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IREI folitédnico j daiGuarda Polyteciinic oC Guarda RELATÓRIO DE ESTÁGIO Licenciatura em Gestão Vera Alexandra Esteves Antunes dezembro 1 2014

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IREI folitédnicoj daiGuardaPolyteciinicoC Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Vera Alexandra Esteves Antunes

dezembro 1 2014

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Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

Relatório de Estágio

VERA ALEXANDRA ESTEVES ANTUNES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIATURA EM GESTÃO

novembro/2014

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Relatório de Estágio Curricular

ii

Ficha de Identificação

Nome Vera Alexandra Esteves Antunes

Número 1009741

Curso Gestão

Estabelecimento de ensino

Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, 50, Guarda

Contacto: 271 220 110

Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG)

Contacto: 271 220 120

Local de estágio

Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Guarda (SMAS)

Largo de São Vicente, 7, Guarda

Contacto: 271 232 740

Duração do estágio 400 Horas

Início 24 de setembro de 2013

Conclusão 03 de dezembro de 2013

Supervisora Dra. Luísa Santos

Docente Orientador Professor Doutor Amândio Baía

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Relatório de Estágio Curricular

iii

Agradecimentos

Quero agradecer a todos os professores que tive ao longo do percurso académico

por todos os conhecimentos que me transmitiram, os quais, foram fundamentais

para a realização do meu estágio curricular.

Quero também agradecer, em particular, ao Professor Doutor Amândio Baía pela

sua disponibilidade e atenção.

Aproveito ainda para demonstrar o meu agradecimento para com todos os

funcionários dos SMAS por me terem recebido e acolhido tão bem, em especial à

minha supervisora Dra. Luísa Santos.

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Relatório de Estágio Curricular

iv

Plano de Estágio

O Plano de Estágio foi elaborado pela supervisora do estágio, Dra. Luísa Santos, na

presença da estagiária. Foi definido que a estagiária tomasse conhecimento da generalidade

das funções desempenhadas pelos SMAS e prestasse auxílio à sua execução, tendo em

consideração a sua área de estudo. Com esse objetivo a estagiária desempenhou tarefas nas

áreas de Atendimento, Receção e Contabilidade, sempre acompanhada por colaboradores

da organização, permitindo-lhe colocar em prática os conhecimentos teóricos obtidos ao

longo do seu percurso académico.

A estagiária executou, entre outras, as seguintes tarefas durante o período de estágio:

Entrada de correspondência;

Apoio à rececionista;

Contabilização de documentos e lançamentos informáticos;

Conferência de caixa, clientes, fornecedores e outras.

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Relatório de Estágio Curricular

v

Resumo

O presente relatório tem como objetivo descrever as tarefas realizadas pela estagiária ao

longo do estágio curricular que decorreu nos SMAS da Guarda. Tem também como

objetivo descrever o que a estagiária aprendeu no referido estágio.

O estágio proporcionou à estagiária um primeiro contato com o mundo do trabalho e com

as responsabilidades que lhe são inerentes. Também proporcionou à estagiária a obtenção

de conhecimentos teóricos e práticos sobre o Plano Oficial de Contas das Autarquias Locais

(POCAL), uma vez que este não é parte integrante do plano de estudos da Licenciatura em

Gestão.

Palavras-Chave: Estágio; SMAS; Contabilidade; POCAL; Classificação.

JELL Classification: M10 – General, M1 – Business Administration

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Relatório de Estágio Curricular

vi

Índice

Ficha de Identificação .....................................................................................................................ii

Agradecimentos ............................................................................................................................. iii

Plano de Estágio ............................................................................................................................ iv

Resumo...........................................................................................................................................v

Lista de Siglas............................................................................................................................... vii

Índice de Tabelas ......................................................................................................................... viii

Índice de Ilustrações ...................................................................................................................... ix

Índice de Gráficos ........................................................................................................................... x

Introdução...................................................................................................................................... 1

Capítulo 1 – Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Guarda ...................................... 2

1.1. Enquadramento Geográfico e Histórico da Guarda .......................................................... 3

1.2. Apresentação dos SMAS ................................................................................................ 5

1.2.1. Breve história .......................................................................................................... 5

1.2.2. Organograma .......................................................................................................... 7

1.2.3. Os Serviços ........................................................................................................... 11

Capítulo 2 – O Estágio ................................................................................................................. 16

2.1. Introdução ......................................................................................................................... 17

2.2. Receção ............................................................................................................................. 17

2.3. Contabilidade .................................................................................................................... 21

2.3.1. Plano Oficial da Contabilidade das Autarquias Locais ................................................. 21

2.3.2. A Despesa .................................................................................................................. 25

2.3.3. A Receita .................................................................................................................... 26

2.3.4. Classificação de Documentos ...................................................................................... 29

Considerações Finais ................................................................................................................... 37

Bibliografia e Webgrafia .............................................................................................................. 38

Índice de Anexos ......................................................................................................................... 39

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Relatório de Estágio Curricular

vii

Lista de Siglas

ATM Automatic Teller Machine

CMG Câmara Municipal da Guarda

DAS Divisão de Águas e Saneamento

EAZC Águas do Zêzere e Côa, S.A.

EPAL Empresa Portuguesa de Águas Livres

ESTG Escola Superior de Tecnologia e Gestão

IPG Instituto Politécnico da Guarda

IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado

NIF Número de Identificação Fiscal

POCAL Plano Oficial de Contas das Autarquias Locais

SGQ Sistema de Gestão da Qualidade

SIBS Sociedade que gere a rede Multibanco Portuguesa

SMAS Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Guarda

SNC Sistema de Normalização Contabilística

TPA Terminal de Pagamento Automático

TRH Taxa de Recursos Hídricos

TRS Taxa de Resíduos Sólidos

TUS Taxa de Utilização de Saneamento

VPN Virtual Private Network

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Relatório de Estágio Curricular

viii

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Contabilização Fatura da Água.......................................................................................................29

Tabela 2 - Taxa de Resíduos Sólidos ................................................................................................................30

Tabela 3 - Liquidação de Faturas .......................................................................................................................30

Tabela 4 - Juros de Mora .....................................................................................................................................31

Tabela 5 - Transferência do Caixa .....................................................................................................................31

Tabela 6 - Transferência SIBS ...........................................................................................................................32

Tabela 7 - Transferência do saldo TPA ............................................................................................................32

