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______________________________________________________________________________________________________________ IODA, v.1, n.5, maio 2013, pág.1 Maio 2013 – vol. 1 – n.5 ISSN 2317-0948 Como este mapa pode ser usado: o mapa celeste mostra o céu noturno de horizonte a horizonte para a data e hora indicada no parágrafo abaixo. O centro do mapa é a parte do céu diretamente acima de você (chamado de zênite ), e o círculo externo é o horizonte . Os objetos celestes podem ser localizados ao se observar entre o zênite e o horizonte. Os pontos cardeais estão indicados próximos ao círculo do horizonte (“Norte”, por exemplo). Gire o mapa ao redor de seu ponto central, de modo que o ponto cardeal que aparece na parte de baixo do mapa corresponda à direção real à sua frente (por exemplo, o modo como você está segurando o mapa, ao ler este texto, é apropriado quando você estiver de pé, tendo bem à sua frente o ponto cardeal sul). Comece a utilizar o mapa localizando um padrão de estrelas brilhantes no céu (Crux, ou Cruzeiro do Sul, por exemplo). A linha tracejada é a eclíptica , o caminho aparente que o Sol faz no céu ao longo de um ano. Nas proximidades desta linha também encontramos os planetas e a Lua. A magnitude aparente do astro é indicada no mapa por bolinhas pretas: quanto maior a bolinha, mais luminoso é o astro e menor é o valor numérico de sua magnitude. Quando este mapa pode ser usado: Início do mês, por volta das 21h; Meados do mês, por volta das 20h; Final do mês, por volta das 19h (horários de Brasília). Onde este mapa pode ser usado: localidades nas latitudes entre 20 o e 50 o do hemisfério sul. Para regiões equatoriais, consulte http://skymaps.com VELA γ

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Maio 2013 – vol. 1 – n.5 ISSN 2317-0948

Como este mapa pode ser usado: o mapa celeste mostra o céu noturno de horizonte a horizonte para a data e hora indicada no parágrafo abaixo. O centro do mapa é a parte do céu diretamente acima de você (chamado de zênite), e o círculo externo é o horizonte. Os objetos celestes podem ser localizados ao se observar entre o zênite e o horizonte. Os pontos cardeais estão indicados próximos ao círculo do horizonte (“Norte”, por exemplo). Gire o mapa ao redor de seu ponto central, de modo que o ponto cardeal que aparece na parte de baixo do mapa corresponda à direção real à sua frente (por exemplo, o modo como você está segurando o mapa, ao ler este texto, é apropriado quando você estiver de pé, tendo bem à sua frente o ponto cardeal sul). Comece a utilizar o mapa localizando um padrão de estrelas brilhantes no céu (Crux, ou Cruzeiro do Sul, por exemplo). A linha tracejada é a eclíptica, o caminho aparente que o Sol faz no céu ao longo de um ano. Nas proximidades desta linha também encontramos os planetas e a Lua. A magnitude aparente do astro é indicada no mapa por bolinhas pretas: quanto maior a bolinha, mais luminoso é o astro e menor é o valor numérico de sua magnitude.

Quando este mapa pode ser usado: Início do mês, por volta das 21h; Meados do mês, por volta das 20h; Final do mês, por volta das 19h (horários de Brasília). Onde este mapa pode ser usado: localidades nas latitudes entre 20o e 50o do hemisfério sul. Para regiões equatoriais, consulte http://skymaps.com

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Agenda astronômica saiba de antemão os principais fenômenos astronômicos do mês

Ao longo de um ano, o Sol parece deslizar pelas constelações próximas da eclíptica (ver mapa). Estas são chamadas de constelações zodiacais. Neste mês, o Sol começa em Áries e termina em Taurus (Touro).

No início do mês, Mercúrio estará visível bem próximo do horizonte leste antes do Sol nascer. Em meados de maio, o planeta estará muito próximo do campo visual do Sol para ser observado, mas ao final do mês, o

planeta poderá ser visto bem próximo do horizonte oeste logo após o pôr do Sol.

Teremos dificuldades para observar Vênus no início do mês, pois o planeta estará muito próximo do campo visual do Sol, mas na segunda metade do mês, Vênus poderá ser visto bem próximo do horizonte oeste logo após o pôr do Sol.

Marte fica praticamente o mês todo junto com o Sol no céu, mas passa a ser visível com dificuldades bem próximo do horizonte leste antes do Sol nascer nos últimos dias do mês.

