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ISO TS - Padronizacao e Garantia de Qualidade No Processo - 2012

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ISO TS

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    NORMA ISO TS 16.949

    PADRONIZAO E GARANTIA DE QUALIDADE NO PROCESSO

    Ana Cludia Valini da SILVA1

    Fbio Alves de SOUZA1

    Jos Antnio CATELANI1

    Joseane Soares BARBOSA1

    Mrcia Moreno Quilis da CRUZ1

    Renato Francisco Saldanha da SILVA2

    Magali Rodrigues MALDONADO

    Resumo

    Esse artigo cientfico vem mostrar a importncia e os benefcios de uma certificao Norma

    ISO TS 16949 e seus requisitos, assim como, demonstrar sua aplicao, origem e evoluo

    dentro das organizaes fornecedoras do segmento automotivo. dado foco especial para o

    processo de auditoria e suas etapas como: programao, execuo e resultados, desde a

    reunio de abertura, que o incio, at a reunio de fechamento, que compreende a finalizao

    de todo o processo.

    Palavras-Chave: ISO TS 16949.Auditoria.Automotivo. Norma

    Abstract

    This scientific articlecomes show the importance and benefits of ISO TS 16949 Certification

    and her requirements, as well, show the application, origin and evolution whitenthe

    organizations suppliers the automotive segment. Special focus is given to the audit process

    and its stages as: programming, implementation and results from the opening meeting, which

    is the beginning, until the closing meeting, which includes the completion of the entire audit

    process.

    Keywords: ISO TS 16949.Audit. Automotive. Standard

    ________________

    1 Graduandos CEUNSP, curso Gesto da Qualidade, Turma 2012.

    2 Professor(a) CEUNSP, Itu/SP. Orientador(a) TCC.

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    INTRODUO

    A Norma ISO TS 16949 surgiu em meados de 2002, criada pelo grupo International

    Automotive Task Force (IATF), substituindo a j existente QS 9000. Atualmente j est em

    sua terceira edio 2010. As empresas pioneiras a utilizarem a ISO TS 16949 foram GM, Ford

    e Chrysler (ISO TS 16949:2010).

    uma Especificao Tcnica (TS - Technical Specification) e sua abordagem por

    processo e no por produto. Essa abordagem representada conforme o PDCA. considerada

    uma evoluo da Norma ISO 9001, porm com requisitos especficos para atender s

    montadoras de automveis. dividida em partes que trazem as especificaes de forma

    detalhada para atingir toda e qualquer operao que envolva a manufatura de itens que faam

    parte desse segmento da indstria. A conformidade a essa norma, ou seja, o atendimento de

    todos os seus requisitos, determina se uma empresa apta ouno a fornecer direta ou

    indiretamente para fabricantes do ramo automotivo.

    1 ESCOPO

    A Norma ISO TS 16949:2010 utilizada quando uma organizao necessita

    demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam de forma consistente os

    requisitos do cliente, requisitos estaturios e regulamentares aplicveis e que aumentem a

    satisfao do cliente no processo de melhoria continua do sistema, centros de distribuio que

    fazem parte da auditoria da planta, mas no podem obter especificao separada para esta

    especificao tcnica.

    Nessa norma os itens so genricos e aplicados em todas as organizaes

    independentemente do seu tipo, porte ou dos produtos que fornecem, quando no podem ser

    aplicados, podem ser considerados exclusos.

    2 SISTEMA DE GESTO DA QUALIDADE

    Tem como requisitos gerais: estabelecer, documentar, implantar, manter um sistema

    de gesto da qualidade e melhorar sua eficcia de acordo com os requisitos da norma. A

    organizao deve: determinar, sequenciar e inteirar os processos e assegurar que a operao e

    o controle sejam eficazes, ainda, assegurar a disponibilidade de recursos. A empresa deve

    estabelecer e manter um manual da qualidade que inclua o escopo do sistema, procedimentos

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    documentados estabelecidos e descrio da interao entre os processos do sistema de gesto

    da qualidade. Os documentos devem ser controlados e um procedimento documentado deve

    ser estabelecido para definir os controles necessrios. Antes da emisso, analisar criticamente,

    atualizar quando necessrio e que a distribuio seja controlada, evitando o seu uso no

    pretendido. A organizao deve ter um processo para anlise de documentos de forma crtica,

    sendo o mais rpido possvel, no excedendo duas semanas teis.

