20
Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Fato gerador a ICMS - Alíquota interna e interestadual a ICMS - Base de cálculo ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 01/2014 Goiás / a Federal IPI Prazos de recolhimento 01 / a Estadual ICMS Incidência e fato gerador 03 / a IOB Setorial Federal Automotivo - Programa Inovar-Auto - Regulamentação complementar 11 / a IOB Comenta Estadual ICMS - Responsabilidade solidária pelo pagamento do imposto 13 / a IOB Perguntas e Respostas IOF Derivativos financeiros - Base de cálculo - Apuração 15 Derivativos financeiros - Base de cálculo - Parcelas dedutíveis 15 IPI e-CAC - Certificado digital 15 ICMS/GO Documentos fiscais - Emissão do Conhecimento de Transporte Intermodal 15 Prestação de serviço de transporte e de comunicação - Local da prestação 15 Sped - EFD - Possibilidade de apresentação de arquivo único das infor- mações de todos os estabelecimentos 16 Aviso Importante Este fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Janeiro/2014.

IOB - ICMS/IPI - Goiás - nº 01/2014 - 1ª Sem Janeiro · 2017-04-07 · Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 GO01-03 ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Fato gerador

a ICMS - Alíquota interna e interestadual

a ICMS - Base de cálculo

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 01/2014

Goiás

/a FederalIPIPrazos de recolhimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSIncidência e fato gerador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03

/a IOB SetorialFederalAutomotivo - Programa Inovar-Auto - Regulamentação complementar 11

/a IOB ComentaEstadualICMS - Responsabilidade solidária pelo pagamento do imposto . . . . . . 13

/a IOB Perguntas e RespostasIOFDerivativos financeiros - Base de cálculo - Apuração . . . . . . . . . . . . . . 15Derivativos financeiros - Base de cálculo - Parcelas dedutíveis . . . . . . . 15

IPIe-CAC - Certificado digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

ICMS/GODocumentos fiscais - Emissão do Conhecimento de Transporte Intermodal . 15Prestação de serviço de transporte e de comunicação - Local da prestação . . 15Sped - EFD - Possibilidade de apresentação de arquivo único das infor-mações de todos os estabelecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

Aviso ImportanteEste fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Janeiro/2014.

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© 2013 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : prazos de recolhimento... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2039-8

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

13-13795 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA

Anexo à Edição nº 01/2014 GO I

Mantenha esta folha encartada no Calendário Tributário Estadual para Janeiro/2014

AGENDA DE OBRIGAÇÕES ESTADUAL E MUNICIPAL PARA JANEIRO/2014 - COMPLEMENTAÇÃO

No Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas Tributário Estadual para Janeiro/2014 de Goiás/Distrito Federal, uma data do recolhimento semanal ficou ausente relativamente aos prazos do Município de Goiânia. Essa obrigação se trata do recolhimento do ISS para profissionais autônomos, inclusive os liberais, que se inscreveram no Cadastro de Atividades Econômicas (CAR) a partir do mês de início de suas atividades (Lei nº 5.040/1975, art. 73, § 4º), que, em virtude da publicação da Portaria Sefin nº 38/2013 - DOM Goiânia de 11.12.2013, devem recolher a 1ª parcela ou parcela única no dia 31.01.2013 (sexta-feira).

Dessa forma, com a publicação da norma supracitada, complementamos a seguir a Agenda de Obrigações para Janeiro/2014.

Vencimento Obrigação Fato Gerador Histórico Documento/

FormulárioFundamento

Legal

31Sexta-feira ISS 1ª Parcela /

Única

Profissionais autônomos, inclusive os liberaisNotaOs profissionais autônomos que se inscreveram no Cadastro de Ativi-dades Econômicas (CAR) pagarão o ISS a partir do mês de início de suas atividades (Lei nº 5.040/1975, art. 73, § 4º)

Duam Portaria Sefin nº 38/2013

GOIÁS

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

01-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 GO

IPI

Prazos de recolhimento SUMÁRIO 1. Introdução 2. Prazos de recolhimento e códigos

de receita do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf)

3. Quadro prático 4. Preenchimento do Darf 5. Calamidade pública

1. IntrOduçãOO período de apuração do

IPI incidente nas saídas de produ-tos do estabelecimento industrial ou a ele equiparado é mensal, exceto quanto ao imposto devido no desemba-raço aduaneiro de produtos importados.

Neste texto, examinaremos as datas de venci-mento para pagamento do tributo, em relação aos fatos

geradores do exercício de 2014, inclusive em relação aos tributos incluídos na sistemática do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições Devidos pelas Microempresas

e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).

(RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 259; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38)

2. PrazOS dE rECOlhIMEntO E CódIGOS

dE rECEIta dO dOCuMEntO dE arrECadaçãO dE rECEItaS

FEdEraIS (darF)

O IPI deverá ser recolhido de acordo com o respectivo código de receita a ser inserido no Darf, observadas as instruções contidas no quadro a seguir:

a Federal

As datas de

vencimento de tributos federais administrados pela Secretaria da

Receita Federal do Brasil (RFB), devidos pelos sujeitos passivos domiciliados nos

municípios abrangidos por decreto estadual que tenha reconhecido estado de calamidade pública, ficam prorrogadas para o último dia

útil do 3º mês subsequente, abrangendo o mês da ocorrência do evento que ensejou a decretação do estado de

calamidade pública e o mês subsequente

PrAzOsProduto Código de receita Período de apuração Prazo para pagamento

Cigarros do código 2402.20.00 da TIPI 1020 Mensal Até o 10º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores.

Bebidas do Capítulo 22 da TIPI 0668

Mensal Até o 25º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores.

Cigarros do código 2402.90.00 da TIPI 5110Veículos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI 0676Produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 da TIPI 1097

Todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo 22), de cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e dos produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI

5123

Regime especial de tributação - Cervejas (veja Nota 2) 0821Regime especial de tributação - Demais bebidas (veja Nota 2) 0838

Notas(1) No caso de o dia do vencimento não ser considerado útil, o prazo será antecipado para o primeiro dia útil que o anteceder (Lei nº 8.383/1991, art. 52,

§ 4º; Lei nº 11.933/2009, art. 4º).

(2) O regime especial de tributação, opcional, instituído pelo art. 58-J da Lei nº 10.833/2003, aplica-se às bebidas classificadas nos códigos 2106.90.10 Ex 02, 22.01, 22.02 (exceto os Ex 01 e 02 do código 2202.90.00) e 22.03 da TIPI. Em relação às posições 22.01 e 22.02, esse sistema de tributação alcança, exclusivamente, água e refrigerantes, refrescos, cerveja sem álcool, repositores hidroeletrolíticos e compostos líquidos prontos para o consumo que contenham como ingrediente principal inositol, glucoronolactona, taurina ou cafeína.

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01-02 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

O imposto será recolhido, ainda, no ato do pedido de autorização da venda de produtos trazidos do exterior a título de bagagem, despachados com isen-ção do imposto ou com pagamento de tributos nas condições previstas na legislação aduaneira.

