15
Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Bens do Ativo Imobilizado a ICMS - Recolhimento do imposto em atraso a ICMS - Substituição tributária - Regra geral ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 27/2016 Distrito Federal / a Federal IPI Ressarcimento do imposto por decisão judicial 01 / a Distrito Federal ICMS Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária 04 / a IOB Setorial Federal Terciário/Serviços - Simples Nacional - ISS - Retenção na fonte 10 / a IOB Comenta Distrito Federal ICMS - Obrigatoriedade de emissão de NF-e nas operações interesta- duais realizadas fora do estabelecimento 11 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Simples Nacional - Incentivos fiscais - Utilização - Restrição 12 Simples Nacional - Restituição de tributo indevido - Critério 12 ISS/Distrito Federal Documentos fiscais - Profissional autônomo e sociedade uniprofis- sional 13 Substituição tributária - Condomínios 13

IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

  • Upload
    sintese

  • View
    232

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

IOB ICMS-IPI, Distrito Federal,27-2016,1a Sem Julho

Citation preview

Page 1: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Bens do Ativo Imobilizado

a ICMS - Recolhimento do imposto em atraso

a ICMS - Substituição tributária - Regra geral

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 27/2016

Distrito Federal

/a Federal

IPIRessarcimento do imposto por decisão judicial . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a Distrito Federal

ICMSGuia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

/a IOB Setorial

FederalTerciário/Serviços - Simples Nacional - ISS - Retenção na fonte . . . . 10

/a IOB Comenta

Distrito FederalICMS - Obrigatoriedade de emissão de NF-e nas operações interesta-duais realizadas fora do estabelecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB Perguntas e Respostas

IPISimples Nacional - Incentivos fiscais - Utilização - Restrição . . . . . . 12Simples Nacional - Restituição de tributo indevido - Critério . . . . . . 12

ISS/Distrito FederalDocumentos fiscais - Profissional autônomo e sociedade uniprofis-sional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Substituição tributária - Condomínios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Page 2: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : ressarcimento do imposto por decisão judicial.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2746-5

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04286 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Page 3: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

27-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 DF

a Federal

IPI

Ressarcimento do imposto por decisão judicial SUMÁRIO 1. Introdução 2. PER/DCOMP 3. Créditos decorrentes de decisão judicial transitada em

julgado 4. Modelo do pedido de habilitação

1. INTRODUÇÃO

O ressarcimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) por decisão judicial transitada em julgado deverá ser efetuado com observância de disposições específicas sobre a matéria, em especial, as disciplinadas pela Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012)

2. PER/DCOMP

O sujeito passivo que apurar cré-dito, inclusive o decorrente de decisão judicial transitada em julgado, correspondente a tributo administrado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, ressalvadas as contribuições previdenciárias em que o procedi-mento está previsto, nos arts. 56 a 60 da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, e as contribuições para outras entidades ou fundos.

A compensação será efetuada mediante apresen-tação à RFB da Declaração de Compensação gerada a partir do programa Pedido Eletrônico de Resti- tuição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP) ou, na impossibi-lidade de sua utilização, mediante apresentação do

formulário Declaração de Compensação constante do Anexo VII daquela Instrução Normativa, ao qual deverão ser anexados documentos comprobatórios do direito creditório.

Nota

O Ato Declaratório Executivo Corec nº 3/2016 aprovou a versão 6.6 do programa PER/DCOMP.

O programa PER/DCOMP, de livre reprodução, está disponível na página da RFB (www.receita.fazenda.gov.br).

A pessoa jurídica poderá apresentar o PER/DCOMP com assinatura digital, inclusive em relação ao pedido de cancelamento e à sua retificação, nas

seguintes hipóteses:

a) declarações de compensação;b) pedidos de restituição, exceto para

créditos decorrentes de pagamen-tos indevidos ou a maior, ou de contribuições previdenciárias; e

c) pedidos de ressarcimento.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, arts. 41, caput, § 1º, 56 a 60, e art. 110; Ato De-

claratório Executivo Corec nº 3/2016)

3. CRÉDITOS DECORRENTES DE DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO

No caso de crédito decorrente de decisão judicial transitada em julgado, a Declaração de Compensação será recepcionada pela RFB somente após prévia habilitação do crédito pelas Delegacia da Receita Federal (DRF), Delegacia da Receita Federal de Administração Tributária (Derat), Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes no Rio de Janeiro (Demac/RJ) ou Delegacia Especial de Instituições Financeiras (Deinf) com jurisdição sobre o domicílio tributário do sujeito passivo.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 82, caput)

O programa

PER/DCOMP, de livre reprodução, está disponível

na página da RFB (www.receita.fazenda.

gov.br)

