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Jornal Conheça mais a agrobrasília2010 www.agrobrasilia.com.br III Feira Agrobrasília Edição N.º 02 Janeiro de 2010 Mais seis meses para investir DÂMARES VAZ M édios e grandes produ- tores terão até 29 de ju- nho de 2010 para acessar os recursos da linha de financia- mento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aquisi- ção e produção de bens e ca- pital e inovação tecnológica. Com encerramento proposto para 31 de dezembro, a linha foi prorrogada por decreto do governo federal, publicado em 15 de dezembro. A linha de R$ 44 bilhões deverá ter um incremento de R$ 20 bilhões. A taxa de juros de 4,5% ao ano permanece. A prorrogação é uma das ações do pacote de medidas pró-in- vestimento anunciado em de- zembro. De acordo com o BN- DES, cerca de R$ 27 bilhões dos R$ 44 bilhões da linha de finan- ciamento tinham sido acessa- dos até o prazo final anterior. De acordo com a Superin- tendência de Agronegócios do Banco do Brasil, o produtor deve ir a uma agência para conhecer seu limite de crédi- to. Ou pode passar antes na concessionária e ir ao banco já certo do que quer comprar. É preciso levar as certidões que o banco exige e, para máqui- nas com valor acima de R$100 mil, é necessário um projeto de viabilidade econômica. De acordo com o vice- presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfa- vea), Milton Rego, a linha do BNDES foi a responsável pela recuperação do mercado de máquinas agrícolas. Ele conta que até agosto, as vendas de colheitadeiras, por exemplo, que são máquinas importan- tes e de valor agregado alto, estavam 35% abaixo das de 2008. No fim do ano, a diferen- ça caiu para - 15%. “O produtor estava com dificuldades de investir. Des- de 2005, tirando os tratores do Mais Alimentos, tratores e colheitadeiras não estavam sendo repostos na taxa ideal de acordo com a vida útil das máquinas. Ou seja, desde 2005 a frota brasileira de tratores estava envelhecendo. O pon- to de renovação foi a linha de financiamento”, explica Rego. Davidson Mauriz, gerente de negócios da Concessioná- ria HOHL Máquinas/Casa do Pica-pau, extensão do fabri- cante John Deere, em Goiânia, que atende 150 municípios, concorda que a medida, as- sim como as linhas de finan- ciamento do Programa Mais Alimentos, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), foram os principais responsáveis pelo aquecimen- to do mercado a partir do se- gundo semestre de 2009. Mauriz ressalta ainda que, antes das ações, a média de venda do setor automotivo nacional era de 28 mil trato- res por mês. O número deu um salto para uma média de 48 mil tratores mensais. Com a prorrogação da linha de finan- ciamento, o gerente de negó- cios espera que os bons resul- tados de 2009 se repitam neste ano. “O ano de 2010 já está ga- rantido por essa medida.” Circuito de máquinas na Agrobrasília 2009 Na próxima edição, confira entrevista exclusiva com o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, Joe Valle, sobre a instalação do Centro Tecnológico e de Treinamento no Parque da Agrobrasília DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO LAÉRCIO TOMAZ 61.3339.6516 - [email protected] 11 a 15 de maio entrada franca agrobrasília 2010 a Gr ande feira do cerrado Brasileiro DÂMARES VAZ T razer o que há de melhor e mais moderno em tecno- logias irrigadas para o Parque Ivaldo Cenci, num grande dia de campo. Para tanto, a Coope- rativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF) promoverá a primeira edição do IrrigaTec Coopa-DF, previs- to para setembro de 2010. O IrrigaTec Coopa-DF terá como foco produtores que tra- balham com irrigação, tanto agricultores familiares quan- to patronais. Serão abordadas várias culturas, como hortali- ças, frutas, trigo e feijão. De acordo com o coorde- nador-geral da Agrobrasília e do IrrigaTec Coopa-DF, Ro- naldo Triacca, o dia de cam- po cumpre a função de levar ao produtor as possibilidades dos sistemas irrigados. “Na Agrobrasília, não temos con- dições de mostrar todas as potencialidades da região em culturas irrigadas.” Exemplos disso são o trigo, que necessita de temperaturas baixas e clima seco; e o feijão. No caso da leguminosa, Triacca explica que a alta incidência da mosca branca nas lavouras impede que tecnologias volta- das para a cultura sejam ex- ploradas na Agrobrasília. O coordenador-geral ressalta ainda que o foco do IrrigaTec Coopa-DF será exclusivamente disseminar tecnologias e alternativas entre os produtores, a exem- plo do que ocorre em dias de campo tradicionais. “O ob- jetivo não é gerar negócios neste evento.” E Triacca faz o convite: “No IrrigaTec Coopa-DF, o produtor terá a oportunidade de participar de vários dias de campo inseridos em um só. Ele poderá conhecer tecnologias de produção variadas, como novas variedades, alternativas para controle de pragas e do- enças e técnicas para garantir a alta produtividade de suas lavouras.” Tecnologia Empresas de insumos, a Empresa de Assistência Téc- nica e Extensão Rural do DF (Emater) e a Empresa Brasi- leira de Pesquisa Agropecuá- ria (Embrapa) já confirmaram presença no IrrigaTec Coopa- DF. Os parceiros apresentarão tecnologias diversas. As em- presas prometem levar ao dia de campo soluções em genéti- ca de sementes, fertilizantes, adubos foliares, corretivos, plantio direto e plantas de cobertura. Embrapa e Emater focarão as tecnologias para o feijão e o trigo. Também deverá ser assi- nado em breve acordo de co- operação técnica com a Em- brapa Arroz e Feijão, o que deverá impulsionar o evento, conta o coordenador-geral da Agrobrasília. irr igaTec Coopa-DF: a vez das culturas irrigadas IrrigaTec Coopa-DF mostrará tecnologias para culturas irrigadas

