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N o 1 junho de 2011 PR rumo às eleições Seminários Regionais de Organização Partidária: o PR vai lançar candidatos em todas as cidades “Eu quero voltar a ser governador” Deputado Federal mais votado do Brasil, o Presidente do Partido da República, Anthony Garotinho, diz que o PR está preparado para as próximas eleições e quer voltar a governar o Rio de Janeiro PR: apoio total a luta dos bombeiros e a PEC 300 PÁGINAS 4 E 5 Entrevista com o Secretário Geral do Partido, Fernando Peregrino: “Vamos conscientizar a todos de que o Partido é uma das organizações mais importantes da democracia.” PÁGINA 3 A República 22 PÁGINA 7

Jornal A República - 1ª edição - Julho/2011

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No1 junho de 2011

PR rumo às eleiçõesSeminários Regionais de Organização Partidária: o PR vai lançar candidatos em todas as cidades

“Eu quero voltar a ser governador”Deputado Federal mais votado do Brasil, o Presidente do Partido da República, Anthony Garotinho, diz que o PR está preparado para as próximas eleições e quer voltar a governar o Rio de Janeiro

PR: apoio total a luta dos bombeiros e a PEC 300PÁGINAS 4 E 5

Entrevista com o Secretário Geral do Partido, Fernando Peregrino: “Vamos conscientizar a todos de que o Partido é uma das organizações mais importantes da democracia.”

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da democracia.”

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É preciso combater o nefasto sistema político e econômico, exterminando de uma vez por todas a corrupção que se instalou dentro do regime

republicano. Queremos dar um basta nesse sistema de governo patrimonialista e autoritário.

Um sistema organizado e estruturado para corrom-per a república, minar e desmoralizar seus valores. Onde quantias abusivas de recursos fi nanceiros são captadas para constituir patrimônio privado e que tem por fi nalidade dominar as próprias insti-tuições do regime republicano, públicas ou privadas. Manipulando os cidadãos de boa fé, esterilizando o debate político e capturando o voto do eleitor, eles re-sistem no poder, mantendo-se cada vez mais distante do controle do povo, única

fonte de poder da República.Sob esse ponto de vista, o Rio de Janeiro retrocedeu

à velha republica e acarretou as suas idiossincrasias: o autoritarismo e a corrupção. Vivemos um cenário as-sustador: de um lado, o uso abusivo e escancarado da máquina publica e de outro, uma imprensa submissa ao poder, incansável na tentativa de manter as aparências de um sistema democrático.

A crise da democracia representativa é uma das ra-zões que levaram ao surgimento desse sistema autoritá-

rio e patrimonialista em nosso Estado. Representantes eleitos que renegam os interesses do povo que o ele-geu dando prioridade aos próprios interesses ganhou o lugar comum. Sobretudo na relação que estabelecem com os governos, denominados pelo singelo nome de governos de coalizão.

Não resta dúvida quanto ao brilhantismo da inven-ção da democracia representativa. Nela, alguns poucos falam por todos. Parlamentares tornam-se porta-voz das multidões. No entanto, não é a voz do povo que se faz ecoar.

A conseqüência dramática dessa traição a um dos princípios republicanos, mais do que vista é sentida no dia a dia. Cria-se uma decepção generalizada do povo com a política e seus representantes. Prevalece o receio e a opressão diante uma desmedida falta de ética e des-caso com o interesse público.

É nosso dever manter viva as diretrizes do parti-do: educação pública de qualidade, a universalização da saúde, o emprego, o transporte e acima de tudo, o direito a uma vida digna, que defenda uma república democrática e popular.

Queremos que os parlamentares do Partido da Repú-blica façam da democracia representativa uma realidade. E para tanto, vamos incentivar o uso cada vez mais da de-mocracia direta, participativa e popular com o intuito de recuperar a nossa abatida república.

AFINAL, QUE

Queremos que os parlamentares do Partido da República façam da democracia representativa uma realidade.

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A República No1 junho de 2011

PR rumo às eleições

Seminários Regionais de Organização Partidária:

o PR vai lançar candidatos em todas as cidades

“Eu quero voltar a ser governador”Deputado

Federal mais

votado do Brasil,

o Presidente

do Partido da

República, Anthony

Garotinho, diz

que o PR está

preparado para as

próximas eleições

e quer voltar a

governar o Rio de

Janeiro

Movimentos

Sociais fortalecem o PR

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Entrevista com

o Secretário

Geral do Partido,

Fernando

Peregrino:

“Vamos conscientizar a

todos de que o

Partido é uma

das organizações

mais importantes

da democracia.”

