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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Nota fiscal de entrada - Hipóteses de emissão a ICMS - Loja franca (free shop) a ICMS - Operações interestaduais com não contribuintes ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 05/2016 Distrito Federal / a Federal IPI Base de cálculo - Inclusão do valor do frete 01 / a Estadual ICMS Certidão Negativa 02 / a IOB Setorial Federal Empresarial - ICMS/ISS - Simples Nacional - Adoção de sublimites para 2016 11 / a IOB Comenta Distrito Federal ICMS - Regime Especial para Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas 12 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Ressarcimento de créditos fiscais - Processo judicial - Restrição 13 IPI/ICMS Sped - NF-e - Danfe - Emissão 13 ICMS/DF Fato gerador - Comodato 14 Fato gerador - Serviço de transporte - Retorno por recusa de recebi- mento de mercadoria 14

IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº05/2016 - 5ª Sem Janeiro

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IOB ICMS-IPI, Distrito Federal,05-2016,5a Sem Janeiro

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Nota fiscal de entrada - Hipóteses de emissão

a ICMS - Loja franca (free shop)

a ICMS - Operações interestaduais com não contribuintes

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 05/2016

Distrito Federal

/a FederalIPIBase de cálculo - Inclusão do valor do frete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSCertidão Negativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02

/a IOB SetorialFederalEmpresarial - ICMS/ISS - Simples Nacional - Adoção de sublimites para 2016 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB ComentaDistrito FederalICMS - Regime Especial para Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

/a IOB Perguntas e RespostasIPIRessarcimento de créditos fiscais - Processo judicial - Restrição . . . . 13

IPI/ICMSSped - NF-e - Danfe - Emissão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/DFFato gerador - Comodato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Fato gerador - Serviço de transporte - Retorno por recusa de recebi-mento de mercadoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

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© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : base de cálculo : inclusão do valor.... -- 11. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2642-0

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

15-11337 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

05-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 DF

a Federal

IPI

Base de cálculo - Inclusão do valor do frete SUMÁRIO 1. Introdução 2. Valor tributável 3. Produtos isentos ou sujeitos a alíquotas diferenciadas 4. Exemplo

1. INTRODUÇÃOPara efeito de apuração do valor tributável do IPI,

devem ser incluídas na base de cálculo todas as despesas cobradas ou debitadas ao destinatário.

Examinaremos, neste texto, os aspectos fiscais da inclusão do valor do frete, como despesa acessória, na base de cálculo desse tri-buto, com fundamento no Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010)

2. VALOR TRIBUTÁVELConstitui valor tributável dos produtos

nacionais o total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.

Note-se que o valor da operação compreende o preço do produto acrescido do valor do frete e das demais despe-sas acessórias cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário.

(RIPI/2010, art. 190, caput, II, § 1º)

2.1 Transporte realizado por empresa coligada, controladora, controlada ou interligadaPara efeito da base de cálculo do IPI, será considerado

como cobrado ou debitado pelo contribuinte ao comprador ou destinatário o valor do frete quando o transporte for realizado ou cobrado por empresa coligada, controladora, controlada ou interligada do estabelecimento contribuinte

ou por empresa com a qual este mantenha relação de inter-dependência, ainda que o frete seja subcontratado.

Notas

(1) São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influên-cia significativa (Lei nº 6.404/1976, art. 243, § 1º).

(2) Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle co-mum, que (Lei nº 6.404/1976, art. 116):

a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo perma-nente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e

b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orien-tar o funcionamento dos órgãos da companhia.

(3) Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, di-retamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações

sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores (Lei nº 6.404/1976, art. 243, § 2º).

(4) Consideram-se interligadas as pessoas jurí-dicas que tenham como controlador o mesmo sócio

ou acionista (Decreto-lei nº 1.950/1982, art. 10, § 2º, “b”).

(5) Duas firmas são consideradas interde-pendentes quando (RIPI/2010, art. 612):

a) ..........................................................................uma delas tiver participação na outra de 15% ou

mais do capital social, por si, seus sócios ou acio-nistas, bem como por intermédio de parentes destes

até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a partici-pação societária for de pessoa física;

b) de ambas, uma mesma pessoa fizer parte, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação;

c) uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20%, no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação, ex-ceto a venda de matérias-primas e produtos intermediários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador;

d) uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente, de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do produto, exceto a venda de matérias-primas e pro-dutos intermediários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador; ou

e) uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado.

(RIPI/2010, arts. 190, § 2º, e 612; Lei nº 6.404/1976, arts. 116 e 243, §§ 1º e 2º; Decreto-lei nº 1.950/1982)

Constitui valor tributável dos produtos

nacionais o total da operação de que decorrer a

saída do estabelecimento industrial ou equiparado a

industrial

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

05-02 DF Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

3. PRODUTOS ISENTOS OU SUJEITOS A ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS As despesas de transporte cobradas ou debitadas ao

destinatário (incluídas na base de cálculo do IPI), quando relativas a produtos sujeitos a diversas alíquotas ou bene-ficiados com isenção, deverão ser rateadas proporcional-mente ao peso de cada produto.

