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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SANTA ROSA• Novembro de 2012 Ano 3 • Edição 32 Ecologia Produza verduras saudáveis em casa 8 Entrevista Genoveva Haas fala sobre a Casa Familiar Rural 3 Religião A doutrina Espírita 10 Festa em Tucunduva 25ª festa do músico - programa 11 9 Abandono de cães O descaso com os animais continua em nossa cidade

Jornal Cruzeiro Novembro 2012

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Jornal Cruzeiro Novembro 2012

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITASANTA ROSA• Novembro de 2012 Ano 3 • Edição 32

EcologiaProduza verduras saudáveis em casa

8

EntrevistaGenoveva Haas fala sobre a Casa Familiar Rural

3 ReligiãoA doutrina Espírita

10

Festa em Tucunduva25ª festa do músico - programa

11

9 Abandono de cãesO descaso com os animais continua em nossa cidade

SANTA ROSA • Novembro de 20122 Geral

Em Brasília, 24 horas Carlos Leite de Oliveira (Zé)[email protected], trabalha em Brasília.

Alexandre Luis Thiele dos SantosAdvogado. Especialista em Direito Civil Lato SensuOAB/RS [email protected] 

COMPRAS PELA INTERNET: Você conhece os seus direitos?

As compras on line viraram uma febre, dada as facilidades de se achar na inter-net quase tudo o que se procura e, tam-bém, pela comodidade de receber o pro-duto adquirido em casa, muitas vezes, com um preço bem abaixo do mercado lo-cal. À parte as questões de segurança - si-tes e fornecedores confiáveis, com quem se tem acesso no pós-compra - a maioria das controvérsias se dá em razão de pa-gamento e defeitos do produto. Neste an-dejo, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) protege o internauta de eventuais abusos de mercado, para compras realiza-das em lojas on line - lembrando que ne-gócios entre particulares, na internet, se aplicam as regras do Código Civil.

Primeiramente, insta frisar que, segun-do o CDC, o internauta tem o direito de saber previamente e de maneira clara as condições da contratação (art. 46, CDC), de modo que a página do site deve trazer tais elementos em procedimento anterior ao fechamento da compra. Ao consumi-dor é possível, ainda, em caso de arrepen-dimento, desistir do negócio no prazo de até 7 (sete) dias contados do fechamento da compra ou do recebimento do produ-to, aplicando-se a regra para compras efe-tuadas fora do estabelecimento comercial (no presente caso, pela internet) - art. 49, CDC. Em caso de desistência, seja pelo fato de o produto vir com defeito ou não agradar ao consumidor (já que para uma melhor análise, deve ter o produto em mãos), o valor pago por este, inclusive o frete (que deve ser coberto pelo fornece-dor) deve ser devolvido imediatamente, e com correção monetária (§ único).

Já no tocante à garantia, deve-se lem-brar que aquela dada pelo fornecedor, em prazo mais longo, prevalece, devendo ser respeitada de acordo com o contrato (ex.: garantia de 1 ano para defeitos de fabri-cação). No entanto, a legislação prevê um prazo mínimo para que o consumidor re-clame pelos defeitos, nos casos em que a garantia contratual não seja maior.

O prazo de garantia é de 30 (trinta) dias para produtos não duráveis (cosméticos, por exemplo); e de 90 (noventa) dias para produtos duráveis (ex.: eletroeletrôni-cos). Esse prazo começa a contar da data da entrega do produto, portanto, não des-carte o comprovante de recebimento dos correios ou da transportadora antes deste prazo (ele servirá de prova da data de con-tagem da garantia). Atenta-se, ainda, que, se o consumidor reclamar pelos defeitos

dentro deste prazo, ele fica suspenso. Daí a importância de se fazer a reclamação de forma expressa e comprovada, median-te correspondência com aviso de recebi-mento ou e-mail com resposta expressa do fornecedor. Portanto, havendo defeito no produto, não espere passar o prazo de garantia legal para reclamar comprovada-mente. Sobrevindo resposta do fornece-dor, guarde o AR da correspondência ou imprima/salve a reposta do e-mail (esta é sua prova de que o fornecedor recebeu sua reclamação e, portanto, suspendeu o prazo de prescrição para você discutir as questões referentes ao produto).

Importante lembrar que nos casos de desistência ou de pagamento antecipado sem envio do produto ao consumidor, o dinheiro deve ser imediatamente devolvi-do com correção a partir da data em que desembolsado o valor. Caso a empresa não devolva, caracteriza-se enriqueci-mento sem causa do fornecedor, além de cobrança indevida e, nestes casos, pode ser judicialmente condenado à devolução dos valores corrigidos e em dobro (art. 42, § único).

No que tange à cobrança, ainda, deve constar do instrumento (página da in-ternet - compras com cartão de crédito -, boleto de cobrança) todos os dados do fornecedor, como nome e endereço com-pletos, CPF/CNPJ, sob pena de o instru-mento não ser exigível contra o consumi-dor, pois este não tem como adivinhar o credor, devendo, até mesmo, desconfiar de cobranças não qualificadas.

No mais, gize-se que todo e qualquer dano/prejuízo ocasionado ao consumi-dor por fato do produto é passível de re-paração, sobretudo, danos morais (estes devidos, inclusive, em casos de cobranças indevidas com registro do nome do con-sumidor nos cadastros de restrição de crédito). Nestes casos podem ser respon-sabilizados o fornecedor e o fabricante, tendo o consumidor o prazo de 5 (cinco) anos para ingressar com a demanda de reparação, contados da data de conheci-mento do dano.

Em casos de reclamação de tais com-pras, os veículos adequados à busca dos direitos são a agência do PROCON local (em Santa Rosa, anexo à Prefeitura Mu-nicipal), o Juizado Especial Cível da Co-marca da cidade e, para os casos em que necessária perícia técnica do produto, o Juizado Comum Ordinário do Foro da Justiça Estadual local.

Eleição• Passadas as eleições muni-

cipais, Brasília tornou-se “centro de peregrinação” de novos prefeito eleitos de todo o país. Os mandatários municipais que assumirão seus cargos em 1º de janei-ro de 2013 chegam à capi-tal federal para conhecer os ministérios e para fazer articulações políticas com os deputados federais. O objetivo é buscar caminhos e angariar recursos aos seus municípios. Do Rio Grande do Sul, dezenas de prefeitos estiveram no Planalto Cen-tral fazendo esses contatos.

