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Página 2 Sexta-feira, 14 de Setembro de 1045 O GLOBO SPOR1TVO

**¦¦

f-w $ m V wC f I <* "

Diretores: Roberto Marinho e Mario Rodrigues Filho - Gerente: llen-

S Ta^s - Secretario: Ricardo Serran. - Redação, admims-

tracao c ofl'nas: rua Bethenconrt da Silva, 21, 1.- andar, Rio de Janeiro.

51»*™ avulso para todo o Brasil: Cri 0*0. - Ass.naturas:anual, Cr$ 25,00; semestral, Crib 15»««-

CAMPEON ATODA CIDADE

Mantem-se empolgante o campeo-nato cai-ioca, que domingo próximoatingirá a rodada final do turno. Osioeos da rodada última acusaram avitoria dos rubro-negros no clássicoFla-Flu a do Vasco no embate como Madureira, a do Botafogo sobre oS§o Cristóvão e, por fim, a do Ame-rica sobre o Bonsucesso, num prelioem que os leopoldinenses chegaram aester vencendo por 3x0. Os detalhesda rodada foram estes:

HLAMENGO 2 x FLUMINENSE 1

Local: Gávea. Renda: Çr§ •¦-•¦¦•¦122 292 00. Juiz: Mario Viana, doaisde Biguá, no primeiro tempo, e Ge-raldino e Jarbas no segundo

FLAMENGO - Luiz Newton e No-rival- Biguá, Bria e Jayme; Adilson,Zizinho, Pirilo, Peracio e Jarbas.

FLUMINENSE - Batataes, Mora-les e haroldo; Vicentme, Pascoal eBigode- Pedro Amorim, Carango, oe-rafdino. Orlando e Rodrigues.

VASCO 4 x MADUREIRA 1

Local- Conselheiro Galvão. Renda:Cr* 74.163,00. Juiz: Aristides Figuei-ra Goals de Lelé (de penalty) e Ra-fanelli (de penalty), no primeiro tem-po e Lelé, Bidon e Spina (contra)no segvVido _„

VASCt) — Rodrigues, Sampaio e Ra-lunelli: Berascochéa, Ely e Argenun>;Santo Cristo, Lelé, Isaias. Ademir eC1MADURFIRA - Veliz, Danilo eAuíoESteves Spina e Castanheira,Pirombá, Moacyr, Bidon, Waldemar eEdgard.

BOTAFOGO 1 x S. CRISTÓVÃO 0

Local- Laranjeiras. Renda: CrS21 385,90. Juiz: Carlos Milstein.Goal de Heleno, no segundo tempo.

BOTAFOGO — Oswaldo, Laranjei-ra e Sarno; Ivan, Papetti e Cid; Rene,Tovar, Heleno, Tim e Franquito.

S. CRISTÓVÃO - Carlinhos, Mun-dinho e Florindo; índio, Neca e Mau-riSo; Cidinho, Mical, Geraldino. Nes-tor ê Magalhães.

AMERICA 4 x BONSUCESSO 3

Local: São Januário. Renda: Çr$12.057,10. Juiz: José Pereira Peixoto.Goals de Osny (contra) e Anito (dois)?endo um de penalty) no V™™0tempo e China (3) e Maneco, no 2°.

AMERICA - Vicente, Osny e Pau-lo- Itim, Danilo e Amaro; China,Maneco, César, Lima e Jorginho.

BONSUCESSO — Maneco, Borgese Laercio; Lilico, Pé de Valsa e Duca;Sobral, Brucheli, Anito, Ramos e Bo-1UAm'to,

Bolinha, Jorginho e César fo-ram expulsos de campo no segundotempo.

A SITUAÇÃO DO CERTAME

POSIÇÃO DOS CLUBES - Io Jas-

co coin dois pontos perdidos; 2° -

América e Botafogo ^om tresL3 7Flamengo, com quatro; 4o — FiumiSSe. com seis; 5° - São Cristóvãocom dez; 6° — Bangu e Canto üor£ com H; 1° - Madureira, com 14e 8o — Bonsucesso, com lb.

OS ARTILHEIROS - Io lu6?f-Heleno, com dez goals; £

- Adilson_ Lelé e China, com oito; 3° - Re

né, com sete; 4° - Franquito - Ce-sar e Menezes, com cmco; 5° -W

rUo - Zizinho — Ademir — Mical -

Rodri-ues e Durval, com quatro; 6¦

cSSndo - Carango - Jorginho -

XnSro e Moacyr (Bangú), com teto;ío _ Djalma — Bohnha --Chaco —

Iraneco - Vaguinho — Helmar -

Ses°- PascS (Canto do RroO -

Piscoal (Fluminense) — Gerson —

£X - Jarbas e Geraldino (Flumi-£?n£). com dois; 8°. - Moac^XMa-dureira) - Argemiro -Jayme

. Nelsinho - Wilson - Ruy - Jerve'

^

UM AS DO BASKET — ümudas grandes promessas para vencero campeonato de basketball da Wes-tern Conference, o quinteto deOhio State, acertou o passo na ver-dadeira estrada do título, depoisde um começo pouco animador.

O "coach" Harold Olsen equiM-brou o team de tal forma, que nãoexiste um só de seus componentesque não tenha participado de umjogo universitário. O primeiro"test" foi contra o quadro de Iowa,

, «a in tnra de ação. Isto porem não se deu.

gistval comoção *£$££%%£$ eTar™ fimU-,.ger, Amola Itisen, Paul Hutsen W""?> er»

substituto, pas-

£ ^Í^^W^SS^ a caoa —,

sua chamada.

RATCH DA SEMANA0 «W *a semana ficou dos melhores, com a contri.mjcao de «le-v w«a^ , Tr£<i do Flamengo, dois do Jfcluminense, u«»

^^S^J?S^^^0 Adem, c ™.BIGUÁ, O CRACK

^ a c^«,«n»i Pela sua performance de domingo, o

*

A NOSSA CAPA — Peracio reapa-receu no "onze" rubro-negro, atuandono Fla-Flu. Embora não tenha deser-volvido performance de classe, demons-trou possuir as qualidades que o fize-ram famoso. A torcida vibrou com assuas intervenções, aplaudindo-o demo-radamente. Antes do inicio do match,Peracio foi homenageado pelo tri-cam-

peão, recebendo uma lembrança do clu-be. B é da homenagem, o flagrante queaparece na nossa capa de hoje.

I^BgÉllNg^K^: ' IWs^r'iHB^J -''-'y&--*yv "tf- -¦¦>t-X TfTgr^HWBr' Th < I

ARTIGOS DE ESPOBTB»

CASA

ÍB, Fraca TiradenU», tf

ABERTA ATÉ 22 HORAS

(Continua na. página 1*\

CAMPEONATOPAULISTA

Com os resultados da décima pri-meira rodada do returno, ficou pra-ticamente definido o campeonato pau-lista. Derrotando o Comercial, en-auanto o Corintians baqueava ante tSantos, o São Paulo avantajou-seseis pontos na liderança. B como naoé de se esperar que o tricolor venliaa perder todos os jogos que lhe res-tam — Ipiranga, Palmeiras e Portu-guesa Santista - poder-se-à desde jáconsiderá-lo como o campeão de 4o.Nos outros jogos da rodada, o Pai-meiras passou pelo Juventus e a For-tuguesa de Desportos e o S. P. K.derrotaram, pelo mesmo score —¦ 4xO— o Ipiranga e a Portuguesa Santas-ta. Os detalhes dos jogos foram estes:

SÃO PAUDO 2 X COMERCIAL 1

Renda: Cr$ 62.617,00. Juiz: JoãoEtzel. Goals de Leonidas, Agostinho eTeixeirinha, todos no segundo tempo.

SAO PAULO - Gijo, Piolin e Ren-ganeschi; Ruy, Zarzur e Noronha(Sastre); Luizinho, Sastre Leonidas,Remo e Teixeirinha.

COMERCIAL — Tufiy, Maioral ejaú- Ulisses, Bugre e V.\;awo; Agos-tinho, Farid, Romeuzinho, Paulo eOswaidinho.

Noronha deixou o campo coniun-dido na fase final.

SANTOS 2 x CORINTIANS 1

Renda: Cr$ 29.715,00. Juiz: JorgeMiíruel Goals de Antoninho, ZecaFerreira e Servilio, todos no Io tempo.

CORINTIANS — Bino, Ariovaldo eBegliomine; Palmer, Hélio e Aleixo;Hercules, Milani, Servilio, Eduardinho6

SANTOS — Joel, Artigas e Toni-nho; Nenê, Ayala, e Alberünho; Jor-ginho, Zeferino, Zeca Ferreira, Anto-ninho e Rubens.

PORTUGUESA DE DESPORTOS 4X IPIRANGA 0

Renda: Cr$ 15.410,00. Juiz: JoséCruz Goais de Pinga e Reginaldo.no primeiro tempo, e Nininho e Ar-tur, no segundo. ,

PORT. DESPORTOS — Caxambu,Lorico e Ferreirinha; Luizinho, Mane-ião e Hélio; Nininho, Arthur, Garcia,Pinga e Reginaldo.

IPIRANGA - Oswaldo, Lulú e Sa-polio- Garro, Füola e Sapohnho; Al-do, Lupercio, Reinaldo, Nenê e Du-zentos.

PALMEIRAS 2 x JUVENTUS 1(NO SÁBADO)

Renda: Cr§ 36.914,00. Juiz: Rodol-fo Wenzel. Goals de Ferrari' e Og(de penalty) no primeiro tempo, e Ca-nhotinho, no segundo.

PALMEIRAS — Oberdan, Caeira eAlberto; Og, Túlio e Fiume; Osvral-dinho, Lima, Vüadoniga, Canhotinhoe Mantovani.

JUVENTUS — Chiquinho, Diogo eMachado; Moacyr, Covelli e Curti;Ferrari, Juan Carlos. Niquinho, Pauloe Zali.

S P R. 4 x PORT. SANTISTA 0(NA SEXTA-FEIRA)

RENDA: Cr$ 2.147,00. Juiz: JorgeMiguel. Goals de Passarinho (2),Fidel e Sã.

S. p. R. — Ivo, Rubens e Moacyr;Goriicz, Jango e Inglês; Sã, Pestana,Fidel, Passarinho e Vicente.

PORT. SANTTSTA — Cyro, Gui-lherme e Squarza; Ary Silva, Bran-dáozinho e Antero; Renato, Orlan-do, Paiva, Olegario e Mario Miranda.

A SITUAÇÃO DO CERTAME

POSIÇÃO DOS CLUBES — Io Í«T«ar — São Paulo, com três pontosperdidos- 2o — Corintians, nove; 3— Palmeiras, com 10; 4» — Portu-guesa de Desportos, com 12; 5o —Santos e Jabaquara, com 20; 6° —Ipiranga e S. P. R-, com 21; 7° —Juventus, com 23; 8° — Comercial,com 25, e 9o — Portuguesa santista,com 28. m

(Continua na pagina li)

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~'-rr "V', '¦'¦'' -''"'~y"

O UliOfiM» SV0KT1Y0 Sexto-feira, 14 de Setembro de 11M& Página 3

MARIO f7. ^ ^l ^ ; m. «"á^S_^^.0U_à

«¦miirmr 1««——«iiii««iii»mi«gy'««m''"»Mmi'l'l"'ll''iyi i

a Ft js_ _*¦¦_.

