introdução_meteorologia_aeronautica

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  • 7/28/2019 introduo_meteorologia_aeronautica

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    Professor Edson Cabral

    [email protected]

    AULA PILOTOS DA TAM

    17/05/2006

    METEOROLOGIA AERONUTICA13h30 s 17h30

    IntroduoDefinio de Meteorologia Aeronutica

    FinalidadesOACI / OMM

    Redes de Estao MeteorolgicaEMS / EMA / ERM / ERS

    Redes de Centros MeteorolgicosCRPA / CMA / CMV

    - Cdigos e Mensagens Meteorolgicas- METAR / TAF / SIG WX e WIND ALOFT PROG / SIGMET

    Fenmenos Meteorolgicos

    Trovoadas

    Turbulncia

    Formao de Gelo

    Wind Shear / Microburst

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    1. INTRODUO METEOROLOGIA AERONUTICA

    Meteorologia cincia que estuda os fenmenos da atmosfera.

    A Meteorologia se divide em:

    Pura: voltado para a rea da pesquisa meteorologia sinptica,dinmica, tropical, polar etc.

    Aplicada: voltado para uma atividade humana meteorologia martima,aeronutica, agrcola, bioclimatologia etc.

    Meteorologia Aeronutica ramo da meteorologia aplicado aviao eque visa, basicamente, a segurana, a economia e a eficincia dosvos.

    A Meteorologia Aeronutica vem obtendo, nas ltimas dcadas, um altograu de desenvolvimento de tcnicas de observao/previso esofisticao de equipamentos, acompanhando paralelamente aevoluo da aviao e, nisso contribuindo para um maior grau desegurana e economia das operaes areas.

    BREVE CRONOLOGIA DA METEOROLOGIA NO SCULO XX

    1920 A Organizao Meteorolgica Internacional (OMI) cria a

    Comisso Tcnica de Meteorologia Aeronutica;

    Anos 30 grande impulso da meteorologia com a elaborao da

    teoria das frentes (Escola Norueguesa);

    Figura 1 Aeronave da Marinha Norte Americana com um meteorgrafo preso s asas

    registrando presso, temperatura e umidade em 13 de dezembro de 1934 .(fonte:http://www.photolib.noaa.gov/historic/nws/nwind18.htm)

    2

    http://www.photolib.noaa.gov/historic/nws/nwind18.htmhttp://www.photolib.noaa.gov/historic/nws/nwind18.htmhttp://www.photolib.noaa.gov/historic/nws/nwind18.htm
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    Anos 30 (final) introduo da Radiossonda:

    Figuras 2 e 3 Meteorologistas preparando e lanando radiossondas (fonte: http://www.noaa.gov)

    Anos 40 utilizao do Radar na Meteorologia;

    Figura 4 - Radar de superfcie (fonte: http://www.noaa.gov)

    Anos 50 (incio) introduo da previso meteorolgica numrica

    (Anlise Sintica e Previso de Macro-Escala);

    1954 - A Organizao de Aviao Civil Internacional (OACI/ICAO) ea Organizao Meteorolgica Mundial (OMM/WMO) firmam acordo

    de mtua cooperao;

    1960 Lanamento do 1o satlite meteorolgico TIROS;

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    http://www.noaa.gov/http://www.noaa.gov/http://www.noaa.gov/http://www.noaa.gov/
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    Figuras 5 e 6 Fotografia do equipamento e da primeira imagem do Satlite TIROSFonte: http://www.noaa.gov.

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    http://www.noaa.gov/http://www.noaa.gov/
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    ltimas dcadas Aplicao do Radar Doppler na Aviao;

    1994 Implantao do Supercomputador do INPE

    Tempos recentes difuso crescente da INTERNET na troca deinformaes meteorolgicas e melhoria dos modelos de previso e

    nos equipamentos de deteco de fenmenos adversos aviao

    (turbulncia, nevoeiros etc.).

    2. ORGANIZAO DA METEOROLOGIA

    Dois grandes organismos internacionais ligados ONU (Organizao

    das Naes Unidas) regem as atividades ligadas Meteorologia

    Aeronutica em termos mundiais: a OACI (Organizao de Aviao Civil

    Internacional), com sede em Montreal (Canad) e a OMM (Organizao

    Meteorolgica Mundial), com sede em Genebra (Sua).

    A OACI o rgo dedicado a todas atividades ligadas aviao civil

    internacional, sendo um de seus principais objetivos possibilitar aobteno de informaes meteorolgicas necessrias para a maior

    segurana, eficcia e economia dos vos.

    A OMM um organismo das Naes Unidas, que auxilia tecnicamente a

    OACI no tocante elaborao de normas e procedimentos especficos

    de Meteorologia para a aviao, assim como no treinamento de pessoal

    da rea.No Brasil, o Centro Nacional de Meteorologia Aeronutica (CNMA) o

    rgo que coleta todas as informaes meteorolgicas bsicas

    fornecidos pela rede de estaes meteorolgicas e posteriormente faz a

    anlise e o prognstico do tempo significativo para sua rea de

    responsabilidade entre os paralelos 12oN/35O S e meridianos 025O

    W/130

    O

    W.

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    Para desempenhar as atividades relacionadas navegao area, a

    meteorologia brasileira est estruturada sob a forma de uma rede de

    centros meteorolgicos (RCM) e estaes de coleta de dadosmeteorolgicos (REM). Alm do Centro Nacional de Meteorologia

    Aeronutica, existem outros Centros Meteorolgicos Nacionais,

    classificados em classes de 1 a 3, de acordo com suas atribuies,

    assim como os Centros Meteorolgicos de Vigilncia responsveis pela

    expedio de mensagens SIGMET e AIRMET para suas respectivas

    Regies de Informao de Vo (FIR). Completando a Rede de Centros,

    existem tambm os Centros Meteorolgicos Militares (CMM), que atuam

    exclusivamente para atender a Fora Area Brasileira.

    A Rede de Estaes Meteorolgicas composta, por sua vez, de

    Estaes Meteorolgicas de Superfcie (EMS), Estaes Meteorolgicas

    de Altitude (EMA), Estaes de Radar Meteorolgico (ERM) e Estaes

    Receptoras de Imagens de Satlites (ERIS).

    A responsabilidade das atividades da meteorologia aeronutica no Brasil

    est a cargo do Departamento de Controle do Espao Areo DECEA

    (do Comando da Aeronutica) e da Empresa Brasileira de Infra-

    Estrutura Aeroporturia (INFRAERO), que responsvel, nesse sentido,

    por uma grande parte desses servios em todo o territrio nacional.

    Como membro da OACI, o Brasil assumiu compromissos internacionais

    com vistas a padronizar o servio de proteo ao vo de acordo com os

    regulamentos dessa organizao. Sendo assim, o DECEA normaliza e

    fiscaliza os servios da rea de Meteorologia conforme os padres da

    OMM, OACI e interesses nacionais.

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    Figura 7 Organograma de organizaes da rea de Meteorologia.

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    ONU

    OACI(ICAO)

    OMM(WMO)

    COMANDO DAAERONUTICA

    DECEA

    REM RCM

    MINISTRIO DAAGRICULTURA,

    PECURIA EABASTECIMENTO

    COMANDO DAMARINHA

    INMET DHN

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    3. CDIGOS METEOROLGICOS

    Nas Estaes Meteorolgicas de Superfcie, existentes em mais de 100

    aerdromos brasileiros, so confeccionados e difundidos de hora em

    hora, boletins meteorolgicos onde constam as informaes reais da

    rea do aerdromo e que serviro de base s operaes de pouso e

    decolagem.

    Temos a elaborao de 2 tipos de boletim que so difundidos para fora

    do aerdromo METAR e SPECI; o boletim ESPECIAL, confeccionado

    quando h a elevao de 2C ou mais desde a ltima observao ou

    quando for constatada a presena de turbulncia moderada ou forte ou

    gradiente de vento, fica restrito ao mbito do aerdromo e o boletim

    LOCAL, quando ocorre um acidente aeronutico na rea do aerdromo

    e vizinhanas, fica somente registrado no impresso climatolgico da

    estao.

