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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a Adicional de insalubridade a Concessão e época de férias a Dispensa do empregado aposentado e a multa rescisória do FGTS Legislação Trabalhista e Previdenciária Fascículo N o 14/2014 Aviso Importante Este fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Março/2014. / a Trabalhismo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) 01 / a IOB Setorial Segurança Privada Vigilante - Exame de aptidão psicológica 09 / a IOB Perguntas e Respostas Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) Auxílio-alimentação em dinheiro 10 Participação financeira do trabalhador 10 Refeições - Fornecimento 10 Supressão - Impossibilidade 10 Trabalhador de baixa renda 10

IOB - Legislação Trabalhista - nº 14/2014 - 1ª Sem Abril · a/IOB Perguntas e Respostas Programa de Alimentação do Trabalhador ... O Programa de Alimentação do Trabalhador

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a Adicional de insalubridade

a Concessão e época de férias

a Dispensa do empregado aposentado e a multa rescisória do FGTS

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Fascículo No 14/2014

Aviso ImportanteEste fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Março/2014.

/a TrabalhismoPrograma de Alimentação do Trabalhador (PAT) . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a IOB Setorial

Segurança PrivadaVigilante - Exame de aptidão psicológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB Perguntas e Respostas

Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)Auxílio-alimentação em dinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Participação financeira do trabalhador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Refeições - Fornecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Supressão - Impossibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Trabalhador de baixa renda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Legislação trabalhista e previdenciária : programa de alimentação do trabalhador. -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2107-4

1. Previdência social - Leis e legislação - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série.

CDU-34:368.4(81)(094)14-02134 -34:331(81)(094)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito previdenciário 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094)

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Anexo à Edição nº 14/2014 CT 1

Agenda de Obrigações Federais para Março/2014 - RETIFICAÇÂO

Em virtude de erro verificado na Agenda de Obrigações e Tabelas Práticas - Trabalhista e Previdenciário, para o mês de Março/2014, solicitamos que sejam efetuadas, na página 8, as seguintes alterações, a fim de mantê-lo devidamente atualizado:

- onde se lê:

31Segunda-feira

Programa bie-nal de segu-rança e medi-cina do traba-lho

Submissão à aprovação do órgão regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de um programa bienal de se-gurança e medicina do trabalho a ser desenvolvido pelas empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e medicina.As empresas novas que se instalarem após o dia 30 de mar-ço de cada exercício poderão constituir oserviço único e elaborar o programa respectivo a ser sub-metido ao órgão anteriormente citado, no prazo de 90 dias a contar de sua instalação, conforme subitens 4.3.1 e 4.3.1.1 da Norma Regulamentadora (NR) 4, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, na redação dada pela Portaria SSMT nº 33/1983.

Programa

- leia-se:

28Sexta-feira

Programa bie-nal de segu-rança e medi-cina do traba-lho

Submissão à aprovação do órgão regional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de um programa bienal de se-gurança e medicina do trabalho a ser desenvolvido pelas empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e medicina.As empresas novas que se instalarem após o dia 30 de março de cada exercício poderão constituir o serviço único e elabo-rar o programa respectivo a ser submetido ao órgão anterior-mente citado, no prazo de 90 dias a contar de sua instalação, conforme subitens 4.3.1 e 4.3.1.1 da Norma Regulamenta-dora (NR) 4, aprovada pela Portaria MTb nº 3.214/1978, na redação dada pela Portaria SSMT nº 33/1983.

Programa

Mantenha esta folha encartada no Calendário Tributário Federal e Trabalhista e Previdenciário para Março/2014

TRIbuTáRIo FEDERAl E TRAbAlhISTA E PREVIDEnCIáRIo

EXTRACalendário de obrigações e Tabelas Práticas - Tributário

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Manual de ProcedimentosLegislação Trabalhista e Previdenciária

Boletimj

14-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 CT

A inscrição da pessoa jurídica no PAT, o qual tem por objetivo a melhoria da situação

nutricional dos trabalhadores, visando promover sua saúde e prevenir

as doenças profissionais, é facultativa

a Trabalhismo

Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) SUMÁRIO 1. Pessoas Jurídicas - Adesão ao PAT - Faculdade 2. Trabalhadores de renda mais elevada - Inclusão -

Possibilidade 3. Participação do trabalhador no custo do benefício 4. Valor nutritivo das refeições 5. Utilização do PAT como prêmio ou punição - Vedação 6. Conscientização dos trabalhadores 7. Refeições - Serviços próprios ou contratados 8. Fornecimento de cartões magnéticos, eletrônicos

ou similares aos empregados para aquisição de alimentos

9. Empresas fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva

10. Empresas - Registro - Categorias 11. Empresas prestadoras de serviços de

alimentação coletiva - Operação 12. Cancelamento definitivo do

credenciamento 13. Empresas prestadoras de

serviço de alimentação coletiva - Estabelecimentos comerciais - Cadastro

14. PAT - Execução inadequada - Consequências

15. Fiscalização 16. Omissões e dúvidas 17. Alimentação concedida aos empregados -

Incidências

O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído pela Lei nº 6.321/1976, tem por objetivo a melhoria da situação nutricional dos trabalhadores, visando promover sua saúde e prevenir as doenças profissionais.

Por meio da Portaria SIT/DSST nº 3/2002, foram baixadas as instruções a serem observadas na exe-cução do referido PAT, as quais veremos neste texto.

1. PESSOAS JURÍDICAS - ADESÃO AO PAT - FACULDADEA inscrição da pessoa jurídica como beneficiária

do PAT é facultativa. Optando a empresa por aderir

ao Programa e usufruir dos benefícios fiscais, deverá requerer a sua inscrição à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), através do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em impresso próprio para esse fim, a ser adquirido na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ou por meio eletrô-nico, utilizando o formulário constante da página do MTE na Internet (www.mte.gov.br).

Deverão ser mantidos nas dependências da empresa (matriz e filiais), para efeito de fiscalização, a cópia do formulário e o respectivo comprovante oficial de postagem ao DSST/SIT ou o comprovante da adesão via Internet.

