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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do Sul R$ 3,10 - ANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013 www.copopular.com.br MAIS NA PÁGINA 8 MAIS NA PÁGINA 5 MAIS NA PÁGINA 5 MAIS NA PÁGINA 6 MAIS NA PÁGINA B2 MAIS NA PÁGINA C2 MAIS NA PÁGINA 2 Nilson Leitão é Deputado Federal - “Sou a favor do fim do foro privilegiado”. Pág. 3 ENTREVISTA DA SEMANA Todos pela Educação EDITORIAL MAIS NA PÁGINA B1 Faturamento da Trimec, em 2013, já beira R$ 100 milhões O DONO DE MATO GROSSO II Por Fernando Ordakowski Foto montagem É cada dia mais evidente o enorme poder que o empresário Wanderley Fachetti Torres, o Wanderley da Trimec, detém sobre a máqui- na administrativa em Mato Grosso. Poder que alimenta a suspeita de que, além dos sócios conhecidos, contaria com ajuda de pessoas ocultas bem próximas ao coração do poder em nosso Estado. Não bastassem os reajustes e os aditivos milionários que os contratos da Trimec com a administração estadual vêm recebendo, desde que o atual governador assumiu o poder em Mato Grosso, in- formações do Sistema Integrado de Planejamento, Con- tabilidade e Finanças – o Fiplan, do Governo do Estado, dão conta de que os empenhos efetuados pela empresa Trimec Construções e Terraplenagens Ltda, controlada pelo Wanderley, tem gozado de uma preferência absoluta para pagamento e costumam começar a ser pagos no pra- zo recorde de uma semana. Na sexta-feira, 13 -, conside- rado o dia de má sorte, de mau agouro, sinal de infortúnio -, um homem que se identificou como Rafael dizendo ser filho do empresário Wanderley da Trimec telefonou para a redação do CO Popular. Na sequência, ameaças. Seduc envolvida em avalanche de denúncias Parlamentar sugere que adjunto da pasta de Educação exerce tráfico de influência com fraudes em licitações públicas ESCÂNDALO O megaempresário Ney escapa duas vezes sob “rajadas de balas” População de Cuiabá ainda joga lixo nas ruas HOMEM METEORO TRANSGRESSÃO “SEI QUE VOU MORRER. VÃO ME MATAR, COMO TENTARAM. SÓ NÃO SEI QUE DIA E QUE HORA. SE EU FOR ASSASSINADO VOCÊS SABEM QUEM MANDOU ME MATAR”. O ALERTA FOI FEITO PELO EMPRESÁRIO VALDINEI MAURO DE SOUZA, O “NEY”, SÓCIO DO PREFEITO MAURO MENDES E DE WANDERLEY DA TRIMEC, EM ENTREVISTA EXCLUSIVA AO JORNAL CENTRO-OESTE POPULAR. MORADORES DOS BAIRROS PE- RIFÉRICOS DA CAPITAL RECLAMAM DA AUSÊNCIA E INOPERÂNCIA DOS SEUS LEGÍTIMOS REPRESENTANTES. Cidadãos praticam o descarte indevido de resí- duos. A cidade de Cuiabá produz, diariamente, mais de 500 toneladas de lixo. Parte destes resíduos são depositados em lugares inapropriados como ruas, calçadas, vias públicas, praças e pontos turísticos. As bitucas de cigarros lideram o ranking entre os lixos mais jogados no chão, seguido de sacolas plásticas e latas de refrigerante, outra parte é despejada em terrenos baldios o que resulta na criação de bolsões de lixo e na proliferação de doenças. A realidade é que muitos usam a desculpa que jogam lixo no chão “porque não existem lixeiras suficientes”. No entan- to, o que falta às pessoas é a percepção de que essa carência de civilidade aumenta o trabalho dos servi- ços de limpeza das ruas, que passa a ser uma tarefa quase que eterna, pois nunca obtém um resultado satisfatório. A reportagem do Centro-Oeste Popular foi às ruas para conversar com a população cuiabana que demonstrou ser favorável à punição para quem descarta o lixo incorretamente. O projeto “Lixo Zero” já está em vigor em várias cidades brasileiras. População critica atuação de vereadores FRUSTRAÇÃO Usuários frustrados com dinâmica do Detran-MT Transforme sons em música Autarquia é um dos órgãos que mais é alvo de reclamações da população. A Pentagrama Academia, em Cuiabá, oferece diversos cursos instrumentais. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MELODIAS

Jornal Centro Oeste Popular 576

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Edição do jornal com Circulação em MT, MS, DF e Go. Integração do Centro Oeste... O Semanário completão.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulR$ 3,10 - ANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013

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Nilson Leitão é Deputado Federal - “Sou a favor do fim do foro privilegiado”. Pág. 3

EntrEvista da sEmanaTodos pela Educação

editorial

mais na página B1

Faturamento da Trimec, em 2013, já beira R$ 100 milhões

o dono de mato grosso ii

Por Fernando Ordakowski

Foto montagem

É cada dia mais evidente o enorme poder que o empresário Wanderley Fachetti Torres, o Wanderley da Trimec, detém sobre a máqui-

na administrativa em Mato Grosso. Poder que alimenta a suspeita de que, além dos sócios conhecidos, contaria com ajuda de pessoas ocultas bem próximas ao coração do poder em nosso Estado. Não bastassem os reajustes e os aditivos milionários que os contratos da Trimec com a administração estadual vêm recebendo, desde que o atual governador assumiu o poder em Mato Grosso, in-formações do Sistema Integrado de Planejamento, Con-tabilidade e Finanças – o Fiplan, do Governo do Estado, dão conta de que os empenhos efetuados pela empresa Trimec Construções e Terraplenagens Ltda, controlada pelo Wanderley, tem gozado de uma preferência absoluta para pagamento e costumam começar a ser pagos no pra-zo recorde de uma semana. Na sexta-feira, 13 -, conside-rado o dia de má sorte, de mau agouro, sinal de infortúnio -, um homem que se identificou como Rafael dizendo ser filho do empresário Wanderley da Trimec telefonou para a redação do CO Popular. Na sequência, ameaças.

Seduc envolvida em avalanche de

denúnciasParlamentar sugere que adjunto da pasta de Educação exerce tráfico de influência

com fraudes em licitações públicas

esCândalo

O megaempresário Ney escapa duas vezes sob

“rajadas de balas”

População de Cuiabá ainda joga lixo nas ruas

Homem meteoro

transgressão

“Sei que vou morrer. vão me matar, como já tentaram. Só não Sei que dia e que hora. Se eu for aSSaSSinado vocêS já Sabem quem mandou me matar”. o alerta foi feito pelo empreSário valdinei mauro de Souza, o “ney”, Sócio do prefeito mauro mendeS e de Wanderley da trimec, em entreviSta excluSiva ao jornal centro-oeSte popular.

moradoreS doS bairroS pe-riféricoS da capital reclamam da auSência e inoperância doS SeuS legítimoS repreSentanteS.

Cidadãos praticam o descarte indevido de resí-duos. A cidade de Cuiabá produz, diariamente, mais de 500 toneladas de lixo. Parte destes resíduos são depositados em lugares inapropriados como ruas, calçadas, vias públicas, praças e pontos turísticos. As bitucas de cigarros lideram o ranking entre os lixos mais jogados no chão, seguido de sacolas plásticas e latas de refrigerante, outra parte é despejada em terrenos baldios o que resulta na criação de bolsões de lixo e na proliferação de doenças. A realidade é que muitos usam a desculpa que jogam lixo no chão

“porque não existem lixeiras suficientes”. No entan-to, o que falta às pessoas é a percepção de que essa carência de civilidade aumenta o trabalho dos servi-ços de limpeza das ruas, que passa a ser uma tarefa quase que eterna, pois nunca obtém um resultado satisfatório. A reportagem do Centro-Oeste Popular foi às ruas para conversar com a população cuiabana que demonstrou ser favorável à punição para quem descarta o lixo incorretamente. O projeto “Lixo Zero” já está em vigor em várias cidades brasileiras.

População critica

atuação de vereadores

FrUstraÇão

Usuários frustrados com dinâmica do Detran-MT

Transforme sons em música

Autarquia é um dos órgãos que mais é alvo de reclamações da população.

A Pentagrama Academia, em Cuiabá, oferece diversos cursos instrumentais.

prestaÇão de serviÇos

melodias

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013

Segundo o Método Terapêutico Fishe--Hoffman da Quadrinidade, o que gera a frustração é a expectativa. O único, porém é que as expectativas fazem parte da vida. Quem é que não as tem? Já que vivemos num universo eivado de expectativas e já que elas são o ponto de partida para o surgimento das frustrações, é senhor que encontremos estratégias que nos possibi-litem lidar com elas.

Não alimente expectativas imprová-veis e estará livre das frustrações. Você se lembra do Pequeno Príncipe? Ele visitou um planeta onde havia um rei que, na iminência de ser desobedecido, revertia suas ordens de forma que todos os seus súbitos, agissem como agissem, estivessem cumprindo-as. Bom, nós não somos reis, nem temos súbito que cumpram nossas ordens. Portanto, podemos fazer escolhas melhores. Es-colha apenas aquilo que esteja dentro de suas expectativas. Você está obrigado a não esperar desempenho das outras pessoas, mas esperar prepare-se para ter frustrações algumas vezes, apren-da lidar com a mesma.

V o c ê é o grande respon-sável pelo seu sucesso (ou au-sência dele). Não espere pela ajuda dos outros. É cla-ro que você pode e deve aceitar toda a ajuda que lhe oferecem, mas não conte com ela; faça sua parte.

A sorte existe? É claro que existe, todas as semanas alguém ganha na sena, na qual, na loteria federal etc. Mas não conte com ela! Não espere pela sorte, crie você mesmo suas oportunidades. Elmer Wheeler afirmava que só os mendigos são capazes de encontrar dólares no chão, pois estão sempre olhando para o chão. Os homens de ação estão tão ocupados rea-

lizando suas metas, que dificilmente os veriam. Disponha--se a resolver os seus problemas; se a sorte vier, ótimo.

É muito bom ter fé e é melhor tê-la do que não ter. Mas a fé só não basta. Se você quer que a fé remova sua montanha, acredi-te, pegue sua pá e trabalhe! Use-a para ganhar força, mas não espere que as orações, apenas tragam o sucesso. Lute, trabalhe e faça por merecer.

Tem alguém que precisa acreditar em você, profundamente, sinceramente, ho-nestamente. Esse alguém é você mesmo! Se você não acreditar em seu potencial, ninguém mais o fará por você. Aposte em si mesmo, ouse realizar e abrirá os cami-nhos. Lembre-se de que você é o melhor cavalo da corrida de sua vida. Faça-o por

você.Aprenda a somar

recursos, potenciais e soluções, praticando a sinergia. Olhe a sua volta, preste atenção às pessoas a seu redor. Procure a diferença que faz diferença. Cerque-se de pessoas que o incen-tivem e que contribuam

com dicas proveitosas e intencionadas pró ativamente. Lembre-se, com a sinergia dois e dois são cinco.

Aprenda com as pessoas bem-sucedi-das à sua volta. O que fizeram para atingir o sucesso? Dentre as pessoas que você conhece, qual delas é um exemplo digno de ser seguido?

O melhor remédio contra as frustra-ções é escolher apenas aquilo que esteja dentro de suas expectativas.

Os servidores do DETRAN-MT comemoram a publicação da LC nº 505/2013, pois ela inicia um novo tempo para a Entidade: um tempo de moderni-zação! Essa nova lei de carreira represen-ta não só uma forma de valorização dos servidores da autarquia, como também o início de uma era mais profissional e menos amadora, que tanto queremos para o DETRAN-MT.

Não podemos aceitar e continuar sendo um dos trânsitos mais violen-tos do país. A mudança desse cenário depende basicamente dessa Entidade Executiva que deve direcionar as polí-ticas públicas de trânsito de uma forma abrangente e profissionalizada, e que tem a obrigação de: fiscalizar a formação dos condutores, oferecer uma educação cidadã para o trân-sito mato-grossen-se, um atendimento ágil para o usuário e principalmente, tornar o trânsito do Mato Grosso mais seguro.

A mortandade que vemos todos os dias nos noticiários do estado não são “acidentes”, são infra-ções e crimes de trânsito que poderiam ser evitados caso o DETRAN-MT cum-prisse suas funções. O principal limita-dor do cumprimento dessas funções era a lei de carreira de seus servidores que não previa uma série de coisas. Uma lei defasada, incompleta e sem nenhuma relação com o objetivo institucional da entidade.

A partir da publicação dessa lei, o DETRAN poderá nomear mais servidores para atender a demanda reprimida dos usuários que triplicou nos últimos dez anos. Poderá abrir concurso para nome-ar intérprete de Libras e assim, atender com dignidade a comunidade surda do estado. Poderá exigir mais escolaridade

de seus servidores e prestar um serviço mais especializado à sociedade. Pode-rá a partir de agora, e somente agora, passar a fiscalizar os prestadores de serviços creden-ciados, como os despachantes e os centros de forma-ção de condutores (auto-escolas). Po-derá ter ações mais técnicas, com continuidade no planeja-mento e na execução, já que terá mais chefias com servidores do quadro efetivo.

Porém, sabemos que isso é apenas o primeiro passo. Temos agora que ter um DETRAN-MT com uma estrutura organizacional en-xuta, que finalmente possibilite a publica-ção de um regimento interno que diga o que cada um tem a obrigação de fazer

lá dentro, ou seja, organizar a casa bus-cando o máximo de eficiência.

Precisamos também de mais inves-timentos em sua estrutura para que o sucateamento da entidade não sirva de pretexto para as terceirizações e privati-zações, que tem como finalidade apenas encarecer ainda mais a prestação de serviço aos cidadãos e saciar a ganância de certos empresários que desejam en-riquecer da noite para o dia à custa do povo mato-grossense!

Enfim, essa lei representa o início de um perfil mais técnico e menos político para a entidade que é confundida com um cartório e com um banco, mas que na verdade, tem que ser uma protetora de vidas!

Há espaços para otimismo quando fa-lamos em segurança pública no Brasil? Por acaso diante de tanto sangue e barbá-rie, é ainda possível falar em segurança no país que vive às raias da inseguran-ça? Permito-me acre-ditar que: Sim.

Há algum tempo entendi que as ar-mas que as polícias

deveriam utilizar no combate ao crime não eram aquelas que disparavam projéteis. Fui convencido de que somente esse tipo de arma apenas “enxuga gelo” e, quando muito, servia tão somente de holofote aos oportunistas de plantão, que ora transformavam tiros e mortes em audiência, ora em votos.

O que me permito considerar é que as polícias precisam refundar-se, sim, refun-dar-se! Sobre novos pilares que escapem ao paradigma milita-rista de organização e da ética de guerra.

A primeira coisa a ser dita a um futuro policial que adentra a uma academia é que a sociedade não precisa de mais um capitão Nascimento.

É clichê dizer, mas não podemos con-tinuar reproduzindo, sob o signo da força bruta e do patrimonialismo, o estado oligár-quico e senhorial que tão bem conhecemos, sobretudo nesse “Eldorado como outros não há”, diz o Hino de Mato Grosso. Nes-sas circunstâncias de formação, emprego e mentalidade, o policial, alienado de sua con-dição transformadora na sociedade, apenas se soma a um grupo de autômatos que não têm sequer possibilidade de refletir diante da finalidade de suas ações, mais até, a quem interessa “sujar suas mãos”.

No entanto, iniciativas de profissionais da segurança pública que fomentam a médio, e longo prazo, uma verdadeira revolução nas polícias militares dão fôlego as minhas esperanças. Em Mato Grosso, diga-se, temos

dado passos largos nessa boa direção. São policiais militares pesquisadores, mestres e doutores que vem corroborando com um projeto de possibilidade de uma nova polícia, só na PMMT, hoje somos mais de dez poli-ciais pesquisadores.

O que nos traz alento com tais iniciati-vas dentro das polícias militares, é que pela primeira vez, após a Constituição Federal, elas colocaram-se a tarefa de se pensar com os olhos da ciência e da academia. Ou seja, as polícias no trabalho de repensar sua “con-dição de existência” por meio de homens e mulheres das instituições de segurança pública, leia-se ainda, em boa parte respal-dados por seus comandantes, propõem-se a uma minuciosa investigação dos motivos que as levaram, por longos anos, simplesmente resolver o problema da violência com coerção e bang bang e, dessa forma, semeando mais violência.

À reboque dessas primeiras reflexões, alguns velhos paradigmas vêm sendo des-truídos, tais como: o policial como herói so-

cial, isto é, uma entidade transcendente que abraça para si a condição de “xe-rife”. Pensa-se também que o policial também não pode ser o elo que estabiliza a elite em seu status quo, aquinhoando à força os pobres, negros e homossexuais em seus respectivos lugares de

marginalização.Para encerrar um pequeno ponto para

reflexão. A palavra “militar” provém de mi-les ou militis que se refere a milhares e está ligada a noção de militância, ou seja, “uma militância realizada aos milhares”; daí o emprego de “militares” às forças armadas, pois, essas militavam aos milhares nas guer-ras. O termo “policial”, por sua vez, vem de polis que quer dizer “cidade”. O policial seria então o “guardião da cidade”. Esta pode ser a chave que abrirá as portas de uma relevante igualdade, também vindo da etimologia, a saber, o termo civitas que remete a cidade e a cidadania, que, por sua vez, é polis em grego que, como vimos antes, indica a polícia. Ou seja, POLÍCIA igual a CIDADANIA. Qual-quer semelhança, pensando alto mas com pés no chão, é muito mais que coincidência.

DiretorAntônio Carlos Oliveira

Diretoria ComerCialMax Feitosa Milas

editoria e reportagem-mtBeatriz Girardi - DRT - 1187-MT

editor e reportagem - mSJota Menon

reportagensBeatriz Girardi, Ana Sampaio, Regina Botelho, Juliana Radel, Jota Menon

[email protected]

editor de arte / DiagramaçãoMário Pulcherio Filho

Diagramação / Projetos Leonardo Arruda - 65 9233-9018

ChargeFernando Ordakowski

CirCulaçãoBrasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul

SedesAvenida Miguel Sultil, nº 4.353 - Areão Cuiabá - Mato Grosso - CEP: 78.010-500Fone (65) 3623-4300/e-mail: [email protected]

Endereço BrasíliaCLSW - 301 - Bloco A - Edifício Spaço Vip Sala 136 - Setor Sudoeste Fones: (61) 3028-1388/3028-1488

Escrtório Campo GrandeRua Joaquim Murtinho, nº 184 - Centro Campo Grande - Mato Grosso do Sul CEP: 79.002-100 Fone (67) 3029-4214 e-mail: [email protected]

Assinaturas: (65) 3046-0400 (67) 3029-4214

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exPeDienteé ProPrieDaDe Da

Os artigOs de OpiniãO assinadOs pOr cOlabOradOres e/Ou articulistas sãO de respOnsabilidade exclusiva de seus autOres. nãO representam assim a OpiniãO dO jOrnal.

Opinião

Editorial artigos

O m i n i s t r o d a E d u c a ç ã o anunciou para

os próximos dias o lan-çamento de um projeto nacional com o objetivo de estimular a carreira de professor entre estudantes do Ensino Médio. Aloizio Mercadante afirmou que o programa Quero Ser Cientista, Quero Ser Pro-fessor vai conceder bolsas para pesquisa nas áreas de matemática, física, quími-ca e biologia. A proposta do governo é incentivar o

interesse pelas licenciatu-ras dessas áreas especial-mente. Alunos de esco-las públicas e professores orientadores receberão uma bolsa de estudos para desenvolver um projeto de pesquisa, aos moldes daqueles já implantados em instituições de ensino superior, de iniciação cien-tífica. Tanto o orientador quanto o estudante selecio-nados contarão ainda com o apoio de um pesquisador de universidade. Para o estudante, a bolsa deve ser

de R$ 150. De acordo com o ministro, há um déficit de cerca de 170 mil pro-fessores de matemática, física e química no setor público no Brasil. Detalhes do projeto devem ser divul-gados nos próximos dias em portaria pelo MEC, e Estados de todo o país po-derão aderir ao programa. A previsão é de que sejam liberadas, em um primeiro momento, em torno de 30 mil bolsas para estudantes de escolas públicas de todo o país.

Todos pela Educação A modernizAção do detrAn-mt começou

revolução nA PolíciA

exPectAtivAs e frustrAções

Não podemos aceitar e continu-ar sendo um dos

trânsitos mais violentos do país

A sociedade não precisa de mais um capitão

Nascimento

Aposte em si mesmo, ouse realizar e abrirá

os caminhos

Divulgação

VeNeraNDa acOsta FerNaNDes

é economiSta do detran--mt e preSidente do Sine-

tran-mt.

Divulgação

GaBrIeL LeaL é capitão da polícia militar de mato groSSo, meStre em educação pela ufmt e dou-torando em educação pela

puc de São paulo.

Reprodução

reINaLDO DO carMO De sOUZa

é profeSSor da univerSidade de cuiabá (unic)

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013 3EntrEvista da sEmana

derramamento de sangUe Reportagem publicada no jornal Centro-Oeste

Popular no mês de julho alertou para um possível derramamento de sangue por parte de interesses financeiros de grandes empresários. Não estava errado este semanário. Segundo a mesma fonte, o caso do empresário Ney pode ter sido encomen-dado.

Com dinHeiro e poder Desfrutando dos milhões que vem recebendo,

o empresário Wanderley Fachetti Torres não de-mostra muita preocupação quanto ao assunto dos deputados instalarem uma CPI para investigar a construtora. Certo de que a CPI já está enterrada, o empresário só tem que se preocupar com o Mi-nistério Público Estadual e nada mais nada menos do que o Ministério Publico Federal.

preFeito de lUCas É incrível a suposta armação que um grupo até

bem articulado tentou contra o prefeito e empre-sário Otaviano Pivetta. O grupo diz que o prefeito teria pedido 05 lotes para aprovação de um con-junto habitacional. Vejamos bem. Pivetta nas úl-timas eleições declarou um simbólico patrimônio de mais de R$ 300 milhões. Fica a pergunta: 05 lotes, sendo cada um no valor de R$ 20 mil, pode-ria aumentar sua fortuna? Não dá pra acreditar!

modernizandoUm certo consórcio formado por duas empre-

sas de São Paulo (SP) e uma de Salvador (BA) em breve vão ter que se

explicar a dona ‘’justa’’. Essa tal de TI que é muito cara por sinal ainda vai dar muito do que falar.

modernizando iiA Equipe de Inteligência do CO Popular está

reunindo documentos que comprovam que tal registro de preço está pra lá de errado e que uma empresa sozinha está se beneficiando da tal ata. O valor supera a casa dos R$ 25 milhões. Aguarde e confira.

o retornoO vereador João Emanuel reassumiu a pre-

sidência da Câmara Municipal de Cuiabá, após oito dias afastado por decisão judicial. Em nota, a assessoria jurídica diz que foi restabelecida a estabilidade na Câmara, considerando a decisão judicial e o fato de que o afastamento provisório de 15 dias, aprovado por 16 vereadores, já venceu o prazo. “A desembargadora aponta, inclusive, o quórum insuficiente para a providência de afas-tamento, inexistente no Regimento Interno”, diz trecho da nota.

reedUCandosO novo prédio da sede da secretaria de Justiça

e Direitos Humanos deve ser construído na região do Centro Político e Administrativo, em uma área de 10.000 m². O secretário Luiz Antonio Possas de Carvalho anunciou que a obra terá mão de obra dos reeducados. Além disso, todo o projeto será planejado visando a sustentabilidade ambiental e social.

aporte FinanCeiro da União

A primeira parcela do apoio financeiro do governo federal a todos os municípios brasileiros foi depositada no dia 12 de setembro. O recurso no valor de R$ 3 bilhões, divididos em duas parcelas, é uma conquista da Confederação Nacional de Mu-nicípios e do movimento municipalista nacional. Mato Grosso foi contemplado com o montante de R$ 55.206.142,17, que foram divididos em duas parcelas de R$ 27.603.071,09. A primeira libe-rada em setembro e a segunda será em abril de 2014. Conforme o presidente da AMM, Valdecir Luiz Colle, Chiquinho, o apoio financeiro é uma medida que vai contribuir, mas não vai resolver os problemas enfrentados pela maioria dos gestores na administração municipal. “São muitas as priori-dades e há necessidade de investimentos, que são constantemente cobrados pela população de cada município”, disse ele.

nilson leitão é depUtado Federal

Beatriz Girardi e Juliana RadelDa redação

centro-Oeste Popu-lar - Qual foi o seu pro-jeto mais importante na câmara Federal para Mato Grosso?

