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INVESTIGAÇÃO E agora senhor juiz? A casa caiu! Juíza Corregedora Maria Helena Lordello, do TJBA, instaura Processo Administrativo e Disciplinar contra escrivão e oficial de justiça da 26ª Vara Cível de Salvador Salvador (29/04/2011) O Corregedor Geral de Justiça da Bahia, Des. Jerônimo dos Santos designou, através de portaria publicado no Diário de Justiça daquele Estado, a atuante Juíza Corregedora Maria Helena Lordello, para presidir o caso. O Corregedor Geral viu na documentação apresentada e nos relatos dos denunciantes ouvidos pela atenciosa magistrada, elementos autorizadores para a sindicância designando-a instaurar e presidir processo administrativo disciplinar para apurar a responsabilidade do servidor Silvio Antonio Borges da Silva - cadastro 095.086-6, Escrivão, por suposta emissão de certidões de conteúdo falso e falta de urbanidade; e do servidor Dilson Francisco Santos Lima – cadastro 129.123-3, Oficial de Justiça, por possível conduta abusiva no cumprimento de mandado de desocupação; fatos que, em tese, representam a violação ao art. 262, inciso I, da Lei Estadual n° 10.845/2007, art. 175, inciso I, III e XI e art. 176, inciso XVI da Lei Estadual nº 6.677/94 .A afirmação do titular da Vara que disse “confiar em seus serventuários” não ajudou. Convenhamos, se um magistrado confia no escrivão que comete esse tipo de expediente, então ele tem conhecimento de seus atos já que tem por obrigação fiscalizar seu cartório (LOJ Art.64) A corregedora Maria Helena Lordello, do TJBA, é conhecida nos meios forenses do judiciário baiano, como juíza que atua condignamente, mão de ferro. Diz-se que ela possui um incansável desejo de apurar a verdade onde quer que ela esteja e aplicar a lei com rigor. Sempre imparcial, julga de igual para igual, atributo que lhe é peculiar e da qual se espera a devida punição a todos quantos ousem andar as margens da Lei. não há como não aplaudir. Ou o TJBA acaba com os corruptos a bem do serviço público ou os corruptos acabam com o TJBA. Segundo informou, a magistrada já ouviu os acusados e as partes. Veja o inteiro teor da portaria: DL/mn

Investigação

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Juiza instaura procedimento administrativo contra escrivao de salvador

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INVESTIGAÇÃO

E agora senhor juiz? A casa caiu!

Juíza Corregedora Maria Helena Lordello, do TJBA, instaura Processo Administrativo e Disciplinar contra escrivão e oficial de justiça da 26ª Vara Cível de Salvador

Salvador (29/04/2011) O Corregedor Geral de Justiça da Bahia, Des. Jerônimo dos Santos designou, através de portaria publicado no Diário de Justiça daquele Estado, a atuante Juíza Corregedora Maria Helena Lordello, para presidir o caso. O Corregedor Geral viu na documentação apresentada e nos relatos dos denunciantes ouvidos pela atenciosa magistrada, elementos autorizadores para a sindicância designando-a instaurar e presidir processo administrativo disciplinar para apurar a responsabilidade do servidor Silvio Antonio Borges da Silva - cadastro 095.086-6, Escrivão, por suposta emissão de certidões de conteúdo falso e falta de urbanidade; e do servidor Dilson Francisco Santos Lima – cadastro 129.123-3, Oficial de Justiça, por possível conduta abusiva no cumprimento de mandado de desocupação; fatos que, em tese, representam a violação ao art. 262, inciso I, da Lei Estadual n° 10.845/2007, art. 175, inciso I, III e XI e art. 176, inciso XVI da Lei Estadual nº 6.677/94 .A afirmação do titular da Vara que disse “confiar em seus serventuários” não ajudou. Convenhamos, se um magistrado confia no escrivão que comete esse tipo de expediente, então ele tem conhecimento de seus atos já que tem por obrigação fiscalizar seu cartório (LOJ Art.64) A corregedora Maria Helena Lordello, do TJBA, é conhecida nos meios forenses do judiciário baiano, como juíza que atua condignamente, mão de ferro. Diz-se que ela possui um incansável desejo de apurar a verdade onde quer que ela esteja e aplicar a lei com rigor. Sempre imparcial, julga de igual para igual, atributo que lhe é peculiar e da qual se espera a devida punição a todos quantos ousem andar as margens da Lei. não há como não aplaudir. Ou o TJBA acaba com os corruptos a bem do serviço público ou os corruptos acabam com o TJBA. Segundo informou, a magistrada já ouviu os acusados e as partes. Veja o inteiro teor da portaria:

DL/mn

Inteiro Teor:

