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JORNAL MENSAL DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA [email protected] ANTÓNIO CARLOS MONTEIRO RUI PAULO FIGUEIREDO PÁGS.O8/09 A NOSSA BANCADA DE OPINIÃO PÁGS. 14/15 Nº66 - JULHO13 - ANO VI Se as eleições autárquicas fossem hoje, a coligação PSD/CDS tinha um resultado histórico humilhante. António Costa atingia uma provavelmente confortável maioria absoluta. DESTAQUE | PÁG. 04/05 > SONDAGEM PARA ELEIÇÕES PARA A CÂMARA DE LISBOA > ENTREVISTA A ANTÓNIO MANUEL | PÁG.11 “Fundos imobiliários estão a matar a Baixa” Os “fundos imobiliários estão a descaraterizar a Baixa e a matar o seu tecido económico e social”. A frase é de António Manuel, candidato do PSD à Freguesia de Santa Maria Maior. > QUINTA DA BELA FLOR | PÁG.10 Junta de Campolide “dá” parque infantil A Junta de Campolide vai transformar um aterro ilegal num parque infantil e espaços verdes. As obras começam em Julho. > DIREITO DE RESPOSTA | PÁG.13 Acumulação de rendimentos Publicação de direito de resposta por deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social. AS NOVAS FREGUESIAS DE LISBOA Até Setembro deste ano o Jornal de Lisboa vai dar a conhecer a “alma” das novas autarquias, com informação histórica, evolução de resultados eleitorais e tendência política. Nesta edição, Penha de França e Santa Clara. ESPECIAL NOVAS FREGUESIAS | PÁGS.02/03 > CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS | PÁG.06 / 07 Colaboração de mulher do candidato do PSD com Junta de São Domingos de Benfica na mira da PJ 47,6 % 16,7 % PSD PS

Jdl66 julho2013

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Edição de Julho número 66 do Jornal de Lisboa

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JORNAL MENSAL DE DISTRIBUIÇÃO [email protected]

ANTÓNIO CARLOS MONTEIRORUI PAULO FIGUEIREDO PÁGS.O8/09

A NOSSABANCADA DE OPINIÃO

PÁGS. 14/15

Nº66 - JULHO13 - ANO VI

Se as eleições autárquicas fossem hoje, a coligação PSD/CDS tinha um resultado histórico humilhante. António Costa atingia uma provavelmente confortável

maioria absoluta. DESTAQUE | PÁG. 04/05

> SONDAGEM PARA ELEIçõES PARA A CâMARA DE LISBOA > ENTREVISTA A ANTÓNIO MANUEL | PÁG.11“Fundos imobiliáriosestão a matar a Baixa”Os “fundos imobiliários estão a descaraterizar

a Baixa e a matar

o seu tecido

económico e

social”. A frase

é de António

Manuel, candidato

do PSD à Freguesia de

Santa Maria Maior.

> QUINTA DA BELA FLOR | PÁG.10Junta de Campolide “dá” parque infantil A Junta de Campolide vai transformar

um aterro ilegal num parque infantil e

espaços verdes. As obras começam em

Julho.

> DIREITO DE RESPOSTA | PÁG.13Acumulação de rendimentosPublicação de direito de resposta por

deliberação da Entidade Reguladora para a

Comunicação Social.

AS NovAS FrEgUESiAS DE LiSboA Até Setembro deste ano o Jornal de Lisboa vai dar a conhecer a “alma”

das novas autarquias, com informação histórica, evolução de resultados

eleitorais e tendência política. Nesta edição, Penha de França e Santa Clara.

ESPECIAL NOVAS FREGUESIAS | PÁGS.02/03

> CONTRATO DE PRESTAçÃO DE SERVIçOS | PÁG.06 / 07

Colaboração de mulher do candidato do PSDcom Junta de São Domingos de Benfica na mira da PJ

47,6%

16,7%

PSDPS

Projecção de voto para a Assembleia da RepúblicaAnálise EvolutivaFonte: Barómetro Político MarktestFicha técnica:http://www.marktest.com/wap/a/p/id~e9.aspx

1976 1979 1982 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009

PS (+PCP e outros) 38,7 24,15 29,79 21,03 47,55 59,67 47 45,27 27,66 38,98PSD (AD) 14,69 42,58 38,77 42,51 44,53 28,68 39,49 38,36 34,12 37,11CDS (+PSD) 15,56 6,78 8,03 3,91PCP(FEPU; APU) 21,54 26,02 27,16 31,4 17,57 12,14BE 4,86 8,65 8,29

FRegueSiA DA PeNHA De FRANÇA

NOVA FRegueSiA Freguesias antigasEleições Autárquicas 2009 Resultados para Assembleias de Freguesia

Somatório dos resultadosde 2009 de PS e de PCP Diferença de votos em 2009

entre PSD+CDS e PS+PCPPopulação

(Censos 2011)Eleitores 2011

PS PSD + CDS % média PCP Nº de votos % média

Penha de França Penha de França, São João 5426 5185 37,11 1699 7125 51,12 Saldo Esquerda: 1940 27 965 26 633

População residente

0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 ou mais anos

Total H M HM H M HM H M HM H M HM H M

27965 12475 15490 3008 1457 1551 2439 1250 1189 15046 7105 7941 7472 2663 4809

Nível de instrução

Nenhum Básico

Secundário Pós-secundário Superior 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo

HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H

4190 1619 6387 2525 2658 1355 4223 2139 4346 2140 628 357 5533 2340

Total 13416C/ 1 pessoa C/ 2 pessoas C/ 3pessoas C/ 4 pessoas C/ 5 ou + pessoas

5123 4589 2181 1090 433Total 2572

Antes de 1919 de 1919 a 1945 de 1946 a 1970 de 1971 a 1990 de 1991 a 2011

279 902 979 249 163

Famílias clássicas residentes segundo a dimensão

Alojamentos

Análise de resultado eleitoral 2009 *

edifícios

TotalCom água canalizada

Sem água canalizada

Com sistema de drenagem de águas

residuais

Sem sistema de drenagem de

águas residuais

Com instalaçãode duce

Sem instalaçãode duche

Com estacionamento

Semestacionamento

Proprietário ou co-proprietário

Arrendamento ou subarrendamento

13021 13014 7 13016 5 12929 92 1851 11163 6071 6212

Fonte: Censos 2011

Reunião ancestralA nova Freguesia da Penha de França é uma verdadeira reunião

ancestral. Porque junta as duas autarquias que já foram apenas uma.

otempo cruzou-lhes o destino. Começaram por ser uma Freguesia. Em 1959, separaram-nas. Agora, São João e Penha de França voltam às ori-gens e juntam-se numa única Freguesia. A Freguesia da Penha de França foi criada a 13 de Abril de 1918, com território destacado principalmente da freguesia de Santa Engrácia, e parcelas de Arroios e de S. Bartolomeu (do Beato). Foi a primeira freguesia civil, sem correspondência eclesiásti-ca. Em 1927 rectificaram-se os limites e, em 1959, a sua área foi reduzida,

para dar origem às freguesias de S. João e Alto do Pina. A sua dimensão geográfica e a componente agrícola do fértil vale que descia até Chelas e Xabregas e ligava o Poço dos Mouros à Graça (Almofala), pelo caminho da Penha de França moldaram a freguesia. A partir do séc. XVII, o crescimento demográfico motivou o desenvolvimento urbano, em

torno da Igreja da Penha de França (1598) e do Convento (1603, actual Comando-Geral da P.S.P), no sítio da Cabeça ou Monte do Alperche. O Terramoto de 1755 provocou a derrocada da Igreja (restaurada em 1785). As quintas e os solares (do Gadanho, dos Pei-xinhos, do Alto da Eira, de Santo António e o da Machada), foram sendo abandonados, enquanto outros sobreviveram com novas valências, como o dos condes da Belavista (antigo Palácio Azurara, hoje Biblioteca Municipal e sede da Junta). A industrialização trouxe um novo ordenamento social e urbano: os pátios e vilas (do Rosário, Gadanho e Cândida) e importantes eixos viários (Av. General Roçadas e R. Mouzinho de Albuquer-que). Nas décadas de 30 e 40 do século passado construíram-se bairros sociais, como o de S. João. A Freguesia de S. João foi criada em 1959, com áreas retiradas a Santa En-grácia, Beato e Penha de França. O topónimo parece estar relacionado com a existência de uma ermida seiscentista na Quinta do Bacalhau, de invocação a São João Baptista. No séc. XIII, neste território agrícola, terá D. Afonso III mandado construir um Paço Real. Era o sítio de Xabregas, onde se fundou o Convento (1455). No séc. XVI a Rainha D. Leonor mandou construir a Igreja e o Convento da Madre de Deus (1509, MN) e D. João III um novo Paço Real (1510), onde hoje se encontra o Palácio dos Marqueses de Niza (actual Colégio Maria Pia). Nas últimas décadas valorizaram-se bairros antigos com os planos de urbanização do Vale de Santo António, Alto da Eira e Vale Escuro. e reconverteram-se espaços de habitação clandestina, como a Curraleira.

Área: 220 hectares

Residentes: 27.965 (Censos 2011)

eleitores: 26.633 (Eleições 2011)

SÃO JOÃO

José Maria Bento(Actual

presidente)

PeNHA De FRANÇA

Elisa Madureira(Actual

presidente)

Candidato do PSD

Afonso Costa

* Va

lore

s res

ulta

ntes

da

som

a da

vot

ação

de

cada

par

tido/

colig

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tegr

am a

nov

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tarq

uia

*Penha de França

PS (+PCP e outros)PSD (AD)CDS (+PSD)PCP(FEPU; APU)BE

0

10

20

30

40

50

60

2009200520011997199319891985198219791976Valo

res

perc

entu

ais

(%)

0 2

JULHO13

Índice de expectativaAnálise EvolutivaFonte: Barómetro Político MarktestFicha técnica:http://www.marktest.com/wap/a/p/s~4/id~e9.

aspx

1976 1979 1982 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009

PS (+PCP e outros) 34,2 26,72 27,7 31,28 55,44 61,73 54,68 49,48 32,73 34,33PSD (AD) 11,92 30,04 27,6 22,2 34,67 27,81 38,53 43,98 27,05 31,63CDS (+PSD) 10,21 6,55 5,58 8,43 3,67PCP(FEPU; APU) 36,24 37 36,45 24,96 22,38BE 4,29 6,77 8,1

FRegueSiA De SANTA CLARA

NOVA FRegueSiA Freguesias antigasEleições Autárquicas 2009 Resultados para Assembleias de Freguesia

Somatório dos resultadosde 2009 de PS e de PCP Diferença de votos em 2009

entre PSD+CDS e PS+PCPPopulação

(Censos 2011)Eleitores 2011

PS PSD + CDS % média PCP Nº de votos % média

Santa Clara Ameixoeira, Charneca 2812 2665 31,65 1814 4626 56,71 Saldo Esquerda: 1961 21 798 17 987

População residente

0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 ou mais anos

Total H M HM H M HM H M HM H M HM H M

21798 10323 11475 4011 2042 1969 2649 1322 1327 11979 5666 6313 3159 1293 1866

Nível de instrução

Nenhum Básico

Secundário Pós-secundário Superior 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo

HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H

5104 2278 4853 2363 2602 1320 3033 1515 2469 1225 268 138 3469 1484

Total 8451C/ 1 pessoa C/ 2 pessoas C/ 3pessoas C/ 4 pessoas C/ 5 ou + pessoas

2155 2635 1706 1150 805Total 1697

Antes de 1919 de 1919 a 1945 de 1946 a 1970 de 1971 a 1990 de 1991 a 2011

59 117 572 448 501

Famílias clássicas residentes segundo a dimensão

Alojamentos

Análise de resultado eleitoral 2009 *

edifícios

TotalCom água canalizada

Sem água canalizada

Com sistema de drenagem de águas

residuais

Sem sistema de drenagem de

águas residuais

Com instalaçãode duce

Sem instalaçãode duche

Com estacionamento

Semestacionamento

Proprietário ou co-proprietário

Arrendamento ou subarrendamento

8371 8359 12 8363 8 8299 72 3287 5057 3916 4090

Fonte: Censos 2011

De “termo” da cidade à Alta de LisboaA nova Freguesia de Santa Clara era a zona saloia de Lisboa

que se tornou uma nova cidade.

