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História da Igreja Evangélica Lisbonense (III)
Da adesão à IEPP aos dias de hoje
PAGs. 4 e 5
Comunidade recebe novos membros A NOSSA HISTÓRIA É A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS
PAG. 2
A ALEGRIA NO LOUVOR E A VERDADEIRA ADORAÇÃO
PAG. 3
ECCLESIA REFORMATA ET SEMPER REFORMANDA EST
PAG. 7
Grão de Trigo IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA) * EDIÇÃO Nº 02/2014 * JULHO
www.igrejalisbonense.org
A comunidade da IEL recebeu quatro novos membros nos últimos meses. Henrique Mauaie, Amélia Esteves, Ester Titosse e Flávia Carril, têm uma forte relação com esta comunidade há algum tempo e agora assumem a sua vontade de ser parte dela. Os primeiros três irmãos professaram a sua fé no Culto de Páscoa, a irmã Flávia fê-lo no último mês de junho.
Os quatro já colocaram os seus dons ao serviço de Deus e da nossa igreja. A irmã Amélia Esteves (à esquerda) está a apoiar o Grupo de Serviço Comunitário, a irmã Ester Titosse (no meio) é monitora da Escola Dominical - Classe das Crianças e os irmãos Henrique Mauaie (músico) e Flávia Carril (voz) dedicam-se ao grupo de louvor Yahweh.
Pela graça de Deus a comunidade da Igreja Evangélica Lisbonense tem recebido novos membros todos os anos, irmãos e irmãs que encontram nesta casa de Deus um espaço onde se sentem acolhidos e ondem conseguem sentir que é possível partilhar e crescer na fé.
Certos que é na diversidade de dons e no crescimento da comunidade que esta igreja poderá seguir o seu mandato de anunciar a Boa Nova a quem ainda não a conhece, agradecemos a Deus por nos confiar estes irmãos e por nos considerar dignos dessa missão. O Senhor continue a abençoar cada um e fazer crescer os seus dons. Ámen!
Obras do Templo
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JULHO 2014 /02
Grão de Trigo
história do povo de Deus. A minha história e a tua história, é a história do povo de Deus!
Quando vemos a história do povo de Deus como nossa, começamos a olhar para a Bíblia, não só com o desejo de nela encontrarmos histórias soltas, mas de compreender essas histórias porque são parte integrante da nossa realidade existencial. Esta é a história que nos revela como realmente so-mos. Ou seja, deixamos de olhar para a Bíblia como um livro de histórias distantes, e quem sabe de alguma ficção, e entendemos que na Bíblia vemos o nosso mundo como ele é. Desta forma a Bíblia deixa de ser ape-nas um registo de recordações e pas-
A educação cristã em muitas igrejas e lares cristãos ensina que a Bíblia é um livro de histórias. É-nos dito que podemos olhar para as Sagradas Escrituras e ver nelas as histórias individuais de pessoas que acaba-ram por se tornar heróis de uma fé «lendária».
Mas o que por vezes esquecemos é que a Bíblia não é apenas uma cole-ção de grandes histórias (que o é!), é principalmente uma grande e bela história que tem um começo, um meio e um fim.
O que é verdadeiramente surpreen-dente na Bíblia não é o facto de ser uma compilação de histórias, mas o facto de a Bíblia ser a nossa história como povo de Deus. Cada um de nós é uma personagem única da história continua de reconciliação entre Deus e a humanidade. Uma história onde todos somos chamados a participar, tal como foram Abrão e Sarai, Isaias e João Batista, Pedro e Paulo… Hoje, Deus continua a chamar cada um de nós para nos reconciliarmos com Ele através de Jesus Cristo.