    Os Boletins METAR e SPECI podem ser encontrados nas Salas AIS e

    tambm no site do CNMA de Braslia http://www.redemet.aer.mil.br.

    METAR

    Ex. METAR SBGR 272200Z 18015G25KT 0800 R09/1000N R27/1200D

    +RA BKN012 OVC070 19/19 Q1012 RETS WS LDG RWY 27=

    Decodificao:

    METAR Identificao do Cdigo - Boletim meteorolgico regular para

    fins aeronuticos.

    SPECI Boletim meteorolgico especial selecionado informado nos

    horrios em que no for previsto o Boletim METAR e quando houver

    alterao significativa nas informaes contidas na ltima mensagem.

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    SBGR Indicador de Localidade S > Amrica do Sul; B > Brasil; GR >

    Guarulhos. Outros indicadores de localidade podem ser consultados na

    publicao ROTAER existente nas Salas AIS.Outros indicadores SBSP So Paulo (Congonhas); SBMT Campo

    de Marte; SBKP Campinas (Viracopos); SBRP (Ribeiro Preto); SBBU

    Bauru; SBDN Presidente Prudente; SBSJ So Jos dos Campos.

    272200Z Grupo Data Hora indica o dia e a hora (UTC) em que foi

    expedida a Observao.

    18015G25KT Indica o vento em superfcie; no caso, soprando do

    quadrante Sul (180), com 15 ns de intensidade e 25 ns de rajadas.

    A direo do vento indicada com trs algarismos, de 10 em 10 graus,

    mostrando de onde o vento est soprando, com relao ao norte

    verdadeiro ou geogrfico (obs.: As torres de controle informam o vento

    aos pilotos das aeronaves em relao ao norte magntico).

    A intensidade do vento informada em kt (ns) em dois algarismos (at

    99 kt) ou P99, caso o vento tenha velocidade a partir de 100 kt, sempre

    levando em considerao uma mdia de 10 minutos de observao

    (obs.: As torres de Controle informam a intensidade do vento com um

    uma mdia de 2 minutos).

    As rajadas so informadas quando, em relao intensidade mdia, os

    ventos atingem uma velocidade mxima de pelo menos 10 kt, em um

    perodo de at 20 segundos. identificada pela letra G (Gust).

    O vento calmo indicado nos boletins quando a intensidade do vento for

    menor que 1 kt e representado por00000KT.

    O vento varivel apresenta duas possveis situaes:

    1) A variao total da direo for de 60 ou mais, porm menos de 180

    com velocidade inferior a 3 kt, ser informado o vento varivel; ex.:

    VRB02KT.

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    2) Quando a variao da direo for de 180 ou mais com qualquer

    valor de velocidade; ex: VRB23kt

    Obs: Quando as variaes da direo do vento forem de 60 ou mais,porm menos que 180, e a velocidade mdia do vento for igual ou

    maior que 3kt, as duas direes extremas devero ser informadas na

    ordem do sentido dos ponteiros do relgio, com a letra V inserida entre

    as duas direes. Ex: 31015G27KT 280V350

    0800 visibilidade horizontal predominante estimada em 800 metros. O

    OBM estima, durante as observaes, a visibilidade horizontal em torno

    dos 360 a partir do ponto de observao e insere nos boletins a

    visibilidade predominante encontrada, em quatro algarismos, em metros,

    com os seguintes incrementos:

    de 50 em 50 metros at 800 metros;

    de 100 em 100 metros, de 800 a 5.000 metros;

    de 1.000 em 1.000 metros, de 5.000 at 9.000 metros. Para valores a partir de 10.000 metros, informa-se 9999.

    Obs.: Para visibilidades menores que 50 metros, informa-se 0000.

    Alm da visibilidade predominante, ser informada a visibilidade mnima

    quando esta for inferior a 1.500 metros ou inferior a 50% da

    predominante. Ser notificada esta visibilidade e sua direo geral em

    relao ao aerdromo, indicando um dos pontos cardeais ou colaterais.Exemplos:

    1) 8.000 m de visibilidade predominante e 1.400 m no setor sul 8000

    1400 S

    2) 6.000 m de predominante e 2.800 m no setor nordeste (6.000

    2800NE)

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    Obs: Quando for observada visibilidade mnima em mais de uma

    direo, dever ser notificada a direo mais importante para as

    operaes.R09/1000N R27/1200D Alcance visual na pista 09 igual a 1000 metros

    sem variao e, na pista 27, igual a 1.200 metros e com tendncia

    diminuio. O Alcance Visual na Pista registrado pelos visibilmetros

    ou diafanmetros, instalados nos principais aeroportos e quando a

    visibilidade horizontal for menor que 2.000 metros.

    Obs.:

    1) quando no houverem diferenas significativas entre os valores de

    duas ou mais pistas, informa-se somente o R seguido do valor medido

    (ex.: R1000).

    2) Quando houver pistas paralelas, informa-se com letras, aps o

    nmero da pista, o seu posicionamento: R (direita), L (esquerda) e C

    (central). Ex.: R09R/1200.

    3) Aps o valor do RVR, informa-se a tendncia de variao, com as

    letras N (sem variao), U (tendncia a aumentar) e D (tendncia a

    diminuir).

    1) Se o valor for menor que o parmetro mnimo que o equipamento

    pode medir, informa-se M; ex.: R09/0050M M inferior a 50 metros.

    2) Se o valor for maior que o parmetro mximo que o equipamento

    pode medir, informa-se P; ex.: R09/P2000 P superior a 2.000

    metros.

    + RA Grupo de tempo presente; no caso indicada chuva (Rain) forte.

    Ver a Tabela 4678 que indica o tempo presente para fins de codificao.

    Os fenmenos meteorolgicos mais utilizados nos boletins so: fumaa

    (FU), poeira (PO), nvoa seca (HZ), nvoa mida (BR), trovoada (TS),

    nevoeiro (FG), chuva (RA), chuvisco (DZ) e pancadas (SH).

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    A nvoa mida somente ser informada nos boletins quando a

    visibilidade horizontal estiver entre 1.000 e 5.000 metros; quando acima

    deste valor e no havendo outro fenmeno significativo ser omitido ofenmeno mencionado.

    O qualificador de intensidade (leve, moderado ou forte) somente ser

    utilizado para formas de precipitao (DZ, RA, SN, SH etc.).

    O qualificador VC (vizinhana) somente ser utilizado com fenmenos

    como SH, FG, TS, DS, SS, PO, BLSN, BLDU ou BLSA entre 8 km e 16

    km do ponto de referncia do aerdromo.

    O descritor TS ser utilizado isoladamente para indicar trovoada sem

    precipitao e, combinado adequadamente quando da existncia de

    precipitao. Ex.: trovoada com chuva moderada => TSRA.

    BKN012 OVC070 Nublado com 1.200 ps e encoberto com 7.000 ps.

    Indica o grupo de nebulosidade existente sobre o aerdromo ou a

    visibilidade vertical no caso da existncia de nevoeiro de cu

    obscurecido.

    Quantidade: indica com abreviaturas para as seguintes coberturas do

    cu:

    FEW poucas 1/8 ou 2/8

    SCT esparsas 3/8 ou 4/8

    BKN nublado 5/8, 6/8 ou 7/8

    OVC encoberto 8/8

    Altura: base das nuvens informada em centenas de ps.

    Tipo: informa-se para os gneros TCU (Cumulus Congestus) ou Cb

    (Cumulonimbus). Ex.: SCT030CB cumulonimbus esparsos a 3.000

    ps.

    O cu claro ser expresso como SKC (SKY CLEAR) e o cu

    obscurecido ser informado pela visibilidade vertical, tambm em

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    centenas de ps. Ex.: VV001 visibilidade vertical de 100 ps (30

    metros).

    19/19 indica 19C para a temperatura do ar e 19C para a temperaturado ponto de orvalho. Para temperaturas negativas insere-se a letra M

    antes da temperatura ou temperatura do ponto de orvalho.

