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Todos sabemos que a vida é repleta de problemas e conflitos que a qualquer momento podem nos fazer sofrer. Porém, apesar de tudo, podemos dizer que a “felicidade interior” é um dos melhores indicadores para saber se uma pessoa está acertando na difícil arte de viver. Poder-se-ia, inclusive, afirmar que a verdadeira felicidade não é nada, senão a própria vida quando vivida com acerto e plenitude. Nosso problema consiste no fato, de que a sociedade atual nos programa para buscarmos a felicidade por caminhos equivocados, que quase inevitavelmente, nos conduzirão a viver de maneira infeliz. Uma dessas instruções erradas diz assim: “se não t iveres êxito, não terás valor”. Para conseguir a aprovação dos demais e, inclusive, sua própria estima terás que triunfar. A pessoa assim programada dificilmente será feliz. Precisará obter êxito em todos os seus empreendimentos, sejam eles pequenos ou grandes. Quando fracassar em algo, sofrerá de maneira indevida. Com muita facilidade, sua agressividade crescerá contra a sociedade e conta a própria vida. Essa pessoa acabará, na maioria das vezes, incapacitada para descobrir que ela vale por si mesma, pelo que é, mesmo antes de lhe atribuírem êxitos ou vitórias pessoais. O segundo equivoco é este: “se queres ter êxito, terás que valer mais que os outros”. Há de ser sempre mais que os outros, se sobressair, dominar. A pessoa assim programada está convocada a sofrer. Viverá sempre invejando aos que tenham alcançado mais êxito, aos que tenham melhor nível de vida, aos de posições mais destacadas. Em seu coração crescerá facilmente a insatisfação, a inveja oculta, e o ressentimento. Não saberá desfrutar do que é e do que possui. Viverá sempre olhando os demais com desconfiança. Desse modo, dificilmente se é feliz. Outro registro equivocado: “se não respondes às expectativas, não serás feliz”. Tens que responder àquilo que a sociedade espera de ti, se ajustar aos esquemas. Se não andares por onde todos andam, poderás perder-se. A pessoa assim programada se “machuca” quase que inevitavelmente. Acaba por não conhecer a si mesma nem viver sua própria vida. Buscará o que todos buscam, ainda que não saiba exatamente por que ou para que. As Bem-aventuranças nos convidam a nos perguntarmos se temos a vida bem planejada ou não, e nos urgem a eliminar programações equivocadas. O que aconteceria em minha vida se eu aceitasse viver com um coração mais simples, sem tanto desejo de possuir, com o interior mais livre, mais atento aos que sofrem, com uma confiança maior em Deus que me ama de maneira incondicional? Por este caminho segue o programa de vida que nos trazem as Bem-aventuranças de Jesus. Ano I - Nº 10 03 à 09 de Novembro de 2012 D i o c e s e d e S ã o M i g u e l P a u l i s t a Z o n a L e s t e - S ã o P a u l o - C a p i t a l (JB Libânio) 1ª Leitura: Apocalipse 7, 2-4. 9-14 - Salmo Responsorial: Salmo 23 (24) 2ª Leitura: 1Jo 3, 1-3 - Evangelho: Mateus 5, 1-12a Chegamos ao nosso 10º Informativo IPDM. Queremos agradecer a todos que, no inicio, nos incentivaram e continuam manifestando seu apoio. Muito obrigado. Em breve, teremos novidades em nosso informativo que em muito irão abrilhantar ainda mais este humilde trabalho. As respostas que temos recebido de nossos leitores, nos levam a crer que estamos no caminho certo. Que bom! Neste número, trazemos a reflexão por muitos esperada do teólogo José Antonio Pagola, falando sobre os perigos de nos deixarmos ser programados pela sociedade e seus costumes, tornando-nos “programados para atender aos sistema imposto”. Não menos interessante e atual é a reflexão trazida a nós por Gilberto Faggion, nos apresentado as Bem-aventuranças como respostas ao Amor de Deus que, apossando-se de nossas vidas, introduz-nos no seu Reino e nos ensina que aceitar, permanecer, crescer e perseverar na construção deste Reino no mundo: é o caminho a percorrer na rota da santidade! Dom Demétrio Valentini, em nosso “Refletir para Construir” nos fala, abordando o Congresso Teológico recentemente realizado Pelo Instituto Humanitas Unisinos, da necessidade premente de formação. Esta providência não se limita a momentos esporádicos de "encontros de reflexão”. Cada Diocese precisa se tornar uma "escola de formação permanente”, pela maneira como propõe uma caminha de Igreja consciente e participativa. No próximo dia 15, teremos nosso tão esperado encontro com Padre João Batista Libânio, grande teólogo que vem lá das Minas Gerais para nos enriquecer com seus conhecimentos. Anote aí: dia 15 de novembro às 8h30. Veja instruções para inscrição na página 3. Por fim, em nossa “Agenda IPDM” trazemos as datas pré-agendadas para as nossas reuniões e encontros de 2013. Desejamos a todos ótima leitura. Equipe de Redação José Antonio Pagola Tradução:Waldir A. Augusti Em: iglesiadesopelana3b.blogspot.com 02/11/2012 L I T U R G I A I T U R G I A

