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Serviços 4ª feira—17h30 Reunião de 4ª feira Domingo—10h00 Escola Dominical adultos e jovens Domingo—11h00 Culto de Louvor a Deus Escola Dominical crianças Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24) Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) | Nº2/2016 | MAIO 2016 AS FAMÍLIAS SÃO COISAS ENGRAÇADAS REUNIR AS MULHERES PARA CUIDAR DA IGREJA ELEVA OS TEUS OLHOS PARA O MONTE DIVERSIDADE DOS PRIMEIROS PROTESTANTES Bíblia PAG. 5 Mulheres PAG. 4 Cristãos e o Mundo PAG. 7 Crescer na fé PAGs. 2 e 3 IEL recebe novos membros «IEPP que futuro?» foi o tema do colóquio organizado pelo Conse- lho Presbiteriano da Região do Sul, que teve lugar no último sá- bado, sete de maio, nas instala- ções da Igreja Evangélica Presbi- teriana de Lisboa, na Rua Tomás da Anunciação, em Campo de Ourique. O futuro da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal (IEPP), da qual é membro a nossa comu- nidade da Igreja Lisbonense, tem sido uma das grandes preocupa- ções dos últimos anos. Conscien- tes que as comunidades presbite- rianas em Portugal precisam rede- finir metas e métodos, a liderança do CPRS convidou o advogado David Valente, várias vezes mem- bro da direção nacional da IEPP, e o pastor Paulo Silva, pastor titular da comunidade anfitriã, para trazer à discussão ideias constru- tivas. A Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, é uma igreja sinodal constituída em 1947, a partir das congregações presbiterianas e congregacionais então existentes, com o apoio da Junta Presbiteria- na de Cooperação em Portugal (JPCP), com sede em Nova Iorque e delegação em Lisboa, constituí- da por pastores norte-americanos e brasileiros. Para este trabalho organizador muito contribuiu o Dr. Michael P. Testa (1912-81), norte-americano enviado a Portu- gal entre 1948 e 1963 pela JPCP. Deus tem sido muito bom com a nossa comunidade. Todos os anos, em cultos especiais há pessoas que decidem assumir o compromisso de servir ao Senhor na nossa igreja, e isso tem sido uma bênção. Este ano, o Culto de Páscoa não foi diferente. Com grande emoção que batizamos a Andressa Hanna. Uma jovem que há muito frequenta a nossa igreja, há dois anos voltou para o seu país e, estando de volta a Portugal, não hesitou em partilhar este momento tão importante com aqueles que a acompanharam na descoberta de Cristo. Recebemos ainda, por transferên- cia, o casal Sarah e Joe Potter, mis- sionários ingleses que estão em Lisboa para melhorar o seu portu- guês, antes de partirem em missão para um país PALOP. Acompanha- dos dos quatro filhos e preparam-se para trabalhar mais de perto com os jovens da comunidade. Com muita alegria recebemos tam- bém o Felipe Silva, por transferên- cia. Jovem e certo que quer conhe- cer mais de Cristo, escolheu a IEL para aprender e para servir, nomea- damente através da música, dom que coloca ao serviço da igreja qua- se todos os domingos, através da sua participação no Grupo de Lou- vor Yahweh. As vossas orações para as vidas destes quatro novos membros e para os ministérios que Deus coloca nos seus corações. Que vontade do Senhor se faça neles e através deles. «IEPP que futuro?» no CPRS Tens fotos e testemunhos de bons momentos passados entre as pa- redes do templo da Igreja Evangé- lica Lisbonense, pelos mais anti- gos, conhecida como «Igreja Febo Moniz»? Então esta mensagem é para ti! No mês de junho a nossa igreja celebra 118 anos de vida e 90 anos do templo atual. Queremos mon- tar um vídeo com as imagens e testemunhos de momentos mar- cantes na tua vida e na vida dos que te são queridos. Partilha-as conosco através do e-mail ge- [email protected], mas não te esqueças de referir datas (nem que sejam aproximadas) e descrever os momentos. Estamos a contar contigo para dar este passo e marcar mais um bom momento de história! Fotografias que fazem história ACONTECEU ACONTECEU Série de Pregações «A histório do Homem-Deus», Evangelho de Lucas Pastor Luís de Matos e Conselho Presbiteral Versão vídeo em igrejalisbonense.org VAI ACONTECER Grão de Trigo boletim informativo

(João 12:24) boletim informativo - igrejalisbonense.orgigrejalisbonense.org/wp-content/uploads/2013/03/GT-maio-2016_site.pdf · Se um grão de trigo lançado à terra não morrer,

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Serviços

4ª feira—17h30 Reunião de 4ª feira Domingo—10h00

Escola Dominical adultos e jovens Domingo—11h00

Culto de Louvor a Deus Escola Dominical crianças

Se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. (João 12:24)

Publicação periódica da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) | Nº2/2016 | MAIO 2016

AS FAMÍLIAS SÃO

COISAS

ENGRAÇADAS

REUNIR AS

MULHERES PARA

CUIDAR DA IGREJA

ELEVA OS TEUS

OLHOS PARA O

MONTE

DIVERSIDADE DOS

PRIMEIROS

PROTESTANTES

Bíblia PAG. 5 Mulheres PAG. 4 Cristãos e o Mundo PAG. 7 Crescer na fé PAGs. 2 e 3

IEL recebe novos membros «IEPP que futuro?» foi o tema do colóquio organizado pelo Conse-lho Presbiteriano da Região do Sul, que teve lugar no último sá-bado, sete de maio, nas instala-ções da Igreja Evangélica Presbi-teriana de Lisboa, na Rua Tomás da Anunciação, em Campo de Ourique. O futuro da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal (IEPP), da qual é membro a nossa comu-nidade da Igreja Lisbonense, tem sido uma das grandes preocupa-ções dos últimos anos. Conscien-tes que as comunidades presbite-rianas em Portugal precisam rede-finir metas e métodos, a liderança do CPRS convidou o advogado David Valente, várias vezes mem-

bro da direção nacional da IEPP, e o pastor Paulo Silva, pastor titular da comunidade anfitriã, para trazer à discussão ideias constru-tivas. A Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, é uma igreja sinodal constituída em 1947, a partir das congregações presbiterianas e congregacionais então existentes, com o apoio da Junta Presbiteria-na de Cooperação em Portugal (JPCP), com sede em Nova Iorque e delegação em Lisboa, constituí-da por pastores norte-americanos e brasileiros. Para este trabalho organizador muito contribuiu o Dr. Michael P. Testa (1912-81), norte-americano enviado a Portu-gal entre 1948 e 1963 pela JPCP.