„t/n2o Koehler percorreu co,,, os olhosa"Gazel^deuntirias" Rio de Janeiro, domingo, 11 det setembro

. .S Serra rwsso-íaponeso, »iau/ra«lp em Nt erot. Lo-ífwiífn Amor Teatro Apoio, rua do Lavradw. "Vocês -

K^nrs^'^^S_™£w« r- /i da Tiítícà ainda o ouíro dia — N«o poac str .2po?» «íà Sen ? a8 „a Gazeta - Al/redo KoeMg^on-tirarão jomaTdobrado em canada^^J&g,

/rc,f,o BToeMer ffinUn.se. /^.J^/^frua ao Teatro.'ME /•s««í«E- A! 'AA/ir^,A;?A

AiSAr A «A, ;x* A. ,»-«<» - p*«°»ei^ __ exir/ir a devolução do dinlieno .

o Alfredo Koehler estava diante do espelho, tentando

2 abotoar o colarinho alto. "Que dirãoos Morhs^

íss assara ss bsss ?*SI-WÊd&s. í esaaas™-a5lmà de S com carne, sanduíches de fiam^e,^jer-vn cie (lafinha As vezes eu só estava de volta as oito no

Zlanolle Mais morto do que vivo. Sen: querer saber

de jantar Mamãe dizia que tinha guardado comida paramim Eu caía na cama e só acordava no dia ^umteTora Alfredo Koehler dava o laço na

^avatap^eta Co-

meçando a rir sozinho. "De que você eUanndo. F7anÍisco

aou Jayme Faria Machado. "Eu estou rindo de FranciscoKr^a Você não se lembra? Foi quando fomos fazer a

foítadlTiiuca. Francisco Krug varou em uma vendano meio do mato e bebeu um copo de cachaça' . AhJ Jayme

'Zlanu ver Francisco Krua deitando-se no chão. "E a gen-

\fãte%e%Tcom ele S, costas. _ comoveV%f*^£sfredo!" "Desde esse dia eu passei a olhar as excursõesde outro jeito". ^

-> o Clube Atlético da T.ijuca tinha resolvido o probler3 .na dos domingos. De manhã cedo Alfredo Koenler,jayme Faria Machado, os Morhsted - Jayme chamava-osde "Monas" — iam. vara a Muda. A sede do Atlético

ficava em Conde Bonfim, bem perto do colégio de freirasSi Regina Coeli. E lá havia sempre o que fazer.Emm corridas a pé em volta da caixa dágua, eram cor-

1^Í3ÍC*>. ¦

vivera a paginomais linda defootball brasilei-ro, lendo

nI

*

ridas de bicicleta, eram pique-niques De noite granja-va-se uma banda de música - em datas solenes, como ado anSsaZ, vinha a banda do Corpo de Bombeiros.^custava sessenta mil réis - e tonsava-se.Porisso tudo,Aliredo Koehler assinara cincoenta mil reis .para a festadearàveTsano do Clube Atlético da ^«y^L^tecara escandalizada. "Cincoenta mil reis é dinheiro Alficdo-. Que dona Ana queria que »/'* »f,w5°£ídela quase todo o ordenado no clube". Alfredo Koehlervestiu o paletó. "Eu acho, Jayme - Jayme 1a fstava^ves-tido - eu acho que a gente vai encontrar os diretores doAtlético de roupa nova. Comprada com o dinheiro aarubscrição". * » •

A o bonde de burros "Tijuea" começou a andar. Al-4 fredo Koehler passou o bráeo pelo wa^fo^Walcançando o ombro de Jayme. Jayme wrou.QUe.Alfredo estava com uma rosa vermelha na lapela Você seesqueceu de jogar a rosa fora, Aljrcdo Alfredo

^ehlersoiriu A rosa vermelha era a rosa do partido de Pt/mRi oí espectadores do Apoio dividiam-se em dois gru-pos-'c da rosa vermelha, admiradores de Pepa Ruiz, eo

da rosa branca, admiradores de Esther de Cf valho O tea->ro divertia, sem dúvida alguma. O teatro, potem, nao

resolvia o problema do domingo. Efn dias de semana Al-So Koehler podia ir ao Apoio, ao Sao José, POãiaper-"oner

o Paris no Rio, do Pascoal Segreto, com o Museude Cera- podia saborear a novidade do Biografo, um sa-l.o na rua do Ouvidor, vendo o tal do «"«ma. Tudo i-rara escuro e d" repente, iejuras mexiam-se na tela. Bio-

grato uma v%ta, di!ia o placard. A última vista ,ora a deim namorado atrás de uma namorada Cmg min^os de

projeção "E se o Atlético acabar - M.n edo Koehle, /alou em voz alta -- que a gente fará aos domingos?

» » •

r> Osivaldo Morhsted Ãesceu as escadas da sede do Atlé-D tico "Então? - perquntou Gustavo Bruno Morhsted-Eu não disse a você?" Oswaldo Morhsted ficou um mo-meSo parado, sem responder. E quando abriu a boca o

ara falar na subscrição. "De adeus aos cincoenta mürés Alfredo". Alfredo Koehler riu amarelo. Nao era porcaUmaáVs cincoenta mil réis Que diabo! Um clube nao

podia acabar assim de um dia para o outro £ íW «evou de uma subscrição. "Eu nao gosto de /ala, mal de'ninguém- Alfredo Koehler olhou para a. portada sededn Atlético, para ver se aparecia alguém — Eu nao gostode (alar mal de ninguém. A historiada subsença o, po,"mnão me cheira bem". Oswaldo Morhsted puxou MedoKcchler por um braço. "Vamos andando •

^'a ' "Í!

0E houve um instante de hesitação. Sim. Pf« onde? Odomingo _ um domingo de sol. como seria bom seoAíico estivesse aberto! — esíendza-se diante deles. Tao com-

prtdo Quanto a rua Conde Bonfim. E vazio.

• * *~ Gustavo Bruno — ele vinha ao lado de Jayme Faria

O Machado -- deixou escapar pvi: "O que nao falta eolube" Jayme Faria Machado repeliu a frase. Depois derepeli-la, porem, ele olhou para Gustavo Bruno Estabem 4 gente entra para outro clube. E se o outro clubefor igual ao Atlético?" Alfredo Koehler surpreendeu-se di-zendo- "Eu agora só assinarei subscrição para um clubemeu"' 4 palavra meu escapulira sem querer. "Quer dizer- Alfredo Koehler corrigiu-se - um clube nosso _ osMorhsted, e Alfredo Koehler e Jayme Faria Machado fo-ram andando pela rua Conde Bonfim abaixo. Parlo darua Haddock Lobo - o hábito da excursão fizera com queeles se esquecessem do bonde de burros - Os,oaido Morhs-ted virou-se para Alfredo Koehler. "Magnífica idaa ."ÓnO" "Você teve uma magnífica idéia". -Eu?" —-Al-

fredo'Koehler não se lembrava de ter tido nenhuma idcia."Sim. A idéia de um clube nosso".

* • »~r Foi só falar em clube. Gustavo Bruno parou. "Olhe.

/ Estamos diante, do Velódromof' Jayme Faria Machadoriu -Bem que eu estava principiando a sentir-me can-sado Não foi brincadeira: do Atlético ao Velodromo!" EAlfredo Koehler sugeriu: "Agora e esperar o bonde ."Por que vocês — e Oswaldo Morhsted apontou com o de-do para Alfredo Koehler e Jayme Faria Machado — por

de MmiO FILHO

Sr Mario Rodrigues Filho —Afim de que me seja enviado umexemplar de "A Copa Rio Branco.32". remeto a importância de Cr$20.000 (vinte cruzeiros).

Nome •

Endereço

Cidade Estado

gue vocês não vêm passar a tarde lá em casa?- "E assim-Gustavo Bruno animou-se - ¦ não se perderia o do-mingo A gente atiraria um pouco ao alvo". Alfredo Koeh-Ter lembrou-se da casa dos Morhsted na rua Coronel Pe-dro Alves Havia um "stand" de tiro no fundo do quintalDepois li fredo Koehler pensou no velho Morhsted. Jul-

gaí-do vê-lo] em um relance, com os longos bigodes retorrlidos O velho Morhsted não estava avisado. "Fica paraoutra vez Hoje - Alfredo Koehler inventou uma ãeseul-pai ho% eu prometi almoçar com mamãe". "Então, va-mos ver — Osivaldo Morhsted começou a jazer contas -

Em que dia estamos? A U, não é? Pois domingo que vem.lá em casa, a gente funda o clube".

* * *

O O bonde demorava. Agora oswaldo Morhsted respon-O dia a uma pergunta de Jayme Faria Machado. JaymeJara Machado7queria, saber se o clube seria como o Atle-tico E a interrogação, por uma associação de idéias, t ourc á memória de Oswaldo Morhsted uma conversa que ele

tivera tZ Oscar Cox. Oscar CoX trabalhava no.LondonBank. Oswaldo Morhsted, no Banco Alemão ™satlan-tico F um dia Oscar Cor. falara em football. Em Flumi-nense

™poVcuriosidade, Oswaldo Morhsted dera um salto

ale ária Guanabara. O Fluminense já tinha campo cieterra balida, sem grama, com um barracão ao fundo.•¦Não - Oswaldo Morhsted quase gritou Eureka! - nao.O clube não será como o Atlético. Será um clube de foot-baW "Football? - chegara a vez de Alfredo Koehler ai-regalar os olhos — Que vem a ser football?

A explicação de Oswaldo Morhsted não convenceuninguém. "Há uma bola _ e Oswaldo Morhsted olhou

para as mãos, tentando medir o tamanho da bola -- Hauma bola de couro com uma câmara de'¦ ?r áenlro E i

che-se a bola com uma bomba de bicicleta . Gustavo munn ouvindo falar em bomba de cicicleta, animou-se Por-

^S Unha uma. -_ os players -0^£<$$*revetiu a palavra usada por Oscar Cox — e os playersjogam de calção. E calcam umas botinas com travas. M

ara slrvem para não escorregar". "E que a gente fazcom a bolai" _ Alfredo Koehler perguntou. "Ora, meteo pé nela E- fácil - Oswaldo Morhsted deu um poirUipeem uma bola imaginaria - Assim". "Se é assim.efacüE Jayme Faria Machado deu um pontapé também. Comtoda a força.

-t sy Alfredo Koehler estava sentado, outra vez. no ban-1 0 co do bonde de burros, junto de Jayme Faria Macha-do "Você quer saber de uma coisa? Eu acho que vou gofeTar dotal do football". "E eu também". Alfredo Koehleicruzou as pernas Recostou-se no cspaldar do banco."Amanhã ei darei um salto ate á Casa Clark. O Oswaldodfsseaue na Casa Clark eu posso ver a bola, as shooteiras,Lido'' JaZi P^ia Machado procurou lembrar-se. Onde.fiava a Casa Clark* Era na rua. do Ouvidor. E um nu-mero apagou o nome Casa Clark. Sessenta e sete. Ses-lenta e sete, rua do Ouvidor. -O numere| «w»e»*a.J,na rua do Ouvidor, ?. a Casa Clark, Aljiedo . hJayme Faria Machado sorriu, satisfeito. Agora elefurara ver a vitrina. E. dentro da vitrina, uma bolame Alfredo, oi gente nunca prestou atenção às bolas da& ClaM» Alfredo Koehler não sabia. Como ele haviade saber?

sete,E

pro-•• Por

hh e Jayme Faria Machado não vol-is EA l/redo 1, .^1 í taram a trocar uma palavra até o largo de SaoFrancisco Alfredo Koehler procurava um nome. E, poimas qTe'procurasse, náo encontrava nenhum. Nao seio

iu l Football Clube. Que tal Rio? Rio Football Clube NaoO Rio não servia. Em frente ao numero 17 da rua do Tea-tro Alfredo Koehler quis saber se Javme Faria MachadoaZafilraum nome. "Um nome* Para nue?""ümnom^para o clube". "Ah! Eicnão pev^. nisso. Estava pensan-do na bola na Casa Clark". Alfredo Koehler começou asubir a escada Rio de Janeiro, Brasil, America A pala-vra América fê-lo sorrir. Jayme Faria Machado reparo*no sorriso "Eu aposto que você encontrou um nomeAlfredo koehler

'estava repetindo baixinho: Amena*Football Clube.

