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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 12 - Nº144 MAIO 2012 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE Depois do fim de ANIMART OFERTA

Jornal do Baixo Guadiana_Edição Maio 2012

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Edição Maio 2012 do Jornal do Baixo Guadiana

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 12 - Nº144

MAIO 2012

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

Depois do fim de ANIMARTOFERTA

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JBGJornal do Baixo Guadiana

Editorial

Qual o sentimento em tempo de comemorações de 25 de abril e 1.º de maio?

Vox Pop

R: Relativamente ao 25 de abril é o sentimento que há em nós, é o da liberdade que temos e que podemos dar aos nossos filhos... O 1º de maio é mais revolta porque trabalhadores todos nós somos, mas, infelizmente, o que mais temos é desemprego... deviam também fazer o dia do desempregado!

Nome: Cláudia VasquesProfissão: Atriz

R: Será sempre o tempo da liber-dade de expressão!

Nome: Vitória RodriguesProfissão: NR

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana de Sousa

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Ana BrásAna Lúcia GonçalvesEusébio CostaFernando PessanhaHumberto FernandesJoão RaimundoJosé GuedesMaria Amélia FreitasPedro PiresRui RosaVítor BarrosAssociação AlcanceAssociação GUADIDECOEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]@gmail.com

Sede e Redação:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171Fax: 281 531 080966 902 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva:504 408 755

Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Daniela VazRui Rosa

Impressão:Postal do Algarve, LdaRua Dr. Silvestre Falcão,nº 13 C8800-412 TAVIRATel: 281 320 900

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS:n.º 123554

Depósito legal:n.º 150617/00

JBG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixogua-dianaeFacebook

A recente decisão tomada pelo governo de reter 5% do valor do IMI (Imposto Municipal sobre Imó-veis), a pretexto do pagamento de serviços que se ocupam da inventa-riação e actualização do valor dos imóveis, com o objectivo de actua-lizarem o respectivo imposto, tem consequências graves a vários níveis e demonstra a pouca ponderação em que algumas medidas são decididas aparentemente sem se avaliarem todas as consequências delas decor-rentes.

No caso em apreço, no momento em que a maioria das Câmaras Municipais se debatem com graves problemas de financiamento à sua

actividade por, entre outros aspec-tos, se terem verificado reduções brutais na cobrança de receitas fis-cais provenientes da cobrança de IMI e IMT (Imposto Municipal sobre Transacções Imobiliárias) derivada da crise em que o sector da constru-ção mergulhou desde, pelo menos, 2008 é-lhes agora, de supetão, num gesto por demais desrespeitoso da autonomia da gestão autárquica por parte do governo central, a retenção de parte do imposto a cobrar. Tal medida pode representar para os cofres de alguns municípios a perda de algumas centenas ou mesmo milhares de Euros, com todas as consequências daí decorrentes,

traduzidas em acrescidas dificul-dades de gestão, justamente num momento em que, devido à crise que o País atravessa, mais solicitações lhes são diariamente colocadas para ajudas na área social.

Outra das consequências pode advir de actualizações pouco ponde-radas, fixando montantes de impos-tos que se tornam, pela exorbitância dos valores a que se chega, numa carga fiscal dificilmente suportá-vel por segmentos da população já muito fustigados pelo aumento de impostos e restrições a que estão sujeitos. Conhecem-se os efeitos a que podem conduzir cargas fiscais para além dos limites da razoabi-lidade. Sabe-se que quando tais circunstâncias ocorrem os casos de incumprimento e de diminui-ção das receitas crescem de forma exponencial.

A reorganização e reafectação das verbas do QREN em curso, assenta em dois pilares que levantam sérias dúvidas sobre a sua real eficácia. A centralização das decisões na aprovação de projectos e montan-tes ficarem na dependência última do Ministro das Finanças e a clara opção em diminuir substancialmente o apoio a obra pública. Percebe-se a intenção dirigida no sentido de aliviar o Orçamento do pagamento da comparticipação nacional a que os Projectos estão sujeitos, em nome

da famigerada meta da redução da dívida o que somada à centralização das decisões, pode ter consequên-cias devastadora para a economia em geral e em particular para as economias locais que em muito poderiam beneficiar com a execu-ção de obra pública, da iniciativa autárquica ou mesmo central ou intermunicipal com, pela incidên-cia directa na criação de emprego e porque a alternativa que se oferece em privilegiar apoios a Projectos oriundos da iniciativa privada não se afigura solução para o momento que atravessamos. Por sua vez, a centralização das decisões propicia soluções a regra e esquadro, longe das realidades nacionais. A para-gem, ou adiamento, que se verifica na obra de recuperação da EN 125 pode ser um dos casos.

Apesar do ensombramento provo-cado pelas consequências das medi-das de austeridade em que o País está mergulhado, as comemorações do 25 de Abril e primeiro de Maio acolheram por toda a região larga participação num misto de festa e protesto. Festa da liberdade conquis-tada há trinta e oito anos. Protesto como expressão de cidadania activa, atitude que sendo sempre indispen-sável ,assume nos dias sombrios que correm maior significado.

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

[email protected] Luis Figueira

R: Quanto ao 25 de abril, sinto pouca vontade de celebrar o grande ponto de viragem na nossa história contemporânea, cujos valores e con-quistas estão a ser colocados em causa em nome da difícil situação do país. Dá que pensar que a austeridade e a destruição de muitos direitos sociais e laborais tenha sido imposta pelos par-tidos que geriram o país nos últimos 38 anos, alegando erros dos gover-nantes do passado e imposição dos financiadores externos. No que toca ao 1º de maio, só me animam mesmo os caracóis!

Nome: Hugo RodriguesProfissão: Jornalista

R: Relativamente ao 25 de abril sinto que não há espírito festivo nem respeito por os que lutaram para nós termos o que temos hoje e sermos o que somos. Já o 1º Maio está desvirtuado porque a TV tem em parte culpa do que nós temos hoje em dia; não é construtiva e apenas fala do negativo, da crise. Eu como jovem de 24 anos não sinto o povo português lutador, que tinha orgulho em ser português. Não sinto alegria na rua, mas sim inveja, desa-grado, angústia, frustração. Acredito que mais de 70% dos jovens hoje em dia não sabe o que aconteceu nestas duas datas.

Nome: Telmo PereiraProfissão: Dirigente Associativo

ABERTURA

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 3

CRÓNICAS

Ninguém minimamente sério enjeita a necessidade de se operarem refor-mas estruturais, que permitam ao país modernizar-se e democratizar a economia ao nível do crescimento e da competitividade, para que possa-mos ombrear com as economias mais desenvolvidas e emergentes da Zona Euro.

Se é certo que a modernização do tecido social e económico de Portu-gal, na actual conjuntura, não pode ser realizada à margem do cumpri-mento escrupuloso do Programa de Ajuda Financeira da troika, e que não nos podemos inebriar com a ver-borreia daqueles que vão acenando com a renegociação do memorando

de entendimento, nem pedir mais dinheiro emprestado, também não é menos certo que a chave do pro-blema não passa pela nova Lei dos Compromissos.

A Lei dos Compromissos aprovada pela Assembleia da República, no pas-sado mês de Fevereiro, impõe novas regras para as administrações públi-cas assumirem e pagarem despesas, isto é, obriga a que não se possa fazer nenhuma despesa para qual não haja uma receita equivalente prevista nos três meses subsequentes.

Defendo a aplicação de penas seve-ras para todos os que não cumpram

com o rigor e a disciplina orçamental na gestão da tesouraria, seja nas enti-dades públicas, nas câmaras munici-pais ou nas universidades, mas não posso subscrever o entendimento do Secretário de Estado do Orçamento, Luís Morais Sarmento, ao afirmar que a Lei dos Compromissos “vem criar dificuldades às entidades que tinham maus hábitos e acumulavam dívidas”.

Do meu ponto de vista, esta lei que foi criada para a administração central não pode ser aplicada, transversal-mente, a todos os organismos, nome-adamente às autarquias, que passam

por sérias dificuldades neste tempo de crise, ao mesmo tempo que são chama-das a acudir a situações de carência por parte das comunidades que servem. Será que o Governo quer acabar com os municípios antes de tempo? Aten-te-se na realidade de muitos concelhos deste país, onde esse flagelo social que é o desemprego atirou muitas famílias para a miséria, e que graças à ajuda das câmaras municipais e das Insti-tuições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) vão sobrevivendo. Até ao dia em que as autarquias deixarem de garantir o fornecimento de refeições e transportes aos alunos, quando não

tiverem meios financeiros para recu-perar as casas degradadas de modo a garantir a que muitos cidadãos possam viver em condições condignas, quando deixarem de garantir o transporte dos idosos às consultas médicas ou, simplesmente, não puderem efec-tuar a recolha dos resíduos sólidos nem garantir a limpeza dos espaços públicos, porque não podem assu-mir compromissos para os quais não tenham prevista uma receita nos três meses seguintes, sob pena dos autarcas incorrerem em responsabilidade civil, criminal, disciplinar e financeira.

A Lei dos Compromissos, tal como existe, obrigará a que os despachos dos autarcas estejam na disponibilidade do visto do ministro das Finanças, o que se traduz objectivamente na ingerência e na perda da autonomia do poder local. Não é politicamente honesto procurar fazer com que os 12 mil milhões de euros de dívidas das câmaras munici-pais, dos quais, 3 mil milhões a prazo, possam constituir a peneira que tapa o desvario e a desgovernação da admi-nistração central deste país.

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Vítor Madeira

O insubmisso

Subitamente, o mesmo silêncio estra-nho de ausência. Um silêncio espesso feito de pequenos bips intermiten-tes e da vozearia surda de alguma televisão em fundo, de conversas de corredor, de carros buzinando na distância. Um silêncio sobrecar- regado e inequivocamente diurno. «Na mesma, doutor. Por vezes acorda um instante, mas depressa volta a cair no sono.» Espreguiçou-se men-

era mais velho, conduzia e traba-lhava, tinha namorada, frequentava meninas e conseguia beber depois de vomitar. Que ele quisesse ouvir a sua opinião, era motivo para uma res-posta pronta. Uma daquelas res-postas que justificam o sacrifício humilhante de anos de privações e dependência, em nome da neces-

sidade de tirar um curso. «Podes crer. Em 86 a gente entra na CEE, certo? A partir daí, amigo, acaba-ram-se as tretas — somos todos ale-mães.» «Na CEE, hein? Raios partam a chouriça...» E o Júlio varreu com a unha o intervalo entre os inci-sivos superiores. «CEE. Um clube de países ricos. Depois de entrar,

não há volta a dar-lhe, é sempre a subir.» O Júlio lançou do escuro um olhar oblíquo. «A subir? Nós?!» Mas guardou um silêncio indulgente que sabia a incentivo. «Acredita, esta palhaçada acaba aqui. Vamos entrar na Europa. E a Europa, no futuro, é como se fôssemos todos alemães.» Bip, bip. De novo arrancado para outro lugar. «Olhe, enfermeira, se notar alguma agitação, espasmos, tremores ou assim, chame-me ime-diatamente. As próximas horas são cruciais.» Uma voz rápida acende-ra-se ao longe, debitando notícias. Coelho? Seguro? Louçã? Que raio faziam ali? De repente, por entre referências deslocadas, a voz disse distintamente FMI e, logo a seguir, Portugal. Sorriu aliviado. Sempre era 1983.

talmente, como se pudesse mexer os braços. E abriu os olhos. Conse-guia afinal abrir os olhos! O Júlio bebeu uma longa golada e parecia reanimar-se. «Olha lá, tu que andas a estudar pra doutor, o que é que dizes a esta coisa do FMI? Algum dia vol-taremos a levantar cabelo?» Endirei-tou-se no lugar, reconhecido. O Júlio

José Guedes

1983

A Lei dos Compromissos – A perda da autonomia do Poder Local“Se neste momento desempenhasse funções públicas, sentia-me na obrigação de pedir a demissão”

Carlos Matias Ramos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros

As bibliotecas de hoje só são parecidas com as de antigamente porque têm estantes e livros. Mesmo nestas áreas, ainda são diferentes. Já não são aque-las cantoneiras desmontáveis, mas sim prateleiras robustas umas, quase caci-fos outras.

Também já não são apenas livros que lá encontramos. São jornais, uma grande variedade de jornais e revistas, em língua portuguesa e línguas estran-geiras, trazendo a informação escrita de todo o mundo. Há nelas CD´s de áudio, DVD’s de vídeo, ligação à internet, não apenas em computado-res próprios do estabelecimento, mas

também nos portáteis ou tablets dos visitantes.

Mas há uma diferença substancial em relação ao passado. São locais vivos, onde as escolas levam os alunos a participar em iniciativas, ajudando na dinamização cultural das comuni-dades onde se inserem.

As bibliotecas do Baixo Guadiana, integradas na rede nacional de biblio-tecas, aumentam as capacidades individuais de cada uma delas com a constituição de sub-redes concelhias,

onde participam as bibliotecas escola-res. Cria-se, desta forma, uma sinergia e potencia-se a quantidade e qualidade das realizações, até mesmo em relação à pedagogia escolar.

Dezenas de cidadãos usam já estas bibliotecas, com destaque para os alunos das escolas. Desmentem esta-tisticamente a asserção de que cada vez se lê menos.

Há porém um longo caminho a percorrer no sentido de levar mais cidadãos ao usufruto das bibliotecas.

A biblioteca Vicente Campinas, por exemplo, está aberta durante a semana até às 19,45 e também ao sábado à tarde, ao alcance de quem trabalha. Naturalmente pela sua posição geo-gráfica e pela dimensão do concelho onde se insere é a mais ativa e a que acolhe uma maior frequência de rea-lizações.

No início do mês de Abril, ocorreu ali uma iniciativa de cujo relevo só nos daremos conta no futuro. Foi a pri-meira experiência, a continuar para os

próximos anos, com o sugestivo título de “Sinónimos de Leitura”. Ali, para além do lançamento de livros e uma feira do livro, ocorreram debates sobre o futuro dos livros e da edição quer em papel quer eletrónica, como se conta noutro local deste jornal.

Certamente que estas bibliotecas são agora os repositórios vivos do saber e podem constituir os pilares de uma cidadania mais culta para as novas gerações.

Saiba então a sociedade compre-ender e acarinhar o papel que são chamadas a desempenhar. E também que a tesoura economicista dos que reclamam menos Estado não conti-nue invariavelmente a passar pela cultura, a saúde e a assistência como tem estado a ser a regra.

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

José Cruz

Bibliotecas de agora

O Circo Máximo

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EDUCAÇÃO

mente o Centro de Saúde, autar-quias e comunidade escolar, sendo que “ao longo do ano são realiza-das diversas iniciativas que pro-movem a vida saudável”, salienta Adelaide Rosa a responsável pelo agrupamento.

Ao longo do ano, no âmbito deste projeto, é realizada, por parte dos professores de edu-cação física, uma avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC) dos alunos. “Os resultados são facultados aos encarregados de educação”, recorda a diretora que explica, ainda, que e os alunos que revelem necessidade de acompa-nhamento têm-no, sendo encami-nhados pelo Gabinete de Apoio ao Aluno (GAA) do agrupamento para consultas de nutrição ou para aulas de prática desportiva.

É nos escalões dos alunos mais crescidos que os indicadores são mais preocupantes, sobretudo, ao nível da obesidade, sendo que também têm sido detetados casos de magreza extrema.

Os itinerários percorridos foram sete e adaptáveis aos diferentes escalões etários dos alunos, tendo sido percorridas as localidades de Monte Gordo e Vila Real de Santo António. O percurso foi feito a pé e de bicicleta, tendo sido a Mata, que liga as localidades, palco de encontro entre muitos dos alunos.

A iniciativa teve como finali-dade dar cumprimento ao encer-ramento do projeto «Escola Ativa» neste ano letivo que vai já no ter-ceiro período. Em declarações ao JBG, Adelaide Rosa, diretora do Agrupamento de Escolas D. José I – que também participou na cami-nhada no passado dia 11 de abril de manhã - lembrou que a grande finalidade do projeto é divulgar e promover junto da comunidade os percursos e a prática despor-tiva. Os encarregados de educa-ção, sobretudo dos alunos mais jovens, aderiram em força a esta iniciativa.

A caminhada deu a conhecer

os diversos percursos adaptados à prática desportiva no concelho, nomeadamente a mata do conce-lho, que representa um verdadeiro pulmão e espaço desportivo por excelência. Os alunos que segui-ram de BTT percorreram a mata, mas também diversas ruas da cidade de VRSAla Real de Santo António e Monte Gordo.

De referir que este pas-seio foi uma organização do subdepartamento de Educação Física, Projeto «Escola Ativa» e da «Escola de Referência Desportiva» (ERD) na modali-dade de BTT de VRSA, ambas com sede no Agrupamento de Escolas D. José I. Contou também com o apoio da PSP e GNR no projeto «Escola Segura».

«Escola Ativa» revela indicadores

Recorde-se que o projeto «Escola Ativa» conta com a parceria de diversas entidades, nomeada-

Mais uma iniciativa pretendeu sensibilizar para uma vida saudável. Foram abrangidos jovens desde o pré-escolar até ao 9.º ano escolar. Cerca de 1900 alunos, de bicicleta e a pé, juntamente com professores, pessoal não docente e encarregados de educação, realizaram diversos percursos pela mata e tecido urbano.

O poeta valenciano Uberto Stabile esteve em Vila Real de Santo António para falar sobre poesia aos jovens do 8.º ano. Depois de lerem poemas do autor os mais jovens questionaram-no sobre o processo de escrita.

1900 alunos caminharam na «Escola Ativa»

VRSA e Monte Gordo

Alunos mais sensibilizados para a poesia

Escola D. José I

De Punta Umbria, onde reside atualmente, diretamente para a EB 2,3 D. José I, em Vila Real de Santo António, Uberto Stabile pre-tendeu dar uma visão de autor do processo de escrita da poesia. No passado dia 16 de Abril falou das fontes de inspiração, dos primeiros escritos, do tempo que a poesia ocupa na sua vida, respondendo a questões previamente preparadas pelos alunos, que em contexto de sala de aula leram parte da sua obra.

Os alunos da professora Cristina Felício leram no auditório da escola poesia em castelhano, e depois traduzida em português, e puderam contactar diretamente com o autor. O discurso direto da pergunta e resposta deu-lhes a possibilidade de ver e ouvir ao vivo o autor, que em livro lhes havia deixado algumas interrogações. A professora Cristina Felício, ainda antes do início da sessão, disse ao

Encarregados de educação também participaram na caminhada a pé

JBG que o objetivo da iniciativa passava muito por “proporcionar uma experiência diferente aos alunos e abrir a escola à comu-nidade”.

Jovens têm mais apetência para a poesia

Por sua vez Uberto Stabile, autor de cerca de uma dúzia de obras e colaborador em diversas anto-logias, afirmou ao JBG que, “ao contrário do que muitas vezes se diz, são os mais jovens que apre-sentam maior apetência para aprender a gostar da poesia que fala sobre sentimentos”. Uberto Stabile garante que são cada vez mais os jovens que se interessam pela poesia “graças a iniciativas cada vez mais intensas em círculos poéticos”.

O autor que começou a escrever na adolescência deixou-se levar inicialmente “como a maioria dos

poetas, pelo amor”. Agora dedica a sua obra a escrever sobre a injus-tiça, sociedade, política, direitos humanos, perpetuando com os seus escritos a cidadania ativa. Uberto Stabile fala sobre a rea-lidade, caracterizando que o que escreve é “uma poesia muito nar-rativa”.

Autor é um apaixonado por Portugal

Ao JBG o autor declarou-se um “apaixonado pela língua e cultura portuguesas”.

De referir que para além de todo o seu percurso poético, Uberto Stabile é desde 2005 coordenador da iniciativa «Palavra Ibérica» que promove encontros e concursos de escrita entre Portugal e Espanha. O autor e poeta espanhol também tra-balha na área da tradução, tendo já traduzido muitos autores espanhóis para a língua portuguesa.Uberto Stabile proporcionou um contacto direto da sua obra aos alunos

Alunos realizaram caminhada a pé e de bicicleta

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 5

Castro Marim vai ser palco de Inclusão

240 jovens vãocompetir nas profissões

EDUCAÇÃO & JUVENTUDE

21 jovens estiveram em Guérande no passado mês de abril

Campeonato vai escolher representante português para ir à Bélgica

Uma semana de intercâmbio

Os jovens partiram de Portugal com um programa definido entre a escola e a Associação de Gemi-nação Castro Marim-Guérande. Segundo Alexandre Laurent, pre-sidente da Associação, “este inter-câmbio faz todo o sentido porque a componente cultural tem de ser promovida entre ambas as vilas, e sendo os jovens e as escolas a protagonizar essa relação, perspe-tiva a boa continuidade da gemi-nação”.

No regresso os jovens manifesta-ram muita satisfação pela viagem; tendo sido notícia durante a sua estadia na imprensa local de Gué-rande.

De 7 a 10 de Maio, no Centro de Formação Profissional de Faro do Instituto de Emprego e Formação Profissional [IEFP], 240 jovens profissionais qualificados, oriun-dos de todo o país, representando 43 profissões, vão competir entre si, no âmbito do SkillsPortugal – Campeonato Nacional das Pro-fissões. O objetivo é demonstrar a sua qualidade e competência técnicas, através da realização de provas de desempenho com altos padrões de exigência assentes em prescrições técnicas internacio-

Os jovens e os professores foram acolhidos por famílias francesas que durante uma semana se mostraram incansáveis para bem receber os mais novos, que, por sua vez, parti-ram à descoberta de Guérande, vila medieval irmã de Castro Marim, num intercâmbio promovido pela Associação de Geminação de Castro Marim/Guérande.

A viagem prolongou-se por uma semana e na mala os jovens por-tugueses levaram a componente artística para mostrar aos jovens franceses e com eles trocar expe-riência e conhecimento.