Desde o século XIX, esta freguesia era a “fronteira” da cidade de Lisboa e uma das suas mais importantes “saídas” para Norte. Habitada por uma po-pulação heterogénea e com características urbano-rurais nela coexistem os núcleos antigos da Ameixoeira e da Charneca, amplos espaços não ur-banizados e novos espaços habitacionais. Em 1541 os fregueses da Amei-xoeira alcançaram a desanexação definitiva da igreja do Lumiar, com sede na antiga ermida, desde o final do séc. XVI denominada de Nossa Senhora

da Encarnação da Ameixoeira. O termo Ameixoeira terá vindo de um mouro Mixo que aí habitava, de que resultou a denominação de Mixoeira até ao século XVIII. Com as suas quintas de recreio aristocráticas, casas campestres e clima ameno era um local atractivo para as gentes da cidade. No séc. XIX os lisboetas vinham para a Ameixoeira passar os

Área: 332 hectares

Residentes: 21.798 (Censos 2011)

eleitores: 17.987 (Eleições 2011)

AMeiXOeiRAMaria Albertina

Ferreira(Actual Presidente da Ameixoeira e

candidata a Santa Clara)

CHARNeCAMaria da Graça

Ferreira(Actual Presidente

da Charneca e candidata a Santa

Clara)

* Va

lore

s res

ulta

ntes

da

som

a da

vot

ação

de

cada

par

tido/

colig

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*

meses de Verão, alugando casas de férias. No início do séc. XX era favorito como local “de repouso” por escritores, políticos e profissionais liberais. No censo geral da população (1527) de D. João III a Ameixoeira e a Charneca estavam integradas no Termo de Lisboa. Na Charneca ainda existe o antigo Terreiro da Feira de S. Bartolomeu, último Terreiro de Feira de Lisboa. Famoso nas duas freguesias era o “Vinho do Termo” que abastecia as tabernas da capital, cuja vinha se cultivava predominantemente nas Quintas da Tor-rinha e da Mourisca. Um hábito que aí permaneceu até à primeira década do séc. XX foi a “espera de touros”, na Calçada de Carriche, com grande afluência de público. Em 1959 uma grande parte do território da Charneca passou para as freguesias do Lumiar e dos Olivais. A partir dos anos 50-70 surgiram prédios e urbanizações sem planeamento urbanístico. Hoje coexistem na freguesia zonas diferenciadas e com uma população dís-par: os “núcleos antigos” da Ameixoeira (séc. XVI-XIX) e da Charneca (séc. XVIII-XIX), de feição análoga a “pequenas aldeias”; as zonas de construção do séc. XX, como por exemplo as Torres do Lumiar e o Paço da Ameixoeira; e, habitação social, como o Alto do Chapeleiro, Galinheiras, Granafil, Quinta da Torrinha e uma parte da Alta de Lisboa.

Santa Clara *

PS (+PCP e outros)PSD (AD)CDS (+PSD)PCP(FEPU; APU)BE

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2009200520011997199319891985198219791976Valo

res

perc

entu

ais

(%)

0 3

> SONDAGEM PARA ELEIçõES PARA A CâMARA DE LISBOA

PSD humilhado: 16,7%PS com maioria absoluta: 47,6%

Se os lisboetas fossem hoje às urnas, o PSD sofria uma enorme humilhação eleitoral em Lisboa. Ficava nos

16,7%. E António Costa consolida uma confortável maioria absoluta de vereadores com 47,6% dos votos.

Humilhação. É a expressão que sintetiza o resultado eleitoral do PSD, aliado com o CDS, em Lisboa, caso as eleições autárquicas se reali-zassem agora. Os social-democratas ficavam com 16,7% dos votos, um resultado só batido pelo obtido por Fernando Negrão nas intercalares de 2007. E o aspecto negativo deste resultado é aprofundado pelo fac-to de o PSD concorrer coligado com o CDS.Saliente-se que o trabalho de campo realizado para esta sondagem

foi realizado antes de ser tornado público o acórdão do Tribunal da Relação de Lis-boa, que veio reiterar a impossibilidade de Fernando Seara ser candidato à Câmara Municipal de Lisboa. O que pode ainda ter consequências mais negativas para a coligação de direita.Por seu lado, as eleições autárquicas para António Costa parecem estar a tornar-se um autêntico passeio de Verão. De facto, o recandidato presidente do município lisboeta está próximo dos 50% dos votos – concretamente 47,6% -, o que pratica-mente lhe assegura a maioria absoluta dos 17 vereadores da Câmara de Lisboa.O cenário é, para Costa, francamente positivo, o que se pode verificar pela subida das intenções de votos de Maio para Junho, em 6,1%. Sendo que, na outra face da moeda, o PSD e o CDS perdem, no mesmo período, 11,5% das intenções de voto,

caindo para um resultado historicamente humilhante de 16,7% das preferências dos lisboetas. Ou seja, o PS de António Costa tem uma vantagem de 30,9% relativa-mente ao PSD e ao CDS, que concorrem coligado.Com a distribuição dos votos dos 15,4% daqueles que responderam “Não sabe” e dos 1,8% que não responderam, o fosso entre António Costa e Fernando Seara tor-na-se ainda mais expressivo. Neste cenário, a coligação PSD/CDS ficaria com 20,1% dos votos e o PS de António Costa fica muito acima dos 50% dos votos expressos, garantindo 57,5% das preferências dos alfacinhas.Ou seja, a coligação PSD/CDS liderada por Fernando Seara regista uma descida de votos de 18,6% relativamente a 2009 (coligação Lisboa com Sentido teve 38,7%). Por seu lado, António Costa e o PS sobem 17,5% relativamente a 2009, altura em que tiveram 44% dos votos contra os presentes resultados de 57,5%.Mais à esquerda, o cenário é mais animador que para a direita. Neste contexto, a coligação CDU, liderada pelo comunista João Ferreira sobe dos 5,6% dos votos de Maio para 8,2% em Junho. Um resultado que, sendo distribuídos proporcionalmen-te os 15,4% daqueles que responderam “Não sabe” e os 1,8 % que não responderam, sobe para os 9,9%. O que pode permitir à CDU voltar a eleger dois vereadores.Por seu lado, o Bloco de Esquerda (BE) parece estra numa curva descendente. De

> LISBOAMelhor qualidade de vidaA população de Lisboa exige a resolução de problemas que permitem melhorar a qualidade de vida, como aspectos relacionadas com o lixo e limpeza de ruas (16,3%), mais zonas verdes (13,4%), estado dos passeios, iluminação (14,2%), estacionamento (8,2%), segurança, policiamento (6,6%), buracos nas ruas (6,8%) e apoio a idosos (5,2%).

0 4

JULHO13

PArTiDoS/CANDiDAToS Diferença Autárq. 09 Diferença Jun/13 Autárq. 09 Diferença

PSD+CDS - Fernando Seara 33,80% 38,70% -4,90% 20,10% 38,70% -18,60%PS - António Costa 49,70% 44,00% 5,70% 57,50% 44,00% 13,50%CDU - João Ferreira 6,70% 8,10% -1,40% 9,90% 8,10% -1,80%BE - João Semedo 4,70% 4,60% 0,10% 3,50% 4,60% -1,10%Outro partido 1,20% 2,10% -0,90% 2,90% 2,10% -0,80%Branco/Nulo 3,90% 2,60% 1,30% 6,00% 2,60% 3,40%

PArTiDoS/CANDiDAToSMai/13 Jun/13

Sim Não Sim Não

António Costa 99,00% 1% 98,20% 2%Fernando Seara 92,70% 7,90% 92,00% 8,00%João Semedo 72,00% 18% 68,40% 32%João Ferreira 26,00% 74% 32,30% 68%

PArTiDoS/CANDiDAToSMai/13 Jun/13

Sim Não

PS - António Costa 51,10% 51,20%PSD+CDS - Fernando Seara 12,10% 9,20%BE - João Semedo 2,10% 3,30%CDU - João Ferreira 1,60% 2%Nenhum 8,90% 9,60%Não sabe / NR 24,20% 24,70%

PArTiDoS/CANDiDAToSPS PSD+CDS CDu Be

Mai/13 Jun/13 Mai/13 Jun/13 Mai/13 Jun/13 Mai/13 Jun/13

PSD+CDS - Fernando Seara 7,40% 2,50% 63,60% 45,50% 0% 0% 2,90% 0%PS - António Costa 74,20% 84,30% 13,20% 16,70% 31,50% 0% 24,60% 32,40%CDU - João Ferreira 2,70% 0,80% 0% 0% 54,30% 97,80% 0% 0%BE - João Semedo 3,50% 2,90% 0% 0,40% 14,20% 0% 27,50% 27,20%Outro partido 0% 0,10% 2,60% 3,50% 0% 0% 0% 0%Branco/Nulo 1,80% 1,20% 2,80% 6,30% 0% 0% 0% 0%Não sabe 8,80% 6,30% 16% 27,40% 0% 2,20% 43,80% 40,40%Não responde 1,70% 1,90% 1,70% 0,20% 0% 0% 1,20% 0%

PArTiDoS/CANDiDAToSPS PSD+CDS CDU BE

Mai/13 Jun/13 Mai/13 Jun/13 Mai/13 Jun/13 Mai/13 Jun/13

PSD+CDS - Fernando Seara 6,30% 5,10% 49,10% 33,80% 0% 0% 2,90% 0,00%PS - António Costa 74,20% 83,90% 26,00% 25,50% 50,10% 17,50% 26,10% 15,90%CDU - João Ferreira 1,50% 0,00% 2,40% 0,20% 12,60% 79,70% 0% 0%BE - João Semedo 2,40% 3,50% 0,40% 2,10% 11,80% 0,00% 46,70% 45,60%Nenhum 5,90% 1,10% 5,20% 14,90% 11% 0,90% 0% 0%Não sabe 9,70% 6,40% 17,00% 23,50% 14% 2% 24% 38,50%

PReViSÃO De VOTO COM DiSTRiBuiÇÃO De “NÃO SABe” e “NÃO ReSPONDe”

NOTORieDADe DOS CANDiDATOS

COMPeTêNCiA DOS CANDiDATOS

“ATRiBuiÇÃO De VOTOS POR PARTiDO/CANDiDATOPeLOS eLeiTOReS De CADA PARTiDO NAS AuRTÁRquiCAS De 2009”

“eLeiTOReS De PARTiDO/CANDiDATO NAS AuTÁRquiCAS De 2009que CONSiDeRAM CADA CANDiDATO MAiS COMPeTeNTe”

facto, a candidatura de João Semedo pelo BE à Câmara de Lisboa recolhe apenas 2,9% das intenções de voto em Junho, descendo 1% relativamente aos 3,9% de Maio. Com a distribuição dos que “não sabem” e os que não responderam, o Bloco pode chegar aos 3,5% dos votos.

