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Servidores se mobilizam para alterar MPs do Seguro e da Seguridade Social Mudanças feitas pelo governo Lula nos textos das medidas provisórias publicadas no final do mês de agosto desrespeitam acordos com a categoria e retiram direitos * Servidores vão a Brasília fazer manifestações e pressão sobre os parlamentares no Congresso Nacional Jornadas de Luta Edição 254 19/9 é dia de luta Ato público em frente ao PAM Heliópolis vai denunciar privatização da saúde * Manifestação convocada pelo Sinsprev terá início às 9 horas, em frente ao PAM Página 7 Assembléia Estadual Dia 26 de setembro (sexta-feira) 17 horas Auditório do Sinsprev (rua Antonio de Godoy, 88 - 2ºandar) Página 2 Receita e Procuradoria Redistribuídos para a Receita e cedidos à Procuradoria realizam reunião no dia 26 de setembro (sexta-feira), às 15 horas, no Auditório do Sinsprev (rua Antonio de Godoy, 88 - 2ºandar) Página 3 Reunião do INSS Dia 19 de setembro (sexta-feira) 17 horas Auditório do Sintrajud (rua Antonio de Godoy, 88 - 15ºandar) Páginas Centrais Atenção servidores do INSS Boatos na imprensa indicam a possibilidade do governo não incluir o pagamento dos retroativos na folha deste mês. Foto: Manoel Messina

Jornadas de Luta Servidores se mobilizam para alterar MPs ...Auditório do Sinsprev (rua Antonio de Godoy, 88 - 2ºandar) Página 2 Receita e Procuradoria Redistribuídos para a Receita

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Page 1: Jornadas de Luta Servidores se mobilizam para alterar MPs ...Auditório do Sinsprev (rua Antonio de Godoy, 88 - 2ºandar) Página 2 Receita e Procuradoria Redistribuídos para a Receita

Servidores se mobilizam para alterar MPs do Seguro e da

Seguridade SocialMudanças feitas pelo governo Lula nos textos das medidas provisórias publicadas no final do mês de agosto desrespeitam acordos com a

categoria e retiram direitos * Servidores vão a Brasília fazer manifestações e pressão sobre os parlamentares no Congresso Nacional

Jornadas de Luta

Edição 254

19/9 é dia de lutaAto público em frente ao PAM Heliópolis vai denunciar privatização da saúde * Manifestação convocada pelo

Sinsprev terá início às 9 horas, em frente ao PAMPágina 7

Assembléia EstadualDia 26 de setembro (sexta-feira) 17 horas

Auditório do Sinsprev (rua Antonio de Godoy, 88 - 2ºandar)

Página 2

Receita e ProcuradoriaRedistribuídos para a Receita e cedidos à Procuradoria realizam reunião no dia 26 de setembro (sexta-feira), às 15 horas, no Auditório do Sinsprev (rua Antonio de

Godoy, 88 - 2ºandar)Página 3

Reunião do INSSDia 19 de setembro (sexta-feira) 17 horas

Auditório do Sintrajud (rua Antonio de Godoy, 88 - 15ºandar)

Páginas Centrais

Atenção servidores do INSSBoatos na imprensa indicam a possibilidade

do governo não incluir o pagamento dos retroativos na folha deste mês.

Foto: Manoel Messina

Page 2: Jornadas de Luta Servidores se mobilizam para alterar MPs ...Auditório do Sinsprev (rua Antonio de Godoy, 88 - 2ºandar) Página 2 Receita e Procuradoria Redistribuídos para a Receita

O agravamento da cri-se econômica internacio-nal – especialmente após o pedido de concordata do quarto maior banco de in-vestimentos dos Estados Unidos – parece inevitá-vel. Até os analistas mais favoráveis à onda neoli-beral e defensores de suas conseqüências já reconhe-cem que o futuro próximo deve trazer dificuldades mundiais. A situação che-gou ao ponto do governo George W. Bush estatizar duas firmas de hipote-cas norte-americanas.

Até o presente momento, só o governo brasileiro afirma, de modo ufanista, que o Brasil passará incólu-me por uma crise longa no próximo período. Apesar das bravatas das de-clarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros membros do governo, o fato é que a crise vem chegando ao Brasil, assim, “devagari-nho”. Sinal disso foi a impressionante-queda de 7,59% na Bovespa no último dia 15/9, quando a média média nos países do G7 foi de 4%.

Por isso, este é o melhor momento para os trabalhadores irem à luta por seus direitos e reivindicações. En-

quanto o governo ainda colhe os frutos da onda de crescimento econômi-co mundial dos últimos cinco anos, que encerrou-se com a crise das hipote-cas norte americanas, em agosto do ano passado.

A preparação da jor-nada nacional de lutas de outubro, que reunirá

vários movimentos sociais e catego-rias, a retomada da mobilização por mudanças nas MPs 431 (Saúde) e 441 (INSS) e o início das campanhas sa-lariais de segundo semestre (que en-volvem grandes e fortes segmentos da classe trabalhadora brasileira) favo-recem o fortalecimento das lutas e a obtenção de conquistas.

Vale lembrar que já tivemos fortes greves por reajuste salarial em setores importantes, como metalúrgicos, pro-fessores, vigilantes, trabalhadores dos correios, condutores, construção civil, entre outros. Agora, no segundo se-mestre, outras importantes categorias como bancários e petroleiros também preparam suas campanhas salariais.

Cabe ao funcionalismo se engajar nessa mobilização. Nossa categoria está chamada a ser parte ativa dessa luta!

Página 02 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 254 16 de setembro de 2008

Com licença, eu vou à luta!Editorial

pérolas

“Se precisar, vai ter sangue. É preciso conter o comunismo e derrubar o governo desse índio infeliz”Jorge Chávez, líder “cívico” boliviano, sobre o presidente Evo Morales, no último dia 9 de setembro, em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”

nota publicada pElo andEs

A farsa cutista de 6 de setembro e a defesa do ANDES-SNCabe ao

funcionalismo se engajar nessa

mobilização. Nossa categoria está chamada a ser parte ativa

dessa luta!