    Os registros devem ser estabelecidos e mantidos para se ter evidncias, ser legveis

    prontamente identificveis e recuperveis. Para se ter um controle necessrio para

    identificao, armazenamento, proteo, recuperao tempo de reteno e descarte dos

    registros, deve-se estabelecer um procedimento documentado.

    3 RESPONSABILIDADES DA ALTA DIREO

    A alta direo deve manter-se comprometida com o desenvolvimento,

    implementao e com a melhoria do sistema de qualidade atravs de uma poltica que tenha

    seus objetivos analisados criticamente e que deve ser comunicada e atendida por toda a

    organizao. Deve indicar um representante da organizao, com autoridade para assegurar

    que os processos sejam estabelecidos, implementados e mantidos. O representante do cliente

    est designado a assegurar que os requisitos do cliente tenham um direcionamento correto.

    Incluindo aes corretivas e preventivas, projeto e desenvolvimento do produto.

    Uma anlise das falhas de campo reais e potenciais e seu impacto devem ser inclusa

    nas entradas da analise crtica. Com a sada da anlise crtica devemos incluir quaisquer

    decises e aes relacionadas melhoria da eficcia do sistema.

    4 GESTO DE RECURSOS

    Devem ser determinados, pela empresa, recursos para que se tenha um sistema de

    gesto da qualidade eficaz, obtendo-se assim a satisfao do cliente. A organizao deve

    promover o pessoal com treinamentos ou aes, para que se execute um trabalho com

    competncia, atendendo os requisitos do produto. A organizao deve ter um processo para

    motivar os funcionrios para que eles atinjam os objetivos da qualidade e criem um ambiente

    de inovao. A organizao deve ter um processo para medir o quanto seu pessoal est

    consciente quanto importncia de suas atividades.

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    As operaes devem ser avaliadas e monitoradas. Deve-se ter um plano de

    contingncia, caso ocorra algum tipo de emergncia, como por exemplo, a quebra de algum

    equipamento chave. A organizao deve promover um ambiente de trabalho confortvel. Ela

    tem a responsabilidade de direcionar a segurana necessria para os empregados e manter

    suas instalaes em devida ordem, organizao e limpeza, para que se tenha um excelente

    processo de produo.

    5 REALIZAO DO PRODUTO

    As organizaes devem planejar e desenvolver os processos necessrios para a

    realizao do produto. Os requisitos do cliente e referncias tm suas especificaes tcnicas

    que devem ser includas no planejamento e realizao do produto como um componente do

    plano da qualidade. O Critrio de aceitao da organizao deve ser requerido e aprovado

    pelo cliente. Para amostragem de dados por atributo, o nvel de aceitao deve ser zero

    defeito.

    A organizao deve assegurar a confidencialidade de produtos e projetos contratados

    pelo cliente. A empresa tem que atender ao requisito estabelecido para uma anlise crtica

    formal. Deve ter foco na preveno de erro ao invs da deteco. Deve gerenciar planejar e

    controlar o desenvolvimento do projeto e do produto, assim determinar os estgios do projeto

    e seu desenvolvimento.

    As empresas devem determinar e incluir requisito de funcionamento e

    desenvolvimento estruturais e regulamentares aplicveis, identificar, documentar e analisar

    criticamente os requisitos de entrada de projeto do produto, projeto e processo de produo.

    O projeto e o desenvolvimento devem atender o requisito e sua entrada no

    planejamento. A organizao deve garantir que os produtos adquiridos estejam conforme os

    requisitos especificados de acordo com aquisio, com o controle aplicado ao fornecedor e ao

    produto.

    A organizao deve analisar e selecionar fornecedores e os critrios utilizados na

    seleo e avaliao devem ser estabelecidos e devem ser mantidos resultados de registros e

    avaliaes de quaisquer aes necessrias. Os requisitos estatutrios e regulamentares

    aplicveis devem ser atendidos por todos os produtos adquiridos ou materiais usados no

    produto. Os fornecedores da organizao devem ser certificados conforme ISO 9001: 2008

    por organismo certificador acreditado. O uso de fontes designadas pelo cliente no isenta que

    a organizao seja responsabilizada em assegurar a qualidade dos produtos adquiridos.