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Todos sabemos que a vida é repleta de problemas e conflitos que a qualquer momento

podem nos fazer sofrer. Porém, apesar de tudo, podemos dizer que a “felicidade interior” é

um dos melhores indicadores para saber se uma pessoa está acertando na difícil arte de

viver. Poder-se-ia, inclusive, afirmar que a verdadeira felicidade não é nada, senão a

própria vida quando vivida com acerto e plenitude.

Nosso problema consiste no fato, de que a sociedade atual nos programa para buscarmos a felicidade por caminhos

equivocados, que quase inevitavelmente, nos conduzirão a viver de maneira infeliz.

Uma dessas instruções erradas diz assim: “se não tiveres êxito, não terás valor”. Para conseguir a aprovação dos

demais e, inclusive, sua própria estima terás que triunfar.

A pessoa assim programada dificilmente será feliz. Precisará obter êxito em todos os seus empreendimentos, sejam

eles pequenos ou grandes. Quando fracassar em algo, sofrerá de maneira indevida. Com muita facilidade, sua

agressividade crescerá contra a sociedade e conta a própria vida.

Essa pessoa acabará, na maioria das vezes, incapacitada para descobrir que ela vale por si mesma, pelo que é, mesmo

antes de lhe atribuírem êxitos ou vitórias pessoais.

O segundo equivoco é este: “se queres ter êxito, terás que valer mais que os outros”. Há de ser sempre mais que os

outros, se sobressair, dominar.

A pessoa assim programada está convocada a sofrer. Viverá sempre invejando aos que tenham alcançado mais êxito,

aos que tenham melhor nível de vida, aos de posições mais destacadas.

Em seu coração crescerá facilmente a insatisfação, a inveja oculta, e o ressentimento. Não saberá desfrutar do que é e

do que possui. Viverá sempre olhando os demais com desconfiança. Desse modo, dificilmente se é feliz.

Outro registro equivocado: “se não respondes às expectativas, não serás feliz”. Tens que responder àquilo que a

sociedade espera de ti, se ajustar aos esquemas. Se não andares por onde todos andam, poderás perder-se.

A pessoa assim programada se “machuca” quase que inevitavelmente. Acaba por não conhecer a si mesma nem viver

sua própria vida. Buscará o que todos buscam, ainda que não saiba exatamente por que ou para que.

As Bem-aventuranças nos convidam a nos perguntarmos se temos a vida bem planejada ou não, e nos urgem a

eliminar programações equivocadas. O que aconteceria em minha vida se eu aceitasse viver com um coração mais

simples, sem tanto desejo de possuir, com o interior mais livre, mais atento aos que sofrem, com uma confiança maior

em Deus que me ama de maneira incondicional?

Por este caminho segue o programa de vida que nos trazem as Bem-aventuranças de Jesus.