Nilson Leitão - Eu encaminhei vários projetos que estão em tramitação. Um dos mais importantes é o que proíbe os municípios com IDH menor que a média nacional, de pagar as dívidas referentes ao Mundial. Não é justo que os municípios mais pobres arquem com estes custos. Mas, o que me dá orgulho de verdade é a ida da faculdade de Medicina para Sinop e Rondonópolis. Mato Grosso era o Estado com menor número de vagas de medicina do país, e nós conseguimos emplacar jun-to com a bancada de Mato Grosso, 60 vagas para Sinop e 40 para Rondonópolis.

cO Popular - Qual a sua opinião sobre o imbróglio envolvendo o prefeito Mauro Mendes e o vereador João ema-nuel?

Nilson Leitão - É uma disputa política de espaço de poder, não posso entrar no mérito. Não conheço os de-talhes. É um debate que não é bom para Cuiabá nem para os cuiabanos. É importante que haja bom senso político entre o presidente da Câma-ra com o prefeito da capital. Não quero estender lado em relação a isso, porque seria leviano escolher qualquer lado. Cuiabá precisa muito da concentração de seu líderes políticos, caminhamos para a Copa do Mundo e todas as obras estão com problemas. Assim, quanto menos conflitos partidários mais tempo terão pra pensar em Cuiabá.

cO Popular - Quando a população foi às ruas, recentemente, um grito ecoava mais forte: “sem partido”. a negação das legendas o preocupa?

Nilson Leitão - Me pre-ocupa muito, porque sem o partido não existe democracia. Quando os partidos se enfra-quecem e a população começa a personalizar a política isso é muito ruim, pois empobrece a democracia principalmente para alguns que preferem ser populistas.

cO Popular - O senhor concorda com a explica-ção dada pelo deputado federal Zoinho (Pr-rJ) flagrado usando dinheiro da cota parlamentar para alugar carros de empresas supostamente fantasmas: “acho que honesto, só Je-sus cristo”.

Nilson Leitão - Acredito que foi uma frase infeliz. A so-ciedade quer ouvir dos políti-

cos o máximo de honestidade, transparência, ética. Mesmo sabendo que a sociedade pas-sa por momentos difíceis e enfrentando todos os poderes com problemas, é importante que o político, ao menos, seja um bom exemplo para a so-ciedade.

cO Popular - O go-verno do Distrito Federal reforma a prisão, que terá cubículos diferenciados para dar conforto aos po-líticos no xadrez. O senhor acha correta essa atitude?

Nilson Leitão - Eu acho que o sistema penitenciário tem que melhorar. Não deve haver discriminação entre político e preso e deveria fazer isso para todo o sistema do Brasil. Todo brasileiro recluso,

seja qual for seu crime, precisa de um tratamento mais huma-nitário.

cO Popular - Na sua avaliação, o financiamen-to privado permite a elei-ção de candidatos sem plataforma, independen-temente de um passado íntegro ou não?

Nilson Leitão - O Brasil não vive um bom momento em relação às eleições, o mo-delo que está é o modelo que o brasileiro não concorda. É preciso ter a reforma. O sis-tema dá oportunidade para o poder econômico sobrepor a qualquer outro tipo de situ-ação. Na campanha política ideias e projetos passam a ser secundárias quando o poder econômico atropela qualquer outro tipo de sistema. Não deveria ser assim.

cO Popular - O senhor vê com otimismo a escolha dos representantes políti-cos em 2014?

Nilson Leitão - Não, eu não vejo justamente por causa disso. Não ouve reforma polí-tica e a reforma eleitoral ainda está em andamento.O poder econômico vai estabelecer a maioria dos vencedores, al-guns que não vão depender do poder econômico vai ser uma minoria. Quem pode mais se elege,quem pode menos não se elege. É uma proporção de 70 para 30 por cento. Poucos políticos se elegem com pouco dinheiro, boa plataforma com proposta e reconhecimento nacional, infelizmente a maio-ria se elege com a conjuntura econômica.

cO Popular - e na con-juntura local?

Nilson Leitão - A mes-ma coisa, o poder econômico

acaba sendo a parte mais forte de uma disputa eleitoral.

cO Popular - O foro privilegiado é tratado como sinônimo de impu-nidade. as condenações recentes do stF, no men-salão e no caso Donadon, ajudam a mudar essa ima-gem?

Nilson Leitão - Aju-da, mas eu sou contra o foro privilegiado. Eu sou a favor que qualquer julgamento seja julgado em todas as instâncias, que o cidadão comum tenha o direito de um deputado, prefei-to ou governador. Sou a favor do fim do foro privilegiado.

cO Popular - Na sua concepção, que mudança poderia ser feita no siste-

ma eleitoral? Nilson Lei-

tão - A limitação de contratação de cabos eleitorais. Não pode uma cidade de 20 mil eleitores um can-didato contratar

mil cabos eleitorais. Eu tenho uma proposta para reduzir drasticamente os gastos, tem que ter um teto, não deve ser quanto o candidato tem a oferecer, mas sim o quanto deve se gastar com um teto pra todos. Existe um abuso econômico, quem é mais rico não é melhor de quem é mais pobre. Será uma proposta de ideias, acabar com coligação proporcional, mudar o siste-ma do programa eleitoral na TV e rádio e explorar mais a internet. Acabar com abuso em carros de som, pinturas de muros. Tudo isso só onera, custa dinheiro. Transparência dos gastos deve ser levado a sério.

cO Popular - O senhor é favorável à reeleição?

Nilson Leitão - Não, eu sou favorável a um mandato mais longo no executivo de cinco anos. Já fui prefeito e reeleito. As pessoas acabam usando o primeiro mandato para fazer propaganda para o segundo. Hoje, sou contra a reeleição.

cO Popular - O senhor é a favor do financiamento público para campanhas? O financiamento público não estimularia o caixa 2?

Nilson Leitão - O caixa dois já é estimulado no abuso de como está o poder financei-ro de uma campanha. É uma coisa absurda. O financiamen-to público daria uma oportuni-dade de ser mais fiscalizado. Eu acredito que precisa mudar os conceitos. Por exemplo, os critérios de gastos de campa-nha com transparência. Não pode ter um candidato com 10 pessoas trabalhando para ele e outros duas mil trabalhando, isso que não pode acontecer.

cO Popular - Na sua opinião, cuiabá estará pronta e preparada para receber a copa?

Nilson Leitão – Não. Cuiabá iniciou as obras da Copa e conseguiu levar al-gumas obras para estrutura urbana. Porém, sem plane-jamento. Além do caos com obras superfaturadas. O legado é muito ruim para o futuro do Estado, poderia ser feito muitas coisas com a metade do valor. Mas, sem planejamento e com a crise instalada hoje não serão os quatro jogos da Copa realizados em Cuiabá que vão devolver todo dinheiro gasto. Acredito que não serão todas as obras que irão ficar prontas, e outras que ficarão prontas fica-rão obsoletas, em total desuso. Eu quero uma boa Copa do Mundo. Cuiabá estará prepara-da pela sua população que sabe recepcionar, ser bom anfitrião é uma população agradável. Este vai ser o ponto positivo, vai ser uma experiência. Vamos sofrer por um período e depois voltar a normalidade. O ruim é a dívida, porque todas as obras são financiadas e quem vai pagar a conta é a população de todos os municípios do Estado de Mato Grosso.

cO Popular - e quanto ao seu futuro político?

Nilson Leitão - Eu sou presidente de um partido no Estado. Meu partido tem um candidato a Presidência da República. Além disso, vamos primeiramente tentar fazer um bom grupo. Hoje sou coorde-nador de um grupo de cinco ou seis partidos, que devem se unir para as eleições de 2014 e por isso preciso me despir de qualquer vaidade para cumprir a função que me for designada.

cO Popular - O senhor tem alguma pendência com a Justiça?

Nilson Leitão - Quem foi prefeito neste país sempre tem. Mesmo que você não deva, quando alguém acha que deve a obrigação é que seja investi-gado. É normal, oito anos de prefeitura sendo oposição ao governo do Estado e governo federal e ter algumas pendên-cias que precisam ser resolvi-das, mas não tenho nenhuma ação tramitada e julgada.

cO Popular - como será a participação do seu partido, PsDB, nas eleições de 2014 em Mato Grosso?

Nilson Leitão - O PSDB vai participar com uma boa chapa estadual e federal, ofe-recendo nomes para majo-ritárias e trabalhando com grupos de partidos políticos. Vamos trabalhar para ganhar as eleições de 2014 com proje-tos para Mato Grosso. O mais importante não é quem vai ser o candidato, e sim, o que apresentaremos para o povo de Mato Grosso.

“O poder econômico acaba sendo a parte mais forte de

uma disputa eleitoral”

nilsOn leitãO é deputadO federal de matO grOssO e presidente estadual dO psdb. nasceu nO interiOr dO matO grOssO dO sul, nO municípiO de cassilândia, em

25 de fevereirO de 1969. casadO e pai de três filhOs, fOrmOu--se em técnicO em cOntabilidade. realizOu mais de 370

campanhas sOciais. fOi eleitO pelO psdb vereadOr aOs 26 anOs, deputadO estadual aOs 28 anOs, eleitO prefeitO de sinOp aOs 30 anOs de idade e reeleitO

em 2004. também fOi cOOrdenadOr estadual da campanha eleitOral de geraldO alckimin, além

de cOmpOr acentO na direçãO naciOnal dO partidO. cOnfira a seguir a entrevista.

“Sou a favor do fim do foro privilegiado”

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 20134 informE

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013 gEral 5

População de Cuiabá ainda joga lixo nas ruas

Cidadãos praticam o descarte indevido de resíduos Juliana Radel

transgressão

Juliana RadelDa Redação

A cidade de Cuiabá produz, diariamente, mais de 500 toneladas de lixo. Parte destes resíduos são depositados em lugares inapropriados como ruas, calçadas, vias públicas, praças e pontos turísticos.

As bitucas de cigarros lideram o ranking entre os lixos mais jogados no chão, seguido de sacolas plásti-cas e latas de refrigerante, outra parte é despejada em terrenos baldios o que re-sulta na criação de bolsões de lixo e na proliferação de doenças.

A realidade é que mui-tos usam a desculpa que jogam lixo no chão “por-que não existem lixeiras suficientes”. No entanto, o que falta às pessoas é a per-cepção de que essa carência de civilidade aumenta o trabalho dos serviços de limpeza das ruas, que passa a ser uma tarefa quase que eterna, pois nunca obtém

um resultado satisfatório. A reportagem do Cen-

tro-Oeste Popular foi às ruas para conversar com a população cuiabana que demonstrou ser favorável à punição para quem descar-ta o lixo incorretamente. O projeto “Lixo Zero” já está em vigor em várias cidades brasileiras.

Para Luiz Bom de San-

tana, gari há mais de cinco anos em Cuiabá, as pessoas veem as lixeiras, mas tem preguiça de ir até o local para depositar o lixo. “O que mais vejo é gente velha jogando lixo no chão e são essas pessoas que deveriam dar o exemplo”, observa. Santana acredita que se tivesse multa para quem joga lixo nas ruas as pessoas

teriam mais responsabili-dade. “A educação começa em casa. Infelizmente as crianças não possuem esse tipo de consciência, pois os pais não ensinam”, avalia.

Benilton Monte Cruz, que vende água de coco há mais de 16 anos na Praça Alencastro, em frente à Prefeitura Municipal de Cuiabá, acredita que jogar lixo no chão se tornou um hábito. “Isso já é uma cul-tura das pessoas. É criança, gente velha (sic) e de todas as classes sociais poluindo as ruas. Se você olhar há mais de 10 lixeiras em nos-sa volta, mesmo assim as pessoas fingem que não vê”.

Para o vendedor, a me-lhor alternativa seria ensi-nar nas escolas. “Educar em casa e nas escolas, depois disso, multar quem desres-peitar o meio ambiente”, sugere Cruz.

O engraxate Lindolfo da Conceição relata que “não é falta de lixeira, mas falta de educação. As pes-soas acham que é só pobre

A falta de conscientização com os resíduos jogados nas ruas é um dos maiores problemas ambientais da atualidade

que não tem educação, po-rém eu trabalho andando pelas ruas há 26 anos e o que vejo é gente de todo nível social poluindo a ci-dade”, descreve.

sUJões Na MIra O secretário de Ser-

viços Urbanos de Cuiabá, José Roberto Stopa, infor-mou que para o ano de 2014 “estão previstos colocar 10 mil cestos de lixos na capital, todos contendo o símbolo de reciclagem”.

Stopa expl ica que Cuiabá tem um Código de Limpeza Urbana. “Temos agentes fiscais que fazem vistorias regularmente e quando constatado a pre-sença de bolsões de lixo, é aplicado multa conforme a gravidade da infração”.

O titular da pasta co-menta ainda que existem cestos de lixos suficientes, mas que a população não respeita e acaba jogando o lixo no chão. “A melhor solução seria aplicar multa para aqueles que jogam

resíduos pequenos como bitucas, papel, latas de re-frigerante no chão. Certa-mente se tivéssemos essa lei nossa cidade seria mais limpa”.

Já o secretário de co-municação da Câmara de Cuiabá, Luiz Acosta, infor-mou que não existe uma lei específica em Cuiabá para multar o cidadão que jogar lixo no chão. Conforme ele, nenhum vereador ou de-putado se manifestou para apresentar esse projeto.

“O que temos é um projeto educacional para reciclar o lixo. Acredito que, até por uma questão social, que não vai demorar pra Lei “Lixo Zero” chegar a Cuia-bá”, conclui Acosta.

Lugar de lixo é no lixo

Reprodução ReproduçãoReprodução

O megaempresário Ney escapa duas vezes sob “rajadas de balas”

Homem meteoro

“Sei que vou morrer. Vão me matar, como já tentaram. Só não sei que dia e que hora. Se eu for assassinado vocês já sabem quem man-dou me matar”. O alerta foi feito pelo empresário Valdinei Mauro de Souza, o “Ney”, sócio do prefeito Mauro Mendes e de Wanderley

da Trimec, em entrevista exclusiva ao jornal Centro-Oeste PopularComo se fosse um meteoro, Valdinei Mauro de Souza, o “Ney”, sumiu de dentro de um avião cercado por bandidos armados até os dentes, inclusive com fuzis, pistolas e revólveres

José Ribamar TrindadeEspecial para o Centro-Oeste Popular

Sorte. Muita sorte. Pri-meiro foi em 12 de abril do ano passado, quando a camionete do megaempresário Valdinei Mau-ro de Souza, o “Ney”, de 43 anos, foi alvo de uma rajada de balas. Quase 25 tiros. Ney e o sócio dele, Wanderley Fachetti Tor-res, o “Wanderley da Trimec”, escaparam da execução graças a blindagem da camionete. Na manhã de quinta-feira, 12de setembro, as cenas se repetiram em outro garimpo de Ney no distrito de Cripurizinho, muni-cípio de Itaituba (oeste do Pará,

a cerca de 900 quilômetros de Belém). Mais uma vez os ban-didos foram roubar ouro, igual na fazenda Ajuricaba, na zona rural de Várzea Grande (Gran-de Cuiabá), em Mato Grosso. Os bandidos esperaram pela chagada de Ney. Só que agora ele escapou ainda mais miste-riosamente. Como se fosse um meteoro, Ney sumiu de dentro de um avião cercado por ban-didos armados até os dentes, inclusive com fuzis, pistolas e revólveres.

O garimpo de Cripurizinho pertence a Maney Mineração, de propriedade do empresário Ney em sociedade com o prefeito de

Cuiabá, Mauro Mendes (PSB). Os bandidos estavam na pista de pouso da fazenda quando a aeronave pousou comandada por Pena Fernandes, que estava com Ney, um copiloto e dois amigos. Quando o avião pousou, segundo Pena contou à polícia do Pará, somente Ney conseguiu escapar.

As outras quatro pessoas foram levadas para o interior da fazenda, pois os bandidos que-riam ouro. O cofre estava vazio, igual o da fazenda Ajuricaba, em Mato Grosso. Revoltados, os bandidos começaram a atirar, destruíram os computadores e ainda feriram duas pessoas que estavam como reféns juntas com os empregados da fazen-da. Os dois: o copiloto e um funcionário da fazenda estão hospitalizados em estado grave.

A polícia do Pará confir-mou os depoimentos de Pena. Disse que fugiram pela mata fechada localizada nas proximi-dades do município de Jacarea-canga, após o avião pilotado por Pena aterrissar em uma pista de pouso localizada na cidade com o avião roubado. Os reféns foram liberados ilesos.

Percebam a coincidência entre os casos da Fazenda Aju-ricaba, em Mato Grossso, e da Fazeda Cripurizinho, no Pará, ambas de propriedade dos em-presários Ney, Wanderley da Trimec e do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes? Pena contou a Polícia que decolou de Santa-rém na manhã de quinta-feira, 12/9, acompanhado do filho, Valdinei, do copiloto e de dois amigos de sua família.

Disse que assim que o avião

pousou na pista, eles foram sur-preendidos por rajadas de tiros disparados por quatro homens, que os aguardavam escondidos na mata. Ney foi o único que conseguiu escapar dos tiros, ainda não sabe como.

Pena disse ainda que ele, o filho e os dois amigos foram levados para a sede da minera-dora, sob a mira dos bandidos, que portavam seis armas, sendo três fuzis com carregadores, dois revólveres e uma espingar-da de dois canos.

No escritório, segundo ainda Pena, os bandidos rende-ram o gerente e o fizeram abrir o cofre da sede, que estava vazio. Eles ficaram muito nervosos e dispararam rajadas de tiros nos computadores e nos móveis do escritório.

Igualzinho aconteceu em Várzea Grande no ano passado. Até pediram para serem levados onde é feita a lavagem do casca-lho. Lá eles levaram a areia que ainda estava secando, enrolada em um pano. Com a areia que pesava mais de dois quilos, estavam apenas cerca de 300 gramas de ouro.

Segundo Pena contou à Polícia do Pará, que durante a viagem, eles (os bandidos), falavam o tempo todo que iriam

matar o informante por passar informação errada. Eles rece-beram a informação de que encontrariam na mineradora cerca de 25 quilos de ouro.

Apesar das informações de Pena, a polícia ainda não decidiu sobre o que realmente aconteceu. Se foi realmente um roubo ou uma tentativa de sequestro que pudesse re-sultar na morte de alguém por “encomenda”. A imprensa do Pará trabalha com a hipótese de sequestro para assassinato.

eNteNDa O

PrIMeIrO casO Valdinei Mauro de Souza,

o “Ney”, que no momento estava junto com seu atual sócio, Wan-derley Facheti torres, conhecido como “Wanderley da Trimec” foram alvos de um atentado à bala. Os dois estavam juntos em um carro blindado em 12 de abril do ano passado, quando o veículo foi crivado de balas.

O atentado, primeiramen-te investigado como um assalto, aconteceu na fazenda Ajuricaba, onde se localiza a Mineradora Money (abreviatura dos nomes dos empresários Mauro Men-des, prefeito de Cuiabá, e Ney), na Praia Grande, em Várzea Grande (grande Cuiabá).

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 20136 política

População critica atuação de vereadores

FrUstraÇão

Moradores dos bairros periféricos da capital reclamam da ausência e inoperância dos seus legítimos representantes

Regina BotelhoDa Redação

Bairros sem rede de esgoto, iluminação, asfalto, transporte coletivo, cre-ches, coleta de lixo regular, ruas esburacadas. Essa é a realidade enfrentada dia-riamente por moradores de vários bairros de Cuiabá. Com 25 vereadores atuando no Legislativo Municipal, o desempenho dos parla-mentares está aquém para a população. Considerada a

“Casa dos escândalos e dos horrores”, a rejeição da po-pulação à atuação dos edis municipais foi comprovada pela reportagem do Jornal Centro-Oeste Popular. Para o funcionário público Felin-to de Almeida, 63, morador do Doutor Fábio I, a região sempre foi carente de ilumi-nação pública, abastecimen-to de água e limpeza. Ele conta que esteve recente-mente na Câmara Municipal para expor as deficiências ao presidente afastado João Emanuel (PSD). No entanto, o atendimento foi interrom-pido pela secretária que agendou seu telefone, mas até o momento não fez ne-nhum contato. “O vereador mudou muito depois que se elegeu. Nunca mais veio ao bairro. Se dependermos dele ficamos em uma si-tuação muito difícil, pois não cumprem o que falam”, desabafou. Almeida disse ainda que o ex-vereador Roberto França foi o único que sempre brigou e realizou melhorias no bairro.

O comerciante José Dil-son Gomes dos Santos, 42, do Três Barras-setor I, recla-ma da falta de água, rede de esgoto e péssimas condições do asfalto que é “feito a meia sola em dezenas de regi-ões”. Ele aguarda a chegada das próximas eleições em 2014 para receber em sua casa a visita dos políticos. “Depois, como é costume, desaparecem. Esse tipo de política precisa ser mudado. É de suma importância que façamos valer nossos votos depositados nas urnas. Os políticos só pensam em se

eleger e ganhar dinheiro à custa da população”, dispa-ra. A atuação dos parlamen-tares é considerada como péssima para a vendedora Cristina Lima, 23, que reside a cinco anos no João Bosco Pinheiro. Aborrecida avalia que a falta de pavimentação asfáltica persiste há várias gestões, mesmo sendo de co-nhecimento dos vereadores. “Eles são cara de pau e só aparecem de quatro e quatro anos. Os temporãos pedem nosso voto de confiança e

nada fazem pelos menos favorecidos. Nota zero para eles”, disse desanimada.

