IRAs - Módulo 1 - Legislação e Programa de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar

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    MDULO 1LEGISLAOE CRIAODEUM

    PROGRAMADE PREVENOE CONTROLEDE INFECO HOSPITALAR(INFECORELACIONADA ASSISTNCIA SADE - IRAS)

    Ruth Ester Assayag Batista

    Coordenador: Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros

    So Paulo - SP

    2004 - verso 1.0

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    SUMRIO:

    INTRODUOINFECOHOSPITALAR..... 2

    O QUEINFECOHOSPITALAR?..... 3

    QUAISASCAUSASDAINFECOHOSPITALAR?..... 4

    LEISEPORTARIASREFERENTESAOCONTROLEDEINFECOHOSPITALAR..... 5

    A SITUAODOCONTROLEDEINFECOHOSPITALARNO BRASIL..... 7

    PROGRAMADECONTROLEDEINFECOHOSPITALAR (PCIH)..... 9

    COMISSODECONTROLEDEINFECOHOSPITALAR (CCIH)..... 10

    SERVIODECONTROLEDEINFECOHOSPITALAR (SCIH)..... 12

    ROTEIRODEINSPEO..... 14

    QUESTES..... 37

    BIBLIOGRAFIACONSULTADA..... 43

    ANEXO I..... 44

    GABARITO..... 49

    AVALIAODOMDULO..... 50

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    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 1

    LEGISLAOE CRIAODEUM PROGRAMADE PREVENOE CONTROLEDEINFECO HOSPITALAR

    (INFECORELACIONADA ASSISTNCIA SADE - IRAS)Para este mdulo, esto previstos os seguintes OBJETIVOSDEENSINO:

    .Conhecer os textos legais referentes ao controle de infeco hospitalar;

    .Identificar a importncia da legislao no controle das infeces hospitalares, em mbito nacional;

    .Reconhecer a legislao como subsdio na realizao de inspeo em instituies hospitalares;

    .Demonstrar senso crtico frente a situaes anlogas quelas vivenciadas na prtica do controle de infecohospitalar;

    .Estabelecer a sistemtica para a avaliao do cumprimento das aes do Programa de Controle de Infeco Hospi-talar, a partir de roteiro de inspeo.

    1. Introduo Infeco Hospitalar

    2. O que Infeco Hospitalar?

    3. Quais as Causas da Infeco Hospitalar?

    4. Leis e Portarias Referentes ao Controle de Infeco Hospitalar5. A situao do Controle de Infeco no Brasil e a Portaria 2.616/98

    6. Programa de Controle de Infeco Hospitalar (PCIH)

    7. Comisso de Controle de Infeco Hospitalar (CCIH)

    8. Servio de Controle de Infeco Hospitalar (SCIH)

    9. Roteiro de Inspeo do PCIH

    TPICOS

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    Mdulo 1

    No entanto, a aplicao de tecnologia no isenta de risco e as infeces hospitalares esto entre os agravos

    mais antigos e graves sade.

    IGNAZ SEMMELWEIS considerado o pioneiro nos esforos do controle da Infeco Hospitalar. Oprocesso de coletar sistematicamente dados, analisar e instituir medidas de preveno ainda

    a ferramenta mais eficaz no controle de infeces. Alm disso, a importncia

    atribuda por ele s mos dos profissionais de sade, como meio de transmitir

    patgenos de um paciente para outro, continua vlida. Infelizmente, como no sculo

    passado, os mdicos e demais profissionais de sade ainda necessitam ser lembra-

    dos constantemente para a higiene das mos - antes e depois do contato com os

    pacientes.

    Considerando que a adeso dos profissionais de sade higienizao das mos -

    segundo pesquisas atuais, no maior que 60% - ainda possvel afirmar que

    hoje, como no tempo de Semmelweis, as mos so o principal veculo de transmisso

    de microorganismos no ambiente hospitalar.

    1. INTRODUO INFECO HOSPITALAR

    VOCJSABE

    QUEHOSPITAIS:

    so instituies muito antigas na histria da humanidade;

    foram criados para assistir ao paciente em seus momentos finais;

    fornecem atualmente, aos pacientes, os servios diagnsticos e

    teraputicos mais atualizados, em funo dos avanos cientficos.

    Voc sabia que at

    meados do sculo XIX,

    as infeces hospitalares

    eram atribudas a

    inmeras e fantsticas

    causas?

    fonte: www.fieb.org

    Saiba mais sobre o mdico hngaro

    IGNAZ P. SEMMELWEIS, consultando o site:

    http://www.ccih.med.br/semmelweis.html

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    Mdulo 1

    2. O QUE INFECO HOSPITALAR?

    Considera-se INFECO HOSPITALAR(IH) a infeco adquirida durante a hospitalizao

    e que no estava presente ou em perodo de incubao por ocasio da admisso do paciente.

    So diagnosticadas, em geral, APARTIRDE 48 HORAS aps a internao.

    As infeces hospitalares so con-

    sideradas as principais causas de

    morbidade e de mortalidade, alm

    de aumentarem o tempo de

    hospitalizao do pa-

    ciente, elevando o

    custo do tratamento.

    A importncia das in-

    feces hospitalares

    realada quando analisamos os es-

    tudos do Centers for Disease

    Control and Prevention (CDC).

    Atualmente, tem sido sugerida a mudana do termo infeco hospitalarpor INFECORELACIONADAASSISTNCIASADE (IrAS),que reflete melhor o risco de aquisio dessas infeces.

    Saiba mais sobre o CDC,

    consultando o site:

    http://www.cdc.gov

    fonte: Jarvis, WR. Infect Control Hosp Epidemiol 1996; 17:552.

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    Mdulo 1

    J que as CARACTERSTICAS DO PACIENTE (doenas prvias ougravidade) so importantes para a aquisio de infeco, ao avaliar

    os indicadores de infeco de determinada instituio necessrio

    realizar uma ANLISEDASCARACTERSTICADAPOPULAOatendida. Por isto, no adequado realizar a comparao das taxas

    entre instituies distintas. A variao de taxas, estatisticamente significativa, requer que seja

    tomado como padro o NVELENDMICODAPRPRIAINSTITUIO. Com este objetivo,

    necessrio que exista um PROGRAMADECONTROLEDEINFECOHOSPITALARapoiado

    em uma metodologia de vigilncia epidemiolgica padronizada.

    As IH podem decorrer de falhas no

    processo de assistncia, que

    elevem o risco de aquisio de

    infeces para os pacientes:

    falhas no processo de esterilizao,

    falhas no preparo de medicaes

    parenterais, falhas na execuo de

    procedimentos invasivos etc.

    ATUALMENTE, existem trabalhos que demonstram a previsibilidade (taxa esperada deinfeco) das infeces hospitalares a partir de informaes institucionais e de

    caractersticas do paciente - principalmente relacionadas interveno cirrgica -

    o que pode ser uma ferramenta para orientar medidas de preveno individualizadas,

    e servir de defesa para hospitais e profissionais em processos judiciais.

    3. QUAISASCAUSASDA INFECO HOSPITALAR?

    A IH pode ser atribuda s condies prprias do paciente com dificuldade em conviver com as bactrias que lhe

    COLONIZAMAPELEEASMUCOSAS, pois sua microbiota endgena importante na aquisio desta infeco.

    Por isso, nem sempre possvel afirmar que o hospital ou sua equipe tenha cometido um erro na assistncia

    prestada ao paciente. Isso s ficar demonstrado se as NORMAS APROPRIADAS de tratamento notiverem sido seguidas ou se a infeco resultou de desempenho incompatvel com os

    PADRESVIGENTESDAINSTITUIO.Nos Estados Unidos da Amrica(EUA),

    segundo os dados do sistema de vigilncia ame-

    ricano - National Nosocomial Infections

    Surveillance (NNIS) que envolve mais de 200

    hospitais - entre 2,2%e 4,1% dos pacientesadquirem pelo menos uma infeco durante a

    hospitalizao.

    Saiba mais sobre o NNIS consultando o site:

    http://www.cdc.gov/ncidod/hip/NNIS/@nnis.htm

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    Mdulo 1

    4. LEISE PORTARIASREFERENTESAOCONTROLEDEINFECOHOSPITALAR

    No BRASIL, apenas nas duas ltimas dcadas, este importante tema tem sido abordado de maneira mais efetivae cientfica. Passos importantes foram dados nesse sentido, a partir da promulgao de vrias

    leis e portarias.

    O DECRETODO MINISTRIODA SADE N 77.052 de 19 de janeiro de 1976, em seuArtigo 2, Item IV, determinou que NENHUMAINSTITUIOHOSPITALARPODEFUNCIONARNOPLANOADMINISTRATIVOSENODISPUSERDEMEIOSDEPROTEOCAPAZESDEEVITAREFEI-TOSNOCIVOSSADEDOSAGENTES, PACIENTESECIRCUNSTANTES. A fiscalizao responsa-

    bilidade dos rgos estaduais - que devem avaliar as condies de exerccio

    das profisses e ocupaes tcnicas e auxiliares diretamente relacionadas coma sade.

