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IPPF – Guia Prático A Interação com o Conselho

Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de: www.iiabrasil.org.br / B

Índice

Sumário Executivo .............................................................................................................. 1

Introdução .......................................................................................................................... 1

1000 – Propósito, Autoridade e Responsabilidade ...................................................... 1

A Relação da Auditoria Interna com o Conselho ................................................................ 3

A. Comunicação Frequente com os Membros do Conselho entre as Reuniões ............. 3

B. Comunicando Questões Sensíveis ........................................................................... 4

C. Considerações Internacionais e sobre a Indústria .................................................. 5

D. Rotatividade do DEA ................................................................................................ 5

A Comunicação por meio de um Plano de Auditoria com Base em Riscos ........................ 5

O Reporte do Conselho ....................................................................................................... 6

A. Áreas de Foco Principal ............................................................................................ 6

B. Sistema de Controle Interno .................................................................................... 7

C. Status do Plano de Auditoria e dos Recursos de Auditoria ...................................... 7

D. Distribuição dos Relatórios de Auditoria ................................................................. 7

E. Fraude/Investigações ............................................................................................... 8

F. Questões de Auditoria Aberta ................................................................................... 8

G. Avaliações de Qualidade ......................................................................................... 8

H. Oportunidades de Educação do Conselho ............................................................... 8

Administração e Coordenação das Atividades do Conselho .............................................. 9

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IPPF – Guia Prático A Interação com o Conselho

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Sumário Executivo Os conselhos e os auditores internos têm objetivos

entrelaçados. Uma relação de trabalho forte entre os

dois é essencial para que a atividade de auditoria

interna cumpra com suas responsabilidades, não

apenas para com o conselho, mas também para com

a alta administração, acionistas e demais partes

interessadas, conforme for apropriado. O Diretor

Executivo de Auditoria (DEA) reporta

frequentemente ao conselho diretamente,

dependendo da estrutura de governança da

organização. Uma atividade de auditoria interna

eficaz provê ao conselho avaliação e sugestões de

oportunidades de melhoria com relação à

governança, gerenciamento de riscos e controles

internos da organização. É valido dizer, que as

responsabilidades do conselho englobam atividades

que vão além do escopo deste guia.

Há várias atividades, desempenhadas principalmente

pelo DEA, que são primordiais para um bom

relacionamento entre o conselho e a atividade de

auditoria interna:

Manter uma comunicação eficaz com o

conselho e com o presidente, incluindo a

comunicação aberta e honesta com o conselho.

Desenvolver um plano de auditoria baseado em

riscos, que seja adequado aos objetivos

relevantes do estatuto do conselho, e comunicar

o desempenho da atividade de auditoria interna

com relação a este plano.

Reportar formal e informalmente ao conselho,

de forma regular e oportuna.

Auxiliar o conselho a garantir que seu estatuto,

atividades e processos sejam apropriados, para

cumprir com suas responsabilidades.

Garantir que o estatuto, o papel e as atividades

da auditoria interna sejam claramente

compreendidos e sensíveis às necessidades do

conselho.

Auxiliar o conselho a entender as mudanças no

ambiente regulatório e de negócios, com relação

a governança, gerenciamento de riscos,

“compliance” e controles internos.

Introdução O propósito deste guia prático é auxiliar o diretor

executivo de auditoria (DEA) a cumprir com os

requisitos da Estrutura Internacional de Práticas

Profissionais (IPPF), relacionados com a interação e

a comunicação com o conselho. O Glossário da

IPPF define o conselho como “um corpo diretivo da

organização, como: conselho de diretores, conselho

de supervisão, o responsável por uma agência ou

corpo legislativo, conselho de gestores ou curadores

de uma organização sem fins lucrativos ou qualquer

outro corpo nomeado na organização, incluindo o

comitê de auditoria, a quem o diretor executivo de

auditoria pode funcionalmente reportar”.

O IPPF delineia as seguintes Normas Internacionais

para Prática Profissional de Auditoria Interna

(Normas), os Guias Práticos e as Orientações

Práticas, relacionados à interação e comunicação

com o conselho:

1000 – Propósito, Autoridade e Responsabilidade

O propósito, a autoridade e a responsabilidade da

atividade de auditoria interna devem estar

formalmente definidos em um estatuto de auditoria

consistente com a Definição de Auditoria Interna,

com o Código de Ética e com as Normas. O diretor

executivo de auditoria deve revisar periodicamente o

estatuto de auditoria interna e submetê-lo à alta

administração e ao conselho para aprovação.

