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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SANTA ROSA• Maio de 2012 Ano 3 • Edição 26 Geral O uso de películas nos vidros dos carros 3 Agrotóxicos Brasil é lider mundial de consumo 8 Projeto ATER Agroecologia em Santa Rosa 8 Canil municipal Palhano fala do projeto 7 Posto de Saúde Posto da Pereira é pura dedicação 5 6 Especial dia das MÃES A força de uma MÃE

Jornal Cruzeiro Maio de 2012

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Edição de Maio de 2012

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Page 1: Jornal Cruzeiro Maio de 2012

DISTRIBUIÇÃO GRATUITASANTA ROSA• Maio de 2012 Ano 3 • Edição 26

GeralO uso de películas nos vidros dos carros

3

AgrotóxicosBrasil é lider mundial de consumo

8

Projeto ATER Agroecologia em Santa Rosa

8

Canil municipalPalhano fala do projeto

7

Posto de SaúdePosto da Pereira é pura dedicação

5

6 Especial dia das MÃESA força de uma MÃE

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SANTA ROSA • Maio de 20122 Geral

Em Brasília, 24 horas Carlos Leite de Oliveira (Zé)[email protected], trabalha em Brasília.

Alexandre Luis Thiele dos Santos

Advogado especialista em Direito Civil Lato SensuOAB/RS [email protected]

DECIDE O STJ: ABANDONO AFETIVO DE FILHO GERA DANOS MATERIAIS E MORAIS

Recente decisão do Superior Tribunal de Justiça - STJ - tem re-percutido na mídia nos últimos dias. No dia 02/05/2012, após negar tal direito em pedidos anteriores (em 2005 e 2009), a Corte Superior julgou proce-dente pedido de indenização por danos materiais e morais por abandono afetivo, ajuizado por uma filha em face de seu pai biológico (com paternidade reconhecida). Este foi conde-nado a indenizar a filha em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), pelo afastamento que perdu-rou por mais de trinta anos. A quantia foi, em última instância, reduzida, dos R$ 415.000,00 (quatrocentos e quinze mil re-ais) fixados anteriormente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo - TJSP.

A Ministra NANCY ANDRIGHI, da 3ª Turma do STJ e relatora do processo, sustentou que os da-nos decorrentes das relações fa-miliares constituem-se em ilíci-tos civis passíveis de reparação, se aplicando nas situações sub-jetivas do Direito de Família as regras de responsabilidade civil. Contrapondo o anterior enten-dimento da Corte, a Ministra--Relatora fundamentou seu voto sobre as obrigações legais dos pais para com seus filhos, frisando que “amar é faculda-de, cuidar é dever”. Calcado nos deveres dispostos pela Consti-tuição Federal em seus artigos 227 e 229, bem como no Estatu-to da Criança e do Adolescente, reconheceu o STJ os danos cau-sados ao filho pelo abandono material e afetivo do pai, uma vez que não dispõe o genitor da escolha em assistir ao filho ou não. É obrigação patrocinar a manutenção, cuidados, educa-ção e manter o convívio com o mesmo para uma boa formação psicológica. E destaca a Ministra que “aqui não se fala ou se dis-cute o amar e, sim, a imposição biológica e legal de cuidar, que é dever jurídico, corolário da liberdade das pessoas de gera-rem ou adotarem filhos”.

Embora sejam os laços afeti-vos critérios intangíveis para a análise e aferição indenizató-

ria, existem relações que tra-zem vínculos objetivos, para os quais há previsões legais e constitucionais de obrigações mínimas, como no caso da pa-ternidade. O pai não é obrigado a amar um filho não desejado, mas uma vez instituída a pater-nidade, seja pela concepção ou pela adoção, está legalmente obrigado a cuidar de seu filho. E, o cuidado é um valor jurídico apreciável e com repercussão no âmbito da responsabilida-de civil, porque constitui fator essencial - e não acessório - no desenvolvimento da persona-lidade da criança. Segundo a Ministra, se o amor é elemento de veras subjetivo para um cri-tério de avaliação, o cuidado é permeado de elementos objeti-vos que podem ser claramente analisados pelo juiz, median-te a comprovação de contato do pai com a criança, presença efetiva, ações voluntárias a fa-vor do filho, comparação com o tratamento dado aos demais filhos, dentre outros aspectos passíveis de prova perante o ju-diciário.

A decisão inaugura um novo entendimento acerca da maté-ria no Poder Judiciário e abre precedente para os casos em que o abandono afetivo ou a falta de devidos cuidados para com a criança sejam presentes. Na prática, se mostra viável a cumulação de pedidos de da-nos materiais e morais com as ações de reconhecimento de paternidade, alimentos, bem como o ajuizamento de tais re-querimentos autonomamente.

Com efeito, a inédita decisão dá ares de um meio - embora não o mais adequado, pois nada substitui o afeto natural - para o melhor atendimento do inte-resse da criança, podendo tor-nar faticamente mais efetiva a participação do pai no período de seu desenvolvimento, visto que a falta de cuidados e devida atenção é fator potencial para uma pesada “multa” a pagar. No trocadilho: se o descuido volun-tário para com o filho não doer no coração ou na consciência, poderá “doer no bolso”.

Caixa-d’água I Uma notícia que vi pela primeira vez no facebook, do Róbson Girardon, fi-lho do Toquinho, mostrava uma foto da caixa-d’água inclinada na Praça Pe-dro Schwertz. Como todo cruzeirense, fiquei surpreso e preocupado com a si-tuação. Afinal, são 50 mil litros de água e toneladas de concreto que podem tra-zer transtornos à população. Confia-se na competência das autoridades públi-cas, entre elas a Corsan, o governo esta-dual e a administração municipal para encontrarem uma solução.Caixa-d’água IIMas a caixa-d’água da Praça, na frente da Escola Bráulio de Oliveira, tem uma história interessante que vivemos na infância, na época de sua construção. Lembro que entre 1972 e 1974, se não falha minha memória, a obra foi cons-truída e inaugurada. Nos dias tórridos de Cruzeiro, a gurizada saia da aula, no Grupo, e corria para se banhar num tanque (que chamávamos de piscina) e que servia de apoio à edificação do re-servatório. Lembro-me dos irmãos Mi-quins (Cezar e Jean); Nino Vione; Júlio Franco; e tantos outros, inclusive eu, que banhávamos na “piscina” da caixa. Para arrepio de cabelos das professoras do Grupo, entre elas a diretora Elvani, irmã do dentista Neco, corríamos para se jogar na água e espantar o calor. Fo-ram muitos também os cruzeirenses que se refrescavam embaixo do reser-vatário de água, quando a mesma va-zava. Aquela água vindo do alto deveria ser benta, pois formava-se fila para o refresco. Brincadeiras boas e sadias na década de 70. Agricultura familiarO deputado federal Elvino Bohn Gass foi reeleito secretário Agrário do Partido dos Trabalhadores. Elvino resume um dos objetivos deste colegiado coorde-nado por ele em nível nacional: “Foram dos debates e estudos desta setorial que nasceram algumas das principais polí-ticas desenvolvidas pelos governos de Lula e Dilma que mudaram o olhar dos brasileiros sobre a agricultura familiar. Hoje, o povo brasileiro não vê mais o colono como sinônimo de homem sem estudos, mas sim como figura respon-sável pela produção de 70% da comida que o alimenta. É, portanto, um grande orgulho coordenar esta setorial”.CPMIOs meses seguintes serão marcados por fortes embates em Brasília entre PSDB e DEM contra o PT. A chamada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) reúne deputados e senadores, os quais investigarão as denúncias contra o bi-cheiro Carlinhos Cachoeira. Tem muita gente graúda enrolada neste filme que está recém começando. O bom nisso tudo é que as investigações estão acon-