    Q1012 indica o valor do ajuste do altmetro em hectopascais (hPa) em

    quatro algarismos, como ocorre no Brasil ou em polegadas de mercrio

    (Pol Hg), como nos EUA ex.: A2995 ou 29.95 Pol Hg.

    RETS WS LDG RWY 27 trovoada recente e wind shear na pista 27.

    Faz parte das informaes suplementares e relata fenmenos que

    ocorreram durante a hora precedente e tambm turbulncia e tesoura

    de vento.

    Previso tipo tendncia evoluo do tempo prevista de at duas horas

    a partir do boletim meteorolgico e inseridas no final das mensagens,

    com os seguintes identificadores de mudana previstos BECMG,

    TEMPO e NOSIG. Ex.: METAR SBGR 271500Z 4000 BR FEW020

    18/16 Q1018 BECMG FM 1530 TL 1600 2000 indica mudana de

    visibilidade entre 1530 e 1600 UTC, prevalecendo aps esse horrio.

    CAVOK significa Ceiling and Visibility OK, ou seja, teto e visibilidade

    OK. empregado nos boletins em substituio aos grupos de

    visibilidade, RVR, tempo presente e nebulosidade. Deve ser informando

    quando ocorrerem as seguintes condies:

    Visibilidade >= 10.000 metros

    Ausncia de nuvens abaixo de 5.000 ps (1.500 metros)

    Ausncia de precipitao e Cb na rea do aerdromo.

    EX.: METAR SBGR 271500Z 00000KT CAVOK 22/18 Q1015=

    Exemplos de METAR nacionais:

    Estado de So Paulo

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    Mensagens do dia: 09/04/2004 s 17 Horas.SBGR 091700 12004KT 9000 SCT025 SCT030 BKN300 26/20 Q1017=SBSP 091700 19009KT 9999 SCT030 BKN300 25/19 Q1018=SBMT 091700 15003KT 8000 BKN025 BKN300 29/19 Q1017=

    SBSJ 091700 00000KT 6000 BKN020 29/20 Q1015=SBSJ 091730 26017KT 4000 -TSRA BKN020 FEW030CB 24/17 Q1015=SBRP 091700 07002KT 9999 BKN030 BKN080 34/19 Q1013=SBST 091700 18010KT 9999 BKN025 BKN090 29/23 Q1015=SBYS 091700 00000KT 9999 BKN040 BKN300 29/17 Q1014=SBUP 091700 07005KT 9999 BKN028 FEW030TCU 30/20 Q1013=SBUP 091730 13007KT 5000 -TSRA BKN028 FEW030CB SCT100 26/23 Q1 013=

    Capitais brasileiras

    Mensagens do dia: 09/04/2004 as 17 Hora(s).SBPA 091700 16011KT 9999 BKN030 27/// Q1017=SBFL 091700 17011KT 9999 FEW030 27/21 Q1016=SBCT 091700 09008KT 9999 BKN030 24/17 Q1019=SBSP 091700 19009KT 9999 SCT030 BKN300 25/19 Q1018=SBGL 091700 10013KT 9000 SCT025 FEW030TCU SCT090 29/24 Q1013=SBVT 091700 03020KT 9999 FEW030TCU 30/24 Q1013=SBSV 091700 08012KT 9999 SCT017 32/23 Q1012=SBRF 091700 14005KT 9999 FEW023 BKN300 30/21 Q1012=SBAR 091700 12008KT 9999 SCT017 SCT300 31/25 Q1012=SBFZ 091700 12012KT 9999 SCT020 SCT100 30/23 Q1010=

    SBBE 091700 11006KT 9999 BKN020 32/24 Q1009=SBEG 091700 00000KT 9999 SCT012 BKN330 30/// Q1010 =

    Exemplos de METAR internacionais:

    Mensagens do dia: 09/04/2004 as 18 Hora(s).SAEZ 091800 11014KT 9999 FEW040 BKN200 22/12 Q1024=SACO 091700 18002KT 6000 BR OVC004 16/13 Q1025=SUMU 091800 12015KT 9999 BKN017 SCT080 20/10 Q1024 NOSIG TURB MOD06 LDG RWY06=SCEL 091800 17011KT 9999 SCT140 SCT250 26/10 Q1015 NOSIG=

    SPIM 091800 23006KT 9000 SCT270 25/19 Q1012 NOSIG=SVMI 091800 29009KT 9999 SCT016 31/24 Q1010 NOSIG=SLLP 091700 12010KT 080V170 9999 SCT020 13/04 Q1039=SLVR 091700 VRB03KT 9999 SCT020 31/20 Q1014=

    TAF Terminal Aerodrome Forecast Previso Terminal de

    Aerdromo, confeccionada a cada 6 horas por um CMA-1. As previses

    para os aerdromos internacionais tem validade de 24 horas e os

    domsticos 12 horas.

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    Ex.: TAF SBGR 271000Z 271212 18010KT 2000 BR SCT020 BKN070

    TX26/19Z TN22/06Z TEMPO 1518 12008G25KT TS SCT030CB

    BECMG 1820 13008KT RA OVC030=DECODIFICAO:

    TAF identificador do cdigo.

    SBGR indicador de localidade Aerdromo de Guarulhos.

    271000Z data e hora de confeco da previso. Dia 27 s 1000 UTC.

    271212 validade da previso identifica o dia, a hora de incio e a

    hora do final da validade da previso. Dia 12 UTC do dia 27 s 12 UTC

    do dia 28.

    18010KT indica o vento previsto vento de 180 com 10 ns.

    2000 indica a visibilidade horizontal prevista 2000 metros de

    visibilidade.

    BR indica o tempo presente previsto nvoa mida.

    SCT020 BKN070 indica o grupo de nebulosidade prevista nuvens

    esparsas com base a 2.000 ps e nublado a 7.000 ps.

    TX26/19Z TN22/06Z temperaturas mxima e mnima previstas e

    respectivos horrios temperatura de 26C prevista para as 1900 UTC

    do dia 27 e temperatura de 22C prevista para as 0600UTC do dia 28.

    TEMPO 1518 Previso de mudana temporria entre 15 e 18 UTC,

    com as seguintes condies: 12008G25KT TS SCT030CB e mudana

    gradual (BECMG) com a permanncia posterior entre 18 e 20UTC:13008KT RA OVC030=

    Outras abreviaturas FM (From) a partir de determinado horrio e

    PROB probabilidade de 30 ou 40% de ocorrer a mudana em um

    perodo de tempo.

    TAF DAS 1800Z Nacionais

    Mensagens do dia 09 de abril de 2004 TAF das 18h00

    15

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    SBGR 091800-101800 12005KT 9999 FEW020 BECMG 2022 SCT015 BECMG0204 8000 NSC PROB30 0711 3500 BR BKN010 BECMG 1214 9999 SCT035TN18/09Z TX27/17Z=SBSP 091800-101800 15005KT 9999 SCT015 BECMG 1921 18005KT 8000

    FEW017 BECMG 2301 15005KT FEW013 BECMG 0305 00000KT SKC PROB300810 4000 BR BKN008 BECMG 1113 FEW020 BECMG 1517 18005KT 9999SCT030 TN19/09Z TX27/17Z=SBST 091800-100600 17005KT 9999 SCT030 BECMG 2301 8000 SKC TX28/19ZTN22/06Z=SBSJ 091800-101800 17005KT 9999 FEW020 BECMG 0103 FEW014 BECMG0507 4000 BR NSC BECMG 1113 8000 NSW FEW020 TN19/09Z TX28/17Z=SBDN 091800-100600 12008KT 9999 FEW030 PROB40 TEMPO 1923 5000 TSRABKN030 FEW035CB TX33/18Z TN23/06Z=SBRP 091800-101800 00000KT 9999 SCT035 BECMG 2022 15005KT 9999FEW035 BECMG 0103 CAVOK BECMG 0608 8000 SKC BECMG 1113 9999

