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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia Filiado à O BANCÁRIO O único jornal diário dos movimentos sociais no país PASSEATA – CONTRA AS REFORMAS E POR DIRETAS JÁ HOJE, ÀS 15h, SAÍDA DO CAMPO GRANDE Edição Diária 7235 | Salvador, terça-feira, 20.06.2017 Presidente Augusto Vasconcelos ENCONTRO DOS BANCOS PÚBLICOS O plano em execução do governo Temer inclui o desmonte dos bancos públicos para posterior privatização. Tudo para atender o grande capital. A ofensiva neoliberal é agressiva. Os impactos Resistência ao desmonte JOÃO UBALDO e as estratégias de mobilização foram amplamente debatidas durante o Encontro dos Bancos Públicos, realizado no Sindicato dos Bancários da Bahia, no sábado. Páginas 2 e 3 Durante Encontro dos Bancos Públicos, bancários aprofundaram os debates sobre as consequências do projeto neoliberal para as empresas estatais Encontro prepara para congressos específicos JOÃO UBALDO

joão ubaldo - Sindicato dos Bancários da BahiaFundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933 O BANCÁRIO informativo

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Page 1: joão ubaldo - Sindicato dos Bancários da BahiaFundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933 O BANCÁRIO informativo

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Filiado à

O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

PASSEATA – CONTRA AS REFORMAS E POR DIRETAS JÁHOJE, ÀS 15h, SAÍDA DO CAMPO GRANDE

Edição Diária 7235 | Salvador, terça-feira, 20.06.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

ENCONTRO DOS BANCOS PÚBLICOS

O plano em execução do governo Temer inclui o desmonte dos bancos públicos para posterior privatização. Tudo para atender o grande capital. A ofensiva neoliberal é agressiva. Os impactos

Resistência ao desmontejoão ubaldo

e as estratégias de mobilização foram amplamente debatidas durante o Encontro dos Bancos Públicos, realizado no Sindicato dos Bancários da Bahia, no sábado.Páginas 2 e 3

Durante Encontro dos Bancos Públicos, bancários aprofundaram os debates sobre as consequências do projeto neoliberal para as empresas estatais

Encontro prepara para congressos específicos

joão ubaldo

Page 2: joão ubaldo - Sindicato dos Bancários da BahiaFundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933 O BANCÁRIO informativo

o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, terça-feira, 20.06.20172 3o bancário

• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 16.03.2017ENCONTRO DOS BANCOS PÚBLICOS ENCONTRO DOS BANCOS PÚBLICOS

Temer implementa uma agenda de desmonte das estatais. Para privatizarrOSE [email protected]

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIOinformativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: rogaciano medeiros - reg. mTE 879 DrT-BA. Chefe de reportagem: rose lima - reg. mTE 4645 DrT-BA. repórteres: Ana Beatriz leal - reg. mTE 4590 DrT-BA e rafael Barreto - reg. SrTE-BA 4863. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Carolina Sales. Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

AS REFORMAS neoliberais e os impactos nos bancos públicos, sob forte ataque do go-verno Temer, que não abre mão do projeto de privatização, foram destaques do Encon-tro dos Bancos Públicos, realizado sábado, no Sindicato dos Bancários da Bahia.

A preocupação com o cenário nacional era geral entre todos os que lotaram o audi-tório e ajudaram a enriquecer as discussões. A redução do quadro de pessoal nas empre-sas também foi lembrada. O cenário é grave.

"Embora elevem os lucros a cada balanço divulgado, os bancos cortaram mais de 10 mil postos de trabalho nos últimos 12 anos", destacou o presidente do Sindicato, Augusto Vasconcelos. Nas empresas públicas, a situa-ção não é diferente. Por meio dos planos de aposentadoria incentivada, o número de em-pregados caiu drasticamente.

A palestrante convidada, economista

Ana Georgina, do Dieese, ressaltou a neces-sidade de reforçar a importância das insti-tuições federais para o crescimento do país, diferentemente do que acontece na mídia comercial, que desqualifica e enfraquece as empresas públicas. Um bom exemplo é o BNDES.

Sobre o cenário econômico, as expectati-vas não são boas, ao contrário do que se ouve nos meios de comunicação. "Se no primei-ro trimestre o PIB cresceu 1%, no segundo a tendência é de queda". Ana Georgina falou ainda sobre a reforma trabalhista e a tercei-rização. As duas medidas são prejudiciais à

sociedade. O trabalhador perde poder de ne-gociação. O salário tende a cair. A jornada de trabalho deve crescer, sem o pagamento de hora extra e até o emprego estável é compro-metido. O encontro contou com a presença de 108 bancários, sendo 63 da Caixa, 37 do Banco do Brasil e 8 do BNB.