Page 4: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-02 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3.1 HabilitaçãoA habilitação será obtida mediante pedido do su-

jeito passivo, formalizado em processo administrativo instruído com:

a) formulário Pedido de Habilitação de Crédito Decorrente de Decisão Judicial Transitada em Julgado, constante do Anexo VIII à Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012 (veja modelo no item 4, devidamente preenchido);

b) certidão de inteiro teor do processo expedida pela Justiça Federal;

c) cópia da decisão que homologou a desistência da execução do título judicial, pelo Poder Judiciário, e a assunção de todas as custas e dos honorários advocatícios referentes ao processo de execução ou cópia da declaração pessoal de inexecução do título judicial protocolada na Justiça Federal e certidão judicial que ateste, na hipótese de ação de repetição de indébito, bem como nas demais hipóteses em que o crédito esteja amparado em título judicial passível de execução;

d) cópia do contrato social ou do estatuto da pes-soa jurídica acompanhada, conforme o caso, da última alteração contratual em que houve mudança da administração ou da ata da as-sembleia que elegeu a diretoria;

e) cópia dos atos correspondentes aos eventos de cisão, incorporação ou fusão, se for o caso;

f) cópia do documento comprobatório da repre-sentação legal e do documento de identidade do representante, na hipótese de pedido de habilitação do crédito formulado por represen-tante legal do sujeito passivo; e

g) procuração conferida por instrumento público ou particular e a cópia do documento de identidade do outorgado, na hipótese de pedido de habilita-ção formulado por mandatário do sujeito passivo.

Constatada irregularidade ou insuficiência de informações nos documentos, o requerente será intimado a regularizar as pendências no prazo de 30 dias, contados da data de ciência da intimação.

No prazo de 30 dias, contados da data da pro-tocolização do pedido ou da regularização de pen-dências, será proferido despacho decisório sobre o pedido de habilitação do crédito.

Cabe observar que o deferimento do pedido de habilitação do crédito não implica homologação da compensação.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 82, §§ 1º, 2º, 3º e 7º)

3.2 Prazo

A Declaração de Compensação poderá ser apresentada no prazo de 5 dias, contados da data do trânsito em julgado da decisão ou da homologação da desistência da execução do título judicial.

Esse prazo fica suspenso no período compreendido entre o protocolo do pedido de habilitação do crédito decorrente de ação judicial e a ciência do seu deferimento.

O art. 5º do Decreto nº 20.910/1932, citado no art. 82-A da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, foi revogado pelo art. 1º da Lei nº 2.211/1954.

(Lei nº 2.211/1954, art. 1º; Decreto nº 20.910/1932; Instru-ção Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 82-A)

3.3 Deferimento

O pedido de habilitação do crédito será deferido pelo titular da DRF, Derat, Demac/RJ ou Deinf, me-diante a confirmação de que:

a) o sujeito passivo figura no polo ativo da ação;b) a ação refere-se a tributo administrado pela RFB;c) a decisão judicial transitou em julgado;d) o pedido foi formalizado no prazo de 5 anos da

data do trânsito em julgado da decisão ou da homologação da desistência da execução do título judicial; e

e) na hipótese de ação de repetição de indébi-to, bem como nas demais hipóteses em que o crédito esteja amparado em título judicial pas-sível de execução, houve a homologação, pelo Poder Judiciário, da desistência da execução do título judicial e a assunção de todas as cus-tas e dos honorários advocatícios referentes ao processo de execução, ou a apresentação de declaração pessoal de inexecução do títu-lo judicial protocolada na Justiça Federal e de certidão judicial que a ateste.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 82, § 4º)

3.4 Indeferimento

Será indeferido o pedido de habilitação do crédito quando:

a) as pendências mencionadas nas letras “a” a “e” do subitem 3.1 não forem regularizadas no prazo estipulado (30 dias); ou

b) não forem atendidos os requisitos especifica-dos no subitem 3.3.

(Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012, art. 82, § 5º)

Page 5: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4. MODELO DO PEDIDO DE HABILITAÇÃO

Segue o formulário Pedido de Habilitação de Crédito Reconhecido por Decisão Judicial Transitada em Julgado, constante do Anexo VIII da Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012:

FORMULÁRIO DE PEDIDO DE HABILITAÇÃO DE CRÉDITO

N

Page 6: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-04 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ICMS

Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária SUMÁRIO 1. Introdução 2. Contribuintes obrigados à apresentação 3. Forma de apresentação 4. Prazo de apresentação 5. Faturamento direto ao consumidor 6. Apresentação de outras informações 7. Campos da GIA-ST 8. Retificação 9. Programa para geração da GIA-ST 10. Modelo 11. Penalidades

1. INTRODUÇÃOOs contribuintes do ICMS que realizarem operações

interestaduais com mercadorias sujeitas ao regime da substituição tributária com retenção antecipada do imposto e forem inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS dos Estados destinatários como contribuintes substitutos deverão remeter, mensalmente, a esses Estados a Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária (GIA-ST).

Nesta matéria, veremos as regras previstas na legislação para o cumprimento dessa obrigação acessória pelos contribuintes substitutos.

2. CONTRIBUINTES OBRIGADOS À APRESENTAÇÃOA GIA-ST, devidamente preenchida e assinada,

deverá ser apresentada pelo:a) contribuinte substituto ou seu representante

legal, localizado em outra Unidade da Federa-ção (UF), que efetuar a retenção de imposto, nas operações com mercadorias constantes do Caderno I do Anexo IV do RICMS-DF/1997;

b) contribuinte inscrito no CF/DF, localizado em outra UF, que realizar operações ou prestações destinadas a consumidor final não contribuinte do imposto localizado no Distrito Federal.