Edital dE conVocaÇÂo

Num auditório com menos de cem lugares, no interior da sede da CUT, em São Paulo, com segu-ranças na entrada impe-dindo acesso da imprensa, constrangendo os docentes com desrespeitosa revis-ta, fazendo a retenção de celulares e máquinas fotográficas, além de um simulacro de credenciamento fei-to um a um e apenas por uma pessoa, o que permitiu credenciar apenas 7 do-centes em 45 minutos, teve lugar a farsa previamente anunciada: a encenação da criação de uma nova entidade sindical para representar os professores do ensino superior público federal (Universidades Federais).

Declarados pela mesa os 115 votos dos atores presentes, cuja vinculação a institui-ções federais de ensino superior demanda comprovação, e os 485 votos por procura-ção, nem sequer disponíveis na mesa e não previstos no edital, proclamou-se criada a forjada entidade. Foi eleita uma diretoria provisória e aprovado um estatuto, e tudo isto em apenas 15 minutos, para a perple-xidade de alguns dos presentes contrários à proposta que conseguiram passar pelo credenciamento.

Impedidos de entrar, permanece-ram em reunião assemblear defronte ao bunker cutista os mais de 200 professo-res de 36 instituições federais de educa-ção superior filiados ao ANDES-SN que ali se encontravam, com contracheques na mão, para se contrapor à desqualifi-cada iniciativa, mobilizados na defesa da entidade que, criada em 1981 como Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior – ANDES e, em 1988, transformada, por decisão democrática de seus associados, em congresso pú-blico realizado no Rio de Janeiro, após decisões de assembléias também públicas em todo o país, em Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, passando este a ser o legítimo representante dos docentes de todas ins-tituições brasileiras de ensino superior.

O ANDES-SN sempre se orientou pela luta em defesa da valorização do tra-balho docente e da universidade pública, gratuita, autônoma, democrática, laica e de qualidade socialmente referenciada. Mais do que isso, a partir da compre-ensão política da necessidade concreta de articular suas lutas com as lutas do conjunto da classe trabalhadora, sempre se pautou pela preocupação de jamais apartar a universidade, o trabalho aca-dêmico e a atividade política e sindical da dura realidade social em que estamos inseridos.

Essa postura permitiu desenvolver um pensamento e uma prática historica-mente determinada pela realidade social e pela necessidade de sua transformação. Por tudo isso, o ANDES-SN sempre formulou suas propostas para a univer-

sidade e para a educação em geral a partir dos pro-blemas vivenciados pela imensa maioria dos tra-balhadores, orientando-se pela perspectiva histórica da construção de uma so-ciedade sem exploradores nem explorados.

Conforme divulgado pelo Sindicato Nacional em dossiê de 2004, na inicia-tiva que conduziu à presente encenação, teve protagonismo o governo e um gru-po de docentes que perdeu as eleições do ANDES-SN naquele ano, de acordo com os documentos produzidos na reunião havida na ocasião entre aqueles docentes e os então Ministro da Educação, Tarso Genro, e Secretário Executivo do MEC, Fernando Haddad. É esse mesmo grupo de docentes que agora, à portas fechadas, pretende se legitimar na direção de um novo sindicato.

Nesse jogo em que, para garantir a cooptação e a domesticação dos movi-mentos sociais e dos sindicatos, vale tudo e em que ao braço sindical do governo tudo vale na perspectiva de abocanhar os recursos do imposto sindical para as re-cém-legalizadas centrais sindicais, os fins justificam os meios, e não há qualquer disfarce para a encenação feita: convoca-se uma assembléia que não corresponde ao coroamento de um processo demo-crático discutido na base da categoria a qual pretende representar, tendo como local um Estado onde justamente exis-tem poucas universidades federais, in-dicando que se quer tomar uma decisão sem a efetiva participação da categoria e para a sede de uma central sindical ago-ra alinhada com o governo e parceira de ataques ao sindicalismo independente e combativo.

É nesse cenário que convocamos to-dos à luta em defesa do ANDES-SN de seu patrimônio político construído pelos docentes brasileiros. Não permitiremos sua destruição por aqueles que se subme-tem incondicionalmente a um governo que se apresenta perante o grande capi-tal como a garantia de que não haverá resistência dos trabalhadores à plena im-plementação de sua agenda política con-servadora.

Não desistiremos da luta em defesa da educação pública superior, dos direi-tos da categoria e da sociedade, da ação sindical independente do Estado, dos governos, autônoma em relação aos par-tidos políticos e comprometida com pro-cedimentos democráticos deliberados de modo público pela categoria. Protagoni-zaremos a luta em defesa da universidade pública, dos docentes, da nossa entidade, dos nossos princípios e da nossa história!

Brasília, 8 de setembro de 2008Diretoria do ANDES-SN

Nota publicada no sítio do Andes-SNwww.andes.org.br

Convocamos todos

à luta em defesa do ANDES-SN

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM SAÚDE E PREVIDÊNCIA NO ESTADO DE SÃO PAULO - SINSPREV/SP, com sede na cidade de São Paulo, na rua Antonio de Godoy, 88 - 2º Andar - Centro - CEP: 01034-000 - Fone: (11) 3361-4344, de acordo com o artigo 17 de seu Estatuto, convoca todos os integrantes da Categoria para participar da Assembléia Geral, que será realizada na sede do Sindicato, no dia 26 de setembro de 2008, às 17 horas, para discutir e deliberar sobre a seguinte PAUTA:1- Calendário do Congresso Estadual do Sinsprev;2 - Assuntos gerais.*Edital publicado no jornal “Diário de São Paulo” na edição do dia 16/09/08.