(Lei nº 8.383/1991, art. 52, caput, I, “a” e “c”, § 4º; Lei nº 8.850/1994, art. 1º; Lei nº 10.833/2003, art. 58-J; Lei nº 11.933/2009, art. 4º; RIPI/2010, art. 262, caput, II, III e IV, pará-grafo único; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Decreto nº 6.707/2008, arts. 1º e 22 a 26; Ato Declaratório Executivo Codac nº 70/2008)

2.1 Importação

Em relação aos fatos geradores relacionados ao desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira (importação), o IPI será recolhido antes da saída do produto da repartição que processar o despacho.

(Lei nº 8.383/1991, art. 52, caput, I, § 3º; Lei nº 8.850/1994, art. 1º, § 2º; RIPI/2010, art. 262, I)

2.2 Optantes pelo Simples nacional

As pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional devem recolher o IPI juntamente com os demais tributos incluídos na sistemática de arreca-dação instituída pela Lei Complementar nº 123/2006, por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta.

Não havendo expediente bancário na data do vencimento, o pagamento deverá ser efetuado até o dia útil imediatamente posterior.

NotaNa hipótese de a microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte

(EPP) possuir filiais, o recolhimento dos tributos devidos pelo Simples Na-cional será feito por intermédio da matriz (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38, § 1º).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 21, III; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38)

3. QuadrO PrátICOPrAzOs

Produto/código de receita Período de apuração Prazos para recolhimento

Cigarros do código 2402.20.00 da TIPI - código de arrecadação 1020.Vencimento: até o 10º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores.

janeirofevereiromarçoabrilmaiojunhojulho

agostosetembrooutubro

novembrodezembro

10.02.201410.03.201410.04.201409.05.201410.06.201410.07.201408.08.201410.09.201410.10.201410.11.201410.12.201409.01.2015

a) bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres - Capítulo 22 da TIPI - código de arrecadação 0668;b) cigarros do código 2402.90.00 da TIPI - código de arrecadação 5110;c) veículos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI - código de arrecadação 0676;d) produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 da TIPI - código de arrecadação 1097;e) todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo 22), de cigarros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e dos produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI - código de arrecadação 5123;f) cervejas sujeitas a regime especial de tributação - código de arrecadação 0821; eg) demais bebidas sujeitas a regime especial de tributação - código de arrecadação 0838.Prazo para recolhimento: até o 25º dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores.

janeirofevereiromarçoabrilmaiojunhojulho

agostosetembrooutubro

novembrodezembro

25.02.201425.03.201425.04.201423.05.201425.06.201425.07.201425.08.201425.09.201424.10.201425.11.201424.12.201423.01.2015

ME e EPP optantes pelo Simples Nacional - DAS gerado pelo aplicativo de cálculo dispo-nível na Internet.Prazo para recolhimento: até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta.

janeirofevereiromarçoabrilmaiojunhojulho

agostosetembrooutubro

novembrodezembro

20.02.201420.03.201422.04.201420.05.201420.06.201421.07.201420.08.201422.09.201420.10.201420.11.201422.12.201420.01.2015

(Lei nº 8.383/1991, art. 52,caput, I, “a” e “c”; Lei nº 10.833/2003, art. 58-J; Lei nº 8.850/1994, art. 1º; Lei Complementar nº 123/2006, art. 21, III; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 38)

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01-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 GO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

4. PrEEnChIMEntO dO darFAdmitindo-se que determinado contribuinte, não optante pelo Simples Nacional, tenha apurado no mês de

janeiro/2014 débito do IPI no valor de R$ 150.000,00, com prazo para recolhimento até 25.02.2014, e que o produto por ele fabricado esteja classificado em “Demais produtos - código Darf 5123”, o pagamento deverá ser efetuado por meio do Darf, em 2 vias, cujo preenchimento ilustramos a seguir:

DArF

5. CalaMIdadE PúBlICaAs datas de vencimento de tributos federais admi-

nistrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), devidos pelos sujeitos passivos domiciliados nos municípios abrangidos por decreto estadual que tenha reconhecido estado de calamidade pública, ficam prorrogadas para o último dia útil do 3º mês subsequente, abrangendo o mês da ocorrência do evento que ensejou a decretação do estado de cala-midade pública e o mês subsequente.

A prorrogação do prazo aplica-se também às datas de vencimento das parcelas de débitos objeto de parcelamento concedido pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e pela RFB e não implica direito à restituição de quantias eventualmente já recolhidas.

(Portaria MF nº 12/2012)

N

a EstadualICMS

Incidência e fato gerador SUMÁRIO 1. Introdução 2. Incidência do ICMS 3. Conceito de fato gerador 4. Aspectos do fato gerador 5. Partes envolvidas 6. Fatos geradores do ICMS 7. Momento de ocorrência do fato gerador 8. Caracterização do fato gerador 9. Exemplo de Danfe 10. Penalidades 11. Jurisprudência

1. IntrOduçãO

As obrigações tributárias, principal e acessórias, surgem em decorrência de uma hipótese de incidência prevista em lei, concretizada mediante a ocorrência de um fato gerador.

Veremos, neste texto, o conceito, os aspectos e as previsões de ocorrência do fato gerador conforme o Regulamento do Código Tributário do Estado de Goiás.

2. InCIdênCIa dO ICMS

As hipóteses de incidência do imposto deter-minam, de forma ampla, a ocorrência de situações sujeitas à tributação do ICMS.

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01-04 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

A legislação tributária estabelece que o ICMS incide sobre as operações de circulação de merca-doria e sobre as prestações de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações ou prestações se iniciem no exterior.

(RCTE-GO/1997, art. 2º, caput)

2.1 definições

Para fins tributários, foram assim definidos os elementos caracterizadores da incidência do imposto:

a) operação de circulação de mercadoria: o fato econômico, juridicamente relevado pela lei tri-butária, concernente a cada etapa dos proces-sos de extração, geração, produção e distribui-ção de mercadoria, com o objetivo de consumo ou de utilização em outro processo da mesma natureza, inclusive na prestação de serviço;

b) mercadoria: qualquer bem móvel, novo ou usado, inclusive produto natural, semovente e energia elétrica, extraído, gerado, produzido ou adquirido com objetivo de mercancia;

c) prestação de serviço: o fato econômico, juri-dicamente relevado pela lei tributária, concer-nente à atividade produtiva humana que, não assumindo a forma de um produto material, satisfaz necessidade.

