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Ceará em Brasília Ceará em Brasília CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA Impresso Especial 9912205638/DR/BSB Casa do Ceará em Brasília CORREIOS Jornal da Casa do Ceará Ano XXIII - 239 - Maio de 2012 www.casadoceará.org.br Editorial, pág. 2 Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, O amor não é aquilo que..., pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá - Avenida Beira Mar, pág. 3 Régis Frota lançou Ensaios de Literatura e Cinema na Casa do Ceará, pág. 4 Rendimento médio do cearense cresceu 9,01% entre 2007/10, pág. 4 Anúncio de José Lírio, pág. 4 Rotary Club do Crato prepara centenário de José Colombo de Sousa, pág. 5 Anúncio da Marquise, pág. 5 Documento - Viva a irreverência cearense! Viva Quintino Cunha!, pág. 6 Leituras I - artigo de JB Serra e Gurgel, Acopiara – Nertan Holanda Gurgel. Auto retrato de um homem simples pág. 7 Luiz Evaldo Gonçalves Leite e Francisco Gomes de Moura tomam posse no Tribunal de Justiça do Ceará pág. 7 Leituras II - artigo de Wilson Ibiapina, Um cearense na guerra, pág.9 Anúncio do Uniceub, pág. 9 Anúncio do Governo do Estado do Ceará, págs. 10 e 11 Leituras III - artigo de Wilson Pereira, O menino do Choro, retalhos de lem- branças. A primeira geladeira ninguém esquece, pág. 12 Outra desgraça paraense. Ceará fatura alto com exportação do açaí paraense, pág. 12 Leituras IV - artigo de Lustosa da Costa, Frio em Brasília, pág. 13 Anúncio da Confere, da Confederal, pág. 14 Leituras V - artigo de Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Grasiela Teixeira Barroso: ícone da enfermagem no Ceará, pág. 15 Copa 1914. Orgulho solitário da Copa. Castelão é o único estádio com obras dentro do prazo, diz consultor, pág. 15. Quixeramobim sediará o Hospital e Maternidade Regional do Sertão Cen- tral, pág. 16 Após vandalismo, estátuas de Iracema serão restauradas, pág. 16 Tribunal de Justiça intima 15 municípios a regularizar precatórios, pág. 16 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Pecém: Empreendimentos no CIPP duplicarão PIB Cearense, pág. 17 Cronograma do Aquário do Ceará será acelerado, pág. 17 Governo garante R$ 2,7 bilhões para combate à seca no Nordeste, pág. 17 Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág. 17 Página da Mulher - artigo de Regina Stella, Seca: a tragédia se repete, pág.18 Receitas da Culinária Cearense, pág 18 Caminhada tem impacto positivo contra depressão, diz pesquisa, pág. 18 Leituras VI - Humor Negro & Branco, Frases famosas, pág. 19 Fórum Senado Brasil 2012 discute “analfabetismo científico” em seu primei- ro debate e lança cordel sobre físico brasileiro, pág. 19 Anúncio do Beach Park, pág. 20 Leia nesta edição Festa Junina da Casa do Ceará será em 30 de junho. Leia mais na pág. 20 Ministro pernambucano quer tirar BNB do Ceará e afundar o DNOCS. Leia mais na pág. 5 Ceará lembra o centenário do maestro Eleazar de Carvalho. O XIV Festival Eleazar de Carvalho na Unifor será em julho. Correios lançam selo e carimbo. Eleazar esteve à frente das maiores orquestras do mundo. Leia mais na pág. 8 Ministro César Rocha completa 20 anos no STJ, que incluiu sua foto na galeria dos ex-Presidentes e lançou uma coleção de livros jurídicos. Leia mais na pág. 13 “Fizemos uma revolução silenciosa no STJ. Foram mais de 430 mil processos digitalizados, cerca de 180 milhões de folhas que deixaram de ocupar espaço e de tomar tempo” Fernando Cesar na Academia Cearense de Literatura e Jornalismo. Leia mais na pág. 4 O Governador Cid Gomes não para de fazer inaugurações atendendo o interior do Estado. O CEO de Itapipoca atenderá os municípios de Amontada, Miraíma, Trairi, Tururu, Uruberatama e Umirim. Já o CEO de Limoeiro do Norte atenderá 11 municípios, beneficiando 216 mil habitantes. Cid entregou a 88ª Escola Profissional em Parambu. Em 2008, foram entregues 26 escolas. Hoje 96 estão em funcionamento com 31 mil estudantes. Em 2014, serão 140 escolas.

Jornal Maio 2012

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Jornal da Casa do Ceara

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Ceará em BrasíliaCeará em BrasíliaCORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

ImpressoEspecial

9912205638/DR/BSBCasa do Ceará em Brasília

CORREIOS

Jornal da Casa do Ceará Ano XXIII - 239 - Maio de 2012www.casadoceará.org.br

Editorial, pág. 2Expediente, pág. 2Espaço Luciano Barreira, O amor não é aquilo que..., pág. 2Conversando com o Leitor, pág. 2Samburá - Avenida Beira Mar, pág. 3Régis Frota lançou Ensaios de Literatura e Cinema na Casa do Ceará, pág. 4Rendimento médio do cearense cresceu 9,01% entre 2007/10, pág. 4Anúncio de José Lírio, pág. 4Rotary Club do Crato prepara centenário de José Colombo de Sousa, pág. 5Anúncio da Marquise, pág. 5Documento - Viva a irreverência cearense! Viva Quintino Cunha!, pág. 6Leituras I - artigo de JB Serra e Gurgel, Acopiara – Nertan Holanda Gurgel.

Auto retrato de um homem simples pág. 7Luiz Evaldo Gonçalves Leite e Francisco Gomes de Moura tomam posse no

Tribunal de Justiça do Ceará pág. 7Leituras II - artigo de Wilson Ibiapina, Um cearense na guerra, pág.9Anúncio do Uniceub, pág. 9Anúncio do Governo do Estado do Ceará, págs. 10 e 11Leituras III - artigo de Wilson Pereira, O menino do Choro, retalhos de lem-

branças. A primeira geladeira ninguém esquece, pág. 12Outra desgraça paraense. Ceará fatura alto com exportação do açaí paraense,

pág. 12Leituras IV - artigo de Lustosa da Costa, Frio em Brasília, pág. 13Anúncio da Confere, da Confederal, pág. 14Leituras V - artigo de Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Grasiela Teixeira

Barroso: ícone da enfermagem no Ceará, pág. 15Copa 1914. Orgulho solitário da Copa. Castelão é o único estádio com obras

dentro do prazo, diz consultor, pág. 15.Quixeramobim sediará o Hospital e Maternidade Regional do Sertão Cen-

tral, pág. 16Após vandalismo, estátuas de Iracema serão restauradas, pág. 16Tribunal de Justiça intima 15 municípios a regularizar precatórios, pág. 16Anúncio da Nacional Gás, pág. 16Pecém: Empreendimentos no CIPP duplicarão PIB Cearense, pág. 17Cronograma do Aquário do Ceará será acelerado, pág. 17Governo garante R$ 2,7 bilhões para combate à seca no Nordeste, pág. 17Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág. 17Página da Mulher - artigo de Regina Stella, Seca: a tragédia se repete, pág.18Receitas da Culinária Cearense, pág 18Caminhada tem impacto positivo contra depressão, diz pesquisa, pág. 18Leituras VI - Humor Negro & Branco, Frases famosas, pág. 19Fórum Senado Brasil 2012 discute “analfabetismo científico” em seu primei-

ro debate e lança cordel sobre físico brasileiro, pág. 19Anúncio do Beach Park, pág. 20

Leia nesta edição

Festa Junina da Casa do Ceará será em 30 de junho. Leia mais na pág. 20

Ministro pernambucano quer tirar BNB do Ceará e afundar o DNOCS. Leia mais na pág. 5

Ceará lembra o centenário do maestro Eleazar de Carvalho. O XIV Festival Eleazar de Carvalho na Unifor será em julho. Correios lançam selo e carimbo. Eleazar esteve à frente das maiores orquestras do mundo. Leia mais na pág. 8

Ministro César Rocha completa 20 anos no STJ, que incluiu sua foto na galeria dos ex-Presidentes e lançou uma coleção de livros jurídicos. Leia mais na pág. 13

“Fizemos uma revolução silenciosa no STJ. Foram mais de 430 mil processos digitalizados, cerca de 180 milhões de folhas que deixaram de ocupar espaço e de tomar tempo”

Fernando Cesar na Academia Cearense de Literatura e Jornalismo. Leia mais na pág. 4

O Governador Cid Gomes não para de fazer inaugurações atendendo o interior do Estado. O CEO de Itapipoca atenderá os municípios de Amontada, Miraíma, Trairi, Tururu, Uruberatama e Umirim. Já o CEO de Limoeiro do Norte atenderá 11 municípios, beneficiando 216 mil habitantes.

Cid entregou a 88ª Escola Profissional em Parambu. Em 2008, foram entregues 26 escolas. Hoje 96 estão em funcionamento com 31 mil estudantes. Em 2014, serão 140 escolas.

Page 2: Jornal Maio 2012

Ceará em Brasília2Maio/12

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Edit

oria

l

Estamos completando cinco anos à frente do Jornal Ceará em Brasília, seguindo os passos firmes do mestre Luciano Barreira.

Não reinventamos a roda.Apenas imprimimos conceitos novos.O principal deles é que neste jornal só fala em

Ceará. Foram 60 edições e mais 1.200 páginas dedicadas ao Ceará, aos cearenses, à cearensidade, ao cearês, com raras exceções. Certamente, nunca se escreveu tanto sobre Ibiapina, Acopiara, Sobral, Crato, Fortaleza...Mas todos os municípios cearenses foram citados.

Acompanhamos com alegria as mudanças ocor-ridas no Ceará, que nos colocaram na liderança do Nordeste. Não apenas no turismo, com o im-ponente centro de convenções, no esporte, com o novo Castelão, mas na indústria, no comércio exterior, na infraestrura, com o metrô e o Pecém, que está recebendo Refinaria e Siderúrgica, na saúde, com os hospitais regionais e transplantes, na educação, com duas novas universidades federais, na inovação da energia solar e eólica. Tudo sob a visão de Estado e de gestão pública eficiente do governador Cid Gomes.

Mostramos a vocação empreendedora e inova-dora dos cearenses, dos seus empresários no Ceará e em Brasília, pelo Brasil, como os grupos M. Dias Branco, Edson Queiroz e J. Macedo, Marquise.

Destacamos os cearenses que brilharam longe e dentro de nossas fronteiras.

Registramos, com paixão, o projeto Fausto Nilo para uma nova virada urbanística, paisagística e arquitetônica para mais 50 anos de Casa do Ceará em Brasília.

Confirmamos aquilo que Wilson Ibiapina lapidou: “a gente sai do Ceará, mas o Ceará não sai da gente”; aquilo que Paes de Andrade cunhou: “o Brasíl é gran-de, mas o Ceará é maior”; o que Paula Ney anunciou: “pelo Brasil eu mato, pelo Ceará eu morro”.

Tudo feito com seriedade, objetividade, transpa-rência, grandeza, em nome de um voluntariado que é uma causa justa e digna.

Inacio de Almeida (Baturité), Diretor

Expediente

Conversando com o Leitor + Com esta edição, a equipe liderada por Inácio de

Almeida, Anamelia Custódio Mota, de Tauá, sobre a matéria de Francisca Clotilde, sua conterrânea, escreveu: “ ótima notícia! Muito grata. Li com prazer, inclusive, os demais artigos, entre os quais a Homenagem a Chi-co Anysio, Centenário de Waldema Alcântara, sobre o Metrô de Fortaleza e o Aeroporto de Aracati, etc. O “meninas de Brasília “Se os políticos fazem greve, nós quebramos as pernas”.

+ No mês de abril, nossa audiência registrou 4.082 visitas à nossa página na internet, com 9.210 visuaiza-ções de página e 48,36% de taxa de rejeição. Cursos, policlínica, odontoclínica, notícias e blogs são as páginas mais visitadas.

+ Tivemos 4.028 visitas de brasileiros de 95 cidades, principalmente de Brasília, Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Belém,Goiania, Porto Alegre, Curitiba e Campo Grande.

+ Tivemos 54 visitas de pessoas que moram em 12 paises, inclusive Estados Unidos, França, Portugal, Espa-nha, Uruguai, Costa do Marfim, Reino Unido e Paraguai.

+ A página da Casa do Ceará no Facebook mantém uma média de 300 acessos semanais, o que é muito bom.

+ Neste mês de maio, por exemplo, a página foi visitada e “curtida” pelo Deputado Distrital Chico Leite, ex-deputado e ex-ministro Paulo Lustosa, Pedro Cassimiro, Telma Cristina, do Banco Central, escritora

Anamélia Mota, de Tauá. Você pode acessar a partir da página inicial deste jornal na web. E deve principalmente recomendar aos amigos.

+ Recebemos o Binóculo, de abru, com artigos de Dias da Silva, Dimas Macedo, José Costa Matos, Fátima Lemos, Vicente de Paulo Lemos, Maria Linda Lemos Bezerra, Batista de Lima.

+ Recebemos o jornal da Academia de Letras e Artes do Ceará, edição de abril/maio/junho de 2012, com artigos de Juarez Leitão sobre José Maria Barros Pinho, Francisco Galvão Filho, José William Bezerra e Silva, Maurício Manoel Santos da Silva, Maria do Socorro Cavalcanti e Amaury Neves Marinho. Grato ao presidente Zelito Nunes Magalhães, que vem de ser reeleito e empossado presidente da Academia.

+ Recebemos do jornalista Frota Neto: “Obrigado por abrigar no Jornal da Casa do Ceará, em tão belo espaço, o ECIPS. Estou também indo agradecer ao Ibiapina, que foi quem a me dar o alerta a partir do DNO Memorial nas Ipueiras vale também para os ipueirenses em Brasília, seus pais, seus avós, e eles mesmo. Se a pessoa desejar, o Memorial copia a foto e / ou o documento e devolve o original. Quanto a objetos, o Memorial recebe em doação, coloca nele placa de identificação do doador, a quem pertenceu época de uso, desde que seja um objeto de valor sentimental e histórico, e não seja objeto de valor monetário muito alto (problemas de evitar atrair cobiça, portanto, de segurança). Valeu!”.

Espaço Luciano BarreiraO amor não ilumina o seu caminho. O nome disso

é poste.O amor é outra coisa.O amor não é aquilo que supera barreiras.O nome disso é gol de falta.O amor não faz coisas que até Deus duvida.O nome disso é Lady Gaga.O amor não traça o seu destino.O nome disso é GPS.O amor não te dá forças para superar os obstáculos.O nome disso é tração nas quatro rodas.O amor não mostra o que realmente existe dentro

de você.O nome disso é endoscopia.O amor não atrai os opostos.O nome disse é imã.O amor não é aquilo que dura para sempre.Isso é a Hebe Camargo.O amor não é aquilo que surge do nada e em pouco

tempo está mandando em você.Isso é Dilma Rousseff.O amor não é aquilo que te deixa sem fôlego.O nome disso é asma.O amor não é aquilo que te faz perder o foco.O nome disso é miopia.O amor não é aquilo que te deixa maluco, te fazendo

provar várias posições na cama.Isso é insônia.O amor não faz os feios ficarem pessoas maravilhosas.