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Ha vários anos, quando Fred SchmerLz. diretor das comp».tiçi>e_da M- trse Alhletic Association, no Madíyon ó-iuar- Cx^Jen, anuncioutor convidado P-va participar das provas um par de gêmeos, cerioLtúnico eminente fez-lhe ver sua opinião de que aquelas reuniõesd --./ortivas estavam fadadas ao fracasso.'os

iovens em questão eram Wayne e Blaine. Logo se impuseram.-orno

"grandes corredores. Blaine venceu o campeonato nacionai uni-

vcrôitario dos 1.500 metros, em Lincoln, no ano de 1939.R*u_s tarde os dois irmãos, lutando contra outra dupla gvnnca.

Eimèr e Delmer Brown. venceram um revezamento de grande distan-

cia, defendendo as cores do Colégio de Professores, do Tixas do

A Universidade de Nova York está depositando toda a sua con-fiança em um par de gêmeos negros. Maürice e Stanton Calleader,apazes de correr qualquer distancia, até 1.000 metros.

A espinha dorsal da Universidade de Michigan são. igualmente.dois gêmeos. Bob e Ross Hume. Embora tenham-se igualado nas

disputas da última primavera, Bob parece ser o melhor dos dois

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Página 4 Sexta-feira, 14 de Setembro de 1945 O GLOBO SPOHTIYO

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Historia do Sul-Americano de football

j0 |/|inni'|.AiyA(? eciiiiram o tituio.no match tín.ajEMÉASS, NUM FIMAL DIFI-CIL, LE¥AMT©U O CLÁS-SICO AHTONI0 F1AB©

O "onze" argentino, ve» ccdor do certame de 1936

De todos os campeonatos sul-americano,. -de concorrentes. Em 27 de dezembro de 1636o certame, com o match Brasil x Peru. Os biaíosse apertada, a superioridade íojwajj dgentinos e chilenos, ganhando os locais por 2a surpreender os uruguaios, derrotando-o* p

Os demais matches apresentaram os seg

guai, 4 x Peru, 2; Argentina, 6 x Paraguai, 1;

Chile 3 x Uruguaio, 0; Brasil, 5 x Para-

guaio, 0; Argentina, 1 x Peru, 0; Brasil, 3 xUruguai, 2; Peru, 2 x Chile, 2; Uruguai, 3 x

Argentina, 2; Peru, 1 x Paraguai, 0; Argen-tina, 1 x Brasil, 0. Match desempate do cam-

peonato: Argentina, 2 x Brasil, 0.

O team brasileiro esteve com o campco-nato nas mãos, bastando um empate paraconquistar o título máximo. No match final,

porem, foi vencido por 1x0. Empatado o cer-

tame houve necessidade de novo encontroentre argentinos e brasileiros. O prelio foi uri-

tercortado de incidentes, culminando com a

intervenção da policia e invasão de campo.No final'triunfaram os platinos por 2x0.

ealizados, este foi o que reuniu maior numerono campo do Club San Lorenzo, foi iniciado

sileiros venceram por 3x2. Embora a contagema c B D foi grande. A seguir jogaram ar-xl. No terceiro match os paraguaios voltaram

Sntés,'resultados: Brasil, 6 x Chile, 4; Uru-

los QUADROS ]I • 1111 £-^ ^W^^áÊÊ^Ê^*^ I

4

Patesko brilhou na seleção brasileira

Os teams que atuaram eram estes:OS team» 4uv i»..»-

„nvmvns Fstrada- Tarrlo elrlbarren; Sastre, Minella c Celestino

«^^^•rV^K^-liailéUeros^câlu^e Muni,; Martlnez Oliveira e Gal-

'-SSi-^^^S^r^f^iT^oW. ™^S^OS0;-hS?fSSS5« eSoria; Jordan, Castlllo e Xovur; Morales,

^ÍcaSSffios?"'cí^?^eK^«»^i Rivéros, Montero e Ponce; Avilta,

A\éntlano, Toro, Carmona e Torres.

j í H JOGOS [| GoalsJJPte^i i ! 11 -2 = lljZlZO-_lj~países I I I I U 6 HJIOIeTpTTFio IGjP.

Ãrê"tta^" í ríSla-alB-ili-o^-ill 6 I 5 ! - I 1 JU 1 5 UjJL< _! :¦¦ i 1 1

Brasil |g-J| . I3.2I5-OI3-2I6-4 | 6 I 4 - 2 |17 |lí j 8j_4_f3^Í^T"T1^í4^Tc^3irr|'_2T- I 3 í|Tl |14 | r|-6

-T^^rnTTTTTi r 3 nu ji3 1 3 L?_

As três últimas tardes no Hipódromo àoGávea — O Grande Prêmio Guanabara a

ser corrido domingoNa tarde de domingo último foi disputado o Clássico Antônio

Prado, prova destinada a animais nacionais de 3 anos, cuja turma,digamos de passagem, é pobre de valores. Sagrou-se vencedor o potroEnéas, um filho de Luminar, pertencente ao apaixonado "turíman'\

Sr. José Buarque de Macedo, que parece ser o melhor da sua gera-ção. Sua vitoria domingo último oferece essa nossa impressão, jáque foi obtida em condições difíceis, dados os partidos que sofreu nareta de chegada. Quando o piloto de Enéas pode se livrar do cerco

que sofreu, lançou seu pilotado por fora, conseguindo alcançar «

bater Bacharel em cima do disco de chegada, como íoi revelado pelo"olho mecânico",

Aproveitando um grande número de inscrições, o Jockey ClubBrasileiro realizou na última semana, três reuniões, nos dias 7, 8 e 9.

O sucesso social dessas tardes ultrapassou a todas ns expectatl-vas O público compareceu em massa ao hipódromo noa três dias

seguidos. Quanto à parte esportiva, o mesmo não se pode dizer, dadas

as irregularidades praticadas nas pistas por vários profissional».Essas irregularidades, aliás, estão se tornando constantes, pre-

Judlcando a beleza das corridas.Ainda em sua reunião de terça-feira última, a Comissão de Cor-

ridas se viu na contingência de suspender nove profissionais, aph-

cando, ainda, multas em três outros.Diante das resoluções tomadas, agora, pelos Srs. comissários tle

Corridas, parece-nos que esses diretores estão dispostos a tomarem•uma providencia que ponha um paradeiro nas "touradns" que verasendo realizadas nas pistas cio lindo hipódromo da Gavca.

Não se justifica que se permita a ação criminosa de alt^uns pro-fissionais, que sem qualquer respeito pela vida de bcus colegas,aplicam partidos perigosos, infringindo o Código de Corridas.

O GRANDE PRÊMIO DE DOMINGO

Domingo próximo será disputado o Grande Prêmio Guanabara,

prova destinada aos nacionais de 4 anos e mais idade, que reuniuem seu campo, Typhoon, Fulgor, Miami, Bagual, Estrondo, Plrapo,Exigente Eldorado, Batton e Saimon. Esta competição vem sendoaguardada com entusiasmo pelos carreiristas, já que ela oferece novaoportunidade para que se assista, num percurso de três quilômetros,um novo encontro entre Typhoon e Eldorado, que ocuparam os pn-melros postos no Grande Prêmio Distrito Federal, quando derrotaramFontaine. A vitoria de Typhoon nesse dia, apesar de ter sido obtida

ljsamente, não convenceu grande parte dos nossos carreiristas. Assim,

surge agora uma interessante oportunidade para que sejam dissipadas

quaisquer dúvidas que porventura existam.

^e^TZ^T^TZ^^i^

do fígado.. estai bilioso. abster-s*dos prazeres da mesa Levai avida sem saúde. Regularize assuas funções hepáticas com ENOe tudo isso se normalizaráNão sendo em vidros, não é "Sal

de Fructa"

1*Jl\

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 14 de Setembro de 1945 Página 5

_ffl^ JUIZ. . , ,,,, _ iniz Mario Vianna. D» um modo geral »

retamente. Não transformou em Pen.iltlt* jm ^mpuir

seu erro — ("A noite").

Mario Vianna—fLA-FLü]t> sr Mario Vianna não esteve neste Fla-Flu. O Jogo foi dlscl-

O Sr. Mario Vianna teve uma atuação regular. Algumas falhasprejudicaram o seu trabalho dc*V„ j /<*Vi-»*íínir»i'íliiM t .ontem. ¦ - ("Vanguarda").

Na arbitragem, Mario Vianna,com a energia habitual, nao nospareceu, porem, tão atento comode costume, deixando passar cer-tas faltas graves, na área f»hr°-negra. Foi um juiz cauteloso, queacabou bem... — ("Diário daNoite").

UOIiVcI od

— Em que país seoriginou o ping-pong ?

— Em que ano nas-ceu Brandão ?

— pianicka, keeperque jogou no primeiro jo-go do seu quadro contrao Brasil, na Taça doMundo, era polonês, tche-co ou belga ?

_ Que jogador, peloseu violento shoot, teve oapelido de "420" ?

— Em 1909, num jo-go de campeonato, o Bo-tafogo marcou o scorerecorde da cidade, aba-tendo por %\ a 0 o...?

(Respostas na página 11)

A campeã Alice Marble ja nao sededica exclusivamente ao tennis, quea tomou famosa no mundo inteiro.Agora, alem da raquete, ela é vistaa miúdo sobracartdo um violão, comqué se faz acompanhar, em recitais aecanções regionais sul-americanas. Hapouco tempo, esteve cm excursão pe-la América Central, onde, ao lado deexibições de tennis, encantou os sol-dados interpretando canções locais.

Sempre interessei-me nela foi-clore hispano-americano, e MargantaMadrigal, escritora costarriqucnsc,convenceu-me de que eu devia can-Dar. Acedi, fui aplaudida e. tomei^Referindo-se a Donold Bulgc, dizAlice Marble: . .

_• o mais complelo tenista quejá vi, superior mesm" a Bíll Til-den... , „ „ •

E canfessa-se impressionada como espetacular jogo de Segura Cano, c;uenão tardará a alcançar o seu apo-geu".

RICARDO SERRAN — Desta vez parece quto Flamengo iniciou mesmo a sua campanha do

tetra-campeonato. Aproveitando o descanso de

quinze dias, proporcionado pela tabela, o rubro-

negro tratou de arregimentar todos os elementos

Te que dispunha, para formar uma equipe capaz

de defender as pretensões ao título máximo.

ANTÔNIO CORDEIRO - O que *&$£&discutir é que o Flamengo começou com chance

a sua campanha do "tetra", e vai para o seu ul-

limo compromisso do turno, precisamente contrao vasào, credenciado pela sua custosa vitoria dedomingo.

BOBINA - Não foi, e^entemen^,umclásrsico de arande mística, esse rumoroso Fla-Flu ae

domStgo último. Match fraco pelas manobras co-letivas dos dois conjuntos, salvou-se apenas peloque produziram isoladamente alguns jogadores.

ODUVALDO COZZI - Este foi, sem dúvida,um Fla-Flu fora de sintonia, com a sua ti adiçãoãe batalha emocionante e ardorosa e, especial-mente de jogo traçado em estilo claro e inteh-

gente Foi um uiatch apenas modesto, em que ostricolores manobraram com um pouco mais deacerto e tiveram supremacia técnica sobre o aã-lefsario, bem como maior freqüência no convíviocom a pelota.

