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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SANTA ROSA• Maio de 2011 Ano 1 • Edição 14 Santa Rosa possui 8 bairros, 48 vilas e 1 distrito Dengue Cidadania Entrevista Pobreza Economia Santa Rosa tem maior índice de casos no estado Feira de doação de animais da AMIGAN Piscicultores falam de sua atividade Brasil tem 16,2 milhões de pessoas na pobreza extrema Gaúchos diminuem intenção de compra 4 7 10 11 11 2 e 3 Combate à violência contra a mulher

Jornal Cruzeiro - Edição Maio 2011

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Jornal Cruzeiro - Edição Maio 2011

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITASANTA ROSA• Maio de 2011 Ano 1 • Edição 14

Santa Rosa possui 8 bairros,

48 vilas e 1 distrito

Dengue

Cidadania

Entrevista

Pobreza

Economia

Santa Rosa tem maior índice de casos no estado

Feira de doação de animais da AMIGAN

Piscicultores falam de sua atividade

Brasil tem 16,2 milhões de pessoas na pobreza extrema

Gaúchos diminuem intenção de compra

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2 e 3

Combateà violência

contra a mulher

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 20112

Joice A. do Amaral Diretora

Natieli Rodrigues Diagramação

CNPJ: 06.242.619/0001-99

Rua Tarquino de Oliveira, 350 Cruzeiro • Santa Rosa • 98900-000

Fone: 55 96266495

[email protected]

www.jornalcruzeiro.com.br* Os textos assinados são de responsabilidades de seus autores e não representam a opinião do Jornal Cruzeiro

Geral

Acadêmica do 8º semestre de psicologia da SETREMCharlize Naiana GrieblerEm Brasília, 24 horas

*Carlos Leite de Oliveira (Zé)[email protected]

* Jornalista, trabalha em Brasília.

Cruzeirenses I• Noutro dia tivemos o prazer de reencon-trar uma cruzeirense que mora em Brasília. É a Tânia Tonel. Filha de Auri e Adelina To-nel, Tânia é casada com o coronel de reserva do Exército, Luiz Pithan, conhecido como Bebeto. Este foi oficial no quartel em Santa Rosa na década de 80. À época era tenente do 19º RCMec. Moram na capital federal pela segunda vez. A família, que também é composta pelo filho Luis Guilherme, é toda gremista. E são fanáticos! E Bebeto sabe as-sar um churrasco de primeira qualidade. E Tânia também lembra a mãe Adelina, que na cozinha era famosa pelos fantásticos pratos que fazia nos animados almoços no Clube de Mães e na igreja Sagrada Família.

Cruzeirenses II• E outro cruzeirense também esteve em Brasília no feriadão de Páscoa. Não é nepo-tismo, não, mas foi o Sávio Tonel, filho de Flávio e de Saléti Tonel, irmão da Marta. Sá-vio, que atualmente mora em Florianópolis, veio visitar os tios na capital federal. Junto com sua namorada, a pelotense Suelen, fi-caram encantados com a arquitetura dese-nhada por Oscar Niemayer e Lúcio Costa. A dupla, também gremista, deu trabalho para o tio colorado, autor dessa coluna. Dá-lhe, Inter!

Vila Jardim em Brasília• Também registramos outra cruzeirense que mora em Brasília já faz alguns anos. É a Deisi Regina Schüler Moraes. Casada com Nairo, é mãe de Júnior e de Cíntia. Deisi trabalha no gabinete do deputado federal, o cruzeirense Ronaldo Zulke (Canhoto). Como podem perceber, os cruzeirenses es-tão espalhados por todo o Brasil. E na capi-tal federal não é diferente. Temos orgulho de encontrarmos velhos conhecidos e ami-gos, pois é uma forma de matar as saudades de nossa terrinha. Ah, usamos Vila Jardim

no texto, porque a Deisi morou no local por muitos anos. E estudou no glorioso Giná-sio Estadual de Cruzeiro, tendo sido colega de amigos como Jorge Vione, Luiz Paulo e Vitor Cornelius, Aneli Schnepfleitner, Júlio Franco e Júlio Liberali, Maria da Graça Li-berali, Cezar e Jean Mazzoco (os Miquins), Iara Martini, Elaine Schenkel e Ana Berna-dete, entre outros. Enfim, grandes amigos que permanecem em Cruzeiro ou que atual-mente habitam outros pagos.

Código Florestal• No início de maio uma das votações mais importantes do ano ocorreu na Câmara dos Deputados. A que definiu o novo Código Florestal brasileiro. Deputado Elvino Bohn Gass (PT) teve papel importante na defesa dos pequenos agricultores e do meio am-biente.

Reforma política• As apostas em Brasília é de que no segun-do semestre a pauta no Congresso Nacional será a reforma política. O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) é o relator da nova proposta de reforma do sistema polí-tico e eleitoral brasileiro. Fala-se em lista fe-chada (onde se vota numa lista preordenada de candidatos de determinado partido), fi-nanciamento público de campanha, sistema proporcional e fidelidade partidária. Como Fontana é um parlamentar experiente e competente, certamente teremos uma pro-posta qualificada para colocar em discussão e votação a partir de agosto ou setembro. É importante a participação da sociedade bra-sileira nesse debate.

Oposição?• Nos corredores da Câmara dos Deputados e do Senado Federal a pergunta que não quer calar: onde está a oposição? Alguém viu? É isso, DEM, PSDB e PPS minguaram. Perderam vários deputados para o novo

partido criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PSD. Fica difícil fazer oposição a um governo que tem acerta-do na condução das políticas econômica e social do país, nos últimos nove anos. Opo-sição Bin Laden não tem mais espaço na madura democracia brasileira.

Você sabia...* que na Espanha existem 82 partidos políticos? Destes, 40 disputam eleições regularmen-te, anualmente.

Local de trabalho da presidente da Repúbli-ca. Está localizado na Praça dos Três Poderes. Uma obra prima do arquiteto Oscar Nie-mayer. Vale a pena conhecê-lo. Aos domingos pela manhã, é aberto para a visitação pública. Recentemente o Planalto passou por uma re-forma, que o deixou ainda mais maravilhoso. Um orgulho para todos os brasileiros.

Palácio do Planalto

Foto

: Pal

ácio

do

Plan

alto

www.cruzeironoticias.com.br

Conhecendo Brasília

A estudante de psicologia Charlize Naiana Griebler, acadêmica do 8º semes-tre de psicologia da SETREM realizou o estudo junto à Delegacia de Polícia Civil de Três de Maio. Desde setembro do ano passado a Delegacia mantém um espaço para acolhimento psicológico de vítimas de violência (física, sexual ou psicológica) e de situações traumáticas (assaltos, aci-dentes de trânsito, etc). A parceria entre a Delegacia e o curso de Psicologia da SE-TREM permite oferecer este serviço, que, paralelamente, visa o desenvolvimento de estágio curricular.

Charlize, sob a orientação da profes-sora e psicóloga Jeane Lessinger Borges, vem realizando o acolhimento psicológico e escuta de mulheres vítimas de violência e, com o intuito de conhecer amplamente o perfil do público feminino atendido, a estudante realizou pesquisa documental junto aos Boletins de Ocorrência de 2010. A investigação resultou em um artigo, apresentado na primeira semana de abril, no I Congresso Brasileiro e II Simpósio Sul Brasileiro de Psicologia Jurídica, em Porto Alegre.