Ano I - Nº 10 03 à 09 de Novembro de 2012

D i o c e s e d e S ã o M i g u e l P a u l i s t a – Z o n a L e s t e - S ã o P a u l o - C a p i t a l

( JB Libânio)

1ª Leitura: Apocalipse 7, 2-4. 9-14 - Salmo Responsorial: Salmo 23 (24)

2ª Leitura: 1Jo 3, 1-3 - Evangelho: Mateus 5, 1-12a

Chegamos ao nosso 10º Informativo IPDM. Queremos

agradecer a todos que, no inicio, nos incentivaram e continuam

manifestando seu apoio. Muito obrigado.

Em breve, teremos novidades em nosso informativo que em

muito irão abrilhantar ainda mais este humilde trabalho. As

respostas que temos recebido de nossos leitores, nos levam a

crer que estamos no caminho certo. Que bom!

Neste número, trazemos a reflexão por muitos esperada do

teólogo José Antonio Pagola, falando sobre os perigos de nos

deixarmos ser programados pela sociedade e seus costumes,

tornando-nos “programados para atender aos sistema imposto”.

Não menos interessante e atual é a reflexão trazida a nós por

Gilberto Faggion, nos apresentado as Bem-aventuranças como

respostas ao Amor de Deus que, apossando-se de nossas vidas,

introduz-nos no seu Reino e nos ensina que aceitar, permanecer,

crescer e perseverar na construção deste Reino no mundo: é o

caminho a percorrer na rota da santidade!

Dom Demétrio Valentini, em nosso “Refletir para Construir”

nos fala, abordando o Congresso Teológico recentemente

realizado Pelo Instituto Humanitas Unisinos, da necessidade

premente de formação. Esta providência não se limita a momentos esporádicos de "encontros de reflexão”. Cada Diocese precisa se tornar uma "escola de formação permanente”, pela maneira como propõe uma caminha de Igreja consciente e participativa.

No próximo dia 15, teremos nosso tão esperado encontro com Padre João Batista Libânio, grande teólogo que vem lá das Minas Gerais para nos enriquecer com seus conhecimentos. Anote aí: dia 15 de novembro às 8h30. Veja instruções para inscrição na página 3.

Por fim, em nossa “Agenda IPDM” trazemos as datas pré-agendadas para as nossas reuniões e encontros de 2013.

Desejamos a todos ótima leitura.

Equipe de Redação

José Antonio Pagola

Tradução:Waldir A. Augusti

Em: iglesiadesopelana3b.blogspot.com 02/11/2012

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(Mt 5 1-12)

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Caminho de felicidade

A fim de penetrarmos no sentido mais profundo deste texto, central no Evangelho de Mateus, situemo-nos primeiramente na cena acima descrita. Usemos para tanto nossa imaginação.

Vejamos Jesus subindo a montanha, seguido por uma multidão. Quem são essas pessoas?

Mateus no-lo diz, nos versículos que imediatamente precedem o Sermão da Montanha: "doentes atingidos por diversos males e tormentos: endemoninhados, epilépticos e paralíticos, numerosas multidões da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e do outro lado do rio Jordão começaram a seguir Jesus" (Mt 4, 24-25).

Gente, por conseguinte, sem importância, sem poder, sem reconhecimento social... A procissão de todos os que sofrem, dos marginalizados em busca de cura de suas mais diversas enfermidades...

Jesus os cura a todos. Mas tem algo a mais a oferecer-lhes: a possibilidade de formarem um novo Povo de Deus, um povo que se esforce por construir um mundo melhor! Por isso, proclamará mais adiante o estatuto de Reino de Deus.

Continuemos observando... Que faz Jesus? Senta-se para falar, assumindo, assim, a posição típica do mestre na cultura hebraica. Mais achegado a ele, acomoda-se um grupo de pessoas: são seus discípulos e discípulas que, sentados a seus pés, escutam-no com as multidões.

A cena se passa num monte que, na Bíblia, significa lugar da revelação divina: lembremo-nos do Sinai, onde Javé, por meio de Moisés, revelou-se ao povo de Israel.

Que revelação nos quer fazer Jesus neste sermão? Quer anunciar-nos e apresentar-nos, a nós, seus seguidores e seguidoras, o caminho que leva à felicidade e à santidade.

Todo ser humano quer e busca ser feliz e tem, como vocação pessoal a santidade. Esses dois conceitos - ou essas duas realidades - parecem, não raro, opostas.