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    A organizao deve ter um processo para assegurar a qualidade do produto adquirido

    atravs de: inspeo de recebimento, avaliaes ou auditorias de segunda ou terceira parte,

    avaliao da pea por laboratrio designado. Deve monitorar seus fornecedores e seu

    desempenho. Planos de controle, com relao a sistema, subsistema, componente e/ou

    material para o produto fornecido, incluindo para processos de produo de material a granel

    assim como peas, devem ser desenvolvidos pela organizao.

    Preparaes para o trabalho (set-up) devem ser verificadas sempre que executadas. A

    organizao deve identificar os equipamentos chaves do processo. Quando as deficincias dos

    processos s ficarem aparentes depois que o produto esteja em uso ou o servio tenha sido

    entregue, a organizao deve validar quaisquer processos de produo e fornecimento de

    servio onde a sada resultante no possa ser verificada por monitoramento ou medio

    subsequente. Ferramentas de propriedade do cliente devem ser permanentemente marcadas de

    forma que a propriedade de cada item seja visvel e possa ser determinada, tais como

    equipamento e ferramental de inspeo, ensaios e produo.

    Durante o processamento interno e a entrega no destino pretendido a fim de manter a

    conformidade com os requisitos a organizao deve preservar o produto, a preservao deve

    incluir identificao, manuseio, embalagem, armazenamento e proteo. A preservao

    tambm deve ser aplicada s partes integrantes de um produto.

    A condio do produto em estoque deve ser avaliada em intervalos planejados

    apropriados a fim de detectar deteriorao. Um sistema de gerenciamento de inventrio, para

    otimizar os giros de estoque ao longo do tempo e assegurar rotatividade de estoque, deve ser

    usado pela organizao, tal como Primeiro Entra Primeiro Sai(PEPS) / First In First Out

    (FIFO). Produto obsoleto deve ser controlado de maneira similar ao produto no conforme.

    As medies a serem realizadas e os dispositivos de medio so necessrios para

    evidenciar a conformidade do produto com os requisitos determinados. Devem ser

    estabelecidos pela organizao processos para assegurar que medio e monitoramento sejam

    realizados e executados de uma maneira coerente com os requisitos de medio e

    monitoramento. Quando esse padro no existir, a base usada para calibrao ou verificao

    deve ser registrada, ajustado ou reajustado, quando necessrio, ter identificao para

    determinar sua situao de calibrao, protegido contra ajustes que possam invalidar o

    resultado da medio, e protegido de danos e deteriorao durante o manuseio, manuteno e

    armazenamento.

    Para fornecer evidncia da conformidade do produto aos requisitos, devem existir

    registros de calibrao/verificao para todos os dispositivos e equipamentos de medio e

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    teste necessrios Devem incluir: identificao do equipamento, incluindo padro de medio

    contra o qual o equipamento est calibrado, revises aps alteraes de engenharia, quaisquer

    leituras fora do especificado como recebido para calibrao/verificao, uma avaliao do

    impacto da condio fora de especificao, declarao de conformidade com a especificao

    aps calibrao/verificao e notificao ao cliente se produto ou material suspeito foi

    expedido.

    A organizao deve ter um escopo definido que inclua sua capacidade de executar os

    servios requeridos de inspeo, teste ou calibrao nas instalaes de laboratrio interno. O

    escopo do laboratrio deve ser includo na documentao do sistema de gesto da qualidade.

    Servios de inspeo, ensaio e calibrao realizados em instalaes de laboratrio

    externo/comercial/independente, usados pela organizao devem ter um escopo de laboratrio

    definido que inclua a capacidade de executar a inspeo, ensaio ou calibrao requeridos, e

    tambm deve existir evidncia de que o laboratrio externo aceitvel pelo cliente, ou o

    laboratrio deve ser credenciado conforme ISO/IEC 17025 ou norma equivalente nacional.