Em Guérande apresentaram as peças de teatro «O Auto da Curan-deira», «O Ataque a Santarém» e «Os Incas na festa do Sol». Dos jovens da escola Jacques Brel assis-

tiram à apresentação das «Fábulas de La Fontaine».

Os alunos portugueses que viajaram até Guérande perten-cem todos à «TeaTroTeca», grupo de teatro escolar da EB 2,3 de Castro Marim, e de acordo com o professor responsável pelo grupo, que também esteve em Guérande, “o intercâmbio superou todas as expectativas, não só ao nível do acolhimento, mas sobretudo no que diz respeito ao intercâmbio entre as escolas”. Pedro Tavares, o responsável, adiantou ao JBG que desta viagem os jovens e a escola trouxeram a possibilidade de no futuro ser realizado um projeto COMENIUS com Guèrande “o que neste momento está a ser estudado”, sublinhou.

A vila medieval de Castro Marim vai receber no próximo dia 19 de Maio de um evento que pretende celebrar a inclusão. A iniciativa insere-se no «Connecting Classrooms»; pro-jeto de três anos promovido pelo British Council, em articulação com o Ministério da Educação, através da Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.

«Connecting Classrooms» teve o seu início no ano letivo de 2010-2011 e conta com a participação de várias escolas do Algarve, bem como da Inglaterra, República Checa e Grécia, num total de 21 escolas. Através da ligação sinérgica de escolas, alunos, professores e respetivas comunidades educati-vas, «Connecting Classrooms» visa a concretização de um projeto comum sob o tema geral da “Inclusão”.

Entre as outras atividades, para concretizar as finalidades deste projeto, nomeadamente no que diz respeito ao fomento de uma cidadania global, de um currí-culo internacional, da inclusão e do envolvimento da comunidade. As sete escolas do Algarve que integram este projeto decidiram

nalmente estabelecidas.De acordo com o IEFP “com

iniciativas desta natureza pre-tende-se fomentar a qualidade e a inovação no sistema nacional de qualificações; a atratividade e a valorização dos cursos da forma-ção profissional; a elevação dos padrões de exigência da qualifi-cação da população jovem, pro-movendo a sua empregabilidade e a adequação das competências adquiridas às necessidades do mundo do trabalho”.

Empreendedorismo, criativi-

dade e inovação, técnica e arte, autonomia e trabalho de equipa, são alguns dos conceitos subja-centes a este campeonato. No decurso do SkillsPortugal - Faro 2012, os jovens irão competir perante um coletivo de júris alta-mente qualificados e de milhares visitantes, muitos deles em idade de tomarem decisões sobre o seu percurso de formação.

Nesta competição serão selecio-nados os representantes de Portu-gal no campeonato da europa das profissões (EuroSkills), a decorrer em Outubro próximo, na Bélgica, e no campeonato do mundo das profissões (WorldSkills), em Julho de 2013, na Alemanha.

21 alunos entre os 11 e os 14 anos, quatro professores, da EB 2,3 de Castro Marim, e um membro da Associação de Geminação de Castro Marim/Guérande, , estiveram em Guérande entre 1 e 8 de abril para um intercâmbio onde a arte revelou ambas as culturas.

Castro Marim levou arte à vila-irmã Guérande

Geminação

organizar um evento no dia 19 de maio que pretende celebrar o tema da “Inclusão”, envolvendo toda a comunidade educativa.

Castro Marim será, então, o palco desta iniciativa. Estão pensadas inú-meras atividades que preencherão esse sábado, nomeadamente provas de natação, estafeta e cicloturismo, um mercadinho solidário, exposi-ções, teatro, performances, filmes, animação de rua, workshops, dança, música, apresentações várias e um debate final. O evento visa igual-mente sensibilizar a comunidade alargada para a existência das onze Unidades de Ensino Estrutu-rado que se encontram por todo o Algarve. As atividades decorre-rão principalmente no Revelim de Santo António.

Está estimada a participação de cerca de 400 alunos, para além dos professores, famílias e de todos aqueles que se queiram juntar a esta festa.

A associação Rodactiva, de Castro Marim, já fez chegar à nossa reda-ção a sua colaboração neste evento através de um percurso de ciclo-turismo.

Faro, 7 a 10 de Maio «Connecting Classrooms»

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LOCAL | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

por Antónia-Maria

La romería de piedras-albasEl Almendro - Castillejos

Poesia PortuguesaSemana cultural en la escuela de idiomas de Ayamonte

Oda a la Libertad

-“Alonso, acércate. Somos procedentes de Ayamonte. En la pér-dida de España nos pusieron aquí unos devotos. Soy la Inmaculada y quiero quedarme aquí para protec-ción de estas tierras y de su gente. Quiero que lleves una de estas imá-genes al lugar llamado “Cerro del Águila” y que allí me hagan una ermita para que sea venerada; y que la otra imagen la quedes aquí mismo para que me veneren todos los habitantes que aquí residen”.

Alonso Gómez, una vez que salió de su éxtasis, de aquel sobrenatural asombro, cogió las imágenes y corrió hacia el pueblo a anunciar a sus vecinos la buena nueva.

¿Cómo recibirían la noti-cia del prodigio aquellas humildes gentes?

Si imposible es de saber, no lo es de imaginar, teniendo en cuenta que en el siglo XV, Dios y

María ocupaban el centro de la vida de aquellas sociedades medieva-les…

El pastor cumplió al pie de la letra aquel milagroso encargo y llevó una de las dos imágenes a la localidad de La Puebla de Guzmán y allí, en el denominado Cerro del Águila, quedaría para veneración de los puebleños con el nombre de Virgen de la Peña; la otra imagen, y cumpliendo así mismo el pastor el mandato, quedó allá, en el Prado de Osma, llamándosele Piedras-Albas... ¿quizá por aparecer entre piedras al alba? ó ¿porque las piedras eran de color blanco....?

Y desde aquel día han transcurrido ya más de quinientos años de ininterrumpido fervor a estas imágenes, fervor que ni los acontecimientos históricos y políti-cos han podido hacer desaparecer.

La Hermandad de Piedras-Albas conseguiría su apro-

bación el 15 de Marzo de 1.872, aprobación concedida por el Arzo-bispado de Sevilla.

Algunos años antes, los señores don Esteban Rodríguez y don Gaspar Mora, uno de El Almen-dro y el otro de Castillejos, habían logrado, con la ayuda de las gentes de ambos pueblos, construir la pri-mera ermita en el Prado.

En la mañana del domingo, y también en El Almendro, se pro-cede a la primera de las celebracio-nes religiosas de la romería. En esta ocasión se le dedica una Santa Misa a Cristo Resucitado, a la que han de asistir los “mayordomos”, seguida de una procesión por las calles de la localidad, antes empedradas con ese encanto y tipismo que le daba la piedra a estos pueblos andeva-leños, con la bonita escultura que se guarda en la Iglesia de Nuestra Señora de Guadalupe.

Los Cirochos interpretan ante el paso la tradicional danza, en la que es fundamental el son del tamboril, junto con la flauta y los palillos con que se acompañan los “danzaores”. Y es así, que en ese día, tras la misa, la caballería como por estos lares se le denomina, presidida por los mayordomos que portan orgullosos los pendones o estandartes, y acom-pañados durante todo el recorrido por los acordes de la flauta y del tamboril, tras recorrer las calles de ambos pueblos para llamar a los caballistas, hace su primera salida hacia el Prado de Osma, como siem-pre siguiendo la ruta que marca el camino de herraduras que, par-tiendo de El Almendro, y pasando por lugares de singular belleza,

termina en las mismas puertas de la ermita de Piedras-Albas.

Al mediodía, la caballería llega al Prado.

Acabada la Misa, todos se van hacia los olivos, hacia las encinas, hacia los verdes prados plagados de blancas y amarillas mar-garitas, hacia sus casetas, y haciendo una verdadera comida de hermanos, ya que cualquiera puede comer un “petisco” en cualquier reunión.

Aquí y allá surge el espontá-neo garganteo del “cantaó” interpre-tando un fandango, una sevillana, y como no, el popular “Artillerito”.

“Artillerito, tira la bomba y al caballito dale que

corra” Concluida, aunque

nunca terminada, la comida, las campanas anuncian a los romeros el momento del denominado “besa-manos”, que consiste en acercarse y besar la medalla con la imagen de la Virgen…

Acabado el besamanos, se procesiona a la Virgen por el Prado, llevándola desde la puerta de la ermita hasta el lugar conocido como “Calvario”, para, una vez rodeado éste, volver hasta la ermita. Ante la imagen, los miembros de la Her-mandad y los mayordomos portan banderolas, estandartes y pendo-nes, mientras que los danzadores del “Cirocho” ejecutan sus diferentes pasos y variaciones acompasados por el chasquido de castañuelas, y los sones de la flauta y del tambo-ril.

Finalizada la procesión y la imagen colocada en el interior de la ermita, dan comienzo los preparati-vos para iniciar la vuelta a las locali-dades, iniciándose el regreso cuando ya va cayendo la tarde - noche.

Según nos cuenta la tradición oral, allá por el año de 1460, en el mes

de Diciembre, el día de la festividad de la Purísima Concepción de la

Inmaculada Virgen María, y cuando un humilde pastor llamado Alonso (o Alfonso) Gómez se dedicaba a su

tarea de guardar sus ganados en el lugar conocido como Prado de

Osma, posiblemente, como aún hoy, perteneciente al término municipal

de El Almendro, por aquel enton-ces encuadrado en el Condado de

Niebla, vio brillar una luz entre unas piedras, a eso de las primeras luces

de la mañana, o sea, al alba.

Era devotísimo de la Virgen María y por eso exclamó al ver el resplan-dor:

-“Señora, sois más pura que la aurora de la mañana”

Y sobrecogido y al mismo tiempo interesado por aquel extraño fenómeno, que él con casi toda segu-ridad achacaría al reflejo de algu-nas gotas de agua entre las rocas, se acerca al lugar del resplandor y descubre entre las piedras, como si allí hubiesen sido escondidas, dos bellísimas imágenes de vírgenes.

Sigue contándonos la tra-dición que, tras reverenciarlas con profunda humildad, preguntó:

-“¿De dónde viene a mí tanta dicha? ¿Qué queréis de mí?”

Sin salir de su sorpresa por aquel descubrimiento, y antes de que desapareciese su asombro, escu-chó Alonso una dulcísima voz que, dirigiéndose a él, le decía así:

“Bruno” es una obra bilingüe, cas-tellano y portugués, de un escritor luso angoleño que destaca tanto en poesía como en prosa. Ya obtuvo el premio José Saramago, en 2007 con “O remorso de Baltazar Serapiâo”.

Ha sido publicada por la “Asocia-ción Cultural Littera” de Villanueva, cuyos meritos no hacen mas que subir.

Entre los últimos títulos editados por tan dinámica entidad destacan escritores tan solidos como Luis Antonio de Villena y Basilio Sán-chez, si desmerecer el resto de la colección.

Antonio Sáez Delgado, presidente de los Escritores Extremeños, ha hecho la versión en español, rea-firmándose como uno de los mas finos traductores del portugués a nuestra lengua.

Como en años anteriores, se celebró la Semana Cultural en la Escuela de Idiomas, afinales de Marzo, con una programación mu variada.

Ciclo de cine en varios idiomas: inglés, alemán, francés y portugués, charlas, feria de trueque, poesía, tam-bién en varios idiomas acompañada por un recital de piano por un profesor del Conservatorio de Música de Isla Cristina, Stands de libreros y concurso gastronómico…

Las actividades en lengua portu-guesa, ha contado con la participación del escritor José Estavao Cruz, de Vila –Real de Santo Antonio, con su libro de poemas “Brumas de barra”, ademas de una charla sobre “Coimbra, una visita guiada”, dirigida por Cristina Martins

La Semana Cultural finalizó ya entrada la noche, con un concierto de fados en el patio central de la Escuela.

“Bruno” ofrece largos poemas en verso libre , a cuyas múltiples libertades sintácticas y un lenguaje muy actual, se suma un rotundo erotismo, lo que proporciona ese aire de lozanía y provocador bien perceptible.

La Hermandad de Piedras-Albas conseguiría su aprobación el 15 de Marzo de 1.872, aprobación concedida por el Arzobispado de Sevilla

La Semana Cultural en la Escuela de Idiomas se celebró afinales de Marzo, con una programación mu variada

Premio Internacional «Palabra Ibérica 2010»

Te vieron los pueblos en ansiedad y espera,te amaron los buenoslos humildes,los que te buscaron sin descanso,los que te quieren por encima de las cosasque es posible decir,los que marchan a través de la oscuri-dad y el miedo,los desnudos,…los que yacen derribados por la esclavitud y la pena.Te buscan cada día y cada hora,En cada uno de los océanos,en cada lejano otero, todas las criaturas que por el mundo yerran,y todas las criaturas que albergan en sí cielosy mares,los animales del bosque, los animales bondadosos,las aves de cada nube y cada árbol ….

Fernando Cabrita. Abogado y escritor

MANUEL PECELLIN LANCHARRO. DOCTOR EN TEOLOGíA y FILOSOFíA, CATEDRáTICO DE INSTITUTO y PROFESOR DE ESCUELA

UNIVERSITARIA. MIEMBRO DE LA REAL ACADEMIA DE ExTREMADURA…. AUTOR DEL BLOG “LIBRE CON LIBROS”.

Manuel Gomez González

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 7

LOCAL

Catálogo assinala 10 anos de trabalho

Toda a cerimónia foi condu-zida pela arqueóloga Alexandra Gradim que com João Luís Car-doso, Professor Catedrático da Universidade Aberta, editou o catálogo «10 Anos de Trabalhos Arqueológicos do Neolítico ao Romano». Os autores tiveram a oportunidade de partilhar com os presentes momentos de autógra-fos e dedicatórias de um trabalho de investigação e execução que no catálogo se apresentam compila-dos por palavras e imagens.

Depois da apresentação dos tra-balhos teve lugar a inauguração da exposição de aguarelas «O Cas-telo», do pintor Carlos Luz.

De referir que a valorização do castelo foi apoiada pelo Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Portugal-Espa-nha (POCTEP) em 75% do seu valor e está integrado no projeto GUADITER.

Obras de valorização tornam o monumento mais funcional

Coração da vila de Alcoutim, o castelo é atualmente o mais importante e conhecido ponto turístico do concelho. Alvo de obras de valorização, o castelo de Alcoutim ganhou uma nova vida e está agora mais acessível e convidativo.

A ideia foi tornar o monu-

Alcoutim recebeu a 31 de março a cerimónia de inauguração da valo-rização do castelo da vila. Nesse dia ficaram a conhecer-se os trabalhos de valorização, que passaram pela colocação de uma proteção nas muralhas, construção de um pas-sadiço no Núcleo de Arqueologia, renovação e ampliação da exposição «Património Arqueológico de Alcou-tim» e substituição da cobertura e da cozinha do castelo.

A efeméride contou com a pre-sença de diversos representantes regionais. O presidente da Comis-são de Coordenação e Desenvolvi-mento Regional do Algarve, David Santos, a diretora regional de cul-tura, Dália Paulo e o diretor regional de educação, Alberto Almeida. As opiniões foram unânimes no que diz respeito à qualidade dos trabalhos realizados, bem como à importância que constituem para a dinâmica de preservação do património e o seu contributo ao nível da cultura e da educação.

Francisco Amaral, presidente da câmara municipal de Alcoutim, dis-cursou perante cerca de uma cen-tena de pessoas, demonstrando o “empenho e aposta” na valorização do património edificado. O autarca agradeceu a todos os envolvidos nos trabalhos de recuperação do castelo, reerguido já sob a alçada deste executivo, em 1994. “É um sentimento de dever cumprido”, referiu o autarca, lembrando o que o castelo era na sua infância, ou seja, completamente abandonado, e o que é agora.

mento mais acessível e funcional e, simultaneamente, mais atrativo ao visitante. Na persecução deste objetivo, a câmara municipal de Alcoutim definiu três intervenções – a colocação de uma proteção nas muralhas, a construção de um pas-sadiço no Núcleo de Arqueologia e a substituição da cobertura e da cozinha.

O guarda-corpos levantado nas muralhas, no valor de 55.661,96 euros, tornou-as finalmente seguras à visita. Protegido, o visitante pode agora desfrutar da paisagem que a altitude das muralhas oferece sobre a vila alcouteneja e a sua vizinha, Sanlúcar de Guadiana.

No Núcleo de Arqueologia encon-tramos agora um passadiço com pavimentos de vidro, que permite um acesso melhorado ao espaço arqueológico e uma ótima visuali-zação do mesmo. A exposição do núcleo, «Património Arqueológico de Alcoutim», foi também alvo de uma renovação e ampliação, estando agora mais completa e valorizada. Esta intervenção está avaliada em 88.464,95 euros.

A cozinha localiza-se numa das áreas do castelo com melhor vista sobre o rio Guadiana. O local é muitas vezes usado pela autarquia de Alcoutim como palco de even-tos turísticos e culturais. A obra foi adjudicada por 61.312,07 euros e o espaço foi completamente reestrutu-rado. Os materiais foram substituí-dos por outros em madeira tratada, valorando a peça arqueológica (Adarve e Baluarte do Castelo).

Muitos anos de trabalho ditaram melhoramentos na segurança e atratividade do castelo de Alcoutim. As obras de valorização da fortaleza aconteceram sob a coordenação da arqueóloga Alexandra Gradim, numa aposta do município em salvaguardar o património.

Castelo de Alcoutim está mais valorizado

Núcleo de Arqueologia tem passadiço com pavimentos de vidro que per-mitem um acesso melhorado

As muralhas do castelo estão agora mais protegidas

Diversas entidades regionais marcaram presença na cerimónia Alexandra Gradim e João Luís Cardoso editaram o catálogo «10 anos de Trabalhos Arqueológicos do Neolítico ao Romano»

Inauguração das obras

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GRANDE REPORTAGEM

Associação de Bem-Estar Social do Azinhal não baixa os braços no combate ao isolamentoChegou ao fim o projeto «ANIMART» que ao longo de dois anos atravessou todo o concelho de Castro Marim para, de forma itinerante, prestar cuidados na área psicossocial, animação e saúde. A Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA), entidade executora, promete não baixar os braços no combate ao isolamento e tem boas expectativas para a aprovação de um novo projeto que vai privilegiar o Interior do concelho castromarinense.

Susana de Sousa gorduras e polinsaturados – tais como os enchidos, as azeitonas e o pão. Muitas das vezes essa alimen-tação agravava o quadro de hiper-tensão ou diabetes e os utentes não tinham qualquer cuidado”, explica-nos Sara Agostinho. Mas coube aos técnicos da ANIMART, sobretudo à enfermeira, quebrar alguns mitos culturais e sensibilizar para uma alimentação mais saudável.

Uma campanha por mês

A equipa levava um mês a fazer a ronda a todo o concelho – Interior e Litoral. O que significa que cada campanha estava em vigor ao longo de, sensivelmente, 30 dias. “Era pre-ciso não deixar ninguém de fora”, lembra Sara Agostinho que sublinha que a adesão aos serviços prestados foi substancialmente maior na serra. “No Litoral há um acesso maior a todo um conjunto de serviços, mas no Interior a distância gera bloqueios vários”.

Os beneficiários dos serviços prestados pela ANIMART tinham uma média de 80 anos. Uma idade avançada envolvida em diversas problemáticas sobre as quais era urgente intervir. “Pela serra os prin-cipais problemas identificados foram a iliteracia, o isolamento, o álcool e a depressão”. Com o decorrer do projeto, e com a positiva aceitação da população a esta equipa itinerante, as campanhas foram sendo programa-das e a equipa ousou arrojar. O que significou intervir mais com serviços que até aqui eram inexistentes.

A animação social torno-se, assim, possível em terreno árido neste campo. Estas pessoas sentiam-se bem ao ser acompanhadas ao nível da saúde, mas não estavam habitu-adas a ter momentos de convívio e animação à porta. O que em nada significava que não estivessem ávidas de viver novas sensações. Foi a pensar nisso que a equipa ANIMART iniciou o cinema ao ar livre, que durante as noites de verão, fizeram as delícias de muitos que já não davam conta de há quantos anos não viam um filme, ou até de quem nunca tinha tido opor-tunidade de «ir ao cinema». “Chegar

a estas pessoas e cativá-las para uma sessão de cinema à partida poderia fazer-nos pensar que seria uma ideia que não teria muita adesão, mas na verdade foi surpreendente a forma como os nossos utentes aderiram”. Sara Agostinho lembra também os encontros de Natal levados a cabo com as comunidades várias e que marcaram uma quadra que muitos celebravam antes sozinhos e que com a aquela equipa de quatro jovens passavam a fazê-lo em convívio. “Juntávamo-nos em associações de caçadores e aí tínhamos populações de várias localidades juntas para um convívio muito bonito numa quadra muito especial”.

Tudo isto nos conta Sara Agos-tinho, deixando transparecer um sentimento de tristeza pelo projeto já ter terminado. “Olhar para trás e pensar nas relações que conseguimos criar e nos serviços que prestámos é gratificante, mas ao mesmo tempo entristece ter o ANIMART parado com uma comunidade lá fora à nossa espera”, lamenta.

Mais de 4 mil atendimentos

Em dois anos a equipa ANIMART levou a cabo um total de 4282 atendi-mentos, sendo que foram beneficiadas 527 pessoas. Estavam inicialmente programadas cerca de 20 campanhas, mas devido a constrangimentos finan-ceiros e ao final antecipado do projeto, apenas foram cumpridas 13 ações. Recorde-se que o principal objetivo do ANIMART foi combater o isola-mento social através da dinamização de uma Unidade Móvel de Animação e Acompanhamento Psicossocial, que de forma itinerante proporcionou aos idosos momentos de lazer e convívio, desenvolvendo ações que promove-ram a saúde e bem-estar do idoso, contribuindo para o envelhecimento ativo desta população.