1100 – Independência e Objetividade

A atividade de auditoria interna deve ser

independente e os auditores internos devem ser

objetivos ao executar seus trabalhos.

1110 – Independência Organizacional

O diretor executivo de auditoria deve reportar a um

nível dentro da organização que permita à atividade

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de auditoria interna cumprir com suas

responsabilidades. O diretor executivo de auditoria

deve confirmar junto ao conselho, pelo menos

anualmente, a independência organizacional da

atividade de auditoria interna.

1111 – Interação Direta com o Conselho

O diretor executivo de auditoria deve se comunicar e

interagir diretamente com o conselho.

Guia Prático: Diretor Executivo de Auditoria – Indicação, Avaliação de Desempenho e Demissão (em inglês, Chief Audit Executive – Appointment, Performance Evaluation and Termination)

O DEA terá um alto grau de interação com a alta

administração e com o conselho e, portanto, precisa

demonstrar os atributos e as habilidades adequadas

para o cargo.

1300/1310 – Programa de Garantia da Qualidade e Melhoria

O diretor executivo de auditoria deve desenvolver e

manter um programa de garantia da qualidade e

melhoria que compreenda todos os aspectos da

atividade de auditoria interna. O programa de

melhoria e certificação de qualidade deve incluir

tanto avaliações internas quanto externas.

2020 – Comunicação e Aprovação

O DEA deve comunicar o planejamento da atividade

de auditoria interna e os requisitos de recursos,

incluindo alterações interinas significativas, à alta

administração e ao conselho para revisão e

aprovação. O DEA deve também comunicar o

impacto das limitações de recursos.

Orientação Prática 2020-1 – Comunicação e Aprovação

1. O DEA submeterá anualmente à alta

administração e ao conselho, para revisão e

aprovação, o sumário do planejamento de

auditoria interna, o cronograma de trabalho, o

plano de estruturação de equipe e o orçamento

financeiro. Este sumário informará a alta

administração e o conselho sobre o escopo do

trabalho de auditoria interna e sobre quaisquer

limitações deste escopo. O DEA também

submeterá todas as mudanças interinas

significantes para aprovação e informação.

2. O cronograma do trabalho de auditoria, o plano

de estruturação da equipe e o orçamento

financeiro (todos aprovados), em conjunto com

todas as mudanças interinas relevantes, deverão

conter informações suficientes para permitir que

a alta administração e o conselho se certifiquem

de que o planejamento e os objetivos da atividade

de auditoria interna dão suporte aos objetivos e

ao planejamento da organização e que estão

também consistentes com o estatuto de auditoria

interna.

Norma 2060 – Reporte à Alta Administração e ao Conselho

O DEA deve reportar periodicamente à alta

administração e ao conselho sobre o propósito, a

autoridade e a responsabilidade da atividade de

auditoria interna e o desempenho em relação ao seu

planejamento. Os reportes devem também incluir a

exposição a riscos significantes e questões de

controles, incluindo os riscos de fraude, os assuntos

de governança e outros assuntos necessários ou

solicitados pela alta administração e pelo conselho.

Orientação Prática 2060-1 – Reporte à Alta Administração e ao Conselho

A frequência e o conteúdo do reporte são

determinados em discussões com a alta

administração e com o conselho, e dependem da

importância da informação a ser comunicada e da

urgência das ações a serem tomadas pela alta

administração ou pelo conselho.

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2420 – Qualidade das Comunicações

As comunicações devem ser precisas, objetivas,

claras, concisas, construtivas, completas e

oportunas.

Orientação Prática 2420-1 – Qualidade das Comunicações

1. Colete, avalie e resuma dados e evidências

com cuidado e precisão.

2. Extraia e expresse observações, conclusões e

recomendações sem preconceito,

partidarismo, interesses pessoais ou

influência indevida de outros.

3. Melhore a clareza, evitando linguajar técnico

desnecessário e fornecendo, em contexto,

todas as informações significantes e

relevantes.

4. Desenvolva as comunicações com o objetivo

de tornar cada elemento significante, mas

sucinto.

