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Em face da publicação da Emenda Constitucional nº 72, de 02.04.2013 - DOU de 03.04.2013, este procedimento foi atualizadpo. Tópicos atualizados: 2. Admissão, 4. Direitos desde 05.10.1988, 4.2.3.2 Abono anual a cargo da Previdência Social, 4.8.1 Necessidade ou não de assistência na rescisão contratual do empregado doméstico, 7. FGTS, 8. Direitos assegurados aos empregados domésticos a partir de 03.04.2013, 9. Direitos previstos na EC nº 72 cuja aplicação ainda depende de regulamentação, 12. Direitos constitucionais que não foram estendidos aos empregados domésticos. Resumo: Este procedimento trata do conceito de empregado e empregador doméstico, sua admissão, a anotação da admissão na CTPS, os direitos trabalhistas devido a estes empregados desde 05.10.1988, possibilidade de rescisão do contrato de trabalho de empregado doméstico aposentado por invalidez, descontos a título de habitação e alimentação do empregado doméstico, FGTS, Seguro-Desemprego e jurisprudências sobre o referido assunto. 1. Conceitos 1.1 Empregado doméstico 1.2 Empregador 2. Admissão 3. Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) 3.1 Obtenção 3.2 Anotações 4. Direitos desde 05.10.1988 4.1 Férias 4.1.1 Períodos aquisitivo e concessivo 4.1.2 Prazo para pagamento 4.1.3 Contribuição previdenciária 4.1.4 Recibo de férias (não há modelo oficial) 4.1.5 Anotação na CTPS 4.2 13º salário 4.2.1 Desconto previdenciário - Procedimentos 4.2.2 Exemplos 4.2.2.1 Preenchimento parcial da GPS 4.2.3 Afastamento por motivo de doença e licença-maternidade - Abono anual pago pela previdência social - Implicações 4.2.3.1 Auxílio-doença 4.2.3.2 Abono anual a cargo da Previdência Social 4.2.3.3 Licença-maternidade 4.3 Vale-transporte 4.3.1 Direito - Exercício - Condições 4.3.2 Custeio 4.3.3 Desconto 4.3.4 Parcela - Valor 4.4 Licença-gestante 4.4.1 Mãe adotiva ou guardiã - Salário-maternidade 4.4.2 Período de repouso - Aumento - Exceção 4.4.3 Parto antecipado 4.4.4 Aborto não criminoso 4.4.5 Estabilidade provisória 4.4.6 Empregador doméstico - Procedimento 4.5 Licença-paternidade 4.6 Repouso Semanal Remunerado (RSR) 4.7 Aviso prévio 4.8 Rescisão contratual 4.8.1 Necessidade ou não de assistência na rescisão contratual do empregado doméstico 4.8.2 Direitos na rescisão 4.8.3 CTPS - Baixa 4.9 Previdência Social 4.9.1 Inscrição 4.9.2 Contribuição previdenciária - Recolhimento 4.9.2.1 Dever 4.9.2.2 Responsabilidade 4.9.3 Benefícios 5. Possibilidade de rescisão do contrato de trabalho de empregado doméstico aposentado por invalidez 6. Fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia - Descontos 7. FGTS 7.1 Requerimento de inclusão no FGTS 7.2 Recolhimento ao FGTS e prestação de informações à Previdência Social 7.2.1 Elaboração da GFIP/Sefip 7.2.2 Depósito - Prazo 7.2.3 Depósitos rescisórios 7.2.3.1 Prazo Profissões Regulamentadas - Empregado doméstico Sumário IOB Online http://www.iobonlineregulatorio.com.br/pages/coreonline/coreonl... 1 de 39 03/05/2013 18:01

IOB Online ... · Situação trabalhista do faxineiro diarista que presta serviços na residência do contratante 12. ... MODELO DE CONTRATO DE TRABALHO PREENCHIDO - EXEMPLO

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Em face da publicação da Emenda Constitucional nº 72, de 02.04.2013 - DOU de 03.04.2013, este procedimento foi atualizadpo. Tópicosatualizados: 2. Admissão, 4. Direitos desde 05.10.1988, 4.2.3.2 Abono anual a cargo da Previdência Social, 4.8.1 Necessidade ou não deassistência na rescisão contratual do empregado doméstico, 7. FGTS, 8. Direitos assegurados aos empregados domésticos a partir de03.04.2013, 9. Direitos previstos na EC nº 72 cuja aplicação ainda depende de regulamentação, 12. Direitos constitucionais que não foramestendidos aos empregados domésticos.

Resumo: Este procedimento trata do conceito de empregado e empregador doméstico, sua admissão, a anotação da admissão na CTPS, osdireitos trabalhistas devido a estes empregados desde 05.10.1988, possibil idade de rescisão do contrato de trabalho de empregadodoméstico aposentado por invalidez, descontos a título de habitação e alimentação do empregado doméstico, FGTS, Seguro-Desemprego ejurisprudências sobre o referido assunto.

1. Conceitos 1.1 Empregado doméstico 1.2 Empregador2. Admissão3. Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) 3.1 Obtenção 3.2 Anotações4. Direitos desde 05.10.1988 4.1 Férias 4.1.1 Períodos aquisitivo e concessivo 4.1.2 Prazo para pagamento 4.1.3 Contribuição previdenciária 4.1.4 Recibo de férias (não há modelo oficial) 4.1.5 Anotação na CTPS 4.2 13º salário 4.2.1 Desconto previdenciário - Procedimentos 4.2.2 Exemplos 4.2.2.1 Preenchimento parcial da GPS 4.2.3 Afastamento por motivo de doença e l icença-maternidade - Abono anual pago pela previdência social - Implicações 4.2.3.1 Auxíl io-doença 4.2.3.2 Abono anual a cargo da Previdência Social 4.2.3.3 Licença-maternidade 4.3 Vale-transporte 4.3.1 Direito - Exercício - Condições 4.3.2 Custeio 4.3.3 Desconto 4.3.4 Parcela - Valor 4.4 Licença-gestante 4.4.1 Mãe adotiva ou guardiã - Salário-maternidade 4.4.2 Período de repouso - Aumento - Exceção 4.4.3 Parto antecipado 4.4.4 Aborto não criminoso 4.4.5 Estabilidade provisória 4.4.6 Empregador doméstico - Procedimento 4.5 Licença-paternidade 4.6 Repouso Semanal Remunerado (RSR) 4.7 Aviso prévio 4.8 Rescisão contratual 4.8.1 Necessidade ou não de assistência na rescisão contratual do empregado doméstico 4.8.2 Direitos na rescisão 4.8.3 CTPS - Baixa 4.9 Previdência Social 4.9.1 Inscrição 4.9.2 Contribuição previdenciária - Recolhimento 4.9.2.1 Dever 4.9.2.2 Responsabilidade 4.9.3 Benefícios5. Possibilidade de rescisão do contrato de trabalho de empregado doméstico aposentado por invalidez6. Fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia - Descontos7. FGTS 7.1 Requerimento de inclusão no FGTS 7.2 Recolhimento ao FGTS e prestação de informações à Previdência Social 7.2.1 Elaboração da GFIP/Sefip 7.2.2 Depósito - Prazo 7.2.3 Depósitos rescisórios 7.2.3.1 Prazo

Profissões Regulamentadas - Empregado doméstico

Sumário

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7.3 Seguro-desemprego 7.3.1 Requerimento - Prazo 7.3.2 Justa causa 7.4 Acidente do trabalho8. Direitos assegurados aos empregados domésticos a partir de 03.04.2013 8.1 Garantia de salário mínimo em caso de remuneração variável 8.2 Proteção ao salário 8.3 Jornada de trabalho 8.3.1 Comprovação da jornada realizada 8.3.2 Compensação da jornada 8.3.3 Horas extras (HE) 8.3.4 Aplicação das normas de segurança e saúde 8.3.5 Outras garantias asseguradas a partir de 03.04.20139. Direitos previstos na EC nº 72/2013 cuja aplicação ainda depende de regulamentação10. Prática de atos ilícitos - Agências - Responsabilidade civil11. Situação trabalhista do faxineiro diarista que presta serviços na residência do contratante12. Possibilidade de firmar contrato de experiência com o empregado doméstico13. Direitos constitucionais que não foram estendidos aos empregados domésticos14. Jurisprudência 14.1 Férias proporcionais 14.2 Férias anuais - Duração 14.3 Férias - Dobra 14.4 Multa rescisória 14.5 Relação de emprego - Comprovação - Recibo - Necessidade 14.6 Salário in natura 14.7 Vigia/vigilante 14.8 Caseiro - Propriedade destinada ao lazer 14.9 Enfermeira 14.10 Doméstica aposentada - Salário-família - Direito inexistente 14.11 Acidente do trabalho - Garantia de emprego 14.12 Contrato de experiência 14.13 Horas extras 14.14 Salário mínimo proporcional 14.15 Demissão por justa causa 14.16 Feriados trabalhados 14.17 Aviso prévio

Considera-se doméstico o empregado que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa a pessoa ou família, no âmbitoresidencial destas (Decreto nº 71.885/1973 , art. 3º , I).

Pessoa ou família que admite a seu serviço empregado doméstico (Decreto nº 71.885/1973 , art. 3º , II).

O empregado doméstico, ao ser admitido no emprego, deve apresentar:

a) Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ;

b) atestado de boa conduta emitido por autoridade policial ou por pessoa idônea, a juízo do empregador;

Nota

Conforme a Lei nº 7.115/1983 , art. 1º , a declaração destinada a fazer prova de bons antecedentes, quando firmada pelo própriointeressado ou por procurador bastante, e sob as penas da Lei, presume-se verdadeira.

c) exame médico admissional - a Emenda Constitucional nº 72/2013 , alterou a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição

Federal (CF) para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os empregados domésticos e os demais empregados, ampliandodessa forma os direitos dos empregados domésticos. Entre os novos direitos, verifica-se a aplicação a partir de 03.04.2013, das normasrelativas à saúde e segurança no trabalho. Entre as mencionadas normas, observa-se a Norma Regulamentadora (NR) 7, a qual determina a

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1. Conceitos

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1.1 Empregado doméstico

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1.2 Empregador

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2. Admissão

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obrigatoriedade do exame médico admissional às custas do empregador.

Nota

Verifique os novos direitos assegurados à categoria dos empregados doméstico a partir de 03.04.2013, por força da EmendaConstitucional nº 72/2013 , no item 8 e respectivos subitens.

A CTPS será emitida pelas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) ou, mediante acordo de cooperação técnica a sercelebrado entre as unidades regionais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e os órgãos e entidades da administração direta e indireta,no âmbito federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, e na ausência destes, com organizações e entidades sindicais. Será fornecida aointeressado no prazo mínimo de 2 e máximo de 15 dias úteis contados a partir da data constante do protocolo, mediante apresentação deduas fotos 3 x 4, com fundo branco, com ou sem data, coloridas ou branco e preto, iguais e recentes, e qualquer documento oficial deidentificação pessoal do interessado, no original ou por qualquer processo de cópia, autenticada por cartório competente ou por servidor daadministração, em que possam ser colhidos dados necessários ao preenchimento de sua qualificação civil na referida CTPS (PortariaMTb/SPES nº 1/1997 ).

Na CTPS, o empregador deve anotar:

a) empregador: nome completo

b) CPF (Cadastro de Pessoas Físicas /MF)

c) endereço: o da residência

d) município onde se localiza a residência do empregador e Unidade da Federação;

e) espécie do estabelecimento: residencial;

f) cargo: empregado doméstico;

g) CBO (Classificação Brasileira de Ocupações): 5121-05;

h) data de admissão: aos admitidos antes de 08.04.1973, prevalece esta data para todos os efeitos, e, aos admitidos posteriormente, adata real de início do trabalho;

i) registro nº ... fls./ficha...: não preencher;

j) remuneração especificada: anotar o salário mensal efetivamente pago ao empregado;

k) assinatura do empregador: por ocasião do registro do contrato de trabalho e da desvinculação empregatícia, nos campos próprios;

l) data de início e término das férias;

m) data da dispensa.

MODELO DE CONTRATO DE TRABALHO PREENCHIDO - EXEMPLO

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3. Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)

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3.1 Obtenção

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3.2 Anotações

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ALTERAÇÕES DE SALÁRIOAumentado em 1º/01/2012 para R$ 810,00Na função de: a mesmaCBO: 5121-05 por motivo de: espontâneo.........................................................................Assinatura do empregador

Os salários e os aumentos correspondentes também devem ser anotados na CTPS.

MODELO DE ALTERAÇÃO DE SALÁRIO PREENCHIDO

Importante

Veja no item 8 e respectivos subitens os direitos assegurados aos empregados domésticos a partir de 03.04.2013, por força da EmendaConstitucional nº 72/2013 .

Asseguram-se à categoria dos trabalhadores domésticos os seguintes direitos:

a) salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família commoradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social, com reajustes periódicos que lhe preservemo poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.

Observar que o atual salário mínimo , é fixado para a jornada mensal de 220h ou 30 dias.

Nota

Lembramos que a Lei Complementar nº 103/2000 autorizou os Estados e o Distrito Federal a instituir, mediante lei de iniciativa doPoder Executivo, o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho para os empregados que não tenham piso salarialdefinido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Fundamentados nesse diploma legal alguns governadores instituíram no âmbito dos respectivos Estados os pisos salariais a seremobservados, entre outros, pelos empregadores domésticos. Desta forma, havendo no respectivo Estado piso mínimo estabelecido por lei,este deve ser observado, caso contrário, aplica-se o salário mínimo nacionalmente unificado.

Nas jornadas reduzidas l ivremente por acordo entre empregador/empregado, respeitar os valores mínimo/hora/dia, proporcionalmente aonúmero de horas ou dias de efetivo trabalho.

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4. Direitos desde 05.10.1988

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CÁLCULO PARA PAGAMENTO DE SALÁRIO VINCULADO AO SALÁRIO MÍNIMO COM JORNADA REDUZIDA - EXEMPLO

Contrato para 15 dias/mês

Salário mínimo R$ 678,00

Salário mínimo/dia R$ 678,00 ÷ 30 equivale a R$22,60

Salário devido R$ 22,60 x 15 = R$ 339,00

b) irredutibil idade salarial;

c) 13º salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

d) repouso semanal remunerado , preferencialmente aos domingos;

e) gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 terço a mais do que o salário normal;

f) licença à gestante , sem prejuízo do emprego e salário, com duração de 120 dias, paga diretamente pelo INSS;

g) licença-paternidade , fixada transitoriamente em 5 dias;

h) aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo, no mínimo, de 30 dias, nos termos da lei;

i) aposentadoria ;

j) integração à Previdência Social;

k) estabil idade da empregada gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.

Após cada período de 12 meses de trabalho prestado à mesma pessoa ou família, o doméstico (copeira, cozinheira, faxineira, jardineiro,motorista etc.) faz jus a férias remuneradas de 30 dias corridos (Lei nº 5.859/1972 , art. 3º , alterado pela Lei nº 11.324/2006 ),acrescidas de 1/3 previsto na Constituição Federal (CF, art. 7º, XVII), ficando a critério do empregador doméstico, depois de ouvido oempregado, a fixação do período correspondente ao gozo.

Aplicar-se-á as férias anuais remuneradas de 30 dias aos períodos aquisitivos iniciados após a data de publicação da Lei nº 11.324/2006

(DOU 1 de 20.07.2006). Anteriormente a essa data, as férias do doméstico eram equivalentes a 20 dias úteis e também acrescidas do terçoconstitucional.

Nota

Cabe ao empregador a fixação do período do gozo de férias. Entretanto, o art. 10 da Convenção nº 132, da Organização Internacional doTrabalho (OIT), aprovada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 47/1981 , ratificada em 1997, com o depósito doinstrumento de ratificação em 23.09.1998 e, por fim, promulgada pelo Decreto nº 3.197/1999 - DOU de 06.10.1999, a qual, desdeentão, vigora no Brasil, determina que:

"Artigo 10

1. A ocasião em que as férias serão gozadas será determinada pelo empregador, após consulta à pessoa empregada interessada emquestão ou seus representantes, a menos que seja fixada por regulamento, acordo coletivo, sentença arbitral ou qualquer outra maneiraconforme à prática nacional.

2. Para fixar a ocasião do período de gozo das férias serão levadas em conta as necessidades do trabalho e as possibil idades de repousoe diversão ao alcance da pessoa empregada."

Considerando-se aplicar ao doméstico os mesmos princípios aplicáveis aos demais empregados relativamente aos períodos de aquisição e deconcessão das férias, pode-se exemplificar que um doméstico admitido em 02.01.2012 que completou 12 meses de trabalho em 1º.01.2013faz jus a esse descanso.

O empregador, por sua vez, deve fixar o período de gozo nos 12 meses seguintes, de modo que seu término ocorra, no máximo, até1º.01.2014.

Visualizando os períodos:

a) aquisitivo do direito às férias: 02.01.2012 a1º.01.2013

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4.1 Férias

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4.1.1 Períodos aquisitivo e concessivo

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b) concessivo (período de gozo): 02.01.2013 a1º.01.2014

CÁLCULO DE FÉRIAS DE EMPREGADO DOMÉSTICO - EXEMPLO

Empregada Doméstica com salário mensal de R$ 810,00 gozará 30 dias de férias, a contar de 1º.04.2013.