Tabela 8 - Pagamento em Prestações ................................................................................................................33

Tabela 9 - "Devolução" ao cliente .....................................................................................................................33

Tabela 10 - Pagamento em Duplicado ..............................................................................................................33

Tabela 11 - Reembolso do Pagamento em Duplicado ..................................................................................34

Tabela 12 - Construção de Ramal de Ligação de Saneamento ...................................................................34

Tabela 13 - Construção de Ramal de Ligação de Água ................................................................................34

Tabela 14 - Limpeza de Fossa ............................................................................................................................35

Tabela 15 - Ligação ou Restabelecimento de Água ......................................................................................35

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Relatório de Estágio Curricular

ix

Índice de Ilustrações

Ilustração 1 - Organograma SMAS ..................................................................................................................... 7

Ilustração 2 - Mapa de Leituras ..........................................................................................................................18

Ilustração 4 - Registo de Saída de Viaturas .....................................................................................................19

Ilustração 3 - Mapa de Chamadas Efetuadas ..................................................................................................19

Ilustração 5 - Página Inicial AQUAMATRIX ................................................................................................20

Ilustração 6 - Página Inicial VPN ......................................................................................................................20

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Relatório de Estágio Curricular

x

Índice de Gráficos

Gráfico 1 - Número de habitantes por escalões etários ................................................................................... 4

Gráfico 2 - Colaboradores por Género ............................................................................................................... 8

Gráfico 3 - Colaboradores por Escalão Etário e Género ................................................................................ 9

Gráfico 4 - Cargo dos Colaboradores por Género ........................................................................................... 9

Gráfico 5 - Habilitações Académicas ...............................................................................................................10

Gráfico 6 - Habilitações Académicas por Género..........................................................................................10

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Relatório de Estágio Curricular

1

Introdução

O presente relatório foi elaborado com base nas atividades desenvolvidas no estágio

curricular realizado nos SMAS da Guarda. Teve a duração de 400 horas e decorreu entre os

dias 24 de setembro e 3 de dezembro de 2013.

O principal objetivo deste relatório é a descrição das tarefas realizadas durante o estágio. Já

para a estagiária, os principais objetivos foram a aplicação dos conhecimentos teóricos

obtidos durante a Licenciatura em Gestão e o contato pela primeira vez com o mundo do

trabalho bem como as inerentes responsabilidades.

Este relatório está dividido em 2 capítulos:

No primeiro capítulo, a estagiária, começou por enquadrar geograficamente e

historicamente o local onde se situam os SMAS, a cidade da Guarda. Fez uma

referência à história dos Serviços, caracterizou-os e de seguida apresentou as suas

atividades principais.

No capítulo dois, a estagiária, começou por fazer uma breve introdução aos serviços

onde efetuou o estágio e posteriormente apresentou as tarefas desenvolvidas durante

a sua passagem pelos SMAS. Da receção, onde iniciou e onde passou grande parte

do estágio, à secção da Contabilidade, onde classificou inúmeros documentos e

onde desenvolveu conhecimentos quanto ao POCAL, sistema contabilístico

diferente do estudado durante a Licenciatura em Gestão.

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Capítulo 1 – Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Guarda

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Relatório de Estágio Curricular

3

1.1. Enquadramento Geográfico e Histórico da Guarda1

A cidade da Guarda, fundada no século XII pelo segundo rei de Portugal, D. Sancho I,

situa-se na região centro e pertence à sub-região estatística da beira interior norte. Insere-se

na paisagem montanhosa da Serra da Estrela e é considerada a cidade mais alta de Portugal

continental a 1056 metros de altitude.

Fruto da altitude referida anteriormente, é o fato desta região pertencer a três bacias

hidrográficas – Mondego, Douro e Tejo, contribuindo desta forma para os recursos hídricos

das regiões de Coimbra, Porto e Lisboa respetivamente.

A Guarda, capital de distrito, é conhecida por ser a cidade dos 5F’s:

Forte - pela torre, castelo, muralhas e posição geográfica;

Farta - pela riqueza do Vale do Mondego;

Fria - pela proximidade à Serra;

Fiel - porque Álvaro Gil Cabral (alcaide-mor do castelo e trisavô de Pedro Álvares

Cabral) recusou entregar as chaves da cidade ao rei de Castela durante a crise de

1383-85, combateu na batalha de Aljubarrota e ainda tomou assento nas cortes de

1385 onde elegeu o Mestre de Avis, D. João I, como rei;

Formosa - pela sua beleza natural.

Como referido no parágrafo anterior, a Guarda, é conhecida pelo castelo situado no centro

da cidade mas também pelos castelos existentes nas redondezas e é por isso que a região

teve um papel tão importante durante a idade média, uma vez que os castelos outrora

fortificaram o país. Exemplos desses castelos são o de Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel,

Almeida, Sortelha e Sabugal, o qual diz muito à estagiária, não só pela sua beleza mas

também pela proximidade à sua terra natal.

1 Este capítulo foi elaborado com base no site http://www.munguarda.pt/index.asp?idedicao=51&idSeccao=576&Action=seccao visitado em novembro 2014

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Relatório de Estágio Curricular

4

Como símbolo do distrito, a Sé da Guarda, situa-se no coração da cidade. A sua construção

foi iniciada em finais do século XII, no reinado de D. João I, mas foi apenas concluída no

século XVI e por isso apresenta uma combinação de arquitetura gótica e manuelina. No

século XIX, o arquiteto Rosendo Carvalheira, restaurou partes da catedral e este foi

considerado um dos melhores trabalhos revivalistas.

Segundo os Censos de 2011, o distrito da Guarda tem 160 939 habitantes, sendo que 28,8%

tem 65 anos ou mais e apenas 21% tem idade igual ou inferior a 24 anos, como se pode

verificar no Gráfico 1.

Gráfico 1 - Número de habitantes por escalões etários

Fonte: INE

A Guarda, tal como outras cidades do interior, não é imune ao fenómeno da interioridade.

A falta de oportunidades leva os jovens a procurar noutras paragens os meios de

subsistência.