Intitulado ‘Perfil da vítima e do agres-sor em registros da Lei Maria da Penha’, expõem dados relevantes: descreve o perfil da vítima e do agressor, bem como aponta fatores de risco para o fenômeno da violência contra a mulher. Segundo Charlize, os principais autores de agres-são são indivíduos que se relacionam afe-tivamente com a vítima: o companheiro (28,8%), marido (25%) e o ex-companhei-ro (31,7%). “O uso de álcool, por parte dos agressores, esteve presente em 39,4% dos casos, com maior incidência nos agresso-res de mulheres com mais de 40 anos e casadas.”

Entre as mulheres mais jovens (até 40 anos) o agressor, na maioria dos casos, é o ex-companheiro (41,4%). As vítimas, ana-lisadas pela pesquisa, com idade média de 35 anos, variaram entre 15 e 88 anos. Outro dado interessante, segundo a estu-dante se refere à solicitação de medidas de proteção e da representação criminal por parte destas vítimas. “No momento da notificação, 83,7% das mulheres soli-citaram medidas de proteção, porém ape-nas 47,1% representaram criminalmente contra o acusado. Verificou-se, ainda, que 50% das mulheres relataram que as agres-sões já haviam ocorrido anteriormente, sendo que destas apenas 16,3% notifica-ram a reincidência das agressões na Dele-gacia”.

A professora explica que o contexto so-cial e familiar, medo, dependência finan-ceira e emocional, submissão, sentimento de culpa são variáveis que podem interfe-rir diretamente no momento da decisão por denunciar ou não o agressor. “Das que realizaram a notificação de violência em 2010, 67,96% tinham até 40 anos e 32,01%, acima desta idade. Neste senti-do, mulheres mais jovens procuram mais os seus direitos, enquanto as acima de 41 anos, buscam, apesar de tudo, preservar o

casamento. Pode-se pensar que as ques-tões culturais e sociais influenciam o com-portamento das mulheres frente à decisão de notificar e representar criminalmente a violência sofrida. Torna-se importan-te compreender a dinâmica da violência conjugal. A escolha amorosa, a presença de um ideal de família e de casamento e as discussões sobre gênero se cruzam neste fenômeno”.

Quanto ao tipo de violência sofrida: 86,5% foram de ordem psicológica; 44,2% física; 30,8% patrimonial; 16,3%, moral e 1,9%, sexual. A violência psicológica é considerada pela professora como tendo um alto custo emocional, pois é diária e constante, caracteriza-se como uma tor-tura interminável. “A violência psicoló-gica não é visivelmente detectada, porém está associada a seqüelas duradouras na autoestima e no psiquismo das vítimas. Diversas psicopatologias são comumente observadas, como por exemplo, depressão e estresse pós-traumático”, conclui.

Um espaço de acolhimento, a valoriza-ção do relato destas mulheres, sua traje-tória de vida e suas ambivalências foram apontadas por Charlize como sendo im-portantes no atendimento psicológico às vítimas. O Serviço de Psicologia da Dele-gacia está à disposição da comunidade de Três de Maio. Interessados devem marcar horário no local.

Ao Cruzeiro, Charlize fala de sua moti-vação com a pesquisa e a maneira como ela foi desenvolvida.

O que te levou a escolher este tema?

Esta pesquisa é resultado da prática do Estágio Profissional em Psicologia que acontece na Delegacia de Polícia de Três de Maio, desde setembro de 2010. O estágio é resultado de uma parceria entre o curso de Psicologia da SETREM e a delegacia. Pensamos ser importante oferecer um es-paço de acolhida para as mulheres vítimas de violência que se dirigem à delegacia para realizar a ocorrência de sua situação. Então, primeiro precisamos conhecer a demanda. Desta forma, para conhecer melhor o perfil das vítimas e dos agresso-res, realizou-se esta pesquisa documental junto aos Boletins de Ocorrência do ano de 2010. Os dados podem nos ajudar a compreender como este fenômeno ocorre aqui na região.

Qual a extensão da pesquisa?A pesquisa leva em consideração todos

os boletins de ocorrência enquadrados na Lei Maria da Penha, registrados na Dele-gacia de Polícia de Três de Maio durante todo o ano de 2010, de janeiro de 2010 à janeiro de 2011, o qual totalizou 103 bo-letins.

Que dificuldades você encontrou para realizar este trabalho?

Não tivemos dificuldades na realização desta pesquisa, uma vez que ela foi docu-

Estudante de Psicologia da SETREM desenvolve estudo sobre a Lei Maria da Penha em Três de Maio. O trabalho foi apresentado no I Congresso Brasileiro e II Simpósio Sul Brasileiro de Psicologia Jurídica, em Porto Alegre.

Estudo sobre a Lei Maria da Penha

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 2011 3Geral

A Delegacia da Mulher é uma reivindicação de ini-ciativa da OAB, que já em 2008 havia solicitado sua instalação em Santa Rosa. O processo foi encaminhado ao Governo Estadual e teve que superar vários entraves para, finalmente, ser apro-vado.

A vice-prefeita de San-ta Rosa Sandra Padilha, no início do ano, em audiência com Airton Michels atual Secretário de Segurança do Estado, Ranulfo Vieira Jú-nior - Chefe de Polícia Civil - e Mário Wagner - Diretor do Departamento de Polícia do Interior -, conseguiu de-sarquivar o processo de ins-talação da delegacia, e com a atuação do Prefeito Orlando Desconsi, em audiências posteriores, obtiveram a confirmação oficial de que a delegacia viria para Santa Rosa.

Em conversa com o Jor-nal Cruzeiro, Sandra fala sobre a importância da Dele-gacia da Mulher.

JC – Já foi anunciado oficialmente que Santa Rosa terá uma Delegacia da Mulher. Como está o processo de instalação da Delegacia?

Sandra Padilha - O segundo piso da Delegacia Regional já está destinado à instalação da Delegacia da Mulher de Santa Rosa. Santa Rosa é um dos três municí-pios atendidos pelo Governo Estadual dentre os setenta e sete que pleiteavam a ins-talação da Delegacia da Mu-lher.

O que garantiu esse su-cesso foi o trabalho realiza-do pela Coordenadoria da Mulher que, desde sua cria-ção, luta por criar espaços destinados à proteção e va-lorização da mulher.

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do governo federal destinou recursos para equipar os es-

paços destinados à mulher em Santa Rosa, que vai des-de computadores até mobili-ário e um veículo para cada entidade. Dessa forma, se-rão três veículos ao todo, um para o Centro de Referência de Atendimento à Mulher, outro para a Casa de Abrigo de Acolhimento e Passagem e o terceiro para a Delegacia da Mulher.

A delegada Luciana Kaon já está designada para assu-mir a delegacia.

JC – Qual a gravidade da violência à mulher em Santa Rosa?

Sandra Padilha – O departamento de Estatísti-ca da Polícia Civil publicou um relatório indicando que 49,7% das ocorrências em Santa Rosa tinham a mulher como vítima. Este, aliás, foi mais um dado a reforçar a importância da instalação da Delegacia da Mulher em nosso município, junto com as estruturas já existentes, que serviam de referência ao atendimento à mulher, como o Centro de Atendi-mento e a Casa de passagem.

O fato de, na época, já contarmos com os recursos previstos para equipar a de-legacia foi outro fator deter-minante.

JC – Existem outras ações em andamento que visam o amparo da mu-lher?