O mais competenteA vantagem de António Costa parece não ser apenas nas urnas. A imagem do presi-dente da Câmara também cilindra os adversários.Assim, quando perguntados sobre qual dos candidatos consideravam mais com-petente para exercer o cargo de presidente da Câmara de Lisboa, os inquiridos fo-ram esclarecedores: António Costa é considerado por 51,2% dos eleitores como o mais competente, subindo uma décima relativamente a Maio, enquanto Fernando Seara cai dos 12,1 % para os 9,2% daqueles que o consideram como o mais com-petente. Tal como em Maio, também em Junho o candidato do BE, João Semedo, é considerado mais competente por 3,3% dos eleitores (subindo 1,2%), enquanto o candidato comunista, João Ferreira, é visto como o mais competente para 2% dos lisboetas, subindo 0,4%. Resultados que não se reflectem na tendência de voto, em que a coligação comunista (8,2%) está 5,2% à frente do BE (2,9%).Para 56,3% das mulheres e 45,3% dos homens António Costa é o mais competente, enquanto Fernando Seara tem 12,1% dos homens e 6,1% das mulheres a considera--lo mais competente. João Semedo é absolutamente simétrico: 3,3% dos homens e das mulheres acham-no o mais competente, enquanto João Ferreira tem mais ho-mens com ele (3,45) que mulheres (0,9%).Interessante é analisar como os eleitores do cada partido percepcionam a compe-tência de cada um dos candidatos.Assim, 83,9% dos eleitores que em 2009 votaram PS acham que António Costa é o mais competente, enquanto 5,1% dizem que Fernando Seara é mais competente, 3,5% afirmam ser João Semedo e nenhum vê João Ferreira como competente.Dos que votaram PSD em 2009, 25,5% dizem que António Costa é o mais compe-tente e 33,8% acreditam que Seara é o mais competente. Para 0,2% daqueles elei-tores do PSD, João Ferreira é o mais competente, enquanto 2,1% dizem ser João Se-medo do BE.Para os eleitores comunistas de 2009, a competência de Fernando Seara é um as-sunto que não se põe (0%), enquanto a maioria – 79,7% - diz que o mais competente é João Ferreira, logo seguido de Costa (17,5%) e, por último, João Semedo que não tem qualquer referência (0%).Os eleitores do BE são mais caseiros. Daqueles, 45,6% dizem que João Semedo é o mais competente, enquanto 15,9% acreditam sê-lo António Costa. Fernando Seara

> FICHA TÉCNICA A sondagem, realizada pela SGEST para o Jornal de Lisboa, impresso e online, foi efetuada de 15 a 18 de Junho de 2013. Teve como objectivos recolher as opiniões sobre as candidaturas às EAL para a Câmara, em 2013. O universo é a população com 18 anos ou mais anos, residente no concelho de Lisboa, habitando em agregados familiares com telefone fixo. A amostra de 600 indivíduos, foi estratificada por sexo, idade, e nível de instrução, proporcionalmente aos dados do Censos 2011. Foram efetuadas 1430 contactos: 240 não aceitaram responder, 590 não estavam incluídos nos estratos da amostra proporcional, e foram realizadas 600 entrevistas. A escolha do agregado foi aleatória com base na seleção aleatória dos pontos de amostragem nas freguesias e nas listas telefónicas, e o entrevistado, em cada agregado familiar, proporcional à distribuição da população por sexo (Homens 276, Mulheres 324), idade (18 a 24 48, 25 a 49 238, 50 a 64 143, 65 e mais 171) e nível de instrução (1º ciclo ou menos 143, 2º e 3º ciclos 148, secundário 113 e superior 196. O erro máximo da amostra é de 4,0% para um grau de probabilidade de 95%.

iNTeNÇÃO De VOTOS NAS AuTÁRquiCAS 2013 (JuNHO 2013)

e João Ferreira são inexistências para os bloquistas (ambos com 0%).Estas convicções têm influência na forma como o eleitorado de cada partido proce-de no momento de votar.Assim, António Costa parece ter um eleitorado mais estabilizado. Os que votaram PS em 2009 dizem 84,3% que irão votar no actual edil, enquanto 2,5% dizem votar em Seara, 2,9% em João Semedo e 0,8% em João Ferreira.Dos eleitores do PSD em 2009, 45,5% afirmam ir votar em Seara, 16,7% em António Costa, João Semedo arrasta 0,4% dos laranjas mas João Ferreira não é opção (0%), mas 27,4% ainda não sabem em quem vão votar.Os eleitores comunistas de 2009 são muito zelosos do seu candidato: 97,8% dizem votar em João Ferreira. Os restantes candidatos não são hipótese (todos com 0%).Os eleitores de 2009 do BE parecem repartem-se por António Costa (32,4%) e João Semedo (27,2%), apesar de 40,4% ainda não saberem em quem vão votar.

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> COLABORAçÃO NA JUNTA DE FREGUESIA

Mulher do candidato do PSDa São Domingos de Benficana mira da Polícia JudiciáriaPatrícia Roha, mulher de Ricardo Crespo, candidato do PSD a São Domingos de Benfica, tem um historial antigo de relação

com aquela mesma Freguesia. Uma colaboração que despertou a atenção da Polícia Judiciária.

ocandidato do PSD à Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica parece ter uma já longa e próxima relação com aquela autarquia.Ricardo Crespo, de seu nome, já integrava a Assembleia de Freguesia pelo menos desde o início deste mandato, ou seja, desde 2009.Mas a relação de Ricardo Crespo com esta Junta de Freguesia também tinha uma vertente familiar. Pelo menos, é o que parece indicar a co-laboração de Patrícia Alexandra Mendes Gomes da Rocha, mulher de

Ricardo Crespo, com o executivo de São Domingos de Benfica.Esta colaboração de Patrícia com o executivo presidido por Rodrigo Gonçalves, vice-presidente do PSD/Lisboa e filho do presidente do núcleo central laranja e si-multaneamente candidato à Junta de Freguesia das Avenidas Novas, vem, pelo me-nos desde Julho de 2010, como aliás o Jornal de Lisboa noticiou em primeira-mão na edição de Outubro de 2011.Um facto que atraiu a atenção da Política Judiciária que se debruçou sobre con-tratos de avenças, contratos de trabalho e contratos de prestação de serviços cele-brados entre a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica e diversas pessoas, entre as quais se encontra Patrícia Rocha.Ficando assim aqueles contratos na mira da Polícia Judiciária, que, como o Jornal de Lisboa divulgou, tinha em curso uma investigação à Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, presidida pelo vice-presidente do PSD de Lisboa, Rodrigo Gonçalves, no âmbito da lei de combate à corrupção e cri-minalidade económica e financeira.Assim, no dia 19 de Abril de 2011, Rodrigo Gonçalves tomou conhecimento das diligências investigatórias que a po-lícia Judiciária iniciara sobre a actividade daquela au-tarquia, de acordo com documentos a que o Jornal de Lisboa teve acesso. Pelas 11h10 daquele dia, o ainda autarca de São Do-mingos de Benfica reuniu-se com um inspector da Polícia Judiciária no seu gabinete presidencial da Jun-ta de Freguesia de São Domingos de Benfica, como revela a documentação a que o Jornal de Lisboa teve então acesso.Na altura, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, de seu nome completo, ficou a saber que estas novas diligên-cias da Polícia Judiciária eram realizadas no âmbito da Lei nº 36/94, de 29 de Setembro, diploma legal que regula o combate à corrupção e criminalidade económica e financeira.De facto, aquela Lei prevê a realização de “acções de prevenção” relativas a “cri-mes de corrupção, peculato e participação económica em negócio, administração danosa em unidade económica do sector público, fraude na obtenção ou desvio de subsídio, subvenção ou crédito, infracções económico-financeiras cometidas de

forma organizada, com recurso à tecnologia informática, infracções económico-financeiras de dimensão internacio-

nal ou transnacional”. E, de acordo com a informação a que o Jornal de Lisboa teve aces-

so, a Polícia Judiciária solicitou informações sobre a “situação” de al-guns colaboradores da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica.Patrícia Alexandra Mendes Gomes da Rocha, mulher do actual candidato á Junta daquela autarquia, é uma desses colaborações que detiveram a atenção da Polícia Judiciária. E a “situação” a que a PJ se refere quanto a Patrícia Alexandra Mendes

> CARNIDETeatro para jovensA iniciativa “Tenda” da Junta de Carnide organiza, mais um ano, o workshop de teatro para crianças e jovens. A primeira turma arranca já a 1 de Julho e as inscrições ainda estão abertas. O objectivo é desenvolver competências associadas aos diversos campos das artes cénicas, pela possibilidade de experimentação, em registo lúdico, de vários campos desta área artística.

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JULHO13

Gomes da Rocha, conforme documentação da autarquia a que o Jornal de Lisboa teve acesso, prende-se com a contratação e funções que desempenha na Junta de Freguesia. Na solicitação de informação pela Poliícia JudicáriaJ, de acordo com a mesma documentação, questiona-se o “nome completo, início de funções, retri-buição e tipo de vínculo”.De acordo com a “proposta a apresentar à reunião de Executivo de Julho de 2010”, para o “Gabinete de Formação e Gestão de Projectos”, Rodrigo Gonçalves subscre-ve a “Proposta nº 01”, com a data de 19 de Julho de 2010 e aprovação a 21 de Julho se-guinte, cujo “assunto” é “contratação em regime de avença”, cujo texto é o seguinte:“Para fazer face a necessidades no âmbito da comunicação e eventos desta Junta de Freguesia, e sendo manifesto que se mostra desnecessária a necessidade de consti-tuição de qualquer modalidade de emprego público para o desenvolvimento das funções inerentes àqueles âmbitos, que primam pela independência e autonomia e encontrando-se os respectivos encargos financeiros com as contratações pretendidas inscritos na respectiva rubrica orçamental, propõe-se ao Executivo que delibere no sentido da contratação, em regime de avença, com início em 1 de Julho de 2010 e términos em 31 de Dezembro de 2010, de Patrícia O. C. B., contribuinte fiscal (…), e Patrícia A. M. G. R., contribuinte fiscal (…), ambas pelo valor mensal de 400,00 euros (quatrocentos euros), sem retenção de IRS e sem sujeição a IVA.”No ano seguinte, Rodrigo Gonçalves levou à reunião do executivo autárquico, con-cretamente a de 5 de Janeiro de 2011, uma proposta de “renovação de contratos de avença” “nos exactos termos, pelo período de 12 meses com início a 1 de Janeiro de 2011 e termo em 31 de Dezembro de 2011,” prolongando assim o vínculo com Pa-trícia B. e Patrícia R. O Jornal de Lisboa contactou a Junta de Freguesia de São Do-mingos de Benfica, com Rodrigo Gonçalves e com Ricardo Crespo, sem que tenha

obtido quaisquer esclarecimentos até ao fecho da edição. Entretanto, de acordo com fontes próximas de Rodrigo Gonçalves, a colabroação de Patrícia Rocha terá cessado no início deste ano. Escassos meses antes do seu marido ser apresentado como candidato do PSD àquela Junta de Freguesia.

JeePRicardo Crespo, ao fazer fé no perfil da sua página do facebook é um verdadeiro JEEP (jovem empresário de elevado potencial) género que tanto fez furor nos anos 90. Se não, vejamos, aproveitando para citar aquela página: “São várias as caracte-rísticas que tornam Ricardo Crespo um homem singular. A juventude do candidato (…) é uma delas: conta 34 anos. Esta juventude ganha ainda mais relevo quando se observam as funções que assume na vida e a responsabilidade que estas acar-retam: é casado e tem uma filha; profissionalmente, é responsável pelo departa-mento comercial (customer service and sales manager) da empresa “K”Line, uma das maiores empresas mundiais de transportes marítimos. O currículo político é também extenso: foi vice-presidente da Comissão Política da Juventude Social De-mocrata e membro da Comissão Politica do Partido da área de Benfica e São Do-mingos de Benfica. Actualmente, é vogal da Comissão Política da Concelhia de Lisboa e delegado à Assembleia Municipal de Lisboa, para além de vogal da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica. Signo fundamental na vida de Ricardo Crespo, homem católico, é a Cruz de Cristo - aquela que trazia ao peito quando jogava futebol pel’ Os Belenenses; a mesma que os navegadores quinhentistas leva-ram pelo mundo em caravelas e que talvez tenha inspirado o candidato [à Fregue-sia de São Domingos de Benfica] a fazer os seus estudos na Escola Superior Náutica Infante D. Henrique.” SIC.