Deus tem sido muito bom com a nossa comunidade. Todos os anos, em cultos especiais há pessoas que decidem assumir o compromisso de servir ao Senhor na nossa igreja, e isso tem sido uma bênção.

Este ano, o Culto de Páscoa não foi diferente. Com grande emoção que batizamos a Andressa Hanna. Uma jovem que há muito frequenta a nossa igreja, há dois anos voltou para o seu país e, estando de volta a Portugal, não hesitou em partilhar este momento tão importante com aqueles que a acompanharam na descoberta de Cristo.

Recebemos ainda, por transferên-cia, o casal Sarah e Joe Potter, mis-sionários ingleses que estão em Lisboa para melhorar o seu portu-

guês, antes de partirem em missão para um país PALOP. Acompanha-dos dos quatro filhos e preparam-se para trabalhar mais de perto com os jovens da comunidade.

Com muita alegria recebemos tam-bém o Felipe Silva, por transferên-cia. Jovem e certo que quer conhe-cer mais de Cristo, escolheu a IEL para aprender e para servir, nomea-damente através da música, dom que coloca ao serviço da igreja qua-se todos os domingos, através da sua participação no Grupo de Lou-vor Yahweh.

As vossas orações para as vidas destes quatro novos membros e para os ministérios que Deus coloca nos seus corações. Que vontade do Senhor se faça neles e através deles.

«IEPP que futuro?» no CPRS

Tens fotos e testemunhos de bons momentos passados entre as pa-redes do templo da Igreja Evangé-lica Lisbonense, pelos mais anti-gos, conhecida como «Igreja Febo Moniz»? Então esta mensagem é para ti!

No mês de junho a nossa igreja celebra 118 anos de vida e 90 anos do templo atual. Queremos mon-tar um vídeo com as imagens e

testemunhos de momentos mar-cantes na tua vida e na vida dos que te são queridos. Partilha-as conosco através do e-mail [email protected], mas não te esqueças de referir datas (nem que sejam aproximadas) e descrever os momentos.

Estamos a contar contigo para dar este passo e marcar mais um bom momento de história!

Fotografias que fazem história

ACONTECEU ACONTECEU

Série de Pregações «A histório do Homem-Deus», Evangelho de Lucas

Pastor Luís de Matos e Conselho Presbiteral Versão vídeo em igrejalisbonense.org

VAI ACONTECER

Grão de Trigo boletim informativo

seus irmãos, pretendendo falar-lhe. E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te. Porém ele, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, e irmã, e mãe.

Por vezes, limitamos tanto a nossa forma de pensar ao nosso desejo pessoal que perdemos de vista a imagem real que Deus nos oferece. Deus está, constantemente, a pensar como um "Pai Celestial", que prevê as necessidades «reais» dos seus filhos. Sempre nos referimos às pessoas da nossa igreja como "irmãos e irmãs em Cristo" ou a "família da Igreja." Sinceramente, há tantas referências no Novo Testamento a esta ideia que nem o boletim inteiro serviria para descrever implicações dessa realidade.

O que esta ideia, da Igreja como

As famílias são coisas engraçadas; e eu não quero dizer engraçado no sentido humorístico. As famílias são uma manifestação estranha e maravilhosa e, ao mesmo tempo, perigosa. Muito provavelmente as pessoas que mais amamos no mundo pertencem à nossa família. É nela que há o potencial de desenvolver os relacionamentos mais gratificantes e mais próximos que podemos imaginar. Mas, com essa proximidade nasce um perigo inerente. Se a confiança é quebrada, ou se começa a nascer alguma amargura, as relações que têm o maior potencial para o amor geram igualmente a possibilidade de infligir as feridas mais profundas. Ninguém pode ferir como um membro da família. A partir do momento que se confia em alguém o mais íntimo da vida, quando a vulnerabilidade se assume, então o desgaste da quebra de confiança é atroz.

Todas as famílias possuem esqueletos nos armários que não são muito agradáveis. Relações rotas, inimizades, quebras de confiança. Porém, basta abrir a

As famílias são coisas engraçadas

Bíblia para ver que isso não é nada de recente, sempre houve conflitos familiares e isso não impediu que o Grande Plano de Salvação de Deus desse os seus frutos. Eva tentou Adão, Caim matou seu irmão, Jacob traiu Esaú, os irmãos venderam José, Jeremias foi abandonado pela sua família porque a sua mensagem era impopular, e até mesmo a família de Jesus pensava que ele estava louco. Nada é mais desafiante do que manter a paz dentro do núcleo familiar a que pertencemos. É ai que estão as pessoas que mais amamos, mas também é ai que estão as pessoas que têm maior poder para nos magoar.

É por isso que é surpreendente que a imagem usada por Deus para descrever a Sua Igreja na terra seja a de uma família. O Novo Testamento diz-nos que a igreja é uma família. Em Efésios 2:19 Paulo diz que somos membros da família de Deus. Mateus 12: 46-50 diz

E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e

A quem servem

as nossas casas?

A quem servem as nossas ca-sas? Tal como o povo de Israel foi recordado de quem era Deus e do que Ele tinha feito, tam-bém nós hoje somos chamados a fazer esse exercício de memó-ria por tudo o que já recebemos de Deus.