Cabe observar que o rateio somente deverá ser reali-zado quando não for possível determinar o valor efetivo do transporte atribuído a cada produto.

(Instrução Normativa SRF nº 87/1989, item 3)

4. EXEMPLO Suponhamos que a empresa “A” tenha vendido à

empresa “B” produtos sujeitos às alíquotas de 0%, 10% e 15% e que tenha cobrado do adquirente o valor correspon-dente a despesas de transporte.

Apenas para ilustrar, admitamos, ainda, que não tenha sido possível determinar o valor do frete correspondente a cada produto.

Assim, para efeito de cálculo, tomaremos por base os valores e os pesos mencionados no quadro a seguir. Veja que os dados são fictícios e servem apenas como exemplo.

Valor a) da operação R$ 47.600,00 b) dos produtos sujeitos à alíquota de 0% R$ 12.100,00 c) dos produtos sujeitos à alíquota de 10% R$ 23.800,00 d) dos produtos sujeitos à alíquota de 15% R$ 11.700,00 e) do frete cobrado R$ 11.200,00

Peso a) do total dos produtos 64.000 kg b) dos produtos sujeitos à alíquota de 0% 12.000 kg c) dos produtos sujeitos à alíquota de 10% 20.000 kg d) dos produtos sujeitos à alíquota de 15% 32.000 kg

Com base nos valores e nos pesos mencionados nos quadros anteriores, o contribuinte procederá ao cálculo do percentual correspondente à participação de cada produto na composição do frete cobrado do adquirente.

Para tanto, deverá multiplicar o peso da mercadoria (individualmente) por 100 e dividir o resultado alcançado pelo peso total.

Para facilitar, poderá ser aplicada a seguinte fórmula:

Peso da mercadoria tributada

à alíquota de ...% x 100= % da composição do frete

peso total das mercadorias

Aplicada essa fórmula, teremos o seguinte quadro:

a) produtos tributados à alíquota de 0%: 12.000 x 100

= 18,75%64.000

b) produtos tributados à alíquota de 10%:20.000 x 100

= 31,25%64.000

c) produtos tributados à alíquota de 15%: 32.000 x 100

= 50,00%64.000

Depois de obtidos os percentuais correspondentes à participação de cada produto na composição do frete, efetua-se o cálculo, em real, do valor do frete relativo a cada um dos produtos, tal como ilustrado a seguir.

a) produtos tributados à alíquota de 0%: R$ 11.200,00 x 18,75% = R$ 2.100,00b) produtos tributados à alíquota de 10%: R$ 11.200,00 x 31,25% = R$ 3.500,00c) produtos tributados à alíquota de 15%: R$ 11.200,00 x 50,00% = R$ 5.600,00

Assim, depois dos cálculos preliminares, deverá ser efetuada a apuração do valor do IPI com o valor do frete incluso, em relação a cada um dos produtos, o que, no nosso exemplo, resulta nos valores mencionados no quadro a seguir.

a) produtos tributados à alíquota de 10%

a.1) valor das mercadorias R$ 23.800,00

a.2) valor do frete (proporcional) R$ 3.500,00

a.3) base de cálculo do IPI (a.1 + a.2) R$ 27.300,00

a.4) IPI devido (a.3 x 10%) R$ 2.730,00

b) produtos tributados à alíquota de 15%

b.1) valor dos produtos R$ 11.700,00

b.2) valor do frete (proporcional) R$ 5.600,00

b.3) base de cálculo do IPI (b.1 + b.2) R$ 17.300,00

b.4) IPI devido (b.3 x 15%) R$ 2.595,00

Nota

Tendo em vista que o IPI incide sobre o valor da mercadoria acrescido do valor do frete cobrado do destinatário, no caso dos produtos tributados à alíquota zero não haverá valor a ser recolhido sobre o frete. Vale assinalar que os cálculos efetuados com esses produtos (no exemplo) servem apenas para a apuração proporcional relativamente aos produtos tributados.

N

a Estadual

ICMS

Certidão Negativa SUMÁRIO 1. Introdução

2. Campo de abrangência 3. Conteúdo das certidões 4. Tipos de certidão 5. Legitimidade para requerer e expedir 6. Prazo de validade 7. Modelos 8. Certidão Especial de Regularidade Fiscal (Cerf)

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

05-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 DF

1. INTRODUÇÃOA Certidão de Débitos de Tributos é um documento

cuja administração é de competência da Subsecretaria da Receita da Secretaria da Fazenda. Ela se destina a atestar a existência ou não de débitos de natureza tributária e não tributária, bem como o descumprimento de obrigações acessórias perante o Fisco, de pessoas físicas ou jurídicas, inscritas ou não no Cadastro de Contribuintes do ICMS.

O fornecimento da certidão é um dos direitos e garan-tias inscritos na Constituição Federal/1988 (CF/1988), art. 5º, XXXIV, “b”, para defesa dos interesses do cidadão.