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> NA RESSACA DA DERROTA NAS AUTÁRQUICAS

Rodrigo gonçalves prepara “assalto”à concelhia do PSD/Lisboa

oactual vice-presidente do PSD/Lisboa prepara o “assalto” ao poder da estrutura do laranja de Lisboa, apurou o Jornal de Lisboa junto de fontes daquela concelhia social-democrata. Estando - salientam - a “preparar a queda de Mauro Xavier”, actual chefe do PSD/Lisboa. O ambiente

de tensão no PSD está a pôr os nervos em franja dos dirigentes laranjas de Lisboa, tendo em considera-ção a crescente tendência de derrota eleitoral social--democrata na capital nas eleições autárquicas de 29 de Setembro. Como é de conhecimento público, todas as sondagens – nacionais e/ou locais – revelam que a tendência de voto penaliza violentamente o PSD. Rea-lidade que está a nublar mesmo as expectativas mais

O actual vice-presidente do PSD/Lisboa prepara o “assalto” ao poder na estrutura do laranja de Lisboa, confidenciaram

fontes da concelhia laranja. Na sequência de uma derrota eleitoral. E depois de precipitar a queda de Mauro Xavier.

conservadoras dos social-demcoratas. E, neste am-biente de incerteza, de acordo com as nossas fontes, aumentam as clivagens internas no PSD, com grupos internos a posicionarem-se para, consumada a derro-ta em Setembro, estarem bem posicionados para, não só forçarem a queda da concelhia social-democrata, como também para provocarem eleições para aque-la estrutura o mais rapidamente possível. Porém, referem as nossas fontes do PSD de Lisboa, o actual vice-presidente, Rodrigo Gonçalves “está a preparar a queda de Mauro Xavier e forçar a convocação ime-diata de eleições” para conseguir garantir o controlo da concelhia laranja de Lisboa. Uma estrutura interna com grande capacidade de influência, seja a nível dis-trital, e até na estrutura nacional do partido. Rodrigo

Em Julho de 2012, a Câmara Municipal de Lisboa adjudicou, por ajuste directo, a

construção de creches, com recurso a estruturas pré-fabricadas, ou seja, 20

unidades, num valor superior a 6 milhões de euros.

Foi anunciada pelo PS, com estrondo, a criação do Programa B.a.Bá e a

criação de 2500 vagas em creches.

A forma como se decidiu gastar 6 milhões de euros sem concurso, bem

como o não acreditarmos ser possível concluir o projecto em tão pouco

tempo, motivou o voto contra do CDS.

Passou-se um ano e nada foi feito até agora.

O Programa B.a.Bá ainda não saiu do papel e ficou pelo seu anúncio e propaganda.

Impõe-se perguntar: o que se passou para até hoje nada ter acontecido?

Onde estão a 2500 novas vagas em creches que deveriam estar prontas no final do

mandato?

Sabemos que não foi por falta de dinheiro. O que faltou, mais uma vez, foi a capacidade de

cumprir os anúncios e as promessas a que o PS insiste em fazer.

Mais uma vez ficaram claros os objectivos eleitoralistas e as promessas irrealizadas do Dr.

António Costa.

Posso até adivinhar, cada obra da actual maioria tem pelo menos 4 anúncios: o da

adjudicação, o da primeira pedra, o do começo da obra e o da inauguração.

Suspeito que, até ao dia das eleições, vamos ver anunciada pelo menos mais uma, ou duas

vezes, a mesma obra, sem que se tenha criado uma única vaga.

Estamos a terminar o mandato autárquico e como se vê, nem Programa B.a.Bá, nem B nem

A. António Carlos Monteiro Vereador do CDS-PP na CML

Nem B nem A

Gonçalves, ainda presidente da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, sustentam, tem vindo a “pressionar no sentido de a concelhia se demitir” con-sumada a derrota em Lisboa do PSD. Uma possibili-dade que é encarada, mesmo na estrutura do partido, como uma realidade inultrapassável.Assim, afirmam as nossas fontes, a “família Gonçal-ves” – Rodrigo e o pai Daniel, que chefia o núcleo cen-tral social-democrata do PSD/Lisboa e é candidato la-ranja à Junta de Freguesia das Avenidas Novas –, “com o colégio eleitoral que se gaba de ter”, fica “muito bem colocada” para garantir que o ainda presidente de São Domingos de Benfica ou “um testa-de-ferro” ganha as eleições para liderança da concelhia do PSD/Lisboa.Contactado Rodrigo Gonçalves, o ainda número dois

0 8

Subitamente, passaram seis anos desde que a

Câmara Municipal de Lisboa foi resgatada

pelo Partido Socialista e por António

Costa da situação limite a que havia sido

conduzida. Arrumada a casa e postas

as contas em dia, a gestão socialista

pôde, neste mandato que agora termina,

finalmente dedicar-se a reorganizar a CML

e os seus serviços para melhor trabalhar em

prol da cidade, dos seus municípes e de todos aqueles

que fazem de Lisboa o seu local de trabalho, lazer ou

recreio. E ao investimento na simplificação administrativa,

na desburocratização e na racionalização dos serviços,

seguiu-se o projecto de reorganizar administrativamente a

cidade, tornando as Juntas de Freguesia no órgão político

mais próximo dos cidadãos, mas competentemente

apetrechado das competências e dos meios para responder

às necessidades das pessoas. Paralelamente, foi possível

voltar a projectar cidade, com a há muito aguardada, e

finalmente conseguida, aprovação do novo Plano Director

Municipal. Ao mesmo tempo, apostou-se no espaço

público e na criação de condições efectivas para a sua

fruição: foram recuperados jardins, miradouros, resurgiram

os quiosques e as esplanadas. Na frente ribeirinha, a

pouco e pouco, foi-se fazendo o caminho de permitir às

pessoas chegar ao rio: muito já se fez, mais há por fazer.

Mas há mais: a marca social da gestão de António Costa

é indelével. Foi fortalecida a Rede Social e, com isso, foi

possível chegar a mais idosos, mais crianças, mais jovens,

promover a igualdade de género e apostar decisivamente

no empreendedorismo e na economia social. Foram

renovadas escolas, foi concluído o Corredor Verde, foram

criados parques hortícolas. A almejada candidatura do

Fado a Património Imaterial da Humanidade foi coroada

de êxito, Lisboa apostou decisivamente nas indústrias

criativas e na atracção e realização de grandes eventos,

nacionais e internacionais. Muito fizeram António Costa e o

Partido Socialista por Lisboa. Muitos desafios há ainda para

serem respondidos e que serão objecto da dedicação e do

empenho da próxima Câmara Municipal de Lisboa liderada

por António Costa. Rui Paulo Figueiredo Presidente da

Concelhia do PS de Lisboa

Balanço de mandato:fazer mais com menos e servir melhor os lisboetas

PráTiCAS DiFErENTES, mELHor SErviço

POR LUíS FiLiPE moNTEiro

>> Candidato do PS à Freguesia da Estrela, Presidente da Freguesia de Santos-o-velho

Pode parecer estranho, numa altura em que os critérios económicos suplantaram os valores humanistas no processo de tomada de decisão, trazer à liça o trabalho desenvolvido por um conjunto de parcerias em que as

Freguesia têm assente o trabalho desenvolvido - neste tempos conturbados - em defesa das populações. Para nós, o trabalho já feito por esses órgãos autárquicos demonstram, claramente, que as pessoas devem ser encaradas como pessoas (passe a redundância) e não como meros números para as estatísticas. Ao contrário do Governo, as Juntas de Freguesia, nomeadamente a de Santos-o-Velho, tem uma notável capacidade de mobilização de várias entidades para desenvolverem acções em prol das suas populações. Sem querer puxar a brasa “à minha sardinha”, sou dos que defendem que estas parcerias têm realizado um trabalho “espantoso” com os poucos meios que dispõem. Olhando para o caso concreto da Freguesia de Santos-o-Velho, posso afirmar que, em primeiro lugar, estão as pessoas. Ou seja, estamos a trabalhar em várias vertentes, designadamente acção social, emprego, juventude e cultura, que estão a contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. Estas plataformas permitem um melhor planeamento e coordenação de intervenção social ao nível da Freguesia, permitindo uma política social activa que impulsiona o trabalho de parceria alargada, tendo por base o desenvolvimento e a consolidação de uma consciência colectiva dos problemas sociais, contribuindo para a activação das respostas e a optimização dos recursos de intervenção ao nível da freguesia. Em Santos-o-Velho implementamos iniciativas de desenvolvimento social local, com vista a uma maior eficácia das respostas sociais e da racionalização de meios, de forma a combater e erradicar a pobreza e a exclusão, promovendo a coesão social.

JULHO13

do PSD de Lisboa foi veemente nas suas declarações.Assim, o autarca de São Domingos de Benfica des-mentiu de “forma categórica” a possibilidade de se demitir de vice-presidente da concelhia de Lisboa do PSD. Por outro lado, Gonçalves desmente também “de forma categórica” que defenda que a Mauro Xavier, presidnete da concelhia, se deva demitir em caso de derrota nas autárquicas.Ainda “de forma categórica”, Rodrigo Gonçlaves des-mente que defenda a queda da concelhia e a realiza-ção de eleições internas antecipadas.Por outro lado, o ainda autarca volta a desmentir “de

forma categórica” que tenha interesse em ser presi-dente da concelhia social-democrata de Lisboa e diz desconhecer o interesse de terceiros, nomeadamente do seu pais, Daniel Gonçlaves, que é presidente do nú-cleo central laranja e candidato à Junta de Freguesia das Avenidas Novas. Por último, o ainda autarca diz não poder responder se será candidato a vereador em Lisboa, porque “não faço parte da estrutura que se en-contra a constituir as listas das vereações do Distrito de Lisboa. Assim para esclarecimentos, deverá reme-ter a pergunta ao presidente da concelhia do PSD de Lisboa.”

0 9

> REQUALIFICAçÃO DE ATERROS ILEGAISCampolide “dá” parque infantil à quinta da Bela

oexecutivo de Campolide vai iniciar as obras de requalifica-ção de uma zona da Quinta da Bela Flor, transformando ater-ros ilegais e espaços ocupados por lixos numa zona verde e de recreio infantil. Este projecto é

um investimento de mais de 80 mil euros e responde a reivindicações antigas da po-pulação da Bela Flor e zonas circundantes. Assim, o que era uma zona não edificada ocupada com lixo e aterros ilegais, abrangi-da no Plano de Pormenor da Quinta da Bela Flor – que ali prevê também a futura cons-trução de equipamento escolar e jardim--de-infância – vai transformar-se muito em breve numa zona verde e de recreio infan-til, com escorrega, baloiço, estruturas de trepar, brinquedos de mola e um piso pro-pício à utilização de triciclos, bicicletas ou patins. Espaços verdes, zonas de descanso e um miradouro sobre o Vale de Alcântara

são outros aspectos contemplados. O pro-jecto inclui ainda hortas comunitárias, um circuito de manutenção, espaço de estacio-namento e zonas de refeição e confecção de refeições. Os equipamentos ocuparão ao todo uma parcela de cerca de 1000 metros quadrados. Entre os equipamentos refe-ridos, o projecto prevê ainda a instalação de um bebedouro, de zonas destinadas a refeições ao ar livre e um barbecue. Esta in-tervenção realiza-se no âmbito da política da Freguesia de Campolide de requalificar os bairros mais isolados e carentes de equi-pamentos da Freguesia, situados nas duas margens do Vale de Alcântara, depois das obras de requalificação da Quinta do Taru-jo, de duas praças urbanas e do Campo de Jogos dos Bairros da Liberdade e da Serafi-na, igualmente beneficiados pelos equipa-mentos da recém-inaugurada “Quinta do Zé Pinto” em torno da estação de comboios de Campolide.

A Junta de Campolide vai transformar um aterro ilegal num

parque infantil e espaços verdes. As obras começam em Julho.