tecendo. A Polícia Federal tem atuado com firmeza e determinação, e o Con-gresso Nacional pode dar a sua contri-buição ao ouvir e interrogar depoentes que poderão ajudar a decifrar esse rol de corrupção. Pode parecer ruim quan-do assistimos a tudo isso, mas eu sem-pre me pergunto: melhor assim do que jogar a sujeira para debaixo do tapete, como se fizera muito em anos anterio-res, especialmente na ditadura militar (1964-1985), período em que a impren-sa não era livre e os políticos que de-nunciavam as falcatruas da época eram presos, exilados e até mortos pelo re-gime ditatorial. A democracia também é fundamental nesse quesito, uma vez que os desmandos, corrupção, lavagem de dinheiro e outras cositas mas são de domínio público e, portanto, mais facil-mente descobertas e punidas.FenasojaA Feira Nacional da Soja alcançou, mais uma vez, êxitos em seus negócios. Des-de 2003 o governo federal tem sido um parceiro forte da Fenasoja. Isso graças as suas eficientes direções, bem como pela competente articulação que Orlan-do Desconsi faz desde que era deputa-do federal, sempre na luta por recursos para o evento. E o interessante também é o envolvimento da comunidade na feira, que tem a oportunidade de apro-veitar todas as suas atrações. Única coisa que pergunto é sobre a qualidade dos shows do evento. Será que as atra-ções musicais desta edição agradaram à maioria dos presentes? É apenas uma indagação. CONHECENDO BRASÍLIAUm dos pontos turísticos mais belos de Brasília – que não pode deixar de ser co-nhecido - é o Palácio do Itamaraty, onde fica o Ministério das Relações Exterio-res do Brasil. Uma obra arquitetônica de Oscar Niemayer que prima pelo que há de mais moderno e encantador nas curvas e contornos desenhados pelo ar-quiteto da capital federal. No Itamara-ty, diariamente, há visitas guiadas que mostram a beleza do Palácio, onde são assinados acordos internacionais, além de recepções a autoridades estrangeiras que chegam ao Brasil. Uma parada obri-gatória em Brasília.

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SANTA ROSA • Maio de 2012 3Geral

O uso da película nos vidros dos automóveis

Primeiro Sargento Rogério Joel Jeske

Rogério Joel Jeske, Primeiro Sargento Co-mandante do Grupo de Polícia Rodoviária de Santa Rosa explica a ação que a Polícia Ro-doviária está adotan-do em relação ao uso das películas nos vi-dros dos automóveis.

Segundo Jeske, a re-gulamentação não é nova, pois já constava no Código de Trânsito Brasileiro de 1997, como infração de trânsito. Em 2007 o CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito lançou a resolução 253 estabelecendo o tipo de equipamento que poderia aferir a trans-parência das películas e, na mesma data, a resolução 254 indican-do os percentuais mí-nimos para cada vidro.

“Sem o auxílio do equipamento indicado na resolução 253 do CONTRAN, a fiscali-zação baseia-se nas chancelas em relevo – carimbo - que as ins-taladoras devem colo-car nas películas, pelo lado de fora, atestan-do sua transparência”, explica, “as instalado-ras e mesmo os pro-prietários dos veículos devem observar com atenção as películas instaladas, pois mui-tas delas não têm o grau de transparência que a chancela indica, o que resulta em infra-ção grave com multa de R$ 127,69, cinco pontos na Carteira Na-cional de Habilitação e a retenção do veículo até que seja regulari-zada a situação”.

O equipamento, cha-mado de Medidor de Transmitância Lumi-nosa, deve ser aprova-do pelo Instituto Na-cional de Metrologia, Normalização e Qua-

lidade Industrial - IN-METRO e homologado pelo DENATRAN, e, segundo a resolução 253, deverão ser autu-ados os veículos cuja medição for inferior a 26% nos casos em que o limite permitido para a área envidraça-da for 28%, 65% nos casos em que o limite permitido para a área envidraçada for 70% e 70% nos casos em que o limite permitido para a área envidraça-da for 75%.

A resolução 254 do Contran estabelece os seguintes percentuais de transparência: 75% para o para brisa, 70% para os vidros laterais dianteiros e 28% para os vidros laterais tra-seiros.

Fiscalização e mul-ta

Jeske esclarece que o equipamento me-didor de transparên-cia foi adquirido pela unidade da Polícia Ro-doviária Estadual de Cruz Alta neste ano de 2012. Por ser um apa-relho de elevado valor, foi adquirida apenas uma unidade que cir-culará por todos os

grupamentos da po-lícia subordinadas à unidade de Cruz Alta. Na última semana de abril o equipamento esteve à disposição do grupamento policial de Santa Rosa, que efetuou a fiscalização em frente ao seu pos-to policial. Segundo Jeske, verificou-se que a maioria dos veículos que utilizavam a pelí-cula traziam, na chan-cela, um grau de trans-parência menos que o aferido pelo equipa-mento medidor, o que denota que a medida indicada pela chancela do instalador da pelí-cula não garante que a transparência esteja dentro dos limites le-gais.

O equipamento já não se encontra mais em Santa Rosa e não tem previsão de quan-do estará novamente à disposição de seu grupamento, “não há uma agenda”, explica o Sargento Jeske, “o comando da polícia é que define qual o gru-pamento terá o equi-pamento à sua disposi-ção, assim, o medidor pode retornar a Santa Rosa na próxima se-mana ou somente da-

qui a quatro ou cinco meses”.

Jeske reforça ainda que somente com o uso do aparelho me-didor é possível fis-calizar as películas. “Não há outra ma-neira”, diz ele, “sem o aparelho medidor, a polícia rodoviária não fará a fiscalização das películas. Com o advento da operação de fiscalização, criou--se quase um pânico na população usuária

das películas, e mui-tos comentários de que a polícia estaria efetuando uma fisca-lização contínua em Santa Rosa. Como já explicado, sem o uso do equipamento afe-ridor não é possível fazer-se a fiscaliza-ção, e neste momen-to o equipamento já não está mais em nos-so grupamento”, diz Jeske, “portanto, a população não precisa preocupar-se pensan-

do que faremos uma fiscalização intensa. Faremos a fiscalização quando o equipamen-to estiver novamente à nossa disposição. Enquanto isto, os usuários de películas devem procurar ade-quar-se, usando as pe-lículas corretas, den-tro dos limites legais, e colocadas por ins-taladoras que possam assegurar o correto índice de transparên-cia de cada película.”

PROCON de Santa Rosa realiza audiência conciliatória

Nessa segunda-feira, 07, às 14h, o PROCON de Santa Rosa realizou uma Audiência Con-ciliatória, entre seis desses consumidores e um representante da empresa de livros, que vendeu os materiais pe-dagógicos nas residên-cias dos mesmos, em valor, definido pelos pais, como abusivo.

Após comum acordo, o representante da em-presa devolveu os va-lores pagos pelos con-sumidores e recebeu o material pedagógico de volta.

A coordenadora do PROCON de Santa Rosa, Lila Pitta Pinhei-ro Collares, afirmou que a empresa somen-te se dispôs a cumprir com o direito de arre-pendimento, previsto no Código de Defesa do Consumidor, após rece-ber as notificações emi-tidas pelo PROCON.

Os Consumidores sa-íram satisfeitos com o resultado da audiência e com o serviço presta-do pela entidade. Vale ressaltar, que os mes-mos tiveram a devolu-ção dos valores, porque

procuraram o órgão competente, dentro do prazo de sete dias após a compra.

Entenda o Caso Representantes de

uma empresa foram em algumas Escolas da Região, onde apre-sentaram e ofereceram aos estudantes um kit pedagógico, contendo livro e CDs. Os alunos, interessados pelo mate-rial, repassaram o ende-reço residencial de seus pais, onde os mesmos foram procurados, pes-soalmente, pelos ven-dedores.

Após efetuarem a compra, à vista ou parcelada, tomaram conhecimento que o

produto estava muito acima do valor de mer-cado e se arrependeram do negócio. Após ten-tativas frustradas de contato com a empresa, os consumidores, com base no direito de arre-pendimento, procuram o PROCON de Santa Rosa. O Serviço de Pro-teção ao Consumidor só conseguiu resultados com a empresa, após a mesma ser notificada a comparecer para uma audiência, onde os con-sumidores tiveram a devolução, em espécie, do valor pago, após a entrega do material.