Então, Josué disse a todo o povo: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel […] E, passando vós o Jordão e vindo a Jericó, os habitantes de Jericó peleja-ram contra vós, os amorreus, e os ferezeus, e os cananeus, e os heteus, e os girgaseus, e os heveus, e os jebuseus; porém os dei na vossa mão. E enviei vespões diante de vós, que os expeliram de diante de vós, como a ambos os reis dos amorreus, e isso não com a tua espada, nem com o teu arco. E eu vos dei a terra em que não trabalhastes e cidades que não edificastes, e habitais nelas; e comeis das vinhas e dos olivais que não plantastes.

Agora, pois, temei ao SE-NHOR, e servi-o com sinceri-dade e com verdade, e deitai fora os deuses aos quais servi-ram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao SENHOR.

Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SE-NHOR, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que esta-vam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR. (Jos.24:2, 11-15).

Crescer na fé / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº2/2016 MAIO 2016 / 02

«Eles levaram Jesus. E ele, carregando ele próprio a cruz, saiu em direção a um lugar chamado Caveira,

Ajuda-nos a dar este passo! Faz o teu donativo para

NIB 0033 0000 5003 0995 7180 5

IBAN: PT50 0033 0000 5003 0995 7180 5 / Swift: BCOMPTPL

Restruturar espaço de culto

Restruturar Salão Social

Criar acolhimento para Estudantes Universitários

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Porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.

Crescer na fé / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº2/2016 MAIO 2016 / 03

Que em língua hebraica se diz Gólgota. Foi ali que o pregaram na cruz». (João 19:16b-18a)

fazemos o que o Pai nos manda fazer. A segunda maneira se saber se pertencemos à família de Deus é através do amor que demonstramos pelos nossos irmãos e irmãs em Cristo.

Não podemos pensar que somos família de Deus se não desenvolvemos um amor sincero, profundo e com as marcas de Cristo com as pessoas que se sentam ao nosso lado na Igreja e que tratamos por «irmão» e «irmã». Desenvolver um amor sincero não significa concordar com tudo o que essa pessoa diz, mas significa que tudo faremos para não a tratar de forma hostil ou desonesta.

Vivemos num mundo caído, e isso significa que as nossas relações não são perfeitas. Os nossos lares passam por discórdia, na Igreja as relações podem ser superficiais, mas isso só mudará quando «TU» mudares. Deixa que o amor de Deus te exalte a patamares de fé com os quais apenas sonhaste ser possível. Deixa que o amor de Deus limpe o teu coração e apague o pecado que te corrói. Deus ama-te como és, mas não te quer deixar como estás! És precioso demais para ficares como te encontras agora. Mas Cristo já morreu por ti e por mim, por isso o mais difícil já nos foi dado!

Muitas vezes ouvimos que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais, nem nada do que façamos fará com que Deus nos ame menos. Sim, é certo! Mas tudo o que fizermos demonstrará que nós amamos Deus e, por isso,

uma família, nos diz é que não é o nosso DNA ou linhagem genética que realmente determinam a nossa família. Família é determinada pelas relações que se criam.

Dentro da Igreja existem dois tipos de relacionamentos que temos de entender, se queremos florescer na família de Deus.

1. Relacionamento com o Pai Celestial

Um dos princípios que a Bíblia ensina é que Deus odeia o pecado. Ele detesta de tal forma o pecado que não pode deixar de derramar a Sua ira sobre ele. A santidade de Deus exige que o pecado seja punido. Essa é uma realidade terrível para todo o ser humano, porque não há um único ser humano que não seja pecador. Mas a Bíblia contém uma mensagem de boas notícias. Em João 1: 10-13, aprendemos que nem todas as pessoas na terra fazem parte da família de Deus, somente aqueles que creem em Jesus. Falando de Jesus, João escreveu:

… o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.

Quando cremos que Jesus é o Filho de Deus e colocamos a nossa confiança nele, a nossa relação com Deus muda. Em vez de vivermos com medo da sua ira, passamos a viver na confiança do Seu amor. Começamos a ter "Koinonia", comunhão com Ele. Nós partilhamos as nossas vidas com Ele, e Ele partilha a Sua bênção conosco. Ele não é apenas o nosso criador, ele é o nosso Pai do Céu, que supre todas as nossas necessidades e nos disciplina quando precisamos correção. Voltamo-nos para Ele quando estamos em tempos de necessidade e agradecemos-Lhe todas as coisas que faz por nós. Não tomem a vossa vida espiritual como garantida apenas porque, em determinado momento, estão muito «espirituais». Jesus morreu na cruz, para que pudéssemos ter um relacionamento saudável com Deus, o Pai, em vez de sermos o Seu objeto de ira. Deus quis tanto tomar-nos para si, adotar-nos na Sua família, que enviou o Seu Filho único para aceitar a penalidade que os nossos pecados mereciam. Que privilégio incrível nos foi dado!

Assim, em Romanos, depois de

Paulo explicar que somos adotados na família de Deus quando colocamos a nossa fé em Cristo, Ele continua a dizer-nos que, quando reconhecemos esse facto, tudo em nós muda. Vejam o que diz o apóstolo em Romanos 8: 15-16,

Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

Quando pensamos em Deus como um Pai que nos ama com tão incrível amor, então nasce em nós o desejo de querermos ser sempre melhores. Como pai posso dizer que o meu coração se enche de felicidade pelo meu filho e mesmo quando ele faz asneira, de forma repetida, eu não o deixo de amar. Então, quanto mais Deus nos amará apesar de tudo aquilo que somos. É que o seu amor não nasce da nossa perfeição, mas daquilo que Ele já fez por nós em Cristo Jesus. Então, se Deus me diz para viver de determinada maneira, ou para sorrir ou amar, eu quero aprender a viver assim, porque, apesar dos meus erros, eu sei que o meu Pai Celeste quer o melhor para mim. Mas, também sei que quando Ele me manda afastar de algo, eu devo fazê-lo. Se eu aprender a viver segundo a Sua vontade, aprenderei a viver debaixo da Sua graça e não em desgraça.