5. Adote tons e conteúdos úteis, positivos e

bem intencionados, que foquem nos

objetivos da organização.

6. Garanta que a comunicação seja consistente

com o estilo e a cultura da organização.

7. Planeje a duração da apresentação dos

resultados do trabalho, para evitar atrasos

indevidos.

2440 – Divulgação dos Resultados

O DEA deve comunicar os resultados às partes

apropriadas.

Orientação Prática 2440-2 – Comunicação de Informações Delicadas Dentro ou Fora da Cadeia de Comando

Uma vez que o auditor interno tenha julgado as

novas informações substanciais e confiáveis, ele ou

ela comunicaria normalmente a informação – de

forma oportuna – à alta administração e ao conselho.

A Relação da Auditoria Interna com o Conselho Uma relação forte entre a auditoria interna e o

conselho amplia a capacidade da atividade de

auditoria interna em atingir os objetivos definidos no

estatuto de auditoria. O DEA geralmente é o

principal condutor do desenvolvimento e da

manutenção deste relacionamento; no entanto,

outros membros da atividade de auditoria interna

também podem contribuir, participando de reuniões

do conselho e preparando materiais para o conselho.

Além disso, a atividade de auditoria interna contribui

para este relacionamento ao executar precisa e

profissionalmente seus projetos e ao analisar seus

resultados. Um relacionamento forte é baseado em

confiança e credibilidade, que devem crescer e se

fortalecer por meio de interações e comunicações

oportunas e relevantes.

O DEA e o conselho devem estabelecer um

entendimento claro das expectativas da atividade de

auditoria interna. Essas expectativas são

apresentadas formalmente nos planos anuais e nos

estatutos do conselho e da atividade de auditoria

interna, que devem ser revisados e aprovados

periodicamente. A maioria dos conselhos tem

expectativas adicionais que evoluem com base no

desempenho da organização, nas tendências da

indústria e nas perspectivas de cada membro do

conselho. O DEA deve compreender essas

expectativas, para que ele possa dar os passos

apropriados para corresponder a elas. As tarefas e

responsabilidades de um DEA variam de uma

organização para a outra, dependendo da estrutura

de governança da organização e na natureza da

relação de reporte funcional ao conselho.

A. Comunicação Frequente com os Membros do Conselho entre as Reuniões

Comunicações claras, relevantes e frequentes entre

o DEA e os membros do conselho são essenciais.

Devido à complexidade e importância dos riscos

relacionados aos negócios de hoje, discussões

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frequentes com o presidente e outros membros do

conselho podem complementar as reuniões e

comunicações formais. Dependendo das

organizações e indivíduos envolvidos, pode ser

melhor que as comunicações sigam um protocolo

predeterminado, como:

Reuniões regulares com membros individuais

do conselho, com uma pauta predefinida.

Reuniões mais frequentes entre o presidente do

conselho e o DEA, dependendo das questões

com as quais a organização estiver lidando e das

preferências do presidente.

Comunicações periódicas sobre questões

relevantes.

Em muitas organizações, a relação entre o DEA e os

membros do conselho é muito coesa, o que tende a

levar a mais comunicações ad-hoc – não apenas

sobre questões críticas, mas também sobre questões

menos urgentes. Muitos DEAs consideram a

interação com os membros do conselho,

principalmente sobre problemas rotineiros do

negócio, útil para a construção de uma relação de

aconselhamento confiável e para manter a

consciência sobre o que está acontecendo na

organização.

As diretrizes básicas das comunicações,

independente do meio usado, incluem:

Certifique-se de que a informação é oportuna,

relevante, baseada em fatos, balanceada,

objetiva e completa.

Considere a formalidade e o tom das

comunicações para garantir que sejam

apropriados.

Evite fazer comentários presumidos, sem fatos

suficientes.

Considere as repercussões que comentários

sobre fraquezas nos controles ou outras falhas

de gestão podem criar.

Documente as comunicações se necessário, por

motivos profissionais ou de negócios.

Não espere até que haja a necessidade de

abordar uma questão sensível ou contenciosa

para começar a estabelecer um relacionamento

forte com o conselho.

Gerencie potenciais conflitos entre o conselho e

a gestão de acordo com as responsabilidades

estabelecidas no estatuto de auditoria interna.