O nome disso é dinheiro.O amor não é o que o homem faz na cama e leva a

mulher à loucura.O nome disso é esquecer a toalha molhada.O amor não é aquilo que toca as pessoas lá no fundo.O nome disso é exame de próstata.O amor não faz a gente enlouquecer, não faz a gente

dizer coisas pra depois se arrepender:O nome disso é vodka.O amor não faz você passar horas conversando no

telefone.O nome disso é promoção da TIM/OI/VIVO/CLARO...O amor não te dá água na boca.O nome disso é bebedouro.Amor não é aquilo que, quando chega, você reza para

que nunca tenha fim.Isso é férias.O amor não é aquilo que te alegra mas depois te de-

cepciona.Isso é pote de sorvete.O amor não é aquilo que entra na sua vida e muda tudo

de lugar.O nome disso é empregada nova.O amor não é aquilo que te deixa bobo, rindo à toa e

sem saúde .O nome disso é maconha.O amor não é aquilo que gruda em você mas quando

vai embora arranca lágrimas.O nome disso é cera quente.

Fundada em 15 de outubro de 1963Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e

Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca)Diretoria

Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Fernando Cesar Moreira Mesquista (Fortaleza), 1º vice; José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza),

2º vice; Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Administração e Finança; Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Planejamento e Orçamento; Fer-nando Gurgel Filho (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado

da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Angela Maria Barbosa Parente (Fortaleza), Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico.

Conselho Fiscal Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José

Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Antônio Florêncio da Silva (Fortaleza), Edivaldo

Ximenes Ferreira (Fortaleza) e José Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do Ceará

Fundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá)Conselho Editorial

Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras),

Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides

(Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza),

Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama),

Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza).Diretor

Inacio de Almeida (Baturité) Editores

JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina)[email protected] / [email protected]

Editoração EletrônicaCasa do CearáDistribuição

Antonia Lúcia GuimarãesCirculação

O jornal não se responsabiliza por textos assinados.Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF

CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br

Page 3: Jornal Maio 2012

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br3 Maio/12

Críticas: Firme a resposta do Procurador

Roberto Gurgel aos que queriam envolver ele e sua mulher, a subprocuradora Claudia Sampaio Marques, nas zoeiras do Cachoeira. “Coisa de mensaleiro”, disparou. O generalato do PT acusou o golpe. Gurgel que teria uma hora para acusar os mensaleiros no Supremo ganhou cinco. E deu mais um tiro: “o Ministério Público não se abala com intrigas, boatos e pressões”.

ConfrariaO 54º almoço da Confraria dos Cearenses foi realizado

na casa do Reitor do CEUB, Getúlio Lopes (Sete Lagoas/MG), presentes os presidentes da Confraria, Geraldo Vasconcelos (Tianguá) e Osmar Alves de Melo (Iguatu), Fernando Cesar Mesquita (Fortaleza),1º vice presidente da Confraria e da Casa, procurador Roberto Gurgel (For-taleza), ministro Valmir Campelo (Crateús), procurador José Adonis Callou de Sá (Juazeiro do Norte), ministro Claudio Santos (Parnaiba/PI), embaixador, deputado e ministro Paes de Andrade (Mombaça), jornalistas Ary Cunha (Mondumbim/Fortaleza),Wilson Ibiapina (bia-pina), Tarcisio Holanda (Fortaleza), JB Serra e Gurgel (Acopiara), Jorge Cartaxo (Crato), Genesio Araújo (Fortaleza), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Rangel Cavalcante (Crateús), advogado Estênio Campelo (Crate-ús), com seu filho Guilherme, prof. Jair Ximenes (Cariré) com seu filho Jair Ximenes Jr., tributarista Evandro pedro Pinto (Fortaleza), prof. Regis Frota (Fortaleza), médico Francisco Machado (Pedra Branca), e do CEUB, prof.José Edmar de Lima (Sobral), Rafael Lopes, Geraldo Rabelo, diretor financeiro, Mauricio de Souza Neves Fiho, Seretário Geral, José Carlos Vidal, treinador time de basquete, João Herculino Fiho, Rafael Aragão Souza Lopes e advogado Alexandre Amorim.

Aeroporto de JuazeiroCom dez voos diários é grande o padecimento dos

juazeirenses, dos caririenses e dos nordestinos que che-gam ou partem de Juazeiro. A Infraero como todo o setor aeronáutico civil está caindo aos pedaços. Antes culpavam o governo do Estado de travar o aeroporto. Inventaram puxadinhos, coisa da Delta, para remendar as coisas. Deu tudo errado. Este ano, passarão pelo aeroporto sucateado 500 mil passageiros. D. Dilma está mal assistida pela Infraero, ANAC e Secretaria de Aviação Civil.

Varas do TrabalhoO senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) informan-

do a aprovação do Projeto que criou e cinco Varas do Trabalho na jurisdição do Tribunal Regional do traba-lho da 7ª Região, com sede na cidade de Fortaleza. As novas varas serão para as cidades de Aracati, Eusébio, Caucaia, Juazeiro do Norte e Sobral. A iniciativa tam-bém cria cinco cargos de juiz do trabalho, 40 cargos efetivos de analista judiciário, 20 cargos efetivos de técnico judiciário e mais 45 cargos comissionados.

Alargando o domínioO Beach Park comunica oficialmente o arrendamen-

to do Oceani Resort, localizado a apenas 500 metros de distância do complexo turístico, a partir de 1º de junho.

SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Adsum/CratoA Associação dos ex-Semina-

ristas do Seminário São José, do Crato, relutam em aceitar a re-núncia do presidente João Teofilo Pierre (Sobral). Se ocorrer, a Ad-sum será presidida por José Jezer de Oliveira (Crato), ex-presidente da Casa do Ceará, que enviou ao João email, dizendo: “Recebi, com surpresa, com humildade, e muita honra a sugestão do Mons. Bosco feita a você no sentido de eu assumir a presidência da Associação.” Jezer acredita que a entidade poderia ser presidida por residentes no Crato, como João Bosco, Cysne, Ronald, Cabral, Plínio, Bebeto, Welington, que as-seguram tranquilidade ao presidente. Acrescentou: “Não estou correndo da raia não. Estou com medo. Todavia, ter meu nome lembrado por Bosco constitui para mim uma honra, sem falsa modéstia. Aceitamos a tarefa, com o propósito de recorrer ao mestre (João Pierre) sempre que necessário”. Jezer terá como braço direito o irmão Chico Pedro que sempre vai ao Crato de três em três meses”.

AquapuraO grupo hoteleiro português Aquapura acaba de

apresentar ao Governo do Ceará um projeto para a construção de um complexo imobiliário de R$ 290 mi-lhões, a desenvolver em parceria com a empresa Juriti. O empreendimento foi apresentado ao governador do Estado do Ceará, Cid Gomes. O empreendimento, que deverá receber investimentos de R$ 290 milhões, vai gerar cerca de 3.300 empregos diretos e mais 10.000 indiretos. Segundo o grupo, há cinco anos que o projeto está a ser estudado. O objetivo é que as obras sejam iniciadas em junho deste ano e o complexo comece a operar em 2014.

EscolhidosO líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE),

negou ao deputado Antonio Reguffe (DF) sua pretensão de integrar a CPI do Cachoeira. Miro Teixeira (RJ) e Vieira da Cunha (RS) representarão o partido. Reguffe é neto de Expédito Machado. Miro Teixeira está enrolado com Cachoeira. André Figueiredo não foi consultado sobe a escolha do deputado Brizola Neto para o Ministério do Trabalho. Nem ele nem o presidente do PDT.

Velhas históriasOutra do Macário Batista: “Juntaram-se aos

copos, Wilson Ibiapina, Paulo Oliveira, Silvio Leite, Nelson Faheina e o locutor que vos fala (Macário Batista) a em tarde festiva em Fortaleza. Contadores de história pariram um livro”. Não era para menos.

Medalha Miranda LimaO presidente da Casa do Ceará,Osmar Alves de Melo,

recebeu em 29.05, a Medalha Miranda Lima, outorgada pelo Conselho Seccional do DF da OAB aos que “se hajam distinguido por mérito ou relevante serviços pres-tados à OAB, à Jutiça, ao Direito e à cidadania”. Foi na sessão solene das comemorações dos 52 anos da OAB/DF no Brasília Palace. O diploma está assinado pelo Grão Mestre e pelo Chanceler, Francisco Queiroz Caputo Neto e Raul Freitas Pires de Saboia.

Antonio Matias recebeu O Cearense PaidéguaO empresário Antonio

Matias (Coremas/PB), um dos sócios do grupo Gasol, o maior grupo de distribuição de derivados do petróleo no Centro Oeste, recebeu o diploma de Cearense Paidégua que lhe foi outorgado pela Diretoria da Casa do Ceará. Do evento, nas dependências da Gasol, participaram o presidente Osmar Alves de Melo, o 1º vice, Fernando César Mesquita, diretor de Administra-ção e Finanças, Evandro Pedro Pinto e o diretor de Cultura, Fernando Gurgel Filho. Osmar ressaltou a colaboração do Grupo Gasol com a Casa do Ceará, bem como o interesse de seus principais dirigentes Antonio Matias, agraciado com o titulo de Cearense Paidégua, e Elson Cascão, empossado como membro do Conselho de Consultivo da Casa do Ceará.

Bilhete de Ayrton Rocha,O jornalista cearense Fernando Milfont lança no Rio

seu livro O saco de dólares.A yrton Rocha, velho amigo de Fernando, lembra que ele é sociólogo e escritor. Foi o principal redator do Repórter Esso, ainda na Rádio Nacional, com Heron Domingues. Atuou como editor de O Globo, Jornal do Brasil, Última Hora e Agência JB. Trabalhou também como adido cultural do Brasil na em-baixada do Brasil em Washington. Com 86 anos de idade, mora no Rio continua em plena forma física e intelectual.

O SACO DE DÓLARES, que dá título ao livro, está mais para uma pequena novela onde ocorre uma dis-cussão filosófica sobre a existência de Deus. Os demais contos são curtos, leves, mas nem por isso destituídos de emoção. Enfocam personagens de ficção, calcados em pessoas reais, cujo mau caráter se assemelha, nas aven-turas narradas. Um dos contos é baseado numa história de Machado de Assis – “A missa do galo” - cujo final é reescrito à la Nelson Rodrigues.

Tira GostoO restaurante da Zena foi o campeão do concurso “Co-

mida De Buteco com a famosa bolinha de carne. Segundo a organização, durante os 17 dias do evento em Fortaleza, oito mil pessoas deram nota para os petiscos, higiene do lugar, atendimento e temperatura da bebida em 19 esta-belecimentos. O tira gosto do Tronco do Gaúcho ficou em segundo e o do Flórida Bar em terceiro lugar.

EscritoresO jornalista Nelson Faheina está concluido um novo

livro com causos e histórias engraçadas vividas por ele e por amigos. Já o jornalista Ciro Saraiva prepara livro sobre O Jornal, que foi frundado por Bonaparte. Maia. Durou pouco mas foi um marco na imprensa cearense, inovando na diagramação e no formato.

Chuva de R$ 5,7 bi no CEO governador Cid Gomes se reuniu com os secretários

estaduais e diretores de órgãos e vinculadas para a realização da primeira reunião de 2012 para avaliar o Monitoramento de Ações e Programas Prioritários (MAPP). A previsão inicial de investimentos chega a R$ 5,7 bilhões.O MAPP 2012 já conta com um novo sistema contábil, o S2GPR. Foram analisadas ações com previsão para 2013 e 2014. “Meu desejo é que este ano a gente já faça toda a programação até 2014, para que tenhamos mais tempo para planejar e maior antecipação para poder trabalhar a execução de todas as ações previstas para este mandato”, disse.

Page 4: Jornal Maio 2012

Ceará em Brasília4Maio/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Há 40 anos

Regis Frota lançou “Ensaios de Literatura e Cinema” na Casa do Ceará

O prof. Regis Frota (Fortaleza) lançou seu último livro “Ensaios de Cinema e Literatura” na Casa do Ceará, em 23.05, com apresenta-ção do Ministro Ubi-ratan Aguiar. Antes, o livro fora lançado em Santiago do Chile, onde vive sua filha, Sarissa Carneiro, autoridade latino-americana em literatura colonial (1500-1580).

Regis Frota é professor de Graduação e de Pós-Graduação em Direito da UFC, membro vitalício das Academias For-talezense de Letras (AFL) e da Academia Sobralense de Estudos e Letras (ASEL).

As orelhas do livro foram escritas por Juarez Leitão nestas estão que é advogado, economista, cineastra, com mestrado e doutorado pela Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, onde viveu de 1994/1998. Possui diploma de livre docência em Direito pela UVA (Sobral-CE), cursa, desde 2010, um MBA em Direito Constitucional pela Samford University (Birmingham-Alabama-EUA), em Cumberland School of Law. Em 1970, diplomou-se pela Universidade Católica de Minas Gerais em Cinema, tendo estagiado, em 1976, na Cinemathéque du Quebec (Canadá).

O lançamento de “Ensaios de Cinema e Literatura” foi saudado pelo ministro Ubiratan Aguiar (Cedro), que ressaltou a importância de sua obra e sua determinação de superar o desafios, presentes os diretores da Casa do Ceará Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), que lhe deu as boas vindas, JB Serra e Gurgel (Acopiara), Francisco Machado da Silva (Pedra Branca) e o diretor deste jornal, Inácio de Almeida (Baturité).

Rendimento médio do cearense cresceu 9,01% entre 2007/10

O rendimento mé-dio do cearense, no período 2007/2010, cresceu (taxa acumu-lada) 9,01%, passando de R$ 967,78 para R$ 1.054,96, resultado que superou o índice do Brasil, que ficou em 6,10%. É o que revela o trabalho Enfoque Econômico (nº 34), intitulado de “Rendimento do Trabalhador Formal 2007/2010”, do Instituto de Pesquisa e Estratégica Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado, que acaba de ser divulgado.

Na análise do rendimento médio do trabalhador por “se-tores e atividades selecionadas” (indústria, construção civil, comércio, serviços e administração pública e agropecuário), o documento mostra que a construção civil apresentou o maior ganho real nas três esferas de comparação: Ceará, Nordeste e Brasil. Em 2007 o rendimento médio do cearense na construção civil era de R$ 731,88 e passou para R$ 865,61 em 2010, representando variação de 18,27%, superando a do Brasil, de 12,92%.

O documento revela ainda que o ritmo de crescimento da economia cearense, ao longo dos anos 2007 a 2011, determinou uma expansão no mercado de trabalho. No período acumulado de 2007 a março de 2012, a geração de empregos formais chegou a 287,38 mil vagas. Analisando o salário por faixa, percebe-se que a maior concentração de trabalhadores, tanto em 2007 quanto em 2010, ganhavam entre 1,01 a 1,50 salário mínimo, com respectivamente, 48,44% e 49,75%. Observa-se também que as faixas de 0,51 a 1,00 e 2,01 a 3,00 salários mínimos foram as que ampliaram suas participações.

Fernando César Mesquita, 1º vice presi-dente da Casa do Ceará em Brasília e Secretá-rio de Comunicação Social do Senado Fe-deral, tomou posse, em Fortaleza, como membro da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, na Cadeira Nº 2, que tem como patrono perpétuo Perboyre e Silva, seu tio, por longos anos presidente da ACI, tendo na platéia, entre outros, colegas radicados em Brasília, Wilson Ibiapina, Silvio Leite e Lustosa da Costa, e radicados em Fortaleza, Lúcio Brasileiro, Nelson Faheina e Egídio Serpa.