Assembléia Geral do Sinsprev

chargE

Charge de Bruno Galvão

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Página 03 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 254 16 de setembro de 2008

JORNAL DO SINSPREV é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo. -- Filiado a Fenasps e a CNTSS/CUT Jornalista responsável: Luciana Araujo (MTb: 39715). Jornalista: Alexandre Dornelles (MTb 13.586). Editoração Eletrônica: Leon Cunha (Mtb 50.649). Fotolitos e Impressão: Editora Forma Certa. Tiragem: 27 mil exemplares. Endereços: Sede Capital – Centro: Rua Antonio de Godoy, 88 - 2º andar – Centro - Fone: (11) 3361-4344 - E-mail: [email protected] - CEP: 01034-000. Sede Capital – Aclimação: Rua Senador Felício dos Santos, 404 – Aclimação - Fone: (11) 3207-9344 - E-mail: [email protected] - CEP: 01511-010. Sub-Sede de Guarulhos: Rua Dr. Eloy Chaves, 208 - Vila Sorocabana - Guarulhos – SP - Fone (11) 6421-0175 - CEP: 07024-181. Delegacia Regional de Araçatuba: Rua Euclides da Cunha, 48 – Araçatuba - Fone/Fax: (18) 3625-9002 - E-mail: [email protected] - CEP: 16015-453. Delegacia Regional da Baixada Santista: Av. Bernardino de Campos, 145ª - V. Belmiro – Santos - Fone (13) 3221-3028 - E-mail: [email protected] - CEP: 11065-001. Delegacia Regional de Marilia: Rua Julio de Mesquita, 112 – Jd Maria Izabel – Marilia - Fone/Fax: (14) 3433-8159 - E-mail: [email protected] - CEP: 17515-230. Delegacia Regional de Piracicaba: Av Armando Salles Oliveira, 642 – Centro – Piracicaba - Fone/Fax (19) 3433-3920 ou 3434-3309 - E-mail: [email protected] - CEP: 13400-010. Delegacia Regional de Presidente Prudente: Rua Francisco Machado de Campos, 503 - Vila Nova - Presidente Prudente - Fone (18) 3223-1800 - E-mail: [email protected] - CEP: 19010-300. Delegacia Regional de Ribeirão Preto: R. Amador Bueno, 983 – Centro - Ribeirão Preto - Fone/Fax (16) 3625-3228 - E-mail: [email protected] - CEP: 14010-070. Sub-Sede de Barretos: Rua Avenida 13, 570 – Centro - Barretos – SP - Fone (17) 3323-6859 - E-mail: [email protected] - CEP: 14780- 615. Delegacia Regional de São José do Rio Preto: Rua Major Joaquim Borges de Carvalho, 497 – V. Angélica - São José do Rio Preto - Fone/Fax (17) 3215-3648 - E-mail: [email protected] - CEP: 15050-170. Delegacia Regional do Vale do Paraíba: Rua Mauricio Diamante, 45 – Jd Matarazzo – São José dos Campos - Fone/Fax: (12) 3923-9037 - E-mail: [email protected] - CEP: 12209-570. DIRETORIA COLEGIADA - ADMINISTRAÇÃO: Denise Maria Solimar Diana, Gilceli Leite Lima, Josias de Jesus; APOSENTADOS: Edna Lopes Rosa, Maria Aparecida Vicente Assencio, Gilberto Silva; ASSUNTOS JURÍDICOS: Sandro Paulo Sabbauskas, Gilmar Rodrigues Miranda, Maria das Graças Alves Candido; CULTURAL E POLÍTICAS SOCIAIS: Irene Guimarães dos Santos, Tereza Aparecida da Costa, Eli Nunes dos Santos Rossignatti; DELEGACIAS E NÚCLEOS: Silvia Helena Garcia Barreto, Cláudio José Machado, Maria do Carmo Simões de Oliveira; FINANÇAS: Deise Lucia do Nascimento, Regina Célia Porfírio de Lima Silva, Nair Assis de Oliveira; FORMAÇÃO POLÍTICA E RELAÇÕES INTER-SINDICAIS: Rita de Cássia Pinto, João Maia, Nélson Novaes Rodrigues; IMPRENSA E DIVULGAÇÃO: Fábio Antonio Arruda, José Rubens Decares, Higino de Souza Pacanaro; SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL: Vinicius Vasconcelos, Rita de Cássia Assis Bueno, Felipe Antonio Neto; SUPLENTES: Flávio Milton de Souza, Inez Alquati, Vanessa Marques Castilho Hachuy, Marcelo Gomes de Santana, Maria Angelita da Silva; CONSELHO FISCAL: Leandro Gomes Zamboni, Gilberto Santos, Márcia Antonia P. Puerro, Simone dos Santos, Maria do Carmo Damaceno; SUPLENTES DE CONSELHO FISCAL: Odalina Bueno de Camargo, José Elesbão Souza dos Santos.

Procuradoria Federal

Sinsprev participa de reunião na Procuradoria Geral Federal

No último dia 12, a Procuradora Regional Fe-deral em São Paulo, Sofia Mutchnik, convocou os servidores do INSS cedidos ao órgão para uma reunião a fim de esclarecer as dúvidas em relação a nova estruturação das Procuradorias Federais.

Foi informado que parte dos trabalhos hoje realizados pela Procuradoria do INSS serão re-passados à Procuradoria Geral Federal após a conclusão das obras no prédio locado para esse fim. No entanto, não há previsão de término da reforma. Entretanto, Sofia comprometeu-se a não fazer qualquer exigência contrária aos direitos dos servidores lotados na Procuradoria do INSS – que têm atribuições definidas na carreira do Seguro Social, à qual pertencem.

A procuradora assegurou, ainda, que não ocorrerá no órgão o que aconteceu com os servi-dores redistribuídos à Recita Federal, que perde-ram direitos ao serem mudados de carreira. Os trabalhadores lotados na Procuradoria poderão pedir para retornar ao INSS a qualquer momento, afirmou Sofia.

A direção do Sinsprev seguirá acompanhan-do as condições que serão estabelecidas para os servidores.

Na reunião estiveram presentes o diretor do departamento Jurídico do Sinsprev, Gilmar Miran-da, acompanhado pelo advogado Cássio Lavora-to, além dos servidores convocados.

Procuradora afirma que servidores lotados na Procuradoria do INSS não terão perdas, nem serão pressionados

Na quarta-feira, 10 de setembro, aconteceu reunião dos servidores re-distribuídos para a Receita Federal e à Procuradoria, juntamente com o jurídico e integrantes da diretoria do Sinsprev. Entre os principais pontos discutidos estava a dúvida dos pre-sentes em relação à possibilidade de retorno ao INSS.

Em 2007, os servidores do INSS lotados na Receita Federal puderam assinar termo de opção para retornar ao Instituto até o mês de outubro. Até a presente data o governo não cumpriu o acordado, pois não deu conseqüência ao último lote de libe-ração de 40% que finalizaria o pro-posto pelo decreto 6248/07. Sendo assim, o sindicato está ingressando com mandado de segurança coletivo que visa garantir o reingresso daque-

les que optaram por permanecer na carreira do Seguro Social.

