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INTRODUÇÃO€¦ · 1.1 – O que é Escatologia? É a área da Teologia Sistemática, que trata da Doutrina das “últimas coisas”, ou os últimos acontecimentos históricos

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INTRODUÇÃO

1. CONCEITO

1.1 – O que é Escatologia? É a área da Teologia Sistemática, que trata da Doutrina das “últimas

coisas”, ou os últimos acontecimentos históricos da humanidade. Entendemos que, estes últimos acontecimentos estão intimamente relacionados com o Reino de Deus.

1.2 – O Reino de Deus. A expressão “Reino de Deus” foi usada por Jesus com muita freqüência

– (Mat. 12:28) “1”, (Mc. 1:14; 9:1), (Lc. 13:18-20), (Jô 3:3). A natureza desse reino mencionado por Jesus, não implicada em uma área geográfica, mas sim, ao “governo” e o “poder” de Deus, (Lc. 19:12). Trata-se do governo de Deus em ação, (Sl. 145:13), (Dn. 2:44).

1 - LEIA AGORA Ao lado de algumas referências bíblicas foi colocado um número, como por exemplo, (mt. 12:28) nesta página. Você encontrará esta referência transcrita nas margens de anotações com seu respectivo número indicando a passagem. (Tradução de João Ferreira de Almeida, edição contemporânea).

Encontramos o âmago do ensino bíblico sobre as “últimas coisas” na gloriosa aparição do Senhor, conforme Jesus mesmo enfatizou: “Então verão o Filho do Homem vir nas nuvens com grande poder e glória”, (Mc. 13:26). (Estudando as Doutrinas da Bíblia – Bruce Miline – Abu Editora/ págs. 259,262)

1 “Mas, se expulso os demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado a vós o reino de Deus”.

2. O ESTUDO DAS PROFECIAS.

2.1 – O caráter israelítico da mensagem profética. O ministério preditivo dos profecias tinha em vista o povo da Aliança,

tratando do seu pecado, seus fracassos e o seu futuro glorioso. Os gentios são mencionados no V.T., como instrumento que Deus usou para castigar o seu povo (Israel), mas também são participantes da graça que será demonstrada. A Igreja como corpo não estava na visão dos profetas do V.T., (Efésios 3:1-16).

2.2 – O estudo da Escatologia está relacionado com a restauração final de Israel.

O primeiro advento (nascimento de Jesus), meio pelo qual Deus providenciou a redenção do homem, aconteceria através do sofrimento de Jesus, (Is. 53). Quando ao segundo advento, será no estabelecimento do Seu Reino Glorioso, quando as promessas nacionais dadas pelo Senhor a Israel serão cumpridas.

APROFUNDANDO O ESTUDO. LEIA (Rm 11:1-32) A benção de Israel como nação repousa primeiramente sobre a Aliança Abraâmica, Gn. 12:12) A benção de Israel como nação repousa sobre a Aliança Palestínica, (Dt. 30:3). A benção de Israel como nação repousa também sobre a Aliança Davidica, II Sm 7:16). Isto concede a profecia preditiva o seu caráter messiânico e escatológico.

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3.1 – Estudar os elementos proféticos das Escrituras é importante pelas seguintes razões:

A nossa fé é fortalecida Contribui para o amadurecimento e conhecimento de Deus. Passamos a ver a ação de Deus no contexto da história. Dá-nos uma compreensão dos acontecimentos atuais do mundo. Ver o plano de Deus para a vida do homem.

3.2 – Leis que regem a interpretação das profecias.

LEI DA PROGRESSÃO – Onde cada “era” está sob a influência de uma profecia predominante.

LEI DA RESERVA – Onde entendemos que, algumas verdades proféticas estão ocultas ao entendimento humano. LEI DA COMPREENSÃO – Quando observamos dois eventos num mesmo texto, separado por longo espaço de tempo. LEI DA LINGUAGEM – Leva em consideração o tipo de linguagem que está sendo usado no texto.

ATENÇÃO: Os objetivos da unidade e a verificação de aprendizagem devem ser lidos antes de iniciar o estudo da unidade. Isto deverá sempre claro em sua mente onde você deverá chegar com o estudo. É importante também para a organização das informações.

OBJETIVOS: A – Objetivos desta Unidade: Que o aluno conheça os aspectos dessa Doutrina; Levar o aluno a preparação para a Segunda Vinda de Jesus; Aproveitar cada oportunidade para exercitar os talentos que o Senhor tem lhe dado.

APRENDIZADO: B – Verificação de Aprendizagem: O que você deve fazer para mostrar que alcançou os objetivos desse estudo: 1. Saber escrever os dois aspectos da Vinda de Jesus. 2. Mostrar na Bíblia os fundamentos dessa Doutrina. 3. Fazer uma auto-análise da sua vida espiritual, como preparação para a Vinda do Senhor.

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_______________________________________UNIDADE - I O ARREBATAMENTO DA IGREJA

1. O QUE É O ARREBATAMENTO DA IGREJA?

1.1 – Introdução: Ao abordar o assunto do Segundo Advento estamos ingressando num

dos campos mais delicados e controvertidos da Teologia. As diferentes opiniões que resultaram em controvérsias, não são meramente especulativas. Tocam nas fontes mais profundas do coração e estão vitalmente relacionadas com as experiências dos homens.

A Segunda Vinda de Jesus é um tema que tem agitado a Igreja, e de um modo geral tem cativado a atenção e o coração de todas as faixas etárias da Igreja. É uma Doutrina que diz respeito a todos.

1.2 – Analisaremos este assunto sob dois tópicos gerais:

A VOLTA PESSOAL DE JESUS

PARA BUSCAR A IGREJA,

E

A ORDEM DOS EVENTOS RELACIONADOS

COM A SUA VINDA.

2. A VINDA DE JESUS.

2.1 – O porquê da Vinda de Jesus? As Escrituras ensinam claramente que Cristo veio ao mundo para

efetuar a redenção do homem e assim também virá novamente receber para Si mesmo a Sua Igreja redimida, (Hb 9:27).

2.2 – A Segunda Vinda de Cristo terá dois aspectos distintos:

Primeiro Aspecto – Será o arrebatamento da Igreja. Segundo Aspecto – Será o estabelecimento do milênio.

NOTA: Tanto na primeira fase como na segunda, essa Doutrina se toma cada vez

mais elemento de revelação do senhorio e esplendor de Cristo como o Rei dos

reis e o Senhor dos senhores. Repetidas vezes o Senhor disse que a glória da

Sua vinda seria visível aos olhos de todos – num corpo glorificado, sobre as

nuvens do céu, no pleno esplendor de Sua majestade real.

REFERÊNCIAS BÍBLICAS:

Lc. 17:24; Mt 24:30; Mt 25:31; Lc 19:12; Mt 13:40 – 41, 49; Lc 18:18, e seu último prolongado discurso – Mt capts. 24 e 25.

APROFUNDANDO O ESTUDO: Termos do N.T. que são usados como expressão da Segunda Vinda de Jesus. “POURASIA”, é o termo mais comum usado no N.T. Referências: Mt. 24:3, I Co. 15:23, I Ts. 2:19, II Ts. 2:1,8. Significa “vinda”, “chegada”, “presença”. Jesus virá em pessoa, como aconteceu na encarnação. Será a volta do Rei, (Lc 19:12). - “APOKALYPSIS”, ocasião em que as coisas ocultas virão à luz. Referências: I Co 1:7, II Ts. 1:7, I Pd. 1:7. - “EPIPHANEIA”, significa: “aparecimento”, ou “manifestação”. Referências: II Ts. 2:8, Tt. 2:13.

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A SEGUNDA VINDA DE JESUS É O EVENTO DOMINANTE DA PROFECIA DO FUTURO.

Ele próprio está associado com a ressurreição universal, ao julgamento da humanidade e a consumação de todas as coisas. Jesus sempre falou da Sua vinda como Filho do Homem. Com esta verdade ele procurou tranqüilizar os discípulos.

EXERCÍCIO DE REFLEXÃO (1) 1 – Selecione nos Evangelhos, todas as referências proféticas pronunciadas por Jesus aos discípulos, com a finalidade de encorajá-los antes de subir para o Pai. 2 – Que consolo e encorajamento pessoal, encontra nestas profecias?

3. OS FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA DOUTRINA DA SEGUNDA VINDA DE JESUS.

3.1 – Amplas referências indicam as realidades da Segunda Vinda de

Jesus: Mt 24:3, I Co 15:23, II Co 7:6, I Ts. 2:19, I Ts. 3:13, II Ts. 2:1, Tg 5:17, II Pd. 1:16, I Jo 2:28

APROFUNDANDO O ESTUDO: Esta doutrina profética está registrado nos três evangelhos sinóticos: - Mateus (24:1 / 25:46); - Mateus (13:1-37); - Mateus (21:4-36). No Evangelho de Mateus Cap. 24 – Os Discípulos levantaram três importantes questões:

1. Quando sucederão estas coisas? 2. Que sinal haverá da Tua Vinda? 3. Que sinal haverá da consumação dos séculos?

3.2 – A revelação mais direta encontramos nas próprias palavras do Senhor Jesus.

(Mt. 23:38 – 39), Mt. 24:2,3

3.3 – Várias passagens do V.T, falam das glórias do reino messiânico.

São mencionadas em termos que não foram cumpridos na primeira vinda de Cristo, (II Sm 7:16), Sl 2), Is 2:1-5, Is 11:1-10, Is 40:3-5, Is. 49:6, Jr. 33:15, Ml. 4:1-3. Além disso Daniel refere-se diretamente à vinda do Senhor em glória, (Mc. 13:26, I Ts. 4:17, Ap 1:7-13, Ap. 14:14.

Estudando as Doutrinas da Bíblia – Bruce Milene – Editora Abu/pág. 262

NOTA: Visto que este assunto envolve, quase exclusivamente o uso da profecia, convém observar em resumo alguns dos princípios que se aplicam a este departamento. A primeira profecia encontramos no proto-evangelho, Gn.3:14-19. Esse texto reúne em si mesmo todas as profecias quanto ao conflito entre a serpente e a semente da mulher.

EXERCÍCIO DE REFLEXÃO (2). 1 - As profecias do V.T. podem ser assim assinaladas: - Aquelas que se cumpriram antes da encarnação de Jesus. - Aquelas que se cumpriram na encarnação. - Aquelas que se estenderam até o N.T., aos períodos da Igreja.

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2 – Agora, procure referências bíblicas que se encaixam nesta classificação de profecias.

3.4 – “Que sinal haverá da Tua vinda”? (Mt. 24:3) Em resposta a pergunta dos discípulos, Jesus não hesitou em

descrever os acontecimentos que teriam lugar antes da Sua vinda. Na resposta de Jesus encontramos uma predição de três tipos de acontecimentos, os quais entendem pelo restante do Seu discurso que estas épocas estão relacionadas entre si.

3.5 – Épocas que assinalam a Segunda Vinda de Jesus: a) Haverá uma época de tribulação, distúrbios no mundo físico, conflitos políticos e desintegração social (Mt 24:7; 15-22). Certamente que estas circunstâncias servirão para despertar a Igreja e usá-las como referencial na propagação do Evangelho. b) A evangelização do mundo em ritmo acelerado – Mt. 28:19-20. Jesus deixou esta responsabilidade com os Seus discípulos. Esta foi a Grande Comissão dada a Igreja. Pregar o Evangelho é acreditar e anunciar que Jesus vem. Leia: At. 1:8, Mt. 24:14. c) Haverá um tempo de apostasia devido ao engano do pecado – Mt. 24:10-12, 23-25.

A revelação progressiva da verdade divina a respeito do anti-cristo é muito característico das Escrituras. Aqui, Jesus fala de falsos cristos e falsos profetas.

APROFUNDANDO O ESTUDO: - O apóstolo João fala de uma pluralidade de anticristos (I Jo. 2:18, 4:3. - O apóstolo Paulo escreveu a respeito da apostasia predominante nos últimos dias. II Ts. 2:3-4. SEIS CATEGORIAS DE SINAIS:

1. Sinais na área da decadência espiritual – Mt. 24?:4-12, I Tm. 4:1. 2. Sinais na área da liderança religiosa – Mt. 24:5,11 – 24; 3. Sinais na área política – Mt. 24:6-9; 4. Sinais na área do relacionamento – Mt. 24:10, II Tm. 3:1-4; 5. Sinais na área da evangelização – Mt. 24:14; 6. Sinais no mundo físico – Mt. 24:29-30.

e Mt.

24:36. O apóstolo Paulo fala a respeito (I Ts. 5:1-3).

3.7 – O modo como Jesus virá. Temos que entender que esta fase da vinda de Cristo certamente

terá dois aspectos: a) O primeiro será o ARREBATAMENTO DA IGREJA num abrir e fechar de olhos estaremos reunidos para sempre com o Senhor (I Ts. 4:16-18). b) O segundo será por OCASIÃO DO ESTABELECIMENTO DO SEU REINO MILENAL na terra.

Jesus virá com a Igreja com poder e grande glória e todo o olho verá, Mt. 24: 26-27;

Este momento será indicado pelos distúrbios da própria natureza, Mt. 24:29-31.

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3.8 – O propósito da Segunda Vinda de Jesus. Com base em vários textos das Escrituras, concluímos que a

Segunda Vinda de Jesus tem alguns propósitos bem definidos.

a) O cumprimento da Sua Obra Redentora, At. 3:20-21. b) Receber a Sua noiva (Igreja) pela qual deu a Sua vida, Ef. 5:25-27. c) Outros propósitos estão declarados nas parábolas subseqüentes ao Sermão profético de Mateus cap. 24.