1 - salário/dia: R$ 810,00 ÷ 30 = R$ 27,00 (nos meses de 28, 29 e 31 dias, dividir o salário respectivamente por esses números)

2 - férias de 1º.04 a 30.04.2013 (retorno ao serviço: dia 02.05.2013, posto que o dia 1º.05 é feriado nacional)

3 - férias: R$ 27,00 x 30 dias = R$ 810,00

4 - 1/3 de R$ 810,00 = R$ 270,00

6 - Total de férias = R$ 1.080,00

As férias devem ser pagas até 2 dias antes do início do gozo.

A contribuição previdenciária incidirá sobre as férias, terço constitucional (1/3 das férias) e saldo de salário, se for o caso, relativo ao mês dorespectivo gozo, cujas alíquotas correspondem aos percentuais de 8%, 9% ou 11%, conforme o salário-de-contribuição. Seu recolhimentoserá feito por meio da Guia da Previdência Social (GPS).

Assim, a contribuição recolhida na GPS corresponde a:

a) empregado: Veja Tabela mensal de contribuição previdenciária

b) empregador:

- alíquota de 12% do salário-de-contribuição de seu empregado doméstico, l imitado ao teto máximo do salário-de-contribuição. Veja Tabela

mensal de contribuição previdenciária

Portanto, o recolhimento na GPS corresponde a 20%, 21% ou 23%, conforme a faixa do salário-de-contribuição.

GPS DE EMPREGADO DOMÉSTICO PARCIALMENTE PREENCHIDA - MODELO

Notas

(1) A Instrução Normativa RFB nº 971/2009 , art. 396 estabelece a forma de preenchimento do documento de arrecadação decontribuições previdenciárias.

(2) O valor da GPS de R$ 216,00 corresponde a aplicação da alíquota de 20% sobre R$ 1.080,00 (soma das férias mais 1/3 das férias),

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4.1.2 Prazo para pagamento

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4.1.3 Contribuição previdenciária

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conforme discriminado adiante:

8% da empregado (8% de R$ 1.080,00 = R$ 86,40)

12% do empregador (12% de R$ 1.080,00 = R$ 129,60)

Férias 30 dias: R$ 810,00

1/3 das férias: R$ 270,00

Total: R$ 1.080,00

(3) O Ato Declaratório Executivo Codac nº 71/2011 , em seu Anexo I, divulgou os códigos de receita a serem util izados pararecolhimento das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e das destinadas a outras entidades ou fundos, recolhidas pormeio da Guia da Previdência Social (GPS).

Para o exemplo do subitem 4.1.1, o recibo pode ser assim elaborado:

Recibo de Pagamento de Férias

Nome do empregado........Ivete...........(inserir o nome completo)

Períodos

aquisitivo: 02.01.2012 a 1º.01.2013

concessivo: 02.01.2013 a 1º.01.2014

de gozo: 1º a 30.04.2013

Remuneração

30 dias R$ 810,00

1/3 do valor das férias (CF, art. 7º, XVII) R$ 270,00

Total: R$ 1.080,00

Desconto

INSS (8%) R$ 86,40

Total R$ 86,40

Total a receber Líquido: R$ 993,60 (R$ 1.080,00 - R$ 86,40)

Recebi de ....... .Ronaldo......... ..(empregador - inserir o nome completo) a importância de R$ 993,60 (novecentos e noventa e três reais esessenta centavos) correspondente às férias acima discriminadas.

........... ........... ............ ...., 27 de março de 2013.

(local) e (data)

Ivete

Assinatura do empregado

MODELO DE ANOTAÇÃO DE FÉRIAS DE EMPREGADO DOMÉSTICO

Na página própria, anotar:

ANOTAÇÕES DE FÉRIAS

Gozou férias relativas ao período de 02.01.2012 a 1º.01.2013

de 1º.04.2013 a 30.04.2013

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4.1.4 Recibo de férias (não há modelo oficial)

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4.1.5 Anotação na CTPS

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Meses/2012

Tempo trabalhado

Avos proporcionais

Jun

11 dias

-

Jul

31 dias

1/12

Ago

31 dias

2/12

Set

30 dias

3/12

Out

31 dias

4/12

Nov

30 dias

5/12

Dez

31 dias

6/12

........... ........... ............ ........... ........... ............ ........... ...

Assinatura do empregador

O 13º salário devido ao empregado doméstico, da mesma forma que o 13º salário dos empregados em geral, é pago em duas parcelas. Aprimeira entre fevereiro e novembro de cada ano e a segunda até 20 de dezembro.

Calcula-se o 13º salário com base em 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço do ano correspondente, sendoconsiderado mês integral a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho.

Assim, por exemplo, no ano de 2012, caso o empregado doméstico tenha sido admitido em 20.06.2012, contou-se:

PAGAMENTO DE 13º SALÁRIO DE EMPREGADO DOMÉSTICO EM 2012

a) admissão em 20.06.2012

- salário mensal: R$ 900,00

- tempo de serviço até outubro/2012: 4/12

13º salário:

- 1ª parcela (até 30.11.2012)

R$ 900,00 ÷ 12 = R$ 75,00

R$ 75,00 x 4 = R$ 300,00

R$ 300,00 ÷ 2 = R$ 150,00

- 2ª parcela (até 20.12.2012)

- salário mantido em R$ 900,00

R$ 900,00 ÷ 12 = R$ 75,00

R$ 75,00 x 6 = R$ 450,00

R$ 450,00 - R$ 150,00 (1ª parcela) = R$ 300,00 (2ª parcela)

Notas

(1) Há os que consideram, no tempo de serviço, para pagamento da 1ª parcela, o mês de novembro, passando o adiantamento a sercalculado, no exemplo, à base de 50% de 5/12, desde que o empregado já tenha trabalhado, no mínimo, 15 dias em novembro.Entretanto, como a Lei nº 4.749/1965 , art. 2º , determina o adiantamento do 13º salário na importância correspondente à metadedo salário do mês anterior (base de cálculo), entende-se que a contagem dos avos proporcionais, também, deve ir até aquele mês. Noexemplo, até outubro/2012.

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4.2 13º salário

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(2) Nada impede que o 13º salário seja pago integralmente em parcela única, até 30 de novembro, devendo ser complementada eventualdiferença até 20 de dezembro, caso nesse mês (dezembro) ocorra majoração salarial. Lembra-se, entretanto, que a prática reiterada dopagamento integral antecipado pode implicar aquisição do direito (ajuste tácito ao contrato de trabalho), pelo empregado, de semprereceber integralmente o 13º salário antes do prazo legal.

b) admissão em 12.12.2012

- salário mensal em dezembro/2012: R$ 720,00

- tempo de serviço para 13º: 1/12

- pagamento até 20.12.2012

- R$ 720,00 ÷ 12 x 1 = R$ 60,00

O desconto previdenciário relativo ao 13º salário deve ser efetuado, por ocasião do pagamento da parcela final, em separado do salário domês, sem abatimento da antecipação. O seu recolhimento efetua-se até 20 de dezembro ou dia úti l imediatamente anterior. No caso derescisão contratual, o recolhimento deve ser efetuado no prazo normal de recolhimento das demais contribuições previdenciárias.

Lembramos que, nos afastamentos da empregada doméstica por motivo de licença-maternidade, o abono anual pago pelo INSS (13º salárioproporcional ao período de salário-maternidade) estará sujeito ao encargo previdenciário por ocasião do pagamento da parcela final do 13ºsalário ou da rescisão do contrato de trabalho (Instrução Normativa RFB nº 971/2009 , arts. 92, 95 e Instrução Normativa INSS nº45/2010 , arts. 345 ).

Vale destacar que é proibido a uti lização de documento de arrecadação previdenciária de valor inferior a R$ 10,00. Se o valor a recolher nacompetência for inferior ao valor mínimo estabelecido (R$ 10,00), deverá ser adicionado ao devido na competência seguinte, e assimsucessivamente, até atingir o valor mínimo permitido para recolhimento.

Lembra-se que a Resolução DC/INSS nº 39/2000 determinava que desde 1º.12.2000, estava vedada a util ização de documento dearrecadação previdenciária de valor inferior a R$ 29,00.

Com a alteração verificada no art. 398 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 com as alterações da Instrução Normativa RFB nº1.238/2012 , este valor passa a ser de R$ 10,00.

Recorda-se que, por meio da Resolução INSS nº 657/1998 , foi instituída a Guia da Previdência Social (GPS), a qual está em vigor desde acompetência março/1999 para recolhimento a partir de 1º.04.1999, cujo preenchimento deverá observar as disposições da InstruçãoNormativa RFB nº 971/2009 , art. 396 e o disposto na Lei nº 8.212/1991 ; Lei nº 8.213/1991 e no Regulamento da

Previdência Social , aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 , inclusive as disposições relativas ao Manual da GFIP para Usuários doSistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (Sefip), versão 8.4, aprovado pela Instrução Normativa RFB nº880/2008 , Circular Caixa nº 451/2008 e Comunicado Caixa s/nº (DOU 3 de 17.10.2008).

Nota

Veja a íntegra do Manual do FGTS - Versão 8.4 no procedimento Trabalhista/FGTS/ Manual da GFIP/Sefip para usuários doSefip 8 .

Por meio da Medida Provisória nº 284/2006 , convertida na Lei nº 11.324/2006 , foi acrescido o § 6º ao art. 30 da Lei nº8.212/1991 para facultar ao empregador doméstico proceder ao recolhimento da contribuição previdenciária (parte empregador e parteempregado) relativa à competência novembro, até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição referente ao 13º salário,uti l izando-se de um único documento de arrecadação.

Levando-se em consideração os comentários descritos anteriormente, inserimos no exemplo do subitem 4.2.2.1 o modelo da GPS parcialmentepreenchido, considerando apenas o recolhimento da contribuição previdenciária sobre o 13º salário.

A tabela mensal de contribuições previdenciárias do segurado empregado doméstico válida para a competência dezembro/2012 corresponde a:

a) empregado:

- alíquota de 8% incidente nos valores até R$ 1.174,86; 9%, de R$ 1.174,87 a R$ 1.958,10; 11%, de R$ 1.958,11 a R$ 3.916,20 (valoresvigentes em dezembro/2012).

b) empregador:

- alíquota de 12% do salário-de-contribuição de seu empregado doméstico, até R$ 3.916,20 (l imite máximo de contribuição vigente emdezembro/2012).

Portanto, o recolhimento na GPS corresponde a 20%, 21%, ou 23%, conforme a faixa do salário-de-contribuição.

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4.2.1 Desconto previdenciário - Procedimentos

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9 de 39 03/05/2013 18:01

Nota

Por intermédio da Portaria Interministerial MPS/MF nº 15/2013 foi divulgada a tabela de salários-de-contribuição dos

segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso para fatos geradores que ocorrerem a partir dacompetência janeiro/2013.

a) 13º salário devido em 2012 = R$ 800,00;

- recolhimento na GPS: R$ 160,00 (20%) de R$ 800,00, ou seja, 8% do empregado e 12% do empregador);

b) 13º salário devido = R$ 1.200,00

- recolhimento na GPS = R$ 252,00 (21% de R$ 1.200,00, ou seja, 9% do empregado e 12% do empregador);

c) 13º salário devido = R$ 4.000,00

- recolhimento na GPS equivale a R$ 900,73 (23% de R$ 3.916,20 - l imite máximo de contribuição vigente em dezembro/2012, ou seja, 11%do empregado e 12% do empregador).

Nota

Por intermédio da Portaria Interministerial MPS/MF nº 15/2013 foi divulgada a tabela de salários-de-contribuição dos

segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso para fatos geradores que ocorrerem a partir dacompetência janeiro/2013.

O modelo da GPS que se segue corresponde ao pagamento do 13º salário/2012 no valor de um salário mínimo R$ 622,00).

GPS DE 13º SALÁRIO DO EMPREGADO DOMÉSTICO PREENCHIDA PARCIALMENTE - MODELO

Notas

(1) Na GPS relativa ao 13º salário inserir no campo 4 - Competência: 13/2012.

(2) O Ato Declaratório Executivo Codac nº 71/2011 , em seu Anexo I, divulgou os códigos de receita a serem util izados pararecolhimento das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e das destinadas a outras entidades ou fundos, recolhidas pormeio da Guia da Previdência Social (GPS).

Importante

Valor correto se recolhido até 20.12.2012 ou dia útil imediatamente anterior se não houve expediente bancário no dia 20.

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4.2.2 Exemplos

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4.2.2.1 Preenchimento parcial da GPS

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10 de 39 03/05/2013 18:01

Lembra-se que o recolhimento normal sobre o salário de dezembro/2012 foi realizado até 15.01.2013 ou dia úti l imediatamente posterior senão houve expediente bancário no dia 15. No campo competência, nesse caso, foi inserido 12/2012.

Caso o empregador doméstico tenha optado pelo recolhimento trimestral (*) da contribuição previdenciária normal relativa à competênciadezembro/2012, o prazo de recolhimento foi até 15.01.2013 ou dia úti l imediatamente posterior se não houve expediente bancário no dia 15.

(*) Importante

Sobre a possibil idade do recolhimento trimestral, veja se necessário, a Lei nº 9.676/1998 , que dispõe sobre a periodicidade derecolhimento das contribuições previdenciárias.

Cumpre notar que o art. 397 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 contém as normas a serem observadas para a opção pelorecolhimento trimestral das contribuições previdenciárias devidas pelos contribuintes individuais.

No que tange ao preenchimento da GPS, lembramos que o contribuinte individual, o facultativo e o empregado/empregador doméstico deverãorespeitar o trimestre civil, registrando no campo "04 - Competência" da GPS o último mês do respectivo período, ou seja:

a) 1º trimestre - janeiro, fevereiro e março, indicar na GPS competência 03 (março) e o ano a que se referir;

b) 2º trimestre - abril, maio e junho, indicar na GPS a competência 06 (junho) e o ano a que se referir;

c) 3º trimestre - julho, agosto e setembro, indicar na GPS a competência 09 (setembro) e o ano a que se referir;

d) 4º trimestre - outubro, novembro e dezembro, indicar na GPS a competência 12 (dezembro) e o ano a que se referir.

Nota

Não se aplica o recolhimento trimestral quando se tratar de recolhimento calculado sobre piso salarial fixado por lei estadual ounormativo da categoria diverso do salário mínimo nacional.

O empregado doméstico que está ou esteve em gozo desse benefício recebe do empregador doméstico o 13º salário proporcional relativo aoperíodo de efetivo trabalho, assim considerado o tempo anterior e posterior ao afastamento, e a Previdência Social assume o período relativoao afastamento do trabalho, computando-o para fins de pagamento do abono anual .

Empregado doméstico admitido em 21.01.2009 ficou afastado do trabalho no ano de 2012, de 03.05 a 27.06, por motivo de doença ,percebendo o benefício previdenciário. Nesse caso, o empregador calculou e quitou o 13º salário desse empregado proporcionalmente aosperíodos tidos como efetivamente trabalhados, antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastado percebendo benefícioprevidenciário.

Assim, nesse caso, o empregador computou 10/12 relativos ao 13º proporcional em 2012, dos quais:

a) 4/12 correspondem ao período de 1º.01 a 02.05.2012 (anterior ao início do benefícioprevidenciário); e

b) 6/12 relativos ao período de 28.06 a 31.12.2012 (posterior ao afastamento).

O abono anual é pago pela Previdência Social aos segurados e dependentes que, durante o ano, tenham recebido aposentadoria ,salário-maternidade , pensão por morte , auxílio-acidente , auxílio-doença ou auxílio-reclusão . É apurado, no quecouber, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos trabalhadores, com base no valor da renda mensal do benefício do mês de dezembrode cada ano (Lei nº 8.213/1991 , art. 40 e Instrução Normativa INSS nº 45/2010 , art. 345 ).

No ano de 2012, o pagamento do abono anual foi efetuado em duas parcelas, sendo a primeira, equivalente a até 50% do valor do benefíciocorrespondente ao mês de agosto, paga juntamente com o benefício correspondente a esse mês. O valor da segunda parcela correspondeu àdiferença entre o valor total do abono anual e o valor da parcela antecipada e foié paga juntamente com o benefício correspondente ao mêsde novembro (Decreto nº 7.782/2012 ).

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4.2.3 Afastamento por motivo de doença e licença-maternidade - Abono anual pago pela previdência social - Implicações

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4.2.3.1 Auxílio-doença

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4.2.3.2 Abono anual a cargo da Previdência Social

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11 de 39 03/05/2013 18:01

Nota

A Constituição Federal/1988 , art. 7º , VIII e o parágrafo único, na redação da Emenda Constitucional nº 72/2013 ,estabelecem:

"Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

.. ........... ........... ............ ........... ............ ........... ...

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

............. ........... ............ ........... ............ ........... ...

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV,XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada asimplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suaspeculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social."

Nos termos da Instrução Normativa INSS nº 45/2010 , art. 345 , § 3º, ficou estabelecido que o valor do abono anual (13º salárioproporcional ao período de duração do salário-maternidade ) será pago, em cada exercício, pelo INSS, juntamente com a última parcelado benefício nele devido, observado o pagamento em duas parcelas conforme informado no subitem 4.2.3.2

Empregada doméstica ficou afastada do trabalho por motivo de licença-maternidade durante 120 dias, no período de 25.03 a 22.07.2012.Nessa hipótese, a Previdência Social arcou com o pagamento do abono anual de 4/12 correspondente ao período de afastamento por l icença-maternidade e o empregador doméstico calculou e pagou o 13º salário/2012 dessa empregada proporcionalmente aos períodos tidos comoefetivamente trabalhados, antes e depois do lapso de tempo em que esteve afastada, bem como quitou eventual diferença entre o efetivovalor do 13º salário no período de afastamento e o valor do abono anual pago pelo INSS, ou seja:

a) 3/12 correspondente ao período de 1º.01 a 24.03.2012 (anterior ao afastamento);

b) 5/12 relativos ao período de 23.07 a 31.12.2012 (posterior ao afastamento);

c) 4/12 pertinentes ao período de afastamento de 25.03 a 22.07.2012, deduzido o valor do abono anual pago pela Previdência Social relativoa esse período de afastamento.