A documentação relacionada aos gastos com o Programa e aos

incentivos dele decorrentes será mantida à disposição da fisca-lização federal do trabalho, de modo a possibilitar seu exame e confronto com os registros contábeis e fiscais

exigidos pela legislação.

2. TRABALHADORES DE RENDA MAIS ELEVADA - INCLUSÃO - POSSIBILIDADE

Os trabalhadores de renda mais elevada poderão ser incluídos no PAT desde que esteja garantido o atendimento da totalidade dos trabalhadores que per-cebam até 5 salários-mínimos (atualmente R$ 3.620,00), independentemente da duração da jornada de trabalho, devendo, ainda, ser observado que o benefício conce-dido aos trabalhadores que recebam até 5 salários--mínimos não poderá, sob qualquer pretexto, ter valor inferior ao concedido aos de rendimento mais elevado.

Nota

O Decreto nº 8.166/2013, em vigor desde 1º.01.2014, fixou o salário--mínimo mensal em R$ 724,00. O valor diário do salário-mínimo corresponde a R$ 24,13, e o seu valor horário a R$ 3,29.

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14-02 CT Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

3. PARTICIPAÇÃO DO TRABALHADOR NO CUSTO DO BENEFÍCIOA participação financeira do trabalhador fica limi-

tada a 20% do custo direto do benefício concedido.

4. VALOR NUTRITIVO DAS REFEIÇÕESOs programas de alimentação do trabalhador

deverão propiciar condições de avaliação do teor nutritivo da alimentação, conforme disposto no Decreto nº 5/1991, art. 3º.

Entende-se por alimentação saudável o direito humano a um padrão alimentar adequado às neces-sidades biológicas e sociais dos indivíduos, respei-tando os princípios da variedade, da moderação e do equilíbrio, dando-se ênfase aos alimentos regionais e respeito ao seu significado socioeconômico e cultural, no contexto da Segurança Alimentar e Nutricional.

As pessoas jurídicas participantes do PAT, mediante prestação de serviços próprios ou de ter-ceiros, deverão assegurar qualidade e quantidade da alimentação fornecida aos trabalhadores, de acordo com a Portaria SIT/DSST nº 3/2002, cabendo-lhes a responsabilidade de fiscalizar o disposto neste tópico.

Os parâmetros nutricionais para a alimentação do trabalhador deverão ser calculados com base nos seguintes valores diários de referência para macro e micronutrientes:

VALORES DIÁRIOS DE REFERÊNCIANutrientesValor Energético TotalCarboidratoProteínaGordura TotalGordura SaturadaFibraSódio

a) as refeições principais (almoço, jantar, ceia) deverão conter de 600 a 800 calorias, admi-tindo-se um acréscimo de 20% (400 calorias) em relação ao Valor Energético Total (VET) de 2.000 calorias por dia e deverão corresponder a faixa de 30 a 40% do VET diário;

b) as refeições menores (desjejum e lanche) de-verão conter de 300 a 400 calorias, admitindo--se um acréscimo de 20% (400 calorias) em relação ao VET de 2.000 calorias por dia e de-verão corresponder a faixa de 15 a 20% do VET diário;

c) as refeições principais e menores deverão observar a seguinte distribuição de macronu-trientes, fibra e sódio:

RefeiçõesCarboidratos

(%)Proteínas

(%)

Gorduras totais (%)

Gorduras saturadas

(%)

Fibras (g)

Sódio (mg)

Desjejum/ lanche 60 15 25 <10 4-5 360-480

Almoço/ jantar/ceia 60 15 25 <10 7-10 720-960

d) o percentual protéico-calórico (NdPCal) das refeições deverá ser de, no mínimo, 6%, e, no máximo, 10%.

Os estabelecimentos vinculados ao PAT deverão promover educação nutricional, inclusive mediante a disponibilização, em local visível ao público, de sugestão de cardápio saudável aos trabalhadores, em conformidade com o parágrafo anterior.

A análise de outros nutrientes poderá ser reali-zada, desde que não seja substituída a declaração dos nutrientes solicitados como obrigatórios.

Independente da modalidade adotada para o provimento da refeição, a pessoa jurídica beneficiária poderá oferecer aos seus trabalhadores uma ou mais refeições diárias.

O cálculo do VET será alterado, em cumprimento às exigências laborais, em benefício da saúde do trabalhador, desde que baseado em estudos de diag-nóstico nutricional.

Quando a distribuição de gêneros alimentícios cons-tituir benefício adicional àqueles referidos nas letras “a”, “b” e “c” deste tópico, os índices de NdPCal e percentuais de macro e micronutrientes poderão deixar de obedecer aos parâmetros determinados na Portaria SIT/DSST nº 3/2002, com exceção do sódio e das gorduras saturadas.

As empresas beneficiárias deverão fornecer aos trabalhadores portadores de doenças relacionadas a ali-mentação e nutrição, devidamente diagnosticadas, refei-ções adequadas e condições amoldadas ao PAT, para tratamento de suas patologias, devendo ser realizada avaliação nutricional periódica destes trabalhadores.

Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de legumes ou verdu-ras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia), e pelo menos uma porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche).

As empresas fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva do PAT, bem como as pessoas jurídicas beneficiárias na modalidade autogestão deverão possuir responsável técnico pela execução do programa.

O responsável técnico do PAT é o profissional legalmente habilitado em nutrição, que tem por com-promisso a correta execução das atividades nutricio-

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14-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

nais do programa, visando à promoção da alimentação saudável ao trabalhador.

5. UTILIZAÇÃO DO PAT COMO PRÊMIO OU PUNIÇÃO - VEDAÇÃO

É vedado à pessoa jurídica beneficiária:

a) suspender, reduzir ou suprimir o benefício do Programa a título de punição ao trabalhador;

b) utilizar o Programa, sob qualquer forma, como premiação;

c) utilizar o Programa em qualquer condição que desvirtue sua finalidade.

6. CONSCIENTIZAÇÃO DOS TRABALHADORESTodas as empresas participantes do PAT, bene-

ficiárias, fornecedoras ou prestadoras de serviço de alimentação coletiva e respectivas associações de classe deverão promover a realização de atividades de conscientização e de educação alimentar para os trabalhadores, além de divulgação sobre métodos de vida saudável, seja mediante campanhas, seja por meio de programas de duração continuada.

