao aumento da atividade física e
educação nutricional constituem o tratamento convencional da obesidade. O
insucesso dessas medidas, principalmente quanto à manutenção dos
resultados, tem enfatizado a necessidade de recursos terapêuticos
coadjuvantes que favoreçam o balanço energético pretendido. Tais recursos
correspondem principalmente à farmacoterapia e à cirurgia bariátrica
O tratamento farmacológico da obesidade poderá ser indicado quando o
indivíduo possuir um Índice de Massa Corpórea (IMC) > 30 kg/m ou IMC > 25
kg/m associado a doenças relacionadas ao excesso de peso, em situações nas
quais o tratamento com dieta, exercício ou aumento da
atividade física e modificações comportamentais não obtêm resultados
satisfatórios e significantes.
Evidências científicas demonstram que o sucesso no tratamento da obesidade
está associado a perdas ponderais na ordem de 5% a 10%. Tal emagrecimento
pode melhorar significativamente os níveis de pressão arterial, o número de
apnéias e hipopnéias durante o sono e o controle do diabetes e da dislipidemia.
Da mesma forma, o tratamento da obesidade associado à farmacoterapia terá
a mesma meta para perda ponderal e parâmetros metabólicos.É imprescindível
o conhecimento das propriedades e limitações dos medicamentos utilizados
para esse fim com o intuito de esclarecer os profissionais não médicos, como
os nutricionistas, o papel coadjuvante dessas medicações. Não devem existir
preconceitos, com relação ao uso da terapia medicamentosa aprovada pelos
organismos institucionais. Da mesma forma, a informação deve atingir não
apenas àqueles que prescrevem a medicação, mas todos que trabalham com o
manejo da obesidade e enfrentam as dificuldades para atingir um bom nível de
adesão ao tratamento.
Nos doentes com obesidade mórbida o balão intragástrico (BIG) pode ser uma
ponte para a cirurgia ou uma terapêutica temporária nos não candidatos à
mesma.
O QUE É OBESIDADE E EXCESSO DE PESO?
A obesidade e o excesso de peso são definidos como acúmulo anormal ou
excessivo de gordura no corpo que pode ser prejudicial à saúde.
Índice de massa corporal (IMC) peso em quilos dividido pelo quadrado da
altura em metros (kg/m2) é uma indicação simples da relação entre peso e
altura que é comumente usado para identificar sobrepeso e obesidade em
adultos, tanto individual e da população.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define:
Um adulto que tem IMC entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso.
Um adulto que tem um IMC de 30 ou mais é considerado obeso.
É importante lembrar que, embora o IMC se correlacione com a quantidade de
gordura corporal, o IMC não mede diretamente a gordura corporal. Como
resultado, algumas pessoas, como atletas, pode ter um IMC que os identifique
com excesso de peso, apesar de não ter excesso de gordura corporal.
Outros métodos de estimativa da gordura corporal e distribuição da gordura
corporal incluem medidas de dobras cutâneas e da circunferência abdominal e
do pescoço, e técnicas como a ultra-sonografia, tomografia computadoriza da e
ressonância magnética.
Resultados
OS DADOS SOBRE OBESIDADE E SOBREPESO
Segundo dados da OMS, o aumento da incidência da obesidade está
ocorrendo em ambos os sexos e independente da classe social e nível cultural.
Porém, com maior prevalência do sexo feminino.
As últimas estimativas da OMS indicam que em 2005 havia em todo o mundo
cerca de 1 bilhões de adultos (>15 anos de idade)estavam com sobrepeso.
Pelo menos 400 milhões de adultos eram obesos.
Além disso, a OMS estima que até 2015, aproximadamente 2,3 bilhões de
adultos terão excesso de peso e mais de 700 milhões serão obesos.
Em 2005, existiam em todo o mundo, pelo menos, 20 milhões de crianças
menores de 5 anos estão com sobrepeso.
Uma vez considerado um problema apenas dos países de renda elevada,
sobrepeso e obesidade estão a aumentar dramaticamente nos países de
rendimentos baixos e médios, especialmente em áreas urbanas
A causa fundamental da obesidade e do sobrepeso é um desequilíbrio entre
ingestão e gastos de calorias.
O aumento global da prevalência de sobrepeso e obesidade são atribuíveis a
vários fatores, dentre os quais:
A mudança global na alimentação, com tendência para aumentar a
ingestão de calorias, com alimentos ricos em gordura e açúcares e
pobres em vitaminas, minerais e outros micronutrientes.
A tendência para a inatividade física, devido à natureza de cada vez
mais a população estar sedentário, devido às mudanças nos transportes
e a urbanização crescente, dentre outras.
QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS COMUNS DO SOBREPESO E OBESIDADE
PARA A SAÚDE?
Sobrepeso e obesidade conduzem a conseqüências graves para a saúde, tais
como:
As doenças cardiovasculares (principalmente a doença cardíaca e
acidente vascular cerebral), que são a principal causa de morte no
mundo, com 17 milhões de mortes anualmente.