2. Relacionamento com os irmãos

A segunda parte da nossa vivência familiar cristã refere-se à forma como nos relacionamos com os nossos irmãos e irmãs. A ideia de "Koinonia", comunhão e serviço, está bem no coração de como temos de trabalhar os nossos relacionamentos. Precisamos de aprender a partilhar o nosso tempo, as bênçãos que o nosso Pai Celestial derrama sobre nós, as coisas que acontecem na nossa vida. Só seremos verdadeira família de Deus se aprendermos a partilhar. A igreja primitiva de Jerusalém (Actos 2) foi tão cativada pelo amor de Deus que esse amor transbordou para todos aqueles que estavam unidos em torno de Cristo. Esse é o exemplo que devemos seguir quando falamos de viver o amor de Deus. Quando amamos o outro como Deus nos ama, tudo ganha um novo sentido. Passamos a estar mais perto dos nossos irmãos e irmãs em Cristo. Em I João 3, o apóstolo afirma que existem duas formas de afirmar que alguém pertence à família de Deus. Em primeiro lugar, quando pertencemos à família de Deus

FOTO OU IMAGEM PARA O TEXTO

pertencemos à sua família; ou demonstrará que não amamos Deus e que estamos longe de poder dar testemunho de filhos e filhas, consagrados e fiéis!

As famílias são coisas engraçadas. A nossa família de sangue, mas acima de tudo a família de Deus. E não são engraçadas porque nos fazem rir, mas porque nos «obrigam» a redefinir constantemente a nossa forma de ser imagem de Deus. Sempre que não o somos, alguém sofre com isso. E, claro está, quem mais sofre são aqueles que tratamos por pai, mãe, irmão ou irmã. Não estou a falar de consanguinidade, estou a falar de espiritualidade. Pais espirituais ou mães espirituais que veem os seus filhos tomarem decisões que nada correspondem à vontade de Deus; irmãos e irmãs na fé que se veem despidos diante das palavras maldosas ou injustas… verdadeiramente as famílias são coisas engraçadas. Mas, para além, disso podem ser locais maravilhosos para podermos estar. Como fazer isso? Hoje podes sentar-te no teu lar e passar a ler a Bíblia como tua única regra de Fé. Quando decidires que Deus é tão importante que tens de lhe dar mais tempo em oração e leitura da Palavra, verás a tua vida a mudar. Parece um chavão? Então, vamos, experimenta!

A Deus a honra e a GlóriaA Deus a honra e a Glória

Pastor Luís de Matos

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Mulheres / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº2/2016 MAIO 2016 / 04

«Se o mundo vos tem ódio, fiquem a saber que me odiou primeiro a mim». (João 15:18)

aumentar o interesse e o entusias-mo pelo serviço, estreitar relações de amizade entre as associadas, promover a assistência mútua, programar e participar em ativi-dades com as seguintes caracterís-ticas: i) Espiritualidade – ativida-des de conhecimento bíblico, símbolos da fé da Igreja, vida devocional e educação cristã das associadas. ii) Música – atividades na área do louvor, instrumentos, educação musical e qualquer ou-tra atividade musical. iii) Assis-tência Social – atividades que desenvolvam o espírito de serviço entre as associadas como prática concreta do amor cristão, traba-lhando em conjunto com o Conse-lho Diaconal (visitações cadeias, asilos, orfanatos, hospitais; distri-buição de alimentos, agasalhos e roupas, etc). iv) Culturais – ativi-dades que contribuam para o crescimento cultural da comuni-dade. v) Lazer – atividades que permitam a interação e o lazer. vi) Comunicação e Imagem – garan-tir plataformas de comunicação entre associadas para divulgação de atividades e de objetivos. vii) Evangelização – incentivar as associadas a cumprir a Grande Comissão deixada por Jesus aos seus discípulos, levando-as a fazer uma evangelização pessoal ou em massa, dentro e fora do templo, disponibilizando material para isso. viii) Missões – divulgar e apoiar a obra missionária que

Nas últimas décadas, a Igreja Evangélica Lisbonense (IEL) pri-vou-se de ter um Grupo de Mulhe-res organizado, o que, para algu-mas mulheres, se tornou uma lacuna.

Com o objetivo de preencher esse vazio, e com consciência de que um grupo como este pode muito contribuir para o crescimento, em fé, da comunidade, algumas mu-lheres têm vindo a desafiar a lide-rança da igreja. E assim, na última Assembleia-Geral da igreja foi aprovada a constituição do Grupo de Mulheres Presbiterianas (GMP) da IEL.

Tendo como base inspiratória os versículos da Mulher Virtuosa de Provérbios 31, o grupo reuniu pela primeira vez no Domingo de Ra-mos sob a direção da Alexandra de Matos (coordenadora), da Doris Pereira (1ª secretária) e da Deborah Rocha (2ª secretária). Esta direção inicial e transitória terá um mandato de dois anos e apoia-se em um Regulamento Interno aprovado pelas mulheres nesta primeira reunião.

A Alexandra, para além de ser mulher do pastor Luís de Matos (pastor titular da IEL), foi ordena-da presbítera regente da Igreja e é líder do Grupo de Louvor Yahweh. Segundo explicou na reunião, o GMP agora criado tem uma tarefa fundamental de cuidar da comu-

parta da IEL ou de outras associa-ções/pessoas suas amigas em Cris-to. ix) Sociabilidade – promover um maior entrosamento com todos os membros da igreja; dar atenção aos visitantes; visitar; comemorar os aniversários. x) Oficinas – pla-near e executar durante todo o ano eclesiástico o trabalho de artesana-to, preparado para a venda em Bazares, com a finalidade de arre-cadar verba para o funcionamento das atividades do Grupo e da igre-ja. Todas as atividades programa-das terão, claro está, um momento inicial de evangelização e edifica-ção dos presentes.