A Bíblia continua a descrever-nos a história do povo de Deus, e nessa descrição convida-nos a fazermos da nossa história individual um hino à
DESAFIO PASTORAL…
Num momento em que celebramos 116 anos de história há que reconhecer que a nossa história é história do povo de Deus. Afirmar isto não nos deve deixar só orgulhosos mas deve-nos recordar a responsabilidade de tal afirmação. Pela fé homens e mulheres entregaram a sua vida em sacrifício vido, pela fé foi possível construir o nosso edifício, pela fé se proclamou o senhorio de Cristo levando muitos homens e mulheres à salvação. Mas a nossa história não pode ser só um compendio de histórias, nos nossos dias somos chamados a olhar para os exemplos de fé que tivemos no passado e projetarmos a chamada de Deus para a nossa Igreja.
Por isso pergunto-te, o que estás disposto a dar por Cristo na Igreja Lisbonense? Ninguém poderá responder a esta pergunta a não seres tu, que lês estas linhas.
A nossa história é a história do povo de Deus
DIR
EITOS R
ESERVAO
OS
sa a ser Palavra viva, que não des-creve ações do passado mas que nos ajuda a viver a fé de hoje.
Como nos diz 2 Timóteo 3:16-17, “toda a Escritura é inspirada por Deus e serve para ensinar, conven-cer, corrigir e educar, segundo a von-tade de Deus, a fim de que quem serve a Deus seja perfeito e esteja pronto para fazer tudo o que é bom”. Esta procura constante de nos apro-ximarmos de Deus, ou seja, a procu-ra da santidade, nasce do conheci-mento que temos do próprio Deus. Por sua vez esse conhecimento está embrenhado em toda a história do Seu povo que culmina com o reco-nhecimento de que Jesus Cristo é o Senhor (Atos 16:31).
Como cristãos somos chamados a voltar a colocar as Escrituras no cen-tro da nossa vida espiritual. Ao fazer-mos isso estamos a honrar a história do povo de Deus, que no fundo é a nossa própria história como “geração escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo que pertence a Deus para proclamar as admiráveis obras daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa” (1 Pedro 2:9).
Deus já nos escolheu, possamos nós exaltar o Seu nome com tudo o que somos!
Pastor Luís de Matos
JULHO 2014 /03
Grão de Trigo
A alegria no louvor e verdadeira adoração
(v.27-29), pois todos os sacerdotes, levitas e cantores deveriam vir de todos os lugares para a grande celebração. Assim como nós, membros desta comunidade, vimos de muitos lugares para celebrar ao nosso Deus com alegria, agradecendo tudo o que Ele nos dá, e de modo a que se ouça de longe para que outros possam dizer «vejam como se alegram no Senhor!». A alegria é marca do povo de Deus. O mesmo Neemias diz alguns capítulos antes “a alegria do Senhor a nossa força é” (Ne 8). É essa a alegria que se pretende continuar a imprimir nos cultos dominicais com o grupo de louvor e com as novas músicas. Se conseguirmos abrir o nosso coração a alegria das palavras que cantamos juntos, estaremos mais despertos para receber a Palavra do Senhor, através da leitura bíblica e da pregação, e encontraremos mais motivos de gratidão para colocar em oração e na partilha com os irmãos. «Se tu tens alegria poderás cantar, se tu tens alegria poderás sorrir, se tu tens alegria poderás saltar. Alegria sem medida Ele dá» já diz o corinho...
Irmãos e irmãs, desde março de 2013 que a liderança da Igreja Evangélica Lisbonense (IEL) decidiu apostar no louvor a Deus de uma forma mais dinâmica, alterando a liturgia
Um dia ouvi perguntar: «qual é a importância do louvor na igreja?» e a resposta foi muito interessante: «O louvor é a sincera expressão de gratidão da alma remida». Por isso, irmãos e irmãs, quando louvamos a Deus na nossa comunidade, o nosso ser e o nosso corpo devem entregar-se às palavras que cantamos, para que sejam fieis e puras, e o Senhor nosso Deus possa reconhecer nelas a nossa gratidão. Porque “A Escritura diz: Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele prestarás culto.» “ (Mateus 4:10). E nestas palavras de Jesus devemos colocar o nosso coração, pois a qualidade da adoração só será alcançada à medida que quem adora tem consciência do que é cultuar a Deus.