Bohn Gass e Fontana• Dois deputados federais

com atuação na região da Grande Santa Rosa recebe-ram muitos prefeitos em Brasília nas duas últimas semanas. Elvino Bohn Gass e Henrique Fontana, am-bos do PT, recepcionaram os eleitos e os ciceronearam pelos gabinetes ministe-riais. Uma ausência sentida foi a do prefeito eleito de Santa Rosa, Alcides Vicini (PP).

Domésticos• Uma categoria de trabalha-

dores no Brasil, que sempre foi muito desrespeitada em seus direitos, começa a con-quistar espaço na legislação. São os empregados domés-ticos. Sim, as empregadas e empregados que trabalham em residências. Pela pro-posta aprovada em comis-são especial na Câmara dos Deputados, eles poderão ter jornada de trabalho de 44 horas semanais, horas extras e adicional noturno. A matéria ainda precisa ser votada em dois turnos na Câmara e no Senado. Justi-ça sendo feita, mesmo que tardiamente.

Aniversariantes• Outubro é marcado pelo

aniversário de duas octoge-nárias, moradoras do bairro Cruzeiro. Anamir Oliveira e Morena Franco são duas ex-presidentes do Clube de

Mães Oliva Oliveira Viñas, as quais dedicaram muitos dias e horas de suas vidas para enaltecer o trabalho das mães, em nosso que-rido bairro. Parabéns às duas amigas de longa data. À minha mãe Anamir, meu carinho e afeto, mesmo a distância.

Anamir festeja seus 81 anos com as filhas Saléti e Lúcia, e com o irmão Agenor e a sobri-nha Priscila de Miguel

Cruzeirenses em Brasí-lia

• Estiveram na capital federal os cruzeirenses Paulo Sér-gio Franco e Letícia Rigo. O casal, que reside atual-mente em São Paulo, pas-sou alguns dias em Brasília. Letícia foi palestrante em um Congresso de Medicina. Ele, advogado renomado na capital paulista, aproveitou para conhecer as belezas arquitetônicas dos traços de Oscar Niemayer. Sempre bom receber a visita de ami-gos.

Este colunista (à esq.) com Paulo Sérgio e Letícia na frente do Palá-cio do Planalto

SANTA ROSA • Novembro de 2012 3Entrevista

Casa Familiar RuralComo funciona esta entidade voltada à formação de jovens agricultores,

debatendo as questões rurais e profissionalizando a atividade.Genoveva Meinerz

Haas é presidenta do sin-dicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Cristo, também fundadora do movimento de mulheres ruralistas desde 1984, vereadora no seu sexto mandato. Acompanha desde sua fundação o de-senvolvimento da Casa Familiar Rural - CFR.

Ao jornal Cruzeiro ela explica como funciona uma CFR. Entusiasta do programa, discorre sobre suas virtudes, as dificul-dades encontradas e os projetos para o futuro.

Cruzeiro- Qual a ori-gem da ideia?

Genoveva - A ideia da Casa Familiar Rural surgiu na Europa como alternativa à escola tra-dicional, pois os agricul-tores debatiam-se com a resistência dos filhos em seguir a escola conven-cional, e com a união dos agricultores foi fundada o ensino diferenciado aos agricultores. A idéia se espalhou por diversos países, inclusive o Brasil.

Nosso Estado tem sete casas neste perfil.

Por termos bastante vivência com os agricul-tores, sentimos que seria muito positiva a implan-tação da CFR uma vez que os jovens agriculto-res, a partir de uma cer-ta etapa, abandonam os estudos e dedicam-se à atividade rural. A idéia desta formação é exata-mente preparar a família do agricultor para admi-nistrar a sua propriedade de forma mais produtiva e menos desgastantes.

Fomos então a Frederi-co Westphalen conhecer uma CFR, e nos chamou

muito a atenção os resul-tados positivos e a obje-tividade da didática des-te tipo de formação, uma vez que os jovens agricul-tores aplicavam seus co-nhecimentos adquiridos na CFR em suas proprie-dades com excelentes resultados, aumentando o dinamismo, produti-vidade da propriedade e consequentemente o rendimento financeiro.

Cruzeiro – Os conte-údos no ensino na Casa Familiar Rural diferem da escola tradicional?

Genoveva – Não dife-rem exatamente. As ma-térias são desenvolvidas dentro da vivência e ne-cessidade do agricultor, como cálculos de juros, cálculos de custo de pro-dução. Tudo é voltado ao conhecimento que este produtor necessita para desenvolver a sua propriedade de uma for-ma mais vantajosa. As disciplinas que o ensino tradicional desenvolve também são aplicadas na CFR, porém com enfo-

ques diferen-tes. Além das matérias nor-mais o jovem ainda recebe informações técnicas que são peculiares à atividade ru-ral. Os temas a b o r d a d o s além das ma-térias do ensi-no tradicional são sugeridos pelos próprios agricultores, pois eles sa-bem das suas necessidades,

e cabe à CFR encontrar o profissional adequado para ser o monitor na-quela área.

Atualmente, concomi-tante à CFR, os jovens agricultores ainda pre-cisam cursar a escola tradicional para obter os certificados escolares. O turno de estudo desse jovem fica pesado. E um dos principais proble-mas é quanto ao Ensino Médio. No meio rural não há escolas com En-sino Médio. Os alunos, para estudar, têm que deslocar-se até a cidade e o currículo não é voltado para as questões rurais, o que acaba afastando o jovem agricultor de sua atividade.

Uma das metas da CFR é obter o reconhecimen-to do MEC.

Cruzeiro – Quais os te-mas que geralmente são indicados pelos agricul-tores?

Genoveva – São temas de aplicação prática vol-tados às necessidades de suas atividades como

Genoveva Meinertz Haas

manejos dentro da agro indústria, fruticultura, produção de hortaliças, produção de leite, insta-lações elétricas. Muitos temas são explorados aumentando e capaci-tando o agricultor para um melhor desempe-nho.

Cruzeiro – Como fun-ciona alternância?

Genoveva – O método de aprendizado da CFR é o que chamamos de método de alternância, onde o aluno alterna uma semana na CFR e duas semanas em casa, aplicando os conheci-mentos adquiridos.

O curso dura três anos e atualmente temos quinze alunos.

Cruzeiro – Os objetivos têm sido alcançados?