Diabetes, que rapidamente se tornou uma epidemia global. A OMS
estima que as mortes por diabetes aumentem em todo o mundo em
mais de 50 % nos próximos 10 anos.
Doenças músculo-esqueléticas, especialmente a osteoartrite.
Alguns cânceres como: de mama, endométrio e cólon.
Doenças Respiratórias, a apneia obstrutiva do sono compreende
episódios de obstrução total (apneia) ou parcial (hipopneia) da via aérea
durante o sono, sendo o sobrepeso um importante fator de risco para
essa condição.
Doenças do Trato Digestório: Doenças da vesícula biliar
(colecistopatias) Pancreatite aguda; Doença hepática gordurosa não
alcoólica; Doenças Psiquiátricas.
Neoplasias.
Osteoartrose.
Osteoartrose.
Outras Doenças Associadas à Obesidade:
Além das doenças acima, uma série de outras doenças, que podem acometer
qualquer órgão ou sistema, foi reconhecida como associada ao aumento de
peso. Podem ser citadas a:
Doença do refluxo gastroesofágico, a asma brônquica, insuficiência renal
crônica, infertilidade masculina e feminina, disfunção erétil, síndrome dos
ovários policísticos, veias varicosas e doença hemorroidária, hipertensão
intracraniana idiopática (pseudotumor cerebri), disfunção cognitiva e demência.
Além da maior presença de doenças, a obesidade perturba o diagnóstico e o
tratamento devido à dificuldade oferecida a alguns procedimentos e limitação
técnica de alguns equipamentos para esses pacientes.
COMO REDUZIR O FARDO DA OBESIDADE E DO EXCESSO DE PESO?
Obesidade, sobrepeso e as doenças relacionadas são largamente evitáveis.
No nível individual, as pessoas podem:
Atingir o equilíbrio de energia e um peso saudável.
Reduzir a ingestão de calorias provenientes de gordura e de mudanças
no consumo de gorduras saturadas para gorduras insaturadas.
Aumentar o consumo de frutas, verduras, legumes, grãos integrais e
nozes.
Reduzir a ingestão de açúcares.
Aumento da atividade física (pelo menos 30 minutos de atividade física
regular de intensidade moderada na maioria dos dias). Para reduzir o
peso pode ser necessária mais atividade e uma alimentação equilibrada
e saudável.
Outras atitudes importantes para prevenir e diminuir o sobrepeso e a obesidade
Casa
Reduza o tempo gasto assistindo televisão e
em outros comportamentos sedentários
Criar rotinas de atividade física regular em casa
Escolas
Certifique-se que o café da manhã e merenda
escolar cumprem as normas de nutrição (no
caso das crianças e adolescentes)
Oferecer opções de alimentos pobres em
gordura, calorias e açúcares adicionados
Fornecer a todas as crianças, educação física
de qualidade diariamente.
Trabalho Criar oportunidades para a atividade física nos
locais de trabalho.
Comunidade
Promover escolhas saudáveis, incluindo pelo
menos cinco porções de frutas e legumes por
dia.
Incentivar a indústria alimentar para reduzir o
tamanho das porções e teor de gordura, açúcar
e sal nos alimentos processados, para
aumentar a introdução de soluções inovadoras,
saudáveis e nutritivos, comprando sempre
tamanhos menores.
Estabelecimentos de alimentos devem ser
incentivados a aumentar a disponibilidade de
alimentos de baixa caloria e nutritivos.
Criar oportunidades para a atividade física nas
comunidades.
Tabela. 1 Comportamento físico e alimentar.
Obesidade e o impacto na Sociedade
Os inibidores de apetite reduzem, em média, apenas 10% do peso corporal dos
pacientes. Portanto, ninguém tem a inocência de pegar um obeso mórbido e
tratar com medicamentos anorexígenos. Mas são medicamentos que tem a sua
importância, o impacto da obesidade na saúde pública é enorme, pois está
entre as principais causas da diabetes, do câncer e da hipertensão arterial,
entre outras enfermidades.”( Paulo Giorelli )
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
O tratamento farmacológico da obesidade poderá ser indicado quando o
indivíduo possuir um índice de Massa Corpórea (IMC) maior igual a 30 kg /m2
ou o IMC maior igual a 25 kg/m2 associados a doenças relacionadas ao
excesso de peso, em situações nas quais o tratamento com a dieta, exercícios
físicos e mudanças do estilo de vida não obtêm resultados satisfatórios.