Presentes à solenidade: ex-governador Lúcio Alcântara, integrantes da família do novo acadêmico e do jornalista Perboyre e Silva, acadêmico Lindival de Freiras Júnior, da Academia Cearense de Letras, irmãos Barros de Oliveira, grandes amigos de Fernando César: José Edmilson e José Edmar Barros de Oliveira, Embaixador, ministro e depu-tado Paes de Andrade, todos os acadêmicos da ACLJ que dignificam a sua cátedra cardinal, mantendo-se em dia com as suas obrigações acadêmicas, salvo os que comunicaram com antecedência a sua impossibilidade de comparecer, e mandaram o seu representante pessoa, acadêmico Augusto Borges, Presidente de Honra da ACLJ, ex-senador e Prof. Cid Carvalho, Ex-deputado Haroldo Sanford, empresário Fran-cisco Mirto, João Rodrigues Neto, diretor jurídico da Casa do Ceará em Brasília, assessoras do Senado, Erika Freire e Virginia Galvez, empresário Flávio Parente Júnior Secretá-rio de Imprensa e Divulgação do Presidente Sarney, depois organizador e primeiro presidente do IBAMA, Governador de Fernando Noronha e Secretário de Turismo do Maranhão, diretor de Comunicação Social do Senado Federal.

Fernando Cesar na Academia Cearense de Literatura e Jornalismo

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Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 5 Maio/12

Ministro pernambucano quer tirar BNB do Ceará e afundar o DNOCS

A bomba explodiu no blog de Roberto Moreira, no Diário do Nordeste, em 02.05 “Fernando Bezerra quer acabar com o Banco do Nordeste:

O pernambucano Fernando Bezerra, ministro da Integra-ção Nacional, não ceita o estado do Ceará abrigar a sede do BNB. Para ele o nordeste é Pernambuco. Fernando Bezerra está acabando com o DNOCS que também tem sede no Ce-ará. As obras de transposição do São Francisco se arrastam, muitos trechos estão parados. Ele não tem interesse!”

Realmente, os pernambucanos sempre protestaram contra as sedes do BNB e do DONCS ser em Fortaleza, e não na decadente cidade do Recife.

Fernando Bezerra já foi duramente acusado de privilegiar Pernambuco e o seu quintal, de Petrolina, com recursos do Mi-nistério. Já foi fritado pela Presidenta Dilma, por causa disso e por causa dos escândalos no DNOCS, mas continua na corda bamba.

A nova tentativa terá fortes resistências. Desgraçadamente, o DNOCS vem sendo implodido pouco a pouco, por má gestões da banda podre do PMDB do Rio Grande do Norte.

Roberto Moreira no mesmo dia, 02.05, publicou outra nota: “Danilo Forte defende capitalização do BNB

A capitalização do Banco do Nordeste caminha para um consenso na analise da MP 564, que tem o deputado Danilo Forte como Relator. O aporte adéqua o capital do Banco ao Acordo de Basileia, e está sendo negociado pelo Relator com a Casa Civil e Ministério da Integração Nacional. A outra questão que afeta o Banco do Nordeste para a qual ainda não há unidade de pensamentos diz respeito ao fim da exclusividade nas operações do FDNE. No Ministério da Integração Nacional, há uma corrente que defende a medida por entender que a competitividade irá beneficiar o tomador final do empréstimo. E no próprio banco, bem como por parte de alguns parlamentares do Nordeste, há um entendimento de que a partilha das operações implica também na partilha dos riscos, o que, em último caso, beneficia o Banco”.

Rotary Club do Crato prepara centenário de José Colombo de Sousa

Em reunião realizada em 02.03, o Rotary Club do Crato abriu, solenemente, a contar dessa data, o Ano do Centenário de Colombo de Sousa, a comemorar-se no dia 2 de março de 2012, data do aniversário daquele que foi o grande batalhador pela extensão da energia elétrica gerada pela usina de Paulo Afonso à região do Cariri, no extremo sul do Ceará, uma batalha que se estendeu pouco mais de uma década.

Tudo teve início quando, no ano de 1949, o professor José Colombo de Sousa, à frente de um grupo de concludentes do curso de Admi-nistração e Economia, visitou as instalações da usina hidrelétrica do São Francisco. Ali, surpreendentemente, constatou que a região do Cariri, pela sua localização geográfica, estaria inclusa no raio de ação da CHESF, para efeito de receber a energia a ser por ela gerada. Ao retornar à Fortaleza, Colombo de Sousa, através de entrevista ao jornal O POVO, deu a conhecer o fato, ao que se supõe ainda não do conhecimento das autoridades governamen-tais do Ceará. Em face da repercussão da entrevista, o professor Colombo foi convidado pelo Rotary do Crato a proferir palestra sobre o tema, que deu origem a aguer-rida campanha em favor da eletrificação do Cariri, a qual mobilizou as classes mais representativas da sociedade caririense, principalmente das cidades de Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte. Em reunião na sede do “Clube dos

Doze”, em Juazeiro, com a presença de Colombo de Sousa, fundou-se o Comitê Pró-Eletrificação do Cariri, presidida pelo médico Hil-degardo Belém de Figueire-do, do Juazeiro, e integrada por representantes do Crato e de Barbalha. O objetivo era dar suporte ao trabalho do professor Colombo jun-to às autoridades federais e à Diretoria da CHESF, tanto que, acompanhados do professor, os membros do Comitê foram recebidos,

em duas oportunidades, no Palácio do Catete. A primeira audiência foi com o presidente Getulio Vargas e a segunda com o presidente Juscelino Kubitschek, tendo ambos manifestado apoio ao Programa de Eletrificação do Cariri. Na audiência com Juscelino, Colombo de Sousa já estava investido do cargo de Deputado Federal pelo Ceará e autor da maioria dos recursos no Orçamento da União para a concretização do grande sonho da região caririense.

O fato é que no dia 28 de dezembro de 1961, – embora com cinco anos de atraso da data inicialmente prevista: dezembro de 1957 – a energia sanfranciscana chegou ao Cariri. A festa de comemoração da chegada se deu em Juazeiro, prestigiada pela presença do governador do Estado, de representante do Presidente da República, de Ministros de Estado, parlamentares, inúmeras outras autoridades e a quase totalidade dos prefeitos da Região. (José Jézer de Oliveira)

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Ceará em Brasília6Maio/12

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Viva a irreverência cearense! Viva Quintino Cunha! Começou pela Internet uma campanha que pretende

divulgar a memória de Quintino Cunha, precursor da molecagem cearense.

A preocupação de quem iníciou a campanha procede. Hoje, a maioria dos cearenses não sabe quem foi Quintino Cunha. Nem mesmo os moradores do bairro que leva o seu nome o conhecem. Vamos divulgá-lo para que ele não caia no esquecimento.

CASA DE QUINTINO CUNHA EM ITAPAJÉO poeta Quintino Cunha nasceu em Itapagé, Ceará,

em 1873 e faleceu em Fortaleza, em 1943. Emigrou para o Amazonas durante o ciclo da borracha onde passou a publicar seus textos nos jornais locais da época. Foi com o poema “Encontro das Águas” que o poeta ficou mais conhecido:

“Vê bem, Maria, aqui se cruzam: este É o rio Negro, aquele é o Solimões. Vê bem como este contra aquele investe, Como as saudades com as recordações.

Vê como se separam duas águas, Que se querem reunir, mas visualmente; É um coração que quer reunir as mágoas De um passado as aventuras do presente. É um simulacro só, que as águas donas Desta terra não seguem curso adverso. Todas convergem para o Amazonas, O real rei dos rios do universo;

Para o velho Amazonas, Soberano Que, no solo brasileiro, tem o Paço; Para o Amazonas, que nasceu humano, Porque afinal é filho de um abraço!

Olha esta água, que é negra como tinta; Posta nas mãos, é alva que faz gosto; Da por visto o nanquim com que se pinta, Nos olhos, a paisagem de um desgosto.

Aquela outra parece amarelaça; Muito, no entanto, e também limpa, engana;É direito a virtude quando passaPela flexível porta da choupana.

Que profundeza extraordinária, imensa, Que profundeza mais que desconforme! Este navio é uma estrela suspensa Neste céu d´água, brutalmente enorme.

Se estes dois rios fôssemos, Maria, Todas as vezes que nos encontramos, Que Amazonas de amor não sairia De mim, de ti, de nós que nos amamos...”

Quintino foi advogado, escritor e poeta. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Ceará em 1909, e a partir de então começou a exercer a profissão de advogado criminalista.

Foi deputado estadual na década de 1910, mas logo desistiu da carreira de político e encabeçou a campanha do Bode Ioiô para Vereador de Fortaleza, fazendo o animal tirar votos suficientes para ser eleito, caso possível fosse.

Ficou bastante conhecido por seu estilo irreverente e carismático, também lembrado pelas anedotas que con-tava. É tido como o mais lendário de nossos humoristas literários, o maior de nossos poetas cults. Excêntrico sem ser esnobe. Feio, mas cativante. Eternamente esquecido, sempre resgatado, figura ao lado dos grandes mestres do

improviso literário ferino, como Bernard Shaw, Quevedo e Swift, sendo considerado pelo crítico Agripino Grieco “o maior humorista brasileiro de todos os tempos”.

Menino ainda, Quintino Cunha foi convidado a passar uns dias das suas férias na casa de dois coleguinhas de co-légio. Lá chegando, na Sexta feira à noite, foi muito bem recebido pelo dono da casa e pelos serviçais. Apesar disso, passaram-se as horas e nenhuma comida era servida.

Passou-se assim o sábado, no mesmo modelo. No do-mingo ele não aguentou. Com as tripas revirando de fome vestiu as calças pulou a janela, mas deixou um bilhete:

“Adeus casinha da fome Jamais me verás tu

Aqui criei ferrugem nos dentes “E teia de aranha no cu”.

Conhecido e até hoje contado pelos frequentadores da Praça do Ferreira, o causo da defesa do deficiente físico conhecido apenas como Francisco, apelidado de “Chico Mêi Cu”, foi uma das mais famosas proezas de Quintino Cunha.

Nos anos 20, um pobre deficiente físico, sem pai nem mãe, mancava pelas ruas do centro da pequena Fortale-za, onde fazia os biscates que lhe davam o pouco para

Documentoo sustento. Encabulado, quieto e calado, aparentava não dar importância ao canelau que mangava à sua passagem: “Chico Mêi Cu!”, “Chico Mêi Cu!”, “Chico Mêi Cu!”. Foram anos de chacotas.

Certa feita, num ato de cólera, Francisco fez uso de uma peça cortante que transportava, e matou um de seus mais ferrenhos mangadores. Foi detido e de imediato levado à cadeia pública, onde ficou por um tempo aguardando julgamento.

No dia do juízo, atendendo às súplicas dos que roga-vam pela libertação de Francisco, em defesa deste, fez-se presente diante do Júri o renomado advogado Quintino Cunha. Após as interlocuções vigorosas da promotoria, que pedia condenação com pena máxima para o réu, o Juiz deu a vez da defesa, à qual Quintino deu início:

- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu tenho a dizer que... (Pausa).

Após alguns segundos de pausa, ele repete: - Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor,

Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu tenho a declarar que... (Nova pausa).

Após os novos segundos de pausa, ele torna:- Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor,

Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu poderia falar que...

De imediato o Juiz esbraveja:

- MAS QUANTA DEMORA! O SENHOR IRÁ OU NÃO DAR INÍCIO À DEFESA?

Ao que Quintino replica: - Repare só, Meritíssimo: Não faz sequer um minuto

que eu só me dirijo a vós de forma respeitosa, e já provo-quei vossa inquietação. Agora imagine Vossa Excelência, o que deve ter passado pelas idéias do pobre Francisco, após todos esses anos de achincalhamento e mangoça pública.

Seguindo, Quintino Cunha deu continuidade ao dis-curso de defesa. E com toda a eloquência e poder de convencimento que lhes eram peculiares, conseguiu a absorvição do réu.

O filho dele, Plautus Cunha, conta num livro de ane-dotas do Quintino que um dia ele entrou numa repartição do governo - Comissão de Estradas e Rodagens. O tesou-reiro, que no momento contava dinheiro, quis impedir a sua entrada.

- Não pode entrar, aqui é uma Repartição!- Então cheguei em boa hora. Reparta comigo, diz o

poeta.Mas, o tesoureiro insiste:- Doutor Quintino, isto aqui é uma comissão!- Melhor ainda. Diz o poeta. - Quero “comer” também!O renomado médico Álvaro Otacílio Nogueira, sempre

ficava à espreita de algum deslize de Quintino Cunha. No meio de uma conversa entre vários intelectuais vislum-brou a oportunidade de jogar-lhe uma “casca de banana” e provocou o poeta dizendo:

- Quintino diz aí três dessas besteiras que tens mania de falar.

Pausadamente Quintino respondeu: - Álvaro, Otacílio, Nogueira.Quem visitar o cemitério São João Batista, em Fortale-

za, terá a oportunidade de ler esta inscrição em sua lápide:“O PAI ETERNO,/SEGUNDO A HISTÓRIA SAGRA-

DA/ TIROU O MUNDO DO NADA,/ E, EU NADA TIREI DO MUNDO”

Texto e edição: Wilson Ibiapina (Ibiapina),jornalista.Originalmente o texto publicado no blog Conversa Piaba,do autor.

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Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br7 Maio/12

Leituras IAcopiara - Nertan Holanda Gurgel. Auto retrato de um homem simples

Por JB Serra e Gurgel(*)

Meu pai está fazendo 95 anos bem vividos. Quando fez 90, em 2007, escreveu: “o que é isto? São 32 mil 872 dias e 12 horas, o mesmo número de auroras (Hoje, em 2011, quando faz 95 anos, terão sido 34 mil 675 dias). Lembro o velho sítio Recanto (de seus pais Francisco Gurgel Valente e Aurélia Holanda Gurgel), o cantar do galo, orques-trado pelos pássaros silvestres, era um embalo. O cheiro de fumaça do bagaço de cana queimando na fornalha, ao iniciar a lida, o aboio do tangedor de bois ao redor do engenho.Tudo me cheirava bem. Até uma roupa de couro pendurada no cambito perto da minha rede era o perfume da jitirana das quebradas da serra. Que saudades”.

(Não imaginava viver mais do que seu pai, meu avô, Francisco, nascido em 23.08.1893 e morto em 20.07.1988, com 94 anos 11 meses e 3 dias. Quan-do chegou aos 94, sempre que me ligava, dizia que poderia viver mais, mas teríamos que aguardar. Seu avô, meu bisavô, Henrique Gurgel do Amaral Va-lente, o Vovô do Rio, nascido em Aracati, Patriarca da família Gurgel do Amaral Valente de Acopiara, onde morreu, viveu 89 anos, (1865-1954), deixando cerca de 1.600 descendentes. Hoje, é mais velho dos descendentes do Patriarca).

“Nasci em Lages, depois Afonso Pena e hoje Acopiara, em 8 de junho de 1917, numa sexta-feira às 23 horas. Meu pai, senhor de engenho, foi um dos últimos coronéis do sertão que partiram desta vida. No dia 25 de agosto de 1940, contraí matrimônio com uma moça de Tauá, filha do senhor Nelson Nunes Serra e Tereza Aragão Serra. Maria Serra, como era conhecida, foi uma grande esposa, uma boa mãe, mulher de fibra, trabalhadora e de vontade própria. Eu, comerciante pobre com fama de rico.

“Em 1939, teve início a 2ª, Guerra que terminou em 1945. Meu capital era muito pouco e o da firma

constituía-se de dinheiro do papai e dinheiro a juros de Almerinda Gurgel Guilherme (tia Neném) e da sra. Felícia Holanda Guilherme. Tinha nesse tempo em minha loja (A Casa dom Bosco na Rua Marechal Deodoro, a casa dos ricos e dos pobres...) um bom estoque de tecidos, chapéus e brinquedos (vende por preço barato, fazendas, rendas e bicos). As lojas em Acopiara eram muitas.

“Foi nessa época que o barco da vida entrou em mares agitados. Ondas gigantes, vagas profundas, vento uivantes sacudiam a nau. Por pouco não fui ao fundo. Os preços dos tecidos baixaram 40% e por isso muitos foram à falência, principalmente comerciantes de tecidos em grosso e retalho. Somente passados quase dois anos, consegui aprumar a nau, entrando novamente em águas serenas.