CORREGEDOR GERAL DA JUSTIÇA

PORTARIA Nº. CGJ – 564/2011-GSEC

O DESEMBARGADOR JERÔNIMO DOS SANTOS, CORREGEDOR-GERAL DA JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições e considerando o que consta no processo nº. PA-42403/2009 apenso aos PA-4916/2010 e PA-62550/2009,

RESOLVE:

Art. 1º - Instaurar processo administrativo disciplinar para apurar a responsabilidade do servidor Silvio Antonio Borges da Silva - cadastro 095.086-6, Escrivão, por suposta emissão de certidões de conteúdo falso e falta de urbanidade; e do servidor Dilson Francisco Santos Lima – cadastro 129.123-3, Oficial de Justiça, por possível conduta abusiva no cumprimento de mandado de desocupação; fatos que, em tese, representam a violação ao art. 262, inciso I, da Lei Estadual n° 10.845/2007, art. 175, inciso I, III e XI e art. 176, inciso XVI da Lei Estadual nº 6.677/94 .

Art. 2º - Designar a Bela. Maria Helena Lordêlo de Salles Ribeiro, Juíza Corregedora, para presidir e conduzir a instrução do processo disciplinar, assinando-lhe o prazo de 30 (trinta) dias para o término dos trabalhos desenvolvidos, com a apresentação do relatório conclusivo.

Art. 3º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Secretaria da Corregedoria Geral da Justiça, 26 de abril de 2011.

Fonte: Diário de Justiça da Bahia

Para entender o caso

O fato mereceu destaque pela imprensa:

O radialista Ronaldo Santos desde 1991 tem um imóvel de três quartos com 71,83m2 no bairro de Stela Mares em Salvador financiado pela CEF (“contrato de gaveta”). Ocorre que no mesmo ano de 1991, o radialista adquiriu também posse, de forma lidima, seja pela documentação ou pelo lapso temporal, um terreno em área contigua da casa onde ao longo dos anos, construiu duas casas para seus filhos num total de 190 m2.

Em 2006 a casa da CEF foi a leilão e Santos não conseguiu arrematá-la. O arrematante ardilosamente para livrar-se da retenção e pesada indenização das benfeitorias na casa da CEF e locupletar-se tomando a posse de tudo, ignora o legitimo possuidor do imóvel Ronaldo Santos, e ajuíza ação de Imissão de Posse contra pessoa sem legitimação e ex mulher do radialista, a Sra. Marlene Rodrigues. Afirmou em sua petição que os mesmos haviam “invadido o imóvel após a arrematação. Isso caracterizou “posse injusta” e assim consegue na justiça, sem que ela se manifeste no processo (inaudita altera pars), ou seja, a pessoa só pode falar nos autos depois que a mesma seja despejada. Com esse expediente o autor não tem que gastar um centavo com indenização pelas benfeitorias de 19 anos.

Intervenção do cartório

“O Cartório da 26ª Vara Cível da Comarca de Salvador ao longo do processo de Imissão na Posse agiu de forma tendenciosa e de clara má-fé em desconformidade com a Lei e o regimento interno do Poder Judiciário”, conforme afirma o advogado Antonio Edilipe Neri que atuou no caso. O fato foi denunciado ao CNJ em Brasília e ao TJBA que investigam o caso.

Desde o início nas audiências preliminares o escrivão Silvio Borges, do referido cartório, interferiu de forma drástica a favor do autor da ação com inúmeras tentativas frustradas para que a Sra. Marlene entrasse em “acordo” entregando o bem ao reivindicante. “Eu não poderia fazer isso, além de não ser do meu interesse tampouco sou a legítima possuidora e pela recusa venho pagando um preço alto e sofrendo verdadeiros prejuízos e sessões de terrorismo tanto do escrivão como do oficial de justiça”. Consignou.