APROFUNDANDO O ESTUDO: Jesus instruiu os discípulos a dispensar a máxima atenção a vigilância e fidelidade nas coisas do Reino. Leia – Mt. 24:42,44, 40,41, 37-39

EXERCICIOS DE REFLEXÃO (3): Relacione nas parábolas do Evangelho de Mateus Cap. 25 – Alguns dos propósitos da Segunda Vinda de Jesus.

NOTA: O propósito da Vinda de Jesus, na última parte deste discurso escatológico é bem conhecido por meio das parábolas das dez virgens e a dos talentos. Na primeira, ele salienta a falta de uma preparação adequada para a Sua vinda, enquanto que na última enfatiza o exercício do ministério cristão, colocando em prática os talentos e dons recebidos para o crescimento e edificação do Reino de Deus. Naquele dia todos nós daremos conta da nossa mordomia. LEIA – Mt. 25:31-34.

3.9 – Características que diferenciam o arrebatamento da Igreja não se confundem com a Sua vinda em glória.

VEJAMOS:

a) O modo como se dará o arrebatamento. I Ts. 4:15-17, I Ts. 5:1-2. b) Os sinais cósmicos assinalados por Mateus (24:29-30), diz respeito a vinda de Cristo em glória para estabelecer o milênio na terra. Ap. 1:7, II Pd. 3:5-13. c) As diferenças físicas do arrebatamento e da vinda de Cristo em glória são notáveis. - O arrebatamento será um fato solene. Mt. 25:13. - Enquanto que a vinda de Cristo em glória será uma manifestação de poder, força e glória.

APROFUNDANDO ESTUDO: 1. O enfoque doutrinário da parábola da figueira: OS SINAIS DOS TEMPOS – Mt. 24:32-33; 2. O enfoque doutrinário da parábola do servo: A IMPORTÂNCIA DE FAZER A VONTADE DE DEUS – Mt. 24:45-47; 3. O enfoque doutrinário da parábola das dez virgens: A VIDA CHEIA DO ESPÍRITO – Mt. 25:8; 4. O enfoque doutrinário da parábola dos talentos: SERVIR A DEUS COM OS DONS – Mt. 25:19-23.

EXERCÍCIOS DE REFLEXÃO (4): Nas quatro parábolas seguidas ao sermão profético, assinale o tipo de alerta que Deus nos faz em cada parábola. 1 – Na parábola da figueira – Mt. 24:32-34; 2 – Na parábola do servo bom e mal – Mt. 24:45-51; 3 – Na parábola das dez virgens – Mt. 25:1-13; 4 – Na parábola dos talentos – Mt. 25:14-30.

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4. TEORIAS RELACIONADAS COM O ARREBATAMENTO DA IGREJA E A GRANDE TRIBULAÇÃO.

4.1 – Arrebatamento pré-tribulacional.

a) Significado: O arrebatamento da Igreja ocorrerá antes que comece o período de

sete anos de tribulação descrito no Apocalipse. Por essa razão a Igreja não passará pela Grande Tribulação.

b) Base bíblica interpretada por esse ponto de vista. A promessa de ser guardado da hora da provação – Ap. 3:10. A Grande Tribulação é um período de derramamento da ira de Deus,

da qual a Igreja está isenta. Ap. 6:17, I Ts. 1:10, 5:9.

4.2 – Arrebatamento meso-tribulacional.

a) Significado:

O arrebatamento acontecerá no final da Grande Tribulação. O arrebatamento é distinto da Vinda de Cristo em glória por um pequeno intervalo de tempo. Este ponto de vista afirma que a Igreja permanecerá na terra durante todo o período da Tribulação.

b) Base bíblica interpretada por esse ponto de vista. O arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo são descritos com as

mesmas palavras.

A preservação da ira de Deus significa proteção para os crentes durante a Tribulação. Haverá santos na terra durante a Tribulação – Mt. 24:22.

4.4 – Arrebatamento parcial. a) Significado: Que somente os crentes que forem considerados dignos serão

arrebatados antes da ira de Deus ser derramada sobre a terra, e assim os

outros que foram fiéis permanecerão na terra durante a Tribulação. b) Base bíblica interpretada por esse ponto de vista; Hb. 9:28, Deus nos exorta a vigilância e preparo.

(Parte das teorias acima mencionadas, estão contidas na Bíblia Anotada)

APROFUNDANDO O ESTUDO: DESCRIÇÃO DO ARREBATAMENTO Textos: I Ts. 4:13-18, I Co 15:17 - 51, Jo 14:1-3. Ordem dos acontecimentos:

1) A descida de Cristo (At 1:11) 2) 2) A ressurreição dos mortos em Cristo (I Ts. 4:16) 3) A transformação dos corpos mortais para imortais dos crentes que viverem nessa

ocasião. (I Ts. 4:17); 4) Depois Cristo voltará a terra para estabelecer o Seu Reino Milenal, (Mt. 24:29 -30).

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________________________________________UNIDADE II

OBJETIVOS: Que o aluno tome conhecimento das teorias a respeito da ocasião da Segunda Vinda deCristo. Saiba que apesar de toda a especulação teológica em torno do assunto, o mais importante é estar preparado. Que o aluno tenha um quadro em mente dos acontecimentos das últimas coisas.

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM: O que você deve fazer para mostrar que alcançou os objetivos desse estudo: 1. Memorizar o significado de cada teoria apresentada. 2. Descrever os eventos que sucederão a Segunda Vinda de Jesus.

TEORIAS MILENISTAS

Ocasião do arrebatamento da igreja.

1. TEORIA PÓS-MILENISTA.

1.1 - Conceito: A teoria pós-milenista afirma que, a Segunda Vinda de Cristo se dará

depois do milênio.

1.2 – A ordem dos acontecimentos: A época final do período da Igreja (i.é seus últimos 1000 anos) é o

milênio, que será uma época de paz e abundância promovida pelos esforços da Igreja, seguido a Segunda Vinda de Jesus. Segundo essa teoria, o passo seguinte será uma ressurreição generalizada, e depois desta o juízo final e a eternidade.

1.3 – Quanto ao método de interpretação. A interpretação pós-milenista é amplamente espiritualizada no que

tange a profecia. De acordo com essa interpretação espiritualizada, apocalipse cap. 20 será cumprido num reino eterno estabelecido pelos esforços da Igreja.

NOTA: As diferenças existentes entre estas teorias, têm a ver somente com a ordem

dos eventos que estão ligados ao segundo advento (vinda de Jesus). O pós-mileniarismo moderno é geralmente atribuído a Daniel Writby (1638-1736).

APROFUNDADNO O ESTUDO: A DOUTRINA PÓS-MILENAR PODE SER RESUMIDA EM QUATRO PONTOS: 1) A primeira ressurreição é um reavivamento da cusa, princípios, doutrinas, caráter e espírito dos antigos mártires e santos; 2) O milênio será precedido pelo triunfo sobre o anticristo; 3) Satanás não mais enganará as nações. As doutrinas dos mártires e seu espírito serão revividos; 4) A Igreja florescerá e a santidade triunfará durante mil anos.

1.4 – Exposição de Richard Watson sobre o Pós-milenismo.

Esta exposição sobre o milênio e as bênçãos que serão mais especialmente desfrutadas durante esse período, como assinala a profecia, é extraída dos escritos de Watson, antigo teólogo metodista:

a) Os que participarão da primeira ressurreição – (Zc. 14:20-21);

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b) Existem motivos para se esperar um notável derramamento do Espírito por volta do início deste período feliz, assim como aconteceu na ocasião do primeiro estabelecimento do Reino de Cristo no mundo. Referências – Is. 32-15-19, Rm 11:26-27, Is 59-:20-21, Ez 36:27, Ez 39:28-29, Zc 12:10. c) O Evangelho será amplamente divulgado. Espalhando o conhecimento do Senhor por todo o mundo de um modo mais eficaz como jamais ocorreu – (Is. 11:9-12). d) Os judeus se converterão a fé do Messias e participarão como os gentios das bênçãos do Seu reino.

O apóstolo Paulo em (Rm.11) trata deste assunto e o confirma com as profecias do V.T. Fala de Israel num sentido literal, isto é, como a posteridade natural de Abraão, (Rm 11:7,11,12,15,17). Todavia, nega que tropeçaram para cair de maneira irrecuperável, porém através de sua queda, a salvação pode chegar aos gentios e estes por sua vez puderam provocar ciúmes nos judeus, (v. 11). Paulo argumenta que a queda e o enfraquecimento dos judeus se tornaram em riqueza para os gentios.

APROFUNDANDO O ESTUDO: ARGUMENTOS DE RICHARD WATSON SOBRE O TEXTO (Rm.11) - O dia da plenitude dos judeus chegará, quando serão reorganizados na videira e sua restauração será a Glória do Senhor entre as nações, (Rm 11:12, 15). - Os gentios foram enxertados contra a natureza, (o que indica que a dispensação da graça é um período determinado de tempo). (Rm 11:24). - Paulo defende este evento com certeza de que estes fatos literalmente serão uma realidade. - A futura conversão desse povo é um mistério, o sentido oculto das profecias, onde o contexto prediz tanto a rejeição como a restauração dos judeus, (Is. 59:20-21), (Is. 27:9).

1.5 – Outras anotações dadas por Watson: a) A pureza da comunhão, do culto, da disciplina da Igreja visível. Serão restaurados segundo o modelo primitivo dos apóstolos. b) A presença e a habitação do Senhor estarão no meio do Seu povo.

Todos serão convocados a pureza da comunhão e da santidade pessoal, prometendo habitar com eles e andar com eles, (II Co 6:16-17). Isto se cumprirá de maneira notável durante o período do milênio.

c) Este será um tempo de paz, tranqüilidade e segurança universal. Quando animais por natureza, selvagens, cruéis, se tornarão mansos e inofensivos, (Is. 11:6-10). Não haverá guerras nem derramamento de sangue entre as nações durante este período feliz, (Is 2:4). d) Os governantes e os juízes civis serão todos mantedores da paz e da justiça (Is. 60:17-19). Dos santos era o domínio junto com o Senhor (Dn. 7:24-28), (Mt. 5:5), (Ap. 5:10, 20:4).

APROFUNDANDO O ESTUDO: O SENHOR PROMETEU LEVANTAR ISRAEL DAS SEPULTURAS – Ez. 37: 26-27. -Todos serão reunidos: Israel e Igreja num só rebanho. -Certamente haverá símbolos tão visíveis da presença e habitação de Deus que serão alvos de atenção do mundo, produzindo convicção e temor como nos dias primitivos da Igreja – (At. 2:47, 5:11-3, I Co. 24:25).

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2. TEORIA AMILENISTA.

2.1 – Conceito: Esta teoria afirma que a Segunda Vinda de Cristo se dará no fim do

período da Igreja, e nega que haverá um milênio na terra. Estritamente falando, os amilenistas crêem que a condição presente dos justos no céu é o milênio. Identificam o milênio com a eternidade. Afirmam também que o reino de Cristo no coração dos crentes, significa o milênio, pois Jesus disse: “O Reino de Deus está dentro de vós”.

2.2 – A ordem dos acontecimentos. A era da Igreja terminará num tempo de convulsão, Cristo voltará,

haverá ressurreição e juízo final seguido da eternidade.

2.3 – Método de interpretação. A interpretação amilenista espiritualiza as promessas feitas a Israel

como nação, afirmando que são cumpridas na Igreja. De acordo com esse ponto de vista, Apocalipse cap. 20 descreve a cena das almas no céu durante o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo.

3. TEORIA PRÉ-MILENISTA.

3.1 – Conceito: A teoria pré-milenista afirma que a Segunda Vinda de Cristo

acontecerá antes do milênio.

3.2 – Ordem dos acontecimentos. A era da Igreja terminará no tempo da Grande Tribulação, com a volta

de Jesus, depois estabelece o Seu reino por mil anos, quando vai acontecer a

ressurreição e o juízo dos “não-salvos”, vindo em seguida a eternidade.

3.3 – Método de interpretação. O pré-milenismo segue o método de interpretação normal literal,

histórico. O cap. 20 de Apocalipse é entendido literalmente. (parte do material constante nas teorias citadas, são abordadas na Bíblia Anotada)

NOTA: Entro os que defendem a teoria pré-milenista, não há unanimidade quanto ao tempo em que vai ocorrer o arrebatamento da Igreja. Há quem afirme que a Igreja não entrará na Grande Tribulação, enquanto outros acreditam que a Igreja será arrebatada no meio da Grande Tribulação.

3.4 – Na teoria pré-milenista é também considerado dois pontos de vista: Primeiro – Os que consideram a Igreja como completa, identificando o segundo advento como sendo o arrebatamento da Igreja, a revelação de Cristo e a primeira ressurreição, colocando todos estes acontecimentos antes do milênio.

Segundo – Os que consideram a Igreja incompleta até o tempo do segundo advento, separando o arrebatamento e a revelação de Cristo da conflagração, estando o milênio entre os dois.