Nenhuma benfeitoria foi realizada pelo Legisla-tivo Municipal nos Altos da Serra neste primeiro ano de mandato, avalia a auxiliar de serviços gerais Adriana Martinha Ferreira, 28, e que há 10 anos mora no local. Conforme ela, o grande problema na região é a falta de rede de esgoto e pavimentação. “Votar ou não no dia das eleições não faz diferença, pois o aban-dono é visível pelo poder público em vários bairros de Cuiabá”.

Dalva da Cruz Matos, 57, autônoma, reside no CPA IV setor IV há mais de 30 anos. Ela comenta que o último contato com os vere-adores ocorreu nas últimas eleições e desse tempo até hoje caiu no esquecimento. “Na minha rua as obras de recapeamento foram feitas pela metade e com serviços de má qualidade, os bura-cos já estão por toda a via. A coleta de lixo é irregular. Eles só batem na porta da população quando preci-sam de votos. Uma falta de respeito muito grande com os eleitores. Quando neces-sitamos de alguma coisa nem conseguimos falar com eles. Só sabem roubar e se preocupam com o próprio umbigo”, disse indignada.

Apesar de não lembrar em quem votou no último pleito eleitoral, Gilliano da Silva, 29, comerciante e morador do Areão cita que falta muita infraestrutura no local. De acordo com

ele, nenhum representante ou assessor aparece para verificar os anseios dos mo-radores. “Todos asseguram melhorias, mas não cum-prem”, questiona.

QUaLIDaDe De VIDa

As principais reclama-ções da população quase sempre dizem respeito à saúde, educação e segurança pública, bem como a estru-tura das creches, problemas com consultas médicas, falta de medicamentos e infraestrutura.

DeMaNDas rePrIMIDasPara Adail Júnior, 29,

analista de sistema e mora-dor do Bosque da Saúde não adianta apenas a presença do Legislativo se ele não tem poder de executar nenhu-ma ação. “É preciso mais atuação. A Câmara deve convidar os munícipes para se reunir com o Executivo e garantir, assim, que os se-cretários ou representantes das secretarias melhorem o básico para a população.

Em sua opinião, os tra-balhos estão a desejar e caminham a passos lentos. Para Adail, os parlamenta-res visam apenas anseios próprios. Enfatiza ainda que para garantir um bom trabalho e ações eficazes, os vereadores devem estar mais próximos da comuni-dade, ouvindo os reclames da população, debatendo os problemas mais urgentes de cada bairro.

OUtrO LaDOO vereador Onofre de

Freitas Júnior (PSB) se de-fende dizendo que não fez promessas de obras durante sua campanha. Segundo ele, apenas informou aos eleitores que iria cumprir o papel de fiscalizador do legislativo. “Alguns mo-radores pensam que não estou fazendo nada, mas es-tou desempenhando o meu trabalho como vereador”, ressalta. Já Ricardo Saad (PSDB) garante que apre-sentou 42 projetos nos seis primeiros meses de atuação na Câmara e mais de 400 indicações. Enfático diz que não tem culpa se os projetos que chegam ao Executivo são vetados. “Faço parte da Comissão de Saúde da Casa e briguei pela implantação da Unidade de Pronto Aten-dimento (UPA), do Pascoal Ramos e consegui. Tenho andado no Pronto Socorro e fiz várias denúncias jun-to ao Ministério Público. É preciso entender que o Legislativo passa por um

momento delicado e polê-mico, mas tem colegas que nada fizeram até o momento porque ficam na aba do pre-feito Mauro Mendes( PSB)”,

denuncia.Já o vereador Adilson

Levante (PSD) garantiu que alguns bairros já receberam obras de patrolamento e

cascalhamento. Destaca ainda que conseguiu am-pliar o atendimento em al-guns centros odontológicos da cidade até às 20 horas. “A demanda de melhorias é muito grande. Encontra-mos a prefeitura sucateada, mas conseguimos R$ 150 mil da Caixa Econômica Federal(CEF) que autorizou o Executivo a realizar pavi-mentação em vários bairros. Porém, isso só vai ocorrer nos locais que contam com rede de esgoto. Pretendo contribuir sim com a melho-ria dos bairros e tenho que feito o que posso”, finaliza Levante.

População rejeita atuação dos edis municipais

Bairros sofrem com falta de pavimentação, limpeza, iluminação e coleta de lixo

O funcionário público Felinto de Almeida, morador do Doutor Fábio I, está descontente com o presidente

afastado da casa João Emanuel

A atuação dos parlamentares é considerada péssima para a

vendedora Cristina Lima

Gilliano da Silva, comerciante: todos asseguram melhorias, mas não

cumprem

Dalva Matos: os vereadores só batem na porta da população quando precisam de votos para se elegerem

De acordo com Adriana Ferreira, nenhuma benfeitoria foi realizada pelo

Legislativo Municipal nos Altos da Serra neste primeiro ano de mandato

Fotos: Regina Botelho

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013 7cidadEs

Avanços e desafios são discutidos na X Conferência Estadual de Assistência Social

polÍtiCas pÚBliCas

Mato Grosso debate ações estratégicas que deverão contribuir com os avanços das políticas socioassistenciais para o próximo biênio

Agro Amazônia pela décima vez entre as ‘150 Melhores para Você Trabalhar’

Empresa mato-grossense com sede em Cuiabá investe em capacitação e desenvolvimento pessoal

ranking

Da Redação

A Agro Amazônia Produ-tos Agropecuários, empresa mato-grossense com sede em Cuiabá, está pela décima vez entre as ‘150 Melhores Em-presas para Você Trabalhar no Brasil’, do Guia Você S/A Exame, da editora Abril. O ranking geral foi divulgado aos vencedores na segunda--feira à noite (09.09), duran-

te solenidade de premiação, em São Paulo, com repre-sentantes das 150 empresas classificadas na edição 2013 do Guia.

O sócio-diretor da Agro Amazônia, Roberto Motta, destaca o orgulho e a satis-fação de estar no ranking pela décima vez. “É o maior presente que poderíamos receber no ano em que esta-mos comemorando 30 anos de fundação. É um estímulo para continuarmos inves-tindo na capacitação e no desenvolvimento pessoal e profissional do nosso quadro de colaboradores”, disse. A Agro Amazônia Produtos Agropecuários possui 330 funcionários.

O objetivo do Guia é valo-rizar as empresas que melhor cuidam de seus colaborado-res. O trabalho nacional é baseado em uma metodologia abrangente, profissional críti-ca e rigorosa. O ranking, por exemplo, leva em consideração a percepção dos funcionários (peso de 70%); as práticas da empresa (20%); e a nota do jornalista da Exame que visita a empresa (10%).

aVaLIaÇÃO IMPOrtaNteA aval iação para o

ranking acontece em duas etapas: envio de questio-nário e após a classificação entrevista pessoal com 30 colaboradores escolhidos pelo Guia. As respostas são individualizadas e o pro-prietários sequer são entre-

vistados. “A participação é gratuita e muito importante aos vencedores”, reiterou Roberto Motta. Para ele, o resultado da pesquisa reflete a política de relacionamento com os colaboradores.

Hoje, o Guia Exame - As Melhores Empresas para Você Trabalhar é a maior pes-quisa de clima organizacional do país. Em 2012, contou com 505 empresas inscritas.

sOBre a aGrO aMaZÔNIa

A Agro Amazônia com-pletou 30 anos de fundação em agosto de 2013. Iniciou como distribuidora de in-sumos para a produção pe-cuária e com o tempo a em-presa ampliou sua atuação entrando para o segmento agrícola (1986) e em segui-da com máquinas agrícolas como concessionária John Deere (1997). Atualmente, as empresas do grupo possuem 670 funcionários distribuídos em 33 filiais em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Sua área de atuação cobre também os estados de Goiás,

Pará, Tocantins e Bahia.A empresa tem como

missão trabalhar para o de-senvolvimento sustentável do agronegócio. Além disso, tem uma preocupação constante em prestar o melhor serviço aos clientes, tanto que traz isso nos valores da empresa, juntamente com o respeito e a valorização das pessoas, ética e transparência, excelência no relacionamento, seguran-ça e responsabilidade social/ambiental. Tudo isso com o objetivo de atingir sua Visão que é tornar-se uma empresa referencial de excelência no agronegócio brasileiro.

A Agro Amazônia incen-tiva o esporte e a qualidade de vida dos funcionários com programas específicos. Além disso, realiza ações de inclusão social, ações para a educação ambiental de crianças e jovens, e para ho-mem do campo. Desde 2001, ganha anualmente o Prêmio ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal), conce-dido às empresas que mais contribuem para a educação ambiental no Brasil.

Roberto Motta, sócio-diretor da Agro Amazônia: é o maior

presente que poderíamos receber no ano em que

estamos comemorando 30 anos de fundação

Divulgação

Da Redação

Mato Grosso saiu na frente ao ser o primeiro estado brasileiro a mobli-lizar os segmentos sociais com a realização da décima Conferência Estadual de Assistência Social, que teve por finalidade proporcionar o debate de ações estratégi-cas que deverão contribuir com os avanços das políti-cas socioassitencias para o próximo biênio.

Realizada pelo Conse-lho Estadual da Assistência Social (Ceas-MT), com o apoio da Secretaria de Es-tado de Trabalho e Assis-tência Social, a Conferência Estadual, cujo tema foi “Gestão e o Financiamento na efetivação do SUAS” teve início na segunda-feira (02.09) com a realização da solenidade de abertura dos trabalhos e seguiu até quarta-feira (04.09), no Hotel Fazenda Mato Gros-so, em Cuiabá.

À frente da condução dos trabalhos, o presidente do Conselho Estadual da Assistência Social, Antô-nio Raimundo Figueiredo Neto, destacou o empenho da secretária de Estado de Trabalho e Assistência So-cial, Roseli Barbosa, para a realização do evento, assim como para o fortalecimen-to das redes de proteção básica e especial nos mu-nicípios.

“Somos gratos à secre-tária Roseli Barbosa, que não mediu esforços para a realização desta Conferên-cia e que, brilhantemente, vem conduzindo a assistên-cia social do nosso estado, fortalecendo as ações nos municípios e as políticas de desenvolvimento social”, ressaltou o presidente do Ceas-MT, observando que cabe aos participantes da

Roseli Barbosa, secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social: é nessa instância deliberativa que é oportunizada a análise de tudo que foi já deliberado e o que ainda precisa ser executado para avançarmos na construção coletiva de políticas públicas e instituição de

mecanismos voltados à redução das desigualdades sociais

Jana Pessôa/Setas-MT

Conferência dar continui-dade a esses avanços, com a avaliação das políticas da Assistência Social e a de-finição das diretrizes para aprimoramento do Suas.

“É para isso que reali-zamos a conferência. Para avaliarmos as políticas de assistência social. Para dis-cutirmos o Sistema Único da Assistência Social (Suas) e propormos novas ações. Penso que esse é o melhor momento para avançar-mos, pois já temos novos regulamentos com a Suas e as alterações da Lei Orgâ-nica da Assistência Social (Loas)”, pontuou.

reDUÇÃO Das DesIGUaLDaDes

sOcIaIsDe acordo com a se-

cretária Roseli Barbosa, a realização da Conferência venho somar com as de-mais ações voltadas ao for-talecimento da Assistência Social em Mato Grosso e

no País. “É nessa instância deli-

berativa que é oportuniza-da a análise de tudo que foi já deliberado e o que ainda

precisa ser executado para avançarmos na construção coletiva de políticas públi-cas e instituição de meca-nismos voltados à redução

das desigualdades sociais”, salientou Roseli Barbosa.

Representando o Con-selho Nacional da Assis-tência Social, o conselheiro Edivaldo da Silva Ramos reforçou o papel da Confe-rência Estadual para efeti-vação do Sistema Único da Assistência Social.

“Nesses dias de Con-ferência, a nossa tarefa é avaliar tudo aquilo que já foi conquistado ao longo dos anos de luta pela con-solidação das políticas de Assistência Social enquan-to dever do Estado, fazer os apontamentos necessários para o aprimoramento das políticas socioassistenciais e definir as estratégias para superação dos desafios”, orientou Edivaldo.

Também presente no evento, a secretária Nacio-nal de Assistência Social, Denise Colin, destacou a importância do alinha-mento dos entes federati-vos no processo de supe-ração das desigualdades

sociais. “É fundamental que os

entes federativos estejam juntos para enfrentar as situações de vulnerabilida-des e risco que são fruto da grande desigualdade social e do modelo de desen-volvimento da sociedade brasileira ao longo desses anos. Temos a tarefa de propor políticas públicas para juntos superarmos as dificuldades de gestão”, avaliou Denise Colin, lem-brando que desde junho tiveram início as conferên-cias municipais e que esse debate será concluído em dezembro na Conferência Nacional.

Com a participação de gestores sociais dos 141 municípios, a Conferência Estadual da Assistência Social elegeu os 28 dele-gados que participarão da IX Conferência Nacional de Assistência Social, a ser realizada em Brasília/DF, no período de 16 a 19 de dezembro de 2013.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 20138

Simulação em shopping causa pânicoMovimentação da polícia causou correria e medo em muitas pessoas que estavam no local e moram perto do shopping

aÇão e reaÇão

gEral

Regina Botelho Da Redação

A simulação da cúpula da Segu-rança Pública de Mato Grosso realizada na semana passada, no Pantanal Sho-pping em Cuiabá, além de ter causado muito pânico, medo e correria para funcionários, clientes, trabalhadores das obras e moradores próximos ao local, não foi bem vista pela população. A ação faz parte do cronograma de ações preparativas da Segurança Pú-blica para à Copa do Mundo na Capital.

Para um vendedor de picolés que trabalha há três anos em frente ao shopping e que preferiu não ter seu nome revelado, a ação obrigou a popu-lação assistir “o espetáculo”. Ele conta que assim que os portões de acesso foram trancados quem estava dentro não podia sair e quem estava fora não

podia entrar. “Foi uma grande falta de respeito, um grande holofote sem necessidade”.

ICCM, 10 anos revela que tinha ido ao supermercado dentro do sho-pping no momento que começou a simulação. Sem entender o que estava acontecendo e o que fazer ficou com muito medo, pois a todo instante che-gavam policiais, ambulâncias, corpo de bombeiros e até helicóptero.

A mesma opinião tem o motota-xista, Paulo Ferreira dos Santos, 29. “Sem qualquer aviso muitos foram surpreendidos com a ação e ficaram assustados com tantos policiais no local e imediações”.

Por medo de represárias, taxistas que atuam no ponto ao lado do estabe-lecimento foram enfáticos em dizer que o Governo deveria escolher um lugar mais apropriado para fazer o exercício,

pois atrapalhou a categoria de realizar seus trabalhos. Para o vigilante que também não quis se identificar e que trabalha no estacionamento do Minis-tério da Fazenda, a ação merece nota zero. Ele justifica que apesar de ser uma simples simulação, ninguém foi informado do que realmente estava acontecendo devido ao grande alvoroço que se instalou no shopping. “Houve muitas falhas. Acho que a população também deveria participar. Mesmo com um grande aparato de policiais as portas de emergência permaneceram fechadas. O helicóptero chegou atra-sado. Trabalhadores e clientes ficaram presos no pátio e permaneceram horas expostos ao sol sem saber o que estava acontecendo. A ação não precisava ser anunciada, mas a população deveria participar para ficar preparada para uma possível eventualidade”.

Clientes desavisados se assus-taram com a intensa movimentação, que teve a participação de robô, atores e helicóptero. “Eu fiquei mal com tudo o que houve”, queixou-se uma cliente. Ela reclamou que se tranquilizou após ter sido avisada que se tratava de um exercício da Segurança Pública para a Copa do Mundo. “Tivemos que sair e ficar mais de uma hora no sol, sem água. Não gostei do que aconteceu”, acrescenta.

O aParatOCerca de 100 profissionais entre

policiais militares, civis, bombeiros militares, Politec, equipe de resgate e da segurança do shopping partici-param da simulação. Além do efeti-

vo, o exercício contou com veículos operacionais como escada Magirus do Corpo de Bombeiros, delegacia móvel, helicóptero e demais viaturas. Também fizeram parte da ação equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Grupo de Operações Especiais (GOE), Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Centro Integrado de Operações Aéreas (Cioaper).

Segundo o delegado regional de Cuiabá, Douglas Turibio, a atividade servirá de aprendizado para o aten-dimento de uma suposta ocorrência durante o evento em 2014. Já o secre-tário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante dos Santos, ressalta que a ideia da simulação é constatar a capacidade das forças públicas. “Os funcionários recentemente passaram por cursos de segurança, pois são os primeiros que estão no local, caso seja

registrado alguma ocorrência. Muitas coisas ainda precisam ser melhora-das principalmente na resposta a um incidente de risco ou de um grande evento.”, observa Bustamante.

Toda simulação foi gravada e registrada por meio de fotografias e a finalidade é divulgar os itens que precisam ser melhorados.

O secretário diz ainda que os exercícios serão realizados com fre-quência para quando o fato for real a população e a polícia saber agir. “Escolhemos o Pantanal Shopping porque ele se assemelha à Arena Pantana”, justifica.

Fernando Marchesi, superintende do shopping, enaltece que o objetivo da ação foi ensinar às pessoas como agirem em uma situação de emergência para estabelecer ações seguras junto com os órgãos de segurança pública.

Clientes e funcionários desavisados se assustaram com a grande movimentação de policiais no local

Fotos: Regina Botelho e M

arcos Vergueiro/Secom-M

T

Atividade de simulação faz parte do cronograma de ações preparativas da Segurança Pública para a Copa do Mundo

Seduc envolvida em avalanche de denúncias

esCândalo

Parlamentar sugere que adjunto da pasta de Educação exerce tráfico de influência com fraudes em licitações públicas Juliana Radel Da Redação

O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) irá encaminhar denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) contra o secretário adjunto administrativo e financeiro de Educação, Antônio Carlos Ióris.

De acordo com o deputado, a empresa Poli Engenharia e Comér-cio Ltda - de propriedade de Luiz Carlos Ióris que é irmão do gestor adjunto, faturou R$ 19,257 milhões em seis anos somente na Secretaria de Educação. Dal’ Bosco alega ain-da que o secretário adjunto exerce tráfico de influência com fraudes em licitações públicas na Seduc.

As denúncias contra a Poli Engenharia podem respingar dire-tamente no Secretário de Educação, Ságuas Moraes (PT), uma vez que, a empresa tem sede em Juína, muni-cípio que é base eleitoral do petista.

Dal’Bosco citou que o caso chega a ser mais grave que a li-citação para compra de refeições sofisticadas servidas em eventos promovidos pelo secretário Ságuas Moraes.

O parlamentar relata que o pregão de R$ 7,7 milhões foi can-celado após denúncias da impren-sa e investigações iniciadas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

trIMec Na MIra

O deputado Dilmar Dal’Bosco também apresentou requerimento para abertura de Comissão Par-lamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostas irregularidades de sobrepreço em empresas contra-tadas pelo governo do Estado, tal como a Trimec, de propriedade de Wanderley Torres Fachetti.

Dilmar vem dialogando com deputados do PSD e PR para garan-tir a última assinatura necessária para a criação da CPI.

No entanto, o deputado José

Riva, líder do PSD na Assembleia Legislativa, anunciou que os sociais democratas não irão assinar favo-rável à abertura da investigação. Riva argumenta que não existem provas concretas para a realização de uma CPI.

as DeNúNcIas DO cO POPULar

Na edição nº 560 do jornal Centro-Oeste Popular foi publicado uma denúncia relatando que duas empresas, uma empreiteira e outra que presta serviço de aluguel de salas desmontáveis para escolas em reforma ou construção, estavam prestando serviço para a Seduc. Estranhamente, as duas empresas pertencem ao mesmo proprietário, além de estarem situadas no mes-mo endereço. A situação, aparen-temente, configura favorecimento e compra casada.

Após quinze dias, o Centro--Oeste Popular publicou outra de-núncia envolvendo a Seduc. Desta vez, a pasta estaria comprando condicionadores de ar e fogões de uma empresa desconhecida, onde até o telefone não existe, localizada na cidade de Timon, interior do Maranhão (MA). A empresa faturou R$ 4,1 milhões da secretaria e, ao que tudo indica, os preços podem ter sido subfaturados. Caso a Seduc adquirisse os aparelhos em Cuiabá, pagaria 30% a menos do valor.

Em julho, a reportagem do CO Popular denunciou outro escân-dalo envolvendo a Seduc. Ságuas publicou pregão de registro de preço para a realização de servi-ços de buffet, na ordem de R$ 7 milhões para compra de pratos refinados, tal como salada de ma-riscos e salmão ao molho tártaro que supostamente seriam servidos em evento para professores da rede estadual de ensino.

Após denúncias, ele optou pelo cancelamento da contratação dos serviços.

No mesmo mês, a re-portagem do Centro-Oeste Popular descobriu uma tene-brosa aquisição de material escolar, que totalizou mais de meio milhão de reais.

Estranha a transação com uma pequena empresa, Cuiabá Comércio de Pape-laria e Assistência Técnica em Telefonia Ltda. A Cuiabá Comércio fez uma grande venda de materiais escolares para a Seduc em agosto do ano passado, que totalizou a época quase R$ 536 mil. Uma pes-quisa de preços para compara-ção com os valores co-brados pela empresa da Secretaria de Educa-ção aponta para o so-b r e p r e ç o em diversos produtos.

Um exem-plo é o caso dos cadernos bro-chura grande, com 60 folhas, vendido pela Cuiabá Comércio à Seduc por inacreditáveis R$ 8,24 cada unidade – foram ao todo 29.270 uni-dades, ao custo final de R$ 241.184,80.

Na época, a reportagem do Centro-Oeste Popu-lar pesquisou os preços em diversas papelarias da capital e revelou uma desagradável surpresa: o caderno mais caro foi encontrado por R$ 4,80 e, o mais barato, a R$ 1,56.

Ou seja, o sobre-preço, neste caso, pode chegar a quase cinco vezes.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013 POlítica - Mt B1

Faturamento da Trimec, em 2013, já beira R$ 100 milhões

o dono de mato grosso ii

O mega empresário Wanderley Fachetti saca empenhos em uma semana nos cofres do Estado

Inusitado crescimento da influência política e dos negócios do empresário Wanderley da Trimec nas três esferas de poder em Mato Grosso - a municipal, a estadual e a federal

Ameaças ao telefone,na redação do

Centro-Oeste Popular

Da Redação

É cada dia mais evi-dente o enorme poder que o empresário Wanderley Fachetti Torres, o Wander-ley da Trimec, detém sobre a máquina administrativa em Mato Grosso. Poder que alimenta a suspeita de que, além dos sócios conhecidos, contaria com ajuda de pessoas ocultas bem próximos ao coração do poder em nosso Estado. Não bastassem os reajustes e os aditivos milionários que os contratos da Trimec com a administração esta-dual vêm recebendo, desde que o atual governador assumiu o poder em Mato Grosso, informações do Sistema Integrado de Pla-nejamento, Contabilidade e Finanças – o Fiplan, do Governo do Estado, dão conta de que os empenhos efetuados pela empresa Trimec Construções e Ter-

raplenagens Ltda, contro-lada pelo Wanderley, tem gozado de uma preferência absoluta para pagamento e costumam começar a ser pagos no prazo recorde de uma semana.