“Aconteceu que Higino Alves Teixeira, cearense nascido em Acopiara, que negociava em Ipixuna, no Maranhã, veio de muda para Acopiara e montou uma loja vizinha à minha. Tornamo-nos amigos e até compadres. Conversa vai, conversa vem, acordamos em comprar arroz no Maranhão para vender no Ceará. Logo de início, tivemos bons lucros. Montamos uma usina de beneficiamento em Pedreiras, Maranhão. Chegamos a ter quase quatro mil sacas de arroz es-tocadas, parte paga e parte por pagar. Mas por conta do excesso de produção no Rio Grande do Sul, com incremento nas vendas para o Rio de Janeiro, os preços despencaram e o prejuízo foi arrasador: 300 mil cruzeiros (muito dinheiro na época).

‘O barco da vida, a nau que navegava em águas tranqüilas, mergulhou de vez em mares bravios. Por um momento não sabia se estava na proa ou na propa. Era como uma cabaça deslizando em um rio cauda-loso e encachoeirado. Resolvi desistir da sociedade no Maranhão, saí de Acopiara e vim definitivamente para Fortaleza.

“A nau estava novamente em águas serenas, mas enfrentando tempestades! De início abri uma mer-

cearia na Parquelândia. Não deu certo. Comprei um bar na Castro e Silva. Logo mudei de ramo e abri um restaurante. Depois passei para um açougue e, em seguida, para uma casa de peça para carros. Por últi-mo um depósito de material de construção, no bairro de Antonio Bezerra, que comprei do primo Henrique Gurgel de Souza.

“Em 1966, minha filha Tereza ficou noiva, contraindo matrimonio no dia 31 de dezembro do mesmo ano. Para custear as despesas do casamen-to, vendi o depósito. Foi nessa ocasião que passei de patrão a empregado adotando a profissão de vendedor.

‘Vendia supercal, pó de pedra e granito, minérios e calcáreos, do Sr. Amauri de Castro, tijolos furado, PM e combogós, da Cosmac de Sobral, bombas King, do Sr, Ivan de Castro, armadores de embutir do Sr. Cri-santo, armadores de gancho do Sr, Zacarias, dobradi-ças e ferrolhos do capitão Nunes, sacos de plástico da Plastinion de São Paulo. Comecei a ganhar dinheiro. Deixei o mar das incertezas por um porto seguro. Sai do aluguel, comprei minha casa e cheguei a comprar carro zero, telefone, TV.

“Hoje viúvo, desde que Maria partiu, em 1995, vivo no meu apartamento, no Montese, recebo minha modesta aposentadoria, meus dez filhos estão me-lhores do que eu. Uns em Fortaleza, outros em São Paulo (SP), Niterói (RJ), Linhares e Vila Velha (ES) e Macapá (AP). Tenho 30 netos 16 bisnetos. Muitos dos netos bem encaminhados, ocupando, criando, buscando seus espaços, com competência e fazendo a diferença, o que me orgulha e agradeço a Deus por tudo. Nada tenho a reclamar, pois nada me falta. O que tenho para partir desta vida é suficiente.”.

JB Serra e Gurgel (Acopiara) jornalista e escri-tor, filho, com Nertan Holanda Gurgel (Acopiara), 95 anos, uma vida de lutas, desafios, decência e dignidade.

Luiz Evaldo Gonçalves Leite e Francisco Gomes de Moura tomam posse no Tribunal de Justiça do Ceará

Os magistrados Luiz Evaldo Gonçalves Leite e Francisco Gomes de Moura tomaram posse como desembargadores do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), em (11/05). A solenidade, conduzida pelo presidente do Judiciário estadual, José Arísio Lopes da Costa, contou com a presença de familiares, amigos e autoridades.

“Firmamos o compromisso de continuarmos o nosso trabalho, agora no 2º Grau, sempre exercendo-o com ética e respeito a todos, principalmente aos jurisdiciona-dos, cientes e conscientes da impermanência da vida”, afirmou Luiz Evaldo Leite, que assume pelo critério

de merecimento.O desembargador também falou em nome de Fran-

cisco Gomes de Moura, empossado pelo critério de antiguidade. “Temos as mesmas origens do interior, cujos pais nos legaram um tesouro de grande valor, qual seja, o caráter, a dignidade e o respeito por nossos semelhantes”.

O discurso de saudação aos novos integrantes do Tribunal foi feito pelo desembargador Francisco Sales Neto. “Vossas Excelências, no esplendor ascencional das respectivas carreiras, deixam o Juízo Monocrático onde brilharam com inteligência, talento e coragem, e

chegam ao colegiado que, na assertiva de Calamandrei, foi inventado para permitir aos juízes uma certa com-panhia na solicitude de sua independência”, afirmou.

Participaram da solenidade o procurador-geral adjun-to do Estado do Ceará, Diogo Rodrigues de Carvalho, representando o governador Cid Gomes; o procurador--geral do Município, Martônio MontAlverne, represen-tando a prefeita Luizianne Lins; o procurador-geral de Justiça do Ceará, Ricardo Machado; a defensora pública geral do Estado, Andréa Maria Alves Coelho; o diretor do Fórum Clóvis Beviláqua, juiz José Krentel Ferreira Filho, entre outros.

Page 8: Jornal Maio 2012

Ceará em Brasília8Maio/12

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Ceará lembra o centenário do maestro Eleazar de Carvalho. O XIV Festival Eleazar de Carvalho na Unifor será em julho. Correios lançam selo e carimbo. Eleazar esteve à frente das maiores orquestras do mundo.

A música erudita no Brasil deve muito a Eleazar de Car-valho. Durante mais de 50 anos seu nome e seu vigor, físico e intelectual, orientaram músicos, orquestras e instituições culturais. Esteve presente em tudo que de importante foi feito no Brasil na área musical neste período. Além do Brasil – que nunca abandonou – teve a mais brilhante carreira internacional que um maestro pode almejar. Regeu as principais orquestras do mundo e ensinou em grandes escolas americanas. Mas sempre voltou. Dizia: “o meu lugar é aqui!”

O InícioNascido em Iguatu, interior do Ceará em 1912, filho de

uma descendente de índios tabajaras e de um capitão do exército e pastor presbiteriano, Eleazar de Carvalho dizia que devido aos seu gênio ’inquieto´ seu pai o mandara, aos 11 anos de idade, para a Marinha, o que na época equivalia a uma escola correcional. Foi na banda da escola que a sua ligação com a música começou. “Observei que a comida servida às crianças que tocavam na banda era melhor. Apresentei-me embora não tocasse qualquer instrumento. Sou músico por gulodice…”

Tocou tuba em diversas corporações da Marinha. Em 1928, já no Rio de Janeiro, estudava solfejo e harmonia e participava da Banda dos Fuzileiros Navais. No ano seguinte, fez concurso para a Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Para prestar o concurso teve que sair da Marinha e perder todos os direitos adquiridos. Passou a tocar na or-questra e segundo ele “em quase todos os bailes”. Fazia parte do American Jazz, com Almirante, Donga e Pixinguinha e estudava regência com Francisco Mignone na Escola de Música do Rio de Janeiro. Terminado o curso compôs a ópera O Descobrimento do Brasil que estreou no Municipal do Rio em 11 de junho de 1939, regida pelo autor.

Fundação da Orquestra Sinfônica BrasileiraNesta época, a visita de Toscanini ao Brasil com a Orques-

tra da NBC, entusiasmou os professores da Escola de Música do Rio de Janeiro. Eleazar e alguns companheiros arregi-mentaram músicos nas escolas do Rio, que estava repleta de bons profissionais refugiados da guerra. Assim, foi formada a Orquestra Sinfônica Brasileira regida pelo húngaro Szenkar e tendo Eleazar de Carvalho como assistente

América“Desde 45, a idéia de ir para os Estados Unidos me domina-

va. E em 46, ao ser apresentado ao Ministro João Alberto que me ofereceu a possibilidade de ser apresentado na América, percebi que havia chegado a hora.”

O Maestro chegou aos Estados Unidos disposto a reger uma das 3 grandes orquestras americanas: Boston, Filadélfia ou Nova York . Foi recebido com o maior ceticismo e chama-do de maluco. Depois de bater em muitas portas, finalmente recebeu um convite para reger no Carnegie Hall, mas, dizia o maestro, era um convite e uma maldição. “Na frente do prédio iria a minha foto vestido de índio! Não aceito, respondi desapontado. E acrescentei: há muito tempo não visto tanga.”

Difícil de dobrar procurou em seguida ninguém menos que Eugene Ormandy, regente da Philadelphia Symphony Orchestra. Recebeu um conselho – Vá para o Arizona. Você precisará de 15 ou 20 anos para chegar aqui!

Mas Eleazar de Carvalho não estava disposto a esperar tanto. Informado que Sergei Koussewitzky – um dos maiores nomes da música – era diretor de uma escola de regentes e estava ministrando cursos naquele momento em Tanglewood, decidiu procurá-lo. No entanto, os cursos já estavam em an-damento e o maestro não recebia ninguém. “A minha vontade era tanta que usei de um estratagema. Afirmei que trazia uma mensagem do presidente do Brasil e que esta deveria ser en-tregue ao mestre. Fui recebido. – E a mensagem? Perguntou Koussewitzky. – É verbal, senhor. E apesar da reação de surpresa, continuei. – Peço-lhe cinco minutos à frente da orquestra. Se julgar que não tenho qualquer possibilidade, voltarei e viverei da caça e da pesca no meu país” . Aceito, Eleazar teve em Koussewitzky o mestre que marcou sua vida e sua carreira.

Em 1947, tornou-se assistente de Koussewitzky junto com Leonard Bernstein e regeu pela primeira vez a Sinfônica de Boston apenas um ano após ter chegado aos Estados Unidos. Desta experiência Eleazar guardava uma lembrança:

“ Confesso que não consegui me calar. Enviei a Ormandy uma cópia do meu contrato e dois ingressos acompanhados de um cartão meu onde escrevi: Veja onde já estou!” De Boston foi para Chicago e Nova York e meses depois foi chamado para substituir Charles Munch que adoecera e pode assim reger a Philadelphia Symphony Orchestra, a orquestra de Ormandy. Em 1951, um ano após a morte de Koussewitzky, assumiu a cátedra de Regência do Berkshire Music Center que dirigiu durante 16 anos. Neste período, assumiu a direção da Saint Louis Symphony Orchestra que dirigiu por 10 anos e onde regeu mais de 1000 concertos. Já consagrado como maestro, dirigiu a Pro Arte Symphony Orchestra em Nova York de 68 a 73.

Como professor percorreu as principais instituições ameri-canas. Lecionou regência na Washington University, Hofstra

University, Tampa University, Juilliard School of Music e foi também professor por vários anos da Yale University, onde recebeu o título de Professor Emeritus. Muitos dos seus alunos dirigem grandes orquestras pelo mundo, entre eles, Claudio Abbado, Zubin Metha, Seiji Osawa, Gustav Meier, David Wooldbridge, Harold Faberman e Charles Dutoit.

OSESP, uma paixãoNos quarenta anos seguintes Eleazar de Carvalho esteve à

frente das principais orquestras do mundo. As Filarmônicas de Berlim e de Viena e praticamente todas as grandes orquestras européias foram regidas por ele em programas que em geral incluem peças brasileiras, principalmente de Villa Lobos. Dirigiu durante seis semanas a Filarmônica de Israel em sua primeira excursão aos Estados Unidos.

Mas o seu principal compromisso sempre foi a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Fundada em 1954 e logo desativada a OSESP só ganhou vida a partir de junho de 1973 reorganizada por Eleazar de Carvalho. A frente da sua orquestra, que dirigiu até morrer, o maestro dedicou o me-lhor dos seus esforços. O desafio de criar em São Paulo uma orquestra do mesmo nível das orquestras internacionais que dirigira sempre foi o seu objetivo. Apesar dos seus esforços nem sempre obteve o apoio necessário e a OSESP muitas vezes tocou em espaços improvisados e sem as melhores condições. No final de sua vida quando as forças já lhe fal-tavam teve ainda energia suficiente para traçar as diretrizes da restruturação da OSESP e reger o primeiro concerto da

orquestra na Estação Júlio Prestes. Não pode realizar o sonho ver a orquestra numa sala à sua altura. Deu, porém, os passos decisivos para que isto acontecesse.

Texto da Fundação Eleazar de CarvalhoEm Fortaleza, O Centenário do Maestro 01 à 22 de julho

de 2012, na Unifor, no XIV Festival Maestro Eleazar de Carvalho - Direção Artística Sônia Muniz de Carvalho

Corpo DocenteRegência Orquestral Christopher Zimmermann (MM)

EUA; Regência Coral Emilio de César (MM) – BrasilRegência de Banda Marcos Aragão (MM)– Brasil;

Violinos Erich Lehninger (MM) Alemanha/Brasil, Sergei Arutyunyan (MM) Rússia, Tânia Camargo Guarnieri (prof) –Itália/ Brasil, Andy Bhasin (MM) – EUA; Viola Carlos Boltes (MM) – Chile-EUA, Yaroslav Kargin (MM) Rússia-EUA; Violoncelo Alexander Znachonak (MM) Rússia-Portugal, Antonio Guerra Vicente (MM) Brasil; Contrabaixo Robert Black (MM) –EUA; Flauta Janete Arms (MM) EUA; Oboé Charles Huang (DMA) China/EUA, Ling-Fei Kang (MM)Ca-nada; Clarinete Domingos Elias (prof) –Brasil; Fagote Thea Nicole Groth (MM) – EUA; Trompa Cisneiro Andrade (MM) Brasil; Trompete Derick Heliston (Prof) Brasil; Trombone Marcos Aragão (MM) – Brasil; Tuba Gian Marco de Aquino (prof.) –Brasil; Percussão Thierry Miroglio (MM) – França; Piano Paul Rutman (DMA) – EUA, Sonia Muniz (MM)- AD – Brasil; Piano Moderno e Contemporâneo Ancuza Aprodu (MM) Romênia/França; Canto e Técnica Vocal Luciana Mela-med – (MM) – Brasil/ Austria, Marcelo Okay (MM) – Brasil/Áustria; Pianista da Classe de Regência Orquestral Marcos Aragoni – (prof) –Brasil; Pianista da Classe de Coro Leila Carvalho (Profa) – Brasil; Pianista da Classe de Canto José Carlos Mota Jr. (Prof) – Brasil; Violão Clássico João Luiz Resende (prof) – Brasil; Assistente de Direção Artística Sergei Eleazar de Carvalho; Assistente de Regência Orquestral Ra-fael Luz – Brasil/EUA; Assistente de Regência Coral Eliseu Ferreira – Brasil. Convidados Especiais Quarteto de Cordas Eleazar de Carvalho, Cláudio Micheletti – violino, Sergei Eleazar de Carvalho – violino , Alexandre Bezerra – viola, André MIcheletti – violoncelo, Diogo Pacheco – maestro, Ludmila Vinecka – violino

Em IguatuA Prefeitura de Iguatu adquiriu 12 mil selos pela data

comemorativa do Centenário de Eleazar de Carvalho para postar suas correspondências. Selo e carimbo foram lançados pelos Correios, em Iguatu,

Durante o mês de maio, todas as correspondências postadas nesta cidade terão o carimbo com a foto estilizada, imagem de partituras e a inscrição “Centenário de Eleazar de Carvalho”. O selo traz foto e inscrição “Maestro Eleazar de Carvalho - 100 anos” e será usado em todas as correspondências enviadas pela Prefeitura no decorrer deste ano. Colecionadores e mora-dores também poderão ter acesso a esses selos. Considerado um dos maiores regentes da história do Brasil, Eleazar de Carvalho nasceu em Iguatu, em uma casa na Praça da Matriz de Senhora Sant´Ana.