    FEW035 BECMG 1517 SCT035 TX32/19Z TN19/09Z=

    TAF DAS 1800Z INTERNACIONAISMensagens do dia 09 de abril de 2004 18h00

    SAEZ 091800-101800 09012KT 999 NSC PROB30 TEMPO02201 11008KT 9000-VCRA SCT030 BKN070 BECMG 0812 09005KT 7000 BR NSC FM1300 05008KTCAVOK=SUMU 091800-101800 14015G25KT 9999 BKN015 PROB30 TEMPO 1823 8000RADZ BKN010 OVC060 BECMG 2200 16020KT 9999 SCT010 BKN017=SACO 091200-101200 18010KT 2000 BRDZ OVC005 PROB40 TEMPO 1214 1500TSRA OVC006 FEW040CB BECMG 1416 14010KT 8000 RADZ SCT008 OVC020=SGAS 091800-101800 12003KT 9999 FEW040 BECMG 0003 12010KT 9999SCT027 BKN080 BECMG 0912 14012KT 9999 BKN033 OVC070 ISOLCB PROB40TEMPO 1417 22015KT 3000 TSRA BKN017 FEW040CB OVC070 TX34/19ZTN22/09Z=SVMI 091800-101800 VRB08KT 9999 FEW016 TEMPO 2002 SCT016 FM0200000KT 9999 FEW016 =SPIM 091200-101200 20003KT 6000 SCT010 SCT100 TX25/19Z TN19/11ZPROB30 TEMPO 1214 29005KT 3500 BR BKN010 SCT100 BECMG 1416 24005KT

    9000 FEW013 SCT100 FM16 CAVOK TEMPO 1824 21012KT CAVOK=SLVR 091800-101800 VRB03KT 9999 SCT017 SCT200 BECMG 2301 22005KTNSC TX31/20Z TN18/11Z=SLLP 091800-101800 12010KT 9999 FEW020 TEMPO 1922 FEW023CB BECMG2201 NSC TX15/19Z TN02/11Z=SAME 091800-101800 14005KT 9999 OVC020 PROB40 8000 DZ=SLCB 091800-101800 14008KT 9999 FEW033 SCT080 PROB30 FEW036CBBECMG 0002 00000KT NSC TX29/19Z TN11/10Z=SCEL 091800-101200 21012KT 7000 SCT150 TX27/19Z TEMPO 1800 SCT060BKN130 BECMG 0002 VRB03KT TN11/10Z=

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    GAMET Previso de fenmenos significativos que devero ocorrer

    entre o solo e o FL 100 ou FL150 (em regies montanhosas), dentro de

    uma FIR ou subrea, confeccionada por um CMA-1 e com validade de 6horas, principiando s 00, 06, 12 e 18Z.

    EX.: SBRE GAMET VALID 200600/201200 RECIFE FIR

    SFC WSPD 08/10 25KT

    SFC VIS 06/08 N OF 18DEG S 2000M

    CLD 06/08 OVC 800FT N OF 12 DEG S

    TURB MOD FL090

    SIGMET APLICABLE: 2 e 4

    (Previso FIR Recife das 0600Z s 1200Z do dia 20; vento de

    superfcie entre 0800Z e 1000Z de 25kt; visibilidade de 2000 m entre

    0600Z e 0800Z ao norte da latitude 18 Sul; entre 0600Z e 0800Z, cu

    encoberto a 800 FT ao norte da latitude 12 Sul; turbulncia moderada

    no FL090; SIGMET ns 2 e 4 aplicveis FIR).

    SIGMET Mensagem em linguagem abreviada, expedida por um

    Centro Meteorolgico de Vigilncia (CMV), sobre fenmenos

    observados ou previstos em rota que possam afetar as aeronaves em

    vo acima do FL100. Para vos transnicos ou supersnicos a

    mensagem denominada SIGMET SST.

    EX.: SBCW SIGMET 3 VALID 171230/171630 SBCT CURITIBA FIR

    SEV TURB FCST FL250 NC=

    (SIGMET n 3 vlido para o dia 17 entre 1230UTC e 1630UTC emitido

    pelo CMV Curitiba prevendo turbulncia severa no FL250 para a FIR

    Curitiba).

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    AIRMET Mensagem semelhante ao SIGMET, expedida por um CMV,

    voltada para aeronaves em nveis baixos (at o FL100).

    EX.: SBRE AIRMET1 VALID 201400/201800 SBRF RECIFE FIR MODTURB OBS AT1350 FL090 NC=

    (AIRMET expedido pelo CMV Recife, valido entre 1400Z e 1800Z,

    alertando sobre turbulncia moderada observada s 1350Z no FL090,

    na FIR Recife).

    AVISO DE AERDROMO Mensagem confeccionada por uma CMA-1

    que informa sobre fenmenos meteorolgicos que podem afetar

    aeronaves no solo e/ou instalaes e servios nos aerdromos.

    EX.: AVISO DE AERODROMO VALIDO 121600/121800 PREVISTO

    VENTO FORTE/RAJADA SUPERFCIE 31020/45KT PARA

    SBSP/SBMT/SBGR=

    AVISO DE GRADIENTE DO VENTO Mensagem elaborada por umCMA-1 sobre variaes significativas de vento (direo e/ou velocidade)

    que possam afetar as aeronaves em trajetria de aproximao, entre o

    nvel da pista e uma altura de 500 metros, assim como aeronaves na

    pista durante o pouso e a decolagem.

    EX.: WS WRNG VALID 201400/201800 SBKP SFC WIND 30010KT

    WIND AT 60M 36025KT IN APCH =

    (Mensagem alertando sobre variao significativa entre o vento de

    superfcie e o vento a 60 m de altura para o Aerdromo de Viracopos

    Campinas).

    4. CARTAS METEOROLGICAS

    CARTAS SIGWX

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    Cartas confeccionadas pelo CNMA (Centro Nacional de Meteorologia

    Aeronutica) de Braslia, com antecedncia de 24 horas, com as

    condies de tempo e reas de nebulosidade previstas desde asuperfcie at o nvel 630, divididas em 4 nveis SUP/100,

    FL100/FL250, FL250/FL450 e FL450/FL630 (vos supersnicos). A

    validade das cartas de 6 horas, sendo que na legenda aparece o

    horrio mdio da carta. Ex.: Carta das 1800UTC tem validade entre 15 e

    21 UTC.

    Figura 8 Carta SIGWX da Amrica do Sul do dia 09 de abril de 2004 18h00 UTCFonte: http://www.redemet.aer.mil.br

    Obs.: Abreviaturas utilizadas nas Cartas SIGWX: CAT Turbulnciaem ar claro; embd envolto, embutido; fl nvel de vo; few

    poucos (as); fog nevoeiro; frq freqente; haze nvoa seca;

    isol isolado; mist nvoa mida; over sobre; btn entre; rain chuva; shwrs pancadas; sct esparsas; stnry estacionrio;tshwrs trovoadas com pancadas.

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    CARTAS WIND ALOFT PROG

    Cartas de previso de vento e temperatura em altitude, elaboradas peloCNMA a cada 12 horas, com antecedncia de 24 horas, para os FL 050,

    FL100, FL180, FL240, FL300, FL340, FL390, FL450 e FL530.

    A validade das cartas de 12 horas, sendo que na legenda aparece o

    horrio mdio da carta. Ex.: Carta das 0000UTC tem validade entre 18

    UTC de um dia at as 06 UTC do dia seguinte.

    Figura 9 Carta WIND ALOFT PROG do dia 09 de abril de 2004 12h00 UTC FL300Fonte: http://www.redemet.aer.mil.br

    5. FENMENOS METEOROLGICOS

    HIDROMETEOROS

    Fenmenos meteorolgicos formados pela agregao de molculas de

    vapor dgua em torno de ncleos de condensao ou higroscpicos

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    (sal marinho, fuligem, plens, poeira, areia) atravs dos processos de

    condensao ou sublimao.