Veremos, neste texto, a disciplina sobre os procedimentos relativos à emissão de Certidão de Débitos de Tributos pelo Sistema Automatizado de Emissão de Certidões (SAE), único instrumento homologado para o processamento e para a expedi-ção de certidões, que foi instituído pelo Decreto nº 23.873/2003.

Há, ainda, a Certidão Especial de Regularidade Fiscal (Cerf), expedida para fins de habilitação ao Programa de Promoção do Desenvolvimento Econômico Integrado e Sustentável do Distrito Federal (PRO-DF).

(Lei Complementar nº 4/1994, art. 43; Decreto nº 23.873/2003; De-creto nº 23.210/2002, art. 13; Portaria SEF nº 46/2005; Instrução Norma-tiva Surec nº 5/2005)

2. CAMPO DE ABRANGÊNCIA À pessoa física ou jurídica inscrita ou não nos cadastros da

Subsecretaria da Receita (Surec) ou da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PRG), independentemente do pagamento de qualquer taxa, é assegurado o direito de obter certidão acerca:

a) de sua situação, relativamente:a.1) aos tributos administrados pela Surec, inscri-

tos ou não em dívida ativa;a.2) aos demais tributos de competência do Dis-

trito Federal, desde que inscritos em dívida ativa;

a.3) a débitos de origem não tributária, desde que inscritos em dívida ativa;

b) de imóveis de sua propriedade, desde que urbanos e localizados no Distrito Federal;

c) de veículos de sua propriedade, desde que cons-tantes no cadastro de veículos do Distrito Federal.

O pedido será efetuado nas agências de atendimento da Receita ou pela Internet, no site da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal (www.fazenda.df.gov.br).

(Decreto nº 23.873/2003, arts. 2º e 3º)

2.1 Emissão pela Internet Por meio da Internet, somente serão expedidas:a) a Certidão Negativa de Débitos;b) a Certidão Negativa de Dívida Ativa;c) a Certidão Positiva com Efeitos de Negativa, nos ca-

sos em que haja créditos tributários constituídos e não vencidos, ou quando a causa da suspensão da exigibilidade for parcelamento ou medida judicial de caráter geral.

Essas certidões são obtidas livremente pela Internet ou nas agências de atendimento da Receita, prescindem de assinatura e deverão conter protocolo de segurança destinado à sua validação.

(Decreto nº 23.873/2003, art. 3º, parágrafo único, art. 11, § 3º)

3. CONTEÚDO DAS CERTIDÕESA certidão conterá, obrigatoriamente, os seguintes

elementos:

a) a finalidade a que se destina;b) a identificação do sujeito passivo, com seu número

no CPF ou CNPJ e no Cadastro Fiscal do Distrito Federal (CF/DF), dependendo do caso;

c) o domicílio fiscal e o ramo de atividade, quando for o caso;

d) o período abrangido pela certidão, em conformida-de com a solicitação;

e) o prazo de validade;f) o número da certidão;g) a data e a hora da expedição;h) o endereço e o número de inscrição no Cadastro Imobi-

liário Fiscal, quando se tratar de imóvel urbano, de pro-priedade do requerente, localizado no Distrito Federal;

i) a identificação da placa e os números do chassi e do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), quando se tratar de veículo de proprie-dade do requerente, constante no cadastro de veí-culos do Distrito Federal;

j) as indicações que constituam o protocolo de segu-rança, em caso de certidões expedidas por meio de Internet.

A certidão conterá, quando constatadas, informações relativas a:

a) créditos tributários constituídos e não vencidos;b) créditos tributários com exigibilidade suspensa;c) débitos em fase de cobrança administrativa;d) débitos inscritos em dívida ativa.

Na hipótese de solicitação por meio da Internet, quando não couber a expedição das certidões mencionadas no subtópico 2.1, somente será veiculada mensagem explica-tiva de que não há condições para a emissão de certidão. A partir disso, o contribuinte deve se dirigir a uma agência de atendimento da Receita.

(Decreto nº 23.873/2003, art. 4º)

4. TIPOS DE CERTIDÃO A Certidão Negativa de Débitos será expedida quando,

cumulativamente, não existirem pendências relativas:

a) aos créditos constituídos, vencidos e não pagos;b) à Dívida Ativa do Distrito Federal;c) aos bens patrimoniais, se for o caso da solicitação.

Essa certidão será emitida, ainda, na hipótese de com-pensação integral de débitos tributários com precatórios, de acordo com a Lei Complementar nº 52/1997 e a Lei nº

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

05-04 DF Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

3.194/2003, desde que a mesma seja homologada e que sejam observadas as condições mencionadas anterior-mente nas letras “a” a “c”.

(Decreto nº 23.873/2003, art. 5º)

4.1 Certidão Negativa de Dívida fiscal A Certidão Negativa de Dívida Ativa do Distrito Federal

será expedida quando o pedido se restringir a ela, caso em que se aplicará o procedimento para expedição de certidões relativas a tributos administrados pela Surec, no que couber.