Com o ANIMART encerrado estão mais quatro jovens no concelho de Castro Marim desempregados. Ao que o JBG apurou a ABESFA está a fazer de tudo para integrar futuramente estes jovens no seio da associação.

Ao longo de dois anos o projeto ANIMART rolou pelas estradas do concelho de Castro Marim. Quatro jovens recém-formados dois anos depois continuam jovens, mas com muito mais conhecimento do territó-rio e sensibilidade para os problemas que afetam muitos dos habitantes, na maioria idosos e dispersos em montes onde por vezes apenas uma casa de longe a longe é habitada.

Poderíamos afirmar que essas se tratam de pessoas «orgulhosamente sós», mas não é o caso porque se ao início, sobretudo na serra, mostra-vam-se reticentes, até desconfiados, em relação aos quatro jovens - que generosamente se deslocavam de terra em terra - pouco a pouco, de forma cautelosa, mas também gene-rosa, os habitantes foram chegando perto da carrinha da ANIMART e par-ticipando nas diversas campanhas realizadas.

Sara Agostinho, coordenadora pedagógica do projeto, confirma ao JBG que o primeiro e principal entrave que a equipa sentiu no ter-reno por parte da população foi a desconfiança. “Nas zonas mais iso-ladas, na serra, as pessoas ao início desconfiavam muito de nós; ao que vínhamos”, diz a técnica que também lembra que “depois de um primeiro contacto a população mais reticente foi-se adaptando aos serviços pres-tados”, acolhendo na sua rotina a equipa de jovens.

Saúde com maior adesão

O serviço disponibilizado pelo ANIMART e que contou, desde logo, com mais adesão dos utentes, foi o da saúde. Eram levados a cabo desde rastreios de diabetes e colesterol, campanhas de vacinação e várias sessões de sensibilização ligadas a problemáticas tão variadas como «Saúde Mental em Idosos: Prevenção das demências», «Acidente Vascular Cerebral», «Engasgamento e Asfixia», «Prevenção das Doenças Cardiovas-culares: Índice de Massa Corporal», «Ondas de Calor» até à «Alimentação

Saudável».“Sem dúvida que os nossos utentes

sentiam-se cada vez mais acompa-nhados com estas iniciativas ligadas à saúde”, conta-nos Sara A. que frisa que muitos dos beneficiários das cam-panhas apresentavam hábitos preju-diciais a uma vida saudável, sendo que aos poucos foram seguindo os conselhos dos técnicos daquela uni-dade móvel.

Os erros mais recorrentes pren-diam-se muito com a alimentação. “Na serra a população, maioritaria-mente idosa, tradicionalmente pra-tica uma alimentação baseada em

“Olhar para trás e pensar nas relações que conseguimos criar e nos serviços que prestámos é gratificante, mas ao mesmo tempo entristece ter o ANIMART parado com uma comunidade lá fora à nossa espera”

«Campanha de Vacinação» teve grande adesão da população, sobretudo, da Serra que está mais distante dos serviços de saúde

Depois do fim do «ANIMART»

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 9

GRANDE REPORTAGEM

Associação de Bem-Estar Social do Azinhal não baixa os braços no combate ao isolamento

ABESFA lamenta fim “abuto” do ANIMART

Para a Associação de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA) fica um sabor amargo pelo facto do projeto ANIMART ter terminado “de forma abrupta”. Esclarece-nos António Pereira, presidente desta entidade, que este projeto “não arrancou em Abril de 2010 aquando da assi-natura do protocolo - entre a tutela [Ministério da Solida-riedade Social], os municípios [Castro Marim e Alcoutim], enti-dade coordenadora [ODIANA] e a ABESFA - “tendo, efetivamente, começado a ser executado apenas em Outubro desse ano”. Atrasos que se deveram, essencialmente, à falta de liquidez financeira da entidade. Para a ABESFA fazia todo o sentido que o projeto ANI-MART se tivesse prolongado até Outubro de 2012, cumprindo três anos efetivos de trabalho, mas apesar da sensibilização feita junto das entidades competen-tes esta Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) do Azinhal viu as suas expetativas goradas, tendo o ANIMART saído da estrada em Abril deste ano. Aliás, este responsável é bastante crítico no que diz respeito às “constantes alterações das regras, nomeadamente, de índole finan-ceira” do Contrato Local de Desenvolvimento Social [CLDS], que segundo A. Pereira “vieram estrangular a capacidade de res-posta da associação que acabou por não ter capacidade finan-ceira de adiantar verba para os ordenados dos técnicos afetos ao projeto”, os quais acabaram por sofrer diversos atrasos nas remunerações. Apesar de tudo, o esforço da ABESFA e dos técni-cos afetos “fizeram do ANIMART um projeto pioneiro e que veio ao encontro das necessidades diagnosticadas no concelho, nomeadamente no combate ao isolamento”, sublinha o presi-dente daquela entidade sediada no Azinhal. António Pereira é

perentório quando afirma que “o balanço feito ao projeto é bastante positivo”.

A carrinha colorida, que todos os dias percorria as inúmeras localidades de Castro Marim, está agora parada e depois de dois anos de trabalho intenso deixa uma sensação de vazio na população que foi aderindo aos serviços prestados.

Novo projeto para o combate ao isolamento

António Pereira adianta ao JBG que existem “ótimas expec-tativas” numa candidatura apre-sentada, desta vez, à Fundação EDP Solidária e que, “apesar de ser um projeto diferente e com um toque de inovação, permi-tirá prestar os mesmos serviços que o ANIMART”. A diferencia-ção do projeto apresentado em candidatura “passa por um novo serviço de acompanhamento social aos utentes”. Caso a can-didatura seja aprovada, ao longo dos próximos 12 meses os uten-tes beneficiários terão de novo um apoio itinerante ao nível da

saúde e da animação, sendo que lhes será dado um acompanha-mento social intensivo. “Por esse Interior existem muitas pessoas que não têm possibilidade de se deslocarem sozinhas para tratar de documentação variada, numa consulta ao hospital precisam de um apoio e até na aquisição de medicamentos ou de compras de supermercado”. António Pereira recorda que “o que para muitos está apenas à distância de um clique para estas pessoas é uma grande dor de cabeça”. O pro-jeto idealizado prevê também um maior acompanhamento aos utentes isolados para um aumento da qualidade de vida. “Queremos suprir mais do que as necessida-des básicas que são asseguradas pelas várias IPSS’s no concelho”, remata.

António Pereira afirma que tanto o ANIMART, como o novo projeto desenhado, “foram proje-tados através de um diagnóstico que a ABESFA fez do território, conhecendo bem as necessida-des existentes” num território envelhecido e disperso onde se encontram montes com apenas um habitante.

Ao que o JBG apurou, a can-didatura da ABESFA à EDP Soli-dária estará bem encaminhada, estando a ser analisada a última documentação depois do processo ter sido aprovado positivamente em duas fases prévias. O resultado deverá ser conhecido no início de Maio.

A ser aprovada a candidatura, o projeto terá a duração de 12 meses, trará um novo acompa-nhamento itinerante, mas desta vez privilegiando o Interior do concelho. Com um orçamento na ordem dos 40 mil euros pro-mete colmatar lacunas na área da saúde, animação, psicologia e acompanhamento social. “No caso da EDP Solidária a candi-datura, a ser aprovada, terá uma disponibilização de 50% inicial o que nos dará a liquidez finan-ceira necessária para fazer face às despesas correntes”, explica o presidente da ABESFA.

António Pereira ressalva que “é importante aumentar a qualidade no apoio aos utentes que residem em suas casas”, lembrando que “a institucionalização custa mais de 200% ao erário público”.

A carrinha colorida, que todos os dias percorria as inúmeras localidades de Castro Marim, está agora parada e depois de dois anos de trabalho intenso deixa uma sensação de vazio na população

«Encontros de Natal» marcaram de forma muito calorosa as ações de ani-mação social levadas a cabo pela ANIMART

«Cinema ao Ar Livre» foi uma das iniciativas que levou à Serra os filmes, que preencheram o tempo de lazer das populações mais dispersas

Os quatro técnicos da ABESFA preencheram ao longo de dois anos oespaço das habitações mais isoladas, levando serviços essenciais para melhorara a sua qualidade de vida e relação interpessoal

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LOCAL

Depois de 8 anos à espera da resposta, eletricidade vai chegar a Matos A ambição era longínqua; há precisamente oito anos que a povoação dos Matos aguardava a eletrificação. Apesar deste ser um lugar atualmente sem residentes permanentes era o único que no concelho de Alcoutim não dispunha de corrente elétrica.

De acordo com o que o JBG con-seguiu apurar há apenas duas casas nos Matos que são habita-das e somente aos fins-de-semana. Desde há muito que a população, que aqui fez a sua vida, partiu. Hoje em dia quem aqui regressa é na vontade de estar nas origens, mas ainda não de uma forma definitiva. Arranjam-se as casas que foram herdadas da família

cação e iluminação pública deste monte promovam o seu desenvol-vimento, estimulando o retorno de ex-habitantes”. No total foram investidos 43 mil euros em ele-trificação.

Há oito anos que o executivo muni-cipal esperava por este momento. Em breve a EDP vai instalar luz na única povoação em Alcoutim ainda sem instalação elétrica.

e aproveitam-se os momentos de descanso nesta localidade na freguesia do Pereiro. Atualmente apenas duas casas estão arranjadas e são frequentadas por «filhos de Alcoutim».

Para Francisco Amaral, pre-sidente da câmara municipal de Alcoutim, a eletrificação vai aumentar a atratividade do lugar. O autarca enseja que “a eletrifi-

Iniciativa decorreu em março e envolveu 120 pessoas

Montes e Aldeias

Durante uma semana – de 21 a 28 de março – a autarquia de Alcou-tim organizou sessões de escla-recimento em montes e aldeias do concelho, com o objetivo de promover a segurança pública.

A estas sessões foram cerca de 120 pessoas, maioritariamente acima dos 50 anos, preocupa-das em saber como agir perante situações de perigo, como incên-dios, emergências médicas ou tentativas de burla.

Todas as sessões foram condu-zidas pelo comandante operacio-nal municipal da Proteção Civil,

Eurico Vicente, por uma técnica do Gabinete Florestal Municipal, Telma Marques, por uma técnica da Associação Cumeadas (Asso-ciação de Proprietários Florestais), Ana Gancho, e por um elemento do Destacamento Territorial da GNR de Tavira.

Foram abordados os mecanismos de prevenção e atuação de que dispo-nibilizamos em casos de emergência e esclarecidas as várias dúvidas colo-cadas pela audiência, preocupada com o isolamento da serra algarvia e com o seu desconhecimento de respostas a situações de risco.

Idosos aprendem a agir em situações de risco

Matos não tem habitantes permanentes e apenas dispõe de duas casas recuperadas

Alcoutim

PSD reitera confiançaem Luís GomesA Comissão Política de Secção do PSD de Vila Real de Santo António reafirmou a sua confiança no exe-cutivo municipal liderado por Luís Gomes e acaba de traçar um conjunto de estratégias para o concelho.

As linhas de ação foram definidas nas primeiras jornadas autárquicas de 2012 do PSD/VRSA, realizadas nos dias 30 e 31 de março, na Biblio-teca Municipal Vicente Campinas, iniciativa que contou com meia centena de participantes e com a presença do adjunto do Secretário de Estado da Administração Local, Mário Claudino.

Com o debate inicialmente focado no atual quadro económico, as intervenções mostraram boa rece-tividade aos esforços de contenção financeira aplicados pelo executivo social-democrata da autarquia de VRSA e aplaudiram a manutenção das políticas sociais levadas a cabo por Luís Gomes.

No capítulo do desenvolvimento, foi destacada a necessidade de os Planos Diretores Municipais, e demais planos territoriais, se adap-tarem às necessidades da economia do concelho, encurtando tempos de aprovação e de decisão.

“À custa de muito trabalho, conse-guimos finalmente, junto do IPTM, desbloquear o processo de constru-ção da nova área industrial de Vila Real de Santo António. Por outro lado, ao fim de 14 anos, aprovámos o

Plano de Pormenor de Monte Gordo Nascente. São dois exemplos de per-sistência deste executivo, mas que poderiam ter sido mais céleres se a administração central incorporasse a necessidade de agir em tempo real”, notou o presidente da câmara muni-cipal de VRSA, durante o primeiro painel de intervenções.

“Se analisarmos o somatório de projetos que não têm sido desen-volvidos no concelho por falta de resposta da administração central, rapidamente percebemos que esta-mos a desperdiçar centenas de postos de trabalho. Foi aliás para contrariar esse cenário que agimos rapidamente e críamos um parque para autocara-vanas na marginal de VRSA, que é hoje elogiado pela própria Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve”, continuou Luís Gomes.

O primeiro dia das jornadas deba-teu também os desafios da Reforma da Administração Local, tendo o adjunto do Secretário de Estado da Administração Local, Mário Clau-dino, reiterado a necessidade de, ainda este ano, se lançarem as bases e o suporte legislativo de um munici-palismo mais forte, mais sustentado e mais eficaz.

Potencialidades para o crescimento

O segundo painel foi conduzido

pelo coordenador do gabinete de estudos do PSD/Algarve, Miguel Madeira, que apresentou a pro-posta de plano de crescimento para o Algarve e enumerou as suas potencialidades de aplicação no concelho de VRSA.

Da análise, foi verificado que VRSA ainda dispõe de áreas de expansão empresarial nos seus planos territoriais e destacaram-se as múltiplas oportunidades de investimento na agricultura e pesca, tendo em conta os múltiplos recursos endógenos de concelho.

Já o segundo dia de trabalhos promoveu um debate interno com vista à organização das estruturas da concelhia do PSD/VRSA, com o objetivo de preparar as autárqui-cas de 2013.

Para o presidente da Comissão Política de Seção do PSD de Vila Real de Santo António, António Cabrita, «além das fortes contribui-ções de militantes e munícipes, as jornadas autárquicas recolheram sugestões válidas para a dinami-zação do concelho e aumentaram a proximidade dos munícipes com as estruturas de decisão».

“Por esta razão, o PSD/VRSA prepara-se para aumentar a regularidade destes encontros e assume o desafio de ampliar a participação jovem nos próximos fóruns de debate”, conclui António Cabrita.

VRSA

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LOCAL

Edil alcoutenejo reivindica programas sociais menos formatados a partir de Lisboa

F. Amaral critica formatação de Contratos de Desenvolvimento Social

Francisco Amaral, presidente do município de Alcoutim, criticou em Portimão os Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS) que “vêm totalmente formatados de Lisboa e que em muitos casos não servem as necessidades locais”. O autarca falava na cerimónia que marcou o encerra-mento de grande parte dos CLDS

no Algarve e não poupou críticas ao programa, que no Baixo Guadiana envolveu os municípios de Alcoutim e Castro Marim. Segundo F. Amaral “era preciso que estes programas não viessem tão formatados de Lisboa e que fossem mais maleáveis às reali-dades locais”. Exemplificando, o autarca criticou o

facto de o programa que levou a cabo para atenuar a surdez severa na serra algarvia, não ter tido apoio do CLDS «+ Inclusão» e deu a entender que o apoio dado por este CLDS ao programa de combate aos problemas de saúde oral no municipal foi reduzido.

CLDS terminam no Algarve

Numa fase em que a grande maio-ria dos CLDS termina no Algarve, lançando para o desemprego cerca de quatro dezenas de técnicos e deixando desprotegidas muitas comunidades, Francisco A. garante que gostaria de ver renovado, ainda que noutros moldes, o contrato que esteve afeto a Castro Marim e Alcoutim entre 2009 e 2012 e que beneficiou maioritaria-mente a comunidade idosa através de quatro linhas de atuação que atribu-íram competências e combateram a exclusão social dos mais desprotegidos, tendo sido a associação Odiana coorde-nadora do projeto «+ Inclusão».

A 12 e 13 de abril decorreu no Museu de Portimão o seminário de

encerramento do projeto. «Dinâ-micas de Inclusão no Algarve»,uma organização do GRATO de Portimão, com a colaboração das entidades dos CLDS do Algarve, tendo como objetivo apresentaro trabalho desen-volvido nos últimos 36 meses.

No encerramento do seminário a diretora regional de Segurança Social. Ofélia Ramos, garantiu que não tem qualquer indicação da tutela sobre a continuidade dos projetos que agora terminam, mas acrescentou, cautelosa, que “há esperança na renovação dos CLDS que estão a ser avaliados” pelo Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, lembrando que “impõe-se a intervenção do Estado e de todos nós nas questões da exclu-são social”, reconhecendo que “há limitações orçamentais” que falam mais alto.

O Algarve foi beneficiado pelos CLDS em Tavira (apenas começou em 2011), Castro Marim/Alcou-tim, Faro, Monchique, Loulé e Por-timão; estes últimos terminaram em 2012.

10 milhões para mais CLDS’s.

É de referir que em março, Marco António Costa, secretário de Estado da Segurança e Soli-dariedade Social, assegurava à agência Lusa que os CLDS iriam ter continuidade através da assi-natura de novos protocolos ou da renovação dos já existentes. “Há mais protocolos que estão pre-vistos e aos quais queremos dar continuidade; neste setor social, queremos garantir uma estabili-dade e relação de confiança com os representantes das instituições e da sociedade civil”.

O governante falava à agência Lusa no final da assinatura do protocolo para a renovação de um CLDS a desenvolver no Ribatejo. “Há todo um conjunto de iniciati-vas que, neste momento, estamos a avaliar e, dependendo dessa ava-liação, resultarão daí novas medi-das”, explicou. O Governo tem 10 milhões de euros reservados para este programa.

Desde o início do mês de abril que os bombeiros vila-realenses iniciaram um “casamento” com a ANAFS. Tal como disse ao JBG José Neto, presidente da associação humanitária local, trata-se de uma “parceria importante uma vez que é formação na área do socorro”, lembrando que “toda a formação é pouca e há que estar cada vez melhor preparado”. Para o responsável estas parcerias “representam sempre um esforço financeiro do ponto de vista da aquisição de mais meios humanos e materiais necessários na área do socorro”, ressalvando que através da formação conseguem-se “salvar vidas, o que representa não um custo, nem investimento, mas sim um proveito inestimável”.

Primeira parceria no Algarve

Por sua vez o presidente da ANAFS, Manuel Velloso, enalteceu a primeira parceria da ANAFS no Algarve e real-çou que este ato permite “trazer técni-cas e ensinamentos na área do socorro que não são habituais na sociedade civil e nos corpos de bombeiros”. Para o responsável em VRSA existem condi-ções “excelentes” para a formação.

Através do protocolo estabelecido a ANAFS ensina a técnica na área do socorro e formação também na área do salvamento urbano e gestão das populações.

Manuel Velloso realçou o trabalho desenvolvido em VRSA na área da for-mação dos mais pequenos. “Não há sociedades securitárias se não se levar a cabo a formação dos mais jovens”, declarou ao JBG. Por sua vez a ANAFS desenvolve formação com crianças entre os 3 e os 9 anos e o presidente da entidade deixou um apelo para que as autarquias e demais instituições se movam neste sentido. Cada formação

da ANAFS aos mais pequenos custa 5 euros por criança. No total, desde há três anos, foram já abrangidas 10.500 crianças em todo o país

Crise não abala formação

De referir que na Associação Huma-nitária dos Bombeiros de VRSA existe a aposta na formação das crianças e jovens através das classes de Infantes e Cadetes, sendo das poucas ao nível nacional que a desenvolvem. Ao que o JBG apurou a crise não está a colocar em causa esta formação nem tem feito decrescer a adesão dos mais novos.

Bombeiros investem em formação de socorro

Parceria pioneira no Algarve Alcoutim

A Comissão Nacional de Proteção Civil aprovou o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil [PMEPC] de Alcoutim.

O Plano Municipal de Emergên-cia estabelece como responder à generalidade das situações de emer-gência e serve de orientação aos Ser-viços Municipais de Proteção Civil. O plano é posto em prática sempre que se verificar um acidente grave, uma catástrofe ou uma calamidade e tem o objetivo de minimizar pre-juízos e perdas de vidas.

A Comissão Nacional de Proteção Civil estabeleceu ainda que o Plano deve ser revisto no prazo máximo de um ano, após a sua entrada em vigor.

A Autoridade Nacional de Prote-ção Civil, no parecer que sustentou a aprovação do Plano, salientou o esforço do mesmo na adaptação às novas disposições legais na matéria e “alguma preocupação de adequa-ção à realidade municipal”.

No passado dia 18 de abril, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Vila Real de Santo António, em conjunto com a Comissão Municipal de Prote-ção Civil pombalina, participou num exercício a nível do Distrito de Faro para testar a resposta de todos os agen-tes de Proteção Civil no nível munici-pal, perante uma situação de sismo e risco de Tsunami no Algarve.

O Exercício «ALGARVE SISMAR 12» é um exercício sem meios humanos no terreno, planeado e conduzido em modo de CPX, com a finalidade de testar a linha de comando, bem como a resposta do Sistema de Proteção Civil a nível Municipal e Distrital perante uma situação de ocorrência de um evento sísmico no distrito, seguido de um maremoto.

Neste âmbito, todos os agentes de Proteção Civil atuaram como se de situações reais se tratasse, procedendo às ações necessárias para a resolução dos problemas.

O exercício contou com a participa-ção das entidades com representação ao nível do município: PSP, GNR, Auto-ridade Marítima Local, Cruz Verme-lha, Corpo de Bombeiros, Segurança Social, Autoridade de Saúde, Serviço de Urgência Básica de VRSA e Serviço Municipal de Proteção Civil.

A Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Real de Santo António estabeleceu uma parceria com a Associação Nacional dos Alistados das Formações Sanitárias (ANAFS). Trata-se da primeira parceria no Algarve.