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APROFUNDANDO O ESTUDO: O FUNDAMENTO BÍBLICO DA TEORIA PRÉ-MILENISTA: - Apoio bíblico para esta teoria está baseado nas passagens que descrevem o reinado do Messias em termos de uma ordem terrena – (Is. 2:2-5), (Ml. 4:1-3), (Zc. 14:9-16s). - A teoria também se vale de referências, tais como: (Mt. 19:28), (At. 1:6s). - Também admitem um espaço de tempo entre a volta de Jesus e a era eterna – (I Co. 15:23-25), (I Ts. 4:13s). (Estudando as Doutrinas da Bíblia – Bruce Miline/pág. 272 – Abu Editora).

NOTA:

O QUE AGOSTINHO ENSINAVA?

Agostinho ensinava que o reinado de Cristo se referia a era da Igreja, que compreendia todo o período de tempo entre o primeiro advento (encarnação de Jesus), e o segundo advento (a vinda de Jesus). Ensinava também que o milênio era o sexto período de mil anos da história do mundo. Contudo, a Igreja rejeitou esta teoria e sustentou que o milênio devia ser identificado como a dispensação evangélica (atual dispensação), interpretando o número 1.000 anos apenas como um simbolismo de uma totalidade ao invés de um espaço de tempo definido.

TEORIA CATÓLICA ROMANA. Segundo o Dr. Wilmers em seu “Hand Book of the Christian Religion”,

declara que Cristo virá novamente para julgar os vivos e os mortos e este julgamento geral encerra a presente ordem das coisas. Ninguém poderá com certeza predizer o dia do juízo. Mas sabemos que não virá antes do cumprimento pleno das profecias.

APROFUNDANDO O ESTUDO: ORDEM DOS ACONTECIMENTOS NO CONCEITO NA TEORIA ESPIRITUALISTA DA IGREJA CATÓLICA ROMANA. 1) O Evangelho será propagado no mundo inteiro – (Mt. 24:14); 2) Haverá uma grande apostasia na Igreja – (II Ts. 2:3); 3) Grande decadência na vida cristã, corrupção moral, manifestando-se lúxuria e sensualidade – (Lc. 17:26-30); 4) Finalmente surgirá o anticristo – (II Ts. 2:3-4); 5) Os últimos dias serão precedidos de guerra, peste e fome (Mt. 24:4-5). Estes fatos serão seguidos de diversos sinais e catástrofes - (Mt. 24:20) (Lc. 21:25-26); 6) O dia do juízo encerrará a presente ordem das coisas. Depois a humanidade passará por uma experiência dupla: - Os bem-aventurados irão para o céu; - Os pecadores que não se arrependeram irão para o inferno.

4. O DESENVOLVIMENTO DA DOUTRINA NA IGREJA.

4.1 – O segundo advento caracteriza o ensino dos apóstolos de três modos:

A proeminência que deram aos assuntos escatológicos.

A esperança da vida eterna associada a ressurreição de Cristo e Sua volta prometida (Jo. 14:1-3)

A esperança de vida eterna se projeta para além deste período terreno.

4.2 – Três períodos marcaram o desenvolvimento da Doutrina na

Igreja:

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a) Primeiro período: PRIMITIVO. Os historiadores de um modo geral concordam que, desde a morte

dos apóstolos até o tempo de Orígenes, o que predominava era o premileniarismo, que era aceito pela Igreja. Duas afirmações fundamentais caracterizaram essa doutrina:

- Que as Escrituras nos ensinam a aguardar um milênio universal de paz e justiça sobre a terra e que a era milenar será introduzida pela segunda vinda de Jesus. - Que a teoria milenar tem sua origem no judaísmo, pois, aparece mais

proeminentemente entre os cristãos judeus do que entre as Igrejas gentias.

b) Segundo período: REFORMA. Data o início da Reforma, desde o tempo em que Lutero começou a

publicar seus trabalhos, por volta do ano 1517. Durante esse período, a Doutrina do Milênio, que havia caído em descrédito, foi novamente restaurada. Aqui destacamos duas coisas que contribuíram para isso:

O crescimento do declínio do Papa, que era considerado como um dos sinais certos da pronta vinda de Cristo. Os reformadores consideravam o Papa como o anticristo (idéia que hoje tem sido completamente descartada). Houve muitas ocorrências naturais e estranhas durante esse período, tais como: terremotos, cometas, além de muitas transformações políticas, que provocaram uma tensão nervosa.

c) Terceiro período: MODERNO. A partir do século XVIII, foi introduzido um novo período na história do pré-

milenismo com a publicação do “Comentário sobre a Revelação” (1740) de

Bengel. Dr. John Gill (1697-1771) foi contemporâneo inglês de Bengel, que fez

uma exposição de seu ponto de vista sob sete pontos principais: Chama-se reino especial, peculiar, diferente do reino da natureza e de

seu reino espiritual. Esse reino será glorioso e Invisível (II Tm. 4:1). Este reino se instalará depois que todos os inimigos de Cristo e de Seu

povo forem destruídos. O anticristo será destruído. Cristo descerá pessoalmente para aprisionar

satanás e seus anjos. Este reino de Cristo será caracterizado por duas ressurreições: a

ressurreição dos justos e a ressurreição dos ímpios. O reino será estabelecido antes do juízo final. Será um reino glorioso e visível, que terá lugar na terra, não no céu.

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_______________________________________UNIDADE III

A DOUTRINA DA GRANDE TRIBULAÇÃO

OBJETIVOS: Que o aluno conheça os aspectos que envolvem a Grande Tribulação; Ter uma auto-crítica quanto a sua natureza. Que o aluno veja Deus nos movimentos sucessivos da história.

APRENDIZADO: O que você deve fazer para mostrar que alcançou os objetivos desse estudo: Descrever a profecia das “Setenta Semanas de Daniel”. Explicar a relação que existe deste evento com Israel e a Igreja.

SEMANAS DE

DANIEL

1. A RELAÇÃO TEOLÓGICA DA GRANDE TRIBULÇÃO COM A PROFECIA DAS “SETENTA SEMANAS DE DANIEL”.

1.1 – As circunstâncias da Profecia das “Setenta Semanas”. A profecia das setenta semanas aconteceu sob determinadas

circunstâncias:

O cativeiro da Babilônia, (II Cr. 36:17-21). Uma profecia anterior fora dada ao profeta Jeremias, quanto ao tempo de cativeiro, (Jr. 25:11). Daniel estava orando sobre o futuro do seu povo e de sua cidade, (Dn. 9:4-19).

1.2 – A medida de tempo usado na profecia.

a) Que tipo de “semanas” se refere a Profecia? No V.T. os judeus tinham duas medidas para o número 7 – (Lv. 25:

1-4). Conforme esta passagem tem:

Sete anos, sétimo ano – sábado de repouso da terra. Sete dias, sétimo dia – sábado de repouso do homem. A partir deste ponto, deduzimos que as “semanas” referidas na Profecia, significam: anos.

b) Eis algumas razões para se pensar em “sete anos” na Profecia. Daniel estava pensando não apenas em anos, mas num múltiplo de

sete – (10 x 7), (Dn. 9:1-2). Neste caso, não poderia ser semanas de dias o que daria um total de

490 dias. Pouco tempo para tantos acontecimentos. Outra razão, a palavra hebraica “shabua”, somente num lugar a encontra se referindo as semanas de dias (Dn. 10:2-3). Dificilmente, Daniel teria jejuado 21 anos, mas sim 21 dias.

c) Se estas “semanas”, são formadas de anos, qual será a duração do ano?

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NOTA: É possível chegarmos a uma conclusão, tomando como base os calendários usados na história dos povos, apesar dos erros existentes. Será que as Escrituras podem nos fornecer alguma base? Existem evidências que, o ano profético das Escrituras é de 360 dias, ou 12 meses de 30 dias.

CONCLUSÃO: O primeiro mês conhecido na história bíblica era de 30 dias e ano de

12 meses, ano, portanto, de 360 dias.

APROFUNDANDO O ESTUDO: O ARGUMENTO HISTÓRICO DO DILÚVIO COMPROVA O ANO DE 360 DIAS, ANO DE 12 MESES, MÊS DE 30 DIAS. Leia – Gn. 7:11 e Gn, 8:4. Aqui temos um período de 5 meses. COMPARE – Gn. 7:24 com Gn. 8:3, a duração do mesmo período é dada em dias.

1.3 – O argumento profético, medida da Profecia. – Dn. 9:27. Aqui é mencionado um período de perseguição aos judeus pelo

príncipe vindouro, que fará uma aliança com os judeus. Na metade da semana, o equivalente a um “tempo, tempos e metade de tempo”.

CONCLUSÃO: Assim sendo 3 ½ anos correspondem a 42 meses, que é igual a 1260

dias. O tempo usado na profecia de Daniel é realmente 7 semanas de 7 anos = 490 anos.

APROFUNDANDO O ESTUDO: VEJA A RELAÇÃO QUE EXISTE ENTRE ESSE “TEMPO” MENCIONADO EM DANIEL E O DE APOCALIPSE. - Ap. 12:4-7, fala da mesma perseguição aos santos judeus com duração de 42 meses. - Agora leia: Ap. 12:13-14, se referindo a mesma perseguição com tempo de duração exatamente conforme – Dn. 9:25. - Este mesmo período é definido em 1260 dias – Ap. 12:6

1.4 – Quanto ao início do período da profecia está claro na Profecia de Daniel.

O decreto que se refere a Profecia de Daniel, é aquele que encontramos no livro de Neemias (Nm. 1:1-4, 2:1-8). Neemias registra sob a inspiração a data exata desse decreto, (2:1).

NOTA: Alguns comentários fixam a “ordem” como sendo os decretos de Ciro, Dário e Artaxerxes. Não pode ser porque estes decretos estão relacionados com a construção do templo e não da cidade.

APROFUNDANDO O ESTUDO: DECRETOS RELACIONADOS COM A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO DE JERUSALÉM: - Referências: Ed. 1:1-2, 4:1-5, 4:11-24, 6:1-5, 6:14-15, 7:11, 20, 27. Cada referência fala da casa do Senhor. - Foi a notícia das condições do muro e dos portões da cidade que despertou Neemias. - Pediu permissão ao rei para reedificar a cidade após ter orado. (v.5). - Seu pedido ousado, foi atendido pela graça de Deus, (2:8).

1.5 – Os parêntesis proféticos indicado na Profecia – Dn. 9:26. Nesta passagem há um intervalo de tempo que separa dois eventos

históricos: a morte de Jesus e a destruição de Jerusalém (esta aconteceu no

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ano 70 d.C., pelo imperador Tito). Este intervalo conhecido como “parêntesis profético”, não foi revelado a Daniel.

APROFUNDANDO O ESTUDO: PARÊNTESIS PROFÉTICO MENCIONADO POR ISAÍAS E ZACARIAS: - Leia Is. 9:6 – “Um menino nos nasceu”, este evento está separado por um tempo deste outro: “o governo está sobre os seus ombros”. - Outro exemplo: Zc. 9:9-10 – “num jumentinho” (tempo) “Ele anunciará paz as nações”.

2. A NATUREZA DA GRANDE TRIBULAÇÃO.

2.1 – O Tempo da Grande Tribulação. Como já vimos acima, é na 70 Semanas da Profecia de Daniel,

portanto durará 3 ½ anos – Dn. 9:27. A metade desse período é apresentado pelas expressões “42 meses” e “1260 dias”. Confira com Ap. 11:2-3.

Para entender o elemento tempo, analise a profecia de Daniel das Setenta Semanas e o Apocalipse, quando menciona o rompimento do anticristo com Israel, na segunda metade da 70ª. Semana.

A NATUREZA DA GRANDE TRIBULAÇÃO:

Ira – Is. 5:9, Ap. 6:16-17, 11:18, 14:10-19.

Juízo – Ap. 14:7, 15:4, 16:5,7, 19:2. Indignação – Ap. 3:10.

Angústia – Jr. 30:7, Sf. 11:14-15, Dn. 12:1. Destruição – I Ts. 5:3.,

Transtorno – Is. 24:1-4, 19-21. Castigo – Is. 24:20-21.

Prova – Ap. 3:10.

2.2 – O que distingue a Grande Tribulação.

Referências: Mt. 24:21, Ap. 6:15-17.

2.3 – A descrição da Grande Tribulação. Trata-se do julgamento do mundo. As três séries de juízos descrevem esse julgamento, Ap. 6,8,9,16. Israel será nessa ocasião perseguido, Mt. 24:9,22, Ap. 12:17. Nesse período o domínio do anticristo chegará ao seu clímax, II Ts. 2, Ap. 13. São descrições bem notáveis.

2.4 – O desfecho da Grande Tribulação. O término da Tribulação acontecerá na batalha do Armagedom e no

retorno de Cristo à terra, Ap. 19.

3. O PROPÓSITO DA GRANDE TRIBULAÇÃO.

Preparar o povo de Israel para receber o Messias, Jr. 30:7. Converter uma multidão de judeus, que entrará nas bênçãos do

Reino, quando experimentará o cumprimento de todos os pactos de Israel, (Ml. 4:5-6).

Derramar o juízo sobre os homens e as nações incrédulas, Ap. 3:10.

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APROFUNDANDO O ESTUDO: OS PACTOS DE DEUS COM ISRAEL NO V.T.

1) Aliança Abraâmica – Gn. 12:2-3. 2) Aliança Palestínica – Dt. 3:3. 3) Aliança Davídica – II Sm. 7:16

PONTOS DE VISTA BASEADO EM – Mt. 24: 4-26. 1 – Que Mt. 24:4-8 descreve eventos da era da Igreja, que sucede o começo da 70ª. Semana. 2 – Que esta passagem tem dupla interpretação, se referindo em parte a Igreja e em parte a tribulação.