Sobre a incidência do encargo previdenciário da parte do empregador doméstico sobre o referido abono anual pago pelo INSS, veja o subitem4.2.1 deste texto.

(Lei nº 4.090/1962 , Lei nº 4.749/1965 , Lei nº 5.859/1972 , Lei nº 11.324/2006 , Decreto nº 57.155/1965 e Decreto nº71.885/1973 )

O Vale-Transporte (VT) constitui benefício que o empregador antecipará ao empregado doméstico para utilização efetiva em despesas dedeslocamento residência-trabalho e vice-versa.

Entende-se por deslocamento a soma dos seguimentos componentes da viagem do beneficiário, por um ou mais meios de transporte, entresua residência e o local de trabalho.

Para receber o VT, o empregado deve informar, por escrito, ao empregador:

a) seu endereço residencial;

b) serviços e meios de transporte mais adequados ao deslocamento residência-trabalho evice-versa.

O VT é custeado:

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4.2.3.3 Licença-maternidade

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4.3 Vale-transporte

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4.3.1 Direito - Exercício - Condições

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4.3.2 Custeio

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12 de 39 03/05/2013 18:01

a) pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% do seu salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ouvantagens;

b) pelo empregador, no que exceder à parcela mencionada anteriormente.

CÁLCULO DO VALE TRANSPORTE DE EMPREGADO DOMÉSTICO - EXEMPLO

Beneficiário/empregador = custeio

Fornecimento VT = janeiro/2013 = 26 dias trabalhados (considerando o trabalho aos sábados)

Deslocamento diário = 4 coletivos a R$ 4,00 cada = R$ 16,00 x 26 dias = R$ 416,00

Salário/beneficiário = R$ 1.200,00

Custeio:

1 - Beneficiário = 6% de R$ 1.200,00 = R$ 72,00

2 - Empregador = R$ 416,00 - R$ 72,00 = R$ 344,00

3 - Total = R$ 416,00

O empregador está autorizado a descontar, mensalmente, do beneficiário o valor correspondente a 6% do salário básico ou vencimento,excluídos quaisquer adicionais ou vantagens, l imitado ao montante de VT fornecido.

O valor da parcela a ser custeada pelo beneficiário será descontado proporcionalmente à quantidade de VT concedida no período a que serefere o salário ou vencimento e por ocasião do pagamento.

À empregada doméstica assegura-se, também, o direito à licença-gestante , sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120dias.

No decorrer do período da licença, a doméstica faz jus à renda mensal, independentemente de carência, isto é, com qualquer tempo deserviço, durante 28 dias antes e 91 dias depois do parto, paga diretamente pela Previdência Social, em valor igual ao seu último salário-de-contribuição.

Nos termos da Lei nº 8.213/1991 , art. 71-A , acrescido pela Lei nº 10.421/2002 , ficou estabelecido que, à segurada da PrevidênciaSocial que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 dias, se acriança tiver até 1 ano de idade; de 60 dias, se a criança tiver entre 1 e 4 anos de idade; e de 30 dias, se a criança tiver de 4 a 8 anos deidade.

Importante

Não obstante o mencionado no parágrafo anterior, por meio de decisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº5019632-23.2011.404.7200/SC, ajuizada pelo Ministério Público Federal, foi determinado que o INSS, sob pena de multa de R$ 10.000,00 aodia, conceda salário-maternidade de 120 dias às seguradas que adotaram ou que obtiveram a guarda judicial para fins de adoção de criançaou adolescente independentemente da idade do adotado.

Em casos excepcionais, o período de repouso antes e depois do parto pode ser aumentado em mais 2 semanas, mediante atestado médico

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4.3.3 Desconto

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4.3.4 Parcela - Valor

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4.4 Licença-gestante

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4.4.1 Mãe adotiva ou guardiã - Salário-maternidade

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4.4.2 Período de repouso - Aumento - Exceção

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13 de 39 03/05/2013 18:01

específico.

Nesta hipótese, a segurada continua com direito aos 120 dias.

Desde que comprovado por atestado médico, a segurada, neste caso, faz jus ao salário-maternidade correspondente a 2 semanas (14 dias).

É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada doméstica gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após oparto.

Durante o período de licença-gestante da empregada doméstica, caberá ao empregador o recolhimento da contribuição previdenciária apenasda parcela a seu cargo, ou seja, 12% do respectivo salário-de-contribuição, até o dia 15 do mês seguinte àquele a que se referir acontribuição ( RPS , aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 , art. 216 , VIII).

Não havendo expediente bancário, prorrogar o recolhimento.

RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE EMPREGADA DOMÉSTICA DURANTE LICENÇA MATERNIDADE - EXEMPLO

Empregada doméstica trabalhou até o dia 31.05.2012 e, devido à proximidade do parto, com base em atestado médico, se afastou doemprego em 1º.06.2012. Seu último salário, referente a maio/2012, foi de R$ 1.200,00.

Coube ao empregador, nesta hipótese, efetuar o recolhimento de R$ 144,00 (12% de R$ 1.200,00) na respectiva Guia da Previdência Social(GPS) de sua empregada, por ser esta a parcela de contribuição previdenciária a seu cargo, recolhida, conforme o já exposto, durante todo operíodo de seu afastamento motivado pela licença-gestante, isto é, no exemplo, a contar da competência junho/2012.

Lembra-se ainda que, é proibido a uti l ização de documento de arrecadação previdenciária de valor inferior a R$ 10,00. Se o valor a recolherna competência for inferior ao valor mínimo estabelecido (R$ 10,00), deverá ser adicionado ao devido na competência seguinte, e assimsucessivamente, até atingir o valor mínimo permitido para recolhimento.

Direito garantido aos domésticos, desde 05.10.1988, transitoriamente fixado em 5 dias (CF, ADCT , art. 10 , § 1º).

O repouso deverá recair, preferencialmente, aos domingos, segundo o texto constitucional. Contudo, não necessariamente, podendo-seajustar a folga em outro dia da semana.

Para fazer jus à remuneração do repouso semanal, o doméstico deve cumprir integralmente o seu horário de trabalho semanal.

Contudo, se o empregado faltar ao serviço e o empregador não descontar essa falta, é porque a considerou justificada, não podendo fazê-lomais adiante.

O empregador doméstico, ao rescindir o contrato de trabalho que mantém com os empregados domésticos que lhe prestam serviços

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4.4.3 Parto antecipado

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4.4.4 Aborto não criminoso

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4.4.5 Estabilidade provisória

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4.4.6 Empregador doméstico - Procedimento

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4.5 Licença-paternidade

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4.6 Repouso Semanal Remunerado (RSR)

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4.7 Aviso prévio

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14 de 39 03/05/2013 18:01

(cozinheira, copeira, mordomo, babá, jardineiro, motorista, dentre outros), deve avisá-los previamente de sua intenção, com antecedênciamínima de 30 dias.

Nota

Não obstante as orientações contidas neste texto, cumpre notar que o Governo Federal sancionou a Lei nº 12.506/2011 paradeterminar que o aviso-prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada peloDecreto-lei nº 5.452/1943 , será concedido na proporção de 30 dias aos empregados que contem até 1 ano de serviço na mesmaempresa.

Ao aviso-prévio ora mencionado, serão acrescidos 3 dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 dias,perfazendo um total de até 90 dias.

O Capítulo VI do Título IV da CLT trata do aviso-prévio em seus arts. 487 a 491.

A citada Lei entrou em vigor na data de sua publicação, ou seja, 13.10.2011.

Desta forma, como a Lei nº 12.506/2011 não trouxe os esclarecimentos necessários sobre as várias implicações legais decorrentes daaplicação prática do aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço e, até que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) venha publicaruma portaria ou instrução normativa ou outro ato legal disciplinando tais implicações, recomendamos, por medida preventiva, que oempregador consulte antecipadamente, o órgão regional do MTE e a entidade sindical da respectiva categoria profissional, a fim de obteras orientações cabíveis sobre o assunto e adotar a posição que julgue mais adequada.

Recorda-se, por fim, que a decisão final sobre as controvérsias decorrentes da aplicação da Lei nº 12.506/2011 competirá ao PoderJudiciário quando acionado.

Havendo qualquer manifestação oficial por parte dos órgãos competentes sobre o tema, voltaremos a informar.

Quanto à obrigação de o empregado doméstico cumprir o aviso prévio na hipótese de pedido de demissão, existem duas correntes deentendimento.

A primeira entende que o empregado doméstico tem somente o direito ao aviso prévio e não à obrigação, visto que a CF, em seu art. 7º,caput trata apenas dos direitos dos trabalhadores e que a obrigação ao aviso prévio está prevista na Consolidação das Leis doTrabalho ( CLT , art. 487 , § 2º), a qual não se aplica a essa classe de trabalhadores (domésticos), ou seja, caso o doméstico venha apedir demissão, não estaria, segundo essa corrente, obrigado a conceder o aviso prévio ao empregador.

Já uma segunda corrente defende que a todo direito se contrapõe uma obrigação. Assim, se aos trabalhadores domésticos é estendido odireito ao aviso prévio, automaticamente, também, será imposto a eles, no caso de pedido de demissão, o dever da concessão do aviso prévioao empregador doméstico, sob pena de ressarcir o valor correspondente (indenização por parte do doméstico).

Lembramos, ainda, que o aviso prévio concedido pelo empregador possibil ita ao empregado a procura de nova colocação. Por outro lado, nopedido de demissão, o empregador deve ter a mesma oportunidade, isto é, de contratação de outro empregado para o cargo.

Diante do exposto, entendemos que a segunda corrente é mais condizente com o objetivo preconizado na legislação, ou seja, deve oempregado que pede demissão do emprego conceder o aviso prévio ao seu empregador, sob pena de o desconto do valor relativo ao aviso serefetuado quando do pagamento das demais verbas rescisórias.

Não obstante o entendimento por nós adotado ressaltamos que o empregador doméstico deverá se acautelar diante da ocorrência concreta docaso citado, devendo, por medida preventiva, consultar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sobre o assunto, e lembrar que caberá àJustiça do Trabalho a decisão final da controvérsia, caso a parte que se sinta prejudicada, intente a competente ação.

Para eventual comprovação de pagamento ao rescindir o contrato de trabalho, o empregador doméstico deve exigir do empregado a quitaçãodos valores que estão sendo pagos.

Não há obrigatoriedade de procurar assistência do sindicato ou do órgão local da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE)para homologação, por não se aplicar ao doméstico o disposto no CLT , art. 477 , § 1º.

Nesse sentido dispõe a Instrução Normativa SRT nº 15/2010 , art. 5º , a qual ao estabelecer os procedimentos a serem observados naassistência ao empregado por ocasião da rescisão do contrato de trabalho exclui da mencionada assistência a rescisão em que figure oempregador doméstico, ainda que optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) .

Nota

Não obstante o anteriormente exposto, levando-se em consideração que a Emenda Constitucional nº 72/2013 estabeleceu a igualdadede direitos entre os empregados domésticos e os demais empregados, e ainda, que os domésticos passaram a ter representatividadesindical de forma reconhecida legalmente, a exigência da homologação poderá vir a ser estabelecida.

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4.8 Rescisão contratual

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4.8.1 Necessidade ou não de assistência na rescisão contratual do empregado doméstico

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15 de 39 03/05/2013 18:01

No desligamento do doméstico, são devidos:

1 - saldo de salário;

2 - aviso prévio (no pedido de demissão não é devido pelo empregador) (veja nota no subitem 4.7);

3 - férias vencidas (após 1 ano de serviço) se não tiverem sido gozadas e férias proporcionais;

4 - adicional de 1/3 sobre as férias;

5 - 13º salário.

Importante

A Lei nº 5.859/1972 que regulamenta o trabalho doméstico não concede a esta classe de trabalhadores o direito às férias proporcionais.Entretanto, a Convenção nº 132 da OIT aprovada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 47/1981 , ratificada em1997, com o depósito do instrumento de ratificação em 23.09.1998 e, por fim, promulgada pelo Decreto nº 3.197/1999 - DOU de06.10.1999, a qual, desde então, vigora no Brasil, e é aplicada a todos os empregados, excetuados os marítimos, determina ser direito dosempregados o período incompleto de férias.

Notas

(1) O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou em seu site o Manual do Trabalho Doméstico, com o intuito de orientarempregados e empregadores quanto aos seus direitos e deveres, esclarecendo, entre outros, que com base na Convenção nº 132 daOrganização Internacional do Trabalho (OIT), promulgada pelo Decreto nº 3.197/1999 , o trabalhador doméstico tem direito às fériasproporcionais.

(2) Por meio da Portaria MTE nº 1.621/2010 , observadas as alterações da Portaria MTE nº 1.057/2011, entre outras providências,foram aprovados modelos de Termos de Rescisão de Contrato de Trabalho e Termos de Homologação. O parágrafo único do art. 2º damencionada Portaria determina que o Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT), previsto no seu Anexo I, deve ser util izado nasrescisões de contrato de trabalho doméstico.

Incidência da contribuição previdenciária sobre verbas rescisórias

Sobre o saldo de salário ocorre a incidência normal da contribuição previdenciária mediante a aplicação da tabela do salário de contribuiçãovigente no mês da rescisão.

O 13º salário proporcional também sofre a incidência da mencionada contribuição mediante aplicação em separado da tabela de salário decontribuição.

A remuneração de férias indenizadas, inclusive seu respectivo terço constitucional não integram o salário-de-contribuição previdenciária,conforme previsto no RPS , aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 , art. 214 , § 9º, IV.

No que se refere à parcela de aviso prévio indenizado para fins de incidência ou não do encargo previdenciário, observa-se se tratar dequestão controvertida.

A Constituição Federal em seu art. 195, incisos I, alínea "a" e II determina:

"Art. 195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursosprovenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe presteserviço, mesmo sem vínculo empregatício;

(...).

II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensãoconcedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201;

(...)."

A Lei nº 8.212/1991 que trata da organização da Seguridade Social e institui o Plano de Custeio da Previdência Social no inciso I do art.28 define salário-de-contribuição para fins previdenciários.

Segundo o referido dispositivo legal, para o empregado e trabalhador avulso, salário-de-contribuição é a remuneração auferida em uma oumais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados aretribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos

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4.8.2 Direitos na rescisão

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decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador deserviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

Lembramos que a mesma disposição acima se encontra prevista no inciso I do art. 214 do Regulamento da Previdência Social (RPS),aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 e no inciso I do art. 55 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009 , que dispõe sobre as normasgerais de tributação previdenciária e de arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e as destinadas a outrasentidades ou fundos, administradas pela RFB.

Considerando a determinação constitucional e a definição legal de salário-de-contribuição anteriormente descrita, constata-se que acontribuição previdenciária incide sobre a contraprestação auferida decorrente do exercício do trabalho ou do tempo à disposição doempregador, no curso de uma relação empregatícia ou de trabalho.

O aviso prévio, na sua forma indenizada, não representa contraprestação pelo trabalho executado tampouco tempo à disposição doempregador, visto que durante o período de sua projeção, considerada para fins de pagamento das demais verbas rescisórias, não existe maisqualquer obrigação por parte do trabalhador em manter a prestação de serviço que existia antes do rompimento do contrato laboral. Assim, oempregador indeniza o empregado, l iberando-o totalmente de qualquer vínculo de emprego.

Também deve ser levado em consideração, que na definição anterior de salário-de-contribuição, em nenhum momento o legislador inseriuqualquer termo vinculado a uma parcela indenizatória, reforçando ainda mais a tese de que sobre o aviso prévio indenizado não há incidênciada contribuição previdenciária.

Vale ressaltar que, originariamente, a Lei nº 8.212/1991 , em seu art. 28, § 9º, alínea "e", continha previsão expressa sobre anão-incidência do encargo previdenciário sobre o aviso prévio indenizado.

Com o advento da Lei nº 9.528/1997 foi alterada a redação do § 9º do art. 28 da Lei nº 8.212/1991 , suprimindo a previsão danão-incidência previdenciária sobre a parcela do aviso prévio indenizado.

Apesar da supressão da previsão expressa de não-incidência do encargo previdenciário sobre a parcela do aviso prévio indenizado, conformealteração promovida pela citada Lei nº 9.528/1997 , o Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº3.048/1999 , previa a não-integração do aviso prévio indenizado no salário-de-contribuição, conforme determinava o seu art. 214, § 9º,inciso V, alínea "f".

Ressalte-se que posteriormente à edição da Lei nº 9.528/1997 , não só o RPS mantinha a exclusão do encargo previdenciário sobre oaviso prévio indenizado, mas também a Instrução Normativa SRP nº 3/2005 , conforme disposto na alínea "f" do inciso VI do art. 72continha a mesma previsão. Porém, em 16.01.2007, por meio da Instrução Normativa SRP nº 20/2007 , a citada alínea "f" foiexpressamente revogada, não havendo mais a previsão da exclusão do encargo previdenciário sobre o aviso prévio indenizado na citadaInstrução Normativa.

Nota

A mencionada Instrução Normativa SRP nº 3/2005 foi expressamente revogada pela Instrução Normativa RFB nº 971/2009 .

