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Mozambique Vol. 11 EDIÇÃO DE: OUTUBRO DE 2016 INCLUSIVE AND DYNAMIC DEVELOPMENT Na 5ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o desenvolvimento africano (TICAD V), realizada em Yokohama, em 2013, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou o nascimento da Iniciativa ABE –uma Iniciativa de Educação e Negócios focada para a juventude africana, um plano estratégico de cinco anos. O programa que leva o nome do seu fundador, Shinzo Abe, oferece oportunidades a jovens, homens e mulheres africanos elegíveis que serão munidos de técnicas eficazes e conhecimentos específicos em diversas áreas de saber, capazes de contribuir para o desenvolvimento da indústria africana. Os estudantes serão integrados em diferentes cursos de mestrado nas universidades japonesas e submetidos aos estágios profissionais nas empresas japonesas. O primeiro grupo de sete (7 ) moçambicanos beneficiários da Iniciativa ABE já se encontra no país após ter comple- tado no Japão os cursos de Mestrado em diferentes áreas de saber científico, tais como: economia, gestão de negócios e finanças. Num encontro de balanço rece- ntemente realizado, o grupo aproveitou o momento para interagir com os novos abrangidos pelo programa, dando-lhes mais subsídios sobre a nova realidade que vão viver naquele país nipónico. (para página 2) Representante residente adjunto da JICA , Morita apresentar durante a festa de despedida. Chiharu JICA MOZAMBIQUE NEWSLETTER Vol. 11 Com este programa, estarão criadas as condições para o desenvolvimento de recursos humanos africanos do sector público e privado, cultivando desta maneira, as amplas e profundas relações humanas entre o Japão e África. Primeiro grupo regressou ao país Iniciativa ABE promove Suporte para o Desenvolvimento de Recursos Humanos de Países Africanos Foto de familia, Ambasador de Japao Sr Akira Mizutani e os bolseiros.

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Mozambique

Vol. 11

EDIÇÃO DE: OUTUBRO DE 2016INCLUSIVE AND DYNAMIC DEVELOPMENT

Na 5ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o desenvolvimento africano (TICAD V), realizada em Yokohama, em 2013, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou o nascimento da Iniciativa ABE –uma Iniciativa de Educação e Negócios focada para a juventude africana, um plano estratégico de cinco anos.

O programa que leva o nome do seu fundador, Shinzo Abe, oferece oportunidades a jovens, homens e mulheres africanos elegíveis que serão munidos de técnicas eficazes e conhecimentos específicos em diversas áreas de saber, capazes de contribuir para o desenvolvimento da indústria africana. Os estudantes serão integrados em diferentes cursos de mestrado nas universidades japonesas e submetidos aos estágios profissionais nas empresas japonesas.

O primeiro grupo de sete (7 ) moçambicanos beneficiáriosda Iniciativa ABE já se encontra no país após ter comple-tado no Japão os cursos de Mestrado em diferentes áreas de saber científico, tais como: economia, gestão de negócios e finanças. Num encontro de balanço rece-ntemente realizado, o grupo aproveitou o momento

para interagir com os novos abrangidos pelo programa, dando-lhes mais subsídios sobre a nova realidade que vão viver naquele país nipónico.

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Representante residente adjunto da JICA , Morita apresentar durante a festa de despedida.

Chiharu

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Com este programa, estarão criadas as condições parao desenvolvimento de recursos humanos africanos do sector público e privado, cultivando desta maneira, as amplas e profundas relações humanas entre o Japão e África.

Primeiro grupo regressou ao paísjá

Iniciativa ABE promove Suporte

para o Desenvolvimento

de Recursos Humanos

de Países Africanos

Foto de familia, Ambasador de Japao Sr Akira Mizutani e os bolseiros.

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(da página 1)

De referir que os 25 estudantes cumpriram com os requisitospara viajar àquele país asiático sendo seleccionados dentre 125 candidatos. .Inserido no mesmo programa, já se encontra em andamento o processo de candidaturas para a quarta fase, onde 86 can-didatos serão seleccionados até Maio de 2017. Contudo, paraesta quarta e última fase, Moçambique tem 19 vagas abertas.

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Momento de Discussão do Projecto pelo Comité de Coordenação Conjunta (JCC), realizado a 03 Março 2016

O objetivo do balanço foi para os participantes compartilhar suas experiências e explicar seus planos de futuro. Eles afir-maram que vão trabalhando para cultivar relações humanas amplas e profundas entre o Japão e Mocambique. Também, eles compartilhavam o sentimento de que para que alguém complete o programa no Japão, há muitas exigências, tais como, ser organizado, dedicado e trabalhar em comprome-tido com os seus estudos.