(FORTES, et al ,2006.) Por isso a dispensação desse medicamento só será
feita mediante receita médica,a qual fica retida em farmácia tendo assim o
paciente que procurar o médico de dois em dois meses já que cada caixa de
medicamento vem com 60 cápsulas. Essa forma de dispensação faz mais
restrita o seu uso podendo assim ser vendido apenas para obesos, que
provavelmente não tiveram resultados em perca de peso com o tratamento
convencional. É importante ressaltar que o tratamento farmacológico só atingirá
seu resultado se a pessoa fizer uma dieta balanceada prescrita por nutricionista
e fizer exercício físico direcionado. Algumas literaturas defendem seu uso
outras acreditam que o resultado esperado não é satisfatório, mais isso não é
válido para todos deve se avaliar que cada pessoa reage de uma maneira e
que cada pessoa atingirá uma perca de peso diferente.
MEDICAMENTOS NO BRASIL
Atualmente os medicamentos classificados como anti- obesidade liberados no
Brasil pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) são: Orlistat e
Sibutramina como primeira linha de tratamento, pois outros medicamentos
como: Fluoxetina (antidepressivo), Topiramato( anti-convulssante), Metformina(
tratamento de Diabets) são considerados medicamentos com efeito secundário
já que estes não são próprios para o tratamento da obesidade,mais foi
comprovado que uns dos efeitos colaterais nas pessoas que os tomava era a
perca de peso o que se torna um beneficio para pessoas obesas. Também usa
se o Picolinato de cromo como inibidor do hábito de comer doces mais ainda
faz se necessários mais estudos a cerca desses medicamentos. (TAMINATO,
2010)
ORLISTAT
Um derivado hidrogenado da lipstina sintetizado quimicamente age por inibição
parcial das atividades das lípases gástricas, pancreáticas e carboxil- Ester no
trato gastro intestinal, reduzindo a hidrólise das triglicérides ingerida e
impedindo a absorção de aproximadamente 30% de gordura dietária ingerida.
(HALPERN, et al ,2000.) ou seja o Orlistat inibe a absorção de gorduras
adipogênicas faz com haja a eliminação de gorduras que engordam ao invés
de armazenar. .
Eficácia comprovada: A equipe de Hollander, et al, 1998,
realizou um estudo multicêntrico, randomizado por 57
semanas duplo-cego controlado por placebo, que avaliou o
impacto da administração do Orlistat na perda de peso e
controle glicêmico, e os níveis séricos em pacientes obesos
portadores de diabetes tipo 2 em uso de medicações a
base de sulfoniluréias. Foi administrado 120mg de Orlistat
ou placebo via oral, três vezes ao dia com uma dieta
moderamente hipocalórica em 391 homens e mulheres
obesos com Diabetes tipo 2 estáveis e sob uso de
sulfoniluréias orais. Alterações no peso corporal, controle
glicêmico e os níveis de lipídeos e tolerabilidade da droga
foram medidos. Após 1 ano de tratamento, o grupo que
recebeu Orlistat perdeu 6,2 ± 0,45% de seu peso corporal
inicial e 4,3 ± 0,49% no grupo placebo (P < 0,001). O dobro
de muitos pacientes recebendo Orlistat (49 vs 23%) perdeu
≥ 5% do peso corporal inicial (P < 0,001). O tratamento
com Orlistat mais a dieta em comparação com o placebo
mais a dieta foi associada à melhora significativa do
controle glicêmico, como refletido na diminuição da HbA1c
(P < 0,001) e glicemia de jejum (P < 0,001) e em reduções
de dosagem de medicamentos orais sulfoniluréia (P <
0,01). O tratamento com Orlistat também resultou em
melhorias significativamente maiores do que o placebo em
vários parâmetros lipídicos, ou seja, maiores reduções nos
níveis de colesterol total, (P < 0,001), colesterol LDL (P <
0,001), triglicerídeos (P < 0,05), apolipoproteína B (P <
0,001) e a proporção de colesterol LDL para HDL (P <
0,001). Os níveis de vitaminas liposolúveis permaneceram
dentro do limite normal de referência e poucos pacientes
necessitaram de suplementação. (FARIA,et al 2010).
Os efeitos adversos desse medicamento mais frequentes são: Diarreia,
flatulências, dores abdominais. Quanto mais gordura, o individuo comer maior
será o risco de uma diarreia brusca, fazendo assim com que o individuo
diminua seu hábito de comer alimentos gordurosos.(FARIA,et al 2010).
ESTRUTURA QUÍMICA DO ORLISTAT
Seu nome químico: (S)-((S)-1-((2S,3S)-3-hexyl-4-oxooxetan-2-yl)tridecan-2-yl)
2- formamido-4-methylpentanoate.
Figura. 1 Estrutura química do Orlistat
SIBUTRAMINA
A sibutramina é classificada terapeuticamente como um anorexígeno sendo
indicada para o tratamento de obesidade e redução de peso corpóreo, em
conjunto com dieta e exercícios físicos. Sua atividade esperada é a perca de
peso conseguida através da inibição da recaptação de serotonina e de
noradrenalina. O mecanismo de ação por inibição da recaptação por duas vias
resulta na diminuição do peso corporal diminuindo a ingestão de alimentos
mediante a intensificação da saciedade. (DIEFENBACH, 2007).