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das organizações

mais importantes

da democracia.”

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REPÚBLICA É ESSA?Uma refl exão sobre o atual estágio da política governamental do Rio nos impulsiona a trilhar um novo caminho direcionado à reconstrução da República no Estado, atualmente desfi gurada e impossibilitada de proporcionar um futuro digno ao nosso povo.

EXPEDIENTE

A luta pelos valores republicanosFERNANDO PEREGRINO Mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ e Secretário Geral do PR

Um dos maiores problemas da atu-alidade é sem duvida a privatiza-ção do estado ou a conversão do

patrimônio publico em patrimônio priva-do, o chamado patrimonialismo. Dito de outro modo, a apropriação do Estado pelo interesse privado. Resgatar ideais como esse é, portanto, lutar pela transformação de nosso país em uma nação realmente republicana.E conhecer um pouco da his-tória e da formação desse regime é um bom começo.

Do ponto de vista teórico, alguns autores, com razão, consideram que o Estado repu-blicano é a expressão da democracia parti-cipativa. Sua legitimidade, portanto, emana do povo como protagonista político de sua própria soberania. A força desse Estado de-penderá do quanto os cidadãos participem politicamente dos assuntos de interesse co-mum da sociedade.

Assim foi com do movimento das di-retas e do impeachment de um presi-dente, dois grandes exemplos recentes

do protagonismo popular no Brasil.Para muitos também, os ideais repu-

blicanos se confundem com a defesa dos interesses nacionais, da economia local e da soberania de nossa pátria para es-colher seu próprio destino, através dos cidadãos unidos pelo vínculo da solida-riedade territorial, cultural e de uma nação. Mas em países como o nosso, onde o povo é privado de seus direitos sociais fundamentais, a luta por esses ideais espelha também uma luta contra a miséria e pela justiça social.

Por isso, o republicanismo, do ponto de visa contemporâneo, pode ser visto como algo mais importante do que um regime que se opõe à monarquia pelas liberdades.

O republicanismo no Brasil, pela nossa formação histórica, incorporou posições de segmentos sociais opostos a seus ide-ais. Vide os reclamos dos fazendeiros con-tra a abolição da escravatura, dados ao im-pacto no custo da mão de obra em regime de liberdade.

As teses republicanas eram apoiadas nos segmentos progressistas da sociedade, os quais defendiam, além da abolição da es-cravatura, uma política de industrialização

e de universalização do ensino, por exem-plo. Entre esses setores, oriundos da classe média urbana como funcionários públicos, militares, profi ssionais liberais, jornalistas e estudantes. Hoje, infelizmente, o Estado republicano permanece refém de interesses privados. Os ideais da República (res pu-blica, ou coisa pública) foram abandonados pela ganância de grupos econômicos que se apropriaram do Estado. O Estado, para se de-fender desse velho patrimonialismo, se bu-rocratiza cada vez mais, e por isso continua incapaz de promover políticas públicas que universalizem os serviços básicos de educa-ção, saúde e segurança, e com isso demons-tra uma profunda incapacidade de reduzir as disparidades sociais. De acordo com relatório da ONU, publicado este ano, nós somos um dos 10 países mais desiguais do planeta, em que pese termos um dos 10 maiores PIBs.

Por isso, não é exagero afi rmar que a luta pelos direitos republicanos modernos – como o acesso à educação, à técnica, à as-sistência médica, ao emprego, à moradia, à segurança e por um desenvolvimento eco-nômico e sustentável – se constitui em ban-deiras essenciais e profundamente atuais para o nosso estado do Rio e para o Brasil.

A luta pelos valores republicanosFERNANDO PEREGRINO

Mestre em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ e Secretário Geral do PR

Upatrimônio publico em patrimônio priva-do, o chamado patrimonialismo. Dito de outro modo, a apropriação do Estado pelo interesse privado. Resgatar ideais como esse é, portanto, lutar pela transformação de nosso país em uma nação realmente republicana.E conhecer um pouco da his-tória e da formação desse regime é um bom começo.