Fonte: Assessoria de Comunicação Prefeitu-ra Municipal de Santa Rosa

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SANTA ROSA • Maio de 20124 Geral

Super Cotrirosa entre os melhores no ranking dos supermercados em nível nacional

A pesquisa do 41º Ranking de Supermercados, divulgada na revista Supermercado Moderno, edição abril de 2012, aponta os principais indicadores de vendas por metro quadrado dos atacarejos, hipermercados e supermercados. A Cotrirosa, através da rede de supermercados, aparece entre as campeãs brasileiras, com aumento de 11% nas vendas reais em 2011, isto é, crescimento já descontada a inflação média do ano. A reportagem destaca ainda a Cotrirosa como uma das empresas do Rio Grande do Sul que apresentou boa atuação em 2011. Para chegar a essa informação, a pesquisa contou com indicadores de cálculos com base em dados de vendas individuais de 722 lojas espalhadas por todo o País, fornecidos de forma confidencial à pesquisa da Supermercado Moderno. De acordo com o responsável pela rede Super Cotrirosa, Waldemar Seger, esse resultado obtido está ancorado nos investimentos não somente em novas e modernas lojas, mas também em melhorias nas existentes. Atualmente a rede Super Cotrirosa possui lojas espalhadas nos municípios de atuação da Cooperativa. Somente em Santa Rosa, conta com quatro supermercados.

Agricultores já podem se inscrever para Programa Troca-Troca

A Administração Muni-cipal através da Secretaria de Agropecuária de Santa Rosa inicia nesta quarta--feira, 09, o Programa Troca-Troca de Sementes de Milho Safra 2012/2013. Até o dia 28 de maio os agricultores podem se ins-crever na Secretaria de Agropecuária e na subpre-feitura de Sete de Setem-bro para participar do pro-grama.

Cada família rural tem direito a solicitar até três sacas de20 kgde semente de milho híbridos con-vencionais disponíveis no mercado. A quitação, que deverá acontecer até abril

de 2013, obedecerá a rela-ção de 11kg de milho co-mercial para cada quilo de semente adquirida.

Para o Prefeito, Orlando Desconsi, o programa é mais um incentivo que o Governo do Estado oferece aos produtores para faci-litar o plantio da semente e continuar seus trabalhos no meio rural.

O Programa do Governo do Estado através da Secre-taria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperati-vismo do Departamento de Agricultura Familiar disponibiliza, nesta edição, 456 sacas de semente de milho.

No ano de 2011 o pro-grama safra beneficiou 126 produtores em um total de 229 sacas de milho entre-gues pela Prefeitura.

Atanagildo Rorato, Se-cretário de Agropecuária, destaca a importância do plantio da cultura de mi-lho, por ser uma das ativi-dades que mais agrega va-lor a produção, garantindo mais renda a família rural.

Para se inscrever os pro-dutores do município de-vem ir até a Secretaria de Agropecuária, munidos de CPF e bloco do produtor rural. Mais informações (55) 3511-5100 e (55) 3513-3012.

PC do B organiza Conferência Nacional sobre a emancipação da Mulher

PC do B organiza sua 2ª Conferência Nacional sobre a emancipação da Mulher, de 18 a 20 de maio em Brasília.

Em Santa Rosa, o PCdoB realizou a 1ª con-ferência Municipal sobre a emancipação da mu-lher. Foram debatidos te-mas como: Qual emanci-pação que queremos?

As brasileiras na atuali-dade – A luta pela eman-cipação é tarefa de todo o partido.

A próxima etapa será a representação na con-ferência estadual, no dia e12 de maio, em Porto Alegre.

O PCdoB compreende que a emancipação das mulheres é tarefa de todo

o partido, que homens e mulheres devem se apro-priar do debate, sendo que é o único partido do Brasil que convoca uma conferência para deba-ter especificamente este tema, pois acredita que

só através da emancipa-ção das mulheres é que de fato construiremos uma sociedade mais jus-ta, igualitária. A etapa nacional será precedida pelas etapas estaduais e municipais.

Camera tem biodiesel com marca própriaA nova marca de bio-

combustíveis foi conce-bida no objetivo maior de contribuir para a qua-lificação da agricultura brasileira como fonte de energia verde. Neste jo-vem mercado de combus-tíveis renováveis, a Came-ra busca a qualidade no seu sentido amplo, pleno, global. Assim nasceu o conceito CameraQ+ que atesta qualidade desde a origem.

Produzido com matéria

prima de uma das regiões com maior concentração de Agricultura Familiar do Brasil, o Biodiesel Ca-meraQ+ é de origem 100% vegetal, o que produz um biodiesel de qualidade premium.

O biodiesel está sendo vendido nos leilões regu-lares da petrobrás, e tam-bém abastece cerca de de São Paulo, da chamada EcoFrota. Para a produção do Biodiesl a Camera está atendendo a norma ame-

ricana (ASTM) e europeia (DIN) de qualidade de biodiesel», relata o geren-te da Divisão Industrial, Engenheiro Químico Mar-celo Landa Cardoso.

Conforme o gerente, João Artur Manjabosco, a CameraQ+ reforça os quatro pontos básicos da atuação na cadeia de pro-dução de biocombustíveis pela companhia. Agricul-tura Familiar, Conexão, Verticalização e Sustenta-bilidade.

Vestibular de inverno FEMAEstão abertas as ins-

crições para o vestibular de inverno da Fundação Educacional Machado de Assis. As inscrições po-dem ser feitas até o dia 15 de junho, das 8h às 11h e 30min, das 13h30min às 17h30min e das 19h às 22h, na secretaria da Uni-dade I. Já, na Unidade II e III, podem ser realizadas das 13h e 30min às 17h e 30min e das 19h às 22h, sempre de segunda a sex-

ta-feira ou, através do site www.fema.com.br.

O pagamento da taxa de inscrição custa R$ 25,00 e poderá ser feito até o dia 15 de junho nas agências bancárias ou na Institui-ção. A prova de redação será realizada no dia 16 de junho, sábado, às 8h, com duração de duas horas.

O candidato poderá aproveitar a nota da Re-dação do ENEM do ano de 2011, ou da FEMA.

Ao todo serão ofertadas 171 vagas distribuídas entre os cursos de Admi-nistração, Ciências Contá-beis e Direito. A Institui-ção está credenciada nos Programas de Fundo de Financiamento do Ensino Superior (FIES), PROUNI e mantém o Crédito Edu-cativo da Fundação Edu-cacional Machado de Assis (CRED-FEMA - APLUB). Maiores informações pelo fone (55) 3512 -5747.

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SANTA ROSA • Maio de 2012 5Saúde

Posto de saúde interage com a comunidadeO jornal Cruzeiro foi

conhecer um pouco das atividades do Posto da Pereira como é popu-larmente chamado.

O trabalho realizado por toda a equipe faz este posto de saúde ser um oásis de bom aten-dimento e dedicação à saúde das comunida-des assistidas.

O posto dá assistên-cia às vilas Pereira, Jar-dim, Progresso, Kon-tarski, Morada do Sol, Esplanada, Cruzeiro Centro, Nossa Senho-

ra Aparecida, Km 03 e Km 05.

A equipe do posto Pereira é composta de um coordenador, uma médica especialista em saúde familiar, uma es-tagiária residente, uma enfermeira, técnica em enfermagem, uma psi-cóloga, uma estagiária de psicologia, uma nu-tricionista, seis agen-tes comunitárias e uma pessoa responsável pe-los serviços gerais.

A equipe de saúde Pereira acredita que a saúde não é deter-minada somente pela

ausência de doenças em nosso corpo, como também em nossos sentimentos, nossa fa-mília, nossa moradia, nosso bairro, nossa realidade econômica e política.

Para melhor desen-volver as campanhas de conscientização da comunidade quanto à saúde e meio ambiente, e para abranger os di-versos aspectos acima citados utiliza várias metodologias, com re-cursos áudios-visuais

Pulseira de contas criado como lembrete da prevenção ao câncer de mama

e materiais lúdicos dos mais variados sempre buscando maior inte-ração com as comuni-dades a que prestam atendimento.

O posto criou o kit bonecos – Família Sau-dável Pereira. É uma família terapêutica re-presentada por sete personagens. Os bone-cos foram confecciona-dos no posto por Mari Marlene Leal, assisten-te comunitária social com o auxílio dos cole-gas.

O kit é utilizado para conscientização da

Sacolinha para carregar remédios confec-cionada no próprio posto. Substitui a sa-colinha de plástico e estimula a conscien-

tização ecológica.

necessidade da cons-trução de uma famí-lia saudável, e auxilia no desenvolvimento e execução dos progra-mas de saúde do posto. São vários os progra-mas desenvolvidos

- Como está sua famí-lia hoje? Pense nisso

- Terapia comunitária interativa. (Ei você... não fique aí sozinho...)

