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Jornal Regional de Catanduva www.redebrasilatual.com.br CATANDUVA nº 8 Junho de 2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Luís Paulo Supi é campeão brasileiro de xadrez de sua categoria Pág. 7 ESPORTE XEQUE-MATE Estado e Prefeitura não se entendem e param obra do AME Pág. 6 SAúDE VAI MAL Beth Sahão é pré- -candidata à Prefeitura. Com o apoio de Dilma Pág. 2 ELEIçõES 2012 PT NO PÁREO SINDICALISMO A nova cara do sindicalismo: como os trabalhadores se renovam e fazem a mudança Pág. 4-5 DE VOLTA AO FUTURO Barulhento à noite, ele atrapalha o trânsito e provoca rachaduras nas casas FERROVIA QUE TREM é ESSE?

Jornal Brasil Atual - Catanduva 08

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xeque-mate Barulhento à noite, ele atrapalha o trânsito e provoca rachaduras nas casas vai mal pt no páreo saúde eleições 2012 Distribuiçã o nº 8 Junho de 2012 Pág. 4-5 Pág. 7 Pág. 2 Pág. 6 Jornal Regional de Catanduva www.redebrasilatual.com.br Estado e Prefeitura não se entendem e param obra do AME Luís Paulo Supi é campeão brasileiro de xadrez de sua categoria Beth Sahão é pré- -candidata à Prefeitura. Com o apoio de Dilma

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Jornal Regional de Catanduva

www.redebrasilatual.com.br catanduva

nº 8 Junho de 2012

DistribuiçãoGratuita

Luís Paulo Supi é campeão brasileiro de xadrez de sua categoria

Pág. 7

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xeque-mate

Estado e Prefeitura não se entendem e param obra do AME

Pág. 6

saúde

vai mal

Beth Sahão é pré- -candidata à Prefeitura. Com o apoio de Dilma

Pág. 2

eleições 2012

pt no páreo

sindicalismo

A nova cara do sindicalismo: como os trabalhadores se renovam e fazem a mudança

Pág. 4-5

de volta ao futuro

Barulhento à noite, ele atrapalha o trânsito e provoca rachaduras nas casas

ferrovia

que trem é esse?

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2 Catanduva

expediente rede Brasil atual – Catanduvaeditora Gráfica atitude ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Enio Lourenço e Florence Manoel revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008tiragem: 12 mil exemplares Distribuição Gratuita

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jornal on-line

editorial

O trem é um baita meio de transporte, usado no mundo todo. Contudo, esquecido no Brasil, o País assistiu suas estações fer-roviárias e suas composições se decomporem, apodrecerem aos poucos, em favor dos automóveis. Agora, aqui e acolá, ele tenta reaver sua velha e boa forma. Mas, em Catanduva, falar em trem logo vira um tormento. Ele ainda é símbolo do descaso. Por aqui, sua buzina tonitruante inferniza a vida das pessoas que vivem ao redor de seus trilhos – inclusive de madrugada. Seu trajeto, que cruza as ruas do Centro, causa mal-estar nos motoristas, que interrompem suas rotinas e, diante das cancelas fechadas, são obrigados a ver passar os vagões. Sem falar que o peso que os trens carregam causa rachaduras nas casas da região.

Espera-se também uma solução para que o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) comece a funcionar. Não é possível que briguinhas entre o Estado e a Prefeitura empatem não só os mais de R$ 4 milhões gastos até agora no prédio, como azucrinem a vida de 10 mil pessoas, que continuam sem um local decente de saúde para serem atendidas. Está mais do que na hora de se dizer basta. É isso. Boa leitura!

eleições 2012

Pt: Beth sahão é pré-candidataEm discurso, deputada ressalta apoio do governo federal

A deputada estadual Beth Sahão é a candidata do PT à Prefeitura nas próximas elei-ções. A definição se deu no Encontro Municipal do parti-do, dia 26, na sede do Sindica-to dos Trabalhadores Rurais. Na ocasião, Beth comprome-teu-se a defender os interesses da população e a promover melhorias no município. Ela mencionou o desempenho dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. “Nos últimos anos, um vo-lume imenso de recursos foi destinado a Catanduva, finan-

ciando grandes obras de infra-estrutura e projetos em edu-cação, saúde e na área social. Estou certa de que, com o PT na prefeitura, conseguiremos

fazer ainda mais por nossa gente” – afirmou.