(RICMS-DF/1997, art. 207)

3. FORMA DE APRESENTAÇÃOA GIA-ST deverá ser apresentada por transmissão

eletrônica de dados ou em meio magnético, após ser validada pelo programa de computador aprovado pela Cotepe/ICMS.

O programa está disponível na Internet. O con-tribuinte que desejar fazer download do programa deve acessar a página da Secretaria da Fazenda do Estado do RS (https://www.sefaz.rs.gov.br); no menu à esquerda da tela, acesse: Downloads, Guias de Informação e Apuração do ICMS, GIA-ST - Guia de Informação e Apuração do ICMS Substituto Tributário.

(RICMS-DF/1997, art. 207, § 9º)

3.1 Recepção da GIA-STAs Secretarias da Fazenda, Finanças ou Tribu-

tação e a Gerência de Receita dos Estados, após o processamento das informações recebidas, pela Internet, emitirão o Comunicado de Recebimento da GIA-ST, que deverá conter a data de entrega, o número da inscrição estadual do sujeito passivo por substituição tributária e o mês de referência da GIA-ST, remetendo-o para o endereço eletrônico do contribuinte substituto.

Na hipótese de não recebimento do comunicado, o sujeito passivo por substituição tributária poderá obtê-lo por meio da Internet (quando o Estado favo-recido assim o permitir), acessando a página da Secretaria da Fazenda, Finanças ou Tributação ou da Gerência de Receita dos Estados.

Na hipótese de a UF ter optado pelo recebimento da GIA-ST por meio magnético (disquete), deverá ser impresso recibo para entrega juntamente com o disquete. A forma de entrega e a obtenção do recibo definitivo deverão observar as regras estabelecidas pelo Estado favorecido.

O Comunicado de Recebimento da GIA-ST servirá de comprovação de entrega da GIA-ST às Secretarias da Fazenda, Finanças ou Tributação e à Gerência de Receita dos Estados, devendo ser arquivado em ordem cronológica pelo sujeito passivo por substi-tuição tributária.

(Programa de Digitação e Transmissão da GIA-ST)

4. PRAZO DE APRESENTAÇÃO

A GIA-ST deverá ser remetida pelo sujeito pas-sivo à Subsecretaria da Receita, até o dia 10 do mês subsequente ao da apuração do imposto, ainda que no período não tenham ocorrido operações ou presta-ções, hipóteses em que deverá assinalar no campo 1, correspondente à expressão “GIA-ST sem movimento”.

(RICMS-DF/1997, art. 207, § 3º)

a Distrito Federal

Page 7: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4.1 Falta de apresentaçãoO sujeito passivo por substituição inscrito no CF/

DF que, por 60 dias ou 2 meses alternados, deixar de entregar a GIA-ST poderá ter sua inscrição suspensa ou cancelada até a regularização.

Enquanto perdurar a situação, bem como quando o remetente não for inscrito no CF/DF ou estiver em situação cadastral irregular, o imposto retido será recolhido em relação a cada operação:

a) por ocasião da saída da mercadoria do es-tabelecimento por meio de Guia Nacional de Recolhimentos de Tributos Estaduais (GNRE), devendo uma via acompanhar o transporte da mercadoria; ou

b) no momento do ingresso da mercadoria em território do Distrito Federal.

Deverá ser emitida uma GNRE distinta para cada um dos destinatários, constando, no campo “Informa-ções Complementares”, o número da nota fiscal a que se refere o respectivo recolhimento.

(RICMS-DF/1997, art. 325)

5. FATURAMENTO DIRETO AO CONSUMIDOROs valores informados na GIA-ST deverão englobar

os correspondentes às operações efetuadas por meio de faturamento direto ao consumidor previstas no Convênio ICMS nº 51/2000, que estabelece disciplina para as operações com veículos automotores novos realizadas por meio de faturamento direto para o consumidor.

(RICMS-DF/1997, art. 207, § 12)

6. APRESENTAÇÃO DE OUTRAS INFORMAÇÕESA UF de destino poderá exigir do contribuinte subs-

tituto responsável pela retenção do ICMS a apresenta-ção de outras informações que julgar necessárias.