Sandra Padilha – Sim, há a previsão de capacitação de quatrocentas lideranças de dezesseis municípios. A idéia é capacitá-los para atender a mulher desde o primeiro momento em que ela procura socorro, quer seja na delegacia, nos cen-tros sociais, nos conselhos tutelares, hospitais e pos-tos de saúde como também atender as famílias, no sen-tido de alterar a cultura de violência à mulher.

Estes profissionais serão capacitados para dar início a

este processo. Interferindo no âmbito familiar de forma positiva, visando manter a família estruturada e saudá-vel.

A questão da violência contra a mulher é complexa, pois ela não ocorre somente com a agressão física. Há ou-tras formas como a agressão moral, patrimonial, sexual e psicológica. Então se faz ne-cessário treinar as pessoas que se envolverão neste pro-cesso, para que a avaliação dos casos seja o mais claro possível, facilitando a toma-da de decisão sobre como proceder.

A capacitação visa uni-formizar o entendimento sobre o estado da mulher ví-tima de violência, permitin-do uma sequência no atendi-mento que não perca o foco.

Paralelo a isto, os profis-sionais capacitados também estarão difundindo, no âm-bito familiar, uma nova cul-tura referente ao estado da mulher.

Também teremos, nos bairros e vilas, as Promoto-ras Legais, que são as mu-lheres da comunidade, com capacidade de liderança e interferência em confli-tos e situações críticas. As Promotoras Legais serão treinadas para que possam ter maior segurança e expe-riência no desempenho de suas funções, na prevenção da violência e orientação às famílias.

Outro aspecto que bus-camos é a possibilidade de fazer estas mulheres aufe-rirem renda. Além de aju-dar a família, aumenta sua auto-estima e equilibra a relação de poder familiar. A Economia Solidária tem este fim bem como a Secretaria de Desenvolvimento Eco-nômico que está buscando cursos de capacitação para as mulheres. A Coordenado-ria da Mulher também tem esta visão e está buscando parcerias para oferecer-lhes oportunidades.

JC – De que maneira serão integradas as ações das várias entidades que envolvem a mulher?

Sandra Padilha – A idéia é cercar a mulher de to-dos os cuidados necessários à situação que ela está vi-vendo, assim, cada entidade criada para cuidar da mulher terá sua parcela de responsa-bilidade e exercerá o seu pa-pel no atendimento àquela mulher. Ela, vítima de vio-lência, ao procurar amparo será atendida por mulheres, buscando de imediato evitar que ela se sinta inibida em registrar a ocorrência.

Ao ocorrer o registro de uma agressão na delegacia, as outras entidades serão acionadas para que aquela mulher e sua família sejam acompanhadas. O Centro de Referência da Mulher dispõe de advogada, psicóloga e as-sistente social para amparar e orientar a mulher e sua fa-mília (inclui-se aí o homem – agressor – que será enca-minhado para a clínica de

psicologia da Unijuí). Os filhos também de-

verão receber acompanha-mento das entidades, pois as crianças que crescem em âmbito familiar desestrutu-rado apresentam dificuldade de aprendizagem.

Em caso de separação do casal, haverá também o acompanhamento jurídico do Centro de referência.

Estamos no pontapé ini-cial. Há um trabalho árduo pela frente para amarrarmos todas as frentes, mas espe-ramos desde já muitos re-sultados positivos das ações deste projeto.

A Coordenadoria da Mu-lher foi instituída em 2009 e desde então vem aumentan-do o registro de agressão no âmbito familiar o que não significa, obviamente, que a violência aumentou, mas tão somente a mulher está se sentindo encorajada para denunciar e buscar auxílio, para ela e para sua família pois a mulher está se sen-tindo mais amparada para denunciar e buscar recursos.

O que ocorria antes é que a mulher, não tendo acompa-nhamento posterior, voltava para casa e ficava à mercê de novas agressões.

A meta, na verdade, é fazer com que os registros diminuam paulatinamente, com as ações sociais, com a reestruturação familiar, e a reeducação da sociedade.

O município de Santa Rosa, por ser um pólo, de-verá exercer este trabalho em âmbito regional, coor-denando um consórcio de dezesseis municípios que, estipulando suas próprias políticas de atendimento às mulheres, deverão usufruir do Centro de Referência da Mulher, da Casa de Passa-gem e da Delegacia da Mu-lher.

Outro trabalho de fun-damental importância que visa preservar a criança é o que se refere à Alienação Pa-rental.

É um trabalho exercido pelo Núcleo de Santa Rosa do IBDFAM/RS, presidido pela Dra. Giovana Fehlauer.

Quando o casal se se-para é muito comum que a parte que fica com os filhos transforme o outro em vilão – Alienação Parental -, in-fluenciando na formação de opinião dos filhos, impedin-do encontros, exigindo que os filhos rompam os laços afetivos com o outro cônju-ge e criando sentimentos de insegurança e repulsa com o outro genitor.

A criança fica profunda-mente marcada pois é usada como instrumento de vin-gança.

O IBDFAM tem atuado junto às comunidades orien-tando sobre a Alienação Pa-rental e suas consequências para os filhos.

A lei de Alienação Paren-tal prevê medidas que vão desde o acompanhamento psicológico até a aplicação de multa, ou mesmo a perda da guarda da criança a pais que estiverem alienando os filhos.

Delegacia da mulher

Vice-prefeita de Santa Rosa Sandra Padilha

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 20114 Saúde

A dengue é uma doença infec-ciosa que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo. As epidemias geral-mente ocorrem no verão, duran-te ou imediatamente após perío-dos chuvosos.

Existem quatro tipos dife-rentes de vírus da dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, e no Brasil manifestam-se todos eles, o que significa que a mesma pessoa pode ser infectada pela dengue quatro vezes, desde que cada vez seja por um tipo dife-rente. Quem já foi infectado por um tipo de dengue não registra nova infecção causada por este mesmo tipo.

SintomasOs sintomas da dengue clás-

sica são febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos que piora com o

movimento dos mesmos, perda do paladar e apetite, manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores, náuseas e vômitos, tonturas, ex-tremo cansaço, moleza e dor no corpo, muitas dores nos ossos e articulações.

Na dengue hemorrágica, os sintomas são os mesmos da den-gue clássica. A diferença ocorre quando, ao término da febre alta, começam a surgir outros sinais como queda da pressão arterial, dores abdominais for-tes e contínuas, vômitos persis-tentes, pele pálida, fria e úmida, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, manchas vermelhas na pele, sonolência, agitação e confusão mental, sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco, dificuldade respiratória, perda de consciência.

De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemor-rágica morrem.

TratamentoNão existe um tratamento

específico para dengue. Admi-nistram-se tratamentos para ali-viar os sintomas. Deve-se ingerir muito líquido como água, sucos, chás, soros caseiros, etc. Os sin-tomas podem ser tratados com dipirona ou paracetamol. Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspiri-na e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias.

Prevenção

É a melhor forma de comba-ter a doença. Deve-se cuidar de locais que acumulam água que são propícios para a criação do mosquito transmissor da doença como pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garra-fas, caixas d’água, tambores en-tre outros.

Antônio Palhano, diretor da vigilância sanitária de Santa Rosa, explica como está sendo combatida a dengue em Santa Rosa.

JC - Santa Rosa registra o maior número de infestação da dengue no estado, estes dados são preocupantes ou alarmantes?