- Programas de ativi-dades físicas na comu-nidade.

- Dicas de mobiliza-ção sobre dengue.

- Estímulo à ama-mentação.

- Prevenção ao cân-cer de mama - Mão Na Mama - em que cada mulher recebe uma pulseira de contas con-feccionada no posto.

- Cuidados bucais na 3ª idade que tra-ta da importância da manutenção saudável dos dentes, gengivas e atenção para sinais de câncer de boca como caroços, ínguas, feridas que não saram em 14

dias e mau hálito.- Cuidados com seu

idoso.- Calendário saúde

o ano inteiro. Neste calendário tem dicas importantes de saúde para todos os meses do ano, fica exposto na sala de espera da Unidade de Saúde Pe-reira. Além deste alerta a equipe aborda todo mês o assunto em foco nas reuniões de equi-pe, grupos de saúde, visitas domiciliares. Toda a informação é explorada metodologi-camente para ampliar a conscientização da população quantos aos cuidados com a saúde e as campanhas existen-tes.

Nesta interação com as comunidades a equi-pe sentiu a necessidade de maior amplitude de circulação de informa-ções entre a unidade de saúde e as vilas abran-gidas pelo posto e após algumas reuniões da equipe nasceu o Jornal

PEREIRAMIGO.O jornal é confeccio-

nado bimestralmente pela equipe de saúde Pereira em parceria com as escolas do dis-trito, A primeira tira-gem foi de 200 exem-plares.

Nesta primeira edição do jornal PEREIRAMI-GO a Escola Municipal de Ensino Fundamen-

tal Duke de Caxias con-tribuiu com um tex-to abordando o tema Saúde nas Famílias, de autoria dos alunos Luís H. H. Silva e Leonar-do J. Flores, ambos do sexto ano.

Quando o amor e a fraternidade são pre-sentes todo labor é fe-cundo.

Kit bonecas

Campanha da vacinação contra a gripe

A Fundação Mu-nicipal de Saúde de Santa Rosa – FUMS-SAR - está mobilizan-do todo o município para a Campanha Nacional de Vacina-ção contra Influenza (gripe).

A meta é vacinar, pelo menos, 80% dos grupos elegíveis para a vacinação entre gestantes, crianças de seis meses a me-nores de dois anos, idosos com mais de sessenta anos e pro-fissionais de saúde. O total de pessoas vaci-nadas deve chegar a 1.300.

Dados da Funda-ção demonstram que anualmente a pro-cura da vacina vem aumentando. No ano de 2010 o município de Santa Rosa conse-guiu vacinar 81% da população de idosos e em 2011 este percen-tual chegou a 88 %.

É importante sa-lientar que a vacina não provoca gripe,

sendo segura a to-das as faixas etárias. Ela deve ser repetida anualmente.

O principal objeti-vo da campanha na-cional de vacinação contra a influenza é reduzir a mortalida-de, as complicações e as internações de-correntes das infec-ções pelo vírus da in-fluenza. As infecções respiratórias agudas constituem um con-junto de doenças fre-quentes e tem maior incidência em pes-soas com idade igual ou maior a 60 anos e crianças, sendo o ví-rus da influenza um dos principais cau-sadores destas doen-ças.

É importante que as pessoas não es-queçam de procurar o posto de saúde le-vando o seu cartão de vacina, para que o mesmo possa ser avaliado quanto a ne-cessidade de outras doses.

Page 6: Jornal Cruzeiro Maio de 2012

SANTA ROSA • Maio de 20126 Especial

A força de uma MÃE.Quando a mulher

torna-se mãe há uma transformação em sua vida. A partir deste momento ela será aquilo que o filho precisar: enfermeira, guerreira, torcedora, psicóloga, advogada, arrimo. É o arrimo dos filhos, da família, é a força indispensá-vel, é o ombro com o qual sempre podemos contar, capaz de mo-ver o mundo para sal-var um filho. E tudo isto sem perder a ter-nura, a docilidade. É maior força bruta reunida com o maior amor do mundo em um só coração.

Alguém conhece olhar mais doce que olhar de mãe? Alguém conhece colo mais quente e confortável que colo da mãe?

Mãe é uma criatura que está em um pa-tamar diferente do restante dos mortais. Ela deve ter um lugar assegurado no paraí-so celeste.

O jornal Cruzeiro conta a história de Delci Neves e sua luta desde que o filho Fá-bio sofreu um aciden-te, e assim quer pres-tar uma homenagem a todas as mães.

Delci é diarista. Pessoa simples e comunicativa, sua casa tem uma aura positiva e aconchegan-te. É a típica casa de mãe.

Delci tem quatro fi-lhos, três moças e um rapaz, o Fábio. Ele é filho do primeiro com-panheiro de Delci. Com seu segundo marido, fa-lecido, Delci teve as me-ninas Amanda, Angélica e Rita.

No falecimento de seu segundo marido, Vilson Fogaça, ela estava grávi-da de Rita. Como tinha que trabalhar, quem cui-dava da casa era Aman-da, sua filha mais velha que na época tinha oi-tos anos, e que também teve que cuidar de Rita, quando esta nasceu.

Angélica tem deficiên-cia de hormônio do cres-cimento e complicações cardíacas, o que não a

impediu de prestar tam-bém toda ajuda que sua mãe necessitava. Com um núcleo familiar bem estruturado a família seguia em frente.

Em 2004 Angélica, então com treze anos, teve que passar por uma cirurgia no coração em Passo Fundo. Delci lar-gou tudo para acompa-nhá-la, e as duas, mãe e filha, passaram o natal e o final do ano no hospi-tal.

Nesta época Fábio es-tava trabalhando em Osasco, São Paulo, com os tios paternos. “Os tios e tias de Fábio, ir-mãos do meu primeiro marido, sempre acom-panharam Fábio e auxi-liaram a ele e a mim em tudo que podiam”. Fá-bio preocupava-se com a mãe e mandava di-nheiro para ajudar nas despesas.

Ao retornar de Pas-so Fundo Delci voltou ao trabalho e Angélica ficou recuperando-se em casa. Pouco tempo depois da cirurgia de Angélica, em 06 de fe-vereiro de 2005 Fábio acidentou-se. Bateu o carro na traseira de um caminhão do tipo baú e teve traumatismo crâ-nio encefálico.

Delci deslocou-se a São Paulo com a filha mais velha, Amanda, para acompanhar a hos-pitalização do filho. “Pa-ramos na casa dos tios de Fábio, Vitor e Edile-ne Meneghini, que de-ram todo o apoio de que precisávamos, inclusive financeiro, providen-ciando tudo o que era necessário para a recu-peração de Fábio”.

“Eu e Amanda nos re-vezávamos no hospital. Amanda ia de dia e eu à noite. Ouvi muitas e muitas vezes que Fábio poderia entrar em óbito a qualquer momento. O estado dele era gravís-simo. Ele ficou trinta e oito dias no respira-douro, e os médicos es-tavam sempre tentan-do nos preparar para o pior”, continua, “no total, em Osasco, foram oitenta e quatro dias de hospitalização.”

“Após esse tempo

Fábio com sua mãe, irmã e avó

trouxemos Fábio para Santa Rosa. A 14ª Co-ordenadoria Regional da Saúde providenciou deslocamento de avião. Então fomos de São Paulo a Porto Alegre, e de Porto Alegre a San-to Ângelo. Chegamos a Porto Alegre às 13h e o avião para Santo Ânge-lo partia às 15h. Neste momento eu me deses-perei, pois estávamos, Amanda e eu, sozinhas com Fábio, traqueosto-mizado em uma cadei-ra de rodas. Tínhamos que segurar Fábio, sua cabeça, a sonda de ali-mentação e o coletor de urina. Em Santo Ângelo já havia uma ambulân-cia à nossa espera, mas ela não estava prepa-rada para o transpor-te de Fábio. Não tinha os equipamentos que seu estado exigia. Era necessário fazer a as-piração da traqueos-tomia a que Fábio fora submetido, mas não havia equipamento na ambulância. Eu estava apavorada, mas Osmar,

o enfermeiro da ambu-lância, acalmava-me e cuidou de Fábio durante o traslado até o hospital de Caridade em San-ta Rosa. Fábio chegou num estado lamentável. Estava preto devido à falta de oxigênio”, diz Dilce, “e todo encolhido pela sufocação.”