Genoveva – Sim, per-cebemos uma melhora na qualidade de vida das famílias envolvidas, au-mento da autoestima, maior conscientização e principalmente a per-manência do jovem no próprio meio rural, atu-ando de forma empreen-dedora. Os alunos par-ticipam ativamente das comunidades em que vivem, pois receberam educação social, econô-mica, humana e política. São integrantes ativos e por vezes líderes, que estão ajudando a trans-formar estas famílias e as comunidades, com uma visão empreende-dora e profissionaliza-da. O meio rural precisa profissionalizar-se.

Cruzeiro – Quem ad-ministra e quem man-tém a Casa Familiar Ru-

ral?Genoveva – A CFR é

administrada por uma Associação formada pe-las famílias envolvidas, por jovens formados e por representantes de entidades que apóiam o programa. As famílias contribuem fornecendo os alimentos que produ-zem em suas proprieda-des para a alimentação dos estudantes. Órgãos públicos e privados, nos diferentes níveis, e na forma de parceria, aju-dam a manter o progra-ma.

Um dos objetivos de nossa CFR é estabelecer--se em um espaço pró-prio (atualmente a CFR funciona no Seminário Padre Adolfo Gallas), com salas de aula, alo-jamentos, laboratórios, quadras de esportes, bi-blioteca, refeitório. Os alunos, no sistema de alternância, entram na segunda-feira e saem na sexta-feira, na semana em que frequentam a CFR.

Genoveva, por fim, co-

loca que a CFR de nossa região precisa de muito apoio para manter e am-pliar suas atividades e seu alcance.

Cerca de noventa por cento dos jovens que freqüentaram o CFR es-tão definitivamente tra-balhando na área rural e atuando de maneira eficaz e contundente nas transformações positi-vas de que o meio rural necessita.

Quinze alunos, em uma região predomi-nantemente agrícola é muito pouco. Cada filho de agricultor deveria ter acesso a CFR, recebendo uma educação profissio-nalizante.

Gerir a CFR sem cer-teza do suporte finan-ceiro é um desafio que seus administradores vêm enfrentando ano após ano. Muitas em-presas locais, entre elas as cooperativas, ajudam intermitentemente o programa, mas o apoio dos governos é de fun-damental importância para o crescimento do projeto.

Rota Chop Solidário

Rotary Club Santa Rosa – Cruzeiro pro-moveu um grande baile no dia 14 deste mês no clube Concórda, o Rota Chopp Solidário..

O evento foi um sucesso. A animação ficou por conta da Banda

Presença.A renda foi destinada à ABEFRA (Asso-

ciação Beneficente São Francisco de As-sis) e à Fundação Rotária.

SANTA ROSA • Novembro de 20124 Geral/Saúde

Agenda da Saúde

De olho nos seus olhos Victoria Nardes Trofologa CRT: 44565

O olho é um dos órgãos mais importantes do corpo humano pelo seu admirável automatismo e precisão. Ao contrário da ciência que anda as asas do vento e da tecnologia informatizada que se renova a cada segundo, mas, que depende exclusivamente de outros comandos e que sem eles não servem para nada, os olhos permanecem ligados por anos e anos sem a necessidade de comandos elétricos, tomadas, alertas de botões ou tecnologias do século.

Todos os músculos se encontram e se movimentam sob o comando do campo visual, pupila e cristalino, simultaneamente com o envio de informações ao cérebro através do nervo óptico.

Para a realização dessas funções tão precisas e complexas, o olho só necessita unicamente de pequena quantidade de oxigênio e de algumas substâncias puras que só o Criador de todas as coisas pode proporcionar tais como:

Vitamina A, para a formação da rodopsina, o pigmento sensível a luz que se encontra nas células da retina e para manter o conjuntivo úmido e em bom estado;

Carotenos que se encontram nos vegetais e atuam como antioxidantes que evitam a degeneração macular da retina.

Vitamina C e E que podem ser encontradas quase que exclusivamente nas frutas, hortaliças, germe de trigo e cereais e, que sua carência no organismo favorece o aparecimento da catarata e a perda da visão.

Entre as doenças mais comuns relacionadas a visão conhecemos a catarata cegueira noturna, conjuntivite degeneração macular da retina e o glaucoma. Na maioria delas podemos relacionar a:

Alimentação deficitária;Exposição prolongada a luz intensa;Falta de antioxidantes.Existe também os casos de diabetes e a exposição às radiações

ultravioletas e aos raios X que podem provocar a formação de cataratas.Nos estudos trofológicos podemos comprovar que existe uma estreita

relação entre a nossa qualidade visual e a alimentação pura e saudável.Entre os alimentos mais recomendados aos cuidados dos olhos estão as

laranjas, damasco, repolho, couve, espinafre, cenoura e manga...Cada um desses alimentos possui diferentes composições nutricionais

naturais que podem proporcionar mais qualidade ao seu olhar, dando a possibilidade a cada ser humano de avaliar os cuidados que o nosso Pai Celestial tem para com cada um de seus filhos.

Hipócrates já dizia: “Que o alimento seja o teu remédio, e o remédio seu alimento.”

Comece hoje mesmo uma mudança em seus hábitos alimentares, colocando vegetais em seu cardápio diário, alimentos puros e naturais e certamente comprovará seus resultados.

Cuide bem de seus olhos, pois eles são a luz do teu mundo.Até a próxima edição.

“TROFOLOGIA- Preservando a saúde em harmonia com a natureza!”

Gás gerado pelo biodigestor da SETREM é utilizado para

fazer almoçoNo mês de outubro,

ocorreu o primeiro almo-ço utilizando a queima de biogás gerado pelo Biodigestor implantando na Instituição. O biogás é um dos produtos da de-gradação dos dejetos de suínos e bovinos de leite e pode ser aproveitado na geração de energia elétrica e térmica, com a substituição na queima de gás de cozinha ou le-nha.

Participaram da refei-ção o diretor Flávio Ma-gedanz; o vice-diretor do Ensino Superior, Sandro Ergang; a vice-diretora Administrativa, Quedi Sônia Schmidt, a coor-denadora do Curso de Engenharia de Produção, Márcia Stein; o professor orientador do Projeto do Biodigestor, Adalberto

Lovato; o coordenador do Tambo Leiteiro, pro-fessor Marcelo Rigo; e os acadêmicos envolvidos no Projeto: Saulo Klein, Dieise Gresele e Jordana Noschang.