O Encontro Municipal teve como objetivo envolver os filia-dos na discussão do projeto po-lítico do PT, bem como homo-logar os nomes que integrarão a chapa de vereadores. A oficia-lização das candidaturas deve ocorrer na Convenção Munici-pal do partido, prevista para o final de junho, após a formação das coligações. Beth disputará a prefeitura com o deputado es-tadual Geraldo Vinholi (PSDB) e o atual vice-prefeito Roberto Cacciari (PMDB).

Polêmica

obelisco causa indignaçãoMonumento é homenagem aos imigrantes da cidade

O prefeito Afonso Mac-chione Neto causou polêmi-ca com a imprensa e a popu-lação catanduvense devido à instalação de um obelisco na Rua Brasil, em frente à Câmara dos Vereadores. O monumento não é novo – trata-se de uma peça retirada da entrada do antigo termi-nal urbano –, mas ocasio-nou protestos no Facebook. O motivo da indignação é a localização dele, que atrapa-lha a visão dos motoristas que descem a Rua Brasil e pode causar acidentes. O aspecto desarmonioso que o

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obelisco trouxe ao local tam-bém é motivo de chacota.

Ao responder às críticas, o prefeito declarou que a obra é “uma aberração para os desavi-sados que não possuem cultu-ra apurada”. A administração, que se ocupa da nobre home-

nagem, é a mesma que negli-gencia uma obra de extrema importância para a promo-ção da saúde dos habitantes de Catanduva e região: o prédio onde deveria funcio-nar o AME, o Ambulatório Médico de Especialidades.

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ferrovia

que trem barulhento é esse que atazana o trânsito?

o incomodo é público. o lucro é privado

Povo reclama de transtornos causados por locomotivas, que causam rachaduras nas casasOs habitantes de Catandu-

va estão descontentes com os trens da empresa multinacio-nal ALL (América Latina Lo-gística), que cruzam os trilhos que cortam as Ruas São Paulo, Quinze de Novembro e Floria-nópolis, no Centro da cidade. Moradores dos bairros vizi-nhos reclamam do barulho das locomotivas, que não têm ho-rário para buzinar. Eles apitam de madrugada, desrespeitando a lei municipal que proíbe si-nal sonoro entre 22 h e 5 h. A empresa diz que o apito visa dar segurança aos cruzamen-tos da ferrovia.

O promotor Ademir Peres, do Ministério Público, soli-citou à Companhia de Tec-nologia de Saneamento Am-biental (Cetesb) um relatório sobre a intensidade do apito das composições. Segundo a ALL, o apito é utilizado perto de túneis e viadutos e quando as condições climáticas não estão boas. Segundo ela, “os apitos aumentam a segurança de pedestres e motoristas que passam pelos cruzamentos”.

Por causa da proximidade dos trilhos, o pessoal também reclama da deterioração dos imóveis. “Grande parte das casas passaram por alguma reforma devido a rachaduras causadas pela circulação dos trens” – diz a jovem Raissa Gabriela Orlando Rodrigues,

de 24 anos, residente na Rua São Paulo. Raissa se queixa do descaso da Prefeitura com o trecho da ferrovia localizado atrás de sua casa, “local aban-donado, tomado pelo mato e muito usado para a prática de prostituição e o uso de drogas”.

Os trens ainda causam

transtornos aos motoristas nos horários de mais movimento. As cancelas são fechadas ao menos 20 vezes por dia, du-rante cerca de 5 minutos por vez, o que provoca atraso na rotina dos catanduvenses. O arquiteto Luiz de França Ro-land, que também teve as pa-

redes do escritório danifica-das, afirma que é fundamental regulamentar o tráfego para amenizar o transtorno causa-do pelos trens. “Eles fazem manobras no cruzamento da Rua São Paulo, o que não tem cabimento. Além disso, é um absurdo que uma locomotiva de 100 vagões corte a cidade de Catanduva. Por causa da obstrução causada pelo trem, muitas pessoas já perderam o ônibus, pois os trilhos ficam no caminho da Estação Rodo-viária” – diz.