Por ocasião da Liminar para desocupação do imóvel, o Dr. Edilipe Bahiana Neri e o Dr. Antonio Monteiro Neto, seus advogados, agravam da preclusão do autor em não apresentar rol de testemunhas Agravo nº 39456-6/2007 03/08/2007. O juiz substituto Marques Pedreira da 1ª Câmara Cível converte em diligencia, remete ao cartório para completar as informações. Desde então sem julgamento, pois o Agravo não retornara ao TJBA. Os advogados agravam da liminar do 1ª grau com ordem de despejo nª 674-3/2008 07/01/2008. O efeito suspensivo, julgado em fevereiro de 2008 foi deferido pela relatora da 1ª Câmara Cível, Desembargadora Ilza Maria da Anunciação. Curiosamente o Agravado junta ao agravo, em suas contrarazões, certidão emanada pelo Cartório da 26ª Vara Cível, certificou e deu fé - publica que a agravante: 1ª) “… não foi juntada aos autos o instrumento procuratório que outorga poderes ao seu defensor para atuar na lide”. E 2ª) “… não promoveu a juntada de cópia da petição de interposição do aludido recurso bem como os respectivos comprovantes recursais”. Todavia, os documentos FORAM RECEBIDOS e PROTOCOLADOS em 09 DE JANEIRO de 2008 e registrada no cartório sob número 69, (Veja Documento Anexo) Fatos que, em tese, representam a violação ao art. 262, inciso I, da Lei Estadual n° 10.845/2007, art. 175, inciso I, III e XI e art. 176, inciso XVI da Lei Estadual nº 6.677/94. Além disso, ao inserir em documento público declaração falsa e diversa da que deveria ser escrita, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, prevalecendo-se de seu cargo, o denunciado escrivão restou incurso nas sanções previstas no artigo 299, parágrafo único, do Código Penal, ainda, nas sanções penais previstas no artigo 344, em combinação com o artigo 29, todos dispositivos do Código Penal pátrio.

Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:

Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia

ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação, ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena – reclusão, 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular.

Parágrafo único.

“Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte”.

A materialidade e a autoria dos crimes de coação no curso do processo e falsidade ideológica são incontestes. A leitura meticulosa e reiterada dos autos convence, sem sombra de dúvidas, da responsabilidade dos serventuários, pois é certo que a prova coligida compromete, irremediavelmente, os denunciados.

Primeiramente, cumpre salientar o que ensina a doutrina a respeito do delito em apreço. Magalhães E. Noronha assevera que

"[...] cuida a lei que as pessoas que intervêm no processo atuem livremente, pondo-as a salvo da ação de terceiro que, buscando interesses de outros, colide com os da Justiça. A liberdade de que elas devem gozar é indispensável às finalidades do processo, quer quanto à sua regularidade, quer quanto ao objetivo que tem em vista: a realização da justiça, a proclamação do interesse legítimo" (in Direito Penal, São Paulo: Saraiva 2001, v. 4, p. 383 e 384).

Julio Fabbrini Mirabete, por sua vez, leciona:

"O crime de coação no curso do processo é um tipo especial de constrangimento ilegal em que não se exige que o coacto se submeta ao agente. A conduta típica é a de praticar violência ou grave ameaça contra autoridade, parte ou qualquer pessoa que intervém no processo. [...] Consuma-se o crime, de natureza formal, com a violência ou mesmo o resultado de ficar a vítima intimidada. Basta que a ameaça seja grave o bastante para intimidar" (Código Penal Interpretado, SP: Atlas, 1999, p. 1876-1878).

Fernando Capez, no mesmo sentido, também ministra:

"Tutela-se aqui mais uma vez o desenvolvimento normal da atividade judiciária, impedindo que as pessoas envolvidas em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral, sejam coagidas, intimidadas, a praticar atos que favoreçam terceiro e que importem em ofensa à regularidade do processo ou inquérito, prejudicando a realização da justiça. [...] Trata-se de crime formal. Consuma-se com a prática da violência ou grave ameaça contra uma das pessoas elencadas no tipo penal. Não há necessidade de concretização do fim visado pelo agente" (in Curso de Direito Penal: parte especial. Vol. 3. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 605 e 607). Em caso assemelhado, já decidiu este Tribunal:

"APELAÇÃO CRIMINAL. DELITO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA. COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO. ART. 344, DO CÓDIGO PENAL. ALMEJADA ABSOLVIÇÃO, AO ARGUMENTO DE QUE INEXISTEM PROVAS SUFICIENTES PARA ALICERÇAR O VEREDICTO CONDENATÓRIO. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. RECURSO DESPROVIDO.

Se do conjunto probatório emergem induvidosas quer a materialidade, quer a autoria do crime, não há ensejo à absolvição.

'Para a caracterização do delito do artigo 344 do CP basta que no curso do processo, pessoalmente ou através de terceiro, o agente ameace testemunha e que tal intimidação seja capaz de amedrontar' (APR n. 99.001037-6, de Xanxerê, rel. Des. Amaral e Silva)"

(Apelação Criminal n. 2005.032087-3, de Mondaí, rel. Des. Sérgio Paladino).

E, ainda:

"[...] COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO (ART. 344, DO CP) - GRAVE AMEAÇA PROFERIDA CONTRA PESSOA PARA QUE PRESTASSE DEPOIMENTO FAVORÁVEL A ACUSADO DE OUTRO PROCESSO - DELITO CONFIGURADO - CONDENAÇÃO MANTIDA - RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO"

(Apelação Criminal n. 2004.007185-0, de Rio do Oeste, rel. Des. Irineu João da Silva).