Segundo a autora a sibutramina age no sistema nervoso central, inibindo o
sistema regulador de fome e aumentando a saciedade
(sensação de estômago cheio) fazendo o individuo ter menos fome e comer
menos.
Sobre seu risco de desenvolver doenças cardiovasculares foi realizado um
estudo assim que a sibutramina foi liberada onde constatou um índice de 16%
de cardiopatias não fatais. Entretanto todas as pessoas envolvidas nessa
pesquisa já possiam alguma cardiopatia, então nota-se que o risco é baixo em
relação ao seu uso, já que esses pacientes não poderiam estar tomando esse
medicamento justamente por já terem alguma cardiopatia. (TAMINATO, 2010.)
É importante ressaltar que a sibutramina não pode ser indicada por portadores
de doenças cardiovasculares, portadores de enfermidades mentais, acidente
vascular cerebral e hipertensão arterial descontrolada. (FORTES et al ,2006).
A perca de peso estimado é de 9 a 12 kg do peso inicial mais isso depende de
cada organismo de como a pessoa reage ao tratamento. Nota-se que o
tratamento isolado com sibutramina não é tão eficaz com obesos do tipo 2, tipo
3 e mórbido já que reduziria pouco o IMC , entretanto ainda é indicada por
evidenciar melhoras nas comorbidades.(TAMINATO,2010).
Os efeitos adversos mais frequentes da sibutramina encontrados em estudos
clínicos ocorreu no inicio do tratamento. Sendo eles secura na boca, pressão
alta, fadiga, taquicardia, dores de cabeça, insônia. (DIEFENBACH, 2007).
Lembrando que cada pessoa reage diferente ao tratamento depende de cada
organismo.
Em resumo os estudos clínicos realizados com o tratamento apresentaram
perca de peso satisfatório e riscos de baixo nível. Ressaltando que estudos
científicos compravam que esse medicamento de ação central não causa
dependência. (TAMINATO, 2010.)
ESTRUTURA QUÍMICA DA SIBUTRAMINA
A estrutura química da Sibutramina (Figura 2) é ciclobutanometamina(USP
DI ,2005.).Seus nomes químicos são cloridrato de N-(1-[-(4-clorofenil)ciclobutil]-
3-metilbutil)-N,N-dimetilamina monoidratado.
Figura 2. Estrutura química do cloridrato de sibutramina.
Interações Medicamentosas de Sibutramina
Substâncias de ação sobre o SNC: o uso de cloridrato de Sibutramina
monoidratado concomitantemente com outras drogas de ação no SNC,
particularmente agentes serotoninérgicos, não foi sistematicamente avaliado.É
aconselhável cautela se cloridrato de sibutramina monoidratado for
administrado com outras drogas de ação central( ver contraindicações e
Advertências).
- Inibidores da monoaminooxidase (IMAOs):o uso concomitante de cloridrato
de Sibutramina monoidratado com inibidores da monoaminooxidase (IMAOs) é
contraindicado.Deve haver um intervalo mínino de 2 semanas após interrupção
dos IMAOs antes de iniciar o tratamento com cloridrato de
Sibutraminamonoidratado ( ver contraindicações).
Efeitos Colaterais de Sibutramina
Reações durante Estudos Clínicos: a maior parte dos efeitos colaterais
relatados ocorreu no início do tratamento com sibutramina (durante as
primeiras quatro semanas). Sua gravidade e frequências diminuíram no
decorrer do tempo. Os efeitos, em geral, não foram graves, não levaram a
descontinuação do tratamento e foram reversíveis. Os efeitos colaterais
observados nos estudos clínicos de fase II/III são relacionados a seguir por
órgãos/sistema (muito comuns maior que 1/10; comuns menor ou igual 1/10 e
maior 1/100).
Sistema Frequência Efeitos indesejáveis
Sistema
cardiovascular
Comuns Taquicardia, palpitações, aumento da pressão
arterial/hipertensão, vasodilatação (ondas de
calor)
Sistema
gastrintestinal
Muito comuns Constipação
Comuns Náuseas, piora da hemorroida
Sistema nervoso
central
Muito comuns Boca seca, insônia
Comuns Delírios, parestesia, cefaleia, ansiedade
Pele Comuns Sudorese
Funções Comuns Alterações do paladar
Apresentação de Sibutramina
FORMA FARMÊUTICA E APRESENTAÇÕES
Cápsula - Embalagens contendo 10 ou 30 cápsulas de 10 mg ou 15 mg.
USO ADULTO - USO ORAL
COMPOSIÇÕES
Cada cápsula de 10 mg contém:
cloridrato de Sibutramina
monoidratado....................................................................10 mg
(equivalente a 8,37 mg de Sibutramina).
excipiente: celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio e
lactose monoidratada.