- Antônio Palhano – Alar-mantes não, pois estamos cons-cientes do problema, estamos agindo com campanhas de cons-cientização da população nos cui-dados necessários para evitar a proliferação do mosquito, agen-tes de saúde vistoriando casa por casa. Temos feito um trabalho intenso com aspersão de produ-tos especiais para o combate ao inseto. É necessário enfatizar sempre que a população tem que ter o devido cuidado para evitar criadouros de mosquitos dentro do seu terreno, auxiliando o vizi-nho caso ele não esteja fazendo a sua parte, pois a dengue está aí, se não tratada com a impor-tância devida pode ficar fora de controle, e esta é sim nossa pre-ocupação. Não deixar acontecer uma epidemia.

Quanto a termos o maior nú-mero de registros da doença no

Dengue, problema de todo Santarosense

estado, isso não é tão relevante, pois procuramos registrar todos os possíveis casos não omitindo de forma alguma informações, e com esta transparência ganha-mos o crédito na parceria com a comunidade.

JC - Quantos casos confir-mados de dengue estão regis-trados?

Antônio Palhano - No Cen-tro Estadual de Vigilância em Saúde foram registrados até en-tão sessenta casos de dengue au-tóctones (dengue contraída no próprio município). No entanto temos seiscentos e noventa e nove casos suspeitos de dengue.

Já tivemos também o caso em que a pessoa viajou e retor-nou infectada, mas foi exceção.

- JC- Quais os cuidados que a população deve ter para evitar a dengue?

Antônio Palhano - Embora todos os meios de comunicação e campanhas estejam sempre in-formando quanto aos cuidados para a não proliferação de mos-quitos, vamos reforçar.

Manter quintais limpos, des-cartar garrafas vazias, pneus velhos e demais recipientes que possam armazenar água ou mantê-los devidamente protegi-dos com tampas, manter caixas d’água devidamente tampadas, vasos de plantas e os pratos dos mesmos com areia, piscinas va-zias e cobertas com lona, manter limpeza de calhas (se possível três vezes ao ano), vasos sanitá-rios tampados, colocar hipoclori-to de sódio (alvejante) em ralos

externos e internos, não jogar na via pública ou em um terre-no copos de plástico ou sacos de guloseimas. Para isso temos as lixeiras. Cada recipiente jogado na rua vai ser um criadouro na próxima chuva. Esta consciência é que a população tem que ter, pois o problema é de todos, sem exceção. Nunca se sabe onde o mosquito contaminado vai estar. Essas e outras ações devem fazer parte do dia a dia de todos.

- JC- Quanto aos pneus?Antônio Palhano - Hoje te-

mos um local de recebimento dos pneus descartados, e é impor-tante ressaltar que a população, ao comprar pneus novos, leve o pneus velho até o depósito para que estes não se tornem criadou-ros de mosquitos no fundo dos pátios. Meu apelo à comunidade é para que a mesma se integre a esta luta, que é de todos os San-tarosenses, ao contrário será uma luta inglória.

- JC - Ao surgirem os sin-tomas o que se deve fazer?

Antônio L. Palhano - É mui-to importante que pessoas com sintomas da doença procurem pela Unidade Básica de Saúde mais próximas de suas residên-cias, para realização dos exames e tratamento se necessário. Como também as pessoas que recorre-rem ao atendimento médico pri-vado e que tenham confirmada a doença deverão notificar a Secre-taria de Saúde, através do telefo-ne (55) 3511-1431 para melhor monitoramento das informações de infestação da doença.

Antônio Palhano

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 2011 5Educação

Segundo o Secretário Luis Leal Girardon, a Pre-feitura, através da Secreta-ria de Meio Ambiente está investindo na educação ambiental.

O objetivo é formar colaboradores e multipli-

cadores na separação do lixo nas próprias casas. Para isso, os educadores ambientais têm visitado as escolas, em reuniões, palestras com pais, alu-nos, professores e funcio-nários. “Acreditamos que

investindo na educação ambiental teremos pes-soas mais conscientes e responsáveis com o meio ambiente”.

As palestras estão sen-do ministradas em todos os níveis de ensino.

Neste mês de maio será lançado em Santa Rosa o programa Segundo tempo, ligada ao Ministério dos Esportes. Sandra Padilha teve dois encontros com o Ministro dos Esportes Or-lando Silva para articular a instalação do programa em Santa Rosa. Em nome da Coordenadoria da Mu-lher, e com a coordenação da professora Clarice Zien-tarski, e do Coordenador Pedagógico, o Professor Mestre Vinícius Denardin Cardoso o projeto tem o propósito de atender cerca de 1.000 crianças e adoles-centes, dos 7 aos 17 anos, no contra-turno escolar, possibilitando que as mães possam sair de casa para trabalhar com a tranqüili-dade de deixar seu filho em local em que terão ativida-des esportivas sob orien-tação de coordenadores

e monitores de Educação Física e/ou Esporte, refor-ço alimentar e atividades complementares.

Serão usados núcleos da comunidade espalha-dos por diversos bairros da cidade (ver quadro), atendidos por professores contratados via seleção pública. Há também par-cerias com o empresariado local, OCIPs e ONGs que têm interesse no projeto e que desenvolvem ativi-dades afins como dança, música e esportes alter-nativos como a prática de skate. A remuneração dos professores é de respon-sabilidade do Ministério dos Esportes. O município participará com o forneci-mento do material neces-sário ao desenvolvimento das atividades, como ma-terial esportivo e lúdico,

entre outros. Segundo Sandra, o pro-

grama tem notoriedade in-ternacional, pois oferece à criança e ao adolescente a possibilidade de desenvol-ver-se em ambiente peda-gógico, possibilitando uma boa integração social dos participantes, e reduzindo a exposição aos riscos so-ciais.

“O que nos constitui é o meio”, diz Sandra, afir-mando que o ambiente do projeto possibilitará o desenvolvimento de valo-res sociais e a melhora da auto-estima, melhorando sua qualidade de vida.

Diz ainda que “o poder público tem o papel de-terminante em implantar e desenvolver políticas sociais”, ações estas que visam evitar a exclusão so-cial das camadas mais vul-neráveis da sociedade.

Núcleo Endereco Bairro Qtde de Benef. AUXILIADORA VII e VIII RUA ANA TERRA, SN VILA BOM RETIRO SN º AUXILIADORA 209 BAIRRO PLANALTO V E VI Rua: Praça Dr Livio Cecconi S nº Planalto 205 CRUZEIRO I CENTRO Rua Porto Alegre SN OLIVEIRA 107 SOCIAL URBANOCRUZEIRO II PEDRO SPERONI RUA SERAFINA DA ROSA SN CRUZEIRO 103 CRUZEIRO III PEDRO DEON AV FLORES DA CUNHA SN º CRUZEIRO 102 CRUZEIRO IV (RAUL OLIVEIRA) RUA AFONSO RITTER 538 CRUZEIRO 118 WINKELMANN IX E X Av América S nº Centro 202

Santa Rosa terá ProgramaSegundo tempo

Investimentos na Educação AmbientalDesde sempre, estar na escola era a ga-

rantia de tranquilidade e segurança para os estudantes. O ambiente escolar retratava aquilo que há de melhor em termos de ex-pectativas na formação do aluno-cidadão. Alguém acredita que ao frequentar um ban-co escolar o aluno possa desaprender ou aprender aquilo que não deve? Essa idéia não faz parte do nosso imaginário. As brigas que ocorriam dentro da escola eram pontu-ais e as consequências eram uns puxões de orelhas dos pais e os dois envolvidos que fi-cavam “de mal” por um tempo. O ambiente escolar era quase sagrado. O professor era autoridade pela simples razão de ser o pro-fessor. Havia uma fina sintonia entre os pa-drões de ensino e os padrões da instituição familiar. A escola recebia muito apoio por parte da família e o estudante, dentro desta realidade, mantinha o respeito pela institui-ção. Para o aluno, a instituição de ensino era uma extensão dos valores praticados na fa-mília e vice-versa.