A Norma 2420 – Qualidade das Comunicações e a

Prática Recomendada relacionada 2420-1 –

Qualidade das Comunicações fornecem orientação

para uma boa comunicação com o conselho, seja em

uma situação de reunião formal ou de reunião menos

formal, cara a cara.

B. Comunicando Questões Sensíveis

A necessidade de lidar com questões sensíveis, como

uma falha da alta administração na gestão do risco

estratégico e/ou operacional, assim como

comportamentos e atitudes eticamente questionáveis

(incluindo fraude) pode surgir a qualquer momento.

Consequentemente, o DEA deve ter habilidades de

comunicação escrita e oral altamente desenvolvidas

para transmitir informações para todas as partes

interessadas de forma oportuna e apropriada. A

comunicação eficaz de questões sensíveis depende

do estabelecimento de canais de comunicação

formal e informal e de relacionamentos fortes,

baseados em confiança e credibilidade, com os

membros da gerência e do conselho.

Dependendo dos fatos e circunstâncias da questão

sensível, o DEA deve considerar consultar os

principais membros da gerência, como o conselheiro

geral (chefe do departamento jurídico). As seguintes

diretrizes básicas devem ser consideradas:

Fatos e detalhes estão disponíveis e

documentados.

Descobertas podem ser verificadas e opiniões e

conjecturas são claramente articuladas como

tal.

As comunicações são oportunas e urgentes (e

verdadeiramente de natureza sensível).

O DEA pode enfrentar uma situação em que a

gerência tente atrasar o reporte de uma questão,

deixe de lado alguns ou todos os elementos críticos

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ou discorde que a questão deva ser reportada ao

conselho. O DEA deve considerar cuidadosamente a

importância de tais questões e determinar até que

ponto a questão deve ser levantada. O DEA também

deve considerar suas obrigações com respeito ao

Código de Ética do IIA, ao estatuto de auditoria

interna, ao código de conduta da organização e leis e

regras aplicáveis.

Quando for determinado que uma questão sensível

deva ser levantada, é essencial que o DEA se

comunique diretamente com o presidente do

conselho ou autoridade semelhante da estrutura de

governança. A comunicação, principalmente de

questões importantes ou sensíveis, é melhor

conduzida quando baseada em um relacionamento

profissional e de confiança com o presidente e

outros membros do conselho. O DEA deve

reconhecer que discussões formais ou informações a

respeito de questões sensíveis com indivíduos que

não o presidente podem prejudicar a credibilidade

do DEA aos olhos do presidente e indiretamente aos

olhos de outros membros do conselho e da

administração.

Orientação Prática 2440-2 – Comunicação de

Informações Delicadas Dentro e Fora da Cadeia de

Comando fornece orientações adicionais.

C. Considerações Internacionais e sobre a Indústria

As estruturas de governança e de propriedade

diferem de um país para o outro e entre indústrias.

Em alguns países, há um sistema de conselho de

dois níveis, que se dividem entre a função de

supervisão (conselho de supervisão) e de gestão

operante (conselho de gestão). Nesses casos, a

atividade de auditoria interna pode não reportar

diretamente ao conselho, mas ao proprietário ou até

à alta administração, como o diretor executivo,

diretor financeiro ou o diretor operacional. Embora

as estruturas organizacionais possam variar, os

princípios e práticas delineadas neste Guia Prático

ainda são relevantes. A maioria das vezes em que o

termo “conselho” for utilizado neste guia prático,

interprete-o como o executivo a quem o DEA reporta

(disciplinar/administrativamente). Além disso, deve

haver uma relação subordinação definida pelo

conselho de supervisão. Na maioria dos casos, o

comitê de auditoria é o subcomitê do conselho de

supervisão. O reporte ao comitê de auditoria deve

ser coordenado com o executivo a quem o DEA

reporta (se não for o diretor executivo) e com o

diretor executivo.

O DEA deve garantir que a atividade de auditoria

interna esteja coordenada apropriadamente com

outras funções internas também, como

conformidade regulatória, jurídico, recursos

humanos, segurança e outras.

D. Rotatividade do DEA

O conselho supervisiona a rotatividade do DEA,

quando não tem a responsabilidade de

aprovar/direcionar a saída do DEA e a contratação

de um substituto. O papel do conselho, nesta

atividade, ajuda a garantir a independência do DEA

e a garantir que ele ou ela tenha as competências

necessárias para o cargo.