    O Decreto do Ministrio da Sade N

    77.052 fundamenta legalmente a

    experincia pelo Ministrio da Sade de

    instrues e normatizaes sobre o Con-

    trole de Infeco Hospitalar (CIH). Leia

    o texto completo acessando o site:

    http://www.anvisa.gov.br

    Em 24 DEJUNHODE 1983, o Ministrio da Sade instituiu a Portaria 196, quedetermina:

    TODOSOSHOSPITAISDOPASDEVEROMANTERCOMISSODE CONTROLEDE INFECO HOSPITALAR (CCIH)

    INDEPENDENTEDAENTIDADEMANTENEDORA

    Conhea o texto da Portaria 196na ntegra acessando o site da

    ANVISA, no item Legislaes:

    http://e-legis.bvs.br

    traando diretrizes para tal e definindo suas atribuies. Embora com uma srie de

    conceitos polmicos e imprecisos, APORTARIA 196 FOIUMPASSOIMPORTANTENA

    CONSTITUIODE CCIHSPORTODOPAS.

    No final da dcada de 80 ampliaram-se as discusses sobre o controle das infeces hospitalares.

    Associaes profissionais foram criadas e surgiram diversos encontros, congressos e cursos de treina-

    mento - em parte, patrocinados pelo Ministrio da Sade - reunindo profissionais preocupados com esse

    problema.

    Os primeiros dados, colhidos com

    metodologia adequada pelo

    Ministrio da Sade, apontam que

    entre 1% e 15% dos pacientes

    internados em hospitais brasileiros

    adquirem infeco hospitalar.

    fonte:www.infomag.ca

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    Mdulo 1

    COM a promulgao da LEI FEDERAL N 9431, DE6 DEJANEIRODE 1997, os hospitais ficaram obrigados aconstiturem um programa de CIH, e para isto, foram orientados a criarem comisses. A responsabilidade administra-

    tiva - perante o Estado - ser suportada pelo hospital, enquanto a responsabilidade civil - perante as partes - poder

    ser cobrada do hospital ou diretamente dos profissionais responsabilizados pelo ato gerador, de acordo com a LEIFEDERAL N 6.437, DE20 DEAGOSTODE 1977.

    Na apurao da responsabilidade de casos de IH, a inexistncia ou a inoperncia da CCIH(COMIS-SODE CONTROLEDE INFECO HOSPITALAR) e/ou SCIH(SERVIODE CONTROLEDE INFECOHOSPITALAR), configura negligncia, acarretando responsabilidade civil da instituio, e os profissio-nais envolvidos so responsabilizados civil e penalmente.

    Quase DEZ anos aps, o Ministrio da Sade revogou aPORTARIAN 196, com

    a publicao, em 27DE

    AGOSTO

    DE

    1992,DA

    PORTARIA

    N 930, expedindonormas para o CIH. Em menos de SEIS anos, a PORTARIA N 930 tambm foirevogada pela PORTARIA N 2616, que passou avigorar a partir de 13 DE

    MAIO DE 1998, data de sua publicao. Alguns aspectos desta portaria sero discutidosposteriormente neste mdulo.

    PORTARIA 2.616/98

    Esta Portaria composta por CINCOANEXOS. O primeiro trata da ORGANIZAOECOMPETNCIASDA CCIH EDOPCIH. No anexo II, temos CONCEITOECRITRIOSDIAGNSTICOSDASINFECESHOSPITALARES. No anexo III,ORIENTAESSOBREAVIGILNCIAEPIDEMIOLGICADASINFECESHOSPITALARESESEUSINDICADORES. Esses doisltimos anexos sero abordados em outro mdulo deste curso, referente Vigilncia Epidemiolgica. Nos anexos IV e

    V, observamos RECOMENDAESSOBREALAVAGEMDASMOS e outros temas - como o uso de germicidas, microbiologia,lavanderia e farmcia, dando nfase OBSERVNCIADEPUBLICAESANTERIORESDO MINISTRIODA SADE.Oshospitais devero constituir CCIH para produzir normas para orientar a execuo do PCIH.

    Voc sabia que as IHs esto

    situadas entre as principais

    causas de bito no Brasil, ao

    lado das doenas

    cardiovasculares,

    neoplasias, doenas respi-

    ratrias e infecciosas?

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    5. A SITUAODO CONTROLEDE INFECONO BRASIL

    APESARde muitos esforos, o Brasil ainda enfrenta uma realidade adversa daquilo que se pode julgar satisfatrio:CARNCIADERECURSOSHUMANOSEMATERIAISNASINSTITUIES de sade (principalmente nas pbli-cas), AUSNCIADE CCIHSATUANTES em grande parte dos hospitais, ou ainda, PROFISSIONAIS exer-cendo a funo SEMCONHECIMENTOADEQUADODAATIVIDADE - o que resulta em elevadas taxas deinfeco hospitalar, ocorrncia de surtos no detectados em berrios e unidades de terapia intensiva,

    emergncia de bactrias resistentes a diversos antibiticos e elevado risco ocupacional.

    Por um lado, torna-se necessrio MAIORCOMPROMISSO dos dirigentes - tanto com a ADMINISTRAODOSHOSPITAIS,visando maior qualidade do atendimento ao paciente - quanto pelo cumprimento da LEGISLAO para a implantao

    de CCIHs, em todas as instituies, com profissionais capacitados.De outro lado, torna-se necessrio ampliar os programas de orientao para a

    preveno e controle das IHs, pois a maioria dos profissionais de sade caren-

    te de conceitos bsicos. Neste sentido, so funda-

    mentais os programas de EDUCAOCONTINUADA -oferecidos pelas prprias instituies, sociedades de

    classe, associao de profissionais e rgos gover-

    namentais - e a incorporao da disciplina de

    EPIDEMIOLOGIA HOSPITALARaos cursos de gradua-o da rea da sade e de administrao.

    A EPIDEMIOLOGIADAS INFECES HOSPITALARES dinmica e vem sofrendo evoluoconstante. Alm do controle das infeces hospitalares, possvel aplicar princpios epidemiolgicos para avaliar a

    qualidade dos cuidados ao paciente, proporcionando uma assistncia eficaz em relao ao custo - sendo um elemento

    fundamental na assessoria do administrador hospitalar.

    Voc sabia que os progressos da microbiologia,

    principalmente envolvendo a biologia

    molecular oferecem agora perspectivas para

    o melhor conhecimento da resistncia aos

    antimicrobianos e das epidemias por bactriase fungos?

    ESTA REALIDADEPRECISADEMUDANAS!

    Epidemiologia Hospitalar um termo que vem

    sendo utilizado para definir as atividades relacio-

    nadas ao estudo da freqncia, da distribuio, dos

    fatores de risco e dos agentes etiolgicos das in-

    feces relacionadas assistncia, e de outros

    eventos adversos, alm do desenvolvimento de

    padres de qualidade em instituies de sade.

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    Em 26 de janeiro de 1999, Lei n 9782, foi criada a AGNCIA NACIONALDE VIGILNCIA SANITRIA

    (ANVISA). Neste mesmo ano o Programa Nacional de Controle de Infeco Hospitalar passou a ser de

    responsabilidade da ANVISA.

    Atualmente, o Programa Nacional de Controle de Infeco Hospitalar est ligado GERNCIADE INVESTI-GAOE PREVENODAS INFECESEDOS EVENTOS ADVERSOS (GIPEA [email protected]),

    que subordinada Gerncia Geral de Tecnologia em Servios de Sade - ANVISA.

    ATRIBUIESDOGIPEA. promover e propor normas de procedimentos para o controle de infeces e eventos adversos em servi-

    os de sade, visando orientar e disciplinar o funcionamento das instituies da rede pblica e privada em

    todo o territrio nacional;

    . divulgar e disseminar informaes e publicaes relativas ao controle de infeces e iatrogenias emservios de sade;

    . elaborar, padronizar indicadores e monitorar as infeces e os eventos adversos em servios de sade;

    . investigar a ocorrncia de eventos adversos em servios de sade;

    . desenvolver atividades com os rgos afins de administrao federal, estadual, distrital e municipal -

    inclusive os de defesa do consumidor, com o objetivo de exercer o efetivo cumprimento da legislao.

    FINALIDADEDA ANVISA:

    PROMOVERAPROTEODASUDEDAPOPULAOPORINTERMDIODOCONTROLESANITRIODAPRODUOEDACOMERCIALIZAODEPRODUTOSESERVIOSSUB-METIDOSVIGILNCIASANITRIA, INCLUSIVEDOSAMBIENTES, DOSPROCESSOS,DOSINSUMOSEDASTECNOLOGIASAELESRELACIONADOS.

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    6. PROGRAMADE CONTROLEDE INFECO HOSPITALAR(PCIH)

    UMCONJUNTODEAESDESENVOLVIDAS, DELIBERADASESISTEMATIZADAS,COMVISTASREDUOMXIMAPOSSVELDAINCIDNCIAEDAGRAVIDADEDAS

    INFECESHOSPITALARES.

    O QUE PCIH?

    Cabe CCIH a elaborao do PCIH, que deve incluir, no mnimo, as seguintes ATIVIDADES:

    Vigilncia epidemiolgica (VE). O modelo a ser adotado depende das caractersticas do hospital e dadisponibilidade de recursos. A vigilncia epidemiolgica permite um diagnstico situacional mais preciso

    para o planejamento das aes. A VE possibilita a identificao de casos e de surtos de IH, e a implementaode medidas imediatas de controle. Por meio da VE devem ser elaborados relatrios, periodicamente, paraposterior divulgao aos profissionais. Este tpico ser abordado no Mdulo 2 deste curso.