O autor americano William Temple afirma que a adoração é “Despertar a consciência para a santidade de Deus, alimentar a mente com a verdade de Deus, purificar a imaginação com a beleza de Deus, abrir o coração para o amor de Deus, estar disponível para os propósitos de Deus”. Ora se colocarmos estas premissas como prioridade quando estamos a louvar ao nosso bom Deus em comunidade, com certeza veremos sorrisos, rostos emotivos e corações acelerados a cada palavra cantada. Quando louvamos ao Senhor é um momento único de comunhão com o irmão e com o próprio Deus. Se o fizermos de forma fria e distante que relação estabelecemos com o nosso Criador ou com quem Ele coloca ao nosso lado para o Seu serviço?
No livro de Neemias, capitulo 12, uma grande festa aconteceu entre os muros de Jerusalém. A cidade restaurada decide agradecer a Deus aquele novo momento, e como o faz? Celebrando a cerimonia religiosa com hinos de louvor (v.27) e os coros e os instrumentos eram de tal forma imponentes que a alegria do povo se fazia ouvir ao longe (v.43). Já naquele tempo celebrar as bênçãos de Deus entre irmãos era importante
tradicional. Tudo começou com os Café-Concerto assegurados pela formação inicial dos Yahweh (que reunia jovens da IEL e da Igreja Presbiteriana do Montijo). Foram adquiridos instrumentos e o casal pastoral dedicou o seu tempo a dinamizar este grupo e a torná-lo apelativo a quem chega de novo e aos mais jovens. Findo o período dos Café-Concerto, em novembro de 2013, os jovens da IEL aceitaram o desafio de dar continuidade aos Yahweh, dinamizando o louvor dominical. Hoje, o grupo reúne seis músicos e quatro vozes e enriquece o louvor a Deus, já garantido pelos hinos tradicionais, com músicas ao som da bateria, do baixo, da guitarra elétrica e do teclado.
A alegria no louvor é o nosso objetivo e através do nosso entusiasmo queremos contagiar aqueles que todos os domingos se reúnem na IEL, mas também aqueles que nos visitam, porque no meio da tristeza, da dor, do sofrimento e da angústia é o nosso Deus que nos ampara, é Jesus Cristo que nos salva e é o Espírito Santo que nos mantém firmes! E isso merece o nosso louvor de alma e coração! Ámen!
Alexandra de Matos
O Grupo Yahweh assegura parte do louvor dominical desde setembro 2013, e de uma forma mais efetiva, desde janeiro de 2014, depois de encerrados os Café-Concerto da formação inicial.
JULHO 2014 /04
Grão de Trigo
História da Igreja Lisbonense (III)
igrejas congregacionais (Ajudense,
Rossiense e Figueirense) tinham
tomado esse caminho em 1946 e
que o pastor Pires estava na
Lisbonense num regime de
cooperação com a IEPP (não
oneroso para a Lisbonense). Em
1950, a adesão à IEPP voltou a ser
d iscut ida e fo i aprovada
(assembleia-geral de 7 de julho)
por 62 votos contra 13. Manteve-
se a adesão à Breve Exposição,
embora passassem também a ser
a c e i t e s o C a t e c i s m o d e
Westminster e a Confissão de Fé
da IEPP, e preservou-se a
Associação Mantenedora com os
seus estatutos originais. A
aceitação do batismo infantil,
praticado nas igrejas da IEPP e
alheio à tradição congregacional,
foi um dos assuntos mais
polémicos, mas acabou por vingar;
desde então, passou a aceitar-se
as duas formas de batismo,
A adesão da Lisbonense à
Igreja Evangélica
Presbiteriana de Portugal
(IEPP)
No período final do pastorado de
Eduardo Moreira (já demis-
sionário) na Lisbonense, entre
1945 e 1947, como nos anos
imediatamente seguintes, o
Consistório (reunião de todos os
presbíteros) debateu inten-
samente o futuro da igreja. A
proposta de adesão à Igreja
Evangélica Presbiteriana de
Portugal (IEPP), então recen-
temente constituída com apoio
norte-americano, era a questão
mais premente, que dividia
aquele órgão e toda a igreja. No
entanto, um traço comum a todas
as propostas então apresentadas
era a manutenção da Breve
Exposição como catecismo aceite
e da Associação Mantenedora do
Culto como forma legal de
existência da igreja e de
preservação da posse do seu
edifício (vejam-se as propostas de
Sérgio Farrajota Ramos e
Eduardo Moreira na reunião de
15/1/1947). O convite feito ao
presbiteriano Aureliano Lino Pires
para assumir o pastorado na
Lisbonense (20/1/1949) voltou a
colocar a adesão à IEPP na ordem
do dia, tanto mais que outras
embora tenha prevalecido a
prática de realizar-se por decisão
consciente do próprio crente.