O maestro Eleazar de Carvalho nasceu em Iguatu em 28 de junho de 1912 e começou os seus estudos musicais na Marinha, na Banda de Fuzileiros Navais. Pouco tempo depois já ingressava na Escola Nacional de Música, onde se formou com méritos.

Obteve formação com o maestro russo Sergei Koussevit-zky, em Tanglewood, Massachusetts, de quem foi assistente e depois diretor do Festival e da Orquestra Sinfônica de Tanglewood. Dirigiu por 24 anos a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e por 20 anos foi o diretor do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Foi professor de regência da Juilliard School e Yale University e detentor do título de diretor e regente Emeritus da Sinfônica de Saint Louis. Este-ve à frente das maiores orquestras do mundo: Orquestra de Boston, Filarmônica de Viena, Filarmônica de Israel e todas as importantes orquestras de países como França, Bélgica e Itália.

Com o repórter Honorio Barbosa, do Diário do Nordeste

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Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br9 Maio/12

Leituras IIUm cearense na guerra

Wilson Ibiapina (*)

Esse tal de comunismo já deu muito trabalho aos americanos. Quando Fidel assumiu o comando em Cuba, em 1959, você não imagina o tamanho do temor de que o comunismo tomasse conta da América Latina.

O presidente Kennedy criou a Aliança para o Progresso para ten-tar frear o avanço das esquerdas na região. Nos anos 60, os americanos viam o Nordeste brasileiro como re-gião perigosa. Achavam que a miséria e a atuação de cearenses como dom Helder Câmara, dom Fragoso e Mi-guel Arraes, assim como a do pernambucano Chico Julião fertilizavam as idéias maxistas. Durante dez anos os americanos despejaram no Nordeste dólares, leite em pó e muitos jovens.

Em 1968, Fortaleza ficou cheia desses rapazes e moças americanos que fugiam do serviço militar como o diabo da cruz. No mesmo instante em que eles desembarcavam por aqui com medo de ir pro Vietnam, um cearense chegava a Saigon, hoje Ho Chi Min, como correspondente de guerra.

Luís Edgar de Andrade é o úni-co jornalista cearense que cobriu a guerra do sudeste asiático. Levou na bagagem a experiência adquirida em redações de jornais do Ceará e do

Rio, nada que se comparasse ao que viveu durante o ano de 1968 na mais sangrenta guerra de guerrilha que se tem notícia.

Ele lembra que foram quase 2 mil repórteres que passaram por lá. Quarenta e oito morreram e 18 foram dados como desaparecidos.

Viu o companheiro brasileiro, José Hamilton Ribeiro, hoje repórter do Globo Rural, perder a perna. Estava apenas há 14 dias no Vietnam quando pisou numa mina.

Luís Edgar esperou mais de 30 anos para colocar suas lembranças de guerra num livro. E elas vieram em forma de romance, que acabo de reler.

Os correspondentes de guerra no Vietnam eram obrigados a usar o mes-mo uniforme dos soldados americanos. A diferença era que no lugar da arma usavam papel, caneta, máquina foto-gráfica. Edgar conta que o medo de ser apanhado por um vietcong fez alguns, como o filho do ator Errol Flynn, bordarem na farda a expressão bao chi. E obri-gou o resto dos correspondentes a pronunciar bao chi (imprensa), que na verdade queria dizer “não atirem”. O grito, em meio a batalhas significava, também e, principalmente, “imprensa, não me mate.” “Bao Chi! Bao Chi!” é o título do romance de Luís Edgar de Andrade, cearense de Fortaleza, formado em direito

J. F. KENNEDY

Luís Edgar de Andrade

José Hamilton Ribeiro perdeu a parte inferior

da perna esquerda ao co-brir a guerra do Vietnã.

Norma Couri

Luís Edgar

e filosofia e com pós-graduação em jornalismo na França.

Norma Couri escreveu no Jornal do Brasil: “Não se trata de uma repor-tagem nem de um livro de memória. É uma ficção que mistura o rigor da história de um jornalista tarimbado à glamourização e ao sexo ocasional que envolvem situações de muito perigo. Também trata de personagens reais, como o colega José Hamilton Ribeiro, além de Peter Arnet, que a guerra do Golfo consagraria, Oriana Falacci e outros menos conhecidos.”

São 284 páginas e o protagonista da história é o jornalista Miguel Arruda, que perde o emprego e lar-ga a namorada no Rio e parte para o Vietnam. Numa mesa de bar, ao longo do romance, Luís Edgar, como o personagem Miguel descreve sua adaptação à cultura e costumes do povo vietnamita, revelando bastidores do conflito e o segredo de uma cobertura.

Norma Couri diz que Bao chi, Bao chi traz sus-pense quase como num romance policial, mas relata situações verdadeiras vividas pelo correspondente. O livro mostra o ambiente de tensão, loucura, soli-dão e medo vivido pelos correspondentes.

Carlos Heitor Cony diz que o romance de Luís Edgar “só é comparável aos melhores textos de Hemningway, tanto na economia vocabular como na eficiência dos diálogos”. Como você deve lembrar, os americanos perderam a guerra.

Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista

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Ceará em Brasília12Maio/12

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Leituras IIIO menino do Choró

Retalhos de lembranças A primeira geladeira ninguém esquece

José Wilson Pereira (*)

Foi uma novidade a primeira geladeira a chegar ao Choró. Era movida a querosene. Todo mundo queria experimentar aquelas coisas geladas que nunca tinha visto ou sentido. Alguns tinham notícias de que em For-taleza se comia e bebia coisas geladas, frutas, refrescos, refrigerantes, cerveja, etc.

Sim cerveja gelada era o máximo, pois àquela época, a cerveja servida nas festas e nos forrós era ao natural ou como diziam, quente.

Naquele tempo, no Choró, o refresco era “esfriado” graças à criatividade daquele povo. Eles faziam uma geladeira rústica que consistia numa caixa de madeira que fora utilizada para acondicionar 2 latas, de 20 litros, de querosene; enchiam de areia fina do Rio Choró, molhavam bastante e enfiavam as garrafas ou litros de garapa (refresco) de maracujá, cajá ou fruta da época, naquela areia molhada e umedecida.

Salada de frutas gelada, então, nem se falava, era uma maravilha. Tanto assim, que merecia um pequeno cartaz feito a mão, em papel cartolina com os dizeres: “Temos salada de frutas gelada”. É bem verdade que a anunciada salada era composta de pouca variedade de frutas: mamão, laranja, banana, abacaxi, etc.

Outra coisa também nova era o picolé chamado de “doce gelado”, confeccionado artesanalmente e colo-cado nas formas de gelo do congelador da geladeira. Para chamar mais a atenção eram adicionadas algumas poucas gotas de anilina que davam uma aparência es-pecial. Para a garotada era o máximo, mesmo porque embora o picolé fosse pequeno, o preço era acessível, alguns tostões.

Essa primeira geladeira foi comprada pelo dono do único bar do lugarejo. Chamavam de bar porque, di-ferentemente da bodega, só vendia bebidas alcoólicas ou refrigerantes; café, bolacha, bombom e tinha uma mesa de bilhar. Não dispunha de sinuca. Era aquele bilhar simples de duas bolas brancas e uma vermelha. Ali, como diziam os mais antigos, reuniam-se os va-gabundos para beber cachaça e jogar. Às vezes corria um carteado às escondidas e também o jogo de bozó praticado com um ou dois dados. Esse era mais às claras e causava grande algazarra entre os contendores.

Era no bar que os jogadores do Santa Cruz Futebol Clube, comemoravam suas vitórias. O Santa Cruz era o único time de futebol do lugar que jogava partidas disputadíssimas com o arquirrival Gurany Sport Clube da cidade de Guarany, hoje Pacajús, sede do Município que tinha o Choró, hoje Chorozinho, como um de seus distritos. Alguns outros distritos eram Panelas, Barreiras e Timbaúba.

Figura marcante do time do Choró era o famoso “Tostão de Fumo”. Um negrão de cerca de 1m e 90 cm de altura, pele negra reluzente, muito forte e destemido. A sua agressividade na zaga era muito respeitada pelos adversários.

Assim, quando o time da casa ganhava, a comemo-ração era naquele único bar.

Com o advento da bebida gelada proporcionada por aquela primeira e bendita geladeira, era a glória suprema...

Por tudo isso, a primeira geladeira ficou até hoje nas lembranças do Menino do Choró.

(*) José Wilson Pereira (Vazantes, Aracioaba) Co-ronel reformado do Exército.

Outra desgraça paraense. Ceará fatura alto com exportação do açaí paraense.

Apesar do potencial, o Pará não consegue se projetar como grande fornecedor de açaí no mercado.

Que o nosso açaí já conquistou o Brasil e agora está conquistando o mundo, para deleite de consumido-res em alguns dos mais exigentes mercados do planeta, todos os paraenses (ou quase) já sabem. O que poucos sabem, por aqui, é que o Pará, também neste caso – como em tantos outros –, não está conseguindo se projetar como grande fornecedor no mercado internacional.

O Estado do Ceará, que não tem plantada uma única palmeira da espécie – a não ser, talvez, como peça orna-mental de algum jardim doméstico –, já é hoje o maior exportador brasileiro de suco de açaí para o exterior. A polpa congelada vai para uma indústria cearense, em tambores e embalagens plásticas de 25 kg. Lá o produto é processado industrialmente, adicionado a outros sa-bores, acondicionado em embalagem própria e a seguir embarcado para importadores dos Estados Unidos, da União Europeia e do Oriente Médio.

A informação é da presidente do Sindicato das Indústrias de Frutas e Derivados do Estado do Pará (Sindfrutas), Solange Mota. De acordo com a dirigente sindical, a indústria “Dafruta” é hoje a principal cliente dos produtores paraenses de açaí em polpa. E esse é um negócio que só tende mesmo a crescer, já que a indústria cearense compõe hoje, depois de sua fusão com uma antiga concorrente, a maior empresa do setor no mercado brasileiro.

O que aconteceu foi que a Maguary, antiga líder de mercado de sucos concentrados, juntou-se com a Dafru-ta, que era a vice-líder. Dessa união resultou a EBBA, Empresa Brasileira de Bebidas e Alimentos S/A, uma empresa que já nasceu com o maior mix de sabores de sucos concentrados do mercado brasileiro. Unificadas, elas decidiram ampliar os investimentos no mercado e no desenvolvimento de novos produtos.

Nesse novo cenário, o açaí tem uma posição de des-taque. Ele está presente no portfólio da EBBA/Dafruta compondo a embalagem Premium de um litro que a empresa exposta em dez diferentes sabores. Sete deles são puros: manga, goiaba, laranja, caju, pêssego, uva e maracujá. Os outros três misturam diferentes sabores, sendo um de laranja com acerola, o outro de caju com laranja e, por fim, o açaí com guaraná e banana – algo que, para o paladar bem paraense, deve soar como uma espécie de heresia.

Apesar de ter a sua produção direcionada em boa parte para o mercado cearense, o açaí continua sendo, mesmo assim, o carro-chefe da fruticultura em suas operações com o mercado internacional, respondendo por mais de 90% do volume exportado, segundo dados de 2009. No ano passado, segundo o Sindfrutas, as exportações do Pará em polpas de frutas somaram US$ 27,9 milhões, para um volume comercializado de 11,3 mil toneladas. O Estado fechou o ano em terceiro lugar. Em segundo, com US$ 28,1 milhões, ficou Sergipe e, em primeiro, com avassaladora superioridade, o Estado de São Paulo, com US$ 1,7 bilhão.

FRUTICULTURA LOCAL SE MANTÉM INCI-PIENTE

O Estado do Pará, de acordo com Solange Mota, tem uma extraordinária potencialidade para o desenvolvi-mento da fruticultura, mas essa atividade se mantém incipiente e continua sobrevivendo às duras penas por uma série de fatores. A pequena representatividade do

sindicato dá bem uma ideia da fragilidade do setor. Embora res-pondam por mais de 70% de toda a produção, apenas 15 empresas estão hoje associadas à entidade.

De acordo com Solange Mota, a produção comercial do açaí no ano passado alcançou a casa de 709.159 toneladas. Os princi-pais municípios produtores são Igarapé-Miri, Cametá, Abaetetuba

e Ponta de Pedras. De abacaxi o Pará produziu 240.693 toneladas, destacando-se como principais áreas de pro-dução Floresta do Araguaia (maior produtor nacional), Salvaterra, Santo Antônio do Tauá, Castanhal e Concórdia do Pará. A seguir, com volumes comercialmente pouco expressivos, vieram cupuaçu (41.247 toneladas), mara-cujá (26.313) e acerola (3.908). O muruci e o taperebá, cada um com cerca de 120 toneladas, a goiaba (restrita a Dom Eliseu) e o bacuri, com volume ainda muito pequeno, compõem a cesta de principais produtos da fruticultura paraense.

No caso específico do açaí, a dirigente sindical desta-cou que mais de 90% de toda a produção paraense tem origem nos açaizais nativos, típicos das várzeas e espe-cialmente abundantes nas nossas ilhas. Só recentemente começou a ser produzido no Pará o açaí de terra firme colhido em áreas de plantio nos municípios de Santa Isabel do Pará, Tomé-Açu e Santo Antônio do Tauá. O açaí plantado começa a frutificar com três anos e entra em produção plena aos sete anos.

ALTERNATIVAÉ com base nessa experiência, aliás, segundo ela, que o

Sindfrutas vem se empenhando, com apoio da Embrapa e das Federações das Indústrias e da Agricultura, em obter mudanças na legislação para permitir o desenvolvimen-to da fruticultura nos projetos de reflorestamento para recuperação de áreas degradadas. Além do açaí, seriam utilizadas também outras espécies com grande aceitação no mercado, como a acerola e o cupuaçu.

Solange Mota observou que a produção de açaí é pe-quena no primeiro semestre (cerca de 20%), que coincide com o período chuvoso na região, e cresce bastante no nos meses finais do ano, quando são colhidos 80% ou até mais de todo o volume produzido. Se a oferta abundante faz os preços caírem durante o verão, a entressafra que acontece no inverno traz como resultado a escassez e, com ela, a disparada dos preços, para desgosto dos consumidores.

A Embrapa, que vem colaborando com o sindicato e com os produtores de açaí, realizando estudos para orien-tar o plantio em terra firme, sem perdas de qualidade ou de produtividade, deverá contribuir para o que se espera venha a ser o fim dessas oscilações. A expectativa, segun-do Solange Mota, é que venha a se estabelecer no futuro uma situação de equilíbrio entre a oferta e a demanda. “Com isso podemos esperar a estabilidade dos preços, o que será muito bom tanto para a indústria quanto para os consumidores”, acrescentou.

PODER PÚBLICO NÃO INCENTIVA FRUTICUL-TOR NO ESTADO

A falta de políticas públicas direcionadas para o setor, dificuldades de crédito e logística precária, quando não inexistente, compõem alguns dos gargalos que inibem o pleno desenvolvimento da fruticultura no Pará, apesar das extraordinárias potencialidades que o Estado ofere-ce. “Infelizmente, o fruticultor não tem no Pará nenhum tipo de incentivo ou atenção do poder público”, afirma a dirigente sindical.

Texto publicado pelo Diário do Pará

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Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br13 Maio/12

Leituras IVFrio em Brasília

Por Lustosa da Costa (*) Acordei e senti frio. Eram 13 graus. No Plano

Piloto, sem arranha céus, com o vento equivalia a nove graus. Uma Sibéria para o sobralense. Que me deixou fraco até para fazer o que mais aprecio, que é escrever a coluna diária para o Diário do Nordeste, de Fortaleza. Já meu filho, Carlos Eduardo, habituado a viajar para Europa e Oceania, está em Buenos Aires e ali não sente frio.