Deste mundo, não fazia parte a violência e o risco das drogas.

Com o passar dos anos, porém, a situação mudou. O ambiente de respeito e de regras claras de antigamente, regido por propósitos firmes de construção de um cidadão foi sen-do subjugado, ridicularizado e suplantado por uma nova ordem, ou melhor, desordem.

A porta para entrada das drogas foi aber-ta, e com ela toda uma gama de desorienta-ção que deixa atônito quem tem a obrigação de lidar com elas.

Os alunos estão levando para dentro da escola o que vivem e aprendem na rua – não deveria ser o contrário? - pois a sociedade, desorientada, não está ensinando o que de-via a seus filhos. Aliás, não está ensinando. Os pais não têm tempo, e o tempo que têm não lhes dá coragem de exigir uma condu-ta do filho. E os filhos viram super-filhos. O problema é que eles não são super-alunos.

As mudanças sociais estão ocorrendo mais rapidamente que nossa capacidade de entendê-las, trazendo novos paradigmas. Exige-se liberdade e ela é concedida. Como a usam? Na maioria das vezes, de forma equi-vocada e descomprometida.

A escola também tem deixado a desejar neste processo. Os novos recursos de ensino proporcionado pelos avanços tecnológicos requerem que a escola se readapte, e o pro-fessor esteja capacitado para lidar com eles. Alguns professores não estão preparados para os novos desafios e a simbiose escola--aluno-família fica prejudicada.

O maior prejudicado é o aluno, e este vai virar adulto, e quem sabe, professor.

Onde está o elo dessa corrente que en-fraqueceu?

Família, escola e sociedade.

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 20116 Especial

Registramos um momento emocionante de confra-ternização entre as garis que trabalham nas ruas do Bair-ro Cruzeiro. Esta confraternização se deu pelo aniver-sário de Lourdes Florinda Antunes.

“Estou feliz por estar com minhas colegas e amigas festejando este momento. Não é uma festa mas é mais do que isso, é a lembrança carinhosa delas comigo. Saí cedo de casa para trabalhar. Somente à noite é que vou receber o carinho da minha família pela passagem do meu aniversário. Ganhei meu dia com estas colegas ma-ravilhosas que me proporcionaram estes momentos de emoção e alegria.

Aniversário festejado na rua

A Eluir, desde já, agradece a toda clientela pela grande procura que teve para o dia das mães.

Nos sentimos honrados e felizes por participar da alegria de cada lar e renovamos os votos de um Feliz dia das Mães.

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 2011 7Especial

No dia 16 de abril, aconteceu mais uma feira da AMIGAN, realizada na empresa Centro Rural. Os integrantes da Ong foram recebidos com muito ca-rinho pelos proprietários e funcionários apesar do tempo estar instável pela manhã, a feira ocorreu com resultados satisfatórios.

Podemos dizer que é Feira do Amor, pois aque-les animaizinhos depen-dem de um ato de amor para saírem do abandono nas ruas. Foram doados gatos e cães, adultos e fi-lhotes.

Foi recolhido das ruas

um cachorrinho poodle com perfurações no pes-coço por visível tentativa de asfixia com fio de me-tal. O bichinho também estava com uma das per-nas muito machucada. A AMIGAN recolheu o animalzinho que está em tratamento. Como a ONG não tem sede este animal está provisoriamente na casa de uma integrante, e pedimos a quem se dispor a fazer a caridade de ado-tá-lo entrar em contato com o telefone, 99878001 ou 96557186 ou ainda no portal www.cruzeironoti-cias.com.br.

Adotar é um ato de amor.Feira de adoção de animais da Amigan

SOS INVERNO

A Amigan Pede a ajuda da comunida-de, para que doe rou-pas, trapos e tapetes velhos para usarmos em casinhas de cães e outros animais do-mésticos. Com chega-da do frio este tipo de doação é muito bem vinda.

Você que está len-do este nosso apelo, e tem este material para doar, por favor entre-gue a uma das empre-sas parceiras abaixo citadas.

AUAUAU agradece.

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 20118 Ecologia

Após longa reunião de ministros com os líde-res partidários e o relator da proposta de reforma do Código Florestal, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ficou decidido que a votação da matéria só ocorrerá na próxima terça-feira. Isso porque a obtenção de um acordo em torno de dois pontos cruciais do rela-tório não foi possível. Há divergências ainda sobre a permissão da manuten-ção de plantações e pastos - que vem sendo chamada no relatório de áreas con-solidadas - em Áreas de Preservação Permanente (APP) e a recomposição de locais desmatados dentro da reserva legal.

A OAB, na palavra de seu presidente nacional, Ophir Cavalcante, alertou nesta quarta-feira sobre o risco de o Brasil provo-car “uma devastação bru-tal” na Amazônia, caso o novo Código Florestal seja aprovado de acordo com a proposta de seu rela-tor, deputado Aldo Rebe-lo (PCdoB-SP). Ophir diz que a legislação florestal brasileira precisa ser mo-dernizada, mas não à custa

de uma grande devastação ambiental no futuro próxi-mo.

O presidente da OAB explica que o novo projeto cria, em termos de prote-ção de reservas legais, três faixas: a primeira, diz que 80% da vegetação deve ser objeto de reserva quando se tratar da Amazônia-Flo-resta; 35% quando se tra-tar da Amazônia-Cerrado, e 20% quando se tratar da Amazônia-Campos Natu-rais. Segundo ele, a região Sul do Pará, que vai de Ma-rabá ,parte do planalto de Santarém, até a fronteira de Tocantins e Mato Gros-so, agora será uma região caracterizada como de Cer-rado e, como tal, somente 30% serão preservados como reservas.

- A se manter dessa forma os percentuais de 20% e 35% para preserva-ção nas áreas de Cerrado e Campos Naturais, previs-tos no projeto de Aldo Re-belo, vamos ter em verda-de uma devastação brutal na Amazônia - afirmou.

Enquanto o ministro anunciava a decisão para a imprensa, a senadora Ká-tia Abreu, presidente da

Confederação Nacional da Agricultura (CNA), dava a notícia para os presidentes das federações de agricul-tura e pedia paciência aos ruralistas.

- Tem que ter paciência - disse a senadora aos rura-listas.

Aos jornalistas ela se disse confiante de que a pauta será de fato votada na próxima semana.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccare-zza, disse na tarde desta quarta-feira que as dis-cussões sobre a reforma do Código florestal ainda permaneciam sem consen-so. Segundo ele, há dois pontos de divergência: permissão da manutenção de plantações e pastos - que vem sendo chamada no relatório de áreas con-solidadas - em Áreas de Preservação Permanente (APP) e a recomposição de locais desmatados dentro da reserva legal.