18204 15533

80783

46419

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

N.º habitantes

0-14 anos

15-24 anos

25-64 anos

65 e mais anos

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Relatório de Estágio Curricular

5

1.2. Apresentação dos SMAS

1.2.1. Breve história

Até janeiro de 1995, quem tinha a responsabilidade pelo saneamento básico no concelho da

Guarda era a Divisão de Águas e Saneamento (DAS), da Câmara Municipal da Guarda

(CMG), cujas funções passavam pela execução, exploração, construção e fiscalização dos

abastecimentos de água e saneamento no concelho da Guarda. Nessa data extinguiu-se a

DAS e entraram em funcionamento os SMAS devido ao volume de investimentos

realizados e aos custos de exploração.

Surgem assim, como “um serviço público de interesse local, dotado de autonomia técnica,

administrativa e financeira e explorada sob forma industrial, no quadro da Organização

Municipal”.

Fonte: Artigo 2.º Regulamento dos Serviços Municipalizados da Guarda

Em 2002, os SMAS dividiram as responsabilidades com as Águas do Zêzere e Côa, S.A.

(EAZC), tendo ficado como responsabilidade dos SMAS:

A distribuição e manutenção do equipamento existente na rede de distribuição da

cidade e aldeias periféricas;

A captação, elevação, armazenagem, distribuição e manutenção da água a um

conjunto de aldeias;

A recolha do efluente da cidade;

A recolha, o transporte e o tratamento de esgotos nas aldeias.

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Relatório de Estágio Curricular

6

Identificação

Nome Serviços Municipalizados de Água e Saneamento

N.º Id. Fiscal (NIF) 680 018 816

Telefone 271 232 740

Linha Verde 800 208 800

Fax 271 232 749

E-mail [email protected]

Localização

Sede: Largo de São Vicente, 7, Guarda

Loja do Cidadão Centro Comercial Vivaci

Avenida dos Bombeiros Voluntários Egitanienses, 5, Guarda

Missão

Uma missão, é o motivo pelo qual uma organização existe, é o que ela se propõe a realizar.

A dos SMAS é a seguinte:

“A missão dos SMAS é a distribuição de água com bons níveis quantitativos e

qualitativos e a recolha de esgoto no sentido de maximizar a satisfação dos clientes.”

Fonte: Artigo 4.º Despacho n.º6233/2013

Diário da República, 2.ª série – N.º91 – 13 de maio de 2013

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Relatório de Estágio Curricular

7

1.2.2. Organograma

Os SMAS são parte integrante da CMG. São órgãos dos SMAS, o Conselho de

Administração e o Presidente do Conselho de Administração (Vereador da CMG). A

orientação técnica, a direção administrativa e financeira dos Serviços são confiados nos

termos da lei geral a um Chefe de Divisão.

“Sem prejuízo da sua autonomia técnica, administrativa e financeira, as atividades dos

SMAS são enquadradas pelos instrumentos de planeamento municipal, bem como pelas

deliberações da Câmara Municipal.”

Fonte: Artigo 4.º Regulamento Serviços Municipalizados da Guarda

Fazem parte da organização dos SMAS as seguintes unidades orgânicas (Ilustração 1):

Ilustração 1 - Organograma SMAS

Fonte: Artigo 32.º Despacho n.º6233/2013

Diário da República, 2.ª série – N.º91 – 13 de maio de 2013

As competências adstritas a cada unidade orgânica estão discriminadas no Despacho

n.º6233/2013 Diário da República, 2.ª série – N.º91 – 13 de maio de 2013.

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Relatório de Estágio Curricular

8

Caraterização dos Recursos Humanos2

No total os SMAS possuem 75 trabalhadores, dos quais 56 (75%) são do sexo masculino e

19 (25%) do sexo feminino (Gráfico 2).

Gráfico 2 - Colaboradores por Género

Fonte: SMAS

A maioria dos colaboradores tem entre 50 e 59 anos. O Gráfico 3 mostra a distribuição dos

colaboradores por faixa etária e género.

2 Dados referentes a 31/12/2012

56

19

Género

Masculino

Feminino

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Relatório de Estágio Curricular

9

Gráfico 3 - Colaboradores por Escalão Etário e Género

Fonte: SMAS

Ainda que o género feminino esteja claramente em menor número na organização, ocupam

cargos mais elevados, como se pode ver no Gráfico 4.

Gráfico 4 - Cargo dos Colaboradores por Género

Fonte: SMAS

Quanto às habilitações académicas, os colaboradores dos SMAS são muito heterogéneos.

Os níveis de ensino mais recorrentes são o 4.º e o 9.º ano, havendo também colaboradores

com Licenciatura e ainda 1 com Mestrado.

0 3

8

2 2 1 3

0

4

7

4

7 8 12

11

3 0

2

4

6

8

10

12

14

16

Masculino

Feminino

4

45

4 0 3 0 1

9 8 1

0 5

10 15 20 25 30 35 40 45 50

Masculino

Feminino

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10

Gráfico 5 - Habilitações Académicas

Fonte: SMAS

Em relação ao género, pode verificar-se através do Gráfico 6, que o sexo feminino possui

na sua maioria um nível de habilitações mais elevado, o que, neste caso, está ligado ao

exercício de um cargo mais elevado. 75% dos colaboradores com um curso é do sexo

feminino.

Gráfico 6 - Habilitações Académicas por Género

Fonte: SMAS

14

12

17 3

13

2

13

1

Habilitações Académicas

4.º ano

6.º ano

9.º ano

11.º ano

12.º ano

Bacharelato

Licenciatura

Mestrado

0 0 2

0

5 2

9

1

14 12

15

3

8

0

4

0 0 2 4 6 8

10 12 14 16 18

Masculino

Feminino

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11

1.2.3. Os Serviços3

De seguida vão referir-se de forma resumida alguns dos serviços prestados pelos SMAS.

Aferição de Contador

Os SMAS têm diversos serviços à disposição do cliente, sendo a aferição de contador um

deles. Os processos para aferição do contador são os seguintes:

Identificação do local;

Código do cliente ou titular do contrato de abastecimento de água;

Contato;

Bilhete de identidade ou Cartão de cidadão de quem procede ao pedido.

Mudança de titular de contrato de água

Os elementos necessários à mudança de titular de contrato de água são: o Bilhete de

Identidade/Cartão de Cidadão; Cartão de Contribuinte; contato; morada correta do local;

outros consoante a situação:

Mudança entre cônjuges;

Por falecimento de um dos cônjuges;

Herança;

Divórcio.