    DEPOSITADOS

    Orvalho condensao de vapor dgua sobre superfcie mais fria. Geada sublimao do vapor com temperatura por volta de 0C

    Em princpio as geadas no causam grandes danos aeronavegabilidade e podem se formar tanto no solo quanto em vo,depositando-se em fina camada, aderindo aos bordos de ataque,

    pra-brisa e janelas dos avies. Quando a aeronave desce de umacamada superesfriada para uma camada mida e mais quente,

    poder haver a formao de um gelo leve, macio e pouco aderente,que pode ser removido pelos mtodos tradicionais, porm o gelo

    pode reduzir momentaneamente a visibilidade do piloto devido asublimao no pra-brisa, devendo esse gelo ser removido com ouso dos prprios limpadores. As geadas ocorrem tambm emsuperfcie, particularmente em noites claras de inverno, devido

    perda radiativa, em ondas longas, do calor do solo para o espao. Escarcha sublimao do vapor dgua em superfcies verticais

    como rvores.

    SUSPENSOS

    - NUVENS fenmenos meteorolgicos formados a partir dacondensao ou sublimao do vapor dgua na atmosfera.

    Conjunto, ou aglomerado de partculas de gua, lquidas e/ou slidas,em suspenso na atmosfera.

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    Figura 10 Esquema de gneros de nuvens conforme a altura

    Fonte: Cabral e Romo (2000)

    Formao:

    Alta umidade relativa

    Ncleos higroscpios ou de condensao (sal, plens, fuligem,

    material particulado)

    Processo de condensao/sublimao

    As nuvens denotam a condio de estabilidade ou instabilidade da

    atmosfera, de acordo com sua aparncia e forma.

    Conforme o aspecto fsico, as nuvens podem ser, em linhas gerais:

    Estratiformes aspecto de desenvolvimento horizontal e pouco

    desenvolvimento vertical; podem ocasionar chuva leve e contnua

    (ex.: As);

    Cumuliformes possui grande desenvolvimento vertical; denota uma

    atmosfera mais turbulenta (ex.: Cu e Cb);

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    Cirriformes origina-se de fortes ventos em altitude; so formados

    por cristais de gelo (ex.: Ci)

    ESTGIOS DE FORMAO DAS NUVENS*ESTGIO ALTO

    (acima de 8 km)

    Cirrus (Ci)

    Cirrocumulus (Cc)

    Cirrostratus (Cs)

    Cristais de gelo

    ESTGIO MDIO

    (de 2 a 8 km)

    Nimbostratus (Ns)

    Altostratus (As)

    Altocumulus (Ac)

    Cristais de gelo e gotculas

    dgua

    ESTGIO BAIXO

    (de 100 ps a 2 km)

    Stratocumulus (Sc)

    Stratus (St)

    Gotculas dgua

    GRANDE

    DESENVOLVIMENTO

    VERTICAL (base

    aproximada de 3000 ps

    at topos de at 30 km)

    Cumulus (Cu)

    Cumulonimbus (Cb)

    Gotculas dgua e cristais de

    gelo

    *Latitudes tropicais

    ESTGIO ALTO (a partir de 4 km nos plos, 7 km nas latitudes

    temperadas e 8 km nas latitudes tropicais)

    Cirrus prenunciam o avano de sistemas frontais e podem estar

    associadas Corrente de Jato (Jet Stream);

    Cirrostratus vu de nuvens formando um halo em torno do sol ou

    da lua;

    Cirrocumulus - indicam ar turbulento em seus nveis de formao.

    ESTGIO MDIO (alturas entre 2 e 8 km)

    Nimbostratus cinzentas e espessas, podem dar origem chuva ou

    neve leve ou moderada de carter contnuo;

    Altostratus vu que normalmente cobre todo o cu e pode gerar

    chuva de intensidade leve e carter contnuo;

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    Altocumulus formadas em faixas ou camadas, associadas ao ar

    turbulento de camadas mdias, no gerando normalmente

    precipitao.

    ESTGIO BAIXO (entre 30 metros e abaixo de 2.000 metros)

    Stratocumulus nuvens de transio entre St e Cu

    Stratus nuvens com as alturas mais baixas e que podem ocasionar

    chuvisco, com forte restrio de visibilidade e teto.

    NUVENS DE DESENVOLVIMENTO VERTICAL (formam-se prximas

    do solo e devido alta instabilidade atmosfrica chegam a altitudes

    muito elevadas)

    Cumulus nuvens isoladas e densas, com contornos bem definidos,

    denotam turbulncia e podem gerar precipitao em forma de

    pancadas; Cumulonimbus nuvens que geram as trovoadas, pancadas de

    chuvas e granizo, fortes rajadas de vento e alta turbulncia os

    pilotos devem evit-las.

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    Figura 11 Quadro de nuvens

    Fonte: Torelli, D.

    PROCESSOS DE FORMAO DAS NUVENS:

    RADIATIVO principalmente no inverno, com a perda radiativa de

    energia em radiao de ondas longas, resfriamento da superfcie e

    formao de nuvens baixas (St) ou nevoeiros.

    DINMICO (frontal) ocorre nas reas de frentes (frias ou quentes),pela ascenso do ar na rampa frontal, com o conseqente

    resfriamento e condensao.

    OROGRFICO devido presena do relevo, com o ar mido

    subindo a elevao, se resfriando, condensando sob a forma de

    nuvens barlavento.

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    CONVECTIVO formado pelas correntes ascendentes devido ao

    aquecimento basal, particularmente na primavera e vero. Formam

    Cumulus e muitas vezes Cumulonimbus, principalmente nas tardes.- Nevoeiro fenmeno meteorolgico resultante da condensao e/ou

    sublimao do vapor dgua prximo da superfcie e que restringe avisibilidade horizontal a menos de 1.000 metros. fator de risco comrelao s operaes areas pois pode causar a restriooperacional de um ou mais aerdromos durante vrias horas,

    principalmente no outono/inverno no sudeste e sul do Brasil.

    Figura 12 Nevoeiro reduzindo a visibilidade horizontal

    Fonte:http://www.meteochile.cl

    Formao:

    Alta umidade relativa do ar prxima de 100%

    Presena de grande quantidade de ncleos higroscpios

    Ventos relativamente fracos.

    TIPOS OPERACIONAIS:

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    http://www.meteochile.cl/http://www.meteochile.cl/http://www.meteochile.cl/
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    Nevoeiro de superfcie ocorre mais prximo da superfcie, sem grande

    espessura e permite observar o cu, outras nuvens e obstculos

    naturais;Nevoeiro de cu obscurecido restringe, alm da visibilidade horizontal,

    tambm a visibilidade vertical (Ex.: METAR VV001)

    CLASSIFICAO DOS NEVOEIROS:

    Massas de Ar formam-se dentro de uma mesma massa de ar

    1)Radiao devido ao resfriamento da superfcie terrestre (outono e

    inverno)

    2)Adveco formado pelo resfriamento do ar como resultado de

    movimentos do ar horizontais.

    a) Vapor condensao do vapor dgua devido ao fluxo de ventos

    frios sobre uma superfcie mais quente (lagos, pntanos)

    b) Martimo formam-se com o resfriamento de ventos quentes e

    midos ao flurem sobre correntes martimas frias de mares e

    oceanos, provocando a condensao de vapor dgua (mais comum

    na primavera e vero);

    c) Brisa forma-se devido ao fluxo de ar quente dos oceanos sobre a

    regio costeira mais fria (mais comum no inverno em latitudes

    tropicais e temperadas);

    d) orogrfico ou de encosta formado barlavento das encostas,

    quando ventos quentes e midos sopram em direo s elevaes

    montanhosas; ocorrem em qualquer poca do ano;

    e) glacial formam-se nas latitudes polares, pelo processo de

    sublimao com temperaturas de at 30C.

    Frontais formam-se nas reas de transio entre duas massas de arde caractersticas diferentes.

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    1) Pr- frontal associadas s frentes quentes, quando uma massa de

    ar mais aquecida avana sobre uma massa de ar mais fria;

    2) Ps- frontal forma-se aps a passagem de frentes frias, aps aocorrncia de chuvas a atmosfera fica fria e mida possibilitando a

    formao de nevoeiros.