ANAFS assinou protocolo com bombeiros de VRSA

Aprovado Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil

VRSA simula sismo e Tsunami

SISMAR 2012

Susana de Sousa

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12 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MAIO 2012

LOCAL

Equipa Odiana cativou espanhóis para o Baixo Guadiana

Líder no mercado francófono promove Alcoutim, Castro Marim e VRSA

Em Portugal o «Petit Futé» tem seis publicações distintas: Por-tugal, Lisboa, Porto, Madeira, Açores e Algarve. Durante os dois anos que se seguem o Baixo Gua-diana está em destaque no guia dedicado ao Algarve e o objetivo

é atrair mais visitantes ao territó-rio. A aposta é da associação para o desenvolvimento ODIANA que canaliza, assim, uma vez mais, as energias para a promoção do território que compreende Alcou-tim, Castro Marim e Vila Real de

Já estão afixados os seis outdoors que dão conta de que «Há um Algarve sem Portagens». Depois da distribuição de panfletos nas ruas os cartazes gigantes assumem protagonismo em Huelva e Sevilha.

Foi aprovada em reunião de câmara de Alcoutim a adjudica-ção da empreitada de construção das condutas de abastecimento de água à Barrada, na freguesia de Martinlongo, que ligarão a povo-ação ao Sistema de Abastecimento da Águas do Algarve.

Com um investimento total de 220.478 euros, a obra vai ser finan-ciada pelo Programa Operacional Valorização do Território (POVT), integrado no Quadro de Referência Nacional (QREN), em 80%.

Os trabalhos deverão começar durante o mês de maio e ser concluí-dos em sete meses. A conduta vai ser ligada ao depósito de abastecimento de água da aldeia de Martim Longo, que é abastecido pelo Sistema Mul-timunicipal de Abastecimento de Água do Algarve.

Técnicos distribuíram cerca de dois mil folhetos informativos em Espanha

Guia turístico «Petit Futé» 2012-2013 está a promover Baixo Guadiana

Barrada vai ter água de qualidade

Outdoors em Huelva e Sevilha promovem Baixo Guadiana livre de portagens

Os outdoors estão distribuídos em Sevilha e Huelva, na província da Andaluzia, nomeadamente três em cada cidade. Certamente os espanhóis mais desinformados estarão agora mais dotados de conhecimento sobre o facto do Baixo Guadiana ser o único ter-ritório da região do Algarve onde se pode circular sem pagar por-tagens.

A Odiana investiu 10 mil euros numa campanha iniciada na Páscoa que vai durar até setembro através do projeto PIDETRANS. Este projeto é uma aposta no mundo empresarial, nomea-damente, promover o tecido empresarial da região nas suas diferentes vertentes.

“Desde a introdução das por-tagens na Via do Infante (A22)

que a circulação de turistas espa-nhóis no Baixo Guadiana dimi-nuiu, facto que afetou a economia local. No entanto, e uma vez que as portagens são pagas apenas a partir de Altura, foi detetada aqui uma oportunidade de cativar os «nuestros hermanos» a visitarem o Baixo Guadiana, visto que não há pagamento de portagem até às saídas 18 (Castro-Marim /

Vila Real de Santo António) e 17 (Altura / Monte Gordo)”, explica Valter Matias, diretor-executivo da Odiana.

Recorde-se que esta é uma cam-panha de esclarecimento aos espa-nhóis que visitavam regularmente o Algarve, mas que deixaram de o fazer devido às portagens, e des-conhecimento dos pórticos em cobrança.

A vila de Alcoutim já está preparada para a abertura da época balnear, a 14 de maio. Equipada com infraestru-turas e serviços, esta praia destaca-se pela sua envolvência com a natureza serrana, que faz dela um local exclu-sivo no Algarve.

Abraçada pela serra, a praia do Pego Fundo situa-se na ribeira de Cadavais, próximo da foz com o rio Guadiana. Para além do apoio de praia (bar, sanitários, duches, parqueamento automóvel e acessos adaptados para pessoas com mobilidade reduzida), dispõe de um parque de merendas com cobertura, um parque geriátrico, um campo de voleibol e uma área para atividades lúdicas e desportivas. É uma praia vigiada.

Praia de rio, foi candidatada pela câmara municipal de Alcoutim à Ban-deira Azul e à Bandeira Praia Acessí-vel, galardões que a autarquia espera conquistar, uma vez que a praia reúne todas as condições exigidas pelos pro-gramas. Recorde-se que é também uma das 10 pré-finalistas na categoria «Praias de Rios» do concurso 7 Mara-vilhas. As 21 finalistas, para votação pública, vão ser reveladas já no dia 7 de maio.

Praia Pego Fundo prestes a abrir

14 Maio

Martinlongo

barrocal e serra, acreditando que a promoção direta é um dos cami-nhos a seguir; numa altura em que o verão se aproxima.

De referir, ainda, que o «Petit Futé» é um conceito único a nível mundial com informação turística completa e acesso gratuito a uma base de dados escrita por jornalis-tas profissionais com mais 500 mil moradas no mundo inteiro.

A aposta da ODIANA vem na sequência do projeto GUADITER que no âmbito do Programa Ope-racional de Cooperação Trans-fronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP) 2007-2013. Os obje-tivos passam pela realização de ações de promoção de itinerários realizados no âmbito do projeto, como outros pontos e atividades de interesse do território.

Assim, a região está em desta-que, promovendo a gastronomia, património e cultura.

Santo António. “Tendo em conta que o Algarve é o primeiro des-tino turístico em Portugal e que o turismo francófono teve um crescimento na região algarvia de 17% no segundo trimestre de 2011, a ODIANA empenha-se uma vez mais em levar mais longe o território do Baixo Guadiana”, contextualiza o diretor-executivo, Valter Matias.

A rede de distribuição do «Petit Futé» são as livrarias, aeroportos, grossistas tipo FNAC e todos os países francófonos do mundo; entre eles França, Suíça e Canadá. Trata-se de um guia de bolso, de preço económico, com aplicações nas novas tecnologias. A título de curiosidade a página on-line deste guia recebe 2 milhões de visitas por mês.

A associação está, assim, apos-tada em elevar turisticamente um território diversificado entre praia,

Petit Futé

Huelva e Sevilha

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 13

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HISTÓRIAS DE VIDA

Aos 11 anos já José Gonçalves – mais conhecido por Zé «Tacão» – estava a aprender o ofício de barbeiro. Come-çou com o pai e em menos de um ano já cortava cabelos e fazia barbas para

sustento e orgulho da família. Quando começou fazia a barba por 15 tostões e cada corte de cabelo custava 3 escudos!

Hoje, aos 76 anos consegue ainda transparecer a genica e a arte com que desde muito cedo seguiu a vontade que lhe saía dos dedos para tornar os cortes de cabelo unissexo autênticas visões esté-ticas. “Isto aprende-se e ganha-se gosto, mas tem de ficar bem feito, não é cá de qualquer maneira”. Zé Tacão fez escola em Vila Real de Santo António. “É verdade que por esta barbearia passaram muitos jovens que foram aprendendo, mas não me sinto o professor deles; adaptavam-se ao meu estilo e depois seguiam o seu rumo”, diz humilde, mas sem falsas imodéstias.

O salão de hoje é o de sempre. É a sua segunda casa. Não raras vezes um dia de trabalho dura 10 horas, sendo que dali, às vezes, apenas consegue retirar três horas de sustento. “Passo aqui um dia inteiro e os clientes chegam-me ao final do dia

apenas; não os recuso”. Muito tempo não sig-nifica, por isso, muita clientela até porque

os tempos estão difíceis para todos. “Esta profissão foi sempre muito ingrata;

não enriquece ninguém”, garante-nos. Perto de 60% dos clientes de

Zé Tacão não são de Vila Real de Santo António. Chegam-lhe de

Alcoutim, Tavira, Albufeira, do resto do país, muitos de

Espanha e cativou também os auto caravanistas estrangeiros que ficam por Vila Real. “Se não fossem os espanhóis e os estrangeiros das auto-caravanas já tinha fechado as portas”, confessa. Nem a propósito, na mesma hora que tinha reser-vada para a nossa entrevista che-

gou-lhe um cliente vindo do Porto...

Perguntamos-lhe qual o segredo para tanta

fama. Responde-nos que “talvez seja pelo corte e

pela vontade em tratar muito bem os clientes”.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 15

HISTÓRIAS DE VIDA

Sentada numa cadeira a assistir à nossa conversa estava a conhecida fadista Lucinda Cordeiro, sua esposa e companheira de outras paixões! Apressa-se a responder à mesma pergunta, mas de forma mais firme. “O segredo é ele ser um bom barbeiro com uma simpatia imensa que cativa as pessoas”. A esposa é também a sua grande fã. Lucinda Cordeiro com-plementa a humildade de Zé «Tacão» com a visão de quem ama e de quem assiste ao investimento e dedicação ao ofício de barbeiro em plena avenida da República. “É a delicadeza em pessoa, nunca vi!”, acrescenta a mulher cuja alma fadista não a deixa ter «papas na língua».

Ao mesmo tempo que fala connosco Zé Tacão faz a barba a um jovem. É seu cliente desde que lhe surgiram os primeiros pelos na face. “Praticamente nasceu aqui; é como se fosse da família”. Carinhosa-mente o barbeiro fala de Artur que é neste momento o único cliente a quem aceita fazer a barba. “Ganhei um problema de varizes nas pernas que me impedem de fazer mais barbas; apenas a faço aqui ao Artur”, explica Zé «Tacão». Ainda faz à antiga, com a nava-lha, e Artur sabe que é um privilegiado. O barbeiro conta também na sua carteira de clientes com muitos jovens que o elegeram e que dali saem satisfeitos com o corte de cabelo de Zé Tacão. “Há uma grande concorrência com as cabeleireiras, mas mesmo assim mantenho um bom número de jovens que aqui vêm cortar o cabelo”, conta-nos, lembrando que é barbeiro de várias gerações familiares. “Há clientes que aqui trazem os seus filhos e netos”, congratula-se.

Há 65 anos atrás os maiores clientes de Zé Tacão eram os homens do mar que atracavam em Vila Real de Santo António. “Eu não fumava, mas aqui consu-mia muito fumo do tabaco deles”, conta, lembrando tempos em que havia mais clientes fixos. Nessa altura até aos Domingos se trabalhava. Aliás, quando em menino começou o seu percurso, era aos Domingos que fazia experiências nas barbas e cabelos dos vizi-nhos para se ir aperfeiçoando. “Tinham paciência para mim”, conta sorrindo.

Hoje, aos 76 anos, Zé Tacão continua com uma energia de fazer inveja. Por concretizar tem ainda o objetivo de remodelar a barbearia e empregar uma cabeleireira para dar uma nova dinâmica ao negócio. “Parar é morrer e não me vejo em casa sem fazer nada”, diz ainda cheio de coragem para levar para a frente um ofício que é também o sus-tento da família.

“Acabando os barbeiros que agora existem já não será da mesma maneira”, remata Lucinda Cordeiro, que nos acompanha nesta entrevista e que integra esta história de vida como uma das protagonis-tas.

Barbearia e música a doisLucinda Cordeiro é a grande paixão de Zé Tacão,

ou não fossem casados há 55 anos numa relação que transparece união e cuja história mostra isso mesmo. O amor fez com que a voz fadista mais veterana de Vila Real de Santo António conciliasse por 15 anos a sua intensa vida de artista com o salão da barbearia, que, assim, foi transformada num espaço unissexo onde Lucinda Cordeiro aprendeu a pentear as senhoras que ali chegavam. Juntamente com o marido passou a especializar-se no ofício, frequentando formações em Lisboa. A barbearia de Zé Tacão transformou-se, assim, no primeiro salão de Vila Real de Santo António para homem e senhora. Estávamos, sensivelmente, no ano de 1980. “Vinham aqui muitas senhoras, não só portuguesas, mas espanholas”, recorda Lucinda Cordeiro aquela altura. A Lisboa iam aprender as últimas técnicas, nomeadamente o «corte francês» que estava na moda, para melhor satisfazer os clientes.

Durante aqueles 15 anos a rotina de Lucinda Cor-deiro intensificou-se. De dia cortava cabelos e à noite cantava o fado pelo Algarve fora. Mas juntos, sempre, ao leme de duas grandes paixões, Lucinda C. e Zé T. fizeram vida intensa a partir da música ao longo de 45 anos das suas vidas. “Pessoalmente, não posso dizer que gosto mais da barbearia do que da música, nem vice-versa”, diz-nos Zé Tacão. Já Lucinda Cordeiro, que canta desde os 10 anos de idade, assume a sua grande paixão: a música. Por isso mesmo nunca deixou de cantar. Os hotéis no Algarve foram as salas onde mais atuou. Mas também cantou em Espanha e Holanda. Recorda os concursos em que participava, chegando a ganhar alguns deles. Com saudade recorda os «Compa-nheiros da Alegria», os «Jardins Cinema», a «Voz do Operário» e o «Cine Foz». “Chegaram-na a confundir com a Maria da Fé”, conta-nos Zé Tacão que se revela o fã número 1 da fadista que acompanhou ao longo de mais de quatro décadas à viola e ao teclado. “Gastei alguns 10 carros na correria da música”, lembra saudosista Zé Tacão.

O nosso mítico barbeiro de Vila Real de Santo Antó-nio iniciou a sua car-reira musical tocando música ligeira nos bailes de Carna-val, tendo sido um autodi-data na

matéria. Mais tarde o casal viu também o filho seguir as pisadas dos pais e hoje faz da música uma importante parte da sua vida. “O nosso Ricardo é um bom músico!”, dizem orgulhosos Zé Tacão e Lucinda Cordeiro.

Hoje em dia Zé Tacão e Lucinda Cordeiro apenas tocam em espetáculos de beneficência. É com um sabor amargo que nos contam que “os hotéis no Algarve pagam o mesmo do que há 20 anos atrás”. Em tempos, ainda, sonharam abrir uma casa de fados em Vila Real de Santo António, mas “onde é que estava o dinheiro para isso…”, lamenta a fadista.

Zé Tacão gostava de ver mais a mulher na tele-visão, mas Lucília Cordeiro já não pensa em tais aventuras. Juntos recordam agora quase 50 anos dedicados à vida artística e no coração guardam momentos como a homenagem feita pelo grupo «Cantar de Amigos» à fadista no ano de 2010. São momentos únicos que “se trazem sempre na lem-brança”, refere o casal protago-nista de uma história que nos mostra uma vida vivida intensamente.

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16 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MAIO 2012

LOCAL

GAL – TERRAS DO BAIxO GUADIANA

CANDIDATURAS ABERTAS – 1º CONCURSO/2012DE 16 DE ABRIL A 16 DE MAIO

SUBPROGRAMA 3 – DINAMIzAçãO DAS zONAS RURAIS

ACÇÕES:

3.1.1- DIVERSIFICAÇãO DE ACTIVIDADES NA ExPLORAÇãO AGRíCOLA

3.1.2- CRIAÇãO E DESENVOLVIMENTO DE MICROEMPRESAS

3.1.3- DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES TURíSTICAS E DE LAzER

3.2.1- CONSERVAÇãO E VALORIzAÇãO DO PATRIMóNIO RURAL

3.2.2- SERVIÇOS BáSICOS PARA A POPULAÇãO RURAL

Consulte os Avisos de Abertura dos Concursos em www.proder.pt e www.atbaixoguadiana.pt Pedidos de Esclarecimento: 281 546 285

O regresso destas belas e atrativas aflorações de água do Guadiana aconte-cem após 30 anos de interregno

Olhos do Guadiana estão de novo à superfície

Após três décadas de ausência e graças às grandes chuvadas de 2009 e 2010, está de regresso na nascente do rio Guadiana um fenómeno conhecido por «Olhos do Guadiana», aos pés dos montes de Toledo. A sobre-exploração do aquífero 23, por parte dos nossos vizinhos espanhóis, reconhecida oficialmente em Fevereiro de 1987, tinha feito descer de forma dramática os níveis da água sub-terrânea que começa a dar corpo ao rio. Neste lugar foram autori-zadas explorações de regadio no início da década de setenta que, juntamente com grandes períodos de seca na década de noventa, fizeram desaparecer por completo estes “olhos”.

O regresso destas belas e atrac-tivas aflorações de água do Gua-diana devem-se não apenas às chuvas mas também a medidas de protecção do aquífero por parte das autoridades espanholas. A Confederação Hidrográfica do

Guadiana desenvolveu e aplicou o Plano Especial do Alto Guadiana – PEAG.

Neste momento os níveis de água estão a cerca de 12,5 metros abaixo do solo, pelo que, nas zonas mais baixas do terreno permeável surgem pequenas lagoas forma-

José Cruz

Após 30 anos de ausência

Trata-se de um fenómeno natural de extrema beleza, mas que também intriga. As grandes chuvadas de 2009 e 2010 trouxeram de novo à superfície na nascente do Guadiana os famosos «Olhos do Guadiana».

das por emanações, os «olhos do Guadiana».

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 17

DESENVOLVIMENTO

Parada requalificação da EN 125As dificuldades financeiras do consór-cio Rotas do Algarve Litoral levaram a paragens nas obras de requalifica-ção da EN 125 e a um atraso incal-culável. Segundo avançou o autarca de Faro, Macário Correia, uma das empresas do grupo está em processo de insolvência. Macário Correia, diz não estar surpreendido e admitiu ter conhecimento de dificuldades em obter crédito na banca para finan-ciar a empreitada. Recorde-se que estas obras estavam previstas para serem executadas, antes da introdu-ção de portagens na A22, de modo a preparar a EN125 para ser uma alternativa fiável e segura à Via do Infante paga.

AMAL está preocupada

Entretanto, o conselho executivo da AMAL, que se reuniu a 2 de abril mostrou-se “preocupado com a para-gem das obras”, lembrando que “se aproxima o Verão e alguns dos troços mais importantes a requalificar não vão estar concluídos”. A AMAL lembra que a introdução das portagens levou a uma quebra de 49% do tráfego na A22; entretanto transferido para a EN125 e vias correlativas. Macário Correia, presidente da AMAL, salien-tou que o Algarve vai viver pela pri-meira vez a experiência de um verão com portagens na A22 e uma EN125 com obras por concluir. Estão para vir ainda as piores consequências de um congestionamento de trânsito e de muitos beliscões fortes na imagem e atratividade turística da região.

Ponte do Guadiana vai ser palco de mais protestosDepois de uma Páscoa em que muitos dos vizinhos espanhóis voltaram para trás devido às filas intermináveis para pagar as porta-gens na Via do Infante, a avenida da Ponte Internacional do Gua-diana ganhou mais um dispositivo de pagamento e o Governo avança com novos modos de cobrança. Comissão de Utentes projeta novos protestos. Foi uma “vergonha” condenou, desde logo a Comissão de Utentes da Via do Infante as filas intermi-náveis que esta Páscoa se verifica-ram junto à Ponte Internacional do Guadiana quando os vizinhos espanhóis tentaram passar a quadra em Portugal.

De acordo com João Vasconce-los, da Comissão de Utentes da A22, muitos espanhóis “dizem que já não voltam” a Portugal, sendo que muitos deles até têm residên-cia de férias no nosso país, estando alguns a ponderar vendê-la face à indignação que também sentem em relação à cobrança de porta-gens nesta ex-SCUT.

A Associação dos Hoteleiros e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) já confirmou a quebra de 35% de turistas espa-nhóis no Algarve, sendo várias as entidades regionais a reivindicar o fim das “portagens assassinas”, como já lhes chamam, face ao rombo que está a provocar na economia da região.

Depois da polémica na Páscoa a Estradas de Portugal providenciou mais um dispositivo de pagamento na Ponte Internacional do Gua-diana. A comissão de utentes já veio afirmar que tal medida não

passa de um “paliativo” que só “agudiza o problema”.

Espanhóis pagam portagens com Via Verde a partir do Verão

O secretário de Estado dos Transportes anunciou a 19 de abril que os condutores de veícu-los com matrícula espanhola vão poder usar o mesmo dispositivo de Via Verde nos dois países, mas o sistema só deverá estar opera-cional no início do Verão.

A AHETA já se pronunciou sobre esta medida e também a considera um “paliativo” de um problema que tem tendência para piorar à medida que as férias de Verão se aproximam.

Mais protestos na Ponte do Guadiana

A Comissão de Utentes da A22 definiu no dia 14 de abril mais medidas de protesto contra as portagens. Vai acontecer em maio ou junho, uma marcha lenta na Ponte Internacional do Guadiana como protesto contra as porta-gens. Na ação vão participar, mais uma vez, espanhóis da Andaluzia. Também vai ser entregue no par-lamento uma petição.

Balanço de 4 meses é “negro”

De acordo com a agência Lusa, a comissão de utentes da A22 faz um balanço “negro” dos quatro meses de “imposição” de por-tagens na Via do Infante, com “quebras de tráfego superiores a 60 por cento”, e afirma que o número de acidentes na EN125 duplicou.

Comissão de Utentes eleva contestação em maio ou junho na Ponte

A Prestação de Contas e Relatório de Gestão da Câmara Municipal de Alcoutim, referentes ao ano de 2011, foram aprovadas em abril em reunião de câmara sem votos contra. Alcou-tim transitou mais um ano “com uma grande estabilidade financeira”, refere uma nota às redações.

“A política séria e responsável tem dado frutos. Alcoutim continua a ser um município de referência regional e nacional em iniciativas pioneiras, bem como em termos de equilíbrio e solidez financeira”, avançou o vice-presidente da autarquia José Carlos Pereira.

No ano de 2011, a autarquia de Alcoutim apresentou uma receita total superior à despesa total, registando um saldo final positivo de 1.006.170,00 euros, o que levou à transição do ano sem quaisquer dívidas a fornecedores e empreiteiros.

Com um investimento per capita de 1.265,79 euros, o município de Alcoutim continua a dar provas da sua eficiência financeira.