Junta-te a este Grupo

O Grupo de Mulheres Presbiteria-nas gere-se como uma sociedade por cotas. Tu e todas as tuas ami-gas podem fazer parte do grupo, basta contatar a direção pessoal-mente ou pelo e-mail

mulheres.presbiterianas @igrejalisbonense.org

Mediante o preenchimento de uma ficha de inscrição e o pagamento de uma cota mensal simbólica, poderás ser membro deste grupo. Ou sócia efetiva, se fores membro efetivo da Igreja Evangélica Lisbo-nense (Presbiteriana), comungan-te; ou sócia auxiliar, se fores mem-bro auxiliar desta comunidade, ou simpatizante, e te disponhas a participar das atividades do grupo.

A Coordenadora do GMP da Igreja Lisbonense acredita que, mais que nunca, o ministério das mulheres na Igreja de Cristo assume grande relevância no sentido de as acom-panhar nos desafios do quotidia-no. O trabalho, a família, os desa-fios de compromisso na comuni-dade cristã, transformam as nos-sas vidas em quase caos. Se esti-vermos reunidas em grupo pode-mos apoiar-nos mutuamente, encontrar soluções e criar bases em nós que vão contagiar todos os que estão à nossa volta. Para a Alexandra é claro que este cami-nho não se fará só com as mulhe-res do GMP por isso vai ser pedido apoio de outras organizações evan-gélicas voltadas para a mulher como o Projeto Ana ou a Aglow Portugal.

Reunir as mulheres para cuidar da Igreja

nidade de fé e da comunidade que a circunda. Construindo a nossa identidade, enquanto grupo, podemos: 1) exercitar a miseri-córdia juntos dos que mais neces-sitam; 2) cuidar da família de fé; 3) cuidar de quem cuida, quem anuncia as boas-novas, respeitar os seus líderes eclesiásticos e cooperar com o crescimento da igreja, cuidar e apoiar a lideran-ça da Igreja.

Cuidar da família de fé

O grupo de mulheres terá em atenção aspectos espirituais, cul-turais e de vida social comunitá-ria. Assim como uma mãe que orienta a sua casa e zela pela sua família, esse cuidado feminino pode e deve ser expandido para a família de fé, pelo que, podem zelar pela vida da comunidade incentivando as boas práticas, ensinando, comemorando, viven-do de maneira muito próxima e atenta a vida comunitária.

Estreitar laços, orar, cuidar, investir e ensinar serão as nossas palavras-chave. A proposta foi apresentada na Assembleia-Geral de 28 de fevereiro de 2016 pela Alexandra de Matos e assinada por 21 irmãs da comunidade, tendo sido aprovada por maioria com três abstenções.

O regulamento interno do GMP afirma que os seus objetivos são

1 Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?

2 O meu socorro vem do SE-NHOR, que fez o céu e a terra.

3 Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda.

4 É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel.

5 O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita.

6 De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua.

7 O SENHOR te guardará de todo mal; guardará a tua alma.

8 O SENHOR guardará a tua saída e a tua entrada, desde ago-ra e para sempre. (Salmo 121)

Quando abrimos a televisão ou vemos as notícias na internet verificamos que vivemos num mundo cheio de conflitos, guerras, terrorismo e crise económica. Olhamos para a nossa vida pesso-al e não nos parece melhor do que as notícias que vemos, ficamos carregados de pessimismo.

O Salmo 121 é um cântico que era utilizado pelo povo de Israel nas suas peregrinações a Jerusalém. Este salmo inicia-se com uma pergunta para a qual depois é dada uma resposta. Provavelmen-te o salmista estaria numa situa-ção difícil, em crise, talvez pessoal ou não. Qual é a solução? O que fazer?

No Salmo 121 somos chamados a “Elevar os nossos olhos para o monte”. Não devemos olhar para baixo, numa atitude autocomise-ração, nem mesmo para os lados,

Eleva os teus olhos para o monte

para os que nos acompanham. Quantas vezes nos dispersamos, conversamos com os outros, dize-mos mal da nossa vida e da dos outros? Não! Devemos olhar para cima! O primeiro passo para en-frentarmos todas as aflições da nossa vida é olharmos para o sítio certo, olhar para o nosso Deus. Somos chamados a focarmo-nos em Deus. O salmista procura Deus que está no monte, local do tem-plo, que significava a presença do Deus vivo no meio deles.

Quem é o nosso Deus? O nosso Deus é soberano, o Senhor que fez o céu e a terra. Na certeza que o “o meu socorro vem do Senhor” todo-poderoso, o salmista sabe onde encontrar segurança, conforto e respostas.

No salmo 121 a palavra “guardar” aparece seis vezes, só precisamos de confiar, é simples, Deus é a nossa segurança. Devemos olhar para aquele que nos mantém de pé e nos guarda, que não dorme e nos protege todo o tempo.

Bíblia / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº2/2016 MAIO 2016 / 05

«Se eu quiser que ele viva até que eu volte, que tens tu com isso?. (João 20:22)

Porque devemos confiar em Deus O salmo continua a revelar a presença de Deus através de promessas feitas a cada um de nós, individualmente.

1 - Deus é soberano (v.3) – Se estás focado em Deus, então o teu pé não vacilará. Confia na soberania de Deus, ele é o Senhor de todas as coisas. Ele está no controle. Deus guarda a tua caminhada. Todos os problemas estão sob a sua autoridade. Se acredito nisto, tenho paz.

2 - Deus está alerta (v.4) - Não se esquece de mim, ele não dorme, está sempre alerta. É um guarda perfeito, vigia todos os momentos da minha vida.

3 - Deus está próximo de mim (v.5) - Deus acompanha-me, não me deixa nem me desampara, é a minha sombra. Ele está próximo, participa na minha vida, incluindo quando passo por situações difíceis.

4 - Deus conduz todos os momentos (v. 6) de dia e de noite, ele está sempre contigo e protege-te.

5 - Deus me protege (v. 7) – “O Senhor te guardará de todo o mal … guardará a tua alma”, quando passo por dificul-dades sou guardado pelo Pai.