    - Nvoa mida gotas dgua com UR >= 80% e visibilidadehorizontal >= 1000 metros e at 5000 (METAR)

    PRECIPITADOS

    Caracterizam-se pelo tipo (chuva, chuvisco, neve, granizo e saraiva),intensidade (leve, moderada ou forte) e carter (intermitente,contnua ou pancadas)

    Chuva gotculas dgua que caem das nuvens e tem dimetros >=0,5 mm

    Chuvisco gotculas dgua que precipitam das nuvens baixas(stratus) e podem reduzir significativamente a visibilidade horizontal gotculas com dimetros < 0,5 mm

    Neve precipitao sob a forma de flocos de gelo com temperaturas

    prximas a 0C No Brasil existe pouca ocorrncia de neve,somente no sul do pas, particularmente no inverno. Granizo precipitao sob a forma de gros de gelo com dimetros = 5 mm (CB)

    LITOMETEOROS

    Fenmenos meteorolgicos que ocorrem com a agregao de

    partculas slidas suspensas na atmosfera UR < 80 % Nvoa seca partculas slidas (poluio) que restringem avisibilidade entre 1000 e 5000 metros (METAR)

    Poeira partculas de terra em suspenso Fumaa partculas oriundas de queimadas distingue-se pelo odor.

    Obs.: nas regies centro-oeste e norte do pas, os episdios de nvoaseca e fumaa ocasionados pelas queimadas e devido baixa umidadedo ar levam redues crticas de visibilidade, principalmente no final

    de inverno e primavera. Aerdromos situados nessas regies podemapresentar restries s operaes areas por dias consecutivos.Dados do Departamento de Aviao Civil, relativos aos ltimos 5 anos,

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    mostram 2 acidentes areos ocorridos em 2002 associados presenade fumaa (Guarant do Norte MT e Fazenda Tarum PA)

    PSICRMETRO Par de 2 termmetros de onde se extrai a temperatura do ar,

    temperatura do bulbo mido, ponto de orvalho e umidade relativa doar.

    Figura 13 Foto interna do abrigo meteorolgico da Estao Meteorolgica de Vargem, SP,pertencente SABESP, contendo um psicrmetro, termmetros de mxima e mnima,higrotermmetro digital, microbargrafo e higrotermgrafo.Fonte: CABRAL, E.

    INSTRUMENTOS PARA A MENSURAO DA UMIDADE

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    Figura 14 Higrmetro analgico, higrotermmetro digital, psicrmetro giratrio e psicrmetro fixo.Fonte: http://www.iope.com.br

    QUADRO COM OS FENMENOS METEOROLGICOS PRINCIPAIS

    Elemento Visibilidade Umidade relativaNevoeiro < 1.000 metros 100% ou prxima

    Nvoa mida Entre 1 e 5 km >= 80%Nvoa seca Entre 1 e 5 km < 80%

    Fumaa

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    Figura 15 Foto de mltiplos relmpagos a partir da base de um CumulonimbusFonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html

    o resultado da energia acumulada nas nuvens Cumulonimbus (CB),

    que se trata do gnero de nuvens mais perigoso s operaes

    areas, tendo em vista seu alto grau de instabilidade e os

    fenmenos associados turbulncia, pancadas de chuva, fortes

    rajadas de vento, gelo, granizo, raios e troves. Ocorre de formamais efetiva nas regies tropicais e principalmente na poca do

    vero. As trovoadas apresentam trs estgios: desenvolvimento

    (cumulus), maturidade e dissipao.

    1) DESENVOLVIMENTO: Ocorre o predomnio de correntes

    convectivas ascendentes, com o resfriamento, a condensao e a

    formao de nuvens Cumulus; geralmente no ocorre precipitao

    neste estgio e a visibilidade boa;

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    http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.htmlhttp://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html
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    Figura 16 Foto do desenvolvimento de uma nuvem de trovoada no estgio CumulusFonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html

    2) MATURIDADE: Ocorre com a formao do CB (extenso vertical at

    30 km), com a incidncia dos relmpagos e troves, se principia a

    precipitao em forma de pancadas de chuva ou granizo, as

    correntes descendentes geram os ventos de rajada em superfcie,

    ocorre forte turbulncia e mxima a condio de instabilidade

    atmosfrica. As aeronaves apresentam srio risco de acidentes neste

    estgio, com os instrumentos se tornando no confiveis devido

    forte turbulncia (ascendentes e descendentes muito intensas) e a

    energia envolvida. Tambm ocorre a rpida formao de gelo claro,

    em grande quantidade, tornando incuos os sistemas anti-

    congelantes da aeronave.

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    http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.htmlhttp://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html
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    Figura 17 Foto de um Cumulonimbus na fase de maturidadeFonte: http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html

    3) DISSIPAO neste estgio cessam as correntes ascendentes e

    predominam as correntes descendentes, com a diminuio da

    turbulncia, precipitao e dos ventos associados. A dissipao do

    CB forma camadas de Sc, Ns e As, gerando o resfriamento dasuperfcie e torna a atmosfera mais estvel.

    Quanto sua gnese, as trovoadas podem ser de vrios tipos:orogrficas, advectivas, convectivas, frontais (dinmicas).

    TROVOADAS OROGRFICAS formam-se barlavento das

    montanhas, formando fortes precipitaes e rajadas de vento.

    TROVOADAS ADVECTIVAS ocorre mais freqentemente no inverno

    sobre os oceanos, com o transporte de ar frio sobre a superfcie de gua

    mais quente, com a absoro de calor e a formao de instabilidade.

    TROVOADAS CONVECTIVAS (trmicas) ligadas ao forte

    aquecimento da superfcie e formao de correntes convectivas;

    ocorrem principalmente no vero sobre os continentes.

    TROVOADAS FRONTAIS (dinmicas) ocorre na regio de transio

    entre duas massas de ar de caractersticas diferentes (frentes); devido

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    http://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.htmlhttp://www.physicalgeography.net/fundamentals/7t.html
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    ao maior ngulo de inclinao das frentes frias, as trovoadas neste caso

    so mais intensas e freqentes do que nas frentes quentes.

    TIPOS DE TROVOADAS

    Existem dois tipos bsicos de trovoadas: um tipo mais comum,

    freqentemente descrito como uma trovoada de massa de ar e uma

    trovoada severa, que tambm pode ser denominada como trovoada de

    linha de instabilidade. A trovoada severa tm uma intensidade maior do

    que uma trovoada de massa de ar, podendo produzir rajadas de ventos

    de 50 ns ou mais, pedras de granizo de de polegada ou mais de

    dimetro e/ou fortes tornados.

    Uma trovoada pode ocorrer de forma unicelular, multicelular ou

    supercelular. Uma clula nica dura menos de uma hora, enquanto que

    uma superclula de trovoada severa pode durar duas horas.

    Uma tempestade multicelular um compacto aglomerado de trovoadas.

    composta geralmente de clulas de trovoadas de massa de ar emdiferentes estgios de desenvolvimento; a interao dessas clulas

    fazem com que a durao do aglomerado dure bem mais do que a

    clula individual.

    Enquanto a trovoada multicelular s ocasionalmente produz tempo

    severo, a trovoada de superclula quase sempre produz uma ou mais

    condies convectivas extremas: fortes rajadas de vento horizontais,granizo de grandes dimenses e/ou tornados. A superclula ocorre

    principalmente nas mdias latitudes, mas predomina na poca de

    primavera no sul das Grandes Plancies dos EUA.

    TORNADOS Os tornados so violentas colunas de ar em forma de

    funil formados na base das nuvens Cumulonimbus.

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    O Prof. T. Fujita, da Universidade de Chicago, desenvolveu uma escala

    de intensidade de tornados levando em considerao os danos

    causados e a velocidade dos ventos, conforme tabela a seguir.