3 O presente ponto foi elaborado de acordo com a informação disponibilizada em www.smasguarda.com visitado em novembro 2014

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Celebração de Contrato

Meios para a Celebração de Contrato

Atendimento presencial;

No website dos SMAS;

Por e-mail [email protected];

Carta ou fax.

Elementos para a Celebração de Contrato de abastecimento de água

O cliente deve preencher um formulário (anexo 1) com os seguintes dados:

Identificação;

Assinatura do cliente;

Prova de legitimidade de ocupante (contrato de arrendamento/caderneta predial);

Modalidade de pagamento (multicanal ou débito em conta/numerário, multibanco

ou cheque no valor de 25€+IVA à taxa em vigor).

Rescisão de Contrato

Meios para a Rescisão de Contrato

Atendimento presencial;

No website dos SMAS;

Por e-mail [email protected];

Carta ou fax.

Elementos para a Rescisão de Contrato de abastecimento de água

O cliente deve preencher um formulário (anexo 2) com os seguintes dados:

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Relatório de Estágio Curricular

13

Leitura do contador;

Localização do contador (interior ou exterior);

Data e morado do local em que se pretende proceder ao fecho de água;

Nome e código de cliente;

Morada para envio de contas de acertos de valores.

Requisição ou Alteração de Ramal

Para proceder à Requisição ou Alteração de um Ramal é necessária a morada, o número de

contribuinte (singular ou coletivo), o contato e o Bilhete de Identidade ou Cartão de

Cidadão da pessoa que procede ao pedido.

Pedido de Vistoria de Água e Saneamento

Para efetuar um pedido de Vistoria é necessária a identificação do local da Vistoria,

informação sobre se o ramal foi construído pelos SMAS ou pelo loteador e o Bilhete de

Identidade ou Cartão de Cidadão de quem procede ao pedido.

Limpeza de Fossas Séticas

Para que se proceda à limpeza de uma Fossa Sética é necessário que se identifique o local,

o contato, o Cartão de Contribuinte e o Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão de

quem procede ao pedido.

Tarifários Sociais

Com o objetivo de atenuar as desigualdades económicas, os SMAS, possuem um conjunto

diverso de Tarifários Sociais – Pensionistas; Invalidez; Famílias Numerosas; Famílias

Monoparentais; Carenciados; Jovens Casais; Condomínios Legalizados; e Consumos

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Relatório de Estágio Curricular

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Coletivos. Para que possam usufruir destes tarifários, têm que se encontrar numa das

situações seguintes:

Pensionistas

Se tiverem idade igual ou superior a 65 anos;

Se a pensão mensal auferida, do próprio, ou dos dois elementos que constituem

o casal, igual ou superior ao dobro da Pensão Mínima Nacional/2013 – 513,6

(256,8*2);

Invalidez

Se possuir um grau de invalidez igual ou superior a 65%;

Ser titular do contrato de abastecimento de água;

Famílias Numerosas

Se possuir três ou mais descendentes dependentes;

Famílias Monoparentais

Se o requerente for titular do contrato de abastecimento de água;

Se tiver três descendentes ou mais a depender/coabitar com apenas um dos

progenitores;

Carenciados

Se usufruir do Rendimento Mínimo Garantido;

Ser titular do contrato de abastecimento de água;

Jovens Casais

Se o rendimento mensal auferido não for superior ao Ordenado Mínimo

Nacional/2013 Casal – 970 (485*2);

Condomínios Legalizados

Se for pessoa coletiva legalizada;

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Consumos Coletivos

Projeto coletivo da situação acima mencionada.

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Capítulo 2 – O Estágio

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2.1. Introdução

No presente capítulo, irão ser descritas as principais tarefas realizadas pela estagiária.

Tendo sido essas tarefas executadas na maioria na Receção dos SMAS da Guarda, onde

entrou em contato direto com a população, fosse por via telefónica ou pessoal, e no setor de

Contabilidade, onde diariamente classificava documentos e elaborava conferências de

documentos.

2.2. Receção

Foi na receção que a estagiária começou o estágio e onde passou grande parte do tempo.

Foi também aí que a estagiária aprendeu e evoluiu mais, não só a nível profissional como

pessoal, pois teve em contato com um sem número de pessoas, quer fosse por via telefónica

quer pessoal e teve que lidar com as mais variadas situações.

Inicialmente foi muito complicado porque a estagiária entrou logo em contato com um

público que fazia muitas questões para as quais ainda não sabia a resposta. Com o tempo

estas questões foram respondidas, o que dava uma enorme satisfação à estagiária, por estar

a aprender, por se sentir útil a ajudar mas sobretudo por conseguir controlar a ansiedade que

inicialmente a dominava.

Logo de início, a estagiária foi encarregue de abrir os SMAS e certificar-se que estava tudo

operacional para receber os funcionários e posteriormente os clientes.

Na Receção era necessário tentar ter sempre um sorriso no rosto, ser simpática, ter boa

aparência e acima de tudo ser prestável já que era o primeiro rosto visível da instituição.

Quando um cliente entrava no estabelecimento, a primeira coisa a fazer era cumprimenta-

lo, perguntar-lhe o que pretendia e consoante a resposta encaminhá-lo para o serviço

desejado, ou, no caso de pretender informar-se quanto aos tarifários sociais, esclarecê-lo e

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ajudá-lo a preencher os formulários (anexo 3). De seguida, tinha de entregar estes

formulários no gabinete de relações públicas, anexando-lhes as fotocópias dos documentos

necessários.

Muitas vezes os clientes pretendiam falar com alguém da Administração. Nesses casos a

estagiária através do telefone da receção, telefonava para a secção pretendida, apresentava a

situação e depois acompanhava o cliente à referida secção. Também muitas vezes os

clientes necessitavam de deslocar-se à Faturação, para por exemplo, dividir a fatura em

prestações, e era dever da rececionista telefonar para a Faturação, explicar a situação e

acompanhar o cliente.

Na receção, também era responsabilidade da estagiária o atendimento de todas as

chamadas, fossem elas para o telefone fixo ou para o telemóvel dos Serviços. O

atendimento era sempre feito da mesma forma, tinha que ser dito “Serviços

Municipalizados da Guarda, bom dia, fala a Vera”, identificava-se o assunto e se não

pudesse ser tratado pela própria era encaminhado para outra extensão, uma vez que cada

setor tinha uma extensão interna própria. No caso de ser para anotar alguma leitura

(Ilustração 2), que era o mais frequente, era a estagiária que anotava, primeiro em papel e

posteriormente lançava-a informaticamente.