Jornal Agrobrasília 2010 Ed.02

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Jornal da maior feira de agronegócio do Distrito Federal. Edição 02 Ano II.

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Page 1: Jornal Agrobrasília 2010 Ed.02

J o r n a l

Conheça mais a agrobrasília2010 www.agrobrasilia.com.br

III Feira Agrobrasília Edição N.º 02 Janeiro de 2010

■■ Mais■seis■meses■para■investirDÂMARES VAZ

Médios e grandes produ-tores terão até 29 de ju-

nho de 2010 para acessar os recursos da linha de financia-mento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aquisi-ção e produção de bens e ca-pital e inovação tecnológica. Com encerramento proposto para 31 de dezembro, a linha foi prorrogada por decreto do governo federal, publicado em 15 de dezembro.

A linha de R$ 44 bilhões deverá ter um incremento de R$ 20 bilhões. A taxa de juros de 4,5% ao ano permanece. A prorrogação é uma das ações do pacote de medidas pró-in-vestimento anunciado em de-zembro. De acordo com o BN-DES, cerca de R$ 27 bilhões dos R$ 44 bilhões da linha de finan-

ciamento tinham sido acessa-dos até o prazo final anterior.

De acordo com a Superin-tendência de Agronegócios do Banco do Brasil, o produtor deve ir a uma agência para conhecer seu limite de crédi-to. Ou pode passar antes na concessionária e ir ao banco já certo do que quer comprar. É preciso levar as certidões que o banco exige e, para máqui-nas com valor acima de R$100 mil, é necessário um projeto de viabilidade econômica.

De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfa-vea), Milton Rego, a linha do BNDES foi a responsável pela recuperação do mercado de máquinas agrícolas. Ele conta que até agosto, as vendas de colheitadeiras, por exemplo, que são máquinas importan-

tes e de valor agregado alto, estavam 35% abaixo das de 2008. No fim do ano, a diferen-ça caiu para - 15%.

“O produtor estava com dificuldades de investir. Des-de 2005, tirando os tratores do Mais Alimentos, tratores e colheitadeiras não estavam sendo repostos na taxa ideal de acordo com a vida útil das máquinas. Ou seja, desde 2005 a frota brasileira de tratores estava envelhecendo. O pon-to de renovação foi a linha de financiamento”, explica Rego.

Davidson Mauriz, gerente de negócios da Concessioná-ria HOHL Máquinas/Casa do Pica-pau, extensão do fabri-cante John Deere, em Goiânia, que atende 150 municípios, concorda que a medida, as-sim como as linhas de finan-ciamento do Programa Mais Alimentos, do Ministério do

Desenvolvimento Agrário (MDA), foram os principais responsáveis pelo aquecimen-to do mercado a partir do se-gundo semestre de 2009.