    6 MEDIO, ANLISE E MELHORIA

    A empresa deve fazer o planejamento e implementao dos processos de

    monitoramento, medio, anlise e melhoria para demonstrar conformidade aos requisitos do

    produto. Assegurar a conformidade do sistema de gesto da qualidade e para melhor

    continuamente a sua eficcia, determinando os mtodos aplicveis, as tcnicas estatsticas, e a

    extenso de seu uso. Deve tambm, determinar ferramentas estatsticas apropriadas para cada

    processo no planejamento avanado da qualidade e incluir no plano de controle e, ainda,

    compreender e utilizar os conceitos estatsticos bsicos, como por exemplo, variao, controle

    (estabilidade), capabilidade de processo e supercontrole.

    Medies de desempenho do sistema de gesto da qualidade atravs do

    monitoramento da percepo do cliente no que diz respeito ao atendimento dos requisitos

    desse. Monitorar a percepo do cliente (interno/externo) pode incluir: dados de entrada de

    fontes, como pesquisas de satisfao do cliente, qualidade da entrega dos produtos, opinio

    dos usurios, estudo de perda de negcios, elogios, reivindicaes de garantia e relatrios de

    revendedor. Monitorar a satisfao do cliente por avaliao contnua do desempenho dos

    processos.

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    Realizar auditorias interna sem perodos planejados e programa de auditoria dos

    processos e reas auditadas. Definir critrios da auditoria, escopo, frequncia e mtodos e

    assegurar objetividade e imparcialidade.

    O sistema de gesto da qualidade da organizao deve ser auditado. Cada processo

    produtivo da organizao deve ser auditado para que sua eficcia seja determinada. Todos os

    produtos devem ser auditados em suas vrias fases de produo at que seja entregue, a fim de

    que seja verificada a conformidade com todos os requisitos especificados, como por exemplo:

    dimenses, funcionalidade, embalagem e identificao do produto, numa periodicidade

    definida.

    A frequncia das auditorias internas deve ser aumentada quando ocorrerem no

    conformidades internas/externas ou reclamaes e, a auditoria deve ser feita por auditores

    internos da organizao qualificados quanto aos requisitos dessa Especificao Tcnica. Os

    processos do sistema de gesto da qualidade devem ser monitorados e medidos por mtodos

    adequados, a fim de evidenciar o alcance dos resultados planejados. Se esses no forem

    alcanados, devem-se efetuar correes atravs de planos de aes corretivas. Efetuar estudos

    em todos os processos, e os resultados desses estudos devem ser documentados. O plano de

    controle e o diagrama do fluxo de processo devem ser implementados.

    As caractersticas do produto devem ser medidas e monitoradas. A(s) pessoa(s)

    autorizada(s) a liberar o produto deve(m) ser indicada(s) nos registros. Deve ser efetuada

    inspeo de layout(Rehomologao) e verificao funcional conforme normas aplicveis de

    engenharia do cliente de material e de desempenho para cada produto conforme especificado

    no plano de controle. Devem estar disponveis para anlise crtica do cliente os resultados

    obtidos. Deve-se estabelecer e documentar um procedimento para definir controles,

    responsabilidades e autoridade relacionada para manusear produto no conforme.

    Os produtos no identificados ou suspeitos devem ser classificados como produtos

    no conformes. Quando o produto ou processo produtivo for diferente do atualmente

    aprovado, a organizao deve obter concesso ou permisso de desvio do cliente antes de

    processamento posterior.

    A organizao deve continuamente melhorar a eficcia do sistema de gesto da

    qualidade. A melhoria do processo de produo deve focar no controle e reduo da variao.

    As causas de no conformidades devem ser eliminadas atravs de aes corretivas que evitem

    a recorrncia. Deve ser estabelecido procedimento documentado para definir os requisitos

    para analisar criticamente as no conformidades. Deve ser definido um processo para soluo

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    de problemas que conduza identificao e elimine a causa raiz; Mtodos prova de erro

    devem ser usados pela organizao.

    Os itens rejeitados na produo, engenharia e distribuidores do cliente devem ser

    analisados pela organizao. Devem ser definidas aes preventivas para sanar as causas de

    no conformidades importantes de maneira a evitar sua ocorrncia. As aes preventivas

    devem ser adequadas aos efeitos dos problemas potenciais.