Ilustração 2 - Mapa de Leituras

Fonte: SMAS

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No caso de ser para relatar alguma fuga de água, falta de água ou saneamentos entupidos,

por exemplo, a estagiária pedia os dados ao cliente, o nome, código de cliente, morada e

contato e preenchia um formulário (anexo 4) que posteriormente entregava no Back-Office

que passava o serviço para o armazém dos SMAS.

À rececionista e neste caso à estagiária, cabia-lhe também anotar todas as chamadas

efetuadas pelo telefone ou telemóvel da receção (Ilustração 3) e as saídas de viaturas

(Ilustração 4), uma vez que era esta que possuía todas as chaves das viaturas que dava aos

condutores sempre que necessário.

Fonte: SMAS

Ilustração 4 - Registo de Saída de Viaturas

Fonte: SMAS

Ilustração 3 - Mapa de Chamadas Efetuadas

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Na receção e no BackOffice, a estagiária tinha ao seu dispor programas como o

AQUAMATRIX (Ilustração 5), em que a base de dados dos clientes se encontra na Empresa

Portuguesa de Águas Livres, S.A. (EPAL), em Lisboa, pelo que o acesso era feito

remotamente por uma rede virtual privada, VPN (Ilustração 6). Cada funcionário dos

SMAS tem um user name/utilizador e uma password pois só assim é possível aceder aos

dados dos clientes.

Ilustração 5 - Página Inicial AQUAMATRIX

Fonte: Programa AQUAMATRIX

Ilustração 6 - Página Inicial VPN

Fonte: VPN

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2.3. Contabilidade

2.3.1. Plano Oficial da Contabilidade das Autarquias Locais

A contabilidade nos SMAS é elaborada com base no POCAL, o qual, é uma adaptação do

Plano Oficial de Contabilidade Pública à Administração Local (artigo 6.º n.º2 da lei

n.º42/98, de 6 de agosto).

Este sistema contabilístico é diferente do estudado no curso de Gestão, Sistema de

Normalização Contabilística (SNC), pelo que a estagiária achou pertinente fazer uma

abordagem ao mesmo.

O POCAL foi aprovado pelo Decreto-Lei n.º54-A/99, de 22 de fevereiro, sofreu uma

primeira alteração com a Lei n.º162/99, de 14/09, foi novamente alterado pelo Decreto-Lei

n.º315/2000, de 02/12, e teve ainda uma terceira alteração com o Decreto-Lei n.º84-

A/2002, de 05/04.

Tem como objetivos:

Apoiar a tomada de decisões estratégicas no âmbito da orçamentação plurianual;

Apoiar o controlo da atividade financeira da administração local;

Reforçar a transparência da situação financeira e patrimonial das autarquias;

Reforçar a utilização pelas autarquias locais das novas técnicas de gestão;

Reforçar a transparência das relações financeiras das autarquias.

O POCAL é obrigatoriamente aplicável a todas as autarquias locais e entidades equiparadas

e engloba a Contabilidade Orçamental, a Contabilidade Patrimonial e a Contabilidade

dos Custos. Visa constituir um instrumento fundamental de apoio a uma gestão económica,

eficiente e eficaz das atividades desenvolvidas pelas autarquias locais, no âmbito das suas

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atribuições, permitindo um conhecimento integral e exato da composição do património

autárquico e do contributo deste para o desenvolvimento das comunidades locais.

Relativamente aos três sistemas referidos:

Contabilidade Orçamental

Proporciona a informação gerada pelas diferentes fases de execução do

orçamento autárquico, ou seja, regista operações visando o controlo da execução

do orçamento.

Contabilidade Patrimonial

Revela informação relativa aos bens da autarquia local e aos direitos de longo,

médio ou curto prazo;

Revela a situação dos fundos patrimoniais e das obrigações de longo, médio e

curto prazo;

Regista ainda operações visando relatar a situação financeira e patrimonial e o

resultado anual económico da entidade.

Contabilidade de Custos

Permite registar as operações financeiras internas da autarquia local;

Estabelecer o controlo mais direto e pormenorizado da sua atividade, por forma

a facilitar a tomada de decisão dos órgãos autárquicos, designadamente ao nível

de fixação de preços, taxas e tarifas.

Este sistema contabilístico rege-se por princípios e regras orçamentais e por princípios

contabilísticos, os primeiros relacionados com a elaboração e a execução dos documentos

previsionais e os segundos aplicáveis à informação económico-patrimonial.

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Princípios orçamentais4

Na elaboração e execução do orçamento das autarquias locais devem ser seguidos os

seguintes princípios orçamentais:

a) Princípio da independência – a elaboração, a aprovação e a execução do

orçamento das autarquias locais é independente do Orçamento do Estado;

b) Princípio da anualidade – os montantes previstos no orçamento são anuais,

coincidindo o ano económico com o ano civil;

c) Princípio da unidade – o orçamento das autarquias locais é único;

d) Princípio da universalidade – o orçamento compreende todas as despesas e

receitas, inclusive as dos serviços municipalizados, em termos globais, devendo o

orçamento destes serviços apresentar-se em anexo;

e) Princípio do equilíbrio – o orçamento prevê os recursos necessários para cobrir

todas as despesas e as receitas correntes devem ser pelo menos iguais às despesas

correntes;

f) Princípio da especificação – o orçamento discrimina suficientemente todas as

despesas e receitas nele previstas;

g) Princípio da não consignação – o produto de quaisquer receitas não pode ser afeto

à cobertura de determinadas despesas, salvo quando essa afetação for permitida

por lei;

h) Princípio da não compensação – todas as despesas e receitas são inscritas pela

sua importância integral, sem deduções de qualquer natureza.