Greve geralA IMPORTâNCIA da participação de to-dos os bancários na greve geral do dia 30 de junho foi lembrada durante o Encon-tro dos Bancos Públicos. O presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, ressaltou a necessidade de se cons-truir uma paralisação forte. Fundamental também participar das ações que antece-dem a greve, como a passeata de hoje. Em Salvador, a mobilização acontece a partir das 15h, com saída do Campo Grande.

Ainda durante o Encontro foram apro-vadas, com unanimidade, duas moções. Uma de repúdio a Otto Alencar Filho pela ação truculenta na Desenbahia e cobran-ça ao governador Rui Costa, para que a prática antissindical seja revertida e a di-reção da empresa abra negociação sobre as demissões. A outra moção é direciona-da ao senador licenciado, Walter Pinhei-ro, no sentido de que retorne ao Senado para votar contra a reforma trabalhista.

Empregados da Caixa definem prioridades DE olho na defesa da Caixa, de-pois das discussões conjuntas no Encontro dos Bancos Públi-cos, os empregados da empresa realizaram um encontro espe-cífico. Em pauta, as propostas de resolução que serão enca-minhadas ao debate no 33º Co-necef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa).

Saúde Caixa, Funcef, contra-tação, reestruturação, condições de trabalho e verticalização es-tão entre as prioridades. Duran-

te as discussões, os empregados destacaram também a necessi-dade de retomar a luta pela iso-nomia e a reposição das perdas salariais do governo Fernando Henrique Cardoso.

Os participantes ainda elege-ram a delegação, composta por 15 empregados da ativa e 6 apo-sentados (sendo 50% mulher), que representa a Bahia no Con-gresso, marcado para acontecer entre 30 de junho e 2 de julho, em São Paulo.

Debate amplo também no BB A SEGuNDA parte do Encontro Estadual dos Bancos Públicos normalmente é dedica-da ao debate da pauta específica, mas não foi o que aconteceu este ano com os funcioná-rios do Banco do Brasil. Diante da conjun-tura, o foco principal foi a situação política do Brasil, uma vez que o desmonte das leis trabalhistas e da Previdência atinge a todos os trabalhadores.

Depois de discutirem a importância de conscientizar a categoria sobre a defesa das empresas públicas, os participantes estende-ram o prazo para apresentação de propostas até amanhã, possibilitando que mais bancá-rios ajudem na construção do documento.

Conforme ficou acertado no Encontro de sábado, os interessados devem enviar as propostas para o Sindicato da base, que de-pois encaminha ao SBBA.

As propostas devem se inserir em um dos quatro eixos do Congresso Nacional: desmonte do BB, análise do balanço, fe-chamento de agências, aumento de tarifas; digitalização, o banco do futuro e a preca-rização do emprego; emprego, carreira e igualdade de oportunidades e terceirização, pejotização e impactos no BB. O encontro definiu também a composição da delegação que vai para o Congresso Nacional, com-posta por 21 representantes.

Demandas estão ajustadas no BNB A REuNIãO do BNB foi bem re-presentada e diversas questões específicas dos funcionários fo-ram debatidas, para serem leva-das para o Congresso Nacional do BNB, que ocorre nos dias 7 e 8 de julho, em Salvador.

Um assunto muito debatido foi o ponto eletrônico. O assédio mo-ral também foi abordado. O assun-to é antigo, mas tem aumentado significativamente devido as de-missões em massa, que resultam na cobrança excessiva de metas. A segurança foi outro destaque.

"A grande questão do BNB é a manutenção do emprego e nós de-

O impacto neoliberal nas instituições

Para a economista Ana Georgina, bancos públicos são essenciais para o país

No Encontro, empregados da Caixa elegem delegação para o 33º Conecef

vemos juntar todos para lutar em defesa do cargo e da instituição, ressaltou o diretor da Federação da Bahia e Sergipe, Waldenir Brito.

Bancários do BNB discutiram questões específicas e projetos para a segurança, que serão levadas para o Congresso. O número de delegados da Bahia tem a relação de 1 para 50 funcionários. No Estado, serão 22 delegados, inclusive com representação dos aposentados

Funcionários do BB têm até amanhã para apresentar propostas para minuta a ser enviada ao congresso

Encontro dos Bancos Públicos reuniu 108 bancários da Caixa (63), BB (37) e Banco do Nordeste (8)

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 20.06.20174

SAQuE

RESISTÊNCIA POPuLAR

Caminhada é contra reformas neoliberais e por Diretas JáBÁrBArA [email protected]

Passeata rumo à greve geral

HOJE, acontece o Dia Nacional de Mobilização. Em Salvador, será realizada uma grande pas-seata para convocar trabalhado-res para a greve geral, marcada para o dia 30 de junho. A saída é no Campo Grande, às 15h.