ANTENOR MAGALHÃES —A tarde plúmbea cligeiramente fresca oferecia ensejo para que osliãaáores pudessem áespenáer o máximo âos seu.

e s f or ços embusca deu mtriunfo, mas ofootball que

(Conclue napágina 11)

C\ àmk r\ pPi JT LcS& IU.C AV^ww p

// 1 jV.-í ', /' .'¦¦¦.¦¦:':^'Í^*^.'''^___J^;_kt_M

A-V*..'-' "k, '¦ **T**%.. ¦ "'"/k>. ,-f j|' í__V&^jm__**#_W'*ffi

-w' >¦ " _j32 í _9B» "•'^.'j _~ ".,.¦.-Vi JU

A MARCHA do TEMP¦ -, i u,,™ <i» tip nrv "Viagens", dá-nos idéia de um

ut,„ irr-ivurn extraída uo livro ue ur i>i», »—i^»-"" <

jogo pn ticada p^ Índios mexicanos: cons.ste de bolas de borracha que, lan-

Jacíàs pára o alío. devem ser atingidas por atiradores de arco e flecha.

os adversários, é a mais popular e simpat*-

— Dizem que as distancias enganam muito nas monta--lia* — é o que espero I

DEZ ANOS DE ATÍVf-DADES constantes nas li-gas profissionais, naua oupouco tem abatido a cons-tração exageradamente ro-busta de Jack Portland ogigante defensor das coresdo Montreal Canadiaiu».

Há poucos jogadores nahistoria dos desportes nogelo que podem apresentarum corpo tão sólido como oforte canadense. E, a de^pei- «.'-,'k™.to da forma "rude" pela qual em se lança sobre

"^ ê^^JZr^S^JTo^l^^^^. e» M *~» Parte ,« Pro-

vas de salto em altura salto em djtoncu» e lançamgg^ dardo ^ d(jSmedida

que se conhecem.

SETEMBRO, 8: Num Jogo acidentado, o Fluminensevence o Bonsucesso por 4x2. Os azuis andaram em vw deabandonar o campo, com a expulsão de R^^^J11^Lippe Peixoto. - O Flamengo ganha com d«»«Jg£* daPortuguesa, por 1x0. - Outros /e8^tadoÍLAXoria óModesto 0; Bangú 1, São Cristóvão X-~^loctx>l-•íive" de basketeball do Fluminense perde paia o| C»P*xaba por 30x19. - Piedade Coutinho der~ta

J^a Cot-

SaSnS^H^SSi"»»—————————— i.ic-a. -^-i»-> ¦ncnKiirpsfio nede eliminação ae ijippe6 0 lugar. - 9: O Carioca anuncia que vai processar ^e^^ oe

° B°™£ ctrdovil: «Ligia Cordovil morre-

Peixoto do quadro de juizes da Liga Carioca. — 10: Declara.o .a-^^V ao lado de sua noiva,ria afogada se nf.o fosse socorrida. Teve uma calmbra de fígado . - 1

^ ™£ atua. em Buenos Al-

Blin submeteu-se a uma grande redução de ordenado no Boca^ Juniors tearn^e ^^ tonlo Fernan-

res. — Brasilino vence por K. O., no primeiro round , eme"snoa^ ^ barqUeiro do América.

aeZi 13: O iKjrd Club promove uma festa em homenagem a wan«*. »*»t

l

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IMí-ina (I Sexta-feira, 14 de Setembro de 1!H.r> .1 (iLOHÍi SfOííTIVO

(^VvsSígS»$ E UM AHQVEÈHO

Em geral as decepções começam assiitiiFulano está-ficando velho..." - E se a moda

;ç "cerca" com ele!...

EM GERAL COMEÇAASSIM: "ESTÁ FICAN-

DO VELHO. . ."

El! me lembro de Juran-dyr. Não fazem muitos me-ses salvou o Flamengo deduas derrocadas fatais. Foi a mn passodo tri-campeonatc. Ganhou sozinho dois

jogos que constituíram a "chave" do tri-unfo rubro-negro na busca ao cobiçadotítulo, Depois, atravessou um período deinsegurança. Tornou-se pesado e tambémum pouco cheio de si com mais aquele gi-ro ao estrangeiro. .

O que se aconselhava, então, era oseu afastamento temporário e não a insis-tencia. Mas foi mantido e exigido no team— num team que vinha de mal a piorque a bem dizer, quase padecia de seu pro-prio mal. E ficou até enterrar-se.

O interesante, porem, é que nuncafracassou sozinho. Mas os olhares, as in-dagações, as críticas, e os sofismas, só sedirigiam a ele. "Está ficando velho" —

diziam das cadeiras os homens de titulo-pomposo — esquecidos de qne a idadenão pode apressar o descontrole do atleta

quando a sua forma física é boa, e prin-çipalmente, quando não há tempo que a

justifique.Com Jurandyr o caso principiou as-

sim. O caráter forte, no entanto, levou-o

a. aspirar dias melhores. Tratava-se de re-

cuperar com esforço próprio um erro psi-cológico. Entremeutes, foi convocado pa-ra a equipe de suplentes. Ninguém igno-

ra que existe uma diferença abismai en-

tre uma e outra ciasse. Mas ele não titu-

beou, não recuou e não fez cara feia. Era

preciso começar de novo, e começou com

todas as forças que Deus Ibe deu. A fé

de que se acha possuído, vai alentando-o,

vai aleyantàndo-o naturalmente.

ARY É UM GRANDE EXEMPLO DETENACIDADE

Já com Ary foi diferente. Subtiamen-

te, o nome dele passou a encher a boca dos

torcedores. E os cronistas, na sua pressa

natural de revelar o "crack", precipita-

"Não há mal que sempre dure nem bemque nunca se acabe", diz o refrão e di2com muita propriedade, encarando todosos males e todos os bens- que a vida nosreserva.

Ora, não será de todo sem razão, quepodemos justapô-lo, também, diante dasgrandezas e dos fracassos dos "cracks" defootball, esses pobres homens ricos que vi-vem à mercê da sorte e dos aplausos. Hoje.lá em cima, tangenciando o infinito dagloria; amanhã, lá em baixo, braço a bra-ço com o anonimato, que geralmente sig-uifica sopa fria e cigarro filado...

Não são estrelas, verdadeiras, os "cracks"

que no momento assombram o público .eenchem de "clichês" as páginas dos jornais.São, isto sim. uns pobres e mirrados pirl-lampos, de lu/. fraca, apagando e ilumi-nando suas cabeças de simples mortais..

A gloria dura "um minuto". A gloriadeles... Ela passa tão rápida que mal dápara o acumulo de algumas migalhas. E' o"minuto" que eles denominam de "meu

quarto de hora decisivo". Há os que pro-longam este espaço de tempo, auxiliadospelos bons fados ou pela boa vontade dostécnicos. Outros caem por terra com a ve-locidade do raio! Caem e nunca mais so-bem. A maioria das vezes, por culpa delesmesmos: outras por culpa dos técnicos.No fim, essas duas coisas não são senãoo Destino.

ram os acontecimentos, apontando-0

como titular de um "scratch" impro-

visado. Foi um golpe muito forte na

carreira de quem apenas alçava vôo

até o "estreiato". Vindo do interior,

sem alimentar tão grandes pretensõesno footbàl carioca, achou-se, de reperi-

te. postado lá em cima no cimo de sua

carreira É tão cheio de si ficou queaté mudou a forma de andar, de jogare de falar, passando a acreditar quehavia logrado o máximo, quando na

verdade apenas amadurecia, dentro de

uma cancha . . .

Sim, foi o diabo que isso tivesseacontecido! Para ele só, não: para o

Botíifogo e para o próprio football bra-

sileiro!(Concilie na página seguinte)

Ary lutou muito para conseguir o seu posto ]

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I O tilIfOBO SPORTIVO Sexta-feira, II de Setembro de 1045 Pitai na 7

I Jurandyr recupera-se a Eorça, e Ary constitue umgrande exemplo de tenacidade — Os fugazes minu-

i de Oswaldo, o Vareta - A crença nas "coisasfeitas" atrapalhando Batataes —- Ofeeréan

- xtG Roje ninguém explica porquetião íoi cedido a outro clube. PossL-'velmcnte

porque ele mesmo se de-strítéressasse tia possibilidade de vol-Itar ao que fora em outro ambiente.Ficara noivo há uma quadra do 15o-

ítafogo; a noiva era botáfoguense decoração, acreditava em seu ressur-gimento, e, na sombra, sem nenhumalarde, trabalhava para rcstltul-lònos braços do povo. Ary. porem, es-tava longe de conceber que chegas-se um dia a ser o que havia sido."Nesse Ínterim, casou-se. Casundo-se,mudou de vida, tornou-se capricho-so. não mais faltou íis obrigações.Passou a trabalhar com afinco. Duascoisas apenas vieram a preocupa-lo:d lar e o clube. Era tia casa para ocampo e do campo para a casa.Assim se recuperou; assim voltouab que fora cm sua melhor épocade ascensão.

Ary é um extraordinário exemplode tenacidade. Mas deve-o. sobrètü-do, ao lar, à esposa, á renuncia e ãvida sã.

OS FUGAZES MINUTOS I>EOSWALDO

Quem viu Oswaldo nas primeirasapresentações do team alvl-liegro de44; não escondeu um prognostico:•'Esto "cabra" vai longe!" Isso foiescrito c dito cie todas as formas.Realmente, todo aquele que teveoportunidade, não deixou de arris-car, e arriscou sua previsão/inlia de-íinitiva de absoluta crença na su-blda vertiginosa tio goleiro grande egrande goleiro de apenas :*í) anos!

Até o» técnicos trataram de ratifl-car o "vox popull", convocando-u pa-ra os torneios nacionais e interna-clonols, que então se verificaramnqui, cm São Paulo e no exterior.Mas Oswaldo é que não quis saberde nada. Continuou levando suavida de jogador pouco convicto, tio-minado pelas brincadeiras do balr-ro, entregue ao mais criminoso dosrelaxamentos, não treinando, não

.levando absolutamente a serio suaprofissão. Indo para Niterói cada fimde Jogo c só voltando ao cabo decada sábado.

Um dia, perdeu n confiança dos.que respondiam pela apresentação do• team alvi-negro. Atuou mal uni jo-igo, errou lamentavelmente no se-igundo e comprometeu no terceiro.•Aí, a diretoria achou mais prudentenão fazer a quarta tentativa. E Aryfoi convocado às pressas, para, fl-nulmente, dizer que Já era outro"player" ou então: que já estavacurado do mal da "máscara".

alcançou

fama in-ternacio-nal, masagora

atravessamn mauperíodo

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1Luiz, o guardião titular do Flamengo, esteve para ser dispensado. E teria "passe" livre

Agora, Oswaldo está de volta ao arco titular da lns-tituição que lhe <U%u fama e prestigio. E recordandoaqueles fugazes minutos de brilho dos seus primeirosdias de botafogtieiisc, agarrou-se com unhas e dentes àsituação.

A CRENÇA NAS "COISAS FRITAS", ATKAPAI.IIA AVIDA DE BATATAES

De repente Batataes se põe onde todo keeper de-sejaria estar. E quanto mais alto se coloca, mais ver-tiginosamente desce, para encher de decepção os seusadeptos, que por mal de pecados que não se explicam,só têm fé nele!

O fenômeno de longevidade atlética e de simplicidade,assim, confuqOe a "torcida" e se confunde, ficando vezpor outra, a exigir que se lhe flêm um descanso.

Mais de uma feita, aliás, o Fluminense tem pro-porcionado um bom repouso ao profissional consclen-te. Via de regi;», há um pretexto de doença, mas narealidade, o que quase sempre força Batataes a provaro anonimato nada mais é do que a volta de sua velhacrença pelas "coisas feitas". ..

Batataes está firmemente seguro de que existe o"mau olhado", e. ninguém consegue demovê-lo da con-vicção de que só o "mau olhado" consegue levá-lo aum fracasso técnico momentâneo.

Não obstante p=cr um homem bem conduzido, e in-cluslve, mais senhor de si nos dias atuais, não conse-gulu llvvar-se da terrível mania de que uma "mandinga"

qualquer será capaz de deitar a perder toda a sua classee todas as suas esperanças de vitoria!

O que se passa com ele, todavia, está mais enqua-drado no cansaço, nas preocupações familiares (umafllhinha eníerina conturba-o ao desespero) ou no seu"quarto de hora" de pouca precisão nas saida.s e norecolhimento da pelota, que outra coisa supostamenteextra-terrena.