(Convênio ICMS nº 81/1993, cláusula décima terceira, § 5º)

7. CAMPOS DA GIA-STA GIA-ST conterá os seguintes campos:a) campo 1 - GIA-ST sem movimento: assinalar

com “x” na hipótese de que não tenha ocorrido operações sujeitas à substituição tributária;

b) campo 2 - GIA-ST retificação: assinalar com “x” quando a GIA-ST estiver retificando outra entre-gue anteriormente, referente ao mesmo período;

c) campo 3 - Data de vencimento do ICMS-ST: preencher com a data de vencimento do ICMS-ST no formato DD/MM/AAAA, podendo ser informados até 6 vencimentos diferentes e respectivos valores, conforme prazos constan-tes do Caderno I, Anexo I, do RICMS-DF/1997;

d) campo 4 - Sigla da UF favorecida: Informar a sigla “DF”;

e) campo 5 - Período de referência: informar mês e ano do período de apuração, no formato MM/AAAA;

f) campo 6 - Inscrição Estadual na UF Favorecida: Informar o número da Inscrição no CF/DF como sujeito passivo por substituição tributária;

g) campo 7 - Valor dos produtos: informar o valor to-tal dos produtos sujeitos à substituição tributária;

h) campo 8 - Valor do IPI: informar o valor do IPI incidente sobre os produtos sujeitos à substi-tuição tributária;

i) campo 9 - Despesas acessórias: informar o valor do frete, seguro e outras despesas aces-sórias cobradas ou debilitadas ao destinatário;

j) campo 10 - Base cálculo do ICMS próprio: in-formar o valor que serviu de base para o cál-culo do ICMS próprio;

k) campo 11 - ICMS próprio: informar o valor total do ICMS próprio;

l) campo 12 - Base de cálculo do ICMS-ST: infor-mar o valor total da base que serviu de cálculo para retenção do ICMS-ST, inclusive referente às notas fiscais cujo ICMS-ST foi recolhido an-tecipadamente por GNRE, em decorrência de inadimplência de pagamento, de entregue de meio magnético ou de entrega de GIA-ST;

m) campo 13 - ICMS retido por ST: informar o va-lor do ICMS retido por substituição tributária, inclusive os valores do ICMS-ST que foram re-colhidos antecipadamente por GNRE;

n) campo 14 - ICMS de devoluções de mercado-rias: informar o valor correspondente ao ICMS relativo à substituição tributária creditado em função de devolução de mercadorias sujeitas à substituição tributária, observado que, existindo valor a informar, deve-se preencher o Registro Anexo I, contendo os seguintes dados: núme-ro da nota fiscal de devolução, série, inscrição estadual do contribuinte que está procedendo a mesma, data de emissão e valor do ICMS-ST de devolução, relativo à substituição tributária;

o) campo 15 - ICMS de ressarcimentos: informar o valor do ressarcimento de ICMS que possa ser apropriado no período de referência, ob-servado que, existindo valor a informar, deve--se preencher o Registro Anexo II, contendo os seguintes dados: número da nota fiscal de ressarcimento, série, inscrição estadual do contribuinte que está procedendo ao mesmo, data de emissão e valor do ICMS-ST de ressar-cimento, relativo à substituição tributária;

Page 8: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-06 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

p) campo 16 - Crédito do período anterior: infor-mar o valor do crédito apurado na GIA-ST do período anterior (campo 20), quando for o caso;

q) campo 17 - Pagamentos antecipados: infor-mar, englobadamente, os valores de ICMS--ST recolhidos antecipadamente, nota a nota, por intermédio de GNRE, em decorrência de inadimplência de pagamento ou de entrega de meio magnético ou de entrega de GIA-ST. As notas fiscais, cujo ICMS-ST for lançado neste campo, devem estar contidas no meio magné-tico e fazer parte dos dados totais constantes de cada GIA-ST (campos 12 e 13);

r) campo 18 - ICMS-ST devido: informar o valor devido referente ao ICMS Substituição Tributá-ria (campo 13, menos campos 14, 15, 16 e 17);

s) campo 19 - Repasse ou complemento de ICMS-ST referente a combustíveis: informar o valor do ICMS-ST devido à UF, relativo às ope-rações de vendas de combustíveis derivados de petróleo, cujo imposto foi recolhido ante-riormente. Este campo deve ser preenchido somente em 2 situações:s.1) Valor do repasse do dia 10 - será pre-

enchido pela refinaria de petróleo que efetuar o cálculo de repasse, conforme relatórios recebidos de distribuidoras de combustíveis, importador, formula-dor e transportador revendedor retalhista (TRR), em relação às operações cujo im-posto tenha sido anteriormente retido por refinaria de petróleo ou suas bases;

s.2) pelo distribuidor de combustíveis que ti-ver a recolher complemento de ICMS-ST relativo à diferença entre o valor definido como base de cálculo na UF favorecida e o valor a ser repassado pela refinaria de petróleo para a mesma UF, relativo às mesmas operações;

t) campo 20 - Crédito para período seguinte: informar o valor do crédito do ICMS-ST a ser apropriado no período seguinte, no caso em que a soma dos valores dos campos 14, 15, 16 e 17 seja superior ao valor do campo 13;

u) campo 21 - Total do ICMS-ST a recolher: infor-mar o valor total do ICMS-ST a recolher (soma dos campos 18, 19 e 39);

v) campo 22 - Nome da Unidade da Federação favorecida: informar DF;

w) campo 23 - Nome, firma ou razão social: infor-mar o nome, a firma ou a razão social do subs-tituto declarante;

x) campo 24 - DDD/Telefone: informar o número do DDD e do telefone do substituto para contato;

y) campo 25 - Endereço completo: informar o lo-gradouro, o número e o complemento do en-dereço do substituto;