Do ponto de vista teórico, alguns autores, com razão, consideram que o Estado repu-blicano é a expressão da democracia parti-A

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A República é uma publicação do Partido da República do Rio de JaneiroAvenida Rio Branco, 177, 19º andar, Centro, Rio de Janeiro/RJ. Tels: (21) 2220-2215 e (21) 2220-9258Site: http://pr22rj.com.br

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Deputado Federal mais votado do Brasil, o Presidente do Partido da República, Anthony Garotinho, diz que o PR está preparado para as próximas eleições e quer voltar a governar o Rio de Janeiro

Como o Partido da República en-contra-se estruturado atualmente?

Contamos com diretórios provisó-rios em todos os municípios e vamos ter candidatos a prefeitos e verea-dores em todas as cidades. A meta é eleger, pelo menos, 30 prefeitos e 200 vereadores. Nossa luta vai ser pela recuperação de uma ação polí-tica comprometida com os valores e princípios republicanos, trabalhistas e democráticos. Tais princípios pre-cisam ser aperfeiçoados em nosso espaço social para futuros benefí-cios. Só sairemos vitoriosos quan-do os interesses sociais, políticos e econômicos da população estiverem alinhados com as atividades gover-namentais. Para termos a nossa iden-tidade, nós temos que manter os nos-sos programas.

Quais são as metas do Partido da República e como o senhor pretende alcançá-las?

Primeira questão, nós temos que buscar candidatos qualifi cados. Can-didatos com inserção na comunidade, em movimentos sociais, que tenham voto na opinião pública e candidatos que tenham projeto. Nós vamos ter chapa completa. E quando eu digo chapa é porque a eleição é propor-cional. O PR elegeu deputado fede-

ral com menos voto do que deputado estadual porque eu fi z 700 mil votos e criou legenda para o partido. Os meus votos contaram para o PR, não contaram para a coligação.

Como o PR vai trabalhar nos mu-nicípios para contribuir com o forta-lecimento do partido?

Ocupando o maior número de pre-feituras possível. Nessa eleição va-mos defender as nossas bandeiras no horário eleitoral. Queremos voltar com os restaurantes populares nos municípios. O povo sofre sem remé-dio, com farmácias populares aban-donadas. Vamos eleger o candidato do PR 22 e fazer farmácia popular com remédio a R$ 1, com fralda a R$ 1. O cheque cidadão em 1999 era de

100 reais. Hoje, a população recebe bolsa família de 60 reais.

Quais são as prioridades do parti-do para as próximas eleições?

Eu vou cair de cabeça nessa cam-panha. Primeiro porque sou presiden-te do partido e é a minha obrigação. Segundo porque eu quero estar ao lado dos meus companheiros e ter-ceiro, sendo bem objetivo: eu quero voltar a ser governador. Em todo es-tado nós temos candidatos fortes. Te-mos em Volta Redonda, o Zoinho, em Cabo Frio temos o candidato Paulo César, em Araruama o Miguel Jeova-ni, em São Gonçalo o Neilton Mulim. Em Nova Iguaçu, eu tive 62.000 votos, vamos colocar um candidato lá e va-mos ganhar a eleição. E assim vai ser pelo estado inteiro. Nas principais cidades, nossos candidatos vão sair na frente. Nós vamos construir a can-didatura também aqui no Rio. O PR defende um candidato próprio para a prefeitura do Rio de Janeiro. Vamos partir para cima. Não tem essa histó-ria de eleição ganha. Eu fui o deputa-do mais votado também na cidade do Rio, com 177 mil votos. Até setembro tudo pode acontecer, mas eu tenho uma certeza: aconteça o que aconte-cer, o PR vai nós vamos para a cabeça e vamos ganhar a eleição.

Eleito pelo Congresso em Foco, site responsável pela cobertura diária dos deputados e senadores, um dos dez deputados mais atuantes no primeiro trimestre deste ano, o Deputado Republicano Anthony Garotinho já apresentou três projetos de lei, duas emendas, uma proposta de fi scalização e controle, sete requerimentos de informação, além de uma redação fi nal.

Garotinho, com atuação destacada na Câmara, já se manifestou 54 vezes no plenário, seja em discursos, orientações ou questões de ordem. O Presidente do Partido da República fala sobre o partido, suas estratégias para as próximas eleições e da importância da campanha para o fortalecimento do PR.