Em 26 de junho deste ano, a Trimec do Wan-derley, empenhou uma cobrança de prestação de serviços no valor de R$ 11.582.500,00 (Onze mi-lhões, quinhentos e oitenta e dois mil e quinhentos reais) e já no dia 1º de ju-lho, os secretários Cinésio de Oliveira, da Secretaria de Estado de Transportes e Pavimentação Urbano e o secretário Marcel Souza de Cursi, da Secretaria de Fazenda, se puseram em campo, com a maior agili-dade possível, para garan-tir que no dia 1º de julho, fossem transferidos para a conta da empresa Trimec a primeira gorda parcela de R$ 1.813.153,04 (Hum mi-lhão, oitocentos e treze mil e cento e cinquenta e três reais e quatro centavos). Uma agilidade que se for levada ao Comitê Olímpico Internacional certamente acabará por desbancar o atleta jamaicano Usain Bolt, que vem sendo con-siderado (por quem não conhece as facilidades con-quistadas pelo Wanderley da Trimec dentro do es-quema de pagamentos do Governo do Estado) como o homem mais rápido da história. São “milagres” como este que certamente

Na sexta-feira, 13 -, con-siderado o dia de má sorte, de mau agouro, sinal de infortúnio -, um homem que se identificou como Rafael dizendo ser filho do empre-sário Wanderley da Trimec telefonou para a redação do CO Popular e pediu para falar com um de nossos direto-res. Assim que foi atendido, transmitiu o seguinte recado “ caso o jornal publicasse alguma matéria que por ven-

tura denegrisse a imagem da construtora Trimec , o em-presário Wanderley Fachetti Torres não iria procurar a Justiça, e sim iria conver-sar pessoalmente com um de nossos diretores”. Eram 10h15 da manhã de sexta feira 13 e a ligação para bom entendedor soou como uma ameaça. A conversa foi grava-da e o departamento jurídico do jornal foi acionado para as devidas providências.

serão esmiuçados durante as investigações da Co-missão Parlamentar de Inquérito (CPI) que o de-putado Dilmar Dal`Bosco (DEM) luta para instalar

na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Contra a disposição investigatória de Dilmar já se erguem po-derosos esquemas como no caso das pressões exercidas pelo empresário e prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, para que a deputada Lucia-ne Bezerra, representante do seu partido, o PSB, retire a assinatura que deu para a implantação da CPI.

Mauro, como se tem divulgado, é um dos sócios conhecidos do Wanderley da Trimec e dá demonstra-ção de muita preocupação com as revelações deste CENTRO-OESTE POPU-LAR quanto aos variados negócios que a Trimec vem fazendo tanto com o Go-verno do Estado, quanto com a Prefeitura de Cuiabá e com o Governo Federal, através do DNIT. Na ten-tativa de desarticular a CPI dos Maquinários, instalada para investigar os negócios da Trimec do Wanderley

com a Prefeitura de Cuia-bá, Mauro Mendes tem demonstrado um completo descontrole emocional e não vacilou em mergulhar a capital de Mato Grosso,

em uma verdadeira crise institucional, com a Pre-feitura e seus gestores se envolvendo em uma briga selvagem com aqueles ve-readores que, na Câmara de Cuiabá, se preocupam com as possíveis repercussões que podem ter os negócios mal explicados da admi-nistração de Mauro com a Trimec, da qual é um dos sócios, sobre as finanças do município.

O desvario dos defen-sores do Wanderley da Tri-mec provocou até mesmo, nesses últimos dias, um violento bate-boca, com o “marqueteiro” de Mauro Mendes e Pedro Taques, o ex-senador tucano Antero Paes de Barros, recente-mente filiado ao PSB, in-vestindo com uma série de impropérios contra o de-putado José Geraldo Riva (PSD), decano da Assem-bleia Legislativa, apenas porque Riva demonstrou interesse em que o legisla-

tivo estadual faça também sua CPI para investigar o inusitado crescimento da influência política e dos negócios do empresário Wanderley da Trimec nas três esferas de poder em Mato Grosso - a municipal, a estadual e a federal.

PaGaMeNtOsLIGeIrINHOs

Quem compulsar os dados dos pagamentos pa-trocinados pelo Governo de Mato Grosso para com a empreiteira Trimec vai perceber que o empresá-rio Wanderley da Trimec, depois de “patinar” alguns anos como um empresário de médio porte, subiu ao poder, e já se transfor-mou em um empreende-dor abençoado e dos que mais faturam entre os que prestam serviços à admi-nistração estadual. Regis-tros do Sistema Fiplan, compulsados pelo jornal CENTRO-OESTE POPU-LAR, demonstram que, no ano de 2009, a Trimec do Wanderley faturou dos cofres estaduais o mon-tante de aproximadamente R$ 26.468.022,77 (Vinte e seis milhões, quatrocentos e sessenta e oito mil, vin-te e dois reais e setenta e sete centavos). Nos anos seguintes, o Sistema Fi-plan registra faturamentos de aproximadamente R$ 37.216.308,72 (em 2010), cerca de R$ 31.269.977,75 (em 2011), aproximada-mente R$ 33.596.697,82 (em 2012), culminando com o faturamento, nes-ses oito meses de 2013, de janeiro a agosto, da respei-tável quantia de cerca de R$ 79.654.708,65 (Setenta e nove milhões, seiscentos e cinquenta e quatro mil, setecentos e oito reais e sessenta e cinco centavos).

Um faturamento sober-bo que, segundo cálculo de concorrentes da Trimec do Wanderley, ouvidos pelo Centro-Oeste Popular, deve ultrapassar , facilmente, a

casa dos R$ 100 milhões de reais em mais um ano glorioso e muito lucrativo para os interesses que o Wanderley da Trimec con-seguiu impor dentro da má-quina estadual. É bom não esquecer que a Trimec do Wanderley também man-tém vultuosos contratos com a Prefeitura do seu sócio Mauro Mendes, como no caso do aluguel de ma-quinários a ser investigado pela Câmara de Cuiabá e com o DNIT, órgão do Mi-nistério dos Transportes do Governo Federal, onde o trânsito do Wanderley da Trimec tem sido faci-litado pelo com possíveis ajuda do notório deputa-do Wellington Fagundes , político do PR mas com conhecida parceria com os empresários que transitam nas periferias do bloco em-presarial comandado pelo prefeito Mauro Mendes.

escÂNDaLOs e tIrOteIOs

Infel izmente, para o Wanderley da Trimec não é apenas o seu fatu-ramento que cresce. O inusitado crescimento do poder deste empresário sobre a máquina pública do Estado tem despertado a atenção de setores cada vez mais expressivos da imprensa e também do legislativo municipal de Cuiabá, através dos vere-adores comandados por João Emanuel, presidente da Câmara, e do legisla-tivo estadual, através do deputado estadual Dilmar Dal`Bosco, que propôs a instalação da CPI da Trimec. Para aumentar o espanto de quem perce-be a crescente influência do Wanderley da Trimec e de seus sócios sobre os negócios públicos, em

Mato Grosso, essa turma também vem frequen-tando, com assiduidade cada vez maior o notici-ário policial. Na semana, causou impacto a notícia de mais um envolvimento do empresário Valdinei Mauro de Souza – um dos muitos sócios do Wander-ley da Trimec - em novo episódio de tiroteio em área de garimpo. Crescem, portanto, as evidências de que a turma que trafega com desenvoltura pelos ricos gabinetes do poder, em Cuiabá, Mato Grosso e Brasília, também pode estar comprometida com notórias quadrilhas que atuam nas poucas fiscali-zadas área de garimpo, em nosso País. A informação é que Valdinei Mauro de Souza, que reside em Cuia-bá mas, detém interesses cada vez mais amplos em áreas de garimpagem, jun-tamente com o Wanderley da Trimec e com Mauro Mendes, foi sequestrado na manhã de quinta-feira (12), no distrito de Cri-purizinho, no município de Itaituba, nos cafundós do Pará. A aeronave de pequeno porte em que via-java estaria transportando 40 kg de ouro e teria se transformado em alvo de cobiça para quadrilhei-ros daquele conflagrada região.

Fontes ligadas ao Mi-nistério Público Federal adiantaram ao CENTRO--OESTE POPULAR que um procurador estaria sendo deslocado da sede da Procuradoria Geral da República, para investigar toda esta situação de ten-são por que passam os ga-rimpos na região Centro- Oeste e, mais notadamen-te, em Mato Grosso. Como se sabe, antes do sequestro de quinta-feira, 12/9, o empresário Valdinei e o seu sócio, o Wanderley da Trimec, estavam em uma caminhonete Toyota Hilux blindada, que foi alvejada por tiros de metralhadora em abril de 2012, quando faziam visita a uma área de garimpo de sua proprieda-de, na Fazenda Ajuricaba, em Várzea Grande. Inves-tigações do Ministério Pú-blico Federal que venham se somar às investigações da CPI dos Maquinários, na Câmara de Cuiabá, e à CPI das Empreiteiras, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, certamente são bem-vindas e serão retratadas nas páginas do CENTRO-OESTE POPU-LAR.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013Geral - mtB2

Usuários frustrados com dinâmica do Detran-MT

prestaÇão de serviÇos

Autarquia é um dos órgãos que mais é alvo de reclamações da populaçãoRegina Botelho

Da Redação

Conforme a presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Mato Grosso - Sinetran-MT, econo-mista Veneranda Acosta Fer-nandes, apesar da arrecadação média de cerca de R$ 1,2 mi-lhão por dia, o Detran-MT está sucateado por falta de funcio-nários e condições mínimas de estrutura tanto na capital quanto no interior do estado. Além da sede do Detran em Cuiabá, a autarquia conta com 64 Circunscrições Regionais de Trânsito. Praticamente to-das as Ciretrans contam com poucos servidores, atraso na emissão de documentos, fur-tos e arrombamentos de veícu-los e extravios de documentos como Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Mas o grande gargalo é a qualidade do atendimento questionada pelos usuários. Alex Silva de

Almeida, 21, funcionário pú-blico, morador do Distrito de Aguaçú, em Cuiabá, chegou às 12 horas para fazer uma visto-ria em seu automóvel. Porém,

Foto

repr

oduç

ão

Presidente do Detran-MT, Giancarlo Castrillon

Usuários enfrentam longas filas para atendimento e muitas vezes voltam

para casa, pois o sistema sofre pane constantemente

Danielly Aparecida da Silva diz que várias pessoas enfrentam

situações cansativas, desconfortável e desumana

Para o caminhoneiro Raimundo Donato, o Detran tem o pior serviço do Estado

Gilmar Mendes é palestrante no TCE-MTControle eXterno

Ministro do STF estará na abertura do evento na segunda-feira (16/9)

16 De SetemBro De 2013 (segunda-feira)14h – 15h Palestra: Segurança jurídica e controle externo pelo Tribunal de ContasGilmar Ferreira Mendes – Ministro do STF.15h – 17h Debate: Princípio da Economicidade e controle externo pelo

Tribunal de ContasCláudio Couto Terrão - Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de

Minas Gerais.Marilda de Paula Silveira - Mestre em Direito Administrativo pela UFMG.

Doutoranda em Direito pela UFMG. Advogada.7 De outuBro De 2013 (segunda-feira)14h – 15h Palestra: Direito Adquirido a regime jurídico de aposentadoriaValmir Pontes Filho - Professor Titular de Direito Administrativo da Universidade

Federal do Ceará. Mestre em Direito Constitucional pela PUC-SP. Ex-Procurador Geral do Município de Fortaleza.

15h – 17h Debate: Lei de Responsabilidade Fiscal: aspectos controvertidos à luz do controle externo pelos Tribunais de Contas

Guilherme de Salles Gonçalves - Especialista em Direito Público e Direito Eleitoral, professor de pós-graduação (Direito Público e Eleitoral) no Instituto de Direito Romeu Felipe Bacellar, na UEL (Universidade Estadual de Londrina) e na

Da Redaçãoc/ Assessoria

O Tribunal de Contas de Mato Grosso realiza o 1º Ciclo de Aperfeiçoamento Avançado do Controle Exter-no destinado aos fiscalizados, servidores e sociedade. A abertura do evento ocorre na segunda-feira (16/9) com a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Ferreira Mendes que vai tratar do tema “Segurança jurídica e controle externo pelo Tribunal de Contas”. A palestra será no Auditório da

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar

Ferreira Mendes, vai tratar do tema “Segurança jurídica

e controle externo pelo Tribunal de Contas”

até 14h30 aguardava pela liberação do documento. Ele assim como os demais usuá-rios que estavam na sede do Detran na Capital aguardavam pelo retorno do sistema que estava fora do ar. “A situação é muito desagradável. Perdi

o meu dia esperando pela liberação do do-cumento”, desabafou. Já a estudante Danielly Aparecida da Silva, 26, residente em Várzea Grande foi à sede da autarquia retirar sua motocicleta Biz apre-endida durante uma blitz, pois o condutor não possuía CNH. Ape-sar de cometer uma infração ao emprestar sua moto desembolsou R$ 100 com serviços de guincho, mais multa e taxas totalizando o montante de R$ 598.

“É a segunda vez que venho até o órgão e o sistema está fora do ar. Além do siste-ma ser lento, enfrentamos uma situação desconfortável,

constrangedora, cansativa e desumana com a população”, disse aborrecida.

O comerciante Antônio Alves Moreira, 55, mora no bairro Pedregal em Cuiabá e garante que já passou várias vezes pela mesma situação: sistema fora do ar. Ele con-sidera o atendimento ruim e funcionários despreparados em suas funções. “Preciso emplacar meu carro, mas não consegui retirar a taxa e fazer o pagamento de R$ 520 pelo serviço”. No setor de Inspeção Técnica Veicular, o cami-nhoneiro Raimundo Donato de Olivei-ra, 66, residente no CPA IV, afirma que o Detran-MT tem o pior serviço do esta-do e o novo horário de atendimento é insuficiente para atender os usuários. “Hoje completa uma semana que estou aqui no órgão. Cada dia é uma desculpa, um jogo de empurra

de um lado para outro. Há muita mordomia no setor de atendimento. As taxas sobem e o atendimento é precário”, observa o caminhoneiro.

sucateamento Segundo a presidente

do Sinetran-MT, Veneranda Acosta Fernandes, apesar do Governo ter atendido parte das reivindicações dos servi-dores do Detran-MT que es-tavam em greve, nada foi feito até o momento. A categoria reivindica melhorias de infra-estrutura na sede e no interior, em todas as Ciretrans, além de reestruturação da carreira com revisão do PCCS e con-tratação de novos servidores. Atualmente o Departamento de Trânsito de Mato Grosso conta com cerca de 750 ser-vidores. Para Veneranda, o maior problema se refere ao grande número de pessoas que esperam atendimento nos guichês diariamente em pé, pois o espaço é pequeno e não recebe nenhuma manutenção. Outro entrave lembrado pela sindicalista ocorre no setor de internet que o tempo todo sofre interrupções e fica fora do ar. “Falta material básico de expediente, reformas nas uni-dades e compra de novos equi-

pamentos e computadores. É um aberração o que acontece dentro do Detran. A qualquer hora que os usuários vem ao local podem constatar a falta de condições de trabalho a que os funcionários têm de se submeter. E, além disso, ainda têm de enfrentar a frustração dos contribuintes que muitas vezes acham que os funcioná-rios não querem atendê-los, sem saber que o que acontece na realidade”, pontuou.

Os serviços no interior do Estado também se en-contram sucateados. Além de reformas emergenciais, faltam servidores e equipa-mento de informática para atender a população. De acordo com a presidente do Sinetran-MT, no interior , a situação é mais precária porque falta de tudo, das coisas mais básicas como água mineral e impressora. Ainda de acordo com ela, há problemas em pratica-mente todas as unidades do interior do Estado. Outra séria deficiência relatada é a falta de segurança do pátio de apreensão onde acontecem muitos roubos. Veneranda revela que as unidades das Ciretrans de Rondonópolis (214 km de Cuiabá), Tangará da Serra (240 km) e Cáceres (239 Km) estão sem condições de atendimento devido as estruturas ultrapassadas que não comportam mais a demanda da população e so-frem abandono do Governo do Estado. “É comum em vá-rios locais não contarem nem com móveis. Falta recurso até para consertar uma porta. Essas unidades polos são as piores do estado”, observa a sindicalista.

aumento de taxasO Detran é de fato um

banco arrecadador no bolso da sociedade de Mato Grosso. Enquanto a inflação do país chegou a 5,84% no ano de 2012, o presidente do departamento, Giancarlo Castrillon, reajustou em 35% o valor da taxa para a realização de exames psicológi-cos para motoristas de primeira CNH ou profissionais quando fizerem a renovação do docu-mento, que tem validade de cinco anos. Antes a taxa cobrada era de R$ 85, mas desde março deste ano, os interessados em fazer exames psicológicos para retirar a CNH gastam R$ 115. Em caso de reexame, o moto-rista terá que pagar mais R$ 57. O mais impressionante é que o exame cobrado não chega a durar nem cinco minutos. O

Detran arrecada mensalmente cerca de R$ 32 milhões através de taxas e multas.

Outro ladoO Detran-MT foi procura-

do pelo CO Popular, porém até o fechamento desta edição não encaminharam nota de escla-recimento ou agendamento de entrevista.

PROGRAMAÇÃO

Escola superior de Contas, às 14 horas e será transmitido ao vivo pelo Portal do TCE-MT. De acordo com o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, José Carlos Novelli, “com o aperfeiçoamento avan-çado, por meio de palestras e debates, o TCE-MT está reforçando o aprimoramento

do controle externo e da sua função orientadora”.

O 1º Ciclo de Aperfeiço-amento Avançado do Con-trole Externo tem o apoio do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e serão realizadas cinco edições com facilitadores conceituados para tratarem de temas como: Princípio da Economicidade, Aposentadorias, Lei de Res-ponsabilidade Fiscal, Licita-ções e contratações públicas. O 1º Ciclo está alinhado com o Objetivo Estratégico 6 do TCE-MT que busca “garantir

qualidade e celeridade ao controle externo”. A dinâmica do evento, nas cinco edições, contará com um palestrante inicial e depois debate com outros dois facilitadores e um mediador. O conselheiro substituto Luiz Carlos Pereira, explicou que a realização do 1º Ciclo utiliza a estrutura tecno-lógica do Ensino a Distância (EAD). “Desse modo, o evento se consolida devido à expertise que o Tribunal de Contas ad-quiriu com as experiências das 37 edições do EAD”, afirmou.

UNIPOSITIVO, Presidente do IPRADE - Instituto Paranaense de Direito Eleitoral e membro do IPDA - Instituto Paranaense de Direito Administrativo. Advogado.

Eurico Bitencourt Neto - Vice-Presidente do Instituto Mineiro de Direito Admi-nistrativo; Doutorando em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade de Lisboa; Mestre em Direito Administrativo pela UFMG.

21 De outuBro De 2013 (segunda-feira)14h – 15h Palestra: Orçamento e Licitações PúblicasAndré Luiz de Carvalho - Ministro-Substituto do Tribunal de Contas da União.

Mestrando em Direito Econômico, Financeiro pela Universidade Católica de Brasília. Professor.

15h – 17h Debate: Controvérsias sobre o regime jurídico remuneratório dos agentes públicos

Florivaldo Dutra de Araújo - Doutor e Mestre em Direito Administrativo pela UFMG. Professor de Direito Administrativo da UFMG

Carlos Bastide Horbach - Professor Doutor de Direito Constitucional da Faculda-de de Direito da Universidade de São Paulo - USP, Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito do Centro Universitário de Brasília - UniCEUB e Advogado.

4 De noVemBro De 2013 (segunda-feira)14h – 15h Palestra: A Extensão do Controle Jurisdicional das Decisões dos

Tribunais de ContasPaulo Modesto – Professor de Direito Administrativo da UFBA. Presidente do

Instituto Brasileiro de Direito Público. Membro do Ministério Público, da Academia

de Letras Jurídicas da Bahia e da Cátedra de Cultura Jurídica da Universidade de Girona (Espanha).

15h – 17h Debate: Fiscalização de recursos públicos repassados ao Terceiro Setor

Maria Tereza Fonseca Dias – Mestre e doutora em Direito Administrativo pela UFMG. Professora do Departamento de Direito Publico da Faculdade de Direito da UFMG e da Universidade Fumec. Advogada.

Daniel Ferreira – Mestre e doutor em Direito de Estado pela PUC/SP. Professor Titular de Direito Administrativo da Faculdade de Direito de Curitiba. Professor do mestrado em Direito Empresarial e Cidadania do UNICURITIBA.

25 De noVemBro De 2013 (segunda-feira)14h – 15h Palestra: Controle das contratações públicas pelo Tribunal de ContasWeder de Oliveira – Ministro-Substituto do Tribunal de Contas da União. Gradu-

ado em direito (UnB) e engenharia civil (UFG). Pós-graduado em economia (George Washington University) e engenharia de produção de petróleo (UFBA/Petrobras).

15h – 17h Debate: O poder geral de cautela dos Tribunais de Contas nas Licitações Públicas

Luciano de Araújo Ferraz - Doutor e Mestre em Direito Administrativo pela UFMG. Professor Adjunto de Direito Administrativo na Universidade Federal de Minas Gerais. Advogado.

Tarcísio Vieira de Carvalho Neto - Professor da Faculdade de Direito da Univer-sidade de Brasília – FD/UnB, Subprocurador-Geral do Distrito Federal e advogado.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013 Geral - mt B3

Escritórios políticos ampliam contato com a população

apoio

Na verdade, trata-se de uma extensão do mandato aberto às comunidades e aos movimentos sociais e sindicais. Quem paga é o contribuinte

Ana Sampaio e Beatriz GirardiDa Redação

Dos oito deputados fe-derais de Mato Grosso, apenas três possuem es-critórios políticos fora da Câmara Federal: Carlos Bezerra (PMDB), Nilson Leitão (PSDB) e Valtenir Pereira (PSB). Os outros cinco fazem os atendimen-tos nas sedes regionais dos partidos que compõem ou não tem nenhum escritório físico no estado. No caso dos três senadores - Pedro Taques (PDT), Jayme Cam-pos (DEM) e Blairo Maggi (PR) – todos possuem es-truturas próprias.