Porém, o processo de abandono
do regime congregacional não foi
pacífico. Na assembleia-geral de
13/10/1950, realizada para
ratificar as deliberações da
anterior, Elias Santos e Silva e
Aníbal Amadeu Pinheiro lideraram
a oposição à ratificação, que teve
de ser novamente votada noutra
assembleia, em 18/12/1950, por
81 votos contra 17. Alguns
irmãos deixariam a igreja,
transferindo-se para a igreja
Chelense, que se manteve no
regime congregacional – caso do
presbítero Artur de Araújo (f.
1972). A participação da Igreja
Lisbonense no 1.º Sínodo da
IEPP, em 31/10/1952, é
considerada a data da sua
associação formal à IEPP.
Pastor José Carlos de Vasconcelos com Grupo de Escoteiros na Igreja Evangélica Lisbonense.
JULHO 2014 /05
Grão de Trigo
O período do pastor
Vasconcelos
O pastor Pires regressou ao Brasil
em 1951, tendo sido colocado no
pastorado da Lisbonense o norte-
americano Lathan Ephraim Wright
Jr., que passou a ser auxiliado
pelo pastor José Carlos de
Vasconcelos (1902-1973), que,
no início de 1956, o substituiu. O
pastor Vasconcelos ficaria no
pastorado até à sua morte;
embora exercesse essas funções
em tempo parcial, dado ter uma
profissão secular, dedicou-se
sempre profundamente ao
trabalho na igreja. Foi no seu
período que a Igreja Lisbonense
se integrou plenamente na vida
eclesial da IEPP e que ganhou de
novo alguma estabilidade, após o
período conturbado iniciado em
1945. O encargo de manutenção
do pastor passou, assim, da
Missão Evangelizadora do Brasil e
Portugal (que deixou de ter
ligação à Lisbonense) para a
norte-americana Junta Presbite-
riana de Cooperação em Portugal
(JPCP), que financiava as
atividades da IEPP desde a sua
fundação. As missões remanes-
centes fundadas pela Lisbonense
tenderam a ser integradas na
esfera da IEPP ou a desaparecer.
A exceção foi a missão da
Damaia, nascida entre 1959 e
1964, mas que nunca viria a
tornar-se igreja autónoma, tendo
pastorado, e de acordo com
mudanças constitucionais da
IEPP, o Consistório foi substituído
por um Conselho da Comunidade
que integrava presbíteros,
diáconos e irmãos eleitos em
assembleia-geral para a liderança
de grupos então constituídos.
Cerca de trinta e cinco anos
depois, a igreja voltou a debater a
sua organ ização in terna ,
preocupada sobretudo com a
reorganização dos ministérios
presbiteral e diaconal e num
cenário de crise institucional e
financeira da IEPP. Em 2010
acedera ao pastorado Luís de
Matos.
Luís Aguiar Santos
a sua tutela passado mais
recentemente da órbita da
Lisbonense para a dos órgãos
centrais da IEPP. A associação da
Igreja Lisbonense à IEPP levou
ainda à quebra definitiva dos
laços com a Associação de
Beneficência Evangélica, o que,
juntamente com o fim do trabalho
missionário ativo, representou
uma mudança na presença e
projeção da igreja na cidade de
Lisboa. Em 1/5/1955, a
inauguração do grupo n.º 8 da
Associação de Escoteiros de
Portugal, sedeada no edifício da
Lisbonense, iniciou uma cola-
boração de cinquenta anos que,
no entanto, deu poucos frutos em
termos de membresia da igreja. A
partir da década de 70, e numa
tendência progres-
siva, o número de
membros da igreja foi
diminuindo.
Os tempos mais
recentes
Em 1973, por morte
do pastor Vascon-
celos, acedeu ao
pastorado José da
Silveira Salvador (n.
1941), formado já no
Seminário Evangélico
de Teologia implan-
tado pela JPCP.
Durante o seu Pastor José da Silveira Salvador assumiu o pastorado na IEL em 1973, depois da morte do Rev. Vasconcelos.
JULHO 2014 /06
Grão de Trigo
Ecclesia reformata et semper reformanda est É quando o nosso joelho se dobra e proclamamos Jesus como Senhor que passamos a dar glória a Deus (Filipenses 2:10-11). E proclamar o senhorio de Jesus é aceitar por fé que Ele morreu e ressuscitou dos mortos e agora está vivo e reina à direita de Deus Pai. Ao confessarmos o nome de Jesus entramos no grupo de eleitos que são novas criaturas, moldadas pela Sua vontade e ansiosas por seguir o Seu exemplo. Ou seja, somos exortados a fazer tudo, seja em palavras ou ações, em nome do Senhor Jesus, dando através dele graças ao Pai (Colossenses 3:17). Estamos num momento da História em que somos chamados a superar a experiência religiosa que vive e depen-de dos rituais. Não que este desafio seja algo de novo, como Lutero, sécu-los antes Jesus já o tinha explicado, mas tendemos a esquecer-nos que, antes de reformar rituais e institui-
Esta frase é atribuída a um pastor protestante holandês do século XVII chamado Gisbertus Voetius e quer dizer: a Igreja Reformada tem de es-tar em constante reforma. Ou seja, passados apenas cerca de 100 anos da afixação das 95 teses de Lutero em Wittemberg, já havia a necessida-de de reafirmar a necessidade de a Igreja não deixar de evoluir na sua compreensão da fé. Mas esta chamada de atenção não nasce na Reforma do século XVI, ela tem as suas raízes muito antes, com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A experiência religiosa dos judeus tinha por base a necessidade de sa-crificar animais ao Senhor. Ou seja, como o objetivo de um bom judeu era cumprir a Lei de Moisés, e isso era extremamente difícil, usavam-se os sacrifícios para aplacar a ira divi-na. Desta forma, o culto com os seus sacrifícios, assim como o sábado e o templo, ofereciam ao povo judeu a fórmula perfeita para servir o Nome que está acima de todo o nome. Mas Jesus não veio só inverter esta lógica, Ele veio anular esta lógica sacrificial da relação do ser humano com Deus. Nesta nova era é o próprio Jesus que passa a ser o Cordeiro de Deus que, como nos diz João 1:29, tira o pecado do mundo; Ele passa a ser o único mediador entre Deus e os seres humanos (1 Timóteo 2:5); e cada ser humano passa a ser o tem-plo do Espírito de Deus (1 Coríntios 6:19), pedras vivas prontas a ofere-cer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus (1 Pedro 2:5). Desta forma Jesus não veio acabar com a religião judaica, Ele veio para ser a plenitude da Lei (Romanos 10:4). Ou seja, Jesus passa a ser o meio de louvor perfeito para um povo que vive de forma imperfeita. Ao longo da história, muitas vezes as Igrejas têm defendido que viver em louvor é o mesmo que celebrar o cul-to. Mas o que encontramos na Bíblia é que o louvor a Deus passa pela proclamação de Jesus como Senhor.
ções, temos de repensar a nossa relação com o próprio Deus. É que viver com Deus envolve todo o nosso ser, cada dia, cada hora, cada segun-do daquilo que pensamos e somos. As Igrejas são feitas de pessoas, se-res humanos especiais porque um dia conheceram o Evangelho do Se-nhor e decidiram fazer algo de bom com isso. Mas ainda nos lembramos do que fomos chamados a fazer de-pois do encontro pessoal que tive-mos com Jesus? Algo mudou em nós? Uma «Igreja Reformada em constante reforma» é uma Igreja que celebra a experiência comunitária como fonte de restauração. Hoje somos todos chamados a voltar a ser pedras vivas de um templo que devia estar em todos os locais que o nosso pé pisar, não em silêncio envergonhado mas em proclamação festiva.
Pastor Luís de Matos
JULHO 2014 /07
Grão de Trigo
Escala de Serviço do mês de julho Voltamos a publicar a escala de serviço. Todos os destacados, bem como os monitores de Escola Dominical, devem juntar-se na sala de apoio ao Templo 10 minutos antes do culto começar para orar com o pastor.
DIA Líder/Pregador Acolhimento Ofertas Santa Ceia Organista
02/07 (4ª FEIRA) P. Luís de Matos Eugénia Saragoça
06/07 (4ª FEIRA)) P. Luís de Matos
02/07 (DOMINGO) P. Luís de Matos Daniel Guerra Valentim Calandula/Jani Pego Carlos Pereira /
David Valente / Doris Pereira
Hermínia G.
09/07 (4ª FEIRA) Hermínia Gonçalves Hermínia Gonçalves
09/07 (4ª FEIRA) Manuel Vasco
13/07 (DOMINGO) Manuel Vasco Sónia Valente Noeme Emerick / Doris Pereira Augusto G.
16/07 (4ª FEIRA) Hermínia Gonçalves Presb. Carlos Pereira
16/07 (4ª FEIRA) David Valente
20/07 (DOMINGO) David Valente Valentim C. Luís Aguiar Santos / Doris Pereira Hermínia G.
23/07 (4ª FEIRA) Hermínia Gonçalves Augusto Gomes
23/07 (4ª FEIRA) David Valente
26/07 (SÁBADO) Alexandra de Matos
27/07 (DOMINGO) Luís Aguiar Santos/Yahweh Presb. Carlos P. Alexandra de Matos / Sónia Valente Augusto G.
30/07 (4ª FEIRA) P: Luís de Matos Hermínia Gonçalves
30/07 (4ª FEIRA) P. Luís de Matos
69º Sínodo Nacional da IEPP No último dia 21 de junho reuniu o Sínodo da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, na Igreja Evangélica Presbiteriana da Cova e Gala. Nesta Assembleia magna estiveram presentes pastores e delegados das Igrejas Presbiterianas, assim como representantes da Igreja Evangélica Metodista Portuguesa. A IEL fez-se representar pelo irmão David Valente. No Sínodo foram aprovadas as contas e o relatório de atividades da Comissão Executiva do ano de 2013, assim como os orçamentos para os anos de 2014 e 2015.
No final do dia foi eleita a nova Comissão Executiva da IEPP para os próximos 4 anos composta por: Presidente – Silvina Queirós (Ig. Figueira da Foz); Vice-Presidente – Robert Butterfield (pastor); Secretária-geral – Dulce Cabete (Ig. Setubal); Tesoureiro – Jorge Ladeiro (Ig. Alhadas); Vogal – Carlos Matos (Ig. Setúbal); Suplentes – José Salvador (pastor) e Dina (Ig. Açores). Esta Comissão foi eleita com 20 votos a favor, 16 contra e 5 abstenções.
O Sínodo terminou com um culto no qual foi empossada a nova Comissão Executiva. O pregador deste culto foi o Reverendo João Neto.
Culto de Páscoa com liturgia musical O Culto de Páscoa deste ano foi diferente do tradicional. Contou com uma liturgia muito voltada para o louvor, com músicas, vídeos, imagens e ainda gestos dirigidos pelo grupo local - Yahweh. Neste dia houve ainda tempo para a apresentação do novo Conselho da Comunidade e para um louvor especial ao trabalho da irmã Hermínia Gonçalves que foi Secretária do Conselho durante mais de 30 anos. Embora tenhamos acolhido novos membros, esta comunidade teve de se despedir da irmã Araceli, que foi trabalhar para Madrid. A Classe das crianças da Escola Dominical também trouxe uma participação especial. As imagens em vídeo estão disponíveis em www.igrejalisbonense.org.
IGREJA EVANGÉLICA LISBONENSE (PRESBITERIANA)
Rua Febo Moniz, nº 17-19 - 1150 - 152 Lisboa * Telef. 21 314 99 75
[email protected] * [email protected] * * www.igrejalisbonense.org * www.igreja-presbiteriana.org
CONVITE À ORAÇÃO:
Esdras disse ainda: "Vão-se embora, comam e bebam do melhor que tiverem e convidem para comer e beber os que não têm nada preparado, pois este é um
dia santo. Não estejam tristes, porque na alegria do Senhor está a vossa força!" Neemias 8:10
Grão de Trigo
Próximas Actividades 06/07 – Culto de Ação de Graças com Ceia (11h). Reunião do Conselho da Comunidade (15h).
20/07 – Culto de encerramento da Escola Dominical (11h)
03/08 – Culto de Ação de Graças com Ceia (11h).
27/09 – Passeio da Escola Dominical a Coimbra. Celebração nacional das Igrejas Presbiteriana e Metodista.
Culto:
Domingo (11h)
Escola Dominical:
Adultos, Jovens (10h)
Crianças, Adoles. (11h)
Reunião de Oração:
4ª feiras (15h30)
Culto Partilhado:
4ª feiras (19h)
Grupo de Intercessão:
Último sábado (15h)
Escritório Pastoral:
3ª a 6ª feira, 9h30 - 14h
(marcação prévia)
Canto da Leitura
A beleza salvará o mundo
No mundo actual, há tecnologia, comodidade, segurança e um padrão de prosperidade, mas onde está a beleza?
Durante séculos, relacionou-se o belo com o sagrado e identificou-se a arte com o anseio por Deus. Agora, em vez da beleza, como valor, são importantes a conveniência e o pragmatismo.
A igreja não tem ficado imune a essa tendência, ao ponto da própria salvação, em muitos lugares, não ser mais do que um plano, um sistema, uma fórmula.
Nesta obra, Brian Zahnd sustenta que a perda da beleza, como valor intrínseco do evangelho, tem sido desastrosa para a
cultura ocidental, em particular para a Igreja. O que sobressai é vontade de ser prático, alcançar objectivos materiais e impor uma certa cosmovisão à revelia do ensino e exemplo de Jesus.
O autor, exemplificando a beleza do evangelho, assente na cruz de Cristo, propugna que descubramos, à luz das Beatitudes, o reino de Deus de forma mais plena, rica e bela.
Brian e Peri fundaram a Word of Life Church, no Outono de 1981, com um pequeno grupo de jovens, num antigo prédio de uma Igreja Metodista a qual, durante anos, lutou pela sua própria sobrevivência. Mas Brian empenhou-se em espírito de fé e de oração e a igreja começou a crescer, drasticamente. Hoje a Word of Life Church é uma congregação próspera, com um enorme número de voluntários apaixonados por Jesus, pelo seu Caminho e pela sua Missão.
Brian Zahnd é autor de três livros: «O que fazer no pior dia da sua vida», «Perdão Radical» e «A beleza salvará o mundo», editados em Portugal pela Letras d'Ouro.
http://www.letrasdouro.com/brianzahnd/
Boa Leitura!