(Decreto nº 23.873/2003, art. 6º)

4.2 Certidão Positiva com Efeitos de Negativa A Certidão Positiva com Efeitos de Negativa será

expedida quando, em relação ao sujeito passivo ou a bens patrimoniais, houver créditos constituídos e não vencidos ou cuja exigibilidade esteja suspensa em função de:

a) moratória;b) depósito de seu montante integral;c) reclamação, impugnação ou recurso, nos termos das

leis reguladoras do processo administrativo-fiscal;d) concessão de medida liminar em mandado de se-

gurança;e) concessão de medida liminar ou de tutela antecipa-

da em outras espécies de ação judicial;f) parcelamento.

Essa certidão terá os mesmos efeitos da Certidão Negativa de Débitos.

(Decreto nº 23.873/2003, art. 7º)

4.3 Certidão Positiva de Débitos A Certidão Positiva de Débitos será expedida quando, em

relação ao sujeito passivo ou a bens patrimoniais, existirem:

a) créditos tributários vencidos e não pagos;b) débitos inscritos em dívida ativa.

Essa certidão é constituída de simples demonstrativo de pendências existentes com o Fisco.

(Decreto nº 23.873/2003, art. 8º)

5. LEGITIMIDADE PARA REQUERER E EXPEDIRNa hipótese de requerimento de filial, sucursal, agência,

escritório de representação ou equivalentes, a expedição da certidão fica condicionada à inexistência de débitos em nome da matriz, relativamente aos tributos sujeitos à centra-lização de pagamento.

Salvo as hipóteses de expedição de certidão em que não há comprometimento do sigilo fiscal, citadas no subtópico 2.1, de livre obtenção por meio da Internet ou pelas agências de atendimento da Receita, o requerimento somente poderá ocorrer em caso de:

a) pessoa física, pelo próprio contribuinte;b) pessoa jurídica, pelos administradores definidos

em ato constitutivo ou em separado, ou por seus

contabilistas, desde que os dados constem na ficha cadastral do contribuinte, disponível no Sistema In-tegrado de Tributação e Administração Fiscal (Sitaf) ou em sistema equivalente que vier a sucedê-lo;

c) tributos diretos, por aqueles definidos nas leis res-pectivas como contribuintes ou responsáveis, res-salvada a hipótese de tributos imobiliários mencio-nada na letra “f”, a seguir;

d) espólio, pelo inventariante, herdeiro, meeiro ou le-gatário, comprovadamente identificado;

e) incapaz, pelos pais, tutor, curador ou responsável pela guarda, assim definidos em decisão judicial;

f) tributos imobiliários, pelo proprietário do imóvel ou pelo inquilino, mediante apresentação do respecti-vo contrato de locação.

(Decreto nº 23.873/2003, art. 10)

5.1 Solicitação por terceira pessoa Será permitida a solicitação da certidão por terceira

pessoa, no âmbito das agências de atendimento da Receita. Contudo, a entrega do documento fica condicionada à apresentação de:

a) instrumento de mandato outorgado pelo sujeito pas-sivo, com firma reconhecida, no ato do atendimento, pelo servidor do Fisco ou, previamente, por cartório, contendo menção expressa de sua finalidade;

b) documento de identidade que comprove regular ins-crição no Conselho Regional dos Corretores de Imó-veis (Creci), quando se tratar de solicitação de certi-dão relativa a tributos imobiliários efetuada por corre-tor de imóveis, bem como do respectivo contrato que comprove a condição de administrador do bem.

(Decreto nº 23.873/2003, art. 10, § 1º)

5.2 Decisão judicial Será exigida a apresentação dos documentos neces-

sários à caracterização do fato, nos casos em que o con-tribuinte faça jus à certidão por força de decisão judicial, exceto quando se tratar de decisão de caráter geral.

O SAE terá previsão para emissão de certidão em cumprimento de determinação judicial, caso em que esta conterá observação, descrevendo os fins a que se destina, nos termos da decisão que determinar sua expedição.

(Decreto nº 23.873/2003, art. 10, § 2º, e art. 14)

5.3 Competência para expedir A solicitação para expedir a certidão, exceto as men-

cionadas no subtópico 2.1, será analisada pela agência de atendimento da Receita que a recepcionar e decidida no prazo de 10 dias, reiniciados na hipótese de regularização de pendências, do contribuinte perante o Fisco, que impe-diam a expedição da certidão.

A competência do diretor de arrecadação da Subsecretaria da Receita e do gerente da agência de aten-dimento da Receita que recepcionar a solicitação pode ser delegada.

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Manual de Procedimentos

05-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 DF

Será indeferida a solicitação quando o contribuinte não atender aos requisitos para o fornecimento da certidão.