7. REFEIÇÕES - SERVIÇOS PRÓPRIOS OU CONTRATADOSA pessoa jurídica beneficiária do PAT poderá

manter serviço próprio de refeições ou distribuição de alimentos, inclusive não preparados, bem como firmar convênios com entidades que forneçam ou prestem serviços de alimentação coletiva, desde que essas entidades sejam credenciadas pelo Programa e se obriguem a cumprir o disposto na legislação do PAT e na Portaria SIT/DSST nº 3/2002, objeto deste trabalho, condição que deverá constar expressamente do texto do convênio entre as partes interessadas.

As empresas produtoras de cestas de alimentos e similares, fornecedoras de componentes alimentícios devidamente embalados e registrados nos órgãos competentes, para transporte individual, deverão comprovar atendimento à legislação vigente.

8. FORNECIMENTO DE CARTÕES MAGNÉTICOS, ELETRÔNICOS OU SIMILARES AOS EMPREGADOS PARA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOSCaso a pessoa jurídica beneficiária forneça a

seus trabalhadores documentos de legitimação (impressos, cartões eletrônicos, magnéticos ou outros oriundos de tecnologia adequada) que permitam a aquisição de refeições ou de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais, deverá orientá-los devi-damente sobre a correta utilização dos documentos, sendo que o valor destes deverá ser suficiente para atender às exigências nutricionais do PAT.

8.1 Fornecimento dos documentos de legitimação - ResponsabilidadeO fornecimento dos documentos descritos no item

8 é atribuição exclusiva das empresas prestadoras de serviço de alimentação coletiva, credenciadas de acordo com as disposições deste texto, e, quer sejam eles impressos quer na forma de cartões eletrônicos ou magnéticos, destinam-se exclusivamente às finalidades do PAT, sendo vedada sua utilização para outros fins.

8.2 Contrato com prestadora de serviço de alimentação coletivaA pessoa jurídica beneficiária celebrará contrato

com a prestadora de serviço de alimentação coletiva visando ao fornecimento dos documentos de legi-timação que poderão ser na forma impressa, na de cartões eletrônicos ou magnéticos ou outra forma que seja adequada à utilização na rede de estabelecimen-tos conveniados.

8.3 Documentos de legitimação - ConteúdoNos documentos de legitimação, deverão constar:a) razão ou denominação social da pessoa jurídi-

ca beneficiária;b) numeração contínua, em sequência ininterrup-

ta, vinculada à empregadora;c) valor em moeda corrente no País;d) nome, endereço e CNPJ da prestadora de ser-

viço de alimentação coletiva;e) prazo de validade não inferior a 30 dias nem

superior a 15 meses para os documentos im-pressos;

f) a expressão “Válido somente para pagamento de refeições” ou “Válido somente para aquisi-ção de gêneros alimentícios”, conforme o caso.

Na emissão dos documentos de legitimação, deverão ser adotados mecanismos que assegurem proteção contra falsificação.

8.4 Documentos - DistinçãoOs documentos de legitimação destinados à

aquisição de refeição ou de gêneros alimentícios serão distintos e aceitos pelos estabelecimentos convenia-dos, de acordo com a finalidade expressa em cada um deles, sendo vedada a utilização de instrumento único.

8.5 Entrega - ReciboA pessoa jurídica beneficiária deverá exigir que

cada trabalhador firme uma declaração, que será mantida à disposição da fiscalização federal do tra-balho, acusando o recebimento dos documentos de legitimação, na qual deverá constar a numeração e a identificação da espécie dos documentos entregues.

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14-04 CT Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

8.6 Cartões magnéticos ou eletrônicosQuando os documentos de legitimação forem

concedidos sob a forma de cartões magnéticos ou eletrônicos, o valor do benefício será comprovado mediante a emissão de notas fiscais pelas empresas prestadoras de serviços de alimentação coletiva, além dos correspondentes contratos celebrados entre estas e as pessoas jurídicas beneficiárias. A pessoa jurídica beneficiária deverá obter de cada trabalhador uma única declaração de recebimento do cartão, que será mantida à disposição da fiscalização federal do trabalho e servirá como comprovação da concessão do benefício.

A validade do cartão magnético e/ou eletrônico, pelas suas características operacionais, poderá ser de até 5 anos.

8.7 Documento de legitimação - Utilização a menorEm caso de utilização a menor do valor do do-

cumento de legitimação, o estabelecimento comercial deverá fornecer ao trabalhador um contra-vale com a diferença, vedada a devolução em moeda corrente.

9. EMPRESAS FORNECEDORAS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO COLETIVAAs empresas que pretendam se credenciar como

fornecedoras ou prestadoras de serviços de alimentação coletiva deverão requerer seu registro no PAT mediante preenchimento de formulário próprio oficial, o qual se encontra na página eletrônica do MTE na Internet, e que, após preenchido, deverá ser encaminhado com a documentação nele especificada ao DSST, da SIT, por intermédio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) local ou diretamente pela Internet.

As empresas prestadoras de serviços de alimen-tação coletiva deverão encaminhar o formulário e a documentação nele especificada exclusivamente por intermédio da SRTE.

10. EMPRESAS - REGISTRO - CATEGORIASA empresa será registrada no PAT nas seguintes

categorias:a) fornecedora de alimentação coletiva:

a.1) operadora de cozinha industrial e forne-cedora de refeições preparadas trans-portadas;

a.2) administradora de cozinha da contratante; a.3) fornecedora de cestas de alimento e si-

milares, para transporte individual;b) prestadora de serviço de alimentação coletiva:

b.1) administradora de documentos de legi-timação para aquisição de refeições em restaurantes e estabelecimentos simila-res (refeição-convênio);

b.2) administradora de documentos de legi-timação para aquisição de gêneros ali-mentícios em estabelecimentos comer-ciais (alimentação-convênio).

O registro poderá ser concedido nas duas modalidades aludidas nas letras “b1” e “b2”, sendo, neste caso, obrigatória a emissão de documentos de legitimação distintos.

11. EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO COLETIVA - OPERAÇÃO

As prestadoras de serviços de alimentação cole-tiva deverão:

a) garantir que os restaurantes e outros estabele-cimentos por elas credenciados situem-se nas imediações dos locais de trabalho;

b) garantir que os documentos de legitimação para aquisição de refeições ou gêneros alimentícios sejam diferenciados e regularmente aceitos pe-los estabelecimentos credenciados, de acordo com a finalidade expressa no documento;

c) reembolsar ao estabelecimento comercial cre-denciado os valores dos documentos de legi-timação, mediante depósito na conta bancária em nome da empresa credenciada, expressa-mente indicada para esse fim;

d) cancelar o credenciamento dos estabeleci-mentos comerciais que não cumprirem as exi-gências sanitárias e nutricionais e, ainda, que, por ação ou omissão, concorrerem para o des-virtuamento do PAT mediante o uso indevido dos documentos de legitimação ou outras prá-ticas irregulares, especialmente:d.1) a troca do documento de legitimação por

dinheiro em espécie ou por mercadorias, serviços ou produtos não compreendi-dos na finalidade do PAT;

d.2) a exigência de qualquer tipo de ágio ou a imposição de descontos sobre o valor do documento de legitimação;

d.3) o uso de documentos de legitimação que lhes forem apresentados para qualquer outro fim que não o de reembolso direto junto à prestadora do serviço, emissora do documento, vedada a utilização de quaisquer intermediários.

12. CANCELAMENTO DEFINITIVO DO CREDENCIAMENTOPoderá ser cancelado o registro da pessoa

jurídica fornecedora ou prestadora de serviços de alimentação coletiva que:

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14-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

a) deixar de cumprir obrigações legítimas de re-embolso à rede de estabelecimentos comer-ciais junto a ela credenciados; ou

b) deixar de garantir a emissão de documento de legitimação impresso em papel, quando esta modalidade estiver estabelecida em contrato com a empresa beneficiária.

13. EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO COLETIVA - ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS - CADASTROAs prestadoras de serviços de alimentação coletiva

deverão manter atualizados os cadastros de todos os estabelecimentos comerciais por elas credenciados, em documento que contenha as seguintes informações:

a) categoria do estabelecimento credenciado, com indicação de que:a.1) comercializa refeições (restaurante, lan-

chonete, bar ou similar); oua.2) comercializa gêneros alimentícios (super-

mercados, armazém, mercearia, açou-gue, peixaria, hortimercado, comércio de laticínios e/ou frios, padaria etc.);

b) capacidade instalada de atendimento, com infor-mação do número máximo de refeições/dia, me-dida da área de atendimento ao público, número de mesas, cadeiras ou bancos e o número de lu-gares possíveis em balcão, no caso da letra “a.1”;

c) capacidade instalada de atendimento, com in-dicação da área e equipamento, como caixa registradora e outros, de modo a permitir que se verifique o porte do estabelecimento, no caso da letra “a.2”.

Cabe às prestadoras de serviços de alimentação coletiva proceder à verificação in loco das informa-ções prestadas pelos estabelecimentos comerciais credenciados; o documento de cadastramento deve ficar à disposição da fiscalização federal do trabalho.

14. PAT - EXECUÇÃO INADEQUADA - CONSEQUÊNCIASA execução inadequada do PAT acarretará o can-

celamento da inscrição no MTE, com a consequente perda do incentivo fiscal, sem prejuízo de outras penalidades cabíveis.

15. FISCALIZAÇÃOAs SRTE devem incluir no seu planejamento

ações de fiscalização e divulgação do cumprimento da legislação do PAT.

O planejamento deve contemplar empregadores inscritos e não inscritos no PAT, especialmente empre-sas de médio e grande porte.

As atividades de fiscalização dos empregadores inscritos no PAT podem ser organizadas em projeto específico ou executadas no contexto de outros pro-jetos, desde que atendido ao número mínimo anual de empresas fiscalizadas definido pela SIT.

As ações de divulgação devem visar aos empre-gadores não inscritos no Programa.

15.1 Execução das açõesNas ações fiscais de investigação da regularidade

do cumprimento da legislação do PAT, deve o Auditor Fiscal do Trabalho (AFT) verificar se, no mínimo:

a) há atendimento a todos os empregados da faixa salarial prioritária, correspondente a rendimen-tos de valor equivalente a até 5 salários-míni-mos, sempre que houver inclusão, no Programa, de trabalhador de rendimento mais elevado;

b) o benefício concedido aos empregados da faixa salarial prioritária tem valor igual ou su-perior ao concedido aos trabalhadores de ren-dimento mais elevado;

c) o valor cobrado ao conjunto dos trabalhadores atendidos no Programa não ultrapassa 20% do montante do custo direto e exclusivo dos benefícios concedidos, considerando-se o pe-ríodo de apuração;

d) o empregador se abstém de utilizar o PAT de forma a premiar ou punir os trabalhadores;

e) são observados os indicadores paramétricos do valor calórico e da composição nutricional dos alimentos disponibilizados aos trabalha-dores;

f) há profissional legalmente habilitado em nu-trição indicado pelo empregador como res-ponsável técnico pelo Programa, no caso de autogestão;

g) o fornecedor ou o prestador de serviço de ali-mentação coletiva contratado pelo emprega-dor estão regularmente registrados no Progra-ma, no caso de terceirização.

Independentemente da constatação de irregula-ridades, as informações referentes ao cumprimento dos itens listados no item anterior devem ser consoli-dadas pelo AFT em formulário-padrão disponível para acesso na Internet, no endereço eletrônico htpp://portal.mte.gov.br/pat.

Sem prejuízo outras ações direcionadas ao público em geral, as ações de divulgação do PAT devem visar preferencialmente a empregadores integrantes dos setores econômicos em relação aos quais tenham apurado indícios de fornecimento de alimentação ou de benefício equivalente aos trabalhadores.