O Biodigestor Compac-to de Leito Fluidizado instalado na SETREM é resultante de acordo de cooperação com o Centro

Internacional de Energias Renováveis com Ênfase em Biogás (CIER-Biogás), que tem como objetivo a cooperação técnico-cien-tífica entre as instituições para a difusão de conhe-cimento, desenvolvimen-to tecnológico e troca de experiências sobre o tema energias renováveis e biogás.

Consciência NegraEm 20 de novembro de

1695, Zumbi - líder do Qui-lombo dos Palmares - foi morto em uma emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que culmi-nou com o início da destrui-ção do quilombo Palmares.

Comemorar o Dia Nacio-nal da Consciência Negra nessa data é uma forma de

homenagear e manter viva em nossa memória essa fi-gura histórica. Não somen-te a imagem do líder, como também sua importância na luta pela libertação dos escravos, concretizada em 1888.

Esta data deve servir para um momento de conscien-tização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os ne-gros africanos colaboraram muito, durante nossa histó-ria, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e re-ligiosos de nosso país. É um dia que devemos comemo-rar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro--brasileira.

Divino

SANTA ROSA • Novembro de 2012 5Geral

NA SEGURANÇA DO AMOR DE DEUS

GRATIDÃO

Arceli Wolanin

Ser grato pela fa-mília, pela saúde, pelos filhos, pelo trabalho, por tudo aquilo que possui-mos, por estar vivo.

A gratidão acio-na o perdão, somos gratos pela oportu-nidade de perdoar, amar e libertar-se. Temos consciência de que está bem quando a vida é ple-na de amor. Vamos ser gratos sempre , para termos melho-res benefícios, e ter a paz.

Ser grato por to-dos as benções que recebemos e pelo os obstáculos que en-frentmos, com isso nossas vidas sofre-rão uma transfor-

mação para melhor.Não podemos ex-

pandir o que não há em nós, a grati-dão começa dentro de nós e faz nascer em nossos corações a humildade, aí po-demos alavancar situações e mudar

o rumo de qualquer coisa que deseja-mos, porque o uni-verso nos da aquilo que acreditamos que merecemos, é dessa maneira que nossas vidas devem ser vividas. Fazer para merecer.

Estar totalmente se-guro, neste mundo, pa-rece impossível. Nada garante, de modo cons-tante, nossa integridade física e emocional. Esta instabilidade é a base so-bre a qual o mundo está erguido. Mesmo assim, bem no íntimo, todos querem estar seguros, protegidos, providos de tudo em suas necessida-des. A idéia de existir uma segurança perfeita é tão oposta ao que o mundo nos testemunha que, quando ela vem a consciência, ou é ime-diatamente negada ou é ridicularizada. Com exemplos aparentemen-te convincentes, nos é mostrado que o mundo não funciona assim; e que aqui é preciso lutar para viver. Este é o pen-samento predominante do mundo, e que traz testemunhos de que é assim. No entanto, se realmente fosse um fato que o mundo é assim, o que se poderia esperar dele? Só a comprovação de que realmente é um lugar instável, que dá e

que tira, ao seu acaso, qualquer momento de segurança, alegria e paz. Um lugar onde um pode tomar do outro o pouco que ele tem. E o melhor conselho parece ser: aproveite o pouco que tens, pois ainda poderia ser pior. Como que tal mun-do poderia ser a dádi-va de um Pai perfeito e que é só Amor? Como que Deus poderia ser um Pai amoroso, e per-mitir o sofrimento de seus filhos? Pois bem, a resposta, por mais estranha que possa pa-recer, é: Deus não criou um mundo assim. Ele não criou o sofrimento dos seus filhos. Qual é, então, a origem do so-frimento? A resposta é: a nossa própria consci-ência, a nossa própria percepção. Todo remédio tem que ser dado onde está a doença. Então, se todo sofrimento está em nos-sa consciência, então o escape da dor tam-bém tem que estar lá. De nada adianta tentar mudar o mundo, se não

mudarmos a nossa per-cepção do mundo. Mu-dando o enfoque inter-no, estaremos mudando o externo. Em realidade, nós ainda somos como Deus nos criou. Isto é um fato. E se Ele nos criou em Seu Amor, estenden-do-Se a nós, então ain-da somos Amor. Existe, dentro de cada ser vivo, a essência verdadeira do seu Ser e que ainda per-manece ligada ao Cria-dor, que é a sua Fonte de Vida. Podemos estar esquecidos desta essên-cia, podemos estar to-talmente enganados em relação a quem somos, no entanto, isto não al-tera o fato de que todos temos origem em um único Criador. Tudo que existe, toda forma de vida, é sustentada pela mesma Fonte. E esta fonte é só Amor. Então, sempre que o medo ou a insegurança surgirem, ainda é possível “apelar” a segurança que só este Amor trás. Voltando-nos a este Amor, estaremos retor-nando à nossa essência.

E assim saberemos que todos somos parte de um único Ser, uma só Vida, um só Amor. Nis-to reside a segurança do Amor de Deus. Ele nos mantém a todos como um só filho amado, para todo o sempre unidos em Seu Amor e supridos de tudo. Para vivenciar-mos esta realidade, pre-cisamos nos entregar, sem reservas ou exce-ções, ao comando deste Amor. Esta entrega é mental, é uma escolha

nossa. Na verdade, é a escolha entre ser sepa-rado, pequeno, frágil e em falta ou ser parte do todo, para sempre suprido de tudo e feliz. Esta é a feliz escolha que o Espírito Santo nos ofe-rece a cada pensamento nosso. Para aceitar o Seu pensamento no lugar do nosso, é preciso renun-ciar ao próprio julga-mento e entregar a Ele o comando de nossos pen-samentos. É só pedir, que Ele atenderá. Esta é

a Sua função, dada pelo Pai, para nos orientar na nossa jornada de volta à consciência do Céu. Aceitando ao Espíri-to Santo como guia em nossa vida, estaremos escolhendo a favor da nossa verdadeira vonta-de, incrustada em nos-sa essência Divina. E só agindo de acordo com esta essência, vivencia-remos a felicidade ple-na. Felicidade a todos, Aprendiz feliz.

SANTA ROSA • Novembro de 20126 Especial

SANTA ROSA • Novembro de 2012 7Especial

SANTA ROSA • Novembro de 20128 Ecologia

Produza frutas e verduras saudáveis e ponha-as em sua mesa.