DO CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA

Com relação ao tipo objetivo do crime de falso ideológico, Julio Fabbrini Mirabette esclarece:

"Prevê o art. 299 do CP três modalidades de condutas típicas. A primeira delas é a de 'omitir' declaração a que estava o agente obrigado, omitindo o sujeito a declaração que devia fazer. A Segunda ação é a de 'inserir', introduzir, intercalar, incluir declaração falsa ou diversa da que devia o agente fazer. A terceira consiste em 'fazer' inserir a falsa declaração, ou seja, utilizar-se o agente de terceiro para incluí-la. 'Falsa' é a declaração inverídica, e diversa da que devia ser escrita é a substituição de uma declaração verdadeira por outra também verdadeira, mas inócua ou impertinente ao caso" (in Código Penal Interpretado, 2ª ed., São Paulo: Atlas, 2001, p. 1.822 – g. m.).

A prática do delito previsto no art. 299 do Diploma Repressivo está patente nos autos.

Como visto em linhas pretéritas, o teor das certidões produzidas pelo escrivão são totalmente inverídicas, pois foram recebidas, protocoladas e registradas dentro dos prazos legais, fato que por si, já caracteriza a falsidade por parte do serventuário. Ainda que os termos tenham sido meramente digitados por funcionário da serventia, é

inequívoca a responsabilidade do escrivão pela inserção de seu teor, tanto que lhe incumbe conferir à assentada.

Em conseqüência, como o escrivão conferiu, subscreveu, deu fé e assinou em público e raso um documento público contendo declaração nitidamente falsa, cuja inserção foi de sua responsabilidade, é inexorável ser autor do delito de falsidade ideológica. Colhe-se da jurisprudência:

"O delito de falsidade ideológica reside na alteração da autenticidade do documento em seu aspecto substancial. O que se considera, neste caso, é seu conteúdo intelectual (ideal), de modo que o documento no seu aspecto externo é formalmente perfeito, sem contrafação ou alteração, mas contém em seu conteúdo alguma inverdade"

(Apelação Criminal n. 96.008653-6, de Turvo, rel. Des. Álvaro Wandelli).

Em 06 de Agosto de 2009, o Oficial de Justiça, Dilson, da 26ª Vara Cível foi designado para dar seguimento ao cumprimento do mandado de desocupação, o servidor esteve na Rua Herbert José de Souza, xxx e xxx residência do filho da Requerente, endereço, imóveis e IPTU diferentes do objeto da constrição reivindicatória (71,83 m2) determinando que o rapaz “juntasse suas coisas e desocupasse a casa (imóvel de 190 m2), pois viria na manhã do dia seguinte com força policial para a desocupação”.

Ocorre que o referido oficial tinha conhecimento que aquele endereço sequer consta nos autos, faltando ao funcionário público com o estrito cumprimento do dever legal causando pavor, angustia e sofrimento ao rapaz que ficou em completo estado de choque e desesperado.

Comunicado o fato ao Dr. Edilipe Neri, 70 anos, advogado que no dia 10 de agosto (10/08/2009), juntamente com outras pessoas, dirigiu-se ao cartório para falar com o Bel. Benicio Mascarenhas Neto, mas foram recebidos na porta do cartório pelo escrivão Silvio Borges que aos brados em voz alta e exacerbada ali mesmo na porta do cartório, diante de testemunhas, proferiu as seguintes palavras:”. COMIGO É ASSIM, VOU BOTAR TODO MUNDO NA RUA”. (Como de fato o fez) referindo-se a requerente e seus familiares que se sentiram atemorizados pela conduta repreensível do serventuário totalmente desequilibrada.

No dia 13 de Agosto (13/08/2009), RONALDO SANTOS o legítimo possuidor promoveu ação de EMBARGOS DE TERCEIROS Processo 2762881-4/2009 onde junta documentos probatórios de sua legitimidade na posse do imóvel desde 1991. No mesmo dia, por volta das 22 h., em conversa telefônica, o oficial diz ao Sr. RONALDO que estará com reforço policial no endereço onde reside seu filho para desocupá-los.

Um dia de cão

No dia marcado pelo oficial, 14 de Agosto por volta das 08 h. da manhã, acuado, o radialista RONALDO SANTOS, diante de tantas ameaças e vendo o risco eminente de perder de forma ardilosa sua casa construída ao longo de 19 anos e em total desespero, não lhe restou alternativa, a não ser uma decisão tresloucada, encher seu imóvel com

200 litros de gasolina e coquetéis Molotov, disposto a mandar sua casa e sua vida pelos ares, caso o oficial aparecesse como prometido.