Júpiter pode ser observado durante o período do início da noite, assim que o Sol se põe, mas vai ficando cada vez mais próximo do horizonte oeste a cada pôr do Sol.

Estamos em um dos melhores meses para se observar o belo Saturno, pois fica disponível a noite toda.

Urano está na direção da constelação de Pisces (Peixes), e Netuno na de Aquarius (Aquário), ambos na direção do leste, antes do Sol nascer.

No dia 9 ocorrerá um eclipse solar anular, mas não será visível do Brasil. Saiba mais sobre este eclipse em: http://eclipse.gsfc.nasa.gov/OH/OHfigures/OH2013-Fig02.pdf

No dia 25 haverá um eclipse da Lua, mas ela apenas passará de raspão pela penumbra da Terra (e não pela sombra), o que não oferece interesse público. Os detalhes deste eclipse podem ser obtidos em: http://eclipse.gsfc.nasa.gov/OH/OHfigures/OH2013-Fig03.pdf

Atividades de observação olhe para cima e tente localizar as joias celestes deste mês

Encontre a estrela Arcturus, da constelação do Bootes (Boieiro), no horizonte nordeste (use o mapa). Trata-se de uma estrela gigante de coloração alaranjada, sendo uma estrela de temperatura menor do que o Sol. Arcturus significa “guarda da Ursa Maior” e esta estrela está a uma distância de 36,7 anos-luz de nós. Ou seja, se você tem esta idade, estará vendo a luz que saiu desta estrela no ano em que você nasceu.

Há um aglomerado aberto de estrelas chamado NGC2547 (indicado no mapa por 2547) próximo da estrela Gama (ϒ) da constelação da Vela, ao norte de Carina. Um binóculo revelará uma bela porção de estrelas deste aglomerado, que está a uns 1300 anos-luz de distância.

Cerca de 6 graus a leste de NGC 2547, você encontrará IC 2391, também denominado Aglomerado Omicron Velorum e distante cerca de 450 anos-luz. Este aglomerado aberto proporciona uma bela visão por meio de binóculo.

Dia Hora Fenômeno

2 08:14 Lua em quarto minguante (ela se encontra bem alto no céu assim que o Sol nasce)

5 Máximo da chuva eta-Aquarídeos

9 18:25 Eclipse anular do Sol (não visível do Brasil)

9 21:28 Lua Nova (ela se põe praticamente junto com o Sol)

12 13:00 Conjunção entre a Lua e Júpiter (eles ficam visualmente próximos entre si)

13 10:31 Apogeu da Lua, máximo afastamento entre a Lua e a Terra (405.825 km de distância)

18 01:35 Lua em quarto crescente (ela se encontra bem alto no céu assim que o Sol se põe)

25 01:09 Eclipse penumbral parcial da Lua

25 01:25 Lua Cheia (ela nasce assim que o Sol se põe)

25 22:44 Perigeu da Lua, máxima aproximação entre a Lua e a Terra (358.377 km de distância)

25 03:00 Conjunção entre Mercúrio e Vênus (eles ficam visualmente próximos entre si)

27 03:47 Conjunção entre Mercúrio e Júpiter (eles ficam visualmente próximos entre si)

28 15:39 Conjunção entre Vênus e Júpiter (eles ficam visualmente próximos entre si)

31 15:58 Lua em quarto minguante (ela se encontra bem alto no céu assim que o Sol nasce)

As horas são dadas para o horário legal de Brasília. Para maiores detalhes sobre os fenômenos astronômicos do mês, consulte: http://www.momentoastronomico.com.br/efemerides/efemerides.html

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No dia 12, olhe para o lado oeste do céu e você notará uma interessante conjunção entre o fino crescente da Lua e Júpiter: estarão visualmente próximos entre si.

No dia 25 a Lua estará no perigeu (ponto mais próximo da Terra em sua órbita) cerca 21 horas depois da fase Cheia. Em 23 de junho este intervalo será de apenas 21 minutos.

Nos dias 25, 26 e 27 logo após o por do sol, teremos a melhor conjunção do ano: os planetas Mercúrio, Vênus e Júpiter ficarão visualmente bem próximos entre si. Ao pôr do Sol do dia 28, Vênus e Júpiter se aproximam mais ainda. Veja a simulação abaixo para o anoitecer de 26 de maio (usando o software StarryNight).