Alcoutim sem dívidas

Isenção de portagens termina em JunhoDepois da região do Algarve ser considerada uma «região rica» pela União Europeia, as isenções de que gozam atual-mente os residentes algarvios, terminam em junho. As isen-ções mantém-se apenas para as regiões com um índice de poder de compra que não atinja os 80% da média do PIB per capita nacional. Só as regiões que estejam bem abaixo da média da riqueza nacional vão manter isenções. A informação foi confirmada em abril à Agên-cia Lusa por fonte da Estradas de Portugal, com base na reso-lução do Conselho de Ministros de 22 de setembro de 2010, que instituiu a aplicação de porta-gens nas SCUT. Em dezem-bro de 2011, segundo dados oficiais, estavam em vigor 336.460 isenções para circula-ção na A28, A29, A41 e A42 (na região Norte), A22 (Algarve) e A23, A24 e A25 (Centro). Em março último, o ministro da Economia e do Emprego admitiu que o Governo está a estudar o impacto das porta-gens introduzidas nas antigas SCUT e que em junho irá rea-valiar a situação.

Vila Real de Santo António exige reforço da cobertura TDT

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António considera “mani-festamente insuficiente” o facto de apenas 44 por cento do seu terri-tório estar coberto com sinal de Televisão Digital Terrestre (TDT), tendo já solicitado junto da Auto-ridade Nacional de Comunicações (Anacom) e da Portugal Telecom o reforço de sinal no concelho.

Apesar de este processo não ser da sua responsabilidade, a autarquia está consciente dos transtornos para os munícipes e já solicitou, junto da Portugal Telecom, uma reunião com carácter de urgência de forma a ultrapassar o problema e perceber

por que razão VRSA é um dos con-celhos, a nível nacional, com menor percentagem de cobertura por sinal de TDT.

Para conhecer a real a dimen-são do problema, a autarquia está também a solicitar aos munícipes, através dos diversos canais de con-tacto – página online, Portal do Munícipe, Newsletter, Facebook, email e telefone – que reportem as dificuldades sentidas.

Da mesma forma, a Câmara Muni-cipal acompanha, há várias sema-nas, as reclamações dos residentes que já entraram em contacto com o município, tendo já encaminhado as

diversas queixas recebidas para as entidades competentes, ajudando desta forma os vila-realenses a ultrapassar os problemas na cap-tação de sinal.

“Porque sabemos que existem muitas pessoas com dificuldades económicas que não têm acesso aos serviços de televisão paga e têm o direito de continuar a aceder livre-mente aos quatro canais nacionais, a Câmara Municipal já solicitou uma reunião, com carácter de urgência, à Portugal Telecom, e exige que VRSA tenha as mesmas condições de cobertura dos municípios que dispõem de retransmissores insta-

lados nos seus territórios”, afirma o presidente da Câmara Municipal de VRSA Luís Gomes.

“Não podemos aceitar que, em plena malha urbana de Vila Real de Santo António, sejam capta-dos mais de 40 canais espanhóis, enquanto os canais portugueses nem sequer são captados pelos descodi-ficadores compatíveis com a norma portuguesa. Da mesma forma, não nos parece razoável que cada família seja obrigada a gastar cerca de cem euros num kit satélite, que se afigura como a solução alternativa aos ser-viços de TV paga em 56% da área do concelho”, conclui o autarca.

Apenas 44% do concelho de Vila Real de Santo António está coberto pela televisão Digital Terrestre. Município já solicitou reforço.

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18 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MAIO 2012

DESENVOLVIMENTO

«Qualifica» distingue produtos tradicionais

A Qualifica está a promover um conjunto de concursos cujo prin-cipal objetivo passa por assegurar a genuinidade dos mais variados produtos tradicionais portugueses. Vão ser premiados os produtores que primam pela autenticidade, garantindo que os consumidores não sejam enganados.

Ana Soeiro, secretária-geral da Qualifica, Associação Nacional de Municípios para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradi-cionais Portugueses, disse à agên-cia Lusa que um dos objectivos dos concursos é “ajudar a clarifi-car conceitos” e a definir níveis de exigência que permitam diferenciar e “separar o trigo do joio”. Em abril o Centro Nacional de Exposições em Santarém, acolheu os con-cursos nacionais de Conservas de Pescado, de Pães, Broas, Folares e Bôlas, de Doçaria Conventual e de Doçaria Tradicional Popular Por-tuguesa. A 2 de maio vai decorrer

o primeiro Concurso Nacional de Licores Conventuais e Tradicionais Portugueses, seguindo-se, a 9 e 10 de maio, o de Queijos Tradicionais Portugueses com Nomes Qualifi-cados e de Enchidos, Ensacados e

Presuntos Tradicionais Portugueses com Nomes Qualificados. No início de junho será a vez dos Concursos Nacionais de Carnes Tradicionais Portugueses com Nomes Qualifica-dos, que se juntam aos de Mel, de

Azeite Virgem Extra e de Vinhos.Os prémios serão anunciados

e entregues no Salão «Prazer de Provar», durante a Feira Nacional de Agricultura, que decorrerá em junho, em Santarém.

Baixo Guadiana não está representado

Em fecho de edição, contactada pelo JBG, Ana Soeiro confirmou que “até ao momento” da parte do Baixo Guadiana não estão inscritos em concurso quaisquer produtos tra-dicionais. A responsável lamenta que não haja produtores do terri-tório a concorrer, pois reconhece o potencial ao nível das conservas de pescado, pão, folares licores e doçarias populares e conventuais. Julgo que a oportunidade era de razoável interesse e tenho a certeza que “quem não aparece, esquece”. A responsável lembra que “agregado aos concursos, para além dos pré-mios que dão notoriedade e grande «abertura comercial», há mais bene-fícios para os produtores, alertou.

Ao que o JBG apurou junto da Qualifica, este ano os produtores não terão novas oportunidades para participarem nestes certames, dado que já se realizaram “muitos con-cursos e ou outros têm as inscrições fechadas”, confirmou Ana Soeiro.

Ana Soeiro gostaria de ver produtos do Baixo Guadiana a concurso

A seca tem sido uma das principais causas para a quebra de produção

Concurso

Produção de laranja algarvia com quebra de 30%Segundo o Correio da Manhã, e baseando-se no relatório, publi-cado no mês de abril, os citri-nos foram, de uma forma geral, “muito afetados pelas geadas”, que prejudicaram “o seu estado vegetativo”. Os pomares que sofreram maiores danos foram “os da tangerina Encore e Clemen-ville e das laranjas Lanelate, D. João, Valência Late e Rhodes”. O Algarve conta com mais de 11 mil hectares de pomares, represen-tando quase 70% do total nacio-nal. Num ano normal, a região produz mais de 200 mil toneladas de citrinos. As condições meteo-rológicas também estão a afetar as alfarrobeiras. “Prevê-se uma diminuição de produção na ordem dos 25 a 30%, em parte devido aos efeitos da seca”, segundo consta do relatório. Na última década, os agricultores algarvios apostaram forte na produção de alfarroba, tendo sido plantadas cerca de 2,5 milhões de árvores. A região é responsável por mais de 95% da produção de alfarroba do País, o que corresponde, num ano normal, a cerca de 50 mil tone-ladas. O Grupo de Acompanha-

mento e Avaliação dos Impactos da Seca revela, por outro lado, que “as pastagens e os prados de sequeiro tiveram, de uma forma geral, uma rápida deterioração”, devido à “fraca precipitação”.

“Há produtores que estão a comprar palha proveniente do Alentejo e de Espanha, onde também começa a escassear”, refere o relatório. E acrescenta que “a subida acentuada dos preços dos materiais enfarda-dos está a aumentar os custos de produção e a descapitalizar as empresas agrícolas”.

Igualdade entre homens e mulhe-res: crescimento económico beneficia, segundo relatório

ASegundo o último relatório anual da Comis-são Europeia sobre a igualdade de género, pro-mover a igualdade entre homens e mulheres é essencial para que a UE dê resposta à atual crise económica. O relatório analisa os progressos efe-tuados no ano passado para suprir as lacunas que subsistem entre homens e mulheres a nível de emprego, da economia e da sociedade em geral. Embora se tenham verificado alguns progressos quanto ao aumento do número de mulheres nos postos superiores das empresas e à redução das disparidades salariais entre homens e mulheres, subsistem desafios consideráveis.

Os países da UE precisam de fazer entrar mais mulheres no mercado de trabalho se quiserem cumprir o objetivo global da UE que consiste numa taxa de emprego de 75 % para todos os adultos até 2020. Uma das formas de aumentar a competitividade da Europa é obter um melhor equilíbrio entre homens e mulheres que tomam decisões económicas. Estudos realizados demons-traram que a diversidade de género compensa e que as empresas com percentagens mais eleva-das de mulheres nos conselhos de administração têm um melhor desempenho do que as que têm conselhos de administração constituídos só por homens.

«Geração 1992»: concurso de cria-tividade para jovens sobre o mercado único

Os jovens nascidos em 1992 cresceram num mundo onde a livre circulação das pessoas, dos bens, dos serviços e dos capitais entre os 27 países da União Europeia foi sempre uma realidade. Ocupam, portanto, uma posição particular que lhes permite dar uma perspetiva nova sobre o mercado único europeu. É por essa razão que a Comissão Europeia organiza um concurso de criatividade destinado a essa «geração 1992», cujo objetivo é recolher os pontos de vista, as expe-riências, as observações e as expetativas destes jovens europeus sobre o que significa para eles hoje o mercado único.

Comissão lança campanha «We Mean Business» para aumentar a oferta de está-gios nas empresas

A Comissão Europeia lança hoje a campanha «We Mean Business», com o objetivo de incentivar as empresas a criar mais estágios e, dessa forma, melhorar as competências e a empregabilidade dos jovens. Os estágios podem também facilitar a transição dos jovens do ensino e da forma-ção para um primeiro emprego de qualidade. Podem ainda gerar benefícios para as empresas, permitindo-lhes encontrar excelentes trabalha-dores potenciais, com novas ideias, que poderão assumir um papel chave na futura produtividade e competitividade. Em 2012-2013, a Comissão apoiará financeiramente um total de 280 000 estágios, no âmbito das iniciativas Leonardo da Vinci e Erasmus, destinados a alunos do ensino profissional e do ensino superior.

«Perto da

Europa»

Centro de Informação Europe Direct do AlgarveComissão de Coordenação e Desenvolvimento

Regional - CCDR Algarve Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

Ocupação hoteleira subiu em março

No mês de março deste ano a ocupação hoteleira subiu 7,5% e o volume de negócio 3,5%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram avançados no mês de abril pela Associação dos Hoteleiros e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). A entidade sal-vaguarda, no entanto, que estas subidas são reflexo de “redução dos preços praticados”.

Ainda assim com 50% dos quartos ocupados em março, a hotelaria algarvia esteve longe das ocupações que registou nos meses de março de 1999 e 2000, em que ficou próximo dos 70%, em 68,9%.

A informação da AHETA espe-cifica ainda que em março deste ano a taxa de ocupação mais alta, de 72,9%, foi registada pelos esta-belecimentos localizados na zona de Portimão - Praia da Rocha, que também foi a que teve a melhor variação em relação ao mês homó-logo de 2011, com um aumento de 18,1%.

No pólo oposto estiveram os estabelecimentos localizados em Lagos - Sagres, nos quais a

ocupação ficou em 26,1%, ou seja, quase metade da média do Algarve.

VRSA/Monte Gordo sobem 11,5%

Segundo a AHETA depois de Porti-mão - Praia da Rocha, as zonas onde se verificaram maiores subidas da taxa de ocupação foram Albufeira, que tem classificado como o prin-cipal pólo turístico do Algarve, com um aumento de 12,5%, Vila Real de Santo António - Montegordo, com +11,5%, e Tavira, com +11%.

Em queda esteve a ocupação dos estabelecimentos localizados em Carvoeiro - Armação de Pêra, com um decréscimo de 18,9%, e em Faro - Olhão, com -16,9%.

Reino Unido sobe e Espanha desce

No que toca aos mercados emisso-res “as principais subidas” foram do Reino Unido e Holanda, respetiva-mente em 15,3% e em 11,3%, e “as descidas mais importantes” foram Espanha, em 35%, e Alemanha, em 5,6%.

São vários os concursos que a associação «Qualifica» está a levar a cabo para atestar a genuinidade dos produtos tradicionais em Portugal. O Baixo Guadiana, apesar do seu potencial, não está representado.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 19

DESENVOLVIMENTO

O primeiro estudo pretende esclarecer interrogações sobre a doença

A Rede Europeia de Cidades Trans-fronteiriças e Inter-regionais vai levar a cabo a 25 de junho na Corunha, o primeiro congresso europeu de fron-teiras que dá pelo nome «Congresso das fronteiras europeias: cooperação inteligente».

“Lamentavelmente, o contexto da crise atual está a provocar que a construção da Europa social e dos cidadãos, impulsionada por Jacques Delors, esteja a ser substituída pela Europa dos resgates, dos mercados e dos corte”, afirma a organização que lembra que perante a crise só há duas saídas: “ou impulsionamos uma saída da crise que recupere o espírito da construção Europeia na qual temos trabalhado nos últimos 20 anos ou, deparamo-nos com uma situação cada vez mais complicada, com os nossos territórios submetidos a decisões puramente economicistas que não terão em conta as particula-ridades inerentes a todo o território de fronteira”.

O objetivo do congresso passa por reunir pela primeira vez, todas as fronteiras europeias para fazer ouvir a nossa voz num momento crítico.

As declarações de Mário Freitas, pre-sidente da Associação de Dadores de Sangue do Barlavento Algarvio, foram reveladas no semanário «Barlavento» e revelam dados muito preocupantes do panorama na região. De acordo com a Associação as taxas mode-radoras impostas provocaram uma quebra significativa dos dadores na região de Portimão. Para além disso a falta de meios financeiros levou a que a associação anulasse as ações de sensibilização em 2012. Em declara-ções ao «Barlavento» Mário Freitas lembrou que até março deste ano o Algarve era auto-suficiente, mas com a quebra de doação de sangue a região corre o risco de deixar de o ser. A quebra atinge já os 20%. Em 2011 a associação levou a cabo 67 ações de colheitas de sangue em toda a região, sendo que com maior inci-dência no Barlavento.

O chefe de serviço de Medicina Interna do Hospital de Faro, Mário Lázaro e mais dois médicos do ser-viço, Bacar Banjai e Augusta Pereira, falaram para uma assistência muito interessada de cerca de duzentas pessoas, no salão do Centro Paro-quial de Martinlongo.

Tratam-se de patologias muito prevalentes naquela freguesia do concelho de Alcoutim. Mário Lázaro deixou a mensagem final da impor-

Congresso das Fronteiras Europeias apela à cooperação inteligente

Falta sangue no Algarve

«Doenças da Tiroide» encheu salão

Junho 2012

Primeiro estudo revela 1000 hemofílicos em Portugal

O valor de mil portugueses com Hemofilia em Portugal é estimado uma vez que, de acordo com o mesmo estudo, não existe um registo racional de pessoas com Hemofilia. Sabe-se, no entanto que cerca de 40% dos casos identificados em Portugal são considerados graves. As pessoas com Hemofilia podem desenvolver hemor-ragias espontâneas e muito prolon-gadas, que são suscetíveis de causar dor incapacitante, danos articulares graves e, sem o tratamento adequado, a morte. Sendo que as hemorragias, na Hemofilia, podem ser espontâneas ou originadas por um trauma e as suas consequências vão depender do local onde se desenvolvem. A doença tem um forte impacto na qualidade de vida, rotina diária, autoestima e rendimento escolar e profissional. Por exemplo, 28% das crianças com hemofilia já perdeu, pelo menos, um ano escolar devido à doença, 26% dos adultos com hemofilia afirma que a doença condicionou a obtenção de um emprego e 12% deixou de tra-balhar mais cedo.

Entre os adultos, 28% consideram que a Hemofilia interfere de forma

significativa na sua qualidade de vida.

Os principais receios dos doen-tes adultos prendem-se com o acesso ao tratamento, quer seja em situações de emergência ou em des-locações internacionais, quer com a possibilidade de infeções adquiridas através dos produtos derivados do plasma 6.

No caso de pais de crianças com hemofilia, a grande maioria (71%), tem preocupações em relação aos pro-dutos derivados do plasma e, destes, 58% considera que estas preocupa-ções causam apreensão relativamente ao tratamento dos seus filhos.

Hemofílicos com vidas “normais”

Há cerca de 30 anos, a esperança média de vida de uma pessoa com hemofilia não ultrapassava os 17 anos de idade. Atualmente, os doentes podem ter vidas relativamente nor-mais e uma esperança média de vida semelhante a pessoas «saudáveis», diz a Associação.

Não existe cura para a Hemofilia.

Existem tratamentos que têm como principal objetivo evitar os episódios hemorrágicos e estancar eventuais hemorragias existentes.

A profilaxia caracteriza-se pela administração do fator de coagula-ção em falta no sangue, através de injeção intravenosa, duas a três vezes por semana, e, desta forma, prevenir

o surgimento de episódios hemorrá-gicos. Em Portugal, de acordo com dados do estudo da APH, 84% dos inquiridos a fazer profilaxia demons-tra uma melhoria, grande a mode-rada, na sua qualidade de vida.

14 casos no Algarve

Contactada pelo JBG a Associação de Hemofilia de Portugal confirmou que “apesar de não existir um registo oficial de doentes, de acordo com os dados da APH relativos ao 2º semestre de 2011, estão registados na asso-ciação 14 doentes com hemofilia no distrito de Faro, de um total de 744 doentes registados na APH”.

De acordo com o primeiro Estudo sobre a dimensão do problema da Hemofilia em Portugal, apresentado dia 16 de abril em Lisboa, estima-se que em Portugal existam cerca de mil pessoas portadoras da deficiência. Trata-se de um estudo pioneiro que servirá de ajuda a muitas famílias e à comunidade médica que em Portugal lida com a doença. O JBG apurou que no Algarve há 14 casos registados na Associação de Hemofilia de Portugal.

Martinlongo

Algarve tem 14

tância dos médicos de família no seguimento destas doenças, após orientação inicial dos médicos inter-nistas.

No debate final, intervieram ainda, os médicos de família, Óscar Oliveira e o médico-autarca Fran-cisco Amaral.

O gabinete de Saúde e Ação Social da câmara municipal prepara já a nova palestra sobre osteoporose e artroses.

Duas centenas de pessoas estiveram atentas ao tema

Mediadores Ciganos a Sul reivindicam mais inclusão social

A 13 de abril teve lugar, nas ins-talações do Núcleo Distrital de Faro da EAPN Portugal, o I Encontro Transfronteiriço de Mediadores Ciganos. O evento foi promovido pelos Núcleo Distritais de Beja e Faro da EAPN Portugal em parce-ria com a Fundacion Secretariado Gitano que apresentou o seu projeto de Integração Laboral (ACEDER). Neste encontro participaram inves-tigadores e mediadores dos distritos de Beja, Faro e Huelva.

Muitas foram as questões levan-tadas, nomeadamente a inexistên-cia de um retrato fidedigno das comunidades ciganas, na região sul, enquanto elemento potencia-dor de políticas eficazes dirigidas às comunidades ciganas na região. Por outro lado foi referida a impor-tância e a necessidade de valorizar o papel do mediador e da sua car-reira profissional; estes sentem-se muitas vezes incompreendidos “os doutores podem falhar, nós não”. Foi, igualmente, referido a curta durabilidade dos projetos que não contempla a avaliação do impacto

das intervenções efetuadas junto das comunidades ciganas, visto que estas alterações só são visíveis a longo prazo. Por isso, consideramos que devemos apostar em medidas mais ativas de inclusão social, não se restringindo a políticas e a projetos avulso e pontuais sem continuidade ou sustentabilidade”.

Importa ainda salientar o papel que a mulher cigana assume no pro-cesso de inclusão social na região da Andaluzia. Embora considerem que existem fortes constrangimentos sociais para a sua implementação na região Sul de Portugal, foi mani-festado interesse na criação de uma Associação de Mulheres Ciganas na região sul do País, de forma a pro-mover a inclusão da mulher cigana na sociedade. Segundo a opinião das mediadoras da Andaluzia, a for-mação/ educação constitui a princi-pal estratégia de empowerment das comunidades ciganas. No entanto, é necessário intervir nas diferen-tes áreas: educação/formação, emprego, habitação, saúde, combate à discriminação, entre outras.

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20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MAIO 2012

CULTURA

A história da presença humana no concelho de Vila Real de Santo António remonta à denominada pré-história, mais concretamente, ao paleolítico. Não obstante a tra-dicional associação a uma vila ilu-minista fundada pelo Marquês de Pombal em 1776, a verdade é que, nas últimas décadas, a arqueologia tem vindo a demonstrar uma ocupa-ção humana muito mais antiga para o concelho de Vila Real de Santo António, nomeadamente no que se refere ao sítio paleolítico de Aldeia Nova ou ao Túmulo Megalítico de Santa Rita. Sabemos que, durante a antiguidade, os romanos passaram por este concelho, nomeadamente através dos vestígios arqueológicos encontrados em Cacela Velha. Depois da invasão da Península Ibérica de 711, lideradas por Tarik Ali Ibn Zyad, os muçulmanos instalaram-se em Cacela Velha (Qastalla), onde nasce-ria em Março de 958, o grande poeta muçulmano Ibn Darraj al-Quastali. No decurso da conquista cristã, Cacela é conquistada pela ordem de Santiago, no segundo quartel do séc. XII, passando oficialmente a fazer parte do território português com a assinatura do Tratado de Badajoz de 1267, entre Afonso III de Portugal e Afonso X de Castela.