Cada cápsula de 15 mg contém:
cloridrato de Sibutramina
monoidratado....................................................................15mg
(equivalente a 12,55 mg de Sibutramina).
excipiente: celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio e
lactose monoidratada.
Posologia de Sibutramina
A dose inicial recomendada é de 1 cápsula de 10 mg por dia, pela manhã, com
ou sem alimentação. Se o paciente não perder pelo menos 2 kg nas primeiras
4 semanas de tratamento, o médico deve considerar a reavaliação do
tratamento, que pode incluir um aumento da dose para 15 mg ou a
descontinuação da Sibutramina.
No caso de titulação da dose, deve-se levar em consideração os índices de
variação da frequência cardíaca e da pressão arterial.
Doses acima de 15 mg ao dia não são recomendadas.
O uso da Sibutramina. demostrou ser seguro e efetivo por 24 meses em
estudos dulo-cego placebo controlados.
No caso de esquecimento de uma dose, cápsula deve ser ingerida em outro
horário do mesmo dia, sem prejuízo de tratamento.
Indicações de Sibutramina.
O Cloridrato de Sibutramina monoidratado está indicado no tratamento da
obesidade, ou quando a perda de peso está clinicamente indicada; deve ser
usado em conjunto com dieta hipocalórica e exercícios, como parte de um
programa de gerenciamento de peso, quando somente a dieta e execícios
comprovam-se ineficientes.
A Sibutramina. é recomendada para pacientes obesos com um índice de
massa corporal inicial (IMC) 30 kg/m2, ou 27 kg/m2 na presença de outros
fatores de risco (ex.: hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia.)
Contra-indicações de Sibutramina.
– Cloridrato de Sibutramina. monoidratado é contra-indicado a pacientes com
história ou presença de transtornos alimentares, como bulimia e anorexia.
– Cloridrato de Sibutramina. monoidratado é contra-indicado a pacientes com
hipersensibilidade conhecida á Sibutramina. ou a qualquer outro componente
da fórmula.
– Cloridrato de Sibutramina. monoidratado é contra-indicado em caso de
conhecimento ou suspeita de gravidez e durante a lactação.
– Cloridrato de Sibutramina. monoidratado é contra-indicado a pacientes
recebendo inibidores da monoaminooxidase. É recomendado um intervalo de
pelo menos duas semanas após a interrupção dos IMAOs antes de iniciar o
tratamento com Sibutramina.
– Cloridrato de Sibutramina. monoidratado é contra-indicado a pacientes
recebendo outros medicamentos supressores do apetite de ação central.
Fluoxetina
Fluoxetina é um medicamento antidepressivo da classe dos inibidores
selectivos da recaptação da serotonina. Suas principais indicações são para
uso em depressão moderada a grave, transtorno obsessivo-compulsivo
(TCO),transtorno alimentar, transtorno do pânico e de ansiedade. É utilizado na
forma de cloridrato de Fluoxetina, como cápsulas ou em solução oral.
Foi sintetizada e comercializada pela companhia farmacêutica Eli Lilly com o
nome Prozac. Atualmente é comercializada no Brasil e em Portugal por vários
laboratórios como medicamento Genérico, estando sujeita a receita médica (ou
até mesmo a retenção da receita).
A patente da Eli Lilly sob o Prozac expirou em agosto de 2001, despertando um
influxo de genéricos ao mercado. Só nos Estados Unidos, mais de 19 milhões
de prescrições genéricas foram efetuadas em 2006, colocando-a na terceira
posição entre os antidepressivos mais receitados, após a sertralina e o
escitalopram.
Precauções
Não é recomendado seu uso somente para reduzir o apetite, exceto em obesos
com transtornos de ansiedade, alimentares ou do humor. Em efeito colateral
possível em pessoas saudáveis é o aumento do apetite e do peso e
agravamento de problemas cardiovasculares, urológicos, neurológicos e
respiratórios. Entre 5 e 21 % dos pacientes são metabolizadores lentos da
fluoxetina e sofrem com efeitos colaterais mais sérios.
Reações adversas
Os efeitos colaterais mais comuns (mais de 1%):
• Insônia e /ou sonolência;
• Ansiedade e nervosismo;
• Fadiga(cansaço) e astenia(fraqueza);
• Perda ou aumento do apetite;
• Náuseas com ou sem diarreia;
• Tremores
Em geral são efeitos que surgem no início do tratamento e diminuem ou
desaparecem com o tempo.Podem ocorrer, mas não são comuns: diarreia,
secura na boca, hiperprolactinemia. Episódio maníaco(aceleração do
pensamento e impulsividade), confusão mental, ideias de suicídio,
discinesias( sensações táteis sem estímulos externos), trombocitopenias
(redução do número de plaquetas no sangue), ginecomastia(aumento dos
seios), mastodinia(dor nas mamas), dismenorreia(problema menstrual) e
sangramento vaginal.