O termômetro será uma questão de subdesenvolvi-mento? Ou não porque estamos tão bem na economia? Quando passei temporada de um ano e meio em Paris, não experimentei tal sensação. Talvez por causa do “chauffage”, dos vidros pesados das moradias. Ou por estar me abastecendo frequentemente, principalmen-te antes da cirurgia do coração, de vinho e champã nacionais.

ExilioJá há quem na família me proponha passar a tem-

porada de frio em Fortaleza, na casa de dona Dolores

onde não sinto frio nem calor. Seria uma questão de colinho. Se for, porém, mudar de moradia, a cada va-riação do termômetro, serei um caixeiro viajante. Não me ofereço para voltar à França porque com a idade tem aumentado o medo de avião que sinto desde o primeiro vôo. E que está crescendo até nos vôos domésticos.

GripeFiquei temeroso de ter gripado, depois de haver toma-

do a vacina belga contra a gripe. O médico, um velhinho simpático, de quase noventa anos, me cobrou apenas cinquenta reais. Além de ser companhia super-agradavel, o dr.Camões. O irmão de uma médica famosa disse que ele cobrou de mim menos que o preço de uma va-cina. Hoje, uma semana depois, não senti gripe. Não fui afligido pela gripe que até bem pouco me atacava, todos os meses, com precisão de relógio automático. Aí vocês, indagarão, como sei desta precisão se nunca usei tal equipamento?

RelógioHouve um tempo em minha vida em que andei apai-

xonado por uma senhorita que me proporcionava o que me faltava algures. No auge da paixão, ela me chegou

com presente, um relógio Mondaine. Não queria rece-ber o mimo, até que ela explicasse que o pai recebera um saco deles, vindo do Paraguay.

Comerciante de desobediência à burocraciaÉ que esqueci de contar que o pai de minha amada

era comerciante de importação e exportação. Isto sem burocracia, sem direitos alfandegários. Um precursor da desburocratização que a canalha dos jornais chamava contrabandista. Logo ele um bravo cujo sangue frio a herdeira exaltava, por entrar num avião cheio de polícias federais, naqueles tempos, com o cinto recheado de diamantes, sem sobroço, sem receio.

Outro relógioTempos depois jornalista político de expressão, em

Brasília, por trabalhar na sucursal de O Estado de S. Paulo ganhei outro relógio, presente do senador Hen-rique La Roque, do Maranhão. Quando estávamos no Senado, sua presença me obrigava a esconder a manga esquerda do paletó por não usar seu mimo. Só deixei de fazê-lo quando este grande homem público partiu.

(*) Lustosa da Costa (Sobral), jornalista e escritor

Ministro César Rocha completa 20 anos no STJ, que incluiu sua foto na geleria de ex-Presidente e lançou uma coleção de livros.

Nomeado em 1992 para o Supe-rior Tribunal de Justiça, o ministro Cesar Asfor Rocha completou, em 22.05, 20 anos de atividades ininterruptas no STJ. É o decano da Corte, com uma trajetória que teve o seu ponto mais alto nos anos de 2008 a 2010, quando presidiu o STJ e promoveu um “choque de gestão”, ao definir como priorida-des a modernização da estrutura, a racionalização das condutas e a agilização dos julgamentos.

Sob o seu comando, o STJ entrou definitivamente na era digita. O STJ conseguiu, em menos de dois anos, se tornar o primeiro tribunal no mundo a virtualizar todos os seus processos”. destacou o ministro.

RevoluçãoForam mais de 430 mil processos

digitalizados, cerca de 180 milhões de folhas que deixaram de ocupar espaço e de tomar tempo, tornando o trabalho mais fácil e rápido. Valores incalculáveis foram economizados em mobiliário, houve redução do tempo de duração do processo e milhares de hectares de árvores deixaram de ser derrubados.

“Fizemos uma revolução silenciosa. A confiabilidade na Justiça está atrelada à sua capacidade para solucionar conflitos, e o processo digital conferiu mais transparên-cia e agilidade a essa demanda”, afirmou Cesar Rocha.

Ministro que mais julgou no STJ Como julgador, Cesar Rocha coleciona também

números expressivos: de maio de 1992 até agora, de-cidiu, somente como relator, mais de 146 mil processos,

dos quais 140 mil apenas no STJ. No Tribunal Superior Eleitoral, seus julgados foram 4 mil processos, e no Con-selho Nacional de Justiça (CNJ), mais 2.795. Como vogal, participou do julgamento de mais 600 mil processos.

“Eu fiz, nesses 20 anos, o que era possível fazer. Todos que trabalham aqui sabem da minha absoluta dedicação, da preocupação, principalmente com os princípios que norteiam um tribunal de cúpula como o STJ. Foram mais de 140 mil processos julgados, que demonstram que realmente é muito trabalho. Sinto que correspondo à oportunidade que me foi dada, a de inte-grar um tribunal de alta qualificação, com tantos colegas

qualificados e empenhados, como é o STJ”, comentou o ministro.

Homenagem e lançamento de livros

O ministro Cesar Rocha foi homenageado com a aposição de seu retrato na Galeria dos Pre-sidentes do STJ, quando foram lançadas seis novas obras. De sua autoria, Breves Reflexões Críti-cas sobre a Ação de Improbidade Administrativa,Ementários e Pa-lavras Escolhidas; e uma coleção, em três volumes, intitulada Estudos Jurídicos em Homenagem ao Minis-tro Cesar Asfor Rocha, escrita por 63 consagrados juristas, com temas relevantes e diferenciados sobre o mundo jurídico.

“Esses seis volumes são uma contribuição que ofereço a todo ju-risdicionado e um registro de muita luta e muita dedicação ao Superior Tribunal de Justiça”, finalizou.

SaudaçãoDestacado para homenagear o decano em nome dos

demais membros da Corte, o ministro Napoleão Nu-nes Maia Filho falou da longa amizade com o colega, nascida há longa data noo Ceará. Lembrou a trajetória profissional do amigo e suas incursões pela poesia e pela música, como parceiro de Raimundo Fagner.Quanto à atividade jurídica, ressaltou a acurada visão institucional do ministro Cesar Rocha e seu grande esforço modernizador, que promoveu uma revolução silenciosa na maior corte nacional do país: a imple-mentação do processo eletrônico.

O ministro do STF, Cesar Rocha, recebeu os cumprimentos do presidente do Senado , José Sarney”, na solenidade que marcou seus 20 anos no STF.

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Ceará em Brasília14Maio/12

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Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br15 Maio/12

Leituras VGrasiela Teixeira Barroso: ícone da enfermagem no Ceará

Marcelo Gurgel Carlos da Silva (*)Maria Grasiela Teixeira Barroso fez parte da galeria de

mulheres cearenses, com brilhante desempenho no campo profissional, mercê de uma inteligência arguta e de uma dedicação exemplar a tudo que faz.

Graduada em Enfermagem, pela Escola de Enfermagem São de Vicente de Paula, atual Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará (UECE), no período de 1956 a 1959, fez-se especialista em Enfermagem, à conta do “Training Administration for Trainee”, em que participou em 1971-72, na Universidade de Connecticut, nos EUA, como Bolsista da USAID – United States Agency for In-ternational Development dos Estados Unidos.

Bastante extensa, além de expressiva, foi a sua trajetória de vida, pautada na área da enfermagem, constando do seu arquivo pessoal de grandes realizações, a obtenção, median-te concurso, o título de Livre-Docente de Administração em Exercício da Enfermagem, em 1977, na Universidade Federal do Ceará (UFC), defendendo a tese “Administração de Treinamento para Equipes Multiprofissionais”.

Anos antes, em 1964, já havia iniciado as suas atividades profissionais, como servidora pública do Estado do Ceará, lotada na Secretaria da Saúde, responsável pela área de treinamento, tendo sido a primeira enfermeira a ocupar um cargo, dessa categoria. Teve então a oportunidade de estruturar e normalizar a função, desenvolvendo estraté-gias motivadoras para o cumprimento da Lei. Nesse cargo, permaneceu até 1975, quando dele se desvinculou, para dedicar-se ao magistério superior.

Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura (MEC), atendendo às recomendações do Plano Decenal de Saúde para as Américas, estimulou, no Brasil, a criação de Cursos de Enfermagem nas universidades federais. Nessa ocasião, recebeu convite do então Reitor Pedro Teixeira Barroso para estruturar o Curso de Enfermagem da UFC, criado em 1970, e que veio a funcionar a partir de 1975, vinculado primeiramente ao Centro de Ciências da Saúde, e, posterior-mente, em 1996, acontecendo a junção com outros cursos para dar origem a Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem (FFOE).

Coube-lhe, assim, o encargo de estruturar o Curso de Enfermagem e assumir a coordenação do processo de plane-jamento e implantação, sucessivamente. Durante sete anos, de 1975 a 1982, respondeu pelas funções de coordenadora

pró-tempore e de chefe do Departamento de Enfermagem, isso de 1982 a 1986. Também coordenou o Curso de Mestrado em Enfermagem da UFC, entre 1993 e 1994, e daí, até 1998, participou da implantação do Curso de Doutorado em Enfer-magem da mesma universidade. Fundou o Programa Especial de Treinamento (PET), vinculado à CAPES e ao MEC, no qual figurou como primeira tutora (1987-91). Colaborou, ainda, no processo de criação e implantação da RENE - Rede de Enfer-magem do Nordeste (1994) e do Programa de Pós-Graduação da RENE (PROPRENE).

A sua trajetória docente, na UFC, teve início no ano de 1975, como Professora Auxiliar de Ensino, sendo promovida à Professora Adjunta em 1980, face à obtenção da Livre--Docência. Em 1988, atingiu, por meio de concurso público, o nível de Professor Titular da UFC, defendendo a tese: “Formação do Enfermeiro na Universidade Federal do Ceará - uma Abordagem Preventiva”. Ao se aposentar, em 1991, foi reconduzida à universidade como professora visitante, através de contrato temporário, repetido anualmente, objetivando a implantação do Mestrado em Enfermagem. Merecidamente, recebeu, em 1994, o título de Professora Emérita, distinção que lhe permitiu manter-se, voluntariamente, no exercício de suas múltiplas atividades, por muitos anos, até o momento em que a sua condição de saúde assim permitiu.

A vasta e qualificada produção intelectual dessa figura de proa da enfermagem cearense e nacional, estava ancorada na publicação de 78 artigos em periódicos especializados, 40 capítulos de livros e 13 livros e na apresentação de 203 trabalhos em anais de eventos. Possuía ainda 129 itens de produção técnica, tendo participado de 49 eventos, no Brasil.

A contribuição oferecida à formação de pesquisadores e profissionais ensejou reflexos na sua atuação como Orientadora de doze dissertações de mestrado, e sete teses de doutorado, além das muitas orientações dadas a trabalhos de iniciação científica e de conclusão de curso, na área de Enfermagem. Em suas atividades profissionais interagiu com nada menos de 150 colaboradores, participando em coautoria de trabalhos científicos de notória repercussão acadêmica.

Da relação de prêmios, títulos e outras honrarias que rece-beu, entre os anos de 1984 e 2007, em sinal de reconhecimento ao seu invulgar talento, como mestre e como empreendedora faziam parte dezenove citações, justificadas por: atividade profissional, como enfermeira; atuação acadêmica; mérito; e premiação.

Até abril de 2007, o curriculum vitae da perfilada, além do que já foi dito, acusava que ela era Professora Emérita da UFC, Pesquisadora com Bolsa de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1D, donde ser considerada uma das personalidades de maior respeito na área de Saúde do Ceará. Seu nome estará sempre associado à filosofia e à dinâmica das atividades de Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Sua atuação, na área de Enfermagem, ganhou ênfase em Educação em Promoção da Saúde e em Doenças Transmissíveis.

Era ainda membro do Conselho de Pós-Graduação em Enfermagem – UFC, e membro da Câmara de Ciências da Saúde e Biológicas da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FUNCAP; sua participação no Grupo FAMEPE - Família, Ensino, Pesquisa e Extensão, coordenando o núcleo de pesquisa merece re-gistro, sendo de se destacar, em linha gerais, a posição que ocupou no patamar das grandes figuras do Ceará, seguindo em atividade profissional, apesar dos anos vividos, mas sem-pre com a disposição de quem compreende, que a sabedoria acumulada precisa ser transmitida às gerações sucedâneas, até quando, em maio de 2008, `s vésperas de seu natalício, teve súbito acometimento vascular, resultando em graves seqüelas neurológicas.

A esse tempo, ela colocava em marcha um ousado pro-jeto de liderar um grupo de colegas, para criar a Academia Cearense de Enfermagem, empreendimento que ficou temporariamente suspenso, em decorrência da ausência do seu timoneiro. Por sorte, no início de 2011, o grupo original retomou a proposta, agregando novas colegas, e levou à cabo a tarefa que culminou, em 12 de maio de 2011, por ocasião da celebração do Dia do Enfermeiro, na instituição oficial da Academia Cearense de Enfermagem, a primeira de âmbito estadual do Brasil, tendo a Profa. Maria Grasiela Teixeira Barroso como a Presidente de Honra do sodalício.

Na madrugada seguinte a esse evento, em 13 de maio de 2011, dia dedicado a Nossa Senhora de Fátima, a Profa. Grasiela Barroso, aos 85 anos, exalou o seu último suspiro, trazendo consternação a tantos que conviveram com ela, e en-lutando a Enfermagem brasileira, e a cearense, em particular.

(*) Marcelo Gurgel Carlos da Silva (Fortaleza), Profes-sor titular de Saúde Pública da UECE. Membro titular da Academia Cearense de Medicina.

Copa 2014. Orgulho solitário da Copa. Castelão é único estádio com obras dentro do prazo, diz consultorCastelão está com 67,8% das obras concluídas se-

gundo dados oficiais da Secopa Fortaleza segue fazendo direito o dever de casa quan-

do o assunto é o andamento das obras do Castelão para a Copa do Mundo de 2014. O estádio é único entre os 12 que serão utilizados no Mundial no Brasil que está cumprindo à risca os prazos. Foi o que apontou relatório da Fifa, obtido em primeira mão pelo jornal Folha de São Paulo.

O estudo, datado de 1º de maio, coloca Fortale-za como a subsede que tem a obra de estádio mais avançada do País, com 65% das ações concluídas. O percentual é quase o dobro da média geral das arenas, que é de 34,4%.

O último balanço divulgado pela Secretaria Especial da Copa do Mundo (Secopa) vai além e diz que as obras de reforma do Castelão já atingiram a marca de 67,8%. Dado que deve avançar para 70% até o fim do mês, segundo a meta traçada pelo Governo do Estado.

Situação inversaO estágio de andamento das obras do Castelão con-

trasta com o cenário de outras cinco estádios, em que a Fifa considera haver possibilidade real de atraso. O caso mais crítico é o da Arena Dunas, em Natal, classi-ficado como de “alto risco” de não ser concluído a tem-

po do Mundial. A entidade máxima do futebol mostra preocupação ainda com as arenas de Manaus, Cuiabá, Curitiba e Porto Alegre.

O estudo que a Folha teve acesso foi realizado por Charles Botta, consultor especial da Fifa para estádios, e pela empresa Arena, contratada pelo COL, o Comitê Organizador Local, para supervisionar as obras.

O panorama para a Copa da Confederações é ainda mais crítico, de acordo com o levantamento. A Fifa ob-servou atrasos em três das quatro sedes já anunciadas para o torneio (Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte). Fortaleza é a única exceção.