(Decreto nº 23.873/2003, arts. 11 e 12)

6. PRAZO DE VALIDADE As certidões terão validade por 90 dias, a contar da data da expedição.

(Decreto nº 23.873/2003, art. 13)

7. MODELOSCERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA NEGATIVA

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

05-06 DF Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

LIDAÇÃO DE CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - NEGATIVA

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Manual de Procedimentos

05-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 DF

CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

05-08 DF Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

VALIDAÇÃO DA CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS

8. CERTIDÃO ESPECIAL DE REGULARIDADE FISCAL (CERF) Os contribuintes, para fins de habilitação ao PRO-DF,

devem apresentar requerimento para expedição da Cerf, conforme veremos a seguir.

(Decreto nº 23.210/2002, art. 13; Portaria SEF nº 46/2005; Instrução Normativa Surec nº 5/2005)

8.1 ExpediçãoA certidão negativa que serve como meio de prova de

quitação dos tributos é expedida pela agência de atendi-mento da Receita da circunscrição fiscal do contribuinte estabelecido no Distrito Federal ou pela Agência Empresarial da Receita (Agemp), com numeração sequencial própria de cada agência.

Essa certidão será fornecida por meio de requerimento do interessado - o qual conterá as informações exigidas pelo Fisco, na forma do Regulamento -, no prazo de 10 dias, contados da data da entrada da solicitação na repartição. O modelo desse requerimento encontra-se disponível na página da Internet www.fazenda.df.gov.br.

No prazo de 30 dias antes da protocolização do reque-rimento da certidão, a agência de atendimento da Receita, ou a Agemp, exigirá a Certidão Simplificada da Junta Comercial, a ser expedida no citado prazo. Tratando-se de sociedades simples, a certidão poderá ser emitida pelo cartório que possua as respectivas informações.

Os contribuintes podem vender ou ceder o estabele-cimento comercial, industrial ou de prestação de serviços de qualquer natureza, independentemente da certidão

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

05-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 DF

negativa dos tributos a que estiverem sujeitos esses esta-belecimentos, subsistindo, todavia, a responsabilidade solidária ou adquirente.

Ressalte-se que a expedição de certidão negativa não impede o Fisco de cobrar débito anterior que tenha sido apurado posteriormente.

Já os escrivães, tabeliães e oficiais de registro não poderão lavrar, inscrever ou transcrever atos relativos a imóveis, inclusive escrituras de enfiteuse, anticrese, hipote-cas, arrendamento ou locação, sem que seja apresentada a certidão expedida pela repartição fiscal, relativamente à isenção ou à quitação dos tributos e aos demais encargos previstos na legislação tributária, incidentes sobre o imóvel até a data da operação, inclusive. A certidão será, ainda, obrigatoriamente mencionada nos citados atos.

(Lei Complementar nº 4/1994, art. 43; Instrução Normativa Surec nº 5/2005)

8.2 Contribuinte de outro Estado O contribuinte estabelecido em outro Estado deverá

apresentar o requerimento em qualquer agência de atendi-mento da Receita, acompanhado dos seguintes documen-tos:

a) para o empresário ou a sociedade empresarial:a.1) cópia autenticada do contrato social e altera-

ções posteriores, arquivados na Junta Comer-cial;

a.2) Certidão Simplificada da Junta Comercial, ex-pedida, no máximo, 30 dias antes da protoco-lização do requerimento;

b) para a sociedade simples:b.1) cópia autenticada do contrato social e altera-

ções posteriores, registradas em cartório es-pecífico;

b.2) certidão do cartório respectivo, expedida, no máximo, 30 dias antes da protocolização do requerimento.

Se as cópias dos documentos relacionados anterior-mente forem autenticadas em outra Unidade da Federação, as mesmas deverão ser abonadas em cartório do Distrito Federal.

Neste caso, a Cerf será emitida no ato da apresentação do requerimento, desde que o requerente e seus sócios não possuam, no âmbito do Distrito Federal:

a) tributo vencido, não pago, inscrito ou não em dívida ativa;

b) parcelamento inadimplente; c) pendências cadastrais.

(Instrução Normativa Surec nº 5/2005, arts. 2º e 5º)

8.3 Condições para solicitação da Cerf A Cerf será expedida pela Subsecretaria da Receita

da Secretaria de Estado de Fazenda, a requerimento do contribuinte, que deverá obedecer às seguintes condições:

a) ser inscrito no CF/DF, na situação “Ativa”, se estabe-lecido no Distrito Federal;

b) não possuir pendências cadastrais em seu nome e em nome dos sócios;

c) não possuir, juntamente com os seus sócios:c.1) tributo vencido não pago, inscrito ou não em

dívida ativa;c.2) parcelamento inadimplente;

d) estar adimplente com a entrega de declarações a que esteve obrigado nos últimos 5 anos;

e) estar com os livros fiscais para escrituração manual, autenticados ou com os livros fiscais escriturados por sistema eletrônico de processamento de dados, sem a devida autenticação pela repartição fiscal, até o prazo de 90 dias, contados da data do último registro do exercício de apuração, ou estar somente com o pedido de uso eletrônico de livros fiscais, se a empresa não possuir período de apuração encer-rado;

f) possuir documentos fiscais dentro do prazo de vali-dade previsto no RICMS-DF/1997, art. 80, ou a Au-torização para Impressão de Documentos Fiscais dentro do período de validade;

g) possuir equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), autorizado e em uso, caso seja obrigado pela legislação específica;

h) estar em funcionamento, o que será constatado por meio de vistoria, ou enquadrar-se na situação de inaplicabilidade a seguir mencionada.