Princípios contabilísticos

Princípios contabilísticos fundamentais a seguir formulados devem conduzir à obtenção de

uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira, dos resultados e da execução

orçamental da entidade:

4 Informação retirada do Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de Fevereiro

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a) Princípio da entidade contabilística – constitui entidade contabilística todo o ente

público ou de direito privado que esteja obrigado a elaborar e apresentar contas de

acordo com o presente Plano. Quando as estruturas organizativas e as

necessidades de gestão e informação o requeiram, podem ser criadas subentidades

contabilísticas, desde que esteja devidamente assegurada a coordenação com o

sistema central;

b) Princípio da continuidade – considera-se que a entidade opera continuamente,

com duração ilimitada;

c) Princípio da consistência – considera-se que a entidade não altera as suas

políticas contabilísticas de um exercício para o outro. Se o fizer e a alteração tiver

efeitos materialmente relevantes, esta deve ser referida de acordo com o anexo às

demonstrações financeiras (nota 8.2.1);

d) Princípio da especialização (ou do acréscimo) – os proveitos e os custos são

reconhecidos quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu recebimento

ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos períodos a

que respeitem;

e) Princípio do custo histórico – os registos contabilísticos devem basear-se em

custos de aquisição ou de produção;

f) Princípio da prudência – significa que é possível integrar nas contas um grau de

precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de incerteza sem, contudo,

permitir a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada

quantificação de ativos e proveitos por defeito ou de passivos e custos por excesso;

g) Princípio da materialidade – as demonstrações financeiras devem evidenciar todos

os elementos que sejam relevantes e que possam afetar avaliações ou decisões dos

órgãos das autarquias locais e dos interessados em geral.

h) Princípio da não compensação – os elementos das rubricas do ativo e do passivo

(balanço), dos custos e perdas e de proveitos e ganhos (demonstração de

resultados) são apresentados em separado, não podendo ser compensados.

O POCAL define dois regimes de organização contabilística: um regime completo e um

regime simplificado.

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25

As entidades cujo movimento de receita seja inferior a 5000 vezes o índice 100 da escala

indiciária das carreias do regime geral da função pública podem optar por um regime

simplificado, que se traduz basicamente pela não utilização do Diário, do Razão, de

Balancetes e de Balanço, devendo optar pelos de escrituração permanentes previstos no

POCAL.

A grande diferença entre os dois regimes resulta do tipo de organização contabilística a que

estão obrigados, já que as autarquias locais sujeitas ao regime simplificado aplicam

unicamente a Contabilidade Orçamental e as autarquias locais sujeitas ao regime completo

utilizam, de uma forma articulada, a Contabilidade Orçamental, a Contabilidade

Patrimonial e a Contabilidade de Custos.

2.3.2. A Despesa

A Despesa envolve os setores do Aprovisionamento, da Contabilidade e da Tesouraria.

Esta, passa por 5 etapas:

Cabimento – feito quando há autorização para a despesa ser feita;

Compromisso – é quando se elabora requisição/encomenda ou contrato;

Processamento – nesta fase há a emissão da respetiva fatura;

Liquidação – é dada a ordem de pagamento;

Pagamento – depois de efetuado o pagamento há a emissão do respetivo recibo.

Recebida a fatura do fornecedor, passa pela secção de expediente onde é enumerada e

inserida na base de dados que controla todos os documentos que entram ou saem dos

SMAS. Depois é entregue no Aprovisionamento que a confronta com a requisição. Após

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ser conferida e validada, a requisição é agrafada à fatura bem como qualquer informação

adicional. Posteriormente esta fatura segue para a Contabilidade onde se procede à sua

classificação, registo contabilístico e numeração.

Enquanto as faturas aguardam a Ordem de Pagamento, as faturas são arquivadas na

Contabilidade na pasta Faturas Pendentes.

2.3.3. A Receita

Para que haja o reconhecimento de uma receita é preciso cumprir três requisitos básicos:

Produção de um facto que tenha dado origem ao nascimento de um direito a cobrar;

Existência de um valor certo, determinado e datado;

Devedor individualizado e determinado.

A Receita passa pelas seguintes etapas:

Faturação - depois dos colaboradores efetuarem as leituras dos contadores, a

secção da Faturação emite as respetivas faturas;

Cliente - a fatura é enviada ao cliente e há lugar à emissão de receita virtual;

Pagamento - existência de 5 modalidades ao dispor: débito direto, CTT, payshop,

numa Automatic Teller Machine (ATM), denominada internamente por Sociedade

que gere a rede Multibanco Portuguesa (SIBS) ou ainda nos SMAS;

Tesouraria - criação de um mapa para cada uma das modalidades de pagamento

que resume as cobranças efetuadas; Anexação de todos os documentos que formam

o Diário de Tesouraria;

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Contabilidade: recebimento, classificação dos documentos e lançamento

informático.

O Diário de Tesouraria é constituído por:

Documentos entregues na Tesouraria pelos colaboradores do atendimento;

Mapa Diário da Tesouraria;

Mapas de Cobrança de SIBS, CTT, Payshop;

Depósitos e Transferências Bancárias;

Ordens de Pagamento;

Comprovativos de recebimento TPA (Terminal de Pagamento Automático) do

atendimento.

A Receita pode-se dividir-se em:

Receita Eventual;

Receita Virtual.

A Receita Eventual é aquela em que se procede de imediato à cobrança da fatura emitindo

assim a guia de recebimento, ou seja, há uma entrada imediata de dinheiro em caixa.

Já a Receita Virtual acontece quando as faturas são colocadas à disposição do cliente para

este efetuar o pagamento dentro de um determinado prazo.

Controlo Interno5

“O sistema de controlo interno a adotar pelas autarquias locais engloba, designadamente,

o plano de organização, políticas, métodos e procedimentos de controlo, bem como todos

os outros métodos e procedimentos definidos pelos responsáveis autárquicos que

contribuam para assegurar o desenvolvimento das atividades de forma ordenada e

5 Elaborado com base no Decreto-Lei n.º 54-A/99 de 22 de fevereiro

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eficiente, incluindo a salvaguarda dos ativos, a prevenção e deteção de situações de

ilegalidade, fraude e erro, a exatidão e a integridade dos registos contabilísticos e a

preparação oportuna de informação financeira fiável.

Os métodos e procedimentos de controlo devem visar os seguintes objetivos:

a) A salvaguarda da legalidade e regularidade no que respeita à elaboração,

execução e modificação dos documentos previsionais, à elaboração das

demonstrações financeiras e ao sistema contabilístico;

b) O cumprimento das deliberações dos órgãos e das decisões dos respetivos titulares;

c) A salvaguarda do património;

d) A aprovação e controlo de documentos;

e) A exatidão e integridade dos registos contabilísticos e, bem assim, a garantia da

fiabilidade da informação produzida;

f) O incremento da eficiência das operações;

g) A adequada utilização dos fundos e o cumprimento dos limites legais à assunção de

encargos;

h) O controlo das aplicações e do ambiente informáticos;

i) A transparência e a concorrência no âmbito dos mercados públicos;

j) O registo oportuno das operações pela quantia correta, nos documentos e livros

apropriados e no período contabilístico a que respeitam, de acordo com as decisões

de gestão e no respeito das normas legais.”