O arquiteto defende que seja estudada a viabilidade de utilizar o trem como meio de transporte de pessoas, o que di-minuiria os custos para viagens, a morte nas estradas e a polui-ção. Em 2010, o prefeito de Catanduva, Afonso Macchione Neto, anunciou a aprovação de um estudo de viabilidade técni-ca pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) para a execução de um novo contorno ferroviário para a cidade. O projeto não saiu do papel.

Os transtornos impostos aos habitantes de Catanduva estão longe de ser compen-sados por geração de empre-gos e desenvolvimento do município. A multinacional ALL, dona das locomotivas que cortam pontos cruciais da cidade, é uma instituição privada, que visa apenas o lucro e não o bem-estar dos

catanduvenses. Os inconve-nientes causados pelos trens são ignorados pela Prefeitura, que não fiscaliza as ações da empresa e parece desconhecer os danos causados aos mora-dores do município. A ALL é a maior empresa de logística da América Latina e maior com-panhia ferroviária do Brasil. Possui 21.300 km de trilhos,

que abrangem os Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Mato Gros-so do Sul. Opera uma frota de 1.070 locomotivas, 31 mil vagões e 1.000 caminhões – próprios e agregados – e conta com unidades em pontos de embarque e desembarque de carga.

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sindicalismo

a importância das ações sindicais nas conquistas trabalhistasO presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Amarildo Davoli, discute o papel dos sindicatos

A celebração do Dia do Trabalho teve origem numa manifestação realizada por trabalhadores em Chicago, nos EUA, dia 1º de maio de 1886, que reivindicava melho-res condições de trabalho. O protesto, reprimido pela polí-cia, ocasionou a morte de ci-dadãos. No dia 4, houve nova manifestação. Dessa vez, uma bomba matou sete policiais. O confronto se intensificou, e mais 12 pessoas foram mortas pela polícia. A mobilização de Chicago ficou conhecida como Revolta de Heymarket e virou referência na luta pelos direi-

Qual a importância dos sin-dicatos nas conquistas tra-balhistas?As conquistas só se deram com a organização, quando os trabalhadores uniram forças e aumentaram o seu poder de barganha. Os sindicatos nas-cem dessa organização e são fundamentais para as conquis-tas trabalhistas. Eles são polos agregadores, espaços de de-bate e do estabelecimento de estratégias de luta. A atuação dos sindicatos interfere nos processos que regem as rela-ções de trabalho e valoriza o trabalhador como produtor da riqueza e sujeito de uma so-ciedade mais igualitária.Existe uma conscientização a respeito do papel dos sin-dicatos na sociedade?Há vários aspectos a conside-rar. A precarização dos vín-culos de trabalho e a terceiri-zação de setores prejudicam essa relação. Trabalhadores

mais jovens, de formação volta-da ao individualismo e ao tecni-cismo, não reconhecem as con-quistas trabalhistas como fruto da luta dos que os antecederam, não valorizam a ação coletiva. Esses valores comportamentais, as informações manipuladas veiculadas pela mídia e o assé-dio das empresas atuam como elementos de desagregação. Mas a gente tem de considerar também que, com a revolução tecnológica, houve a aproxi-mação virtual entre sindicato e trabalhador: o acesso é rápido à informação e há o diálogo, no caso da internet e da telefonia móvel (e o sindicato faz uso desses meios), no plano do con-tato pessoal. O distanciamento não ocorre na base do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região. Estamos presentes nos locais de trabalho. Mais do que ouvir o trabalhador a distância, é preciso senti-lo em seu am-biente de trabalho. Além des-