Como ainda restava o RPS como o único diploma legal que ainda mantinha a previsão expressa da não-incidência previdenciária sobre aparcela do aviso prévio indenizado, surgiu finalmente o Decreto nº 6.727/2009 , o qual em 13.01.2009 revogou expressamente a alínea"f", inciso V, § 9º do art. 214 do RPS que trazia a previsão da não-incidência do encargo previdenciário sobre o prévio indenizado,extinguindo, assim, o último dispositivo legal que ainda mantinha, expressamente, a parcela do aviso prévio indenizado na relação das verbasque não integram o salário-de-contribuição.

Não obstante a revogação da mencionada alínea "f" devemos lembrar que a alínea "m" do mesmo inciso V do § 9º do art. 214 do RPS , aqual continua em vigor, esclarece que não integra o salário-de-contribuição outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei.Dessa forma, considerando ser o aviso prévio indenizado verba de natureza indenizatória e prevista em lei, estaria enquadrado na citadaalínea "m".

Ressalte-se ainda, que apesar da revogação dos dispositivos legais que previam expressamente a não integração do aviso prévio indenizadono salário-de-contribuição, em nenhum momento a Lei nº 8.212/1991 ou o RPS previu expressamente a integração.

Pela análise dos dispositivos legais anteriormente mencionados e considerando ser o aviso prévio indenizado, tipicamente, verba de naturezaindenizatória, não obstante a controvérsia existente, há uma forte corrente de entendimento que defende a não-incidência do encargoprevidenciário sobre os valores pagos a tal título.

Não obstante o anteriormente exposto, a Receita Federal do Brasil (RFB), órgão arrecadador, por meio da Instrução Normativa nº 925/2009 -DOU de 09.03.2009, a qual dispõe, entre outras providências, sobre as informações a serem declaradas na GFIP, determinou que a partir de1º.01.2009, as pessoas jurídicas ou os contribuintes equiparados que efetuarem rescisão de contrato de trabalho de seus empregados epagarem aviso prévio indenizado, deverão preencher o Sefip da seguinte forma:

- o valor do aviso prévio indenizado não deverá ser informado;

- o valor do avo de 13º salário correspondente ao aviso prévio indenizado deverá ser informado no campo "Base de Cálculo 13º salárioda Previdência Social", exceto no caso de empregado que tenha trabalhado por um período inferior a 15 dias durante o ano, cujainformação não poderá ser prestada até que o Sefip seja adaptado;

- nessas hipóteses a GPS gerada pelo Sefip deverá ser desprezada, devendo ser preenchida GPS manualmente com os valoresefetivamente devidos, incluindo as contribuições incidentes sobre o aviso prévio indenizado e sobre o 13º salário correspondente aoaviso prévio indenizado, observado que para fins de cálculo das contribuições e de enquadramento na tabela de salário-de-contribuição,o valor do aviso prévio indenizado deverá ser somado às outras verbas rescisórias que possuem incidência de contribuiçõesprevidenciárias, na competência do desligamento;

- o avo do 13º salário correspondente ao aviso prévio indenizado deve ser somado ao valor do 13º salário proporcional, correspondenteao valor bruto da gratificação sem compensação dos adiantamentos pagos, mediante aplicação, em separado, da tabela de salário-

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de-contribuição;

- as informações prestadas em GFIP em desacordo com o anteriormente exposto poderão ser retificadas por meio da apresentação deGFIP retificadora. A mencionada retificação não sujeitará o sujeito passivo à multa prevista no inciso II do art. 32-A da Lei nº8.212/1991 .

Desde 13.01.2009, não há na Lei nº 8.212/1991 ou no RPS dispositivo expresso determinando a não-incidência da contribuiçãoprevidenciária na verba paga a título de aviso prévio indenizado, tampouco, entendimento pacífico de que a referida verba pode serconsiderada salário-de-contribuição, uma vez que não se coaduna com a definição de salário-de-contribuição contida no inciso I do art. 28 ,da Lei nº 8.212/1991 .

No que concerne ao encargo previdenciário sobre a parcela (avo) correspondente do 13º salário proporcional decorrente da projeção doperíodo do aviso prévio indenizado, informamos que, atualmente, não há na Lei nº 8.212/1991 , ou no RPS (Decreto nº 3.048/1999 )qualquer previsão expressa sobre a não-incidência previdenciária, havendo entendimento no sentido de que prevalece sobre a referida parcelaacessória, a mesma sorte da parcela principal que é o aviso prévio indenizado, observados os comentários anteriores.

Diante de todo o exposto e, considerando a polêmica que se estabelece no que tange à interpretação da atual legislação relativa ao encargoprevidenciário sobre o aviso prévio indenizado, e o entendimento da RFB favorável à tributação, caberá ao Poder Judiciário a soluçãodefinitiva da controvérsia, caso a parte que se sinta prejudicada promova a competente ação.

Na parte inferior da página em que foi registrado o contrato de trabalho inicial, anotar a data da saída e assinar:

BAIXA DA CTPS DO EMPREGADO DOMÉSTICO - EXEMPLO DE PREENCHIMENTO

A inscrição do empregado doméstico na Previdência Social deve ser feita:

a) no INSS, pelo Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) ou pelo número de Identificação do Trabalhador no PIS ou noPasep;

b) com a util ização da Internet na página www.previdenciasocial.gov.br ou do serviço telefônico (Central 135)

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4.8.3 CTPS - Baixa

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4.9 Previdência Social

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4.9.1 Inscrição

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A contribuição do empregado doméstico é calculada mediante a aplicação não cumulativa do percentual de 8%, 9% ou 11%, sobre o seusalário-de-contribuição mensal, observado o l imite máximo e de acordo com as tabelas divulgadas pela Receita Federal do Brasil.

O seu recolhimento deve ser efetivado, pelo empregador doméstico, juntamente com a parcela a seu cargo, até o dia 15 do mês seguinte aoda competência por meio da Guia da Previdência Social (GPS), prorrogando-se o recolhimento para o 1º dia úti l subsequente quando nãohouver expediente bancário no dia 15, salvo no caso de opção pelo recolhimento trimestral.

O empregador doméstico poderá optar pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias, com vencimento no dia 15 do mêsseguinte ao de cada trimestre civil, se o salário-de-contribuição do empregado a seu serviço for igual ou inferior a um salário mínimo de R$678,00 desde 1º.01.2013, de acordo com a Decreto nº 7.872/2012.

Cumpre notar que a Instrução Normativa RFB nº 971/2009 , art. 397 contém as normas a serem observadas para a opção pelorecolhimento trimestral das contribuições previdenciárias devidas.

No que tange ao preenchimento da GPS, lembramos que o contribuinte individual, o facultativo e o empregado/empregador doméstico deverãorespeitar o trimestre civil, registrando no campo "04 - Competência" da GPS o último mês do respectivo período, ou seja:

a) 1º trimestre - janeiro, fevereiro e março, indicar na GPS competência 03 (março) e o ano a que se referir;

b) 2º trimestre - abril, maio e junho, indicar na GPS a competência 06 (junho) e o ano a que se referir;

c) 3º trimestre - julho, agosto e setembro, indicar na GPS a competência 09 (setembro) e o ano a que se referir;

d) 4º trimestre - outubro, novembro e dezembro, indicar na GPS a competência 12 (dezembro) e o ano a que se referir.

RECOLHIMENTO MENSAL DE INSS DO EMPREGADO DOMÉSTICO - GPS PREENCHIDA PARCIALMENTE - EXEMPLO

Recolhimento pelo empregador doméstico (contribuição da parte do empregado doméstico e da parte do empregador), relativo à competênciajaneiro/2013 efetuado em 15.02.2013, cujo empregado percebeu o salário de R$ 800,00.

- Contribuição: R$ 160,00 (20 % de R$ 800,00)

Importante

O Ato Declaratório Executivo Codac nº 71/2011 , em seu Anexo I, divulgou os códigos de receita a serem utilizados para recolhimento dascontribuições sociais destinadas à Previdência Social e das destinadas a outras entidades ou fundos, recolhidas por meio da Guia daPrevidência Social (GPS).

O empregador doméstico poderá optar pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias, com vencimento no dia 15 do mêsseguinte ao de cada trimestre civil, se o salário-de-contribuição do empregado a seu serviço for igual ou inferior a um salário mínimo .

Notas

(1) O Decreto nº 7.872/2012 que entrou em vigor em 1º.01.2013 determinou que desdea mesma data (1º.01.2013), o salário mínimomensal é de R$ 678,00. O valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 22,60 e o seu valor horário a R$ 3,08.

(2) Por intermédio da Portaria Interministerial MPS/MF nº 15/2013 foi divulgada a tabela de salários-de-contribuição dos

segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso para fatos geradores que ocorrerem a partir dacompetência janeiro/2013.

RECOLHIMENTO TRIMESTRAL DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DO EMPREGADO DOMÉSTICO - GPS PREENCHIDAPARCIALMENTE - EXEMPLO

Empregador doméstico com opção pelo recolhimento trimestral (contribuição previdenciária da parte do empregador e da parte do empregadodoméstico) relativo às competências janeiro, fevereiro e março/2013, observando-se que o salário mensal efetivamente pago ao seuempregado doméstico correspondeu a R$ 678,00 (salário mínimo vigente nas respectivas competências), para quitação em 15.04.2013.

4.9.2 Contribuição previdenciária - Recolhimento

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- Contribuição: R$ 3406,80 (20 % de R$ 2.034,00)

Importante

O Ato Declaratório Executivo Codac nº 71/2011 , em seu Anexo I, divulgou os códigos de receita a serem utilizados para recolhimento dascontribuições sociais destinadas à Previdência Social e das destinadas a outras entidades ou fundos, recolhidas por meio da Guia daPrevidência Social (GPS).

O empregador doméstico deve arrecadar a contribuição do segurado empregado doméstico a seu serviço e recolhê-la, assim como a parcela aseu cargo, no prazo citado anteriormente ( RPS , aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 , art. 216 , VIII).

O desconto da contribuição sempre se presumirá feito, oportuna e regularmente, pelo empregador doméstico, não sendo líc ito alegar qualqueromissão para se eximir do recolhimento, ficando o empregador diretamente responsável pelas importâncias que deixar de descontar ou tiverdescontado em desacordo com o que determina o Regulamento ( RPS , aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 , art. 216 , § 5º).

Aos trabalhadores domésticos asseguram-se, desde que cumpridos, entre outros, quando for o caso, os períodos de carência, benefícios eserviços previdenciários, na qualidade de segurados obrigatórios. Fazem jus, portanto, a:

a) quanto ao segurado:

1 - aposentadoria por invalidez ;

2 - aposentadoria por idade ;

3 - aposentadoria por tempo de contribuição ;

4 - auxílio-doença ;

5 - salário-maternidade ;

b) quanto ao dependente:

1 - pensão por morte ;

2 - auxílio-reclusão ;

c) quanto ao segurado e dependente:

1 - reabilitação profissional .

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4.9.2.1 Dever

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4.9.2.2 Responsabilidade

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4.9.3 Benefícios

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O segurado empregado, inclusive o doméstico, que, estando ou não em gozo de auxílio-doença , for considerado incapaz para o trabalhoe insuscetível de reabil itação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, desde que cumprida a carência exigida, quandofor o caso, faz jus ao benefício da aposentadoria por invalidez .

A concessão do benefício dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante exame médico-pericial a cargo da PrevidênciaSocial, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu art. 475, determina, entre outros, que o empregado que for aposentado porinvalidez terá o seu contrato de trabalho suspenso. Observa-se, assim, que durante a suspensão do contrato de trabalho regido pela CLT

não pode ocorrer a rescisão contratual por iniciativa do empregador. Ocorre, porém, que o art. 7º, alínea "a", do mesmo diploma legal,dispõe que os preceitos contidos na CLT , salvo, quando for, em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam aosempregados domésticos.

A Lei nº 5.859/1972 , regulamentada pelo Decreto nº 71.885/1973 , que rege o trabalho doméstico, nada dispõe em relação aosprocedimentos a serem observados pelo empregador doméstico quando da ocorrência da aposentadoria por invalidez do seu empregado. ODecreto nº 71.885/1973 , art. 2º dispõe apenas que, excetuado o capítulo das férias, não se aplicam aos empregados domésticos asdisposições da CLT .

Ante o exposto e considerando a falta de previsão na legislação específica aplicada à categoria dos domésticos, bem como as especificidadesdessa relação de emprego, esclarecemos que o empregador doméstico, caso queira, poderá promover a rescisão contratual sem justa causado seu empregado aposentado por invalidez.

Não obstante as disposições anteriores ressaltamos a possibil idade de interpretação contrária. Lembramos que a decisão final acerca daquestão caberá ao Poder Judiciário desde que a parte que se sinta prejudicada promova a correspondente ação.

(Lei nº 5.859/1972 ; Decreto nº 71.885/1973 ; CLT , arts. 7º , "a", e art. 475 ; Instrução Normativa INSS nº 45/2010 , art. 201 ;e RPS/1999 , aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 , art. 43 )

É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene oumoradia.

As referidas despesas não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração para quaisquer efeitos.

Ressalta-se que as despesas com moradia poderão ser descontadas, quando se referir a local diverso da residência em que ocorrer aprestação de serviço, e desde que essa possibil idade tenha sido expressamente acordada entre as partes.

Atualmente a extensão do regime do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos empregados domésticos constitui uma faculdade doempregador. Portanto, só terão direito aos depósitos respectivos os empregados doméstico cujos empregadores optaram por lhes estender omencionado regime.

Veja o item 8 e respectivos subitens e item 9 adiante que tratam dos direitos garantidos pela Emenda Constitucional nº 72/2013 .

O empregado doméstico poderá ser incluído no FGTS mediante requerimento do empregador. A mencionada inclusão é possível desde acompetência março/2000 e dar-se-á pela efetivação do primeiro depósito, realizado pelo empregador doméstico, em conta vinculada abertapara esse fim específico em nome do trabalhador, valendo o depósito efetivado como requerimento.

Uma vez efetivado o primeiro depósito na conta vinculada, o empregado doméstico será automaticamente incluído no FGTS.

A inclusão do empregado doméstico no FGTS é irretratável com relação ao respectivo vínculo contratual e sujeita o empregador àsobrigações e penalidades previstas na Lei nº 8.036/1990 .

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5. Possibilidade de rescisão do contrato de trabalho de empregado doméstico aposentado por invalidez

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6. Fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia - Descontos

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7. FGTS

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7.1 Requerimento de inclusão no FGTS

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Para a realização do recolhimento ao FGTS e da prestação de informações à Previdência Social, o empregador doméstico deverá estar inscritono Cadastro Específico do INSS (CEI).

O trabalhador é identificado no sistema FGTS por meio do seu número de inscrição no PIS/Pasep/CI, o qual deve ser informado sempre quesolicitado nos formulários.

O empregado doméstico será cadastrado quando da efetivação do primeiro recolhimento e o processamento do respectivo arquivo Sefip oupelo processamento da GFIP avulsa.

O recolhimento do FGTS sobre a remuneração mensal devida ou paga ao empregado doméstico, bem como a prestação de informações àPrevidência Social, devem ser efetivados obrigatoriamente mediante a Guia de Recolhimento do FGTS (GRF) gerada pelo aplicativo SistemaEmpresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (Sefip), versão 8.4. Excepcionalmente a GFIP em meio papel aindapode ser apresentada para esse recolhimento nas seguintes formas:

a) Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) avulsa, adquirida no comércio e no site da Caixa(www.caixa.com.br) uti l izada alternativamente à GRF gerada pela Sefip;

b) GFIP pré-impressa, uti lizada exclusivamente por empregadores domésticos, cadastrados nos sistemas do FGTS. Esse formulário éencaminhado pela Caixa, mensalmente, em uma via, para o endereço do empregador cadastrado no FGTS e a sua emissão constitui, tãosomente, mera l iberalidade da Caixa na qualidade de Agente Operador do FGTS.

Na eventual não recepção da GFIP pré-impressa, o empregador doméstico deve efetuar o recolhimento do FGTS util izando-se de GFIP avulsa,da GFIP impressa do site da Caixa, ou da GRF gerada pelo Sefip.

A opção pela apresentação GRF determina o cancelamento do envio da GFIP pré-impressa ao empregador.

O preenchimento da GFIP avulsa e da GFIP pré-impressa deve ser efetuado de acordo com as orientações constantes dos itens 5.3 e 5.4 daCircular Caixa nº 548/2011 .

A elaboração da GFIP/Sefip pelo empregador doméstico deve observar, entre outros, o seguinte:

a) campo 04 - CNPJ/CEI do empregador - informar o n° do CEI do empregador doméstico;

b) campo 10 - FPAS - informar o código 868;

c) campo 11 - Terceiros - não preencher;

d) campo 12 - Simples - informar o código 1 (não optante);

e) campo 13 - Alíquota SAT - não preencher;

f) campo 14 - CNAE - informar o código 9700500;

g) campo 25 - Código Recolhimento - informar o código 115;

h) campo 27 - Nº PIS-Pasep/Inscrição do Contribuinte Individual - para o empregado doméstico não inscrito no PIS-Pasep, informar onúmero de inscrição na condição de Contribuinte Individual (CI), da Previdência Social;

i) campo 28 - Admissão (Data) - informar, logo abaixo da data de admissão, a data em que o empregador doméstico optou pelainclusão desse trabalhador no Sistema do FGTS (essa data não pode ser anterior a 01.03.2000);

j) campo 30 - Categoria - informar o código 06 (empregado doméstico);

k) campo 36 - Nascimento (Data) - o preenchimento deste campo é obrigatório para empregado doméstico (categoria 6).