Deputado Federal mais votado do Brasil, o Presidente do Partido da República, Anthony Garotinho, diz que o PR está preparado para as próximas eleições e quer voltar a governar o Rio de Janeiro

“Eu quero voltar a ser governador”

Nós precisamos ter candidatos a prefeitos em todas as cidades”

Para termos a nossa identidade, nós temos que manter os nossos programas” ““

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“A meta do PR é eleger 30 prefeitos e 200 vereadores nos 92 municípios”, afi rmou o Presidente Regional do Partido da Repúbli-ca, o Deputado Federal, Anthony Garotinho, durante o Seminário Regional de Organização Partidária que reuniu mais de 300 pessoas no Rio de Janeiro.

De acordo com Garotinho, o partido vai lançar candidatos competitivos em todas as cidades e tem como prioridade formar

não apenas chapas de prefeitos, mas tam-bém de vereadores. “Nós não temos que ter candidatos só para ganhar, nós temos que ter candidatos para somar porque é a soma que vai eleger. Queremos lançar, sem coligação, uma chapa completa de vereadores no Rio de Janeiro para que a gente escolha um ou dois puxadores de legenda. A idéia é fazermos de cinco a seis vereadores no estado”, explicou.

“É um trabalho que requer muita organi-zação, mas, com certeza, sairemos vitoriosos mais uma vez, reafi rmando nossa posição de segunda força política do Estado”, disse o

Secretário Geral do Partido, Fernando Peregrino, ressaltando que o PR conta com a vantagem de ter ao seu lado o maior líder político de massas do Rio de Janeiro da atualidade.

É com o a finalidade de fortalecer o partido e sair na frente nas próximas eleições que o PR segue realizando seminários em todas as regiões. Neles, a bancada discute as diretrizes de organização partidária, a construção de um programa onde a educação seja prioridade e o fortalecimento do partido como uma organização fundamental da democracia, com seus diretó-rios, estatutos e sede.

“Nenhum partido pode ser viabilizado na sociedade se ele não tiver um programa. Compromissos firmados com o povo. Compromissos com a democracia e com os valores da repúbli-ca. Com os direitos humanos e com a visão de um Brasil desen-volvido, onde o dinheiro público sirva para políticas sociais”, afirmou Peregrino.

É através dos encontros regionais que o PR apresenta as metas do diretório estadual para iniciar o processo de oxigenação do par-tido nos municípios, discutir a reestruturação e planejar as ações estratégicas. “Os seminários são um importante instrumento de discussão e preparação dos militantes, dirigentes e candidatos do partido. Neles, o partido apresenta aos participantes seu histórico, sua visão da sociedade e das políticas para seu desenvolvimento econômico, social e político”, explicou Peregrino.

Na primeira etapa, são 12 seminários direcionados para as regiões norte, noroeste, lagos, serrana, baixada, metropolita-na, sul, centro sul e costa verde, do estado. Ao longo dos semi-nários serão lançadas mais de 1.500 candidaturas. Na segun-da, serão realizados cursos, através do Instituto Republicano, direcionados aos candidatos e militantes sobre política e ins-trumentos para a atividade política, como o uso da internet e das redes sociais.

Segundo Peregrino, o PR considera a sociedade brasileira pro-fundamente desigual e a maneira de reverter esse quadro é in-vestir em educação para tornar viável o desenvolvimento susten-tável e defi nitivo. “Consideramos que um dos maiores problemas que difi cultam nosso desenvolvimento é a elevada taxa de juros praticada pelo Banco Central, a maior do mundo, tendo a Nação que gastar mais de R$ 150 bilhões por ano apenas para juros. Isso equivale, por exemplo, quase três vezes o que o Governo Federal investe em saúde”, ressaltou o Secretário Geral do Partido.

PRFORTALECIDO PARA AS ELEIÇÕES DE

Seminários Regionais do Partido da República abordam, além dos assuntos pertinentes de cada região, o pleito eleitoral de 2012 e as bandeiras partidárias

Nenhum partido pode ser viabilizado na sociedade se ele não tiver um programa. Compromissos fi rmados com o povo. Compromissos com a democracia e com os valores da república.

Cerca de 27 mil pessoas participaram do protesto organizado pelos bombeiros na orla de Copacabana

O PR defende salários

dignos aos trabalhadores

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Com a fi nalidade de fi scalizar as instituições e apontar as principais falhas do sistema de educação, Clarissa Garotinho, criou o projeto Blitz nas Escolas. Os alunos respondem a ques-tionários que avaliam a qualidade do ensino e a estrutura física das escolas.