A luta dos trabalhadores

NOTA DE FALECIMENTOÉ com pesar que o Sindicato dos Bancários da Bahia comu-

nica o falecimento do funcionário aposentado da Desenbahia, Raimundo Pereira Moreira, 62 anos. Raimundinho, como era carinhosamente chamado, faleceu na última sexta-feira e foi enterrado no sábado, no Campo Santo.

ocorre diante de um cenário de retrocesso em que propos-tas de reformas trabalhista e da Previdência tramitam no Congresso Nacional. Se apro-vadas, vão retirar direitos dos trabalhadores e, praticamente, acabar com a possibilidade de aposentaria no Brasil.

Além de mostrar o posicio-namento contra as reformas, os trabalhadores também rei-vindicam a saída do presidente Michel Temer por meio de elei-ções diretas. A participação de todos é importante.

Bancários aprovam adesão ao movimento

Emenda à lei de segurança

INTIMIDAÇãO A defesa do ex-presidente Lula intensifica as denúncias contra a Força Tarefa da Lava Jato, em nível nacio-nal e internacional. Vasto material comprovando parcialidade exacerbada tem sido entregue a instituições de credibilidade no mundo todo. Os advogados Cristiano Zanin Martins, Roberto Teixeira, Valeska Teixeira Martins e Larissa Teixeira Quattrini comprovam o que chamam de “tentativa de intimidação”.

BuRRICE Avaliação do sociólogo português Boaventura Sousa Santos, considerado um dos mais influentes intelectuais europeus, sobre a crise política e econômica no Brasil. "A di-reita brasileira, se fosse democrática, deveria ter decidido espe-rar mais quatro anos, porque o modelo de desenvolvimento do governo da presidente Dilma Rousseff já dava sinais de esgota-mento. Mas, a direita nem sempre é inteligente. Ela foi burra. A impaciência produziu esse estrago e a classe dominante está a se devorar. Um exemplo é o choque entre a Globo e o Temer".

POLITIZAÇãO O Estado de direito corre sério risco com a excessiva “politização do Poder Judiciário”, na opinião do ex-presidente da OAB. Marcelo Lavenère, autor do texto que produziu o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, condena o que chama de “atuação de figuras midiáticas”. Como exemplo, cita o ministro Gilmar Mendes, do STF, e o juiz Sérgio Moro.

SOBERANIA Combater o entreguismo do governo Temer, que está vendendo o Brasil, e a política externa brasileira de submissão total ao grande capital. São os objetivos principais da Frente Parlamentar pela Soberania Brasileira, que será lançada amanhã. Uma iniciativa que o país necessita, e muito, em um momento delicado da vida nacional, quando o projeto neolibe-ral impõe privatizações e extinção de direitos.

BOCA Sempre presente na mídia na época do impeachment, inclusive nos meios de comunicação da família e geralmente com aquele discurso falso moralista, agora o prefeito ACM Neto (DEM) sumiu do noticiário político. Nada diz sobre o envolvi-mento na Lava Jato e o apoio ao governo Temer, que está inferni-zando a vida dos trabalhadores e da população mais pobre. Boca fechada não entra mosca. Finge não ter culpa de nada.

POR unanimidade, os bancários votaram pela adesão à greve ge-ral do próximo dia 30. A decisão foi tomada em assembleia, on-tem, no Sindicato da Bahia.

Até lá, os trabalhadores fa-zem articulação com outras ca-tegorias para fortalecer o mo-vimento, além de intensificar a mobilização nas agências. O Sindicato também vai construir ferramentas jurídicas e obede-

cer os trâmites legais para defla-gração da greve geral contra as reformas trabalhista e da Previ-dência e pela atencipação ime-diata das eleições presidenciais.

O momento, de fato, é de am-pliar e fortalecer a resistência. A reforma trabalhista, o maior ataque aos direitos dos traba-lhadores dos últimos 70 anos, pode ser votada no plenário do Senado a partir do dia 27.

O SINDICATO, como contri-buição a uma questão que tanto tem preocupado os bancários e toda a sociedade, apresentou sugestão na Câmara Municipal, a fim de tornar ainda mais efi-ciente a legislação que trata da segurança dos bancos em ope-ração em Salvador.

O presidente do Sindicato, Augusto Vasconcelos, entre-gou ontem à tarde, ao verea-dor Hélio Ferreira, proposta de emenda que altera o artigo

1º da Lei 9.179/2016, que obri-ga a instalação de dispositivos capazes de neutralizar artefa-tos para explosão nos auto-atendimentos, entre outras providências.

“Clientes e bancários vivem com medo. Os ataques a ban-co rescem cada vez mais. O se-tor mais lucrativo da economia nacional tem a obrigação de ga-rantir segurança para aqueles que geram toda a riqueza”, diz Augusto Vasconcelos.

Em assembleia, bancários da base do Sindicato decidem por adesão à greve geral. Até o dia 30, a categoria fortalece o movimento

manoel porto