sa presença, o uso de jornais, revistas, programas de rádio e TV e um trabalho voltado à formação político-sindical são imprescindíveis à melhoria da relação trabalhador–sindicato e a uma conscientização do papel do sindicato na sociedade.Os sindicatos são atuantes como na década de 1980? O que mudou nesse período?Não é possível reduzir a atua-ção sindical unicamente ao mo-vimento grevista. Na década de 1980, para se firmar um acordo era preciso abrir o diálogo na marra. Hoje, a greve é um recur-so extremo. Houve mudanças, sim. O desemprego, a repressão aos movimentos, a perseguição a sindicatos nos governos Collor e FHC, visando à retirada de di-reitos sociais e trabalhistas para favorecer o grande capital, cau-saram uma retração nos sindica-tos. Além disso, a informatiza-ção e a mecanização geraram uma redução de trabalhadores

em muitos setores e a mudança das empresas, com a internacio-nalização das redes produtivas e a mudança global das políticas econômicas, causaram impacto negativo no movimento sindi-cal. Mas o sindicato mudou. Saiu do nicho corporativo para exercer um papel de sindicato- -cidadão, estreitando as liga-ções com a sociedade. Nosso sindicato, por exemplo, orga-niza e participa de movimentos sociais que envolvem interesses de toda a comunidade, seja em

âmbito local – como no caso do presídio –, ou nacional.Quais as bandeiras do Sindi-cato dos Bancários de Catan-duva e Região?São as bandeiras de todos os trabalhadores. Por exemplo, a ratificação, pelo Brasil, da Convenção 87, de 1948, da Or-ganização Internacional do Tra-balho, que trata da liberdade e autonomia sindical. Ela garante a liberdade de associação e su-prime a intervenção do Estado nos sindicatos, conferindo-lhes

tos trabalhistas. Anos depois, o dia 1º de maio foi reconhecido como data máxima dos traba-lhadores. No Brasil, o movi-mento sindical surge no século XX, junto com os centros urba-nos e o desenvolvimento da in-dustrialização. Imigrantes eu-ropeus, inconformados com as práticas escravocratas dos po-derosos da época, organizam- -se, originando os sindicatos.

O grande nome da luta sindical no Brasil é o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, do Sindi-cato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diade-

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lula, ex-presidente da república, e amarildo, presidente do sindicato dos Bancários

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a importância das ações sindicais nas conquistas trabalhistasO presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Amarildo Davoli, discute o papel dos sindicatos

ma desde 1968. Em 1972, ele é eleito diretor do sindicato e, cinco anos depois, ganha projeção nacional ao liderar o movimento grevista por re-posição salarial, reivindicação não atendida na época. Em se-guida, esteve à frente da gre-ve dos metalúrgicos em São Bernardo, motivo pelo qual foi preso pelo DOPS (Depar-tamento de Ordem Política e Social), em abril de 1980. O exemplo mostra que a atuação sindical é fundamental para o desenvolvimento social e o exercício da democracia nas sociedades civis organizadas.

autonomia administrativa. A ratificação da Convenção 158 da OIT, que protege o tra-balhador contra a demissão imotivada. O fim do imposto sindical e da unicidade sindi-cal, garantindo ao trabalha-dor a escolha da associação. Aumento real de salário e 40 horas semanais já!, com me-lhores condições de trabalho. Não incidência do Imposto de Renda sobre a participa-ção nos lucros e resultados. Como bandeiras específicas, o fim das metas abusivas, que oprimem o trabalhador e dão margem ao assédio moral, e a ampliação do horário de atendimento nos bancos, com dois turnos de trabalho, que garantem o respeito à popula-ção. O tempo não é precioso só para o banqueiro. Mesmo havendo hoje a lei que trata do tempo de permanência na fila, há graves falhas na fisca-lização da Prefeitura.

traBalho

um auditor fiscal para três mil empresasHá 700 mil acidentes e 2.700 mortes em ambientes de trabalho no Brasil

O trabalhador brasileiro tem direito a cidadania, dig-nidade, bem-estar e seguran-ça no trabalho, segundo diz a Constituição Brasileira. A ga-rantia desses direitos e a redu-ção das doenças ocupacionais e dos acidentes do trabalho é atribuição da Auditoria Fiscal do Trabalho, que fiscaliza as atividades econômicas regi-das pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e é res-ponsável por verificar o paga-mento do salário aos trabalha-dores, o registro em carteira, o recolhimento do FGTS, o respeito à jornada e as condi-ções de segurança e saúde nos ambientes de trabalho.