    Normas para uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais mdicos hospita-lares. A utilizao inadequada dos antimicrobianos aumenta a presso seletiva, o que colaborapara o aparecimento de microorganismos multirresistentes, dentre eles: Gram-negativos resisten-tes s cefalosporinas de 3 gerao (ceftriaxona, ceftazidima, cefoperazona e cefotaxima) e

    S. aureusresistentes oxacilina e vancomicina. Alm disto, a transmisso cruzada dentro da

    instituio hospitalar aumenta a disseminao dessas bactrias, principalmente atravs dos profis-sionais da rea da sade.

    Processos para preveno de transmisso de microorganismos. O objetivo bsicoda padronizao de medidas de precauo e isolamento (Mdulo 5 deste curso) apreveno da transmisso de microrganismos de um paciente, portador so ou doente,para outro - tanto de forma direta como indireta. Esta preveno abrange tanto ospacientes quanto os profissionais de sade, pelo risco ocupacional em acidentes commateriais contaminados.

    amicacina; Enterococosresistentes ampicilina, gentamicina ou vancomicina; S. epidermidise

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    Normas e rotinas tcnicas operacionais. Os procedimentos, cada vez mais especializados, requerem

    padronizaes escritas para que toda a equipe tenha conhecimento sobre o mtodo mais adequado para

    sua execuo. A comunicao tem sido um problema nas instituies hospitalares, tornando necessrio

    implementar padronizaes escritas, at mesmo para respaldo legal da instituio.

    Padronizaes das medidas de preveno e controle de infeco hospitalar.As medidas de preveno e controle de infeco hospitalar tm sido utilizadas com o objetivo dediminuir o risco de infeco no ambiente hospitalar e devem estar padronizadas de acordo com ascaractersticas da instituio. Elas tm como objetivo a preveno de infeco de corrente sangnea,infeco pulmonar, infeco de stio cirrgico, infeco urinria e precaues e isolamentos.(Mdulos 4 e 5)

    Treinamento dos profissionais da sade em relao preveno e ao controle da IH. A

    atuao dos profissionais que prestam assistncia direta ao paciente fundamental para apreveno de infeco. Para tanto, necessrio que tenham conhecimento adequado dos mto-dos. O conhecimento das medidas de controle - somente pelo profissional do controle de IH - no suficiente para a preveno. por meio do treinamento, da divulgao dos manuais, das rotinase padronizaes que o conhecimento ser propagado para todos os profissionais de sade. Otreinamento pea fundamental para preveno de infeco.

    7. COMISSODE CONTROLEDE INFECO HOSPITALAR(CCIH)

    A CCIH UMRGODEASSESSORIAAUTORIDADEMXIMADAINSTITUIOEDEPLANEJAMENTOENORMATIZAODASAESDECONTROLEDEINFECO

    HOSPITALAR, QUESEROEXECUTADASPELO SERVIODE CONTROLEDE INFECOHOSPITALAR(SCIH). A CCIH DEVERSERCOMPOSTAPORPROFISSIONAISDA

    READASADEDENVELSUPERIOR. O PRESIDENTEOUCOORDENADORDEVERSERFORMALMENTEDESIGNADOPELADIREODOHOSPITAL.

    O QUE CCIH?

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    Mdulo 1

    A CCIH dever ser composta, no mnimo, por membros dos seguintes servios:

    - Servio mdico (clnico e cirrgico)- Servio de enfermagem

    - Servio de farmcia

    - Laboratrio de microbiologia

    - Administrao

    Elaborar e aprovar o regimento interno da CCIH. necessrio que cada participante da CCIHtenha conhecimento das suas atribuies para o desenvolvimento harmnico do trabalho.

    Cada participante da CCIH deve auxiliar a implantao do PCIH em seu servio.

    Adequar e supervisionar as normas e rotinas tcnicas e operacionais - visando a preveno eo controle das IHs - principalmente aquelas relacionadas a procedimentos invasivos. A exis-tncia de manuais no garante a implantao das rotinas. necessrio que exista supervi-so, para avaliao do que foi padronizado. As padronizaes tm que estar de acordo com arealidade de cada instituio.

    Cooperar com o treinamento e a educao continuada dos profissionais de sade.Definir junto com a Comisso de Farmcia e Teraputica as normas para o uso racionalde antimicrobianos - tanto para a teraputica como para a profilaxia de infeces -germicidas, anti-spticos e materiais mdico-hospitalares.

    Elaborar e supervisionar a implantao de medidas para a preveno de transmissode microorganismos no ambiente hospitalar por meio da implantao de normas deprecaues e isolamento de doenas transmissveis.

    da competncia daCCIH:

    fonte:www.hcj.com.br

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    Criar um programa de preveno e assistncia aos funcionrios que sofrem acidentes commaterial contaminado com sangue ou secrees. Este programa deve ser organizado para funcio-nar e fornecer a primeira assistncia ao funcionrio acidentado durante o perodo de 24 horas.Esta orientao no est na legislao - porm, consideramos importante que exista uma padro-nizao de condutas e um fluxo adequado s caractersticas da instituio para o atendimentodeste tipo de acidente.

    Comunicar ao organismo de gesto do SUS, na ausncia de um ncleo de epidemiologia,as doenas de notificao compulsria (Aids, tuberculose, meningite meningoccica etc).

    Auxiliar os programas de vigilncia de agravos sade como farmacovigilncia,tecnovigilncia e hemovigilncia. Participar com os demais setores envolvidos na elabora-o de programas de qualidade, tratamento de resduos e controle de contaminao

    ambiental. Esta orientao no est na legislao.

    Notificar ao Servio de Vigilncia Epidemiolgica e Sanitria do organismo de gesto doSUS os casos e surtos diagnosticados ou suspeitos de infeces associadas utilizaode produtos industrializados.

    8. SERVIODE CONTROLEDE INFECO HOSPITALAR(SCIH)

    O SERVIODE CONTROLEDE INFECO HOSPITALAR(SCIH) COMPOSTOPORMEMBROSEXECUTORESDO PCIH ETODOSOSHOSPITAISDEVEMCONSTITUIREPOSSUIRNOMEAOFORMALREALIZADAPELODIRIGENTEDAINSTITUIO.

    O QUE SCIH?

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    COMPOSIODOSCIH:. Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um ENFERMEIRO.

    . No mnimo, deve haver DOISTCNICOSDENVELSUPERIORDAREADASADE para cada 200leitos ou frao deste nmero, com carga horria diria mnima de seis horas, para o enfermeiro - e quatro

    horas para o mdico.

    Na composio deste servio, observa-se importante alterao na legislao - ao

    RECOMENDARPREFERENCIALMENTEENFERMEIRO- e que o segundo profissional denvel superior no seja, necessariamente, um mdico - como recomendava a Portaria 930/

    82. Porm, um mdico com formao em infectologia, epidemiologia ou controle de infeco

    hospitalar muito importante para o SCIH.

    carga horria recomendada anteriormente (seis horas dirias para o enfermeiro e quatrohoras dirias para o outro profissional, para cada 200 leitos) foram acrescidas duas horas

    de trabalho dirias, para cada 10 leitos destinados aos pacientes de alta gravidade (terapia

    intensiva, berrio de alto risco, queimados, transplante de rgos, pacientes hemato-oncolgicos ou com Aids).

    ISTOPARTEDOPRINCPIODEQUEAVIGILNCIAEASMEDIDASDECONTROLENESTASUNIDADESREQUEREMATENODIFERENCIADA.Entende-se que TODOSOSPROFISSIONAISDAREADASADESORESPONSVEISPELOCONTROLEDASINFECESDENTRODOSSERVIOSDESADE, porm, CABEEQUIPEQUECOORDENAASAESDOCONTROLEDEINFECOOMONITORAMENTODOSCUIDADOSPRESTADOSDIRETAOUINDIRETA-MENTEAOPACIENTE, a fim de identificar problemas e propor solues.

    OSMEMBROSEXECUTORESDOCONTROLEDEINFECODEVEMOFERECERORESPALDOCIENT-FICOPARATODAACOMUNIDADEHOSPITALAR. CABEAELES, ENTREOUTRASATRIBUIES,MEDIRORISCODEAQUISIODEINFECORELACIONADAASSISTNCIA, AVALIANDO, COMOSMEMBROSCONSULTORES, ASMEDIDASDEPREVENOECONTROLEDAS IRAS.

    A CCIH, pela sua constituio, tem ca-

    rter consultivo e normativo, enquan-

    to oSCIH o executor do Programa de

    Controle de Infeco Hospitalar. Por isso,

    o SCIH tem importncia fundamental na

    implantao de medidas de prevenoe controle de IH.

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    Mdulo 1

    10. ROTEIRODE INSPEODO PROGRAMADE CONTROLEDE INFECO HOSPITALAR

    A Diretoria Colegiada da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria no uso da atribuio que lhe confere o art.