Para conhecer um pou-co mais do atendimento e da estrutura física de cada escritório regional a equipe de reportagem do Centro--Oeste Popular fez uma visita “in loco” em alguns dos escritórios. Confira, a seguir, como cada um deles funciona.

carLOs BeZerraLocalizado na Avenida

General Vale, Edifício Ma-rechal Rondon, sala1003, o escritório do parlamentar é pura simplicidade. Com apenas três funcionários, atende pessoas de todo es-tado. “Aqui nós fazemos to-dos os tipos de atendimen-to, prefeitos do interior, presidente de cooperativa, pessoas que precisam de as-sistência jurídica ou médica e não sabem onde ir, nós as orientamos e encaminha-

“Assessoria do povo”

Parlamentar do Brasil é o 2º mais caro do mundo

A maioria dos escritó-rios é mantido com a verba indenizatória paga aos se-nadores e deputados fede-rais. Essa verba é um valor fixo mensal que pode ser usado para várias despesas como aluguel, manutenção de escritório, alimentação, serviços de consultoria e pesquisa, contratação de segurança, assinatura de publicações, TV a cabo, internet, transporte e hos-pedagem do parlamentar e de seus assessores, entre outras. Os parlamentares recebem R$ 15 mil mais um valor despesas com passagens aéreas, que va-ria conforme o estado de origem. O valor recebido é

de até R$ 29 mil.Se o total não utilizado

fica acumulado para o mês seguinte, dentro do limite de um semestre. Pelo critério atual, os parlamentares só recebem de volta o dinheiro efetivamente gasto, com-provado por meio de notas fiscais. Além disso, esse valor é isento de qualquer imposto brasileiro.

Conforme apurou o Centro-Oeste Popular, ne-nhum dos escritórios visi-tados possui assinaturas de jornal, TV ou revistas. As despesas são apenas com aluguel, telefone, energia, água, condomínio e folha de pagamento dos funcio-nários.

Os deputados e se-nadores brasileiros são os segundos mais caros do mundo em um universo de 110 países. A conclusão é de um estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em parceria com a UIP (União Inter-parlamentar), publicado na Folha de S. Paulo. Segundo o levantamento, cada um dos 594 parlamentares bra-sileiros - 513 deputados e 81 senadores - custa para os cofres públicos US$ 7,4 milhões por ano. A pesquisa converteu todos os valores em dólar e os ajustou pela paridade do poder de com-pra de cada país para efeito de comparação. No caso dos Estados Unidos, que liderou o ranking, o custo de cada congressista é de US$ 9,6 milhões anuais. Com os dados extraídos do estudo da ONU e da UIP, o jornal dividiu o orçamento anual dos congressos pelo núme-ro de representantes - no caso de países bicamerais, como o Brasil e os Estados Unidos, os dados das duas Casas foram somados. Por essa conta, o resultado do levantamento não corres-ponde apenas aos salários e benefícios recebidos pelos

parlamentares, porém as verbas a que cada congres-sista tem direito equivalem a boa parte do total. No Bra-sil, por exemplo, salários, auxílios e recursos para o exercício do mandato de um deputado representam 22% do orçamento da Câmara. Em outra comparação, que leva em conta a divisão do orçamento do Congresso por habitante, o Brasil é o 21º no ranking, com um custo de cerca de US$ 22 por brasileiro.

QUaNtO cUsta UM ParLaMeNtarHoje um deputado cus-

ta pelo menos R$ 1.400 por dia útil, segundo novo levan-tamento da reportagem do Congresso em Foco. O valor pode ser até maior porque não foram considerados os feriados nacionais. Entre salários (quase R$ 27 mil por mês), verba para despe-sas de trabalho (R$ 33 mil em média) e recursos para pagar salários de assesso-res (R$ 78 mil), um único deputado custa R$ 140 mil mensais, ou R$ 1,8 milhão por ano. A Câmara gasta R$ 919 milhões por ano para bancar a manutenção do mandato dos 513 deputados.

mos para os órgãos onde elas devem ir”, informa o secretário parlamentar do deputado, Pedro Luiz Morita.

O custo mensal para manter o escritório po-lítico, Morita não soube informar. Segundo ele, os pagamentos são feitos por Brasília. O horário de funcionamento é comer-cial. O secretário também informa que a maioria dos atendimentos é feito pra pessoas do interior. “99,9% são de atendimentos do interior”, relata Morita completando que todas as segundas-feiras é possível encontrar o deputado em Cuiabá fazendo os atendi-mento no seu escritório.

VaLteNIr PereIra

Com funcionamento de segunda-feira a sába-do em horário comercial, o escritório do deputado federal possui 16 funcio-nários entre assessores de comunicação, secretária, administradores, copeira, faxineira e coordenador, entre outros. Além de bus-

car emendas para o estado, o escritório também fun-ciona como uma espécie de assessoria para a popula-ção. De acordo com Jocelei Fatima Pereira, gerente administrativo do escritório os custos para mantê-lo é de R$ 10 a R$ 12 mil reais por mês, tudo pago por Brasília. Geralmente Valtenir aten-de nas segundas e sextas--feiras “quando não viaja para o interior”, informa o coordenador do gabinete, Elcio Lin. Conforme ele, são realizados cerca de 20 atendimentos diariamente, na maioria dos casos, pes-soas do interior do estado. O escritório do parlamentar fica na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, sala 206, edifício Top Tower, em Cuiabá. O ambiente é harmônico e pouco sofisti-cado. É dividido em várias salas, uma para cada área de atuação.

BLaIrO MaGGIApesar da fama de gos-

tar de fazer grande econo-mia em suas finanças, o escritório regional do sena-dor Blairo Maggi é um dos mais “chiques”. Localizado em um dos maiores prédios comerciais de Cuiabá, o edifício Santa Rosa Tower,

o gabinete emprega seis funcionários. Luiz Fernan-do Caldart é o coordenador do escritório e assessor parlamentar do senador. Ele diz que os gastos são mínimos, já que Blairo “é bem seguro quanto a gas-tos”, além disso, costuma planejar bem para sempre diminuí-los. “O custo para manter o escritório de Ma-ggi não passa dos R$ 5 mil”, informa Caldart. Os atendi-mentos também funcionam como “assessoria do povo”, ouvindo e transferindo pro-blemas de pessoas de todas as partes do estado. Geral-mente Maggi atende nas segundas e sextas-feiras.

PeDrO taQUes

O mais sofisticado den-tre todos é o escritório do senador Pedro Taques, tam-bém é o que mais emprega – são 22 funcionários. A grande demanda de atendi-mento de pessoas (prefeitos do interior, presidentes de associação de bairro, gente precisando de mé-dico) “que não sabem pra onde ir são atendidos pela assistente social Marilê Fer-reira”, informa a assessora de comunicação Ana Rosa Fagundes. Só em 2012, por exemplo, foram feitos um total de 1024 atendimentos. A assessora informou ainda que os custos para manter o escritório são todos pagos por Brasília. Taques atende nas sextas-feiras. “Sexta--feira aqui é uma loucura, o senador tenta atender todos que o procuram”, relata Ana Rosa.

JayMe caMPOsLocalizado no muni-

cípio de Várzea Grande, na Avenida Governador Pedro Pedrossian, número 561, o escritório do sena-dor Jayme Campos possui

sede própria. Na visita, o senador recebeu a equipe do Centro-Oeste Popular. Em entrevista, Campos disse que o prédio é de propriedade pessoal dele, com isso não há gastos com aluguel, água, energia e nem telefone. “Aqui eu não pago aluguel porque seria ilegal eu cobrar aluguel de mim mesmo, já que esse prédio aqui me pertence. As outras despesas eu pago do meu bolso mesmo pois é um valor muito baixo”, disse complementando que não há necessidade de usar a verba indenizatória para tais pagamentos. Ao todo são 17 funcionários, todos castrados no Senado Fede-ral. Os atendimentos são

os mesmos (dos demais escritórios): orientam as pessoas e as encaminham para os órgãos competen-tes de cada caso, além de receber prefeitos do interior que vem “pedir alguma emenda para o município de origem”, conta Campos que frisa que são feitos cerca de “150 atendimentos por mês”. Jayme atende nas segundas e sextas-feiras no gabinete regional.

OUtrOs ParLaMeNtares

Os deputados federais Pedro Henry (PP), Eliene Lima (PP), e Homero Perei-ra (PSD), não possuem es-critórios próprios em Mato Grosso. Já o parlamentar

Wellington Fagundes (PR) atende na sede do partido quando vem ao estado, conforme informou os res-pectivos gabinetes de Bra-sília quando procurado por telefone pela equipe de re-portagem. Até o fechamento desta edição, a equipe de colaboradores do deputado Julio Campos (DEM), em Brasília, não soube infor-mar se ele possui ou não um escritório regional em Mato Grosso. O escritório do deputado Nilson Leitão fica no interior no estado, no município de Sinop. No entanto, nenhum funcio-nário pode atender a nossa equipe de reportagem para passar as informações por telefone ou e-mail.

FOTOS Ana Sampaio

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Grupo Barralcool e a produção de um açúcar muito mais seguro

alta teCnologia

Além do aporte tecnológico, a Barralcool estabeleceu normas e procedimentos utilizados no controle de acesso às áreas críticas (catracas)normas e procedimentos utili-zados no controle de acesso às áreas críticas (catracas), sendo que nessas áreas, além do con-trole de acesso, é obrigatório o uso de jalecos, toucas e calçados especiais para reduzir o risco de

contaminação, demonstrando dessa forma o comprometimen-to da empresa em disponibilizar recursos e dos colaboradores em seguir as normas estabeleci-das. O açúcar Barralcool possui duas certificações, ISO 9001 e a

FSSC 22000, que garantem aos nossos consumidores a quali-dade e a segurança do alimento, firmando-se como pioneira em MT quando o assunto é o alto nível na produção de açúcar cristal.

Barralcool fatura prêmio MasterCana na categoria Desempenho

O MasterCana é a mais tradicional premiação do setor sucroenergético, e destaca as melhores usinas

estratégia & gestão

Da Redação

Hoje uma das principais responsabilidades das organi-zações é produzir, manipular, armazenar, transportar e dis-tribuir produtos alimentícios seguros e livres de qualquer con-taminação que possa prejudicar a saúde do consumidor. Não é só uma das responsabilidades, como também a principal exi-gência diante de um mercado competitivo. Portanto, a or-ganização precisa demonstrar sua habilidade em controlar prováveis riscos existentes na linha de produção ou no próprio alimento.

O Grupo Barralcool conta com alta tecnologia para pro-duzir alimentos seguros. Na etapa de secagem do açúcar possui um eficaz controle de temperatura a fim de reduzir a níveis aceitáveis os riscos mi-crobiológicos. No processo de envase conta com três peneiras vibratórias para eliminar os ris-cos físicos e quatro separadores magnéticos com acionamento automático que garantem a retirada de partículas magnéti-cas presentes. Além disso, tem instalado quatro detectores de metal com sistema automatiza-do que inspecionam e garantem a qualidade e a segurança do açúcar.

Além do aporte tecnoló-gico, a Barralcool estabeleceu

Prêmo MasterCana Centro/Sul, que aconteceu no interior de São Paulo. Reuniu os grandes grupos e personalidades do setor sucroenergético, sendo pro-movido pela ProCana Brasil. O MasterCana é a mais tra-dicional premiação no setor sucroenergético. Realizado desde 1988, tornou-se tra-dição em credibilidade e su-cesso, e seus eventos reúnem representantes de mais de 2/3 da produção brasileira, em momentos de celebração e network diferenciados.

Neste ano o Grupo Bar-ralcool ganhou o MasterCana na categoria Desempenho -

Estratégia & Gestão. O diretor Superintendente Sr. Agostinho Sansão junto ao diretor Presi-dente Sr. João Nicolau Petroni

estiveram reunidos no even-to para receber a premiação, e dedicaram esta conquista ao engajamento e parceria que existe entre os acionistas do Grupo Barralcool, que neste ano completa sua tri-gésima safra.

“Somos uma usina pioneira e os desafios que enfrentamos nestes 32 anos só puderam ser superados porque no Grupo Barralcool, que é uma empresa familiar, a diretoria e os acionistas atuam em total sintonia, o

que garante os resultados po-sitivos alcançados”. afirmou o Presidente do Grupo Sr. João N. Petroni

Barralcool possui duas certificações, ISO 9001 e a FSSC 22000, que garantem aos nossos consumidores a qualidade e a

segurança do alimento

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Transforme sons em músicamelodias

A Pentagrama Academia, em Cuiabá, oferece diversos cursos instrumentais

Ana Sampaio Da Redação

Há mais de 15 anos no mercado, a Pentagrama Academia de Música, em Cuiabá, oferece 30 cur-sos instrumentais além de aulas de técnica vocal, solo e coral. Do básico ao avançado e do popular ao mais sofisticado, os cursos são oferecidos com preços acessíveis e diversificados do mercado atual. Outro grande diferencial é a fusão da escola com o Ministé-rio Louvor Aliança, que desde 2005 atua no ce-nário da música gospel de Cuiabá para todo o Brasil.

Reaberta em janeiro deste ano pelos músi-cos Jefferson Castilho e Pedro Neto, a Penta-grama voltou com uma roupagem diferenciada oferecendo cursos até então inéditos na capital matogrossense. “Hoje um dos nossos diferen-ciais é isso, oferecemos muitos cursos que não

tinham aqui em Cuiabá ainda, como por exemplo, piano clássico e musicaliza-ção infantil”, conta Castilho. Além disso, os horários e quantidades de aulas ofere-cidas por aluno são distintos de outras escolas de música. “Nós oferecemos uma aula por semana com duração de uma hora. Além dessa aula, oferecemos mais dois dias para o aluno fazer os treinamentos e exercícios passados com acompanha-mento do professor”, explica Jefferson lembrando que quem não tem o instrumen-to em casa treina na escola. “Nosso objetivo é fazer o mo-

nitoramento do aluno para que ele realmente aprenda e tire suas dúvidas”, frisa.

A ideia de reestabelecer a academia de música surgiu a partir de uma conversa nos ensaios da banda Lou-vor Aliança, onde os sócios tocam há algum tempo. “Nós já vivíamos da música, trabalhávamos em outras escolas dando aula e resol-vemos abrir nossa própria academia, e graças a Deus tem dado muito certo”, re-vela um dos proprietários.

Udison Arantes da silva,

25, estuda na Pentagrama há pouco mais de um mês. “Minhas aulas estão fluindo muito bem”. O aluno conta que conheceu a escola atra-vés de um amigo e que ao visitar gostou logo. “Eu já tinha uma paixão por violão. Estou adorando as aulas. Além disso, eu tenho mais dois dias de treinamento, diferente de outras escolas e extremamente importante”, observa o aluno.

Saulo Vila Nova, tam-bém músico do Aliança e professor na Pentagrama, disse que a escola foi uma oportunidade que faltava pra adequar os horários de

Perfil dos sócios

Pentagrama e Louvor Aliança

“Tivemos total apoio do Itamar, que é o nosso líder na banda”, conta Pedro Neto. “Hoje nós podemos dizer que somos uma fusão, Louvor Aliança e Pentagra-ma”, declara Jeffer-son.

Fundada em 2005 com uma fusão de membros de várias Igre-jas, a banda foi criada com intuito de “le-var a palavra d e fé, amor e união p a r a lugares onde a música Cristã não chegava”. Hoje ocupa importantes espaços na mú-sica evangélica, alcançando território nacional. Fazem shows em todo interior de Mato Grosso, alguns lugares de São Paulo, Rondônia, Goiâ-nia e Brasília. No mês passado fizeram uma participação no Programa Raul Gil, no SBT, e os membros garantem que

Itamar Veras, vocalista e líder da banda Louvor

Aliança

mais participações em rede nacional estão por vir. Ao lon-go dos sete anos de carreira, o grupo já tem três CDs e dois DVDs gravados.

Jefferson Alexandre Cas-tilho, 25, casado, natural de Chapada dos Guimarães trabalha há mais de dez anos com música. O despertar pela música surgiu quando criança. No começo ele queria ser baterista profissional, mas logo viu que tinha mais intimidade com instrumentos

de corda como violão, viola e guitarra.

Ao longo da carreira já pas-sou por várias outras bandas e duplas de grande nome em Mato Grosso, como Ouro Preto e Boiadeiro, o extinto Trio Espora de Prata, Diego e Diogo, Alecir e Alessandro, Banda Bis e está

no ministério Louvor Aliança há quatro anos.

Pedro Manoel de Souza Neto, 23, casado, natural de Cuiabá, há 13 anos tem sua vida voltada à música. Inicialmente Pedro tocava guitarra, mas o gosto pela bateria não demorou a chegar. Atualmente dá aula de

bateria e violão na Pentagrama e toca no Louvor Aliança há dois anos.

Durante sua carreira musi-cal ele já trabalhou com o cantor Edimilson Maciel, as duplas Jackson e Matheus e Ricardo e Alexandre, Banda Alto Astral, Banda Legislativo e Banda Terra.

Jefferson Castilho e Pedro Neto são sócios proprietários da Pentagrama Academia de Música

shows com os horários de aula dos alunos. “A Penta-grama foi uma porta que Deus abriu com apoio do nosso amigo Itamar Veras [vocalista da banda]. Como viajamos muito para tocar precisávamos de uma escola em que pudéssemos coorde-nar os horários dos nossos alunos”, relata.

Os cursos oferecidos são para todas as idades. As aulas de “Musicalização In-fantil” são ministradas para crianças a partir de quatro anos. Os músicos contam que é um curso bem procu-rado por pais que querem desenvolver em seus filhos a paixão pela música. É recomendado também para crianças com necessidades especiais. Pedro lembra que já tiveram um aluno com Síndrome de Down que fazia aula de bateria, mas que havia começado com a musicalização infantil. Das mais raras como: Viola de Coxo, Violino, Piano Clás-sico e Viola Caipira, as mais populares como: Violão, Teclado, Bateria, Guitarra e Contra Baixo. Também são oferecidos CDs, apostilas, DVDs e vídeo aulas para melhor aprendizagem. To-dos os cursos tem duração de um ano.

Além de aulas indivi-duais, a academia oferece um curso chamado “Escola de Banda”. O empresário e músico Pedro Neto explica que é feiro um conjunto de professores com todos os instrumentos mais o pro-fessor de técnica vocal para

ajudar a harmonizar bandas. “Esse trabalho é feito prin-cipalmente nas Igrejas, nas bandas e grupos de louvor que muitas vezes precisam de alguma ajuda para entrar em harmonia e fazer um som de qualidade”, exemplifica Pedro Neto.

aULa exPerIMeNtaL

Para conhecer a estrutu-ra física e avaliar como serão as aulas, a Pentagrama ofe-rece gratuitamente uma aula experimental. “Muitas vezes em outras academias as pes-soas pagam as aulas, mas de-pois não gostam do método de ensino, pode acontecer. Sendo assim, nós criamos essa aula experimental para que o aluno saiba como será um ano de aula”, relata um dos sócios complementando que o interessado tem que ir até a escola para marcar a ‘experiência’ no horário mais adequado ao cliente.

serVIÇOsA Pentagrama Acade-

mia de Música fica localiza-da na rua França, quadra 01, número 07. Bairro Jardim Europa atrás da Unic Beira Rio.

Contatos: (65) 3329-8343/ 9239-8300/ 9697-7426/ 8120-4074/ 8428-7890

Os cursos oferecidos são: viola, violão popular e clássico, piano, violino, bateria, teclado, guitarra, roadies, técnica de som, am-bolim, acordeão, saxofone, técnica vocal, cavaquinho,

Udison Arantes da silva estuda violão na

Pentagrama

A Pentagrama Academia de Música, em Cuiabá, oferece cursos para todas as idades

canto coral, flauta doce e transversal, viola caipira, contra baixo, gaita de bca, teoria musical, escola de

banda, musicalização in-fantil, leitura de caixa/rudi-mentos e percussão. Todos do básico ao avançado.

Divulgação Divulgação

Divulgação

Saulo Vila Nova é músico do Louvor Aliança e professor na Pentagrama

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013

Atuante e sempre de bem com o vida, o empresário Sandro Cassiano

Ele sempre deixando as mulheres chiques e poderosas: Paulinho Maia caprichando ao

lado das empresárias Mônica Carvalho e Elcie Kuramoti

Em Lançamento de Coleção as empresárias Adriana Oliveira ao lado da amiga Jamille

Grunwald, leia-se Princess Jóias

Em dia especial de evento pela Capital, a bela Patrícia Broggi

Aproveitando as belezas de Istambul, a elegante Viviane Moreno

Sua energia sempre contagiante e do bem a empresária e sócia da Belflora Farmácia de

Manipulação, Marcela Diavan

O belo casal, Fabinho Defanti e Priscila Hauer, curtindo as belezas do nosso Estado

Muito amor envolve a bela família do pequeno Davi com os papais Denise e

Ranulfo Paes de Barros

Casal pontual nos melhores eventos da nossa Capital: Tati Romeiro e o empresário

Sandro Caramori

*VaMOs tODas! Nesta próxima Terça. 17.09. esta Colunista e a amiga e colega

Roseli Arruda receberemos em grande estilo mulheres de bom gosto, atuais e que amão belos sapatos, bolsas e acessórios. Uma grande noite está sendo preparada para a Inuaguração da famosa marca Raphaella Booz, no Shopping Pantanal, das 17:30 às 22:00hs. A Coleção está um luxo! Assinam também o evento: Cleber Clemente, Eco Eventos, Programa Vip, o fotógrafo Arthur Passos, entre outras surpresas que preparamos. Aguardamos todas, até Terça!

*cUIaBá FasHION 2013. A Sala da Mulher, ALL-MT, comandada pela Dona Dilair Savi

e toda a equipe, estão contagiadas com os últimos detalhes nesta quarta, 18.09, quando todos se reuniram no maior evento de moda, arte, beleza, cultura e beneficente do Estado. Corram e comprem seus convites, pois o mesmo é limitado. Semana que vem, mostraremos os detalhes!

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massagistas

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013

Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulR$ 3,10 - ANO XIII nº 576

15/09 a 21/09 de 2013www.copopular.com.br

Por Fernando Ordakowski

Provando opróprio veneno!

editorial

Página 3 Página 2

sUCessão estadUal

mais na página 7

mais na página 4

mais na página 5

Reinaldo diz que PSDB está maispróximo do PT do que o PMDB

mais na página 8

Nelsinho oferece vaga de Senadoa Azambuja para reatar aliança

de 20 anos com o PSDB

polÍtiCa

Em meio a desconfian-ça de setores do próprio PMDB e de partidos hoje na base de sustentação política do governador André Puc-cinelli sobre a viabilidade da sua candidatura, diante do aparente favoritismo virtual candidato do PT ao Governo, senador Delcidio do Amaral, o ex-prefeito Nelson Trad Filho, tem tra-balhado nos bastidores para

atrair o PSDB. Já se reuniu pelo menos duas vezes com o deputado federal Reinaldo Azambuja e lhe ofereceu a vaga de candidato ao Sena-do. Nelsinho espera reatar a aliança que o PMDB mante-ve com os tucanos durante os 20 anos, interrompida na eleição municipal de 2012 em Campo Grande.

Puccinelli é condecorado pelos serviços prestados

à Capital e ao Estado

reConHeCimento

Na noite da última ter-ça-feira (10), o governador André Puccinelli (PMDB) recebeu a Comenda Mister Peter Ferdinand Drucker, durante sessão solene em comemoração ao Dia do Administrador, realizada na Assembleia Legislativa. A honraria entregue ao chefe do Executivo estadual

recebe o nome do professor e consultor administrativo de origem austríaca, con-siderado o pai da adminis-tração moderna ao expor os efeitos da globalização na economia e por suas te-orias da administração no século XX.