Contudo, nas palavras imediatamente seguintes de Jesus, constatamos que Ele as considera intimamente ligadas. Na verdade, como disse o apóstolo Paulo: "a santidade consiste em estar constantemente alegre". Não sem razão, portanto, São João Bosco gostava de repetir que um santo triste é um triste santo!

Que visão tenho eu da santidade? Rosto compungido, corpo arcado pelo peso de penitências, vida marcada por tristeza, depressão, solidão... ou alegria animada, solidária e contagiante?

Como ser santo e alegre neste mundo triste? Como ser santo nos dias atuais, tão angustiosos e trágicos, eivados de problemas?

Acreditou-se – e ainda se acredita – que a santidade é algo que só se adquire à custa de um imenso esforço; que sua chave se encontra em cansativa força de vontade; que ela é sinônimo de perfeição plena, ausência de erros e de fragilidades, privilégio, portanto, de poucas pessoas que a ela são chamadas.

A Palavra de Deus, no entanto, nos mostra bem outra coisa! No Livro dos Atos dos Apóstolos, Lucas chama de "santos" todos os que fazem parte das comunidades de crentes. E Paulo, em suas cartas, ensina que santidade é, na verdade, "santificação" ou "justificação", ou seja, um dom, um presente de Deus.

Ele, o único Santo, partilha de bom grado a sua santidade com seus filhos e filhas. Não a alcançamos, portanto, com nosso esforço, mas, abrindo as portas do nosso espírito ao Deus três vezes Santo - assim o aclamamos na Missa. Nós a recebemos de graça e por graça!

Jesus, nesse discurso das Bem-Aventuranças, aponta-nos o caminho de acolhida deste presente divino. Sim, as Bem-Aventuranças – "Felizes os" - não são outra coisa que respostas ao Amor de Deus que, apossando-se de nossas vidas, introduz-nos em seu Reino.

Aceitar, permanecer, crescer e perseverar na construção deste Reino no mundo: eis o caminho a percorrer na rota da santidade!

À primeira vista, as atitudes de vida, propostas por Jesus não foram, em seu tempo, nem são, ainda hoje, valorizadas: como podem ser felizes os pobres, os sofredores, os perseguidos?

A resposta se encontra na segunda parte de cada uma das oito sentenças enunciadas por Mateus que confluem, todas elas, para o mesmo ponto: a participação no Reino de Deus já agora, em germe e em esperança e, plena e perfeita, na eternidade, vivendo de sua Vida, usufruindo de seu Amor e gozando de sua Paz perpétua!

A concretização desses valores se expressa de muitas maneiras. Atestam-no, ao longo da história, homens e mulheres que os viveram até as últimas consequências.

A festa de Todos os Santos destina-se, justamente, a mostrar-nos esta pluralidade de expressões. Todas elas apresentam uma marca comum: a prática do mandamento único do amor.

Ao considerarmos os santos e santas, maravilhamo-nos ante a imensa variedade dos "modelos" que nos são propostos, pitorescos alguns e até mesmo estranhos, vários outros... Cada santo inventou o seu caminho para Deus, de acordo com seu temperamento, sua cultura e os apelos de seu tempo aos quais buscava responder.

É o que cabe também, a cada um de nós fazer, por nossa conta e risco, segundo as peculiaridades de nossas vidas pessoais.

O Apocalipse (7, 9ss) nos fala de uma "multidão imensa e incontável" postada ante o trono de Deus e do Cordeiro. São os homens e as mulheres de todas as raças, povos e religiões que, no anonimato de suas vidas, alcançaram a santidade, participando da vida do Deus Santo, vivendo do amor e, como o bom samaritano (Lc 10,30-37), praticando a misericórdia.

Jesus nos convida a participar desta multidão de santos e santas de todos os tempos, a entrar nesta corrente de felicidade, abraçando a proposta do Evangelho como caminho, verdade e vida, a fim de que, dessa forma, os cegos vejam, os paralíticos caminhem, os oprimidos sejam libertados e vivamos todos o Ano do Senhor (Lc 4 18-19), o jubileu da alegria perene e da felicidade perfeita do seu Reino, que também é nosso!