Na opinião do governo, somente os agricultores familiares deveriam estar liberados de recompor o dano ambiental. Aldo Re-belo não parece disposto a abrir mão de estender a isenção para todos os

produtores até o limite de quatro módulos fiscais - de 20 a 400 hectares.

Vaccarezza disse tam-bém que o PT está unido com o governo.

- A posição que a ban-cada do PT defende é que o PT vai acompanhar o governo. O comando que o governo der nós vamos seguir – afirmou.

Já o PSOL e o PV ha-viam prometido utilizar todos os dispositivos pos-síveis do regimento inter-no para tentar adiar a vo-tação do Código Florestal na Câmara. Os partidos argumentam que o texto beneficia apenas o setor do agronegócio, não integra os pequenos agricultores, aumenta o risco de desma-tamento e concede anistia a quem infringiu a legisla-ção ambiental.

Como o PV e PSOL são partido pequenos e não têm o poder de obstrução, eles apostam no racha do PT, que ainda não chegou a um acordo para a votação do relatório de Aldo Rebe-lo. A obstrução é feita por meio de requerimentos e destaques para prolongar a votação.

- A informação é que o PT não tem acordo para votar o relatório do Aldo. Certamente haverá um desdobramento, o que pode aumentar a obstru-ção. Espero que eles se manifestem também no plenário - disse o deputa-do Ivan Valente (PSOL). - Esse não é o relatório dos pequenos, é o relatório dos grandes, dos grandes fazendeiros, da CNA, da-queles que já estão bem aquinhoados. Os peque-nos precisariam, sim, de proteção do Estado - re-clama o deputado Ivan Valente.

Aldo Rebelo disse que os pontos que colocou no texto não são dogmas e que pode alterar o relató-rio até o início da votação

no plenário da Câmara. - Enquanto este relató-

rio puder ser aperfeiçoado, eu vou aperfeiçoá-lo. Isso não é um dogma - disse o deputado

O novo texto apresen-tado pelo relator mantém a margem mínima de pro-teção dos rios (matas ci-liares) nos atuais patama-res, de 30 metros, o que era uma das exigências do governo. No entanto, o texto permite que os pro-prietários com até quatro módulos fiscais (de 20 a 400 hectares) mante-nham apenas o percen-tual de vegetação nativa que possuíam até julho de 2008. Ou seja, eles não serão obrigados a reflo-restar nem a compensar áreas desmatadas além do permitido.

Adiada votação sobre o novo Código Florestal Brasileiro

O mundo tornou-se

perigoso, porque os homens

aprenderam a dominar a natureza

antes de se dominarem a si

mesmos.

Albert Schweitzer

TexTo e foTo: Vilson Winkler

Na terça-feira, 03 de maio de próximo ao meio-dia, o Técnico em Agropecuária, Cleiton Luiz Campa-nher, quando estava se deslocando em direção a localidade da Barra do Santo Cristo, interior do municí-pio, avistou um bicho que estava no meio da rua, achou que este estives-se atravessando a estrada, mas ao se aproximar constatou que o mesmo não se mexia, parou o veículo para ver que animal era e para ver se ain-da estivesse com vida, constatou que era um Tamanduá-mirim e que já estava sem vida.

Tamanduá-Mirim atropelado em

Porto Mauá

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 2011 9Geral

Atividade física e quali-dade de vida que Gilmar e Equipe vem proporcionar para os moradores do Bair-ro Cruzeiro.

A atividade física be-neficia vários aspectos no nosso cotidiano que ai es-tão relacionados.

1. Alívio de tensões emocionais: a atividade física é reconhecida como uma forma eficiente de aliviar o stress emocional, diminuindo assim um im-portante fator de risco para diversas doenças crônicas.

2. Melhora da com-posição sanguínea: os exercícios em geral tendem a normalizar os níveis de glicose, gorduras e diver-sas outras substâncias no sangue, que podem estar alterados e trazer riscos aos portadores.

3. Redução da pres-são arterial: pessoas ativas fisicamente tendem a ter níveis pressóricos mais baixos, e os exercícios em geral auxiliam a diminuir a pressão arterial dos hiper-tensos.

4. Estímulo ao ema-grecimento: qualquer tipo de exercício estimula a redução da gordura cor-poral, diminuindo assim a possibilidade da pessoa desenvolver doenças como a aterosclerose, o diabetes e outras.

5. Aumento da den-sidade óssea: o sedentaris-mo leva à uma diminuição progressiva da resistência óssea, aumentando o risco de fraturas, e os exercícios físicos constituem recurso de alta relevância para evi-tar e reverter essa situação.

6. Aumento da massa muscular: a atividade física habitual leva à um aumen-to do volume e força dos

O Detran do Rio Grande do Sul realizará, durante o mês de maio, 17 leilões de veículos e sucatas em Cen-tros de Remoção e Depósito de Veículos (CRDs), em vá-rias regiões do Estado,são sucatas e veículos com docu-mentação (aptos para voltar à circulação) sem restrições policiais ou judiciais e des-vinculados de quaisquer pen-dências legais ou financeiras. Os leilões ocorrerão: Santa

Maria (11); Cachoeira do Sul (12); Santana do Livramento e Porto Alegre (13); Canela e Caxias do Sul (17); Igrejinha (18); Nova Santa Rita (19); Porto Alegre novamente no dia 20, Portão (24), Estân-cia Velha (25), Gravataí (26) e, por fim, São Leopoldo, no dia 31.

Tanto pessoas físicas, como jurídicas podem par-ticipar. Para o arremate do lote, o comprador deverá

apresentar no ato RG, CPF e comprovante de residên-cia, se pessoa física; contrato social ou cópia autenticada, CNPJ, RG e CPF do represen-tante, se pessoa jurídica. Os veículos estarão em exposi-ção nos locais, no dia ante-rior aos leilões, à disposição para visitação, em horário comercial. O calendário com-pleto, com o número de bens ofertados, pode ser conferi-do site www.detran.rs.gov.br.

A Prefeitura Municipal de Giruá e o Hos-pital São José inauguraram oficialmente o Serviço do Centro Regional de Reabilitação em Baixa Visão e Cegueira.

O diretor-executivo da Instituição, Amarildo Dal’Ago, ressaltou que o foco dos serviços das três Referências do Hospital está na reinserção social dos pacientes e agradeceu ao apoio da Prefeitura Municipal e do Estado por mais esta conquista,sendo o único do interior do Estado, com abran-gência em 300 municípios gaúchos. Além de Giruá, apenas o Banco de Olhos de Porto Alegre oferece os mesmos serviços.

Esteve presente na solenidade o Se-cretário de Saúde do Estado, Ciro Simoni, que além de conhecer o Centro Regional de Reabilitação em Baixa Visão e Cegueira-são, também conheceu a estrutura do novo

AVISO PARA CONTRATAÇÃO E CREDENCIAMENTO DE SERVIÇOS MÉDICO-HOSPITALARES.

1) O 19º REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO ESTÁ CONTRATANDO/CREDENCIANDO ORGA-NIZAÇÕES CIVIS DE SAÚDE (OCS) E PROFISSIONAIS DE SAÚDE AUTÔNOMOS (PSA) COM VISTAS A EFETUAR, DE FORMA COMPLEMENTAR, O ATENDIMENTO MÉDICO-HOSPITALAR AOS USUÁRIOS DO SISTEMA DE SAÚDE DO EXÉRCITO, SOMENTE PARA PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS NAS ÁREAS DE PSIQUIATRIA E NUTRIÇÃO.