Mauriz ressalta ainda que, antes das ações, a média de venda do setor automotivo nacional era de 28 mil trato-

res por mês. O número deu um salto para uma média de 48 mil tratores mensais. Com a prorrogação da linha de finan-ciamento, o gerente de negó-cios espera que os bons resul-tados de 2009 se repitam neste ano. “O ano de 2010 já está ga-rantido por essa medida.”

Circuito de máquinas na Agrobrasília 2009

Na próxima edição, confira entrevista exclusiva com o secretário de Ciência e

Tecnologia para Inclusão Social, Joe Valle, sobre a instalação

do Centro Tecnológico e de Treinamento no Parque da

Agrobrasília

DIVULGAÇÃO

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11 a 15de maioentrada franca

agrobrasília■2010a Grande feira do cerrado Brasileiro

DÂMARES VAZ

Trazer o que há de melhor e mais moderno em tecno-

logias irrigadas para o Parque Ivaldo Cenci, num grande dia de campo. Para tanto, a Coope-rativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF) promoverá a primeira edição do IrrigaTec Coopa-DF, previs-to para setembro de 2010.

O IrrigaTec Coopa-DF terá como foco produtores que tra-balham com irrigação, tanto agricultores familiares quan-to patronais. Serão abordadas várias culturas, como hortali-ças, frutas, trigo e feijão.

De acordo com o coorde-nador-geral da Agrobrasília e do IrrigaTec Coopa-DF, Ro-naldo Triacca, o dia de cam-

po cumpre a função de levar ao produtor as possibilidades dos sistemas irrigados. “Na Agrobrasília, não temos con-dições de mostrar todas as potencialidades da região em culturas irrigadas.”

Exemplos disso são o trigo, que necessita de temperaturas baixas e clima seco; e o feijão. No caso da leguminosa, Triacca explica que a alta incidência da mosca branca nas lavouras impede que tecnologias volta-das para a cultura sejam ex-ploradas na Agrobrasília.

O coordenador-geral ressalta ainda que o foco do IrrigaTec Coopa-DF será exclusivamente disseminar tecnologias e alternativas entre os produtores, a exem-plo do que ocorre em dias de

campo tradicionais. “O ob-jetivo não é gerar negócios neste evento.”

E Triacca faz o convite: “No IrrigaTec Coopa-DF, o produtor terá a oportunidade de participar de vários dias de campo inseridos em um só. Ele poderá conhecer tecnologias de produção variadas, como novas variedades, alternativas para controle de pragas e do-enças e técnicas para garantir a alta produtividade de suas lavouras.”

TecnologiaEmpresas de insumos, a

Empresa de Assistência Téc-nica e Extensão Rural do DF (Emater) e a Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuá-ria (Embrapa) já confirmaram

presença no IrrigaTec Coopa-DF. Os parceiros apresentarão tecnologias diversas. As em-presas prometem levar ao dia de campo soluções em genéti-ca de sementes, fertilizantes, adubos foliares, corretivos, plantio direto e plantas de cobertura. Embrapa e Emater

focarão as tecnologias para o feijão e o trigo.

Também deverá ser assi-nado em breve acordo de co-operação técnica com a Em-brapa Arroz e Feijão, o que deverá impulsionar o evento, conta o coordenador-geral da Agrobrasília.

■■ irrigaTec■Coopa-DF:■a■vez■das■culturas■irrigadas

IrrigaTec Coopa-DF mostrará tecnologias para culturas irrigadas

Page 2: Jornal Agrobrasília 2010 Ed.02

2 JORNAL AGROBRASÍLIA - JAN2010

Uma nova revolução verde se desenha no campo brasilei-

ro e chega com força capaz de produzir impacto semelhante à expansão de produtividade e volume de produção capitane-ada pelo agronegócio de médio e grande portes, nos anos 80 e 90. Acostumada a operar em níveis de produtividade no mí-nimo modestos, apesar de res-ponsável por mais da metade da produção agrícola nacional, a agricultura familiar experi-menta um choque tecnológico sem precedentes. O carro chefe deste fenômeno, desta mudan-ça de patamar, são o Programa Mais Alimentos e seus juros subsidiados, instituídos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). E a Agrobrasília faz questão de estar posicionada no epicentro da oportunidade de negócios que este processo oferece.