FREGUESIA DA GRAçA A Junta da Graça tem apostado em políticas de reforço da qualidade de vida e das condições de segurança da autarquia, proporcionando aos residentes uma ambiente mais acolhedor e que cative a fixação de novos residentes. Neste sentido, o executivo local já iniciou os trabalhos de pintura das passadeiras de peões de toda a autarquia. Entretanto, o mês de Junho foi particularmente activo naquela Freguesia. A cultura marcou as comemorações dos Santos Populares em toda a autarquia com diversas atividades no antigo Convento das Mónicas, como música, escultura, pintura, teatro e cinema, com a Vila Berta a assumir-se como estrela de cartaz de toda a cidade. Ainda no âmbito dos Santos Populares, realizou-se a tradicional sardinhada da Junta de Freguesia da Graça que reuniu na sede da autarquia largas dezenas de pessoas. Entretanto, e no que se refere aos serviços da Junta, o presidente Paulo Quadrado determinou o pagamento do subsídio de férias dos funcionários no mês de Junho, porque, argumentou, “a boa gestão financeira proporciona condições para pagar os subsídios”.

DESAFIOSPARA LiSboAFaltam 3 meses para as eleições

Nos próximos três artigos, combinei com o meu amigo e vizinho da coluna de baixo,

Leonel Fadigas, dar opinião sobre o que podemos e devemos fazer TODOS para

melhorar Lisboa. Ora, sendo assim, aqui vão algumas ideias: 1. Quem ganhar, deve

assinar um Pacto de Governabilidade com a oposição, que permita a Lisboa

ultrapassar as suas actuais dificuldades e recuperar a confiança, estabilidade e

competitividade, infelizmente perdidas por força das duas maiorias diferentes na

Assembleia Municipal e na Câmara. Deste Pacto devem constar 10 dossiers estratégicos. 2.

Visão estratégica - 1º Dossier. Temos de ter ideias claras. O que queremos para Lisboa? Onde

queremos chegar? Quando? Como fazer? Lisboa parecendo periférica, não o é, sendo cada vez

mais importante a sua posição como cidade europeia mais próxima do continente americano e

muito bem posicionada em relação ao continente africano. Temos o maior estuário da Europa,

cada vez mais porta de entrada de mercadorias oriundas de muitas partes do mundo, para serem

distribuídas para grandes cidades europeias. Turismo, sede de empresas multinacionais, cidade que

acolhe para viver e trabalhar estrangeiros oriundos de vários países, cidade do talento e criatividade

e amiga das actividades económicas. Sim, claro. Entre outras. Que recursos financeiros dispomos

para uma campanha internacional, sistemática, rigorosa, poderosa e permanente para atingirmos

estes objectivos? Quem vão ser os aliados? Com quem podemos contar entre entidades públicas e

privadas para este desafio de longo prazo? Vamos ter a certeza, que não mudam leis laborais e

fiscais, regulamentos, etc., nos próximos 10 anos? Estou certo que as cidades que melhor

souberem divulgar, interna e externamente, o que querem, o que não querem e para onde querem

ir, vão ganhar este grande desafio da competitividade internacional. João Pessoa e Costa

Pensar nas pessoasAo fim de mais um mandato autárquico é tempo de balanço, de avaliação e de escolhas. Lisboa

está ou não melhor do que há quatro anos? É esta a questão central deste tempo de

eleições que se aproxima. Aos lisboetas compete responder e dizer se querem ou

não a continuidade das políticas que têm orientado a vida da cidade e de quem

nela vive e trabalha, com clareza, transparência e forte empenhamento social. Ou

então se preferem um outro modelo, porventura mais igual ao que o Passos e o

Gaspar nos têm imposto para desgraça nossa. Lisboa está ou não melhor do que

há quatro anos? É claro que está, mesmo se algumas coisas pontualmente não correram

tão bem como era desejável (as rotundas o Marquês, por exemplo). Mas a reabilitação urbana,

o ambiente e espaços verdes, o cuidado com o património, a habitação e o apoio social são

marcas de um mandato a pensar nas pessoas e nos seus problemas. Neste quadro também a

reorganização administrativa foi um sucesso e um exemplo que infelizmente o governo não foi

capaz de seguir. Se assim é, há muitas razões para continuar com este programa político. António

Costa merece-o e Lisboa também. Leonel Fadigas

1976 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2009

Esquerda(PS+PCP e outros;2009 inclui BE)

55 51,28 51,55 56,23 53,42 47,11 54,93 56,1

Direita(PSD+CDS)

35,28 46,37 44,43 38,54 40,7 47,91 44,44 39,33

1976 1985 1989 1993 1997 2001 2005 2007* 2009

Esquerda(PS+PCP e outros;2009 inclui BE)

51,75 45,48 49,17 56,64 51,88 41,53 45,9 56,05 56,64

Direita(PSD+CDS)

34,18 44,78 42,18 34,1 39,26 49,68 48,34 36,22 38,69

Evolução da votação para as Assembleias de Freguesia no Concelho de Lisboa

Fonte: CNE.Obs.: 1979 e 1982dados indisponíveis

Varia

ção

(%)

30

40

50

60

20092005200119971993198919851976

Esquerda

Direita

Evolução da votação para a Câmara Municipal de Lisboa

Fonte: CNE.Obs.: 1979 e 1982dados indisponíveis

Varia

ção

(%)

30

40

50

60

200920072005200119971993198919851976

Esquerda

Direita

(*)

Elei

ções

inte

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par

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Câm

ara

de L

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a

1 0

JULHO13

> ANTÓNIO MANUEL, CANDIDATO à JUNTA DE FREGUESIA DE SANTA MARIA MAIOR

“Fundos imobiliários estão a matar a Baixa”Os “fundos imobiliários estão a descaraterizar a Baixa e a matar

o seu tecido económico e social”. A frase é de António Manuel,

candidato do PSD à nova Freguesia de Santa Maria Maior. Que

aposta no trabalho social de proximidade e que diz não ser um

candidato “paraquedista”.

oque o leva a candidatar-se à Freguesia de Santa Maria Maior?O que me levou a aceitar este desafio de candidatura à nova Freguesia de Santa Maria Maior foram, sobretudo, as inúmeras manifestações de apoio e incentivo pela continuidade do trabalho que realizei como presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau. Um traba-lho de que me orgulho, e que é reconhecido publica-mente, quer por adversários políticos, quer pela

Comunicação Social, como aconteceu com um projecto inovador de apoio a idosos que mereceu a transmissão pela Rede Globo para mais de 30 milhões de telespecta-dores, considerando-o como verdadeiramente inova-dor e um exemplo a seguir.

O que é que o diferencia do candidato do PS, Mi-guel Coelho?Antes de mais a experiência que acumulei em qua-se uma década de presidência autárquica, que me permitiu não só um conhecimento da realidade, como também a experiência de um trabalho com provas apresentadas. O rosto da minha candidatura é o meu trabalho, um trabalho de proximidade que reali-zei. Acresce a este facto, que sou professor e não dependo da política para viver. O movimento cívico que me apoia viu em mim um candidato diferente de todos os outros, nomeadamente de Miguel Coelho, não só porque sou transversal a todos os partidos, como também por não estar de pára-quedas numa eleição tão importante como esta para apoiar a população. Mais do que um deputado, como Miguel Coelho, as pessoas precisam de um pre-sidente de Junta de Freguesia. Estas eleições são aquelas onde a política de proxi-midade se sente mais na sua plenitude e em que, acima dos partidos, estão sempre as pessoas.

O que tem para oferecer aos residentes de Santa Maria Maior?O meu projeto alicerça-se, antes de mais, na continuidade do trabalho que tenho vindo a desenvolver a partir das pessoas, das suas necessidades, das suas carên-cias, das suas fragilidades e dos seus problemas – é aqui que está a essência do trabalho autárquico. À crise responde-se com ação, com mais apoio social, mais solidariedade e mais afetuosidade. Se for eleito, como espero, serei fiel a esta matriz social do meu trabalho mantendo a funcionar em todas as instalações das atuais Juntas de Freguesia os serviços de apoio social e de atendimento à população; alargarei os projetos de apoio social inovadores, que já implementei na Freguesia de São Nicolau, a toda a população da nova Freguesia de Santa Maria Maior, como a assistência médica domiciliária gra-tuita para todas as pessoas carenciadas com mais de 65 anos e para todas as crian-ças e jovens com menos de 15 anos e, ainda, a instalação gratuita de aparelhos de

teleassistência para a população idosa carenciada e com problemas de solidão e isolamento, projeto que instalei na Freguesia de São Nicolau de forma gratuita e pioneira já em 2007.O fomento de iniciativas de apoio às crianças e jovens, de atracão de novos resi-dentes, de criação de condições de melhoria da qualidade de vida da população e a multiculturalidade são também eixos em que irá assentar o meu trabalho. Sobretudo, o que pretendo fazer é ser útil e apoiar as pessoas desde a pequena obra em casa ao transporte à escola, à ida à praia ou ao levar o médico a casa. Além destes projetos de matriz social, vão ser também prioritários nas linhas de fundo do meu programa eleitoral, o apoio e homenagem ao fado, não só pelo que este representa o verdadeiro ADN das raízes culturais destes bairros históricos, mas também porque eles são o próprio altar do fado.As coletividades e associações de cultura e recreio estarão também na linha das

prioridades porque elas são o pulmão destes bairros e é, sobretudo através delas que se faz a dinamização das atividades culturais e despor-

tivas e a sua participação nas marchas e nos santos popula-res de Lisboa.

Como tem sido o seu relacionamento com o Presi-dente da Câmara de Lisboa?

Um relacionamento de colaboração institucio-nal; não poderia ser outro. Não posso também de deixar de aqui dizer e agradecer o reconhe-cimento público do Senhor Presidente pelo meu trabalho.

Votou com o PS contra o PSD, para aprovar o Plano de recuperação da Baixa. Teve sucesso?

Votei em concordância com a minha consciên-cia e na defesa da população e do território que

me elegeu. Na Assembleia Municipal um presiden-te de Junta de Freguesia, como eu, deve votar sempre

em prol dos interesses da Freguesia e não de forma par-tidária.

Se o programa teve sucesso, digo-lhe sinteticamente: conside-rei-o publicamente como o 25 de Abril da Baixa. Mas, infelizmente

constato hoje, que o que foi feito está muito longe do que esperava: licenciamentos autorizados a projetos de fundos imobiliários que estão a descaraterizar a Baixa e a matar o seu tecido económico e social. Não foi para esta reabilitação sem alma e de destruição da construção pombalina que se fez o Plano, mas para criar uma Baixa viva, das pessoas e para as pessoas, uma Baixa que respeite o seu código genético e com um futuro sustentável.Só assim se consegue um projeto de matriz humanista nas diferentes vertentes: apoio social, mais apoio social e, ainda, reforço do apoio social, sem esquecer o fado, as coletividades e a multiculturalidade.

Confirma que o ex-autarca do Socorro vai integrar a sua lista? Porquê?Acompanha-me neste trabalho uma grande equipa de pessoas com raízes e im-plantação local, gente com entusiasmo e, sobretudo, com enorme experiência au-tárquica. É este o caso de Marcelino Figueiredo que, por isso, integrará a minha equipa.

Está disposto a trabalhar com o PS no executivo da Junta?Serão bem-vindas todas as pessoas que vierem por bem e estejam em consonância com o meu projeto.

“O rosto da minha candidatura é o meu trabalho, um trabalho de proximidade (…). (…) sou professor e não dependo da política para viver. [Sou] um candidato diferente de todos os outros (…), por não estar de paraquedas numa eleição

tão importante como esta para apoiar a população. Mais do que um deputado, como Miguel Coelho, as pessoas precisam de um presidente de Junta de Freguesia. Estas eleições são aquelas onde a política de proximidade se sente

mais na sua plenitude e em que, acima dos partidos, estão sempre as pessoas.”

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JULHO13

> ENCARNAçÃOPrevenir riscosA Freguesia da Encarnação, no âmbito do Projecto Intervir, organizou um acantonamento no Parque de Campismo de Monsanto, com provas desportivas de aventura, como Paintball e jogos tradicionais organizados pelos monitores do projecto. Uma iniciativa que se destina a prevenir comportamentos de risco dos mais novos.