3 – Que Mt. 24:4-14, se referem à primeira metade da 70ª. Semana e os (vs. 15-26) se relaciona com a última metade, a grande tribulação e logo virá o fim. 4 – Há também o ponto de vista que sugere os (vs. 4-8) como sendo a primeira metade da tribulação e os (vs. 9-26) a outra metade.

À luz das Escrituras não podemos negar que a fonte da Grande Tribulação

será um período de tempo, quando a ira e o juízo de Deus caíram sobre a

terra, diferente de todas as tribulações precedentes. Durante este período,

satanás será testado e a sua animosidade contra Israel, Ap. 12:12-17.

Reflexão Pessoal: Qual o seu ponto de vista pessoal?

________________________________________UNIDADE IV

O DIA DO SENHOR E A ERA MILENAR OBJETIVOS: Que através desse estudo o aluno sinta encorajado e inspirado a servir ao Senhor todos os dias da sua vida, para que possa fazer parte das bem-aventuranças do Dia do Senhor. Que o entendimento dessa doutrina, seja uma fonte de consolo e esperança.

1. A EXPRESSÃO “DIA DO SENHOR”, O QUE SERÁ?

1.1 – O “Dia do Senhor”.

Um dos maiores temas da Profecia no V.T. e N.T. , é a verdade profética relacionada com o “Dia do Senhor”. O período que cobre o “Dia do Senhor” vai desde o regresso de Cristo a terra com poder e grande glória, até o final do Milênio. Há quem afirme ser o “Dia do Senhor” o arrebatamento da Igreja como evento inaugural, acompanhado da ressurreição dos justos e a transladação dos vivos para o encontro com o Senhor nas nuvens.

1.2 – Quanto tempo durará entre o arrebatamento da Igreja e a vinda do Senhor em glória?

A resposta a esta questão depende muito da teoria milenar adotada. A maioria dos escritores acham que será um período de 3 ½ anos, ou seja a primeira parte da 70ª semana de Daniel. Segundo esse ponto de vista, o

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arrebatamento acontecerá no início da 70ª semana. Durante esse tempo os santos estarão participando das Bodas do Cordeiro nas regiões celestes, enquanto a terra estará passando por um período de Tribulação.

APROFUNDANDO O ESTUDO: O término do “Dia do Senhor” é visto nas seguintes passagens: Referências: Is. 2:12, 13:6,9, Ez. 13:5, 30:3, Jl. 1:15, 2:1,11,31, II Pd. 3:10. Este termo “Dia do Senhor”, ocorre mais de 75 vezes no V.T. Os eventos relacionados com o “Dia do Senhor” encontramos especificamente no Apocalipse.

1.3 - O “Dia do Senhor” e o “Dia de Cristo” – qual é a diferença? Há controvérsias quanto a estes dois dias identificados nas Escrituras

como “Dia do Senhor” e o “Dia de Cristo”. Este tema tem sido mal entendido por vários interpretes. Cremos que o “Dia do Senhor”, começa na manifestação de Cristo como Rei dos reis e Senhor dos senhores (segundo aspecto da Sua vinda). Entendemos que essa manifestação gloriosa e poderosa não poderá ocorrer até que aparece o anticristo.

A conclusão que chegamos numa análise mais profunda é que o “Dia de Cristo”, como indica algumas versões, é uma tradução errada. A tradução correta é “Dia do Senhor”.

APROFUNDANDO O ESTUDO: II Ts. 2:1 – temos aqui o arrebatamento da Igreja. II

Ts. 2:2 – temos aqui a manifestação de Cristo.

2. A ERA MILENAR

2.1 – Conceito: Trata-se do período de 1000 anos que Cristo reinará sobre a terra,

dando cumprimento as Alianças Abraâmicas e Davídicas, bem como a Nova Aliança.

APROFUNDANDO O ESTUDO: As Alianças que Deus fez com Abraão, Isaque e Jacó – todas denominadas de Aliança Abraâmica: - Com Abraão: Gn. 12:1-3,7, 13:14-18, 17:1-8, 15-22, 22:15-18. - Com Isaque: Gn. 26:1-5, 28:13-15 - Com Jacó: Gn. 28:13-15, 35:11-12.

2.2 – Designações dada a era milenar:

O milênio é chamado de “Reino dos Céus” - Mt 6:10, “Reino de Deus” – Lc. 19:11, “Reino de Cristo – Ap. 11:15, “Regeneração” – Mt. 19:28, “Tempos de Refrigério – At. 3:19 e “O mundo porvir” – Hb. 2:5.

2.3 – O governo do Milênio.

Seu cabeça – será Cristo – Ap. 19:16. Seu caráter – será um reino espiritual que produzirá paz, equidade, justiça,

prosperidade e glória – Is. 11:2-5. Sua capital – será Jerusalém – Ap. 2:3.

Sua relação com satanás – durante este período satanás será acorrentado, sendo liberto no final do Milênio para liderar uma revolta contra Cristo – Ap. 20. Então satanás será derrotado e lançado definitivamente no inferno.

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É uma matéria muito difícil de entender com a razão. Cristo estabelecendo na terra um reino espiritual com a Igreja glorificada.

Você já pensou nisto. Seu governo tratará de coisas terrenas, quando o Pacto feito com Abraão e Davi, serão finalmente cumpridos em toda a sua plenitude e toda terra saberá que Deus é o Senhor. Aleluia.

2.4 – Característica espiritual do Milênio.

Será um reino caracterizado por JUSTIÇA – Is. 60:21, 26:2. Será um reino caracterizado pela OBEDIÊNCIA – Ef. 1:9-10. Será um reino caracterizado por SANTIDADE – Sl. 98:1, Is. 52:10. Será um reino caracterizado pela VERDADE – Zc. 8:8, Is. 65:16. Será um reino caracterizado pela PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO – Ez. 36:27, 37:14, Jl. 2:28-29.

2.5 – A CONDIÇÕES EXISTENTES NO MILÊNIO.

Muitos serão os benefícios desse período de glória.

a) Paz – nacional e individual será o fruto do reinado do Messias – Is. 2:4, 9:7, 11:6-9, Ez. 28:26, Mq. 4:2-3. b) Gozo – a plenitude da alegria será uma característica plena desse período, Is. 9:3-4, 12:3-6, 14:7-8, 60:15, 61:7,10, Jr. 30:8-9, 31:13-14, Sf. 3:14-17. c) Santo – mediante o reinado teocrático de Cristo, Is. 1:26, 17:4:3-4, 29:18-23, 60:21, 61:10, Jr. 31:23, Ez. 36:24-31, 43:7-12, Zc.8:3, Ap. 21:4. d) Consolo – Cristo ministrará pessoalmente cada necessidade do Seu reino, Is. 12:1-2, 29:22-23, 31:6-7, 40:1-2, Jr. 31:23-25, Zc. 9:11-12, Ap. 21:4. e) Conhecimento – o ministério do Rei oferecerá aos Seus súditos pleno conhecimento, Is. 11:1-2,9, 41:19-20, Hb. 2:14, Jr. 3:14-15, 23:1-4. f) Instrução – este conhecimento se obterá mediante instrução que emanará do Rei – Is. 2:2-3, 12:3-6, 25:9, 30:20, 32:3-4, Jr. 3:14-15, 23:1-4. g) Não haverá morte nem enfermidade – será uma característica marcante desse período, Is. 33:24, Jr. 30:17, Ez. 34:16. h) Trabalho – esse período não se caracterizará pela ociosidade e sim pelo trabalho digno e bem pago, haverá um sistema econômico perfeito, no qual as necessidades dos homens serão satisfeitas, Is. 62-8-9, 65:21-23, Jr. 31:5, Ez. 48:18-19. i) Prosperidade – será um tempo de prosperidade sem igual, Is. 41:1, 35:1,12, 30:23-25, 62:8-9,65:21-23, Jr. 31:5,12, Ez. 34:26.

Muito se tem dito que o Milênio será o cumprimento total de todos os pactos de Deus com Israel. Será um período reservado para o cumprimento destes Pactos. Esta era milenar, na qual os propósitos de Deus eram completamente realizados aqui na terra, deve merecer toda a nossa atenção e estudo.

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3. O MILÊNIO E OS PACTOS DE DEUS COM ISRAEL.

3.1 – O Pacto de Deus com Abraão. As promessas desse Pacto com respeito a terra e a descendência, se

cumprirá na era milenar, Is. 10:21-22, 19:25,43:1,65:8-9, Jer. 30:22, 32:37-44, Ez. 34:24, Ml. 3:16-18, Zc. 13:9.

3.2 – O Pacto de Deus com Davi. As promessas desse Pacto com respeito ao trono e a casa real,

também terá seu cumprimento no Milênio, Is. 11:1-2, 55:3, 11, Jr. 23:5-8, 33:20-26, Ez. 34:23-25, 37:23-24.

APROFUNDANDO O ESTUDO: PROVISÕES DO PACTO DAVÍDICO: II Sm. 7:12-16. - O reino será estabelecido. - O templo será construído. - O trono do reino será estabelecido para sempre.

3.3 – O Pacto Palestino. As promessas do Pacto Palestino com respeito a posse da terra, serão

cumpridas em Israel na era milenar, Is. 65:9, Ez. 16:60-63, 36:28-29.

3.4 – O Novo Pacto.

As promessas desse Novo Pacto, segundo o qual, a nação terá um novo coração, as bênçãos do perdão, a plenitude do Espírito, se cumprirá na era

milenar, Jr. 31:31-34, 32:35-39, Ez. 11:18-20, A natureza do novo Pacto:

a) É um Pacto incondicional gracioso – Jr. 31:31-34. b) É um Pacto perpétuo – Ez. 37:26, Jr. 31:35-37. c) É um Pacto que será impresso na mente e no coração – Jr. 31:33.

APROFUNDANDO O ESTUDO: AS PROVISÕES DO NOVO PACTO: - Restauração – Os. 2:19-20. - Perdão dos pecados – Jr. 31:34. - Morada do Espírito – Jr. 31:33, Ez. 36:27.

4. JERUSALÉM NA ERA MILENAR.

4.1 – A cidade será o centro das atenções da terra.

Ref.: Is. 2:2-4, Jr. 31:6, Ml. 4:1.

4.2 – A cidade será o centro do governo milenal de Cristo.

Ref.: Jr. 3:17, 30:16-17, 31:6, Ez. 43:5-6, Zc. 8:2-3.

4.3 – A cidade será uma cidade glorioso que dará honra e louvor a Jeová.

Ref.: Is. 52:1-2, 60:14-21, 61:3, 62:1-12, Jr. 30:18, 33:16, Zc. 2:1-13.

4.4 – A cidade será protegida pelo poder do Rei.

Ref.: Is. 14:32, 25:4, 26:1-4, 33:20-24.

4.5 – A cidade será grandemente ampliada em relação a sua superfície atual.

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Ref.: Jr. 31:38-40, Ez. 48:30-35, Zc. 14:10.

4.6 – A cidade será acessível a todos naqueles dias.

Ref.: Is. 35:8-9.

4.7 – A cidade será o centro da adoração.

Ref.: Jr. 30:16-21, 31:6,23, Zc. 8:8,20-23.

4.8 – A cidade permanecerá para sempre. Ref.: Is. 9:7, 33:20, Jl. 3:19-21.

APROFUNDANDO O ESTUDO: PROVISÕES DO PACTO PALESTINO: Dt. 30:1-10. - A nação seria arrancada da terra por sua infidelidade – Dt. 28:63-68. - Haverá um arrependimento futuro para Israel – Dt. 28:63-68, 30:1-3. - O Messias regressaria – Dt. 30:3-6. - Israel seria restaurado a sua terra – Dt. 30:5. - Israel seria convertido como nação – Dt. 3:4-8. - A nação receberia a plenitude da benção. Dt. 30:9.

APROFUNDANDO O ESTUDO: A PALESTINA NO MILÊNIO. 1) Será herança particular de Israel – Ez. 36:8,12, 47:22-23, Zc. 8:12. 2) Sua tipografia será alterada – Is. 33:10-11, Ez. 47:1-12, Jl.3:18, Zc. 4:7. 3) Será uma terra fértil e produtiva – Is. 29:17, 32:15, 35:1-7, 51:3, Jr. 31:27-28, Ez. 34:27, Am. 9:13. 4) Haverá abundância de chuva – Is. 30:23-25, 35:6-7, 41:17-18, Ez. 34:26, Zc. 10:1. 5) Será redistribuída entre as doze tribos de Israel – Ez. 48:1-9.

5. A RELAÇÃO DE CRISTO COM O MILÊNIO. É evidente que um reino teocrático não poderia acontecer sem a

manifestação da presença da pessoa de Cristo. Nomes e títulos dados a Jesus, estão relacionados com a era milenar. Is. 4:2, 11:1, Jr. 23:5, 33:15, Zc. 3:8, Dn. 7:22-24, Is. 59:20.

5.1 – Será um período de completa manifestação da glória do Senhor. A glória de um governo – Is. 9:6, Sl. 45:4. A glória de uma herança – Dn. 11:16, 41; 8:9. A glória de uma magistratura – Dt. 18:18-19, Is. 33:21,22. A glória de um reinado – Is. 11:10, Jr. 23:6, Zc. 3:10.

