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Esta obra foi idealizado e construidas pelos alunos e alunas da Escola de Ensino Medio Francisco Jaguaribe e descreve, segundo o ponto de vista dos autores, o povoamento e desenvolvimento das comunidades rurais e urbana que formam o municipio de Jaguaruana, no estado do Ceara.
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Jaguaruana: suas comunidades e suas histórias
AUTORES: ALUNOS DA ESCOLA DE ENSINO MÉDIO FRANCISCO JAGUARIBE. JAGUARUANA _ CEARÁ
LABORATORIO ESCOLAR DE INFORMÁTICA _ LEI PROF. MAURO CÉSAR PEREIRA DA ROCHA
APOIO:PROF. RAIMUNDO COELHO DA SILVA
PROF. ENEDINA MAIA DE LIMAPROF. FRANCISCO EVANILDO PEREIRA
Apresentação
Este projeto foi desenvolvido pelos alunos da Escola de Ensino Médio Francisco Jaguaribe no município de Jaguaruana _CE, sob a orientação do Professor Coordenador do Laboratório Escolar de Informática _ LEI, desta escola, com o suporte dos Professores Raimundo Coelho da Silva (Língua Portuguesa), Enedina Maia de Lima (PCA de Linguagens, Códigos) e Francisco Evanildo Pereira (Sociologia).
Agradecimentos
Temos de agradecer a algumas que contribuíram de forma significativa para a concretização desse projeto. Primeiramente, aos professores coordenadores do Núcleo Tecnológico da 10ª Coordenadoria Regional de Ensino – 10ª CREDE, Fátima Gonçalves, Eliane Batista e Monalisa Chaves, que investiram com seus conhecimentos e suas competências, acreditando na capacidade de articulação dos professores dos Laboratórios Educacionais de Informática.
Reconhecemos também a confiança do Núcleo Gestor da Escola que empreendeu o apoio necessário, nos permitindo desenvolver todas as atividades dessa experiência exitosa, bem como aos professores do Centro de Multimeio que orientaram com sugestões de leituras de obras da Biblioteca Escolar.
Comunidade do Tabuleiro
Aproximadamente em 1920, começou o desenvolvimento dessa comunidade. Eram uns terrenos com muitas matas. No início foi chamado de Taperinha, por ter muito barro, mas seu nome foi trocado por Tabuleiro que significa areia, mesmo não existindo areia no local.Os primeiros moradores foram José, Vicente Florença, José Anacleto e seus familiares.Em 1939 começaram, no bairro, as
atividades de uma olaria de tijolos de propriedade de Raimundo Passarinho e também o time de futebol por Luís de Freitas, Luis Carneiro, Gerardo, José Carneiro, Luiz e Raimundo Passarinho.
Em 14 de julho de 1978, a eletricidade foi implantada e pouco a pouco a comunidade vem evoluindo, hoje, na comunidade, existem colégios, quadra de esporte e programa de habitação.
Jorge Luís de Oliveira Aluno do 3º ano “E” da E. E. M. Francisco Jaguaribe
Comunidade da Lagoa
Denominada Lagoa da Igreja, termo esse devido a uma correnteza muito forte na época de inverno, ficando uma porção d'agua conhecida por Corguinho, perto da igreja.
Foi Então que os moradores começaram a surgir. Construindo suas casas nos terrenos doados
pela Paróquia sob a invocação de Nossa Senhora Sant'ana. Com o decorrer dos anos foram aparecendo mais famílias, formando assim as primeiras vilas. Com os lares a corrente de água mudouse para uma distância de mais de 500 metros da igreja do lado leste da cidade, sendo conhecida somente pelo nome de Lagoa.
Seu crescimento é bastante grande, tendo em vista a grande quantidade de crianças, jovens e adultos existentes na comunidade. Antes era um campo de futebol, onde a Prefeitura controlava os terrenos, depois o campo deixou de existir por que a Prefeitura doou o terrenos aos pobres.
Hoje Existe a Associação do Moradores da Lagoa, uma entidade sem fins lucrativo, que desde 1981 vem desenvolvendo trabalhos comunitários com projetos e lutas no sentido de conscientizar as famílias a um bem estar social comum em de progresso sóciofamiliar.