Presidente fala sobre

saneamentobásico na

Conferência das Cidades

sanesUl

mais na página 4

A Assembleia Legislati-va de Mato Grosso aprovou emenda constitucional es-tabelecendo a autonomia à Unemat (Universidade Es-tadual de Mato Grosso), em julho deste ano. O fato foi comemorado pelo deputado estadual Felipe Orro (PDT), autor de emenda similar que tramita no Parlamento estadual e restabelece a au-tonomia financeira à Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

Felipe Orro cumprimentadeputados de MT poraprovarem autonomia

da Unemat

FeliCitaÇão

O primeiro dia da 5ª Con-ferência das Cidades de Mato Grosso do Sul, aberta nesta quarta-feira, 11 de setembro, em Campo Grande, contou com a realização de diversos painéis expositivos, entre eles o do presidente da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), José Carlos Barbosa, que discutiu o tema “Saneamento: Abastecimento de Água e Esgotamento Sani-tário”. Nesta edição da con-ferência, saneamento básico está entre um dos assuntos que serão debatidos durante todo o evento.

Governador destaca boa atuaçãoda polícia durante a formatura

de 110 novos sargentos

segUranÇa pÚBliCa

O governador André Puccinelli, acompanhado do secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, e do comandante–geral da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto Davi, participou na quinta-feira da formatura de

110 sargentos da Política Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS). O evento aconteceu no CFAP.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013

DiretorAntônio Carlos Oliveira

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editoria e reportagens-mtBeatriz Girardi - DRT - 118-MT

editor e reportagem - mSJota Menon

reportagensBeatriz Girardi, Ana Sampaio, Regina Botelho, Jota [email protected]

editor de arte Mário Pulcherio Filho

Diagramação Leonardo Arruda

ChargeFernando Ordakowski

CirCulaçãoBrasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul

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Os artigOs de OpiniãO assinadOs pOr cOlabOradOres e/Ou articulistas sãO de respOnsabilidade exclusiva de seus autOres. nãO representam assim a OpiniãO dO jOrnal.

Opinião

artigos

ponto dE vista

falou E dissE“Me sinto ofendida quando alguém desmerece uma pessoa, trabalhadeira, mulher”.

vereadOra luíza ribeirO (pps) sObre piadinhas de mau gOstO que alguns vereadOres fize-ram cOm O nOme da secretária municipal desenvOlvimentO ecOnômicO, ciência, tecnOlOgia, turismO e dO agrOnegóciO (sedesc), dharleng campOs de Oliveira.

Sem reclamações, por favorA indignação

está amortecida e a revolta será sem-

pre contida pela polícia. O show tem que continuar. O que resta ao indivíduo fazer numa sociedade cada vez aprisionada pelo controle do Estado e das corporações? Será que a vida se transformará positivamente para que maioria possa ficar satisfeita de-pois de apresentar suas demandas? Não há respostas. No fundo, ninguém está ou estará integralmente feliz; somos seres natural e moralmente incomodados com o stato quo.

Divago. Meu assunto não é este. Estou na verdade intrigado com a rede de prote-ção intelectual que se fechou em torno de José Dirceu nestes dias de fim de Mensalão. Fico a me perguntar: qual a razão que es-timula personagens como Marilena Chauí, Antonio Cândido, Luiz Carlos Barreto e tantos outros a querer publicar manifestos indignados pelo simples fato de que Dir-ceu segue finalmente na direção de uma penitenciária?

Aceito que sejamos solidários pela amizade. Ser amigo de alguém que enfrenta um processo na justiça e corre o risco de ir para a cadeia não é crime. Achar que esse amigo está sendo injustiçado, também não. Mas fazer juras de amor por Dirceu é esquisito.

Avancemos um pouco mais: se sou famoso, se minha palavra tem peso, se sou um cara respeitado em círculos sofistica-dos, se influo no debate público, nada mais lógico – caso seja amigo do homem –de comentar o assunto nos jornais de manei-ra, digamos, inusual. Agora, dizer que o STF cometerá o “assassinato político” de Dirceu visto que ele é “herói nacional” aí já é demais.

Esse não é meu caso, certamente. Vejo isso como quando visito um parque de di-versões e me convidam para ir à tenda da mulher barbada, do anão que engole fogo e do homem elefante: fico morbidamente fascinado com toda e qualquer esquisitice.

Intelectuais e artistas tem o fino dom de compreender coisas que nós, homens comuns, não conseguimos. Geralmente são pessoas que pensam de maneira complexa e representam, digamos, o farol que ilumina a escuridão das consciências das massas. Por isso, fico intrigado: por que essa gen-te inteligente insiste em defender Dirceu quando a grande maioria da sociedade o condena por razões cristalinas? Qual a

dor que deveras sentem para emprestá-la a um personagem que, na mais singela das avaliações humanas, tem um caráter duvidoso?

As entrevistas e os manifestos não esclarecem. Deveriam. Esse pessoal faria um bem imenso ao País em colocar tudo às claras, de maneira límpida, pois assim nos daria uma chance de compreender algo que, nós aqui de baixo, não conseguimos até o momento. Não se trata, logicamente, de apenas afinidades ideológicas, mesmo porque desconfio que a ideologia de Dirceu só se traduz nos conceitos do oportunismo mais rasteiro que vigora na nossa vida política.

Pelas declarações de Luiz Barreto e Fernando Morais o julgamento do Men-salão está promovendo o linchamento de um coitado. Tem-se a sensação de que o Supremo está promovendo um verdadeiro crime de lesa pátria.

Nesse momento é que me pergunto: esse sujeito não está sendo condenado pelo crime de corrupção (brilho nessa palavra) - com todas as modalidades jurídicas cor-relatas - que implicam numa pena que o encaminha à cela de prisão? Parece que a resposta é sim.

Se fosse eu o advogado do capeta argumentaria: o esquema movimentou milhões e milhões de recursos públicos, os quais, matematicamente divididos entre cada contribuinte, representariam alguns míseros centavos que nos foram apropria-dos naqueles anos loucos de compra de congressistas.

Ora, comparando com os recursos movimentados diariamente no Brasil, essa mixaria – caixa dois, transações bancárias fraudulentas etc, etc – significou um grão de poeira no deserto. E - se houve roubo - tudo foi feito com a melhor das intenções: garantir a governabilidade de um partido que sonhou por mais de 25 anos em só fazer o bem para a sociedade brasileira.

Esse é o fundo do argumento cínico dos amigos de Dirceu. Só que eles esqueceram de que nos últimos tempos alguns centavos a mais ou a menos tem o poder de provocar revoluções no Brasil. Eis a questão: esse pessoal está enxergando a coisa pelo lado errado. Por isso, divago como fiz no começo deste artigo: a indignação está amortecida e a revolta será sempre contida pela polícia. Não podemos reclamar vida enquanto a alma não for pequena (ironia, ironia, pois assunto merece...).

aristóteles drummOnd

jOrnalista, administradOr de empresas, relações

públicas e vice-presidente da assOciaçãO cOmer-

cial dO riO de janeirO. O presidente do Uruguai foi ligado aos mo-vimentos terroristas de seu país que tentavam desestabilizar a mais elogiada democracia do continente. Os “tupamaros” não tomaram o poder pela ação firme dos militares, com amplo respaldo na população, então de maioria nas classes médias. Faz todo um jogo político de esquerda, faz aprovar até leis rejeitadas pela maioria, conforme pesquisas realizadas. Mas vai atendendo à esquerda e à mulher, que é parlamentar militante destes movimentos elitistas, mas tem a cabeça no lugar. Abre mão do supérfluo; não do essencial.

Mujica tem, habilmente, tentado influir no moribundo MERCOSUL, no sentido de uma abertura que permita aos pragmáticos como ele negociarem com outros blocos e países di-retamente. Tem observado o sucesso de países que vencem a crise, como Chile, Colômbia, Peru e México, numa aliança para o progresso, com grandes vantagens nos acordos com os EUA – ainda o grande mercado para venda de produtos e obtenção de financiamentos ou investimentos. Todos eles crescem bem mais do que os do MERCOSUL. O presidente do Uruguai não quer ser confundido em nenhum momento com seus colegas da Venezuela e da Argentina. No Uruguai, a corrupção é mínima e, apesar das dificuldades, a violência urbana está sob controle. O país só não sai da crise, para o que tem condições singulares, pela influência que o governo e a legislação so-frem por parte de um sindicalismo mais do que selvagem. Investir no país, com boa mão de obra, população de bom nível de educação e cultura, se tornou uma aventura. O Estado do Rio, aliás,

DaNte FILHO*eScritor e jornaliSta

([email protected])

mujica não é boboagradece aos sindica-tos uruguaios a vinda para seu polo automo-tivo da Citröen, expul-sa do Uruguai pelos sindicatos.O mesmo ocorreu com o Banco do Brasil.

Está cada vez mais difícil uma solução normal para os problemas da Venezuela e da Argentina. A crise só tende a se agravar e com a população revoltada por problemas no abastecimento. O Brasil tem sido tolerante e generoso. Mas a imprensa e a oposição já co-meçam a denunciar o uso de nossos recursos para tapar buracos e atender a carências dos dois países e de Cuba.

O isolamento dos países “bolivarianos”, que costumamos acompanhar nos fóruns in-ternacionais, já é evidente e as relações comer-ciais estão cada vez mais limitadas. A Argentina enfrenta restrições com a aliada tradicional Espanha, depois que expropriou empresas espanholas. A Bolívia, além das intervenções em empresas brasileiras, passivamente aceitas por Brasília, enfrenta bloqueio americano em função de atitudes semelhantes, atingindo bens de empresas ali sediadas. A Venezuela não tem crédito, pode decretar uma moratória em breve, segundo os mercados.

O Paraguai, que vive um bom momento no seu comando político, poderia formar com o Brasil e o Uruguai uma corrente do bom senso. Assim, sairiam de mansinho desta ratoeira em que se transformou o MERCOSUL. O primeiro a sair ou a forçar uma alteração na união cer-tamente será o ex-tupamaro. Quem viver verá!

Editorial

Provando o próprio veneno!Uma notícia chamou a atenção na ma-

nhã da quarta-feira. Dizia respeito a um atentado sofrido pelo secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, Zaqueu Teixeira. Ele foi vítima de uma tentativa de assalto, quando trafegava pela zona portuária da capital fluminense.

O que chama a atenção é que o assal-tado foi exatamente o responsável pelo segmento que mais defende direitos a ban-didos, inclusive os mais sanguinários e, nas redes sociais, surgiram vários comentários de pessoas de bem que não concordam com a política dos direitos humanos que dá muitos direitos aos marginais e nenhum direito a quem leva a vida com seriedade.

Conforme a notícia veiculada no site UOL, Teixeira estava no carro, blindado, com o motorista, segundo a polícia. As-saltantes abordaram o condutor, que ace-lerou e atropelou um dos criminosos. Os assaltantes dispararam três tiros contra o

carro, mas o secretário e o motorista não ficaram feridos.

A polícia informou às delegacias da região, mas ainda não tem suspeitos. O secretário registrou ocorrência na 37ª DP, perto de onde mora, mas a 4ª DP, responsável pela região do crime, deve investigar o caso, informa a polícia.

Zaqueu Teixeira foi Chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em 2002, antes de se tornar secretário. O delegado tam-bém atuou como Secretário de Segurança Pública de Duque de Caxias e trabalhou na Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Resta saber se, quando forem presos, os bandidos que tentaram assaltar ao secretário terão assegurados os mesmos direitos humanos que secretarias e órgãos afins tanto defendem Brasil afora. Ou, ainda, se a Secretaria vai punir o moto-rista que não teve piedade, acelerou e atropelou um “pobre” assaltante.

Sua excelência, o presidiárioNa semana pas-

sada, exatamente no dia 28 de agosto de 2013, a Câmara dos Deputados, por voto secreto, manteve o mandato de deputado federal do presidiá-rio Natan Donadon, condenado a mais de 13 anos de reclusão por desvio de mais de oito milhões de reais quando era diretor da Assembleia Legislati-

va de Rondônia.Essa decisão decorreu da complexa inter-

pretação se seria o Supremo Tribunal Federal ou a própria Câmara quem teria competência para cas-sar o mandato de deputado condenado pela Suprema Corte. No julgamento do mensalão, por cinco votos a quatro, o entendimento foi de que seria o Supre-mo. Esse entendimento se inverteu com os votos dos dois novos ministros Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, que ingressa-ram após a primeira votação. Caberia à Câmara a cassação dos mandatos. De imediato, veio o teste com a votação do mandato de Natan Donadon e a Câmara decidiu pela manutenção.

Surpreendente mesmo foi a surpresa de todos com a manutenção do mandato. Em jogo, o resultado só poderia ser a vitória ou derrota. Perdeu a sociedade. A Câmara fez valer sua autonomia. Ainda que revoltante, aconteceu o previsível.

Nem mesmo o telhado de vidro de Renan Calheiros lhe serviu para o silêncio adequado. Ele escapou da cassação, há seis anos, pelo mes-mo anonimato do voto secreto. Faltava manter um presidiário deputado; agora não falta mais.

Existem mais dúvidas do que certezas em todo esse imbróglio. O ministro Luís Roberto Barroso concedeu liminar para suspender a sessão da Câmara, exatamente ele que permitiu ao Legislativo exercer sua independência, certa ou equivocada.

Os defensores de que a cassação é prerroga-tiva da Câmara alegam que uma decisão judicial feriria a legitimidade concedida pelo povo ao

parlamentar. Esquecem que a Constituição é escrita pelos representantes do povo e define nela as regras a que todos, indistintamente todos, estão submetidos. Mesmo o presidente da República jura seu fiel cumprimento. Ade-mais, estar-se-ia punindo o descumprimento à legitimidade que lhe fora outorgada pelo povo e, portanto, nada haveria de contradi-tório nem arbitrário.

Se a decisão da Suprema Corte de de-terminar a prisão não tivesse força para ser cumprida, com a suspensão dos direitos po-líticos, o condenado não poderia votar nem ser votado para cargo público, mas poderia modificar a própria Constituição.

Para exemplificar, supondo-se que uma pessoa esteja em estado terminal por inanição e que sua salvação dependeria de uma maçã

que lhe foi doada num invólucro de vidro, sem nenhu-ma abertura, pode-ria comê-la, desde que mantivesse o recipiente intacto.

Não tem rele-vância a nomen-clatura que receba: quando um políti-

co sofre uma condenação criminal, a perda do mandato é automática, sem nenhuma necessi-dade de outra formalidade, pois a prisão deve ser efetivada independente de qualquer ato da Mesa da Câmara ou de outro órgão.

Só para constar, os embargos infringen-tes visam a apreciação, por uma instância superior, de decisões que contenham po-sições jurídicas conflitantes, bastando um voto divergente e não quatro. Entretanto, parece estar em xeque o entendimento pacífico de que o Supremo seja a instância máxima da Justiça no Brasil em razão da interpretação sui generis de alguns ma-gistrados em defesa do cabimento desse recurso na Corte.

Essa lengalenga no julgamento dos mensaleiros e de colocar deputado conde-nado no xadrez só reforça a teoria de que a “justiça é forte demais contra os fracos, e muito frágil perante os fortes”. Apesar do prolongamento infinito do julgamento no STF, a força dos lobbies não pode se sobre-por a ponto de evitar que essa turma pague pelo que fez.

Surpreendente mesmo foi a sur-presa de todos

com a manuten-ção do mandato

PeDrO carDOsO Da cOsta

bacharel em direito – in-terlagoS/Sp

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013

tradiciOnal aliadO dO pmdb em matO grOssO dO sul, O psdb dá uma guinada e tende a firmar aliança cOm

O arquirrival de nível naciOnal, O pt. pelO menOs é O que deixa clarO O deputadO federal reinaldO azambuja, pré-candidatO dO parti-dO aO senadO e, numa hipOtética necessidade de lançamentO de chapa majOritária pura,

pré-candidatO tucanO aO gOvernO dO estadO. ele cOncedeu entrevista aO editOr dO cO pO-pular ms e fOi enfáticO sObre a prOximidade

dOs tucanOs em relaçãO aO senadOr delcídiO dO amaral, pré-candidatO dO pt à sucessãO de andré puccunelli (pmdb): “hOje, eu pOssO

dizer cOm muita tranquilidade que nós estamOs muitO mais próximOs de uma aliança cOm O pt dO

que cOm O pmdb. tantO que estamOs sendO prO-curadOs semanalmente pOr lideranças dO pt para

fOrmatar um prOgrama e fazer pOlítica juntOs em matO grOssO dO sul”. eis a íntegra da

entrevista que cOnduzida pOr jOta menOn e veiculada aO vivO nO prOgrama “shOw sertanejO”, dO radialista e vereadOr edicarlOs lOurençO, na rádiO fm altO paraguai, parceira dO cO pOpular na regiãO de pOrtO murtinhO e nO país vizinhO:

3entrevista

POLITICANDOjota menon - [email protected]

OPOrtUNIDaDeA Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul

(Sanesul) divulgou no dia 11 o edital para abertura de concurso público para vagas de ensino superior, de acordo com publicação do Diário Oficial do Estado. São 42 vagas para médicos do trabalho, administrador, advogado, arquiteto, economista, engenheiros, geólogo, psicólogo, químico e outras funções distribuídas por Campo Grande e cidades do interior, com salário de até R$ 3.839,50. As inscrições podem ser feitas no site www.concurso.ms.gov.br até o dia 25 de setembro, pelo valor de R$ 143,36. Conforme previsão, a prova escrita deve ser realizada no dia 10 de novembro.

crIse As previsões pessimistas anunciadas recentemente

pela área econômica do governo federal trouxeram mais desânimo aos prefeitos, muitos dos quais estão sendo forçados a tomarem medidas drásticas na tentativa de amenizar a crise financeira em seus municípios. A exem-plo dos municípios de Caarapó, Rio Negro, Corguinho, Juti, Japorã, Aral Moreira e Itaquiraí, o prefeito de Sete Quedas, José Gomes Goulart (PMDB), o Casé, anunciou na última terça-feira (10) que tomará novas medidas de contenção para conter a sangria.

crIse (1) “Estou fazendo isso (contenção) há muito tempo,

mas se a situação continuar como está vou ser obrigado a demitir entre 10% a 15% dos funcionários”, adiantou Casé, alegando que já promoveu cortes entre 10% a 20% no custeio da máquina administrativa e reduziu em 20% os gastos com fornecedores da prefeitura, que conta com 384 funcionários. A maior preocupação dos prefeitos é com relação ao comunicado feito no começo da semana pela STN (Secretaria do Tesouro Nacional), que prevê redução de até 20% no repasse do FPM (Fundo de Par-ticipação dos Municípios) em setembro, relação ao mês anterior. Casé conta que herdou uma dívida em torno de R$ 6 milhões e que só não está enfrentando bloqueios de verbas federais porque tomou providências no começo de seu mandato.

BOa NOtÍcIaA presidente da República, Dilma Rousseff, anun-

ciou que o primeiro repasse do APM (Apoio Financeiro Municipal) seria depositado na última sexta-feira, 13. O apoio, no valor de R$ 3 bilhões, foi anunciado na Mar-cha deste ano. Ele seria transferido para as contas em duas prestações. Dilma anunciou a sanção do projeto aprovado pelo Congresso e que incluiu a concessão do auxílio na tarde da terça-feira, 10, durante cerimônia de assinatura de termos de compromisso do Programa Água para Todos, com Municípios do Semiárido.

BOa NOtÍcIa (1)O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, presente ao

evento, lembrou a luta da entidade pela concessão da aju-da “em momento de extrema dificuldade da maioria dos municípios”. Ziulkoski se diz satisfeito por ter, através da série de pronunciamentos feitos mostrando a triste reali-dade dos entes municipais, conseguindo fazer o governo entender o tamanho da crise e aprovar a ajuda financeira. Com o anúncio, os gestores municipais voltam a criar expectativas, pois o recurso vai ajudar a maioria deles que enfrenta grave quadro de crise econômica.

DúVIDa LáO governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro

(PT), considera que “está no campo das probabilidades” e ainda “é cedo” para afirmar que será reeditada em 2014 a aliança entre o seu partido, o PT, e o PMDB na disputa presidencial. Para o gaúcho, é necessário repactuar a coalizão de maneira mais “programática”. Em entrevis-ta, Genro diz reconhecer que foi “altamente positivo” o acerto entre o PT e PMDB nos últimos anos, pois foi uma aliança de estabilização. “Agora, temos de partir para uma outra etapa (...) Esse novo programa exige alianças mais definidas, mais programáticas. Uma bancada mais unificada no Congresso Nacional”.

DúVIDa Lá (1)Em 2010, a chapa presidencial vitoriosa teve Dil-

ma Rousseff pelo PT e Michel Temer, como vice, pelo PMDB. Apesar de governar um Estado relevante e ter uma história sólida no PT, Genro, 66 anos, ressalta que é representante de uma posição minoritária na legenda. Mas expressa sua opinião de maneira clara, o que pode produzir ruído entre os petistas e seus principais aliados, os peemedebistas.

DúVIDa cáSe Genro coloca em dúvida a aliança lá em Brasília,

o mesmo pode se falar de Mato Grosso do Sul. Só que aqui, nunca PT e PMDB estiveram juntos. Pelo contrá-rio, em todas as eleições presidenciais o PMDB apoiou o candidato do PSDB que, por sinal, venceu todas as eleições no âmbito regional. Essa realidade faz com que se coloque em dúvida a edição da aliança PT/PMDB em Mato Grosso do Sul, mesmo que ela se repita, em nível nacional, no ano que vem. É esperar para conferir.

LUtO Abro exceção nesta edição para registrar meu pro-

fundo sentimento de pesar pela morte do escritor Ani-sio Antonio Moreira, a quem eu tinha como um irmão. Autor, entre outros, do romance “Rosália”, por mim prefaciado, Anisio faleceu na noite da última terça-feira aqui na Capital. Campo Grande. Fica registrado nosso sentimento e de público nossos pesares aos seus filhos Charles e Fábio!