É bem possível que ainda vamos continuar a falar de uma agricultura de características familiares, realizada em pe-quenas unidades. O tempo em que a acumulação de terras era algo relativamente fácil de ser feito no Brasil ficou no passado. Mas, a agricultura dita fami-liar começa rapidamente a se transformar num braço efeti-vo e promissor do agronegócio brasileiro. O acesso à tecnologia oferecido pelo Mais Alimentos transforma o que antes era si-nônimo de improvisação e so-brevivência numa agricultura de pequeno porte, é verdade, mas cada vez mais profissio-nalizada, preparada, inventiva, e, muitas vezes, verticalizada e comercialmente agressiva.

As duas últimas décadas do século passado assistiram à pro-dução do agronegócio decolar de 60 para 120 milhões de tone-ladas por ano, com um acrésci-mo da área utilizada de cerca de apenas 10%. Algo de proporções similares pode acontecer agora na agricultura familiar. Temos que reconhecer que o governo Lula, na sua versão “a mão que afaga”, está produzindo algo inédito e histórico na agricul-tura nacional. Com juros de 2% ao ano e três anos de carência, os pequenos agricultores, ao fi-nal do prazo de dez anos para quitação das máquinas e imple-mentos adquiridos, se deparam com um animador e consistente valor real de subsídio para seus investimentos.

Estamos falando de uma verdadeira revolução, cujo úl-timo capítulo foi o senso de oportunidade do mesmo go-verno Lula, de aproveitar o ambiente da crise financeira internacional, fazendo com que o Mais Alimentos se trans-formasse numa alternativa igualmente para a indústria

de máquinas e equipamentos. Uma indústria que poderia es-tar enfrentando sérias dificul-dades e que hoje respira gran-des negócios e perspectivas.

É neste contexto que a Agrobrasília se aproximou tan-to de lideranças do MDA quan-to da Abimaq e da Anfavea, re-presentantes dos fabricantes de máquinas e veículos, no sentido de criar condições para que a Agrobrasília desempenhe da mesma forma um papel central neste processo. Os dirigentes in-dustriais ficaram visivelmente motivados diante dos esforços da Agrobrasília para que produ-tores de pelo menos cinco esta-dos venham ao Distrito Federal para fazer negócios, usando o instrumento do Mais Alimentos e o palco da Agrobrasília.

De uma maneira geral, a transformação da Feira numa vitrine dos negócios do Progra-ma é um jogo de ganha-ganha – bom para produtores, para as empresas fabricantes e para a Agrobrasília, que aqui mais uma vez se utiliza de sua estra-tégica proximidade geográfica com o poder federal. É natural, por exemplo, que os produtos vendidos para o agronegócio familiar brasileiro abram um frutífero caminho no mercado internacional, a partir do cres-cente interesse das embaixa-das pela exposição.

Os grandes produtores de hoje precisam acompanhar este quadro dentro de seu pris-ma estratégico e do que pode representar para o fortaleci-mento da agricultura brasileira como um todo. Afinal, eles são, em sua imensa maioria, os pe-quenos produtores de ontem.

A profissionalização, o de-senvolvimento tecnológico, a inserção mercadológica dos pe-quenos produtores estão muito mais a serviço de uma visão de mercado e de regras estáveis para o setor do que de ideolo-gias. Por exemplo, se o pequeno que hoje tira 80 sacas de milho por hectare conseguir chegar perto das 200 sacas do grande, com certeza irá defender de ma-neira aguerrida as bandeiras ób-vias, como a de que não podem existir dois conceitos de pro-priedade no país – um para os apartamentos de Brasília, outro para as fazendas no campo.

Ou seja, uma agricultura forte e organizada, em todos os seus tamanhos e instâncias, es-conjura ideias plantadas no sé-culo XIX, e principalmente faz perder o sentido da mão que apedreja. A agricultura brasi-leira, líder mundial inconteste, merece o Mais Alimentos, assim como merece também estabili-dade jurídica para trabalhar.

Deixem a agricultura tra-balhar.

editorial vitrine

Gente que faz

NEYFLA GARCIA

A Cooperativa Agrope-cuária da Região do

Piratinga (Coopertinga) co-memorou, em 8 de janeiro, 20 anos de existência. Fun-dada em 10 de janeiro de 1990, a cooperativa oferece assistência técnica aos pe-quenos e médios produto-res rurais de Formoso (MG), a 330 km de Brasília.