(RCTE-GO/1997, art. 2º, parágrafo único)

2.2 não incidência

Nos termos regulamentares, o imposto não incide sobre:

a) a operação:

a.1) que destine ao exterior mercadoria, in-clusive produto primário e produto indus-trializado semielaborado;

a.2) que destine petróleo, inclusive lubrifican-te, combustível líquido e gasoso dele de-rivados, e energia elétrica a outro Estado, quando para comercialização ou indus-trialização;

a.3) com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;

Nota

O ouro é considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial, desde a sua extração, inclusive, em qualquer estado de pureza, em bruto ou refinado, quando destinado ao mercado financeiro ou à execução da política cambial do País, em operação realizada com interveniência de instituição in-tegrante do Sistema Financeiro Nacional, na forma e na condição autorizada pelo Banco Central do Brasil (Lei federal nº 7.766/1989, art. 1º).

a.4) com livro, jornal e periódico e o papel destinado à sua impressão;

a.5) relativa à mercadoria que tenha sido ou que se destine a ser utilizada na presta-ção de serviço sujeito ao imposto de com-petência municipal, pelo próprio autor da saída, cujo fornecimento constitua condi-ção indispensável à sua execução e não esteja expressamente excluído dessa su-jeição na lei complementar aplicável;

a.6) que destine mercadoria a sucessor legal, quando em decorrência desta não haja saída física da mercadoria, tais como:a.6.1) fusão, transformação, incorpora-

ção ou cisão;a.6.2) integralização de capital em so-

ciedade comercial, com merca-doria proveniente do fundo de estoque decorrente do encerra-mento de atividade de firma indi-vidual;

a.6.3) transferência de estabelecimento para o local de outro estabeleci-mento pertencente à mesma em-presa;

a.7) decorrente de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor em decorrência do inadim-plemento do devedor;

a.8) de arrendamento mercantil, não compre-endida a venda do bem arrendado ao ar-rendatário;

a.9) de qualquer natureza de que decorra a transferência de bem móvel salvado de sinistro para companhia seguradora;

a.10) que destine mercadoria a depósito fe-chado do próprio contribuinte, localizado no território deste Estado, e o seu retorno ao estabelecimento depositante;

a.11) que destine mercadoria a armazém-ge-ral, situado neste Estado, para depósito em nome do remetente, e o seu retorno ao estabelecimento depositante;

a.12) de saída decorrente de alienação de mercadoria integrada ao Ativo Imobiliza-do do estabelecimento;

a.13) de saída de bem em comodato;a.14) com obra de arte, quando comercializa-

da pelo próprio autor ou na 1ª venda por intermediário especializado, assim en-tendida aquela cuja obra de arte tenha sido adquirida para revenda diretamente

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01-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 GO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

do autor, pela galeria de arte ou por outra categoria de comerciante que disponha de departamento especializado nesta atividade;

a.15) de saída de mercadoria em razão de mu-dança de endereço do estabelecimento, de um para outro local no território do Es-tado, desde que o contribuinte:a.15.1) apresente à delegacia fiscal em

cuja circunscrição se localize seu estabelecimento, para serem visa-das, as notas fiscais ou a relação das mercadorias, dos bens de uso ou consumo e do Ativo Imobiliza-do a serem transferidos e, ainda, comprove haver feito as devidas alterações do registro na Junta Comercial ou no cartório compe-tente, conforme o caso, bem como da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda;

a.15.2) mencione, nos documentos emiti-dos, o dispositivo legal referente à não incidência;

a.15.3) preencha, nas notas fiscais, se for o caso, o espaço reservado à na-tureza da operação com os dize-res: “Outras saídas - Mudança de endereço”;

a.15.4) providencie a atualização da sua inscrição no Cadastro de Contri-buintes do Estado (CCE), junto à delegacia fiscal em cuja circuns-crição se localize o estabeleci-mento destinatário;

a.16) de saída interna de mercadoria destina-da à industrialização ou outro tratamen-to, desde que a mercadoria ou o produto resultante retorne ao estabelecimento de origem, dentro do prazo de 270 dias, a contar da data da respectiva saída;

a.17) de saída interna de mercadoria ou bem, que constitua mera movimentação física, especialmente nas situações a seguir ci-tadas, desde que retorne ao remetente:a.17.1) para conserto ou reparo, quando

o retorno se fizer dentro do prazo de 270 dias, a contar da data da respectiva saída;

a.17.2) para demonstração ou teste, quando o retorno se fizer dentro

do prazo de 120 dias, a contar da data da respectiva saída;

a.17.3) para mostruário ou treinamento, quando o retorno se fizer dentro do prazo de 120 dias, a contar da data da respectiva saída;

a.17.4) destinada a leiloeiro, quando o re-torno se fizer dentro do prazo de 30 dias, a contar do dia da res-pectiva remessa;

a.18) de saída interna de produto agropecuá-rio em estado natural, para fim de benefi-ciamento ou outro tratamento, tais como: classificação, imunização, secagem, aca-salamento, cruzamento, engorda, cria-ção, com o objetivo de conservação ou melhoria, desde que deva retornar ao es-tabelecimento de origem dentro do prazo:a.18.1) de 90 dias, a contar da data da

respectiva saída;a.18.2) estabelecido em termo de acordo

de regime especial, quando tais saídas forem realizadas com ha-bitualidade pelo contribuinte ou houver necessidade de prazo su-perior ao previsto acima;

a.19) a saída interna de mercadoria coleta-da em campanha de assistência social, obedecidas as condições estabelecidas em ato do Secretário da Fazenda;

a.20) de saída interna, com os produtos a se-guir enumerados, de produção própria do estabelecimento remetente para outro estabelecimento pertencente à mesma pessoa natural ou jurídica, localizado em Goiás, na mesma área, em área contínua ou diversa, destinados à utilização em processo de industrialização ou outro tra-tamento em atividade integrada desses estabelecimentos:a.20.1) produto agrícola;a.20.2) polpa de tomate e SI - tomate em

cubos, classificados respectiva-mente nos códigos 2002.90.90 e 2002.10.00 da NBM/SH;

a.20.3) produto semielaborado descrito no Apêndice I do Anexo IX do RCTE;

b) a prestação de serviço de transporte:b.1) vinculada à operação de exportação de

mercadoria para o exterior;b.2) relativa à 1ª remessa da mercadoria di-

retamente do estabelecimento produtor agropecuário destinada a:

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01-06 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

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b.2.1) depósito fechado do próprio con-tribuinte, localizado no território deste Estado;

b.2.2) armazém-geral, situado neste Es-tado, para depósito em nome do remetente;

c) na prestação de serviço de comunicação des-tinado ao exterior.

(RCTE-GO/1997, art. 79)

2.2.1 Equiparação à saída para o exterior

Equipara-se à saída para o exterior, incluída a prestação de serviço de transporte vinculada a esta operação, a remessa de mercadoria, com o fim espe-cífico de exportação para o exterior, destinada a:

a) empresa comercial exportadora, inclusive tra-dings ou outro estabelecimento da mesma empresa;

b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.

Nesse contexto, vale salientar que empresa comer-cial exportadora é a pessoa jurídica devidamente inscrita nessa condição no Cadastro de Exportadores e Importadores da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria do Comércio e do Turismo (MICT).

(RCTE-GO/1997, art. 79, §§ 1º e 2º)

2.2.2 hipóteses de manutenção do crédito

Fica mantido o crédito do imposto relativamente às hipóteses de não incidência previstas nas letras “a.1”, “a.6”, “a.10”, “a.11”, “a.14” a “a.18”, “a.20”, “b” e “c” do subitem 2.2 deste texto.