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14-06 CT Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

15.2 Processo administrativo de cancelamento da inscrição ou do registro.

No caso de constatação de irregularidades no cumprimento da legislação do PAT, deve o AFT lavrar relatório circunstanciado, em duas vias, propondo o cancelamento da inscrição da empresa beneficiária no Programa, o qual deverá conter:

a) identificação do empregador com nome, ins-crição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídi-ca (CNPJ) ou Cadastro de Pessoa Física (CPF), código na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e endereço completo dos estabelecimentos abrangidos pela ação fiscal;

b) descrição clara dos fatos considerados como infração;

c) citação expressa dos dispositivos normativos considerados infringidos;

d) delimitação do período em que persistiram as irregularidades, com indicação precisa dos respectivos termos inicial e final;

e) assinatura e identificação do AFT, contendo nome, cargo e número da Carteira de Identi-dade Fiscal (CIF).

Constatando-se a corresponsabilidade do for-necedor ou do prestador de serviço de alimentação coletiva contratado pelo empregador na prática das irregularidades, deve ser também proposto o cancela-mento do respectivo registro no PAT, em relatório apar-tado e elaborado nos moldes previstos anteriormente.

O relatório deve ser entregue, mediante protocolo, à seção, ao setor ou núcleo de segurança e saúde no trabalho da SRTE ou à seção ou ao setor de inspeção do trabalho da GRTE com competência fiscal sobre o estabelecimento inspecionado, para formação de pro-cesso administrativo, do qual constituirá peça inaugural.

A unidade responsável pelo recebimento deve, no prazo máximo de 10 dias, notificar o interessado da instauração do processo, devendo o respectivo termo indicar os dispositivos normativos considerados infringidos, o prazo para a apresentação de defesa e o local para a sua entrega.

A notificação via postal deve ser feita com aviso de recebimento (AR).

Não sendo localizado o empregador nos ende-reços registrados nos cadastros oficiais, deve-se promover sua notificação por edital, em conformidade com o art. 26, § 4º, da Lei nº 9.784/1999.

NotaO art. 26, § 4º, da Lei nº 9.784/1999 dispõe:

“Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo admi-nistrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências.

[...]

§ 4º No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.

[...]”

Ressalvada a situação em que não seja localizado o empregador nos endereços registrados nos cadas-tros oficiais, o termo de notificação será acompanhado de cópia integral do relatório, conforme o caso, assim como dos documentos que o instruem.

O interessado tem o prazo de 10 dias para apre-sentação de defesa, contados da notificação, observa-das as regras do art. 16 da Portaria MTb nº 148/1996.

A autoridade regional, ainda que não apresen-tada defesa, deve distribuir o processo para análise e elaboração de proposta de decisão.

O analista poderá, mediante despacho funda-mentado e diante dos argumentos apresentados pelo defendente, solicitar a manifestação do autor do relatório, o qual terá o prazo de 10 dias para fazê-lo.

Nesse caso, o interessado será cientificado do inteiro teor da manifestação e terá o prazo de 10 dias para apresentar novas razões, se entender necessário.

Instruído com a proposta de decisão, o processo será encaminhado ao DSST, que decidirá sobre o acolhimento da proposta.

O DSST comunicará a decisão ao interessado, aplicando-se, no que couber, as regras do art. 11.

NotaO art. 11 da Instrução Normativa SIT nº 96/2012 dispõe:

“Art. 11. A unidade responsável pelo recebimento deve, no prazo máxi-mo de dez dias, notificar o interessado da instauração do processo, devendo o respectivo termo indicar os dispositivos normativos considerados infringi-dos, o prazo para a apresentação de defesa e o local para a sua entrega.

§ 1º A notificação via postal deve ser feita com aviso de recebimento - AR.

§ 2º Não sendo localizado o empregador nos endereços registrados nos cadastros oficiais, deve-se promover sua notificação por edital, em con-formidade com o art. 26, § 4º, da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

§ 3º Ressalvado o caso do § 2º deste artigo, o termo de notificação será acompanhado de cópia integral do relatório a que se refere o art. 8º ou 9º, conforme o caso, assim como dos documentos que o instruem.”

Da decisão que aplicar penalidade cabe recurso ao Secretário da Inspeção do Trabalho, no prazo de 10 dias.

Compete ao DSST a elaboração de proposta de decisão sobre o recurso e a comunicação da decisão final ao interessado.

O cancelamento da inscrição ou do registro determinados por decisão administrativa irrecorrível deve ser formalizado em portaria específica da SIT, que indicará o período de aplicação da medida e será publicada no Diário Oficial da União.

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14-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

A Coordenação do Programa de Alimentação do Trabalhador (Copat) enviará cópia da portaria à SRTE com competência fiscal sobre a matriz da empresa e à Secretaria da Receita Federal do Brasil, para provi-dências de sua competência.

O pedido de nova inscrição ou registro deve ser apresentado na unidade administrativa do MTE com competência fiscal sobre o estabelecimento requerente, acompanhado das provas do saneamento das irregula-ridades determinantes da decisão do cancelamento.

A nova inscrição apenas poderá ser requerida pelo estabelecimento matriz.

A autoridade regional deve avaliar a necessidade de realização de ação fiscal para atestar a regularização e, independentemente dessa providência, distribuirá o processo para a elaboração de proposta de decisão.

O processo, devidamente instruído com a pro-posta de decisão, deve ser encaminhado ao DSST para análise do pedido.

Aos procedimentos relativos ao trâmite dos pro-cessos de cancelamento e de solicitação de nova inscrição ou registro, aplicam-se subsidiariamente as regras previstas na Portaria MTb nº 148/1996.

16. OMISSÕES E DÚVIDASAs dúvidas e os casos omissos serão dirimidos

pelo DSST/SIT/MTE.

17. ALIMENTAÇÃO CONCEDIDA AOS EMPREGADOS - INCIDÊNCIAS

O Tribunal Superior do Trabalho (TST), por meio da Súmula nº 241, dispõe que: “O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem cará-ter salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais”.

Não obstante tal disposição, o art. 6º do Decreto nº 5/1991, que regulamentou a Lei nº 6.321/1976, determina que nos PAT previamente aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social (atual Ministério do Trabalho e Emprego - MTE) a parcela paga in natura pela empresa não tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração para quaisquer efei-tos, não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), nem se configura como rendimento tributável do trabalhador.