6 - O cuidado de Deus é sempre e para sempre (v. 8) - Tudo o que faço e acontece está debaixo da soberania, super-visão e cuidado de Deus.

Será que tenho experimentado este cuidado? Será que acredita-mos em Romanos 8:28 “E sabe-mos que todas as coisas contribu-em juntamente, para o bem da-queles que amam a Deus, daque-les que são chamados por seu decreto”?

Deus focou o seu amor por nós na salvação de todos os pecadores (João 3:16). É necessário que nos libertemos e foquemos o nosso olhar no que está certo, no Deus criador dos céus e da terra e, mais importante ainda, que nos salvou através da morte e ressurreição do seu Filho na cruz.

Qual é a nossa resposta? Amar a Deus é confiar. Devemos afirmar a nossa confiança em Deus, pessoal-mente e na nossa comunidade, assim nos livraremos de toda a ansiedade e de todos os proble-mas.

Sónia Bally Jorge Valente

Presbítera regente

Sociedade Bíblica

Parceiros na Missão

Somos PARCEIROS na MISSÃO!

A missão da Sociedade Bíblica é: "Levar a Bíblia às pessoas e trazer as pessoas à Bíblia".

A SOCIEDADE BÍBLICA é a SUA PARCEIRA na MISSÃO que Jesus nos delegou.

Como?

1) Zelando para que a Bíblia continue a ser impressa livremente em português, e seja acessível para todos;

2) Editando materiais bíblicos de qualidade para distribuição, sobretudo, em português de Portugal e na linguagem de hoje;

3) Desenvolvendo a LINHA MISSIONÁRIA – edições económicas: Bíblias, Novos Testa-mentos, folhetos evangelísticos, edições dos Evangelhos, etc., a preços MUITO REDUZIDOS!

Seja também nosso PARCEIRO na MISSÂO!

- Faça uso dos produtos da linha MISSIONÁRIA e ajude-nos a levar a Bíblia às pessoas do seu bairro.

- Ore para que a Palavra de Deus possa transformar vidas na sua comunidade.

- E envie-nos os testemunhos sobre o impacto que as nossas edições têm tido na sua MISSÃO e na vida das pessoas!

- Envie-nos sugestões de outras edições que gostaria de ver na Linha MISSIONÁRIA!

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Cultura cristã / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº2/2016 MAIO 2016 / 06

«Também vocês hão-de dar testemunho de mim, porque estão comigo desde o princípio». (João 15:27)

Fórum cidadania Depois da sua segunda edição em 2015, o Fórum da Cidadania está de volta no dia 28 de Maio de 2016.

Esta iniciativa, promovida pelo Pelouro dos Direitos Sociais da Câmara Munici-pal de Lisboa (CML), em colaboração com o CES – Centro de Estudos Sociais/ Observatório Sobre Crises e Alternativas – visa recolher contributos dos lisboetas para a atuação do municí-pio no domínio dos Direitos Sociais e pretende ser uma oportunidade para a parti-

cipação cidadã no Governo da cidade.

Nesta edição, o Fórum estará organizado em torno dos temas: Desigualdades, Direitos, Cidadania e Política.

As novidades no formato incluem: O 1º Fórum das Crianças (6-12 anos); Um apelo a comunicações a título individual ou orga-nizacional; Uma Mostra de organizações; Serviço de Babysitting (1-5 anos); Produção de uma Declaração.

Todas as inscrições no Fórum da Cidadania são efetuadas, den-tro dos prazos limite indicados, através da ligação: https://goo.gl/4IZoi3

•Inscrição para participação no Fórum da Cidadania - até 18 de Maio

•Inscrição para participação no Fórum das Crianças - até 18 de Maio

•Solicitação de serviço de Babysitting - até 18 de Maio

•Inscrição na Mostra de Organizações - até 18 de Maio

A apresentação detalhada do Fórum e enquadramento das dife-rentes chamadas encontram-se no documento em anexo. O número de participantes em cada tema é limitado.

De forma a abrir o Fórum a um público amplo, diverso e repre-sentativo, agradeço a divulgação desta chamada pelas vossas redes, comunidades e parceiros.

Para mais informação do 3 ° Fórum da Cidadania poderão con-sultar: http://lisboasolidaria.cm-lisboa.pt.

Neste mesmo sítio será, em breve, disponibilizada uma ferra-menta para envio de contributos para a Declaração, no período antes do Fórum.».

Câmara Municipal de Lisboa

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Este versículo faz uma correlação entre louvar a Deus e receber a "colheita". Seja lá por qual for a razão que tem mantido a fé em Deus, não se esqueça de louvá-Lo e agradecer-Lhe por isso antes de tudo.

No meu crescimento pessoal com Cristo, eu soube que as minhas espectativas estavam erradas porque não eram apoiada pela Palavra de Deus.

Pastor Luís de Matos

Cristãos e o Mundo / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº2/2016 MAIO 2016 / 07

«… Por isso mesmo, quem me entregou a ti tem mais culpa diante de Deus do que tu». (João 19:11b)

A Sociedade de Missões da Igreja da Irlanda

Alexander Dallas (1791-1869), ministro anglicano que estivera em Portugal durante a Guerra Peninsular (1807-1811), conseguiu interessar a Igreja da Irlanda pela missionação nos países ibéricos. A Igreja da Irlanda era anglicana e, nesta época, era a igreja de Estado naquele país (que então se encontrava incluído no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda).

Em 1843, foi criada uma Sociedade de Missões para esse efeito e, como secretário dessa sociedade missionária episcopal nos vinte e um anos seguintes, Dallas visitou Lisboa e deverá ter estabelecido contacto com Gómez y Togar, apoiando a congregação que este abrira em Lisboa.