z) campo 26 - Município/UF: informar o Município e a sigla da UF do substituto;

aa) campo 27 - CEP: informar o número do Código de Endereçamento Postal do endereço;

ab) campo 28 - Inscrição no CNPJ: informar o nú-mero da inscrição do substituto no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica;

ac) campo 29 - Nome do declarante: informar o nome do declarante, que deverá ser sócio, ge-rente, contabilista ou pessoa legalmente auto-rizada pelo substituto;

ad) campo 30 - CPF/MF: informar o número de ins-crição do declarante no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda;

ae) campo 32 - DDD/Telefone: informar o número do DDD e do telefone do declarante, para contato;

af) campo 33 - DDD/Fax: informar o número do DDD e do fax do declarante, para contato;

ag) campo 34 - E-mail do declarante: informar e-mail do declarante, para contato;

ah) campo 35 - Local e data: informar o local e a data do preenchimento da GIA-ST;

ai) campo 36 - Informações complementares: cam-po reservado para informações relevantes para a compreensão do preenchimento da GIA-ST;

aj) campo 37 - Se distribuidora de combustíveis ou TRR: somente se for distribuidora de com-bustíveis ou TRR, assinalar no quadrículo cor-respondente se realizou operações destinadas ao Distrito Federal de combustíveis derivados de petróleo cujo imposto já tenha sido retido anteriormente;

ak) campo 38 - Transferências efetuadas: informar as transferências efetuadas para filial do sujeito passivo por substituição tributária, localizada no Distrito Federal, relativo a produtos sujeitos à substituição tributária, observado que, exis-tindo valores a informar, deve-se preencher o Registro Anexo III, contendo os seguintes da-dos: inscrição estadual do destinatário, base de cálculo e valor do ICMS destacado;

al) campo 39 - Valor do repasse do dia 20: será preenchido pela refinaria de petróleo que efe-tuar o cálculo de repasse, conforme relatórios recebidos de distribuidoras de combustíveis, importador e TRR, em relação às operações:al.1) cujo imposto tenha sido anteriormente re-

tido por outros contribuintes;al.2) cujo imposto tenha sido retido por refina-

ria de petróleo ou suas bases, mas que tenham sido inicialmente objeto de glosa,

Page 9: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

parcial ou total, pela UF devedora, sendo depois, porém, revertida a glosa em fa-vor da UF credora, nos termos definidos em convênio.

7.1 Fundo de Combate à PobrezaNa hipótese de existir valor a informar de ICMS-ST

relativo ao Fundo de Combate à Pobreza, previsto no § 1º do art. 82 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, no campo 3, serão informados separadamente os valores do ICMS-ST não relativo ao Fundo de Combate à Pobreza e do ICMS-ST relativo ao Fundo de Combate à Pobreza, com as respectivas datas de vencimento.

(RICMS-DF/1997, art. 207, § 13)

7.2 Quadro Emenda Constitucional nº 87/2015O Quadro Emenda Constitucional nº 87/2015

deverá ser preenchido pelo contribuinte que realizar operação ou prestação que destine mercadorias ou serviços a consumidor final não contribuinte do imposto localizado no Distrito Federal.

Os campos 4, 5, 6 e 22 a 36 são comuns ao preenchimento das operações relativas à substituição tributária e às operações e prestações destinadas a consumidor final não contribuinte do imposto, devendo, na hipótese de preenchimento exclusivo do Quadro Emenda Constitucional nº 87/2015, por contribuinte que não seja substituto tributário, ser des-consideradas as partes das regras de preenchimento que se referem ao substituto.

Em relação ao preenchimento do quadro, deve-se observar o seguinte:

a) Data de vencimento do ICMS devido à Uni-dade Federada de destino: preencher com a data de vencimento do ICMS devido ao Distri-to Federal no formato DD/MM/AAAA, conforme prazo de pagamento definido no art. 74, VIII, do RICMS-DF/1997, e respectivos valores;

b) Valor do ICMS devido à Unidade Federada de destino: informar o valor do ICMS devido ao Distrito Federal em decorrência de operações ou prestações realizadas a consumidor final não contribuinte do imposto;

c) Devoluções ou anulações: informar o valor correspondente ao ICMS decorrente de devo-luções de bens ou anulações de valores rela-tivos à prestação de serviços cuja operação ou prestação tenha sido informada no campo Valor do ICMS devido à UF de destino neste período de apuração ou em anterior;

d) Pagamentos antecipados: informar, engloba-damente, os valores de ICMS devidos ao Dis-

trito Federal em decorrência de operações ou prestações destinadas a consumidor final não contribuinte do imposto, recolhidos antecipa-damente, documento a documento, por meio de GNRE, em consequência da inaplicabilida-de do prazo para pagamento;

e) Total do ICMS devido à Unidade da Federação de destino: informar o saldo do valor devido ao Dis-trito Federal (campo Valor do ICMS devido à Uni-dade Federada de destino menos campos Devo-luções ou anulações e Pagamentos antecipados).