(RCTE-GO/1997, art. 79, § 3º)

3. COnCEItO dE FatO GEradOr

Para fins da legislação tributária, podemos conceituar o fato gerador como um acontecimento, previsto em lei, que desencadeia obrigações aos contribuintes, sejam elas principal ou acessórias.

Assim, com a ocorrência do fato gerador, que será sempre uma situação definida em lei, surge uma obrigação tributária principal ou acessória.

A obrigação será principal no caso de ter como objeto o pagamento de tributo ou qualquer penalidade pecuniária e acessória quando impuser a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

(CTN, arts. 114 e 115)

4. aSPECtOS dO FatO GEradOr

Os aspectos do fato gerador são:

a) temporal: é o momento da ocorrência do fato gerador;

b) espacial: decorre do princípio da territorialida-de da lei tributária;

c) valorativo (base de cálculo e alíquota): é o cri-tério estabelecido em lei para determinar o quantum a pagar de tributo;

d) pessoal: o legislador escolhe, para ocupar o polo passivo da obrigação tributária, uma pes-soa ou determinados tipos de pessoas.

Somente o indicado, implícita ou explicitamente, pode ser considerado sujeito passivo, na qualidade de contribuinte ou responsável.

5. PartES EnvOlvIdaS

As partes envolvidas na obrigação tributária são definidas como sujeitos ativos e passivos da obrigação.

O sujeito ativo é o detentor do poder de legislar e exigir tributos (União, Estados e Municípios), enquanto sujeito passivo é aquele obrigado ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

Ressalte-se que o sujeito passivo da obrigação tributária ainda se classifica em contribuinte e respon-sável, sendo:

a) contribuinte aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato ge-rador;

b) responsável aquele que, sem a condição de contribuinte, se torna o responsável pelo reco-lhimento do tributo em decorrência de disposi-ção expressa em lei.

6. FatOS GEradOrES dO ICMS

Conforme previsão do RCTE-GO/1997, o ICMS tem os seguintes fatos geradores:

a) operação relativa à circulação de mercadoria;b) prestação de serviço de transporte interesta-

dual ou intermunicipal, por qualquer via, de pessoa, bem, mercadoria ou valor;

c) prestação onerosa de serviço de comunica-ção, por qualquer meio, inclusive a geração, emissão, recepção, transmissão, retransmis-são, repetição e ampliação de comunicação de qualquer natureza, ainda que iniciada ou prestada no exterior.

(RCTE-GO/1997, art. 4º, caput)

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01-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 GO

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6.1 Outras previsões de fato gerador

De forma secundária, também foram caracteriza-dos como fato gerador do imposto:

a) a saída de mercadoria ou de produto dela re-sultante, que retorna ao estabelecimento que a tenha destinado para industrialização ou ou-tro tratamento;

b) a entrada, no território goiano, de mercadoria ou bem oriundos de outro Estado, adquiridos por contribuinte e destinados a uso, consumo final ou integração ao Ativo Imobilizado do es-tabelecimento, ainda que o imposto não tenha sido cobrado na origem;

c) a entrada, no território goiano, decorrente de operação interestadual, dos seguintes produ-tos, quando não destinados à comercialização ou à industrialização:

c.1) petróleo, inclusive lubrificante e combus-tível líquido e gasoso dele derivados;

c.2) energia elétrica;

d) a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa natural ou jurídica, ain-da que não seja contribuinte habitual do im-posto, qualquer que seja sua finalidade;

e) a entrada de mercadoria ou bem, sujeitos à substituição tributária, no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado;

f) o fornecimento de mercadoria com prestação de serviço:

f.1) não compreendido na competência tri-butária dos municípios;

f.2) compreendido na competência tributá-ria dos municípios, quando a lei comple-mentar aplicável expressamente o sujei-tar à incidência do ICMS;

g) o fornecimento de alimentação, bebida ou ou-tra mercadoria em bar, restaurante ou estabe-lecimento similar;

h) a utilização, por contribuinte, de serviço de transporte ou de comunicação, cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não este-ja vinculada à operação ou prestação subse-quente, ainda que o imposto não tenha sido cobrado na origem;

i) o serviço de transporte ou de comunicação prestado no exterior ou cuja prestação lá se tenha iniciado.

(RCTE-GO/1997, art. 4º, § 1º)

6.2 Mercadorias consumidas ou integradas ao ativo

São equiparados à saída o consumo ou a integra-ção no ativo de mercadoria adquirida para industriali-zação ou comercialização.

Assim, considera-se ocorrido o fato gerador tam-bém por ocasião do consumo ou da integração da mercadoria ao Ativo Permanente da empresa.

(RCTE-GO/1997, art. 4º, § 2º, II, “a”)

6.3 Circulação de mercadoria sem transitar pelo estabelecimento do contribuinte

As transmissões de propriedade ou transferências de mercadorias, na hipótese de estas não transitarem pelo estabelecimento do contribuinte, equiparam-se às operações de entrada ou de saída, configurando--se, assim, fato gerador do imposto.

(RCTE-GO/1997, art. 4º, § 2º, I)

6.4 Mercadorias remetidas para industrialização no exterior

A entrada de mercadoria ou de produto dela resultante que retorna ao estabelecimento que a tenha remetido para industrialização ou outro tratamento no exterior é equiparada à importação para fins de caracterização do fato gerador do imposto.

(RCTE-GO/1997, art. 4º, § 2º, III)

6.5 Fornecimento de energia elétrica

Embora não elencado como hipótese de ocor-rência do fato gerador do imposto, a legislação estabelece que o fornecimento de energia elétrica equipara-se à saída de mercadoria do estabeleci-mento de contribuinte.

(RCTE-GO/1997, art. 4º, § 2º, II, “b”)

7. MOMEntO dE OCOrrênCIa dO FatO GEradOr

Consideram-se ocorridos os fatos geradores descritos no item anterior nos momentos a seguir discriminados, determinados de acordo com a espe-cificidade de cada um:

a) na saída de mercadoria, a qualquer título, de es-tabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo contribuinte;

b) na entrada, no território goiano, de mercadoria ou bem oriundos de outro Estado, adquiridos por contribuinte, destinados a uso, consumo final ou integração ao Ativo Imobilizado do es-

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01-08 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