O titular da Secopa, Ferruccio Feitosa, comemora o fato de Fortaleza estar ‘bem na fita’. “O nosso ritmo de trabalho segue intenso desde o início e nós estamos trabalhando firmes para que as obras do Castelão fiquem prontas em dezembro desse ano, para que no início de 2013 possamos liberar o estádio para uso dos times cearenses”, declarou.

Situação das 12 subsedes - Natal - Estádio: Arena das Dunas - Estágio das

obras: 15% - Manaus - Estádio: Arena Amazônia - Estágio das

obras: 27% - Cuiabá - Estádio: Arena Pantanal - Estágio das

obras: 36% - Porto Alegre - Estádio: Beira-Rio - Estágio das

obras: 4% - Curitiba - Estádio: Arena da Baixada - Estágio das

obras: 12% - São Paulo - Estádio: Itaquerão - Estágio das obras:

34% - Recife - Estádio: Arena Pernambuco - Estágio das

obras: 34% - Rio de Janeiro - Estádio: Maracanã - Estágio das

obras: 45%- Brasília - Estádio: Estádio Nacional - Estágio das

obras: 42% - Belo Horizonte - Estádio: Mineirão - Estágio das

obras: 41% - Salvador - Estádio: Fonte Nova - Estágio das

obras: 58% - Fortaleza - Estádio: Castelão - Estágio das obras: 65%* Dados da Folha de São Paulo, com O POVO

Page 16: Jornal Maio 2012

Ceará em Brasília16Maio/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Energia que faz parte da nossa vida.

Tribunal de Justiça intima 15 municípios a regularizar precatórios

O Serviço de Preca-tórios do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) está intimando 15 muni-cípios para regularizar dívidas de precatórios. A medida foi toma-da após a conclusão do levantamento dos devedores sujeitos ao regime comum de pagamento de precatórios.

Os municípios intimados são Aratuba, Camocim, Cau-caia, Croatá, Iguatu, Irauçuba, Maracanaú, Pacajus, Pal-mácia, Paraipaba, Paramoti, Pentecoste, Pereiro, Quixadá e Tarrafas. Eles têm prazo de 30 dias para se manifestar.

Os entes públicos deverão comprovar que inscreveram na lei de seu orçamento o valor necessário para a quitação dos precatórios. Caso não tenham adotado essa providên-cia, poderão sofrer o bloqueio integral do valor da dívida.

O trabalho feito visou todos os municípios que, em 9 de dezembro de 2009, data da entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 62/2009, não possuíam precatórios em atraso em nenhum dos Tribunais que compõem o Comitê Gestor das Contas Especiais (TJCE, Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região e Tribunal Regional Federal da 5ª Região).

A iniciativa do TJCE, segundo o juiz auxiliar da pre-sidência, Francisco Eduardo Fontenele Batista, é uma consequência da reorganização do Serviço de Precatórios do Tribunal no sentido de retomar o controle, com trans-parência e efetividade, dos pagamentos de precatórios dos municípios cearenses sob o regime comum.

Quixeramobim sediará o Hospital e Maternidade Regional do Sertão Central

A ordem de serviço para início das obras do Hospital e Maternidade Regional do Sertão Cen-tral (HRSC) foi assina-da pelo governador Cid Gomes, no município de Quixeramobim.

De acordo com o Go-verno, serão investidos R$ 83,8 milhões e a previsão do térmi-no das obras é de 16 meses. O hospital deve atender 612 mil habitantes dos municípios de Boa Viagem, Canindé, Caridade, Itatira, Madalena, Paramoti, Banabuiú, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Milhã, Pedra Branca, Quixadá, Senador Pompeu, Solonópole, Aiuaba, Arneiroz, Parambu e Tauá.

Ao todo serão 374 leitos, sendo 15 leitos na emergência infantil, 30 leitos na emergência adulto, 20 leitos de UTI, 16 leitos de terapia semi-intensiva, 12 leitos de cirurgia, 8 no setor de neonatalogia, 11 leitos neonatais e 140 leitos na enfermaria.

O HRSC vai contar com 11 salas de cirurgia, 15 consul-tórios e oito salas de exames e tratamentos e um Centro de Atenção à Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher para ampliar e qualificar a assistência às mulheres.

A escolha do município de Quixeramobim para sediar o hospital regional foi histórica. O Governo do Estado lançou para a região o direito de escolha. A população, através de conselhos de saúde e gestores municipais, participou da votação que, por maioria, venceu Quixeramobim. Os con-correntes foram os municípios de Boa Viagem, Canindé e Quixadá. Com a construção de hospitais regionais e ainda 22 policlínicas, 18 CEOs, 48 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS 24 horas) o Ceará constrói uma das maiores redes de assistência à saúde do país.

Após vandalismo, estátuas de Iracema serão restauradas

Um dos principais ícones turístico de Forta-leza, a Estátua de Irace-ma, localizada na Beira--Mar e no Mucuripe, foram danificados por vândalos e, em breve, serão restaurados pela Prefeitura de Fortaleza, em parceria com a iniciativa privada.

Ainda, segundo a SER II, as imagens das câmeras de segurança da Secretaria da Segurança Pública e Defesa So-cial (SSPDS), instaladas ao longo do calçadão, estão sendo analisadas, mas até o momento não foi possível identificar os autores da ação na estátua da Beira-mar.

VandalismoEm janeiro deste ano, a estátua de Iracema do Mucuripe

sofreu vários danos, deixando-a com várias partes quebradas. A maior, de acordo com a SER II, foi na perna da imagem do Martins Soares Moreno.

Já em março, por volta do dia 15, o arco da estátua de Iracema, na Beira-mar, caiu devido à ação da maresia e dia 21, as mãos da estátua foram cortadas.

HomenagemAmbas estátuas homenageiam a personagem Iracema, do

romance homônimo de José de Alencar. A “virgem dos lábios de mel” foi instituída como ícone cultural de Fortaleza pela Lei 9884/11, sancionada pela prefeita Luizianne Lins em 30 de dezembro de 2011.

O monumento da Praia de Iracema foi feito pelo escultor cearense Zenon Barreto, enquanto o monumento do Mu-curipe foi idealizado pelo pernambucano Corbiniano Lins

Kellyanne Pinheiro

Page 17: Jornal Maio 2012

Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 17 Maio/12

Pecém: Empreendimentos no CIPP duplicarão PIB Cearense

Com o objetivo de unir esforços entre as es-feras públicas e privadas do Estado, foi lançado na Assembleia Legislati-va o Pacto pelo Pecém, para reunir a sociedade cearense em prol do Es-tado, já que o Complexo Industrial do Porto do Pecém (CIPP) é um empreendimento de grande impacto na economia cearense. O governador Cid Gomes explicou que a geração de riquezas (Produto Interno Bruto) no ano, no Ceará, é de R$ 85 bilhões e com os em-preendimentos do Pecém, esse valor deverá ser duplicado.

Desde a implantação do Porto do Pecém, há 10 anos, a ideia inicial já era construir na região uma siderúrgica e uma refinaria. Ainda este ano, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Pecém será totalmente instalada. “Pela nossa localização estratégica e as empresas que teremos no CIPP, a ZPE vai dar um grande impulso na industrialização do País”, celebrou o Governador. A siderúrgica, que faz parte da ZPE e já está com as obras iniciadas, tem previsão para início de funcionamento já em 2015. Já a refinaria já tem toda a área requerida pela Petrobras para implantação comprada, o que corresponde cerca de 1.900 hectares.

Também está sendo implantada no CIPP uma das maiores termelétricas do Brasil, com capacidade para 1.080 megawat-ts. “Todo o Ceará necessita de 1.300 megawatts de energia, só essa termelétrica produzirá quase todo o necessário para suprir a necessidade do Estado. Em 2013, o Ceará, que era até seis anos atrás 100% importador de energia, passará a ser exportador”, completou Cid Gomes. A implantação também de um parque eólico na região será responsável para, em breve, o CIPP se tornar autossuficiente em energia.

Cronograma do Acquario Ceará será acelerado

Um mês e meio após o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ter embarga-do a construção do Acquario Ceará, em 26 de março último, a Secretaria de Turismo do Estado (Setur) pretende acelerar o cronograma dos serviços para compensar o intervalo de 45 dias de parali-sação, fazendo com que a previsão de que o equipamento fosse construído em 24 meses seja reduzida para, pelo menos, 22 meses e meio.Neste momento, a Setur espera que o Iphan conclua a análise do relatório prospecção e diagnóstico sobre o terreno onde o equipamento será erguido. Apenas após o Instituto emitir parecer favorável sobre os estudos, a obra poderá ser reiniciada.

Orçado em aproximadamente R$ 250 milhões, o Ac-quario Ceará é uma das obras que o governo do Estado pretende finalizar antes da próxima Copa do Mundo de Futebol, que tem início em junho de 2014.

O Aquáriio contará com a instalação de 38 tanques--recinto de exibição, com capacidade para 15 milhões de litros, em área total construída de 21.500 metros quadrados.O empreendimento será composto por quatro pavimentos nos quais estarão áreas de lazer, dois cine-mas 4D, simuladores de submarino, equipamentos que proporcionam interação entre público e aquário, além de túneis submersos que levarão os visitantes ao interior do tanque de animais marinhos. Com o Diário do Nordeste

Governo garante R$ 2,7 bilhões para combate à seca no NordesteA ministra do Pla-

nejamento, Miriam Belchior, anunciou a liberação pelo Go-verno Federal de R$ 2,7 bilhões para ações de combate à seca na região do Semiárido brasilei-ro. Estão previstas ampliações do Programa Água Para Todos; da Operação Carro-Pipa, pelo Exército; perfurações de novos poços artesianos e recuperação de poços em atividade, pela Petrobras; a antecipação do programa Garantia Safra; o fornecimento de milho para consumo animal; e a liberação de linhas de crédito emergencial em condições favoráveis para situações de seca.

“O Governo Federal e os estados definiram a cria-ção de comitês de gerenciamento da seca: cada estado montou uma equipe para discutir a evolução dos acon-tecimentos. Estes comitês serão fundamentais para o monitoramento da situação e a adoção de medidas, de acordo com as necessidades, explicou a ministra.

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu com todos os governadores do Nordeste, em Sergipe, para traçar o planejamento das ações. A ministra Miriam Belchior recebeu os governantes da região para avançar no as-sunto. O Ministério da Integração Nacional também já discutiu com os estados a utilização dos carros-pipa e solicitou que apresentem locais onde os poços devem ser perfurados.

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Ceará em Brasília18Maio/12

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Página da Mulher

Receitas da culinária cearense

Ingredientes

1 xícara(s) (chá) de coco ralado(s)1 colher(es) (café) de sal500 ml de leite5 colher(es) (sopa) de açúcar240 ml de leite de coco500 gr de farinha de tapioca

Caminhada tem impacto positivo contra depressão, diz pesquisaUma simples caminhada rápida nos arredores de casa

pode ter um papel importante no combate à depressão, segundo pesquisadores de uma universidade na Escócia.

Estudos anteriores já haviam demonstrado que exercí-cios vigorosos aliviam os sintomas da depressão, mas o efeito de atividades menos árduas ainda não foi analisado em profundidade.

O novo estudo publicado na revista científica Mental Health and Physical Activity afirma que “caminhar é uma forma de intervenção efetiva contra a depressão” e tem resultados similares aos de formas mais vigorosas de exercício.

O estudo da Universidade de Stirling analisou dados de oito pesquisas com um total de 341 pacientes.

“A caminhada tem a vantagem de poder ser praticada pela maioria das pessoas, de implicar pouco ou nenhum custo, e de ser relativamente fácil de incorporar à rotina diária”, dizem os autores.

Os pesquisadores admitem, no entanto, que mais pesquisas precisam ser feitas sobre o assunto. Ainda há questões sobre a duração, a velocidade e o local onde a caminhada deve ser realizada.

Ar livreU m a e m

cada dez pes-soas enfrenta depressão em a l g u m m o -mento da vida. Apesar de o problema po-der ser tratado com medica-mentos, a prá-tica de exercícios é muitas vezes prescrita por médicos como tratamento contra formas mais brandas da doença.

Adrian Taylor, que estuda os efeitos dos exercícios contra a depressão, os vícios e o estresse, na Universidade de Exeter, disse à BBC que o ponto positivo da caminhada é que todo mundo já faz isso no dia-a-dia.

“Há benefícios contra problemas de saúde mental como a depressão”, afirmou ele.

Ainda não se sabe exatamente como os exercícios

ajudam no combate à depressão. Taylor diz que eles podem funcionar como uma distração dos problemas, dando uma sensação de controle e liberando hormônios do “bom-humor”.

A ONG de saúde mental Mind diz que suas próprias pesquisas indicam que só o fato de passar tempo ao ar livre já ajuda pessoas com depressão.

“Para aproveitar ao máximo as atividades ao ar livre, é importante encontrar um tipo de exercício que você goste e que possa fazer regularmente. Tente coisas diferentes, como caminhar, andar de bicicleta, fazer jardinagem ou até nadar na natureza”, aconselha Paul Farmer, presidente da ONG.

“Fazer exercícios junto a outras pessoas pode ter um impacto ainda maior, já que oferece uma oportunidade de reforçar laços sociais, conversar com outras pessoas sobre seus problemas ou simplesmente rir e aproveitar o tempo longe da família e do trabalho. Então, peça a um amigo para se juntar a você.”

Com a BBC Brasil

Seca: a tragédia se repeteRegina Stella (*)“Setenta e sete! Setenta e sete!” Gritavam-lhe os irmãos

mais velhos, oito, dez anos, doze, num tom de mofa e fran-ca hostilidade quando querendo participar da brincadeira atrapalhava o jogo, a corrida, a subida nas mangueiras. Pura implicância dos manos a exclamação, dita sempre aos gritos, com um ar de zombaria, agressão que tentava revidar, protes-tando junto ao pai, à mãe, o insulto recebido. Única menina da casa, recebia dos pais toda proteção e acolhida mas sabia que o apelido era uma ofensa dos irmãos, que se afastavam, rindo às escondidas, fazendo trejeitos e caretas. Enraivecida, respondia a provocação com uma infindável lista de apelidos que sabia de cor, que os instigava, irritava também, verdadeira guerra: bode louro! tronco de amarrar onça, samangolé, potó, tocambel!

Magricela, cambitos finos, cabelo escorrido, desenxabida, esganiçada, só muito depois veio a compreender, com certo humor, o apelido que tanto lhe pesara na infância. A seca de 77, no Ceará, fora a mais terrível, a mais desoladora, a mais cruel entre todas as secas.

Ah! A horrenda visão da caatinga crestada, os garranchos retorcidos e secos, o chão calcinado, esturricado, semi-enter-rados os esqueletos do gado, morto de fome, de sede, e sob um sol escaldante, os passos lentos, pesados dos retirantes, e a conformação do nordestino ante a tragédia, numa luta insana para sobreviver!

“ A secca perante a ciência e a religião”Pelo vigário da Cachoeira, Padre Bellarmino José de

Souza. Fortaleza.

Constitucional-Rua Formosa número 30.l880Aos meus paroquianos em geral- três longos anos tenho

demorado entre vós, ó meus bons amigos, a contar do dia l2 de janeiro de 1877 a l2 de janeiro de 1880, tempo verdadei-ramente cruel e fatídico para mim e para vós. Como que a Providencia Divina collo cando-me no meio de vós, numa época de tantos e tão terríveis infortúnios, quis, pela prova do mào tempo, estreitar melhor os laços que prendem o Pastor a seu rebanho. Nesses três anos tenho sido vosso companheiro de martírio, vosso irmão pela dor, e a consciência não me acusa de vos ter abandonado um instante si quer no meio de tantas e tão dolorosas privações. Coube-me por partilha a época do terror- e do pranto-, da desolação e da morte. Tenho vivido no meio de vós triste como a estatua da dor! Este sol de fogo, este Céo inclemente, esta natureza-sepulcro, esses campos desertos, esses esqueletos de árvores, essas ossadas humanas, (meu Deus), tudo me inspirava terror, amargura, tristeza e desolação!

