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PARCERIA INVESTOR RELATIONS & GOVERNANCE AWARDS Maior excelência das empresas eleva critérios de avaliação Júri dos Investors Relations & Governance Awards salienta evolução positiva das empresas portuguesas. Margarida Vaqueiro Lopes [email protected] Os membros do júri foram che- gando à sala ainda antes da hora marcada, para se inteirarem da dura tarefa que tinham pela frente. Falta menos de um mês para a grande gala de entrega de prémios dos 'Investor Relations & Governance Awards' (IRG Awards), que se realiza a5 de Julho no Convento do Beato, e os sete membros do júri têm ainda de escolher a maior parte dos vencedores. Uma tarefa que sempre muito difícil, tendo em conta que estamos a falar de elites", explicou ao Diário Económico Alberto Castro, um dos jurados. Aliás, uma das questões com que o actual painel de jurados tem de lidar é precisamente a adequação dos critérios de ava- liação. "Houve uma melhoria e uma clara subida de patamar por parte das empresas. Uma empresa que fique agora em quinto lugar, poderia bem ser a empresa vencedora há cinco anos", explica ainda. "O júri tem de ajustar os cri- térios, olhar e ver que, por exemplo, se todas as nomeadas cumprem os requisitos mais

INVESTOR RELATIONS GOVERNANCE Maior excelência€¦ · gando à sala ainda antes da hora marcada, para se inteirarem da dura tarefa que tinham pela frente. Falta menos de um mês

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Page 1: INVESTOR RELATIONS GOVERNANCE Maior excelência€¦ · gando à sala ainda antes da hora marcada, para se inteirarem da dura tarefa que tinham pela frente. Falta menos de um mês

PARCERIA INVESTOR RELATIONS & GOVERNANCE AWARDS

Maior excelênciadas empresaseleva critériosde avaliação

Júri dos Investors Relations & Governance Awardssalienta evolução positiva das empresas portuguesas.

Margarida Vaqueiro [email protected]

Os membros do júri foram che-gando à sala ainda antes da horamarcada, para se inteirarem dadura tarefa que tinham pelafrente. Falta menos de um mês

para a grande gala de entrega de

prémios dos 'Investor Relations& Governance Awards' (IRGAwards), que se realiza a 5 deJulho no Convento do Beato, e

os sete membros do júri têm

ainda de escolher a maior partedos vencedores.

Uma tarefa que "é sempremuito difícil, tendo em contaque estamos a falar de elites",explicou ao Diário EconómicoAlberto Castro, um dos jurados.Aliás, uma das questões comque o actual painel de juradostem de lidar é precisamente a

adequação dos critérios de ava-

liação. "Houve uma melhoria e

uma clara subida de patamarpor parte das empresas. Umaempresa que fique agora emquinto lugar, poderia bem ser aempresa vencedora há cincoanos", explica ainda.

"O júri tem de ajustar os cri-térios, olhar e ver que, porexemplo, se todas as nomeadas

cumprem os requisitos mais

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'básicos', então esses têm de sermenos ponderados, e ver se háalguns que devem ser mais pon-derados". E exemplifica: "E umpouco como o que se passa comos alunos de medicina. Quandonum ano todos tiverem médiade 20 valores, terão de começara pesar outros critérios na esco-lha dos candidatos ao curso",brincou o economista.Relatórios em cima da mesaNa passada sexta-feira, 22, foidia de os jurados olharem paraos nomeados na categoria de'Relatório e Contas'. A discus-são durou cerca de duas horas,entre a apresentação dos no-meados, pelas equipas da De-loitte, e a troca de opiniões entreos vários membros do júri.