De acordo com o SINAIT – Sindicato Nacional dos Au-ditores Fiscais do Trabalho

–, são registrados mais de 700 mil acidentes e 2.700 mortes por ano. Contudo, a fiscaliza-ção continua deficiente, devido ao quadro reduzido de funcio-nários – há apenas um auditor para cada três mil empresas em todo o país. Luís Curti é o único auditor nas cidades de Catan-duva, Itajobi, Novo Horizonte, Pindorama, Palmares Paulista, Santa Adélia, Tabapuã, Novaes, Ariranha e Catiguá, onde são visitadas cerca de 15 empresas por mês. Nos últimos meses, 15 delas foram autuadas por irre-gularidades, como extrapola-ção da jornada de trabalho. “O prazo varia de 8 a 60 dias para que a empresa regularize suas atividades. Se ela não resolve as pendências, é autuada. Há ca-sos em que as empresas, devido

aos problemas encontrados, são imediatamente autuadas. Em último caso, encaminha-se a de-núncia ao Ministério Público do Trabalho” – diz Curti.

A fiscalização se realiza para cumprimento de metas institu-cionais, como campanhas de combate à exploração infantil e trabalho escravo, e com base em denúncia de pessoas e sindi-catos. Para formalizar uma de-

núncia, dirija-se ao Ministério do Trabalho, na Rua Aracaju, 597, no Centro, às terças-fei-ras, entre 8 h e 12 h – também é possível protocolar denún-cias por escrito, qualquer dia da semana, das 8 h às 17 h. O Ministério do Trabalho não recebe denúncias por telefone. O sigilo é garantido na hora da autuação, mas é necessário identificar o denunciante.

lixo

Projeto amplia direitos de catadores de lixoMedida favorece meio milhão de brasileiros

Um projeto aprovado pelo Senado insere os cata-dores de lixo e de material reciclável entre os segura-dos especiais da Previdência Social. Os catadores eram enquadrados com alíquo-ta de contribuição de 11% sobre o salário mínimo, chegando a 20% para renda superior. Com a nova lei, a contribuição passa a 2,3 % sobre a remuneração anual dos trabalhadores ou sobre o valor bruto da comercia-lização dos recicláveis. Ela

Atualmente, cerca de 500 mil brasileiros tra-balham na coleta de lixo, grande parte na informali-dade. Eles recebem remu-neração diária de R$ 2 a R$ 5. De acordo com o senador Rodrigo Rollemberg (PSB--DF), autor do projeto, a nova medida deve promo-ver a inclusão beneficiária e social dos trabalhadores. Pescadores artesanais e ín-dios, que exercem ativida-des rurais, já são amparados pela legislação.

será votada na Câmara dos Deputados e, depois, sancio-

nada pela presidenta Dilma Rousseff.

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saúde

Obra que deveria atender 10 mil pessoas por mês não sai do papel. De quem é a culpa?

Prefeitura abandona ame e prejudica a população

O Ambulatório Médico de Especialidades (AME) conti-nua indisponível para a popu-lação de Catanduva e região. A unidade fica na Rua Cas-cata, 825, perto do Hospital Emílio Carlos, possui 2.670 m² e deveria atender a mais de 10 mil pessoas por mês, mas está inutilizada por causa de problemas estruturais no pré-dio, que custou R$ 4 milhões aos cofres públicos do Estado e da cidade. De acordo com a Fundação Padre Albino, a Pre-feitura deveria gastar R$ 600 mil para adequar o ambulató-rio às exigências do estado, que deveria dispor os equi-pamentos e negociar a gestão do local com a Fundação. Os problemas na construção vão

de imperfeições no sistema de esgoto a localização imprópria da área administrativa. Além disso, falta porta na farmácia e uma rampa para cadeirantes.