O surgimento da Cooper-tinga representou a abertura de uma nova fronteira agrí-cola para o desenvolvimento do Cerrado brasileiro. Como resultados, houve aumento na produção de alimentos e avanços na promoção sus-tentável do desenvolvimento regional, contribuindo efeti-vamente para o aumento da oferta mundial de alimen-tos. A ocupação do Cerrado tornou-se o grande indutor na criação de pólos de desen-

volvimento em diversas regiões do Brasil.

Para o presidente da Coopertinga, Iri-neu José Balbinot, os 20 anos da coopera-tiva foram marcados por muitas conquistas. “Estamos felizes por reunir todos os pro-dutores e autoridades numa festa tão bonita, para apreciar os resul-tados da safra”, disse.

A cooperativa atua na comercialização de cereais (soja, milho, sorgo e feijão), insumos agrícolas e combustíveis. Também oferece ao pro-dutor serviços de armaze-nagem e beneficiamento. Atualmente, o número de cooperados chega a 70, e representa 23 mil hectares de área plantada.

Balbinot revela que, para os próximos anos, a

cooperativa pretende ex-pandir os trabalhos, com a criação de uma fábrica de ração, leite e frango. “Já te-mos ideias e, atualmente, estamos conversando com a Superintendência do De-senvolvimento do Nordes-te (Sudene), que tem um grande interesse em de-senvolver a região Noroes-te de Minas”, ressaltou.

Coopertinga■completa■20■anos

“Desde a Agrobrasília 2009 o responsável pelo co-mercial da Nidera Semen-tes Ltda, Marcelo Grespan, organiza caravanas para trazer produtores de ou-tros estados. “Para 2010 as expectativas são melho-res, traremos visitantes do Tocantins e Minas Gerais para o evento”, afirma. Na Agrobrasília 2010 a Nidera Sementes ampliará o espa-ço a ser utilizado na Feira e apostará no lançamento de novos produtos e no au-mento das vendas. “Com a presença de um maior nú-

mero de produtores pode-remos fazer uma melhor comercialização na Feira. Um evento com essa mag-nitude trará bons resulta-

dos para a divulgação das novas tecnologias que se-rão lançadas e ainda acre-ditamos em boas vendas”, conta Grespan.

DIVULGAÇÃO

o choque de tecnologia e o agronegócio familiar

Caravana da Nidera Sementes na Agrobrasília 2009

Irineu José Balbinot, presidente da Coopertinga

“A Agrobrasília foi res-ponsável por um salto na adoção de tecnologias pe-los produtores de Rio Preto. Este ano espero que, além da adoção de novas tecno-logias invistam na conscien-tização de boas condutas na agropecuária”, afirma Valter Baron, presidente da Cooperativa Agrícola do Rio Preto (Coarp). Segundo o produtor, a região sofre com a ausência de vazios sanitários. Com o clima fa-vorável, muitos produtores de soja não fizeram o vazio

sanitário o que contribuiu para uma forte concentra-ção de ferrugens. “A Agro-brasília será um espaço para conscientizar os produtores para que isso não se repita”, fala Baron. Com boas expec-tativas Valter espera que, como no ano passado com o caso do milho, a soja seja um ponto forte a ser abor-dado na Feira. “As tecnolo-gias apresentadas no ano passado pela Agrobrasilia em relação ao milho deram bons resultados. Hoje as la-vouras de milho estão mais

resistentes e de excelente qualidade”, conclui.

Valter Baron, presidente da Coarp

PuBlicação oficial da aGroBraSÍliainStituição reSPonSável COOPA-DF

PreSidente João Carlos Werlangvice-PreSidente Leandro Maldanerdiretor-Secretário Derci Cencicoordenador Geral do evento Ronaldo Triaccacoordenador do Parque Carlos Vitor SilvaGerente emater-Pad-df Marconi M. Borgescoordenador de marketinG Fernando Barros

Produção Vincere Consultoria e Editora Ltdaedição Lydia Costaredação Dâmares Vaz • Neyfla Garcia • Priscila Nas-cimentodiaGramação Lucivam Costacomercialização Carlos Lages • Taine Corte

telefone 61.3339.6500Site www.agrobrasilia.com.bre-mail [email protected]. P/ correSPondência BR 251 - Km 06 - PAD-DF - Caixapostal - 063 - 70.351-970 Brasília-DF

exPediente

DIVULGAÇÃO

LYDIA CO

STA

Page 3: Jornal Agrobrasília 2010 Ed.02

3JAN2010 - JORNAL AGROBRASÍLIA

tecnoloGia

DÂMARES VAZ

O ministro da Agri-cultura, Pecuária e

Abastecimento do Brasil, Reinhold Stephanes, e o ministro da Agricultura, Florestas e Gerenciamen-to de Águas da Sérvia, Saša Dragin, assinaram, no úl-timo dia 5, memorando de entendimento no setor agrícola, com o objetivo de expandir a cooperação nas esferas econômica e técnico-científica.