> SOLIDARIEDADELions faz donativo a crianças de Santos-o-VelhoA política social da Freguesia de Santos-o-Velho levou o Lions

Clube de Lisboa a fazer doacção para crianças daquela autarquia.

oLions Clube de Lisboa Norte entre-gou um cheque de 500 euros à Jun-ta de Freguesia de Santos-o-Velho para apoio a actividades com crian-ças, no âmbito das política sociais que aquela autarquia tem desen-volvido. Luís Filipe Monteiro, presi-

dente da Freguesia de Santos-o-Velho agradeceu à presidente do Lions, Isabel Cupertino, e a todos os membros dos diversos grupos presentes, assim como ao governador Francisco Burnay, todo o carinho para com a Freguesia de Santos-O-Velho, principalmente para com as crianças desta típica zona lisboeta. Na ocasião, o autarca enalteceu o trabalho desenvolvido pelos Lions em prol dos mais carenciados, esperando que este tipo de acções sirva de incentivo a outras organizações. Entretanto, a Freguesia de Santos-o-Velho homenageia a população da Madragoa com a inauguração de um painel de azulejo da autoria de José Manuel Martins que retrata o quotidiano dos residentes originais da Fregue-sia, sendo varinas e pescadores os principais temas desta obra de arte. Esta insta-lação artística está afixada na fachada da sede da Junta, e é a homenagem do exe-cutivo da Junta de Santos-o-Velho à população deste típico bairro lisboeta que, nas próximas eleições, fica integrado na futura Freguesia da Estrela.

> MADALENAFérias para novos e idosos

os residentes da Freguesia da Madalena vão gozar de períodos de férias. E esta iniciativa daquela autarquia destina-se quer às crianças e jovens, quer aos mais velhos. Assim, em Julho o executivo da Madalena organi-za a Colónia de Férias e mantém em pleno funcionamento a Ocupação de Tempos Livres. De acordo com Jorge Ferreira, presidente da Freguesia,

estas acções “são destinada aos séniores e aos nossos poucos jovens, a quem pro-porcionamos a habitual colónia com deslocações diárias à Praia do Tamariz, no Es-toril, entre os dias 1 a 12 de Julho. No último dia, convidamos todos os participantes para um almoço/convívio na região de Sintra para se fazer o balanço da actividade. Por outro lado, destinado especialmente aos maiores de 55 anos residentes na Fre-guesia, a Madalena vai realizar um “passeio surpresa” nos dias 19, 20 e 21 de Ju-lho à zona do Luso, com diversas visitas a locais históricos da zona centro do País. Quanto às Festas de Lisboa, a Junta da madalena organizou duas sessões de Fados e Guitarradas, a 24 e 25 de Junho, no espaço do Arraial da Madalena.

*

SÃO JOÃO DE DEUS mêS Do PALADAr O executivo da Freguesia de São João de Deus está a organizar um verdadeiro banquete, designado “Paladar Lisboeta”. Esta iniciativa – 1ª Mostra Gastronómica da Freguesia de São João de Deus - tem uma duração de mais de um mês, tendo começado dia 25 de Junho e terminando no dia 31 de Julho. Cinco conhecidos restaurantes da autarquia – Mexicana, Ti Lurdes, Isaura, Mercearia Criativa e Spazio Buondi – participam nesta primeira edição do “Paladar Lisboeta”, onde os comensais podem provar as melhores iguarias. Entretanto, estão abertas as inscrições para a edição praia-campo sénior deste ano da Freguesia de São João de Deus. Esta iniciativa realiza-se entre 12 e 23 de Agosto, constando do programa idas à praia pela manhã, almoço e, da parte da tarde, visitas de carácter cultural a instituições do concelho e distrito de Lisboa.

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JULHO13

voTo E ArmASPOR FErNANDo brAAmCAmP

>> Presidente de Junta de Freguesia do Alto do Pina e

candidato da coligação PSD/CDS à Freguesia do Areeiro

“ovoto é a arma do Povo”. Esta frase muito utilizada nos princípios da nossa Democracia não pode ter actualmente uma leitura literal.Hoje, mais amadurecida esta nossa Democracia, sabemos que o voto é uma escolha e uma opção. Em

breve iremos ter mais um acto eleitoral: as autárquicas, mais conhecidas por eleições para as Câmaras e Juntas de Freguesia. No acto eleitoral para eleição de um governo votamos nos partidos, cujos projectos acreditamos. Não escolhemos nesse acto o cidadão que irá formar governo, uma vez que é inerente o primeiro-ministro ser aquele que, no partido mais votado, é indicado ao Presidente da Republica. Já nas autárquicas é muito diferente. Não estão em causa partidos, mas sim pessoas. No acto de votar sabemos quem são os candidatos às Câmaras e Juntas, os seus objectivos, e no caso de recandidatura podemos avaliar o seu trabalho. É por esta razão que muitos consideram as eleições autárquicas como as mais genuínas em democracia. O quotidiano de cada eleitor é vivido na nossa cidade e na nossa freguesia e, por isso, a gestão destes espaços está directamente relacionada com qualidade de vida dos lisboetas. A freguesia é o órgão institucional mais perto da população, aberto ao diálogo e às preocupações que lhe são transmitidas. Muitos recorrem a ela por vários motivos: desde a árvore que tapa a nossa janela, passando pelo arranjo da calçada e pelo embelezamento do espaço público e até ao apoio social, vertente que hoje tem uma elevada importância atendendo às circunstancias que actualmente vivemos. Apoio à saúde, à criança, à solidão, tudo esperamos da nossa junta. São tantas as expectativas, cada um com a sua, que as freguesias devem ser mais dinâmicas e menos institucionais, devem estar atentas e ir ao encontro das necessidades dos seus eleitores. A reforma administrativa veio trazer mais responsabilidade a todos os autarcas, e esse facto exige experiência e conhecimento total da função, não podemos improvisar nem vir aprender a ser autarcas. O tempo, a situação que o país atravessa, exige uma total dedicação e uma gestão cuidadosa, capacidades que não são inatas, mas que se adquirem com o tempo. Sabemos que a Constituição no caso de um mau resultado nas eleições autárquicas não prevê a queda do Governo em funções, pelo que será bom não esquecer, na hora de votar, que o nosso voto não e nenhuma arma. Por isso, votar no partido em detrimento do voto num bom autarca poderá resultar na manutenção do Governo e na perda do gestor da autarquia que até agora tem demonstrado competência e estar ao serviço da população.

> APOIO COMUNITÁRIOLX europa 2020A Câmara de Lisboa está a preparar o “LX Europa 2020 - As Intervenções Prioritárias na Cidade de Lisboa”, documento que irá definir a posição da capital relativamente ao próximo quadro comunitário de apoio 2014-2020. Neste documento constarão as dez áreas prioritárias de intervenção e os dez projectos estruturantes a elas associados, que têm sido alvo de debates públicos.

Direito de Resposta

Publicação de direito de resposta, em

serena obediência a deliberação da

Entidade Reguladora para a

Comunicação Social.

“Luís Pedro Alves caetano Newton Parreira, residente na R. Melo Antunes, 29, 6ºA, 1750-240 Lisboa, portador do CC nº10999963, tendo tomado conhecimento no passado dia 26.11.2012, da capa, bem como do teor do artigo publicado nas páginas 05 e 05, da edição de Dezembro do Jornal de Lisboa e atentas as mentiras, as incorrecções, erros e contradições neles veiculados, vem, nos termos e para os efeitos do artigo 25º da lei da Imprensa, aprovada pela Lei 2/99, de 13 de janeiro, com as alterações introduzidas pela lei 18/2001, de 11 de Junho, exercer o seu direito de resposta, o que faz com base nos se-guintes fundamentos:Pouco tempo depois de, finalmente ter visto os meus direitos serem reconhecidos pela Entidade Reguladora para a Comuni-cação Social, seja através da decisão que condenou o Jornal de Lisboa a publicar a minha resposta ao anterior artigo, na qual esclareci à saciedade todas as falsas acusações que no mesmo me haviam sido feitas pelo Jornal de Lisboa (veja-se o número de Novembro deste Jornal), seja através da decisão que con-siderou que o referido artigo violava o artigo 3º da lei da Im-prensa, por não respeitar o rigor informativo e entendia que o Director do Jornal não podia exercer tal cargo por não estar cre-denciado para tal, disso dando conhecimento *a Comissão da carteira Profissional de Jornalista, eis que sou confrontado com outra ‘história’. Desta feita, o artigo tira conclusões totalmente descabidas – e graves – de um conjunto de documentos que foi fornecido, de boa-fé, pela Junta de Freguesia da Lapa, acu-sando-me, sem uma única prova, de factos que os presidentes dos vários executivos implicados na notícia (Aníbal Jorge Dias e Nuno Ferro) também nunca teriam permitido que aconteces-sem. Recordo que são ambos reconhecidos, por todos, como homens de rigor na gestão de dinheiros públicos.A única prova que o Jornal de Lisboa faz, e pode fazer, com tais documentos é a de que, a partir de Março de 2007, eu passei a receber, no âmbito do protocolo da Junta de Freguesia da lapa com o IDP, enquanto profissional liberal, e por isso, obrigado a passar os então chamados ‘recibos verdes’, conforme eu próprio tinha tido oportunidade de já esclarecer. Entendo que todas e quaisquer outras conclusões tiradas com base nesses docu-mentos e no artigo referidas são um exercício de má-fé.E começo, desde já, por esclarecer que é totalmente falso que eu me tenha recusado a responder á questão ‘se fugiu ao disco’, pois o que aconteceu, de facto, é que fui impedido de respon-der ao Jornal de Lisboa, atendendo a que o email que me foi enviado com as questões a esclarecer, data de 26 de Novembro (pelas 14h) e o Jornal começou a ser distribuído às 10h do dia 28 de Novembro.Ou seja, o Jornal de Lisboa faz um conjunto de perguntas, mais propriamente 15, e menos de 48h depois disso, está a distribuir o Jornal, tanto por via electrónica, como em papel, tendo no dia 25 de Novembro (ou seja, um dia antes do email inquisitório) colocado no seu facebook a seguinte mensagem: ‘A próxima edição do Jornal de Lisboa está mesmo a «rebentar»! Com gran-des «cachas»!’). Assim, e tendo em conta que )i) tal email foi en-viado para um endereço electrónico pessoal e não profissional, o que naturalmente indicia que só seria aberto ao final do dia 26 de Novembro; (ii) do email constavam 15 perguntas, todas relativas a factos ocorridos há mais de 8 anos e para as quais eu necessitava de tempo para recolher com rigor os elementos para resposta; (iii) para além do Jornal de Lisboa ser disponibili-zado via electrónica é também disponibilizado em papel, tendo que ser previamente impresso; tudo permite concluir que as minhas respostas, que se encontravam a ser preparadas, nunca chegariam em tempo útil.Mas permito-me agora esclarecer todas as questões. Primeiro, reiterar o esclarecimento que já deixei claro no direito de respos-