    7 APLICAO DA NORMA NBR ISO/TS 16949:2010 NA EMPRESA MAHLE

    METAL LEVE MIBA SINTERIZADOS LTDA

    O trabalho realizado na empresa MAHLE METAL LEVE MIBA SINTERIZADOS

    LTDA, unidade de Indaiatuba So Paulo, que produz e comercializa peas sinter7.1izadas. So

    produzidas peas como: componentes para motores, rotores de bombas dgua, garfos de

    acionamento, polias dentadas e engrenagens de correntes do eixo comando da vlvula,

    pistes, bielas, capa de mancal e placas de vlvulas.

    A MAHLE foi fundada em 1920 na Alemanha, na cidade de em Stuttgart, pelos

    irmos Hermann e Ernest Mahle, e produziam, em srie, os primeiros pistes em liga leve.

    Em 1951, um dos irmos, Hernest Mahle, vem para o Brasil e torna-se scio fundador da

    empresa Metal Leve, estabelecendo parceria e fornecendo tecnologia para o incio das

    atividades. Em 1978, a Mahle compra a empresa Cima Componentes Automotivos S.A. e

    inicia a construo da fbrica em Mogi-Guau (SP), que entrou em operao em 1981 e, a

    partir de 1989, alterou sua razo social para Mahle Indstria e Comrcio LTDA.

    A MAHLE est presente nos principais mercados do mundo. So 48.000

    colaboradores que trabalham em mais de 100 plantas produtivas e, em sete centros de

    pesquisa e desenvolvimento, localizados em vrias cidades do mundo inclusive e Jundia, So

    Paulo. Cerca de 2.400 engenheiros e tcnicos de desenvolvimento esto trabalhando em

    conceitos, produtos e sistemas inovadores para o desenvolvimento contnuo do trem de fora

    dos veculos.

    Atualmente, a MAHLE Miba lder no MERCOSUL na fabricao de componentes

    sinterizados com aplicao em motores, transmisses e outros sistemas automotivos, sendo

    fornecedor para os principais fabricantes de veculos. Tambm um dos maiores fornecedores

    mundiais de componentes sinterizados para compressores hermticos de refrigerao.

    Possui tecnologia de ponta e, uma linha completa de equipamentos e est estruturada

    para atender s necessidades dos clientes, estabelecendo, mundialmente, parcerias em

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    pesquisa e desenvolvimento, para oferecer solues make-to-order (fabricao conforme

    pedidos).

    Os produtos em ao sinterizado so fabricados a partir de ps metlicos compactados

    em matrizes fechadas, que conferem a forma e a geometria ao produto (compactao). Aps, a

    sinterizao, que acontece em forno sob temperaturas acima de 1100C, confere a resistncia

    mecnica especificada pelo produto, ou seja, sinterizao o processo pelo qual peas

    verdes (apenas compactadas e ainda frgeis) passam por determinada temperatura e

    adquire, assim, as especificaes desejadas.

    Esse processo gera produtos de geometrias especficas e com alta preciso

    dimensional, descartando operaes de usinagem necessrias em produtos fundidos e

    forjados. Por consequncia, o produto sinterizado ganha em competitividade do fundido e

    forjado, o que tem gerado constante crescimento do seu mercado. Aos com diversas

    composies e propriedades so utilizados para a manufatura, dependendo da aplicao das

    peas. Vrios tratamentos trmicos e superficiais foram desenvolvidos para garantir

    caractersticas especiais aos produtos.

    8 PROCESSO DE AUDITORIA CONFORME NORMA ISO TS 16949:2010

    O processo de auditoria inicia-se com o contato da instituio auditada junto

    empresa auditorano mnimo 30 dias antes da reunio de abertura. As partes definiro os

    critrios de auditoria, tanto o auditado quanto o auditor (conforme plano / agenda da

    auditoria). Aps a reunio de abertura, comea a auditoria junto alta direo, analisando

    dados sobre o que foi feito no ltimo ano e o que ser feito nos prximos 12 meses, incluindo

    recursos, procedimentos, responsabilidades e os objetivos a serem alcanados como

    ampliaes, compras de novos equipamentos, conforme itens 5.1 / 5.2 / 5.3 da Norma ISO

    TS 16949.