De acordo com o jurídico, os que não assinaram o termo de retorno até outubro de 2007, somente após, e quem sobrestou o pedido com fun-damento na liminar da Unaslaf ficam fora do mandado de segurança.

Porém, tendo em vista que foi re-aberto prazo de 90 dias após a publi-cação da MP 441 (29/08) para optar pelo retorno, o sindicato entrará com outro mandato de segurança para to-dos que tiverem interesse. É impor-tante que aqueles que ainda desejam voltar ao INSS assinem o termo da Medida Provisória.

Outro questionamento referiu-se à dúvida sobre se os servidores redistribuídos à Receita Federal do Brasil receberão as vantagens da

carreira do Seguro Social prevista na MP 441. Na avaliação do jurídico do Sinsprev, quem está na folha de pagamento do Instituto irá receber. Todavia, aqueles que estão na folha de Receita Federal não receberão de imediato, mas, os que optaram pelo retorno terão direitos retroativos a essas vantagens.

Funcionários da Procuradoria debatem

sobre situaçãoOs funcionários cedidos à Pro-

curadoria do INSS também tiveram oportunidade de tirarem suas dúvidas quanto à reestruturação da AGU. Na opinião do jurídico a MP 441 não dei-xa clara a situação desses servidores em relação aos benefícios existentes sobre a carreira do Seguro Social.

Servidores redistribuídos à Receita devem assinar

termo de opção da MP 441

Após as avaliações feitas na reu-nião, foi aprovada a orientação de que os servidores redistribuídos devem assinar o termo de opção da MP 441 - de ingresso na carreira do Seguro So-cial - afim de receberem as vantagens financeiras da referida carreira.

O termo de opção deve ser pro-tocolado junto à chefia da Receita na qual o servidor estiver lotado. A chefia não deve se recusar a protoco-lar já que a MP 441 está em vigor. É fundamental que o protocolo seja de-vidamente guardado pelo servidor.

O modelo do termo de opção pode ser acessado no sítio do Sinsprev na internet (www.sinsprev.org.br).

Redistribuídos tiram dúvidas em reunião com jurídico e diretoria

Redistribuídos para a Receita e cedidos à Procuradoria realizam

reunião no dia 26/9No dia 26 de setembro (sexta-feira), às

15 horas, no Auditório do Sinsprev (rua An-tonio de Godoy, 88 - 2ºandar)

A reunião tem o objetivo de fazer avançar a organização deste segmento e aprofundar a discussão sobre os efeitos da MP 441 para os trabalhadores que estão na Receita e Procu-radoria em diversas situações, e deverá con-tar com a presença da Procuradora Regional Federal em São Paulo, Sofia Mutchnik.

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INSSPágina 04 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 254 16 de setembro de 2008

Mais uma vez governo Lula descumpre acordo Em reunião do Seguro Social realiza-

da no dia 2 de setembro, a diretoria do Sinsprev discutiu o texto final da medida provisória 441, editada pelo governo Lula no dia 29 de agosto e que regulamenta a nova tabela salarial dos servidores do INSS. As direções do sindicato e da fe-deração nacional (Fenasps) ressaltaram que o texto da MP não reflete o acordo assinado no início de julho.

A medida provisória (MP) 441 deve-ria refletir os acordos fechados por 17 ca-tegorias com o governo federal, entre elas os trabalhadores do INSS. Em relação à categoria, o texto final da MP descumpre vários pontos do acordo assinado no dia 23 de julho passado (leia o box abaixo).

Entre os pontos mais problemáticos está a imposição imediata do aumento

da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com redução salarial para os servidores que obtiverem autorização do governo para cumprir jornada de 30 horas semanais a partir de junho do ano que vem.

Outro problema refere-se à progres-são na carreira para os servidores que ingressaram no Instituto após 2003. No texto da MP a progressão atinge os que entraram a partir de 2005, variando de 1 a 3 referencias ocasionando distorções entre os salários dos contratados entre 2003 e 2007.

A Federação e sindicatos buscam, no momento, informações sobre o paga-mento do ‘reajuste’ previsto no acordo do INSS, prometido pelo governo para o início de setembro. Pelo acordo, retroati-

vo a julho deste ano, um servidor da ativa no nível intermediário, classe S padrão V, por exemplo, terá seu salário bruto acres-cido de R$ 981,00. Já os aposentados, a partir do mesmo mês, deverão ter acrés-cimo médio de R$ 618,00.

Emendas da Fenasps resgatam direitos

A direção da Fenasps percorreu os ga-binetes do Congresso Nacional nos dias 3 e 4 de setembro e a deputada Gorete Pereira (PR/CE) subscreveu as emendas apresentadas pela Federação. Todas as lideranças de partidos e demais parla-mentares também receberam cópia do documento.

No entanto, devido ao “recesso bran-co” patrocinado pelos deputados que em

sua maioria estão nos seus estados fazen-do campanha eleitoral, existe a possibili-dade de que a MP só seja votada após o dia 5 de outubro.

Entre as propostas de emendas da Fenasps estão a paridade entre ativos e aposentados, incorporação da GESST ao vencimento básico, respeito à jorna-da de trabalho semanal de 30 horas e a incorporação de gratificações. Também foram apresentadas emendas em defesa dos direitos dos trabalhadores da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

A apresentação das emendas, porém, é apenas uma etapa de um difícil proces-so para aprovar a mudanças nas MPs. A Marcha Nacional da Seguridade Social, marcada para ocorrer no dia 14 de outu-bro, em Brasília, é parte dessa luta.

JORNADA DE TRABALHO - A MP impõe a jornada de 40 horas de imediato, possibilitando que, a partir de junho de 2009, mediante autoriza-ção do governo, os servidores optem pela jornada de 30 horas, mas com redução proporcional de salário.

A MP também nega a opção de permanência nas 30h aos servidores cedidos à Receita Federal, aos ministérios ou outros órgãos da administração pública.

A MP 441 é uma afronta aos trabalhadores do INSS que há 25 anos cumprem a jornada de 30 horas, direito estendido aos trabalhadores contra-tados a partir de 2003 e reforçado por Portaria Mi-nisterial de 2003.

Pelo texto da MP o governo trata como se nossa jornada fosse de 40 horas e a partir do ano que vem poderá ser reconhecida a jornada de 30 horas com redução salarial.