O ambulatório era para ser entregue na gestão Serra, há mais de dois anos, mas não tem previsão de funcionamen-to, em prejuízo de 19 municí-

pios da região. Em sua defesa, a Prefeitura convidou impren-sa, autoridades e populares para uma visita monitorada ao AME e anunciou que “a cons-

trução seguiu o projeto inicial, modificado depois pelo Gover-no do Estado”. Já a assessoria da Fundação Padre Albino dis-se em nota à imprensa que to-mou conhecimento da obra em julho de 2010 e que o projeto tinha como responsáveis a Pre-feitura e o Governo do Estado.

A terceirização de obras por meio de licitação tem- -se mos-trado um método falho em Ca-tanduva, onde há tradição de favorecimentos, como no caso das palmeiras imperiais, do Terminal Urbano, e de obras inauguradas fora do prazo. Além disso, ninguém se preo-cupou em fiscalizar o projeto, evitando gastos desnecessários para garantir a qualidade de vida de milhares de cidadãos.

as (boas) mudanças que vêm por aíAs pessoas costumam

responder que não usam o Sistema Único de Saúde (SUS). Para a maioria delas, o programa beneficia apenas pacientes das unidades pú-blicas de saúde. No entanto, cerca de 90% dos brasileiros usam, de alguma forma, os serviços gratuitos de preven-ção e cura, ainda que com-plementando o atendimento recebido em Planos de Saú-de. Muitos usuários utilizam o SUS, quando, em casos de emergência, são trans-portados pelas ambulâncias do Samu, ou em campanhas preventivas, como as de va-cinação infantil. Tratamen-tos de alta complexidade

não abastecidos pelos planos privados também são ofereci-dos pela rede de saúde – 95% dos transplantes de órgãos no Brasil são financiados pelo sis-tema público.

Criado pela Constituição Federal em 1988, o SUS tor-nou obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão. Sua meta é atender a saúde de todos os brasileiros, in-

dependentemente do poder aquisitivo. Trata-se de um sis-tema que abrange todo o país por meio de postos de saúde, hemocentros, ambulâncias e distribuição de remédios, en-tre outros. Há pouco tempo, o governo federal implantou novo sistema de atendimento, com a apresentação do Cartão Nacional de Saúde (CNS). O objetivo é que os brasileiros tenham o cartão ou o número do cadastro até 2014, sendo que o registro deve ser rea-lizado por profissionais de saúde, sem prejuízo do aten-dimento médico. Aqueles que possuem Plano de Saúde devem se cadastrar, uma vez que o documento possibilita a

identificação dos usuários e permite que seja acessado, de qualquer área do país, o histórico dos pacientes, oti-mizando o atendimento no sistema de saúde.

Outra iniciativa do go-verno é a implantação do Programa da Farmácia Po-pular do Brasil, em 2004, uma parceria com os Esta-dos, municípios e o setor privado. O programa garan-te os remédios essenciais por preços abaixo do mer-cado ou até gratuitamente. Para adquiri-los na Farmá-cia Popular, basta dirigir-se a estabelecimentos parcei-ros e apresentar CPF e re-ceita médica.

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enxadrista catanduvense é destaque nacionalAos 15 anos, Luís Paulo Supi está prestes a conquistar o título de mestre

O enxadrista catanduvense Luís Paulo Supi (São Mateus/SMELT/CXC) conquistou pela 5ª vez o Campeonato Brasileiro de Xadrez, agora na categoria Sub 16, realizado no centenário Clube de Xadrez de São Paulo. Ele enfrentou sete adversários, venceu cin-co e empatou com dois. Supi esperava obter pontuação para alcançar o título vitalício de

mestre pela Federação Inter-nacional de Xadrez, o que se-ria uma conquista inédita para Catanduva. O objetivo não foi atingido, mas está próximo de se tornar realidade. O jovem enxadrista explica que para ser mestre é preciso acumular 2.300 pontos em campeona-tos brasileiros ou em torneios específicos. “Eu tenho 2.290 pontos e minha próxima chan-

ce será no campeonato brasi-leiro Sub 20, em junho” – ex-plica.