    Aps auditar a alta direo, segue o andamento da auditoria na documentao

    comercial, verificando os gerenciamentos de contratos de vendas, conforme item 7.2 da

    Norma ISO TS 16949. E seguida, a documentao de qualidade checada, para verificar a

    gesto de documentos conforme item 4.1 e 4.2 da Norma ISO TS 16949. Na sequncia so

    vistos os documentos de engenharia de produto e de processo a fim de se verificar o

    desenvolvimento de produto, processo e da eficcia de aes corretivas, conforme itens 7.1 /

    7.3 / 6.3 / 6.4 / 7.3.3.2 da Norma ISO TS 16949. O ltimo requisito de documentao, antes

    do Plant Tour, o da assistncia tcnica, fazendo-se a checagem com a verificao do

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    atendimento ao cliente e a gesto de reclamaes, conforme itens 7.2.3 / 8.5.2 da Norma ISO

    TS 16949.

    A equipe de auditoria deve passar por todos os turnos do processo produtivo

    comeando pela produo no 1, 2 e 3 turno para verificao de processamento de pedidos e

    sub processo de logstica, conforme itens 6.3 / 6.4 / 7.5 / 7.6 / 8.2.3 / 8.2.4 / 8.3 da Norma ISO

    TS 16949. Tendo finalizada a verificao do setor de produo, segue-se para a expedio

    para auditar a entrega do produto/faturamento, de acordo com item 7.5 da Norma ISO TS

    16949. Na sequncia, a equipe dirige-se para o setor da qualidade para avaliar os documentos

    internos de auditoria e de melhoria contnua de acordo com os itens 8.2.2 / 8.5.2 / 8.5.3/ 8.5.1

    Norma ISO TS 16949. Aps trmino da auditoria no setor de qualidade seguem para o setor

    da manuteno para verificao da gesto de infraestrutura/manuteno de acordo com item

    7.5.1.4 da Norma ISO TS 16949. Seguindo com o Plant Tour, dirigem-se para o setor de

    recursos humanos a fim de avaliar competncias e desenvolvimento dos funcionrios,

    verificao da eficcia da ao corretiva e dos planos de aes, conforme itens 6.2 e 6.2.2.2 da

    Norma ISO TS 16949. Por fim, o setor de laboratrio auditado, para averiguao da gesto

    dos meios de medio conforme item 7.6 da norma ISO TS 16949.

    Finalizado o processo de auditoria, os auditores e auditados discutem em comum

    acordo as pendncias e, se preparam para a reunio de encerramento na qual indicaro os

    pontos de melhorias e as no conformidades, se assim existir, dando a instituio o tempo de

    vinte dias para que possam desenvolver o plano de ao para sanar as pendncias em seu

    processo. Se a ao no for desenvolvida dentro deste perodo, corre-se o risco de perder o

    direito de continuar com a certificao podendo perder os clientes por falta de conformidade

    com a Norma ISO TS 16949. Se tudo for aprovado, ou seja, comprovada a conformidade com

    a Norma em questo, a empresa recomendada a recertificao e o certificado emitido pelo

    rgo auditor, com a validade de trs anos e, assim encerra-se por completo o processo de

    auditoria.

    CONSIDERAES FINAIS

    A Norma ISO TS 16949:2010 de aplicao especfica para a indstria automotiva e

    todos os envolvidos em sua cadeia de suprimentos, incluindo desde o fabricante da matria-

    prima bsica, at as empresas responsveis por embalagens e distribuio de itens mais

    variados possveis. Assim sendo, pode-se afirmar que a aplicabilidade da norma de vital

    importncia para a economia brasileira e mundial, j que a indstria de manufatura e

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    montagem de automveis s vem crescendo e contribuindo com a atual situao de

    prosperidade do pas.

    Existe uma forte tendncia de empresas de outros segmentos, que no do ramo de

    autopeas, a serem foradas a passarem a atender tambm a essa especificao, j que a

    mesma voltada a um controle por processos, possui requisitos mais exigentes e claros. Outra

    vantagem que a ISO TS 16949 obriga as organizaes a manterem registros e evidncias de

    toda e qualquer atividade voltada ao processo, projeto e produto.

    REFERNCIAS

    ABRANTES, Jos. Gesto da Qualidade. Rio de janeiro: Intercincia, 2009.

    ESPECIFICAO Tcnica NBR ISO TS 16949. Edio de 07/12/2010.

    SELEME, Robson; STADLER, Humberto. Controle da Qualidade Ferramentas Essenciais. Curitiba: IBPEX, 2008.