OBERDAN E OUTROS CASOS...No fim é isto: todos atravessam o seu Instante de

Incerteza e de Insegurança no football. Seja no arco,seja na linha média, seja na frente. A verdade é queninguém consegue escapar ileso da "guigne". A quês-tão é não desanimar, é tocar para frente, é recuperaras energias, recuperar-se e suplantar-se, suplantandoos azares ou quantas "rezas" atravessarem o seucaminho.

Em São Paulo, há bem pouco, tivemos o exemplode Oberdan. Desde o Sul-Americano que não conseguereproduzir as suas atuações seguras e empolgantes noscampos bandeirantes. E. para não irmos multo longe,fiquemos com o nosso Barehetta, que de figura centraldo "onze" vascaino. passou ao segundo plano, apenasporque se contundiu as vésperas de um match de im-portancia, contusão que, se para muitos soube à ver-dade, para outros nem tanto, chegando a sugerir, inclu-slve, um certo medo à responsabilidade...Jnrundrjr procura reaparecer e espera fazê-lo com sucesso

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EIR.O

Após o segundo goal do Flamengo. Batataesapanha a pelota

1 Ainda não foi desta vez. o tão anunciadofracasso do Fla-Flu. Previsto desde os tem-pos da pacificação, o insucesso da peleja fl-

cou novamente adiado. Domingo, na Gávea, houvede fato um clássico, revestido de todos os detalhesindispensáveis a uma peleja que mereça tal título.Entusiasmo do público; jogadores disputando cadalance com disposição incomum. Apesar do mautempo, o estádio ficou quase que completamentelotado. E a assistência, do primeiro ao último mi-nuto. vibrando com o desenrolar da partida. Lan-ces sensacionais provocando aplausos demorados,como surpresas desconcertantes. Tudo. enfim, quefaz do football o esporte mais popular do Brasil.Emocionando a todo momento, gravando na me-moria do observador instantes empolgantes. A de-fesa de Luiz. no inesperado shoot .de Orlando; osem pulo de Jarbas. com a bola ameacadora.menteatravessando todo o arco tricolor, o tento que No-rival evitou: o goal inesperado de Biguá. os dri-blings de Jarbas em Morales e de Amorim em No-rival; o goal da vitoria; as intervenções de Biguá,afinal, uma série longa de jogadas que justificamo registo.

aBmWKSíS^SHsiBSE^ -f-v

Jarbas, autor do goal da vitoria, é abraçado pelos seus companheiros

2

No Fla-Flu de domingo, o team do tri-campeão era o alvo da curiosidade geral.Desde o regresso do Chile, poucos eiam

is elementos que haviam conseguido reproduzi;-as atuações que os levaram ao scratch nacional.No Relâmpago, a situação foi má; no Munici-pai esteve ruim, salvando-se apenas o final. Es-perava-se, porem, pelo campeonato. Apenas co-meçado, sofreu o rubro-negro a sua primeiraqueda. Mas havia muito a fazer. Na sucessãode compromissos fáceis, o Flamengo conseguiuesconder o verdadeiro estado do team. Veio, po-rem, o match com o Botafogo. Atuando de for-ma desconcertante, sofreu novo revés. Tiês aum, após um prelio descoiorido. em que o advev-sario mão realizou maiores esforços para triun-far. A tabela, então, deu a oportunidade paraa rehabilitação. Quinze dias de descanso, tem-po suficiente para a recomposição do quadro.Hospitalizados os players que necessitavam detrataniento urgente, tratou a direção técnica deorganizar um programa completo para reeupe-rar o terreno perdido. O Fla-Flu era a grandeoportunidade. Precisava o Flamengo de umtriunfo numa partida de expressão. O ticimda semana, já com todos os valores em ação.trouxe os primeiros resultados do trabalho dosdirigentes. Movimentava-se o 'onze" com maior

decisão, realizando trabalho mais convincenteem conjunto. O team de 45 voltava a exibiras qualidades que lhe garantiram os títulos con-secutivos nas temporadas anteriores. Restava,contudo, a prova de fogo. Não faltaram os pes-simistas, os que pensavam que os rubro-negrosestavam afastados da lista dos candidatos reaisao titulo. Torcedores, players, técnico c diri-gentes, irmanaram-se para a luta que seria opasso inicial da campanha do tetra-campeona-to. A Gávea, assim, na tarde de domingo, erao local escolhido para a concentração de todosos desejos de vitoria dos rubro-negros. O ini-cio do prelio não poderia ter sido mais anima-dor para os rubro-negros. O quadro, noõ vinteprimeiros minutos, agiu como máquina. Os tri-colores, nesse período, tiveram de lutar muitopara evitar que a contagem fosse aberta. Ata-que e defesa do tri-campeão, exibindo boin en-tendimento, dominando francamente o adver-sario. Parecia difícil ao Fluminense, deixar desofrer nova derrota. O goal, porem, não ve'0.Os tricolores acordaram e não tardaram a re-agir. O "onze" da Gávea cedeu terreno, pas-sando a fazer força na retaguarda. Luiz e seuscompanheiros do sexteto, auxiliados ainda pelosatacantes, desdobraram-se para conservar incó-lume o arco rubro-negro.

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O VETERANISSIMO DO FLA-FLU PASSA POR MORALES — Jarba.>, maisuma vez, provou a sua condição de crack. Esse lance, ocorrido no segun-do tempo da partida (a posição de Jarbas na esquerda junto às arqui-bdv.ctídlts etesia), com Morales v:acurando dar uma "sola" cm Jarbas,diz bem qne o zagueiro paraguaio estava "intimidado pelo juiz"...

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A DEFESA DO FLUMINENSE ÀS VOLTAS COM O ATAQUE RUBTíO-NE-GRO — Haroldo e Batataes aparecem em ação

A reação do Fluminense surpreendeu. Estimulados peio .-acesso das pri-

SnieiraS investidas, os jogadores visitantes amiudaram as avançadas, co-"locando

em xeque a cidadela de Luiz. A abertura do score esteve pie-sente em varias oportunidades, anunciando-se em lances que cada vez mais

se desenrolavam na frente da meta. Aconteceu ao Fluminense, porem, o queocorrera ao Flamengo. A superioridade nas ações, não foi concretizada por ten-tos. Perdidas muitas "clTances", veio o esfriamento do ataque. F, a partidapassou a ser equilibrada. O zero a zero do placard, dava a medida jus>ta doesforço dos valores das defesas.

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O PRIMEIRO TENTO — Surpreendido pela tentativa de intervenção de Bi-gode. Batataes não poude evitar o goal

l, )i) jiji«itiiir ii„'_wfflteasÉàiiã^É8MB iwwwrtiwimw^ategsâssae

Uma grande surpresa, porem, ocorreu. De uma falta sem maior impor-

4tancia, verificada na altura cia linha media tricolor. Surgiu o goal mi-

mero um do Flamengo. Biguá bateu a penalidade, mandando a pelotaem direção ao arco. Pirilo, perigoso como sempre, ameaçou de intervir no lan-ce. correndo sobre o arco. Bigode, tentando evitar a entrada do comandanterubro-negro. atravessou rapidamente pela frente de Batataes. O arqueiro, queesperava pela oola. teve a sua visão prejudicada. E a pelota, depois de baterno chão. entrou no arco entre Batataes e a trave. Decepção dos tricolores, an-te o inesperado tento. A sorte protegia os locais, dando-lhe significativa van-tageni justamente no momento em que mais precisavam. Com um a zero noplacard. o Flamengo cuidou de garanti-lo até o descanso regulamentar. Nin-guém, porem, tinha ilusões sobre o que poderia acontecer na segunda fase.O goal único não era partido desprezível, mas não permitia que os minutosdo período finai fossem de sossego. O Fluminense, como demonstrara na re-ação cio primeiro tempo, estava em condições de alterar a marcha cia con-tagem. . . ,,.

{Conclue na pagina seguinte)

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Sexta-feira, 14 de Setembro de 1945 O GLOBO SFOBTIVU

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Peracio cabeceou e a bola, batendo na trave, j; '''IKhHF PJn«°, Bif/orte e Haroldo, cm se7i-caiu sobre a rede. Seria o terceiro goal JÍsIÍÍf^ sacional lance

5E não demorou muito. Aos doze minutos,

após um periodo de ataques revezados, oscore estava igualado. Um a um, o resultado

que menos convinha aos adversários. Procurandonovo goal, rubro-negros e tricolores reacenderama disputa, obrigando o público a não peider de

'; vista a ielo^a. Numa e noutra aéreas, as situa-i ções de perigo eram repetidas. O desempate es-tava para acontecer, embora a contagem de en-

| tão fosse a mais justa possivel. tento de triunfosurgiu. Nasceu de uma inteligente jogada de Jar-

j bas, que batera Morales mais uma vez. No setor| direito do tricolor, indiscutivelmente o ponto fraco! da equipe. Ficando para trás o zagueiro, Jarbas| foi quase até à linha de fundo e cruzou um shoot

em direção ao arco. Batataes procurou cobrir o

| ângulo do goal. Mas a pelota seguiu um caminho: certo, tocando na trave esquerda e indo para as! redes. Definia-se, assim, o score. Mas os onzeI minutos restantes ainda ofereceriam fases dc eiíiò-

: ção. O Fluminense, ante a derrota, agigantou-se.Valendo-se do recuo deliberado dos rubro -neg\ os,

| atacou furiosamente. Os backs, colocados no cen-I tro do campo, atiravam a bola sobre a área do' Flamengo. Fases dramáticas desenrolaram-se,culminando no minuto e meio final, quando Pe-racio fez hands junto à área. A cobrança da falta,como a do corner que surgiu em conseqüência,provocou sensação. As derradeiras oportunidadesperderam-se. O açito final coincidiu com o gritode triunfo rubro-negro, comemorando a interven-ção de Peracio, ao afastar o perigo criado p.?lo cor-ner batido por Paschoal. Estava terminado o Fia-Flu. Fora uma boa partida, digna das tradições domatch de rubro-negros e tricolores.

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Batataes em ação, acossado por Peracio

6 No Fla-Flu houve, mesmo, aetudo. Atuações espetacularescomo a dc Biguá, decepções

como Morales. Umas e outras, po-rem, não surpreenderam. Do halfdireito rubro-negro, em seu estadofisico perfeito, outra coisa não se po-deria esperar. Ele voltou a ser o Bi-guá de todos os tempos de 3ucesõO.Quanto a Morales, ninguém sabe oporque da sua presença no quadro.Fracassou, mas quem poderia pensarem coisa diversa? E não foi outra arazão que fez com que todo o jogodo Flamengo tivesse escolhido o se-tor esquerdo para ser desenvolvido.Para Jarbas a chave da pelejr. erealmente aconteceu. O ponteiro es-querdo, veterano no football, aindapode realizar jogadas de mestre.Entre Biguá e Morales, na escala devalores, Paschoal, Haroldo, Newton,Amorim, Geraldino, Jayme, Zizinhoe Jarbas foram os que mais se apro-ximaram do realce do médio direito.Os outros, entre bons e regulares,afastaram-se da má cotação do za-gueiro.

O JUIZ

Mario Vianna íoi o juiz. Bom, ape-sar dos protestos dos jogadores e di-rigentes. Não influiu na marcha dacontagem.

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O GLOBO SPOUTlVO Sexta-feira, 11 <le Sele mino de 1045 l . isiii 11

llvIPOSSSwtiú

íy-rçn

A nora vão botar a culpa em rim;i de você,Morales.

Eu não pedi para jogar. Estava quieto nomeu canto. Nanali.

Por muito menos botaram a culpa cm cimade mim.

Não vá dizer, Nanali. que eu fui culpado.Você hão teve culpa nenhuma.Ainda bem que você me faz justiça.Quem não sabia, Morales, que você só podia

dar aquilo?Aquilo o que?Aquilo. Você bem que queria fazer algur-

ma coisaVontade cie fazer não me falta, Nanati.