Nesta altura de particular in-certeza sobre a economia nacio-nal, Alberto Castro considerafundamental que as empresassejam "o mais transparentespossível". E continua, explican-do que "é muito mais tranquili-zador um relatório que diga o

que não está tão bem [numa de-terminada empresa], mas tam-bém o que pretende fazer paratentar resolver, do que ter umrelatório que esconde informa-ção". Porque uma empresa que"esteja a tentar resolver" podeser uma empresa em que valha a

pena apostar. "Em tempo decrise as empresas têm de sermais rigorosas do que nunca",até para afastar o estigma da in-certeza nacional. "Só com

transparência os investidoresvão perceber que determinadas

empresas estão acima da médiado País", concluiu,Prémios como incentivoEsta é a 25 ? Edição dos IRGAwards, organizados pela De-loitte em parceria com o DiárioEconómico, e promete, comoaté aqui, culminar numa festacheia de personalidades e de

'glmaour'. "São prémios muitoimportantes. É sempre umagala muito bonita, com pessoasde referência e num cenáriotambém ele muito bonito", re-forçou João Duque, outro mem-bro do júri da iniciativa, queconta ainda com Manuel AlvesMonteiro (Presidente ), AlbertoCastro, António Gomes Mota,Francisco Murteira Nabo, José

Miguel Júdice, Luís Amado e

Vítor Bento (ver caixas) .

Um júri de peso para pré-mios "considerados muito re-levantes", salientou AlbertoCastro. A prova de que é mes-mo assim é que, explicou, "ocolégio eleitoral que aponta osnomeados é muito expressivo.Há um empenho dos profissio-nais na participação da esco-lha, o que é importante".

João Duque acrescenta que,nesta altura, sobretudo, "o re-conhecimento público é muitoimportante. Por vezes, um au-mento da remuneração é malvisto em tempos de crise - e

Portugal tem uma cultura hor-rível nesse sentido - mas é

preciso reconhecer o trabalhoque se faz". E lembra que "estacoisa da sorte dá imenso traba-lho. E quem tem sorte, abdicade lazer e isso tem que ser re-comensado".

Para além disso, salienta, es-tes prémios mostram que "aqualidade não se perde em tem-po de crise. Ela pode afectar os

'outputs', mas não a qualida-de", rematou, antes de voltarpara a sala onde se reúne com os

restantes colegas para continuara decidir sobre o vencedor dacategoria. ¦UJúri enaltece trabalhodas empresas e

garante que a escolhados vencedores,revelados no próximodia 5 de Julho vai ser,"como sempre",muito difícil.PALAVRA-CHAVE

QualidadeA qualidade não pode nem estáa perder-se em tempo de crise,garantem os jurados, queacreditam que as empresasportuguesas continuarãoneste 'bom caminho'nos próximos tempos.

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1 0 Júri reuniu emLisboa, no Saldanha,com uma equipa daDeloltte para estudaros Relatórios e Contasdas empresas nomeadasaos prémios deste ano.A discussão foi acesaentre os váriosparticipantes,mas os vencedoresestio praticamenteescolhidos.

2 Alberto Castrorealça a excelênciadas empresas nacionais,que têm evoluídopositivamente nosúltimos tempos,tentando contrariara crise.

3 Joio Duque reafirmaque o reconhecimento,a estima e a divulgaçãopública de um trabalhode qualidade éfundamental.

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Nomeados aos IRGAwards já são conhecidos

Principais empresas cotadascontinuam a dominar as listas.

Num mercado tão reduzidocomo o português, é difícil en-contrar grandes surpresas naslistas de nomeados de umasedições para as outras. Sobre-tudo num contexto económicoadverso, em que resultados vi-síveis num curto de espaço detempo são cada vez mais umobjectivo inalcançável.

Ainda assim, defendem os

jurados, as 'repetições' na listados nomeados não deve sermotivo de desânimo para quemfica de fora, mas sim um incen-tivo à melhoria e ao crescimen-to para conseguir lá chegarnuma próxima edição.

Na última quinta-feira, dia21, foram conhecidos os no-meados pelo colégio eleitoral,composto por representantesde empresas que actuam nomercado financeiro, com es-pecial enfoque nas empresascotadas, casas de investimen-

to e casas de 'research'. Saibaquem está na corrida à distin-ção nas principais categoriasde prémios.MELHOR CEOEM INVESTOR RELATIONSNa corrida estão António Me-

xia, da EDP, Manuel Ferreirade Oliveira, que lidera a Galp,Pedro Soares dos Santos, daJerónimo Martins, RicardoSalgado, do BES, e Zeinal Ba-va, da PT.MELHOR CFOEM INVESTOR RELATIONS

Continuam a ser algumas dasmaiores cotadas a estar emdestaque nesta categoria, comAmílcar Morais Pires, do BES,António Varela, da Cimpor, Jo-sé Pedro Pereira da Costa, daZon Multimedia, Nuno Alves,da EDP, e Rui Teixeira da EDPRenováveis.