O Rev. Eduardo Moreira (na sua obra Vidas Convergentes, pp. 104-106) refere o caso de uma senhora de Lisboa que perdera um filho e a quem o Rev. Dallas acudira uma tarde, lendo-lhe o Salmo 27 e fazendo uma oração que a levou a entender de outro modo o desgosto que sofrera. Agradecida, esta senhora tornou-se colaboradora da Sociedade de Missões e o seu exemplo mostra de que modo os crentes se juntavam às redes e grupos religiosos evangélicos no nosso país, naquela época: através de contactos pessoais, acediam a experiências religiosas (uma leitura, uma conversa, uma oração) que modificavam a maneira como concebiam e entendiam a sua circunstância.

Diversidade interna no início da minoria protestante

A importância dos grupos bíblicos e de oração nos primeiros tempos do protestantismo em Portugal está patente nos casos de Helena Roughton (1802-1883) em Lisboa e de Diogo Cassels (1844-1923) em Vila Nova de Gaia. Estas duas importantes personalidades iniciarão duas importantes redes protestantes nessas zonas urbanas do País.

Helena Roughton, numa carta de 1867 dirigida a Kalley, dá conta da existência daquilo a que chama «a nossa Casa de Oração» com 22 membros (Moreira, Vidas Convergentes, p. 191). Esses membros, que incluíam portugueses como João de Freitas (seguidor de Kalley que se refugiara em Lisboa), estavam interessados nas ideias dos chamados “Irmãos de Plymouth”, protestantes seguidores da doutrina de John Nelson Darby (1800-1882), também chamados darbistas. Estes recusavam qualquer ritualismo na vivência da fé, a ordenação de ministros e uma sujeição das congregações locais a uma organização eclesiástica hierárquica), pelo que não estavam satisfeitos nem com as comunidades dos anglicanos Gómez y Togar e Angel Herreros de Mora (f. 1876), então chegado a Lisboa, nem com a do capelão presbiteriano escocês na capital desde 1866, Robert Stewart (n. 1828).

Esta carta é bem demonstrativa da tendência precoce do pequeno sector protestante português para a diferenciação interna e, neste caso, para a formação de um grupo em Lisboa já

A diversidade dos primeiros protestantes

Pilares da nossa fé

Conhecemos as estatísticas, incluindo as mais desafiantes mas também potencialmente promissoras: temos uma população que está a caminho de tornar-se das mais envelhecidas do mundo! Temos aqui um filão riquíssimo de experiência, sabedoria e afectos largamente ainda por explorar. É um novo mar, imenso, que se abre à nossa frente, porventura um novo desígnio para uma nação que já deu tanto ao mundo: o de nos tornarmos numa das sociedades mais humanamente avançadas e solidárias. E tudo começa quando cada um de nós, um vizinho, dá um passo em direcção a outro vizinho, sénior, isolado e com carências, mas com muitos anos de vida para oferecer. Vens daí?! Procuramos voluntários para o projecto "Pontes sem Idade" em Lisboa. Há 3 Núcleos possíveis: no Bairro Alto, no Cais do Sodré e em Marvila.

OBJECTIVO: construir pontes relacionais/ de afecto entre pessoas seniores e outras pessoas.

DESCRIÇÃO: o projecto é estruturado em 3 linhas complementares:

Visitas Solidárias semanais a pessoas seniores em situação de isolamento,

Chás Comunitários mensais com estas pessoas, com voluntários e com outras pessoas socialmente fragilizadas,

Ateliês Comunitários de temáticas diversas.

VOLUNTÁRIOS: são necessários voluntários para as Visitas Solidárias semanais, amigos que, durante 1 ano, através de uma presença regular e amável, aceitem o compromisso de contribuir para a redução do isolamento ou do sentimento de solidão de uma pessoa sénior.

LOCAL: Bairro Alto, Cais do Sodré e Bairro Alto

DIA/ HORA: A definir localmente.

PERFIL: (dos voluntários para este projecto)

• Reconhecida idoneidade moral e humana • Trato calmo e agradável • Disponibilidade interior e de tempo • Capacidade de empatia • Atitude de respeito e confidencialidade • Sentido de responsabilidade e compromisso

FORMAÇÃO: obrigatória e gratuita em data a combinar com os voluntários.

Sentes vontade de abraçar este projecto? Conheces alguém com este desejo? Contacto: [email protected]

Voluntários e voluntárias

Serve The City

distinto quer do episcopalismo anglicano quer do presbiterianismo escocês oficial. Kalley, que pertencera no tempo da sua missão madeirense a uma Igreja dissidente desse presbiterianismo oficial, evoluíra no Brasil para o espírito autonomista e anti-hierárquico do congregacionalismo mas não até ao ponto defendido pelos darbistas.

Na Carta... aos membros da Igreja Evangélica Fluminense (1879), escrita em Edimburgo, Kalley pretendeu mais tarde contestar as ideias desta corrente, respondendo a um folheto publicado no Rio de Janeiro por Richard Holden (1828-1886), antigo presbítero anglicano e agente da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (SBBE) no Rio, que estivera intimamente associado a Kalley e à Igreja Fluminense até se ter tornado darbista.

As duas correntes protestantes

Ora, as pessoas reunidas em torno de Helena Roughton eram uma rede de crentes em Lisboa a partir da qual vão presumivelmente constituir-se mais tarde os grupos congregacionalista e dos Irmãos. Estes grupos, sobretudo pelas suas doutrinas eclesiológicas fortemente anti-hierárquicas, distinguir-se-ão de outros grupos como os episcopalianos (anglicanos), os presbiterianos e os metodistas, que originarão as chamadas Igrejas “sinodais” (isto é, governadas, com algum centralismo, por um sínodo).

De facto, a primeira fase da história do protestantismo português vai caracterizar-se em boa medida pela existência destas duas correntes, a “sinodal” e a “anti-hierárquica”, já presentes na década de sessenta do século XIX na capital do País:

- Da primeira corrente faziam parte os episcopalianos próximos da capelania anglicana, de Gómez y Togar e de Angel Herreros de Mora (outro espanhol refugiado que fundou em 1867 a capela denominada “Igreja Evangélica Espanhola”), e o pequeno grupo de crentes que começava a juntar-se num grupo bíblico e de oração do capelão presbiteriano escocês e agente da SBBE em Lisboa, Robert Stewart.