As condições relacionadas nas letras “e”, “f” e “g” não se aplicam à empresa:

a) cujo estabelecimento esteja em construção e não tenha iniciado suas atividades;

b) que tenha sido inscrita no CF/DF, há menos de 6 meses e ainda não tenha iniciado suas atividades.

Tratando-se de estabelecimento cujas atividades se encontrem paralisadas, de acordo com o RICMS-DF/1997, art. 27-A, a Cerf poderá ser emitida desde que, neste caso, contenha, no campo “Observações”, a informação “Contribuinte com a inscrição no CF/DF paralisada, não podendo gozar de qualquer benefício fiscal que exija reque-rimento prévio”.

Uma vez apresentado, o requerimento será analisado e a Cerf, expedida no prazo de até 10 dias corridos, excluindo--se o dia do início e incluindo-se o do vencimento, o qual, se não for útil, será prorrogado para o 1º dia útil seguinte.

(Portaria SEF nº 46/2005, arts. 2º e 3º; Instrução Normativa Surec nº 5/2005, arts. 3º e 4º)

8.4 Indeferimento do requerimento Na hipótese de não serem atendidas quaisquer das

condições anteriormente previstas para a emissão da Cerf, o requerimento será indeferido com a devida fundamenta-ção e o requerente, cientificado.

(Instrução Normativa Surec nº 5/2005, art. 6º)

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ICMS - IPI e Outros

05-10 DF Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

8.6.1 Modelo do requerimentoREQUERIMENTO PARA EMISSÃO DA CERF

(Portaria SEF nº 46/2005, Anexo II)

8.5 Prazo de validade A Cerf é válida pelo prazo de 90 dias, contados da data

de sua emissão.

(Portaria SEF nº 46/2005, art. 4º; Instrução Normativa Surec nº 5/2005, art. 7º)

8.6 Modelos e procedimentos Os modelos da Cerf e do requerimento para sua emis-

são são os constantes na Portaria SEF nº 46/2005, Anexos I e II, respectivamente.

O campo “Enquadramento” da Cerf deverá ser preen-chido da seguinte forma:

a) “ICMS - Optante do Simples Candango - Microem-presa”;

b) “ICMS - Optante do Simples Candango - EPP - Fatu-ramento XXX”;

c) “ICMS - Tributação normal”;d) “ICMS - Regime simplificado de tributação - Lei nº

3.618/2003”;

e) “ICMS - Termo de Acordo de Regime Especial (Tare) Atacadista - Decreto nº 25.372/2004”;

f) “ISS - Optante do RTE - ISS - Faturamento XX”;g) “ISS - Sociedade uniprofissional”;h) “ISS - Tributação normal”.

Nota

Embora ainda conste na redação da Instrução Normativa Surec nº 5/2005, o Decreto nº 25.372/2004, citado na letra “e” deste tópico, encontra--se revogado pelo Decreto nº 28.819/2008, DO DF de 05.03.2008, com efei-tos a partir de 03.03.2008.

Tratando-se de solicitação de certidão por contribuinte que exerça atividades sujeitas à tributação do ICMS e do ISS, ambas deverão constar no campo especificado ante-riormente.

A Cerf será firmada por servidor da carreira de auditoria tributária, na qual deverão ser indicados seu nome com-pleto, cargo e sua matrícula.

(Portaria SEF nº 46/2005, art. 1º; Instrução Normativa Surec nº 5/2005, arts. 7º a 9º)

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Manual de Procedimentos

05-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 DF

8.6.2 Modelo da CerfCERF

(Portaria SEF nº 46/2005, Anexo I)

N

FEDERAL

Empresarial - ICMS/ISS - Simples Nacional - Adoção de sublimites para 2016

Para efeito de recolhimento do ICMS pelo regime do “Simples Nacional”, em seus respectivos territórios, os Estados e o Distrito Federal poderão optar pela aplicação dos valores de receita bruta anual, de acordo com a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, sem prejuízo da possibilidade de adoção de todas as faixas de receita bruta para essa finalidade.

A opção produzirá efeitos a partir do ano-calendário subsequente, salvo deliberação do Conselho Gestor do Simples Nacional (CGSN).

A mencionada opção implica adoção do mesmo sublimite de receita bruta, para fins de recolhimento do ISS dos municípios localizados nas respectivas Unidades da Federação, assim como do ISS devido no Distrito Federal.

As Unidades da Federação que adotaram sublimites de receita bruta deveriam ter se manifestado mediante decreto do Poder Executivo, até o último dia útil do mês de outubro, e notificado a opção ao CGSN até o último dia útil do mês de novembro.

A Resolução CGSN nº 124/2015 divulgou a relação de Estados que adotaram os sublimites de receita bruta para 2016.