Lendo de novo as Bem-Aventuranças, sinto-me identificado com alguma delas? Qual dentre elas desejo especialmente abraçar?

Gilberto Faggion

Em: www.ihu.unisinos.com.br/espiritualidade 02/11/2012

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Continuam os ecos positivos do Congresso Continental de Teologia, realizado no contexto dos 50 anos do

Concílio, e dos 40 anos da publicação do livro do Pe. Gustavo Gutiérrez – Teologia da Libertação - que deu nome à

nova reflexão suscitada pelo envolvimento eclesial desencadeado pelo Concílio.

Algumas atividades do Congresso ficaram talvez mais discretas, mas não menos importantes.

Tais foram, por exemplo, as diversas "oficinas de trabalho”, em torno de temas específicos, refletidos em

vista de sua contribuição positiva na caminhada de renovação eclesial suscitada pelo Concílio.

Uma das oficinas abordou a estreita relação entre Teologia e Renovação Eclesial. O próprio assunto recolhia

de cheio a temática central do Congresso, que recordava exatamente os 50 anos de renovação eclesial suscitada

pelo Vaticano II, e os 40 de caminhada da "Teologia da Libertação”.

Mas, além da coincidência de datas, os dois temas se entrelaçam muito mais profundamente. A ponto de se

constatar que uma verdadeira renovação eclesial precisa do suporte de uma renovada teologia. "Para vinho

novo, odres novos”, como sentenciou Jesus.

Este é um assunto com incidências pastorais evidentes. Cada Igreja precisa desencadear um processo de

reflexão permanente, como parte integrante de sua missão.

Esta providência não se limita a momentos esporádicos de "encontros de reflexão”. Mas cada Diocese

precisa se tornar uma "escola de formação permanente”, pela maneira como propõe uma caminha de Igreja

consciente e participativa.

Neste sentido, o Congresso alertou que é preciso ter bem claro que Igreja queremos, e que Teologia

queremos.

No que se refere à Igreja que queremos, trata-se sem dúvida de uma Igreja que continue a recepção criativa

do Concílio, com suas grandes intuições: Igreja Povo de Deus, sacramento do Reino, profética, missionária,

servidora, acolhedora, aberta à participação de todos, sem discriminações, samaritana, libertadora, comunitária,

ministerial, mais democrática, em permanente processo de conversão pessoal e pastoral, inserida na realidade,

assumindo as causas da humanidade, sobretudo dos pobres, sinal de esperança para a juventude, aberta ao

ecumenismo e à pluralidade religiosa e cultural, atenta aos sinais dos tempos e aos impulsos do Espírito,

defensora da vida.

No que se refere à Teologia que queremos, deverá ser uma teologia que dê suporte à Igreja que o Concílio

nos propõe, ao alcance das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e aos pequenos grupos; que chegue até as

periferias; que atinja também os que moram em apartamentos nas cidades, impregnada da Palavra de Deus; que

ajude no discernimento dos sinais dos tempos e ilumine as opções a serem assumidas; que valorize os dons das

pessoas e das comunidades, partilhando saberes, que leve a um encontro pessoal e profundo com Cristo. Uma

teologia que dê força às experiências de renovação eclesial.

Mesmo destinando-se a todas as comunidades, quem mais precisa de formação são as lideranças. O

planejamento pastoral precisa incluir momentos específicos de formação dos leigos envolvidos nas diversas

pastorais existentes nas comunidades, abertos à atuação na realidade social.

Mas quem necessita de um processo de formação mais consistente são os presbíteros, com o cuidado

especial de garantir a eles uma formação que os motive e capacite para assumir o seu ministério ordenado com

espírito de serviço.

Esta é a proposta feita pelo Congresso!

Dom Demétrio Valentini

Em: www.adital.com.br/mundo 02/11/2012

Encontro com o Padre

JOÃO BATISTA LIBÂNIO

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N o v e m b r o 2012

Dia 15

Quinta-Feira

(feriado)

8h30

às

13h00

Grande Encontro com o Filósofo, Teólogo e Escritor

Padre João Batista Libânio

Tema do Encontro:

Vaticano II 50 anos:

Da Igreja que temos para a Igreja que queremos.