Os depósitos do FGTS relativos a 8% sobre a remuneração paga ou devida ao empregado doméstico no mês anterior deverão ser efetuadosaté o dia 7 do mês subsequente ao da competência devida.

Se no dia 7 não houver expediente bancário, o prazo para recolhimento, sem acréscimos legais, será o dia úti l imediatamente anterior ao dia7.

Para fins de recolhimento dos depósitos rescisórios do FGTS (mês da rescisão e mês imediatamente anterior, caso ainda não tenha sidoefetuado, aviso prévio indenizado, quando for o caso e multa rescisória), o empregador doméstico deverá util izar a Guia de RecolhimentoRescisório do FGTS (GRRF) de acordo com os critérios estabelecidos na Circular Caixa nº 548/2011 .

Lembramos que, se o empregador fizer a opção pela inclusão do empregado doméstico no regime do FGTS estará obrigado, na hipótese derescisão sem justa causa, a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a 40% do montante de todos os

7.2 Recolhimento ao FGTS e prestação de informações à Previdência Social

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7.2.1 Elaboração da GFIP/Sefip

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7.2.2 Depósito - Prazo

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7.2.3 Depósitos rescisórios

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depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivosjuros.

O empregador doméstico está isento da contribuição social instituída pela Lei Complementar nº 110/2001 devida em caso de despedida deempregado sem justa causa, à alíquota de 10% sobre o montante de todos os depósitos devidos referentes ao FGTS.

O vencimento da GRRF é determinado pelo tipo de aviso prévio, a saber:

a) aviso prévio trabalhado: o prazo para recolhimento das parcelas, mês anterior à rescisão, mês da rescisão e multa rescisória é o 1ºdia úti l imediatamente posterior à data do efetivo desligamento. Em se tratando do mês anterior à rescisão este dia útil deve ser igualou anterior ao dia 7 do mês da rescisão;

b) aviso prévio indenizado ou ausência/dispensa de aviso prévio: o prazo para recolhimento do mês anterior à rescisão é até o dia 7 domês da rescisão. O prazo para recolhimento do mês da rescisão, aviso prévio indenizado e multa rescisória é até o 10º dia corrido acontar do dia imediatamente posterior ao desligamento.

Caso o 10º dia corrido seja posterior ao dia 7 do mês subsequente, o vencimento do mês da rescisão e do aviso prévio indenizado ocorre nodia 7.

Atualmente, o empregado doméstico inscrito no sistema do FGTS, que for dispensado sem justa causa, fará jus ao benefício do seguro-desemprego. Para tanto, deverá comprovar ter trabalhado como doméstico por um período mínimo de 15 meses nos últimos 24 meses,contados da data de sua dispensa sem justa causa.

Para se habil itar ao SD, o trabalhador deverá apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego:

a) Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverá constar a anotação do contrato de trabalho doméstico e a data dadispensa, de modo que comprove o vínculo empregatício, como empregado doméstico, durante pelo menos 15 meses nos últimos 24meses;

b) termo de rescisão do contrato de trabalho que ateste a dispensa sem justa causa;

c) comprovantes do recolhimento da contribuição previdenciária e do FGTS, durante o período referido na letra "a", na condição deempregado doméstico;

d) declaração de que não está em gozo de nenhum benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto auxílio-acidente oupensão por morte;

e) declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza, suficiente à sua manutenção e de sua família.

Para os efeitos da letra "a":

a) serão considerados os meses em que foram efetuados depósitos no FGTS, em nome do trabalhador como empregado doméstico, porum ou mais empregadores;

b) considera-se 1 mês de atividade a fração igual ou superior a 15 dias.

O valor do benefício do SD do empregado doméstico corresponderá a 1 salário mínimo e será concedido por um período máximo de 3meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses.

O benefício do SD só poderá ser requerido novamente a cada período de 16 meses decorridos da dispensa que originou o benefício anterior,desde que satisfeitas as condições estabelecidas neste item.

O benefício do seguro-desemprego deve ser requerido de 7 a 90 dias contados da data da dispensa.

Para fins do disposto no item 4, considera-se justa causa:

a) ato de improbidade;

b) incontinência de conduta ou mau procedimento;

c) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;

d) desídia no desempenho das respectivas funções;

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7.2.3.1 Prazo

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7.3 Seguro-desemprego

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7.3.1 Requerimento - Prazo

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7.3.2 Justa causa

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e) embriaguez habitual ou em serviço;

f) ato de indisciplina ou de insubordinação;

g) abandono de emprego;

h) ato lesivo da honra ou da boa fama praticada no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo emcaso de legítima defesa, própria ou de outrem;

i) ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso delegítima defesa, própria ou de outrem;

j) prática constante de jogos de azar.

Atualmente o empregado doméstico não faz jus a benefício decorrente de acidente de trabalho , pois o empregador doméstico não tema obrigação legal de recolher a prestação de custeio correspondente.

Aliás, a Lei nº 8.213/1991 , art. 18 , § 1º, dispõe que as prestações de acidente do trabalho somente são devidas aos seguradosempregado, especial e trabalhador avulso, excluindo, portanto, os empregados domésticos.

Fazem jus, contudo, ao auxílio-doença, desde que cumprida a carência mínima de 12 contribuições mensais, quando for o caso. O auxílio-doença é devido a contar da data da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, quando o pedido ocorrer após o 30º dia doafastamento da atividade.

A Emenda Constitucional nº 72/2013 , alterou a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal (CF) para ampliar osdireitos dos empregados domésticos. Entre os novos direitos cuja aplicação deve ocorrer desde 03.04.2013, verifica-se os mencionados nosubitens a seguir:

A EC nº 72/2013 determinou a garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que recebem remuneração variável. Ocorre que asparcelas salariais variáveis (comissões, gratificações etc.) não são normalmente verificadas nas relações do trabalho doméstico.

Desde 03.04.2013, por força da Emenda Constitucional nº 72/2013 , verifica-se entre os novos direitos concedidos aos domésticos, aproteção do salário na forma da lei, constituindo crime a sua retenção dolosa. Dessa forma, o empregador doméstico não pode:

a) deixar de efetuar o pagamento do seu empregado no prazo determinado;

b) reduzir o valor do salário, unilateralmente;

c) efetuar descontos não previstos em lei na remuneração do empregado;

d) modificar o modo de apuração e pagamento do salário de forma prejudicial ao empregado.

Caso haja mais de um empregado doméstico que exerçam as mesmas atividades as regras da equiparação salarial deverão ser observadas.

A Lei nº 5.859/1972 que rege o trabalho doméstico não faz nenhuma referência à jornada de trabalho do mencionado empregado. Damesma forma, a CF/1988 , art. 7º , parágrafo único, em sua redação anterior, também não fazia remissão ao inciso que garante a jornadamáxima de 8 horas diárias e 44 semanais como garantia aos domésticos.

Ocorre que com a alteração da redação do parágrafo único do mencionado art. 7º da CF, por meio da Emenda Constitucional nº 72/2013 ,o direito à jornada normal de 8 horas diárias e 44 horas semanais foi estendida a esta classe de trabalhadores.

Jornada de trabalho é a duração diária das atividades do empregado, ou seja, o lapso de tempo em que o empregado, por força do contratode trabalho, fica à disposição do empregador, seja trabalhando efetivamente ou aguardando ordens. Durante esse período o trabalhador nãopode dispor de seu tempo em proveito próprio.

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7.4 Acidente do trabalho

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8. Direitos assegurados aos empregados domésticos a partir de 03.04.2013

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8.1 Garantia de salário mínimo em caso de remuneração variável

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8.2 Proteção ao salário

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8.3 Jornada de trabalho

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Dessa forma, desde 03.04.2013, os empregados domésticos, da mesma forma que os demais trabalhadores estão sujeitos à jornada normalde trabalho de até 8 horas diárias e 44 horas semanais, facultada a compensação de horário e a redução da jornada mediante acordo ouconvenção coletiva de trabalho.

Podem as partes (empregado e empregador), no entanto, fixar l imite inferior ao estabelecido legalmente.

Embora o empregador doméstico não esteja obrigado a instituir a marcação de ponto em livro ou folha de ponto é aconselhável que o faça,para futura comprovação da jornada realizada em caso de eventual questionamento judicial.

Dessa forma, a empregada passará a anotar, diariamente, no livro ou na folha de ponto a hora da entrada e saída no trabalho, bem como operíodo destinado à alimentação e repouso, apondo a sua assinatura ou rubrica ao lado da anotação feita.

Reproduzimos a seguir um modelo de folha de ponto que pode ser adquirido nas papelarias.

MODELO DE FOLHA DE PONTO

FOLHA DE PONTO - VERSO

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8.3.1 Comprovação da jornada realizada

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A jornada normal de 8 horas poderá ser prorrogada em até 2 horas diárias a título de compensação de horas ou realização de trabalhoextraordinário, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Compensar horas de trabalho significa acrescer, correspondentemente, à jornada contratada relativa aos demais dias da semana as horasreduzidas ou suprimidas do dia a ser compensado.

Em geral, a compensação de horas, objetiva a redução ou supressão do trabalho em sábados, segundas-feiras que antecedem feriados àsterças-feiras, sextas-feiras que sucedem feriados às quintas-feiras, dias de carnaval e quarta-feira de cinzas (meio expediente) etc.

Havendo o acordo de compensação de horas, o qual poderá ser firmado individualmente quando se tratar de empregado maior de 18 anos,não há que se falar em pagamento de qualquer adicional, pois as horas trabalhadas a mais em um dia serão diminuídas da jornada do dia aser compensado.

Tratando-se de trabalhador menor de 18 anos, entende-se que o acordo de compensação deva ser firmado com o sindicato da categoria.

Reproduzimos a seguir um modelo de acordo de compensação de horas.

MODELO DE ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE HORAS

O empregado doméstico maior de 18 anos e o empregador doméstico podem também firmar o acordo de prorrogação de horas (horas extras)objetivando a prorrogação da jornada em até 2 horas diárias, mediante acordo escrito, individual ou coletivo, respeitado o l imite de 10diárias.

Do acordo de prorrogação de horas (individual ou coletivo) deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da horasuplementar, que será, pelo menos, 50% superior à da hora normal.

O acordo pode ser firmado por prazo indeterminado ou determinado. Todavia, como a Justiça do Trabalho, se solicitada, pode entender quedurante o prazo de vigência do contrato o empregado permanece à disposição do empregador fazendo jus às horas extras nele estipuladas,ainda que não trabalhadas, aconselha-se firmá-lo por tempo determinado (10 dias, 4, 5, 6, etc. meses), ou seja, pelo prazo necessário àexecução do serviço, renovando-o, se necessário.

É conveniente também incluir cláusula que faculte as partes cancelar a prorrogação ajustada, se, antes de findo o prazo do contrato, a suacontinuidade não for conveniente ao empregado ou empregador, ou se terminar ou diminuir o serviço que a ocasionou.

Importante

Lembra-se que se houver acordo de compensação e de prorrogação de horas simultâneos as horas trabalhadas excedentes às 8 horas diáriasnão poderá ser superior a 2 considerando os dois acordos.

Exemplo

Empregado doméstico com jornada das 8 horas às 17 horas e 48 minutos, sendo que das 8 às 17h correspondem ao horário normal, com 1hora de intervalo para repouso ou alimentação (12 às 13 horas) e das 17 às 17:48h correspondentes à compensação das 4 horas relativas aosábado.

Caso este empregado venha a realizar horas extras, somente poderá trabalhar no período extraordinário por mais 1 hora e 12 minutos, as

8.3.2 Compensação da jornada

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8.3.3 Horas extras (HE)

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quais somadas aos 48 minutos relativos à compensação do sábado, totalizam 2 horas suplementares.

Reproduzimos a seguir um modelo de acordo de prorrogação de horas (horas extras)

MODELO DE ACORDO DE PRORROGAÇÃO DE HORAS

Reflexos das horas extras no 13º salário

As questões aqui mencionadas tem aplicação no cálculo do 13º salário do ano de 2013 em diante, tendo em vista que somente a partir de03.04.2013 os domésticos passaram a ter direito à jornada de 8 horas e consequentemente ao pagamento das horas excedentes como extras.

No caso de salário misto (fixo + variável), apura-se a média mensal da parte variável e adiciona-se o salário fixo contratual vigente no mêsanterior ao pagamento.

Exemplo

Consideranto que o empregado doméstico admitido em 03.04.2013, com salário de R$ 902,00 e jornada de 8 horas diárias e 44 horassemanais, venha, mediante acordo, a fazer 250 horas extras até novembro/2013 e no mês de dezembro/2013 realize mais 40 horasextraordinárias. Para calcular o 13º salário o empregador deverá observar:

Cálculo da 1ª parcela a ser paga até novembro/2013:

Salário fixo mensal = R$ 902,00

Valor do salário/hora = R$ 4,10

Valor da hora extra = R$ 6,15 (R$ 4,10 x 1,50)

Nº de horas extras realizadas de 04 a 11/2013 = 250 (8 meses)

Cálculo da média de horas extras

R$ 6,15 x 250 = R$ 1.537,50 (valor das HE realizadas nos 8 meses)

R$ 1.537,50 ÷ 8 = R$192,19 (média mensal das horas extras)

R$ 192,19 ÷ 12 = R$ 16,02 (valor de 1/12 da media de HE)

R$ 16,02 x 8 = R$ 128,13 ( valor da média de horas extras que será somado à remuneração fixa para o cálculo da 1ª parcela de 13º salário)

Valor da 1ª parcela

Proporcionalidade do salário fixo = R$ 600,00 (R$ 900,00 ÷ 12 x 8)

Remuneração base para o calculo R$ 728,13 (R$ 600,00 + R$ 128,13)

Valor da 1ª Parcela = R$ 364,06 (R$ 728,13 ÷ 2)

Cálculo da 2ª parcela a ser paga até 20 de dezembro/2013

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Proporcionalidade do salário fixo = R$ 675,00 (R$ 900,00 : 12 x 9)

Cálculo da média de horas extras

R$ 6,15 x 290 = R$ 1.783,50 (valor das HE realizadas nos 9 meses)

R$ 1.783,50 ÷ 9 = R$198,17 (média mensal das horas extras)

R$ 198,17 ÷ 12 = R$ 16,51 (valor de 1/12 da media de HE)

R$ 16,51 x 9 = R$ 148,59 ( valor da média de horas extras que será somado à remuneração fixa para o cálculo da 2ª parcela de 13º salário)

Valor da 2ª parcela

Proporcionalidade do salário fixo = R$ 675,00 (R$ 900,00 ÷ 12 x 9)

Remuneração base para o calculo R$ 823,59 (R$ 675,00 + R$ 148,59)

Valor da 2ª Parcela = R$ 459,53 (R$ 823,59 - R$ 364,06)

Reflexo de horas extras nas férias

Os adicionais por trabalho extraordinário são computados no salário que serve de base de cálculo da remuneração das férias e tambémsofrem acréscimos de 1/3 da CF/1988 na remuneração total de férias.

A integração das horas extras na remuneração para efeito de cálculo das férias se dá pela média das horas extras realizadas no respectivoperíodo aquisitivo.

Exemplo

- nº de horas extras no período aquisitivo: 396

- média mensal de horas extras: 396 ÷ 12 = 33

- salário-hora normal: R$ 4,00

- adicional da hora extra no período: 50%

- valor da hora extra: R$ 4,00 x 1,50 = R$ 6,00

- valor a ser integrado à base de cálculo das férias: 33 x R$ 6,00 = R$ 198,00

Nota

No ano de 2013, considerando que os domésticos passaram a ter direito às horas extras a partir de 03.04.2013, para a apuração damédia de horas extras deve-se dividir o total de horas extras realizadas pelo número de meses de realização das mesmas no períodoaquisitivo respectivo. Achada a média esta será dividida por 12 e multiplicada pelo nº de avos correspondentes à realização de HE noperíodo aquisitivo.

Reflexo das horas extras no Repouso Semanal Remunerado (RSR)

As questões sobre reflexo de horas extra no RSR tem aplicação a partir de 03.04.2013, tendo em vista que somente a partir então, osdomésticos passaram a ter direito à jornada de 8 horas e consequentemente ao pagamento das horas excedentes como extras.

No cálculo do RSR são computadas as horas extras habitualmente prestadas (Súmula nº 172 do TST).

Entretanto, o mesmo TST, por meio da Orientação Jurisprudencial SDI 1 nº 394, esclarece que a majoração do valor do RSR, em razão daintegração das horas extras habitualmente prestadas, não repercute no cálculo dos valores das férias, da gratificação natalina (13º salário),do aviso prévio e dos depósitos para o FGTS, sob pena de caracterização de bis in idem.

Calcula-se o reflexo das horas extras no RSR somando-se as HE percebidas durante a semana e dividindo-se o resultado pelo número de diasúteis da respectiva semana:

Exemplos

Considerando os seguintes dados:

nº de horas extras realizadas na semana = 10

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Valor da hora normal = R$ 5,00

Valor da HE = R$ 7,50 (R$ 5,00 x 1,50)

valor total das HE da semana = R$ 75,00 (R$ 7,50 x 10)

Reflexo das horas extras semanais no RSR = R$ 12,50 (R$ 75,00 ÷ 6)

Para o cálculo mensal, dividir o total das HE realizadas no mês pelo número de dias úteis e multiplicar pelo número de domingos e feriadosdo mês. Assim considerando os seguintes dados, temos:

nº de HE realizadas no mês = 40

nº de RSR no mês 4

nº de dias úteis do mês 22

valor da hora normal = R$ 5,00

valor da HE = R$ 7,50 (R$ 5,00 x 1,50)

valor total das HE do mês = R$ 300,00 (R$ 7,50 x 40)

reflexo das horas extras mensais no RSR = R$ 54,68 (R$ 300,00 ÷ 22 = R$ 13,67 x 4)

Entre os novos direitos garantidos pela EC nº 72/2013 , verifica-se a aplicação a partir de 03.04.2013, da redução dos riscos inerentes aotrabalho, por meio de normas relativas à saúde, higiene e segurança.