Cel. PM administra situação com sucesso e conquista a confiança do radialista

Toda a imprensa de Salvador se fez presente, bem como grande efetivo da PM, bombeiros, Samu etc. Mas, graças à intervenção inteligente e sensibilidade do Coronel Lázaro Luz da Polícia Militar, que publicamente e diante das câmeras de televisão e dos jornais deu sua palavra ao radialista Ronaldo Santos, que não permitiria tal irregularidade, e permitiria sim cumprir o exato mandado do Bel. Benicio Mascarenhas Neto para um imóvel de apenas 71,83 m2 desocupado há mais de dois anos.

Obviamente, o oficial não compareceu para cumprir, pois não teria como provar ou explicar ao Oficial Militar as diferenças de área no Mandado determinado pelo juiz em relação às suas pretensões. O comandante militar por telefone convocou a presença da Defensoria Pública da Bahia, que através de um de seus membros, o Dr. Claudio Piansky se fez presente e concluiu o grave erro que seria cometido.

Defensoria Publica da Bahia entra no caso e faz a entrega das chaves da casa em litígio com 71,83 m2 financiada pela CEF

No dia 17 de Agosto de 2009 por voltas das 10h, o Dr. Cláudio Piansky, depositou as chaves em cartório que em seguida foram entregues ao reivindicante.

Publicado no DPJ do dia 18 de Agosto de 2009, o Bel. Benicio Mascarenhas Neto nomeia perito para que se faça uma real delimitação da área em litígio, fato esse que por si constituí incerteza ao quantum da sua DECISÃO. Por outro lado, não se podem eximir as responsabilidades do Cartório, a pretexto da sobrecarga de serviços na Vara, além de flagrante e repetidos abusos do direito, violenta a ordem regimental do Poder Judiciário da Bahia.

Decisão desprovida de legalidade do insigne magistrado, causa lesão grave e de difícil reparação a uma das partes

Dia 22 de Setembro (22/10/2009), em decisão sem o devido cuidado, antes mesmo dos resultados periciais, o Bel. Benicio Mascarenhas da 26ª Vara Cível de Salvador acata pedido do arrematante que reivindica área bem maior (190m2) e o magistrado, sem dar vistas ou intimar a Defensoria Pública, manda reintegrar toda a área beneficiando o reivindicante, despejando, humilhando e destruindo toda a família do radialista.

Essa prática contribui para animar sentimento de descrença em relação à probidade do serviço público, mormente na órbita do Poder Judiciário. Aponta-se, também, para o fato de o evento ter se dado em sede onde o que se busca é a realização da Justiça e a aplicação da lei, não o inverso.

Entendemos que a insensibilidade ou indiferença em geral da autoridade diante de seus funcionários já não é denunciada apenas pelo DireitoLegal.Org, como evidência recentes artigos na imprensa local da Bahia, com o CNJ afastando juízes suspeitos de venda de sentenças.

O Efeito Suspensivo, Sem Efeitos!

A Defensoria Pública da Bahia, não intimada da decisão, recorreu imediatamente ao TJBA com Agravo de Instrumento em Setembro de 2009 no qual foi concedido pela

então relatora, a ilustre Juíza Substituta Dinalva Pimentel, do TJBA, o Efeito Suspensivo. Em sua decisão de fls. 38/40, a Juíza Substituta deferiu parcialmente a suspensividade, apenas quanto à determinação de imissão na posse da parte restante do imóvel, os 190 m2. Apesar de comunicado por oficio da decisão, o juiz “a quo”, Bel. Benicio Mascarenhas Neto, não fez cumprir a determinação da ordem superior, permitindo ao autor da ação manter-se no imóvel em sua totalidade e fazer o que bem entendesse e fez. Desobedeceu, demoliu, modificou e descaracterizou integralmente o objeto da perícia. O expert nomeado só compareceu no local depois que o imóvel virou entulho, totalmente demolido, como afirma em seu laudo.

Ação Ordinária ou Atentado?

Há nos autos: Embargos de Terceiros não julgados; diligência retida de Agravo de Instrumento pela preclusão de apresentação do rol de testemunhas de 03/08/2007 ; falta de intimação da Defensoria em decisão interlocutória e, outro fato curioso, o magistrado apesar de comunicado através da ação Cautelar de Atentado no início de fevereiro de 2010 (sobre a demolição ainda em andamento), pela Dra. Maria Auxiliadora da Defensoria Pública da Bahia, só recentemente, em novembro (11/2010), ou seja, 10 meses após, deu o primeiro passo no processo, mudou a ação de nome, de Ordinário para Atentado.

E agora senhor juiz? A casa caiu!