    11, inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, em reunio realizada

    em 31 de maio de 2000,

    . considerando o que estabelece a Portaria GM/MS n 2616 de 12/05/98, publicada no DOU de 13/05/98, para a

    Avaliao da Qualidade das Aes de Controle de Infeco Hospitalar;

    . considerando a necessidade de implementar aes que venham contribuir para a melhoria da qualidade da assis-

    tncia sade;

    . considerando que aes sistematicamente desenvolvidas para reduzir ao mximo possvel a incidncia e a gravidadedas infeces hospitalares, implicam na reduo de esforos, complicaes e recursos;

    . considerando que compete Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria prestar cooperao tcnica s Vigilncias

    Sanitrias Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, a fim de orient-las para o exato cumprimento e aplicao

    das diretrizes estabelecidas pela legislao sanitria pertinente,

    . adota a seguinte Resoluo de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicao.

    Art. 1 Fica aprovado o Roteiro de Inspeo do Programa de Controle de Infeco Hospitalar, anexo a

    esta Resoluo.

    Art. 2 Esta Resoluo de Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicao.

    GONZALO VECINA NETO

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    Mdulo 1

    ROTEIRO DE INSPEO DO PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECOHOSPITALAR

    OBJETIVO: Este Roteiro estabelece a sistemtica para a avaliao do cumprimento das aes do Programa de Con-

    trole de Infeco Hospitalar.

    DEFINIES: Para efeito desta Resoluo so adotadas as seguintes definies:

    Comisso de Controle de Infeco Hospitalar CCIH: grupo de profissionais da rea de sade, de nvel superior,

    formalmente designado para planejar, elaborar, implementar, manter e avaliar o Programa de Controle de Infeco

    Hospitalar, adequado s caractersticas e necessidades da Unidade Hospitalar, constituda de membros consultores e

    executores;

    Controle de Infeco Hospitalar CIH: aes desenvolvidas visando a preveno e a reduo da incidncia de

    infeces hopitalares;Correlato: produto, aparelho ou acessrio no enquadrado nos conceitos de medicamentos, drogas, saneantes

    domisanitrios e insumos farmacuticos;

    Infeco Hospitalar (IH): a infeco adquirida aps a admisso do paciente na Unidade Hospitalar, e que se

    manifesta durante a internao ou aps a alta, quando puder ser relacionada com a internao ou procedimentos

    hospitalares;

    Membros Consultores so os responsveis pelo estabelecimento das diretrizes para o Programa de Controle de

    Infeco Hospitalar, representando os seguintes servios: mdicos, de enfermagem, de farmcia, de microbiologia

    e da administrao;

    Membros Executores representam o Servio de Controle de Infeco Hospitalar e, portanto, so encarregados da

    execuo das aes programadas de controle de infeco hospitalar;

    Programa de Controle de Infeco Hospitalar (PCIH): conjunto de aes desenvolvidas, deliberada e sistemati-

    camente, para a mxima reduo possvel da incidncia e da gravidade das infeces hospitalares;

    Sistema de Vigilncia Epidemiolgica das Infeces Hospitalares (SVEIH): metodologia para identificao e

    avaliao sistemtica das causas de infeco hospitalar, em um grupo de pacientes submetidos a tratamento e ou

    procedimentos hospitalares, visando a preveno e a reduo da incidncia de infeco hospitalar;

    Unidade Hospitalar (UH): estabelecimento de sade destinado a prestar assistncia populao na promoo da

    sade e na recuperao e reabilitao de doentes.

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    INSPEES

    1. As Unidades Hospitalares esto sujeitas inspees sanitrias para a avaliao da qualidade das aes de Contro-le de Infeco Hospitalar e atuao da CCIH.2. Auditorias internas devem ser realizadas, periodicamente, pelas Unidades Hospitalares, atravs de protocolosespecficos para verificar o cumprimento da legislao especfica que trata do Controle de Infeco Hospitalar.3. As concluses das auditorias internas devem ser devidamente documentadas e arquivadas.4. Com base nas concluses das inspees sanitrias e auditorias internas, devem ser estabelecidas as aes corre-tivas necessrias para o aprimoramento da qualidade das aes de Controle de Infeco Hospitalar.5. As inspees sanitrias devem ser realizadas com base no Roteiro de Inspeo do Programa de Controle de Infec-o Hospitalar.6. Os critrios para a avaliao do cumprimento dos itens do Roteiro de Inspeo, visando a qualidade e seguranadas aes de Controle de Infeco Hospitalar baseiam-se no risco potencial inerente a cada item.6.1. Considera-se IMPRESCINDVEL(I) aquele item que pode influir em grau crtico na qualidade e segurana do

    atendimento hospitalar.6.2. Considera-se NECESSRIO(N) aquele item que pode influir em grau menos crtico na qualidade e segurana doatendimento hospitalar.6.3. Considera-se RECOMENDVEL(R) aquele item que pode influir em grau no crtico na qualidade e segurana doatendimento hospitalar.6.4. Considera-se item INFORMATIVO (INF) aquele que oferece subsdios para melhor interpretao dos demaisitens, sem afetar a qualidade e a segurana do atendimento hospitalar.6.5. Os itens I, N e R devem ser respondidos com SIM ou NO.6.6. Verificado o no cumprimento de um item I do Roteiro de Inspeo deve ser estabelecido um prazo para adequa-o imediata.

    6.7. Verificado o no cumprimento de item N do Roteiro de Inspeo deve ser estabelecido um prazo para adequao,de acordo com a complexidade das aes corretivas que se fizerem necessrias.6.8. Verificado o no cumprimento de item R do Roteiro de Inspeo, a Unidade Hospitalar deve ser orientada comvistas sua adequao.6.9. So passveis de sanes, aplicadas pelo rgo de Vigilncia Sanitria competente, as infraes que derivam dono cumprimento dos itens qualificados como I e N no Roteiro de Inspeo, sem prejuzo das aes legais que possamcorresponder em cada caso.

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    Mdulo 1

    Preenchimento do Roteiro de Inspeo Comentado

    ITEM A - IDENTIFICAODA UNIDADE HOSPITALAR

    Neste item esto informaes relativas

    identificao da instituio, o porte e a com-

    plexidade do hospital, auxiliando na anli-

    se dos quesitos da inspeo propriamente

    dita.

    O roteiro de inspeo foi criado com a finalidade de auxiliar

    os tcnicos de vigilncia sanitria na verificao da exis-

    tncia e funcionamento do PCIH. Muitas vezes, o prprio

    SCIH aplica o roteiro, como uma forma de auto-avaliao.

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    ITEM B INSPEODO PCIH/CCIH

    1.I. Existe CCIH neste hospital?

    O Ministrio da Sade, em 24 de junho

    de 1983, instituiu a Portaria 196, que

    determina que todos os hospitais do

    pas devero manter Comisso de Con-

    trole de Infeco Hospitalar (CCIH) in-

    dependente da entidade mantenedora.

    Os hospitais ficaram obrigados a cons-

    titurem um programa de Controle de

    Infeco Hospitalar, com a promulga-

    o da Lei Federal N 9431, de

    6/01/1997, e para isto foram orienta-

    dos a formarem comisses.

    O descumprimento das normas baixadas pelo Ministrio da Sade acarreta ao infrator o processo e as penalidades

    previstas na Lei Federal N 6.437, de 20/08/1977.

    A inexistncia ou a inoperncia da CCIH e/ou SCIH configura negligncia, acarretando responsabilidade civil da

    instituio, e os profissionais envolvidos so responsabilizados penal e civil. Quase dez anos aps, o Ministrio da

    Sade revogou a Portaria n 196, com a publicao em 27/08/1992, da Portaria N 930, expedindo normas para a CIH.

    Em menos de seis anos, a Portaria N 930 tambm revogada pela Portaria N 2616, que passou a vigorar partir de

    13/05/1998 - data de sua publicao.

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    2.I. A CCIH est formalmente nomeada?

    Em muitas instituies, a CCIH inicia seus trabalhos e passa a atuar sem o respaldo de uma nomeao - o quecompromete suas responsabilidades e fragiliza sua autoridade dentro do hospital. A CCIH precisa estar formal-

    mente nomeada pela diretoria do hospital. Os atos de nomeao variam de simples ofcios - dando cincia ao

    corpo assistencial da constituio da Comisso - at editais e portarias com publicao em dirio oficial local,

    dependendo do tipo de hospital e de sua fonte mantenedora.

    O importante que todo o corpo administrativo, assistencial e de apoio da instituio tomem cincia da existncia e

    finalidade da CCIH, por meio de ato formal produzido por sua autoridade mxima.

    3.N. Existe regimento interno desta CCIH?

    O Regimento Interno determina a composio e o funcionamento da comisso, as competncias e atribuies de

    cada membro da CCIH, definindo a abrangncia de sua atuao no servio de sade. Conforme Portaria n 2616, de 12

    de maio de 1998, cabe CCIH elaborar seu regimento interno e autoridade mxima da instituio aprovar e fazer

    respeitar este documento.

    4.INF. Quais as reas de formao dos membros da CCIH?

    Conforme Portaria n 2616, de 12 de maio de 1998:A CCIH dever ser composta por profissionais da rea de sade,

    de nvel superior, formalmente designados.Os membros da CCIH sero de dois tipos: consultores e executores.