Considerando ser a redução dos riscos inerentes ao trabalho um direito do trabalhador, tem-se como contrapartida a obrigação precípua de oempregador adotar estruturas operacionais capazes de neutralizar ou até eliminar a ação dos agentes nocivos à saúde, bem como dos riscosexistentes no ambiente de trabalho.

Essa garantia impõe ao empregador doméstico o dever de cumprir as normas de higiene, segurança e saúde no trabalho, com o objetivo demanter a residência (local de trabalho) l ivre de riscos de acidentes e elementos que possam causar prejuízos à saúde do empregado.

Dessa forma, o empregador doméstico fica obrigado, entre outros:

a) a fornecer gratuitamente ao empregado doméstico equipamentos de proteção individual, adequado ao risco a que se encontraexposto, dependendo do trabalho a ser executado, tais como:

a.1) luva para proteção das mãos contra agentes térmicos;

a.2) luva para proteção das mãos contra agentes biológicos;

a.3) luva para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;

a.4) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água;

b) submeter os empregados à realização de exames médicos: admissional; periódico e demissional. Todos às custas do empregador;

c) observância dos requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização ea execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. Éconsiderado trabalho em altura toda atividade executada acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda.

Outras garantias também foram asseguradas aos empregados domésticos a partir de 03.04.2013. São elas:

a) reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho. Isso significa que os documentos coletivos de trabalho (acordo ouconvenção) decorrentes da negociação entre os sindicatos das empregadores e os sindicatos dos empregados domésticos, passam avaler como lei entre as partes, devendo, portanto serem observados;

b) proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

c) proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;

d) proibição de trabalho noturno, insalubre ou perigoso ao menor de 18 anos e de qualquer trabalho ao menor de 16 anos.

A Emenda Constitucional nº 72/2013 , incluiu no parágrafo único do art. 7º da CF alguns direitos cuja aplicação ficou, ainda, na

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8.3.4 Aplicação das normas de segurança e saúde

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8.3.5 Outras garantias asseguradas a partir de 03.04.2013

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9. Direitos previstos na EC nº 72/2013 cuja aplicação ainda depende de regulamentação

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dependência de regulamentação. São eles:

a) proteção da relação de emprego contra a despedida arbitrária ou sem justa causa nos termos de Lei Complementar, que preveráindenização compensatória, dentre outros direitos;

b) obrigatoriedade do seguro-desemprego em caso de desemprego involuntário;

c) obrigatoriedade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;

d) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

e) salário família;

f) assistência gratuita aos fi lhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de idade em creches e pré escolas;

g) seguro contra acidente do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer emdolo ou culpa.

As agências especializadas na indicação de empregados domésticos (copeira, cozinheira, faxineira, jardineiro, motorista etc.) são civilmenteresponsáveis pelos atos i l ícitos cometidos por estes no desempenho de suas atividades.

No ato da contratação, a agência firma compromisso com o empregador, obrigando-se a reparar qualquer dano que venha a ser praticadopelo empregado contratado, no período de um ano (Lei nº 7.195/1984 ).

Ao efetuar a contratação de um faxineiro diarista para atuar na residência, é comum a pessoa contratante ficar na dúvida se deve ou nãoproceder ao registro do trabalhador na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), na condição de empregado doméstico, ou se estetipo de trabalho é caracterizado como atividade autônoma .

A questão que se impõe é saber se nesta relação de trabalho se encontram presentes os elementos caracterizadores do vínculo empregatício.Em caso positivo, o registro deve ser efetuado na condição de empregado doméstico e, em caso negativo, não há que falar em registro, poisestaria caracterizada a atividade autônoma.

Para elucidação da dúvida, devem ser analisadas as definições de empregado doméstico, autônomo e faxineiro diarista, a seguir.

Conforme verificamos, empregado doméstico é aquele que presta serviços de forma contínua e sem finalidade lucrativa a uma pessoa ou auma família, sempre na residência dessa pessoa ou família. Da mencionada definição conclui-se que:

a) o trabalho do empregado doméstico é exercido habitualmente (de forma contínua);

b) há o elemento subordinação nesta relação de trabalho;

c) não pode haver finalidade lucrativa, ou seja, o empregador não pode obter nenhum tipo de lucro financeiro com o trabalho dodoméstico;

d) o trabalho deve ser realizado no âmbito residencial. Isso inclui o domicíl io onde a família ou a pessoa mora e outros locais comocasa de praia, casa de campo, barcos etc.

Autônomo é o trabalhador que desempenha seu ofício com autonomia, por conta própria, sem que haja subordinação típica a outrem,podendo adotar diversos procedimentos disponíveis na execução do seu trabalho. Diferentemente do empregado, o trabalhador autônomonão está sujeito a um controle diário de sua jornada de trabalho, bem como não cumpre necessariamente uma quantidade rígida de horas detrabalho. Da definição em comento conclui-se que:

a) o autônomo exerce o seu ofício por sua conta e risco;

b) inexiste o elemento subordinação na relação de trabalho.

Faxineiro diarista é o trabalhador que presta serviço de forma não contínua e sem finalidade lucrativa, por conta própria, a uma pessoa ou auma família ou à entidade familiar, na residência dessa pessoa ou família. Nesta relação de trabalho observa-se que:

a) o trabalho não é habitual - forma não contínua;

b) não há finalidade lucrativa;

c) o trabalho é executado na residência do contratante.

Do cotejo entre as definições de empregado doméstico e faxineiro diarista há semelhanças, tais como o trabalho ser exercido no âmbitoresidencial, o contratante não auferir lucros com o trabalho realizado, porém, observam-se também diferenças importantes como a ausênciade subordinação e inexistência de habitualidade em relação ao contratante na prestação dos serviços de faxineira diarista, elementos estescaracterizadores da relação de emprego, o que leva, num primeiro momento, a concluir que a faxineira diarista é autônoma e nãoempregada.

Não obstante as afirmações anteriormente feitas, a matéria não é pacífica tanto no âmbito doutrinário como no jurisprudencial.

Para a maioria dos juristas, a faxineira diarista não é considerada empregada doméstica, pois normalmente presta serviços a váriosempregadores. Segundo essa interpretação, não existiria vínculo empregatício, porque a prestação de serviços ocorre em alguns dias porsemana. O faxineiro diarista seria considerado, portanto, um profissional autônomo.

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10. Prática de atos ilícitos - Agências - Responsabilidade civil

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11. Situação trabalhista do faxineiro diarista que presta serviços na residência do contratante

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30 de 39 03/05/2013 18:01

Alguns especialistas na legislação trabalhista, no entanto, entendem que, se o faxineiro diarista presta serviços por mais de dois dias nasemana para um mesmo contratante, estaria caracterizada como empregado doméstico. Dessa forma, teria todos os direitos legais aplicáveisao empregado doméstico, como o de ter registro na Carteira de Trabalho, por exemplo.

Um dos pontos principais na caracterização do trabalhador faxineiro diarista é a questão da habitualidade (não-eventualidade) na prestaçãodos serviços, posto que faxineiro diarista é aquele que presta serviço em caráter eventual, ou seja, não habitual. Entretanto, não há nalegislação trabalhista uma definição de habitualidade. Daí indagar-se: o trabalho é habitual quando ocorre uma, duas ou mais de três vezespor semana? Para a caracterização da habitualidade deve haver a prestação dos serviços todos os dias?

O trabalho realizado uma vez por semana não teria uma habitualidade semanal já que em todas as semanas ele acontece? Como vimos, aquestão comporta várias interpretações.

Entendemos, s.m.j., que a atividade de faxineiro diarista tem, de fato, maior simil itude com a de trabalhador autônomo, posto que namencionada prestação de serviços não há sujeição disciplinar e econômica (subordinação) ao contratante como ocorre com a empregadadoméstica (elemento fundamental na relação empregatícia). Ainda que o faxineiro diarista siga as orientações do contratante quanto à tarefaa ser realizada, há uma autonomia na forma da sua execução.

Ademais, a habitualidade normalmente verificada nesta prestação de serviço é semanal, quinzenal e, por vezes, até mensal, ao contrário daempregada doméstica, que normalmente presta os seus serviços diuturnamente, ou seja, há permanência, uma longa duração na prestaçãodos trabalhos. Mesmo quando a empregada doméstica não presta serviços todos os dias da semana, trabalhando em dias alternados(trabalho intermitente), há um liame, um vínculo mais sólido entre as partes, observando-se uma continuidade maior da relação de trabalho.

Por todas estas razões, entendemos que o enquadramento do faxineiro diarista como empregado ou trabalhador autônomo dependerá daforma pela qual o trabalho é prestado.

Havendo subordinação do trabalhador ao contratante, como, por exemplo, determinação da hora de entrada e saída do trabalho, ausência deautonomia do trabalhador quanto à forma do exercício da atividade, direção e controle efetivo da prestação pessoal dos serviços, estarácaracterizado o vínculo de emprego, ainda que o trabalho seja intermitente, isto é, que ocorra em dias alternados.

Caso contrário, ou seja, se o faxineiro diarista presta serviços a mais de um contratante, tem autonomia no exercício da sua atividade, porexemplo: não há determinação quanto ao número de horas a ser trabalhada no dia, tampouco hora de entrada e saída fixada, a contratantenão direciona a prestação pessoal dos serviços, estará configurada a atividade autônoma, ainda que a prestação do trabalho ao contratanteocorra mais de uma vez por semana.

Transcrevemos a seguir algumas decisões acerca do assunto.

Decisões contrárias ao reconhecimento do vínculo empregatício

"Agravo de instrumento - Recurso de revista - Diarista - Empregada doméstica - Vínculo de emprego - Matéria fática - Súmula126/TST - Decisão denegatória - Manutenção - Em face de Lei especial (n. 5859, de 1972, art. 1º) é imprescindível o caráter contínuo (enão descontínuo) da prestação laborativa doméstica para se caracterizar o vínculo empregatício, a par de outros elementos fático-jurídicos. A jurisprudência, de maneira geral, tem considerado descontínuo o labor de pessoa física a pessoa natural ou família, casorealizado em até dois dias na semana; Ao revés, é considerado contínuo o trabalho prestado no âmbito residencial, com habitualidade, pormais de dois dias na semana. Comprovado nos autos o trabalho por menos de três dias na semana, não emerge como empregatício, porser descontínuo o vínculo jurídico doméstico entre as partes. Não há como assegurar o processamento do recurso de revista quando oagravo de instrumento interposto não desconstitui os termos da decisão denegatória, que ora subsiste por seus próprios fundamentos.Agravo de Instrumento desprovido." (TST - AIRR 3796-71.2010.5.02.0000 - Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado - DJe 09.09.2011 - pág.1479)

"Recurso de revista - Vínculo empregatício - Diarista - Continuidade na prestação do serviço - I- O Tribunal Regional deu provimentoao recurso ordinário interposto pelo Reclamado e julgou improcedentes os pedidos da petição inicial. Consignou que "trabalhava areclamante apenas 3 dias por semana" e entendeu que isso "não pode ser considerado trabalho contínuo, de forma a enquadrar-se noconceito legal de empregado doméstico". II- Esta Corte Superior já firmou jurisprudência no sentido de que não se caracteriza o requisitoda continuidade, necessário ao reconhecimento de vínculo empregatício do trabalhador doméstico, quando o trabalho se realiza somenteem dois ou três dias na semana. Estando a decisão regional em conformidade com a jurisprudência atual e iterativa desta Corte Superior,o conhecimento do recurso de revista por divergência jurisprudencial encontra óbice na Súmula nº 333 desta Corte e no § 4º do art. 896

da CLT . Recurso de revista de que não se conhece." (TST - RR 547/2007-241-01-00.6 - Rel. Min. Fernando Eizo Ono - DJe 11.08.2011 -pág. 1009)

"Trabalho prestado no âmbito doméstico - Diarista - Prestação de serviços três vezes na semana - Ausência de vínculo de emprego -A diarista, que presta serviços em dias alternados em casa de família, não tem vínculo empregatício como doméstica, em face do nãopreenchimento dos requisitos necessários à caracterização da relação de emprego. Recurso de revista conhecido e desprovido." (TST - RR581/2005-020-01-00.1 - Rel. Min. Roberto Pessoa - DJe 10.09.2010 - pág. 435)

"Recurso de revista - Diarista - Relação de emprego doméstico não configurado - A prestação de serviços em residência uma vez porsemana, porque não contínua, é insuficiente para configurar relação de emprego doméstico, nos moldes preconizados na Lei nº5.859/72 . Recurso de revista conhecido e provido." (TST - RR 450/2006-071-09-00.4 - Rel. Min. Luiz Phil ippe Vieira de Mello Filho -DJe 04.02.2011 - pág. 885)

"Faxineira - Vínculo de emprego - Doméstica - Continuidade - A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que não seconfigura de vínculo de emprego doméstico entre o tomador dos serviços e a diarista que trabalha em sua residência apenas três dias nasemana, o que, conforme a decisão regional, é a hipótese dos autos, ante o não preenchimento do requisito da continuidade, previsto noart. 1º da Lei 5.859/72 . Recurso de Revista de que não se conhece." (TST - RR 998/2006-246-01-01.7 - Rel. Min. João Batista BritoPereira - DJe 16.04.2010 - pág. 831)

"... Vínculo empregatício - Faxineira - Inexistência - Estando a decisão revisanda amparada no conjunto fático-probatório dos autos,que não reconhece o l iame empregatício entre as partes, o Apelo encontra óbice na Súmula 126 do TST. Também não restou evidenciadojulgamento ultra petita, conquanto a questão da pessoalidade não foi o ponto nodal para o deslinde da controvérsia e sim oenquadramento da Reclamante como trabalhadora eventual doméstica, a saber, como diarista. Agravo de Instrumento a que se negaprovimento." (TST - AIRR 585/2003-003-24-40.1 - 2ª Turma - Rel. Min. José Simpliciano Fontes de F. Fernandes - DJU 10.06.2005)

"Recurso de revista - Reconhecimento do vínculo empregatício diarista e férias proporcionais - O art. 3º da CLT - Exige, para oreconhecimento do vínculo empregatício, dentre outros, o elemento da prestação não-eventual de serviços. De outro lado, o art. 1º daLei nº 5.859/72 , que trata da profissão do empregado doméstico, preconiza que será considerado empregado doméstico aquele quepresta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial. Na presente hipótese, é

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incontroverso que a reclamante somente trabalhava duas a três vezes por semana para a reclamada, como faxineira, tendo outrosempregadores, não havendo, dessa forma, como reconhecer o vínculo empregatício com a ora recorrente, porque não configurada acontinuidade na prestação dos serviços, à luz do art. 1º da Lei nº 5.859/72 . Nesse contexto, percebe-se que a caracterização dovínculo empregatício do doméstico está condicionada à continuidade na prestação dos serviços, não se prestando ao reconhecimento doliame a realização de trabalho durante alguns dias da semana. Recurso de revista conhecido e provido." (TST - RR85880/2003-900-04-00.9 - 3ª Turma - Rel. Min. Carlos Alberto Reis de Paula - DJU 27.05.2005)

"Recurso de revista - Diarista - Faxineira - Vínculo empregatício - A faxineira que presta serviços semanalmente em casa de famílianão tem vínculo empregatício como doméstica, em face do não-preenchimento dos requisitos necessários à caracterização da relação deemprego (art. 3º da CLT ). Recurso de revista a que se nega provimento." (TST - RR 758973 - 5ª Turma - Rel. Min. Gelson de Azevedo -DJU 04.06.2004)

"Recurso de revista - Não reconhecimento de vínculo empregatício da faxineira que presta serviços em casa de família em dois diasda semana - Ausência do requisito da continuidade - A chamada 'diarista' que trabalha em casa de família em dois dias da semana, comofaxineira não é empregada doméstica, em face da falta de continuidade, requisito para reconhecimento de vínculo empregatício. Revistaconhecida e provida." (TST - RR 1152 - 3ª Turma - Rela. Min. Conv. Wilma Nogueira de A. Vaz da Silva - DJU 24.10.2003)

"Faxineira. Vínculo empregatício. Não caracterização. A relação de emprego como doméstica não se caracteriza quando os serviços delimpeza e/ou faxina em residência familiar não são solicitados com regularidade, e admitem, nos impedimentos de uma faxineira, asubstituição por outra e, ainda, existindo o desenvolvimento do trabalho em várias residências, concomitantemente. Por não comprovadaa presença dos requisitos necessários para a configuração da relação de trabalho nos moldes da legislação consolidada (arts. 2º e 3º), aimprocedência do pedido deve ser mantida." (Acórdão unânime da 3ª Turma do TRT da 15ª Região - RO 003762/1999-5 - Rel. Juiz MauroCesar Martins de Souza - DJ SP II 30.05.2000, pág. 49)

Decisões favoráveis ao reconhecimento do vínculo empregatício

"Faxineira - Vínculo empregatício - O fato de trabalhar como faxineira, 3 (três) vezes por semana, desenvolvendo tarefas próprias ecotidianas de manutenção de uma residência, não altera a existência do vínculo empregatício entre as partes. Vínculo empregatícioreconhecido. (TRT - 2ª Região - RO 00965-2006-351-02-00-2 - 10ª Turma - Relª Juíza Marta Casadei Momezzo - DOE/SP 18.03.2008)

"Doméstica: trabalho em dias alternados; Doméstica que trabalha duas ou três vezes por semana, fazendo serviços próprios demanutenção de uma residência, é empregada e não trabalhadora eventual, pois a habitualidade caracteriza-se prontamente, na medida emque seu trabalho é desenvolvido em dias alternados, verificando-se uma intermitência no labor, mas não uma descontinuidade; logo,estando plenamente caracterizada a habitualidade, subordinação, pagamento de salário e pessoalidade, declara-se, sem muito esforço, ovínculo empregatício." (Acórdão da 7ª Turma do TRT da 2ª Região - RO 02980470060 - Rel. Juíza Rosa Maria Zuccaro - DO SP 12.11.1999,pág. 84)

"Doméstico de atividade intermitente/diarista - Conceito - No conceito legal, os serviços do doméstico devem ter natureza contínua, oque, por si só, não afasta a prestação intermitente, amplamente reconhecida no âmbito do empreendimento lucrativo. As particularidadesde usos e costumes que diferenciam o meio empresarial do familiar, entretanto, levaram a doutrina e a jurisprudência a uma limitaçãotemporal da intermitência na atividade laboral doméstica, cuja realidade evidencia a coexistência pacífica da diarista (nitidamenteautônoma quando trabalha não mais do que uma vez por semana) e da doméstica de atividade intermitente (que presta serviços denatureza empregatícia, não lucrativa, a uma pessoa ou família, no âmbito residencial destas, com regularidade não inferior a duas vezespor semana)." (Acórdão unânime da 8ª Turma do TRT da 2ª Região - RO 02960320039 - Rel. Juíza Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva- DO SP 30.09.1997, pág. 103)

Observe-se que, apesar do posicionamento por nós adotado, tendo em vista a divergência existente, o empregador deverá acautelar-sediante da ocorrência concreta da situação ora retratada, podendo, por medida preventiva, consultar o Ministério do Trabalho e Emprego, bemcomo o sindicato da respectiva categoria profissional sobre o assunto, e lembrar que caberá à Justiça do Trabalho a decisão final dacontrovérsia, caso seja proposta ação nesse sentido.