Como Terceira grupo da Iniciativa ABE, vinte e cinco (25)estudantes moçambicanos viajaram entre os dias 26 de Agosto e 02 de Setembro do ano corrente para o Japão parase formar em diversas áreas tais como: ciências de saúde, engenharia, agricultura, economia, finanças, ciências de humanos e sociais e outros cursos.

O embaixador do Japão em Moçambique, a demonstrar a forma peculiar do povo japonês, reuniu-se na sua residê-ncia, em Agosto passado, com os bolseiros da Iniciativa ABE, para um jantar de confraternização. Para além do representante residente da JICA, o senhor Katsuyoshi Sudo, participaram, igualmente, alguns representantes das empresas privadas japonesas que operam no território nacional e alguns representantes das institui-ções dos bolseiros. A Diretora Nacional do Ensino Superior, Prof. Doutora. Eugénia Flora Rosa Cossa, foi uma das convidas de honra.

Jantar de despedida

Discurso dos estudantes que concluíram o seu Mestrado na festa de despedida

Cerimônia de festa de despedida de boldeiros na residência do embaixador japonês

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O Governo do Japão formalizou a 20 de Julho de 2016, com o Governo de Moçambique, o acordo de doação adicional de aproximadamente 12 milhões de dólares americanos, para o reforço e aceleração da implementação do projecto de construção de 13 pontes localizadas entre os distritos de Ile e Cuamba, situados no corredor de Nacala, nas províncias da Zambézia e Niassa, respectivamente. O acordo para a implementação do projecto em causa foi primeir-amente assinado pelos dois governos em 2013 e era orçado em aproximadamente 38 milhões de dólares americanos. .

“Japão doa 12 milhões de dólares adicionais para a continuação da construção de pontes"

Mão amiga em tempo de crise

Aliada a troca das notas diplomáticas ocorreu, na mesma ocasião, a assinatura da adenda ao acordo de donativo para o projecto em causa, tendo como assinantes a Representante Residente Adjunta da Agência Japonesa de Cooperação Interna- cional (JICA), Sra. Chiharu Morita, e a Vice Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Sra Nyeleti Mondlane.

A adenda mencionada actualiza os montantes envolvidos no projecto, e também reforça que as cláusulas anteriormente acordadas, mantêm-se inalteradas.

Na ocasião, o Embaixador Mizutani garantiu que o Japão continuará a realizar a cooperação com Moça-mbique através do financiamento não reembolsável, para beneficiar o povo amigo de Moçambique. Por sua vez, a Vice-Ministra Mondlane saudou este apoio e destacou a importância deste projecto no melhoramento das vias de acesso e consequentemente o aumento da circulação de pessoas e bens na região.

O término do projecto que estava previsto para Agosto de 2016, foi estendido para finais de 2017, altura a partir da qual se espera um grande impulso no crescimento económico da região do corredor deNacala, através das trocas comerciais.

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Embaixador do Japão em Moçambique, Akira Mizutani e a Vice Ministra os Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique,, Nyeleti Mondlane, durante a cerimônia de assinatura de acordo

Representante residente adjunto da JICA, Chiharu Morita e a Vice Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique,Nyeleti Mondlane, durante a cerimônia de assinatura.

A ajuda oficializada através da cerimónia de troca de notas diplomáticas, entre os representantes dos dois governos, nomeadamente, o Embaixador do Japão emMoçambique, Sr. Akira Mizutani, e a Vice Ministra Moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Sra. Nyeleti Mondlane, visa dar resposta à destruição do equipamento do projecto e também à devastação das obras que tinham então sido realizadas, aquando das chuvas intensas de 2015, que resultaram em cheias que afectaram, sobremaneira, a província da Zambézia.

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O Instituto de Formação de Professores (IFP) de Monapo foi inaugurado por Sua Excelência Senhor Presidente da Repu-blica, Filipe Jacinto Nyusi, no dia 4 de Julho 2016. Contou com a participação de Sua Excelência senhor Embaixador do Japão, Akira Mizutani, e do Representante Residente da JICA Moçambique, Katsuyoshi Sudo.

O novo IFP está localizado na localidade de Nacololo, Distrito de Monapo na Província de Nampula. A sua construção assim o equipamento escolar foram financiados pelo Governo do Japão no âmbito da ajuda não reembolsável.

O IFP Monapo é o 5º IFP construído com apoio financeiro do Japão, depois de Chibututine (1998), Xai-Xai (2004), Chimoio (2006) e Cuamba (2008).