“Imediatamente le-varam-no para o aten-dimento e eu fiquei lá fora, aguardando. Lem-bro que neste momento pensei: não perdi meu filho até agora, não será agora que irei perdê-lo e fiz uma oração pedindo por sua saúde. Eu con-fiava, tinha muita fé”.

Eles haviam chegado em Santa Rosa numa sexta-feira. Na segun-da-feira seguinte o hos-pital deu alta para Fábio. “Não posso levar meu filho para casa assim”, disse Dilce, “mas os mé-dicos me orientaram que era a melhor coisa a fazer. Fábio precisava agora de cuidados bási-cos, não precisava ficar internado e nem devia

ficar pois havia risco de infecção hospitalar. Em Osasco ele teve duas pneumonias e infecção hospitalar com febre alta em que tínhamos que aplicar compressas para ajudar a baixar a temperatura.”

“Em casa, as tias pa-ternas de Fábio, Edile-ne e Edelurdes, tinham conseguido cama hos-pitalar, cadeira de ba-nho, cadeira de rodas e preparado a casa dos avós paternos para re-ceber Fábio. Foi lá que ficamos por cerca de um mês enquanto era cons-truído um quarto para Fábio em nossa casa. Vitor, o tio com quem Fábio trabalhou em São Paulo que providenciou e pagou toda a constru-ção do quarto.”

“Fábio não se movi-mentava. Tínhamos que cuidar de sua traqueos-tomia, alimentá-lo por sonda – Fábio alimen-tou-se por sonda por mais de um ano -, esva-ziar o coletor de urina e trocar suas fraldas. Uma empresária ajudou-nos por muito tempo com-prando as fraldas do Fá-bio. Eu tive muita ajuda, graças a Deus.”

“Na rotina da casa levávamos ele para a cama, para o sofá, dá-vamos banho. Movi-mentávamos ele. Aos poucos, de forma muita lenta ele foi recuperan-do alguns movimen-tos. Movimentava uma mão, um braço.”

“Certo dia fui tirar sua camiseta e por descuido tirei junto a sonda de alimentação. Como já fazia muito tempo que ele estava com a sonda resolvi, por iniciativa própria alimentá-lo sem a sonda, e passei a usar uma seringa para colo-car a comida no boca do Fábio. Ele tinha os dentes cerrados e não abria os olhos. Eu for-çava a seringa entre os dentes e colocava a co-mida e Fábio engolia. Com o passar do tempo ele passou a mexer os lábios, abrir a boca e os olhos.”

“Neste meio tempo eu sempre procurei recur-sos e consegui fisiote-

rapia e fonoaudiologia. Fábio esteve em tra-tamento em Giruá na clínica de reabilitação física por cerca de dois anos. Cada pequeno movimento que Fábio fazia era muito come-morado por todos, e nós o estimulávamos sempre, pedindo e su-gerindo que ele se mo-vimentasse. Amanda costumava dar iogurte ao Fábio. Ela sempre lambuzava seus lábios com iogurte e pedia que ele lambesse – você tem que ajudar, dizia. O dia em que ele passou a lín-gua nos lábios foi uma realização geral aqui em casa. Foi inesquecível.”

Na última terça-feira, dia 02, Fábio fez mais uma cirurgia em Porto Alegre.

Hoje Fábio está com trinta e três anos e já está começando a falar.

Os cuidados não pa-ram. Ainda tem cirur-gias pela frente e muita dedicação.

Delci diz que não tem do que reclamar. Toda comunidade ajudou. A família sempre esteve presente. Os tios, tias e avós paternos sempre estiveram ao lado de Fá-bio e os órgãos de saúde sempre prestaram todo o amparo necessário.

Delci conta toda esta trajetória sem um sinal de lamentação em sua voz. Em alguns momen-tos chega sorrir alegre-mente quando lembra das pequenas vitórias conquistadas no dia a dia da luta com seu fi-lho. Sua voz demonstra coragem e a resignação de quem tem uma mis-são. Não há lamúria, não há lamento.

Há uma mãe e é a força que basta.

Por fim, Delci, muito religiosa, faz questão de deixar uma mensagem a todas as mães que este-jam passando por pro-blemas com seus filhos “não desistam nunca, e não fiquem paradas porque nada cai do céu. Você tem que ir à luta, mas não há barreiras intransponíveis quan-do uma mãe dobra seus joelhos e pede ajuda a Deus.”

Fábio sorridente. Sua família lhe enche de carinho.

Page 7: Jornal Cruzeiro Maio de 2012

SANTA ROSA • Maio de 2012 7Especial

Canil municipalAntônio Palhano, di-

retor de Vigilância em Saúde do município fala sobre a instalação do canil público muni-cipal.

A lei municipal 4391 de 03 de abril de 2008 disciplina a criação, propriedade, posse, guarda, uso, trânsito e transporte de cães, ga-tos e animais de tração na área urbanizada de Santa Rosa.

“É uma lei complexa, ampla, com boa abran-gência no que diz res-peito aos problemas dos animais abando-nados de nossa cida-de. Quando assumi a coordenação da Vigi-lância Sanitária em Santa Rosa, em janei-ro de 2009, já passei a estudar uma forma de implementar o canil. A Secretária de governo na época, Terezinha

Krolikowski (autora da lei), reforçou o pedido para que o canil fosse implementado.Com o apoio dos agentes de combate á endemias, realizamos um censo de animais em nossa cidade (levantamento por bairro) e consta-tamos que estávamos já em 2009 com um número bem acima do previsto que seria de 10% da população humana, ou seja, está-vamos com 8.468 cães e 3.412 fêmeas, totali-zando 11.880 animais, sem contar os abando-nados nas ruas ”

“A primeira dificul-dade foi encontrar um local de propriedade da prefeitura que fosse adequado, pois o canil não pode ficar próxi-mo a rio ou muito per-to de habitações.

No rincão dos Rolim

encontramos uma es-cola desativada com uma área um pouco maior que cinco mil metros quadrados que tinha uma boa locali-zação, mas a área era pequena, pois o nosso objetivo é transformar o local adequado para abrigar também ani-mais de grande porte que estejam abando-nados ou permaneçam em locais inadequados (vias pública por exem-plo) e que tenham que serem recolhidos, des-de cães e gatos até ca-valos e vacas. Conse-guimos ampliar a área para dez mil e oito-centos metros através de uma permuta com alguns munícipes que tinham débito com a prefeitura por não te-rem destinado espaço para as zonas de inte-resse social em áreas

de sua propriedades que foram loteada.

Posteriormente foi feito um projeto para o canil, com capaci-dade para guarda de até cento e cinqüen-ta animais, com 25 baias. O projeto já tem aprovação da Secreta-ria do Meio Ambiente e parte do trabalho já foi executado. O proje-to prevê as adequações usando as instalações da antiga escola para uso veterinário, ad-ministrativo e todas as dependências físi-cas necessárias para a plena atividade do ca-nil. A parte que ainda resta fazer da refor-ma do antigo prédio e as baias com todas as especificações legais, deverá entrar em lici-tação para construção nas próximas sema-nas.

Como a Vigilância não é um órgão exe-cutor, sua função é fiscalizadora, a admi-nistração do canil de-verá ser repassada, via concessão, para algu-ma entidade privada ou ONG. A Vigilância Sanitária ficará com a função de fiscalizar a operacionalidade da concessionária.

O trabalho da con-cessionária será o de recolher o animal que estiver na rua, tratar e colocar à disposição para adoção. Não ha-vendo ninguém que o adote o animal deverá ser solto novamente no seu ambiente na-tural. Os cães e gatos também serão castra-dos e a adoção será do tipo Posse Responsá-vel. O adotante assu-mirá o compromisso da adoção, e será res-

ponsabilizado legal-mente caso o animal seja abandonado. Nos-sa intenção é chipar ou tatuar os animais para o controle quanto à posse responsável.