Como a maioria dos serotoninérgicos, pode causar diminuição do desejo
sexual(libido), diminuição do prazer sexual (anorgasmia) e atraso na
ejaculação. Associação com buspirona ou bupropiona podem amenizar esses
efeitos colaterais. Caso não seja suficiente, existem diversas outras opções de
medicamentos antidepressivos.
Topiramato emagrece e provoca diversos efeitos colaterais
O Topiramato é um remédio indicado para o tratamento de pessoas que sofrem
com epilepsia e crises provocadas por uma síndrome chamada Lennox-
Gastaut(síndrome epiléptica grave).Mas é verdade que esse medicamento
provoca perda de peso? Sim, o Topiramato emagrece, mas esse é apenas
mais um dos seus muitos efeitos colaterais.
O Topiramato emagrece e provoca vários outros efeitos colaterais
O Topiramato age no Sistema Nervoso Central, e um dos seus efeitos
colaterais é diminuir a sensação de fome. Naturalmente, ao sentir menos fome,
a pessoa que faz uso desse remédio come menos, e então perde peso.
Por causa desse efeito colateral o Topiramato tem sido bastante utilizado para
tratar pessoas que sofrem com obesidade e compulsão alimentar.
É verdade que o Topiramato emagrece, contudo, é preciso levar em
consideração os outros efeitos colaterais que ele provoca.
O Topiramato emagrece, mas é preciso também dieta e exercícios
O Topiramato emagrece, mas se você contar apenas com esse medicamento
para emagrecer, além de correr o risco de sofrer com os outros efeitos
colaterais, dificilmente conseguirá perder a quantidade de peso que você
deseja.
O Topiramato emagrece simplesmente porque diminui o apetite, levando a
pessoa a comer menos. Ele não ajuda o seu corpo a queimar gordura, e
também não contribui para acabar com a retenção de líquido no corpo, já que
não tem função diurética, na verdade ele dificulta o funcionamento dos rins, o
que prejudica a eliminação das toxinas e a retirada de excesso de líquido do
corpo.
Recomendações importantes
• Lembre-se sempre de que não existe remédio milagroso para emagrecer
;
• Os remédios são substâncias químicas que podem provocar diversos
efeitos colaterais, portanto, prefira sempre emagrecer de maneira natural e
saudável.
• Nunca tome medicamentos por conta própria, procure sempre um
médico, afinal, um remédio que você toma para emagrecer pode provocar
efeitos colaterais perigosos, e se você não souber o que está fazendo, sua
saúde pode ser gravemente afetada.
CIRURGIA BARIÁTRICA (CIRURGIA DE REDUÇÃO DE ESTOMAGO)
Segundo estudos realizados pelo programa Bem Estar da Emissora Globo, nos
últimos cinco anos, o número de cirurgias de redução de estômago aumentou
quase 90% no Brasil. Tratasse de procedimentos que estão ficando cada vez
mais acessível , onde ate mesmo pacientes de dezesseis anos têm a
oportunidade de operar pelo Sistema Único de Saúde.
Especialistas alertam que este tipo de opção só deve ser tomado em ultimo
caso. O paciente deve tentar combater a obesidade com exercícios,
reeducação alimentar, criar hábitos saudáveis de vida, e se caso em um a dois
anos não houver obtido resultado mínimo esperado, ai sim, torna-se a opção
mais viável. Devendo passar por especialistas, o sujeito será avaliado para
garantir se tem requisitos para fazer a cirurgia, como o Índice de Massa
Corporal acima de 40 ou acima de 35, com problemas associados - diabetes,
hipertensão e colesterol, por exemplo.
São muito comuns casos de pacientes ganharem peso após o procedimento.
A cirurgia é apenas o primeiro passo rumo a uma nova vida e é preciso
abandonar antigos costumes nocivos e adotar uma forma de vida mais
saudável, que inclui dieta equilibrada e a prática de exercícios. O principal fator
para ganho de peso posterior é a não adesão ao tratamento, que não se
resume apenas às cirurgias bariátricas. O tratamento deve ser multidisciplinar,
ou seja, com médico, nutricionista, psicólogo e educador físico, já que o
paciente deverá a aprender a viver de uma maneira diferente.
A escolha de qual procedimento a ser usado é uma opção do medico, ele
saberá avaliar qual o melhor procedimento para tratar a obesidade e possíveis
doenças associadas, como diabetes, sem oferecer grandes riscos ao paciente.
No Brasil existem hoje quatro técnicas regulamentadas pela Resolução nº
1.942/2010 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece normas
seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo
indicações, procedimentos e equipe. Os demais procedimentos e técnicas
cirúrgicas para o controle da obesidade não apresentam indicação atual de
utilização ou ainda estão em fase de estudos.
Saiba tudo sobre o balão intragástrico
Colocando no estômago, o balão intragástrico "rouba" espaço da comida e
espanta a fome, mas está longe de ser a solução ideal para emagrecer só uns
quilinhos.