5.2 – O Milênio manifestará a glória dos atributos do Senhor.

a) Sua onisciência será reconhecida. Is. 66:18. b) Sua onipotência permanecerá durante toda a era. Is. 41:10, 17, 18, Sl. 46:1,5. c) Jesus receberá adoração como Deus. Is. 66:23, Sl. 86:9, Zc. 14:16-19. d) Sua justiça se manifestará plenamente. Sl 45:4,7, Sl. 98:2, Is. 1:27, 10:22, 28:17, 60:21. e) Haverá manifestação plena da misericórdia divina – Is. 63:7-19, 54:7-10, 40:10-13, Sl. 89:3.

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f) A bondade do Senhor também se manifestará. Jr. 33:9, 15, Zc. 9:17, Is.52:7. g) A santidade de Deus terá sua expressão absoluta. Ap. 15:4, Ez. 36:20-23, Is. 4:3-4.

6. O TEMPLO MILENAR

6.1 – Grande parte da profeta de Ezequiel, é dedicado a este tema: o templo na era milenar. Ez. 40:1 – 46:24.

Sua estrutura. Seu sacerdócio. Seus ritos.

________________________________________UNIDADE V

INTRODUÇÃO AOS ACONTECIMENTOS PROFÉTICOS DO APOCALIPSE

OBJETIVOS: Tomar conhecimento das diversas formas que são usadas para interpretação do APOCALIPSE. E que nenhuma delas satisfaz plenamente. Conhecer a estrutura da mensagem do APOCALIPSE. Entender que há vários elementos no APOCALIPSE que Deus reservou para Si mesmo a sua interpretação.

1. ESTRUTURA DO LIVRO DO APOCALIPSE.

1.1 – Significado do termo “APOCALIPSE”.

A palavra “APOCALIPSE” usada como título do livro, vem do grego “apokalupsis”, que significa: “revelação daquilo que estava anteriormente escondido”.

1.2 – No APOCALIPSE, Jesus é apresentado relacionado com três tempos distintos:

“Aquele que é – que era – que há de vir” - 1:4. Assim sendo, Jesus é apresentado no APOCALIPSE relacionado:

a) Com a Igreja - 1:9 – 3:22. b) Com a Tribulação - 4:1 – 19:21. c) Com o reino milenal - 20:1-10. d) Com o estado esterno - 20:11 – 22:21.

1.3 – As três principais divisões do Apocalipse: 1:19. De acordo com esta passagem, João recebeu a revelação nesta ordem:

a) As coisas passadas – “as coisas que vistes”, i.é., a visão da Patmos - 1:1-20. b) As coisas presentes – “as que são”, i.é., as Igrejas existentes - 2:1 – 3:22. c) As coisas futuras – “as que hão de acontecer depois destas”, i.é., os acontecimentos depois da dispensação da Igreja - 4:1, 22:5.

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APROFUNDANDO O ESTUDO: Cristo é apresentado também como: 1) Soberano dos reis da terra – 1:5 2) O esposo e a cabeça da Igreja – 2:1 – 3:22, 19:7-9. 3) O Leão da tribo de Judá – 5:5. 4) O Cordeiro que for morto, (5:6,12). 5) O Sumo Sacerdote – 8:3-6. 6) O Rei Juiz – 19:11 – 20:15.

1.4 – A terceira divisão do Apocalipse (4:1 – 22:1) caracteriza-se pela série de sete:

a) Sete selos - 4:1 – 8:1. b) Sete trombetas – 8:2 – 11:19. c) Sete taças – 15:1 – 16:21. d) Sete flagelos – 17:1 – 20:15. e) Sete coisas novas – 21:1 – 22:21. 1.5 – O Apocalipse foi escrito para a Igreja.

Deve revelar aos servos do Senhor as coisas que hão de acontecer. Foi escrito para a Igreja e fala cerca de Israel e Igreja.

APROFUNDANDO O ESTUDO: A história da humanidade pode ser contada com apenas três palavras: Geração. Degeneração. Regeneração.

EXERCÍCIO DE REFLEXÃO: Faça uma breve descrição dos sete selos– 4:1 – 8:1.

2. APOCALIPSE COMO LITERATURA PROFÉTICA.

2.1 Estilo completamente diferente da literatura profética precedente.

O autor designou o seu livro como uma profecia – 1:3 – 22:7. João não

menciona profetas do V.T., mas usa o seu próprio nome. João não narra a

história passada, mas olha profeticamente dentro do próprio futuro. O Livro apesar das passagens sombrias, não comunica pessimismo, e

sim otimismo. O Apocalipse insiste com seus leitores sobre as grandes exigências

éticas.

2.2 – Data e autoria:

Duas opiniões quanto a ocasião em que o livro foi escrito: A primeira indica que foi durante o reinado de Nero (ano 17 d.C.). Muito cedo para João ter escrito.

A segunda indica o (ano 85 d.C.) durante a perseguição promovida por Domiciano. No ano seguinte, João foi libertado e permitida a sua volta a Éfeso. Há no entanto, uma forte tendência que define a data no fim do reinado Domiciano (ano 96 d.C.).

Quanto a autoria não há dúvida que seja o Apóstolo João.

2.3 – O Livro trabalha os acontecimentos em torno do simbolismo do número 7.

a) Há sete cartas para sete Igrejas – caps. 1 – 3.

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b) Sete selos e sete trombetas – caps. 4 – 11. c) Sete taças – caps. 15 – 16 d) Sete candeeiros – cap. 1: 12, 20. e) Sete estrelas – cap. 1: 16, 20. f) Sete anjos – 1:20. g) Sete tochas – 4:5. h) Sete trovões – 10: 3-4. i) Um dragão vermelho com sete cabeças e sete diademas – 17:3-7 j) Sete montes – 17:9. k) Sete reis – 17:9-10.

APROFUNDANDO O ESTUDO: AS SETE BEM AVENTURANÇAS DO APOCALIPSE. - Os que lêem esta profecia – 1:3. - Os mortos que morrem no Senhor – 14:13. - Aquele que vigia – 16:15. - Aqueles que são chamados as Bodas do Cordeiro – 19:9. - Aquele que tem parte na primeira ressurreição – 20:6. - Aquele que guarda as palavras deste livro – 22:7. - Aqueles que lavam as suas vestiduras – 22:14.

(Manual Bíblico Halley, pág. 603)

3. EXISTEM QUATRO MANEIRAS DE INTERPRETAR O APOCALIPSE: Há muitas e diferentes interpretações que são dadas ao Apocalipse.

Cada uma delas apresenta suas dificuldades. Não existe uma interpretação que responda a todos os pormenores e símbolos usados no Apocalipse.

3.1 – Interpretação preterista. Entende que o livro se refere aos eventos dos seus dias, escrito com

o propósito de confortar a Igreja que estava sendo perseguida na ocasião da revelação.

De acordo com essa interpretação, temos os seguintes:

a) O tema do livro.

É a vitória de Cristo sobre o Império Romano, e se relaciona quase que exclusivamente com a época de João. Assim a linguagem do Apocalipse é essencialmente figurada. b) Os sete selos do Apocalipse. São simbólicos dos terríveis juízos prestes a desabar sobre o império, e dá segurança a Igreja. c) As sete trombetas. Se refere a outros juízos sobre o império, enquanto a Igreja continua segura. d) A besta o falso profeta e a Babilônia. A besta é o Império Romano e o falso profeta é o sacerdócio organizado para impor o culto do imperador. A Babilônia é a cidade de Roma. e) As sete taças. São os últimos juízos que provocam a queda de Roma. A isto segue o milênio na terra.

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3.2 – Interpretação futurista. Entende que a maioria dos fatos registrados no livro ainda vai

acontecer no futuro, e ocorrerá em breve espaço de tempo na época da vinda do Senhor. De acordo com essa interpretação, temos os seguintes:

a) As sete Igrejas. São os sete períodos da história da Igreja. Até o cap. 20 o livro trata de um período de sete anos que precede imediatamente a segunda vinda do Senhor. b) Os sete selos. É um esboço do período de sete anos; as etapas do reinado do anticristo e a atividade evangelística pela quais muitos judeus e gentios serão salvos. c) As sete trombetas. São as terríveis torturas que serão submetidas a terra. d) A besta. É um anticristo, um ditador internacional, cabeça de um império de dez reinos. Babilônia será a sede do anticristo. e) As sete taças. São as catástrofes que sobrevirão à terra durante o reinado do anticristo.

NOTA: Esse ponto de vista acredita que o Milênio será literalmente 1000 anos, em que Cristo, com Seus santos, reinarão na terra.

3.3 – Interpretação histórica. Entende que o livro do Apocalipse foi destinado a antecipar uma vista geral de todo o período da história da Igreja, desde a época de João até o fim. Leia a Manual Bíblico de Halley/Ed. Vida Nova.

APROFUNDANDO O ESTUDO: INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA.

Primeiro selo: Era de prosperidade no Império Romano (200-300 d.C.) Segundo selo: Desastre no Império Romano (200-300 d.C.).

Quinto selo: Era de perseguição (100-300 d.C.). Sexto selo: Cristianização do Império (313-400 d.C.).

Primeira a quarta trombetas: Queda do Império Romano (400-476 d.C.). Quinta trombeta: Ascensão do Maometismo (637-786 d.C.).

Sexta trombeta: Ascensão do poder turco (1057-1453 d.C.). Abertura do livro: Era da Bíblia aberta (1500).

As duas testemunhas: A Igreja e a Bíblia (1500). Medição do templo: Era da reforma da Igreja (1500).

A besta: Poder mundial conferido ao papado (600-1800). O falso profeta: A Igreja apostada no poder (600-1800).

Babilônia: Roma (600-1800).

Primeira a quinta taças: São os juízos sobre o poder do Papa (1600-1900).

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________________________________________UNIDADE VI

A CARTA ÀS SETE IGREJAS DA ÁSIA OBJETIVO: Saber contextualizar esta mensagem a sua própria vida e Igreja.

APRENDIZADO: Como o aluno pode demonstrar que alcançou o objetivo desse estudo: Descrevendo os pontos fortes e fracos de cada Igreja mencionada na carta. Respondendo a questão: Porque a carta foi endereçada apenas as sete Igrejas?

Nestas cartas notamos a relação profética que existe entre uma Igreja e

outra. Elas representam os sete períodos da Igreja cristã.

1. OS SETE PERÍODOS DA IGREJA

Igreja Época Significado Caráter Elogio

Éfeso Século I Desejável Igreja de Amor Labor,

decadente perseverança, resignação no sofrimento pelo nome de Jesus.

Esmirna Anos 100-312 Amargura Igreja Riqueza.

perseguida

Pérgamo Anos 313-600 Casamento Igreja mundana Conservou o nome de Cristo e não negou a fé.

Tiatira Anos 600-1517 Quem sacrifica Igreja profana Amor, fé,

sempre serviço,

perseverança, últimas obras mais numerosas que as

primeiras.

Sardes Anos 1517-1750 Remanescente Igreja morta Não teve.

Filadélfia Anos 1570-hoje Amor fraternal Igreja avivada e Guardou a

missionária Palavra de

Cristo e não negou o seu nome.

Laodicéia Atual Direitos do povo Igreja morna Não teve.

2. A NATUREZA DAS SETE IGREJAS.

2.1 – Carta a Igreja de Éfeso: 2:1-7. Era uma Igreja muito bem formada na Doutrina de Cristo. Paulo

havia ensinado ali a Palavra de Deus durante três anos, (At. 19:10, 20:10). Todos os ensinos foram ministrados nesta Igreja, (At. 20:27). Pelo conteúdo da carta, podemos observar que esta uma Igreja espiritual, vs. 2,3. João era membro dessa Igreja antes de ira a Ilha de Patmos. Porém, tinha algo desfavorável: havia perdido o primeiro amor.

2.2 – Carta a Igreja de Esmirna: 2:8-11. Representa aquele período de perseguição da Igreja. Policarpo era bispo

de Esmirna. (100-312 d.C.). Os dez dias de tribulação, (v.10), indica o

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ciclo completo de perseguições daquela época. O termo: “sê fiel até a morte”, significa dar até a própria vida se necessário.

2.3 – Carta a Igreja de Pérgamo: (2:12-17). Representa aquele período quando aconteceu a união da Igreja com o

Estado, nos anos (313-600 d.C.). Um artigo escrito diz que, Pérgamo se

tornou a mais idólatra província da Ásia. Era uma cidade com muitos templos

e o grande templo a Zeus. Centro literário e sede notável da cultura helênica.

A razão do Senhor fala no (v.13). No (v.14) entendemos que essa doutrina

vem a ser uma mistura espiritual da Igreja com o mundo.

2.4 – Carta a Igreja de Tiatira: 2:18-29. Tornou-se uma Igreja profana pela sua decadência espiritual, patente

nos (vs. 20,22,24). Ela representa as Igrejas dos anos (600-1517). Período em que muitas doutrinas dentro da Igreja. Tiatira era formosa por causa do seu magnífico templo delicado a Ártemis, outro nome de Diana. Foi à cidade de duas mulheres notáveis: Lídia e Jezabel, diferentes no caráter.

NOTA:

Quem era Jezabel? (vs. 20-24). Provavelmente uma devota de Diana. Assim denominada devido o fato de estar introduzindo na Igreja as mesmas práticas que fizera a esposa de Acabe. (I Rs. 16).