Em audiência da Comissão de Educação da Alerj, sobre a Lei de Responsabilidade Educacional (LRE), onde foram apresentados indicadores relevantes sobre a precária quali-dade de ensino, a Deputada Estadual Clarissa Garotinho questionou os dados referentes à infra-estrutura. De acordo com a Deputada, os índices escondem uma série de problemas do dia-a-dia dos alunos.

Clarissa fez referência ao projeto Blitz nas Escolas e criticou principalmente as escolas compartilhadas. Segundo ela, a infra-estrutura apresentada no relatório da Secretaria Estadu-al de Educação não corresponde à realidade, já que quando a escola é municipal os alunos do Estado são proibidos de utilizar as instalações da mesma e vice-versa.

“Não adianta ter laboratório de informática, de ciência, biblioteca se parte dos alunos não pode utilizá-los. E ainda mais se não houver fun-cionários hábeis, como bibliotecários, monitores e outros”, disse.

Clarissa ainda exigiu dos representantes do governo ações efetivas para diminuir a evasão do ensino médio, que de acordo com os relatórios do Blitz nas Escolas é um dos maiores problemas.

“Muitos alunos reclamam que não tiveram aula de matemática e física no 1º ano e sentem muita difi culdade de acompanhar as aulas no 3º ano. Isso impulsiona a evasão. Como esperar que o aluno continue assistindo uma aula que ele não está compreendendo?”, questionou Clarissa.

FORTALECIDO PARA AS ELEIÇÕES DE 2012

Caos na EducaçãoO ensino médio do Rio de Janeiro teve a segunda pior avaliação do país, só perdendo para o Piauí. Os dados são referentes a uma pesquisa do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

A Deputada Estadual Clarissa Garotinho, responsável pelo projeto Blitz nas Escolas

Cerca de 27 mil pessoas participaram do protesto organizado pelos bombeiros na orla de Copacabana

O Presidente Regional do Partido da República, Deputado Federal, Anthony Garotinho, defendeu no plenário da Câmara, a votação imediata da PEC 300 – que dispõe sobre o aumento dos salários dos policiais e bombeiros militares. Ele sugeriu ainda a alteração do Artigo 200 do Regimento Interno da Câmara Federal, que estabelece um prazo máximo para que os projetos de lei possam ser vota-dos. “Só assim deixaremos de ver projetos importantes, como a PEC 300, atravancados, aguardando votação”, explicou.

O movimento dos bombeiros do Rio é conseqüência da sucessão de erros cometidos pelo Governo do Estado, entre eles, a subordinação da corporação a Secretária de Saúde e a falta de diálogo por parte dos líderes governamentais. “É incompreensível a recusa ao diálogo do governador”, afi rmou Garotinho.

O descontrole do Governo foi evidenciado na luta de cada um dos bombeiros que reivindicam um salário digno. A corporação reúne forças, incluindo o apoio da população não só do Rio, mas de todo Brasil, com o intuito de deixar para trás a desconfortável posição de pior salário do país.

O Deputado Republicano lembrou que quando governou o estado, os bombeiros recebiam piso salarial de três salários mínimos e meio, além de ter aberto concurso público para mais de quatro mil bombeiros em menos de quatro anos.

Vale ressaltar que a categoria representa apenas uma parcela dos servidores públicos insatisfeita com seus salários. O desafi o vai muito além da reivindicação dos bombeiros. Assim como eles, exis-tem outras categorias que prestam serviços essenciais à população e carecem por melhores salários, entre eles, os professores e os médicos.

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“Não deixem morrer o sonho e a esperança de um Bra-sil melhor”, é o que diria

Mariana, Presidente do Partido da Ju-ventude no Rio de Janeiro, aos políticos mais experientes que governam nosso país. Assim como Mariana, o PR Jovem acredita que a juventude é fundamen-

tal para a constru-ção de uma repú-blica nova, onde todos possam ter acesso a um futu-ro melhor.

A militante do PR Jovem desde cedo é engajada na luta política, quan-do ainda no colégio foi presidente do Grêmio Estudantil e defendeu, junto ao movimento, o Passe Livre e me-lhorias na quali-dade da educação pública. “Nunca fui indiferente aos pro-blemas sociais que me cercavam. Rea-

lizei uma série de trabalhos sociais através do programa Jovens pela Paz, do Governo do Estado. E a partir daí, conheci outros jovens, que assim como eu, sonhavam com um país melhor. Seguimos o nosso sonho.”, conta Mariana.