Os servidores já sabiam da intenção do gover-no em aumentar a jornada de trabalho. Por isso,

a discussão realizada na plenária da Fenasps e no Sinsprev orienta a categoria a se mobilizar para im-pedir o aumento da jornada e a redução de salário imposta com a “opção” pela nova tabela.

Esta manobra já foi tentada pelo governo Collor que em 1993 editou também uma tabela com sa-lário de 40 horas e salário reduzido para a jornada de 30 horas. A mobilização da categoria na época impediu que houvesse redução salarial e a catego-ria conseguiu manter a jornada de 30 horas.

A reunião do INSS que aconteceu dia 03 de se-tembro orienta a categoria a não assinar nem fazer 40 horas.

AVALIAÇÕES DE DESEMPENHO – A MP impõe as avaliações de desempenho (institucional e individual) como condição para o pagamento da pontuação máxima da GDASS. A GDASS foi regu-lamentada pelo decreto 6943 e o governo trabalha para implementar a variação da gratificação até o final do ano. Com isso, os servidores perdem a ga-rantia do recebimento dos 80 pontos e passam a

estar sujeitos às metas, podendo a GDASS variar entre 30 e 100 pontos.

CONGELAMENTO DAS PARCELAS FI-XAS DO SALÁRIO – Pela tabela salarial do governo as parcelas fixas (VB, GAE e VPI) ficam congeladas até 2011 e os aumentos até lá se-rão aplicados apenas sobre a GDASS. Com isto a parcela produtivista, que hoje corresponde a aproximadamente 30% do total do salário, che-gará em 2011 a valer aproximadamente 70% do total dos salários. Por isso, a categoria está chamada a se mobilizar para barrar a implemen-tação da avaliação de desempenho, que repre-senta uma brutal pressão sobre os trabalhadores, que terão seus salários cada vez mais submetidos ao cumprimento de metas.

CARREIRA – A MP não garante a progressão de três níveis na carreira para todos os servidores que ingressaram no INSS a partir de 2003, manten-do este benefício apenas para quem tomou posse a partir de 2005, variando de 1 a três referencias.

Principais problemas do texto da MP 441

Medida Provisória 441 traz uma série de injustiças e distorções para os servidores. Fenasps apresentou emendas para preservar direitos

CARREIRA – Emenda propõe a reabertura do pra-zo para assinatura de termo de opção para garantir o direito de todos os servidores efetivos regidos pela lei 10.483/2002 a optarem pela Carreira da Pre-vidência, da Saúde e do Trabalho. Embora o artigo 215 da MP preveja o enquadramento de servidores lotados na AGU, não foi determinada a abertura de prazo para assinatura do termo de opção.- Outra emenda assegura aos servidores vinculados à lei 10.355/2004 o direito de migração para a Carreira do Seguro Social, garantindo a quem se encontra vinculado a carreiras em extinção a possi-bilidade de ser atingidos por todos os benefícios.- A terceira emenda relativa à carreira prevê que todos os servidores terão de três referências na carreira, para minorar as distorções salariais.

ISONOMIA – Emenda garante o pagamento das gratificações também aos servidores cedidos a ou-tros órgãos.GRATIFICAÇÕES – Emenda propõe patamar mí-nimo para o pagamento das gratificações aos servi-dores da ativa, equiparando esse piso ao valor pago aos aposentados (40 pontos no caso da Saúde e 50 pontos no caso do INSS), corrigindo a MP, que prevê pontuações mínimas abaixo do que está destinado aos aposentados, o que pode levar a maiores com-prometimentos futuros da paridade. - Outra emenda sobre as gratificações propõe critérios isonômicos de incorporação das parce-las variáveis previstas nas MPs 431 e 441.- Uma terceira emenda assegura o reajuste das gratifi-cações após 2011.

- E ainda, uma quarta emenda sobre a questão das gratificações propõe que a pontuação míni-ma a ser paga aos servidores seja de 60 pontos.JORNADA DE TRABALHO – Emenda garante o respeito à jornada de 30 horas.COMPLEMENTAÇÃO DE SALÁRIO MÍNIMO – Emenda retoma o cálculo da complementação tendo como base o vencimento básico e não a remuneração total, para evitar prejuízos aos servi-dores que recebem o benefício diante da correção do salário mínimo.PARIDADE – Emenda assegura a paridade entre ativos e aposentados e que os servidores que re-ceberam a GDASST ou a GDASS há pelo menos cinco anos receberão a gratificação à razão de 60 pontos proporcionais ao tempo trabalhado.

Conheça as emendas da Fenasps à MP 441

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Página 05 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 254 16 de setembro de 2008

INSS

Mais uma vez governo Lula descumpre acordo Confira a tabela salarial da MP 441

Membros da Comissão Provisória: Alcieres Cardoso da Silva – APS Tucuruvi; Cida Aparecida Ventura – Aposentada; Deise Lúcia do Nascimento – Barretos; Fábio Lima da Silva – APS Penha; Felipe Antonio Neto – Marília; Félix Cavalle - Gex/Guarulhos; Gilmar Rodrigues Miranda – Santa Ifigênia; Jose Aguiar – Taubaté; José Rubens Decares - Santa Ifigênia; Marcelo Gomes de Santana – Sorocaba; Márcio Villano Bottini – ABI Centro; Rose Queiroz – APS Pimentas; Rita de Cássia Assis Bueno – APS Xavier de Toledo; Rita de Cássia Pinto – São José dos Campos; Sueli Domingues – APS Guarulhos; Vagner Ferreira dos Santos – Diadema; Vinícius Vasconcelos – APS Pinheiros

Em reunião no último dia 10 de outubro – conforme o aprova-do no último congresso da cate-goria e ratificado em reunião do setor em 2 de setembro - servido-res do Seguro Social, entre ativos e aposentados, e diretoria pude-ram dar os primeiros passos para estabelecer o departamento do INSS no Sinsprev. Foi constatado que é fundamental aprimorar a organização da categoria para melhor mobilizar e lutar contra a avaliação de desempenho (pro-

dutividade), jornada de 40 ho-ras, e em defesa da atribuição, por melhores condições de tra-balho e saúde.

Para isso, foi composta uma comissão provisória para dar iní-cio à organização do encontro estadual do Instituto, que tem como indicativo da realização ser no mês de outubro.