2.5 – Carta a Igreja de Sardes: 3:1-6. A Igreja era morta, representando assim as Igrejas do período de

(1517-1750). No sexto século Sardes foi uma das cidades mais ricas e poderosas do mundo. Tudo indica que a Igreja era formada de crentes nominais. Só poucas pessoas eram genuinamente cristãs, (v.4)

2.6 – Carta a Igreja de Filadélfia: (3:7-13). Representa aquele período em que as Igrejas estavam experimentando

um reavivamento espiritual; destaque as missões e homens especiais

levantados pelo Senhor. Filadélfia era uma Igreja humilde, porém, fiel.

Contentava-se em ser um exemplo da vida de Jesus no meio de uma

sociedade pagã e corrupta. Os irmãos amavam a Palavra de Deus e estavam

resolvidas a guardá-la. Não há nenhuma palavra de censura na carta.

2.7 – Carta a Igreja de Laodicéia: (3:14-22). Era uma Igreja morna com tantas divergências em seu governo e

doutrina. Laodicéia era um centro bancário, orgulhosa de sua riqueza. Embelezada de templos e teatros. Os crentes professavam o nome de Cristo, entretanto, viviam outra realidade. Realmente foi vomitada da boca do Senhor. Hoje o lugar é deserto.

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_______________________________________UNIDADE VII

OS EVENTOS QUE HÃO DE ACONTECER

(Parte I)

OBJETIVOS: Que o aluno tome conhecimento das interpretações que são dadas aos eventos que terão lugar após o arrebatamento da Igreja e sua respectiva contextualização.

A mensagem profética do Apocalipse começa exatamente no cap. 4 com a visão do trono de Deus. Vejamos o que considera as Escolas de Interpretação: Preteristas – vêem aqui a primeira etapa de eventos dentro daquela geração. Históricos – consideram o princípio do desenvolvimento de todas as épocas da história da Igreja. Futuristas – acham que o arrebatamento da Igreja acontece aqui (4:1), e todos os acontecimentos descritos até o cap. 20 está relacionado com a última semana de Daniel.

1. A VISÃO DO TRONO DE DEUS – 4:1-11.

1.1 – A Glória do trono de Deus – vs. 2,3.

João não viu uma descrição de sua forma, mas de sua beleza. Compare com visão de Isaías, (Is. 6:1). Daniel contemplou a mesma cena, (Dn. 7:9,10).

1.2 – Os vinte e quatro anciões - v. 4.

Estes anciões representam a Igreja. O termo está muito relacionado com a Igreja do N.T. (I Tm. 5:17), (Tt. 1:5). Também representam as 12 tribos de Israel e os 12 apóstolos de Cristo.

Significado: A união do povo de Deus no V.T. com a Igreja do N.T. Leia: Ef. 2:11-20. Também pode se referir à união de todas as Igrejas numa

só: a Igreja Triunfante de Cristo.

APROFUNDANDO O ESTUDO: A IGREJA: - Chamada Corpo de Cristo – Rm. 12:5, I Co. 12:27, Ef. 1:23, 4:12. - Comparada a um edifício – Mt. 16:18, I Co. 3:10, Ef. 2:21, I Pd. 2:5. - Seu governo – At. 15:6, 28, I Co. 7:17, 11:34, I Tm. 3:5, 5:1. - Sua formosura – Is. 62:3, Ac. 9:16, Ef. 5:27.* * Bíblia de Ref. Thompson-Editora Vida – pág. 1250.

1.3 – Os relâmpagos e os trovões – v.5. Significado: A majestade e o poder de Deus, como reto juiz. Entretanto, o arco foi visto antes dos relâmpagos, que representa a graça de Deus antes do julgamento. 1.4 – Os quatro seres viventes – v. 6-11.

Há várias interpretações dadas aos quatros seres viventes: Alguns consideram uma representação das forças da natureza. Compare isto

com o Sl. 19:1-4. Outros acham que representam à criação animal, que

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louva sem cessar o seu Criador. Ainda outros identificam os quatro animais como sendo símbolos dos quatro Evangelhos:

Mateus (o Leão), Marcos (o Novilho), Lucas (o Homem), João (a Águia).

NOTA: Sendo que João estava empregando palavras humanas para identificar realidades celestiais, devemos compreender as características desses animais da mesma maneira que entendemos os significados de cordeiro e de leão, quando aplicados a Jesus Cristo.

2. O LIVRO DOS SETE SELOS – 5:1-14.

2.1 – O livro estava selado – 5:1-4. Na visão de João, só o Cordeiro podia abri-lo. E a medida que os

selos se abriram, ele podia ver o panorama do futuro que ia se desdobrando na direção do fim. Os sete selos e as sete trombetas constituem a estrutura do Apocalipse.

Os interpretes preterista, afirmam que os seis primeiros selos são típicos das catástrofes prestes a desabar sobre o Império Romano.

Para intérprete histórico, são predições de desastre político no Império Romano, e sua cristianização.

Para o intérprete futurista, descrevem as etapas do período de sete anos do reinado do anticristo*.

APROFUNDANDO O ESTUDO: 1 - Cordeiro – O título de Cristo que mais predomina no Apocalipse. Referências: 5:5-6, 6:1, 5:8,11, 13-14, 6:6,17, 7:9-10, 14, 17, 12:11, 14:1, 15:3, 17:14, 19:7, 9, 21:9, 21:14, 21:22-23, 27, 22:1,3. 2) Características do Cordeiro: - O Cordeiro tinha sete olhos: Significa, conhecimento completo. - O Cordeiro tinha sete chifres: Significa, todo o poder para vencer. Resumo: Não só conhece o futuro, como também tem poder para vencer.

2.2 – O leão da Tribo de Judá – 5:5-14. Esta passagem certamente está se referindo a Cristo Jesus, o Leão

da Tribo de Judá, representa “poder”. Como Cordeiro que tira o pecado do mundo, representa “sacrifício, sofrimento”. Estes dois elementos caracterizam a natureza de Cristo, e ao mesmo tempo estão relacionados entre si. Cristo é glorificado como o Cordeiro, vs. 8,9,12.

3. A ABERTURA DOS SELOS DO LIVRO – 6:1 – 8:13.

3.1 – O conteúdo do primeiro selo – 6:12. João viu um cavalo branco e seu cavaleiro: um rei vencedor. Entre os

estudiosos da Bíblia, não existe um consenso quanto à interpretação dessa passagem. Há quem afirme que se trata do poder do Império Romano, sob o qual Jesus iniciou o Seu ministério. O mais aceitável é entender o cavalo branco e seu cavaleiro como sendo:

Cristo na conquista do mundo através do Evangelho (cavalo branco) – Mt. 24:14.

REFLEXÃO PESSOAL: Qual é a sua interpretação sobre esta passagem?

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3.2 – O conteúdo do segundo selo – 6:3-4. A interpretação dada ao cavalo vermelho: guerra. Há quem

interprete esse texto, se referindo as grandes perseguições e guerra que haverá no Império Romano, (entre os anos 200-300 d.C.), ou trata das guerras no tempo do anticristo.

Acreditamos que, a melhor interpretação é esta: Haverá uma crise de proporções mundiais, nos anos que antecederão a Segunda Vinda de Jesus. Este fato está vinculado a um grande número de passagens bíblicas – Mt. 24:26, Lc. 21:28. Este fato não tem sido um quadro dos nossos dias?

3.3 – O conteúdo do terceiro selo – 6:5-6.

A interpretação dada ao cavalo preto: fome. Nós temos aqui uma administração, quando os recursos são cuidadosamente medidos e distribuídos, sem que nada se perca. A incumbência do terceiro cavaleiro será impedir que os conflitos somados a fome varra toda a humanidade. Não estamos vivendo estes dias? Apesar de todos os esforços dos governos conscientes. Mt. 24:7, At. 11:28.

3.4 – O conteúdo do quarto selo, 6:7-8. A interpretação dada ao cavalo amarelo: Morte. Resultado natural da

guerra e da fome. Quantos não têm sido mortos por causa das guerras os quais não faziam parte dela e vítimas da fome. Uma realidade história e atual.

NOTA: Creio que estas passagens bíblicas que se refere aos quatro cavaleiros que operarão juntos, se refiram não só aos dias atuais, como também se aplica naquela metade da última semana da profecia de Daniel. Vamos notar mais adiante que o período de tempo das atividades dos quatro cavaleiros será de 3 ½ anos.

RESUMO: OS QUATRO CAVALEIROS DO APOCALIPSE. Cavalo branco – o Evangelho. Cavalo Vermelho – conflitos, guerras. Cavalo preto – fome. Cavalo amarelo – morte.

3.5 – O conteúdo do quinto selo – 6:9-11. Temos aqui uma visão das almas dos mártires. A questão aqui é:

estes mártires são aqueles da história da Igreja, quando muitos foram jogados na arena romana, perseguidos e mortos, ou se refere aqueles que morrerão pelo testemunho do Senhor no domínio do anticristo?

Alguns pensam que se refere profeticamente as perseguições papais da Idade Média.

Os historiadores registram dez perseguições à Igreja nos primeiros 300 anos.

Nero ( 64 d.C.), Domiciano (96 d.C.), Trajano (98-117 d.C.), Adriano (117-138 d.C.), Antonino (138-161 d.C.), Marco Aurélio (161-180 d.C.), Sétimo Severo (193-211 d.C.), Décio (149-151 d.C.), Valeriano (253-260 d.C.), Diocleciano (284-305 d.C.).

Consulte o Manual Bíblico Halley – Ed. Vida Nova/pág. 627.

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3.6 – O conteúdo do sexto selo – 6:12-17. É o dia da Ira de Deus. Há quem interprete como sendo o fim da

dispensação da graça. Compare com Lc. 21:25-26. Jesus usou linguagem semelhante ao falar da época da Sua segunda vinda – Mt. 24:29-30. Certamente a vinda do Senhor com poder e glória. Fatores que servirão como introdução do Milênio. Veja Is. 24:17-23.

EXERCÍCIO DE REFLEXÃO: Faça a leitura da passagem que fala sobre a Ira de Deus que se manifestará contra toda impiedade humana – Rm. 1:18-32. Que relação você pode fazer com o sexto selo?

a) Os 144.000 – 7:1-8. Este capítulo contrasta a felicidade dos eleitos com o juízo que caí

sobre o mundo pagão, descrito em 6:12-17. Os “testemunhas de Jeová”, interpretam esta passagem como sendo literalmente o número daqueles que serão salvos. Consideramos essa posição uma heresia. Entendemos que o número é simbólico, representando todos os gentios e judeus ou apenas uma referência aos judeus que se converteram, quando sobre esse Israel convertido repousará a glória do Senhor.

A conversão de Israel – Jr; 33:8,16.

b) A grande multidão no céu – 7:9-17. Aqui, já podemos distinguir dois grupos distintos: Os 144.000 eleitos

de Israel e a “multidão” vindo de todas as nações. O que se entende nessa passagem é que trata possivelmente de cristãos judeus e cristãos gentios, que se unirão no céu.

APROFUNDANDO O ESTUDO: Devido há tantas interpretações a respeito, concluímos o seguinte: Os 144.000 são os israelitas e a multidão é a Igreja. No livro de Jeremias encontramos repetidas vezes, Deus afirmando que seu povo não seria destruído – Jr. 4:27; 5:10,18; 30:11; 46:28). Assim sendo a perpetuidade de Israel como nação, povo de Deus fica garantida.

3.7 – Conteúdo do sétimo selo – 8:1 – 9:21. Do sétimo selo surgiram as sete trombetas. Damos um resumo dessa passagem.

Primeira trombeta – 8:7 – a terra. Segunda trombeta – 8:8-9 – o mar. Terceira trombeta – 8:10-11 – os rios. Quarta trombeta – 8:12 – o sol, a lua e as estrelas.

Quinta trombeta – 9:1-11.

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_____________________ UNIDADE VII

OS EVENTOS QUE HÃO DE ACONTECER

(Parte II)

OBJETIVOS: Que o aluno tomes conhecimento dos elementos históricos do Apocalipse constante nessa unidade. Que toda esta gama de revelação e mistério nos ensina uma coisa: Jesus vem. Estejamos preparados para aquele glorioso dia. Que a Palavra de Deus tem se cumprido passo a passo.

1. A VISÃO DO LIVRINHO – 10:1-11. Trata-se do mesmo livro que estava nas mãos direita de Deus. Ele

estava selado. Mas agora aberto, porque o seu último selo fora aberto. A última trombeta anunciará a inauguração da era milenar.

1.1 – As diversas interpretações: a) Interpretação preterista – desastres iminentes e sobrevir ao Império Romano, dos quais a Igreja teria também de participar. b) Interpretação futurista – entendem que é um anúncio de estar próximo o reinado do anticristo. c) Interpretação histórica – considera isso a predição simbólica de uma era em que a Bíblia estaria aberta. Durante a Idade Média, a Bíblia foi um livro proibido. Mas a Reforma tornou a dar a Bíblia ao povo, que já foi traduzida em mais de mil línguas.

2. AS DUAS TESTEMUNHAS – 11:1-19.

2.1 – O Templo é medido – vx. 1-2. O templo é medido, mas o pátio e a Cidade Santa são deixados para

ser pisados pelas nações durante 42 meses. Alguns têm interpretado como sendo à destruição de Jerusalém (70 d.C.). Outros entendem que o templo deve ser literalmente reconstruído, que vem a ser o Templo Milenar.