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tabelecimento, ainda que o imposto não tenha sido cobrado na origem;

c) na entrada, no território goiano, decorrente de operação interestadual, dos seguintes produ-tos, quando não destinados à comercialização ou à industrialização:c.1) petróleo, inclusive lubrificante e combus-

tível líquido e gasoso dele derivados;c.2) energia elétrica;

d) na entrada de mercadoria ou bem sujeitos à substituição tributária no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado;

e) na transferência de mercadoria ou na trans-missão de propriedade ou de título que a re-presente, quando esta não transitar pelo esta-belecimento do transmitente;

f) no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bens importados do exterior;

g) na aquisição, em licitação pública, de merca-doria ou bens importados do exterior, apreen-didos ou abandonados;

h) no fornecimento de mercadoria com presta-ção de serviço:h.1) não compreendido na competência tri-

butária dos municípios;h.2) compreendido na competência tributá-

ria dos municípios, quando a lei comple-mentar aplicável expressamente o sujei-tar à incidência do ICMS;

i) no fornecimento de alimentação, bebida ou outra mercadoria, em bar, restaurante ou esta-belecimento similar;

j) na utilização, por contribuinte, de serviço de transporte ou de comunicação, cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não este-ja vinculada à operação ou prestação subse-quente, ainda que o imposto não tenha sido cobrado na origem;

k) no recebimento, pelo destinatário, de serviço de transporte ou de comunicação prestado no exterior ou cuja prestação lá se tenha iniciado;

l) no início da prestação de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal, por qualquer via, de pessoa, bem, mercadoria ou valor;

m) no ato final do serviço de transporte iniciado no exterior;

n) na prestação onerosa de serviço de comuni-cação, por qualquer meio, inclusive a gera-ção, emissão, recepção, transmissão, retrans-missão, repetição e ampliação de comunica-

ção de qualquer natureza, ainda que iniciada ou prestada no exterior;

Nota

Em caso de prestação onerosa de serviço de comunicação, na hipóte-se em que o serviço for prestado mediante pagamento em ficha, cartão ou assemelhado, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento do fornecimento desses instrumentos ao adquirente.

o) no uso, consumo final ou integração ao Ativo Imobilizado de mercadoria produzida pelo pró-prio estabelecimento ou adquirida inicialmente para comercialização ou industrialização;

p) no encerramento da atividade do estabeleci-mento, relativamente ao estoque nele existen-te, declarado pelo sujeito passivo como o da contagem física ou do trancamento, efetuado pelo Fisco, desse estoque;

q) na verificação da existência de estabeleci-mento de contribuinte não inscrito no cadas-tro estadual ou em situação cadastral irregular, em relação ao estoque de mercadoria nele en-contrado;

r) na verificação da existência de mercadoria a vender em território goiano sem destinatário certo ou destinada a contribuinte em situação cadastral irregular;

s) em que o ouro deixar de ser considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial;

t) na constatação de que não ocorreu a efetiva saída do Estado de Goiás da mercadoria que tenha adentrado com documentação fiscal que indica como destino outra Unidade da Fe-deração;

u) na entrega da mercadoria ou bem importados do exterior antes do desembaraço aduanei-ro, devendo a autoridade responsável exigir a comprovação do pagamento do ICMS inci-dente no ato da entrega, salvo se a legislação tributária dispuser o contrário.

(RCTE-GO/1997, arts. 6º e 7º)

8. CaraCtErIzaçãO dO FatO GEradOr

O fato gerador caracteriza-se pela ocorrência das hipóteses descritas no item 6, no subitem 6.1 e nos momentos descritos no item 7.

O RCTE-GO/1997 estabelece que a caracteriza-ção do fato gerador independe da natureza jurídica da operação ou da prestação que o constitua.

(RCTE-GO/1997, art. 3º, parágrafo único)

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01-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 GO

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9. ExEMPlO dE danFE

Apresentamos, a seguir, a título meramente ilustrativo, um exemplo de Danfe referente a uma venda de mercaria com incidência do ICMS:

DAnFE

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01-10 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

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10. PEnalIdadES

A prática de atos definidos pela legislação como fatos geradores do imposto faz com que a pessoa física ou jurídica se configure como contribuinte do imposto, que deve, a partir de então, cumprir uma série de obrigações (principal ou acessórias) também determinadas pela legislação tributária, tais como inscrição no CCE, emissão e escrituração de docu-mentos e livros fiscais, apuração e recolhimento do imposto devido.

A omissão na prática de quaisquer dessas obri-gações, bem como de outros atos a que o contribuinte estiver obrigado por determinação da legislação, implica a sua sujeição às seguintes penalidades:

a) multa;b) proibição de transacionar com os órgãos da

administração pública estadual;c) sujeição a sistemas ou regimes especiais de

controle, fiscalização e pagamento do imposto.

(RCTE-GO/1997, art. 371)

11. JurISPrudênCIa

Transcrevemos, a seguir, ementas de acórdãos relacionados ao tema, extraídos do site da Secretaria da Fazenda de Goiás, cuja utilização pelo contribuinte não dispensa a pesquisa do texto original publicado em Diário Oficial.

02016/13 Processual. Nulidade por insegurança na deter-minação da infração sob o argumento de duplicidade de lançamento. Rejeitada. Decisão não unânime. Não há que se falar em duplicidade de lançamentos, na situação em que o contribuinte recebe multa formal por manter crédito indevido em sua escrita, quando esta apresenta saldo cre-dor na apuração do imposto e, sendo notificado a efetuar o estorno do crédito irregular, deixa de realizá-lo, sendo autuado pela segunda vez. A aplicação progressiva da multa está prevista em lei e decorre do comportamento do contribuinte de não atender à determinação de estorno contida na notificação entregue pelo Fisco. Nulidade por cerceamento ao direito de defesa. Rejeitada. Decisão não unânime. Os demonstrativos de levantamentos em que não se aponta incorreção e que oferecem condições ao amplo exercício do direito de defesa, afastam a preliminar de nulidade processual por cerceamento ao direito de defesa. ICMS. Obrigação principal. Auditoria básica do ICMS. Estorno de crédito. Operações de transferência inte-restadual de bem do imobilizado. Procedência. Decisão não unânime. I - A não incidência do artigo 37, inciso I, alínea “m”, do Regulamento do ICMS no Estado de Goiás (Dec nº 4.852/1997) só se aplica aos casos de alienação de bem integrado ao ativo imobilizado da empresa. II - Nas saídas decorrentes de transferência ocorre a incidência do imposto.

01287/13 ICMS. RECURSO DO SUJEITO PASSIVO PARA O CONSELHO PLENO. TRANSFERÊNCIA INTERESTADUAL

DE BEM DO ATIVO IMOBILIZADO OU DE USO E CON-SUMO PARA OUTRO ESTABELECIMENTO PERTENCENTE À MESMA EMPRESA. incidência DO IMPOSTO. PROCE-DÊNCIA DO LANÇAMENTO. ADEQUAÇÃO DA PENALI-DADE PELO PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE DA LEI PENALIZADORA MAIS BENIGNA. 1. Considerando que cada estabelecimento da mesma pessoa jurídica é con-siderado autônomo para efeito de cumprimento de suas obrigações tributárias (art. 29 do CTE-GO), faz-se neces-sário que o crédito fiscal associado a determinado bem também seja transferido do estabelecimento remetente para o destinatário. Não é razoável manter-se o crédito fis-cal nestas situações, sob pena de se ver ferido o princípio da não-cumulatividade do imposto. Cláusula primeira do Convênio ICMS nº 19/91, art. 12, I da LC nº87/96 e art. 11, I e seu §2º do RCTE-GO.