Quando indicado inicialmente para este cargo, ou

deixando o mesmo, o DEA deve trabalhar em

conjunto com o conselho para garantir a

transparência completa com relação aos motivos

para esta mudança.

O Guia Prático: Diretor Executivo de Auditoria –

Indicação, Avaliação de Desempenho e Demissão

fornece orientações adicionais.

A Comunicação por meio de um Plano de Auditoria com Base em Riscos Um dos aspectos mais importantes da interação com

o conselho é passar a confiança de que a atividade

de auditoria interna está inteiramente comprometida

com a alta administração, alertar sobre os riscos

emergentes e de que a atividade possui um plano de

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auditoria que demonstra como a Auditoria Interna

está auxiliando o conselho em cumprir com suas

responsabilidades de supervisão do gerenciamento

de riscos, “compliance” e controles internos.

Um plano de auditoria pode ser uma estrutura e um

mecanismo de comunicação com o conselho, já que

o DEA deve fornecer atualizações regulares sobre

seu trabalho e o status do plano de auditoria. O

conselho deve aprovar o plano de auditoria e

contribuir para o seu desenvolvimento.

O DEA deve utilizar técnicas de avaliação de riscos

no desenvolvimento do plano da atividade de

auditoria interna e na determinação das prioridades

para a alocação dos recursos de auditoria interna. A

avaliação de riscos é utilizada para selecionar áreas a

serem incluídas no plano da atividade de auditoria

interna. Além disso, o DEA deve buscar orientação

sobre o que o conselho e a organização consideram

importantes para auxiliar na avaliação de riscos, na

priorização de projetos e na alocação dos recursos de

auditoria.

Uma parte significante no estabelecimento das bases

para a preparação de um plano de auditoria baseado

em riscos é ter um entendimento do apetite ao risco

das principais partes interessadas – geralmente o

conselho e a alta administração. O apetite ao risco é

o nível de risco que as partes interessadas estão

dispostas a aceitar ao longo da condução dos

negócios. É um fator chave no desenvolvimento de

um plano de auditoria baseado em riscos. Um bom

modo para se entender o apetite ao risco é através da

revisão da filosofia de gerenciamento de riscos da

empresa; por meio de debates com o grupo

responsável pelo gerenciamento de riscos, o

conselho e a alta administração; e, com respeito ao

risco de demonstrações financeiras, por meio de

reuniões com o diretor financeiro e com o auditor

externo. O DEA reúne esses dados, desenvolve o

plano de auditoria e apresenta o plano de auditoria

proposto à gerência para revisão e ao conselho para

aprovação.

Regularmente - por exemplo, trimestralmente -,

discussões breves com o conselho sobre temas de

riscos, sua relevância contínua e sobre riscos

emergentes devem ser conduzidas. Uma revisão/

atualização do plano de auditoria pode ser necessária

para garantir que ele continue a incluir os riscos

mais relevantes. O conselho também deve entender

quais riscos significantes não são abordados e se

recursos suficientes estão disponíveis para cumprir

com os requisitos. Em suma, o conselho precisa

entender como a Auditoria Interna está auxiliando o

conselho a cumprir com suas responsabilidades.

Para mais informações sobre a inserção do

Gerenciamento de Riscos da Organização (Enterprise

Risk Management – ERM) no processo de

planejamento de auditoria, veja a Orientação Prática

2010-2: Usando o Processo de Gerenciamento de

Riscos no Planejamento de Auditoria Interna (julho

de 2009) e a Orientação Prática 2050-1: Mapas de

Avaliação (julho de 2009).

O Reporte do Conselho O conselho, como todos, tem tempo limitado e

responsabilidades crescentes. A comunicação do

DEA, folhetos e relatórios devem ser focados em

riscos. Uma boa diretriz para interagir com o

conselho é entender quais são seus interesses e

estabelecer expectativas de reportar sobre essas áreas

excepcionalmente. Além disso, os requisitos de

reporte do estatuto da auditoria interna devem ser

considerados.

Para reuniões formais com o conselho, todas as

partes podem se beneficiar se os materiais de leitura

forem relevantes, completos e baseados em riscos,

deixando mais tempo de debate para os itens ou

questões significantes.

Listados abaixo estão as áreas a serem consideradas

para comunicações formais com o conselho.