Tribunal da Bahia dá Provimento a Agravo de Instrumento da Defensoria Pública da Bahia

A Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia julgou nesta segunda (29/11/2010) o Agravo de Instrumento tumultuado e controverso. Desta vez não surgiram novas certidões, apenas um Embargo de Declaração, rechaçado pela defensora Carmella Alencar, negado pelo TJBA. O caso ganhou repercussão nacional pela decisão autoritária e ilegal do Bel.Benicio Mascarenhas Neto. Ato ilegal com demonstração de abuso de autoridade, clara violação dos direitos da recorrente num processo eivado de vícios e decisões descuradas. “O magistrado demonstrou estar apenas influenciado pela parte interessada“, pontuou o experiente Defensor Público, Dr. Milton dos Anjos. A relatora Desembargadora Sara da Silva Brito, após minucioso estudo dos autos, plenamente convencida de seu julgamento, apresentou sua decisão dia 29/11/2010, segunda-feira às 13h30min na Primeira Câmara Cível. A ilustre Desembargadora que ao longo de sua carreira sempre atuou em parceria com a legalidade foi acompanhada à unanimidade pelo colegiado a dar provimento ao Agravo.

Não são raras as situações em que Judiciário atua acima da Lei, perpetrando as mais absurdas decisões, sem nenhum compromisso com a dignidade que deve nortear esta carreira jurídica. Não há mais espaço para se curvar às arbitrariedades que tanto maculam nossa Justiça. Com o atual amadurecimento do Estado Democrático de Direito, o indivíduo alcançou o status efetivo de sujeito de direitos, inclusive em relação ao próprio Estado. Desta forma, possuindo o cidadão um rol de garantias que deve ser respeitado por todos, sem excetuar-se o Poder Público, responderá este pelos danos que eventualmente causar a terceiros, sem distinção da natureza dos mesmos.

Entretanto, ocorre que inúmeros comportamentos do Estado, comissivos ou omissivos, sem distinção, acarretam um ônus a determinado grupo de pessoas não experimentado pelos demais. Nestes casos, o Poder Público tem o dever de reparar o dano que causou a terceiros, a fim de extirpar o desequilíbrio provocado em decorrência destes atos. O eminente professor Dyrlei da Cunha Junior defende que “num Estado Democrático de Direito, o Estado responde por todos os seus atos (administrativos, legislativos e judiciais), quando lesivos a esfera juridicamente protegida do cidadão”

É notório o prejuízo causado por diversas decisões judiciais que, não necessariamente proferidas com dolo ou fraude, confrontam diretamente não só o ordenamento jurídico, mas também a lógica e o bom senso.

Não é raro debater-se com absurdos jurídicos proferidos por nossos Doutores Juízes, causadores de danos graves e de difícil reparação às partes, sem que se disponibilizem meios hábeis para a reparação do dano já efetivado, independente dos recursos processuais cabíveis.

Como bem sabido, a letargia do Poder Judiciário em efetivar a prestação jurisdicional é causa intensificadora dos prejuízos já mencionados, uma vez que aquela decisão evidentemente errônea, passível de anulação pelo Tribunal, perdurará por anos a fio prevalecendo como a vontade do Estado, provocando sérios desconfortos a todos os interessados.

Independente de dolo ou fraude, a responsabilidade estatal incidirá sempre que restar comprovado o erro da decisão, pois, como já explanado alhures, para a Teoria da Responsabilidade Objetiva não há que se perquirir o elemento culpa, e sim o nexo de causalidade entre o ato e o evento danoso. Ocorrendo o dano em conseqüência da tutela jurisdicional, incidirá a responsabilidade do Estado e o dever de reparar o mencionado dano.

O indivíduo busca o Poder Judiciário como alternativa para fazer valer seus direitos, certo de que poderá confiar aos magistrados à tarefa de fazer justiça.

Todos os profissionais são passíveis de cometer erros no seu ofício, sendo responsabilizados por eventuais falhas. Assim ocorrem com médicos, engenheiros, arquitetos, advogados etc. Com o juiz, membro do Poder Judiciário, não há como ser diferente. É, também, um profissional, no exercício de suas funções, devendo agir com zelo e cautela, sob pena de ser responsabilizado por excessos e falhas inescusáveis. Decisões desvinculadas das observações legais revela porque o judiciário da Bahia ostenta, pelo segundo ano, a pecha de o pior do país. Cada vez mais aumenta a falta de credibilidade dos jurisdicionados baianos (segundo pesquisa FGV) e fomenta a desobediência judicial. A intervenção do CNJ e CGJ BA se faz necessária para as apurações. Como leciona o Prof. Amaral Santos (in Moacyr Amaral Santos, Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, vol. III, 4ª edição, Editora Saraiva, São Paulo, 1977, pág. 455):

“a violação de literal disposição de lei é aquela que ofende flagrantemente a lei, tanto quando a decisão é repulsiva à lei (error in judicando), como quando proferida com absoluto menosprezo ao modo e forma estabelecidos em lei para a sua prolação (error in procedendo).”