O que falta a você é jogo.Lá vem você com coisas. Eu posso jogar

mal, Nanati. mas não fico atrás de você.Segurar Jarbas eu segurava. .Morales.

Eu também segurava se o juiz deixasse..— .Metendo o pé ?

Metendo o pé ou segurando mesmo.O Jarbas é um jogador em que não Sé pode

nieter o pé, Morales.Por que?Porque todo mundo acha que o Jarbas, alem

de ser velho, merece toda a consideração.Então )iara que escalam o Jarbas?Escalam o Jarbas justamente pára isso,

Morates.Eu, aliás, Nanati não queria machucar o

Jarbas. Queria apenas assustá-lo.Tara assustar o Jarbas você linha de meter

o pé.Foi o que fiz.Mas você mete o pé e Jarbas cai antes de-

receber o pontapé.Exatamente.

E aí a torcida chama você de assassino, ojuiz vem correndo.

Foi assim mesmo.Todo mundo, acha uma cobardia alguém

meter o pé em Jarbas.Eu então resolvi segurar Jarbas. Ele ia

passar por mim. e eu o segurei tom as duas mãos.E o juiz não deixou.Não deixou. Veio correndo me advertir:

não me faça mais isso.E depois?Depois o Jarbas fez o que quis.Você deixava?

Que você queria que eu fizesse? Ele correináis do que eu. . .

—- .lona mais do que você. ..Pegava a bola. mandava-a para a frente e

passava por mim.E você deixava.Se eu metesse o pé era expulso de campo,

se eu segurasse era expulso de campo. ..Pois era melhor você ser expulso de campo.

-— Não "diga isso, Nanati.Se você fosse expulso de campo ninguém

lotaria a culpa em cima de você. Todo mundo bo-lava a culpa em cima do juiz.

Estão botando a culpa em cima do juiz. Na-nati.

Mas os que mais botam a culpa cm cima dojuiz não se esquecem de você.

E' verdade, Há gente no Fluminense quenão me quer mais ver.

E com razão, Morales.Tudo porque eu não deixei o Fluminense

jogar com dez homens contra onze.O Fluminense jogou, noventa minutos com

dez homens.Ninguém foi expulso de campo, Nanati.Mas você não j«rj>ou.Não joguei mas estava dentro do tampo.Quando a gente está dentro do campo e não

Joga. é pior, Morales.Por que?Porque o team pensa que está completo e

não está.Lembre-se, Nanati, que você vai para o

meu lugar.E que tem isso?Eu vou ficar de fora, tomando nota.Para meter-me o pau?

Desde que você acha que eu não jogo nada,4\i também tenho o direito.

Eu, Morales, posso jogar o pior possível.Mas todo mundo no Fluminense vai achar que essepior possível não é nada em comparação com oteu melhor possível.

Vá esperando.Eu agora posso jogar tranqüilo. Você me

«alvou. O Fluminense não me pede milagre. Fede-me apenas que jogue melhor do que você.

¦wxewx&m:--vw/.wvm w•• X-íiiggg..

¦**Afr**7?.*,v...não tomando às refeições

COM*TJ«£QUALQUER

Iflg,..,

HJi jJti iffrTT aü* iLJF Km mA\ amar flwCK flu oKflli WKEfrNão há dúvida! Grande perda em sabor eenergias! E ela será maior se houver íaltade algum alimento em sua mesa. Indubità-velmente é uma delicia, mas também há valornutritivo na Malzbier da Brahma. Isso, graçasà sua riqueza em malte. Ligeiramente doce, debaixo teor alcoólico, é a cerveja do lar Comaredobra o prazer e valor das rejeições!..»-

PHÇDUTO DA CIA. CERVEJARIA BRAHMA SOCIEDADE ANÔNIMA B R A SI L El R A - R I O DE JANEIRO-SÂO ¦ A. Ul O CUHITlfl A

Campeonato Paulista(Continuação da pájçina 2)

ARTILHEIROS — Passarinho, 17goals; Leonidas e Servilio, 15; Milani,14; Baltazar, 12; Teixeirinha, 11; Li-má Barrios — Sastre e Oswaldi rnho (Palmeiras), 10; Romeuzinho —Remo — Mario Miranda e Pinga, 9;Rèinaldo — Ruy (Corintians) e Ni-ninho. 8; Vacarei — Paulo — Alemãoe Baia, 7; Nelson — Cláudio — Vi-cente — Artur e Ferrari, 6; Gonzalez

Nenê (Ip.) — Aldo — Luizinho —Mantovani e Og, 5; Eunapio, Capelo-zi — Teleco — Milton — Duzentos

Jorginho — Eduardinho — Tom^Iix __ Reginaldo e Agostinho, 4;Paiva — Rubens — Charuto — Alber-Unho -- Invernizzi — Olegario —Waldemar de Britto — Antoninho —Zeca Ferreira e Fidel, 3; Juan Car-los — Garro — Oswaldinho (Com.)

Otacilio — Ruy (Santos) — PipiGeraldo — Gradim — Odair —

Leonaldo — Vidal — Lupercio — Vei-guinha — Farid — Vüadoniga e Sá,2; Zefcrino — Maracaí — Oswaldi-nho (Por. Desportos) — Mendes —Aleixo — Magri — Filola — DomPedrito — Walter — Rivetti — Bran-clãozmho — Zali — Dnmasceno — Ra-beca — Maravilha — Moacyr — Ca-

nhoto — Canhotinho e Níquiuho,um goal.

ARTILHEIROS NEGATIVOS —Virgílio (São Paulo x Jabaquara), 1;Moacyr (S. P. R. x Ipiranga». 1;Caieira (Palmeiras x Juvehtus), 1;Souza (Corintians x Jabaquara), 1;

mo1. NenãTaladas

x Jabá-

Jaú (Comercial x Santos),(São Pauio x Santosi. 1;i Português de Desportosquafa), 2.

ARQUEIROS VAZADOS Chi-quinho, 40 goals; Joel, 38: Barola,37; Joãosinho 30; Rodrigues, 29- Ivo.30; Taladas, 25; Thadeu. 22: Tuífy,19; Caxambú, 18; Oberdan. 17; Oi.io,16; Oswaldo. 16; Pio. 14; Rato. 12;Bino, 11; Antônio, 9; Mauro. 7; Cyro,7; Rafael, 2; Garro. 2 e Ruy, 1.

JUIZES QUE ATUARAM — JoãoEtzel, 19; vezes; Jorge Miguel. 17 ve-zes; Artur Cidrin. 15 veze--: RodolfoWenzel, 10; José Alexandrino, 9; Si-lio Del Debbio, 7; Paulo Garcia, 5:José Cruz. 3; Artur Rocha. ArturGarcia e Atilio Grimaldi, duas vezes.

RENDAS — Total do Io turno: CrS2.799.201.00; 2o turno: Ia rodada: CrS87.422.00; 2a: CrS 171.630.00; 3": OrS14.454,00: 4": Cr$ 146.607.00; 5': CrS118.515,00; 6a: Cr$ 70.169.00: 7a: Cr*433.674.00; 8' CrS 155.805.00; 9*; Cr$272.473,00; 10"; Cr$ 199.498,00 W:CrS 146.803,00.

(Conclusão da pag. 5)

apresentaram não correspondeu aoque se esperava das duas aguerri-das equipes.

florita costa — Grande vi-toria conseguimos, e mais mereci-mento adquiriram cs Jiossos ãefen-sores, pois foi preciso que eles quei-massem as últimas energias, paraconsegui-la, pois não se achavamem condições físicas. Parabéns, de-fensores da fibra flamenga, mui-tos parabéns.

Se não » s «

— ,Ta|i»o.— l»'10, al>ri!4— Tcheco— (irtiiié.— Mangueira*

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Pagina 12 Sexta-feira,. 14 de Setembro de 1945 O GLOBO SrOBTIVO

Ann Curtis realiza uma façanha sem precedentes na historia da natação americana

VISTA DEBAIXO DÁGUA: o "crawl" Ann Curtis desenvolve-se com o corpo for-atando uma linha reta dentro dágua (1), com o queixo para a frente, a linha dáguana testa, o nivel dos ombros na superfície. O braço esquerdo dobra-se ligeiramente,

assim que começa a puxar (2) exercendo forte pressão para trás debaixo do corpo

(3-5). Os dedos, bem unidos, fazem mais pressão do que separados (3)

(j$) O poder de elevação das pernas estende-se dos tornozelos às cadeiras. As per-nas ritmicamente para cima e para baixo, perto uma da outra, com os dedos dospés apontados (4). A flexão do joelho aumenta à medida que o pé se aproxima do

alto, então a perna bate para baixo ajudada pela flexão do tornozelo. Enquanto obraço direito puxa (6) o esquerdo emerge ao mesmo tempo que Ann pende a cabe-ca para a respiração. O ar é expelido gradualmente enquanto que o braço esqiurdo

se estende para a frente (7). A mão esquerda entra nagua (8) enquanto que amão direita ainda está puxando — um movimento rápido de braço em estilo derecuperação (9). Ambos os braços puxando com o corpo ainda bem esticado Ann

VISTA A TONA DÁGUA: Os ombros levantam o braço direito para fora dágua para reiniciar a recuperação, pri-meiro o cotovelo, depois fazendo correr a mão (1). Enquanto o ante-braço avança, o braço permanece relaxa-ão (2). E' assim que o braço se move para frente, a palma da mão vai abaixando, para iniciar a puxada, amão seguindo a mesma linha do ante-braço. (3). O braço puxa e a cabeça se volta facilmente para a es-

querda para uma rápida aspiração

0 «TUBARÃO DAS PISCINAS", ANN OUR ! IS, DEMONSTRA SEU FAMOSO CKAWLNascido nas ilhas dos mares do sul, desenvolvido

na Austrália, e aperfeiçoado por Johnny Weissmuller,O "crawl" é agora o estilo da natação mais popular doinundo. Modelo da velocidade e graça o "crawl" levarapidamente ao nado de grandes distancias. Nessasseqüências espetaculares, Ann Curtis, a mais veloz na-dadora norte-americana, mostra come executa os seus

movimentos. O "crawl" Ann Curtis" é uma cançãoacentuando o positivo — uma excelente sincronizaçãodos movimentos de braços e pernas, eliminando atensão negativa Tanto os iniciadores, como os nada-dores de classe podem estudar essas seqüências foto-gráficas, com grande vantagem para o seu próprioanerf eicoamento.

Bllrffflif>1«Os lábios apenas emergem ligeiramente fora dágua para que ;i boca possa receber unia golfada de ar (4). En-mianto o braço esquerdo avança, a cabeça torna a mergulhar e o ar é expelido pelo nariz e pela boca (5). Omovimento rct-piratorio é sempre regulado pelo braço que puxa: unia respiração para cada revolução completa dobraço Observe-se a linha dágua formada pela cabeça de Ann, quando ela avança, ao mesmo tempo que o

ü v* seu braço 6 estendido (C)

executa oito batidas de pé para cada ciclo completo de braços. A maioria dos nada-

dores conseguem apenas seis

.Jamais na historia da natação americana, deteve uma moça umnúmero tão grande de "records", como a grande e loura Ann Curtis.

Com apenas 19 anos e ainda a um ano ou dois do seu apogeu,ela já possue 12 "records" nacionais e dois "records" mundiais denado livre; estes nas distancias de 800 jardas e 800 metros.

E isso é apenas uma pnrte de sua espantosa história.Ela é a primeira mulher americana, no período de uma década,

a bater um "record" mundial; a primeira mulher :\ conquistar quatro# títulos nacionais de nado livre numa única competição; e a primeira

mulher — e tambem a primeira nadadora — a levantar o troféuJames E. Sullivan como a atleta mais destacada do ano (Ann venceuo prêmio de 1944).