José Rodolfo Lima CoelhoAluno do 3° Ano “E” da E. E. M. Francisco Jaguaribe
Bairro do Juazeiro
Segundo informações do livro “O Ceará Memória, Jaguaruana um povo um lugar”, não existe relatos sobre a origem da minha comunidade (Juazeiro). Mas, por outro lado através de informações cedidas pelos moradores mais velhos, percebemos que existem algumas contradições, em comparação ao que foi relatado no livro, e o que as pessoas que habitantes mais antigos no bairro acham.
Uns afirmam antigamente naquela região da cidade, não existiam muitas árvores de juazeiro e sim muitas moitas, já outros residentes locais afirmam que havia um estreito caminho no espaço que hoje se localiza o bairro e que nesse caminho tinha um grande pé de juazeiro onde todos que passavam pelo caminho tinha que passar por baixo da enorme árvore.
Então concluímos que não existe uma história certa, cada pessoa conta uma versão diferente, mas nós acreditamos na história que os moradores mais antigos contam.
Francisco Rodolfo Silva Barreto Maria Silvana Leite Silva Charles de Oliveira Brito Alunos (as) do 3° Ano “C” da E. E. M. Francisco Jaguaribe
Lagoa Vermelha
Por falta de fontes escritas, os relatos escritos foram feito com base em entrevistas com moradores antigos e pela literatura mais geral sobre o povoamento do Baixo Jaguaribe. A Lagoa Vermelha, localizada a 12 km da sede do município de Jaguaruana.
Conforme constatado, o povoamento destes sertões se fez pelas encostas do Rio Jaguaribe, onde a pecuária foi o principal fator do seu povoamento. Segundo relatos, por volta de 1780 chegou as estas terras então chamada “Alto do Poró”, o senhor José Cláudio Batista, fazendeiro muito rico, dono de muito gado e de grande posses de terras. Segundo seu tataraneto Dedé Cláudio, existia uma estrada onde passavam os chamados Tropeiros, com rota para Pernambuco.
Já o senhor Benedito, 86 anos, afirma que na década de 20 do século passado, essa estrada era conhecida como “Altos das Flores”, devido a uma grande quantidade de salsa Japão que durante a sua floração exibia botões vermelhos. Havia também muitas lagoas na comunidade, e daí surgiu o nome de Lagoa Vermelha.
Francisco Ismar Leite Abreu Jorge Eduardo de Oliveira Jeysla Santiago Amorim Talita Ellen de Oliveira _ Alunos (as) do 3° série “C” da E. E. M. Francisco Jaguaribe
Comunidade do Sítio Sargento
Antigamente quando existiam naquele lugar, muitas casas de taipa, as pessoas tinham medo de um besouro chamado “bicudo” que transmite a Doença de Chagas. Para eliminar esta praga as pessoas recorreram, ao prefeito para que ele mandasse pulverizar as casas com inseticida.
Tempos depois o pedido foi atendido. O prefeito mandou uns guardas do serviço sanitário para fazerem o serviço. Terminado todo o trabalho, os guardas foram embora.
Naquela época o modo de vida das pessoas era muito precária. Luz elétrica nas casas não existia, e o reaparecimento do barbeiro, como popularmente era conhecido o inseto, era uma questão de tempo.
Um dia, um militar com a patente de sargento que por lá morava foi picado pelo barbeiro e tempos depois morreu devido a doença de chagas. E assim em função da patente que o militar tinha, a comunidade onde ele morou ficou conhecida, até hoje, como Sargento.
Francisco Jeovane de Oliveira Santos Aluno do 1ª série “D” da E. E. M. Francisco Jaguaribe
Comunidade do Curralinho dos Patos
Alguns moradores contam que no passado, nossa comunidade era um local de caça de aves selvagens como patos e marrecos, enquanto outros afirmam que esse nome devese a existência de vários currais neste local.
Curralinho, antigamente, era um povoado bem diferente, pequeno e com poucas casas. A primeira moradora da comunidade foi Maria Veneranda Nogueira mais conhecida como Veneranda.
A maioria das casas era feita de taipa. As comidas eram feitas em panelas de barro e cozidas em fogões a lenha. Os meios de transporte eram a carroças movidas por animais, a vida era simples e como não existiam opções de emprego, os pais eram obrigados trabalhar na roça para sustentar as famílias.
Na comunidade não havia energia elétrica e à noite, tudo o que se fazia era com o auxílio da lamparina, somente no final do ano de 1996 foi que a energia elétrica chegou às casas da localidade.