APROFUNDANDO O ESTUDO: Propósito do Templo Milenar: Revelar a santidade de Deus. Prover uma morada para a glória divina – Ez. 43:7. Perpetuar a memória do sacrifício. Prover a vitória sobre a maldição, Ez. 47:1-12. Prover o centro do governo divino, Ez. 43:7.

No capítulo anterior o Senhor entra na posse da terra. Agora Ele faz a maldição e a purificação. Esta obra estará em andamento desde o arrebatamento com atenção voltada para as nações gentílicas, a besta e o seu reino. O Futuro Glorioso do Planeta Terra-Arthur E. Bloomfield – Ed. Betânia – pág. 162.

2.3 – A Profecia das duas testemunhas – vs. 3-6. As Escrituras não identificam claramente estas duas testemunhas.

Seu poder será como o de Moisés e Elias – vs. 6. Mas encontramos uma profecia no livro do profeta Malaquias (Ml. 4:5-6), onde o nome de Elias é mencionado como aquela testemunha de Deus que vai converter os filhos de Israel. Esta será a missão das duas testemunhas. A mensagem das duas testemunhas encontramos em Ap. 16:15.

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2.4 – A morte, ressurreição e ascensão das duas testemunhas – vs.

7-13. O que causará impacto sobre os judeus não é tanto o que as duas

testemunhas dirão, mas o que elas farão. Os judeus teriam acoitado a Jesus

como Messias, se tivessem sido libertados dos seus inimigos. Por essa razão

acreditarão nas duas testemunhas. Confira – Zc. 12:10. Serão mortas, porém

ressuscitarão e este fato será visto por todas as nações. Acredita-se que para

todas as nações verem, será televisionado em cadeia para todas as partes do

mundo. O retorno de Israel será algo notório mundialmente.

2.5 – A sétima trombeta – 11:15-19. A sétima trombeta anuncia o começo do reinado de Cristo na terra,

quando os reinos deste mundo se tornarão o reino do Senhor, que acontece no final da Grande Tribulação. As sete taças do (cap.16) vem depois deste acontecimento em rápida seqüência que culmina com a Segunda Vinda de Cristo com poder e grande glória.

3. A MULHER, A CRIANÇA E O DRAGÃO – 12:1-18. 3.1 – Introdução:

Até aqui, na visão dos selos e das trombetas, a história tomou direção para o juízo final, (11:15,18), ocupando-se em grande parte com a sorte do mundo. Neste capítulo, João volta ao ponto de partida e, passa a retratar coisas omitidas anteriormente, relacionadas em grande parte com a sorte da Igreja.

3.2 – Quem é a mulher? – v.1

O termo “mulher” tem dois símbolos na Bíblia: Israel e Igreja, Mt.

5:14. Na primeira parte do capítulo até – v.5 – a mulher pode ser

representada por Israel. A partir do – v.6 – ela é representada a Igreja.

Vestida de sol, ou seja, vestida de luz – Is. 45:7 e 60:1. A coroa de doze

estrelas, um sinal de realeza. A Igreja também pode assim ser considerada – I Pe. 2:9. Com a lua debaixo dos seus pés, a Igreja vitoriosa na sua posição.

3.3 – A fuga da mulher para o deserto – vs. 13-17. A “água como um rio” que o dragão lançou atrás dela pode referir-se

às perseguições à Igreja, movidas pelo Império Romano. Neste caso, o socorro que ela recebeu foi a cristianização do Império, sob Constantino.

Também pode significar o remanescente fiel de Israel que será preservado entre os gentios durante o período da tribulação. Qual a sua opinião?

APROFUNDANDO O ESTUDO: No V.T. houve várias ocasiões em que o diabo tentou evitar que o Filho nascesse. - Apostasia na criação do bezerro de ouro. - As repetidas incredulidades do povo no deserto. - A corrupção moral de Israel. - O pecado de Davi. - O plano para exterminar os judeus nos dias de Ester. - A perseguição de Herodes.

3.4 – Quem é o Filho? – vs. 5-6. Certamente representa Jesus que nasceu e voltou para o Pai.

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3.5 – Quem é o dragão? Não há dúvida que trata do diabo, que persegue a mulher (Igreja ou

Israel), mas Deus a coloca num determinado lugar sob proteção.

EXERCÍCIO DE REFLEXÃO – 1: Encontre as referências bíblicas para cada uma daquelas ocasiões em que o diabo tentou impedir o nascimento do menino (Jesus).

4. A BESTA QUE SAIU DA TERRA – 13:1-18. 4.1 – A primeira besta – vs. 1-10.

Esta “besta” é a forma que o dragão assumiu para continuar sua guerra contra a mulher, 12:17. Tinha aparência de leopardo, de urso e de leão, os três primeiros dos quatro animais de Daniel, Dn. 7:3-6. Vejamos as interpretações a respeito: a) Para o interprete preterista – a besta é o Império Romano.

b) Para o interprete futurista – a besta é o anticristo. c) Para o interprete histórico – a besta é o anticristo, no seu império de dez reinos federados. Quarenta e dois meses, ou seja, 3 ½ anos, será o período em que a besta fará guerra feroz aos santos.

4.2 – A segunda besta – vs. 11-18. Enquanto a primeira tinha a semelhança de um leopardo, a segunda

parecia com um cordeiro. Mas ambas eram aliadas. A besta-leopardo fora morta, v. 3. Mas a segunda besta a fez reviver, v. 15. O que diz os interpretes:

a) Preteristas: que a besta-cordeiro é o sistema sacerdotal do Império Romano, organizado para impor o culto do imperador. b) Futuristas: que a besta-cordeiro é o cabeça eclesiástico da Igreja apóstata unido ao último império do mundo, cujo cabeça político será a besta-leopardo, o próprio anticristo. c) Históricos: que a besta-cordeiro é a Igreja apóstata que, depois da queda do Império Romano, curou o golpe mortal de Roma e fez reviver a cidade como cabeça de uma potência pagã-cristã.

APROFUNDANDO O ESTUDO:SETE PODERES MUNDIAIS TEM SE DESTACADO NA HISTÓRIA. 1) EGITO: potência mundial durante uns quatro séculos, (1600-1200 a.C.). 2) ASSÍRIA: potência mundial durante uns três séculos, (900-600 a.C.). 3) BABILÔNIA: potência mundial durante 70 anos, (606-536 a.C.). 4) PÉRSIA: potência mundial durante dois séculos, (536-330 a.C.). 5) GRÉCIA: potência mundial uns dois séculos, (330-146 a.C.). 6) ROMA: potência mundial durante seis séculos, (200 a.C. – 400 d.C.). 7) ROMA PAPAL: foi uma potência durante 1200 anos, (600-1800 d.C.). *

Manual Bíblico Halley-Ed. Vida Nova/ pág. 638.

5. A PESSOA E O MINISTÉRIO DA BESTA.

5.1 – Introdução:

As Escrituras nos fala muito a respeito do indivíduo que aparecerá no tempo do fim como cabeça das potências gentílicas e sua confederação de dez reinos.

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5.2 – Sua pessoa e obras são descritas em várias passagens das Escrituras. Ez. 28:1-10, Dn. 7:7-8, 20-26, 8:23-25, 9:26-27, 11:36-45.

5.3 – Suas características gerais: Será um gentio – Ap. 13:1. O mar representa as nações gentias – ap.

17:15. Será um líder político – Ap. 13:1, 17:12. Todos estarão debaixo de

sua autoridade. Será líder final do domínio gentio mundial, Ap. 13:2. Compare com Dn.

7:7-8, 20, 24, ap. 17:9-11. Como tal, será um líder político.

Sua influência será mundial, Ap. 13:8.

Sua influência será resultado da Aliança que tem com outras nações, Dn. 8:24, Ap. 17:12.

Pessoalmente se caracterizará por sua inteligência e poder de persuasão, Dn. 7:8, 20; 8:23.

Seu interesse principal está concentrado na força e no poder, Dn.

11:38.

Como cabeça do Império das nações confederadas, fará aliança com Israel por sete anos, Dn. 9:27. Mas a aliança será quebrada na metade dos 3 ½ anos.

O culto idólatra será introduzido.

Será o cabeça do sistema único de satanás.

APROFUNDANDO O ESTUDO: É interessante notar que quase todas as passagens que fazem referência a besta, também inclui um aviso de sua condenação final, Ez. 21:25-27, 28:7-10, II Ts. 2:8, Ap. 17:11, 19:20, 20:10.

6. A PESSOA E O MINISTÉRIO DO FALSO PROFETA.

As afirmações dadas abaixo, acompanhadas de referências bíblicas, não é de caráter definitivo. Pode haver uma interpretação melhor.

6.1 – Esse indivíduo poderá ser um judeu – Ap. 13:11.

Será influentes em assuntos religiosos.

Será motivado por satanás.

6.2 – Terá uma autoridade delegada – Ap. 13:12.

Promoverá culto a primeira besta.

Seu ministério será autenticado (reconhecido) por seus milagres.

6.3 – Terá existo em enganar os homens incrédulos – Ap. 13:14.

O culto que promoverá será um culto idólatra.

Terá o poder da morte para obrigar os homens adorar a besta – Ap. 13:15.

Terá autoridade na área econômica para controlar todo o comércio – Ap. 13:16-17.

Terá uma marca que estabelecerá a sua identidade nas pessoas daqueles dias – Ap. 13:18.

APROFUNDANDO O ESTUDO: A palavra “anticristo” aparece isoladamente nas Epístolas de João. Ref.: I Jo. 2:18, 22; 4:3, II Jo. 7. Um estudo destas referências nos indica que o apóstolo João estava preocupado com o erro doutrinário na Igreja, quanto a pessoa de Cristo.

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7. AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS – 15:11 – 16:21.

7.1 – As quatro primeiras taças – 16:2-9. Estas taças estão relacionadas com as quatro primeiras trombetas –

8:7-12. Os rios sobre os quais foi derramado a terceira taça, são os mesmos onde foi derramado o sangue dos santos – v.6, pela besta – 13:15, e por Babilônia - 17:6 e 18:24. Os interpretes históricos notam nesta passagem uma referência ao sistema fluvial do norte da Itália, ou aos vales dos rios da Europa, onde milhões de vítimas do papado foram martirizadas. Isto é, apenas uma das interpretações.

7.2 – A quinta taça – 16:10-11.

7.3 – A sexta taça – 16:12-16. Esta taça se refere ao Grande dia do Senhor. Sua manifestação na

batalha do Armagedom.

7.4 – A sétima taça – 16:17-21. O termo “Três partes” – v.9, pode se referir ao Império Romano, que

caiu em três parte – 8:7-12, 9:18, assim também cairá o governo final do anticristão: Babilônia, a Besta e o Falso Profeta. Essa deve ser a verdadeira batalha do Armagedom, a qual, sob a sexta taça estava sendo preparada.

8. A BATALAHA DO ARMAGEDOM – 16:12-16.

8.1 – Os reis do Oriente. Os nomes de todos os países designados como “reis do oriente”, não

são dados em parte alguma da Bíblia, porquanto essas nações ainda não existiam nos tempos bíblicos. Alguns nomes são dados para mostrar a localização desses países. Além dos “reis do oriente”, existem outros três grupos procedentes da trindade satânica: os três espíritos semelhantes a rãs, a fim de reunir aquelas nações que estarão sob o controle direto do anticristo. 8.2 – O relato bíblico detalhado dessa invasão. Leia: Ex. 38:39.

Aqui encontramos quatro grupos de nações sob o domínio do anticristo. E outro independente.

O primeiro grupo de nações: É representado por – Meseque e Tubal (que não existiam no tempo

de Ezequiel). O segundo grupo de nações:

São representados pela – Pérsia, Etiópia e Líbia. O terceiro grupo de nações:

É representado por: Gômer e Togarma (que não existiam no tempo de Ezequiel).

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UNIDADE IX

AS ÚLTIMAS COISAS DO APOCALIPSE

OBJETIVOS: Que o aluno tome conhecimento das dificuldades que existem na interpretação da literatura apocalíptica e quais as porções das Escrituras que geram tais dificuldades.

1. BABILÔNIA, A GRANDE MERETRIZ – 17:1-18. A tendência para interpretação desta passagem é a interpretação

histórica no que diz respeito a Babilônia eclesiástica. Que dizem os futuristas? E os preteristas? Qual a sua opinião?

1.1 – As duas formas que a Babilônia terá no fim dos tempos: A Babilônia eclesiástica – Vs. 1-7 e a Babilônia política – 18:1-24. A

Babilônia política é o império confederado da besta, a última forma do domínio mundial gentio. A Babilônia eclesiástica é todo o cristianismo apostada, no qual o papado (ou líder religioso) será proeminente.

1.2 – A grande meretriz assentada sobre muitas águas – v.1. A interpretação dada aqui, são os povos, multidões, nações e línguas,

sob a sua influência.

APROFUNDANDO O ESTUDO: O paganismo na Igreja. A Igreja imperial do quarto e quinto século: - Tornou-se uma Igreja diferente da Igreja Primitiva dos três primeiros séculos. - Sua ambição do domínio e poder, perderam e esqueceram as suas origens. - O culto perdeu sua simplicidade e tornou-se uma cerimônia imponente, com todo o esplendor externo, próprio do paganismo. - Seus ministros tornaram-se sacerdotes.