1. SUBLIMITES PARA 2016

Para os sublimites de receita bruta, são adotadas as seguintes regras:

a) os Estados cuja participação no PIB brasileiro seja de até 1% poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual de até 35, 50 ou 70% do valor corresponden-te a R$ 3.600.000,00;

b) os Estados cuja participação no PIB seja de mais de 1% e de menos de 5% poderão optar pela aplica-ção, em seus respectivos territórios, das faixas de

a IOB Setorial

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ICMS - IPI e Outros

05-12 DF Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

DISTRITO FEDERAL

ICMS - Regime Especial para Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas

O Distrito Federal instituiu o Regime Especial para Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (Retrans), que possibilita a verificação da regularidade das operações do remetente nas dependências da transportadora optante, sem prejuízo das verificações fiscais rotineiramente efe-tuadas pela fiscalização tributária.

A opção pelo Retrans ocorre por requerimento, previsto no Anexo Único da portaria em fundamento, encaminhado ao Núcleo de Processos Especiais da Gerência de Controle e Acompanhamento de Processos Especiais da Coordenação de Tributação da Subsecretaria da Receita (Nupes/Geesp/Cotri/Surec).

O Retrans não desobriga a empresa optante da apre-sentação da documentação fiscal que acoberta a operação à repartição fiscal de fronteira.

A empresa transportadora optante deve, cumulativa-mente:

a) cadastrar endereço eletrônico próprio para fim de recebimento da notificação;

b) acessar periodicamente o endereço eletrônico ca-dastrado, para ciência de eventual notificação;

c) confirmar, por meio do endereço eletrônico cadas-trado, com certificação digital, o recebimento da notificação, nos seguintes prazos:

c.1) nos dias úteis, relativamente às notificações enviadas entre 8h e 16h, em até 2 horas de seu recebimento;

c.2) nos dias úteis, relativamente às notificações enviadas entre 16h01 e 23h59, até as 10h do dia de funcionamento seguinte ao dia de seu recebimento;

c.3) nos dias úteis, relativamente às notificações enviadas entre 0h00 h e 7h59, até as 10h do mesmo dia;

a IOB Comenta

receita bruta anual de até 50 ou 70% do valor corres-pondente a R$ 3.600.000,00.

2. SUBLIMITE DE ATÉ R$ 1.800.000,00

Os Estados que tiverem até 1% ou mais de 1% e menos de 5% de participação no PIB poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual de até 50% do limite previsto no inciso II do caput do art. 3º da Lei Complementar nº 123/2006 (50% x R$ 3.600.000,00 = R$ 1.800.000,00).

A seguir, são relacionados os Estados que optaram por esse sublimite para 2016 com as suas respectivas legisla-ções sobre o assunto.

ESTADO FUNDAMENTO LEGALAcre Decreto nº 3.602/2015 - DOE AC de 29.10.2015

Amapá Decreto nº 5.002/2015 - DOE AP de 21.10.2015Rondônia Decreto nº 19.957/2015 - DOE RO de 22.07.2015Roraima Decreto nº 19.791-E/2015 - DOE RR de 21.10.2015

3. SUBLIMITE DE ATÉ R$ 2.520.000,00

Os Estados que tiverem até 1% ou mais de 1% e menos de 5% de participação no PIB poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual de até 70% do limite previsto no inciso II do caput do art.

3º da Lei Complementar nº 123/2006 (70% x R$ 3.600.000,00 = R$ 2.520.000,00).

A seguir, são relacionados os Estados que optaram por esse sublimite para 2016, com as suas respectivas legisla-ções sobre o assunto.

ESTADO FUNDAMENTO LEGALMaranhão Decreto nº 31.260/2015 - DOE MA de 29.10.2015

Mato Grosso Decreto nº 310/2015 - DOE MT de 28.10.2015Mato Grosso

do Sul Decreto nº 14.292/2015 - DOE MS de 29.10.2015

Pará Decreto nº 1.422/2015 - DOE PA de 26.10.2015Piauí Decreto nº 16.290/2015 - DOE PI de 16.11.2015

Tocantins Decreto nº 5.330/2015 - DOE TO de 27.10.2015

4. PARTICIPAÇÃO NO PIB ACIMA DE 5%

Os Estados que tiverem participação no PIB acima de 5% ficam obrigados à adoção de todas as faixas de receita bruta anual.

Nos demais Estados não relacionados nos quadros anteriormente reproduzidos e no Distrito Federal, serão adotadas em 2016 todas as faixas de receita bruta anual de até R$ 3.600.000,00.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 19, caput, §§ 2º e 3º; Resolu-ção CGSN nº 94/2011, arts. 9º, 10 e 11; Resolução CGSN nº 124/2015)

N

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

05-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 DF

c.4) aos sábados, relativamente às notificações enviadas entre 0h01 e 7h59, até as 10h do mesmo dia;

c.5) aos sábados, relativamente às notificações enviadas entre 8h e 10h, em até 2 horas de seu recebimento;

c.6) 10h01 e 23h59, até as 10h do dia útil seguinte ao dia de seu recebimento;

c.7) aos domingos e feriados, até as 10h do dia útil subsequente ao dia de seu recebimento;

d) utilizar o Conhecimento de Transporte Eletrônico de Cargas (CT-e).