Sabemos da fundação de Santo António de Arenilha, na margem do rio Guadiana, através de um conjunto de documentos, nomea-damente a Carta de Privilégio de D. Manuel I, de 8 de Fevereiro de 1513. No entanto, este aglomerado populacional acabaria despovoado nos inícios do séc. XVII, em virtude das investidas da pirataria moura e da ameaça do avanço das águas do mar. Tornava-se imperativa a funda-ção de uma nova vila régia de modo a impedir o contrabando, a evasão fiscal, e a livre pesca castelhana pra-ticada no mar de Monte Gordo. O nascimento de Vila Real de Santo António viria a resultar, portanto, da estratégica política, económica e ter-ritorial concebida pelo Marquês de Pombal, em finais de 1773, visando a afirmação do Estado Português face ao Estado Espanhol. A nova vila ilu-minista, voltada estrategicamente para Espanha, viria a ser inaugurada a 13 de Maio de 1776, assinalando o aniversário de Sebastião José de Car-valho e Melo e reforçando a barreira natural que marca a divisão política e administrativa da fronteira entre Portugal e Espanha.

Introdução à História do Concelho de Vila Real de Santo António

Fernando PessanhaFormador «História Local»- CEPHA/UALG

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Aí está o poeta a dizer presente, com a sua dorida reflexão e a expressão inimitável, que interpreta como poucas a angústia que invade os portugueses nos dias que correm.

Foi esta a impressão geral que recolhi da leitura de «NADA ESTÁ ESCRITO» de Manuel Alegre.

O livro foi apresentado no dia 20 Abril, em Lisboa, numa propositada identificação com o 38º aniversário da Revolução dos Cravos.

Nada mais apropriado, pois tal como acon-teceu com outros livros de Manuel Alegre também este está impressionantemente sintonizado com os sentimentos de desam-paro e de legítima revolta que percorrem o país. Logo nos primeiros versos do primeiro poema, o poeta observa:

«Irmãos humanos tão desamparados / a luz que nos guiava já não guia / somos pessoas – dizeis – e não mercados / este por certo não é tempo de poesia / gostaria de vos dar outros recados / com pão e vinho e menos mais- valia.»

Não é só o desamparo, é também um sentimento de orfandade, que Alegre assi-nala, com rara mestria, no poema intitulado ESTRADAS ERMAS JUNTO AO MAR, que começa assim:

«Pouco a pouco eles partiram / sonhavam outros mundos dentro / deste mundo. Leva-ram suas palavras / carregadas de bandeiras a esvoaçar».

Mais do que tudo, talvez o sentimento de incerteza que os processos nacional e mundial provocam actualmente mesmo nos espíritos mais lúcidos.

A incerteza percorre todo o livro e é assumida no próprio título: «NADA ESTÁ ESCRITO». É contudo traduzida com especial acutilância em alguns versos, como estes:

«Quem sabe o que pode acontecer / quando ao verso escrito outro se junta / e tudo está no verso por escrever / e o que se escreve é só uma pergunta.»

Sem deixar esta toada interrogativa, ao longo dos sete conjuntos de poemas que constituem o livro, Alegre retoma alguns diálogos que lhe são caros e tão caracterís-ticos da sua poesia.

O diálogo com classicismo e os seus heróis, com a história de Portugal e os seus vultos, com o processo revolucionário e as suas figu-ras, com a cidade de Lisboa e as suas ruas.

Anoto ainda que neste livro também assoma o guerrilheiro com «uma espingarda carregada de poemas», que vem desde a «PRAÇA DA CANÇÂO», estes anos todos, para dizer «Não!» aos mercados, às suas fatais engenharias financeiras e às suas cons-pirações contra a democracia. Ao terminar o livro, Alegre anuncia, com esperança:

«Por mais que o mundo nos oprima e nos esprema / há sempre um poema que nos salva / país é onde fica esse poema.»

(«NADA ESTÁ ESCRITO», editado pelas Publicações D. Quixote, está à venda nas livrarias).

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Manuel Alegre«NADA ESTÁ ESCRITO»

L I V R O Spor Carlos Brito«Sinónimos de Leitura»

foi desafio superado

Desde apresentação de novas obras literárias, ateliers de expressão plástica, encontros com autores de diversas vertentes artísticas, exposições, passando por sessões de contos e uma tertúlia, a biblio-teca municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António foi palco da primeira edição do ciclo «Sinónimos de Leitura» que envol-veu a comunidade habitualmente frequentadora da biblioteca, mas também conseguiu a adesão de novos frequentadores. Foi o caso de crianças, jovens e idosos que estiveram presentes em algumas das iniciativas.

Para Assunção Constantino e Mariana Rego, coordenadoras da biblioteca, este ciclo “excedeu as expetativas”, e veio demonstrar “que a equipa está coesa e atin-giu a maturidade” para levar a cabo um ciclo anual dedicado à leitura. Em declarações ao JBG as responsáveis acrescentam que este ciclo foi “possível graças às parce-rias estabelecidas e à riqueza de material existente”. Visivelmente satisfeitas com o desafio Assunção e Mariana elogiam a equipa e a disponibilidade “de todos quantos participaram neste evento que se prolongou entre 16 e 20 de abril, no qual o JBG teve oportunidade de participar através da coorga-nização da tertúlia «Livros Obje-tivamente», que contou com a presença dos escritores José Cruz, António Cabrita, Pedro Tavares, José Guedes; o livreiro Libânio Santos Jorge, da livraria «Lusíada» e o editor João Batista da «Livros de Ontem»; para além de outros tertulianos presentes.

Vila Real de Santo António reservou uma semana inteira dedicada aos livros numa iniciativa inédita que se traduziu num desafio

superado pela adesão dos participantes.

Ciclo dedicado ao livro

«Urban_Idades» junta Pedro Tavares e António CabritaAntónio Cabrita e Pedro Tavares lançaram no passado dia 17 de Abril o livro «Urban_idades». Trata-se de um livro de poesia de ambos os autores, em que cometam os poemas numa entrega total a si mesmos, à parceria e aos leitores. A ideia criativa que trespassa todo este livro é atrativa porque é dife-renciadora e eficaz, levando-nos a viajar por «dois quarteirões de leitura» - o que se traduz em 50 poemas; 25 poemas de cada autor. Tal como explicaram os autores é uma obra – a primeira de ambos – que fala de urbanidades. A imagi-nação de António Cabrita e Pedro Tavares convida, ao longo das páginas desta obra, a um passeio por alguns dos temas clássicos da poesia: o passar do tempo, o amor e o desamor, a solidão, sendo que

estas «Urban_idades» não são alheias ao presente e também há poemas que falam de temas mais atuais: a crise, as dificuldades e a sua influência nas nossas vidas, a vida moderna e as máquinas.

A edição é de autor e conta com a chancela da Editora Guadiana, de Vila Real de Santo António. “Hoje em dia não podemos estar à espera de apoios das autarquias porque não os há”, garantem. A ousadia e o risco estão associados a esta obra dos dois novos auto-res que tiveram casa cheia na sua apresentação.

Esta obra contou ainda com a primordial colaboração gráfica do jovem ilustrador Hugo Barros que transmitiu as suas urbanidades em forma de desenho na capa e páginas do livro.

Novos autores tiveram casa cheia na apresentação do livro

O dramaturgo Norberto Ávila (1936), com largo currículo de representação internacional das suas peças, traduzidas em várias línguas, participou também nos «Sinónimos de Leitura», ladeado pelas respon-sáveis da biblioteca.

A pedido do público presente, pronunciou-se sobre a valia dos vários géneros literários e lamen-tou que em Portugal não existissem mais salas de teatro. Embora diga não ter razões de queixa em relação à representação das suas peças em Portugal, mostrou-se magoado pela pouca importância que o nosso país atualmente dá ao teatro e agastado por não lhe reconhecerem a impor-

Afonso Dias apresentou o novo livro de Carlos Brito (1933), «Tempo de Subversão – Páginas vividas da resistência», das Edições Nelson de Matos, na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António. Na iniciativa esteve também presente João Rodrigues, em representação da câmara municipal local.

Trata-se da reedição da obra com o mesmo nome, publicada em 1998, ampliada com três capí-tulos que a urgência editorial da primeira edição não tinha dado tempo de escrever.

Para Afonso Dias é “um livro como as coisas bonitas, as pétalas de uma flor”, mesmo a tratar uma década dura, de amarga realidade, o tempo da vida partidária clan-destina sob o domínio da ditadura fascista.

tância que tem lá fora.Norberto Avila ofereceu várias

obras à biblioteca e esta vai colocá-las à disposição do público leitor.

Carlos Brito reeditou livro

Dramaturgo Norberto Ávila

Norberto Ávila falou sobre o Teatro

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 21

CULTURA

«Nem Truz Nem Muz & Amélia Muge», música aliada à cidadania ativa

JBG: «Se vos Canto» é o mais recente álbum de «Nem Truz nem Muz». O grupo sai revigorado com este trabalho, ou mais do que tudo é o culminar de 20 anos de trabalho?

NTNM: Não é o culminar de 20 anos, é apenas o princípio de uma nova etapa, mas sim, é verdade que o grupo sai revi-gorado com este trabalho, porque cada vez que se faz um trabalho novo isso é positivo, e quando o grupo gosta do nosso trabalho dá-nos força para querer fazer mais e mais.

JBG: Amélia Janes juntou-se ao grupo em 2004. Como se deu essa fusão?

NTNM: O nosso primeiro trabalho junto foi no Cantar Abril em Almada, onde ficamos em 2ª lugar. A fusão foi fácil, porque a Amélia é uma excelente cantora e canta tudo o que o grupo lhe dá para cantar, depois o grupo também é muito versátil e quando é preciso também vai ao encontro daquilo que a Amélia nos pede.

JBG: Podemos falar de uma real fusão ou de uma adaptação de géne-ros?

NTNM: É mesmo uma fusão, porque o «Nem Truz Nem Muz» já é ele próprio resultado de uma fusão de estilos: de Africa, da América do Sul, Tradicional Portuguesa, Jazz; depois foi só juntar a Amélia Janes que nos deu as suas influencias, como o Fado por exemplo, mas não só.

JBG: De alguma forma a evolução a partir de Amélia Janes levou a uma alteração do estilo do grupo?

NTNM: Não isso não, apenas a sua voz nos deu uma característica que o nosso som não tinha, mas o nosso estilo não se alterou.

JBG: Acreditam que têm maior acei-tação pelo facto de terem voz no vosso trabalho?

NTNM: Claro que sim. A voz traz a música e o poema; além da voz da Amélia ser excelente.

JBG: Sabendo as dificuldades por que passam os artistas, nomeada-mente os que não estão nos círculos dos grandes centros; como é possível um grupo algarvio manter-se no mer-

cado tantos anos, crescer e evoluir positivamente?

NTNM: É muito fácil, basta fazer apenas aquilo que gostamos, depois ao fazer isso, esse gosto, essa alegria, passa para quem nos escuta, e o traba-lho aparece; temos só de trabalhar mais e mais para se chegar onde se quer, que é à excelência. Podemos nunca lá chegar, mas trabalhamos sempre para atingir esse objetivo.

JBG: Os espetáculos acontecem sobretudo no Algarve?

NTNM: Sim e sobretudo na Hotela-ria que aposta na música de qualidade para oferecer aos seus clientes; sem a Hotelaria de qualidade que temos no Algarve, que dá aos seus clientes o prazer de ouvir boa música portu-guesa, o nosso grupo não existia. A música de qualidade é indispensável para a promoção turística e para fazer a diferença em relação a outros destinos turísticos.

JBG: Qual esperam que seja a acei-tação deste trabalho?

NTNM: Não sei; é como quando se tem um filho gostamos muito dele, é o

caso do Alentejo. Falamos no mar, falamos do Amor...

JBG: Conotam o vosso som como um «som atlântico». Como o explicam?

NTNM: Basta ouvir a nossa música para perceber isso e viajar pelo Atlân-tico, desde o Norte de Africa até Angola, depois pelo Brasil até Cuba, depois Portugal com a sua música tradicional e o fado; todos estes sabores atlânti-cos podem ser encontrados no nosso som.

JBG: Todos os músicos dos «Nem Truz Nem Muz» têm formações distin-tas. Torna a vossa produção criativa peculiar?

NTNM: É isso que faz o nosso som, o «Nem Truz Nem Muz» é o espelho das influências dos seus músicos.

JBG: Como caraterizam o vosso público?

NTNM: Não gostaria de especificar um público, pois considero que a nossa música poderá agradar a todos, inde-pendentemente da idade ou classe social. Nós ambicionamos que cada pessoa que nos ouve se identifique num ou outro tema, ficando com orgulho de ser Português.

JBG: Como está a ser levada a cabo a promoção deste mais recente tra-balho?

NTNM: Como é normal, com muita calma, porque nada se faz bem e depressa. E dentro do possível, entre a nossa disponibilidade e a aceitação dos meios de comunicação social inte-ressados no nosso trabalho.

JBG: Como está o vosso calendário de atuações?

NTNM: No mês de abril tivemos 16 atuações; nos outros vamos ver, mas sempre nesta média ou um pouco mais quando chegar o Verão

JBG: Houve material que ficou de fora e que já estão a pensar trabalhar num próximo trabalho?

NTNM: Sim, este CD foi apenas o aproveitar de muitas coisas que já

bebé mais lindo do mundo, mas não sei o que ele vai ser quando for grande! Fazemos votos para que seja um bom homem se não, paciência, vamos fazer outro...!

JBG: Introduzir a poesia de António Aleixo é de alguma forma veicular a política das palavras e ação cívica na sociedade. Essa é uma das funções deste álbum?

NTNM: Claro que sim. Essa é a função mais importante deste Álbum. Os cria-dores têm de ser ativos politicamente, têm que dar a sua opinião, porque senão são apenas pobres figuras que não têm nada a dizer.

JBG: Que mensagens pretendem transmitir com este vosso álbum?

NTNM: Muitas, posso dizer que no “Fado Universal “queremos que o Fado seja capaz de voltar às suas raízes, no “se vos canto “ chamamos à atenção para aqueles que sofrem, no “Tomou asas e voou” chamamos a atenção para o estado da nação... no “Corridinho do Aleixo” para os nosso políticos que são sempre iguais sem depender da época, no ”Alentejo” para a beleza do nosso sul neste

estavam na gaveta há alguns anos, por isso foi muito rápida a sua produção. Temos alguns temas para trabalhar que ficaram de fora, mas para o próximo trabalho vamos ver para onde o público quer que a banda vá; é o público que tem de nos dizer se vale a pena fazer, e o que é que quer ouvir, dentro daquilo que a banda é capaz de tocar.

JBG: Uma vez que Amélia Janes-reside na Manta Rota, concelho de VRSA, pode significar que teremos em breve atuações do grupo no ter-ritório?!

NTNM: Claro que sim. Não sei se em breve, mas a produção está em con-tacto com as entidades responsáveis pela cultura nessa zona para agendar pelo menos um espetáculo.

JBG: Ao nível cultural como encara a dinâmica nestes três concelhos (VRSA, Castro Marim e Alcoutim)?

NTNM: Em relação aos concelhos referidos, é nossa opinião que têm sido os grandes apoiantes da cultura nesta zona, pois, face à falta de hábito que as pessoas têm de pagar pela cultura, não é fácil aos agentes culturais efetuarem o seu trabalho sem apoio, e nas zonas mais afastadas dos grandes centros o grande apoio têm sido os municípios.

Atualmente, face à grave crise que o País atravessa é lógico que essa dinâ-mica seja dificultada.

Falando pelo grupo, sempre procurá-mos minimizar esses problemas ofere-cendo aos municípios alternativas para a cultura chegar ao público, procurando não sobrecarregar as finanças munici-pais, embora achemos que a cultura sendo um bem precioso e rentável, não é uma despesa mas sim um investi-mento. O que não estamos de acordo é em certas apostas dos municípios em que se gaste tanto dinheiro trazendo grupos de longe quando temos tantos e bons artistas aqui no Algarve, que por estarem mais perto são mais baratos; só porque as televisões estão em Lisboa e os músicos de lá têm melhor acesso a elas, não significando que a sua qua-lidade seja superior.

Desde 2004 que Amélia Janes se juntou ao grupo português «Nem Truz Nem Muz». A fusão está a dar bons frutos e com um novo álbum a sonoridade atlântica do grupo conflui com

as palavras de António Aleixo, entre outras, numa atitude ativa de cidadania.

Grupo editou recentemente o albúm «Se vos canto»

Ricardo Sousa apresentou «Hoje Vou»

Castro Marim

No dia 20 de abril Ricardo Sousa esteve no Auditório da Biblioteca Municipal de Castro Marim a apre-sentar o seu mais recente trabalho discográfico «Hoje Vou».

Este segundo álbum da carreira de Ricardo Sousa caracteriza-se por

uma música mais comercial, com a marca impressiva das sonoridades pop/rock, do qual se destacam temas como «Dar-te música», «Rendo-me» e a balada «No teu sono».

O novo álbum «Hoje Vou» integra uma das músicas dos Bush, com um

novo arranjo e produção feitos pelo produtor original da banda, Alan Winstanley, reconhecido produtor internacional, que já trabalhou com grandes nomes da música como David Bowie, Elvis Costello e Stran-glers. Cantor escolheu Castro Marim para apresentar o seu mais recente trabalho

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22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MAIO 2012

CULTURA

80 irmãos na «Procissão dos Painéis»

«Terra de Maio» volta ao Azinhal

No total 80 irmãos da Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim parti-ciparam na «Procissão dos Painéis» - também popularmente conhecida por «Procissão do Chinelo» que aconteceu na «quinta-feira santa», a 5 de abril.

Recorde-se que este ato litúrgico esteve interrompido na vila medie-val durante 37 anos, sendo que é uma tradição que remonta ao ano de 1640, século XVII.

Reza a história que o silêncio que envolvia esta procissão era tão sepulcral que a única coisa que

Sob o lema «Porque a terra tem os seus ciclos, os segredos e a sua sabedoria», a câmara municipal de Castro Marim e a junta de freguesia do Azinhal realizam a 5ª edição da Terra de Maio entre os próximos dias 18 e 20 de Maio.

Recorde-se que o certame «Terra de Maio», no Azinhal, tem como objetivo a promoção e o incremento

se ouvia era o bater das solas de madeira dos chinelos de outros tempos; daí o nome de «Procissão do Chinelo».

Esta saiu da Igreja Matriz de Castro Marim e da Igreja da Mise-ricórdia. Durou cerca de duas horas e foi acompanhada pela célebre matraca.

Este ato litúrgico foi responsa-bilidade da Santa Casa da Miseri-córdia de Castro Marim e Igreja de Santiago, contando com o apoio da câmara municipal de Castro Marim.

dos produtos tradicionais de quali-dade, dos saberes que a memória ainda guarda, da gastronomia, dos vinhos do Algarve, do sal de Castro Marim, da Cabra de Raça Algarvia, do folclore e da música popular por-tuguesa.

Um certame que promete a genui-nidade no artesanato, à mesa e em toda a cultura local.

O salão do Clube Desportivo de Vaqueiros foi pequeno para ouvir a jovem algarvia Sara Gonçalves, na noite de fados de 21 de abril.

Foi acompanhada por quatro instrumentistas, onde pontificava o acordeonista Baltazar Guerreiro originário da freguesia de Vaqueiros.

A assistência também era constituída por estrangeiros, marchantes da via algarviana, que fazem desta aldeia para-gem obrigatória.

Foi mais um evento cultu-ral e social organizado pelo Clube Desportivo de Vaquei-ros e contou com o apoio da câmara municipal de Alcou-tim.

Sara Gonçalves encantou em Vaqueiros

POR CÁ ACONTECE A G E N D A C U L T U R A L

E V E N T O S

Castro Marim

Excursão FátimaFreg. Azinhal e Altura: 5 e 6 maioFreg. Odeleite e Castro Marim: 19 e 20 maio

Terra de Maio18 a 20 maioCentro Multiusos Azinhal

Exposição «Dias Medievais - A evolução»Até 15 junhoIgreja do Castelo

VRSAEspetáculo «À nossa maneira» - Musical da Escola Secundária 4 de maio, 21h30Centro Cultural António Aleixo

«Luís de Matos CHAOS»6 de maio, 21h30Centro Cultural António Aleixo Semana da Saúde UTLDe 14 a 18 UTL VRSA

Ação de informação: «Vendas Agressivas»16 de maio, 15hBiblioteca Municipal Vicente Campinas

Espetáculo beneficência a favor da «GUADI»18 de maio, 21h30Centro Cultural António Aleixo

«Curso de cozinha dos nossos avós»19 de maio, 9h30 às 14h00 Escola EB 2,3 D. José I

Tertúlias no Baixo Guadiana «25 de Abril, como quem conta um conto»25 maio, 17h30Biblioteca Municipal Vicente Campinas, Organização: JBG e Biblioteca Municipal

«Ciclo de Concertos de Câmara» pela Orquestra do Algarve25, 26 e 27 de maioIgrejas Do concelho de VRSA

V Encontro de pintura ao ar livre 27 de Maio, 8h às 13hRuas do centro da cidade

Clube de leitura «Livros Mexidos»31 de maio, 18h«Autores contemporâneos: Arturo Perez Reverte»Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Alcoutim

«Marcha – passeio13 maio, 10hAlcoutimOrganização: Associação Grito d’Alegria

Exposição de trabalhos dos Cursos Socioeducativos Até 18 de maioCasa dos Condes

«Projeto + Saúde» – Doenças Car-diovasculares19 maio, 16hSede do Clube Desportivo de Vaqueiros

III Passeio Equestre20 maio, 09hVaqueiros

Música ao Vivo – «Grab It Band»26 maio, 23h30Sede do Clube Desportivo de Vaqueiros

Festa da Maia26 maioPolidesportivo dos Balurcos Organização: Associação de Solidarie-dade Social, Cultura, Desporto e Arte dos Balurcos

Procissão decorreu a 5 de abril em Castro Marim

A tipicidade vai ser rainha neste certame

Centro Multiusos do Azinhal

Fado

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 23

COLABORADORES

Embora possa passar despercebido, a 28 de Novembro deste ano, ocorre o 40º aniversário do Decreto–Lei nº 482 do Ministério da Educação Nacional presidido por José Veiga Simão que determinou “(…) para vigorar a partir do ano lectivo de 1973-74, o restabe-lecimento da Coeducação no ensino primário e a sua instituição no ciclo preparatório do ensino secundário”.