Acompanhe a olho nu alguns meteoros (popularmente chamados de "estrelas cadentes") do enxame dos eta-

Aquarídeos, preferencialmente entre os dias 3 e 7 de maio quando aumentam as chances de detectar uma quantidade maior deles. No dia de seu máximo, a saber, na madrugada de 6 de maio, recomenda-se ir a um lugar distante das luzes da cidade e realizar a observação a partir das 2:00 da manhã. Em condições ideais de observação estes meteoros costumam apresentar uma taxa de até 55 meteoros por hora. Uma característica típica dos meteoros eta-Aquarídeos é deixar rastros com duração de 1 a 2 segundos.

Agradecimentos pela revisão: Alexandre Amorim (REA/NEOA-JBS)

Astronotícias saiba quais são as principais notícias astronômicas para suas aulas

Lixo espacial precisa ser removido

Detritos espaciais incluem qualquer lixo que o homem deixou no espaço, como peças de lançadores de foguetes, satélites inativos e peças quebradas de colisões passadas. Os cientistas estimam que haja cerca de 29.000 objetos maiores do que 10 centímetros em órbita na Terra a uma velocidade média de 25.000 km/h, cerca de 40 vezes mais rápido do que os aviões viajam. A essa velocidade, mesmo pequenos pedaços de detritos podem danificar ou destruir naves espaciais e

satélites, o que poderia custar bilhões de dólares para a substituição, além de interromper a comunicação via celular ou a navegação por satélite. As agências espaciais de todo o mundo estão cooperando na pesquisa de detritos espaciais, e a iniciativa Espaço Limpo, lançada em 2012, tem o objetivo de desenvolver a tecnologia para capturar e remover com segurança detritos espaciais. Fonte: http://www.astronews.com.br

Pulsar testa a teoria de Einstein

Um incomum par estelar, constituído pela estrela de nêutrons de maior massa conhecida até hoje e por uma estrela anã branca, permite testar a teoria da gravidade de Einstein (a relatividade geral) de um modo que não tinha sido possível até hoje. Até agora, as novas observações estão exatamente de acordo com as predições da relatividade geral e são inconsistentes com algumas teorias alternativas. A estrela de nêutrons, um pulsar que emite ondas de rádio, gira em torno de si mesma 25 vezes por segundo, e a sua companheira anã branca a orbita a cada duas horas e meia. Em campos gravitacionais tão fortes como este, pequenos aumentos na massa podem levar a grandes variações no espaço-tempo em torno destes objetos. Até agora, os astrônomos não tinham ideia do que podia acontecer na presença de uma estrela de nêutrons de massa tão elevada como esta. Este objeto oferece a oportunidade única de levar estes testes a um território desconhecido. Fonte: ESO - http://www.eso.org

Astrolocais a cada número, uma breve apresentação de um ambiente não formal

Visite o Planetário da Universidade Federal de Santa

Maria, inaugurado em 14 de dezembro de 1971. Ele é equipado com um projetor digital da marca E&S modelo Digistar 4 de alta qualidade instalado numa cúpula de diâmetro de 12,5 metros com capacidade para 122 pessoas. O Planetário da UFSM fica na Praça Santos Dumont 45, Cidade Universitária Professor José Mariano

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da Rocha Filho, Santa Maria, RS, CEP 97105-900. Tel: (55)3220-8226; e-mail: [email protected] Homepage: http://www.ufsm.br/planetario

AstroTICs a cada número, uma nova dica TIC para o ensino da Astronomia

Assista on-line a série completa “ABC da Astronomia”, exibida pela TV Escola. A série contém 30 episódios excelentes apresentando os principais conceitos de Astronomia. A cada programa, o professor e astrônomo Walmir Cardoso apresenta um tema derivado de uma letra do alfabeto. Animações, fotos espaciais e imagens de arquivo complementam a viagem espacial que traz como grande diferencial o ponto de vista do hemisfério sul e que podem ser um rico recurso para as suas aulas de Astronomia. Acesse em: http://www.youtube.com/playlist?list=PL786495B96AB0CC3C

Tem gente achando que... a cada número, uma diferente concepção alternativa em Astronomia

Tem gente achando que... poluição visual é a mesma coisa que poluição luminosa. A poluição luminosa vem se tornando algo comum nas grandes cidades, porém podemos observá-la também em cidades do interior. Considerando a importância em se discutir esta questão dentro da escola, este artigo desenvolve um projeto interdisciplinar em uma escola estadual do Rio de Janeiro, na qual são discutidas questões relacionadas à saúde, economia e a própria visão do céu prejudicada por este problema. Leia mais em: http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol12/Num1/poluicao.pdf