A troca de material genético e de experiências em inseminação artificial, a produção de fertilizantes minerais, a proteção de plantas e a defesa sanitária

animal, além do intercâm-bio em agroecologia e pro-dução orgânica são temas incluídos no documento.

O ministro da Sér-via visitou áreas rurais do Distrito Federal e Goiás para conhecer a tecnologia agrícola brasileira. No dia 4 de janeiro, Saša Dragin foi ao PAD-DF, onde visi-tou as instalações da Coo-pa-DF e pôde conhecer o bem-sucedido modelo de produção da região, que detém os maiores índices de produtividade do País em culturas como a do milho, feijão e trigo.

Dragin conheceu ainda centros da Empre-sa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (Embra-pa) e se encontrou com o presidente da institui-ção, Pedro Arraes. De acordo com o analista de Relações Internacio-nais do Ministério da Agricultura nacional Juliano Vieira, a Sérvia poderá se tornar um parceiro estratégico para o Brasil, principalmente porque está em vias de ingressar na União Eu-ropeia. O país europeu também é destino dos produtos agrícolas na-cionais, como a carne e a laranja. O memorando abre caminho para a im-plementação de projetos de cooperação técnica.

■■ Ministro■da■agricultura■da■sérvia■visita■a■Coopa-DF■e■o■Parque■da■agrobrasília

Representantes da Coopa-DF, Emater-DF, Ministério da Agricultura do Brasil e Ministério da Agricultura da Sérvia

PRISCILA NASCIMENTO

Serão lançadas, na Agrobra-sília 2010, novas variedades

de soja pela Agrícola Wehr-mann, que está de volta ao mercado de desenvolvimento de cultivares de soja. Atual-mente, as atividades da empre-sa são a produção de sementes, hortaliças, batatas, grãos e pes-quisa em melhoramento gené-tico vegetal. Com relação ao melhoramento, o objetivo da Wehrmann é criar variedades mais adaptadas a diferentes cli-mas, com maior produtividade e maior resistência a doenças e nematoides. Dentre as novas variedades, há convencionais e transgênicas.

Segundo o engenheiro agrônomo e diretor da Wehr-mann, Luiz Antônio de Olivei-ra, com um grande número de variedades é possível aten-der diferentes estados, solos e climas. “Atuamos no Brasil Central e precisamos de uma maior gama de produtos para atender à demanda de nossos clientes. Com o desenvolvi-mento das novas variedades,

adaptadas a diversas con-dições climáticas, podemos oferecer um produto diferen-ciado ao mercado, disponibili-zando produtos e serviços de qualidade e aos nossos clien-tes.”

Há cinco anos, a Agríco-la Wehrmann faz pesquisas para a obtenção de novas va-

riedades. De acordo com o gerente de pesquisa, o enge-nheiro agrônomo Anderson Doná, com duas safras ao ano foi possível desenvolver va-riedades altamente competi-tivas em todos os quesitos de valor agronômico. “Todas as sementes foram amplamente testadas e avaliadas nas regi-

ões de adaptação”, afirma.Para Verni Wehrmann, só-

cio da empresa, o lançamento das novas variedades na Agro-brasília 2010 é uma oportuni-dade de negócios e também de divulgação dos novos produ-tos. “O evento tem grande vi-sibilidade e a cada ano desper-ta maior atenção do público.”

Meio ambiente e educação

Além das atividades de pesquisa e produção, a Agríco-la Wehrmann possui também um projeto ambiental voltado para a preservação das nas-centes e cursos d’água da re-gião em que atua.

Há dez anos, a empresa produz mudas de espécies na-tivas do Cerrado para plantio nas margens das nascentes, córregos e represas. São ofe-recidas, pela Agrícola Wehr-mann, mudas para as escolas com o intuito de favorecer o trabalho de educação am-biental nelas desenvolvido. Também se faz a coleta sele-tiva de lixo nas escolas e nas comunidades rurais onde a empresa atua.