Os optantes pelo Retrans são obrigados à inserção das chaves das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), nos campos específicos dos CT-e.

Ressalta-se que o regime não será concedido à trans-portadora que estiver:

a) em débito de tributo ou multa com a Fazenda do Distrito Federal;

b) inadimplente com as suas obrigações e encargos re-ferentes ao sistema da seguridade social.

Observa-se que as vedações não se aplicam se o débito estiver sendo objeto de recurso administrativo sobre o qual não tiver sido proferida decisão definitiva e que a empresa transportadora será excluída do Retrans, caso:

a) incorra em quaisquer das situações para as quais é vedada a concessão do Retrans;

b) deixar de confirmar, injustificadamente, por 2 vezes no período de 30 dias, por meio do endereço eletrô-nico cadastrado, com certificação digital, o recebi-mento da notificação, nos prazos descritos na letra “c” anterior;

c) deixar de cumprir notificação que determinar a re-tenção de mercadorias ou bens, vindo a distribuí--los por mais de 3 vezes durante o período de 6 meses;

d) criar embaraço à fiscalização;e) deixar de manter atualizadas as informações do Re-

querimento de Ingresso no Retrans.

Por fim, uma vez excluído de ofício do Retrans, somente será deferido novo Requerimento de Ingresso após o trans-curso do prazo de 90 dias do ato que formalizar a exclusão.

(Portaria SEF nº 279/2013)

N

IPIRessarcimento de créditos fiscais - Processo judicial -

Restrição

1) O contribuinte com processo judicial pode solicitar ressarcimento de créditos do IPI?

É vedado o ressarcimento a estabelecimento per-tencente a pessoa jurídica com processo judicial ou com processo administrativo-fiscal de determinação e exigência de crédito do IPI cuja decisão definitiva, judicial ou adminis-trativa, possa alterar o valor a ser ressarcido.

Ao requerer o ressarcimento, o representante legal da pessoa jurídica deverá prestar declaração, sob as penas da

lei, de que a pessoa jurídica não se encontra na situação em apreço.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 25)

IPI/ICMS

Sped - NF-e - Danfe - Emissão

2) Qual é a quantidade de vias do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) exigida para acompanhar o trânsito de mercadorias?

O contribuinte deverá emitir o Danfe em uma única via, salvo quando houver disposição expressa em outro sentido.

a IOB Perguntas e Respostas

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ICMS - IPI e Outros

05-14 DF Manual de Procedimentos - Fev/2016 - Fascículo 05 - Boletim IOB

Quando a legislação tributária exigir a utilização de vias adicionais ou previr utilização específica para as vias das notas fiscais, o contribuinte que utilizar NF-e deverá emitir o Danfe com o número de cópias exigidas.

(Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusula nona; Ato Cotepe/ICMS nº 51/2015; Manual de Orientação do Contribuinte, versão 6.0, item 7)

ICMS/DFFato gerador - Comodato

3) Existe algum entendimento divulgado pela Secretaria da Fazenda do Distrito Federal a respeito da tributação inci-dente sobre as operações de saída de bens do ativo imobili-zado por força de contrato de comodato?

Sim. A Gerência de Esclarecimento de Normas da Secretaria de Fazenda e Planejamento do Distrito Federal, por meio das Respostas às Consultas nºs 49/1990 e 66/2004, tem divulgado o entendimento de que a operação de remessa de bens em comodato (devidamente documentado em contrato escrito e sendo bem do ativo imobilizado e não mercadoria do estoque) será desonerada do ICMS, tendo em vista não constituir fato gerador do referido imposto.

Destaca-se o seguinte trecho da Resposta à Consulta nº 66/2004: “a Súmula 573/STF diz ‘Não constitui fato gerador do imposto de circulação de mercadorias a saída física de máquinas, utensílios e implementos a título de comodato’”.

(Respostas à Consulta nºs 49/1990 e 66/2004)

Fato gerador - Serviço de transporte - Retorno por recusa de recebimento de mercadoria

4) Havendo a recusa da mercadoria pelo destinatário em uma operação interestadual, o serviço de transporte re-ferente ao retorno configura uma nova prestação e, assim, estará sujeito ao ICMS?

Sim. Tendo em vista o disposto no art. 3º, VIII, e art. 4º, II, “a”, do Decreto nº 18.955/1997 - RICMS/DF, e considerando que a transportadora cobra um frete complementar, ou um novo frete, é devido o ICMS no transporte em retorno de mercadoria não entregue ao destinatário. O imposto é devido ao Estado de origem desse novo transporte, aplicando-se a alíquota interestadual prevista para a prestação.

(Resposta à Consulta nº 15/2006 - Gerência de Esclarecimento de Normas da Secretaria de Fazenda e Planejamento do Distrito Federal)