A primeira escola era na casa de um dos moradores chamado José de Souza Oliveira, mais conhecido como Zé da Nega. Era uma época muito rigorosa, os alunos que não respeitassem os professores, ficavam de joelhos em cima do milho e também punidos com a palmatória.
A comunicação era muito precária, pois existia somente um rádio na comunidade. As pessoas usavam roupas feitas de sacos de açúcar e os chinelos feitos de pneus.
Apesar das dificuldades as pessoas dizem que os tempos antigos eram melhores, criavam seus filhos sempre com certeza que iam ser gente de bem por que não tinha a violência de hoje e tinha mais tranquilidade.
Maria Janiele da Silva Maria Janaina da Silva Alunas do 1ª série “E” da E. E. M. Francisco Jaguaribe
Comunidade do Sítio Patos
Muitas vezes ficamos nos perguntando por que existem comunidades com nomes tão diferentes e até mesmo estranhos. É daí que nos vem a curiosidade de saber o por quê desses nomes.
Sabemos que todos esses nomes diferentes e estranhos têm sua importância para cada comunidade e tem toda uma história para ser contada. Em sítio Patos não foi diferente. Com alguns conhecimentos que pessoas já tinham passado para nós e com pesquisas, chegamos ao porquê do nome Patos. A origem do referido nome se deve a uma senhora que morava no lugar e criava muitos patos. Quando as pessoas iam para a casa dela, diziam que iriam à casa da tia dos patos. Daí surgiu o nome Patos.
Helen Emanuele dos Santos Maria Aline Santana dos Santos Maria Jesivânia dos Santos Maria Vanessa de Oliveira Alunas do 3ª Ano “E” da E. E. M. Francisco Jaguaribe
Comunidade de Carnaubal
A comunidade de Carnaubal recebeu tal nome, por existir uma grande plantação de carnaúbas.
Carnaubal é uma localidade ribeirinha que fica às margens do Rio Jaguaribe, onde antigamente existiam apenas 11 famílias. Quando começaram a habitar o lugar, os moradores mais antigos eram: Joana de Freitas, Raimundo Marica, João e Serafina Cassunder, Augusto Tomaz, Chico Barbosa e Ana Francisca de Jesus. Eles tinham como base da economia o trabalho com palhas de carnaúbas.
Hoje residem 43 famílias, sendo as mais velhas da comunidade: Raimundo Cândido, Maria Cândida, Edite Cândida e Rosa Cândida.A comunidade conseguiu se
organizar e construiu a escola em 1970. Em 1989 foi colocada a energia elétrica, em 1997 ampliaram a rede elétrica, por isso todas as famílias estão sendo beneficiadas e hoje
estamos lutando pelo abastecimento da água nas residências.
Mariane André Lopes _ Aluna do 3ª série “E “da E. E. M. Francisco Jaguaribe
Comunidade de Antonópolis
Um pequeno povoado recebeu o nome de Saco do Médico, porque certo dia recebeu a visita de um farmacêutico, que com sua boa vontade, viajava fazendo suas curas caseiras, principalmente em pequenos povoados. A esse homem deram o apelido de médico. Nas suas andanças pela comunidade ele esqueceu um saco com os seus mantimentos e certo tempo
depois, alguém o encontrou e depois de vê o que tinha dentro percebeu que aquele saco era do médico. Algum tempo depois, um portador a mandado do canoeiro, chegou e disse:
__ Olhe, eu vim pegar o saco do médico.Esse fato ficou na memória dos moradores da época. Tempos depois,
construíram uma capela, trazendo também o mestre Chagas Ribeiro professor que vinha ensinar os filhos dos fazendeiros que eram donos de muitas terras e plantavam muitas bananeiras, cana e algodão. Todos esses produtos eram vendidos e transportados para a cidade em carro de bois.
Houve a inauguração da capela com uma bonita festa, missa, batizados, quermesse e disputa dos fazendeiros para dar outro nome mais apropriado ao povoado. Então um dos fazendeiros mais ricos foi homenageado, porque foi quem doou mais terras à comunidade.
O nome do senhor era Antônio Valente, que deu origem ao lugar Antonópolis.
Hoje Antonópolis mais conhecido por Saco é uma comunidade humilde que tem muito para evoluir.