Também temos o plano de fazer a cas-tração em massa de cães beneficiando as pessoas cujos recur-sos não permitem pagar o custo de uma castração. Estamos em tratativas com a universidade de Itapiranga de Santa Catarina para fazer um convênio em que viriam professores e alunos a Santa Rosa para fazer as castra-ções. Nossa parte seria a de disponibi-lizar os animais e o espaço físico para o trabalho. Confira mais no site do Cruzeiro.

Page 8: Jornal Cruzeiro Maio de 2012

SANTA ROSA • Maio de 20128 Ecologia

Brasil lidera ranking mundial de uso de agrotóxicos.

Projeto ATER vem atender demanda de pequenos agricultores.

Pedro Fabrício e cooperados da Ecovida

O Projeto ATER – Assis-tência Técnica e Extensão Rural, do governo fede-ral, é implementado pelo Ministério do Desenvol-vimento Agrário (MDA) e visa fornecer assistên-cia técnica a pequenos agricultores e familiares. Santa Rosa habilitou--se a receber recursos do MDA com contrapartida da prefeitura municipal. O projeto tem o objeti-vo de desenvolver hor-ticultura agroecológica, leite a pasto - produção de leite onde o animal é alimentado basicamente com pasto -, agroindús-tria familiar, fruticultura e piscicultura, além de apresentar medidas para o enfrentamento de es-tiagem e produção com baixo custo.

Pedro L. Fabrício, téc-nico em agricultura da secretaria agropecuária de nosso município, ma-nifesta sua opinião sobre este projeto.

Segundo Pedro Fabrí-cio o projeto ATER vem atender uma necessidade já levantada por estudos em nossa região. “Atra-vés de um trabalho de levantamento feito em convênio com a Univer-sidade Federal de Santa Maria verificamos a re-alidade rural no nosso município. Com o resul-tado desta pesquisa foi percebido uma carência de assistência técnica em determinadas regiões como Água Santa, Can-deia Baixa, Lajeado Ca-poeira, Linha Dr. Pedro de Toledo, Linha Mirim e Linha Treze de Maio. De posse destes dados os técnicos da secretaria de agropecuária elaboraram um projeto para sanar as carências e o projeto ATER vem atender esta demanda”, esclarece

- JC – Na sua visão

como técnico agrícola, quais os benefícios do projeto ATER?

- PLF – Este projeto nos possibilita desenvolver um trabalho de assis-tência técnica voltado a pequenos agricultores do município que não recebiam assistência dos órgãos oficiais, coopera-tivas e empresas que atu-am no setor. A realidade destes pequenos agricul-tores é de muita necessi-dade, por terem proprie-dades com baixíssimo rendimento. O projeto amplia a possibilidade de novas atividades agríco-las com enfoque na agro-ecologia que também irá trazer grandes benefícios à saúde dos agricultores e dos consumidores de seus produtos. Com o de-senvolvimento deste tra-balho a possibilidade de diminuição do êxodo ru-ral é um dos grandes re-sultados que esperamos alcançar, uma vez que o agricultor com renda familiar ampliada pelas atividades agroecológi-cas não terá motivos para abandonar a agricultura.

- O que é a denomina-ção agroecológica?

- PLF – Agroecológica é um conjunto de conheci-mentos científicos usa-

dos nos manejos ecológi-cos dos recursos naturais da propriedade levando em consideração todo o ecossistema existente, estando inseridos neste manejo as seis dimen-sões da sustentabilidade: A ecológica, a econômica, a social, a cultural, a polí-tica e a ética.

- JC – Quais as dificul-dades maiores encontra-das pelo agricultor na transição da produção convencional para a agro-ecológica?

- PLF – As dificuldades desta conversão depen-derão do grau de conta-minação do ecossistema da sua propriedade. Pois os agricultores precisam de um certo tempo para adequar-se às técnicas agro ecológicas e novas técnicas de manejos. E aqui ressalto uma grande dificuldade, que é a sócio--econômica, levando em consideração as perdas iniciais devido ao tempo de recondicionamento do ambiente de produção.

- JC – Como está sendo desenvolvido este proje-to de Assistência técnica no município de Santa Rosa?

- PLF - O município foi dividido em três regiões,

e em cada região há um técnico agrícola respon-sável. Primeiramente foi realizada uma pes-quisa sobre as ativida-des desenvolvidas em cada propriedade e suas tendências para ativida-des futuras. Estes dados municiaram os técni-cos com informações necessárias para me-lhor assessorar cerca de trezentas famílias que

aderiram espontanea-mente ao projeto, e que também participam de viagens a outras regiões em que já existe produ-ção agroecológica com sustentabilidade, como também atividades de visitação à propriedades em destaque no projeto. São oferecidos cursos voltados às atividades que envolvem a agricul-tura familiar.

Já temos propriedades implantando a produ-ção do pastejo racional Voisin - leite produzido à base de pasto -, e im-plantação de pomares domésticos, com fru-tíferas nativas, citrus, pêssego,videira, galinha colonial e hortas.

O projeto é recente, mas os resultados obti-dos até então são muito positivos, animadores.

O tema agrotóxico no Brasil, o veneno está na mesa, foi a pauta da audi-ência pública realizada na Assembleia Legislativa. 

O deputado Jeferson Fernandes sustentou a importância da Assem-bleia estar se abrindo para discutir esse tema.

Um dado preocupante e já conhecido por muitos foi o mais debatido nas fa-las dos convidados da au-diência pública. O Brasil lidera o ranking mundial de uso agrotóxicos. Em 2007 e 2008, o Brasil pas-sou de 2º lugar no uso de agrotóxicos para 1º, supe-rando os Estados Unidos. A doutora em epidemiolo-gia e professora universi-tária Neici Mulller Xavier Faria fez esse alerta. “Boa parte dos profissionais de saúde  não tem dimensão do que estamos lidando e da gravidade do que sig-nifica esse dado. É nada menos que um país com dimensões continentais que lidera há anos o uso de agrotóxicos. Estamos lidando com um proble-ma ocupacional. Na Serra Gaúcha, 95% dos agricul-tores usam agrotóxicos. A professora  disse que a principal entrada da into-xicação é pela pele dos que têm contatos com os pro-dutos. “Toxicidade aguda

é a ponta deste iceberg. Ela é leve, moderada, gra-ve, fatal. Lamentavelmen-te, os dados oficiais são muito limitados, os dados de intoxicação crônica são quase inexistentes. Redu-zir a exposição química aos agrotóxicos contribui para a prevenção”, desta-cou. 

Dario Mello, da Coo-perativa de Prestação de Serviços Técnicos,  enfa-tizou que “os agrotóxicos são caracterizados como venenos pela legislação, mas mesmo assim não se avançou nas suas restri-ções. Há elementos quí-micos que estão em nossa mesa, que são insumos produtivos e usados no mercado de guerra. As drogas de uso veterinário,

por um lobby da indústria de medicamentos, não podem ser reguladas pela Anvisa”. 

A  gerente geral de to-xicologia da Anvisa, Ana Maria Vekic, falou sobre a restrição a produtos com agrotóxicos e como o órgão trabalha no sen-tido de classificar os ali-mentos. “Depois que um produto está no mercado é muito difícil tirar um direito já concedido pelo Estado. E a Anvisa sofre bastante com isso. Faze-mos laudos científicos, apresentamos  à socieda-de e ao governo, mas são outros órgãos que devem agir a partir daí”, esclare-ceu a pesquisadora. 

Fonte. Agência de Notí-cias ALRS

Page 9: Jornal Cruzeiro Maio de 2012

SANTA ROSA • Maio de 2012 Geral 9Cooperluz irá gerar energia a partir

de hidrelétrica em Giruá

Curso de Alimentação Vegetariana e Terapêutica

20 horas- Alimentação sem glúten;- Combinação de alimentos e sucos naturais;- Extração de proteínas;- Preparação de molhos, carne vegetal, saladas, sobremesas e temperos;- Preparação de pratos dietéticos e terapêuticos;Data: 14 a 18 de maio de 2012Horário: 19h às 22hLocal: Rua Sol Poente, 667, esquina com Rua ItapemaBairro: Esplanada – Santa RosaInformações e inscrições: (55) 99950198VAGAS LIMITADAS

Trofologia inovou a culinária da soja na 19° FENASOJA

Durante os nove dias da 19° FENA-SOJA, a trofóloga Victória Nardes mos-trou através da nova dinâmica da nutrição do uso da soja na ali-mentação humana. Conforme a aplicação de termos trofológi-camente corretos foi mostrado desde o uso terapêutico do grão da soja para movi-mentar a circulação sanguínea, até o uso do soro fisiológico ex-traído da bebida tipo leite ou extrato e que serve para diversos fins, como no trata-mento de azias, gas-trites, diarreias e até para a higienização de feridas e afecções da pele. Foi demonstrado também o poder nutricional da soja e seus resultados positivos.