    1. O presidente ou coordenador da CCIH ser qualquer um dos membros da mesma, indicado pela direo do hospital.

    2. Os membros consultores sero representantes dos seguintes servios: servio mdico; servio de enfermagem;

    servio de farmcia; laboratrio de microbiologia e administrao. Alm da formao acadmica e representatividade,

    a formao relacionada ao controle de infeco deve ser verificada. Esta capacitao especfica determina, na

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    maioria das vezes, se a CCIH ca-

    paz de desenvolver e conduzir um

    PCIH que realmente cumpra sua fi-

    nalidade: reduzir ao mximo poss-vel a freqncia e a gravidade das

    infeces hospitalares.

    5.I. Existe PCIH neste hospital?

    Um programa de controle de infeco hospitalar o conjunto das aes desenvolvidas deliberada e sistematicamente,

    com vistas reduo mxima possvel da incidncia e da gravidade das infeces hospitalares. Deve estar documenta-

    do e conter, alm das aes a serem realizadas, o cronograma especificando incio, tempo de manuteno, freqncia

    de avaliao e divulgao dos resultados obtidos - alm de seu impacto nos indicadores das infeces hospitalares. A

    execuo do programa demonstrado por meio das aes realizadas pelo SCIH, como:

    . vigilncia epidemiolgica de infeces e eventos adversos, com acompanhamento contnuo dos indicadores;

    . desenvolvimento de rotinas tcnicas e protocolos, com objetivo de prevenir infeces, preferencialmente em conjun-

    to com as equipes de sade;

    . avaliao de processos de assistncia direta e de apoio (limpeza, lavanderia etc);

    . participao no programa de educao continuada dos profissionais da instituio;

    . emisso de relatrios peridicos para as unidades e a diretoria.

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    6.N. Existem manuais ou rotinas tcnico - operacionais visando a preveno e controle da infeco hospitalar?

    Quais?

    Conforme Portaria n 2616, cabe CCIH a adequao, implementao e superviso das normas e rotinas tcnico-

    operacionais, visando a preveno e controle das infeces hospitalares.

    7. N. Existe treinamento especfico, sistemtico e peridico do pessoal do hospital para o controle de infeco

    hospitalar?

    Conforme Portaria n 2616 cabe CCIH a capacitao do quadro de funcionrios e profissionais da instituio, no que

    diz respeito preveno e controle das infeces hospitalares e a cooperao com o setor de treinamento ou

    responsabilizar-se pelo treinamento, com vistas a obter capacitao adequada do quadro de funcionrios e profissionais.

    O treinamento de todos os profissionais envolvidos na assistncia fundamental para uma maior adeso s

    medidas de preveno e controle de infeco preconizadas pela CCIH.

    9.R. A CCIH participa de comisso tcnica para especificao de produtos e correlatos a serem adquiridos?

    importante que profissionais do controle de infeco estejam envolvidos na seleo de materiais diretamente

    relacionados na assistncia ao paciente, pois critrios rigorosos e baseados em pesquisas devem direcionar a escolha

    destes materiais.

    10.N. A CCIH realiza o controle sistemtico da prescrio de antimicrobianos?

    Conforme Portaria n 2616, cabe CCIH definir, em cooperao com a Comisso de Farmcia e Teraputica, poltica

    de utilizao de antimicrobianos, germicidas e materiais mdico - hospitalares para a instituio.

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    11.N. Existem procedimentos es-

    critos relativos ao uso racional de

    germicidas que garanta a quali-

    dade da diluio final?

    A diluio correta dos germicidas est

    intimamente relacionada sua ao

    - por isso a importncia do protocolo

    escrito de como realiz-la para cada

    produto. A maior diluio do produto

    pode levar a uma ao bactericida ou

    bacteriosttica ineficaz. O seu uso mais concentrado pode levar efeitos txicos nos profissionais que os manipulam,assim como aumento do custo. Existem equipamentos no mercado que fazem a diluio correta evitando o erro

    humano - porm estes necessitam de manuteno peridica.

    A utilizao dos anti-spticos, desinfetantes e esterilizantes seguir as determinaes da Portaria n 15, de 23 de

    agosto de 1988, da Secretaria de Vigilncia Sanitria (SVS) do Ministrio da Sade, e o Processamento de Artigos e

    Superfcies em Estabelecimentos de Sade/MS, 2 edio, 1994, ou outras que as complementem ou substituam.

    Acesse a Portaria para mais informaes: http://e-legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=286

    No so recomendadas, para a finalidade de anti-sepsia, as formulaes contendo mercuriais orgnicos, acetona,quaternrio de amnio, lquido de Dakin, ter e clorofrmio.

    13.N. A CCIH estabelece as diretrizes bsicas para a elaborao dos procedimentos escritos do servio de

    limpeza? 13.1.N. Existem procedimentos escritos e padronizados do servio de limpeza?13.2. A CCIH

    supervisiona a aplicao destes procedimentos? 14.N. A CCIH estabelece programa de treinamento

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    para o servio de limpeza?

    As normas de limpeza, desinfeco

    e esterilizao so aquelas definidas

    pela publicao do Ministrio da

    Sade, Processamento de Artigos e

    Superfcies em Estabelecimentos de

    Sade, 2 edio, 1994 - princpios

    ativos liberados conforme os

    definidos pela Portaria n 15, SVS,de 23 de agosto de 1988, ou outras

    que a complementem ou substituam.

    http://e- legis.bvs.br/ le isref/publ ic/

    showAct.php?id=286

    15.I. A CCIH elabora regularmen-

    te relatrios contendo dados in-formativos e indicadores do con-

    trole de Infeco Hospitalar?

    Conforme Portaria n 2616, cabe CCIH elaborar e divulgar - regularmente - relatrios e comunicar, periodicamente,

    autoridade mxima de instituio e s chefias de todos os setores do hospital, a situao do controle das infeces

    hospitalares - promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar.

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    16.N. A CCIH divulga os relatrios

    entre o corpo clnico do hospital?

    Estudos demonstram a importncia da

    divulgao dos dados para todos os pro-

    fissionais envolvidos na assistncia, pois

    este conhecimento tem um reflexo po-

    sitivo na diminuio das infeces hos-

    pitalares.

    22.I. Existem normas e rotinas,

    visando limitar disseminao de microorganismos de doenas infecto-contagiosas em curso no hospital,

    pormeio de medidas de precauo e isolamento?

    A literatura recomenda a instalao de precaues de acordo com o mecanismo de transmisso da doena - com o

    objetivo de restringir a sua disseminao. As precaues recomendadas so: precauo de contato, precauo

    respiratria (gotculas e aerossol). s estas precaues devem ser adicionadas a precauo padro (aplicada para todos

    os pacientes). Como exemplos:

    . Tuberculose mecanismo de transmisso aerossol precauo respiratria (aerossol);

    . Meningite meningoccica - mecanismo de transmisso gotculas precauo respiratria (gotculas);

    . Varicela mecanismo de transmisso contato com a pele (vesculas) e aerossol - precauo respiratria (aerossol) econtato;

    . Escabiose - mecanismo de transmisso contato com a pele - precauo contato.

    Conforme a Portaria 2616, item 3.5, a CCIH do hospital dever elaborar, implementar e supervisionar a aplicao de

    normas e rotinas tcnico-operacionais, visando limitar a disseminao de agentes presentes nas infeces em curso no

    hospital por meio de medidas de precauo e isolamento.

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    23.N. Existe poltica de utilizao de antimicrobianos definida em cooperao com a Comisso de Farmcia

    e Teraputica?

    A Farmcia Hospitalar seguir as orientaes contidas na publicao do Ministrio da Sade - Guia Bsico para a

    Farmcia Hospitalar, 1 edio, 1994, ou outras que as complementem ou substituam.

    24.N Existe interao entre a CCIH e as coordenaes de CIH municipais e estaduais/distrital?

    A CCIH deve interagir com as coordenaes municipais e estaduais. Procure informao junto s secretarias de sade

    e solicite orientao.

    25.I. Todos os setores do hospital dispem de lavatrios com gua corrente, sabo e/ ou anti-sptico e

    papel toalha para a lavagem das mos dos profissionais?

    A higienizao das mos , isoladamente, a ao mais importante para a preveno e controle das infeces

    hospitalares. A distribuio e a localizao de unidades ou pias para a higienizao das mos, de forma a atender a

    necessidade nas diversas reas hospitalares - alm da presena dos produtos - fundamental para a obrigatoriedade

    da prtica (Portaria 2616 - Anexo IV).

    26.I. Na ausncia de ncleo epidemiolgico, a CCIH notifica aos rgos de gesto do SUS casosdiagnosticados ou suspeitos de doenas de notificao compulsria?

    Conforme a Portaria 2616, a CCIH dever notificar, na ausncia de um Ncleo Epidemiolgico, ao organismo de gesto

    do SUS, os casos diagnosticados ou suspeitos de doenas sob Vigilncia Epidemiolgica ( Notificao Compulsria)

    - atendidos em qualquer dos servios ou unidades do hospital - e atuar cooperativamente com os servios de

    medicina preventiva.

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    ITEM C- INSPEODA CCIH MEMBROS EXECUTORES SCIH

    1.I. A CCIH conta com os membros executores?

    Todos os hospitais devem possuir membros executores do PCIH.

    Composio do SCIH:. Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro.