A aplicação do POCAL obriga à aprovação de um Sistema de Controlo Interno. Em relação

aos SMAS Guarda, este pode ser consultado no site www.smasguarda.com.

Neste documento são abordadas diversas matérias tais como as despesas, as receitas,

procedimentos a adotar em relação aos cheques, bancos, as responsabilidades do tesoureiro

e ainda os critérios de valorimetria adotados.

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2.3.4. Classificação de Documentos

A estagiária tinha como tarefa, na secção de Contabilidade dos SMAS, a classificação de

documentos. Tal classificação era feita de acordo com os princípios e regras do POCAL,

através da Classificação Orçamental e Patrimonial do POCAL6.

Por exemplo, a contabilização de uma fatura da água era feita da seguinte forma (Tabela 1):

Tabela 1 - Contabilização Fatura da Água

Descrição Débito Crédito

Venda de água 71112

IVA 6% 2433111

Quota de disponibilidade 7120702090904

IVA 6% 2433111

Tarifa de saneamento 712070090104

Taxa de Recursos Hídricos –

Água

7240401239903

IVA 6% 2433111

Taxa de Recursos Hídricos –

Saneamento

724041239903

Clientes c/c 211

O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) só incide sobre a Taxa de Recursos Hídricos

(TRH) referentes à água.

Para além dos valores anteriormente referidos, é ainda cobrado pelos SMAS, o valor da

Taxa de Resíduos Sólidos (TRS), ainda que este não seja um rendimento dos serviços, uma

6 Pode ser consultada em http://www.ccdr-lvt.pt/pt/classificadores-e-plano-de-contas/8166.htm visitado em dezembro 2014

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vez que é entregue à Câmara Municipal da Guarda. É então creditada a conta 2642111, uma

conta de municípios, como se pode ver na Tabela 2.

Tabela 2 - Taxa de Resíduos Sólidos

Descrição Débito Crédito

Taxa de Resíduos Sólidos 2114 2642111

Cada um dos funcionários dos SMAS da área de atendimento tem um número próprio que é

acrescentado ao caixa principal (111), que forma assim os caixas secundários. Por exemplo,

1119 – GDAVNEVES.

No mapa de cobrança diário de cada um dos funcionários do atendimento, a informação

relativa ao pagamento das faturas é organizada pelo mês a que estas dizem respeito.

A classificação é feita de acordo com a Tabela 3:

Tabela 3 - Liquidação de Faturas

Descrição Débito Crédito

Liquidação de Faturas 111X

2111207

21114207

A conta 211, que diz respeito aos Clientes, é subdividida em duas contas uma vez que a

TRS vai ser posteriormente paga ao município.

Caso o período de liquidação diga respeito a anos anteriores, excluindo o ano

imediatamente anterior, creditam-se as contas 218121 e 218132 e debita-se a 111X com a

soma das primeiras.

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Se o período de liquidação for respeitante ao primeiro semestre do ano anterior, creditam-se

as contas 218122 e 218131 e debita-se a 111X, consoante o funcionário do atendimento,

pela soma.

Caso o período de liquidação diga respeito ao segundo semestre do ano anterior, creditam-

se as contas 2111103 e 2114103 e debita-se a 111X pela soma.

Quando as faturas não são pagas dentro do prazo, há lugar ao pagamento de juros de mora.

Na conta destes juros, 7811, nunca se acrescenta o mês a que dizem respeito. São somados

todos os juros constantes no mapa diário e classificam-se conforme o descrito na Tabela 4.

Tabela 4 - Juros de Mora

Descrição Débito Crédito

Juros de Mora 1111 7811

Os valores das classificações no diário do caixa de cada um dos funcionários do

atendimento são depois transferidos para o caixa principal, 1111, como mostra a Tabela 5.

Tabela 5 - Transferência do Caixa

Descrição Débito Crédito

Transferência do Caixa 1111 111X

A liquidação de uma fatura pode ser feita nos SMAS, nos funcionários do atendimento, tal

como apresentado nas situações anteriores, ou então por SIBS, Payshop, ou CTT, que dão

então origem a um mapa diário como os do atendimento.

Estes mapas são enviados para a Contabilidade onde são classificados e lançados

informaticamente.

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Estes recebimentos não entram fisicamente em caixa mas sim na conta bancária e no final

do dia faz-se a transferência do valor total para uma conta de bancos como se pode ver na

Tabela 6.

Tabela 6 - Transferência SIBS

Descrição Débito Crédito

Transferência SIBS 120X 1111

Cada banco tem uma determinada conta associada, que é adicionada à conta geral de

bancos. Por exemplo 120101 corresponde à Caixa Geral de Depósitos.

Quando os clientes efetuam o pagamento através do multibanco é simulada uma entrada em

caixa e posteriormente tem que ser feita a respetiva transferência para o banco conforme

está descrito na Tabela 7.

Tabela 7 - Transferência do saldo TPA

Descrição Débito Crédito

Transferência do saldo TPA 120X 1111

Cada vez mais os clientes dos SMAS se dirigem aos serviços por não conseguirem pagar a

fatura da água na sua totalidade. Nestes casos podem pedir que lhe dividam a fatura em

prestações. Quando as respetivas prestações são pagas é movimentada a conta 2152 -

Pagamento a Prestações. Na Tabela 8 pode ver-se como se processa um pagamento a

prestações.

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Tabela 8 - Pagamento em Prestações

Descrição Débito Crédito

Pagamento 1ª prestação 1119 2152

Pagamento 2ª prestação 1112 2152

Quando há lugar ao pagamento da última prestação, a conta 2152 é saldada. Para tal, faz-se

o apresentado na Tabela 9.

Tabela 9 - "Devolução" ao cliente

Descrição Débito Crédito

“Devolução” ao cliente 2152 1111

Por fim, é emitida uma guia de recebimentos pelo valor total da dívida, ou seja, é feita uma

liquidação da dívida como anteriormente visto na Tabela 3.