A trofologia (ciência natural da transfor-mação de alimentos vegetais) tem como finalidade estudar, pesquisar, informar e desenvolver os ve-getais nas suas mais diferentes formas:

cru, cozida, assada, frita, torrado, em forma de salada, su-cos, sopas, cremes, pães, biscoitos, bolos, balas, queijos e uma imensa variedade de aproximadamente 300 subprodutos na área alimentícia sem contar no ramo in-dustrial de remédios e produtos de beleza.

O mais importan-te dessas atividades foi a oportunidade oferecida pela Cozi-nha da Soja para que alunos de várias es-colas e visitantes de diversos municípios da região e até de pa-íses vizinhos como a Argentina e Uruguai pudessem participar da preparação e de-gustação dos pratos preparados dentro da nova dinâmica trofo-lógica de acordo com as normas técnicas de segurança alimentar.

Percebe-se no en-tanto que embora o Brasil ocupe lugar de destaque como produtor e comercia-lização de soja, ainda está muito longe da integração alimentar

do povo brasileiro.Segundo pesquisa

realizada recente-mente em Santa Rosa considerada o berço nacional da soja, apenas 20% da popu-lação usa raramente alimentos a base de soja em suas refei-ções.

É preciso e urgente, mostrar todos os maravilhosos benefícios que esse grão proporciona, para que haja um maior aproveitamento e interesse pelo departamento de saúde em estimular esse hábito alimentar ao povo local.

A trofologia tem como dever diário ensinar através de cursos, palestras se-minários e oficinas de nutrição, as maneiras trofologicamente cor-retas para proporcio-nar ao ser humano: bem estar, autoesti-ma e cuidados com a saúde, oportunizando mudança nos hábitos alimentares e uma significativa melhora na qualidade de vida.

No dia 04 de maio de 2012, na localidade de Lajeado Reginaldo, diretores da Cooperluz receberam das mãos do Prefeito e Vice-Prefeito Municipal documentos relativos a construção de uma Central Geradora Hidrelétrica em Giruá, a partir dos recursos hídri-cos do Rio Santa Rosa. A capacidade será de 1 me-gawatt, e os investimen-tos são de aproximada-mente R$ 7milhões.

Trata-se de um inves-timento significativo em nosso Município, por parte da Cooperluz, que irá movimentar boa par-te da cadeia produtiva

nas obras de construção civil da barragem, casa de máquina e arredores. Toda a negociação com os proprietários lindei-ros foi concluído, e o projeto apresentado ao Executivo Municipal.

O projeto obedece a todas as normas am-bientais, está adequado a legislação vigente, e insere definitivamente Giruá no mapa dos Mu-nicípios geradores de energia.

SAMU realiza palestras para comunidade

Esse é o principal objetivo da equipe do SAMU ao realizar palestras com a co-munidade. A equipe vem fazendo diversos encontros em esco-las e instituições da região. Os profissio-nais abordam temas diversos como fun-cionamento do Ser-viço de Atendimento Móvel de Urgência, primeiros socorros, novas diretrizes na ressuscitação cardio-pulmonar, queima-duras, hemorragias, ferimentos leves e superficiais, ferimen-tos extensos e pro-fundos, fraturas, con-vulsão, entre outros casos. Também são realizadas orienta-ções sobre acidentes com animais peço-nhentos e atividades práticas.

A equipe realizou palestra no Instituto Federal Farroupi-lha. O encontro teve como meta propor-cionar a reflexão dos estudantes sobre a importância dos pro-cedimentos adotados, antes da chegada do serviço especializado, quando uma pessoa

é vítima de qualquer acidente ou mal sú-bito. O momento transcorreu com de-monstração de vídeos e simulações práticas, resultando na partici-pação dos alunos pre-sentes. Também foi realizado um encon-tro no SESC com pais e professores, onde foram abordados te-mas como primeiros socorros na educação infantil.

Na Escola da Paz também foi realizado um encontro com o público adulto sobre primeiros socorros. Como a equipe reali-za um trabalho regio-nal de atendimento,

também estão sendo organizadas palestras em outros municí-pios, foi o caso do encontro no Hospital São Vicente de Paula. Participaram enfer-meiros, técnicos de enfermagem, entre outros profissionais do Hospital.

A equipe está à disposição da comu-nidade para o aten-dimento e também para ações sociais como estas palestras. Em caso de interesse agende seu encontro pelo telefone 8449-0756.

Assessoria de Co-municação - Hospital Vida & Saúde

Page 10: Jornal Cruzeiro Maio de 2012

SANTA ROSA • Maio de 201210 Geral

CPI mista do Congresso Nacional discute violência contra a mulher no RS

A Comissão Parla-mentar Mista de In-quérito (CPMI), do Congresso Nacional, que investiga a vio-lência contra a mu-lher, promoveu uma audiência pública, na tarde dessa segunda--feira (7), no Teatro Dante Barone, sobre situações de violência contra a mulher e a aplicação da Lei Maria da Penha no Estado. A discussão foi conduzi-da pela presidente da comissão, deputada Jô Moraes (PCdoB/MG), e pela relatora, senadora Ana Rita (PT/ES). A co-missão tem percorrido os 10 estados mais vio-lentos do país e os qua-tro mais populosos.

Participaram da au-diência ainda a vice--presidente da Assem-bleia Legislativa do RS, deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB), os deputados estadu-ais Edegar Pretto (PT), Ana Affonso (PT), Raul Carrion (PCdoB) e Se-cretários do Estado.

Conforme a relatora, o objetivo da comissão é recolher informa-ções sobre a situação da mulher no Estado e as políticas que vêm sendo implementadas para conter a violência. Nos últimos dez anos, conforme relatou, au-mentaram os níveis de violência geral no país. Desde 2007, segundo ela, a taxa de homicí-dios de mulheres – os “femicídios” – tem fi-cado em torno de 4,1 por grupo de cem mu-lheres, isto é, 4 mil mulheres assassinadas anualmente no país. O Rio Grande do Sul, conforme a parlamen-tar, ocupa a 18ª posi-ção nesse ranking. “São

Deputada Zilá Breitenbach fala durante audiên-cia Pública da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), do Congresso Nacional, que

investiga a violência contra a mulher

índices que deveriam envergonhar todos os gestores e todas as instituições públicas”, afirmou a parlamentar.

A senadora destacou que o RS foi o último estado brasileiro a assi-nar o Pacto Nacional de Enfrentamento à Vio-lência contra as Mu-lheres, o que ocorreu, segundo ela, em maio do ano passado. Disse que, a partir de então, observou-se uma mu-dança de atitude. Além da assinatura do pacto, ela saudou iniciativas como a criação da Se-cretaria estadual de Políticas para as Mu-lheres e da Frente Par-lamentar de Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, o projeto Promotoras Legais Populares e a campanha Ponto final pelo Fim da Violência. Antes de iniciar a série de questionamentos acerca da situação das mulheres no Estado e das medidas que vêm sendo tomadas, citou dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, segundo a qual foram registrados, no

ano passado, 763 ho-micídios de mulheres, 35,5 mil agressões cor-porais e 1087 estupros.

O secretário de Se-gurança Pública do Es-tado, Airton Michels, observou que o Brasil, apesar da afabilidade, “é um país violentís-simo”, o quinto mais violento do mundo. É um país, segundo ele, onde se mata por ba-nalidades. Para o se-cretário, enquanto não se resolver o problema da violência contra a mulher não se terão resolvido os demais ti-pos de violência. Con-forme o secretário, entre os assassinatos de homens, 85% ocor-re por meio de armas de fogo, enquanto nos assassinatos de mulhe-res esse índice cai para 48%. Uma das medidas de combate à violência destacadas pelo secre-tário foi a criação da Patrulha Maria da Pe-nha, que deverá atuar em situações previsí-veis, a fim de evitar as chamadas “mortes anunciadas”. Foto: Marcelo Bertani | Agência ALRS

Programa Gaúcho de Microcré-dito é lançado em Santa Rosa

A Administração Municipal através da Secretaria de Desen-volvimento Econômi-co, juntamente com a Secretaria de Estado da Economia Solidá-ria e apoio à Micro e Pequena Empresa- SESAMPE lançou o Programa Gaúcho de Microcrédito.