Na hipótese de existir valor a informar de ICMS relativo ao Fundo de Combate à Pobreza, previsto no § 1º do art. 82 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal, no campo Data de vencimento, serão informados separadamente os valores do ICMS não relativo ao Fundo de Combate à Pobreza e do ICMS relativo ao Fundo de Combate à Pobreza, com as respectivas datas de vencimento.

(RICMS-DF/1997, art. 207-A)

8. RETIFICAÇÃOCaso a GIA-ST tenha sido apresentada com erros,

ela poderá ser retificada, devendo, nesse caso, ser observados os procedimentos previstos na legislação da UF favorecida.

(Ajuste Sinief nº 4/1993, cláusula décima, § 6º)

9. PROGRAMA PARA GERAÇÃO DA GIA-STO programa para preenchimento da GIA-ST,

assim como o programa para a sua transmissão pela Internet (para os Estados que utilizarem a transmissão por esse meio), é fornecido gratuitamente pelas Secretarias de Fazenda, Finanças ou Tributação ou pela Gerência de Receita dos Estados, estando dis-poníveis para download nas suas respectivas páginas na Internet.

NotaPara a transmissão da GIA-ST pela Internet, o contribuinte substituto

deverá instalar o programa de computador específico, disponível para do-wnload no mesmo endereço eletrônico do programa gerador da declaração.

9.1 Desenvolvimento de programa próprioO contribuinte poderá desenvolver seu próprio

sistema de preenchimento da GIA-ST, devendo, para isso, observar as normas e o leiaute do arquivo da GIA-ST, previstos no Ajuste Sinief nº 8/1999.

Nessa hipótese, o contribuinte não será obrigado a utilizar o programa fornecido pelas Secretarias de Fazenda, Finanças ou Tributação ou pela Gerência de Receita dos Estados.

(Programa de Digitação e Transmissão da GIA-ST)

Page 10: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-08 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

10. MODELOReproduzimos, a seguir, o modelo da GIA-ST, constante do Anexo V, Doc. 49, do RICMS-DF/1997.

GIA-ST

Page 11: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

REGISTRO ANEXO I

REGISTRO ANEXO II

REGISTRO ANEXO III

NotaOs campos numéricos devem ser alinhados à direita e os campos alfanuméricos devem ser alinhados à esquerda.

(RICMS-DF/1997, Anexo IV, Doc. 49, versão 2; Ajuste Sinief nº 8/1999)

11. PENALIDADES

A aplicação de penalidades é feita mediante critério discricionário do agente fiscal, que analisa as previsões legais e nelas deve enquadrar o motivo de autuação.

Nota

Ato discricionário é definido como aquele que a administração pública pratica com certa liberdade de escolha, mas pautada em critérios de con-veniência e oportunidade, obedecidos os parâmetros legais. Desta forma, o contribuinte, ao analisar a penalidade aplicável ao seu caso, deve fazê-lo com certa cautela e considerar que, devido a esse critério discricionário do agente fiscal, pode haver interpretações diversas quanto ao enquadramento do caso à lei. Nada impede, no entanto, que a penalidade imposta seja dis-cutida administrativa e judicialmente, na hipótese de o contribuinte se sentir prejudicado pela interpretação do fiscal.

Constitui infração a ação ou omissão, voluntária ou não, que importe na inobservância, por parte do contribuinte ou responsável, de normas estabeleci-das no Regulamento ou em atos administrativos de caráter normativo.

Ao infrator da legislação tributária do ICMS são cominadas as seguintes penas:

a) multa;b) proibição de transacionar com os órgãos da

administração pública estadual;

c) sujeição a sistemas ou regimes especiais de controle, fiscalização e pagamento do imposto;

d) apreensão de bens e mercadorias, na forma da legislação específica;

e) cassação de incentivos ou benefícios fiscais;f) suspensão ou cancelamento de inscrição ca-

dastral;g) proibição de transacionar com órgãos e en-

tidades da administração pública do Distrito Federal;

h) cassação, suspensão ou exclusão de regime especial de emissão e escrituração de docu-mentos fiscais e apuração e recolhimento do imposto.

Dentre as penalidades previstas no RICMS--DF/1997 destacamos que, conforme já mencionado no subtópico 4.1, o sujeito passivo por substituição inscrito no CF/DF que, por 60 dias ou 2 meses alter-nados, deixar de entregar a GIA-ST poderá ter sua inscrição suspensa ou cancelada até a regulariza-ção.

(RICMS-DF/1997, arts. 325 e 358)

N

Page 12: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-10 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

FEDERAL

Terciário/Serviços - Simples Nacional - ISS - Retenção na fonte

A Lei Complementar nº 123/2006 trata em seu art. 21 do recolhimento dos tributos devidos pelas microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional.