Ficou estabelecido, também, que a próxima reunião da comissão será dia 19 de setembro, às 17 horas, no auditório do Sintrajud (rua Antonio

Sinsprev avança na criação de departamento do INSS

Calendário de Atividades19 de setembro - Ato em frente ao PAM Heliópolis contra a privatização da Saúde, às 9 horas;19 de setembro - Reunião dos servidores do INSS, às 17 horas, no auditório do Sintrajud (rua Antonio de Godoy, 88 - 15ºandar);26 de setembro - Reunião dos redistribuídos para a Receita e cedidos à Procuradoria, às 15 horas, no auditório do Sinsprev;26 de setembro - Assembléia Estadual, às 17 horas, no auditório de Sinsprev;9 e 10 de outubro - Seminário de Planejamento Estratégico da Fenasps, em Brasília;11 de outubro - Encontro Estadual da Saúde, em São Paulo;11 de outubro - Plenária Nacional da Fenaps, em Brasília;12 de outubro - Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais, em Brasília;13 de outubro - Encontro Nacional dos Trabalhadores do SUS, em Brasília;13 a 17 de outubro - Semana Nacional de Mobilização dos SPF;14 de outubro - Marcha Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social (indicativo);25 de outubro - Encontro Estadual dos servidores do INSS;

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Saúde

Governo Lula dá golpe também em servidores da Saúde

Em 27 de agosto, dois dias antes da publicação da MP que trata da carreira do INSS, Comissão Es-pecial do Senado aprovou medida provisória 431. Da mesma forma que aconteceu na Câmara dos De-putados, a bancada governista garantiu a rejeição de todas as emendas apresentadas pela federação na-cional (Fenasps).

As mudanças no texto da MP estavam sendo negociadas pela direção da Fenasps com represen-tantes dos partidos de oposição e do governo. No dia 26, o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) foi nomeado relator da Comissão Especial e, em menos

de 24 horas, apresentou substitutivo sem alterações à MP, aprovado na noite seguinte.

Mas o comando nacional de mobilização segue atuando em Brasília. E as direções da Fenasps e do Sinsprev chamam toda a categoria a cobrar do go-verno resposta à pauta de reivindicações entregue em 20 de agosto. Está marcada para o dia 14 de outubro a Marcha Nacional da Seguridade Social, quando servidores de todo o país vão a Brasília.

As emendas da Fenasps restabeleciam a paridade entre ativos e aposentados, incorporação da GESST ao vencimento básico; e rejeitavam as gratificações

produtivistas, como a GDPST, criada pela MP 431. Além disso, as emendas da Federação reivindicavam a reabertura do prazo de opção para o recebimento dos 47,11%; regulamentação da jornada de 30 horas semanais; e o estabelecimento do pagamento de, no mínimo, 60 pontos das gratificações para servidores aposentados e da ativa. O objetivo da Fenasps era reduzir os prejuízos causados aos servidores pelo acordo firmado pela CUT/Condsef/CNTSS, que im-pôs uma tabela salarial abaixo do que era possível arrancar com mobilização, negociada sem o conhe-cimento da categoria.

Após rejeição de emendas da Fenasps à MP 431 pelo Congresso Nacional, servidores lutam por atendimento à pauta de reivindicações protocolada em agosto * Marcha da Seguridade terá participação de São Paulo

Em outubro, Encontro Nacional organizado pela

Fenasps discute o SUS

Mais de mil servidores participaram da manifestação realizada no Distrito Federal no último dia 10 contra o projeto de lei que cria as fundações estatais de direito privado (PLP92/07). O projeto, encaminhado pelo presidente Lula ao Congresso Nacional no ano passado, estabelece um novo modelo de gestão no setor público, permitindo que

entidades privadas gerenciem as áreas de saúde, educação, assistência social, cul-tura, desporto, ciência e tecnologia, meio ambiente, previdência complementar do servidor público, comunicação social e pro-moção do turismo nacional. As chamadas “fundações estatais” também poderão con-tratar servidores pelo regime da CLT, sem

estabilidade.O projeto já foi aprovado pela CTASP

(Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público) e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania) da Câ-mara dos Deputados. O texto ainda terá que passar pelo plenário da Câmara e, caso seja aprovado, tramitar no Senado.

No próximo dia 13 de outubro acontecerá o Encontro Nacional Uni-ficado dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde, promovido pela federação nacional (Fenasps). O encontro vai reorganizar a mobilização dos trabalhadores do SUS em torno aos itens da pauta de reivindicações que a Fenasps apresentou ao governo em 20 de agosto (ver box ao lado) e também discutirá a situação do SUS e a necessidade de retomar a mobili-zação em defesa do Sistema, que vem sendo desmontado pelos governos federal e estadual.

A última plenária nacional da Seguridade Social, ocorrida no dia 2 de agosto passado, havia sido agendado essa atividade para 22 de setembro, porém, no intuito de garantir a unidade no calendário de todos os servido-res federais, a data foi postergada para que a categoria possa participar da jornada de lutas de outubro, que vai do dia 9 a 17 daquele mês e é con-vocada por várias entidades, entre elas as que fazem parte da Cnesf (leia matéria na página 8).

Sinsprev realiza Encontro Estadual da SaúdeNo próximo dia 11 de outubro o Sinsprev realizará um Encontro Esta-

dual como parte da preparação para a atividade nacional promovida pela Fenasps. O Encontro Estadual da Saúde em São Paulo discutirá a situ-ação do SUS no Estado, o posicionamento da categoria sobre a questão salarial, condições de trabalho e outras demandas a serem levadas para a atividade nacional.

O Encontro acontecerá na sede do sindicato, a partir das 10 horas, e é aberto a todos servidores da saúde municipal, estadual ou federal.

Pauta de reivindicações defende condições de

trabalho, salários dignos e saúde pública

No dia 20 de agosto, servidores da Saúde Federal em todo o país realizaram manifestações nos estados para marcar a entrega da pauta de reivindicações da categoria ao Ministério da Saúde, à Casa Civil da Presidência da República, ao Ministério do Planejamento, à Fundação Nacional de Saúde, à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

Em São Paulo, servidores realizaram ato no Núcleo Regional do Ministério, localizado na Avenida 9 de julho, e reivindicaram audiência com o ministro José Gomes Temporão. A chefe da Divisão de Administração do Ministério no Estado, Celina Dias Grecco, recebeu cópia das reivindicações da categoria.