2)OS INTERESSADOS DEVERÃO COMPARECER NA SEÇÃO FUSEX DO 19º R C MEC, NA RUA DUQUE DE CAXIAS, 367, CENTRO, NO HORÁRIO DAS 08:00 ÀS 11:50 HORAS, DE 2ª A 6ª FEIRAS, PARA RECE-

BER AS INFORMAÇÕES E TODAS AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A REALIZAÇÃO DO CONTRATO/CREDENCIAMENTO.

Quartel em Santa Rosa, RS, 28 de abril de 2011.MARCOS COPETTI WEBER – Ten Cel

Cmt do 19º R C Mec

Uma comitiva formada pelo presidente do 28º Encontro Estadual de Hortigranjei-ros, José Wanderlei Waschburguer; pelo vice-presidente Adenir Bortoli; pelo coor-denador do evento, Ari Dresch; pela coor-denadora da Comissão Social, Adriana Leal e pela rainha, Lídia Larcen Flores da Silva e princesas, Andressa Inajá de Moura Ferreira e Elissandra Marques da Costa, soberanas do Hortigranjeiro 2011, visitou a 15ª Fena-milho de Santo Ângelo.

A comitiva, além de participar da aber-tura oficial, que teve a presença do Governa-dor do Estado Tarso Genro, visitou o parque de Exposições Siegfried Ritter, em Santo Ângelo. O vigésimo oitavo Hortigranjeiros

Bairro Cruzeiro é contemplado com mais uma empresa

músculos, protegendo as articulações e favorecendo a aptidão física.

7. Desenvolvimento da aptidão física: os exercí-cios aumentam a capacida-de das pessoas realizarem esforços, permitindo assim maior autonomia motora, condição conhecida como boa qualidade de vida.

Um dos aspectos que não pode ser esquecido, em função de sua impor-tância para a vida em so-ciedade, é a deterioração da forma do corpo conse-qüente ao sedentarismo. A falta de exercícios leva à diminuição progressi-va da massa muscular e à tendência para o acúmulo de gordura. Tendo os mús-culos consistência firme e formas arredondadas, sua função é modeladora, tan-to no homem quanto na mulher. O tecido adiposo, de consistência flácida e sem forma definida, é o elemento deformante do corpo.

Nas cidades, a solução mais habitual para o se-dentarismo imposto pelo trabalho intelectual são asatividades esportivas em academias. Atividades recreacionais como cami-nhadas, passeios ciclísti-

cos, pescarias, camping e náutica também envolvem razoável e benéfica ativi-dade física, mas devido ao seu caráter geralmente es-porádico, devem ser com-plementadas com outras formas de exercício mais freqüente.

Uma questão que cos-tuma receber ênfase in-justificada é a indicação da atividade física suposta-mente ideal. O que se pode afirmar do ponto de vista do conhecimento científi-co é que todas as formas de exercício possuem mais ou menos os mesmos efeitos salutares acima elencados. Assim sendo, não se justi-fica classificar as diversas atividades físicas como mais ou menos salutares, a não ser que se considere a incidência de traumas, que evidentemente pode variar entre as diversas formas de exercício. A op-ção por uma ou outra for-ma de atividade física deve ficar por conta do prazer que cada pessoa encontra na sua prática. Com esse compromisso Gilmar e Equipe Academia vem com oferecer uma opção de ati-vidade física orientada no Bairro Cruzeiro com pro-fissionais especializados.

Equipe: Gilmar,Anderson,Elis,Paulinho e Fernanda

Dezessete leilões serão promovidos pelo Detran /RS

Inauguração oficial do serviço do Centro Regional de Reabilitação em Baixa Visão e Cegueira

Pronto Atendimento que será inaugurado no dia 23 de maio.Disse o Secretário Ciro Simoni, “O Hospital São José é um exemplo claro de que onde há lideranças com iniciati-va, as coisas acontecem. O prefeito Fabiam Thomas falou sobre o importante momento para a Saúde no município.

Soberanas do 28º Hortigranjeiros divulgam Encontro

Soberanas na abertura da Fenamilho

Zulu

pa.c

om.b

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será realizado de 08 a 12 de outubro de 2011 no parque de exposições Alfredo Le-andro Carlson em Santa Rosa.

Bairro Sulina recebe academia abertaA ação da Prefeitura teve

como objetivo melhorar a qualidade de vida, propor-cionar saúde e lazer para a comunidade.

Prefeito Orlando Des-consi, “Investimos na saúde, pois acreditamos que a prá-tica de esportes e o espaço de lazer são fundamentais para a qualidade de vida”.

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 201110 Geral

Feira do peixe

Alguns cuidados com a segurança podem evitar grandes tragédias familiares.

As velas fazem parte de nossa vida desde remotos tempos e, ultimamente há uma gama enorme de usos para elas, como velas aromá-ticas, repelentes de insetos, decorativas.

Seja para suprir a falta de energia ou por qualquer outro motivo, acender uma vela sempre representa um risco de acidente.

Então, ao acender uma vela tenha os seguintes cui-dados:

- Não deixe velas acesas próximas a crianças ou ani-mais.

- Fique sempre atento a vela enquanto estiver acesa.

- Não deixe velas acesas próximas a materiais com-bustíveis como cortinas, lençóis ou estrutura de ma-deira.

- Apague sempre a vela ao sair de casa ou ao deitar--se para dormir.

- Sempre que possível substitua velas por lanter-nas.

- Tenha o cuidado de co-locar em um prato ou outro material incombustível com diâmetro suficiente para abrigá-la caso caia.

- Posicione a vela em lu-gar alto, longe de crianças ou animais domésticos.

Fala cidadãoNome: Maria F. de A.Quero perguntar ao prefeito sobre o tratamento

que ele está dando aos buracos nas ruas de nossa cidade. Na rua Santa Cruz, pouco acima do Conse-lho Tutelar tem uma cratera enorme que precisa ser concertada. O buraco já é antigo e só vem aumen-tando. A cada chuva a situação fica pior.

Entre os piscicultores que participam na feira do peixe o jornal colheu a opinião de dois piscicultores.

Gilso dos Santos e Alceu Borgman e esposa.

Eles expressam suas opi-niões a respeito da piscicultu-ra na região, as dificuldades, manejos, mercado. Eles mos-traram-se satisfeitos com a atividade e com o incremento no consumo de carne de pei-xe que vem ocorrendo ano após ano.

JC. Quanto tempo você participa da feira?

Gilso A. Santos - partici-po a doze anos.

JC. Com doze anos de experiência na feira você percebeu quais mudanças e se as mesmas foram po-sitivas no ramo da pisci-cultura.

Gilso A. Santos - Em 1999 quando participei pela primeira vez da feira, não existia esta consciência do benefício da carne de peixe que existe hoje, mas mesmo assim tinha um bom comér-cio, é claro que em números de quilos vendidos hoje a fei-ra representa um sucesso e os benefícios são para a saú-de, para trazer alternativas aos pequenos produtores e incentivos à piscicultura en-tre outros.

JC. Houve aumento de venda na feira deste ano?

Gilso A. Santos - Todo ano preciso de mais peixes para atender a demanda na feira, este ano vendi 40% a mais do que a feira do ano passado. Meu volume de ven-da este ano foi de dois mil e quinhentos quilos. Só vendo peixe vivo e somente carpas e filé de peixe.