Representante de uma terceira geração de São Francisco, a bombaaquática mora com a mãe, seu padastro (um engenheiro eléctro-téc-nico) e a Irmã de 17 anos. Sue, que é tambem uni tubarão de pis-cina e, segundo Ann, "a melhor nadadora na família".

Ann aprendeu a nadai aos 9 anos, na escola do Convento CrsulI-ne, em Santa Hosa, Califórnia, e venceu sua primeira corrida aosjJl anos, para o Centro da Comunidade Israelita de São Francisco.Iniciou a fase seria de treinamento no clube Cnstal 1'lunge onde,sob as vistas do técnico Charley Sava, praticava duas horas, reali-zando um programa de três milhas. Graças a esse regime descnvol-veu poderosos músculos peitorais — seus ombros são de fazer invejaa Charles Atlas — e a tremenda batida de pernas que é a chave desua espantosa velocidade.

Titã entre as nadadoras, Ann tem quase Im.80; pesa 160 libras;possue as medidas certas: cintura "7 polegadas, busto 37, quadris 38,5.

Ela não segue nenhuma dieta particular. Come o que gosta ebastante. Seu único tabu de alimentarão é o leite, Seria incapazde molhar os lábios com uni pouco de leite dois dias ant.es <lc umacompetição.

Socialmente. Ann é expansiva e vigorosa como um complexo devitaminas. Louca por «lança, especialmente a ruuiba, tambem loga"bad-minton" c tennis de mesa e certa vez ganhou unia corrida de100 jardas em ti segundos e 2 décimos. w

Gosta de cozinhar e faz algumas de suas nroprias roupas.As insistentes c tentadoras ofertas de Hollywood, ela fecha obstl-nadamente os ouvidos, preferindo terminar 'o curso de economia nauniversidade de Callíornia, onde é caloura.O estilo que a tornou a mninr nadadora da América em nadolivre, e talvez do mundo, é demonstrado nos espetaculares seqüências

•btldas pelo olho mágico.

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o globo sroimyo Sexta-feira, 14 de Setembro de 1945

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De cócoras (1), as costas em linha paralela à água, o queixo para frente, os dedos dos pés se firmam na borda da piscina para o impulso. Ao soar do tiro de partida, oabraços acompanham a linha descrita graficamente na fotografia, enquanto que as pernas tomam um grande impulso (2-3)

Os dedosmento de

imprimem um poderoso impulso, como se constata na gravura 3 e o corpo é projetado para frente — não para cima — tão rapidamente quanto possível (4). No mo-

abandonar a borda, o corpo fica reto (5); uma linha reta pode ser de sonhada dos dedos das mãos para os dedos dos pés. A entrada na água é reta, dando n»

poderoso deslise que permita a Ann vir à superfície rapidamente

':

Ann Esquenta Os Músculos Com II «Butterflv (1) A recuperação é feita com os braçofe estendidos, mas relaxados. A palma daa

» mãos para baixo, e os pulsos descansados, enquanto Ann toma respiração. (2) D«-

pois atira os braços para frente (8-4)

Os dois braços não lançados à frente da cabeça, (5) depois puxados fortemente para mersos. Não há deslize e a respiração é tomada durante a recuperação, (1-3) en»trás, tão longe quanto os ombros o permitam (6-8). O "hutlertlv" difere do nado mprculhode peito (a Ia brasse) em que os braços recuperam à tona dágua, em vez de sub- vez ao mtrfeumo

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DES INSCRITAS NOÇÃO DO BRASIL - CINÇOENTA CIDA^

CERTAME PAULISTA(De Hélio Serafino, especial para O GLOBO SPORTIVO)

Ainda este mês. na sua última semana, serão roa-lizados na. magnífica cidade de Campinas no Estado_oeSão Paulo os '' Jogos do X Campeonato Aberto do In-

"^Realização esportiva das mais arrojadas, em menos

de um decênio o Campeonato Aberto do Interior tomou-se indiscutivelmente o maior certame esportivo da Ame-rica do Sul. graças ao esforço constante de um pagilode verdadeiros esportistas que. desprendidos oe calque;interesse pessoal, vem trabalhando continuamente parao eugrandecimehto do esporte interiorano e, consequeii-temideadoapelomgehio

esportivo de Horacio Barioni oco-nhecido "Bahv", tão decantado nas crônicas e-poiavasdo nosso "ihterlaád", ultrapassou talvez, a própria ax-

pèctativa do seu criador e constitue, presentemente, urnaverdadeira olimpíada que arrebata, anualmente, a touoaos esportistas do interior.

ALGUMA COISA SOBRE OS JOGOS

Em 1936, na cidade de Monte Alto, "Baby Baxione"reuni" pela primeira vez, um punhado de ciaade. dointerior do Brasil, nas disputas de um.oertame^ espor-tivo aue ele chamou de "Campeonato Abei to do i^-Si!» Estava lançada a idéia, e a sua primara realizaçãofoi o primeiro e decisivo passo para uma gloriosa t-ar-reira Disputava-se então somente cestobol e.

^aqueleano sagrou-se campeã a cidade mineira de Uherlatidia.

Em" 1937 reuniram-se novamente os esportivas, m-terioranos na cidade de Uberlândia, onde disputaram o

H Campeonato, sendo nessa cidade acrescida as dí.pu-tes a modalidade natação para moças e rapazes. Então,o nume.o de cidades disputantes era ja considerável, fa-tor que veio animar "Baby" e seus companheiros deluta enquanto a fama dos jogos crescia repenlma-"^SoVocaba

foi a sede dos Jogos em 1938 e nesse™os entusiastas do certame puderam notar que o luluiodo humilde Campeonato de Monte Alto seria

cotada-mente grandioso; E a "Manchester Paulista foi o tei-fero d- ura grandioso espetáculo esportivo, pois en„ão, jao atletismo havia sido incluído, constante de uma provade íundo O número de concorrentes, nesse tempo. ua\amotivo a uma serie de jogos que tomava toda semana

N-i sua quarto realização, na cidade de Campinas,a tri-ande semana esportiva tomou vulto e atingiu o seuapogeu até aquela data. O número de disputantes oons-ÜtuTu um recorde e todo o interior voltou a sua atençãopara o grande torneio que já ia se tornando adulto.

Daí por diante foram aumentando as modalidades e cies-

Sd^sempre o número de candidatos aos vários ti-

tUl° São Carlos foi escolhida para lugar das disputas em

1940 Al"continuou o progresso dos Jogos, de sorte queÁ vistas dos poderes oficiais voltaram-se paia o le-to

e "Bab?", concitando os seus organizadores a novas vi-

t0l'Íapor dois anos seguidos, 1941 e 1942. Ribeirão Preto

t«,p o arande privilegio de constltuir-se em sede do»

Joeos Abertos e para isso foi construído um magníficoMincomum ginásio que encantou os olhos dos dispa-S

"as T Jogos haviam então atingido a

sua maioridade e o número de esportistas concorrentesàs provas era digno de nota. Disputavam-se então as

cinco modandades" cestobol, voleibol, tennis. natação ,

atletismo, para moças e rapazes, tornando-se assim o

maior torneio esportivo nacional.Quando o campeonato voltou para Sorocaba, em 1943

era já tão famoso que muito tempo antes do-.seu.lniujç.

já açambarcava a atenção esportiva das cidades do m-

terior, as colunas dos jornais esportivos e a fase de

preparação, em cada uma delas era intensa. Cada -ci-

dade queria aparecer melhor e o espetáculo loi su -

preendente. Uma semana na qual falou-se unicamenteem esportes, civismo e confraternização. Nesse ano a

acomodação dos atletass era já o máximo problema, de-vido ao grande número de participantes. Somente umadelegação - Santos _ trazia para Sorocaba nada me-n0S

No íno^passado, Taubaté organizou o campeonatoe para tanto, a exemplo de Ribeirão Preto e Sorocaba,construiu um grande estádio, destacando-se no mesmo a

maiestosa piscina e o "ginasiurn". Pelo que Presencia-mos no ano passado, podemos dizer que nao existe nanamais interessante, esportivamente talando, que o Cam-

peonato Aberto do Interior. ..„„,Mas a exemplo do que aconteceu em 1939. Campi

„„ nps'te aI10 fará com que o certame bata todos os re-cordel A julgar pelos preparativos da cidade-sede. e.re-mos na «princesa do Oeste", uma verdadeira apoteosea raça brasileira que bem poderia tomar o nome de A*Mil e Uma Noites Esportivas" „"

Agora oficializado pela Diretoria de Esportes do E--tado de São Paulo, o Campeonato Aberto do Interiuirecebe toda assistência técnica oficial e. ao contrario cio

que poderia acontecer, o torneio não e limitado um -

mente às cidades paulistas. Embora receba a mao fortep o campeonato é extensivo a todas as oi-interior do Brasil, assim é que ah disputarão

em 1945, cidades de S.Paraná, Mato Grosso e

Paulo, Minas Gerais,Rio Grande do Sul.

Rio, Goiaz,

O NUMERO DE CONCORRENTES PARA ESTE ANO

Já ultrapassou a casa dos cincoenta o número aosconcorrentes para este ano. Mais de cincoenta cidadesparticiparão dos Jogos, podendo-se imaginar oquaiuode interessantes surpresas nos irão proporcionar eboesmilhares de esportistas que os últimos sete dias destemòs nas mais completas instalações esportivas do inte-rior' estarão reunidos na disputa acirrada e interessanted°

Enlre° ífStade. que lutarão este ano pela possedo título máximo e na disputa do campeonato> nas va-rias modalidades, destacam-se. _ Campinas San os Tau-bate Uberlândia, Piracicaba. s>ao João Del Rei, Juiz -eFora Sorocaba, Ribeirão Preto, Findamonhangaba Ma-rilia' Guaratinguetá. Bauru. Tanabi, Paraguassu, Limei-ra, Rio Claro, Franca, Jaú, Araçatuba, Lins. Itu, Ara-

guarí, Araraquara, Ipameri, Botucatu, Mirassol e oucia*tantas cidades.

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da Ddades

E.S.do

^ 50 anos de proteção d Família Brasileira „ 7

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Campeonato tía CidadefCtmünuação da página 2)

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de

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Nestormoeirinho

CorrêaSobra

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— Uma cidade de 14.000 rasas

poderia ser construída com os seguros

já p3g»s pela SUL AM EM HA

em seus 50 anos de exislèucia

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Sul AmericaCOMPANHIA NACIONAL

DE SEGUROS DE VIDAI'uslul971 Kio de J»««iro

)

_03_Wlb_J.

_ Bria — Plácido — Li-_ Jorginho (Madureira)- Neca — Tim — Rebolo_ Santo Cristo — Maga-

. Cidinho — Pedro Nunes -

Zé Luiz — Biguá e Rafanelli, comum goal.

ARTILHEIROS NEGATIVOS —Laercio mo jogo-com o Fluminense'».Pe de Valsa (no jogo com o Madurei-ra), Spina (no jogo com o Vasco) eOsny I (no jogo com o Bonsucesso),um

"goal.

ARQUEIROS VAZADOS - 1° lugarManeco (Bonsucesso). 33 goals; 2"Robertinho (Bangú), 23; 3o — Ve-

líz (Madureira». 18; 4o — Odair (CRio) Luiz (Flamengo) e Batataes(Fluminense). 12; 5o — Vicente (Ame-rica), oito- S5 Arv (Botafogo), seis;7" _ Roberto (Madureira», cinco; 8°_. Osny II (América) e Rodrigues(Vasco), três; 9o — Barqueta (Vas-co) e Oncinha (América), dois; 10'

- _ Alfredo (Fluminense), Castro i Vas-co) e Carliuhos (São Cristóvão>. um;j^c — Marthüio (Vasco), zero goal.

JUIZES QUE ATUARAM — MarioViana move vezes), Oscair PereiraGomes (seis), José Pereira Peixoto(cinco), Necyr de Souza e CarlosMilstein íauatro), Alzilar Costa e Aris-tides Figueira (três), Solon Ribeiro eFioravaute Dangelo (duas). Belgra-no dos Santos. Adolfo Costa Campos.João Aguiar e Guilherme Gomes(uma

' vez».