- A segunda corrente, ainda também muito reduzida, era o grupo de Roughton.

Por seu lado, nesta época, em Vila Nova de Gaia, Diogo Cassels iniciara mais um grupo da corrente “sinodal”. Fundando, em 1868, pelos seus próprios meios, uma congregação a partir de um grupo bíblico e de oração, este industrial de Gaia tomou depois a iniciativa de a ligar à Sociedade Missionária Metodista de Londres, a qual lhe enviou em 1871 o ministro e missionário Robert Hawkey Moreton (1844-1917). No Porto, também desde 1868, Frederica Smith mantinha em sua casa um grupo bíblico e de oração que foi importante para criar, na segunda cidade do País, uma rede que depois alimentaria a implantação de umas poucas congregações metodistas e episcopalianas.

Luís Aguiar Santos

Calendário 01/05 – Culto de Louvor a Deus

(11h) Ceia do Senhor // Conselho da Comunidade 14h30

04/05 - Momento de oração (17h30)Reunião 4ªfeira (18h)

08/05 - Culto de Louvor a Deus (11h) Especial Dia da Mãe e da

Família

Pic-nic Grupo Familiar da Ramada

11/05 – Momento de oração (17h30)Reunião 4ªfeira (18h)

15/05 - Culto de Louvor a Deus (11h) Pentecostes

18/05 – Momento de oração (17h30)Reunião 4ªfeira (18h)

22/05 - Culto de Louvor a Deus (11h) // Reunião Grupo de

Mulheres Presbiterianas da IEL 14h30

25/05 - Momento de oração (17h30)Reunião 4ªfeira (18h)

29/05 - Culto de Louvor a Deus (11h)

Apoio pastoral

Última / GRÃO DE TRIGO / IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) / Nº2/2016 MAIO 2016 / 08

Confia no Senhor! Sê forte e corajoso e confia no Senhor! (Salmo 27:14)

FICHA TÉCNICA: Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana) Rua Febo Moniz, 17-19, Anjos, 1150-152 Lisboa; Tel. 21 314 99 75; [email protected]; www.igrejalisbonense.org; www.facebook.com/igrejaevangelicaisbonense Como chegar: Metro Linha Verde (Anjos) * Carris 208, 708, 712, 726, 730 EQUIPA: Coordenação: Conselho Presbiteral; Editores: Pastor Luís de Matos, Luís Aguiar Santos, Alexandra de Matos. COLABORADORES: Pastor Pedro Brito; David Valente; Sónia Bally Jorge Valente; Serve the City (Alfredo Abreu); Sociedade Bíblica Portuguesa (Timóteo Cavaco); Editora Letras d’Ouro (Pedro Miguel Martins); Aglow Portugal (Sarah Catarino); Projeto ANA-Mulheres de Esperança (Sónia Simões); Pobreza Zero (João Pedro Martins); Pastor João Pedro Robalo (CCVA Alvalade). GRAFISMO: Alexandra de Matos

ou amar como desejou.

Hoje em cada 100 casamentos que foram realizados, mesmo pedindo a bênção de Deus numa Igreja, cerca de 70, que por lá passaram também, pediram o divórcio. Hoje, por cada 200 pessoas que casaram, 140 ficaram traumatiza-das. Porque se alguém houve que pediu o divórcio e não acabou sem uma parte de si mesmo esmagada, então, o passo que deu para o casamento foi de uma tremenda imaturidade e irresponsabilidade.

Contudo, não é de admirar que esse seja o caminho que se esco-lhe. Somos ensinados a escolher de forma rápida e eficaz. E quan-do se pensa em eficaz, significa com o retorno de máximo confor-to. Porém, quando olhamos para o que esse máximo conforto causa, o que vemos são vidas desfeitas.

Hoje exorto-te a colocares a tua vida nas mãos de Deus. O teu casamento tem salvação, mas tens

Hoje em dia afirmamos muitas vezes que vivemos numa socieda-de que está a falhar na sua tentati-va de gerar famílias saudáveis.

Olhando para as estatísticas pode-mos ver que em 1960 havia 1,1 divórcios por 100 casamentos.

Problema familiar ou espiritual? Hoje dizemos que isso era noutros tempos. Sim, sem dúvida, com tudo o que de mau e de bom havia nesses tempos. Em 2013 a subida de casos de divórcios era assusta-dora, registaram-se 70,4 divórcios por cada 100 casamentos (dados do portal Pordata).

O divórcio passou a ser usado como método antisstress. E das duas uma: i) ou vivemos numa sociedade onde a violência abun-da, onde há agressões físicas e psicológicas constantes, onde há constantemente traições que le-vam as pessoas a quebrar um laço tão definitivo; ou ii) vivemos nu-ma sociedade que ultrapassa as suas crises negligenciando a im-portância dos compromissos.

O problema do divórcio é que ao quebrar laços definitivos cria lesões permanentes na vida de quem escolhe esse caminho. Nin-guém consegue voltar a dar-se como se deu, viver como sonhou

de compreender que o teu proble-ma não é familiar, é espiritual. E, não querendo generalizar, na maior parte dos casos, a culpa do outro não é maior do que a tua, nem a sua responsabilidade de criar um lar harmonioso é maior do que a tua.

Por isso, hoje convido-te a deixa-res de tentar à tua maneira – deixa que Cristo te ajude. Ele faz toda a diferença na vida daqueles que o aceitam como Senhor e Salvador. Há uma Igreja à tua espera para te acompanhar e aju-dar a descobrires as bênçãos de uma relação saudável com o teu Criador e Sustentador e com as pessoas que te rodeiam.

Pastor Luís de Matos

Escritório Pastoral

3ª a 6ª feira

[email protected]

Tel.: 96 521 74 25

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