É uma alternativa que está sendo muito usada para o emagrecimento rápido é
o balão intragástrico, que custa no valor aproximadamente de 5 mil reais.
Saiba como funciona o balão intragástrico
Por meio da endoscopia, uma técnica não cirúrgica que dispensa
anestesia(basta uma leve sedação), uma esfera de silicone ainda murcha é
inserida, pela boca , no estômago. Acoplado a esse dispositivo, um cateter
serve de veículo para a mistura de soro fisiológico e azul de metileno, que vai
inflar o balão. Caso o dispositivo se rompa, a substância azulada tinge a urina e
denuncia o ocorrido, que deve ser comunicado imediatamente ao médico.
Cheio, ele ocupa de 1/3 a metade do estômago, que passa a secretar menor
quantidade de grelina, o hormônio da fome, reduzindo, assim, o apetite.Uma
microcâmera instalada na ponta do endoscópio orienta todo o procedimento,
que dura de 30 minutos a uma hora, é realizado em hospital e não requer
internação.
O prazo de validade é seis meses. Depois, o balão deve ser retirado porque os
ácidos que banham o estômago degradam o material.
Além disso, como fica em contato direto com a mucosa do órgão, pode
contribuir para o aparecimento de úlcera e gastrite. Em média, 15 % do peso é
exterminado. Ele funciona como um empurrãozinho para você aprender a
comer direito.Não interfere na absorção dos nutrientes e, como em qualquer
processo de emagrecimento, não evita a perda de massa magra (com menos
músculos, o corpo fica mais flácido, sem definição). Um mês após o
procedimento, que não é coberto pelo Sistema Único de Saúde(SUS), a
atividade física está liberada. Como você elimina grande volume de líquido, a
pele pode ficar ressecada durante o período crítico, quando os efeitos adversos
são mais fortes.
Engordar para operar
Essa estratégia não é bem vista por grande parte dos especialistas. Seja por
vontade própria, seja por orientação médica, tem gente que acaba engordando
de propósito só para se enquadrar na faixa de obesidade que tem cobertura
dos planos de saúde para a cirurgia bariátrica."Eu jamais pedirei isso a um
paciente, mas, ás vezes, até mesmo por um imperativo de sobrevivência,
algumas pessoas, levadas pelas circunstâncias, acabam atingindo o peso
mínimo exigido para a operação", diz o especialista João Luiz Azevedo. Seu
colega Luiz vicente Berti também condena o esforço voluntário para
engordar:"Quem faz isso pratica uma violência contra o próprio corpo e
contribui para aumentar os riscos na hora do procedimento", alerta. Ao
contrário, você deve perder peso antes de fazer a cirurgia. E ai, sim, o balão
intragástrico funciona como uma boa terapia auxiliar.
Critérios para redução de estômago podem mudar
Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica quer incluir outras características
além do IMC para definir quem pode fazer cirurgia. Essa cirurgia pode ser
realizada pelo SUS mas demora. Atualmente, para se submeter á cirurgia de
redução de estômago obeso precisa ter um índice de massa corporal (IMC)
igual ou superior a 35 e apresentar doenças associadas como o diabete ou a
hipertensão ou um IMC superior a 40, mas isso pode mudar em breve.
Sociedade lança guia para plástica após redução de estômago. A proposta
pretende "ampliar a visão do médico"e pode trazer mais flexibilidade nos
critérios estipulados. Se a modificação for colocada em prática, os obesos
precisariam corresponder a um dos três critérios (IMC ou doenças associadas
ou circunferências abdominal elevada) em vez de um só (IMC).
Os especialistas entendem como comorbidades doenças que vão de ovários
policísticos, apneia e problemas nas articulações a hipertensão e diabetes. Em
fevereiro, o FDA (agência norte-americana que regula medicamentos e
alimentos) aprovou a utilização de uma banda gástrica para reduzir o estômago
de alguns pacientes que estão apenas obesos e não na categoria obeso
mórbido, como era exigido antes.
Segundo cohen, as mudanças no protocolo estão sendo observadas pelo
Conselho Federal de Medicina . "O que estamos buscando são parâmetros
clínicos mais modernos para indicação da cirurgia bariátrica, dentre as opções
que vem sendo discutidas médica internacional", diz. Ainda não há previsão,
mas a entidade vem lutando para que os novos parâmetros sejam adotados
ainda este ano.
BANDA GÁSTRICA
Este procedimento é feito de forma a colocar um dispositivo no começo do
estômago, fazendo com que essa pequena área de aproximadamente 30 ml,
seja o novo estomago. A prótese fica ligada a uma espécie de reservatório no
qual é possível injetar água destilada para apertar mais o estômago ou
esvaziar para aliviar a restrição, hoje o método de realização é através da
vídeoaloparoscopia, leva cerca de uma hora de duração, e garante a perca de
20 a 30% do peso corporal. É um método vantajoso porque é reversível, e
também permite reajuste, porém, também pode apresentar rejeição da prótese,
infecção ou mesmo uma perca de peso desconsiderável para garantir a saúde
do paciente. Não é indicada para paciente com compulsão por doces,
portadores de esofagite de refluxo e hérnia hiatal volumosa.