Uma das dúvidas mais comuns surgidas por ocasião da contratação de um trabalhador doméstico diz respeito à possibil idade legal de sefirmar ou não o contrato de experiência .

Conforme já informado, esta classe de trabalhadores não é regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e sim por legislaçãoespecial, ou seja, a Lei nº 5.859/1972 , regulamentada pelo Decreto nº 71.885/1973 , a qual é silente no que tange à aplicação docontrato de experiência à categoria.

A CLT , por sua vez, dispõe taxativamente que os preceitos nela contidos, salvo quando for, em cada caso, expressamente determinado emcontrário, não se aplicam aos empregados domésticos. O Decreto nº 71.885/1973 , art. 2º que regulamenta a lei do doméstico determinaque excetuado o capítulo das férias não se aplicam aos domésticos as demais disposições da CLT .

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou em seu site a Carti lha do empregado doméstico, a qual esclarece:

O(a) empregado(a) doméstico(a) poderá ser contratado(a) em caráter experimental, de modo a que suas aptidões possam ser melhoravaliadas.

O contrato de experiência deverá ser anotado na CTPS do(a) empregado(a) e recomenda-se que seja firmado por escrito entreempregado(a) e empregador(a), podendo ser prorrogado uma única vez, desde que a soma desses períodos não exceda 90 (noventa) dias."

No âmbito jurisprudencial e doutrinário o entendimento quanto à questão não é pacífico. Alguns admitem a aplicação da experiência àrelação de trabalho doméstico por entender que as partes têm o direito a um período de conhecimento e também em virtude de a legislaçãoespecial aplicável à categoria não ter expressamente vedado o contrato de experiência.

Outros, em sentido contrário, defendem a não-aplicação dessa modalidade de contrato (experiência) exatamente por não ter sido prevista nalegislação específica que rege a categoria (veja algumas decisões judiciais transcritas adiante).

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12. Possibilidade de firmar contrato de experiência com o empregado doméstico

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Ante o exposto, considerando que o contrato de experiência se encontra previsto na CLT , art. 443 , § 1º, alínea "c", e que tal disposiçãonão se aplica aos domésticos, conforme prevê expressamente a própria CLT e também a legislação especial aplicável à categoria,entendemos que a modalidade de contrato de experiência não é observada para esta categoria.

(Lei nº 5.859/1972 , Decreto nº 71.885/1973 e CLT , art. 7º )

Alguns direitos constitucionalmente assegurados aos trabalhadores em geral não foram estendidos à categoria dos empregados domésticos.São eles:

a) piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;

b) participação nos lucros ou resultados (posto que a sua atividade não tem fim lucrativo);

c) jornada de 6 horas em turnos ininterruptos de revezamento (posto que esta condição não ocorre na residência familiar);

d) proteção do mercado de trabalho da mulher mediante incentivos específicos nos termos da lei;

e) adicional de insalubridade, penosidade e periculosidade;

f) proteção em face da automação, na forma da lei;

g) ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 anos até o limite de 2 anos após aextinção do contrato de trabalho; e

h) proibição de distinção entre o trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos.

"Empregado doméstico - férias vencidas. Não pode ser considerado como gozo de férias o período em que os patrões viajam, porém oempregado doméstico ainda detém atribuições, mesmo que diminutas, como cuidar de jardim e animais. Férias proporcionais. Trabalhadordoméstico. São devidas férias proporcionais ao trabalhador doméstico uma vez que o direito a férias está constitucionalmente garantido atodos os trabalhadores, inclusive os domésticos. (Art. 7º, inc. XVII, da Constituição Federal de 1988)." (Ac. unânime da 3ª T do TRT da10ª R - RO 3.135/97 - Rel. Juiz Marcos Roberto Pereira - j 08.09.97 - DJU 3 03.10.97, p 23.336)

"Empregado doméstico. Férias. O empregado doméstico faz jus a trinta dias de férias, de acordo com a sistemática da Consolidaçãodas Leis Trabalhistas, em face da redação do parágrafo único do art. 7º da Carta Constitucional de 1988." (Ac. unânime da 2ª T do TRTda 12ª R - RO 4376/94 - Rel. Juiz João Cardoso - DJ SC de 15.10.96, p. 99)

"Doméstica férias em dobro - Não faz jus a empregada doméstica à dobra das férias, tendo em vista que tal garantia não se encontraprevista na Lei nº 5.859/72 que, no aspecto, encontra-se em sintonia com o parágrafo único do art. 7º da CR/88, que assegura àcategoria doméstica o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal, não se referindo àdobra." (Ac. unânime da 8ª T do TRT da 3ª R - RO 4.212/03 - Rel. Juíza Denise Alves Horta - j 07.05.03 - DJ MG 24.05.03, pág. 24)

"Empregado doméstico. Pagamento dobrado de férias. O capítulo da CLT referente a férias é aplicável ao empregado doméstico(Decreto nº 71.885 , de 09.03.73, art. 2º )." (Ac da 2ª T do TRT da 12ª R - mv, no mérito - RO 2.747/01 - Rel. Juiz José Luiz MoreiraCacciari - j 30.04.02 - DJ SC 10.05.02, pág. 156)

"Empregada doméstica - Pagamento de verbas rescisórias - Multa - Aplicabil idade do art. 477 da CLT . A partir do momento em queo constituinte assegurou à empregada doméstica uma série de direitos trabalhistas, conforme claramente resulta do art. 7º, parágrafoúnico, da Constituição Federal , razoável juridicamente a conclusão de que, paralelamente, os dispositivos infraconstitucionaisdisciplinadores de pagamento, prazo e de multa dessas obrigações legais pelo empregador devem ser aplicados à relação jurídica.Admitir-se o contrário, data venia, seria relegar princípio de lógica jurídica comprometedora do próprio direito material, na medida em queo empregador poderia procrastinar o cumprimento da obrigação, porque não sujeito a nenhuma cominação. Ora, referido entendimentonão se compatibil iza com o ordenamento jurídico, que consigna que a todo direito corresponde uma obrigação e, mais que isso, que nãopode o credor ficar a mercê do devedor, sem possibil idade de coagi-lo a adimplir a obrigação no tempo e forma ajustada. Recurso derevista parcialmente conhecido e provido." (Ac da 4ª T do TST - mv - RR 492.134/98.6-6ª R - Rel. Min. Milton de Moura França - DJU 115.02.02, pág. 337)

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13. Direitos constitucionais que não foram estendidos aos empregados domésticos

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14. Jurisprudência

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14.1 Férias proporcionais

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14.2 Férias anuais - Duração

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14.3 Férias - Dobra

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14.4 Multa rescisória

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"Relação de emprego doméstico. Prova. A tese recursal, de que as exigências formais devam ser relevadas quando se trata de umarelação de emprego doméstico, não encontra respaldo, quer na doutrina, quer na jurisprudência. Não se pode tolerar que, nos dias dehoje, alguém faça um pagamento sem tomar daquele que o recebeu o comprovante da quitação. A circunstância de não ser este oprocedimento adotado no caso dos autos apenas revela a sobrevivência de uma relação inadequada à regulamentação legal. Mas não sepresta a substituir o recibo, necessário, pela afirmativa do devedor de que efetuou o pagamento." (Ac. unânime da 6ª T do TRT da 1ª R -RO 30.467/95 - Rel. Juíza Doris Castro Neves - j 31.03.98 - DJ RJ II 28.04.98, pág. 115)

"Empregada doméstica - Salário in natura - Acordo. O empregado doméstico que, comprovadamente, percebe do empregadorutil idades, que somadas, superam o valor do salário mínimo, não faz jus às diferenças salariais relativas ao valor pago em espécie e aoteto salarial, mesmo porque inexiste previsão legal estabelecendo a necessidade de acordo entre as partes, como condição inafastávelpara o fornecimento de qualquer uti lidade prevista no art. 458/CLT. Embargos parcialmente conhecidos e acolhidos." (Ac. unânime da SDIdo TST - RR 62625/92-7 - 3ª R - Rel. Ministra Regina Rezende Ezequiel - DJU 1 07.06.96, pág. 20.161)

"De acordo com o Direito do Trabalho Brasileiro, as prestações in natura fornecidas pelo empregador ao empregado, em decorrênciado contrato de trabalho, possuem natureza salarial. Dessa forma, embora as disposições consolidadas sobre a matéria não sejamaplicáveis aos empregados domésticos - eis que seus contratos de trabalho são regidos por lei especial - não lhes é devida diferençasalarial para o mínimo legal quando, além das util idades fornecidas pelo patrão, recebem em pecúnia, quantia que superapercentualmente a que seria devida, como salário básico, a qualquer trabalhador." (Ac. unânime da 1ª T do TRT da 6ª R - RO 5006/95 -Rel. Juiz Nelson Soares Júnior - DJ PE 31.01.96, pág. 35)

"Salário in natura - domésticos - A norma estatuída no art. 458 da CLT não alcança a categoria dos domésticos, uma vez que o art.7º, parágrafo único, da Constituição Federal , c/c item IV do supracitado artigo, menciona garantia ao salário mínimo, fixado em lei,capaz de atender às necessidades vitais do trabalhador e de sua família. E não propriamente remuneração em util idades. Acontraprestação àquela categoria há de ser feita sempre em pecúnia, traduzindo-se a concessão de alimentação, habitação ou vestuáriovantagem decorrente da própria natureza da atividade, reduzida ao âmbito familiar. Incabível o desconto de parcelas in natura concedidasaos domésticos..." (Ac da 4ª T do TRT da 3ª R - mv - RO 15.649/93 - Rel. Juiz Antônio Fernando Guimarães - "Minas Gerais" II de05.02.94, pág. 98)

"Recurso Ordinário - Empregado Doméstico. Salário in natura. O empregado doméstico que, comprovadamente, percebe doempregador uti lidades, estas não se configuram em salário (in natura), mas, sim, a contraprestação a eles devida deverá ser feita inpecúnia, em decorrência da condição de doméstico, razão pela qual tem-se como indevido o salário in natura, invalidando, assim, apretensão autoral, quanto a este pleito, sendo esta a hipótese dos autos (art. 458 , CLT e art. 7º, c/c com inciso IV do supramencionadoartigo)." (Ac. unânime da 2ª T do TRT da 1ª R - RO 25.227/95 - Rel. Juiz José Leopoldo Felix de Souza - j 13.05.98 - DJ RJ II 17.06.98,pág. 160)

"Vigilante - Empregado doméstico - É do reclamante o ônus da prova de haver fato constitutivo do seu direito. É o que se extrai doensinamento contido no art. 333 , I, do CP C, e art. 818 da CLT . E não logrou o reclamante demonstrar ao Juízo a existência de outramodalidade de contratação, ou mesmo do desempenho de outras tarefas que viessem a descaracterizar a sua função de doméstico. Nãocabe, aqui, avalizar a coerência ou mesmo se é justo ou não o tratamento a esta categoria dispensado pela lei em vigor. Somente caberepisar que as relações de trabalho são torneadas pela l iberdade de contratação, pelo empregador, e de aceitação de suas condições, peloempregado. Não se afigura sensata a postura do empregado que, no ato de sua contratação, aceita as condições de trabalho, as cumprecom decência no decorrer da relação empregatícia e, ao final, quando as essas condições se tornam suas adversas, vem bater às portasdo Judiciário, requerendo reparação." (Ac. unânime da 3ª T do TRT da 15ª R - RO 00884-2001-093-15-00-4 - Rel. Juíza Ana Maria deVasconcellos - j 23.10.02 - DO SP 08.11.02, pág. 271)

"Doméstico - Configuração. Exercendo o Reclamante a função de vigia ou porteiro de casa de família, que não exerce qualqueratividade lucrativa, não há como enquadrá-lo como empregado regido pela CLT , mas sim como doméstico, sujeitando-se à Lei5.859/72 , bem como ao disposto no parágrafo único, do artigo 7º, da Constituição Federal." (Ac da 1ª T do TRT da 3ª R - mv, nomérito - RO 900/00 - Rel. Juíza Beatriz Nazareth Teixeira de Souza - j 19.06.00 - DO MG 14.07.00, pág. 10)

"Empregado doméstico - Caracterização. É empregado doméstico quem presta serviço para pessoa natural como vigia de imóvel semdestinação econômica, ainda que o mesmo não seja o domicílio do empregador." (Ac. unânime da 4ª T do TRT da 8ª R - RO 5.721/99 -Rel. Juiz Francisco Sergio Silva Rocha, Convocado - j 08.02.00 - DO PA 1 10.02.00, pág. 16)

"Vigia particular. Ausência de conotação econômica no trabalho realizado. Natureza do vínculo. Doméstico. Não se amolda à esquadrialegal decorrente do disposto no art. 3º da CLT , porque trabalhador doméstico o vigia da residência que presta segurança particular, comos encargos disto decorrentes comparti lhados entre os vários moradores beneficiários do serviço. É que não há finalidade lucrativa nestetrabalho, por isto que lucro, in casu, somente a segurança e o sossego dos moradores, o que, sinceramente, não tem mensuraçãoeconômica, atraindo para a espécie a regra do art. 1º da Lei nº 5.859/72 ." (Ac. unânime da 4ª T do TRT da 3ª R - RO 19.619/97 -Rel. Juiz Fernando Eustáquio Peixoto de Magalhães - j 30.06.99 - DJ MG 24.07.99, pág. 13)

"É doméstico o empregado que trabalha para pessoa física, em residência de praia, prestando serviços de vigia e jardineiro, denatureza contínua, sem qualquer fim lucrativo, a teor do disposto no art. 1º , da Lei nº 5.859/72 , excluindo-se da condenação títulosnão assegurados a tal categoria de empregados." (Ac da 2ª T d o TRT da 6ª R - mv - RO 4.041/97 - Red. Designada Juíza Gisane Araújo -j 06.10.97 - DO PE 08.11.97, pág. 44)

"Vínculo de emprego - Natureza doméstica - Caracterização. Define o art. 2º da Lei nº 5.889/73 que empregado rural é 'todapessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a

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14.5 Relação de emprego - Comprovação - Recibo - Necessidade

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14.6 Salário in natura

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14.7 Vigia/vigilante

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14.8 Caseiro - Propriedade destinada ao lazer

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dependência deste e mediante salário' e em seu artigo 3º delineia o empregador como sendo 'a pessoa física ou jurídica, proprietário ounão, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxíl io deempregados.' Se considerando o conjunto probatório dos autos constata-se que a reclamada não explorava atividade agroeconômica emsua propriedade rural, tendo contratado o autor apenas com o objetivo de reservá-la, pois receava fosse invadida, incidindo na conhecidafigura do 'caseiro de chácara ou chacareiro', há que se re-conhecer como doméstica a relação de emprego entre as partes. Recursoprovido neste particular, por maioria." (Ac do TRT da 24ª R - Pleno - mv, no mérito - RO 0289/98 - Rel. Juiz David Balaniúc Júnior - j24.06.98 - DJ MG 10.08.98, pág. 49)