Reinaldo diz que PSDB está mais próximo do

PT do que o PMDB

sUCessão estadUal

c O P O P U L a r – Quais as prioridades do PsDB no processo de sucessão estadual que se afunila e culminará com a escolha do novo go-vernador do estado em outubro do ano que vem?

reINaLDO aZaM-BUJa – No momento nós temos priorizado o progra-ma “Pensando Mato Grosso do Sul”. Trata-se de um pro-grama que está percorren-do os municípios de Mato Grosso do Sul, ouvindo seus cidadãos, elencando, realmente, ações que nós podemos desenvolver. É um trabalho para formatar um programa de governo. Antes de discutir nomes, nós es-tamos discutindo o projeto que nós queremos para o Estado. Nós queremos um Governo que continue o que aí está? Queremos um governo que mude radi-calmente o que está aí ou queremos um governo que melhore os pontos que o governo que aí está não deu conta de melhorar e atender os anseios da população? No Pensando MS é o pro-grama que estamos desen-volvendo, é possível uma aliança com o PT? É possí-vel. Temos um bom diálogo com o PT, como estamos sendo procurados, também, pelo PMDB. Acho, portanto, que antes de nomes, nós temos que discutir o projeto que queremos para Mato Grosso do Sul. Essa vai ser a prioridade do PSDB até fevereiro do ano que vem, quando devemos concluir o Programa Pensando MS.

cO POPULar – No ano passado o senhor ao ser lançado candidato a prefeito de campo Gran-de rompeu uma aliança histórica do PsDB com o PMDB. essa disputa não distancia ou dificulta negociações do PsDB com os peemedebistas?

reINaLDO aZaM-BUJa – Não, eu não tenho dificuldade nenhuma em

conversar com o PMDB. Até porque nós estávamos certo quando nós colocamos a nossa candidatura na Capi-tal. O PMDB entendeu que deveria continuar apoiando o PMDB. O PMDB queria continuar com a hegemo-nia em Campo Grande. E, naquele momento, podia-se afirmar que o PMDB era – e é – um partido unitário. Tinha o governador, a vice--governadora, o presidente da Assembleia Legislativa, o prefeito e o vice-prefeito de Campo Grande e a presi-dência da Câmara Municipal da Capital, todos do PMDB. O partido não pode ser uni-tário. Tem de abrir espaços aos aliados. Tem de abrir espaços par4a coligações. E o erro que eles cometeram em não nos apoiar levaram o PMDB e seus antigos aliados a perder a eleição na Capital. Agora, discussão a gente faz pensando no futuro. O PSDB pensa o futuro. E, de repente, o PMDB entende que será bom para o futuro de Campo Grande apoiar uma candidatura do PSDB. Entende que o Pensando MS é um bom programa. É tudo questão de esperar o momento oportuno. Hoje, eu posso dizer com muita tran-quilidade que nós estamos muito mais próximos de uma aliança com o PT do que com o PMDB. Tanto que estamos sendo procurados semanal-mente por lideranças do PT para formatar um programa e fazer política juntos em Mato Grosso do Sul.

cO POPULar – tu-canos e petistas são adversários ferrenhos em nível nacional. Já houve alguma conver-sação no nível dos dire-tórios nacionais de Pt e PsDB para se discutir essa possível aliança em Mato Grosso do sul?

reINaLDO aZaM-BUJa – Esta questão vem sendo conduzida por lideran-ças do PT junto ao Diretório Nacional petista e também está sendo conduzida por nós

junto ao Diretório Nacional do PSDB. Não é impossível essa aliança. Ela terá de ser construída. Como sempre digo, essa aliança se concre-tizará só com as bênçãos das duas executivas nacionais. Feita essa aliança em Mato Grosso do Sul, o PT vai dar palanque para a candidata deles, que é a Dilma, e o PSDV vai dar palanque ao nosso candidato, que é o Aécio Neves.

cO POPULar – Não tem problema nenhum?

reINaLDO aZaM-BUJa – Terá que ser au-torizado pelas executivas nacionais dos dois partidos. E nós estaremos defenden-do um programa de governo comum em nível estadual para eleger o senador Delcí-dio para o Governo do Esta-do e o Reinaldo Azambuja, candidato ao Senado, na chapa junto com o Delcídio.

cO POPULar – Di-gamos que, hipotetica-mente, não se viabilize uma aliança com o Del-cídio, do Pt, e nem com o PMDB, comandando pelo governador andré Puccinelli, como ficará o PsDB na eleição de 2014?

reINaLDO aZaM-BUJa – Se não se viabilizar a aliança com nenhum dos dois partido nós teremos candidatura própria ao Go-verno do Estado.

cO POPULar – e o candidato seria o rei-naldo azambuja?

reINaLDO aZaM-BUJa – Aí é o partido quem decide quem é o can-didato. Como ocorreu no caso da eleição em Campo Grande, se o partido me escalar eu estou pronto para defender o projeto que nós temos como prioridade.

cO POPULar – No âmbito nacional, como o senhor analisa o qua-

dro? O aécio parece en-frentar certa resistência do José serra...

reINaLDO aZaM-BUJa – O Serra já teve suas oportunidades e é uma liderança que deu grande contribuição ao PSDB e ele sabe que este é o momento do Aécio ser o candidato. O serra já esteve duas vezes à frente do nosso partido, sendo o nosso candidato. Eu não tenho dúvida de que esse é o momento do Aécio e que o Serra vai ajudar permanecendo nas fileiras do PSDB. É uma pessoa importante para o PSDB e estará junto com o Aécio e com todos nós, tucanos, nesse projeto de devolver o país ao comando do PSDB. O Aécio, hoje, é praticamen-te unanimidade entre todos os diretórios estaduais.

cO POPULar – aé-cio tem chances?

reINaLDO aZaM-BUJa – Acho que ninguém é dono dos votos. Quem manda nos votos é o povo brasileiro. E será o povo brasileiro quem vai decidir qual a melhor proposta, o melhor projeto para o Brasil. Todos os candidatos são bons candidatos e nós teremos, com certeza, uma eleição em dois turnos, e muito disputada.

cO POPULar – Uma avaliação do seu manda-to na câmara Federal?

reINaLDO aZaM-BUJa – Nós temos bus-cado fazer a nossa parte na Câmara Federal, atuando através da apresentação de projetos, atuando com co-erência. Tenho procurado trabalhar pelo Mato Grosso do Sul, embora seja eu de-putado de primeiro mandato e estes quatro anos tem me sido um aprendizado, por-que Assembleia Legislativa e Câmara federal são casas completamente diferentes. Mas é um aprendizado que vale a pena, porque procuro representar com dignidade o povo sul-mato-grossense.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 20134 Geral

Felipe Orro cumprimenta deputados de MT por aprovarem autonomia da Unemat

FeliCitaÇão

A Assembleia Legislati-va de Mato Grosso aprovou emenda constitucional es-tabelecendo a autonomia à Unemat (Universidade Es-tadual de Mato Grosso), em julho deste ano. O fato foi comemorado pelo deputado estadual Felipe Orro (PDT), autor de emenda similar que tramita no Parlamento estadual e restabelece a au-tonomia financeira à Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

“Eu quero ter a honra e a felicidade de ver estam-pada nos jornais de nosso Estado uma matéria pare-cida com essa, noticiando que essa Casa aprovou a autonomia da Uems. Essa Assembleia não pode ficar na retaguarda, ao contrário tem que se colocar na van-guarda do desenvolvimento do Estado”, disse Felipe Orro da tribuna da Assem-bleia durante a sessão da última quarta-feira (11).

A defesa da Uems é bandeira do mandato de Felipe Orro. No ano passado ele apresentou emenda am-

pliando o orçamento da uni-versidade, o que resultou em uma renegociação e o governo cedeu em parte aos pleitos da reitoria e corpo docente. Neste ano Felipe Orro voltou a apresentar

emenda à LDO (Lei de Dire-trizes Orçamentárias) com esse objetivo e também uma PEC (Proposta de Emen-da Constitucional) para garantir, na Constituição, a autonomia financeira,

didática e administrativa da instituição. Conseguiu o apoio de 10 parlamentares pela tramitação da matéria.

“Considero um crime o jovem de família pobre querer estudar, querer me-

lhorar de vida, garantir um futuro melhor a ele e sua família, e os poderes pú-blicos negarem essa opor-tunidade. Vejam nobres colegas, esse é um assunto da maior seriedade. Nós podemos mudar a história, mexer na vida de milhares de pessoas.”

Felipe Orro lembrou que a Uems tem um perfil extremamente adequado para o desenvolvimento do Estado. “Cerca de 90% dos acadêmicos da Uems são sul-mato-grossenses, 78% são egressos da escola pú-blica e 87% permanecem no Estado após formados. Isso é muito importante, são dados de levantamento feito pela própria universidade. Revela o papel preponderante da Uems no desenvolvimento social do Estado”.

Ele reconheceu os in-vestimentos que o governo está fazendo na universida-de, ao anunciar a construção da sede própria e criação do curso de Medicina em Cam-po Grande, e entende que esse é o momento adequado

para se discutir a autonomia financeira da universidade. “Quase todos os estados que possuem universidades estaduais já aprovaram a autonomia. Vejo que o go-verno está disposto a ajudar a universidade, então é hora dessa Casa chamar para si a discussão, buscar um en-tendimento com o governo e dar esse presente aos jovens de nosso Estado.”

O pronunciamento de Felipe Orro foi apoiado pelos deputados Marcio Monteiro (PSDB) e Lídio Lopes (PP). “Essa questão precisa ser discutida nessa Casa. Venho do movimento estudantil e vejo que preci-samos dar essa oportunida-de aos acadêmicos”, disse Lídio Lopes. “A situação da Uems realmente sensibiliza todos nós. Não tem como negar a importância des-se tema. Nada mais justo do que darmos condições adequadas para a univer-sidade oferecer um serviço de qualidade à comunidade acadêmica”, complementou Marcio Monteiro.

Presidente fala sobre saneamentobásico na Conferência das Cidades

sanesUl

Fonte Assessoria

O primeiro dia da 5ª Con-ferência das Cidades de Mato Grosso do Sul, aberta nesta quarta-feira, 11 de setembro, em Campo Grande, contou com a realização de diversos painéis expositivos, entre eles o do presidente da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), José Carlos Barbosa, que discutiu o tema “Saneamento: Abastecimento de Água e Esgotamento Sani-tário”.

Nesta edição da conferên-cia, saneamento básico está entre um dos assuntos que serão debatidos durante todo o evento, para elaboração de propostas com a finalidade de avançar na construção da po-lítica estadual e ainda nortear Estado e União, juntamente com as áreas de habitação, mobilidade urbana, trânsito e desenvolvimento.

José Carlos Barbosa, que também é presidente da Asso-ciação Brasileira das Empre-sas Estaduais de Saneamento (Aesbe), apresentou aos pre-feitos, vereadores e aos dele-gados que representam os 79 municípios do Estado e líderes dos movimentos sociais um panorama do saneamento no mundo e no Brasil. De acordo com a pesquisa do Instituto Trata Brasil, 2,5 bilhões de pessoas, ou seja, 37% da po-pulação mundial vivem sem

saneamento adequado, e des-tes, 40 milhões são brasileiros.

Ao falar do saneamento no Brasil, o presidente mos-trou que 4.975 municípios do país estão interligados à rede de distribuição de água e 1.961, à rede de esgoto. “No Estado, as 79 cidades possuem sistema de abastecimento de água e 38, esgotamento sanitário. Estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) confirmam que o saneamento antes era um dos últimos itens que recebia

investimentos e hoje é diferen-te: aparece como um dos de-sejos da população”, destacou José Carlos Barbosa.

Ele também ressaltou os principais desafios do setor no cenário brasileiro segundo levantamento do Ministério das Cidades, que está relacio-nado à carga tributária paga pelo setor: em 2011 as empre-sas estaduais pagaram R$ 2 bilhões. A universalização do atendimento com esgoto, que até 2030, para universalizar o serviço de esgoto, são neces-sários R$ 340 bilhões, entre outros.

No decorrer da palestra, o presidente da Sanesul defi-niu aos presentes o papel da empresa de saneamento em Mato Grosso do Sul, que hoje atua em 125 localidades, sendo 68 municípios e 57 distritos, com objetivo de proporcionar qualidade de vida e preservar o meio ambiente.

Até agora já foram in-vestidos no Estado de 2007 a 2013, R$ 271,4 milhões em captação e tratamento de água e R$ 561,5 milhões na coleta e tratamento em obras concluí-das e em andamento.

“A nossa meta é atingir a marca de R$ 1 bilhão de recursos aplicados no sanea-mento básico, o que equivale 67% para o esgoto e 33% para água. Queremos tam-bém manter o atendi-mento com água em 100% e atingir 50% de cobertura de rede de esgoto”, explicou José Carlos Barbosa.

Segundo o pre-sidente, a Agência de Habitação do Esta-do (Agehab) é uma das parceiras da Sanesul. Um exemplo do trabalho em conjunto está nas cidades de Corumbá e Coronel Sapucaia.

Em Corumbá, no residencial Guatós feito pela Agehab, foram construídas estação elevatória de água e esgoto, 14.800 metros de rede e 1.200 ligações, para atender os mo-radores. Já em Coronel Sapu-caia, no residencial Jardim Mate Laranjeira, a Sanesul implantou sete mil metros de

rede e 255 ligações.Ao finalizar o painel ex-

positivo, José Carlos Barbosa respondeu aos questiona-mentos do público presente e ressaltou a evolução do sa-neamento básico nas quatro maiores cidades do Estado. Corumbá recebeu investimen-tos significativos da Sanesul nestes quase oito anos de governo no valor de R$ 130 milhões, recursos que fizeram a cidade sair do índice zero de esgotamento sanitário e chegar a 80% em 2014.

A segunda maior cidade do Estado, Dourados, sofreu um salto significativo de 25% para 85% da coleta e tratamento de esgoto. Ponta Porã, cidade que faz fronteira com o Paraguai, no ano de 2007, tinha 10% coleta e tratamento de esgoto, índices que já sofreram um grande avanço para 60% e chegarão no próximo ano a 90%.

Três Lagoas, município onde estão localizadas as gran-des indústrias do Estado, em 2007 possuía 17% de esgota-mento sanitário. Atualmente esse índice já ultrapassa a casa dos 50%, e a meta até o ano de 2014 é atingir 97%.

Também participou da abertura da 5ª Conferência das Cidades de Mato Grosso do Sul, o diretor de engenharia e meio ambiente da Sanesul, Vitor Dib Yazbek.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013 5POlítica

Administrador público, AndréPuccinelli é condecorado pelos serviços

prestados à Capital e ao Estado

reConHeCimento

Na noite da última terça--feira (10), o governador An-dré Puccinelli (PMDB) rece-beu a Comenda Mister Peter Ferdinand Drucker, durante sessão solene em comemora-ção ao Dia do Administrador, realizada na Assembleia Le-gislativa. A honraria entregue ao chefe do Executivo estadual recebe o nome do professor e consultor administrativo de origem austríaca, considerado o pai da administração moder-na ao expor os efeitos da glo-balização na economia e por suas teorias da administração no século XX.

As homenagens com en-tregas de títulos e medalhas integram a programação do Conselho Regional de Admi-nistração (CRA-MS) para co-memorar o dia 9 de setembro, Dia do Administrador. Em Mato Grosso do Sul, adminis-tradores que se destacaram em 2013 receberam honrarias. “Estamos homenageando ad-ministradores de sucesso. Nós não estamos premiando pes-soas no momento, mas aque-les que fizeram um trabalho ao longo de uma história. São pessoas que fizeram alguma coisa para a sociedade e que fizeram a diferença. Com essa premiação estamos querendo

simplesmente dizer o quanto é importante trabalhar pela so-ciedade”, afirmou o presidente do CRA-MS, Harduin Reichel.

Conforme Reichel, as homenagens aos adminis-tradores acontecem todos os anos no dia 9 ou 10 de setem-bro para comemorar o Dia do Administrador. O governador André Puccinelli foi escolhido para receber a Comenda Mis-ter Peter Ferdinand Drucker por meio de uma comissão que foi montada, em que são

estudados profissionais que se dedicaram na sociedade.

“Essa comissão levantou inúmeros nomes e em cima desse levantamento são colo-cados na página do Conselho e

eleitos pelos administradores. O governador foi escolhido pela história dele e pelo que ele fez pela cidade e pelo Estado. É um processo democrático e interessante, no qual nós reconhecemos a importância dessas personalidades pelo que fizeram”, destacou o pre-sidente do Conselho Regional de Administração.

Na leitura do cerimonial que antecedeu a entrega da honraria aos homenageados, o currículo de André Puccinelli,

prefeito de Campo Grande por dois mandados e eleito duas vezes governador de Mato Grosso do Sul, se resume num administrador público que “implantou programas

que modernizaram a Capital com mais de 800 obras con-solidadas”.

Ainda como chefe do Exe-cutivo municipal, Puccinelli foi eleito por dois anos se-guidos como melhor prefeito das capitais brasileiras. “Im-plantou salas de informática em toda a Rede Municipal de Ensino, além de parques e avenidas na cidade”, destacou a leitura do cerimonial.

Eleito como chefe do Exe-cutivo estadual em 2006 e re-eleito em 2010, André Pucci-

nelli recebeu a honraria como uma gentileza dos amigos, dos companheiros, dos que ouviu os aconselhamentos para que fizessem uma administração conjunta. “Me sinto lisonjeado com a homenagem que nos fazem. Sempre tenho dito que administrar é ouvir a muitos para decidir-se quando há ne-cessidade de tomar posições. De qualquer forma, honrado procurarei fazer com que o exemplo na administração possa fazer justiça à comenda que me dão”, ressaltou.

Além do governador fo-ram homenageados as admi-nistradoras Telma Cristina Fernandes Henriques, com a “Comenda Administrador Emérito de 2013”, e Maura Catharina Gabinio e Souza, com a “Comenda Mary Parker Follet”.

A sessão solene que teve como proponente o deputado estadual Felipe Orro contou com as presenças dos deputa-dos estaduais Eduardo Rocha e Jorge Takimoto, além de administradores.

Projeto investe 6,4 mi neste ano em inovação e tecnologia para auxiliar empresas do MS

seBrae

Programa do Sebrae pode subsidiar até 80% do valor de consultorias e já atendeu mais de 6 mil pequenos negócios e produtores rurais no estado

Produtos desenvolvidos com ajuda de consultoria foram lançados em feira de decoração e design

Empresa melhorou o processo de controle dos produtos

Uma iniciativa desen-volvida nacionalmente pelo Sebrae tem ajudado empre-sários no interior do Mato Grosso do Sul a agregarem valor aos seus negócios. O Sebraetec, desenvolvido des-de 2010 no estado, incentiva os participantes a promo-verem melhorias nas áreas de Marketing, Metrologia, Processos Produtivos, De-sign (embalagens, produto, gráfica), Logística, Norma-tização, Certificação; entre outras soluções que possibi-litam o acesso à inovação e tecnologia.

A previsão para até o final 2013 é que um número superior a 3.200 pequenos negócios do MS recebam incentivos de quase R$ 6,5 milhões para realização de consultorias, que recebem até 80% de subsídio do Se-brae; os outros 20% podem ser parcelados em dez vezes pelo empreendedor.

“O empresário pensa que, para inovar, tem que criar algo inédito, diferente para o mercado. Mas, não. Ele pode simplesmente agregar à própria empresa, aprimorando o processo produtivo, reduzindo custos e otimizando tempo de cada colaborador, por exemplo”, destaca o gestor do pro-grama no MS, Pedro Paulo Loango.

A Cerâmica Fênix, que atua há 35 anos no municí-pio de Rio Verde, recebeu consultoria para a elaboração de seis linhas de produtos, usando o Fusing; técnica de criação em vidro, que se utiliza de um forno cerâmico para moldagem e coloração

das peças. “Começamos a atuar na fabricação de tijolos, depois passamos a trabalhar nos anos 2000 também com pisos e, agora, vidros”, conta Fernando Striquer, sócio proprietário da cerâmica.

A coleção, acompanhada por especialistas em inova-ção e tecnologia pelo período de quatro meses, foi lançada em agosto, em São Paulo, du-rante uma feira de decoração e design. Fernando garante que inovar constantemente é primordial. “Alcançamos um segmento até então não atendido pela empresa. Não dá pra ficar parado, porque senão o mercado te engole”, ressalta.

OrGaNIZaÇÃOOutra empresa rio-ver-

dense a buscar recursos via Sebraetec foi a chapelaria,

cutelaria e selaria Karandá, que recebeu duas consulto-rias: uma sobre o progra-ma “5S”, de organização e qualidade no ambiente de trabalho, comprometimento da equipe e comunicação entre os setores; e outra para administração do processo de produção, com a descri-ção dos procedimentos de registro dos dados sobre o emprego de máquinas, ho-mens e materiais.

Segundo Mariano Alka-ras Filho, proprietário da marca que está há 13 anos no mercado, a redução dos custos foi de 8 a 12%, além da melhor interação entre diretoria, gerência e colabo-radores. “Melhorou e muito, tanto na economia quanto na organização da equipe. Todo mundo fala a mesma língua e rema para o mesmo lugar”,

diz. Para ele, as consultorias são uma maneira de se con-solidar no mercado. “Temos que tentar inovar sempre, fortalecer a marca e melhorar os serviços”, ressalta.

Já Wilker Bokalan, pro-prietário da Plantel Assesso-ria Veterinária, especializada em exames para identificar anemia infecciosa equina, da cidade de Costa Rica, afirma que “se não fosse este auxílio do Sebrae, iria até fechar o laboratório”. Isto porque a empresa tem até julho de 2014 para se adequar à ISO

17025, que estabelece requi-sitos gerenciais e técnicos para implementação do sis-tema de gestão da qualidade em laboratórios de ensaio e calibração, com o intuito de produzir resultados tecnica-mente válidos e rastreáveis.

Preocupado com a sobre-vivência e sucesso do negócio, Wilker buscou apoio técnico em consultoria na área de Normatização e Certificação, para implantar o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). “Melhorou bem mais a parte documental”, aponta. Segun-do ele, em breve, o estabeleci-mento receberá uma auditoria visando comprovar as práticas adotadas e obter certificação do Inmetro.

resULtaDOsAté o ano passado, 6.196

micro e pequenas empresas e produtores rurais foram atendidos por meio de con-sultorias com subsídios do Sebraetec no Mato Grosso do Sul, que alcançaram ao todo o montante de R$ 12 milhões. Somente em 2012, na região norte do estado, 220 estabelecimentos obti-veram aporte de mais de R$ 385 mil.

serVIÇOMais informações sobre

como aderir ao programa, deve-se entrar em contato com a Central de Relaciona-mento do Sebrae, no telefone 0800 570 0800.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 20136 estadO

TJ condena ex-prefeito porimprobidade administrativa

CHapadão do sUl

Assessoria

O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul condenou o ex-prefeito de Chapadão do Sul, Jocelito Krug, por improbidade ad-ministrativa, ocasionado pela contratação reiterada de ser-vidor sem concurso. Jocelito foi condenando pela 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça à “perda da função pública que eventualmente estiver sendo exercida, suspensão de direitos políticos por três anos e multa de quatro vezes o valor da última remuneração percebida quando prefeito municipal, devidamente atu-alizada pelo IGP-M (FGV)”. Além disso, Krug também fica proibido de “contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fis-cais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos”.

O acórdão da decisão do relator, desembargador Sérgio Fernandes Martins, foi publi-

cado no dia 9 de setembro últi-mo. O processo é o de número 0100838-85.2009.8.12.0046 , originário na Comarca de Chapadão do Sul, através de denúncia do promotor Marcus Vinicius Tieppo Rodrigues.