O art. 28, § 9º, letra “c”, da Lei nº 8.212/1991 deter-mina que a alimentação concedida por meio do PAT não integra o salário-de-contribuição para efeito previdenci-ário. A Lei nº 8.036/1990, em seu art. 15, § 6º, determina

que não se incluem na remuneração do trabalhador, para efeito de depósito do FGTS, as parcelas elencadas no § 9º, do art. 28, da citada Lei nº 8.212/1991.

Analisando a legislação anteriormente mencio-nada, para efeito de integração na remuneração, devemos observar:

a) se a alimentação for concedida por liberalida-de da empresa, independentemente de previ-são no documento coletivo de trabalho e fora das regras do PAT (ou seja, sem aprovação prévia do MTE), a parcela do custo da alimen-tação suportada pela empresa caracteriza-se como verba de natureza salarial (salário indire-to), integrando a remuneração do empregado para todos os efeitos legais;

Importante

Não obstante o disposto na letra “a”, se a con-cessão do benefício se der para o trabalho e não pelo trabalho - por exemplo, se o benefício for concedido a empregado que trabalha em local onde não haja condições de se obter alimentação saudável, ainda que não se observem as regras do PAT, ou não haja determinação em documento coletivo de trabalho -, o valor correspondente não integrará a remuneração do trabalhador para qualquer efeito.

b) se a concessão de alimentação for efetuada por meio do PAT, o seu valor não será consi-derado salário in natura e, por consequência, não integrará a remuneração do trabalhador para qualquer efeito legal;

c) se a concessão da alimentação ocorrer em obediência à determinação do documento co-letivo de trabalho, entende-se que a empresa deverá observar rigorosamente as condições nele previstas, ou seja, cabe ao mencionado documento determinar se a parcela em ques-tão integra ou não a remuneração para efeito de incidências de encargos sociais e cálculo de verbas trabalhistas.

Ressaltamos, porém, que no âmbito doutrinário verifica-se a existência de corrente de entendimento minoritária, a qual considera que a concessão da alimentação tem caráter social, portanto, o valor correspondente não deveria ser considerado como remuneração, independentemente de ser concedido por liberalidade do empregador ou por determinação do documento coletivo de trabalho.

Reproduzimos, a seguir, algumas decisões judi-ciais acerca do assunto.

Auxílio-alimentação - Natureza salarial - Acordo coletivo - Integração - A flexibilização no Direito do Trabalho, fundada na autonomia coletiva privada, permite a obtenção de

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14-08 CT Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

benefícios para os empregados, com concessões mútuas. Portanto, se as partes decidiram estabelecer a natureza indenizatória do auxílio-alimentação, por meio dos acordos coletivos celebrados, esta decisão deve ser observada, sob pena de ofensa ao art. 7º, inc. XXVI, da Constituição da República. Recurso de Revista de que não se conhece. (TST - RR 298900-81.2008.5.15.0011 - Rel. Min. João Batista Brito Pereira - DJe 25.02.2011 - pág. 1527)

Agravo de instrumento - Recurso de revista - Auxílio-ali-mentação - Natureza indenizatória prevista em instrumento normativo - Não integração ao salário - Decisão denegatória - Manutenção - A parcela alimentação, em suas diversas modalidades (in natura, ticket alimentação, vale refeição, cesta básica, etc.), tem natureza salarial, de maneira geral, por ser um acréscimo econômico aos pagamentos resultan-tes do contrato empregatício (art. 58, caput, CLT). Porém, não terá esse caráter se for instrumental à prestação de serviços, tais como refeições em locais de trabalho inóspitos ou lon-gínquos (art. 214, § 9º, XII, Decreto 3048/99 - Regulamento da LOPS); Ou se for entregue como parte do programa legal-mente tipificado denominado PAT (art. 214, § 9º, III, Decreto 3048/99); Ou, finalmente, se for obrigação derivada de CCT ou ACT, cuja regra instituidora elimine sua natureza remune-ratória. No caso em tela, consoante consignado no acórdão regional, a natureza indenizatória do auxílio alimentação foi estabelecida por instrumentos normativos anteriores à admissão do Reclamante, de modo que a vantagem não tem natureza salarial e, por conseguinte, não integra o salário para os devidos fins legais, como ora se pretende. Inviável o processamento do recurso de revista quando as razões expendidas no agravo de instrumento não logram infirmar os termos da decisão denegatória, que subsistem por seus pró-prios fundamentos. Agravo de instrumento desprovido. (TST - AIRR 2039-31.2010.5.06.0000 - Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado - DJe 18.02.2011 - pág. 928)

Recurso de revista - Auxílio-alimentação - Natureza jurídica - No caso dos autos, o Regional destacou que o benefício sempre foi concedido com natureza jurídica indenizatória. Primeiro, por força dos contratos de trabalho e das normas coletivas; Depois ante a adesão ao PAT, não tendo havido nenhuma alteração contratual unilateral prejudicial. Estabelecido o contexto, não há como se chegar a conclusão contrária nesta esfera recursal. Decisão em conformidade com a Orientação Jurisprudencial nº 133 da SBDI-1 do TST. Recurso de revista de que não se conhece. (TST - RR 6247/2007-036-12-00.9 - Relª Minª Kátia Magalhães Arruda - DJe 25.02.2011 - pág. 1527)

Recurso de revista - 1- Salário in natura - Ajuda alimentação - Norma coletiva - Esta Corte, privilegiando o princípio da auto-nomia da vontade coletiva (artigo 7º, XXVI, da CF), entende que, na hipótese de existência de previsão expressa do caráter indenizatório do auxílio-alimentação, como no caso dos autos, essa parcela não integra o salário. Recurso de revista não conhecido... (TST - RR 1229/2005-670-09-00.5 - Relª Minª Dora Maria da Costa - DJe 18.02.2011 - pág. 1247)