De acordo com Mariana, a juven-tude do PR nunca está alheia ao que acontece no país. Manter-se infor-mado é prioridade dentro do movi-mento e para isso, os jovens estão sempre atentos aos meios de comu-nicação, aos congressos e seminários do partido e ao Instituto Republi-cano. “É claro que o conhecimento

político não é só feito por teorias, mas adquirido principalmente na prática, no dia a dia, quando temos a oportunidade de trocar experiên-cias, discutir idéias e lutar por me-lhorias.”, ressalta.

Qual a importância das juventudes de partidos para a política brasileira?

Sempre ouvimos que os jovens são o futuro, mas é preciso acreditar que os jovens são o presente, aliás, com o avanço das tecnologias, estão cada vez mais influenciando nas importantes decisões mundiais. No universo da juventude, existem pro-blemas específicos que precisam ser combatidos, como o desemprego, as drogas, a dificuldade de acesso nas universidades públicas e no ensino superior. Não dá para deixar para debater essas questões no futuro e ninguém conhece mais esses proble-mas do que a própria juventude. Por isso, a participação da juventude é fundamental na política!

Qual a receptividade do seu partido a ala jovem?

O PR investe na juventude. Temos voz e participação nas decisões impor-tantes. Aliás, sempre encabeçamos as grandes lutas.

Quais as principais difi culdades en-contradas pelos jovens engajados com política no Brasil?

A política precisa de renovação de quadros e para isso, é fundamental a par-ticipação da juventude. A falta de credi-bilidade da população é um fator deter-minante para que os jovens se afastem cada vez mais da política e totalmente justifi cável devido a onda de corrupção no Brasil nos últimos anos.

O que poderia ser feito para minimi-zar esses problemas?

Renovação. Mais participação po-pular nas decisões políticas, nos par-tidos, não votar na pessoa e sim no projeto político que ela representa ou está vinculada, cobrando e fazen-do pressão para que os políticos elei-tos não se desviem dos compromissos assumidos.

Como você avalia o interesse geral dos jovens brasileiros pela política?

A juventude, infelizmente, ainda enxerga a política com pouco inte-resse. Ainda não percebeu que tudo depende das decisões políticas. A grande mídia faz um bombardeio ideológico, um processo de aliena-ção, sempre tentando afastar os jo-vens do assunto principal, com o único objetivo de manter no poder quem ela quer. É preciso mudar isso. Participar da política é um direito e um dever, é um exercício de cida-dania e de responsabilidade de cada um de nós. Não podemos nos esque-cer da força da juventude unida na luta pela transformação social que queremos.

Você acha satisfatório o número de parlamentares jovens eleitos nesse mandato?

Claro que não, apesar da nossa juventude ser muito bem represen-tada pela Deputada Estadual Claris-sa Garotinho, ainda é muito pouco. Vemos políticos de vários mandatos e que nada fazem. Ano que vem te-remos eleições municipais e vamos escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores. Vamos acreditar na ju-ventude e multiplicar nossos repre-sentantes.

A construção de uma nova República

A presidente regional do PR Jovem, Mariana Aguiar e a Deputada Estadual Clarissa Garotinho

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Como o senhor descreve o Partido da República?

O PR está em construção, remando contra essa maré de fi siologismo que enfraquece a democracia e se apre-senta como uma alternativa a todos os que querem fazer política voltada para o bem estar da comunidade e do povo mais sofrido, defendendo suas bandeiras e obedecendo a seu estatu-to. Temos um programa em construção que opta pelos mais pobres, um esta-tuto e um código de ética que obede-cemos, um líder político com amplo respaldo do povo do estado, o deputa-do federal mais votado da historia do Rio, Garotinho. Estamos construindo um Plano para o Estado em 2014, er-guendo como prioritária a bandeira da educação em horário integral, pú-blico e gratuito. A Educação é a mãe de todas as políticas públicas, como consideravam Brizola e Darcy Ribeiro. Hoje o Brasil corre o risco de sofrer um apagão de mão de obra porque no passado foram poucos os governan-tes que investiram em educação, em quantidade e qualidade. Para cons-truir esse Plano, com participação dos militantes e da sociedade, contamos com o Instituto Republicano, uma escola permanente de formação e ca-pacitação dos militantes. Em 2010, o Instituto construiu um Plano de Go-verno participativo para o Governo do Estado que levamos adiante e, apesar das difi culdades, obtivemos o apoio de 11% do eleitorado.