A Província de Nampula, possui 987 mil (aproximadamente 1 milhões) de alunos do ensino primário o que representa 18% de matriculados no País, e a demanda de novos alunos não tem sido acompanhada pela disponibilidade de professores, sendo que, em 2011, o rácio de alunos por professor era de 63, situando-se muito acima da média nacional que é de 1 professor para 55 alunos. Ademais, há um grande número de professores de ensino primário sem a qualificação desejável. Assim, existe uma urgência de aumentar o número de professores do ensino primário com formação adequada.

O IFP Monapo possui 10 salas de aula, sala de informática, biblioteca, laboratório de ciências naturais, sala de artes/oficina, sala de música, ginásio, dormitório, laboratório pedagógico (escola primária anexa) e casas para professores. A sua capacidade está estimada em 400 alunos por turno.

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Cerimónia de Inauguração do Instituto de Formação de Professores (IFP) de Monapo na Província de Nampula

President Filipe Jacinto Nyusi e o Embaixador do Japao, Akira Mizutani durante a cerimônia de inauguração

de Instituto de Formação de Professores (IFP) de Monapo .

Embaixador do Japão Akira Mizutani e o representante da JICA no pais, Katsuyoshi Sudo na cerimonia de inaguração de

Instituto de Formação de Professores (IFP) de Monapo

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É engenheiro hidráulico e mestre em agricultura de formação. Takara Morimoto está em Moçambique, afecto na Direcção Provincial da Agricultura e Segurança Alimentar, DPASA, em Nampula, desde Maio de 2015 que como

voluntário da JICA, Diz estar satisfeito com o trabalho que desenvolve nos distritos de Nampula e deixa uma promessa, antes de terminar o contrato de voluntário da JICA, contribuir para a construção da represa de Maratane,

o maior campo de refugiados em Moçambique.

CONSTRUIR A REPRESA DE MARATANE SERÁ ESPECIAL PARA MIM E PARA A JICA

Um voluntario da JICA , Takara Marimoto com um colega seu.

Pelo tempo que tem na província de Nampula pôde perceber das suas potencialidades para o desenvolvimento da agricultura. Qual é a radiografia da província em termos da prática agrícola?

-De facto, a província de Nampula apresenta, no geral, um potencial enorme para o desenvolvimento duma agricultura mais consistente mas, o grande problema constatado reside na questão organizacional, que alias, considerocomum para a maioria dos países africanos e em via de desenvolvimento. O outro grande problema notado diz respeito aos recursos hídricos. Por exemplo, os meses de Setembro e Outubro são difíceis para a maioria dos distritos devido a estiagem. Por isso, o meu trabalho neste momento consiste em ajudar a população a construir diques, represas e barragensde terra como forma de conservar água para uso doméstico e irrigação não apenas neste período mas noutras alturas críticas do tempo.

Vindo duma cultura diferente, como foi assimilar os hábitos locais e ser aceite para trabalhar com as comunidades agrícolas locais?

- Estou integrado na Direcção Provincial da Agricultura e Segurança Alimentar em Nampula – DPASA – e todos os projectos que planificamos são focados para a comunidade. Os líderes comunitários normalmente reúnem-se com a sua comunidade para explicar a nossa ida e quando lá chegamos a população já tem referência de quem vai chegar e o que vai lá fazer. Portanto, não tem havido dificuldades em executar os trabalhos até porque são os próprios camponeses que muitas vezes nos solicitam para juntos desenvolvermos as obras.

Construição de descarregador de água na represa de Namina no distrito de Mecuburi, Provincia de Nampula.

(para página 6)

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Quais são os distritos de Nampula que atraem maior potencialidade para agricultura.

O que mais te marcou no seu trabalho de voluntário da JICA?

O que é que Moçambique pode aprender do Japão em termos de organização da sua agricultura?

- Até ao fim do meu contrato, tenho vários projectos por concluir mas o mais especial para mim e para a JICA é a construção da represa de Maratane. É o maior e único campo de refugiados em Moçambique. Serão muitos osbeneficiários deste projecto, por isso, ficarei muito feliz por ser eu a construí-lo. Quando concluir este e outros projectos da DPASA dar-me-ei como o homem mais feliz do mundo. É uma boa experiência para mim, acabamos aprendendo um com outro e o povo moçambicano é acolhedor.

- É o distrito de Malema. É montanhoso e apresenta recursos hídricos elevados. Pode aproveitar este factor para reorganizar a sua agricultura.