Os principais pontos da pauta são:

- Nova tabela salarial: NS Final – R$ 12.131,15 / NS Inicial – 8.740,25 / NI Final – R$ 7.010,67 / NI Inicial – R$ 4.192,99 / NA Final – R$ 2.796,10 / NA Inicial – R$ 2.051,20;- Criação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários;- Jornada de 30 horas semanais sem redução salarial;- Pagamento dos passivos; - Concurso público;- Reajuste do auxílio refeição para 600 reais; - Restabelecimento do Grupo de Trabalho da Seguridade Social; - Incorporação dos 47,11% ao vencimento básico; - Fim do assédio moral.

*A íntegra da pauta pode ser lida na página do Sinsprev na Inter-net (www.sinsprev.org.br).

Sinsprev também realizará encontro estadual dos trabalhadores do SUS para discutir propostas de São Paulo ao Encontro Nacional

Ato contra fundação “estatal” reuniu mil em Brasília

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Saúde

Ato no dia 19 repudia privatização do PAM Heliópolis

No próximo dia 19 (sexta-feira) a diretoria do Sinsprev organiza um ato público em frente ao Am-bulatório Regional de Especialidades (ARE) Helió-polis, no bairro do Ipiranga, Zona Sul da capital. A manifestação terá início às 9 horas e todos os servi-dores estão chamados a participar de mais essa ini-ciativa em defesa da saúde pública.

No último dia 18 de agosto, o governador José Serra (PSDB) publicou no Diário Oficial do Estado o decreto 53.331, que transforma o Ambulatório Re-gional de Especialidade (ARE) Heliópolis em Am-bulatório Médico de Especialidades (AME). A mu-dança representa mais um passo rumo à privatização dos serviços de saúde no Estado, na opinião da dire-

toria do Sinsprev. Três dias antes da publicação do decreto, a resolução SS 88, de 15 de agosto, também publicada no Diário Oficial, abriu convocação para Organizações Sociais que pretendam gerir a unidade se apresentassem no prazo de três dias úteis.

O processo de escolha da nova administradora do PAM Heliópolis, como é conhecida a unidade, ainda está em curso. Mas já especula-se que o processo de escolha será vencido pelo Seconci-SP (Serviço So-cial da Industria da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo). Essa entidade é a mesma que gerencia o Hospital Estadual da Vila Alpina, que tem sido alvo de denúncias em jornais de grande circula-ção devido à péssima qualidade de atendimento.

Unidade de saúde que é referência na Zona Sul está sendo entregue a organização social (OSs) * Lei das OSs não garante atendimentos de alta complexidade

Alesp, Justiça e Ministério Público

questionam gestão privada da saúde

O repasse de mais esse PAM à iniciativa privada aumenta para 14 o número unida-des hospitalares geridas por OSs no Esta-do. Além de afetar os servidores, porque as OSs contratam trabalhadores terceirizados e com contratos precários, o processo de entrega da Saúde à iniciativa privada no Estado também afeta a população. As or-ganizações sociais funcionam em sistema de alta rotatividade e só atendem casos de baixa e média complexidade. E o Estado repassa em média 1 bilhão de reais por ano para as entidades privadas.

No município de São Paulo, na gestão Serra/Kassab, já são 119 as unidades de saúde geridas por OSs. No último dia 26 de agosto a Justiça Federal determinou que o Município retome a administração dessas unidades. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) já avisou que vai recorrer da decisão. Na cidade de São Paulo só no primeiro semes-tre de 2008, dos R$ 2,2 bilhões empenha-dos na área de saúde, R$ 617,7 milhões foram gastos nessas contratações, de acor-do com informação publicada pelo jornal “Folha de SP”. A juíza que determinou a retomada das unidades de saúde pelo po-der público considerou inconstitucional o repasse de verbas públicas que vem sendo feito em São Paulo ao capital privado por-que as contratações das OSs são feitas sem licitação. O Ministério Público levantou a questão perante a justiça.

O Supremo Tribunal Federal também analisa ação que questiona nacional-mente a legalidade das Organizações So-ciais. E os conselhos Nacional e Estadual de Saúde já se posicionaram contra essa modalidade de gestão. O CNS deu prazo até novembro do ano passado para que o governador José Serra revertesse o proces-so de entrega de hospitais às OSs, mas o tucano ignorou a decisão.

Em maio do ano passado, o deputado estadual Raul Marcelo (PSOL) apresentou relatório à CPI da Saúde na Assembléia Legislativa no qual propunha a retomada das unidades pelo governo do Estado. O relatório de Raul Marcelo foi aprovado, mas a bancada governista retirou do texto final da CPI a indicação de reversão da privatização da saúde estadual.

OSs são acusadas de irregularidades e repressão a servidores

São várias as denúncias contra as entidades que gerem as unidades de saúde. Entre essas entidades está a Sociedade Paulista de Medicina (SPDM), li-gada à UNIFESP – universidade cujo ex-reitor foi deposto após escândalo com os cartões corporativos da instituição. A SPDM é a administradora dos PAMs Várzea do Carmo (na região central da capital) e Maria Zélia (na Zona Leste de São Paulo). Além de denúncias de irregularidades há também inúmeros casos relatados de repressão aos servidores.

“O clima entre os funcionários é de medo e dúvi-das quanto ao nosso destino , pois o tratamento dado aos trabalhadores das outras unidades terceirizadas

foi de total descaso e de grande violência, pois quan-do a OS entra os servidores não podem permanecer na unidade”, explica um servidor do PAM Heliópolis que não quis se identificar por medo de represálias.

Por enquanto os funcionários e pacientes não fo-ram informados sobre o que acontecerá de fato, quais clínicas existirão. “Para nós, funcionários, é muito estranho. Até então não havia verba para efetuar as reformas necessárias no ambulatório, comprar equi-pamentos, contratar médicos e funcionários, reativar clínicas importantes como a Cardiologia etc. De re-pente há milhões para a terceirizada reformar e ad-ministrar o ARE”, conclui o servidor.