A. Áreas de Foco Principal

As áreas de foco principal são uma combinação das

questões críticas que chamam a atenção do conselho

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como os temas de riscos estabelecidos durante o

planejamento de auditoria, quaisquer temas de

riscos que surjam durante o ano e questões

relacionadas a tarefas especiais. O DEA deve

garantir que as comunicações estejam calibradas

apropriadamente para permitir que o conselho

entenda a severidade ou importância das questões.

O conselho deve ser mantido atualizado sobre o que

tem sido feito: resultados até o momento, planos de

melhoria, progresso em comparação com planos de

melhoria, avaliação atual da área de risco e o que foi

planejado para todas as áreas/temas principais.

Embora este documento defenda o reporte limitado

ao conselho de itens significantes e excepcionais, o

conselho precisa estar atualizado sobre o que está

havendo na organização, mesmo em áreas de menor

risco. A tendência atual em desenvolvimento pode

ser a questão de risco emergente de amanhã. A

análise de tendências dos resultados de auditoria

pode, frequentemente, revelar áreas onde a atenção

da gerência seja necessária e uma pequena mudança

de ênfase pode impedir uma tendência de se tornar

uma questão emergente.

B. Sistema de Controle Interno

Uma das métricas fundamentais sobre a solidez de

uma organização é a maturidade e eficiência de seu

sistema de controles internos. Assim como as

tendências, a análise e opinião da auditoria interna

sobre o sistema de controles internos – e suas ideias

a respeito – podem servir tanto para manter o

conselho informado quanto para incentivar a

gerência a rascunhar e implementar melhorias. É

especialmente importante para a gerência, por meio

de atividades eficientes de monitoramento, garantir

que o sistema de controles internos continue

operando eficientemente ao longo do tempo. A

auditoria interna deve reportar ao conselho sobre a

eficiência das atividades de monitoramento

conduzidas pela gerência.

O DEA deve compreender caso o conselho valorize

uma opinião a respeito de governança,

gerenciamento de riscos e controles internos e sobre

o escopo de trabalho necessário para realizar tal

avaliação.

C. Status do Plano de Auditoria e dos Recursos de Auditoria

O DEA deve discutir o status do plano de auditoria

com o conselho regularmente. O DEA deve informar

o conselho sobre as mudanças no planejamento de

auditoria e no raciocínio que o fundamenta. O DEA

e o conselho devem chegar a um acordo sobre as

mudanças no planejamento e o protocolo para

aprovação do conselho para tais mudanças.

Geralmente, devem ser esperadas mudanças no

plano de auditoria, dependendo da dinâmica de cada

organização e das mudanças na indústria e do

ambiente de operação.

O plano de auditoria pode contemplar a participação

da auditoria interna nas iniciativas da organização,

em um sentido de orientação e consultoria. Nesses

casos, o conselho deve estar ciente do escopo desses

projetos e o DEA deve determinar o conteúdo mais

apropriado para o reporte ao conselho. Tal reporte

deve mencionar a natureza desses serviços no

contexto do estatuto da auditoria interna e do

impacto na independência e na objetividade.

O DEA também deve discutir a capacidade da

atividade de auditoria interna de completar o plano

de auditoria, incluindo se a auditoria interna tem os

recursos apropriados e se a gerência impôs quaisquer

limitações de escopo ao trabalho dos auditores

internos. Além disso, o DEA deve disponibilizar ao

conselho as qualificações do pessoal de auditoria,

para que possam avaliar se os recursos adequados

foram alocados à atividade.

D. Distribuição dos Relatórios de Auditoria

A decisão de distribuir os relatórios de auditoria ao

conselho depende das preferências do mesmo. O

DEA deve, no entanto, explicar ao conselho o

escopo e as descobertas da auditoria realizada. Isto

pode ser feito por meio da entrega dos relatórios de

auditoria, de um sumário executivo de cada auditoria

ou de um sumário das descobertas periodicamente.

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IPPF – Guia Prático A Interação com o Conselho

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O DEA deve considerar a colaboração da alta

administração e consultar o conselho para

determinar a abordagem mais apropriada para

disponibilizar essas informações.

E. Fraude/Investigações

Fraudes/Investigações são, frequentemente, da

responsabilidade da atividade de auditoria interna.