- Comparando Moçambique e Japão ou até mesmo com a África do Sul é que a grande diferença reside na organização da propriedade de produção. No Japão ou na África do Sul ou mesmo outros países desenvolvidos, têm grandes áreas para uma determinada cultura e bem organizada e em Moçambique já não. Há mais camponeses cada um produzindo em sua pequena parcela. Entendem-se entretanto as diferenças económicas.

- Falta produtores que ganham a vida produzindo culturas. Muitos camponeses não ganham dinheiro com o que produzem nas suas machambas. Isso para dizer que, apesar de Nampula ser um grande produtor de feijão ou algodão, fá-lo em pequenas produções familiares, a sua agricultura é basicamente de subsistência. O que eu sugiro é que a DPASA deve continuar a apostar neste projecto de construção de represas e barragens de terra como forma a conservar a água parairrigação porque, a província é na sua maioria de clima seco.

Está satisfeito com o trabalho que vem desenvolvendo de beneficência comunitária?

- Existem em Nampula muitas represas construídas mas muitas delas já degradadas devido as últimas inundações que assolaram a província. Mas considero também que muitas das represas foram destruídas por falta duma estrutura sólidae em terrenos inadequados.

Estou satisfeito com o meu trabalho e acredito que a população e até mesmo alguns dirigentes governamentais apreciam o trabalho conjunto que desenvolvemos. Fiquei feliz por saber que o Governador da província, Victor Borges, e o Director Provincial da DPASA, avaliaram positivamente o meu trabalho. Antes de terminar o meu contrato de voluntário da JICA, quero revisitar cada lugar por onde passei a trabalhar e despedir-me dos camponeses.

Na sua análise, o que é que a província de Nampula pode dar mais do que actualmente produz em termos agrícolas?

Takara Morimoto durante a missao de levantamento situacional para construição de uma represa com os colegas e camponeses

(da página 5)

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O que eu aprendi no Japão

-A voz de um dos participantes da formação através da JICA

Os programas de Formação e diálogo da JICA são formas de cooperação técnica que esta instituição realiza no Japão para participantes de vários países. Alguns dos conhecimentos que a sociedade japonesa tem acumulado, incluindo a sua experiência nas áreas do know-how organizacional e dos sistemas sociais, só podem ser compreendidos através da experiência em primeira mão.Os programas são meios importantes de cooperação técnica, que apoiam no desenvolvimento de recursos humanos e na resolução de problemas nos países em vias de desenvolvimento.

Desde 1998, mais de 863 participantes de Moçambique tomaram parte dos programas de formação no Japão, em sectores tais como agricultura, saúde, combate a corrupção, desenvolvimento rural, entre outros.Nesta edição, apresentamos a voz de um dos participantes, Sra. Suzete Rosalina Gomes Raposo Moisés Zita Zandamela, da Associação dos Surdos de Moçambique, que participou no curso de “Social participation and livelihoods of people with disabilities”

1. Que função desempenha na ASUMO?

2. Em que curso participou?

3. O que aprendeu no curso?

Chefe de Advocacia dos direitos humanos de pessoas surda na Associação de Surdos

de Moçambique (ASUMO).

Participação social e meios de subsistência das pessoas com deficiência através de uma abordagem inclusiva baseada na comunidade.

Aprendi que as pessoas com deficiência, qualquer

que seja, não podem ser vistas com incapazes de ter

sua própria vida independente. Embora elas

enfrentam diversos impedimentos dependendo de

cada deficiência, quando se criam condições

favoráveis de acessibilidade tecnológica, social e

ambiental para convivência delas, podem executar

uma variedade de actividades e levar uma vida

normal e criativa.

Depois do curso no Japão tenho aplicado a minha

experiencia na contribuição para melhoria da vida de

pessoas com deficiências em diversas áreas. Pelo menos 2

coisas que poderiam ser feitas

1. Realização de workshops de formação e

treinamento do pessoal da função pública e

privada de modo a saber lidar com pessoas com

deficiência.

2. As pessoas com deficiência precisam trabalhar

arduamente na advocacia sobre seus direitos

incentivando o estado e a sociedade civil a

observar e promover o cumprimento das leis de

protecção das pessoas com deficiência acordadas

na convenção internacional sobre pessoas com

deficiência. Isso pode ser feito através da média,

impressa e por meio de palestras e debates

abertos ao público.

Foi algo interessante estar no Japão. Há muitas coisas que me

impressionaram, dentre as quais, destacou-se a honestidade,

simpatia e a hospitalidade do povo japonês. Notei que os japoneses

usam certos gestos na sua comunicação verbal como um

complemento visual. Como pessoa surda apreciei essa boa

consideração com o meu idioma.

Centro de apoio para pessoas com deficiência no Japão.

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