02061/13 ICMS. Auditoria Básica do ICMS. Saídas inter-nas de produtos de telecomunicações e/ou informática, com utilização indevida de redução de base de cálculo do ICMS. Alteração da penalidade aplicada. Procedente em parte. Deve ser considerado procedente em parte o auto de infração quando a instrução processual apontar que parte da exigência vestibular é indevida por estar o polo passivo amparado em norma legal que não exigia contribuição ao Protege à época do fato gerador, devendo ainda, ser alterada a penalidade aplicada para aquela em vigor quando do julgamento.

02008/13 Processual. Preliminar de nulidade da peça básica, arguida pela autuada, por insegurança na deter-minação da infração. Rejeitada. Torna-se inócuo o ques-tionamento sobre nulidade da lide, quando tal inquirição for desprovida de amparo legal. ICMS. Zona Franca de Manaus. Omissão do pagamento do imposto. Saída de mercadoria com destino a estabelecimentos situados na Zona Franca de Manaus, com isenção do ICMS, sem com-provar, o ingresso e o consequente internamento nessas áreas incentivadas. Improcedente. Considera-se improce-dente o auto de infração quando a instrução processual apontar que não houve o fato gerador denunciado pelo auto de infração.

02315/11 ICMS. Obrigação principal. Preliminar de deca-dência do lançamento tributário. Rejeição. Decisão não unânime. Mercadorias para uso ou consumo do estabe-lecimento. Omissão de pagamento do ICMS diferencial de alíquotas. Procedência parcial. Decisão não unânime. I - O direito de a Fazenda Pública Estadual constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, conta-dos do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (CTN, art. 173, I, e CTE, art. 182, I). II - O imposto incide, também, sobre a entrada, no território goiano, de mercadoria oriunda de outro Estado, adquirida por contribuinte e destinada ao seu uso, consumo final ou à integração ao seu ativo imobilizado (Lei nº 11.651/91, art. 11, § 1º, II). III - Ocorre o fato gerador de ICMS no momento da entrada, no território goiano, de bem oriundo de outro Estado, adquirido por contribuinte do imposto e destinado ao uso, consumo final ou à integração ao seu ativo imobilizado (Lei nº 11.651/91, art. 13, III).

02234/11 ICMS. Obrigação principal. Mercadorias para uso ou consumo do estabelecimento. Omissão de paga-mento do ICMS diferencial de alíquotas. Procedência. Decisão não unânime. I - O imposto incide, também, sobre a entrada, no território goiano, de mercadoria oriunda de outro Estado, adquirida por contribuinte e destinada ao seu

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01-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 GO

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uso, consumo final ou à integração ao seu ativo imobilizado (Lei nº 11.651/91, art. 11, § 1º, II). II - Ocorre o fato gerador de ICMS no momento da entrada, no território goiano, de bem oriundo de outro Estado, adquirido por contribuinte do imposto e destinado ao uso, consumo final ou à integra-ção ao seu ativo imobilizado (Lei nº 11.651/91, art. 13, III). III - Comprovado que o sujeito passivo praticou a irregu-laridade constante da acusação fiscal, o auto de infração deve ser julgado procedente.

02224/11 ICMS. Obrigação principal. Saída de mercadoria sem pagamento do ICMS. PRELIMINARES Insegurança na determinação da infração. Rejeitada. Decisão não unânime. Não há insegurança na determinação da infração quando a autoridade fiscal expõe com precisão os fundamentos do lançamento fiscal. 2. Exclusão dos responsáveis solidários da sujeição passiva. Rejeitada. Decisão não unânime. É solidariamente obrigado ao pagamento do imposto devido na operação com o contribuinte, o sócio administrador da empresa. MÉRITO. Procedente. Decisão não unânime. O produto fabricado e fornecido na forma de mercadoria, constitui fato gerador do ICMS.

02182/11 ICMS. Obrigação tributária principal. Saídas de mercadorias sem destacar o imposto correspondente nos documentos, utilizando indevidamente de isenção ou não incidência do ICMS. Procedência parcial. Decisão por

maioria. Quando o sujeito passivo apresentar provas capa-zes de ilidir, em parte, a pretensão fiscal, o auto de infração deverá ser julgado parcialmente procedente.

01833/11 ICMS. Obrigação principal. Software de Prate-leira. Utilização indevida de isenção ou não incidência. Procedência. Decisão não unânime. Incide ICMS nas operações de circulação de cópias ou exemplares dos programas de computador, produzidos em série e exem-plares dos programas de computador, produzidos em série e comercializados no varejo. (ADI 1.945-7/MS).

01579/11 EMENTA: ICMS. Obrigação Principal. Omissão de pagamento de imposto. Remessa para industrializa-ção sem retorno ao estabelecimento de origem. Proce-dência parcial. Decisão não unânime. A não incidência do imposto, na saída interna de mercadoria destinada à industrialização, está condicionada ao retorno do produto resultante ao estabelecimento de origem, conforme Art. 79, inciso I, alínea “q”, do RCTE.

00369/11 ICMS. Obrigação principal. Remessa de gado bovino para confinamento, amparada pela não incidência. Improcedência. Decisão unânime. É improcedente o auto de infração que reclama imposto sobre operação ampa-rada por benefício fiscal.

N

a IOB Setorial

FEdERAl

Automotivo - Programa Inovar-Auto - Regulamentação complementar

O Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior baixou a Portaria MDIC nº 297/2013, a qual estabelece regulamentação com-

plementar em cumprimento a diversos dispositivos do Decreto nº 7.819/2012, alterado pelo Decreto nº 8.015/2013, que regulamentou o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto).

Os termos do projeto de investimento, de que trata o art. 5º do Decreto nº 7.819/2012, para instalação, no

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01-12 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

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País, de fábrica dos produtos a que se refere o Anexo I do mesmo Decreto, ou, em relação a empresas já instaladas, de novas plantas ou projetos industriais para produção de novos modelos desses produtos, passaram a vigorar na forma dos Anexos da citada Portaria MDIC nº 297/2013.

Para fins dos benefícios fiscais do Inovar-Auto, as alterações ou os ajustes no projeto de investimento aprovado deverão ser comunicados ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e, após análise, poderão ensejar Portaria de Habilitação e Termo de Compromisso aditivos.

A produção de modelo de produto ainda não fabricado no País está relacionada a modelo de veículo que nunca obteve o Código de Marca/Modelo/Versão junto ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), como fabricado no País, e cujo requerimento dirigido ao Denatran para concessão do referido código de Marca/Modelo/Versão indicar essa condição.

Nos casos em que a empresa habilitada na moda-lidade prevista no inciso III do art. 2º do Decreto nº 7.819/2012 não for detentora da tecnologia industrial, deverá apresentar, no prazo de até 6 meses contados a partir da sua habilitação, o contrato de transferência ou licenciamento de tecnologia ou cooperação téc-nica averbado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Na impossibilidade de cumprimento desse prazo, por razões alheias à vontade da empresa habilitada, esta deverá apresentar para avaliação as justificativas que demonstrem tal condição.