Como é a atuação do Partido da Re-pública dentro do estado?

O PR encontra-se organizado na maioria dos municípios, porém, a meta é completar a organização dos diretó-rios municipais e, sobretudo, dar-lhes maior qualidade. Vamos conscienti-zar a todos de que o Partido é uma das organizações mais importantes da democracia. Sem ele, o povo não tem canal de expressão para fazer-se ouvir nos parlamentos e nos gover-nos. Os partidos, para serem de fato partido, têm de ter um programa com suas prioridades sociais, econômicas e políticas, aliás, não apenas tê-lo, mas defendê-lo nas ruas, nas fábricas, nas

escolas, nos parlamentos e perante os governos. Esse programa é sua coluna vertebral.

Qual a contribuição dos movimen-

tos sociais para o partido?Os movimentos sociais devem ter

voz e voto dentro do partido, como o Movimento Negro, o da Mulher e o da Juventude, assim como o de Meio Ambiente e o Sindical. A meta é im-plantá-los na maioria dos municípios. Cada segmento social desses tem suas próprias reivindicações, seus proble-mas específi cos, e cabe ao partido dar-lhes a força política para que possam alcançar seus resultados.

Como você vê os partidos políticos no Brasil e o PR-RJ nesse contexto?

Infelizmente, a maioria dos par-tidos no Brasil não tem exercido seu papel essencial à democracia de re-presentar segmentos da sociedade. A maioria, com raríssimas exceções, pensa apenas nos interesses privados. São organizações despreparadas para representar segmentos da sociedade. Não possuem identidade política e ideológica. O último que criaram foi o PSD, cujos dirigentes se orgulham de não terem posição: “não somos de direita, nem do centro, nem de esquer-da”, dizem. Francamente, a que pon-tos chegamos da nossa democracia. A maioria dos partidos funciona como moluscos, se dobrando com facilidade aos que estão no poder, não têm for-ma nem conteúdo. Em resumo, não tem coluna vertebral, não tem proje-tos para o país. Esse tipo de partido

não nos interessa. Por isso, o PR está em processo de consolidação como um partido de verdade, com programa, estatuto, código de ética, militantes e movimentos sociais, sendo uma força viva que reivindica para o Rio de Ja-neiro um governo democrático e po-pular e o funcionamento regular - sem submissão ao governo do PMDB - das demais instituições republicanas.

Como seria possível reverter esse

quadro? Em primeiro lugar, com a opinião

pública que tem rejeitado a prática da maioria dos partidos. Em segundo, a legislação tem nos ajudado, veja o caso dos mandatos que agora passa-ram a ser do partido. Isso impede, por exemplo, que os eleitos migrem para outro partido por conveniência pes-soal ou política levando o mandato e, portanto, negando os compromissos que assumiram publicamente com a população no período eleitoral, debili-tando ainda mais essa instituição bási-ca da democracia. Tudo isso se refl ete na qualidade da democracia brasilei-ra que, infelizmente, tem decepciona-do a muitos brasileiros que lutaram contra a ditadura devido à má atuação de grande parte dos políticos que co-locam seus interesses particulares aci-ma do interesse público, afastando os jovens e os cidadãos da política.

E para as eleições de 2012, quais são os planos do PR?

O plano começou com a realização de seminários em todas as regiões do Estado onde discutimos as prioridades políticas do PR, a importância de uma boa nominata para vereadores, formada por líderes locais, bons candidatos a pre-feito e a vice-prefeito. Ressaltamos que faz parte de nossa identidade ser opo-sição ao atual governo do PMDB, que degradou as instituições da democracia em nosso Estado. A imprensa está prati-camente toda subserviente, assim como as organizações civis e os espaços de participação da população. O interior esquecido, lembrado apenas em época de eleição. O governo do PMDB precisa ser derrotado nas eleições para o bem da democracia e da liberdade.

Com um programa baseado nas políticas sociais, o Secretário Geral do PR, Fernando Peregrino, diz que a construção do partido está sendo feita de forma gradativa e ressalta que a prioridade é investir em educação.

Com um programa baseado nas políticas sociais, o Secretário Geral do PR, Fernando Peregrino, diz que a construção do partido está sendo feita de forma gradativa e ressalta que a prioridade é investir em educação.

“Vamos conscientizar a todos de que o

Partido é uma das organizações mais importantes da democracia.”