    Escala Categoria Ns Expectativa de danosF0 Fraca 35-62 Leve: galhos de rvores

    quebradosF1 63-97 Moderado: rvores partem-

    se, janelas se quebramF2 Forte 98-136 Considerveis: estruturas

    mais fracas so destrudas

    F3 137-179 Severa: carros so virados,paredes so removidas dasedificaes

    F4 violenta 180-226 Devastadora: estruturas decasas so destrudas

    F5 227-276 Incrveis: estruturas dotamanho de veculos soarrastadas a mais de 300ps, estruturas reforadas

    de ferros so altamentedanificadas.Fonte: Lester, P.F., 1997, p. 9-17

    Figura 18. Mapa com a localizao e anos de ocorrncia de tornados e trombas dguaocorridos no Brasil.

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    Fonte: Nechet, D. (http://www.ventonw.cjb.net)

    Figura 19. Foto de uma tromba dgua ocorrida em So Francisco do Sul (SC) em1996.

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    http://www.ventonw.cjb.net/http://www.ventonw.cjb.net/
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    Figuras 20 a 23. Fotos de uma tromba dgua ocorrida no litoral do Rio de Janeiro,prximo a uma plataforma da Petrobrs.

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    7. TURBULNCIA

    TURBULNCIA Irregularidades na circulao atmosfrica que afetam

    aeronaves em vo, provocando solavancos bruscos em suas

    estruturas. uma das principais causas de acidentes areos.

    TIPOS DE TURBULNCIA, SEGUNDO SUA GNESE:

    A) TURBULNCIA TERMAL OU CONVECTIVA Associada s

    correntes trmicas sobre os continentes (principalmente durante as

    tardes de vero) ou oceanos (durante as noites). As nuvenscumuliformes so indicadores da existncia desse tipo de turbulncia.

    B) TURBULNCIA OROGRFICA surge do atrito do ar ao soprar

    contra elevaes montanhosas; um indcio de sua presena so as

    nuvens lenticulares (forma de amndoas) nas cristas das elevaes e

    nuvens rotoras sotavento. barlavento as aeronaves devem encontrar

    aumento de altitude (ganho de sustentao) e sotavento perda de

    altitude, devendo aumentar a potncia de seus reatores e sair da rea

    de ondas orogrficas.

    C) TURBULNCIA MECNICA OU DE SOLO provocada pelo atrito

    do ar ao soprar contra edificaes e outros obstculos artificiais. Afetam

    particularmente os helicpteros e avies pequenos, que voam a baixa

    altura e tambm nos procedimentos de pouso e decolagem de

    aerdromos situados em reas urbanas (ex.: Campo de Marte e

    Congonhas).

    D) TURBULNCIA DINMICA:

    D.1) TURBULNCIA FRONTAL turbulncia surgida com a presena

    de sistema frontal.

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    D.2) TURBULNCIA EM AR CLARO (CAT) turbulncia que surge

    sem nenhuma indicao visual, sob cu claro; geralmente est

    associada Corrente de Jato (Jet Stream), com velocidades acima de50 kt e de at 300 kt em altitudes acima de 20.000 ft; as cartas SIGWX

    dos FL250 /450 mostram as reas previstas de CAT e JET STREAM.

    D.3) TURBULNCIA DE CORTANTE DE VENTO (WIND SHEAR)

    surge da variao na direo e/ou velocidade do vento em baixa altura

    (at 2.000 ft ou 600 m so mais perigosos), provocando o ganho ou

    perda de sustentao da aeronave e colocando em srio risco os vos,

    principalmente nos procedimentos de pouso e decolagem. O gradiente

    de vento reportado pelos pilotos das aeronaves que encontraram o

    fenmeno e o OBM registra a WS no final dos boletins METAR e SPECI;

    o previsor expede um aviso de gradiente de vento denominado WS

    WARNING.

    D.4) ESTEIRA DE TURBULNCIA (WAKE) surge nas trajetrias de

    pouso e decolagem, principalmente de aeronaves de grande porte,

    quando so formados vrtices a partir de hlices, turbinas ou pontas de

    asas; as aeronaves que se encontrarem atrs daquelas que geraram a

    esteira devem ter uma distncia adequada para no sofrerem acidentes

    srios (ex.: aeronave pequena deve ter separao de 6 milhas de uma

    aeronave considerada pesada B747).

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    Figura 24 Esteira de turbulncia de uma pequena aeronave

    Fonte: Cabral e Romo, 1999.

    Figura 25 Esteira de turbulncia de um helicpteroFonte: Cabral, 2001

    TABELA DE INTENSIDADE DE WS (WIND SHEAR)

    A intensidade de WS em aviao classificada conforme a variao do vento em

    uma determinada distncia.

    INTENSIDADE VARIAOLEVE 0 a 2 m/s em 30m (100 ps) 0 a 4 kt em 30m

    MODERADA 2,6 a 4,1 m/s em 30 m 5 a 8 kt em 30 mFORTE 4,6 a 6,2 m/s em 30 m 9 a 12 kt em 30 mSEVERA acima de 6,2 m/s em 30 m mais de 12 kt em 30

    m

    Obs.: Eventos mais intensos esto associados fortes correntesdescendentes (downburst) que, ao atingirem o solo, espalham-sehorizontalmente (outburst) podendo atingir at 100 km de distncia emrelao ao ponto de toque da corrente descendente no solo.

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    TABELA DE INTENSIDADE DE TURBULNCIA

    INTENSIDADE IDENTIFICAO

    LEVE A aeronave sofre aceleraes verticais inferiores a2 m/s, porm no sofre alteraes significativas emsua altitude. A tripulao sente a necessidade deutilizar cinto de segurana, mas os objetoscontinuam em repouso. O servio de bordo pode

    prosseguir normalmente. Encontra-se pouco ounenhuma dificuldade ao se caminhar pelo corredorda aeronave.

    MODERADA A aeronave sofre aceleraes verticais entre 2 m/se 5 m/s, podendo sofrer mudana de altitude,

    porm continua sob controle. necessrio o uso docinto de segurana. Os objetos soltos podem sedeslocar e encontra-se dificuldade para executar oservio de bordo ou se deslocar pelo corredor daaeronave.

    FORTE A aeronave sofre aceleraes verticais entre 5 m/se 8 m/s, sofrendo bruscas mudanas de altitude.Pode-se, momentaneamente, perder o controle daaeronave. Os objetos soltos so fortemente

    lanados de um lado para o outro e os instrumentosa bordo vibram de modo intenso, criando sriasdificuldades para o piloto. Passageiros podementrar em pnico devido aos movimentos violentosda aeronave. O servio de bordo e o caminhar pelocorredor da aeronave se tornam impraticveis.

    SEVERA A aeronave sofre aceleraes verticais superiores a8 m/s. Em tal situao impossvel o controle daaeronave e, devido forte trepidao, podem

    ocorrer danos sua estrutura.

    COMPARAO ENTRE TURBULNCIA E GRADIENTE DEVENTO

    A ocorrncia dos dois fenmenos est extremamente associada, diferenciando-se

    basicamente na ordem de grandeza de escala, relativa ao tamanho da aeronave e

    sua velocidade. A escala do gradiente de vento (WS) maior que a da turbulncia.

    O gradiente do vento altera a velocidade da aeronave e, portanto, sua sustentao.

    A turbulncia afeta mais o controle da aeronave devido forte trepidao.

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    8. FORMAO DE GELO

    A formao de gelo em aeronaves fator de risco e causa de inmeros

    acidentes aeronuticos.

    No dia 27 de dezembro de 1991, um MD-81 teve que fazer um pouso

    forado fora do aeroporto, partindo-se em trs pedaos, pouco depois

    da decolagem. Quando o avio corria na pista e iniciava a rotao para

    subir, o gelo que se tinha formado sobre as asas desprendeu-se e foi

    ingerido pelas turbinas, situadas na cauda, que, em conseqncia,

    pararam. O efeito mais devastador da formao de gelo a

    modificao do perfil aerodinmico da asa. Quando se forma gelo, o

    fluxo de ar alterado e a sustentao gravemente afetada. Testes

    feitos pela FOKKER, no tnel aerodinmico, mostraram que mesmo

    uma camada de gelo fina como uma folha de papel faz a sustentao

    diminuir em 25%.... (Pessoa, L.T., JT, 14/05/92, p.3 Caderno de

    Turismo).