Pode ocorrer que um cliente por equívoco pague a mesma fatura duas vezes. Se tal

acontecer é enviada uma carta ao mesmo a informar do sucedido e a pedir que este se

desloque aos Serviços para que seja reembolsado. Quando tal acontece é necessário efetuar

os seguintes movimentos (Tabela 10):

Tabela 10 - Pagamento em Duplicado

Descrição Débito Crédito

Pagamento em Duplicado 1111 2151

O cliente dirige-se aos Serviços e é então reembolsado na Tesouraria. Quando tal acontece,

na Contabilidade, é saldada a conta 2151, como se pode ver na Tabela 11.

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Tabela 11 - Reembolso do Pagamento em Duplicado

Descrição Débito Crédito

Reembolso Pagamento em

Duplicado

2151 1111

As classificações de documentos não eram apenas relativas às Liquidações de Faturas da

água mas também relativas aos serviços disponibilizados pelos SMAS. A estagiária

classificou documentos relativos à Construção de Ramal de Saneamento e de Água,

Limpeza de Fossa e também Ligação ou Restabelecimento de Água.

Na Tabela 12 está descrita a contabilização da Construção de um Ramal de Água.

Tabela 12 - Construção de Ramal de Ligação de Saneamento

Descrição Débito Crédito

Construção Ramal de

Saneamento

1116

26812207

2433113

A conta 26 diz respeito a Outros Devedores e Credores e a 24331 diz respeito ao IVA

liquidado.

A classificação da Construção de um Ramal de Água é feita conforme a Tabela 13.

Tabela 13 - Construção de Ramal de Ligação de Água

Descrição Débito Crédito

Construção Ramal de Água 1116

26811207

2433113

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Na Tabela 14 está representado como se contabiliza uma Limpeza de Fossa e na Tabela 15,

uma Ligação ou Restabelecimento de Água. A conta 213 apresentada nas mesmas Tabelas

diz respeito a Clientes.

Tabela 14 - Limpeza de Fossa

Descrição Débito Crédito

Limpeza de Fossa 111X

2131207

2433113

Tabela 15 - Ligação ou Restabelecimento de Água

Descrição Débito Crédito

Ligação ou

Restabelecimento de Água

111X

2139

2433113

Recomendações

No sentido da uniformização de todos os procedimentos adstritos aos SMAS seria

benéfico, por uma questão de imagem e eficiência, a obtenção de certificação,

segundo a norma ISO 9001, aplicada ao processo produtivo.

A norma 9001 é uma referência internacional para a certificação de Sistemas de

Gestão da Qualidade (SGQ) e a implementação desta seria elucidativo quanto à

preocupação dos SMAS prestarem continuamente um bom serviço aos seus clientes,

assegurar a melhoria permanente dos serviços prestados e consequentemente a

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satisfação dos clientes. Os SMAS do Montijo, por exemplo, já se encontram

certificados segundo esta norma.

A estagiária considera que também seria benéfico, a intensificação da formação

profissional de todos os funcionários dos SMAS, o que permitiria uma melhoria da

eficiência dos serviços e da sua imagem.

Para melhor receber os novos funcionários deveria existir um manual de

acolhimento que fornecesse informações detalhadas sobre a sua integração na

organização. Quanto melhor for o acolhimento do novo funcionário melhor será o

seu desempenho. Também seria boa ideia a existência de um tutor para orientar o

novo funcionário (estagiário).

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Considerações Finais

A estagiária considera que esta experiência foi muito enriquecedora, não só a nível

profissional como pessoal. Teve pela primeira vez em contato com o mundo do trabalho e

com os encargos que o mesmo acarreta. Foi-lhe dada imensa responsabilidade, o que

também lhe causava muita ansiedade mas que, como já referido anteriormente, acabou por

ser bastante enriquecedor.

Desde início, a estagiária ficou encarregue de abrir os SMAS e garantir que tudo estava

pronto para a chegada dos funcionários e dos clientes. Desempenhava as funções de

rececionista, sempre com o maior empenhamento, e apesar das dificuldades iniciais

considera também que foi onde evoluiu mais.

A estagiária também teve a responsabilidade de fazer a classificação de inúmeros

documentos na secção da Contabilidade. Essa classificação podia obrigar ao desperdício

muitas horas de trabalho caso não fosse bem executada. Era feita com base no POCAL,

sistema contabilístico diferente do estudado pela estagiária aquando da sua Licenciatura em

Gestão e, como tal, teve que aprender e desenvolver conhecimentos nesta área durante o

período de estágio. Apesar disso, considera que as tarefas que lhe foram entregues foram

sempre desempenhadas com muita dedicação e sentido de responsabilidade.

É da opinião da estagiária, que podia ser integrado no plano de estudos da licenciatura em

Gestão algum conteúdo sobre as autarquias locais, nomeadamente o POCAL, em forma de

seminário, por exemplo.

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Bibliografia e Webgrafia

Carvalho, Fernandes, & Teixeira. (2006). POCAL comentado. Rei dos livros, Lisboa.

CCDRN. (s.d.). Visitado em novembro de 2014, de http://www.ccdr-

lvt.pt/pt/classificadores-e-plano-de-contas/8166.htm

Decreto-Lei n.º54-A/99 de 22 de fevereiro. (s.d.).

Despacho n.º 6233/2013, Diário da República, 2.ª série — N.º 91 — 13 de maio de 2013.

(s.d.).

Diário da República Eletrónico. (s.d.). Visitado em novembro de 2014, de www.dre.pt/

Direção Geral das Autarquias Locais. (s.d.). Visitado em novembro de 2014, de

http://www.dgaa.pt/

INE. (s.d.). Visitado em novembro de 2014, de http://www.ine.pt/

Mun. Guarda. (s.d.). Visitado em novembro de 2014, de http://www.mun-guarda.pt/

SMAS Guarda. (s.d.). Visitado em outubro e novembro de 2013, de www.smasguarda.pt

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Índice de Anexos

Anexo 1 - Documento Celebração Contrato ...................................................................................................40

Anexo 2 - Documento Rescisão de Contrato ..................................................................................................43

Anexo 3 - Tarifários Sociais ...............................................................................................................................45

Anexo 4 - Formulário Receção ..........................................................................................................................47

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Anexo 1 - Documento Celebração Contrato

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Anexo 2 - Documento Rescisão de Contrato

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Anexo 3 - Tarifários Sociais

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Anexo 4 - Formulário Receção

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