A Educação é a mãe de todas as políticas públicas, como consideravam Brizola e Darcy Ribeiro.

Os partidos têm de ter um programa com suas prioridades sociais, econômicas e políticas para a sociedade, aliás, não apenas tê-lo, mas defendê-lo nas ruas, nas fábricas, nas escolas, nos parlamentos e perante os governos.

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A tualmente, as mulheres re-presentam 51,8% do elei-torado brasileiro. Na sua

jornada, muitas vezes tripla de mãe, dona de casa e trabalhadora, a mu-lher lida de perto com as questões sociais brasileiras. E cada vez mais, ganha espaço dentro da sociedade.

A presença delas no espaço pú-blico tem quebrado preconceitos

e promovido profundas mudanças nas relações domésticas e sociais. É dessa forma que o PR Mulher entende que as mulheres têm uma importante contribuição para dar à política. É preciso fazer representar esse olhar feminino do mundo e fa-zer valer a experiência feminina de gestão dos problemas cotidianos.

Em 2007, o diretório do PR no Rio realizou cursos de formação política com a fi nalidade de ajudar às candi-datas a vereadora nas eleições muni-cipais. Após a criação do PR Mulher nacional, já em 2011, foi criado o PR Mulher do estado do Rio de Janeiro, bem como dos municípios.

“Nossa missão é conseguir for-mar um número cada vez maior de mulheres capacitadas para exerce-

rem qualquer cargo político, seja em Prefeituras, Governo do Estado ou nas Casas Legislativas”, explica a presidente do PR Mulher, Depu-tada Federal Liliam Sá, ressaltando que o movimento tem a preocupa-ção de manter as mulheres republi-canas informadas sobre as políticas públicas voltadas para a classe fe-minina, como violência, saúde, có-digo eleitoral, entre outros temas.

Através de seminários realizados em todos os municípios, as mulheres aprofundam os debates políticos ao lado de profi ssionais especializados. “Fortalecer o movimento feminino do partido não é apenas cumprir a cota de 30% para candidaturas, mas sim aumentar o número de mulhe-res eleitas”, afi rma Liliam.

PR

AA tualmente, as mulheres re-presentam 51,8% do elei-torado brasileiro. Na sua

jornada, muitas vezes tripla de mãe, jornada, muitas vezes tripla de mãe, dona de casa e trabalhadora, a mu-dona de casa e trabalhadora, a mu-lher lida de perto com as questões lher lida de perto com as questões sociais brasileiras. E cada vez mais, sociais brasileiras. E cada vez mais, ganha espaço dentro da sociedade.ganha espaço dentro da sociedade.

A presença delas no espaço pú-

e promovido profundas mudanças nas relações domésticas e sociais. É dessa forma que o PR Mulher entende que as mulheres têm uma importante contribuição para dar à política. É preciso fazer representar esse olhar feminino do mundo e fa-zer valer a experiência feminina de gestão dos problemas cotidianos.

PRMulher Democracia além de participação política é representação social

A Deputada Federal Liliam Sá reunida com as mulheres do PR Mulher

“Agora teremos um caminho a tri-lhar,” comemorou Nayt Júnior, presi-dente do Movimento Negro Republi-cano, durante a cerimônia de posse da Comissão Executiva Regional do MONER, (13/05), dia nacional da luta contra o racismo e 123 anos de-corridos da assinatura da Lei Áurea.

O Movimento Negro do Partido da Republica atua diretamente em cada município e tem como prin-

cipais políticas a criação do COM-DEDINE – Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro, a im-plantação, plena, da Lei 10.639/03 (que trata do ensino da história de África, da Cultura Negra e da Con-tribuição do Povo Negro na constru-ção do Brasil) e a implantação de um Programa Municipal, “Saúde da População Negra”.

“A prioridade é manter o mo-

vimento em constante movimen-tação política, interagindo com a sociedade e debatendo os temas atuais”, diz Nayt Júnior. O MONER faz parte do CEDINE, Conselho Es-tadual dos Direitos do Negro, parti-cipa dos fóruns de debates raciais em todo país, além de se posicio-nar diante dos temas apresentados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Em defesa da igualdade social

Comissão Executiva Municipal do Rio de Janeiro do MONER

O MONER tem a preocupação de manter o movimento em constante movimentação política, interagindo com a sociedade e debatendo os temas atuais, mantendo o enfoque político