O lançamento acon-teceu durante a 19ª Feira Nacional da Soja – Fenasoja, e contou com a presença de lideranças políticas, empresariais e comu-nidade.

O microcrédito pro-dutivo e orientado é direcionado para mi-croempreendimentos com o objetivo de es-timular ações empre-endedoras como al-ternativas de crédito para as pessoas físicas e jurídicas, formais e informais que dese-jam abrir, ampliar ou obter capital de giro para um pequeno ne-gócio.

Na ocasião, esteve presente o Secretário de Economia Solidá-ria e apoio a micro e pequena empresa do Estado, Maurício Dziedricki, que falou da importância do Programa aos micro e pequenos empresá-rios.

O Programa dispo-nibiliza linhas de cré-ditos de até R$15mil com taxa de juro de 0,64% ao mês, com prazo de pagamento em até 24 meses.

Em Santa Rosa a exe-

Programa incentiva micro e pequenas empresas a se desenvolverem e saírem da informalidade.

cução do Programa, que é coordenado pelo Banrisul, é fei-to pelo município e a Cresol, agente finan-ceiro local.

Na ocasião, o Prefei-to, Orlando Desconsi ressaltou que esse é mais um programa que acredita nos so-nhos das pessoas. “Queremos oportuni-zar que os sonhos e projetos dos nossos munícipes se tornem realidade e, dessa for-ma, também fomen-tar o desenvolvimen-to e crescimento do município”, afirma.

Durante o lançamen-to foram entregues os primeiros seis che-ques, como alternati-va de crédito para os empreendedores.

Para Maria Marlene Weschenfelder, que trabalha há 25 anos na produção de pães, cucas, massas, etc. esse apoio vem facili-tar o trabalho. “Com esse dinheiro vou comprar um forno a gás e uma amassa-deira, aumentando e

facilitando o meu tra-balho”, afirma. Maria comenta que preten-de ampliar a produ-ção de 6 para 18 cucas em uma fornada.

“Com a adesão ao Programa, estamos oportunizando que o pequeno empreende-dor tenha acesso ao financiamento com pequena taxa de juro e desta forma consiga ampliar e crescer na sua atividade, aumen-tando a renda familiar e contribuindo para o desenvolvimento do município e região”, afirma o Secretário de Desenvolvimento Eco-nômico, Valmir Pudell.

Os interessados em adquirir o financia-mento podem dirigir--se a Secretaria de D e s e n v o l v i m e n t o Econômico na Prefei-tura ou junto a Cre-sol. Mais informações podem ser adquiridas no telefone (55) 3511-5100, ramal 369.

Fonte: Assessoria de Comunicação Pre-feitura Municipal de Santa Rosa

Foto: Pacheco Fotografias

Page 11: Jornal Cruzeiro Maio de 2012

SANTA ROSA • Maio de 2012 11Geral

Valmir [email protected]

O caso Pensador

Bairro Cruzeiro

Associação Turma do Alambique confraterniza com hermanos.

Associação Turma do Alambique, do bairro Cruzeiro, re-cebeu no dia seis de maio os hermanos argentinos para uma confraternização. Os amigos, brasileiros e argentinos, passam o dia reunidos jogando futebol sete e forta-lecendo laços de ami-zade.

A idéia é que o en-contro se realize ou-tras vezes, tanto no Brasil quanto na Ar-gentina e as distân-cias se encurtem.

Nas partidas de fu-tebol cada time troca todos seus jogadores em cada tempo. As-sim todos jogam e a partida assume ares de festividade, sem competição. “Não im-porta vencer ou per-der, o que vale é parti-

cipar, confraternizar e divertir-se”, dizem.

Após o termino dos jogos foi servido um almoço e a festa conti-nuou ao som da Ban-

da Alto Astral, com animação de Douglas.

Este intercâmbio aconteceu por inicia-tiva de Marcos Gre-gory que estuda na

Argentina.O presidente da as-

sociação, Vanderlei dos Santos, agradece a todos os participan-tes.

Clube Sete de Setembro – Programação para maio

Dia 18 de maio o clube organizará um bingo beneficente.

Dia 19 baile da segunda idade com início às 23h.

 O caso envolvendo Gabriel Pensador e a prefeitura de Bento Gonçalves teve mais um capí-tulo esta semana. Ao acatar o pedido de liminar em ação civil pública do Ministério Público da cidade, a Justiça da Comarca suspendeu o contrato entre o mu-nicípio e a Hip Hop Empreendimentos Aristicos LTDA, em-presa agenciadora do artista Gabriel Pensador. Os valores pagos (e que valores} deverão ser devolvi-dos e o prefeito Roberto Lunelli deverá exibir todos os documentos relativos à contratação.  A ação, assinada pelo promotor de justiça, Alécio Nogueira, foi necessária porque a Prefeitura não reme-teu a documentação no prazo assinado pelo promo-tor e não comprovou a rescisão do contra-to, que no site da Prefeitura estava ativo até a última sexta-feira.O argumento principal empregado na ação foi a quebra do princípio da economicidade, pois o custo total da Feia - de 09 a 20 de maio - seria de R$ 220 mil, sendo que o patrono, Ga-briel Pensador, rece-

beria “apenas” R$ 170 mil.  Conheci Gabriel Pensador em 2009, quando participamos juntos da Feira do Livro de Pelotas. Homem de uma capa-cidade intelectual incomensurável, Ga-briel é capaz de con-tagiar a todos pela sua maneira simples de ser, sem aquele exibicionismo de alguns autores que pensam ser - só pensam - o que não são.  A propósito, estou desde já me colocan-do à disposição da Prefeitura de Bento Gonçalves para quem sabe tam-bem vir a ser patrono de uma edição da Feira. Sin-ceramente eu não me importaria em rece-ber R$ 170 mil da cachê, não mes-mo. Dica de leitura:  Se tem um livro que merece destaque, é “Caminhando na Chuva”, do meu conterâneo Charles Kiefer.É o típico livro difícil de se ler uma vez só. Eu até já perdi as contas de quantas vezes o li. Escrito em primeira pessoa, o livro é conduzido de maneira simples, di-reta e bem humorada. Dá gosto de ler!

Page 12: Jornal Cruzeiro Maio de 2012

SANTA ROSA • Maio de 2012Geral

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dois banheirosSala superior, com três salas internas, ba-

nheiro e sacada.

Aconteceu nos dias 08 e 10 de maio as home-nagens às mães do Colégio Concórdia. Foram noites maravilhosas, repletas de muito cari-nho, emoção, afeto e amor. Cada turma fez sua apresentação especial, baseados no tema

Mamãe, Minha Estrela. As noites foram re-cheadas de cantos, danças, poesias, coreogra-fias, declamações, que encheram de alegria os corações ansiosos e cheios de expectativa das mamães. Foi muito lindo ver as crianças se esforçando ao máximo, para que a apre-sentação ficasse linda e emocionante. Muitas lágrimas rolaram, estreitando mais um pouco as relações entre mães, filhos e escola. O Co-légio Concórdia procurou promover de forma especial o dia das mães, justamente por ser uma oportunidade maravilhosa de trabalhar os laços afetivos tão necessários para o esta-belecimento de relações humanas saudáveis. Fica registrado também o esforço e a dedica-ção empreendida pelas professoras Clarice, Ana Carolina, Ângela, Josiane, Margarete, Margaret, Angélica, Keli, Eliane, Juliane, Ra-quel, Camila e Rosicleidi, bem como ao Pastor

Fernando, à professora Roberta e à coordena-dora Ângela e ao colega da música Andréas. O esforço e a dedicação da equipe de trabalho foi plenamente reconhecido pelas manifesta-ções das mães após as apresentações, o que motiva para o esforço da melhoria contínua.