ta anterior (publicado no número de Novembro deste Jornal), de que não recebi a ‘dois carrinhos’, porquanto não acumulei vencimentos da Junta com o vencimento da gestão do comple-xo desportivo.Reitero que, para além do facto do valor 800€ me ter sido atri-buído no âmbito do Protocolo entre a Junta de Freguesia da Lapa e o Instituto de Desporto de Portugal, as senhas de pre-sença constituem um direito legalmente reconhecido de todos os autarcas pela participação nas várias reuniões dos vários ór-gãos autárquicos, nas quais aqueles tenham assento, não con-substanciando por isso, um qualquer vencimento. Refira-se, a título de curiosidade que, normalmente tais senhas atingem um valor médio mensal de 30€.Ou seja, e conforme já tinha sido devidamente esclarecido, não houve qualquer acumulação de vencimentos, como aliás resul-tou também claro dos dois pareceres solicitados pela Junta de Freguesia da lapa, não por qualquer ‘desconforto’ como refere o Jornal de Lisboa, mas porque se pretendia ter a certeza da regularidade da situação face a um novo regime legal, e sempre complexo, aplicável às autarquias locais.Esclareça-se igualmente que não participei na votação sobre a minha nomeação (facto que a peça destaca mas que depois ignora), sendo aliás de estranhar que tenha sido entregue pela Junta de Freguesia um rascunho da acta da reunião, atendendo a que os documentos oficiais das Juntas nunca poderão constar de meros rascunhos, estando estes apenas e eventualmente no poder dos secretários (no caso das actas).Quanto à questão fiscal, afirmo de forma peremptória que as minhas declarações junto das finanças estão em total sintonia com os rendimentos por mim auferidos em todo e qualquer momento da minha carreira contributiva, sendo que estou to-talmente disponível para junto de qualquer instância oficial, com competência para tal, demonstrar esta minha afirmação.Mais esclareço que, obviamente, para além da ridícula, face àquilo que são as funções de um membro de um gabinete de apoio a um grupo político no âmbito de um órgão autárquico, é totalmente falsa a acusação de que teria prestado serviços, simultaneamente, para o gabinete do Partido Social Democrata e para o gabinete de apoio do Partido Ecologista «Os Verdes» no âmbito da Assembleia Municipal de Lisboa, sendo que teria bas-tado um simples contacto para o gabinete do Partido Ecologista para esclarecer tal afirmação.Da mesma forma, também teria bastado um simples contacto telefónico com a Câmara Municipal de Lisboa, para esclarecer que não fui assessor naquela edilidade durante o mandato 2001-2005, mas fica aqui, mais uma vez, o esclarecimento.Como também tive oportunidade de esclarecer, mas esclareço novamente, a razão pela qual é ‘subitamente’ interrompido o pagamento no âmbito do Protocolo entre a Junta de Freguesia da Lapa e o IDP, em Fevereiro de 2007, deve-se ao facto de eu ter assumido funções de adjunto de um vereador da Câmara Municipal de Lisboa, funções essas, incompatíveis com outras funções remuneradas. Ou seja, havendo uma incompatibilidade deixei de prestar os serviços no âmbito do Protocolo – mas mais uma vez, se verifica que não cometi nenhuma ilegalidade.Permitam-me ainda um esclarecimento adicional, para dizer que, não obstante entender desnecessário e ter a alternativa de me remeter ao silêncio, opto por vir, uma vez mais, junto de vós esclarecer todos estes factos, porque para mim é um privilégio ser autarca e poder trabalhar para a qualidade de vida do meu próximo, em cumprimento da lei, algo sempre presente nos meus últimos doze anos e que pretendo continuar a assu-mir como objectivo. Assim, continuarei a recorrer às instâncias oficiais, para que a verdade seja reposta e para que o rigor in-formativo passe a ser um princípio a ser adoptado por todos aqueles que exercem um tão importante papel na sociedade portuguesa.Luís Newton”

N.D. – Ao abrigo da Lei de Imprensa, não cabendo aqui qualquer arguição quanto ao texto supra, é no entan-to de corrigir o seguinte: Luís Newton recebeu paga-mentos da Junta de Freguesia da Lapa na sequência da sua nomeação como gestor do complexo desportivo da Lapa a partir do último trimestre de 2004, inclusive.

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Lisboa merece atenção!POR João goNçALvES PErEirA >> Deputado do CDS/PP

Votar “metropolitanamente” POR PEDro rAmoS ALmEiDA >> Advogado - membro do Secretariado do PS/FAUL

O que Lisboa quer ser POR ANA DrAgo >> Deputada do bloco de Esquerda

o desenvolvimento económico veio trazer maiores necessidades de deslocação

individual, estando na origem do surgimento de um parque automóvel de

residentes e utentes de Lisboa, que actualmente ultrapassa os trezentos mil

veículos particulares e profissionais, e que traz diariamente à Cidade grandes

problemas ambientais, de fluidez do trafego e de espaços para estacionamento.

Para dar resposta a este desafio a autarquia lisboeta tem tomado algumas

iniciativas criativas, algumas outras mais ou menos hostis, e outras

completamente contrárias aos interesses dos cidadãos que vivem e frequentam diariamente

Lisboa. Nos últimos anos assistiu-se a um claro desprezo a que o actual executivo lisboeta

votou os cada vez mais utentes de um meio de transporte económico, rápido e amigo do

ambiente. Falo, evidentemente, do transporte de duas rodas. E se a recente onda ciclista custa

a arrancar em Lisboa, muito por via dos desafios provocados pelas colinas que caracterizam

a cidade, a utilização de scooters e motorizadas como meio de transporte individual está a

crescer de dia para dia entre nós, à semelhança do exemplo de inúmeras cidades europeias

que o adoptaram definitivamente.

Eu próprio há muito que aderi. Pelo reduzido espaço de que necessitam para se deslocar, as

scooters e as motorizadas asseguram maior fluidez de tráfego e circulam facilmente em áreas

de difícil acesso, como a zona histórica da cidade; pelo seu reduzido consumo e por gerarem

menos engarrafamentos, são mais amigas do ambiente; pela sua menor dimensão (no lugar de

um carro ligeiro estacionam-se seis motos), aliviam a grande pressão de estacionamento que

uma cidade como Lisboa sempre sofre. Só a autarquia lisboeta é que ainda não entendeu este

conjunto de vantagens, e comete o erro estratégico de não incentivar a utilização de um meio

de transporte tão útil para a cidade! Mais do que provocar danos estruturais ou mecânicos, os

pavimentos esventrados da cidade constituem armadilhas constantes à integridade física dos

motociclistas.

Também os pedaços de carril dos eléctricos abandonados jazem em vários níveis pelo

pavimento, não sendo removidos mesmo após a concretização de obras de repavimentação de

uma ou outra artéria, restando prontos para derrubar qualquer motociclista mais afoito que

se atreva a circular pela cidade num veículo de duas rodas! E para estacionar estes “cavaleiros

do asfalto” lisboeta, pinta-se o pavimento de pequenas áreas de amarelo, e pronto! Já está!

Acontece que os parques de estacionamento assim criados pela CML, além de manifestamente

insuficientes, não atendem o principal objectivo dos motociclistas – a segurança. A ausência

de meios físicos para fixação das correntes de segurança das motos nestes parques de

estacionamento implica que as motos continuem a ser estacionadas nos passeios, com as

respectivas correntes fixas a postes de iluminação, a sinais de trânsito e afins. Pelas soluções

que representam para Lisboa, os motociclistas merecem mais atenção e não meras “obrinhas

de fachada”. Uma cidade moderna tem que estar atenta, tem que dar respostas e tem que

acarinhar as novas formas de viver na cidade. Lisboa merece!

JULHO13

A nossa Constituição prevê a existência de autarquias supra-municipais “nas

grandes áreas urbanas”. Até hoje, o legislador conformou-se com um modelo

de áreas metropolitanas desprovidas de reais poderes de planeamento e

intervenção e, acima de tudo, sem a legitimidade democrática direta do

voto dos cidadãos. Muitos dos problemas crónicos, entropias, redundâncias

e bloqueamentos no desenvolvimento da área metropolitana de Lisboa,

está precisamente na insistência num modelo de gestão arbitrado por

entidades governamentais e pela tecnocracia sem rosto, movidas tantas vezes por interesses

circunstanciais e de curto prazo, fora do escrutínio direto das populações.

Com mais concertação, coordenação e pensamento estratégico metropolitano, com base

democrática reforçada, teria sido possível no passado focar o investimento e os recursos

de forma mais eficiente, aceitando a especificidades e a diferenciação do território, numa

lógica de complementaridade. Qual é a racionalidade em ter os mesmos equipamentos ou

repetir as mesmas receitas entre municípios de uma mesma região com sentido estritamente

concorrencial, anulando-se muitas vezes reciprocamente em termos de vantagens de

diferenciação competitiva? Como é possível gizar um planeamento sério e eficaz de realidades

com clara transversalidade territorial como os transportes e mobilidade, a gestão das frentes

ribeirinhas e o ordenamento do território, a segurança e proteção civil, o turismo, a logística

de mercadorias e mesmo (e cada vez mais!) a intervenção social, sem uma gestão legitimada

democraticamente, identificada com o interesse metropolitano, com autoridade superior aos

municípios?

No mundo globalizado em que vivemos, a Região de Lisboa em que se integra o concelho de

Lisboa e um vasto e diversificado conjunto de municípios, compete com Madrid, Barcelona,

Valência, Paris, Roma, Bruxelas, Amesterdão e tantas outras metrópoles europeias. Agora mais

do que nunca, e em tempo de campanha autárquica, se impõe aos partidos um compromisso

claro na afirmação de uma vontade comum de reforçar o poder das juntas metropolitanas,

colocando de lado os interesses paroquiais e os protagonismos eleitoralistas, propondo

programas municipais coerentes e articulados, pensados também “metropolitanamente”! E

enquanto se mantém o atual modelo de “pseudo governação” supra-municipal, seria desejável

que se substituísse, pelo menos, a filosofia que segue um mero arranjinho aritmético que opta

por dar o lugar de presidente da Junta Metropolitana a um rosto desconhecido da maioria

das pessoas, por um critério de relevância e peso político que, tendencialmente, atribuirá ao

presidente da capital esse papel, por ser a cidade de Lisboa o eixo cimeiro do desenvolvimento

de toda a região.

C om as eleições autárquicas marcadas, os Lisboetas preparam-se para escolher

o governo da cidade para quatro anos difíceis, no turbilhão da crise social e

económica. Trata-se agora de discutir e escolher o que Lisboa quer ser. Uma

cidade que perde centralidade e população, e vê aumentar a pobreza, ou, pelo

contrário, uma cidade justa, bela e democrática.

1. É na cidade que a crise se vê. E que exige respostaÉ na vida quotidiana da cidade que a crise social que atravessamos se vê e

sente. O aumento da pobreza e do desemprego, a dificuldade de acesso à habitação, o preço

e os cortes nos serviços de transportes, os impactos da nova lei das rendas nos mais pobres e

no comércio local, a pobreza e o isolamento dos mais idosos – quem vive a cidade, percebe os

sinais de empobrecimento e de carência que se avolumam. Lisboa tem neste contexto, uma

especificidade – acumula problemas antigos, com novas dificuldades. A continuada perda de

população e o aumento das desigualdades mostram que caminhamos para uma cidade de

extremos – a cidade dos condomínios privados no centro, e dos bairros de habitação social nas

periferias. Para os outros, Lisboa não tem política – os jovens, os trabalhadores, as famílias de

rendimentos baixos ou médios são expulsos para os concelhos à volta, pela impossibilidade

de acesso à habitação na capital. Ao mesmo tempo, quase todas as ruas têm pelo menos

um edifício abandonado. Lisboa só mantem a sua centralidade e atratividade se encarar a

crise sabendo que a sua diversidade social e cultural é o que faz uma cidade única. Isso exige

políticas socias e de habitação efetivas – reabilitar, re-habitar, multiplicar políticas sociais,

proteger o comércio local.

2. As escolhas que fazem a diferença

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A extinção da EPUL e os direitos dos trabalhadoresPOR moDESTo NAvArro >> Deputado municipal do PCP na Assembleia municipal de Lisboa

o prestígio da EPUL vem de um período ascendente e positivo, de uma visão

de cidade para servir a população, a vida económica, cultural e social. Daí a

concepção e execução de Telheiras, do Restelo e de outros projectos realizados

em Lisboa, como forma de construir cidade que incomodou e incomoda quem

só vê o negócio, a privatização do território e do património municipal.

A EPUL foi sendo sacrificada no seu projecto mais nobre, de serviço público

de qualidade, a obrigações de financiamento de situações como os estádios do

Benfica e Sporting, Alcântara-Mar e Parque Mayer.

A EPUL agrada porque tem património de 350 milhões de euros e o seu desaparecimento

calharia bem aos que procuram negócios e projectos de perda de dignidade e do futuro que

queremos e merecemos. Atrair população jovem, revitalizar económica e socialmente a

cidade, regular e ordenar os espaços e volumes, criar consciência urbana, humanização,

cultura e gosto de viver não estão nos objectivos de quem hoje dirige na CML o planeamento,

o urbanismo, a entrega de património municipal a novos e velhos empreendedores da

construção civil e da reabilitação urbana de fachada.