Local: Igreja Santuário Nossa Senhora da Paz Av. Maria Luiza Americano, 1550 - Cidade Líder – São Paulo – SP

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através dos e-mails:

[email protected]

Dia 27

Terça-Feira

20h00

REUNIÃO DA COORDENAÇÃO – IPDM

Paróquia São Francisco de Assis – Vila Guilhermina

Praça Porto Ferreira nº 48 – Próximo ao Metrô Guilhermina Esperança

D E Z e m b r o 2012

Dia 14

Sexta-Feira 9h30

Reunião dos padres e religiosos do IPDM

Agenda de reuniões para 2013

Membros da COORDENAÇÃO DO IPDM

Reunir-se-ão todas as 3ªs (terceiras) Terças-Feiras dos meses Impares como segue:

15 de janeiro/ 19 de março/ 21 de maio/ 16 de julho/ 17 de setembro/ 19 de novembro

Sempre às 20h00 na Paróquia São Francisco de Assis – Vila Guilhermina

Padres, religiosos e religiosas do ipdm

Reunir-se-ão todas as últimas Sextas-Feiras dos meses Pares como segue:

22 de fevereiro/ 26 de abril/ 28 de junho/ 30 de agosto/ 25 de outubro/ 27 de dezembro.

As reuniões acontecerão sempre às 9h30 no CIFA – Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Itaquera. ,

DATAS DOS ENCONTROS PARA 2013

1º Encontro - Dia 25 de maio

Tema: Igreja Colegiada – Grupos de Rua

2º Encontro - Dia 23 de novembro

Tema: Igreja Colegiada – Ministérios Locais e horários serão divulgados nos próximos informativos

Colabore com este Informativo enviando suas sugestões ou críticas para: [email protected] - [email protected] - [email protected]

[email protected] - [email protected][email protected]

Páginas Interessantes na Internet

Os endereços eletrônicos abaixo indicados contêm riquíssimo material para estudos e pesquisas. Por certo, poderão

contribuir muito para o aprendizado de todos nos mais diversos seguimentos.

www.adital.org.br - Esta página oferece artigos/opiniões sobre movimentos sociais, política, igrejas e religiões, mulheres,

direitos humanos dentre outros. O site oferece ainda uma edição diária especial voltada aos jovens.Ao se cadastrar você passa

a receber as duas versões diárias.

www.amaivos.com.br - Um dos maiores portais com temas relacionados à cultura, religião e sociedade da internet na América

Latina, em conteúdos, audiência e serviços on-line.

www.cebi.org.br - Centro de estudos bíblicos, ecumênico voltado para a área de formação abrangendo diversos seguimentos tais

como: estudo bíblico, gênero, espiritualidade, cidadania, ecologia, intercâmbio e educação popular.

www.cnbb.org.br - Página oficial da CNBB disponibiliza notícias da Igreja no Brasil, além de documentos da Igreja e da própria

Conferência.

www.ihu.unisinos.br - Mantido pelo Instituto Humanitas Unisinos o site aborda cinco grandes eixos orientadores de sua

reflexão e ação, os quais constituem-se em referenciais inter e retrorrelacionados, capazes de facilitar a elaboração de atividades transdisciplinares: Ética, Trabalho, Sociedade Sustentável, Mulheres: sujeito sociocultural, e Teologia Pública .

www.jblibanio.com.br - Página oficial do Padre João Batista Libânio com todo material produzido por ele.

www.mundomissao.com.br - Mantida pelo PIME aborda, sobretudo, questões relacionadas às missões em todo o mundo.

www.religiondigital.com - Site espanhol abordando questões da Igreja em todo o mundo, além de tratar de questões sobre

educação, religiosidade e formação humana.

www.cartamaior.com.br - Site com conteúdo amplo sobre arte e cultura, economia, política, internacional,

movimentos sociais, educação e direitos humanos dentre outros.

www.nossasaopaulo.org.br - Página oficial da Rede Nossa São Paulo. Aborda questões de grande importância nas esferas

político-administrativas dos municípios com destaque à cidade de São Paulo.