No acórdão, os desem-bargadores assinalam que “a reiteração da prática de contratação de servidores sem concurso para ocupar cargos permanentes configura improbidade administrativa

tipificada no artigo 11 da Lei n. 8.429/92, independente-mente de ter ou não havido dano ao erário”. A ilegalidade aconteceu durante todo o mandato, como constata o acórdão; “Se as contratações

foram efetivadas ao longo de praticamente todo o man-dato eletivo do requerido, não há falar em excepcional necessidade temporária pela ausência de aprovados em concurso público válido, pois, no referido período, poderia ter sido aberto certame para preencher as vagas em claro. Diante do contexto fático, mostra-se razoável a aplicação cumulativa das sanções pre-vistas no inciso III do artigo 12 da Lei de Improbidade Administrativa, porém em patamares mínimos”.

a penaA pena aplicada é a se-

guinte; “aplica-se ao requerido (Jocelito Krug) as sanções de (I) perda da função pública que eventualmente estiver sendo exercida no momento do trânsito em julgado; (II) suspensão de direitos políticos por três anos; (III) multa de quatro vezes o valor da últi-ma remuneração percebida quando prefeito municipal, devidamente atualizada pelo IGP-M (FGV); e (IV) proibi-

ção de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou credití-cios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos”. Corrupção ad-ministrativa

O site da Câmara dos De-putados explica que improbi-dade administrativa “é a desig-nação técnica para a corrupção administrativa. Qualquer ato praticado por administrador público contrário à moral e à lei; ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, impar-cialidade, legalidade e lealdade às instituições”.

Explica mais o site: “En-tre os atos de improbidade es-tão o enriquecimento ilícito, o superfaturamento, a lesão aos cofres públicos, o “tráfico de influência” e o favorecimen-to, mediante a concessão de favores e privilégios ilícitos, e a revelação de fato ou circuns-tância de que o funcionário tem ciência em razão das atribuições e que deva perma-necer em segredo”.

Empresários recebem títulos na Assembleia LegislativaCidadania

Os empresários Wal-demar Locatelli e Walter Gargione Adames recebe-ram títulos de cidadãos sul--mato-grossenses entregues pelo 1º Secretário da As-sembleia Legislativa, depu-tado Antonio Carlos Arroyo (PR), em sessão solene, na noite desta quinta-feira (12). Segundo Arroyo, “essa homenagem é a forma que a Assembleia Legislativa tem de demonstrar a gratidão e o reconhecimento àqueles empreendedores que cola-boram, com sua capacidade de trabalho, honestidade, amizade e dedicação, na construção e desenvolvi-mento de Mato Grosso do Sul”. Sessão Solene de Entrega de Títulos

Sessão Solene Entrega de Títulos - Waldemar Locatelli recebendo o título do Dep Arroyo

Bernal não consegue convencer vereadores a votarsuplementação de orçamento em regime de urgência

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, continua enfrentando di-ficuldades políticas com a Câmara, onde a oposição tem maioria. Na quinta-fei-ra após quase duas horas de reunião não convenceu os vereadores a votar os projetos de suplementação em regime de urgência. Bernal e quer autorização legislativa para remanejar e R$ 117 milhões, dinhei-ro que seria destinada ao pagamento de salários. Ao sair da reunião o prefeito garantiu que tinha, ao me-nos, 13 assinaturas para que as propostas tramitassem em regime de urgência. . Seriam necessários 20. “Fiz

fabricação de suplemen-tos minerais para bovinos. Filho de Walter Adames e Vera Maria Gargione, o empresário casou-se com Arlete Albuquerque Adames e tem dois filhos.

Durante a solenidade, Antonio Carlos Arroyo fez também uma homenagem ao Coral dos Servidores da Assembleia: “esse Coral formado por nossos servi-dores é um patrimônio da Casa, suas apresentações nos eventos do Parlamento fazem a diferença. Minha homenagem e gratidão”.

Entre as autoridades presentes, o procurador--geral do município, desem-bargador aposentado Luiz Carlos Santini, represen-tando a Prefeitura Munici-pal da Capital; o comandan-te Geral da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto Davi dos Santos, representando o Governador do Estado; o desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte, no ato representando o Tribunal de Justiça e o vereador Edil Afonso Albuquerque, repre-sentando a Câmara Munici-pal de Campo Grande.

O homenageado Walde-mar Locatelli é catarinense, natural de Xaxim, médico veterinário, administrador e produtor rural. Na década de 80, migrou para Mato Grosso do Sul, onde fixou residên-cia em Dourados e depois, em Paranhos. Atualmente mora em Campo Grande, tendo vivido ainda por pouco tempo em Nova Andradina. Estabeleceu-se na Capital no ramo de postos de combus-

tíveis e transportes. Filho de David e Sila Locatelli, Walde-mar casou-se, em 1977, com Maria Ivone Engel e tem três filhos.

Walter Gargione Ada-mes é gaúcho de Vacaria e começou sua trajetória aqui no Estado como administra-dor de fazendas. Em 1985 fundou a empresa Adames Indústria e Comércio de Rações e Suplementos, que foi precursora no ramo da

o pedido encarecidamente, agora cabe aos vereadores analisar”, disse. Foi des-mentido pelo presidente

da Casa s, vereador Mario Cesar (PMDB). “Na verdade ele tem 11 assinaturas e não vamos colocar em regime de

urgência porque antes de votar precisamos que téc-nicos de finanças e receitas venham da prefeitura para nos explicar detalhadamen-te cada projeto”, explicou.

Para Mario, se o pre-feito mantivesse relaciona-mento de governabilidade com o Legislativo todas as etapas para a aprovação das matérias. “Ele vem aqui de maneira pontual. Se essas vindas se perpetuarem va-mos conseguir estabelecer relacionamento”, explicou.

Os vereadores avaliam que o Executivo precisa de suplementação para pagar salário. Segundo o o vere-ador Paulo Pedra (PDT), dee acordo com o parágra-

fo único do quinto artigo, da lei orçamentária, “não serão computados para efeito do limite fixado no inciso primeiro do artigo [que estabelece limite de 5%] os créditos suple-mentares abertos: para o atendimento de despesas de pessoal e encargos so-ciais e previdenciários, precatórios judiciais e com recursos provenientes de operações de créditos por lei”.

Ou seja, para a maio-ria dos parlamentares, o prefeito não precisa pedir suplementação de R$ 108 mi lhões para pagar os trabalhadores. “Quando é para pagar pessoal, previ-

denciário e precatório, não existe essa vedação por-que, para essas questões, se o prefeito precisar da suplementação, ele pode fazer sem autorização da Câmara”, disse o presiden-te da Casa, vereador Mario Cesar (PMDB).

No entanto, Bernal pre-feriu pedir permissão aos vereadores porque ele acre-dita que a forma como a lei foi elaborada gera dúvidas. “A interpretação dessa lei é contraditória. Por isso eu quero que a suplemen-tação seja feita, para não ter dúvidas. Estendi meus braços aos vereadores. Já implorei, agora é com eles”, comentou.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 2013 7estadO

André aposta que seusucessor será Simone,

Nelsinho, Reinaldo ou Delcidio

Nelsinho oferece vaga de Senadoa Azambuja para reatar aliança

de 20 anos com o PSDB

polÍtiCa

Campo Grande-MS

Em meio a desconfian-ça de setores do próprio PMDB e de partidos hoje na base de sustentação política do governador André Puc-cinelli sobre a viabilidade da sua candidatura, diante do aparente favoritismo virtual candidato do PT ao Governo, senador Delcidio do Amaral, o ex-prefeito Nelson Trad Filho, tem tra-balhado nos bastidores para atrair o PSDB. Já se reuniu pelo menos duas vezes com o deputado federal Reinaldo Azambuja e lhe ofereceu a vaga de candidato ao Sena-do. Nelsinho espera reatar a aliança que o PMDB mante-ve com os tucanos durante os 20 anos, interrompida na eleição municipal de 2012 em Campo Grande.

Depois de ser anun-ciado no último dia 30 de agosto como candidato do

PMDB ao Governo, tendo Simone Tebet como candi-data ao Senado, Nelsinho fez um paciente trabalho de articulação para convencer a vice-governadora a recuar

em princípio desta pré--candidatura como parte de uma a estratégia para facilitar entendimentos que ampliem o espaço negocia-ção das alianças.

O gesto foi bem recebido pelo PSDB que tem como deliberação partidária só de-sistir da candidatura, numa composição na qual Reinaldo seria o candidato ao Senado,

seja do PMDB ou mesmo do PT. “Quando o PMDB vem a público e diz que existe es-paço para os aliados, as con-versas começam a acontecer, pois não há como discutir aliança com um partido que fica com as duas principais vagas da eleição, ou seja, o candidato ao senado e ao governo”, avalia o presidente regional dos tucanos, o depu-tado Marcio Monteiro.

Ele também já esteve com o ex-prefeito da Capital, que o procurou na Assem-bleia “O Nelsinho se colocou a disposição para conver-sarmos sobre aliança, mas ainda é cedo para qualquer definição”, confirma o par-lamentar.

O senador Delcidio do Amaral também tem mostra interesse em atrair o apoio do PSDB, mas enfrenta um obs-táculo de natureza partidária. Há uma resolução nacional do diretório nacional petista

que proíbe alianças do partido especificamente com três : PPS e Democratas e o próprio PSDB. Delcidio já esteve com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, quando avaliou o quadro sucessório estadual e a possibilidade de se abrir uma exceção no Estado . Na terça--feira o senador deve estar com o Aécio Neves, virtual candidato tucano à Presidên-cia, tratando do mesmo tema, agora sob a ótica tucana.

O presidente regio-nal do PMDB, deputado estadual Oswaldo Mochi Junior, acredita que além do PSDB, a candidatura de Nelsinho Trad pode atrair o apoio do PSB, com PT do B, PR e PDT.Indagado sobre a possibilidade de aliança com o PT, do se-nador Delcídio do Amaral, Mochi declarou: “Na polí-tica, dizem que tudo é pos-sível. Pode ser improvável, mas não impossível”.

Longe de um clima de beligerância pré-eleitoral, típico quando se está a pouco mais de um ano da disputa, o governador André Puccinelli, atraiu para um evento na última sexta-feira em Costa Rica,onde foram entregues motoniveladoras a 13 Prefeitu-ras, uma lista suprapartidária de convidados. Compare-ceram a vice-governadora, Simone Tebet, o senador Delcidio do Amaral, do PT, o tucano, Reinaldo Azambuja. A única ausência foi a do pré-

CPI da Assembleia vai ouvirDiretor da Telemídia e Presidente

do Conselho Estadual de Saúde

-candidato do PMDB Nelson Trad Filho, que não foi esque-cida nos pronunciamentos de Puccinelli.André previu que entregará o Governo a um deles numa situação melhor da que encontrou em 2007. A dívida será 29% menor que há de sete anos quando equivalia a 181% da receita anual . No final de 2014 a corresponderá a 128% da receita, embora some R$ 7,131 bilhões.

“Vou entrega o Estado nessas condições, seja para Simone, Nelsinho, Reinaldo

Azambuja ou Delcídio – por-que não tem outro nome que tenha condições de assumir o governo”, afirmou Pucci-nelli, deixando evidenciado que ainda não vê o quadro eleitoral da sucessão estadual definido no PMDB, já que apesar de declarar apoio a Nelsinho ainda cita Simone Tebet como opção.Azambuja (PSDB), Antônio Carlos Biffi (PT), Vander Loubet (PT) e Geraldo Resende (PMDB) e o deputado estadual Márcio Monteiro do PSDB.

O Diretor-presidente do Consórcio Telemídia e Tech-nology International, Naim Alfredo Beydoun, e o Presidente do Conselho Estadual de Saúde, Alexandre Correa Bueno, serão ouvidos na próxima segunda--feira (16) pelos deputados que integram a Comissão Parla-mentar de Inquérito da Assem-bleia Legislativa, a qual apura possíveis irregularidades nos repasses do Sistema Único de Saúde para unidades hospitala-res de 11 municípios do Estado.

A oitiva com Naim Alfredo Beydoun e Alexandre Correa Bueno vai acontecer a partir das 14 horas, no Plenário deputado Júlio Maia, na Assembleia Le-gislativa, e é aberta à população. Em relação ao Presidente do Conselho Estadual de Saúde, os parlamentares querem saber se a entidade fiscaliza a aplicação dos recursos do SUS e se suas reivindicações são aceitas pelas Secretarias de Saúde do Estado e dos municípios.

Já em relação ao Diretor--presidente do Consórcio Te-lemídia, os deputados querem obter informações sobre o Sis-tema Gisa, de responsabilidade da empresa, o qual foi adquirido pela Prefeitura Municipal de Campo Grande pelo valor de quase R$ 10 milhões, e que até hoje, após quatro anos da instalação, não funciona.

Segundo o deputado es-tadual, Amarildo Cruz (PT), as oitivas com Naim Alfredo Beydoun e Alexandre Correa Bueno são necessárias para complementação do relatório final da CPI da Saúde. “Temos questionamentos que preci-sam ser feitos a essas pessoas. Queremos saber se o Conselho Estadual de Saúde está sendo atendido nas suas reivindica-ções. Também temos uma série de perguntas que precisam ser respondidas pelo Diretor-presi-dente do Consórcio Telemídia em relação ao Sistema Gisa”, finalizou.

cPI da saúde em MsA CPI da Saúde em MS foi

criada no dia 23 de maio deste ano. Os parlamentares querem saber como estão sendo feitos os repasses dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para unidades hospitalares de Campo Grande, Corumbá,

Paranaíba, Dourados, Três Lagoas, Jardim, Coxim, Aqui-dauana, Nova Andradina, Pon-ta Porã e Naviraí. A investigação apura os repasses e convênios feitos nesses municípios nos últimos cinco anos.

A Comissão Parlamentar de Inquérito tem 120 dias para apurar as possíveis irregulari-dades, podendo ser prorrogada por mais dois meses. Já foram ouvidos a ex-secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, o secretário municipal de Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca, o presidente da Santa Casa da Capital, Wilson Tes-lenco, os ex-diretores do Hos-pital Universitário, José Carlos Dorsa, o do Hospital Regional de Campo Grande, Ronaldo Perches Queiroz,o ex-secretário municipal de saúde da capital, Leandro Mazina, o presidente do Conselho Regional de Medi-cina do Estado de Mato Grosso do Sul, Luís Henrique Masca-renhas Moreira, e os médicos Os médicos Adalberto Siufi e Cláudio Wanderley Saab, ex--diretor do Hospital do Câncer e o atual diretor-geral do Hospital Universitário, respectivamente.

Também foram ouvidos pelos parlamentares os ex--integrantes da Junta Interven-tora da Santa Casa de Campo Grande, Antonio Lastória, Nilo Sérgio Laureano Leme e Issan Moussa, o diretor-presidente do Hospital do Câncer, Carlos Alberto Moraes Coimbra, o ex-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Florêncio Garcia, o diretor-presidente do Instituto Municipal de Tecnolo-gia da Informação da Prefeitura de Campo Grande, Luiz Alberto de Oliveira Azevedo, e o ex--responsável pela pasta, João Mitumassa Yamaura, além de

gestores e conselheiros muni-cipais de saúde nas cidades de Dourados, Coxim, Aquidauana, Jardim, Paranaíba, Três Lago-as, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Corumbá.

Para ajudar no trabalho de investigação, os deputados deci-diram criar o [email protected] para que as pessoas possam denunciar irregularida-des nas unidades hospitalares. Também foi criada a fan pag CPI da Saúde em MS (https://www.facebook.com/cpidasau-deemms). As pessoas podem assistir as oitivas de Campo Grande ao vivo no link (http://www.al.ms.gov.br/Default.aspx?alias=www.al.ms.gov.br%2Ftvassembleia).

Além disso, no canal de comunicação os internautas podem conferir matérias so-bre os trabalhos da Comissão e reprises das oitivas da CPI da Saúde em MS realizadas em todo o Estado. Denúncias podem ser feitas também pelo 0800-647-2013. As reuniões ordinárias acontecem todas as segundas-feiras, sempre às 14 horas, e as extraordinárias às quintas, no mesmo horário.

Elas também podem ser assistidas ao vivo pela Tv As-sembleia, em Campo Grande pelo Canal 9, em Dourados pelo Canal 9, e em Naviraí pelo Canal 44. Todas as oiti-vas realizadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito podem ser assistidas, ainda, no Youtube, no canal cpida-saudeemms. A CPI é composta pelos deputados Amarildo Cruz - presidente, Lauro Davi (PSB) - vice-presidente, Ju-nior Mochi (PMDB) - relator, Eduardo Rocha (PMDB) - vi-ce-relator e Onevan de Matos (PSDB), membro.

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Distrito Federal - Mato Grosso - Mato Grosso do SulANO XIII nº 576 15/09 a 21/09 de 20138 POlítica

Governador destaca boa atuação da polícia durante a formatura de

110 novos sargentos

segUranÇa pÚBliCa

O governador André Puccinelli, acompanhado do secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, e do comandante–geral da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto Davi, par-ticipou na quinta-feira da formatura de 110 sargentos da Política Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS). O evento aconteceu no CFAP.

“É um exemplo de tra-balho os sargentos que se formam hoje. Priorizamos a segurança um dos pilares das ações do governo, (além da educação e saúde). A se-gurança tem um olhar es-pec ia l : pro-move a tran-quilidade da p o p u l a ç ã o . Q u e p o s s a -mos continu-ar a fazer um bom trabalho para a popula-ção sul-mato-- g r o s s e n s e . S e j a m u m exemplo para Mato Grosso do Sul”, afir-mou André.

A formatura de quinta--feira e os editais em aberto para novas vagas na PM fa-zem parte do compromisso do governo do Estado em regularizar as promoções, garantir o desenvolvimento normal na carreira e ainda

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Secretário de Segurança

valorizar o policial, priman-do pela constante qualifica-ção profissional.

“Pesquisas demons-tram que a Polícia Militar é uma das mais eficientes do País, reconhecida também pelo Ministério da Justiça. Temos buscado moderni-zação para a produção de resultados. Quem ganha é a população de Mato Grosso do Sul, com prestação de serviço de qualidade e boa segurança”, destacou Puc-cinelli.

Os militares concluí-

ram o Curso de Formação de Sargentos por tempo de serviço. O curso é requisito necessário para promoção à graduação de sargento, mesmo por tempo de ser-viço.

“Estes policiais cumpri-ram com seu dever com uma extensa folha policial, che-

fiando viatu-ras e equipes. Hoje, é um re-conhecimento àquilo que os s e n h o r e s j á vêm fazendo. Parabéns pela conc lusão e pela formatu-ra”, afirmou o secretário

Jacini.Os 110 cabos passaram

por capacitação de 30 dias de duração, ministrada no Centro de Formação de Aperfeiçoamento de Praças (CFAP). “Comemoramos mais um curso de formação de sargentos, que vão atuar na segurança da população,

com mais eficiência. São ca-bos que estão sendo promo-vidos com mais de 26 anos de serviços prestados. O go-verno tem se sensibilizado com as causas da segurança pública. Esta é a segunda formatura no atual governo. As formaturas engrande-cem a instituição. Parabeni-zo os novos sargentos pelos desafios vencidos e suas famílias pelo apoio”, afir-mou o comandante-geral da PMMS.

Além dos 110 sargen-tos formandos, outros 300 soldados (por antiguidade) estão participando do Cur-so de Formação de Cabo (CFC) que será concluído em novembro deste ano.

Outros editais em aberto vão prover mais 100 vagas

para o CFS (por antigui-dade e também por mérito intelectual – processo sele-tivo); 60 vagas para o Choa – Curso de Habilitação de Oficiais do Quadro Auxiliar, que serão preenchidas por subtenentes, sendo 36 pelo critério de antiguidade e 24 por mérito intelectual (concurso de provas e títu-los); além do concurso em andamento para o ingresso de 524 alunos para o Curso de Formação de Soldados da PM (CFSD).

Estiveram presentes o deputado estadual Anto-nio Carlos Arroyo, patro-no da turma; comandante do CFAP, tenente-coronel Macilon de Oliveira e Silva Neto, dentre outras autori-dades policiais.

André aumenta repasse e garanteR$ 4 milhões para FIC em 2014

Fomento CUltUral

O governador André Puccinelli autorizou na últi-ma quinta-feira (12) duran-te assinatura de convênios para o repasse de recursos do Fundo de Investimentos Culturais (FIC), um aumento de 33% para contemplar os projetos que serão apresen-tados no ano que vem. O valor distribuído este ano de R$ 3 milhões passará para R$ 4 milhões em 2014.

O Fundo de Investimen-to Cultural tem apresentado aumento anual. Pela sexta vez consecutiva o repasse benefi-cia artistas de Mato Grosso do Sul. Segundo o diretor-presi-dente da Fundação de Cultura, Américo Calheiros, depois de ficar desativado por quatro anos o repasse tem apresenta-do progressos e movimentado a arte da cultura do Estado. “No último ano tivemos um aumento de 100% do repasse para o FIC, que foi reativado

pelo governador André Puc-cinelli em 2008. Desde então temos tido grandes avanços.

No ano passado o repasse foi de R$ 1,5 milhão e este ano estamos distribuindo R$ 3

milhões para as produções”, con-tabilizou Améri-co.

Os recursos do FIC contem-plam projetos de música, artes cê-nicas, literatura, audiovisual, fol-clore, artesana-to, museu e pes-quisa cultural. “Estamos vendo estes recursos sendo transfor-mados em práti-ca. A essência do compromisso da

classe artística com o recurso público tem sido convertida numa alavanca forte para a cultura, criatividade, interes-se e compromisso com estas produções”, comemorou Calheiros.

Nesta etapa os convênios para os repasses de recursos do FIC recebem R$ 1 milhão, que foram distribuídos em 39 ações culturais aprovadas por edital. “Através deste Fundo estamos propician-do estes 39 novos projetos, mas já destinamos recursos para 68 projetos no início do ano. São 107 projetos, um total de R$ 3 milhões, que foram liberados para a cultura contemplando com recursos próprios, a nossa

alta produção cultural nas várias áreas de atividades”, explicou Puccinelli.

A Fundação Nelito Câ-mara teve o projeto do 10º Festival de Cinema do Vale do Ivinhema aprovado para receber recursos do FIC. Para o presidente da entidade, Ricardo Câmara, o governo do Estado está consolidando a cultura com os repasses aos agentes culturais. “A cultura chega antes que a ciência e desta forma vamos desenvolver nossas regiões. Investir em arte é colocar em nossas mãos o fazer de uma sociedade feliz, com isso construiremos uma socieda-de de paz”, disse o presidente da fundação.

Nesta edição são 14 mu-nicípios contemplados de um total de 59 que somente este ano tiveram repasses do Fundo de Investimento Cul-tural. “Todos os municípios acabam sendo contemplados já que as obras passam pelas cidades e os projetos têm

grande circulação”, explicou o presidente da Fundação de Cultura Américo Calheiros.

Um dos municípios con-templados com recursos do FIC é Corguinho que terá a oportunidade de contar a história de seu povo, na pro-dução Documentando Cor-guinho. “Nunca houve tanto investimento neste setor. O governo tem conseguido valorizar nossos artistas, res-gatado nossa história e nossa cultura com estes recursos”, comentou o prefeito de Cor-guinho Dalton Lima.

Para a vice-governadora de Mato Grosso do Sul, Simo-ne Tebet, investir em cultura é anseio da população. “Este investimento vai desde o pa-trimônio imaterial que leva a escrita a se transformar em literatura até as produções artísticas. É um recurso que começou pequeno e modes-to, mas que dobrou e que não vai diminuir, pois aquilo que o povo conquista ninguém tira”, avaliou Simone.

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