A maior parte das pessoas, incluídos os professores, estão convencidas que a mudança na organização escolar se deveu ao 25 de Abril, mas, e apesar de os efeitos do citado decreto se terem feito sentir após a Revolução, de facto, não foi assim. Também pensam, numa visão simplista, que antes, a educação sempre tinha sido diferenciada por género e que, depois, deixou de o ser. Aqueles que andam pelos 50 anos ou mais, recordam talvez os seus anos nal-guma escola primária das que foram construídas na década de 40 a 50 do século passado, no âmbito dos Cente-nários da Fundação de Portugal e da Restauração, normalmente um edifício gémeo com entradas separadas por sexos e um longo e alto muro de gra-nito que dividia os recreios. Também não é verdade: existem muitos edifí-cios do mesmo género pelo país apenas

Nas margens das principais ribeiras do Baixo Guadiana (Beliche, Ode-leite, Foupana e Vascão), habituámo-nos a ver os vestígios dos moinhos de água que em tempos idos moíam os cereais que alimentavam homens e animais. Só na ribeira do Vascão foram inventariados 44 moinhos de água. Estes monumentos da memó-ria colectiva moldaram a paisagem ribeirinha do Baixo Guadiana e cons-tituíram ecossistemas vitais que, ao longo dos séculos, moldaram uma cultura que continua a ser insepa-rável de um território.

Terão sido os gregos que, no século I d.C., inventaram o moinho hidráulico. Até então, o processo

de moagem fazia-se originalmente através das mós manuais ou, após uma primitiva evolução, através de mós movidas por força animal. No mesmo século, o engenheiro romano Vitrúvio transformou aquele tipo de moinho, ao criar o engenho que daria origem aos moinhos de água que nos chegaram até hoje.

Na zona do Baixo Guadiana pre-dominam os moinhos de rodízio, exclusivamente situados nas princi-pais ribeiras do Baixo Guadiana. Este tipo de moinhos é caracterizado pela construção de um açude, constru-ído estrategicamente no caudal das ribeiras, cuja finalidade é represar e elevar o nível da água, formando um extenso lago, designado por caldeira do moinho. É a libertação da água represada na caldeira que faz mover o engenho de pedra e madeira conhecido por rodízio, responsável pelo movimento das moendas que transformam o cereal em farinha.

No interior da casa da moagem coabitavam dois tipos diferentes de mós: a mó branca, que moía o trigo para o consumo doméstico, e

com uma sala. Como recordo no meu livro “Entre

o Tabu e o Sucesso. O caso da Educa-ção Diferenciada por Género”, a coe-ducação sempre foi alternativa, por razões económicas, quando os alunos eram poucos quer no ensino primá-rio, quer no secundário. Aliás, apenas em algumas capitais de distrito havia liceus femininos e masculinos. Por exemplo, em Famalicão, onde vivo, o Liceu Camilo Castelo Branco era misto. Outros, como o Liceu de V.N. Gaia ou o Alberto Sampaio, em Braga, optavam por turmas diferenciadas, como se fez, até bastante tarde, com a Educação Física e os Trabalhos Manuais. Daí que o decreto fale de “restabelecimento” da coeducação e não de introdução da mesma, tendo em conta que sempre existiu, dependendo das condições demográficas.

Passados 40 anos, vale a pena recor-dar e refletir sobre os argumentos e fatores dessa mudança de organização escolar:

a) A experiência “francamente positiva” nas escolas onde tinha sido praticada a Coeducação, por força das circunstâncias ou por experiência pedagógica, e a de outros países onde se estava a generalizar com resultados satisfatórios;

b) A Igualdade: “A evolução social tende a situar homens e mulheres lado a lado com equivalência de direitos e deveres, na família, no trabalho e em geral na vida quotidiana”;

c) A Socialização: “Convém pois que as crianças se habituem, desde os primeiros anos de escolaridade, a uma situação (…) em que rapazes e raparigas cresçam numa sã convivên-cia”, o que leva a esperar “um maior equilíbrio para personalidade de cada indivíduo e uma melhor preparação para assumir o seu futuro papel na sociedade”;

e) A esperança de que a Coeduca-ção “ (…) valorizará o clima moral da escola,” e de que supusesse “uma maior aproximação entre mestres e

alunos, bem como entre a escola e a família”;

f) “Quando se verifiquem dispari-dades entre as linhas de crescimento psicológico dos dois sexos, um atento ensino individualizado será necessário e suficiente (…)” e com “(…) novas técnicas pedagógicas onde tenham lugar a participação activa, o espírito criador e a atitude de colaboração” (Ministério da Educação Nacional, 1972).

É certo que a Coeducação genera-lizada constituiu um instrumento de Igualdade, sobretudo no que se refere ao acesso das raparigas à escolaridade, mas será que os objetivos de Veiga Simão foram atingidos? Não é verdade que as raparigas continuam a não ter acesso aos mesmos postos e salários que os seus colegas? Porque será que os rapazes apresentam maiores índices de abandono e insucesso em todos os países da OCDE? Respeita-se ou tem-se em conta o ritmo de crescimento psi-cológico e diferente modo de aceder à aprendizagem dos dois sexos? O clima moral da escola melhorou, de facto?

Estas são perguntas em que valeria a pena refletir ao fim destes 40 anos. Não talvez com o objetivo de pôr em causa o status quo, mas para aprender e apro-fundar na experiência e argumentos ideológicos, psicológicos, axiológicos, logístico/económicos, pedagógicos e institucionais brandidos pelos partidá-rios de cada um dos modelos, assim como nas concepções da sociedade e de género subjacentes a estas opções educativas.

Freitas, A. (2011). Entre o Tabu e o Sucesso. O caso da Educação Diferenciada por Género. Porto: Papiro Editora.

Ministério da Educação Nacio-nal (1972). Decreto-Lei nº 482/72 de 28 de Novembro. DR 1ª série, nº 277. Consultado a 15-12-2009, em http://dre.pt/pdf1sdip/1972/11/

2 7 7 0 0 / 1 7 8 5 1 7 8 6 . p d f .pdf1sdip/1972

/11/27700/17851786.pdf.

Refletir sobre 40 anos de Coeducação

Os Moinhos de água do Baixo Guadiana

RUBRICA DE PATRIMóNIO

a mó preta, que moía aveia, cevada e centeio, para alimentar os animais. O poial era o local onde os sacos de grão aguardavam a sua vez de serem moídos. No Inverno, época de cheias, o caudal da ribeira saía do seu leito e inundava a casa da moagem, pelo que os cereais eram transferidos para as ramadas e/ou habitações geralmente associadas aos moinhos, onde habitava o moleiro e a sua família.

A partir do início do século XX, época de que datam as primeiras moa-gens com motores de combustão, os moinhos de água foram gradualmente abandonados até que, no fim dos anos sessenta, apenas uma minoria conti-nuava a moer. Hoje, os moinhos de água no Baixo Guadiana encontram-se em avançado estado de degradação, salvo alguns que foram alvo de res-tauro, como é o caso do Moinho das Pernadas, em Odeleite, que cumpre hoje fins pedagógicos.

Pedro PiresTécnico de Património Cultural. CEPHA/UAlg

MARIA AMéLIA FREITASMESTRE EM CIêNCIAS DA EDUCAÇãO

Castro Marim, 30 de março de 2012

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24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MAIO 2012

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CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃONos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e oito de Março de dois mil e doze foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e dez a folhas cento e doze do Livro de Notas para Escritu-ras Diversas número dezanove - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:António Xavier Rodrigues e mulher, Graciete de Passos Madeira, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, residentes na Rua de Olivença, n.º 10, cave direita, na freguesia de Algés, concelho de Oeiras, contribuintes fiscais números 130 427 365 e 112 438 342, e pelos outorgantes foi dito, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito na Horta, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, composto por cultura arvense de sequeiro, figueiras, leitos de curso de água e oliveiras, a confrontar a norte com Luís Alberto Estevão Palma Pereira, sul com Maria João Xavier Madeira Mestre, a nascente com ribeira e a poente com caminho público, com a área de mil cento e sessenta metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na matriz sob o artigo 33, da secção BI, com o valor patrimonial tributável, para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de 207,16 euros, igual ao atribuído.Que o referido prédio lhes pertence, por o terem adquirido por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta, feita com os demais interessados, por óbito dos pais do justificante marido, João Xavier e Maria José Rodrigues, casados que foram sob o regime da comunhão geral, e residentes que foram em Odeleite, Castro Marim.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, arando suas terras, colhendo os seus frutos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.Está conforme o original. Castro Marim, aos 28 de Março de 2012.

A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autoriza-ção da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012,

no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º86/03Factura / Recibo n.º 2767

Jornal do Baixo Guadiana, 01 de Maio 2012

CARTÓRIO NOTARIAL DE OLHÃORua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c,

Notário Lic: António Jorge Miquelino da Silva

Certifico narrativamente para efeitos de publicação que por escritura de 21 de Março de 2012, exarada a folhas 45 do livro de notas deste Cartório número 88 – A, Sílvia Cristina Pereira Martins Batista e marido Carlos Manuel Chaveiro Ramires Batista, casados sob o regime da comunhão geral, ela natural da freguesia de Santiago, concelho de Tavira, e ele da freguesia de Santiago Maior, concelho de Beja, residentes na Rua Dom Carlos, número 12, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, contribuintes fiscais números 196 649 510 e 183 999 827, declaram-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do prédio urbano térreo, composto de terreno com a área de duzentos e nove metros quadra-dos, sito em Fonte do Penedo, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, a confrontar do Norte e do Poente com via pública, do Sul com Francisco Peródio de Almeida e do Nascente com Teresa Cavaco, inscrito na matriz, em nome da justi-ficante mulher, sob o artigo 2753, com o valor patrimonial tributável de duzentos e sessenta euros, a que atribuem igual valor, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim.

Que a outorgante mulher entrou na posse do prédio, no estado de solteira, por doação meramente verbal e nunca reduzida a escrito, feita em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e um, por sua avó Maria Francisca de Brito, viúva, residente em Fonte Penedo, Odeleite, Castro Marim; e que sem qualquer interrupção no tempo desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado ela, justificante, e após o seu casamento ambos, na posse da parcela de terreno, cuidando da sua manutenção e utilizando-a como desafogo, pagando contribuições e impostos, enfim, extraindo todas as utilidades por ela proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorarem lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que adquiriram o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme: Cartório Notarial de Olhão, sito na Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1,

r/c, aos 21 de Março de 2012

A Colaboradora com competência delegadaAo abrigo do artº 8 do Dec.Lei nº 26/2004 de 4/02

(Ana Cristina Matias de Sousa) ON nº 222/3

Conta registada sob o nº 2520 / 2012

Jornal do Baixo Guadiana, 01 de Maio 2012

CARTÓRIO NOTARIAL DE OLHÃORua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c,

Notário Lic: António Jorge Miquelino da SilvaCertifico narrativamente para efeitos de publicação que por escritura de 16 de Abril de 2012, exarada a folhas 91 do livro de notas deste Cartório número 88 – A, António Cavaco Ribeiros e mulher Delmira Guerreiro Cavaco Ribeiros, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais da freguesia do Pereiro, concelho de Alcoutim, onde residem, contribuintes fiscais números 124 848 e 124 848 176, declaram-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do prédio rústico, sito em Barranco da Aldeia, freguesia do Pereiro, concelho de Alcoutim, composto de amendoeiras, cultura arvense de sequeiro e leito de curso de água, com a área de setenta metros quadrados, a confrontar de Norte com Barranco da Aldeia, do Sul com António Nobre Cavaco e do Nascente e do Poente com António Cavaco Ribeiros, inscrito na matriz, em nome do antepossuidor João Afonso – Cabeça de Casal da Herança de, sob o artigo 54 secção 049, com o valor patrimonial tributável de nove euros e oitenta e nove cêntimos, igual ao atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim.

Que entraram na posse do referido prédio, já no estado de casados, por compra meramente verbal e nunca reduzida a escrito que em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta fizeram a Maria Leonilde Afonso e marido João Afonso, casados sob o regime de comunhão geral, residentes na aldeia e freguesia do Pereiro, concelho de Alcoutim, ele já falecido; e que sem qualquer interrupção no tempo desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado eles, justificantes, na posse do referido prédio, colhendo os frutos e amanhando a terra, enfim, extraindo todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse esse exercida de boa-fé, por igno-rarem lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que adquiriram o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme: Cartório Notarial de Olhão, sito na Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1,

r/c, aos 21 de Março de 2012

A Colaboradora com competência delegadaAo abrigo do artº 8 do Dec.Lei nº 26/2004 de 4/02

(Ana Cristina Matias de Sousa) ON nº 222/6

Conta registada sob o nº 687 / 2011

Jornal do Baixo Guadiana, 01 de Maio 2012

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃONos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e seis de Abril de dois mil e doze foi lavrada neste Cartório, de folhas dois a folhas três verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Vinte - A, uma escritura de justificação, na qual compareceu:PETER HALL, natural do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, de nacionalidade Britânica, casado com Cynthia Hall sob o re-gime da separação de bens, residente em 16, Vicarage Road, Hipswell, North Yorkshire, DL9 4 TA, no referido Reino Unido, contribuinte fiscal número 253 563 364. Que declarou ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito nas Lombadas, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, composto por cultura arvense de sequeiro, oliveiras e mato, com a área de setenta e dois mil setecentos e sessenta metros quadrados, que se encontra registado na Conservatória do Registo Predial de Castro Marim sob o número cento e quarenta e nove, a favor de António Alberto da Silva Fernandes e mulher, Rita Custódia Anastácio da Silva, Ezequiel Faustino Anastácio e mulher, Isidora Fernandes da Silva Anastácio, Adelaide Maria Pereira Cavaco dos Santos e Mário Fer-nandes da Silva, conforme inscrição AP. nove, de quinze de Maio de mil novecentos e oitenta e nove, actualmente inscrito na matriz rústica sob o artigo 1, da secção BF, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de quinhentos e setenta e dois euros e quarenta e oito cêntimos, igual ao atribuído.Que o referido prédio pertence ao justificante, por este o ter adquiri-do a quinze de Novembro de mil novecentos e noventa, por compra verbal, nunca reduzida a escrito, feita aos referidos António Alberto da Silva Fernandes, Rita Custódia Anastácio da Silva, Ezequiel Faus-tino Anastácio, Isidora Fernandes da Silva Anastácio, Adelaide Maria Pereira Cavaco dos Santos e Mário Fernandes da Silva, tendo, para o efeito, com aqueles celebrado contrato promessa de compra e venda no dia três de Junho de mil novecentos e oitenta e oito, e nessa data pago o respectivo sinal, e em quinze de Novembro de mil novecentos e noventa pago o remanescente do preço, tendo-lhe sido, nessa mesma data, transmitida pelos anteriores proprietários a posse material do prédio acima identificado.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde a mais antiga da-quelas datas, portanto há mais de vinte anos, tem estado o justificante na posse do referido prédio, sem qualquer oposição, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, colhendo os seus frutos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito pró-prio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que o justificante adquiriu o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.Está conforme o original. Castro Marim, aos 26 de Abril de 2012.

A Colaboradora,(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos

Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 64/04 Factura / Recibo n.º 2814

Jornal do Baixo Guadiana, 01 de Maio 2012

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e três de Março de dois mil e doze foi lavrada neste Cartório, de folhas noventa e três a folhas noventa e seis verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número dezanove - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:Gualdino Leandro Lourenço e mulher, Maria Teresa Horta Domingos Lou-renço, casados sob o regime de comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, residentes na Urbanização Cidade Nova, Lote 17, R/C Esq., em Vila Real de Santo António, contribuintes fiscais números 116 119 306 e 126 562 482.

Que declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de ou-trem, dos seguintes prédios rústicos, todos localizados na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, não descritos na Conservatória do Registo Predial daquele concelho: a) Prédio rústico sito em Águas Frias, composto por cultura arvense, com a área de dezoito mil seiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com ribeira, a Sul com Casimiro Rosa, a Nascente com João Pereira Afonso, e a Poente com o Manuel Horta, inscrito na matriz rústica sob o artigo 43, sec-ção BX, proveniente do artigo 11, da mesma secção, com o valor patrimonial tributável de 62,82 euros;b) Prédio rústico sito na Rocha do Velho, composto por amendoal, alfarrobeiras, oliveiras, vinha, mato e hortejo, com a área de onze mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com António Manuel Madeira Rodrigues, a Sul com António Rodrigues e Maria Ermelinda Domingues, a Nascente com Manuel José, Maria Alberto Bárbara Madeira Afonso e António Castanho Mestre, e a Poente com Gustavo Serafim Mestre, Manuel Rodrigues e António Manuel, inscrito na matriz rústica sob o artigo 51, secção EM, com o valor patrimonial tributável de 443,58 euros;c) Prédio rústico sito em Ribeirão, composto por mato, cultura arvense e figueiras, com a área de quinze mil seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com João Pereira, a Sul com Henrique Pereira Dias e Herdeiros de Rafael Rodrigues, a Nascente com António José, e a Poente com Manuel José Madeira, inscrito na matriz rústica sob o artigo 33, secção DV, com o valor patrimonial tributável de 81,78 euros;d) Prédio rústico sito em Corga da Fonte, composto por cultura arvense, com a área de seiscentos metros quadrados, a confrontar a Norte com José António Fernandes, a Sul com Alberto Domingos Madeira, a Nascente com Manuel Amaro, e a Poente com caminho, inscrito na matriz rústica sob o artigo 55, secção EH, com o valor patrimonial tributável de 15,10 euros;e) Prédio rústico sito em Corga da Alagoa, composto por cultura arvense, com a área de oitocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Casimiro Agostinho, a Sul com António Rodrigues, a Nascente com Manuel João Afonso, e a Poente com Manuel Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 129, secção DL, com o valor patrimonial tributável de 17,76 euros;f) Prédio rústico sito em Arraia, composto por cultura arvense, amendoeiras e mato, com a área de cinco mil duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Gualdina Maria José e Ângelo Rodrigues Teixeira, a Sul com António Domingos Castanho Vaz, a Nascente com Eduardo José Francisco Guilherme, e a Poente com Francisco Palma Pereira, inscrito na matriz rústica sob o artigo 213, secção DV, com o valor patrimonial tributável de 58,90 euros;g) Prédio rústico sito em Corgo Fundo, composto por amendoal, cultura arvense e mato, com a área de onze mil e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Gracinda Maria Custódia e António José Jacinto, a Sul com Manuel Amaro Pereira, a Nascente com Manuel José, e a Poente com Amaro António Fernandes, inscrito na matriz rústica sob o artigo 56, secção EL, com o valor patrimonial tributável de 107,33 euros;h) Prédio rústico sito em Várzea do Carrascal, composto por mato, cultura arvense, oliveiras e leito e curso de água, com a área de dois mil duzentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com ribeira e Manuel Domingos Gonçalves, a Sul com Martinho Jacinto, a Nascente com Manuel Domingos Gonçalves, e a Poente com ribeira, inscrito na matriz rústica sob o artigo 154, secção EV, com o valor patrimonial tributável de 62,56 euros;i) Prédio rústico sito em Cascalhoso, composto por vinha, mato, cultura arvense e amendoeiras, com a área de cinco mil quinhentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel João Teixeira, a Sul com Custódio Gomes Martins e Domingos Romeira Vaz, a Nascente com Custódio Gomes Martins, e a Poente com Lídia Custódia Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 27, secção EM, com o valor patrimonial tributável de 144,59 euros; j) Prédio rústico sito em Várzea Longa, composto por olival, alfarrobeiras, amen-doeiras, figueiras e leito e curso de água, com a área de três mil trezentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com António Manuel Mestre Veríssimo, a Sul com José António, a Nascente com António José Jacinto, e a Poente com Ribeira do Beliche, inscrito na matriz rústica sob o artigo 74, secção ES, com o valor patrimonial tributável de 122,19 euros;k) Prédio rústico sito em Várzea Longa, composto por cultura arvense e leito e curso de água, com a área de quatro mil metros quadrados, a confrontar a Norte e a Sul com Manuel José, a Nascente com António Mestre, e a Poente com ribeira, inscrito na matriz rústica sob o artigo 24, secção ES, com o valor patrimonial tributável de 27,49 euros;l) Prédio rústico sito em Arraia, composto por cultura arvense, hortejo e mato com a área de seis mil e duzentos metros quadrados, a confrontar a Norte com António José Gomes Dias, a Sul e Nascente com o próprio, e a Poente com Gualdino Manuel Custódio e Palmira Bárbara, inscrito na matriz rústica sob o artigo 29, secção EI, com o valor patrimonial tributável de 206,66 euros;m) Prédio rústico sito em Arraia, composto por mato, hortejo, citrinos e vinha com a área de quatro mil e quatrocentos metros quadrados, a confrontar a Norte e Poente com o próprio, a Sul com Amândio José, e a Nascente com Lídia Custódia Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 26, secção EI, com o valor patrimonial tributável de 97,11 euros;n) Prédio rústico sito em Umbria da Vaca, composto por mato e cultura arvense com a área de cinco mil quatrocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Elisa Tomásia e Miraldina Custódia Rosa, a Sul com Miraldina Custódia Rosa, a Nascente com Manuel António Afonso e Miraldina Custódia Rosa, e a Poente com Lídia Custódia Gonçalves, inscrito na matriz rústica sob o artigo 60 secção EV, com o valor patrimonial tributável de 22,64 euros;o) Prédio rústico sito em Botelhas, composto por cultura arvense, oliveiras e leito e curso de água, com a área de seiscentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José Gonçalves Dias, a Sul e a Nascente com Manuel João Gonçalves, e a Poente com ribeira, inscrito na matriz rústica sob o artigo 57 secção EU, com o valor patrimonial tributável de 68,39 euros;p) Prédio rústico sito em Eirinhas, composto por mato e cultura arvense, com a área de três mil e quatrocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com António Manuel Madeira Rodrigues, a Sul com António Gonçalves Dias, a Nas-cente com António Rosa, e a Poente com António Manuel Madeira Rodrigues, inscrito na matriz rústica sob o artigo 10 secção EM, com o valor patrimonial tributável de 19,47 euros;q) Prédio rústico sito em Moinho, composto por cultura arvense, com a área de quatrocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Nélia Maria Amaro Martins, a Sul com Alexandrino José Francisco Guilherme, a Nascente com António Rosa, e a Poente com José António, inscrito na matriz rústica sob o artigo 197 secção DV, com o valor patrimonial tributável de 3,66 euros;r) Prédio rústico sito em Pego dos Negros, composto por mato e cultura arvense, com a área de dois mil duzentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José Gonçalves Dias, a Sul e Nascente com João Martins, e a Poente com Serafim Guerreiro, inscrito na matriz rústica sob o artigo 106 secção ES, com o valor patrimonial tributável de 21,91 euros;Que atribuem aos prédios acima referidos os respectivos valores patrimoniais tributáveis, calculados para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto de Selo, pelo que somam os mesmos o valor de mil quinhentos e oitenta e três euros e noventa e quatro cêntimos.