O projeto social da Em-presa está dividido em qua-tro áreas principais: com-plementação do transporte escolar; incrementação da merenda escolar; treinamen-to de professores e melhoria da infraestrutura da rede es-colar da região.

■■ Wehrmann■lança■cultivares■de■soja■na■agrobrasília■2010LYDIA COSTA

Werhmann: 10 mil hectares são reservados para pesquisas e desenvolvimento de novos cultivares

Page 4: Jornal Agrobrasília 2010 Ed.02

4 JORNAL AGROBRASÍLIA - JAN2010

Lançado em junho de 2008, o Mais Alimentos é um pro-grama do MDA cujo propósito é dar condições a agricultores familiares para que moderni-zem suas propriedades. Des-taca-se por ofertar linhas de crédito para o financiamento de tratores, máquinas, imple-mentos agrícolas, construção de armazéns, silos, e melho-rias na logística das proprie-dades.

O programa financia pro-jetos até R$ 100 mil, com ju-ros de 2% ao ano e prazo de carência de até três anos. O prazo para pagamento do empréstimo pode chegar a dez anos. Até 2009 mais de 20 mil tratores tinham sido comercializados por meio do programa.

De acordo com o vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfa-vea), Milton Rego, O Mais Ali-mentos foi fundamental para a indústria automotora. Ele afirma que foi graças ao pro-grama que empresas e fábricas conseguiram manter o nível de ocupação. “Se não fosse o Mais Alimentos, teríamos uma diminuição de postos de tra-balho. Outra coisa importante para os fabricantes de tratores é que esse programa, que tem o viés do agricultor familiar, fez com que os tratores pe-quenos, que antes tinham uma participação de 30% no merca-do, vendessem mais.”

Rego ressalta ainda que num segmento em que a

oferta não era tão forte, como a dos pequenos tratores, ocorreu tanto de-senvolvimento que as fábricas passa-ram a nacionalizar produtos e a criar novas máquinas. “O Mais Alimentos significa o renasci-mento do setor de máquinas para o

pequeno agricultor.”O vice-presidente da Asso-

ciação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marche-san, destaca que, antes de ser um programa que viabiliza a venda de máquinas e tratores e estimula a geração de em-pregos, o Mais Alimentos é um programa de inclusão social. “Aquele homem que ainda planta na enxada vai poder ter o seu trator. É uma ver-gonha ainda ver imagens de plantio manual, um homem vem na frente abrindo o solo e a mulher vai atrás jogando a semente. Esse homem precisa de mais”, afirma.

Marchesan pontua que nessa modernização, a pre-sença de instituições como Emater e Embrapa são funda-mentais. O vice-presidente da Anfavea, Milton Rego, concor-da que o Mais Alimentos re-presenta uma mudança do tipo de vida do agricultor. “Não é meramente uma questão de transferência de renda. O mais importante é que o agricultor cresce, e nisso o papel da Ater é extremamente importante para o aprendizado, e é que diferencia esse programa dos

outros. Nós realmente esta-mos vendo mudança na vida dessas famílias”, afirma Rego.

Alexandre Bernardes, da fabricante de caminhões Iveco, fala ainda da importância do programa para o Mais Alimen-tos. “A inclusão do setor de ca-minhões comerciais e médios deu um grande alento para o agricultor, que tinha muita di-ficuldade para levar o automó-vel para sua propriedade.”

AgrobrasíliaO vice-presidente presi-

dente da Abimaq elogiou tam-bém os eventos rurais como a Agrobrasília. “O objetivo desses eventos é botar o agricultor em

contato com o produto. No caso da Agrobrasília 2010, a ideia é promover caravanas tecnológi-cas para alcançar agricultores num raio de 700 km, o que deve propiciar a vinda de uns 5 mil produtores”, explica.

Para Rego, da Anfavea, o importante da Feira é que ela coloca toda a cadeia do Mais Alimentos junta, ou seja, o extensionista rural, o agente financeiro, e os fabricantes. “Isso é importante porque, para o programa funcionar adequadamente, tem que se conhecer todas as etapas do processo. Numa feira é pos-sível reunir toda a estrutura e difundir o programa muito mais rapidamente.”