Mão na massa aproveite esta sugestão de atividade prática para sua aula

O Sol tem um comportamento extremamente regular em sua aparente trajetória diária no céu. Esta regularidade do aparente movimento do Sol pode ser aproveitada para a construção de um relógio de sol bem

simples. As horas podem ser lidas pela sombra de uma haste fixa sobre uma base na qual estão marcadas as horas. Saiba como montá-lo passo a passo em: http://pontociencia.org.br/gerarpdf/index.php?experiencia=895

A pesquisa chegando à escola conheça as pesquisas sobre Educação em Astronomia

Aprenda sobre a longa história da Astronomia na busca de modelos e de construções geométricas para determinar as formas e as dimensões da Terra e de sua posição no universo. Este artigo foca a dificuldade deste desafio do conhecimento e discute a importância do tema para o ensino de ciências. O artigo ressalta principalmente o período que vai da Antiguidade a Revolução Copernicana. Este texto pode ajudar você a trabalhar com seus alunos sob uma abordagem histórico-filosófica ao mostrar como o conhecimento científico é construído, não podendo ser encarado como verdade absoluta e acabada. Leia mais em: http://www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v22_557.pdf

De professor para professor a cada edição, um relato de aula ministrada com o tema Astronomia

Esta seção é uma contribuição do Polo Astronômico Casimiro Montenegro

Filho, da Fundação Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), que

mantém um curso de Astronomia para professores, os quais produzem,

aplicam e relatam uma sequência didática com suas próprias turmas de

alunos envolvendo a Astronomia.

Tema central: Constelações

Objetivos: Ao final da atividade o aluno deverá compreender o que são constelações e qual foi a importância para os povos da Antiguidade, entender porque as constelações foram associadas a imagens de objetos ou animais, perceber que as mesmas estrelas foram vistas e associadas a imagens diferentes por culturas diferentes.

Conteúdos: Constelação, esfera celeste, constelações zodiacais, etnoastronomia.

Turma: 9º ano do Ensino Fundamental, sendo adaptável ao 6º ano.

Metodologia: Iniciar a aula com questionamentos e verificação do conhecimento prévio, tais como: o que é uma constelação, se o aluno conhece alguma constelação, quais delas são as mais populares (a maioria pode responder algo como “Três Marias” ou “Cruzeiro do Sul”), ou se é possível visualizar a mesma constelação durante os 12 meses do ano. Questionar a importância das constelações para culturas do passado: Por que grupos de estrelas foram associados a imagens? Todas as culturas imaginavam as mesmas imagens com o mesmo grupo de estrelas? Depois desta discussão oral, os alunos são convidados a trabalhar com uma versão impressa ou fotocópia de uma fotografia ou

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desenho do céu estrelado, criando livremente traços que ligam estrelas, formando imagens que eles próprios crêem visualizar.

Imagem extraída do Stellarium para uso na atividade.

É importante que a criatividade e a imaginação estejam libertadas, não permitindo a consulta em nenhuma fonte durante a atividade, a fim de não haver influências externas para interpretações. Depois da atividade, pede-se para que os alunos apresentem suas constelações para a turma, justificando seus desenhos. O professor explica, então, os similares processos que, ao longo de muitos anos, produziram as mais diversas constelações nas diversas culturas, sendo que algumas delas se cristalizaram como imagens tradicionais no céu.

É importante esclarecer também sobre a comum concepção alternativa de que a definição para constelação normalmente encontrada é: “um conjunto de estrelas que formam uma figura no céu” (inclusive em vários dicionários). Esta definição, contudo, pode criar equívocos, pois as estrelas de uma constelação não formam, de fato, um conjunto físico no espaço e nem estão próximas fisicamente entre si. Uma atividade rápida que pode demonstrar isso é usar o Stellarium (que pode ser instalado gratuitamente) e clicar nas estrelas que formam a mesma constelação. O software apresenta a distância de cada uma delas em anos-luz, o que permitirá que o aluno constate por conta própria que elas estão a distâncias bem diferentes de nós, e que

sua aparente proximidade entre si no céu é apenas uma questão de perspectiva. É importante também o professor valorizar nossa cultura e comentar sobre constelações indígenas do território brasileiro, tais como as da etnia dos Guarani. Exemplos: constelação da Ema, Homem velho, Anta do Norte e Veado que, na visão ocidental européia, estes mesmos grupos de estrelas foram associados a imagens diferentes.