19 de setembro é dia de lutaAto em frente ao PAM Heliópolis vai denunciar privatização

da saúde * Manifestação terá início às 9 horas

Foto: Manoel Messina

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Eleições Municipais

Na hora da decisão, reafirme as reivindicações dos trabalhadores!Nas eleições municipais os partidos que susten-

tam a desigualdade social e as mazelas do país prometem mundos e fundos. As eleições no Brasil se transformaram num cruel espetáculo que se re-pete a cada dois anos e, salvo raras exceções, têm eleito sempre os mesmos, permitindo a manuten-ção do atual quadro de conformismo entre os tra-balhadores que muitas vezes não acreditam mais no processo eleitoral e acabam, inconscientemen-te, contribuindo para manter o “mais do mesmo”.

E, de dois em dois anos, promessas e mais pro-messas tentam convencer o povo de que tudo o que não foi feito pelos representantes desses parti-dos quando estavam no poder ou na última gestão será realizado se ganharem um novo mandato. Mas, entra ano e sai ano, as promessas ficam no esquecimento porque nenhum desses políticos quer enfrentar o verdadeiro problema do país e dos mu-nicípios: o enorme ralo da dívida pública.

Não é possível acabar com as escolas de lata, resolver os problemas da saúde pública, contratar e pagar salários decentes ao funcionalismo – me-lhorando o atendimento ao público -, estruturar o transporte público e outras necessidades do povo trabalhador que acorda todos os dias de madru-gada para ganhar o pão continuando a pagar os juros que consomem a capacidade de investimen-

tos do país.No ano passado, o governo Lula reservou o

equivalente a 45% de toda a receita do país para o pagamento da dívida. Enquanto isso, só 3% fo-ram investidos em saúde, 2% na assistência social e 1,7% na educação.

As eleições municipais estão atravessadas por este dilema, embora a maioria dos candidatos tente vender o peixe do “eu vou fazer”. A atuação no parlamento, tem limites institucionais. E jamais pode substituir qualquer movimento, expressão ou manifestação popular. Ao contrário, o manda-to popular tem que procurar se relacionar com a comunidade para que sua atuação permita avan-çar a organização e o poder popular, contribuin-do para uma nova cultura política e um processo permanente de formação que contribuam com os movimentos sociais e políticos que buscam novas relações de poderes e acabem com a submissão. Como é um processo de construção coletiva, para a direção do sindicato, qualquer parlamentar que pretenda se eleger com os votos dos trabalhadores deve ter o compromisso de pensar e agir também coletivamente.

Os processos eleitorais são momentos dos tra-balhadores cobrarem compromissos, avaliarem a trajetória dos candidatos e darem seu voto àqueles

que podem atender às necessidades de nosso povo. É necessário ir além do calendário eleitoral, com a reorganização do movimento social, sindical e po-pular, para que a participação nas eleições não se limite a assistir aos programas eleitorais, receber papéis nas ruas e depositar o voto nas urnas.

É preciso também discutir os limites do processo eleitoral nesta sociedade dominada pelo modo de produção capitalista onde decisões importantes e fundamentais para a vida da humanidade não são discutidas no Congresso Nacional, nas Câmaras Municipais ou Assembléias Legislativas, mas sim no FMI, no Banco Mundial, na sede das Grandes Cor-porações e nas Cúpulas dos países mais ricos.

Por isso nestas eleições, mais do que depositar o voto e cumprir com a obrigação junto ao Cartório Eleitoral participe das discussões em torno das can-didaturas comprometidas com a luta dos trabalha-dores, contra a desigualdade, contra o massacre cotidiano que atinge a todos, contra a destruição dos serviços públicos essenciais á população.

O verdadeiro voto consciente não é só aquele que repudia candidatos corruptos, mas também aquele que possibilita o atendimento das necessi-dades dos trabalhadores. Eleição não é corrida de cavalos, para que os eleitores joguem todas as suas fichas naqueles que estão à frente nas pesquisas.

Avançar nas conquistas

Movimentos preparam jornada nacional de lutas em outubro

A Coordenação Nacional das Entidades do Serviço Público Fede-ral (CNESF) também está articulan-do uma jornada de lutas nacionais em defesa do serviço público. As atividades ocorrerão entre 11 a 17 de outubro no país todo. A idéia é realizar um ato em Brasília, que tem indicativo de data para 16 do pró-ximo mês, entretanto, a CNESF se reunirá no próximo dia 23 para de-finir o dia. Além disso, o objetivo é que também existam manifestações nos estados, que busquem envolver o conjunto dos servidores federais de forma unitária.

O Sinsprev apóia essa iniciativa e se fará presente em todas as mo-bilizações que acontecerem em ou-

tubro. Para a diretora do sindicato, Rita de Cássia Pinto, essa mobili-zação unitária é fundamental para que os servidores federais consigam derrotar os seguidos ataques do go-verno. “Nos últimos anos foi imple-mentada uma política salarial que fragmentou os trabalhadores, uns receberam aumentos significativos, porém, a maioria continua salários baixíssimos, em especiais os apo-sentados”, conta Rita.

De acordo com ela, o reflexo dessa política salarial de arrocho é sentida por todas as categorias. “Tá na hora dos servidores voltarem a discutir conjuntamente para reali-zarem ações unitárias contra tudo o que estamos sofrendo”, conclui.

Servidores Federais preparam luta unitária do funcionalismo

Diversas entidades, entre elas o MST/SP, MTST, MTL, Pastoral Ope-rária, Intersindical e Conlutas, estão convocando uma jornada de lutas, de 10 a 16 de outubro, contra a alta dos alimentos, a carestia e a criminaliza-ção dos movimentos sociais e da po-breza. Haverá plenárias regionais em todo país para organizar a mobiliza-ção, como locais de atos e marchas.

No âmbito nacional, aconteceram duas reuniões entre representantes das entidades envolvidas que, além da jor-nada, planejam realizar seminários nos diversos estados do país para discutir sobre os eixos da campanha e novas ações futuras.

Essa iniciativa surge em função dos desdobramentos da crise mundial, que no Brasil fica evidente na alta dos preços doa alimentos e serviços essen-ciais e no aprofundamento da crimina-lização dos movimentos sociais e da população que mora nas periferias.

O Sinsprev está presente, partici-pando das discussões e da organiza-ção das atividades nesse processo de

resistência e enfretamento contra o capital e o governo e de reorganização do movimento social. Sendo assim, o sindicato orienta aos servidores, ativos e aposentados, que participem de todas as atividades que envolvam essa cam-panha, principalmente nas regionais.

Foto: Fábio Nassif

Grito dos excluídos 2008