Villa da Cachoeira, 12 de janeiro de 1880”Passados quase 130 anos, o cenário é o mesmo, os perso-

nagens são chamados, de novo, à cena, a marcação é idêntica, a tragédia se repete negra, perversa. Findou-se o Império, quando D. Pedro II proclamou que venderia as jóias da coroa para que nenhum nordestino morresse mais de fome.Veio a República, sucedendo-se no mando do país presidentes de todas as origens, inclusive nordestinos, e a despeito dos discursos retumbantes, das teses de doutorado, dos planos de desenvolvimento econômico e social, da distribuição das cestas básicas, da abertura de frentes de emergência, o proble-

ma permanece sem solução. Os mesmos programas de ajuda, o abastecimento d’agua pelos carros-pipas, as construções de cacimbões, de pequenas barragens. E ainda, em penosa peregrinação, terrível êxodo, pelas estradas, quilômetros de exaustiva caminhada para apanhar uma lata d’água!

Ah! Só mesmo o nordestino conhece a opressão no peito, a sensação de desgraça iminente, quando, acentuada a estiagem, o mês de março começa, e a desolação se assenhora, sem nenhuma esperança de chuva! Paira no ar um prenúncio de flagelo, e se tem a impressão de que, aterrada, estática, transida de horror a atmosfera não circula, aquietados os ventos, e tão--só o sol escaldante e o calor sufocante são testemunhas desse pânico silencioso e secreto que se apossa de cada coração, ante a calamidade prestes a desabar.

Agora se mobilizam todos, diligentemente...E se retrata, gigantesca, a velha indústria. Sabem todos que a tragédia da seca não se resolve com planos de emergência e com pater-nalismo! Numa terra calcinada, sem lavoura, sem colheita, transformados os açudes em imensas crateras!

E já se fez Itaipu! E já se construiu Tucuruí!Num famoso discurso, como senador do Império, o Padre

Francisco de Brito Guerra dizia que “quando as águas do Nordeste deixarem de correr para o mar, por encontrarem açudes e barragens que as retenham, os nordestinos deixarão de correr para o Sul, expulsos pela seca” .

As águas do Nordeste ainda correm para o mar, e os nor-destinos ainda continuam a sofrer, humilhados, aniquilados, pela seca! Até quando, Senhor?

(*) Regina Stela (Fortaleza), jornalista e escritora

Cuscuz de TapiocaModo de Preparo

Misture a tapioca com o coco e o sal. Reserve. Numa panela, misture o leite com o açúcar e leve ao fogo para ferver. Retire do fogo e jogue rapidamente sobre a mistura de tapioca reservada. Deixe descansar por 30 minutos. Enrole a massa em um guardanapo e leve para cozinhar em cuscuzeiro. Cozinhe até a massa fique firme. Retire do cus-cuzeiro, coloque em um prato e fure com garfo. Regue com o leite de coco e 1 colher de açúcar. Deixe esfriar e sirva.

Page 19: Jornal Maio 2012

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br19 Maio/12

Leituras VIHumor Negro e Branco Humor,

Frases Famosas:

identificando seus autores...Faz todo o sentido...“A minha esposa tem um bom físico.”Albert Einstein“Nunca pude estudar Direito.”O Corcunda de Notre Dame“Nunca quis ser o primeiro.”João Paulo II“O automóvel nunca substituirá o cavalo.”Uma Égua“Disseram-me pra jogar junto à linha branca.”Maradona“Tenho um nó na garganta.”Tiradentes“Chega de humor negro!”Klu Klux Klan“Gosto da humanidade.”Um Canibal“Você é a única mulher da minha vida.”Adão“O evento foi um estouro.”Osama Bin Laden“Two beer ou not two beer.”Lulla na Inglaterra

Prova que as coisas estão ficando ruim pro seu lado

1. Os seqüestradores não se interessam mais por você.2. De um grupo de reféns, provavelmente será um dos

primeiros a ser libertado.3. As pessoas lhe telefonam às nove da manhã e pergun-

tam: ‘te acordei?’4. Ninguém mais o considera hipocondríaco.5. As coisas que você comprar agora não chegarão a

ficar velhas.6. Você pode, numa boa, jantar às seis da tarde.7. Você pode viver sem sexo, mas não sem os óculos.8. Você curte ouvir histórias das cirurgias dos outros.9. Você discute apaixonadamente sobre planos de apo-

sentadoria.10. Você dá uma festa e os vizinhos nem percebem.11. Você deixa de pensar nos limites de velocidade como

um desafio.12. Você pára de tentar manter a barriga encolhida, não

importa quem entre na sala.13. Você cantarola junto com a música do elevador.14. A sua visão não vai piorar muito mais.15. O seu investimento em planos de saúde finalmente

começa a valer a pena.16. As suas articulações passam a ser mais confiáveis do

que serviço de meteorologia.17. Seus segredos passam a estar bem guardados com

seus amigos, porque eles os esquecem.18. ‘Uma noite e tanto’, significa que você não teve que

se levantar para fazer xixi.19. Sua mulher diz ‘vamos subir e fazer amor’, e você

responde: ‘escolha uma coisa ou outra, não vou conseguir fazer as duas!’.

20. As rugas somem do seu rosto quando você está sem sutiã. ( A MELHOR)

21. Você não quer nem saber onde sua mulher vai, con-tanto que não tenha que ir junto.

22. Você é avisado para ir devagar pelo médico e não pelo policial.

23. ‘Funcionou ‘, significa que você hoje não precisa ingerir fibras.

24. ‘Que sorte!’, significa que você encontrou seu carro no estacionamento.

25. Você não consegue se lembrar quem foi que lhe mandou esta lista.

Fórum Senado Brasil 2012 discute “analfabetismo científico” em seu primeiro debate e lança cordel sobre físico brasileiro

O cientista amazonense Alberto Santoro – e que lidera equipe brasileira na fronteira franco-suíssa em um dos maio-res projetos científicos de vanguarda do mundo atualmente – será cantado em cordel. A iniciativa integra as realizações do Fórum Senado Brasil 2012, projeto do presidente José Sarney que busca envolver o legislativo e a sociedade brasileira, numa avaliação da primeira década do século XXI, como forma de se pensar o futuro. A publicação será distribuída em 29 de maio próximo no debate inaugural do fórum – com a presença do cientista-palestrante Santoro – cujo tema “Desafios Científicos do século XXI” tem como ponto de partida “o analfabetismo científico” no Brasil. Popularizar a ciência é sem dúvida o desafio primeiro, na avaliação dos idealizadores do evento.

“A força do exemplo de Santoro é referência fundamental para a juventude brasileira”, qualificou o presidente José Sarney sobre a trajetória do cientista, cuja biografia está encomendada ao cordelista potiguar Crispiniano Neto, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, autor de 12 livros e 150 folhetos de literatura de cordel nordestina publicados.

Física de Partículas na vida (negrito) “Em geral, os heróis são eleitos entre os que usam da espada ou do canhão para vencer batalhas. É preciso conhecer ícones da nossa história que buscaram soluções através da conciliação, pelo caminho da paz”, aplaudiu Crispiano Neto, a respeito da feitura da biografia em versos do amazonense Santoro e que poderá ser a gênese de uma série sobre cientistas brasileiros neste formato.

O físico lidera a equipe de brasileiros no LHC, Large Hadron Collider (foto), ou em português o Grande Colisor de Hádrons, da Organização Européia para a Pes-quisa Nuclear (Cern). Lançado no final de 2008, trata-se do maior acelerador de partículas e o de maior energia existente no mundo. Os aceleradores de partículas possibilitam a concentração de alta energia em pequeno volume e em posições arbitradas e controladas de forma precisa. Um dos principais objetivos do LHC é tentar explicar a origem da massa das partículas elementares e encontrar outras dimensões do espaço.

Popularizar a CiênciaE com o objetivo de popularizar a Ciência, o debate

inaugural do fórum, “Desafios Científicos do século XXI”, contará, além de Santoro, com a presença de dois outros cientistas brasileiros. Francisco Caruso, professor do Insti-tuto de Física da Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ, doutor em Física de Partículas pela Universidade de Turim, na Itália, e pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Caruso, que lançou livro de iniciação à física moderna e criou tirinhas em quadrinho sobre o assunto, defende o ensino da física moderna em sala de aula. Ele propõe que se conte a história desde o início, da descoberta do elétron até as teorias mais recentes. Tem demonstrado uma grande preocupação com a formação de estudantes e participou ativamente do projeto “SBPC vai à Escola”, coordenando nova versão do projeto para ampliar seu público.

Outro palestrante brasileiro, o físico Mário Novello, também do CBPF, centro de pesquisas que ajudou a criar, é doutor em Física pela Universidade de Genebra e fez seu pós-doutorado pela Universidade de Oxford. É autor “Do Big Bang ao Universo Eterno” (Zahar), que resume sua defesa de que a grande explosão não foi o começo de tudo. Novello - referência mundial sobre a origem e a evolução do universo - foi um dos primeiros cientistas a sustentar que o big bang é um mito científico.

Como convidados internacionais, partiparão do primeiro debate os cientistas e físicos Harvey Newman, Luciano Maiani, Remo Ruffini e Rocky Kolb. O público alvo do evento envolve o Legislativo, Executivo e Judiciário, es-tudantes universitários e interessados em geral. “Desafios Científicos do século XXI” , debate que abre o fórum, acontece em 29.05

A comisssãoA realização do fórum é uma das atividades de comissão

especial do Senado, instituída por iniciativa do presidente José Sarney.Trata-se de comissão técnica para planejar, co-ordenar e realizar seminários que promovam o debate sobre os desafios das democracias modernas, da era tecnológica, das crises financeiras e da cultura. O que se pretende é contribuir para a diversificação do debate e das deliberações legislativas da Casa.

Criado em março último, o colegiado é presidida pelo embaixador Jerônimo Moscardo (na foto com Sarney), representante permanente junto à Aladi e Unesco e ex--ministro da Cultura.. Entre os sete integrantes participam: o também embaixador Ronaldo Mota Sardenberg; o jornalista Mauro Santayana; o diretor da Secretaria Especial de Co-municação Social do Senado, Fernando César Mesquita; o ex-ministro do STJ e vice-reitor acadêmico da Universidade

do Legislativo (Unilegis), Carlos Fernando Mathias de Souza; e os consultores legislativos Antônio Helder Medeiros Rebouças e Pe-dro Pereira da Silva Costa.

O Livro da ProfeciaA realização do Fórum Senado

Brasil 2012 é uma releitura da publicação “O livro da Profecia - o Brasil no Terceiro Milênio”, de quase mil páginas, editado pelo Senado Federal, por iniciativa do presidente José Sarney, à frente da

Casa no biênio 1995/1996. “Pelas páginas deste livro desfilam textos inteligentes, instigadores, altamente desafiadores. E não se fez no país nada tão abrangente da universalidade dos temas como estes aqui abordados”, definiu Sarney na abertura.

“Desejamos abrir a nossa tribuna para a inteligência brasileira, os pensadores, os intelectuais, os artistas, os cientistas, os ativistas da sociedade civil organizada, as minorias, e todos quantos desejarem expor os seus pontos de vista e fazer suas profecias sobre o futuro. Projeto ambicioso e aberto”, reforçou.

Extenso mosaico de temas e autores, com 71 textos distintos, a publicação foi elaborada em apenas três meses e aborda do Brasil do século XX, o passado e o futuro da Medicina, o ócio, e a poesia do milênio, a debates sobre agricultura, corrupção, distribuição de renda, educação, arqueologia, passando aínda pelos estados transnacionais, a Amazônia, ondas espirituais, homossexualismo, política no futuro. Participaram, por exemplo, o artista Chico Any-sio; o carnavalesco Joãosinho Trinta; o médico Aloysio Campos da Paz Júnior; o ex-ministro da Fazenda, Antonio Delfim Netto; o ex-senador e antropólogo Darcy Ribeiro; o empresário Eliezer Batista; o urbanista Lúcio Costa; o histórico comunista João Amazonas; o poeta Ferreira Gullar; o educador Paulo Freire; o crítico de música José Ramos Tinhorão; o rei Pelé; o embaixador Paulo Tarso Flexa de Lima; o jornalista Élio Gaspari; o ex-deputado Fernando Gabeira; o psicólogo Flávio Gikovate, o físico Luiz Pin-guelli Rosa; o jornalista mineiro Mauro Santayana; o jurista Miguel Reale; o bispo D. Mauro Morelli, o ex-ministro do Trabalho, Almir Pazziannoto, entre outros.

(Texto da Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado, apoiando as ações dirigidas pelo embaixador José Jerônimo Moscardo de Souza (Fortaleza)

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Ceará em Brasília20Maio/12 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Festa Junina da Casa do Ceará será em 30 de junho

Está quase tudo pronto para a Festa Junina que a Casa do Ceará voltará a realizar em Brasília, dia 30 de junho, de 18 às 24 horas, nas suas dependências na 909/910 Norte. As festas da Casa marcaram época em Brasília e desta vez não será diferente, esperando os promotores reunir mais de três mil pessoas. O ingresso será de 20 reais, a inteira e 10 reais, a meia.

O presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Souza, deu conhecimento da programação, que terá:

1. Trio Siridó – patrocínio Estênio Campelo2. Chico Rey e Paraná3. Peninha Vieira4. Beto Alencar5. Quadrilha Formiga da RoçaA Festa terá 25 barracas para venda de comidas

bebidas típicas, além de comidas de outros estados nordestinos e do Brasil Central. Moranguinho (Icó) assumiu a disponibilização de 150 mesas e cadeiras, decoração festiva.

A Casa deu entrada ao pedido de alvará na Adminis-tração de Brasília, está conversando com a prefeitura da Quadra onde está instalada, solicitou proteção policial e

como apoio do Grupo Gasol terá seguranças, brigadistas e eletricista.

Relatório de atividadesO presidente da Casa do Ceará divulgou uma pres-

tação de contas do que a administração vem fazendo, no período de Fevereiro a maio de 2012.

Anteriormente divulgara as ações realizadas de ou-tubro de 2011 a janeiro de 2012.

1. Doação da UNB – vendida por R$ 8.000,00 (oito mil reais).

2. Doação Estenio Campelo – R$ 10.000,00 (dez mil reais).

3. Doação Arquivo Nacional – vendida por R$ 1.000,00 (mil reais).

4. Doação João Rodrigues Neto – SOM.5. Doação de um carro corsa classic 2005 – Receita

Federal.6. Prestação de Contas final do Projeto Formando

Campeões.7. Aprovação da Prestação de Contas do Convênio

com o Governo do Ceará para o projeto Fausto Nilo.

8. Prestação de Contas junto ao Ministério da Justiça referente ao período de 2008 a 2011 para liberação da Certidão de Utilidade Pública Federal.

9. Prestação de Contas junto ao Ministério Público – exercício de 2011.

10. Prestação de Contas junto ao Conselho de As-sistencia Social-CAS/DF, relativa ao exercício de 2011

11. Renovação do Registro no CRM.12. Posse do Conselho Consultivo.13. Entrega de títulos ao sócios Beneméritos e Ho-

norários da Casa.14. Realização da Missa de São José.15. Assembleia Geral.16. Realização da Operação tapa buracos nas depen-

dências externas.17. Recebimento do Atestado de Regular Funcio-

namento referente ao exercício de 2008 – Ministério Público.

18. Recolhimento do Lixo nos fundos da Casa.19. Obtenção de subvenção de 30% (trinta por cento)

na conta de energia elétrica junto a CEB, benefício que no passado a Casa usufruiu.