Pedro Luiz FabricioTéc. Em agricultura

Produzir ali-mentos saudáveis (orgânicos) exige planejamento. De-manda um certo pe-ríodo de adaptações para melhoria do solo com adubações verdes, composta-gem e até o uso de minhocário (simples e de baixo custo). No entanto os be-nefícios são imen-sos, pois estaremos colocando na nossa mesa produtos livres de fungicidas, inse-ticidas, herbicidas, todos químicos que são carcinogênicos, teratogênicos, tóxi-cos e causam doen-ças como câncer, de-pressão, esterilidade e morte, só para citar algumas.

A localização da horta e do pomar é muito importante, deve ser ensolarado e protegida dos ven-tos, pois este causa injúrias físicas e traz doenças diversas, até mesmo inviabilizan-do a boa produção.

Depois da corre-ção do solo devemos semear plantas de inverno que sejam re c ic l adora s / re c u-peradoras da terra como aveias, nabo forrageiro e ervilha-cas. Deve-se deixar que amadureçam e então deitá-las so-bre a terra para que a protejam da chuva e do sol para que se transformem equili-bradamente em nu-trientes para as plan-tas que vierem a se-guir. Após esta etapa

podemos plantar as frutíferas e hortali-ças que podem ser de qualquer tipo, à esco-lha de quem cultiva. No verão devemos plantar feijões, como guandu, crotalárias, mucuna-anã, giras-sol, milho, leucena, em linhas interca-lando com a cultura principal.

Se optarmos por frutas e verduras saudáveis devemos preferir o cultivo or-gânico das mesmas, corrigindo o solo com calcário+cinzas (sem sal) ou calcário de conchas, fosfato natural, esterco de gado, ovelhas, gali-nhas, sempre de que o esterco usado este-ja livre de agrotóxi-cos, aditivos quími-cos, resíduos de ver-mífugos como, por exemplo, ivermecti-na e que os animais não tenham consu-mido grãos transgê-

nicos. Podemos reciclar

tudo o que é orgâni-co e usar na horta e pomar como adubo. Todo material or-gânico serve para a compostagem, como folhas (que tanto incomodam nas ca-lhas, calçadas), cor-tes de grama do jar-dim, restos de vege-tais de cozinha. Faça um acordo com seu vizinho, parente e troque material or-gânico por algumas frutas verduras, dá excelente resultado. Use estercos (se não produzir, compre), maravalha, casca de arroz (queimar 50%), cinzas, borra de café, a erva usada no (bom e velho chimarrão do dia a dia), restos de inços. Pode-se inclu-sive plantar algumas ervas para corte a fim de conseguir ma-terial para compos-tagem ou até mesmo

para cobertura de solo (que deve estar p e r m a n e n te m e n te com palha por cima do chão).

Depois do compos-to pronto, o que leva de três a seis meses dependendo do ma-terial usado, pode-mos ainda dá-lo para as minhocas trans-formá-los e enrique-cê-lo, tornando-o ainda mais disponí-vel para as plantas. Podemos aplicar este adubo na cova ou em área total, espalhan-do no solo, confor-me a necessidade de cada cultura.

Embrapa Pelotas desenvolveu um sis-tema de composta-gem diretamente nos canteiros, onde se deposita uma cama-da de resíduos vege-tais, sobre esta uma camada de esterco animal e sobre esta mais uma quantia de resíduos vegetais

que irão fermentar aerobicamente di-retamente na terra, criando um ambien-te muito propício ao desenvolvimento da fauna edáfica bené-fica, como minhocas, colêmbolos, ácaros, insetos diversos, além da microvida, como fungos, bacté-rias e actinomicetes. Se ganha com isto tempo e economia de mão-de-obra, sendo que a única desvan-tagem desta forma de compostagem é o tempo de três meses que leva para con-cluir o processo e em que os canteiros ficam indisponíveis para o plantio.

Intercaladas às cul-turas podemos seme-ar plantas que atra-em inimigos naturais dos insetos/pragas, como coentro, fun-cho, erva-doce, mos-tarda, mosquitinho, hortelã. Planta-se no inverno para que floresçam na prima-vera.

Na primavera deve--se plantar girassol, milho, flores silves-tres, cravo-de-de-funto, manjericão, crisântemo, feijões, etc. Além de terem a função de repelir in-setos, também atra-em inimigos naturais predadores das pra-gas e ainda teremos um belo visual na propriedade.

Na agricultura or-gânica temos a dis-posição diversos pro-dutos naturais que se pode usar sem restri-ções e de forma pre-ventiva o que dará qualidade e quanti-

dade na produção, pois o conceito de que (orgânico tem pouca qualidade) está ultrapassado. Há sim uma percen-tagem de refugos que não podem ser co-mercializados in na-tura, mas que pode-rão ser processados. Os produtos usados são calda bordalesa, calda sulfocálcica, calda viçosa, super magro, bokashi, ami-noácidos, enzimas, fermentos, melaço, calcáreo de conchas, fosfatos naturais, chás, infusões, óleo de neem, estercos, plantas recicladoras e sementes produzi-das exclusivamente para a agricultura or-gânica.

Em nossa região existem vários mu-nicípios onde agri-cultores, associações de agricultores e cooperativas produ-zem e comercializam produtos orgânicos. É um mercado aber-to, promissor, sendo que os entraves são a falta de conscienti-zação quanto aos be-nefícios de se consu-mir produtos limpos, a falta de hábito de consumo e o peque-no volume oferecido. Há possibilidades de vendas para merca-dos metropolitanos com maior potencial de consumo em de-trimento do mercado local, o valor é supe-rior ao dos produtos em que se usa vene-no. Portanto é um mercado de grande potencial ainda com pequena oferta de produtos.

SANTA ROSA • Novembro de 2012 Geral 9I Semana da Procuradoria-Geral

do Estado chega a Santa RosaA PGE, em parceria

com a Associação dos Procuradores do Estado

do RS (Apergs) e com a Unijuí, realiza, de 20 a 23 de novembro, a I Semana da PGE e Se-mana Jurídica Unijuí. As atividades, que faz parte das comemora-

ções dos 20 do curso de Direito da Unijuí, terão início sempre às 19h30, no campus Santa Rosa (Rodovia RS 344 - Alto da Prenda, Santa Rosa).  

O evento traz uma sé-rie de palestras minis-tradas por Procurado-res do Estado. Entre os temas abordados, estão “A atuação da Fazenda Pública no Mandado de Segurança”, “Questões polêmicas acerca dos Juizados Especiais da Fazenda Pública”, “O Procurador do Estado e o controle dos atos de Improbidade Adminis-trativa”, entre outros.  