Panorama

■■ secretário■do■MDa■visita■estrutura■da■agrobrasília

Argileu Silva (ao centro) vistita a área da Agrobrasília 2010

PRISCILA NASCIMENTO

NEYFLA GARCIA E DÂMARES

O setor de máquinas agrí-colas está se expandindo

no Distrito Federal impulsio-nado pelas linhas de crédito oferecidas pelo governo e pelo programa Mais Alimentos, do Programa Nacional de For-talecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Pensando nessa expansão, a Empresa de Assistência Técnica e Exten-são Rural (Emater-DF) organi-za o Circuito Mais Alimentos, que ocorrerá durante a Agro-brasília 2010. Uma oportuni-dade para os produtores da agricultura familiar adquiri-rem novos equipamentos.

A novidade para este ano é a vinda de aproximadamen-te cinco mil produtores rurais de Minas Gerais, Goiás, Bahia e Tocantins. Um dos objetivos do Circuito é gerar em torno de R$ 10 milhões em negócios. Para o diretor-executivo da Emater, Lúcio Valadão, esta é uma meta ousada e que conta-rá com a ajuda do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), prefeituras, associa-ções, cooperativas, entre ou-tras instituições.

“Precisamos mostrar para os produtores dessas regiões a importância da Feira e as oportunidades que eles en-contrarão na Agrobrasília. A

Emater pretende fomentar a participação dos produtores da agricultura familiar desses estados nas outras edições do evento. Quando o agricultor tem a oportunidade de vir e realizar negócios, ao voltar para a sua propriedade, me-lhora a produção e eleva sua renda”, explicou Valadão.

Valadão informou que, na Agrobrasília, a Emater mante-rá o Espaço de Valorização da Agricultura Familiar, e dentro dele ocorrerão diversas ativi-dades voltadas para o segmen-to da agricultura familiar, que foram chamadas de circuitos. “Além do circuito Mais Ali-mentos, teremos os circuitos

de floricultura, agroecologia, olericultura, fruticultura, leite, qualidade e sabor e o das orga-nizações sociais. Em cada cir-cuito haverá atividades para a agricultura familiar”, disse.

O Circuito Mais Alimentos será um espaço com 2,5 mil m² dedicados a mostrar equi-pamentos para a agricultura familiar, como tratores, plan-tadeiras, pulverizadores, roça-deiras, triturador, enfim, toda uma gama de ferramentas que atendem as necessidades dos produtores.

A Agrobrasília contribui para o desenvolvimento do produtor ao oferecer um es-paço que reúne diversas ati-

vidades para a agricultura familiar. O agricultor terá a oportunidade de conhecer no-vas tecnologias e de realizar negócios, para expandir a pro-dução e melhorar a infraestru-tura da propriedade, além da aquisição de máquinas.

Segundo Lúcio Valadão este projeto visa acolher pro-postas, discutir aplicações e aquisições de equipamentos junto aos produtores rurais pela linha Mais Alimentos. “Esse programa é a melhor li-nha existente hoje que o agri-cultor familiar pode dispor. Os juros são de 2% ao ano e o prazo para pagar é de até dez anos”, ressaltou.

■■ Circuito■Mais■alimentos■deve■atrair■5■mil■produtores

No dia 7 de janeiro o secre-tário adjunto do Ministério

do Desenvolvimento Agrário, Argileu Silva e uma comitiva da Empresa de Assistência Téc-nica a Extensão Rural (Emater) visitaram o espaço reservado à Agricultura Familiar no parque Ivaldo Cenci, onde ocorrerá a Agrobrasília 2010. Os 20 mil m² que serão destinados ao setor, com adoções de tecnologias para

agrofloresta, plantio de grãos e criação de animais.

Para o secretário a visita pos-sibilitou um estreitamento entre laços com os gestores de políticas públicas com representantes do setor. “A Emater é nossa parceira que portamos recursos para ela, com essa visita podemos verifi-car a aplicabilidade dos recur-sos”, afirma. Segundo ele, outro ponto forte da Agrobrasília 2010,

será o programa Mais Alimentos. “Pelas circunstâncias agrárias do DF o programa teve poucas ações até hoje. Com a regularização das terras e a exposição porme-norizada durante a Agrobrasília, acredito que o programa vai dar um salto, o que contribuirá com a nacionalização do programa. Será uma verdadeira vitrine do Mais Alimentos”, conclui.

indústria■fala■da■importância■do■Mais■alimentos

Milton Rego (Anfavea), Hercílio Matos (MDA), João Carlos (Abimaq) e Alexadre Bernardes (Iveco)

Almoço reuniu representantes da Agrobrasília, Emater, MDA, Anfavea e Abimaq

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