Em tal situação, a auditoria interna deve trazer ao

conselho fraudes/investigações de natureza

significante ou aquelas que envolvam funcionários

críticos à estrutura de controle. O DEA deve

entender as expectativas do conselho a respeito dos

tipos de investigações e da extensão das informações

que devem ser comunicadas.

O conselho deve estar ciente (assim como nas Áreas

de Foco Principal) da natureza de um incidente em

potencial, do que está sendo feito para investigar e

entender o impacto do incidente e, no final das

contas, o que permitiu que ele ocorresse, planos de

ação corretiva e progresso da implementação, e

ações disciplinares.

F. Questões de Auditoria Aberta

Embora a gerência normalmente seja responsável

por resolver questões, de acordo com a Norma 2500

do IIA – Monitoramento do Progresso, a atividade de

auditoria interna deve monitorar a resolução de

questões de auditoria aberta. As questões

significantes de auditoria aberta que não se esperem

resolver dentro do prazo, ou que estão atrasadas,

devem ser reportadas ao conselho com um plano de

recuperação e uma análise sobre a viabilidade deste

plano. Reuniões futuras devem incluir um relatório

de monitoramento do progresso do plano de

melhoria.

G. Avaliações de Qualidade

A atividade de auditoria interna deve desenvolver um

programa de avaliação interna apropriado e deve

identificar os Indicadores Chave de Desempenho

(Key Performance Indicators – KPIs). Os KPIs da

atividade de auditoria interna compõem uma

plataforma para discutir questões relacionadas à

atividade e possivelmente ganhar o apoio do

conselho para conduzir as mudanças necessárias. O

estabelecimento dos KPIs deve ser feito em um

grupo que inclua a alta administração, assim como o

conselho, e deve haver um consenso de que os KPIs

escolhidos são significantes e apropriados.

Além de conduzir a discussão sobre as questões

relacionadas ao departamento, KPIs são relevantes

na avaliação do desempenho do DEA. Uma vez que

o conselho compreender e concordar com os KPIs, o

reporte frequente do real em comparação com o

desempenho desejado, com explicações detalhadas,

será necessário. Em casos em que os KPIs relevantes

não possam ser atingidos, uma notificação oportuna

ao conselho deve ser preparada, incluindo:

Tipo de indicador de desempenho envolvido.

Discrepância entre o desempenho desejado e o

real.

Motivo para a divergência.

Planos para resolver essa lacuna.

OS KPIs devem dar alguma indicação com relação

às melhorias feitas na atividade de auditoria interna,

resultantes da análise de KPIs. Além disso, os

resultados das avaliações internas e externas

(conforme abordado na Norma 1300 do IIA) devem

ser comunicados ao conselho e o DEA deve indicar

como as recomendações serão implementadas.

Informações adicionais sobre o desenvolvimento e

uso de KPIs como parte de um programa de

avaliação interna (Norma 1311 do IIA) podem ser

encontradas no Guia Prático Medindo a Eficiência e

a Eficácia da Auditoria Interna.

H. Oportunidades de Educação do Conselho

O DEA pode desempenhar um papel crítico em

garantir que o conselho esteja ciente dos tópicos

atuais, ajudando assim no cumprimento de suas

obrigações conforme descrito em seu estatuto. O

DEA deve considerar as necessidades do conselho,

ajudando a mantê-lo informado sobre as questões

que impactam sua capacidade de cumprir com seus

deveres como: auxiliar o conselho a entender as

mudanças no ambiente regulatório e de negócios

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IPPF – Guia Prático A Interação com o Conselho

Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de: www.iiabrasil.org.br / 9

com relação a governança, gerenciamento de riscos,

conformidade e controles relacionados. O DEA deve

considerar fornecer ao conselho materiais

educacionais relevantes, para ajudá-lo a entender os

riscos de seu ambiente (por exemplo: riscos da

indústria, mudanças regulatórias, mudanças nas

regras de contabilidade).

Administração e Coordenação das Atividades do Conselho O DEA pode desempenhar um papel de consultor

valioso do conselho, auxiliando em suas

responsabilidades administrativas e de governança,

revisando suas atividades e sugerindo melhorias.