Que os referidos prédios lhes pertencem por os mesmos terem entrado na sua posse:i) os prédios rústicos indicados de a) a j) , por doação verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta, feita pelos pais da outorgante mulher, José António e Rosária Joaquina, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Alta Mora, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, entretanto já falecidos;ii) os prédios rústicos indicados de k) a q), por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, feita com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e cinco, por óbito pais do outorgante marido, Manuel

Lourenço e Tomásia Francisca, casados que foram sob o regime da comu-nhão geral de bens, residentes que foram em Alta Mora, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim; eiii) o prédio rústico indicado em r), por compra verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e dois, feita à irmã do outorgante marido, Elisa Tomásia, viúva, residente que foi em Belmonte, freguesia de Pechão, concelho de Olhão, actualmente já falecida.

E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os primeiros outorgantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, pagando suas contribuições, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os primeiros outorgantes adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado os modos de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 23 de Março de 2012.

A Colaboradora, (Joana Isabel da Silva de Gouveia e Sousa)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/4, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 16.01.2012, no portal da Ordem dos

Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 64 /03Factura / Recibo n.º 2751

Jornal do Baixo Guadiana, 01 de Maio 2012

Page 25: Jornal do Baixo Guadiana_Edição Maio 2012

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 25

PASSATEMPOS&LAZER

A fritura é uma técnica culiná-ria que utiliza a gordura como meio de transporte de calor, e é um processo rápido (minutos) devido às altas temperaturas a

que esta se encontra. Sendo pouco saudável, deve ser utilizada apenas esporadicamente, no entanto, é possível tornar esta téc-nica culinária num “mal menor”; pode-se minimizar a absorção de gordura se se respeitarem algumas regras durante a fritura, tais como:

1. Utilizar apenas óleos e outras gorduras que resistam bem a altas temperaturas, sem se degradarem óleos ricos em gordu-ras monoinsaturadas e saturadas: azeite, óleo de amendoim e banha.2. O volume de gordura utilizado deve ser pelo menos três vezes o do alimento.3. Não utilizar um óleo que, depois de quente, comece a libertar cheiro intenso e fumo escuro.4. Aquecer bem o óleo a 160º-180ºC, e introduzir o alimento apenas quando o óleo estiver na temperatura certa.5. Sempre que possível, secar bem o alimento antes de o intro-duzir no óleo quente, para evitar que a água à superfície deste, faça baixar muito a temperatura do óleo.6. Colocar pouca quantidade de alimento de cada vez, mais uma vez, para não diminuir a temperatura óptima do óleo.7. Quando retirar o alimento, deixar escorrer bem o óleo na escumadeira e colocá-lo sobre papel de cozinha absorvente.8. Nunca juntar nova gordura a outra que já foi aquecida.9. Depois de arrefecer, filtrar cuidadosamente o óleo utili-zado.10. Não utilizar a mesma gordura mais de 3 vezes.

Regras para uma boa fritura

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u m a s l i n h a s p a r a a a l m a . . .

Ajude-nos a Ajudá-los!

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283

Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328

Contactos: 964773101 e [email protected]/

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Apesar de esta possibilidade estar prevista na lei desde 2007, muitos consumidores ainda não exigiram

a devolução das cauções dos seus contratos de água, electricidade e gás. No entanto poderão fazê-lo até ao final de 2013, uma vez que o prazo inicial foi prolongado.

Para tal, basta enviar um requerimento à Direcção-geral do Consumidor, para a morada: Praça Duque de Saldanha, nº 31-3º, 1069-013 Lisboa, ou para o e-mail [email protected]. Se o consumidor tiver mais do que um contrato, pode requerer a devo-lução das várias cauções na mesma carta, mas para isso deverá identificar bem cada contrato, com número e titular.

Neste requerimento, devem ainda constar:- Identificação do consumidor, com cópia do B.I. ou cartão do

cidadão e do cartão de contribuinte; - Identificação da empresa; - N.º do contrato e a morada de fornecimento; - NIB da conta bancária do consumidor; - Caso o consumidor não seja o titular do contrato (porque este

faleceu), deve mencionar em que qualidade se apresenta: como herdeiro ou cabeça de casal da herança.

As cauções, usadas como garantia do cumprimento do for-necimento de água, electricidade e gás, são proibidas desde 1999. O decreto-lei que as proíbe foi publicado em 8 de Junho de 1999 e entrou em vigor 90 dias depois, em Setembro de 1999. A partir desta última data, a cobrança de cauções está proibida. Mas também as cauções cobradas ilegalmente após essa data devem ser devolvidas.

Os serviços possuem a informação necessária para saber se o consumidor pagou e se tem direito à restituição, pelo que os consumidores não necessitam de fazer prova do pagamento dessa caução.

Por fim, alertamos para o facto que a restituição da caução não terá lugar se o contrato estiver em nome de uma empresa ou de um profissional, pois não são considerados, ao abrigo da legislação nacional, “consumidores”.

a DECO informa

a GUADI apela

Susana Correiajurista

“Ouvi notícias recentes sobre a devolução das cauções da electricidade. Como posso proceder para ser restituído do que paguei indevidamente?”

Número solidário: 760 300 012

Martim

GoliasNiki

Mel

1) Lisboa2) Porto3) Braga4) Faro5) Coimbra

6) Vila Real7) Guarda8) Covilhã9) Évora10) Beja

Quadratim - n.º95

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Jogo da Paciência n.º 101

“LOCALIDADES”A SAÚDE é um dos melhores bens que possuí-mos. Saiba mantê-la. Por exemplo: NÃO FUME. Já pensou que se fumar um maço por dia, e dependendo do preço, desperdiça ao fim de um ano, no mínimo 257.000 escudos – isto na moeda antiga. Já reparou na “Sementeira” de restos de cigarros conspurcando a via pública e o agrupar de “Escravos do Tabaco” que vimos à porta de estabelecimentos e outros locais de trabalho? Não seja “Escravo” de dependências negativas. Mantenha a sua SAÚDE em forma e INVISTA, não desperdice dinheiro.

Pelo caminho correcto do Quadratim vá ao encon-tro da SAÚDE E POUPANÇA.

Soluções Jogo da Paciência - n.º100

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11) Setúbal12) Abrantes13) Viseu14) Aveiro15) Leiria16) Tomar17) Chaves18) Bragança19) Lamego20) Lagos

Ana Brásdietista

Page 26: Jornal do Baixo Guadiana_Edição Maio 2012

26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |MAIO 2012

O III Campus de Guarda-Redes realiza-se nos dias 17 a 23 de junho no Complexo Desportivo de VRSA e Parque de Campismo de Monte Gordo. Em simultâneo decorre a III Clinic de Treinadores de Guarda-Redes de Fute-bol de 18 a 22 de junho. A organização é da Associação Escolinha de Guarda-Redes de Futebol Luís Rodrigues e têm como convidado especial, Hugo Oli-veira, treinador de Guarda-Redes do plantel sénior do Sport Lisboa e Benfica e como colaborador Miguel Miranda, treinador de Guarda-Redes dos Junio-res do Sport Lisboa e Benfica.

Mais informações e inscrições em www.escolinhaguarda-redes.com

Futebolândia

Olá! Sejam bem-vindos a mais um «Futebolândia», crónica que fala de futebol de uma forma muito particular e diferente de todas as outras!

O mês de abril foi repleto de grandes emoções, a Liga dos Campeões, Liga Europa e a subida do Lusitano F.C. à 3ª Divisão do futebol nacional.

Na Liga dos Campeões Michel Platini pedia um Real Madrid-Barcelona na final; ele como líder máximo no futebol na Europa não devia pronunciar-se sobre essa matéria, mas enfim é só olhar para Nicolas Sarkozy e está tudo dito. Só que ao contrá-rio do ainda primeiro-ministro francês, Michel Platini feliz-mente não tem a Carla Bruni para ouvi-la cantar!

Voltando ao desejo de Michel Platini, a final da Liga dos Cam-peões é um Chelsea-Bayern Munique, mesmo para chatear o francês, mas o melhor foi ver nas meias-finais José Mourinho ajoelhado no relvado (e eu que pensava que o treinador portu-guês não sabia rezar...)

Na outra meia-final o Chel-sea foi a Barcelona jogar com a frota toda da carris para chegar à final. Longe vão os tempos do bom futebol, agora o que conta é ganhar dinheiro para Abramo-vichs e outros “Ichs” vindos da terra de Lenine.

Na Liga Europa o Sporting caiu de pé em Bilbao. De todas as equipas que vi defrontar a equipa espanhola o Sporting foi de longe a melhor, Sá Pinto além de saber dar cabeçadas no Artur Jorge soube incutir “Raça ao leão” e isso foi incontornável na Liga Europa.

Por fim, quero dar os para-béns ao Lusitano de Vila Real de Santo António pela subida de divisão; a equipa da cidade do Marquês já merecia. Todos os seus dirigentes liderados por Miguel Vairinhos estão de parabéns, foram persistentes nos seus ideais e conseguiram o objetivo de colocar o Lusi-tano nos nacionais do nosso futebol.

É tudo, até à próxima!

Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicação

[email protected]

Mundialito 2012 consagrou Espanha

Vitória esmagadora

De 18 a 20 de maio vai decorrer no complexo desportivo de VRSA a IV Etapa do Circuito Nacional de Padel na categoria de masculinos, femini-nos e mistos. As inscrições podem ser feitas até 17 de maio através de [email protected]

A modalidade de judo do Clube Recre-ativo Alturense conseguiu lugares cimeiros em Fevereiro no Campeo-nato Regional de judo da Associação distrital de Judo do Algarve que teve lugar em Faro. A localidade de Altura, concelho de Castro Marim participou

com 12 atletas arrecadando 4 primei-ros lugares, 4 segundos lugares, 2 terceiros lugares e 2 quartos lugares.

Benjamins 7/8 anos: Gus-tavo Ximenes – 1º M; Luís Mar-reiros – 3º M; Sara Gil – 1ª F.

Benjamins 10 anos: Henrique

Simionca – 1º M; Diogo Fonseca – 4ºM.Benjamins 10 anos: Sancho

Sampaio – 1º M; Gonçalo Antunes – 2º M; Mariana Marques - 2ª F;

Infantis 11 anos: João Gil – 3º M.Juvenil 2º escalão/14

anos: João Palma – 2º cat -81;

Francisco Silva – 2º cat -50; Joa-quim Gonçalves – 4º cat -66.

De salientar que, para além destes atletas, o Clube Recreativo é berço de campeões tendo no seu leque a campeã nacional Beatriz Fernandes na catego-ria de 52 kg - cadete - que representou o clube e a seleção nacional no torneio internacional de Fuengirola em Espa-nha e na Taça da Europa de Cadetes.

3ª Jornada 06-05-201215h- Inter-vivos - C.D. Guadiana17h C.D. Vaqueiros - Soeiro

Baixo Guadiana sobre rodas

crónicas

Diz o povo que, «abril aguas mil», pois os ciclistas do Baixo Guadiana transformam o provérbio e dizem «abril bons resultados mil».

Enquanto Amaro Antunes correu além fronteiras em representação da seleção nacional, obtendo resultados de boa qualidade, Ricardo Mestre e Samuel Caldeira correm em Portugal e deram cartas nas provas talhadas para o seu perfil.

Samuel Caldeira mostrou que quando as etapas se disputam ao sprint é um dos mais fortes do pano-rama nacional. Depois de ganhar a Prova de Abertura em fevereiro e

O Real Madrid sagrou-se o vencedor do Mundialito 2012, o maior torneio de futebol jovem, na categoria de Infantis.

Na categoria escolas, os jogado-res do Barça ganharam ao Ajax nas grandes penalidades. Já nas finais das pré-escolas, o Sevilha mostrou superio-ridade ao vencer o Barcelona por 3-2. No escalão «Querubins», os pequenos da Escola Internacional de Futebol Ricardo Godoy ganharam ao Sevilha por 4-3, demonstrando o sucesso desta nova categoria.

ter andado na discussão da «Volta ao Alentejo» em março, foi no mês de abril que voltou a brilhar subindo ao mais alto lugar do pódio na Póvoa de Varzim, ao ganhar com um impo-nente sprint a clássica da Primavera, primeira prova pontuável para a Taça de Portugal e sendo assim o primeiro líder desta competição.

Já o ultimo vencedor da «Volta a Portugal», Ricardo Mestre, ganhou no passado dia 22 de abril o «GP Liberty Seguros», graças ao desempate por centésimos de segundo, depois de vencer a última etapa, um contra-relógio sempre a subir, que ligava

Sete mil assistiram à final

A tarde da grande final ficou mar-cada pelo sol, tendo a chuva dado tréguas. Cerca de sete mil pessoas encheram as bancadas do Complexo Desportivo, juntando quase duzentos clubes numa festa onde desporto e fair play andaram de mãos dadas.

Para o edil Luís Gomes, a cidade volta a orgulhar-se de receber a maior edição de sempre do Mundialito, ao reunir 4 mil atletas, e por ter partilhado, uma

vez mais, a organização do torneio com a cidade vizinha de Ayamonte. “Estamos orgulhosos por contribuir para a formação de 4 mil crianças de 54 nacionalidades, que serão os gran-des jogadores de amanhã”, disse Luís Gomes.

Ricardo Godoy lembrou que este torneio terá o seu futuro em VRSA, mas anunciou que o Qatar “tem todo o interesse em também lá ter esta com-petição, pelo que estamos a trabalhar nesse sentido”.

Na sessão inaugural esteve presente uma comitiva do Qatar que se mostrou entusiasmada com a dinâmica do tor-neio. Também presente na cerimónia de encerramento, o vice-presidente do Ayuntamiento de Ayamonte, Fran-cisco Rubiño, elogiou a organização e sublinhou o facto de ambas as cidades fronteiriças terem sabido partilhar a organização do evento.

Recorde-se que desde 2011 que o Mundialito conquistou dimensão Ibérica, integrando a cidade vizinha de Ayamonte na organização, onde decorreram alguns jogos.

O Mundialito 2012 juntou 150 voluntários que, ao longo de uma semana, acompanharam as 192 equi-pas, com 4 mil crianças, em compe-tição.

Mourinho no Mundialito

José Mourinho também passou pelo Mundialito, onde assistiu aos jogos do seu filho pelo Clube Desportivo de Canillas. O «number one» aproveitou para conhecer todo o recinto e dar autógrafos aos mais pequenos.

Santo Tirso e a Senhora da Assun-ção, com uma distancia total de 4,8 quilómetros. O natural da Cortelha gastou assim 12m40s, à média de 22,737 km/h, o mesmo registo que o segundo, José Mendes (LA-Antarte), e que o terceiro, Sérgio Sousa (Efa-pel-Glassdrive). Num caso destes de empate, o desempate fez-se com recurso aos centésimos de segundo na etapa de contra-relógio. Posto isto, Ricardo Mestre trouxe para o Baixo Guadiana a camisola amarela final da competição. Sérgio Sousa concluiu a prova com o mesmo tempo, no segundo posto, e Alejandro Marque

(Carmim-Prio-Tavira) foi o terceiro, a dois segundos.

No âmbito do BTT, teve início no mês de abril a «Taça do Algarve de Maratonas» que conta com alguns atletas naturais da região do Baixo Guadiana.

A Maratona da Conceição de Tavira, disputada a 15 de abril, foi assim a primeira prova a contar para a Taça do Algarve de Maratonas e onde o melhor representante da região foi Duarte Dias da formação, Núcleo Sportin-guista Vila Real Santo António, num 16º lugar da geral absoluta a quase vinte minutos do vencedor Marco Fernandes (Clube BTT Conceição de Faro) que gastou 2:46:41 a percorrer os 66 quilómetros de prova.

Por equipas, a equipa do Núcleo Sportinguista pombalino foi 7ª, tendo ganho a equipa BTT Loulé/BPI.

Humberto Fernandes

CICLISTAS DO BAIXO GUADIANA DÃO CARTAS NO CICLISMO NACIONAL

DESPORTO

José Mourinho visitou o Mundialito 2012

Os merengues sagraram-se vencedores do Mundialito 2012 que se realizou em VRSA. Real Madrid no topo, seguido de Barcelona e Sevilha.

III Campus Guarda-Redes

IV Etapa do Circuito Nacional de Padel

Calendário Campeonato Futebol 11 Alcoutim

Judo Alturense com atletas vencedores

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | MAIO 2012 | 27

DANÇA

«SPLASH» vencem festival internacional de dança

A Companhia de Dança «SPLASH», de Vila Real de Santo António, recebeu no passado dia 23 de abril o pri-meiro prémio no Festival de Dança de Kirovograd, sendo assim considerada a melhor companhia de dança, de entre as dezasseis a concurso.

O festival, de grande impor-tância e reconhecimento a nível europeu, decorreu entre os dias 19 e 21 deste mês na cidade de Kirovograd, na Ucrânia. Na presente edição, além das «SPLASH», em representação de Portugal, estiveram a con-curso representações da Ucrâ-nia, da Eslovénia, da Crimeia,

da Rússia e da Bielorrússia. José Carlos Barros, vice-

presidente da câmara muni-cipal de Vila Real de Santo António, esteve presente no festival a convite da câmara municipal de Kirovograd, onde participou em encontros com representantes de diferentes órgãos do município e com técnicos das áreas da cultura e das relações internacionais.

Além do primeiro prémio, atribuído à companhia de dança «SPLASH», a comitiva portuguesa tinha ainda reser-vada uma surpresa muito espe-cial na sessão de encerramento.

Numa edição que decorreu

Na Ucrânia

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A vitória tem um sabor muito especial para as «Splash». Trata-se do consagrar de um trabalho de muitos anos ao serviço da dança e de Vila Real de Santo António.

sob o lema da Amizade e União Entre os Povos, José Carlos Barros recebeu de represen-tantes da organização do festival o «Prémio Simpatia», atribuído à comitiva portu-guesa pelo público que encheu

trabalhos coreográficos com vista à participação em concur-sos de dança nacionais e inter-nacionais, encarando a dança na sua dimensão educativa.

o Auditório «Filarmonia» durante as diferentes sessões deste Festival Internacional.

Integrada na Associação Cultural e Recreativa Ani-mashow, a Companhia de Dança «SPLASH» desenvolve

1º prémio foi atribuído no passado dia 23 de abril no Festival de Dança de Kirovograd

Autarquia recebeu de representantes da organização do festival o «Prémio Simpatia»

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Diga não aos sacos plásticos que hoje em dia têm se ser comprados em grande parte dos supermerca-dos. Tenha sempre consigo alguns sacos suplentes ou então adquira sacos de compras em tecido que possam ser reutilizados vezes sem conta! Ao invés de comprar sacos próprios para o lixo e para a reci-clagem, utilize aqueles que já não cabem na gaveta da cozinha!

As comemorações do dia do Trabalhador que se assinala-ram no primeiro dia do mês de Maio foram ensombradas pela proposta do Governo, que quer reduzir as indem-nizações por despedimento. É que o Governo tenciona propor a diminuição das indemnizações para 7 e 13 dias por cada ano de trabalho. A proposta vai ser discutida na concertação social com patrões e sindicatos. O executivo argumenta que é o valor médio praticado nos países da Zona Euro, mas as centrais sindicais contestam.

Recorde-se que no ano passado a redução levou que, de 30 dias por cada ano de trabalho em Portugal se passassem para 20, e agora há mais cortes previstos nos direitos dos trabalhadores. O objetivo do executivo de Passos Coelho é que a nova linha de orientação das indemnizações seja mais aproximada aos restantes países da zona euro, entre em vigor a partir de novembro.

A CGTP está contra a medida e a UGT, que assinou o acordo de concertação social com o Governo diz-se traída por Pedro Passos Coelho.

A austeridade está a marcar o calendário rotineiro e deste tipo de comemorações.

Comemorações animaram

Apesar das dificuldades muitos foram os habitantes do Baixo Guadiana que aproveitaram os feriados do 25 de Abril e 1.º de Maio para estar em família e com amigos. Diversas organizações promoveram o convívio e a animação no território. Nos três concelhos algarvios do território os percursos pedestres, campismo, gastronomia e bailaricos animaram o estado de espírito.

25 de Abril e 1º de Maio ensombrados pela austeridade

CartoonECOdica

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