O professor pode produzir slides em Power Point, por exemplo, para apresentar algumas constelações indígenas. O índio brasileiro percebeu que as atividades de pesca, caça, coleta, plantio e as estações do ano estavam relacionadas com as regularidades celestes ou quando surgiam determinadas constelações em especial. Por exemplo, as Plêiades, quando surgiam no céu noturno indicavam o início do calendário Tupi-guarani e também do início da estação chuvosa para tribos situadas no norte do Brasil. Outras como a constelação de Órion (onde se encontram as “Três Marias”), para povos do hemisfério norte, indicavam o início da estação de inverno.

Como obter fotos e imagens reais do céu para realizar a atividade: um processo simples é utilizando o programa Stellarium. Abra-o e enquadre uma porção de estrelas

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(por exemplo, a constelação de Órion, pois ainda é visível no mês de maio). Em seguida clique na tecla “Print Screen” ou “Prt Sc” para que a tela que aparece no monitor seja memorizada pelo computador. A seguir, abra um software de edição de imagens, tais como Paint

Brush, Adobe Photoshop, Picasa, PhotoScape, clicando “colar” ou pressionando as teclas “Control” e “V” ao mesmo tempo. A imagem memorizada pode assim ser editada e, se o software permitir, inverter as cores, transformando o escuro em claro e vice-versa. Isto fará que as estrelas apareçam como pontos pretos em um fundo branco, tornando mais adequado para impressão ou cópias. Para fins de economia é possível imprimir duas ou três imagens por folha, recortar e entregar aos alunos. Ao final da atividade, é interessante comentar quais constelações se encontram oficialmente nesta região do céu onde os alunos criaram suas próprias constelações.

Recursos: Computador, projetor multimídia, software

Stellarium, editor de imagens (ex.: FotoScape,

Photoshop, Paint Brush etc.)

Questão central: Qual foi a importância das constelações para os povos anteriores?

Avaliação: Os alunos podem ser avaliados pela produção da constelação, participação, socialização e a elaboração de um relatório escrito final.

Carga Horária: duas aulas

Fontes de consulta: (1) BERNARDO, R.V. et al. Constelações: da antiguidade

aos dias atuais, um estudo sobre as constelações

zodiacais da linha eclíptica. Link: http://connepi.ifal.edu.br/ocs/index.php/connepi/CONNEPI2010/paper/viewFile/388/249 (2) Software Stellarium em português: http://www.stellarium.org/pt/ (3) Apostila com dicas sobre como usar o Stellarium: http://sites.google.com/site/proflanghi/apostila_stellarium

(4) Vídeo sobre etnoastronomia brasileira intitulado “O céu de nossos avós”: http://videos.sapo.ao/Gsz11fzVnQm6vyaKbLqj (5) OURIQUE, P.A. Fotografando as estrelas com uma

câmera digital. Universidade de Caxias do Sul, RS, Revista Brasileira de Ensino de Física v.32, n.1, 2010 http://www.scielo.br/pdf/rbef/v32n1/a02v32n1.pdf (6) As 88 constelações oficiais da International

Astronomical Union (IAU) em pdf para imprimir: http://www.iau.org/public/constellations/

Comentários: Por meio desta interessante atividade, alguns alunos se mostram bem criativos, inventando uma ou mais constelações. Ao apresentar seus desenhos, os alunos são conduzidos ao desenvolvimento de competências e habilidades de oratória, comunicação, argumentação, socialização de resultados e relações interpessoais. A partir desta atividade, o professor conduz a sala a uma atitude crítica com relação a ideias de senso comum, erros conceituais em livros didáticos e dicionários, os quais trazem afirmações incompletas tais como “constelação é um conjunto de estrelas”.

Autoria: Fabiano Cerri (professor de Ciências do Ensino Fundamental da Escola Municipal Nossa Senhora de Nazaré, Porto Velho, Rondônia). Agradecimentos pela revisão: Ana Maria Pereira (Polo Astronômico Casimiro Montenegro Filho).

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-Noite Internacional de Observação da Lua (International Observe

the Moon Night): 12 de outubro de 2013 http://observethemoonnight.org/

IODA-Informativo do Observatório Didático de Astronomia “Lionel José Andriatto” da UNESP Bauru é uma publicação mensal e gratuita. ISSN 2317-0948

Editores: LANGHI, R.; SCALVI, R. M. F. (UNESP) Edições anteriores e informações: http://unesp.br/astronomia ou: http://sites.google.com/site/iodastronomia