O evento também já

foi realizado nos cam-pi Ijuí e Três Passos da Unijuí, nos dias 1º a 5 de outubro, e reuniu públi-co total de 650 pessoas.  

As inscrições podem ser realizadas pelo site da Unijuí (www.unijui.edu.br/eventos), até o dia 19 de novembro. O investimento é de R$ 20,00 com direito a cer-tificado de participação. Mais informações po-dem ser obtidas pelo te-lefone (55) 3511-5200.

Programação:20 de novembro –

19h30Palestra: “A atuação

da Fazenda Pública no Mandado de Segurança”

Palestrante: Pro-curador do Estado Dr. Antônio Augusto Mar-chionatti Avancini (12ª Procuradoria Regional, com sede em Ijuí)

21 de novembro – 19h30

Palestra: “Questões

polêmicas acerca dos Juizados Especiais da Fazenda Pública”

Palestrante: Pro-curador do Estado Dr. Eduardo Cunha da Cos-ta (Procurador Assessor do Gabinete da PGE)

22 de novembro – 19h30

Palestra: “O Procura-dor do Estado e o con-trole dos atos de Impro-bidade Administrativa”

Palestrante: Procu-radora do Estado Dra. Fernanda Figueira To-netto (Procuradoria Disciplinar e de Probi-dade Administrativa – POA)

23 de novembro – 19h30

Palestra: “Panorama atual das ações propos-tas contra o Estado, ma-térias de defesa e casos práticos já enfrentados”

Palestrante: Dr. Ju-anez Santos Strapasson (Coordenador Substitu-to da 12ª PR)

Abandono de cães: Posse Irresponsável

E continua o abando-no de animais em Santa Rosa. É insustentável o silêncio, a omissão fren-te ao abandono de ani-mais domésticos, prin-cipalmente cães que são cruelmente maltrata-dos, e abandonados, são jogados à própria sorte quando seus donos lhes julgam estorvos. É in-compreensível a relação de certas pessoas com os animais, se é que não está trocada a ordem, pois tem muitos animais que mesmo espancados sem-pre recebem seus donos com carinho, abanando seus rabinhos, contor-cendo-se, mostrando visivelmente sua alegria em estar com seu dono, e aí me pergunto quem é o animal nesta relação?

Ao adotar um cão a pessoa torna-se sua refe-rência, seu líder, e o cão jamais esquecerá isto. Passará a vida a segui-lo, ou a procurá-lo, caso seja abandonado. Segundo alguns veterinários es-pecialistas em compor-tamento animal, o cão não consegue lidar com a ausência de seu dono. Alguns deixam de se ali-mentar. Outros passam a viver uma tristeza pro-funda.

E o quê vemos? Com a proximidade das férias o abandono de cães está batendo recorde no ano, algumas pessoas estão largando seus animais de estimação como se fosse a coisa mais natural, pa-ram seus carros e soltam seus animais nas estra-das, nas praças, nos arre-

dores da cidade.Estes atos covardes é

que não podem ser es-quecidos e nem serem ignorados. É revoltante constatar que parcelas da população sintam-se no direito de praticar tama-nha crueldade para com os animais, que não são objetos de posses para serem descartados des-ta forma irresponsável. Quando o assunto sobre maus tratos e abandono aos animais vem à tona, muitas vezes ouço a se-guinte observação: “ca-chorro é cachorro, tem que se preocupar é com as necessidades das pes-soas, das crianças...” e besteirol como este ouço bastante. O que tem a ver um assunto com o outro? Não é por que pessoas precisam de recursos para sua sobrevivência que devemos maltratar e abandonar nossos animais, pois se eles estão junto conosco, é por que assim escolhemos,

portanto somos responsáveis por eles. Quando estes pobres animais que andarilham nas ruas de nossa cidade são atropelados e ficam à mercê de uma alma bon-dosa que lhes preste so-corro, muitas vezes ficam horas gemendo de dor, e outras vezes por falta de socorro morrem no local do atropelamento. Onde estão os direitos destes animais? Eles têm ampa-ro da lei quanto ao direi-to à vida?

Estes animais das fo-tos foram abandonados. Eram quatro, um morreu atropelado e um peque-no está sendo alimenta-do mas os maiores estão com debilidade física por falta de alimentação.

Pedimos aos leitores que auxiliem no resga-te destes animais, quem tiver um bom coração e puder oferecer um lar a um destes animais entre em contato com o jornal Cruzeiro.

SANTA ROSA • Novembro de 201210 Religião

A Doutrina EspíritaEspiritismo é a doutri-

na revelada pelos Espí-ritos Superiores, através de médiuns, e organizada (codificada), no século XIX, por um educador francês, conhecido por Allan Kardec. O Espiritis-mo é ao mesmo tempo fi-losofia, ciência e religião.

Filosofia, porque dá uma interpretação da vida. Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção pró-pria do mundo, é uma fi-losofia.

Ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos pro-vocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais. Todos os fenô-menos, mesmo os mais estranhos, têm explica-ção científica. Não existe o sobrenatural no Espiri-tismo.

Religião, porque tem por objetivo a transfor-mação moral do homem, revivendo os ensinamen-tos de Jesus Cristo, na sua verdadeira expressão de simplicidade, pure-za e amor. Uma religião simples sem sacerdotes, cerimoniais e nem sa-cramentos de espécie al-guma. Sem rituais, culto a imagens, velas, vestes especiais, nem manifes-tações exteriores.

Fundamentos básicos do Espiritismo?

- A existência de Deus que é o Criador, causa primária de todas as coi-sas.

- A imortalidade da alma ou espírito. O espírito é o princípio inteligente do Universo, criado por Deus, para evoluir e rea-lizar-se individualmente pelos seus próprios es-forços. Como espíritos já existíamos antes do nas-cimento e continuaremos a existir depois da morte do corpo.

- A reencarnação. Cria-do simples e sem nenhum conhecimento, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino. Para isso, ele é dotado de livre--arbítrio, ou seja, capaci-dade de escolher entre o bem e o mal. Tem a pos-sibilidade de se desenvol-ver, evoluir, aperfeiçoar--se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito. Pelo mecanismo da reen-

carnação vemos que Deus não castiga. Somos nós os causadores dos pró-prios sofrimentos, pela lei de “ação e reação”.