    . No mnimo, dois tcnicos de nvel superior da rea da sade para cada 200 leitos ou frao deste nmero, com carga

    horria diria mnima de seis horas para o enfermeiro e quatro horas para os demais.

    Na composio deste servio observamos importante alterao - ao recomendar preferencialmente enfermeiro - e que

    o segundo profissional de nvel

    superior no seja, necessariamente,

    um mdico, como recomendava aPortaria 930/82. carga horria recomendada anteriormente (seis horas dirias para o enfermeiro e quatro horas dirias

    para o outro profissional, para cada 200 leitos) foram acrescidas duas horas de trabalho dirias para cada 10 leitos

    destinados aos pacientes de alta gravidade (terapia intensiva, berrio de alto risco, queimados, transplante de

    rgos, pacientes hemato-oncolgicos ou com Aids). Isto parte do princpio que a vigilncia e as medidas de controle

    nestas unidades requerem ateno diferenciada.

    2.I. Esto formalmente nomeados?

    O SCIH precisa estar formalmentenomeado pela diretoria do hospital.

    5. Existem procedimentos escritos na instituio?

    A elaborao de manuais de procedimentos facilita o conhecimento da equipe em relao a padronizao da instituio.

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    Esta padronizao, realizada pela CCIH em conjunto com a educao continuada e com outros profissionais da

    instituio, deve ser elaborada a partir

    de uma ampla participao e avaliaoinstitucional sobre os mtodos mais

    eficientes para a preveno de

    infeco, de acordo com a realidade de cada servio. Como por exemplo: o melhor tipo de curativo para a inciso

    cirrgica, quais os cuidados com o paciente com sonda vesical de demora ou com cateter intravascular, os mtodos de

    esterilizao e desinfeco padronizados para cada tipo de material etc.

    10.N. Existem programas de

    imunizao ativa em profissionaisde sade em atividade de risco?

    Os profissionais da rea de sade esto expostos a um risco maior de adquirir determinadas infeces que a populao

    em geral, sendo que algumas so imunologicamente prevenveis.

    A imunizao uma medida de preveno recomendada. Acesse o site abaixo para um maior conhecimento sobre

    imunizao nos profissionais de sade. Observe no final da pgina do risco biolgico os links disponveis.

    http://www.riscobiologico.org/imuniza/imuniza.htm

    14.N. So levantados os indicadores de Infeco Hospitalar? 15. Quais os indicadores utilizados no controle

    de infeco hospitalar?

    Atravs dos dados obtidos a partir da vigilncia epidemiolgica possvel o levantamento de vrios indicadores

    epidemiolgicos como:

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    1) Taxa de infeco hospitalar geral para o hospital ou para cada unidade de internao;

    2) Taxa de infeco hospitalar por topografia;

    3) Distribuio das infeces hospitalares por unidade de internao;

    4) Distribuio das infeces hospitalares por topografia;

    5) Distribuio dos agentes etiolgicos envolvidos por topografia;

    6) Taxa de infeco hospitalar por fator de risco especfico;

    7) Taxa de infeco hospitalar por cirurgia.

    A partir destes dados epidemiolgicos possvel ter uma idia correta dos principais problemas que existem no

    hospital e, dessa forma, instituir as medidas de controle mais eficazes.Acompanhe os exemplos nos grficos:

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    15.6.R. Coeficiente de sensibilidade/ resistncia dos microorganismos aos antimicrobianos?

    A resistncia microbiana tem

    aumentado dentro dos hospitais,

    devido ao uso indiscriminado de

    antimicrobianos.

    O conhecimento da sensibilidade ou

    no de determinado microorganismo

    a um antimicrobiano, importante

    para a adequada teraputica.

    Este indicador fornecer o perfil de

    resistncia microbiana dentro da

    instituio.

    Veja o exemplo do grfico:

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    15.8.N. Taxa de letalidade por

    infeco hospitalar

    importante o conhecimento da taxa de letalidade por IH na instituio, para avaliao dos possveis fatores causais

    para interveno. A avaliao contnua da taxa de letalidade permite o reconhecimento das variaes durante

    determinado perodo de tempo, podendo nos levar a identificar fatores responsveis por este aumento. Porm,

    muito difcil conseguir este dado relacionado com a infeco hospitalar. Devemos lembrar que o paciente que morre no

    hospital freqentemente apresenta uma doena grave e fatores individuais relacionados com a maior mortalidade.

    17.N. Existe avaliao e priorizao dos problemas com base nestes indicadores?

    O levantamento dos dados (ou indicadores) importante para anlise da situao, porm, deve-se ressaltar que a

    priorizao dos problemas para sua posterior soluo essencial para a manuteno da qualidade da assistncia.

    18.N. Os membros executores da CCIH realizam anlise do Sistema de Vigilncia Epidemiolgica, que permite

    a identificao de surto em tempo hbil para medidas de controle?

    A vigilncia epidemiolgica das

    infeces hospitalares importante

    para o reconhecimento do nvelendmico das infeces em

    determinada instituio e identificao

    precoce de surtos. A diminuio de

    complicaes resultantes de um surto

    est diretamente relacionada com a deteco precoce e com as medidas de controle adotadas. Nota-se ento a

    importncia da anlise peridica dos dados coletados.

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    19.R. Existem registros de acidentes por prfuro-cortantes em funcionrios?

    A epidemiologia e a preveno de acidentes com materiais biolgicos tm sido foco de interesse dos profissionais do

    controle de infeco hospitalar. A notificao dos acidentes ocupacionais importante para que o Servio de Controlede Infeco Hospitalar tenha conhecimento dos principais riscos a que os profissionais esto expostos - e avaliar as

    medidas que devem ser adotadas para preven-los. Vrias doenas podem ser transmitidas pelo acidente com material

    prfuro-cortante, entre elas: Hepatite B, Hepatite C, HIV. Acesse os sites abaixo para complementar seus conhecimentos:

    http://www.riscobiologico.org

    http://www.riscobiologico.org/bioinfo/manuais.htm

    20.I. utilizado coletor de urina fechado com vlvula anti-refluxo?

    As infeces do trato urinrio (ITU) representam, em publicaes internacionais e nacionais, a primeira causa das

    infeces hospitalares - alcanando at 40% - seguida pelas pneumonias, infeco da corrente sangunea e pelas

    infeces de stio cirrgico. Geralmente as ITU esto associadas a cateteres instalados por via uretral, ou seja: 80% a

    90% esto associados a este procedimento. Vrios estudos demonstram que o coletor de urina fechado diminui o risco

    de infeco. Mesmo com tcnica assptica na instalao do cateter urinrio e o uso de sistema de drenagem fechado,

    50% dos pacientes tero urina colonizada aps 48 horas de cateterizao.

    Com o coletor de urina de sistema aberto, a colonizao urinria mais precoce. Existem alguns mecanismos de

    aquisio de infeco do trato urinrio - dentre eles , a no elevao do coletor urinrio acima da linha do quadril.

    Porm, quando este cuidado no observado, a vlvula anti-refluxo impediria o refluxo da urina do coletor para a

    bexiga. Entretanto, mesmo com a vlvula o coletor deve permanecer abaixo da linha do quadril - pois o seu funcionamento

    no pode ser garantido em 100% das situaes.

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    21.I. Existe EPI (Equipamento de Proteo Individual) para a realizao de procedimentos crticos?

    O uso de EPI (luvas, avental, mscara e culos) deve estar disponvel para todos os profissionais, pois uma barreira

    mecnica entre o agente biolgico - presente nas secrees, excrees e demais fluidos - e o profissional da sade.

    21.1. O uso do EPI supervisionado pela CCIH?

    O EPI ( Equipamento de Proteo Individual) uma barreira mecnica entre a transmisso de patgenos de materiais

    biolgicos potencialmente contaminados (sangue, secrees, etc) e o profissional da sade. Estes EPI devem ser

    utilizados a critrio do profissional, em situaes em que ele possa estar exposto (situaes ou procedimentos derisco). Como por exemplo, na aspirao endotraqueal recomenda-se o uso de luvas, culos, mscara e avental. O

    treinamento importante para que o profissional conhea e avalie as situaes de risco para adequao do EPI que

    ser utilizado. As instituies devem disponibilizar estes materiais para evitar a contaminao dos profissionais. O

    no uso ou o uso inadequado do EPI poder favorecer a contaminao do profissional e permitir a transmisso de

    infeco relacionada assistncia sade.

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    22. N. Existem recipientes diferenciados para desprezar os diversos tipos de resduos hospitalares?

    A Resoluo RDC n 33, de 25 de fevereiro de 2003, deve ser consultada para a compreenso sobre resduos hospitalares.

    Esta Resoluo dispe sobre o regulamento tcnico para o gerenciamento de resduos de servios de sade, alm do que

    no Apndice VI constam as normas e orientaes tcnicas que foram utilizadas para a elaborao da Resoluo.

    http://e-legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=7869

    23.1. N. A lavanderia hospitalar possui sistema de barreiras?

    As normas para lavanderia so aquelas definidas pela publicao do Ministrio da Sade - Manual de Lavanderia Hos-

    pitalar, 1 edio, 1986, ou outras que as complementem ou substituam.

    http://www.anvisa.gov.br/divulga/sentinelas/lavanderia.doc

    24. I Inf. O hospital conta com

    laboratrio de microbiologia?