GASTRECTOMIA VERTICAL
Neste procedimento é removido cerca de 70 a 85% do estomago do paciente,
deixando-o como um tubo estreito de 110 ml no mesmo diâmetro do esôfago e
duodeno. Há a redução do hormônio grelina associado à fome, sem
comprometer a absorção de ferro, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B.
Leva cerca de uma a duas horas para ser realizado, procedimento utiliza a
vídeoaloparoscopia, e garante perda de 30% do peso corporal. Não é
reversível, este ligado a um risco maior de complicação. Se caso não funcionar,
pode ser transformada em Bypass Gástrico ou Derivação Bileopancreática.
BYPASS GÁSTRICO
Diminui para 10% a capacidade do estômago, restringindo a quantidade de
comida ingerida e desviando esses alimentos para a primeira porção do
intestino, chamada duodeno, até a porção intermediária do órgão, chamada
jejuno. Dessa maneira, há redução do hormônio grelina, responsável pela fome
e liberação de hormônios próprios do intestino que promovem saciedade. O
apetite do paciente é reduzido praticamente sem diarreia e desnutrição, e
doenças associadas à obesidade apresentam rápida melhora. Os riscos
incluem fístulas, embolia pulmonar e infecções. O Bypass corresponde a 75%
dos procedimentos.
DERIVAÇÃO BILEOPANCREÁTICO
É uma associação da Gastrectomia Vertical, com 85% do estômago retirado,
com desvio intestinal. Esse desvio faz com que o alimento venha por um
caminho e os sucos digestivos (bile e suco pancreático) venham por outro e se
encontrem somente a 100 cm de acabar o intestino delgado, inibindo a
absorção de calorias e nutrientes. A vantagem é que a técnica possibilita maior
ingestão de alimentos, reduz a intolerância alimentar e promove maior perda de
peso. Porém, pode ocorrer desnutrição de intensidade variável ao longo do
tempo. Diarreia, flatulência e deficiência de vitaminas também são comuns. A
Derivação Bileopancreática corresponde a 5% dos procedimentos.
Considerações finais
A obesidade é uma condição clínica grave que necessita de tratamento
adequado, objetivando a manutenção de um peso saudável e redução dos
riscos à saúde. O maior desafio consiste em evitar que o paciente recupere o
peso inicial e as morbidades que o levaram a procurar um tratamento. Para
controlar a obesidade como uma condição crônica, os agentes farmacológicos,
associados ao tratamento dietético, estímulo à atividade física e à terapia
comportamental, têm sido utilizados na tentativa de melhorar a resposta dos
pacientes em longo prazo .
De acordo com Mancini (2002), em qualquer discussão sobre o uso racional de
medicamentos antiobesidade é importante entender alguns conceitos: 1º
tratamento farmacológico só se justifica em conjunção com orientação dietética
e mudanças de estilo de vida. Os agentes farmacológicos somente ajudam a
aumentar a aderência dos pacientes a mudanças nutricionais e
comportamentais; 2º o tratamento farmacológico da obesidade não cura a
obesidade, quando descontinuado, ocorre reganho de peso; 3º medicações
antiobesidade devem ser utilizadas sob supervisão médica contínua; 4º o
tratamento e a escolha medicamentosa são moldados para cada paciente. Os
riscos associados ao uso da droga devem ser avaliados em relação aos riscos
da persistência da obesidade; 5º o tratamento deve ser mantido apenas
quando considerado seguro e efetivo para o paciente em questão.
O que poucas pessoas conhecem, são os efeitos, às vezes irreversíveis, que o
uso destas “drogas” pode causar. Entre eles, consideram-se os mais
freqüentes: Irritabilidade, depressão, disforia (uma mistura de humor instável,
euforia, irritação, agressividade e depressão), perda de memória, cefaléia,
confusão mental, alucinações e dependência (MANCINI et al.,2002).
A obesidade grau III é uma condição clínica grave associada a uma alta
morbidade e mortalidade, devido a várias complicações clínicas associadas.
Seguindo-se critérios de avaliação adequados, a cirurgia bariátrica passa a ser
a única intervenção eficaz, a longo prazo, no tratamento da obesidade grau III.
Pacientes com obesidade grave podem apresentar um aumento de
psicopatologia associada. Sendo assim, é de extrema importância uma
avaliação clínica e psiquiátrica criteriosa, visando a uma redução de possíveis
complicações pós-operatórias
O BIG é um método eficaz na redução de peso em indivíduos com obesidade
mórbida. As náuseas e os vómitos são as complicações mais comuns. Embora
desejável nem sempre se consegue a transposição para a cirurgia.
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