- A comunicabilidade dos espíritos. Os espíritos são seres humanos de-sencarnados e continuam sendo como eram quando encarnados. Através dos denominados médiuns, o espírito pode se comuni-car conosco, se puder e se quiser.

- Como o Espiritismo interpreta o Céu e o In-ferno?

Não há céu nem infer-no. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. Não exis-tem também anjos ou demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição - os bons se tornando melhores e os maus se regenerando.

O objetivo essencial do Espiritismo é melhorar os homens, no que con-cerne ao seu progresso moral e intelectual.

O verdadeiro espírita não é o que crê nas co-municações, mas o que procura aproveitar os ensinamentos dos Espí-ritos. “De nada adianta crer, se sua crença não o faz dar sequer um passo na senda do progresso, e não o torna melhor para o próximo”.

Segundo Kardec, o Es-piritismo fundamenta--se na existência de um mundo invisível, forma-do pelos seres incorpóre-os que povoam o espaço e que não são mais que as almas daqueles que viveram na Terra, ou em outros globos, nos quais deixaram seus invólucros materiais. “São os seres a que chamamos Espíritos, seres que nos cercam e in-cessantemente exercem sobre os homens sem que estes o percebam, uma grande influência, e de-sempenham papel muito ativo no mundo moral e mesmo, até certo ponto, no físico”. O Espiritismo, como doutrina moral, só impõe uma coisa: a ne-cessidade de fazer o bem e evitar o mal.

O Espiritismo não tem culto material exterior nem sacerdócio organi-zado, como as religiões

Allan Kardec

tradicionais; no entanto, possui um conteúdo mo-ral, ligando os homens entre si e seu criador.

O Jornal Cruzeiro foi conhecer a Associação Espírita Irmão Percival, no Bairro Cruzeiro e que atende centenas de pes-soas semanalmente. O presidente da Casa é o Sr. Jorge Luiz Thomaz de Oliveira, que falou de seu trabalho ao jornal.

Cruzeiro - como você iniciou o seu desenvolvi-mento mediúnico?

Jorge - Eu sempre con-vivi de perto com a dou-trina espírita, pois minha mãe era médium atuan-te. Ela trabalhou com o irmão Percival durante muitos anos.

De minha parte fre-qüentei por muito tem-po a Casa Caminho de Damasco e estive muitos anos trabalhando com o irmão Amaral. Quando ele adoeceu eu assumi a direção do Centro até o período em que a nos-sa casa, que era então sediada na moradia do irmão Percival, aqui em Cruzeiro, cresceu bastan-te e exigiu nossa dedica-ção exclusiva. Havia uma grande demanda, o povo procurava muito.

Minha mãe desencar-nou e, tempos depois também o Irmão Percival e eu continuei o trabalho que eles iniciaram. Este legado deixado pelo tra-balho destes incansáveis médiuns, me ajudam hoje a entender gran-diosidade da missão, a responsabilidade e a ne-

cessidade de doação aos irmãos encarnados e de-sencarnados.

Cruzeiro - Qual a tua relação com o médium Percival?

Jorge - Meu pai e o Irmão Percival traba-lhavam na Ferroviária. Nossas famílias sempre estiveram muito próxi-mas, e o fato de minha mãe trabalhar no mesmo centro do Irmão Percival nos aproximava muito. Nossa relação era quase familiar.

Cruzeiro –Você teve uma grande participação na fundação desta Asso-ciação Espírita e posso até dizer na organização da casa?

Jorge - Sim, o irmão Percival atendia as pesso-as na medida que chega-vam, assim todo o seu dia era tomado por pessoas buscando ajuda. Eu lhe sugeri marcar dia certo e horários para atendimen-to, pois isso facilitaria para todos.

No dia 10 de julho de 2007 registramos a Asso-ciação Espírita Irmão Per-cival. Uma homenagem a este incansável irmão que dedicou-se a servir aos necessitados encarnados e desencarnados.

Cruzeiro - Como mé-dium como você traduz a sua missão?

Jorge - Deus me deu a oportunidade, e posso dizer a facilidade de me desenvolver mediunica-mente uma vez que meu ambiente familiar era tão propício a este desabro-

char. Mas sempre estu-dei os livros espíritas e até hoje leio bastante. Acredito que estamos sempre aprendendo e é necessário que nos vi-giemos e nos desafiemos pois a evolução espiritual é gradual e evolutiva.

Aqui na casa temos que ser conscientes de que precisamos nos melhorar a cada dia, a cada traba-lho para melhor servir ao mundo espiritual e às pessoas que aqui buscam ajuda. Sempre digo que aqui não tratamos de cor-pos, mas sim de espíritos doentes. Uma doença fí-sica tem sua origem no espírito e para que haja uma cura efetiva, primei-ro temos que curar este espírito.

Cruzeiro - O que em-preende para a cura espi-ritual ?

Jorge – São tantos os fatores, as pessoas ado-ecem seus espíritos e aí vem a doença no cor-po. Quando as pessoas chegam aqui, temos que prepará-las para o tra-tamento (cura) e isso se faz com a leitura do Evangelho Espírita, pois é necessário que a pessoa entenda o quadro que vi-vencia. Daí as palestras que visam esclarecer e os passes que nada mais são do que a imposição das mãos. Quando é necessá-rio trabalhamos em con-junto com uma equipe de médicos espíritas que realizam cirurgias espiri-tuais à distância. A parte que nos toca é esclarecer à pessoa sobre o procedi-mento e marcar com os médicos o dia e horário das cirurgias.

Cruzeiro - Quantas pessoas fazem parte do corpo mediúnico?

Jorge - Vinte e cinco pessoas e outras trinta estão em estudo de de-senvolvimento

Cruzeiro - Qual o tem-po médio para o desen-volvimento mediúnico?

Jorge – é muito relati-vo, pois depende de pes-soa para pessoa. Geral-mente algumas pessoas nos procuram porque al-guns fenômenos mediú-nicos manifestam-se em sua vida, mas também há casos de pessoas que vêm

prontas, com sua mediu-nidade quase que total-mente desenvolvida.

A leitura faz com que se compreenda os fenôme-nos, suas manifestações e os compromissos que temos com eles.

Cruzeiro - Quais é a leitura recomendada?

Jorge – Basicamente indicamos alguns livros como o Livro dos Espíri-tos, o Livro dos Médiuns, o Evangelho Segundo o Espiritismo, Genesis e obras póstumas.

Cruzeiro - Que fenô-menos podem acontecer espontaneamente?