Esse dispositivo estabelece, em seu § 4º, que a retenção na fonte do Imposto Sobre Serviços (ISS) das ME e EPP somente será permitida se observados o disposto no art. 3º da Lei Complementar nº 116/2003 e, ainda, as seguintes normas:

a) a alíquota aplicável na retenção na fonte de-verá ser informada no documento fiscal e cor-responderá ao percentual do ISS previsto nos Anexos III, IV, V ou VI da Lei Complementar nº 123/2006 para a faixa de receita bruta a que a ME ou a EPP estiver sujeita no mês anterior ao da prestação;

b) na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividades, de-verá ser aplicada pelo tomador do serviço a alíquota correspondente ao percentual do ISS referente à menor alíquota prevista nos referi-dos anexos;

c) na hipótese da letra “b”, constatando-se que houve diferença entre a alíquota utilizada e a efetivamente apurada, caberá à ME ou EPP prestadora dos serviços efetuar o recolhimen-to dessa diferença no mês subsequente ao do início de atividade em guia própria do municí-pio;

d) quando a ME ou a EPP estiver sujeita à tributa-ção do ISS pelo Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção do ISS;

e) se a ME ou a EPP não informar a alíquota do ISS a que se referem as letras “a” e “b” no do-cumento fiscal, será aplicada a alíquota cor-respondente ao percentual do ISS referente à maior alíquota prevista nos Anexos III, IV, V ou VI da Lei Complementar nº 123/2006;

f) não será eximida a responsabilidade do pres-tador de serviços quando a alíquota do ISS in-formada no documento fiscal for inferior à de-

vida, hipótese em que o recolhimento dessa diferença será realizado em guia própria do município;

g) o valor retido, devidamente recolhido, será de-finitivo, não sendo objeto de partilha com os municípios, e sobre a receita da prestação de serviços que sofreu a retenção não haverá in-cidência do ISS a ser recolhido pelo Simples Nacional.

O caput do art. 3º da Lei Complementar nº 116/2003 dispõe que o serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas em seus incisos I a XXII, quando o imposto for devido nos locais indicados nesses incisos.

Nas hipóteses citadas nas letras “a” e “b”, a falsidade na prestação das informações sujeitará o responsável, o titular, os sócios ou os administradores da ME ou da EPP, juntamente com as demais pessoas que para ela concorrerem, às penalidades previstas na legislação criminal e tributária.

Os Anexos III, IV, V e VI da Lei Complementar nº 123/2006 fixam as alíquotas e a partilha do Simples Nacional das receitas:

a) Anexo III - de locação de bens móveis e de prestação de serviços não relacionados nos §§ 5º-C e 5º-D do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006;

b) Anexo IV - da prestação de serviços relaciona-dos no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006;

c) Anexo V - da prestação de serviços relaciona-dos no § 5º-D do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006; e

d) Anexo VI - da prestação de serviços relaciona-dos no § 5º-I do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006.

Os serviços relacionados no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 são os seguintes:

a) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subemprei-

a IOB Setorial

Page 13: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

tada, execução de projetos e serviços de pai-sagismo, bem como decorações interiores;

b) serviço de vigilância, limpeza ou conservação; e

c) serviços advocatícios.

Os serviços relacionados no § 5º-D do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 são os seguintes:

a) administração e locação de imóveis de tercei-ros;

b) academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;

c) academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;

d) elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desen-volvidos em estabelecimento do optante;

e) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

f) planejamento, confecção, manutenção e atua-lização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante;

g) empresas montadoras de estandes para fei-ras;

h) laboratórios de análises clínicas ou de patolo-gia clínica;

i) serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óti-cos, bem como ressonância magnética; e

j) serviços de próteses em geral.

Os serviços relacionados no § 5º-I do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 são os seguintes:

a) medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; b) medicina veterinária; c) odontologia; d) psicologia, psicanálise, terapia ocupacional,

acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clíni-cas de nutrição e de vacinação e bancos de leite;

e) serviços de comissária, de despachantes, de tradução e de interpretação;

f) arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia;

g) representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros;

h) perícia, leilão e avaliação; i) auditoria, economia, consultoria, gestão, orga-

nização, controle e administração; j) jornalismo e publicidade; k) agenciamento, exceto de mão de obra; el) outras atividades do setor de serviços que te-

nham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelec-tual, de natureza técnica, científica, desporti-va, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V já citados.

(Lei Complementar nº 116/2003, art. 3º, caput; Lei Comple-mentar nº 123/2006, art. 18, §§ 5º-C, 5º-D e 5º-I, e art. 21, §§ 4º e 4º-A, Anexos III, IV, V e VI)

N

a IOB Comenta

DISTRITO FEDERAL

ICMS - Obrigatoriedade de emissão de NF-e nas operações interestaduais realizadas fora do estabelecimento

As operações de venda de mercadorias são, em regra, realizadas no próprio estabelecimento do contribuinte. Existem, porém, situações em que a comercialização é efetuada fora de qualquer estabe-lecimento fixo e, inclusive, por meio de veículos.

A obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal Ele-trônica (NF-e) em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, não se aplica nas operações realizadas fora do estabelecimento, relativas às saídas de mercado-rias remetidas sem destinatário certo, desde que os documentos fiscais relativos à remessa e ao retorno sejam NF-e.