Estivesse a Câmara de maioria PS interessada em aproveitar e desenvolver as experiências

e capacidades da EPUL e tudo se resolveria a bem de Lisboa e do seu futuro como cidade

moderna, livre e acolhedora. Mas não é essa a linha de trabalho. É outra, que abre portas a

novas situações de negócios e ameaça 144 trabalhadores da EPUL, instalando o terror da perda

de trabalho e, sobretudo, destruindo paulatinamente saberes, experiências, crescimento

profissional e humano que continuam a expressar-se em propostas ainda recentemente

apresentadas a esta maioria PS na Câmara, que as rejeitou e afastou.

A celebração de acordos de cedência trabalhador a trabalhador, para a chamada internalização

na CML, implica a suspensão do estatuto de origem e a sujeição às disposições normativas

de cada situação criada, na dispersão de quem é incómodo e sabe trabalhar em equipa; este

acordo de cedência de interesse público discutível teria a duração de um ano, renovável, em

que ficaria suspensa a aplicação dos estatutos da EPUL e em que os trabalhadores estariam

sujeitos a procedimentos concursais para a ocupação de postos de trabalho.

Os trabalhadores da EPUL têm demonstrado uma coragem e uma dignidade que só podemos

saudar, como eleitos num poder local que está também ameaçado de extinção nas suas funções

mais nobres. A Assembleia Municipal deverá exercer as suas funções como órgão principal do

Município. Ou seja, defendermos firmemente os interesses de Lisboa e defendermos os direitos

dos trabalhadores da EPUL. Trabalhadores que merecem respeito e admiração, que devem ter

a nossa solidariedade na ofensiva da maioria PS para a destruição da EPUL.

Direito à greve e direito ao trabalhoPOR LUíS migUEL LArCHEr >> Professor Universitário

ualquer greve sustenta causas, tem objetivos e consequências. É esta a sua essência

e identidade. Concomitantemente serve para avaliar o estado da democracia

de um País, a existência de um Estado de Direito, o princípio constitucional

de direitos e de deveres, a definição de bem comum e, sobretudo, o respeito do

primado da igualdade entre todos os cidadãos.

Esta é a sociedade aberta de Popper e o seu contrário representam os inimigos

da democracia. É nesta perspetiva, e nestes pressupostos, que avalio a greve

dos professores no dia dos exames, sem perder tempo com as tentativas de

instrumentalização e estupidificação das pessoas com os comunicados, percentagens, leituras

em termos de vitórias e derrotas e responsabilização pelo seu impacto na vida e direitos dos

JULHO13

O debate sobre Lisboa tende a desenhar uma dicotomia sobre o “tamanho errado” do poder

autárquico para os problemas que enfrenta: “pequeno demais” e sem competências para a

crise nacional; “grande demais” e centralista para os problemas quotidianos dos munícipes.

A ambição, creio, deve ser caminhar no sentido de adequar “ tamanho”. Lisboa tem que saber

responder às questões estruturais que fazem vida da cidade: a questão habitacional, mas

também nos transportes públicos a governação da cidade tem que ter uma palavra; como no

combate á lei das rendas e aos despejos dos mais pobres. É aqui que a cidade tem que ser forte

e solidária. E a autarquia tem que ser próxima –a reforma administrativa tem que aprender

com o processo seguido e com os seus erros. Num contexto de redução das freguesias, a

proximidade e desburocratização dos serviços da autarquia é determinante para responder de

facto aos problemas urbanos e dos munícipes. Tudo isto só será possível se a construção de um

projeto para Lisboa for feito da participação e da vontade dos lisboetas. Construir esse projeto

– uma cidade viva, participada e solidária – é esse o compromisso que nos move.

alunos. Nada acrescentaram, até pela forma como a própria comunicação social os apresentou e

comentou, criando opinião e induzindo à interpretação, de forma parcial.

Infelizmente há aqui um confronto entre a justiça e a moralidade da greve e a sua causa, no que

significa fazer uma opção sobre o bem maior ou o bem que se sobrepõe ao outro bem. A causa

é o direito ao trabalho e não defesa de direitos corporativos, e a justiça passa pelo direito dos

alunos fazerem os exames e corresponderem, assim, ao investimento que a sociedade fez na sua

qualificação e não a uma questão de datas e ansiedade dos alunos. Qual deles prevalece? Não

tenho dúvidas que o direito ao trabalho.

Agora, o problema é que a questão passou de essencial para marginal, do direito ao emprego para

o direito dos professores se regerem por um regime especial ou diferente na função pública. O que

abre a porta a questões consequentes como as do valor das reivindicações corporativas, o ensino

ser uma função pública ou se os interesses da classe se sobrepõem aos direitos constitucionais

dos alunos? Esta variação esteve patente na evolução do discurso dos sindicatos e do tipo de

exigências que foram fazendo.

É angustiante que o modelo adotado seja o do confronto, que se vai tornando regra e modelo nas

disputas sociais em Portugal, e a incapacidade, que quase me atrevo a colocar entre o genético

e o patológico, de diálogo e compreensão, por parte do governo, das angústias e receios dos

professores quanto ao seu futuro laboral, e dos sindicatos – sobretudo da FENPROF, em ultrapassar

o nível político-partidário da sua intervenção, que não lhes compete, e o egocentrismo das suas

reivindicações à revelia do estado de vida da grande maioria dos portugueses. Se o governo esteve

e está mal na abordagem e resolução dos problemas, o que afeta as pessoas, melhor não estão os

sindicatos que afetam as pessoas de propósito com o objetivo político de derrubar o governo e

defender interesses corporativos.

Esta crise e esta greve em particular vieram demonstrar que não temos gente preparada para

dirigir o País e os sindicatos, pela ausência da perceção do bem comum e reconhecimento da

dignidade das pessoas.

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ficha técnica Director francisco Morais BarrosEditor colunas de Opinião - comunicação Unipessoal, Lda.

Rua Francisco Metrass, nº 8, 3º Dtº, 1350-142 Lisboa PortugalJornalista Estagiário antónio Serrano costa

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Repórter Fotográfico Miguel Reis airesPaginação Paulo Vasco SilvaPropriedade francisco Morais Barrosimpressão Grafedisport

> FREGUESIA DE SÃO NICOLAU“Praia para todos” os residentes

AJunta de Freguesia de São Nico-lau tem implementado políticas de cariz social que, segundo o presidente António Manuel, se destinam a satisfazer necessi-dades dos mais carenciados e proporcionar melhor qualida-

de de vida aos residentes. Neste sentido, São Nicolau organiza, todos os dias dos meses de Julho e Agosto, excepto domingos e feriados, transporte gratuito para todos os residentes, utilizando um autocarro de 55 lugares, para garantir diariamente aos seus residentes idas à praia e piscina na zona de Oeiras. Ao mes-

mo tempo vai também aproveitar esta ida à praia e piscina para, em alguns dias, propor-cionar sessões de fisioterapia e dança ao ar li-vre e realizar rastreios de saúde. Esta iniciativa que designou “Praia para Todos – Verão 2013” pode também ser usufruída pela população das freguesias vizinhas desde que tenham lu-gar no autocarro. Segundo António Manuel, apesar do número elevado de inscrições que já tem, este progra-ma não vai interromper nos meses de verão qualquer atividade ou serviço social que a Junta de Freguesia de São Nicolau tem a fun-cionar.

> CAMPO GRANDE“Fonsecas” de parabéns

oGrupo Desportivo e Cultural Fonsecas e Calçada está de parabéns, pois alcançou o primeiro lugar na 3ª Di-visão Nacional de Futsal. De acordo com o presidente local, Valdemar Salgado, foi um feito inédito. Mais uma

vez a Junta patrocinou as deslocações ao Alentejo e ao Algarve. Por seu lado, o clube União Desportiva “Os Corvos XXI” deslo-cou-se com a sua equipa de “Escolinhas”, a convite dos “Tra-quinas” de Miranda do Corvo, àquela localidade, onde dispu-tou um mini-torneio de futebol. Mais uma vez, a colaboração da Freguesia do Campo Grande tornou possível a participação da “Escolinhas” nesta iniciativa, contribuindo com o aluguer de um autocarro.

> FREGUESIA DA SÉSéniores à beira mar

A Freguesia da Sé organiza dois períodos de praia para os mais velhos. Assim, estão abertas as inscrições de 1 a 19 de Julho para o Programa Praia Campo Sénior que se irá realizar de 2 a 6 de Setembro, para participantes

com 55 anos ou mais. Para fazer a inscrição são necessárias fotocópias do Cartão de Eleitor, Bilhete de Identidade/ Cartão de Cidadão e Cartão do Serviço Nacional de Saúde. Por ou-tro lado, e ainda a pensar nos Seniores da Freguesia, durante a primeira quinzena de Julho, a Sé organiza idas à Praia da Pare-de durante as manhãs, de forma a promover o desenvolvimen-to pessoal e social, proporcionando momentos de convívio e promovendo uma melhor qualidade de vida a esta população. Para os mais novos, iniciou-se dia 29 a praia-campo Infância e Jovem. Durante quinze dias, os participantes usufruem de momentos divertidos, culturais, de contacto com a natureza, de forma a contribuir para um melhor desenvolvimento cog-nitivo-comportamental das crianças.

> SÃO JOÃO DE BRITOTempo de passeios

omês de Julho, e São João de Brito é tempo de descanço. Depois de, no dia 8, os residentes poderem assistir a “O Mundo Maravilhoso do Bailado”, no auditório da sede da Freguesia, abrem as inscrições, dia 15, para a inicia-

tiva praia-campo sénior, que se irá realizar entre 1 e 5 de Se-tembro. Mais tarde, a 22, 26, 29 e 2 de Agosto, os mini-passeios vão levar os residentes de São João de Brito por esse país fora.

> ALTO DO PINADia da Criança

P ara celebrar o Dia Mundial da Criança, no dia 1 de Junho, a Junta de Freguesia do Alto do Pina organizou, na Alameda

D. Afonso Henriques, à semelhança dos anos anteriores, uma festa para as crianças da autarquia. Em plena placa central foram montados insu-fláveis, tendas para pinturas e, com a colaboração da PSP - Escola Segura, as crianças puderam fazer uma ope-ração stop para as sensibilizar para o Código da Estrada. Foram distribuídas a todas as cerca de 850 crianças lembranças alusivas ao dia e uma t-shirt.

> PROTOCOLO BIP/ZIPAnjos empreendedores

A Freguesia dos Anjos e a Câmara de Lisboa assina-ram o protocolo BIP/ZIP no passado dia 18 de Ju-nho. “Empreender nos Anjos” é o nome do projecto aprovado, que em parceria com outras entidades,

irá incidir na área da formação profissional, empregabili-dade e empreendedorismo. O projecto contempla também a abertura de uma Loja Social, um banco de Recolha de Li-vros Escolares e também uma série de actividades com a toda a comunidade local.

LAPA “FAz múSiCA” NA ESTrELA O Jardim da Estrela foi palco do “Faz Música Lisboa”, iniciativa que reuniu mais de 60 grupos musicais profissionais e amadores com vontade de tocar boa música ao vivo e com isso estimular a ligação dos lisboetas à vivência dos espaços citadinos ao som de variados estilos musicais. A terceira edição desta iniciativa esteve presente em 12 palcos espalhados pela capital para dar mais de oito horas de música: Blues, Jazz, Rock, Fado, Folk, Fusão ou música Clássica. Os locais escolhidos, entre outros, são o Largo Camões, Jardim da Estrela e Jardim das Amoreiras. Nos vários palcos estiveram grupos musicais como Capitão Capitão, Asterisco Cardinal Bomba Caveira, Pas de Problème, Avalanche ou a Reunion Big Band.

São Nicolau organiza dois meses de “praia para todos” os seus residentes.

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