OS PREPARATIVOS NA CIDADE-SEDE — CAMPINAS

Campinas, devido à sua ótima localização geográfica.nonto de entroncamento de três estradas de ierro comosejam: Paulista. Mogiana e Sorocabana, servida por^óti-mas estradas de rodagem, situada a menos de

fuás no.as

da capital paulista, cidade de caráter universitário, pus-suindo notável serviço de águas e agraciada P«-W_J-ma agradável, está apta a realizar um certame que mar-

^__S$totM da fibra de Euclides Vieira. Leite de B^

ros, Rodrigues, Ariani, Coelho Pereira, ^Quehm

Teles^Lo-ho etc estão entregues ao afa de ultimai os PieparativosPpam a grande semana. Assim, jú¦ tojnaram loud»as providencias no sentido de que os milhares de ";';'-«stas presentes estejam à vontade, quando em Çanigr

Serã0 alojados nos estabelecimentos escolares e te-r\o'todo conforto e assistência social, estendendo dessaforma as fmalidades dos Jogos que darão motivo a uma

verdadeira semana de ferias e lazer.No tocante à parte esportiva propriamente dita. fo-

ram ampliadas e criadas novas instalações ^.destoça^entre as realizações, o magnífico ginásio, cujo custo ul-trapassou em muito a 1.000.000 dc cruzeiros. Alemi da

qúídra interna do Ginásio Municipal de Campina^ ex..-tem outras vinte, aproximadamentes ques serão posta, hdisposição das comissões organizadoras paia os jogoa,.-_otrehios dos disputantes, tanto para o cestobol como para

V parto tíf tennis será realizada nas quadras do Tennis Clubenanminas que possue das melhores no interior. ,„.„..;„?am a natação foram reservadas as modernas ç encantadoras

oiscina-Tdo Clube Campineiro de Regatas c Natação e cio luinjs

Clube ae Campinas, existindo ainda mais quatro piscinas mono-Ss nas quais os disputantes poderão manter a sua r^ma

No Xadrez Clube de Campinas serão efetuadas as PÇjg«desta nova modalidade, o xadrez, que vem de ser mtroduzlüon°

FiSmente0 ^aüSS terá o desenrolar, das suas provasnas duas modernas pistas do Clube Campineiro de Regatas eNatação e do Esporte Clube Mogiana, esta última consideradacomoleta para as disputas do esporte-base.

Alem de toda assistência médica e esportiva, a comissão eo novo campineiro oferecerão aos visitantes toda assistência -°"ciai fazendo com que os sete dias em Campinas sejam aindamais agradáveis. Acresce ainda notar que toda atividade na a-dade será orientada no sentido de facilitai o bom andamentodo próximo campeonato. (

O ESPIRITO DEMOCRÁTICO DOS JOGOS ABERTOS

De'-taca-se como primordial característica do Campeonato doInterior o elevado espirito democrático que vem norteando a suacaminhada por estes dez anos. Desde o congraçamento dos cs-portistas de vários Estados, as indumentárias e as tradições ecostumes que já vão surgindo, até mesmo as deliberações toma-das, tudo é feito democraticamente.

Nada é resolvido a critério desta ou daquela pessoa e nemtampouco deste ou daquele departamento. Para decidir sobre onresente e o futuro do campeonato, existe um congresso que duratanto tempo quanto os jogos e ali os problemas sao resolvidospor meio da maior arma democrática: o voto.

E talvez seja pr isso que no período de dez anos, um granaenúmero de cidades e, consequentemente, uma vasta coleção deesportistas, entregam-se às disputas e, delas saindo vitoriososou derrotadas, têm vivido na mais completa harmonia. Isso porterem consigo esse ideal alevantado do -'esporte pelo esportee. vencendo ou sendo derrotados, sabem todos que o fazem peloengranüecimento do Brasil.

denD'\S — Ia rodada: CrS108.41Ü.3Ü; 2a rodada: CrS 159.13'; CrS 140" ,415.50; 4a:5a; CrS 124.426,50; 6*:7»- CrS 107.360.80; 8a:9a: Cr$ 216.762,70 e 10'Total: CrS 1.654.9I6.0O,

CrS 114.951,50;CrS 187.070,10:Cr$ 259.850.60;CrS 229.893.00.

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U GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 14 de Setembro de 1945 Página 14

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t " " y'ÍɧlllÉÍlÉí' campeonato disputudo entre o i I ti mi - siáiÊÊÊÊÈÊÊÊÊÈÊÊÍÍÊÊÊIÊto^7 ' sillllllll^^*^^^^ nense e o s:m Cristov.lo, José Pereira í^^^^k#^^S1Í- '•"''¦' XX- '<' ; '-llilliIÍK§Ír Peixoto expulsou três jogadores '!>> clu- íÉ^^^^^s^^^^K^^ ^S ¦ -.;--X:XX 7.X Íp$I11Í11F '"' alvo: Sautamnrla,'Eoiirlnho e Pio- sí|^^^^w%#&^^^raHI P^âÃijjp*!»»-*^^:.^'^ .,^7- 7:X IplilP^ rindo, Em represália o Sim Cristóvão ÍÊÊÊÊÊÊÊMÉÈÍMÊÊ » Hk:- 7 jX, \ sultmetesse o arbitro i;o exame de Ba-'; % V^ riidade mental. No |ogo Fluminense v W^Aí^^ ' ^llÉIÉsal ?<tfl|

ÊÊ M & Mt jicm± ol bk ifflwn M»ffiwi iBimxnri- "¦»¦»- jgmn O M

III /y.

Entre os problemas mais sérios do Brasil, como o da falta de transporte, da» filas, dos racionamentos daAo açúcar e do leite, pode e deve ser incluído o problema dos juizes. I)os juizes, estes monstros...

Nos leis esportivas — teoricamente, é claro — o árbitro de football (vamo-nos clnglr a esse especlmen) enfelxauma soma de autoridade que o eleva, no transcurso de uma partida de 90 minutos, iucluindo-se os Intervalos e asInterrupções, à categoria de ditador. Nem mais nem menos: ditador. Pode haver gente ?nuito mais importante emcampo, ministros de Estado e até o presidente da Itepúlilica. Pois bem, o Juiz que na sua vidn particular podeser um rapaz modesto e humilde, transfigura-se no campo.' Sua voz canta mais alto do que qualquer musa queapareça. Esse excesso de autoridade e de importância cria como que um complexo de Inferioridade no selo da tor-cida, entre os jogadores e os dirigentes dos clubes dispu tantes. E esse complexo, segundo poderia afirma-lo qual-quer repórter de policia que lê Frctid, produz uma. ac umulação de recalques. Isso explica, eri porte, ou tnlveano todo, a ma. vontade, a prevenção que existe indistinta mente contra os juizes, esses monstros. A prlori — ás v«>-r.es nunca o viu mais gordo — o torcedor está convencido que o juiz é ladrão, venal e o que é pior: está em cam-po, com uni apito na boca e provavelmente com um Kadar oculto para ver apenas as faltas do clube de sua pre-dllcçfto.

Se ódio e insultos pesados matassem, não restaria sequer vestígios de uni único competente do quadro de ju»-«es da Federação Metropolitana. Algum leitor arguto levantará, então, a questão: por que os Juizes não fazem gre-ve se vão a campo para sofrer injurias? Não há dúvida.qne a pergunta é digna de ponderação. Mas indaguem des-ses cavalheiros que dirigem partidas de football se preferem assistir o football de arquibancada ou ao lado de umaparelho de radio, nenhum deles jamais terá cogitado de abandonar o apito. A não ter obrigados ou por motivo»multo especiais. E não é o dinheiro que os faz arriscar semanalmente a sua integridade física. Eles todos sabemque a remuneração de unia arbitragem não vaie um tijolo ou unia garrafa partida no crânio, mas querem é fazersoar o apito, dar ordens, expulsar Jogadores ou cartolas que se metam a Invadir campos. Jucá durante multo tempodistribuiu o dinheiro ganho com suas atuações.

Mas essa resistência estoíca aos projeteis falados e os que são mudos, mas contundem de verdade, apenas serviuparu acirrar os ânimos e tornar mais denso e compacto, o ódio contra os "referées".

Estudiosos das arbitragens, veteranos do apito, críticos de football. entendidos e técnicos de oltivrt têin-8*reunido em verdadeiros congressos para resolver o problema dos Juizes. Exames teóricos e práticos, aulas técnica»,conferências, exortações, escolas, prêmios, o diabo tem sido sugerido e realizado, neste6 últimos anos. Depois dia»»tudo, certamente, terá sido resolvido.Senão, vejamos: No primeiro Jogo docampeonato disputado entre o Fliiml-nense e o São Cristóvão, .José PereiraPeixoto expulsou três jogadores do clu-be alvo: Santamarla, Lourinho e Fio-rindo. Em represália o São Cristóvãopediu a. Federação, oficialmente, quesultmetesse o arbitro i;o exame de sa-nidade mental. No Jogo Fluminense vVasco, o tricolor fez carga cernida con-tra Pereira Peixoto e conseguiu indigna-ção contra ele. Agora para provar queé de todos o "monstro" número um, oBonsucesso, em conseqüência dos acon-teeimentos verificados no jogo com oAmérica, publica uma nota oficial, emque apresenta o seguinte dilema: ou oJuiz é deshonesto ou esto com perda docontrole nervoso. E sugere »ntao a suaeliminação, ou. pelo menos, afastamentotemporário até que recupere aquelecontrole. E como se Isso não bastasse— torna-se oportuno recordar — Verei-

Pereira Peixoto è, sem favor, o mais azaradoJá apanhou, foi roubado e ucusado de insanidade mental. Sem falar nos insultos da torcida.

ra Peixoto apanhou na saida do Jogo Flamengo e Canto doKio (Torneio Municipal), c ainda lhe roubaram o apito. Asolução é uma visita rápida aos "Harbadlnhos".NA "LISTA NEGRA"

Fioravanti IVAngclo está na "lista n"gra" do Flumi-nense. Hasta dizer que o clube tricolor não o quer nemcomo bandelrinha. Queixa-se o clube de que o árbitroteria dado dois goals obtidos cm "off-side" ao Flamengonaqueles 7x0. E no Jogo com o Vasco, ainda como ban-delrlnha. Fioravanti é acusado pelo Fluminense de haverconfraternizado com a torcida do Vasco.

QUAL NUMERO UM, QUAL VADAE Mario Vianna? Em 1943 expulsou Isaias e o Vasco não

voltou a campo. Estava o Fluminense ganhando de 3x0.Este ano é o Fluminense que se Indispôs com o apito mi-mero um. considerando parclalíssima a sua atuação noFla-Flu. Vale a pena lembrar que; certa vez, o comandanteCarvalho Rego, foi ao microfone do Botafogo pedir a eli-minnção de Mario Vianna, que expulsara Domingos e Biguá.

TORCEDOR DE APITOAlzllar Costa é acusado pelo Canto do Rio «le, no jogo

com o Fluminense, realizado no campo do Vasco (TorneioMunicipal) haver dado um goal no Fluminense, a bola nãoteria entrado e ainda por cima teria saldo pulando de s-atls-Cação, após ter dado o réglo presente

MAIS UM C\SOPara terminar, citemos o -nso do logo Botafogo e Vas-

eo. Foi a única atuação de Guilherme Gomes neste campeo-nato, e no entanto, a dúvida levantada se teria pedido ounfto a ficha de amador de Marti nho, provocou um dos maisrumorosos casos do nosso football.

E ainda há juizes que pagam para atuar.

L«i

Guilherme Gomes atuou uma única vez este ano e esse jogo provocou um dos casos mais ru-morosos do nosso football

¦:¦¦ ¦¦¦-¦ -¦ _— ¦- anftiasà&BSÉfti

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