Considerando-se o disposto no inciso II do § 1º do art. 13 do Decreto nº 7.819/2012, a empresa reque-rente, para habilitação, deverá apresentar elementos que comprovem o início do projeto de investimento e o cumprimento do cronograma físico-financeiro apresentado.

A renovação da habilitação fica condicionada ao cumprimento do cronograma físico-financeiro do projeto de investimento.

A empresa habilitada ao Inovar-Auto, na modali-dade do inciso III do art. 2º do Decreto nº 7.819/2012, somente poderá ser enquadrada na modalidade do inciso I desse dispositivo mediante a apresentação ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de:

a) Licença de Operação emitida pelo Poder Pú-blico, no exercício de sua competência de controle;

b) Código de Marca/Modelo/Versão junto ao Denatran, comprobatório da produção do veí-culo no País.

O descumprimento do compromisso de produção de novos produtos a que se refere o Anexo I do Decreto nº 7.819/2012, constante do projeto de investimento aprovado, acarretará o cancelamento da habilitação da empresa.

A apuração do crédito presumido do IPI, de que tratam os arts. 13 e 16 do Decreto nº 7.819/2012, está vinculada ao cumprimento do cronograma físico--financeiro constante do projeto de que trata o art. 5º do mesmo Decreto.

A empresa beneficiária deverá apresentar trimes-tralmente relatórios ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, com os valores efetiva-mente realizados, nos termos do Anexo II da Portaria MDIC nº 297/2013.

Os relatórios deverão ser apresentados até o último dia do 2º mês subsequente ao término do trimestre-calendário.

Esse prazo teve início em 02.10.2013, em relação às habilitações já em vigor; no caso de nova habilita-ção, o prazo inicia-se a partir da publicação desta no Diário Oficial da União.

(Decreto nº 7.819/2012; Decreto nº 8.015/2013; Portaria MDIC nº 297/2013)

N

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01-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 GO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ESTAduAl

ICMS - Responsabilidade solidária pelo pagamento do imposto

As pessoas solidariamente obrigadas ao paga-mento do imposto, segundo o art. 124 do Código Tributário Nacional (CTN), são aquelas que têm inte-resse comum na situação que constitui o fato gerador da obrigação principal e aquelas expressamente previstas na lei.

O citado dispositivo legal permite que a lei crie solidariedade para a segurança do adimplemento prestacional, no caso, o crédito tributário.

Segundo o RCTE-GO/1997, solidariedade é o vínculo que se estabelece entre mais de uma pessoa, natural ou jurídica, por meio do qual cada uma res-ponde pelo total da obrigação tributária.

São solidariamente obrigadas ao pagamento do imposto ou da penalidade pecuniária as pessoas que têm interesse comum na situação que constitui o fato gerador da obrigação principal, especialmente:

a) o transportador:

a.1) com o remetente ou destinatário, em rela-ção a mercadoria ou bem que transpor-tar sem documentação fiscal;

a.2) com quem os receba, em relação a mer-cadoria ou bem entregue à pessoa diver-sa da indicada na documentação fiscal;

b) o possuidor de mercadoria ou bem, com aque-le que o tenha fornecido, quando encontrado em situação fiscal irregular;

c) o emitente de documento fiscal que não cor-responda a uma efetiva operação ou presta-ção, com aquele que tenha aproveitado o cré-dito nele destacado;

d) o remetente, com os operadores subsequen-tes, relativamente a operações promovidas por estes, com mercadoria ou bem que saiu de seu estabelecimento sem documentação fiscal;

e) o armazenador ou depositário a qualquer títu-lo, com o depositante, relativamente a merca-

doria ou bem que saiu de seu estabelecimento sem documentação fiscal;

f) o exportador, ou a ele equiparado, ou outra pessoa, com o remetente, em relação a:

f.1) mercadoria não exportada e para esse fim recebida, inclusive ao serviço de transporte a ela vinculada;

f.2) saída de mercadoria para o exterior, sem documentação fiscal;

g) o entreposto aduaneiro ou outra pessoa:

g.1) com o remetente, em relação à mercado-ria não exportada e para esse fim recebi-da;

g.2) com o remetente, em relação à saída de mercadoria para o exterior, sem do-cumentação fiscal;

g.3) com o destinatário, em relação à entrega de mercadoria ou bem importado do ex-terior sem comprovação de sua regulari-dade fiscal;

g.4) com quem o receber, em relação a mer-cadoria ou bem entregue a estabeleci-mento diverso daquele que o tenha im-portado;

h) a pessoa jurídica que resultar de cisão, com a pessoa jurídica cindida, relativamente ao im-posto devido até a data do ato da cisão;

i) o representante, o mandatário e o comissário, com o representado, mandante e comitente, respectivamente, em relação à operação ou prestação decorrente de ato em que intervie-rem ou pela omissão de que forem responsá-veis;

j) o sócio que se retira da sociedade, com esta, em relação a ato que praticar ou à omissão pela qual for responsável, até o momento de sua retirada;

k) o leiloeiro:

k.1) com o arrematante, em relação a mer-cadoria ou bem importado do exterior, apreendido ou abandonado, objeto de licitação promovida pelo Poder Público;

k.2) com o remetente, relativamente a mer-cadoria ou bem que receber para ser vendido em leilão, cuja saída do local do

a IOB Comenta

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01-14 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

evento se der sem documentação fiscal idônea;

l) os acionistas controladores, os diretores, os gerentes, os administradores ou os represen-tantes da pessoa jurídica, relativamente a ope-rações ou prestações decorrentes de atos que praticarem ou em que intervierem, ou a omis-são pela qual forem responsáveis, com o con-tribuinte;

m) com o contribuinte ou com o substituto tribu-tário, o contabilista que, por seus atos e omis-sões, concorra para a prática de infração à legislação tributária (a responsabilização do contabilista, nesta hipótese, somente se dará no caso de dolo ou fraude, apurada mediante o devido processo legal);

n) a pessoa que por seu ato ou omissão concorra para a prática de infração à legislação tributá-ria, com o contribuinte ou substituto tributário.

Considera-se, também, ter interesse comum na situação que constitua fato gerador de obrigação principal:

a) o alienante ou o remetente, com o adquiren-te ou destinatário, de mercadoria ou bem, em operação realizada sem documentação fiscal;

b) o prestador, com o tomador de serviço, na mesma situação da letra anterior.

A responsabilidade é a atribuição conferida a terceira pessoa de assumir a obrigação tributária, excluindo a do contribuinte, exceto quando este tenha concorrido para a prática da infração à legislação tributária.