Jorge – casos em que a pessoa inesperadamen-te começa a falar coisas alheias ao conhecimento dela, falar de uma forma totalmente diferente da forma que a pessoa fala, postura diferente, coisas assim. Algumas pessoas têm o dom da vidência e quando este dom começa a aflorar gera muita inse-gurança. Enfim existem muitos tipos de fenôme-nos mediúnicos.

Cruzeiro – Como as pessoas podem distin-guir entre uma manifes-tação de uma entidade já desenvolvida e a de um Egum, que é o espírito de um desencarnado?

Jorge – Geralmen-te quando ocorre uma manifestação espiritual não é o espírito de uma entidade (Orixá, Preto Velho...) e sim um irmão desencarnado que tinha afinidade com aquela pessoa quando em vida, ou que se sente atraído pelo campo magnético da pessoa. Quando isso acontece começamos a sentir a influência deste espírito em nossas vidas e isso não é bom. É para isso que o médium tem que estar preparado, para entender o que está lhe acontecendo e saber se conduzir na senda da me-diunidade.

É importante dizer que as pessoas tem que se conhecer o máximo pos-sível, conhecer seus pen-samentos, suas necessi-dades e seus desejos pois isto irá protegê-las de in-fluências espirituais.

A vigília sobre si é mui-to importante.

SANTA ROSA • Novembro de 2012 11Geral

Viajar é preciso

Helio Meotti de BairrosÁsaro ViagensF: 3512-6430

O ser humano neces-sita, periodicamente, se afastar do seu coti-diano, interromper a sua rotina, isso é mui-to importante para renovar suas energias físicas e mentais. A ro-tina, normal em nos-sas vidas, vai nos des-gastando e trazendo inúmeros problemas de saúde ocasionados pelo stress. Quando ti-ramos férias, não bas-ta ficar em casa des-cansando, precisamos mudar de ares, ter con-tato com outras pesso-as, outras culturas.

Quando estamos voltando de viagem não vemos a hora de chegar em casa não é? É a melhor sensação,

ter um lar para retor-nar, mas só quem viaja sente isso, voltamos renovados, reabaste-cidos de energia, mais alegres, e o principal, temos o sentimento que o fruto do nosso trabalho do dia a dia, foi empregado em nos-so bem mais precioso: - Nós mesmos e nossa família.

Um costume tradi-cional das famílias de nossa região é tirar fé-rias e ir de carro para as praias do estado, ou de Santa Catarina no verão, alugando uma casa ou apartamen-to, e eu pergunto: - E as férias quando vão tirar?? Sim, porque, você passa o ano todo dirigindo seu carro em um trânsito cada vez mais complicado, indo pro trabalho, levando as crianças na escola, posto de gasolina, me-

cânico etc... Chega à praia, vai ao supermer-cado, arruma a casa, lava roupa, faz comida, vai à praia, e no final retoma a viagem de retorno para casa. Não quero dizer que essa prática não seja legal, absolutamente, mas variar essa rotina pode ser muito saudável.

Quando lemos ou ou-vimos entrevistas com as mais variadas pes-soas, e são pergunta-das sobre seus sonhos, viajar está entre os três principais desejos. A pouco mais de 20 anos atrás, uma via-gem de avião, ou um cruzeiro marítimo era um sonho, povoava o imaginário das pesso-as, mas poucos tinham condições de realizar, hoje os produtos turís-ticos estão ao alcance de todas as classes so-ciais.

25ª festa do músico em Tucunduva

Em nome da Coordena-ção da festa do Musico de Tucunduva estamos con-vidando todo o publico regional para comemo-rarmos juntos o JUBILEU DE PRATA 25 anos de fes-ta do Músico nos dias 20 e 21 de Novembro data muito importante com grandes shows, espera-mos um grande público e certamente a presença de centenas de músicos que estarão comemoran-do o dia de Santa Cecília a padroeira dos Músicos , esperamos um publico em torno de 5.000 pes-soas nos dois dias, para os músicos teremos pa-lestras, workshop com o melhor baterista do Bra-sil Aquiles Priste (banda Angar) segue a progra-mação oficial Da festa do

músico. Salientamos que o publico que vier para a festa do musico serão bem atendidos, informa-mos que este ano a festa

do musico se realizará na rua em frente da prefei-tura com bastante som-bra para o publico ficar bem a vontade.

Programação Festa do Músico

TERÇA FEIRA 20/11/2012

21:30 HORAS ABERTURASHOW COM A ORQUESTRA DE TEOTONIA SHOW COM A BANDA CORPO E ALMA SHOW COM DUPLA SERTANEJA NANDO E SOLO SHOW COM BANDA XÁRIS Após PAGODE MANERO (Praça de Alimentação)

QUARTA FEIRA 21/11/20128:00 HORAS CAFÉ DA MANHÃ NO SALÃO PAROQUIAL CREDENCIAMENTO DOS MÚSICOS E CONVIDADOS 9:30 DESFILE DE ONIBUS , CAMINHÕES E AUTOMÓVEIS DOS PARTICIPANTES NA CIDADE TUCUNDUVA.10:30 SHOW ECUMÊNICO COM MUSICAS GOSPÉL – CAMPAL RUA DA PREFEITURA.12:00 ALMOÇO FESTIVO ( SALÃO PAROQUIAL)14:30 PALESTRA SOBRE DIREITOS AUTORAIS ( ABRAHMUS)CÂMARA DE VEREADORES)

15:00 JOGOS DE CONFRATENIZAÇÃO ENTRE OS MUSICOS16:00 WORKSHOP COM AQUILES BATERISTA DA BANDA ANGAR JUNTAMENTE COM O GUITARRISTA (Eduardo Martinez) E O BAIXISTA (Nando Mello) 17:00 PALCO LIVRE20:00 JANTAR FESTIVO21:30 ABERTURA OFICIAL (Ginásio de Esportes)22:00 SHOW COM BANDA YAHOO SHOW COM BANDA DANUBIO AZUL SHOW COM OS SERRANOS SHOW COM A BANDA ARTE LIVRE SHOW COM A BANDA MISTURADÃO SHOW COM A BANDA GAROTAÇO

PREÇOS DOS INGRESSOS TERÇA FEIRA R$ 15,00 QUARTA FEIRA R$ 20,00 ANTECIPADO DUAS NOITES R$ 25,00

Irio Roque SpanevelloPresidente da 25ª Festa do Músico

SANTA ROSA • Novembro de 2012Geral