"Trabalho doméstico. Caracterização. Irrelevância da função desempenhada. Nos termos do art. 1º da Lei nº 5.859/72 , o quedefine o empregado doméstico não é a sua qualificação profissional, mas a circunstância de prestar 'serviços de natureza contínua e definalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas'. Tendo a autora sido contratada para prestar serviços laboraiscomo enfermeira na residência da reclamada, pessoa idosa e que necessitava de cuidados especiais, ficou caracterizada a sua condição deempregada doméstica." (Ac. unânime da 8ª T do TRT da 2ª R - RO 20010464985 - Rel. Juíza Maria Luíza Freitas - j 19.08.02 - DO SP03.09.02, pág. 41)

"Previdenciário - Salário-família - Sentença de improcedência - Empregada doméstica aposentada - Ausência de amparo legal -Recurso improvido - Sentença mantida. 1. A Constituição Federal garante aos trabalhadores o direito ao salário-família, por númerode dependentes (art. 7º , XII, da CF/88 ), com exceção da categoria dos empregados domésticos (§ único). 2.Recurso da Autoraimprovido. Sentença mantida." (Ac. unânime da 5ª T do TRF da 3ª R - AC 90.03.007985-4 - Rel. Juíza Ramza Tartuce - j 31.03.97 - DJU 205.08.97, pág. 59.530)

"Acidente do trabalho - Empregada doméstica - Auxílio-acidente - A Lei Acidentária não contempla o empregado doméstico comobeneficiário do seguro contra acidente do trabalho, ex vi dos artigos 7º, parágrafo único da CF, 18, § 1º da Lei 8.213/91 e 130, inciso Ido Decreto nº 2.172/97 ." (Ac da 11ª C do 2º TAC SP - mv - AC 489.820-00/1 - Rel. Juiz Clóvis Castelo - j 18.08.97 - DJ SP II 16.09.97,pág. 06)

"Acidente de Trabalho. Garantia de Emprego. Domésticos. Por não ter a Constituição Federal vigente garantido o empregadodoméstico contra a dispensa arbitrária ou sem justa causa, nem contra a redução dos riscos inerentes ao trabalho e ainda por nãoexplícita a Lei nº 8.213/91 , não estão os referidos trabalhadores albergados pela garantia de emprego concedida aos acidentados."(Ac. unânime da 3ª T do TRT da 12ª R - RO 8.284/94 - Rel. Juiz José Ernesto Manzi - DJ SC 1º.08.96, pág. 91)

"Empregada doméstica - Contrato de experiência - Estabilidade da gestante - É aplicável aos empregados domésticos o contrato deexperiência, segundo jurisprudência dominante nos Tribunais Regionais. Embora o entendimento doutrinário e jurisprudencial pelaformalização escrita para semelhante modalidade de contrato, é de ser abrandada a exigência para a relação doméstica, celebrada que écom pessoa física, para prestação de serviços no âmbito residencial. Reconhecido o contrato de experiência, não se aplica a estabil idadeprovisória à empregada gestante, nos termos da Súmula 244, III, do TST . Recurso desprovido." (TRT 4ª Região - RO0062700-56.2009.5.04.0811 da 8ª Turma - Rel. Des. Denis Marcelo de Lima Molarinho - DJ-e 06.07.2010)

"Empregada doméstica. Contrato de experiência. Inaplicabil idade das disposições contidas na Consolidação das Leis doTrabalho , razão por que o contrato de trabalho é tido como a prazo indeterminado." (Ac da 2ª T do TRT da 4ª R - mv - RO96.022750-4 - Rel. Designada Juíza Dulce Olenca B. Padilha - j 17.02.98 - DJ RS 16.03.98, p 37)

"Contrato de experiência. Doméstico. Ao contrato de trabalho de empregado doméstico é perfeitamente aplicável a cláusula deexperiência por se tratar de serviços prestados dentro do âmbito familiar, justificando a averiguação da qualificação do empregado."(Acórdão da 5ª Turma do TRT da 3ª R, por maioria de votos - RO 19.651/1999 - Rel. Juiz Virgíl io Selmi Dei Falci - DJ MG 10.06.2000, pág.19)

"Empregada doméstica - Contrato de experiência - Validade. Consoante a previsão do parágrafo único do art. 7º da ConstituiçãoFederal , vários direitos sociais foram estendidos aos empregados domésticos, entre eles o aviso prévio, instituto este que atinge tantoo empregado doméstico quanto o empregador, o que viabil iza as situações previstas nos arts. 482 e 483 da CLT . Logo, cabível ocontrato de trabalho a título de experiência, para o doméstico. Se a Lei 5.859/72 e o seu decreto regulamentador não proíbem aadoção desse tipo de contrato, não cabe ao intérprete fazer qualquer distinção. Recurso a que se dá provimento para imprimir validade aocontrato de experiência e julgar improcedente a ação." (Ac da 6ª Turma do TRT da 2ª R - por maioria de votos - RO 02980437373 - Rel.Juiz Fernando Antonio Sampaio da Silva - DO SP 05.10.1999, pág. 56)

"Trabalho doméstico. Extraordinários. 1. Em tese, a Constituição não estendeu aos domésticos a remuneração dos extraordinárioscom 50%, mas lhes assegurou o direito ao salário mínimo, correspondente ao dia normal de serviço, sendo devidas as horas excedentesembora pelo valor da hora normal (Constituição, art. 7º, XVI e IV, com o parágrafo único; CLT , art.76; Lei nº 8.542/92 , art. 6º ). 2.

Em concreto, são indevidas tais horas normais suplementares, por falta de prova quanto a sua efetiva prestação (Consolidação, art. 818)."(Ac da 3ª T do TRT da 1ª R - mv - RO 5.341/92 - Rel. Juiz Azulino Joaquim de Andrade Filho - j 25.06.96 - DJ RJ II 07.04.97, pág. 105)

"Domésticos. Direitos. A Constituição Federal de 1988 trouxe inovações substanciais e vantajosas aos trabalhadores

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14.9 Enfermeira

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14.10 Doméstica aposentada - Salário-família - Direito inexistente

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14.11 Acidente do trabalho - Garantia de emprego

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14.12 Contrato de experiência

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14.13 Horas extras

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domésticos, estendendo a eles, no que ainda não lhes era assegurado, o direito ao salário mínimo, repouso semanal remunerado,irredutibil idade salarial, décimo terceiro salário, férias com adicional de 1/3, l icença gestante de 120 dias, l icença paternidade, avisoprévio de 30 dias, aposentadoria e integração à Previdência Social. Observe-se que o rol de direitos elencados é taxativo, não tendo nema Nova Carta nem a Lei número 5.859/72 revogado o artigo sétimo, 'a' da CLT , dispondo serem inaplicáveis os preceitos constantes dotexto consolidado à categoria dos trabalhadores domésticos. Não se aplicam, portanto, à reclamante as disposições da CLT concernentesa horas laboradas além das quarenta e quatro semanais e a equiparação salarial." (Ac. unânime da 1ª T do TRT da 2ª R - RO02980475917 - Rel. Juiz P. Bolívar de Almeida - j 18.08.99 - DO SP 10.09.99, pág. 15)

"Empregada doméstica. Horas extras. O elenco de direitos trabalhistas do empregado doméstico, estabelecido na ConstituiçãoFederal , é taxativo e foi assim estabelecido pelo legislador em atendimento às peculiaridades do trabalho realizado no âmbitoresidencial. A garantia de jornada máxima não integra o rol dos direitos do doméstico. Não se configura alegada escravidão, pois aotrabalhador estão garantidos direitos específicos, assim como são aplicáveis a certas profissões outros direitos peculiares que nem poristo são extensivos à generalidade dos trabalhadores. Recurso a que se nega provimento. Inicial. Inépcia. Inicial que traz fundamentaçãomas não o pedido, ou o inverso é inepta, nos termos do artigo 295, § único, I, do CPC." (Ac. unânime da 3ª T da 4ª Região - RO20941.941/98-1 - Rel. Juiz Raul Zoratto Sanvicente - DJ 06.12.1999)

"Empregado doméstico - Horas extras - Limite de jornada expressamente contratado - Deferimento - O art. 7º, parágrafo único, daCarta Magna elenca os direitos sociais dos trabalhadores urbanos e rurais extensivos aos empregados domésticos, não estando dentre elesa l imitação da jornada semanal de trabalho. Contudo, podendo as partes avençar tudo aquilo que não é vedado em lei (Cód. Civil/1916,art. 82; cód. Civil/2002, art. 104, II) E tendo em vista a obrigação de observar-se que o avençado pelas partes deve ser cumprido - Pactasunt servanda - Não há como negar-se ao autor a pretensão de recebimento de horas extras porque estabelecido, em contrato celebradolivremente entre ele e o reclamado, o horário de trabalho que deveria ser cumprido ... Recurso conhecido e parcialmente provido." (TRT10ª R. - ROPS 00793-2004-016-10-00-0 - 3ª T. - Rel. Juiz Antonio Umberto de Souza Júnior - j 09.12.2004)

"Empregada doméstica - Jornada reduzida - Salário mínimo. O dispositivo constitucional que fixa o salário mínimo como a menorremuneração paga ao trabalhador (art. 7º, inc. IV), o faz em consonância com aquele que dispõe sobre a duração normal do trabalho nãosuperior a oito horas diárias e quarenta semanais (art. 7º, inc. XIII). Assim, se a jornada de trabalho do empregado é menor que aestipulada pela constituição, cabe-lhe o pagamento do mínimo proporcional ao tempo de trabalho por ele executado. Revista provida."(Ac. unânime da 1ª T do TST - RR 483.013/98.7 - 8ª R - Rel. Min. Regina Rezende Ezequiel - j 16.12.98 - DJU 1 09.04.99, pág. 99)

"Doméstico. Salário proporcional. Não há irregularidade alguma no pagamento de cinqüenta por cento do salário mínimo para otrabalho doméstico inferior a cento e dez horas mensais." (Ac. unânime da 1ª T do TRT da 3ª R - RO 12.201/97 - Rel. Juiz RicardoAntônio Mohallem - j 09.02.98 - DJ MG 06.03.98, pág. 05)

"Empregada doméstica - Falta grave. Demonstrado que a reclamante violou as obrigações mínimas ínsitas à relação de trabalhodoméstico, que se estabelece no recesso da residência familiar, praticando ato de improbidade e cometendo maus tratos contra o menorimpúbere submetido a sua responsabil idade, irrepreensível o r. julgado que reconheceu o justo motivo para a rescisão do pacto laboral.Recurso obreiro desprovido." (Ac. unânime da 3ª T do TRT da 10ª R - RO 4.211/97 - Rel. Juiz Marcos Roberto Pereira - j 20.10.97 - DJU 307.11.97, pág. 27.070)

"Empregada doméstica. Justa causa. Entendo serem aplicáveis à relação de emprego, doméstica, por analogia, os preceitos dosartigos 482 e 483 da CLT , isto porque o aviso prévio, previsto constitucionalmente no artigo 7º , XXI, da Constituição Federal , éassegurado aos domésticos por força do parágrafo único desse preceito constitucional. Assim, não havendo outra regulamentação do avisoprévio desse preceito constitucional no Direito Brasileiro, senão aquela constante do instituto consolidado, temos que é a CLT que devereger o direito do empregado doméstico ao aviso prévio, inclusive nas hipóteses em que este não será devido, como é o caso da justacausa." (Ac. unânime da 1ª T do TRT da 3ª R - RO 1.180/00 - Rel. Juíza Maria Auxil iadora Machado Lima - j 03.07.00 - DJ MG 21.07.00,pág. 08)

"Empregado doméstico - Feriados trabalhados - Dobra - O empregado doméstico não foi contemplado com a dobra pelo trabalhorealizado em dias de feriado, limitando-se a CF/88 a estender-lhe, apenas, o repouso semanal remunerado, preferencialmente aosdomingos (art. 7º, XV)." (Ac. unânime da 5ª T do TRT da 3ª R - RO 9.319/94 - Rel. Dr. Roberto Marcos Calvo - DJ MG II 24.09.94, pág.121)

"Doméstica. Feriados. Improsperável o pedido de pagamento de feriados trabalhados pela doméstica, à falta de previsão legal." (Ac.unânime da 5ª T do TRT da 3ª R - RO 12.174/93 - Rel. Dr. Itamar Phil ippe Vieira de Mello Filho - DJ MG 12.02.94, pág. 81)

Empregada doméstica. Dispensa imotivada. Aviso prévio. Ausência de cumprimento. Desconto. Possibilidade. A Constituição

Federal , com oportunidade e justiça, assegura aviso prévio aos trabalhadores domésticos (art. 7º, XXI e parágrafo único). Ainda que aLei nº 5.859 , de 11.12.72, não faça remissão às normas da CLT , que regulamentam o aviso prévio, dever-se-á recorrer, nanecessidade de integração da garantia constitucional, à analogia legis, sob a autorização do art. 8º daquele último Texto e do art. 4º daLei de Introdução ao Código Civil Brasileiro . O aviso prévio dos trabalhadores regidos pela CLT encontra o mesmo lastroconstitucional que aquele endereçado aos empregados domésticos: há um mesmo padrão legal, não havendo razões que aconselhemtratamento diferenciado. Necessário, então, o recurso ao Capítulo VI do Título IV da CLT (com atenção para a disciplina compatível com orol de direitos estabelecidos pelo referido art. 7º, parágrafo único, da Carta Magna), quando se houver de decidir qualquer questãorelativa ao aviso prévio do trabalhador doméstico. Merecendo conhecer o propósito de sua empregadora, no sentido de a dispensar, aempregada doméstica faz jus ao aviso prévio ( CLT , art. 487 ), devendo, no entanto, trabalhar pelo prazo pertinente (trinta dias), salvose expressamente dispensada de o fazer, em qualquer caso com a remuneração do período. Deixando de cumprir o aviso prévio, daráensejo ao desconto do valor correspondente, nas parcelas recebidas ao termo do pacto, como faculta o art. 487, § 2º, da CLT. A

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14.14 Salário mínimo proporcional

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14.15 Demissão por justa causa

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14.16 Feriados trabalhados

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14.17 Aviso prévio

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Constituição Federal , quando evoca o instituto, torna aplicável o regramento próprio, não se podendo olvidar que mesmo o contratode trabalho doméstico é bilateral e contém direitos e obrigações recíprocas para as partes que o celebram. Com a garantia do avisoprévio, os trabalhadores domésticos aceitam a contrapartida, qual seja, concedê-lo, quando tencionarem pedir demissão, e cumpri-lo,quando o receberem, sem que haja dispensa: direitos e obrigações são faces de uma mesma moeda. Recurso Ordinário em procedimentosumaríssimo conhecido e desprovido." (Ac da 3ª T do TRT da 10ª R - RO 4.194/02 - Rel. Juiz Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira - j11.12.02 - DJU 3 17.01.03, pág. 69)

( Constituição federal , art. 7º , parágrafo único, na redação da Emenda Constitucional nº 72/2013 ; Lei nº 5.859/1972 ; Decretonº 3.361/2000 ; Lei nº 11.324/2006 ; Lei nº 10.208/2001 ; Lei nº 7.418/1985 , alterada pela Lei nº 7.619/1987 ; MedidaProvisória nº 2.164-41/2001 ; Lei nº 12.254/2010 ; Lei nº 12.506/2011 ; Regulamento da Previdência Social (RPS),aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 , arts. 93 , 94 , 95 , 96 , 97 , 98 , 99 , 100 , 101 , 102 e 103 , Decreto nº 95.247/1987 ;Decreto nº 7.872/2012 ; Instrução Normativa RFB nº 971/2009 , arts. 55, I, 92, 95, 396, 397 e 398 com as alterações da InstruçãoNormativa RFB nº 1.238/2012 e Circular Caixa nº 548/2011 )

Legislação Referenciada

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AC 489.820-00/1

ADCT

Ato Declaratório Executivo Codac nº 71/2011

Constituição Federal

Circular Caixa nº 451/2008

Circular Caixa nº 548/2011

Decreto nº 2.172/97

Regulamento da Previdência Social

Decreto nº 3.197/1999

Decreto nº 3.361/2000

Decreto nº 57.155/1965

Decreto nº 6.727/2009

Decreto nº 71.885/1973

Decreto nº 7.782/2012

Decreto nº 7.872/2012

Decreto nº 95.247/1987

CP

Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro

Consolidação das Leis do Trabalho

Decreto Legislat ivo nº 47/1981

Emenda Constitucional nº 72/2013

Instrução Normativa nº 925/2009

Instrução Normativa INSS nº 45/2010

Instrução Normativa RFB nº 1.238/2012

Instrução Normativa RFB nº 880/2008

Instrução Normativa RFB nº 971/2009

Instrução Normativa SRP nº 20/2007

Instrução Normativa SRP nº 3/2005

Instrução Normativa SRT nº 15/2010

Lei Complementar nº 103/2000

Lei Complementar nº 110/2001

Lei nº 10.208/2001

Lei nº 10.421/2002

Lei nº 11.324/2006

Lei nº 12.254/2010

Lei nº 12.506/2011

Lei nº 4.090/1962

Lei nº 4.749/1965

Lei nº 5.859/1972

Lei nº 5.889/73

Lei nº 7.115/1983

Lei nº 7.195/1984

Lei nº 7.418/1985

Lei nº 7.619/1987

Lei nº 8.036/1990

Lei nº 8.212/1991

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Lei nº 8.213/1991

Lei nº 8.542/92

Lei nº 9.528/1997

Lei nº 9.676/1998

Medida Provisória nº 2.164-41/2001

Medida Provisória nº 284/2006

Portaria Interministerial MPS/MF nº 15/2013

Portaria MTb/SPES nº 1/1997

Portaria MTE nº 1.057/2011

Portaria MTE nº 1.621/2010

Resolução DC/INSS nº 39/2000

Resolução INSS nº 657/1998

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