São responsáveis pelo pagamento do ICMS ou da penalidade pecuniária:

a) o transportador, em relação à mercadoria pro-cedente de outro Estado:

a.1) sem destinatário certo;

a.2) com documentação fiscal indicando como destino outra Unidade da Federa-ção, sem que a saída do território goiano seja efetivamente comprovada;

b) o transportador, em relação à mercadoria acompanhada de documentação fiscal que já tenha surtido efeito ou desacompanhada de documento de controle de sua responsabi- lidade;

c) o armazenador ou o depositário, a qualquer tí-tulo, na saída de mercadoria proveniente de depositante localizado em outro Estado;

d) o leiloeiro, pelo extravio de mercadoria ou bem importado do exterior, apreendido ou abando-nado, recebido para licitação;

e) qualquer pessoa que adulterar, viciar ou falsifi-car documento de arrecadação do imposto;

f) qualquer pessoa, contribuinte ou não do im-posto, que, na condição de adquirente de mercadoria ou bem ou de tomador de serviço:f.1) preste ou deixe de prestar declaração ou

informação de tal forma que, em razão deste ato, resulte a exoneração total ou parcial do imposto;

f.2) deixe de dar a correta destinação ou desvirtue a finalidade da mercadoria, do bem ou do serviço utilizado, no caso de benefício fiscal condicionado, hipótese em que a responsabilidade é retroativa à data da concessão do benefício;

g) o síndico, o comissário, o inventariante ou o liquidante, em relação à saída de mercadoria ou bem decorrente de alienação deste em fa-lência, concordata, inventário ou dissolução de sociedade, respectivamente;

h) o prestador que participe da prestação de ser-viço de comunicação iniciada no exterior, quan-do destinado a contribuinte pessoa natural.

Quando a responsabilidade alcançar mais de uma pessoa, estas respondem solidariamente pela satisfação da obrigação tributária.

Vale lembrar que, ocorrendo a incorporação par-cial de uma empresa, a pessoa jurídica resultante da incorporação responde solidariamente com a pessoa jurídica incorporada pelo imposto devido por esta, incidente na incorporação, limitada esta responsabi-lidade ao acervo incorporado.

Quando o cumprimento de obrigação decorrente de substituição tributária depende de informação ou de declaração a ser fornecida por contribuinte ou terceiro envolvido na operação ou na prestação, o Regulamento de Goiás determina que, na hipótese de omissão ou de informação irregular, esses respondem solidariamente com o substituto tributário pela respec-tiva obrigação.

(CTN, art. 124; RCTE-GO/1997, arts. 35 a 38, 40, § 2º, e 42, V)

N

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01-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 GO

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IOFDerivativos financeiros - Base de cálculo - Apuração

1) Como é apurada a base de cálculo do IOF de derivativos financeiros?

A base de cálculo do IOF de derivativos finan-ceiros é apurada em dólares dos Estados Unidos da América (EUA) e convertida em moeda nacional para fins de incidência do imposto, conforme taxa de câmbio de fechamento do dia de apuração da base de cálculo divulgada pelo Banco Central do Brasil.

No caso de contratos de derivativos financeiros que tenham por objeto a taxa de câmbio de outra moeda estrangeira que não o dólar dos EUA em rela-ção à moeda nacional ou taxa de juros associada a outra moeda estrangeira que não o dólar dos EUA em relação à moeda nacional, o valor nocional ajustado e as exposições cambiais serão apurados na própria moeda estrangeira e convertidos, pelas entidades ou instituições autorizadas a registrar os contratos de derivativos, em dólares dos Estados Unidos da América para apuração da base de cálculo.

(Instrução Normativa RFB nº 1.207/2011, art. 2º, §§ 2º e 3º)

Derivativos financeiros - Base de cálculo - Parcelas dedutíveis

2) Quais parcelas poderão ser deduzidas da base de cálculo da apuração diária do IOF incidente na aqui-sição, venda ou vencimento de contrato de derivativo financeiro celebrado no País?

Na apuração do IOF incidente sobre derivativos, poderão ser deduzidas da base de cálculo apurada diariamente:

a) a soma do valor nocional ajustado na aqui-sição, venda ou vencimento de contratos de derivativos financeiros celebrados no País, no dia, e que, individualmente, resultem em au-mento da exposição cambial comprada ou re-dução da exposição cambial vendida;

b) a exposição cambial líquida comprada ajusta-da, apurada no dia útil anterior;

c) a redução da exposição cambial líquida vendi-da e o aumento da exposição cambial líquida comprada em relação ao dia útil anterior, não resultantes de aquisições, vendas ou venci-mentos de contratos de derivativos financeiros.

(Instrução Normativa RFB nº 1.207/2011, art. 2º, § 1º)

IPI

e-CAC - Certificado digital

3) Como poderá ser feito o acesso ao Centro Vir-tual de Atendimento ao Cliente (e-CAC) por meio do certificado digital?

No caso de utilização de certificado digital, o acesso ao e-CAC poderá ser feito também:

a) por procurador legalmente habilitado em pro-curação eletrônica outorgada pelo contribuinte;

b) pelo representante da empresa responsável perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurí-dica (CNPJ);

c) pela matriz, no caso de filial; ed) pela sucessora, no caso de sucedida.

(Instrução Normativa RFB nº 1.077/2010, art. 1º, § 2º)

ICMS/GO

Documentos fiscais - Emissão do Conhecimento de Transporte Intermodal

4) Como deverá ser emitido o Conhecimento de Transporte Intermodal?

No transporte intermodal, o conhecimento de transporte deve ser emitido pelo preço total do ser-viço, com as seguintes observações:

a) o conhecimento de transporte pode ser acresci-do dos elementos necessários à caracterização do serviço, incluindo os veículos transportado-res e a indicação da modalidade do serviço;

b) a cada início de modalidade deve ser emitido o conhecimento de transporte correspondente ao serviço a ser executado;

c) para apuração do imposto deve ser lançado, a débito, o conhecimento intermodal e, a crédito, o(s) conhecimento(s) emitidos(s) ao ensejo da realização de cada modalidade da prestação.

(RCTE-GO/1997, art. 255)

Prestação de serviço de transporte e de comunicação - Local da prestação

5) Qual será o local da prestação em se tratando de serviço de transporte ou comunicação iniciados em outra Unidade da Federação?

a IOB Perguntas e Respostas

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01-16 GO Manual de Procedimentos - Jan/2014 - Fascículo 01 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

Em se tratando de prestação de serviço de trans-porte ou de comunicação, utilizado por contribuinte, cuja prestação se iniciou em outra Unidade da Federação, e desde que não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente, considera-se o local do estabelecimen- to destinatário como o local da prestação do serviço.

(RCTE-GO/1997, 29, III)

sped - EFD - Possibilidade de apresentação de arquivo único das informações de todos os estabelecimentos

6) Em relação à Escrituração Fiscal Digital (EFD), a empresa com diversos estabelecimentos poderá apresentar arquivo único consolidando as informações de todos os estabelecimentos?

O contribuinte que possuir mais de um estabeleci-mento, seja filial, sucursal, agência, depósito, fábrica ou outro qualquer, deve prestar as informações relativas à EFD em arquivo digital individualizado por estabelecimento, ainda que a apuração do imposto ou a escrituração contábil seja efetuada de forma centralizada.

O disposto não se aplica ao contribuinte que possui inscrição centralizada ou aquele relacionado em Ato Cotepe ou autorizado mediante regime es-pecial.

(RCTE-GO/1997, art. 356-I)