    As normas de procedimentos na rea

    de microbiologia so aquelas definidas

    pela publicao do Ministrio da Sade

    - Manual de Procedimentos Bsicos

    em Microbiologia Clnica para o

    Controle de Infeco Hospitalar, 1

    edio, 1991, ou outras que as

    complementem ou substituam.

    http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia/index.htm

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    26. R. Existe orientao mdica ou consulta aos infectologistas da CCIH na prescrio de antimicrobianos?

    27. R. A CCIH estabelece medidas de educao continuada da equipe mdica em relao prescrio de

    antimicrobianos?

    O aparecimento de microorganismos multirresistentes - ou seja, resistentes a vrios antimicrobianos - tem sido um

    problema crescente e de grande relevncia na atualidade. O uso indiscriminado de antibiticos est diretamente

    relacionado com o desenvolvimento de resistncia dos microorganismos. O uso racional, por meio da padronizao,

    reduziria o aparecimento. Por isso, a Portaria 2616 item 3.7 recomenda: a CCIH dever definir, em cooperao com a

    Comisso de Farmcia e Teraputica, poltica de utilizao de antimicrobianos, germicidas e materiais mdico-hospitalares

    para a instituio.

    28. R. So realizadas auditorias internas para avaliar o cumprimento do PCIH? Existem registros?

    As auditorias so importantes principalmente para a avaliao de processos tanto em unidades de apoio (central de

    esterilizao, lavanderia, endoscopia,

    etc.) como unidades assistenciais

    (UTI, centro cirrgico, berrio etc).

    29. R. Existem registros?

    Todas as auditorias devem gerar

    relatrios - tanto para as chefias das

    unidades, quanto para a diretoria.

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    ITEM D - CONCLUSO

    1. O PCIH est implementado?

    2. A documentao apresentada demonstra que a CCIH atuante?

    Conforme Portaria n 2616, de 12 de maio de 1998:

    O Programa de Controle de Infeco Hospitalar (PCIH) um conjunto de aes desenvolvidas deliberada e

    sistematicamente, com vistas reduo mxima possvel da incidncia e da gravidade das infeces hospitalares.

    Para a adequada execuo do PCIH, os hospitais devero constituir Comisso de Controle de Infeco Hospitalar

    (CCIH), rgo de assessoria autoridade mxima da instituio e de execuo das aes de controle de infeco

    hospitalar.

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    QUESTES:

    1) AO

    VISITAR

    UM

    HOSPITAL

    NO

    INTERIOR

    DE

    SO

    PAULO

    ,OBSERVAMOS

    AS

    SEGUINTES CARACTERSTICAS:

    . Hospital geral de 200 leitos sendo 10 leitos de UTI, com mdia de ocupao do hospital de 80%;

    . Corpo de enfermagem composto por 1 enfermeira-chefe e 16 enfermeiras assistenciais para cobertura 24 horas;

    . Centro cirrgico com 6 salas, que realiza em mdia 35 cirurgias/dia;

    . Comisso de controle de infeco hospitalar (CCIH) composta por 1 mdico e 1 enfermeira.

    Baseado na legislao (portaria 2616), indique a alternativa correta:

    a) ( ) Este hospital est de acordo com a portaria 2616, pois possui CCIH

    b) ( ) Este hospital est de acordo com a portaria 2616, que estabelece que uma instituio com 200 leitos dever ter

    um Servio de Controle de Infeco Hospitalar (SCIH - membros executores), alm da Comisso de Controle de

    Infeco Hospitalar (CCIH - membros consultores)

    c) ( ) Este hospital est em desacordo com a portaria 2616, pois a existncia de Centro Cirrgico requer a contratao

    de profissionais para atuao especfica nesta rea

    d) ( ) Este hospital est em desacordo com a portaria 2616, pois a CCIH deveria ser formada por representantes da

    administrao, da farmcia, enfermagem, mdico e do servio de nutrio

    e) ( ) Este hospital est em desacordo com a portaria 2616, que estabelece que uma instituio com 200 leitos dever

    ter um Servio de Controle de Infeco Hospitalar (SCIH - membros executores), alm da Comisso de Controle de

    Infeco Hospitalar (CCIH - membros consultores). O SCIH dever ser composto, no mnimo, por dois tcnicos de

    nvel superior da rea de sade para cada 200 leitos, com carga horria diria de 6 horas para o enfermeiro e 4 horas

    para os demais profissionais. Um dos membros executores deve ser preferencialmente um enfermeiro

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    2) PCIH :

    a)( ) qualquer atividade com vistas reduo mxima possvel da incidncia e da gravidade das infeces hospi-

    talaresb) ( ) o conjunto de aes desenvolvidas deliberada e sistematicamente com vistas reduo mxima possvel da

    incidncia e da gravidade das infeces hospitalares

    c)( ) um Projeto de Controle de Infeco Hospitalar que visa diminuir a taxa de infeco com abrangncia nacio-

    nal

    d) ( ) um Projeto de Controle de Infeco Hospitalar que visa diminuir a taxa de infeco com abrangncia esta-

    dual

    e) ( ) Todas as alternativas esto corretas

    3) AOVISITARUMAINSTITUIO, OTCNICODAVIGILNCIASANITRIAAVERIGUAQUENOHPROGRAMADECONTROLEDEINFECO (PCIH). AOINFORMARODIRETORDOHOSPITALSOBREESTAIRREGULARIDADE, ELEQUESTIONADOSOBREQUEMDEVERIAELABORAROPROGRAMAEQUALOSEUCONTEDO. INDIQUEAALTERNATIVAQUERESPONDEESSASPERGUNTAS:

    a) ( ) A administrao responsvel pela elaborao do PCIH

    b) ( ) A CCIH e o diretor clnico so os responsveis pela elaborao do PCIH

    c) ( ) A CCIH responsvel pela elaborao do PCIH

    d) ( ) O diretor clnico supervisiona a elaborao do PCIH, que elaborado pelo SCIH

    e) ( ) O diretor clnico supervisiona a elaborao do PCIH, que elaborado pela CCIH

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    4) O SCIH RESPONSVELPOR:

    a)( ) Elaborao das normas e rotinas

    b) ( ) Superviso da adeso s recomendaes para preveno de infeces hospitalares

    c) ( ) Padronizao das medidas de preveno de infeco

    d) ( ) Elaborao de relatrios peridicos sobre as taxas de infeco hospitalar

    e)( ) Execuo do PCIH elaborado pela CCIH. Desta forma, todas as alternativas anteriores esto corretas

    5) O SCIH DIFERENTEDO CCIH PORQUE:

    a)( ) No h diferenas

    b) ( ) O SCIH elabora o PCIH para execuo pelo CCIH

    c) ( ) O SCIH deve existir em todos os hospitais, independentemente do nmero de leitos

    d)( ) A composio da CCIH deve ser de mdicos e enfermeiras

    e) ( ) Todas as alternativas esto corretas

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    6) O SCIH COMPOSTO:

    a) ( ) Por dois tcnicos de nvel superior para cada 200 leitos

    b) ( ) Exclusivamente, por dois mdicos para cada 200 leitos

    c) ( ) Exclusivamente, por dois enfermeiros para cada 200 leitos

    d) ( ) Exclusivamente, por um enfermeiro e um mdico para cada 200 leitos

    e) ( ) Por servio mdico, servio de enfermagem, servio de farmcia, laboratrio de microbiologia e representan-

    te da administrao

    7) O CCIH FORMADO:

    a) ( ) Por dois tcnicos de nvel superior para cada 200 leitos

    b) ( ) Exclusivamente, por dois mdicos para cada 200 leitos

    c) ( ) Exclusivamente, por dois enfermeiros para cada 200 leitos

    d) ( ) Exclusivamente, por um enfermeiro e um mdico para cada 200 leitos

    e) ( ) Por servio mdico, servio de enfermagem, servio de farmcia, laboratrio de microbiologia e representan-

    te da administrao

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    8) O REGIMENTOINTERNODA CCIH DEVESERELABORADOPELA:

    a) ( ) SCIH

    b) ( ) Gerncia administrativa

    c) ( ) CCIH

    d) ( ) Diretoria clnica e de enfermagem

    e) ( ) Nenhuma das anteriores

    9) A FORMAODA CCIH RESPONSABILIDADE:

    a) ( ) Do corpo clnico

    b) ( ) Da equipe de enfermagem

    c) ( ) De todos os profissionais da instituio

    d) ( ) Da autoridade mxima da instituio

    e) ( ) Todas as alternativas anteriores esto corretas

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    10) OCORRERAMCASOSDEINFECOURINRIARELACIONADAAOCATETEREA SCIHASSOCIOU-OSINTRODUODEUMANOVAMARCADESONDAVESICAL. QUALOPROCEDIMENTOCORRETO?