    O gelo afeta a aeronave interna e externamente; dentro da aeronave o

    gelo se forma no tubo de pitot, nos carburadores e nas tomadas de ar,

    diminuindo a circulao do ar para instrumentos e motores; fora da

    aeronave, h o acmulo de gelo nas superfcies expostas gerando

    aumento do peso e resistncia ao avano. Nas partes mveis das

    aeronaves (rotor e hlices), afeta seu controle e produz fortes vibraes.

    CONDIES PARA A FORMAO DO GELO

    1) presena de gotculas super-resfriadas;

    2) temperatura do ar menor ou igual a 0C;

    3) superfcie da aeronave menor ou igual a 0C.

    4) camada da atmosfera mida (T Td

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    TIPOS DE GELOTipo de gelo Condio da atmosfera Faixa de

    temperatura

    Gelo claro (brilhante,denso e translcido),cristal, liso ou vidrado(mais perigoso devido maior aderncia edificuldade de remoode grandes gotculassuperesfriadas)

    - atmosfera instvel oucondicional instvel

    Entre 0C e 10C

    Gelo escarcha, amorfoou opaco (granulado,suave e semelhante aoformado no congelador)

    - atmosfera instvel oucondicional instvel Entre 10C e 20C

    - atmosfera estvel oucondicional estvel

    Entre 0C e 10C

    NEBULOSIDADE ASSOCIADA gelo tipo cristal est vinculado ao ar instvel e turbulento estando,

    portanto, associado s nuvens cumuliformes (Cu e Cb)

    gelo tipo escarcha ocorre principalmente em atmosfera estvel e sem

    turbulncia, estando associado nuvens estratiformes (St, As)

    FORMAO DE GEADAS EM AERONAVES quando se choca contra os pra-brisas das aeronaves podem causar

    grande restrio visibilidade.

    A geada se forma quando a aeronave voa durante muito tempo com

    temperatura abaixo de 0C e depois passa por uma rea com

    temperatura acima de 0C contendo gua, esta, ao se chocar com a

    superfcie fria da aeronave, cria uma fina camada de gelo

    esbranquiada, de aparncia de neve.

    INTENSIDADE DE FORMAO DE GELO

    A intensidade de formao dimensionada conforme sua razo de acumulao na

    aeronave.

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    Formao Leve acmulo lento, no ultrapassando a razo de 1

    mm/min; geralmente a evaporao compensa a acumulao de gelo e,

    portanto, no h problemas operacionais na aeronave.Formao Moderada acumulao entre 1 e 5 mm/min. H a

    diminuio da eficincia das comunicaes, erros nos instrumentos de

    presso, pequena vibrao e velocidade indicada com perda de at

    15%.

    Formao Forte formao quase instantnea, com grande e rpida

    (de 5 a 10 mm/min.) acumulao de gelo sobre a aeronave,

    ocasionando fortes vibraes nos motores, alterao nos comandos e

    velocidade indicada com perda de at 25%. Em poucos minutos pode

    haver de 5 a 8 cm de acmulo de gelo nas aeronaves.

    Em situaes mais graves, a formao de gelo pode determinar a

    imediata mudana de nvel de vo, devido ineficincia dos sistemas de

    combate sua formao.

    EFEITOS DO GELO SOBRE AS AERONAVES

    1. Diminui a sustentao;

    2. Aumenta a resistncia ao avano;

    3. Perda da eficincia aerodinmica;

    4. Perda de potncia dos motores;

    5. Restrio visual;6. Indicaes falsas dos instrumentos etc.

    REAS CRTICAS DA AERONAVE EM RELAO AO GELO

    ASAS modifica o perfil aerodinmico, aumenta a resistncia ao

    avano e diminui a sustentao.

    HLICES reduz o rendimento e apresenta fortes vibraes.

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    TOMADAS DE AR (TUBO DE PITOT) afeta o indicador de

    velocidade vertical (climb), altmetro e velocmetro.

    CARBURADOR reduz o rendimento do motor e sua potncia. ANTENAS afeta as comunicaes pois aumenta o dimetro dos

    cabos e diminui o isolamento em relao ao corpo da aeronave. Em

    situaes extremas, o excesso de peso pode causar a ruptura da

    antena.

    PRA-BRISAS

    TANQUES DE COMBUSTVEL

    SISTEMAS ANTIGELO

    So divididos em dois tipos: os anticongelantes (anti-ice), que impedem a formao

    de gelo e os descongelantes (de-ice), que procuram retir-lo.

    SISTEMA MECNICO:

    Evita o acmulo de gelo, mas no sua formao. Atua por meio de

    capas de borrachas inseridas nos bordos de ataque das asas e

    empenagens. Tais capas inflam ar comprimido periodicamente e

    rompem o gelo formado.

    SISTEMA TRMICO:

    Evita e combate a formao de gelo, aquecendo as partes mais

    vulnerveis da aeronave, atravs de resistncias eltricas

    incandescentes ou por meio de fluxos de ar aquecido dos motores.

    SISTEMA QUMICO:

    Geralmente tal sistema usado de maneira preventiva nas hlices, pra-brisas e

    carburadores, a partir de fluidos anticongelantes constitudos de gua e lcooletlico, que tem a capacidade de liqefazer o gelo formado ou impedir tal formao.

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    DICAS PARA DIMINUIR OU EVITAR OS EFEITOS DA FORMAODE GELO:A) Faa a remoo do gelo que porventura exista sobre a aeronave antes da

    decolagem;

    B) Use de forma correta o sistema antigelo;

    C) Evite voar em FL dentro de nuvens com altos ndices de precipitao,

    particularmente entre as faixas de 0 e 20C;

    D) Emita mensagem de posio com reporte de formao de gelo em

    seu FL.

    PRODUTOS DA NOAA (NATIONAL OCEANIC AND ATMOSPHERICADMINISTRATION) -

    A NOAA disponibiliza na Internet, produtos experimentais mostrando

    reas de formao de gelo para os EUA em suas imagens de satlite.

    Para a obteno de tais produtos meteorolgicos, pode-se acessar os

    seguintes sites: http://orbit-net.nesdis.noaa.gov/arad/fpdt/icg.html e

    http://www.rap.ucar.edu/weather/satellite.html.

    Alm das reas sombreadas de azul claro, mostrando a concentrao

    de nuvens com gotculas de gua superesfriadas, tambm so inseridas

    as informaes dos ltimos reportes dos pilotos sobre as imagens, em

    amarelo e com a seguinte classificao em relao formao de gelo:

    0 = nenhuma; 1 = leve; 2 = leve/moderada; 3 = moderada; 4 =

    moderada/severa e 5 = severa; as altitudes so plotadas em verde.

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    http://orbit-net.nesdis.noaa.gov/arad/fpdt/icg.htmlhttp://www.rap.ucar.edu/weather/satellite.htmlhttp://orbit-net.nesdis.noaa.gov/arad/fpdt/icg.htmlhttp://www.rap.ucar.edu/weather/satellite.html
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    Figura 26 Imagem de satlite meteorolgico indicando reas de formao de gelo.Fonte:http://orbit-net.nesdis.noaa.gov/arad/fpdt/icg.html

    Obs.: Deve-se esperar gelo sempre que a aeronave atravessar nebulosidade ouchuva em camadas prximas ou acima do nvel de congelamento, normalmente

    entre 6.000 e 20.000 ps. Em CB em formao, pode ser encontrado gelo severo

    em alturas ainda mais elevadas. As regies frontais, cavados, baixas presses e

    sobre elevaes montanhosas tambm so reas muito problemticas em relao

    formao de gelo.

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    http://orbit-net.nesdis.noaa.gov/arad/fpdt/icg.htmlhttp://orbit-net.nesdis.noaa.gov/arad/fpdt/icg.htmlhttp://orbit-net.nesdis.noaa.gov/arad/fpdt/icg.html