Exemplos de atividades que o DEA pode conduzir,

dependendo da estrutura de governança da

organização, são:

Encorajar o conselho a conduzir revisões

periódicas de suas atividades e práticas, a fim de

avaliar se as atividades estão cumprindo com o

estatuto do conselho e se estão consistentes com

as práticas de liderança. Isto pode envolver a

facilitação de uma autoavaliação usando

pesquisas ou benchmarking em comparação com

diretrizes externas, etc.

Revisar o estatuto para o conselho, ao menos

anualmente, e orientar se o estatuto aborda todas

as responsabilidades esperadas de corpos

reguladores relevantes.

Manter uma pauta de planejamento para as

reuniões do conselho que detalhe todas as

atividades necessárias, a fim de verificar se elas

foram concluídas, e que facilite o reporte anual

ao conselho de que todos os seus deveres

requeridos foram concluídos.

Elaborar para o presidente do conselho, ou

equivalente, a pauta de reuniões do conselho;

facilitar a distribuição do material aos membros

do conselho e revisar ou preparar as minutas das

reuniões.

Reunir-se periodicamente com o presidente do

conselho, ou equivalente, para discutir se os

materiais e informações fornecidas ao conselho

são compatíveis com suas necessidades.

Trabalhar com o conselho para determinar se

quaisquer sessões ou apresentações, educacionais

ou informativas, seriam úteis; por exemplo:

sessões sobre riscos e controles para novos

membros do conselho ou atualizações sobre

mudanças regulatórias que impactem as

responsabilidades do conselho.

Perguntar ao conselho se a frequência das

reuniões e o tempo disponibilizado são

suficientes.

Revisar com o conselho as linhas de reporte

funcional e administrativo da atividade de

auditoria interna, para garantir que a estrutura

organizacional em prática permite a

independência adequada aos auditores internos,

conforme a Norma 1110 do IIA.

Auxiliar o conselho na avaliação da adequação do

pessoal, do orçamento da auditoria, do escopo e

dos resultados das atividades de auditoria interna,

para garantir que não há limitações que impeçam

a habilidade da auditoria interna de cumprir com

suas responsabilidades.

Fornecer informações sobre a coordenação e a

supervisão de outras funções de controle,

avaliação e monitoramento (por exemplo:

gerenciamento de riscos, “compliance”,

segurança, continuidade de negócios, auditoria

jurídica, ética, ambiental e externa).

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IPPF – Guia Prático A Interação com o Conselho

Este Guia Prático foi traduzido com o apoio de: www.iiabrasil.org.br / 10

Autores: Richard A. Schmidt, CIA

Kevin D. Lacy, CIA

Erich Schumann, CIA

Revisores: Douglas J. Anderson, CIA

James Rose, CIA

Steven E. Jameson, CIA, CCSA, CFSA

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Sobre o Instituto

Fundado em 1941, The Institute of Internal Auditors

(IIA) é uma associação profissional com sede global

em Altamonte Springs, Fla., EUA. O IIA é a voz da

profissão de auditoria interna em todo o mundo,

autoridade reconhecida, líder valorizado, advogado

chefe e principal educador.

Sobre os Guias Práticos

Os Guias Práticos fornecem uma orientação

detalhada para a condução de atividades de auditoria

interna. Eles incluem processos e procedimentos

detalhados, como ferramentas e técnicas, programas

e abordagens passo-a-passo, assim como exemplos

de deliverables. Os Guias Práticos são parte da IPPF

do IIA. Como parte da categoria de orientação

Fortemente Recomendada, a conformidade não é

obrigatória, mas é altamente recomendada, e a

orientação é endossada pelo IIA por meio de

processos formais de revisão e aprovação. Para mais

materiais de orientação fidedignos fornecidos pelo

IIA, por favor, visite nosso website:

www.iiabrasil.org.br ou www.theiia.org

:

Isenção de Responsabilidade

O IIA publica este documento para fins informativos

e educacionais. Este material de orientação não tem

como objetivo fornecer respostas definitivas a

específicas circunstâncias e, como tal, tem o único

propósito de servir de guia. O IIA recomenda que

você sempre busque conselhos especializados

independentes, relacionados diretamente a qualquer

situação específica. O IIA não assume

responsabilidade pela confiança depositada

unicamente neste guia.

Direitos Autorais

Copyright © 2011 The Institute of Internal

Auditors. Para permissão para reprodução, favor

entrar em contato com o IIA pelo e-mail:

[email protected]

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