    I. Manter em sigilo a informao, pois um dado confidencial;

    II. Comunicar o Servio de Vigilncia Epidemiolgica e Sanitria do organismo de gesto do SUS;

    III.Comunicar todos os profissionais do servio de enfermagem direta ou indiretamente envolvidos com este

    procedimento;

    IV. Comunicar o farmacutico responsvel pela compra, distribuio e armazenamento dos materiais hospitalares;

    V. Recolher todo o material suspeito de contaminao.

    Indique a alternativa que rene os procedimentos corretos:

    a) ( ) 1, 2 e 3

    b) ( ) 1, 2, 3 e 4

    c) ( ) 2, 3, 4 e 5

    d) ( ) Todas esto corretas

    e) ( ) Todas as alternativas esto incorretas

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    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    Boyce, J & Pittet D. Guideline for hand hygiene in health-care settings: recommendations of the Healthcare

    Infection Control Practices Advisory Committee and the HICPAC/SHEA/APIC/IDSA Hand Hygiene Task Force. Infect

    Control Hosp Epidemiol 2002; 23(12, suppl.):3-40.

    Medeiros EAS; Machado A; Ferraz AAB et al. Preveno de infeco hospitalar. Projeto Diretrizes - Associao

    Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2001, pp.315-339.

    GRUPO DE CONTROLE DE INFECO HOSPITALAR - HOSPITAL DAS CLNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNI-

    VERSIDADE DE SO PAULO. Guia de Utilizao dos Antimicrobianos e Recomendaes para a Preveno de Infec-

    es Hospitalares, 2003.

    Garner JS. Guideline for isolation precautions in hospitals. Hospital Infection Control Practices Advisory Committee.

    Infect Control Hosp Epidemiol 1996; 17:54-80.

    Cardo DM, Culver DH, Ciesielski CA, et al. A case-control study of HIV seroconversion in health care workers after

    percutaneous exposure. N Engl J Med 1997; 337:1485-90.

    CDC. Public Health Service guidelines for the management of health-care worker exposures to HIV and

    recommendations for postexposure prophylaxis. MMWR 47(No. RR-7), 1998.

    Wenzel RP. Prevention and Control of Nosocomial Infections. Williams & Wilkins, 3 edio, 1997, pp.1266.

    MayhalL CG. Hospital Epidemiology and Infection Control. Lippincott Williams & Wilkins, 2 edio, 1999, pp.1565.

    ASSOCIAO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECO HOSPITALAR. Precaues e Isolamento. APECIH,

    So Paulo, 1999, pp52.

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    ANEXO I: EXEMPLODE REGIMENTODEUMA COMISSODE CONTROLEDE INFECO HOSPITALARPARAUM HOSPITALDE 150 LEITOS

    (Dever ser adaptado s caractersticas do Hospital)

    CAPTULO I - DA CONSTITUIOEDA COMPETNCIA:

    Art. 10 - A Comisso de Controle de Infeco Hospitalar por determinao do regimento interno do HOSPI-

    TAL rgo de assessoria da diretoria clnica e administrativa sendo de sua competncia:

    1. Planejar, estudar e implementar aes de preveno e controle de infeces hospitalares;

    2. Implementar e desenvolver a melhoria da qualidade dos servios, e da assistncia prestada ao paciente.

    3. Notificar e investigar casos de doenas sob vigilncia e agravos inusitados sade atendidos no Hospital e

    auxiliar na implementao de medidas de preveno e controle das doenas de notificao compulsria de

    acordo com as normas do Centro de Vigilncia Epidemiolgica da Secretaria da Sade;

    4. Racionalizar o uso de antimicrobianos no Hospital;

    5. Promover ensino e treinamento.

    CAPTULO II - DA

    COMPOSIO:

    Art. 20 - A Comisso de Controle de Infeco Hospitalar assim composta:

    1. Um Presidente indicado pelo Diretor Clnico;

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    2. Um Secretrio;

    3. Um Representante da Diretoria Administrativa ;

    4. Um Representante da Farmcia;

    5. Um Representante do Laboratrio de Microbiologia;

    7. Um Representante do Centro Cirrgico;

    8. Um Representante da Diretoria de Enfermagem;

    9. Um Representante da Educao Continuada;

    10. Um Representante da Nutrio;

    11. Um representante do Servio de Limpeza;

    12. Membros do Servio de Controle de Infeco Hospitalar (SCIH).

    Art 3 - O ncleo executivo da Comisso de Controle de Infeco Hospitalar (SCIH) ser formado por:

    Um mdico com experincia comprovada em controle e preveno de infeces hospitalares; preferencial-

    mente infectologista;

    Um enfermeiro com experincia em controle e preveno de infeces hospitalares.

    Pargrafo 1. Compete Diretoria Clnica e Administrativa do Hospital indicar ou contratar os profissionais que faro

    parte da Comisso de Controle de Infeco Hospitalar.

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    Pargrafo 2. Compete Diretoria Clnica e Administrativa do Hospital dar condies adequadas de infraestrutura (lo-

    cal prprio, material de consumo e permanente) para o funcionamento da Comisso de Controle de Infeco Hospita-

    lar.

    Pargrafo 3. O Presidente da Comisso de Controle de Infeco Hospitalar ter mandato de 2 (dois) anos, sendo

    permitido a reconduo. A indicao destes cargos ocorrer no ms de janeiro dos anos pares.

    CAPTULO III - DAS ATRIBUIES:

    Art. 40 - Do Presidente:

    1. Convocar e presidir as reunies da Comisso de Controle de Infeco Hospitalar;

    2. Estabelecer a ordem do dia para as reunies;

    3. Dirigir os trabalhos da Comisso;

    4. Assinar toda documentao da Comisso;

    5. Delegar responsabilidades e atribuir tarefas para os membros da Comisso.

    Art. 50 - Da secretria:

    1. Receber, registrar, distribuir, expedir e arquivar papeis e processos;

    2. Manter o arquivo em ordem;

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    3. Auxiliar os membros da Comisso na aquisio, digitao e elaborao de documentos;

    4. Fazer as correspondncias da Comisso.

    Art. 60 - Do Servio de Preveno e Controle de Infeco Hospitalar (Ncleo Executivo):

    Ao SCIH compete:

    1. Elaborar, implementar, manter e avaliar o programa de controle de infeces hospitalares;

    2. Implantar e manter um sistema de vigilncia epidemiolgica adequado as caractersticas do Hospital;

    3. Realizar investigao epidemiolgica de surtos e implantar medidas de controle;

    4. Propor e cooperar na elaborao, implementao e superviso da aplicao de normas e rotinas tcnico-administrativas visando preveno e o tratamento das infeces hospitalares;

    5. Aplicar medidas tcnico-administrativas para controlar e prevenir a disseminao de microorganismos respons-

    veis por infeces hospitalares atravs de medidas de isolamento;

    6. Participar da elaborao do formulrio teraputico do Hospital de modo a garantir que contenha os antimicrobianos

    necessrios para o tratamento dos processos infecciosos dos pacientes tratados nos servios do Hospital;

    7. Elaborar e implementar estratgias capazes de minimizar os riscos profissionais de adquirir microorganismos no

    ambiente hospitalar;

    8. Atuar junto com aos diversos servios do Hospital em programas de educao continuada;

    9. Promover uma base sistemtica e integrada de anlise e discusso, visando a melhoria da qualidade dos

    servios, da assistncia prestada ao paciente e a satisfao dos clientes;

    10. Desenvolvimento e aplicao de diretrizes clnicas prticas, protocolos, de modo a maximizar a qualidade da

    assistncia prestada, bem como contribuir na formao de profissionais, minimizando os custos e otimizando os

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    Curso Infeco relacionada Assistncia Sade - IrAS - verso 1.0 - 2004

    Mdulo 1

    recursos;

    11. Buscar ativamente os casos suspeitos de doenas sob vigilncia epidemiolgica e agravos inusitados sade

    atendidos no hospital (ambulatrios, enfermarias e pronto socorro) e notific-los, ao nvel local, cumprindo os

    fluxos da Secretaria Estadual de Sade;

    12. Preencher os impressos prprios do Sistema de Vigilncia Epidemiolgica;

    13. Divulgar informaes fornecidas pelo Centro de Vigilncia Epidemiolgica sobre comportamento epidemiolgico

    das doenas sob vigilncia, ao corpo clnico do Hospital;

    CAPTULO IV - DOFUNCIONAMENTO:

    Art. 70 - A Comisso de Controle de Infeco Hospitalar se reunir, no mnimo, mensalmente, em sesses

    abertas, com a diretoria clnica e/ou administrativa do Hospital para discusso e promoo de aes para ocumprimento do Art. 10.

    Art. 80 - As reunies extraordinrias sero convocadas pelo Diretor Clnico ou pelo presidente, atravs de

    memorando protocolado.

    Art. 90 - A Comisso dever participar de grupos de estudos, programas regionais e nacionais de controle e

    preveno de infeco hospitalar, de desenvolvimento de qualidade e de vigilncia de doenas de notificao

    compulsria.

    CAPTULO V - DASDISPOSIESGERAIS:

    Art. 100. A qualquer tempo, por deciso da maioria dos seus membros, poder ser alterado o presente Regu-

    lamento.

    Art. 110. Este Regulamento entra em vigor na data de sua aprovao.

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    Mdulo 1

    GABARITO

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    50Mdulo 1

    Mdulo 1 - AvaliaoLEGISLAOE CRIAODEUM PROGRAMADE PREVENOE CONTROLEDE

    INFECO HOSPITALARPontos Fortes

    Pontos Fracos

    Sugestes