E agora? Como ficam os jurisdicionados diante de um magistrado que mesmo sabendo dos riscos e sem o devido cuidado jurídico, decide entregar à parte contrária em decisão interlocutória , 190 m2 a mais do que tinha direito (71,81 m2) ? O beneficiário da serventia, Sr. Silvoney Rosso Serafim, demoliu integralmente a casa da família. A pergunta que corre o mundo é : E agora senhor juiz ? A casa caiu!

O art. 133 do Código de Processo Civil prevê que responderá por perdas e danos o próprio juiz quando, no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude, ou quando recusar, omitir, retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte.

Corregedoria do CNJ exige respostas

Recente relatório da Ouvidoria do CNJ revela que o judiciário baiano continua em posição de destaque quanto às queixas de seus jurisdicionados. A Corregedoria do CNJ que cobra resultados e determina prazos, aguarda a decisão da CGJ BA para então se pronunciar sob o caso, onde tramita também, como apenso, uma queixa contra o magistrado da 26ªVara Cível da comarca de Salvador,Bel.Benício Mascarenhas Neto cuja relatora é a Ministra Eliana Calmon.

CNJ 0007127.04.2009.2.00.0000 CNJ 0005704.09.2009.2.00.0000

CGJ Bahia 42.403/2009

0106428-76.2009.805.0001

0012669-24.2010.805.0001

0096830-06.2006.805.0001

0011582-70.2009.805.0000 – 0 *

Representação contra serventia e juiz da 26ª Vara Cível de Salvador

Em 25/08/2009 sob nº 42403 http://www.tjba.jus.br/servicos/protocolo/index.htm a Sra. Marlene Rodrigues entra com REPRESENTAÇÃO no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia contra a serventia da 26ª Vara Cível, pede urgência denunciando os abusos cometidos e requerendo o afastamento do escrivão no feito. O caso esta sob sindicância e investigação da juíza corregedora Maria Helena Lordello. O caso também foi denunciado ao CNJ que acompanha o processo.

Mais sobre o assunto:

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1221214

http://www.jusbrasil.com.br/noticias/1698499/morador-que-ameacou-incendiar-casa-e-atendido-pela-defensoria-publica

http://www.defensoria.ba.gov.br/index.php?site=1&modulo=eva_conteudo&co_cod=2380

http://direitolegal.org

http://ibahia.globo.com/bahiameiodia/materias_texto.asp?modulo=2906&codigo=211769

http://ibahia.globo.com/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=211768&id_secao=151

http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=33214&mdl=29

http://www.bahiadiadia.com.br/news.php?item.715.7

http://jornalsportnews.blogspot.com/2009/08/radialista-ameaca-explodir-casa-onde.html

http://201.7.176.88/cidades/mat/2009/08/14/homem-ameaca-explodir-casa-para-nao-ser-despejado-em-salvador-757405071.asp

http://www.bahiadiadia.com.br/news.php?item.715.7

http://ibahia.globo.com/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=211768&id_secao=151

http://sardinhainnaldo.blog.terra.com.br/2009/08/14/radialista-ameaca-explodir-a-casa-onde-mora-em-stela-mares/

http://www.goiasnet.com/ultimas/ult_report.php?cod=407664

http://informegeralitabuna.blogspot.com/2009/08/radialista-ameaca-explodir-casa-onde.html

VEJA A DOCUMENTAÇÃO:

PETIÇÃO DO AUTOR

DOCUMENTOS RECURSAIS RECEBIDOS E PROTOCOLADOS PELA SERVENTIA DA 26ª VC

(DETALHE DO RECEBIMENTO DOS DOCUMENTOS)

COPIA DA INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO ENTREGUE AO CARTÓRIO DA 26º VARA CICIL DE SALVADOR

DETALHE DO RECEBIMENTO

CERTIDÃO DO CARTÓRIO QUE FULMINOU O AGRAVO DE INSTRIUMENTO

DETALHE DA ASSINATURA DO SERVETUÁRIO, OU SEJA, O ESCRIVÃO SILVIO BORGES

DECISAO CONCEDE EFEITO SUSPENSIVO

CÂMARAS CÍVEIS ISOLADAS

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 66927-8/2009

ORIGEM DO PROCESSO: SALVADOR

AGRAVANTE: MARLENE RODRIGUES

DEFENSOR PÚBLICO: MILTON RIBEIRO DOS SANTOS

AGRAVADO: SILVONEI RUSSO SERAFIM

ADVOGADOS: IVAN DE SOUZA TEIXEIRA E IVAN TEIXEIRA

RELATORA: JUÍZA DINALVA GOMES L. PIMENTEL, SUBSTITUINDO A DESA. SARA SILVA DE BRITO

Vistos, etc.

Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido de concessão de efeito suspensivo, interposto por MARLENE RODRIGUES contra decisão interlocutória proferida pelo MM. Juiz da 26ª Vara Cível da comarca de Salvador que, nos autos da Ação de Imissão de Posse, deferiu o quanto requerido pelo autor, para que fosse determinado ao oficial de justiça que desse cumprimento ao mandado de imissão de posse, com relação ao restante do imóvel, e para tanto determinou que oficiasse a Companhia da Polícia Militar de Itapoã para apoio necessário ao cumprimento da ordem.

Alega a agravante, em síntese, que é possuidora do imóvel contíguo àquele objeto da Ação, já tendo sido depositadas as chaves do imóvel em juízo, resguardando-se, tão somente, em área distinta ao bem objeto da questão, parte esta que não faz parte da escritura do agravado, não tendo sido objeto de alienação. Sustenta que já foi determinada a realização de perícia, com quesitos depositados em juízo e honorários devidamente pagos para averiguação da área que o autor reivindica.

Requer, liminarmente, a concessão de efeito suspensivo e, no mérito, o provimento do agravo para cassar a decisão agravada.

Examinados, passo a decidir.

Conheço do recurso, presentes que se encontram os pressupostos extrínsecos e intrínsecos de sua admissibilidade.

Merece ser concedido efeito suspensivo ao recurso.

A sistemática processual impõe a obrigatoriedade da presença de dois pressupostos indispensáveis à atribuição do efeito suspensivo ao agravo de instrumento, quais sejam, a relevância da fundamentação do pleito (fumus boni iuris) e a potencialidade lesiva da decisão a quo, capaz de gerar lesão grave ou de difícil reparação ao direito da agravante, vale dizer, a suspensão do cumprimento do decisum impugnado, decorre, por imperativo, da presença simultânea dos requisitos autorizadores do efeito recursal suspensivo, conforme o art. 558 do CPC.

Na hipótese vertente, vislumbra-se a presença dos mencionados requisitos, indispensáveis ao deferimento do efeito pretendido neste recurso.

No caso concreto, o ilustre juiz a quo, deferindo o pedido do autor, determinou o cumprimento do mandado de imissão na posse de todo o imóvel, inclusive da fração ideal discutida pela agravante e que está sendo objeto da perícia.

Segundo alega, a agravante não criou resistência ao cumprimento da ordem, já tendo depositado as chaves do imóvel em juízo, resguardando-se, apenas, quanto a parte do imóvel que não faz parte da escritura do agravado.

Examinando-se as peças que formam o presente instrumento, nota-se, prima facie, que é aferível o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, assim como a verossimilhança do direito alegado pelo agravante, diante das provas produzidas, principalmente a Certidão de fls. 32, passada pelo 7º Ofício do Registro de Imóveis, que demonstra que o imóvel adquirido pelo autor possui área de 71,83 m2.

Ademais, o periculum in mora demonstrado pela agravante, é representado pelo fato de que a demora da prestação jurisdicional poderá causar lesão grave, diante da iminência de sofrer dano irreparável em seu patrimônio, com a perda

do seu bem imóvel, ressaltando-se, ainda, como informa, que os seus pertences encontram-se “jogados na rua.”

Em face do exposto, presentes, em caráter preliminar, o fumus boni iuris e o periculum in mora, DEFIRO O EFEITO SUSPENSIVO ao presente agravo de instrumento, suspendendo a decisão agravada apenas quanto a determinação de imissão na posse da parte restante do imóvel, até o pronunciamento definitivo da Câmara.

Dê-se ciência do inteiro teor desta decisão ao ilustre Juiz a quo, para sua observância.

Requisitem-se informações ao Juiz da causa, que deverão ser prestadas, no prazo legal.

Intime-se o agravado para, querendo, responder os termos do presente recurso no decêndio legal, facultando-lhe juntar as peças que entender convenientes, tudo consoante o que dispõe o art. 527, IV e V do Código de Processo Civil.

Publique-se. Intimem-se.

Salvador, 07 de Outubro de 2009.

Juíza Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel

Relatora- Substituta

DETALHES DO IMÓVEL DO RADIALISTA EM STELA MARES SALVADOR BAHIA

Vermelho: Casa da CEF 71,83 M2

Branco: Casa da família do radialista 190 M2

MAGISTRADO PRESTANDO INFORMAÇÕES

DECISÃO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO