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1 COMO AS JOINT VENTURES PODEM SER OS MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO E INSERÇÃO DO PAÍS NOS MERCADOS INTERNACIONAIS? RESUMO Este trabalho destina-se ao estudo das joint ventures com destaque nos seus aspectos mais objetivos, considerando seu uso e sua importância para fomentar a economia e o desenvolvimento empresarial e, por conseguinte o desenvolvimento do país. A importância desta análise com abordagem mais prática das joint ventures está no fato de ser este modo de associação empresarial que tem se apresentado como uma das mais eficientes, se não a mais eficaz, fazendo frente às particularidades econômicas do mundo contemporâneo, abalizado pelo acontecimento mundial da economia cada vez mais globalizada. Por meio dessa passagem é plausível o entendimento das implicações que esse aparelho jurídico pouco notório pode suscitar na economia, bem como os reflexos e embaraços legais decorrentes de seu uso. Ou seja, entender as fundamentais motivações encontradas por empreendedores na constituição das joint ventures internacionais, considerando-se as principais modificações e predicados do comércio atual em virtude da globalização. Palavras-chave: Joint ventures. Globalização. Mercado mundial.

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COMO AS JOINT VENTURES PODEM SER OS MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO E INSERÇÃO DO PAÍS NOS MERCADOS

INTERNACIONAIS?

RESUMO

Este trabalho destina-se ao estudo das joint ventures com destaque nos seus aspectos mais objetivos, considerando seu uso e sua importância para fomentar a economia e o desenvolvimento empresarial e, por conseguinte o desenvolvimento do país. A importância desta análise com abordagem mais prática das joint ventures está no fato de ser este modo de associação empresarial que tem se apresentado como uma das mais eficientes, se não a mais eficaz, fazendo frente às particularidades econômicas do mundo contemporâneo, abalizado pelo acontecimento mundial da economia cada vez mais globalizada. Por meio dessa passagem é plausível o entendimento das implicações que esse aparelho jurídico pouco notório pode suscitar na economia, bem como os reflexos e embaraços legais decorrentes de seu uso. Ou seja, entender as fundamentais motivações encontradas por empreendedores na constituição das joint ventures internacionais, considerando-se as principais modificações e predicados do comércio atual em virtude da globalização.

Palavras-chave: Joint ventures. Globalização. Mercado mundial.

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ABSTRACT

This work is intended for study of joint ventures especially in their most goals, considering its use and its importance for fostering economic and business development and the development of the country. The importance of this analysis with more practical approach of joint ventures is in fact be this business association that has been presented as one of the most efficient, if not more effective, making front the particularities of the contemporary world, authoritative economic by world event increasingly globalized economy By means of this passage it is plausible to the understanding of the implications of this legal apparatus little notorious may raise in the economy, as well as the reflexes and legal entanglements arising from its use. That is, understand the fundamental reasons found by entrepreneurs in the Constitution of international joint ventures, considering the key changes and current trade predicates in virtue of globalisation.

Keyword: Joint ventures. Globalization. The world market.

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SUMÁRIO

1. Introdução

2. Globalização e o mercado internacional

3. Joint venture no mercado internacional

4. Casos brasileiros de sucesso

Conclusão

Referências

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1. INTRODUÇÃO

  De acordo com Borges (2004), em virtude das alterações sucedidas na

economia mundial, convivemos presentemente a crise do Estado-Nação. Com essa

crise, muitos das instituições jurídicas, econômicas, sociais e políticas que estão

vigorando já não se adequam à realidade.

          Como ressalta o autor no fragmento separado acima, por causa da

globalização e da formação dos blocos econômicos, algumas estruturas

anteriormente eficazes, já não se revelam-se mais atrativas na procura por

aquisições lucrativas.

         Borges (2004) continua dizendo que por causa da globalização e do natural

aumento afluxo comercial e empresarial alcançado entre as nações, os investidores

passaram a se deparar com outras oportunidades para ampliarem seus negócios,

não mais se restringindo aos mercados nacionais, porém, ainda existem dificuldades

práticas nestes mercados, principalmente em relação às grandes disputas exibidas

entre os países, do ponto de vista legal e dos negócios.

O que se passa a presenciar é um panorama mundial que consente aos

empreendedores ampliarem os seus interesses por conta da globalização, mas

simultaneamente, as instituições jurídicas, políticas e empresariais não dão o

suporte devido para isso. Então, esses empreendedores se encontram em

dificuldades para se adaptarem às dessemelhantes necessidades particulares dos

mercados, assim como em relação às complexas normas exibidas por cada Estado

(BORGES, 2004).

Nesta conjuntura, empreendedores atuando de modo isolado encontraram

dificuldades perante essa lógica empresarial advinda da globalização (BORGES,

2004).

Por isso, as joint ventures passam a ser um dos principais organismos com a

finalidade de permitir a adequação de empreendedores ao novo cenário econômico

global, de acordo como descrito por Borges (2004):

Como visto, a nova ordem econômica originou na reformulação de instituições jurídicas, assim como a progresso de diversos campos do direito, especialmente aqueles relacionadas ao fenômeno da globalização, como o direito empresarial (Borges, 2004).

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Toda essa mudança da economia acarretou no desenvolvimento do direito

empresarial, cuja atual etapa é justamente a das agregações de empresas.

Comparato e Salomão (2005) indicam com perceptibilidade o

desenvolvimento do direito empresarial, o direito empresarial adentra em uma

terceira fase da história de seu desenvolvimento. A inicial foi o aparecimento do

comerciante particular, como profissional dotado de um código próprio,

independente do sujeito de direito comum. A segunda abriu-se com a propagação

das companhias societárias, de maneira especial com a popularização da sociedade

anônima do século passado, como ferramenta de conquista do investimento popular .

Atualmente, o mundo das multinacionais, holdings, joint ventures e consórcios

sugere que os contemporâneos protagonistas da vida das empresas são

associações de empresas, não mais sociedades independentes.

Pelo que se pode entender do texto acima é claro que em conformidade com

a atual fase econômica, caracterizada pela globalização, as empresas procuram nas

sociedades, nas joint ventures  internacionais, um modo de se tornarem mais

competitivas sem que seja necessário saírem de seus mercados, com a

possibilidade de facilidade de acesso junto às empresas estrangeiras em mercados

nacionais, assim como para que consigam elevar ao máximo seu mercado

consumidor, ampliando seus negócios, agora em escala mundial.

Fica então claro o valor do organismo econômico e jurídico das joint

ventures  internacionais.

         Do mesmo modo pensam Lupatelli e Martins (1998), nota-se que, com o

advento do processo mundial de globalização da economia, a ferramenta da

parceria tem sido muito utilizada não só como pressuposto de sobrevivência frente à

evolução da economia mundial, mas para incremento do desenvolvimento

tecnológico.

Galizzi (2004), ao mesmo tempo, possui semelhante entendimento, dizendo

que é como vírus que velozmente se propaga, atingindo e comprometendo um

grande número de pessoas, a ideia do acordo de parceria tem se despontado como

cada vez mais presente no atual cenário socioeconômico global. Não apenas nos

ramos internos de atividade, mas, especialmente, no campo do direito internacional,

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é sensível a convergência de associação entre empresas de maneira econômica

independentes, que se evidencia incontrolável.

É exato, que quando dois ou mais agentes diferentes resolvem se ligar para a

exploração contígua de determinada atividade econômica, sem que exista,

entretanto, entre eles, um alto nível de dependência e obrigação, a saída que melhor

se verifica para a conciliação de seus interesses é a solução de uma das diversas

tipologias de parcerias que convivem hoje em dia nos mais diferentes ordenamentos

jurídicos.

A alternativa da escolha por uma delas precisa ser pautada em

discernimentos técnicos e objetivos, sendo que sem dúvida para os contratantes se

abre um leque de alternativas, cada qual com particularidades e qualidades próprias.

Cabe também assinalar o entendimento de Costa (1994) explicado em seu

texto direcionado sobre o Mercosul, que a abundância de níveis de desenvolvimento

dos países do Mercosul adéqua uma larga margem de colaboração entre as

empresas. Por meio de esforços conjuntos, é presumível responder mais

eficientemente às necessidades de acréscimo das empresas. A cooperação entre

empresas pode suscitar novas e importantes ocasiões de desenvolvimento e

ampliação. Os contornos jurídicos da composição, do investimento e do consórcio

são bem determinados e, talvez, definidos até demais para se acomodarem-se a

todas as possibilidades de conexão disponíveis às corporações.

Assim sendo, como modo de acompanhamento dessa nova conexão

econômica, as empresas descobrem nas joint ventures  internacionais um

interessante mecanismo para o sucesso pois, diferencia-se também dos outros

modos de parceria, caracterizando-se por ser flexível na adaptação às diversas e

particulares circunstâncias encontradas em cada empresa, permitindo aos

investidores grandes oportunidades de sucesso na realização de seus desígnios.

Entretanto, esta mesma flexibilidade e adaptabilidade oferecida pelas joint

ventures, assim como a ausência de regulamentação legal, pode ocasionar certos

problemas pertinentes ao direito concorrencial e regulatório, que desempenham

grande influência nas determinações dos empreendedores e investidores nos casos

reais, que serão tratados neste trabalho.

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O autor continua dizendo que joint venture pode completar este vazio, pois é

um modo de agregação de empresas procedente do direito norte-americano, no qual

tudo é lícito, inicialmente, menos o que já é proibido antecipadamente. Este

empreendimento ... pode ir de um mero contrato de fornecimento até mesmo a união

quase absoluta de sociedades em uma única empresa. Na realidade, a joint

venture  junta todas as alternativas, por ser a forma jurídica característica das uniões

estratégicas.

O mesmo autor ainda afirma que a joint venture é uma das configurações

associativas mais empregadas nos negócios internacionais. É importante tentar não

visualizar nela as origens históricas das organizações antigas. Cunhada pelo método

norte-americana, conformada por via contrato e regulamentada pela jurisprudência,

a joint venture é um arquétipo jurídico sui generis. Não é de se surpreender que a

facilidade e a flexibilidade de composição oferecidas pelo organismo da joint

venture apresentem resposta às necessidades de relação entre empresas no

domínio internacional.

Ante o exposto, têm-se o fato de que as joint ventures são criações originárias

da prática, e não se deparam com rígidas regulamentações, como outros

mecanismos de parcerias empresariais que já existem.

As joint ventures se conformam em um importante veículo de

empreendimento na atual conjuntura econômica mundial, caracterizada pela quebra

de fronteiras, facilidade de acesso em mercados internacionais, decorrentes da

globalização.

Deste modo, por conta da globalização, empresas atuando sozinhas se

deparam com grandes problemas e dificuldades na manutenção de seus mercados

consumidores internos, por causa da entrada de competidores estrangeiros, assim

como em ampliarem seus mercados aos Estados estrangeiros, por causa da

dificuldade com as legislações estrangeiras, como também pela ocorrência de

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muitas dificuldades de entendimento de como funciona e as particularidades dos

mercados estrangeiros onde desejam operar.

REFERÊNCIAS

BORGES, A. P. Parceria Empresarial no Direito Brasileiro.Rio de Janeiro: Saraiva, 2004.

COSTA, L. M. Mercosul  - A joint venture no Mercosul. In.  BAPTISTA, O. L. (Coord.). Mercosul – A estratégia legal dos negócios. 1ª Ed. São Paulo: Maltese,1994.

COMPARATO, F. K. e SALOMÃO, C. O poder de controle na sociedade anônima. 4. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.

GALIZZI, G. O. Revista de Direito Mercantil, Industrial, Econômico e Financeiro. São Paulo, jul./set. 2004, v.135.

LUPATELLI JR., A. e MARTINS, O. M. E. Consórcios de empresas – Aspectos Funcionais e Jurídicos. 1998. Acesso em: 06 de maio de 2016. Disponível em: < https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2238054>