Outro detalhe que merece atenção é que os emitentes da NF-e nas operações de venda fora do estabelecimento podem imprimir o Documento Auxi-

Page 14: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-12 DF Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI

Simples Nacional - Incentivos fiscais - Utilização - Restrição

1) As empresas optantes pelo Simples Nacional poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal?

As microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional não poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de incentivo fiscal.

Sob esse aspecto, não serão consideradas quaisquer alterações em bases de cálculo, alíquotas e percentuais ou outros fatores que alterem o valor do imposto ou de contribuição apurado na forma do

Simples Nacional, estabelecidas pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, exceto as previstas ou autorizadas pela Lei Complementar nº 123/2006.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 24)

Simples Nacional - Restituição de tributo indevido - Critério

2) Empresa optante pelo Simples Nacional, que recolhe indevidamente o IPI, poderá compensar o res-pectivo valor com outros débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)?

A empresa optante pelo Simples Nacional não poderá utilizar o crédito relativo ao valor indevido para compensação de outros débitos, pois só será permi-tida a compensação tão somente de créditos para

a IOB Perguntas e Respostas

liar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) em qualquer tipo de papel, exceto papel-jornal, em tamanho inferior ao A4 (210 x 297 mm), caso em que será denominado “Danfe Simplificado”, devendo ser observadas as definições constantes do “Manual de Integração - Contribuinte”.

Cabe esclarecer que a Sefaz do Distrito Federal, com base no Protocolo ICMS nº 42/2009, publicou a Declaração de Ineficácia de Consulta nº 3/2015, con-cluindo que, nas vendas fora do estabelecimento em operações interestaduais, o contribuinte sempre deve emitir NF-e, sendo vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, para tais operações.

PROTOCOLO ICMS 42, DE 3 DE JULHO DE 2009

Cláusula segunda. Ficam obrigados a emitir Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, a partir de 1º de dezembro de 2010, os contribuintes que, independentemente da atividade econô-mica exercida, realizem operações:

[...]

II - com destinatário localizado em unidade da Federação diferente daquela do emitente;

[...].

A Sefaz entendeu que o descrito no art. 1º, § 2º, II, da Portaria nº 49/2008 somente se aplica às opera-ções internas realizadas fora do estabelecimento.

[...]

§ 2º A obrigatoriedade de emissão de Nota Fiscal Eletrô-nica (NF-e) em substituição a Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A, prevista no caput, não se aplica:

II - nas operações realizadas fora do estabelecimento, relativas às saídas de mercadorias remetidas sem desti-natário certo, desde que os documentos fiscais relativos à remessa e ao retorno sejam NF-e;

(Protocolo ICMS nº 42/2009, cláusula segunda, II; Portaria SEF nº 49/2008, art. 1º, § 2º, II; Portaria SEF nº 403/2009, art. 11, § 7º; Declaração de Ineficácia de Consulta nº 3/2015)

N

Page 15: IOB - ICMS/IPI - Distrito Federal - nº27/2016 - 1ª Sem Julho

27-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 27 DF

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

extinção de débitos junto ao mesmo ente federado e relativos ao mesmo tributo.

Nessa situação, a empresa irá solicitar a resti-tuição de tributos abrangidos pelo Simples Nacional diretamente ao respectivo ente federado, observada sua competência tributária.

O processo de restituição deverá observar as normas estabelecidas na legislação de cada ente federado, observando-se os prazos de decadência e de prescrição previstos no Código Tributário Nacional (CTN).

(CTN - Lei nº 5.172/1966; Resolução CGSN nº 94/2011, arts. 117, 118, caput, § 2º, e 119, § 1º, I)

ISS/DISTRITO FEDERAL

Documentos fiscais - Profissional autônomo e sociedade uniprofissional

3) O profissional autônomo e a sociedade unipro-fissional estão obrigados a emitir documento fiscal?

O profissional autônomo, assim entendido a pessoa física que execute pessoalmente serviço sem vínculo empregatício, com o auxílio de, no máximo, 2 empregados, habilitados ou não ao exercício da profissão, é dispensado da emissão de documentos fiscais.

A dispensa também se aplica à sociedade unipro-fissional, assim chamada a sociedade constituída por profissionais liberais de uma mesma categoria.

Vale ressaltar que a sociedade uniprofissional, mediante comunicação dirigida à unidade de aten-dimento da Receita competente, poderá optar pela emissão de documentos fiscais, caso em que fica obrigada ao cumprimento das demais obrigações acessórias previstas no Regulamento do imposto.

(RISS-Distrito Federal/2005, art. 89)

Substituição tributária - Condomínios

4) Os condomínios são obrigados à retenção e ao recolhimento do ISS?

Os condomínios comerciais e residenciais, inclu-sive administradoras de shopping centers, passam a ser responsáveis pela retenção e pelo recolhimento do imposto quando vinculados ao fato gerador, na condição de contratante, fonte pagadora ou interme-diário, e cujo local de prestação do serviço se situe no Distrito Federal.

A retenção do imposto não se aplica quando os serviços forem prestados por profissional autônomo e sociedades uniprofissionais inscritos no CF/DF.

(RISS-Distrito Federal/2005, art. 8º, XII)