1.3 – Com que se prostituíram os reis da terra – v.2. A interpretação dada, que esta Babilônia é a Babilônia eclesiástica, a

Igreja em sua decadência espiritual, se ligando a idolatria, trocando os valores

espirituais pelos valores materiais. Uma referência a Igreja Romana.

1.4 – A mulher vestida de púrpura – vs. 4-6. Se considerarmos a interpretação histórica nessa passagem,

devemos lembrar a Igreja na sua decadência tornou-se poderosa no tempo da inquisição e ficou embriagada com o sangue dos santos, os quais não concordavam com as suas prostituições.

1.5 – Os dez reis – vs. 11-12. Isso sugere a maneira como o último império será formado, através

da união de dez nações. Não haverá um poder único dominando.

2. A QUEDA DA BABILÔNIA – 18:1-24. 2.1 – Referências proféticas.

Aqui temos uma semelhança à desolação da Babilônia do V.T. pela qual

o profeta Jeremias lamentou Jr. 50 e 51, de modo especial o texto- Jr. 51:63-

64. Foi nesse reino que o povo de Deus ficou cativo durante 70 anos. Babilônia

era a maravilhosa do mundo antigo. Roma foi a Babilônia do N.T.

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Nela a Igreja tornou-se apostada. Leia v. 4. Se Babilônia é o nome profético do papado, aqui temos então uma referência a Reforma na expressão: “Retirai-vos dela povo meu”.

2.2 – Quem destruirá a Babilônia eclesiástica? A idéia que temos é que a Babilônia política será o instrumento de

destruição da Babilônia eclesiástica.

NOTA: Como é difícil chegar a uma conclusão verdadeira com tudo que estudamos até agora. Nossas reflexões têm apenas o propósito de nos aproximar da verdade. Não devemos nos sentir frustrado por não entendermos tudo, por não termos respostas para todas as questões. Deus reservou para si muitas coisas que hão de acontecer. Porém “aquilo que não subiu a mente humana, nem tão pouco desceu ao seu coração, é o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”.

3. A DOUTRINA DO JUIZO.

3.1 – Entre os muitos juízos mencionados nas Escrituras, sete são dotados de significado especial.

a) O julgamento dos pecados do crente na cruz de Cristo – Jo. 12:31. b) O auto-julgamento do crente – I Co.11:31. c) O julgamento das obras do crente – II Co. 5:10. d) O julgamento dos indivíduos gentios na volta de Cristo a terra – Mt. 25:32. e) O julgamento de Israel na volta de Cristo à terra – Ez. 20:37. f) O julgamento dos anjos depois de 1.000 anos – Jd. 6. g) O julgamento dos mortos ímpios.

3.2 – Juízos que não estão relacionados com o programa escatológico.

O juízo do cristão – I Co. 11:31-32, Hb. 12:5-11. O juízo das obras do crente – Rm. 14:10, I Co 3:11-15, II Co. 5:10.

3.3 – Quatro tipos de julgamentos têm implicações escatológicas: O juízo de Deus contra a nação de Israel – Ez.: 20:37-38, Zc. 13:8-9. O juízo de Deus contra as nações gentias – Mt. 25:31-46, Is. 34:1-2,

Jr. 3:11-16. O juízo de Deus contra os anjos caídos – Jd. 6. O Juízo de Deus do “Grande Trono Branco” – Ap. 20:1-15.

3.4 – O juízo de Deus contra Israel – Mt. 24:1-30. a) Tempo do juízo:

A indicação mais clara desse tempo, encontramos na cronologia dos eventos profetizados pelo Senhor – Mt. 24 e 25. - Período da tribulação – 24:4-26. - Segundo advento – 24:27-30. - Reunião de Israel – 24:31. b) Local do juízo:

Será na terra após o arrebatamento da Igreja – Zc. 14:4.

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3.5 – O juízo de Deus contra as nações gentias – Mt. 25:31-46.

a) Tempo do juízo: Vai acontecer imediatamente após o juízo de Israel. Compare Jl. 3:1-2. b) Local do juízo:

c) A base do juízo: O que determinará a condição espiritual daqueles que serão julgados, será o testemunho das Escrituras – Mt. 24:14.

3.6 – O juízo dos anjos caídos:

a) Tempo do juízo:

b) O local desse juízo: As Escrituras guarda silêncio quanto ao lugar, entretanto, afirma que todos os anjos caídos serão julgados – II Pe. 2:4. c) A base do juízo: O juízo será contra os anjos caídos por causa do seu pecado em seguir a satanás, em sua rebelião contra Deus – Is. 14:12-17, Ez. 28:12-19.

APROFUNDANDO O ESTUDO: As Escrituras menciona três tronos de julgamento.

1) O Tribunal de Cristo – II Co. 5:10. 2) O Trono da Glória de Cristo – Mt. 25:32. 3) O Grande Trono Branco – Ap. 20:11.

4. O JUÍZO FINAL – 20:11-15. 4.1 – Conceito:

Entendemos por juízo final o julgamento do Grande Trono Branco numa ampla assembléia pública – II Pe. 3:7, At. 17:31, Rm. 2:5, 16, II Pe. 2:9, Ap. 6:17.

4.2 – A pessoa do Juiz. Somente Deus é competente para desempenhar o papel de Juiz das

nações. Ele tem conhecido todos os desígnios do coração dos homens em todos os tempos. Ele compreende não apenas as suas ações, mas os pensamentos interiores e os impulsos ocultos.

4.3 – Os princípios usados no julgamento.

a) Os pagãos serão julgados pela lei da natureza – Rm 2:14-15. b) Os judeus serão julgados pela lei de Moisés e pelos os ensinos dos profetas – Jo. 12:48. c) Os cristãos serão julgados com base nas Escrituras – Hb. 10:29, Lc. 12:48.

4.4 – O propósito do julgamento final.

a) Em relação a Deus – será uma demonstração dos atributos divinos. b) Em relação a Cristo – A glória da obra de Cristo se manifestará, não apenas como juiz, mas como Senhor e Rei. Como Senhor, tem o domínio do universo. Como Rei, reinou no coração dos homens que o aceitaram como Salvador.

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c) Em relação ao homem – O julgamento se faz necessário, dado as responsabilidades do homem, como ser moral, para com Deus.

5. A CONSUMAÇÃO FINAL.

A volta do Senhor e o Juízo final indicam o fim do mundo, ou seja, a consumação dos séculos. Este é um ponto quase invisível, para o qual se convergem todos os raios da revelação.

5.1 – Teorias sobre o estado final dos ímpios. Embora estas teorias em alguns casos, remontem até os períodos

mais antigos da história da Igreja, encontram seu principal desenvolvimento nos tempos modernos.

a) Destrucionismo. Termo usado para expressar a crença materialista de que a alma é mortal e perece com o corpo.

b) Universalismo. Afirma que todos os homens serão salvos, existindo em diferentes formas.

c) Aniquilacionismo. Acredita que as almas dos ímpios serão destruídas.

APROFUNDANDO O ESTUDO: Refutação das teorias acima: Entender que a palavra “morte” usada nas Escrituras significa “aniquilamento”, ou “destruição” converteria muitas passagens bíblicas em completo absurdo, Sl. 116:15, Rm. 5:10, 7:24, I Jo. 3:14.

5.2 – Síntese da doutrina do purgatório.

a) Fundo histórico:

A idéia de purificação pelo fogo era conhecida dos gregos passando a fazer parte da filosofia de Platão. Ele ensinava que ninguém poderia tornar-se perfeitamente feliz após a morte antes de expiar os pecados e, se estes fossem grandes para a expiação, seus sofrimentos não teriam fim. Esta doutrina passou dos gregos para os judeus, pelo fato de Judas Macabeus ter enviado dinheiro a Jerusalém para pagar sacrifícios a serem oferecidos pelos pecados dos mortos e também pelo fato que os rabinos ensinavam que os filhos, por meio de ofertas pelo pecado, poderiam aliviar os sofrimentos dos pais falecidos.

b) Quando foi pela primeira vez abordado o ensino purgatorial? Primeiramente abordada no século III por Clemente de Alexandria,

que fala de um fogo espiritual neste mundo, vindo a seguir Orígenes que achava que o fogo purificador continuava além túmulo.

c) As duas teorias da Igreja Primitiva. Primeiro – Que havia o purgatório do dia do juízo, que se baseava nas palavras de Paulo literalmente – I Co. 3:13, mesmo aqueles que tenha edificado com: madeira, ferro e palha, seriam salvos, caso se tivessem construído sobre o alicerce certo – seriam salvos como pelo fogo – I Co, 3:11-15. Segundo – Que havia purificação no estado intermediário, entre a morte e a ressurreição.

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6. O ESTADO INTERMEDIÁRIO.

6.1 – A Doutrina Evangélica do Estado Intermediário. O protestantismo aceita a idéia de um Estado Intermediário,

entretanto, rejeita a existência de um lugar determinado. Essa Doutrina pode ser analisada e concluída da seguinte forma: - Quando os justos morrem vão imediatamente para o céu? Ou ficam num lugar intermediário? a) Textos a favor da idéia da existência de um lugar intermediário: O relato do rico e Lázaro – Lc. 16:19-31. As palavras de Cristo ao ladrão da cruz – Lc. 23:43. A Palavra “paraíso”, é as vezes usadas num sentido inferior ao céu – Jo. 20:17.

b) Textos que se opõe a idéia de um lugar determinado: A oração de Estevão – At. 7:59. A expressão do desejo de Paulo – II Co. 5:8.

6.2 – O destino dos perdidos:

Será o lago de fogo – Ap. 19:20, 20:10, 21:8. Este lago de fogo é descrito como fogo eterno – Mt. 25:41. Como fogo que nunca se apagará – Mc. 9:43, 44, 46, 48.

APROFUNDANDO O ESTUDO: O ESTADO FINAL DOS ÍMPIOS. - Fogo eterno – Mt. 25:41. - Trevas exteriores – Mt. 8:12. - Tormento – Ap. 4:10-11. - Castigo eterno – Mt. 25:46. - Ira de Deus – Rm. 2:5, Jo. 3:36. - Segunda morte – Ap. 21:8. - Eterna destruição – II Ts. 1:9. - Pecado eterno – Mc. 3:29. - Inferno – Lc. 16:23.

7. AS BEM-AVENTURANÇAS ETERNA DOS SANTOS – AP. 21:1 – 22:21.

Existe um estado de bem-aventurança eterna além desta vida, que

não podemos falar minuciosamente, como se tivéssemos visto. É a Palavra

de Deus que garante isto. Aleluia. João 14:1-3. O que é realmente o céu?

7.1 – O céu é tanto um lugar como um estado. a) Além do céu ser um estado de bem-aventurança eterna, é também um lugar real. Jesus consolou os discípulos falando desse lugar – Jo. 14:2 – 3. As Escrituras falam dos céus físicos acima de nós, e de um “terceiro céu”, onde Deus habita. Paulo deu seu testemunho de ter sido arrebatado a este céu – I Co. 9:1. Estevão antes de morrer fitou os olhos no céu – At. 7:55. Na ascensão, Jesus foi levado ao céu – At. 1:9.

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APROFUNDANDO O ESTUDO: O CÉU: - Lugar seguro para nossos investimentos – Mt. 6:20. - Os nomes dos santos estarão escritos ali – Lc. 10:20. - Há moradas para todos os crentes – Jo. 14:2. - O Cristo glorificado entrou ali – At. 7:55-56. - Construídos pelas mãos de Deus – II Co. 5:1, Hb. 11:10. - Remidos de todos os povos se reunirão ali – Ap. 7:9. - Obediência é a condição para entrar ali – Ap. 22:14

7.2 – A vida na Cidade Eterna. Em nenhuma parte das Escrituras, encontramos detalhes do reino

eterno de Deus. Porém, a natureza da vida que gozaremos no céu, é revelada a nós na Palavra de Deus.

Vida de comunhão com o Senhor – I Co. 13:12, Ap. 22:4. Vida de descanso – Ap. 14:13. Vida de santidade – Ap. 21:7. Vida de gozo – Ap. 21:4. Vida de serviço – Ap. 22:3. Vida de abundância – Ap. 21:6. Vida de glória – II Co. 4:17. Vida de adoração – Ap. 19:1.

APROFUNDANDO O ESTUDO:O QUE NÃO HAVERÁ NO CÉU? REFERÊNCIAS DE APOCALIPSE: - Não haverá mar – 21:1; Não haverá tristeza – 21:4;Não haverá pranto – 21:4. - Não haverá dor – 21:4;Não haverá maldição – 22:2; Não haverá noite – 22:5. - Não haverá morte – 21:4.

CONCLUSÃO:

Nosso coração deve ser alimentado com essa bendita esperança.

Lembramos as palavra do apóstolo Paulo:

“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento

de Deus. Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus

caminhos”. – Rm 11:33.

Maranata.

BIBLIOGRAFIA. Bloomfield, Arthur E. – O Futuro Glorioso do Planeta Terra – Editora Betânia

– 1987. WILEY, Orton H. – Teologia Sistemática – Seminário Teológico Nazareno Brasileiro. HALLEY, H.H. – Manual Bíblico – Edições Vida Nova.

LOCKYER, Herbert – Apocalipse – O Drama dos Séculos – Editora Vida – 1982.

A BÍBLIA ANOTADA – Comentário – Mundo Cristão. ALLISON, Haroldo B. – A Doutrina das Últimas Coisas – Imprensa Batista Regular. SCOFIELDE, C.I. – A Bíblia Sagrada com Referências – Imprensa Batista Regular.

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