... IV- Auxílio refeição e cesta alimentação - Instrumento s coletivos - Natureza indenizatória - A autonomia privada coletiva dos entes sindicais foi elevada a patamar cons-titucional, havendo disposição expressa (7º, XXVI) de que devem ser reconhecidos. Assim, não se considerando que o direito ao auxílio refeição e à cesta alimentação constitua-se em norma imperativa, que esteja inserta nas garantias mínimas de proteção estatal ao trabalhador, é de se reconhecer a sua natureza indenizatória estabelecida por convenção coletiva de trabalho. Não conhecido... (TST - RR 152700-86.2007.5.04.0451 - Rel. Min. Emmanoel Pereira - DJe 11.03.2011 - pág. 840)

... Auxílio cesta-alimentação - Natureza jurídica - A juris-prudência desta c. Corte já se manifestou no sentido de prestigiar o pactuado em norma coletiva, invocando-se o princípio da autonomia da vontade coletiva, que se extrai da norma do artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição Fede-ral. Logo, havendo previsão expressa em acordo coletivo de que o benefício da cesta alimentação possui natureza indenizatória, não faz jus a reclamante à integração da referida parcela. Recurso de Revista não conhecido. (TST - RR 15611-11.2010.5.04.0000 - Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga - DJe 11.03.2011 - pág. 927)Agravo de instrumento - Recurso de revista - Acordo judi-cial - Auxílio-alimentação natureza indenizatória - Contribui-ção previdenciária indevida - Nega-se provimento a agravo de instrumento que visa liberar recurso despido dos pres-supostos de cabimento. Agravo desprovido. (TST - AIRR 232640-14.2007.5.02.0045 - Rel. Min. Renato de Lacerda Paiva - DJe 11.03.2011 - pág. 340)Caixa econômica federal - Auxílio cesta alimentação - Pre-visão em acordo coletivo - Extensão apenas aos emprega-dos em atividade - Nos termos da Orientação Jurispruden-cial da SBDI-1 Transitória nº 61, havendo previsão em cláu-sula de norma coletiva de trabalho de pagamento mensal de auxílio cesta-alimentação somente a empregados em atividade, dando-lhe caráter indenizatório, é indevida a extensão desse benefício aos aposentados e pensionistas. Exegese do art. 7º, XXVI, da Constituição Federal. Assim, diante da existência de norma coletiva restringindo a con-cessão do referido benefício aos empregados ativos, na há falar em sua extensão aos inativos. Recurso de revista não conhecido. (TST - RR 308/2006-017-03-00.4 - Rel. Min. José Roberto Freire Pimenta - DJe 11.03.2011 - pág. 199)Agravo de instrumento – Auxílio alimentação - Integração - Natureza jurídica - Alteração posterior - Impossibilidade - Súmulas nºs 51, I, e 241 - Divergência jurisprudencial - Não provimento - 1- A habitualidade no pagamento do auxílio-alimentação, que na época em que foi instituído, vinculava-se à relação de emprego, ostentando, portanto, caráter salarial (Súmula nº 241), implica a sua incorporação para todos os efeitos legais. 2- Assim, a alteração da natu-reza jurídica do benefício, encetada mediante negociação coletiva, não atinge o empregado que já vinha percebendo a verba desde a sua admissão. Inteligência das Súmulas nos 51, I, e 241. 3- Inviável o processamento do recurso de revista ante o óbice do artigo 896, § 4º, da CLT e na Súmula nº 333. 4- Agravo de instrumento a que se nega provimento. (TST - AIRR 225-80.2010.5.24.0000 - Rel. Min. Guilherme Augusto Caputo Bastos - DJe 11.03.2011 - pág. 136)Agravo de instrumento - Vale alimentação - Natureza jurídica - Violação do artigo 458 da CLT - Não provimento - 1- A deci-são regional se encontra em sintonia com a jurisprudência desta Colenda Corte Superior, visto que o vale-alimentação, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial e deve integrar a remuneração dos empregados, para todos os efeitos legais. 2- Inteligência da Súmula nº 241. 3- Inviável o processamento do recurso de revista ante os óbices da Súmula nº 333 e do artigo 896, § 4º, da CLT. 4- Agravo de instrumento a que se nega provimento. (TST - AIRR 1006-60.2010.5.04.0000 - Rel. Min. Guilherme Augusto Caputo Bastos - DJe 11.03.2011 - pág. 143)(Lei nº 8.212/1991, art. 28, § 9º, alínea “c”; Lei nº 8.036/1990,

art. 15, § 6º; Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, arts. 458 e 444; Lei nº 6.321/1976; Decreto nº 5/1991, art. 6º; Sumula nº 241 do TST; Portaria SIT/DSST nº 3/2002; Portaria SIT/DSST nº 343/2013; Instrução Normativa SIT nº 96/2012)

N

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14-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 CT

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

SEguRAnçA PRIvAdA

Vigilante - Exame de aptidão psicológica

Por intermédio da Instrução Normativa DPF nº 78/2014, em vigor desde 05.03.2014, o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal estabeleceu que, para o exercício da profissão de vigilante, o interes-sado deverá ser considerado APTO em exame de aptidão psicológica aplicado por psicólogo creden-ciado pela Polícia Federal.

Para tanto, os psicólogos observarão as caracte-rísticas de personalidade definidas para o usuário de arma de fogo e para o vigilante, conforme os Anexos V (Extrato dos Indicadores Psicológicos do Portador de Arma de Fogo) e VI (Extrato do Perfil Profissiográfico do Vigilante) da referida Instrução Normativa.

De acordo com a descrição do Anexo V (Extrato dos Indicadores Psicológicos do Portador de Arma de Fogo), trata-se da aptidão psicológica do interessado no manuseio de arma de fogo a ser comprovada por meio de submissão à bateria de instrumentos de avaliação composta por testes projetivo, expressivo, de atenção e de memória, bem como à entrevista semiestruturada.

O Anexo VI (Extrato do Perfil Profissiográfico do Vigilante), por sua vez, estabelece que vigilante é o empregado contratado por empresa especializada ou possuidora de serviço orgânico de segurança para realizar a vigilância patrimonial de estabelecimentos públicos e privados, segurança pessoal, transporte de valores ou escolta armada.

O vigilante pode trabalhar em equipe ou individu-almente, em períodos diurnos, noturnos e em rodízio de turnos ou escalas. Está sujeito a risco de morte e trabalha sob pressão constante. As condições de trabalho variam conforme o estabelecimento a ser protegido e demais variáveis próprias das atividades de segurança pessoal, transporte de valores e escolta armada.