MELHOR ESTRATÉGIA GLO

O período de consultaao mercado decorreu

entre 4 e 12 de Junho.O júri homologoudepois os resultadose os nomeados foramconhecidos no dia 21de Junho.BAL DE INVESTOR RELATIONSMais uma vez, o mercado esco-lheu grandes empresas do ce-nário português. EDP, GalpEnergias, Jerónimo Martins e

Portugal Telecom são as com-panhias nomeadas para estacategoria.MELHOR CASADE 'RESEARCH

O cenário não é propriamenteuma surpresa, a confirmar atendência dos últimos anos. Ascasas financeiras BCP, BES, BPIe Caixa BI estão na corrida aoprémio de melhor casa de 'Re-search' 2012. ¦ M.V.L

PONTOS-CHAVE

O Sete jurados têm avaliadocom grande detalhe

a lista dos nomeados edevem ter todos os vencedoresdecididos até à véspera da galade entrega dos prémios.

O A reduzida dimensão do

mercado nacional acaba

por fazer sobressair muitasvezes as mesmas cotadas, cujasestruturas são mais resistentesao cenário económico adverso.

O A entrega de prémiosda 25. a edição do IRG

Awards vai decorrer, comohabitualmente, no Conventodo Beato, em Lisboa, no

próximo dia sde Julho. '

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QUEM SÃO OS MEMBROS DO JÚRI DOS IR6 AWARDS

Manuel Alves MonteiroPresidente

Licenciado em Direito, é

administrador delegado da

Associação da Bolsa de Derivadosdo Porto desde 1992, bem

como vogal do Conselho de

Administração da APAF e doConselho Consultivo da CMVM.

Alberto CastroEconomista e professor

Licenciado e Doutorado emEconomia, Alberto Castro é

actualmente director do MBAInternacional da Católica PortoBusiness School. Doutorou-senos Estados Unidos e mantémligações a empresas.

António Gomes MotaGestor e professor

Licenciado em Organização e

Gestão de Empresas, GomesMota é também Doutor emGestão e é o actual presidenteda ISCTE Business School.Esteve durante vários anosligado ao sector financeiro,não tendo abandonado a

academia.

Francisco Murteira NaboEconomista e gestor

Licenciado em Economia,recebeu um DoutoramentoHonoris Causa pela. Universidadede Macau. Presente na políticanacional, e militante do partidosocialista, foi Secretáriode Estado dos Transportese também ministro do

Equipamento Social.

João DuqueEconomista e professor

João Duque licenciou-se edoutorou-se em Organizaçãoe Gestão de Empresas. No anode 2009 tomou posse comopresidente do ISEG, onde é

também professor catedrático.É colunista em vários jornais dereferência.

José Miguel JúdiceAdvogado

É um dos sócios da PLMJ& Associados e foi bastonárioda Ordem dos Advogadosentre 2002 e 2004. É, desdeesse ano, professor associadoconvidado da Faculdadede Economia da UniversidadeNova de Lisboa.

Luís AmadoEconomista e ex-ministro

Licenciado em Economia,foi 'visiting professor' naUniversidade de Georgetown,auditor do Tribunal de Contase consultor de empresas.Em recentes governossocialistas, ocupou o lugarde ministro da Defesa,dos Negócios Entrangeirose Ministro de Estado.

Vítor BentoEconomista

É economista, presidente do

IGCP, director do Departamentode Estrangeiro do Banco de

Portugal, vogal no Conselho de

Administração do InstitutoEmissor de Macau e presidentedo Conselho de Administração daSIBS. É também conselheirode Estado por nomeaçãode Cavaco Silva.