Supi conquistou projeção nacional aos 12 anos, quando foi campeão brasileiro pela primeira vez. Ele treina qua-tro horas por dia. Aprendeu a jogar xadrez na escola, aos 7 anos, e se sentiu motivado ao receber o convite do treina-dor e coordenador do Clube

do Xadrez, Gleison Begali, para participar das disputas da instituição. O Clube exis-te desde 2001 e possui 120 membros. Dentre eles, mais dois campeões brasileiros: Rafaela Buainain Luiz (São Mateus/SMELT/CXC), na categoria Sub 10 Femini-no, e Enzo Kina (Colegião/SMELT/CXC), na categoria Sub 8 Masculino.

festas juninas

uma tradição cultural em catanduvaCelebrações foram introduzidas no país no período colonial

Surgidas antes de Cris-to como festividades pagãs para comemorar as colhei-tas e a fertilidade da terra, as festas juninas foram adota-das pela Igreja Católica em homenagem a três santos: Santo Antônio, dia 13 de ju-nho, São João, dia 24, e São Pedro, dia 29. No período colonial, elas chegaram ao Brasil e foram assimiladas por negros e índios, que se adaptaram às celebrações, muito semelhantes aos seus rituais. Assim, as festas ju-

ninas se enraizaram e torna-ram-se parte de nossa cultura.

Como junho é o mês da colheita do milho, vários ali-mentos típicos dessas festas derivam do produto – pipo-ca, milho cozido, pamonha e curau. Entre as receitas que fa-zem parte do cardápio também estão bolo de amendoim, broa de fubá, cocada, pé de mole-que, paçoca, arroz doce, can-jica, vinho quente e quentão. As quermesses, as simpatias oferecidas aos santos – espe-cialmente a Santo Antônio, o

santo casamenteiro –, a dan-ça das quadrilhas em torno das fogueiras e os fogos de artifício dão o clima junino.

Em Catanduva, as prin-cipais festas que integram o calendário de eventos da cidade são: Juninão dos Bancários, dia 1º de junho, a partir das 19 h; Juninão do Colegião, dia 6 de junho, a partir das 19 h; Festa Junina do Sesc, de 7 a 10 de junho, a partir das 19 h; e Juninão do Tênis, dia 30 de junho, a partir das 19 h.

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Rede

uma nova comunicação Para um novo Brasil

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8 Catanduva

foto síntese – av. josé nelson machado Palavras cruzadasPalavras cruzadas

respostas

Palavras cruzadas

sudoku

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

sudoku

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CARTOMAnTEAPARADORPREMOSRPiALATinARSMAASAESTERARuSPOLiAOiLAPROnTARADARTLAOfiCinEiROSOLOEMPOS

horizontal – 1. Quem lê o futuro nas cartas 2. Móvel sobre o qual se põem travessas com a comida a ser servida em uma refeição 3. Tribo indígena da bacia do Javari; 3,1416 4. Adotar os procedimentos dos povos latinos 5. Maldosa; Cada um dos membros anteriores das aves, providos de penas, que ger. servem para voar; 6. É, em francês; Comprar garrotes jovens para mais tarde revendê-los; universidade de São Paulo (sigla) 7. Óleo, em inglês 8. Preparar 9. Contração da preposição de com o artigo definido feminino a; Reserva técnica (sigla)10. Profissional que trabalha em oficina 11. Chão, piso; Após, depois de.

vertical – 1. Que se converte em caramelos 2. Pedir socorro; parágrafo 3. Ramagem; Ar, em inglês; 49, em algarismos romanos. 4. Andar (a montaria) entre o passo e o galope; A região dos mortos 5. Lugar com água e vegetação no meio de um deserto; Diz-se de um dos dois isômeros em certos compostos que apresentam ligação dupla entre dois átomos de nitrogênio 6. 1.500, em algarismos romanos; Denominação de vários tipos de navio, com um ou mais mastros e velas redondas 7. Agora, forma arcaica; Mais adiante 8. nota da Redação; Tornar a pôr; A identidade do computador (sigla) 9. Argola 10. no novo Testamento, cada uma das cartas escritas pelos apóstolos às primeiras comunidades cristãs; Símbolo do ósmio.

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