Observa-se que o vigilante deve ter, no mínimo, 21 anos e instrução correspondente à 4ª série do 1º grau, além de ser obrigatório treinamento em empresa

de curso de formação autorizada pela Policia Federal, onde recebem capacitação para o exercício da ativi-dade de vigilante e o manuseio de arma de fogo.

De acordo com o Anexo VI (Extrato do Perfil Profissiográfico do Vigilante), são:

a) atividades próprias da função:a.1) vigilância patrimonial: atividade exercida

em eventos sociais e dentro de estabele-cimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a inte-gridade do patrimônio;

a.2) transporte de valores: atividade de trans-porte de numerário, bens ou valores, me-diante a utilização de veículos, comuns ou especiais;

a.3) escolta armada: atividade que visa ga-rantir o transporte de qualquer tipo de carga ou de valor, incluindo o retorno da equipe com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários; e

a.4) segurança pessoal: atividade de vigi-lância exercida com a finalidade de ga-rantir a incolumidade física de pessoas, incluindo o retorno do vigilante com o respectivo armamento e demais equipa-mentos, com os pernoites estritamente necessários;

b) recursos utilizados para desenvolver as ativi-dades: uniforme; viatura; circuito fechado de tv; arma de fogo; macacão térmico, máscara de proteção; detector de metais - pórtico e bastão eletrônico; algemas; aparelho telefôni-co, rádio transmissor HT; bastão tonfa de de-fesa; colete balístico; binóculo e apito; maca e prancha; protetor auricular; bota e sapato de segurança, coturno e outros;

c) doenças mais recorrentes no desempenho da atividade: estresse; problemas psicológicos; alcoolismo; depressão; problemas ortopédi-cos (coluna/joelho/ombro); renais; varizes; do-enças respiratórias; doenças da pele; e tendi-nite;

d) indicadores psicológicos para o desempe-nho da função: atenção necessária, difusa

a IOB Setorial

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14-10 CT Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 - Boletim IOB

Legislação Trabalhista e Previdenciária

Manual de Procedimentos

e concentrada; memória necessária; visual e auditiva: d.1) indicadores necessários: adaptação,

atenção, autocontrole, afetividade, auto-crítica, concentração, controle emocio-nal, decisão, empatia, energia, equilíbrio, estabilidade, flexibilidade, maturidade, memória, meticulosidade, percepção, prudência, relacionamento interpessoal, resistência à frustração, segurança, sen-so crítico, sociabilidade;

d.2) indicadores restritivos: reações relacio-nadas aos transtornos: mentais causa-dos por uma condição médica geral; relacionados a substâncias; somatofor-mes; factícios; dissociativos; do humor; de ansiedade; da personalidade; pre-conceito, fanatismo.

(Instrução Normativa DPF nº 78/2014 - DOU 1 de 05.03.2014)

N

PROgRAmA dE AlImEnTAçãO dO TRABAlhAdOR (PAT)

Auxílio-alimentação em dinheiro

1) O empregador que concede auxílio-alimentação em dinheiro pode beneficiar-se do Programa de Ali-mentação do Trabalhador (PAT)?

Não. As modalidades de execução do PAT não contemplam o fornecimento de dinheiro, mas, ao con-trário, prevê sempre o fornecimento em alimentação, seja por meio de refeições prontas, distribuição de cestas de alimentos ou similares, aquisição de refei-ções ou de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais etc.

Ressalte-se que não integra o salário do traba-lhador a parcela paga in natura, pela empresa, nos programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho. Assim, os valores em pecúnia, concedi-dos em folha de pagamento, desvirtuam os objetivos do PAT e constituem salário.

(Portaria SIT/DDSST nº 03/2002, arts. 8º, 9º, 10 e 13, IV, “a”; Lei nº 6.321/1976, art. 3º)

Participação financeira do trabalhador

2) O empregador pode descontar do empregado o valor da refeição fornecida de acordo com o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)?

Sim. A participação financeira do trabalhador ficará limitada a 20% do custo direto da refeição.

(Regulamento da Lei nº 6.321/1976, aprovado pelo Decre-to nº 5/1991, art. 2º, § 1º, com redação do Decreto nº 349/1991; Portaria SIT/DSST nº 3/2002, art. 4º, caput)

Refeições - Fornecimento

3) A empresa inscrita no Programa de Alimenta-ção do Trabalhador (PAT) poderá fornecer mais de uma refeição diária a seus trabalhadores?

O PAT, instituído pela Lei nº 6.321/1976, tem por objetivo a melhoria da situação nutricional dos traba-lhadores, visando a promover sua saúde e prevenir as doenças profissionais.

Independentemente da modalidade adotada para o provimento da refeição, a empresa beneficiária poderá oferecer aos seus trabalhadores uma ou mais refeições diárias, inclusive cesta de alimentos.

(Portaria SIT/DSST nº 3/2002, arts. 1º e 5º, § 6º)

a IOB Perguntas e Respostas

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14-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 14 CT

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Supressão - Impossibilidade

4) A empresa pode suprimir o benefício do Pro-grama de Alimentação do Trabalhador (PAT) a título de punição ao trabalhador?

É vedado à empresa beneficiária do PAT suspen-der, reduzir ou suprimir o benefício do Programa a título de punição ao trabalhador.

(Portaria SIT/DSST nº 3/2002, art. 6º, inciso I)

Trabalhador de baixa renda

5) A quem se destina o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)?

O PAT é destinado ao atendimento dos trabalha-dores de baixa renda, isto é, àqueles que recebam até 5 salários-mínimos mensais de remuneração.

Entretanto, as empresas beneficiárias poderão incluir no programa trabalhadores de renda mais elevada, desde que esteja garantido o atendimento da totalidade dos trabalhadores que percebam até 5 salários-mínimos e o benefício não tenha valor inferior àquele concedido aos de rendimento mais elevado, independentemente da duração da jornada de trabalho.

(Portaria SIT/DSST nº 3/2002, art. 3º)