Naiane Costa de Oliveira Dalila Costa Damasceno Erivania Mikaela Alves da Silva Francisca Jeane da Silva Luis Henrique BatistaAlunos (as) do 3° Ano “D” da E. E. M. Francisco Jaguaribe
Córrego do Machado
Certo dia há muito tempo atrás, um velho chamado Vicente estava trabalhando com seu machado, quando começou a chover. O tempo foi passando e a chuva ficou cada vez mais intensa e não dava sinais que ia parar. Então ele resolveu voltar para a sua casa.
Caminhando de volta, ele se deparou com o córrego cheio. O mesmo onde há poucas horas atrás tinha caminhado sobre o seu leito seco. Seu Vicente resolveu atravessálo a nado, apesar do perigo. Naquele momento a correnteza era muito forte e na travessia ele perdeu a sua ferramenta de trabalho.
No outro dia ele voltou ao mesmo lugar, para procurar sua ferramenta e chegando lá, encontrou apenas o cabo sem a parte de ferro. Ele não entendia como aquilo havia acontecido, pois era algo difícil de ocorrer. Essa história é um mistério, mas ainda é contada até hoje.
Francisca Geísa Almeida da Silva Ana Maria de Oliveira Herica Jorgiana da Silva Raquel Cristina Carvalho Alunas do 1° Ano “C”, 3º Ano “G” e 2° Ano “B” respectivamente, da E. E. M. Francisco Jaguaribe
SÃO JOSÉ DO LAGAMARNo ano de 1870 chegaram os habitantes
que deram início a povoação da nossa comunidade. Não dizemos primeiros habitantes porque nossa terra foi habitada primeiramente por raças indígenas.
Três irmãos descendentes de portugueses saíram à procura de um lugar onde pudessem viver tranquilos. Depois de grande caminhada, finalmente chegaram ao Baixo Jaguaribe. Localizaramse um em
Malhadinha município de Russas, outro em Passagem das Pedras município de Itaiçaba e outro na comunidade, à qual deram o nome de Picada, nome dado por causa de uma grande subida de areia que tinha. Esse último localizouse num sobrado de carnaúbas feito pelos índios junto ao Rio Jaguaribe.
Trouxe consigo seus filhos e a esposa, semente de plantas para plantarem e delas colherem os frutos para sua alimentação: milho, feijão, macaxeira, melancia, batata, etc. Trazia também a imagem de São José, que escolheu como padroeiro desta terra.
Construíram uma casa, onde hoje é o cemitério, e ao lado um nicho onde foi colocada a imagem do Santo Padroeiro. A capelinha era feita de pedra e os caibros amarrados com couro de boi, pois não existiam pregos.
Com o crescimento do povoado, o Padre Nelson convocou os fiéis para a construção de uma capela maior. Em 1922 deram inicio à construção, sendo a igreja inaugurada no dia 1° de janeiro de 1924. No dia da bênção da capela, casaramse Francisco da Chagas Maia e Maria de Jesus Maia, os primeiros a se casarem na nova igreja.
Portanto, nesse período acima colocado, o povoado já tinha recebido o nome do seu padroeiro São José.
Ronald Felipe Barreto de Sousa José Felipe Barreto do Amaral Eliana Rodrigues Beserra Jôse Késsia Paiva Barreto Bruna Kelly Alexandre de Souza Aluno (as) do 3ª série D da E.E.M. Francisco Jaguaribe
Comunidade Santa Luzia
Há muito tempo, em torno de cem anos atrás, conforme algumas histórias que as pessoas mais idosas contam, a nossa localidade era chamada de Camalaú, porque neste lugar existiam muitos camaleões, alguns tipos que as pessoas os caçavam nos períodos mais escassos. Nesta época, também existiam índios que moravam à beira do riacho Araibú que passa próximo à comunidade.Desde os primeiros moradores, Santa
Luzia sempre foi a santa mais venerada na localidade. Com o passar do tempo foi construída uma capela e para ela, trouxeram uma imagem da Santa e assim, em sua homenagem, mudaram de Camalaú para Santa Luzia.A festa da nossa padroeira é hoje uma das mais festejadas do município e também muito importante no calendário religioso, pois atrai fiéis de todas as comunidades próximas e até de outras cidades.
Anderson da Silva Fidel Gomes Pereira Josiel Silva Pereira Alunos do 2ª série “D” da E. E. M. Francisco Jaguaribe