JC. Há um manejo di-ferente na sua atividade de piscicultura.

Gilso A. Santos - Sim, a necessidade de aumentar a produção me fez buscar

alternativa, e nesta busca fiz parcerias com pequenos piscicultores da região. Isso ocorre da seguinte forma;

entrego os alevinos que são criados pelos parceiros piscicultores e quando o peixe atinge o peso de três a seis quilos, que são de maior aceitação no comércio, os trago para os meus açudes, já prontos para a comercia-lização. Com este sistema de cooperação todos ficam bem servidos. A cada ano busco mais parceiros e mesmo as-sim precisaria de uma produ-ção de peixe ainda maior para atender a demanda.

JC. Sua comercializa-ção fora do dia da feira se faz somente aqui no pes-que-pague ou você vende para super mercados?

Gilso A. Santos - Toda a minha produção se escoa no meu comércio.

JC. Os senhores se en-volveram com a piscicul-tura a quanto tempo?

Alceu - Tem oito anos que estamos morando aqui no sí-tio, e com todas as condições para trabalhar a piscicultura, em 2006 resolvemos investir e desde então nos dedicamos a este ramo. Como peixe de-mora em atingir o ponto de abate comercial, somente em 2009 iniciamos a venda na feira do peixe. Para nós é

uma excelente oportunidade de venda. Vendemos o peixe abatido e limpo.

JC. Na avaliação de vo-cês, como foi a feira?

Nelvi Borgman - foi um sucesso, embora eu tenha uma sugestão para dar ao Prefeito Orlando sobre este assunto. Como a feira é uma oportunidade de escoamento do produto, seria importan-te não ficar restrita apenas à páscoa. Se houvesse uma feira por mês seria um gran-de incentivo para os piscicul-tores e uma oportunidade de oferta do produto ao consu-midor, pois o peixe fresco tem outro sabor.

JC. Quais os tipos de peixes que vocês têm?

Alceu - Todos os tipos de carpa, jundiá e lambari que serve de alimento para os dourados.

JC. Dos três açudes da propriedade vocês fazem uso do aerador (aparelho que oxigena a água) em um só açude?

Alceu. Sim, porque onde se tem peixes maiores a ne-cessidade de oxigenação da água é maior, caso contrário em dois dias de tempo nubla-do os peixes podem morrer por falta de oxigênio. Nos açudes dos peixes pequenos não há esse risco.

JC. Os açudes contam com um grande aparato de segurança contra roubo.

Alceu. Sim, tivemos que investir em segurança dentro e ao redor dos açudes para coibir o roubo de peixes. É necessário alertar as autori-dades sobre isso, pois a situ-ação está se tornando grave. Vários vizinhos, também piscicultores, já desistiram da atividade única e exclusi-vamente em função da gran-de quantidade de roubos de peixes. A piscicultura é uma atividade cujo investimento não é pequeno. Precisamos ter mais segurança para com-bater os roubos. Felizmente hoje existe tecnologia para combater as “visitas no-turnas” dentro dos açudes, porém nem todo pequeno piscicultor tem condições financeiras para investir nes-tes aparatos. Mas quem qui-ser investir neste ramo terá que avaliar este problema que vem crescendo ano a ano.

JC. As pessoas que qui-serem consumir o produto de vocês fora da feira do peixe, como podem entrar em contato?

Nelvi. Podem ligar para 96216689. Terão acesso a um produto de excelente qualidade, aliando ao prazer de conhecer a beleza natural do sítio.

Parceria entre a empresa e os clientes locais do seg-mento de grãos e fertilizan-tes deve movimentar 250 mil toneladas/ano e propor-cionar aos empresários da região uma nova opção para logística de cargas.

A ALL - América Latina Logística - empresa que de-tém a concessão da ferrovia no Rio Grande do Sul e ou-tros cinco estados, concluiu no último mês de abril as obras de recuperação dos ramais ferroviários que in-terligam os terminais de grãos e fertilizantes da re-gião de Santa Rosa – Santo Ângelo - Cruz Alta até a base ferroviária da empre-sa, em Cruz Alta. O projeto possibilita a retomada da circulação de cargas por fer-rovia no trecho, por onde devem ser movimentadas mais de 250 mil toneladas de produtos.

A retomada só foi pos-

sível graças ao resultado

de encontros realizados entre os empresários das regiões Fronteira Noroeste, Missões e Alto Jacuí, em negociação há mais de um ano. Inicialmente, um trem diário com 15 vagões fará o percurso de 31 km. O trecho funcionará para escoamen-to de grãos no Porto de Rio Grande e para o retorno de fertilizantes para abasteci-mentos de produtores.

“Com a retomada do transporte por ferrovia, a ALL está oferecendo uma nova opção logística aos clientes da região, mais competitiva e a um menor custo que o transporte ro-doviário”, observa o diretor Comercial da ALL, Sérgio Nahuz. “Além de atender a demanda reprimida de grãos e fertilizantes da re-gião, temos a expetativa de formalizar contratos com outras empresas e em novos segmentos, como o de con-têineres”, revela o executivo.

ALL retoma movimentação ferroviária entre Santa Rosa e Cruz Alta

Cuidado ao acender velas

Gilso A. Santos Alceu Borgman e esposa

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 2011 11Geral

Através da Secretaria de Habitação e Mobilidade foi realizada uma reunião com os responsáveis pelo trans-porte escolar do município. A intenção foi orientar os proprietários, sobre a forma correta do andamento para o registro na Prefeitura; para posterior encaminha-mento ao Centro de Regis-tro de Veículos Automoto-res/CRVA.

Isto é necessário para que todos possam ter auto-rização para realizar o trans-porte escolar de forma legal.

Também participaram da reunião, a Brigada Militar, CRVA e as empresas de ins-peção veicular e de tacógra-fo. Durante a reunião foram explicados os procedimen-tos corretos e as formas de realizar a legalização. Se-gundo o Secretário de Habi-tação e Mobilidade Urbana, Ramão Moreira, “Organiza-mos a reunião com o objeti-vo de orientar sobre os pro-cedimentos para encurtar e agilizar o processo”. Mais de 20 representantes de trans-porte escolar participaram.

Este ano o governo ampliou o público alvo, que era de idosos e popu-lações indígenas até en-tão, incluindo as crianças entre 6 meses e 5 anos, gestantes e profissionais da saúde. Nestes grupos as complicações da influenza (pneumonias bacterianas ou agravamento de doen-ças crônicas já existentes, como diabetes e hiperten-são) são mais comuns, o que justifica a ampliação do público da campanha.

A vacina distribuída protege contra os três principais vírus que cir-cula no hemisfério sul, entre eles o da influenza A (H1N1).

O Ministério da Saúde distribuiu cerca de 32 mi-lhões de doses da vacina.

Em Santa Rosa alunas do curso técnico de enfer-magem do SEG- Sistema

A Prefeitura Munici-pal, juntamente com o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, a Fundação Estadual de Pesquisa Agro-pecuária – FEPAGRO, a Associação dos Municípios da Grande Santa Rosa, o Corede Fronteira Noroeste e toda a comunidade, cele-braram hoje, a reativação da Unidade da Fundação no município. O Prefei-to Orlando Desconsi que coordenou as atividades destacou a importância da reativação, “Estou muito feliz com as atuações do Governo do Estado que em menos de 100 dias de trabalho, já dedicou tan-tos esforços, promovendo avanços para o nosso mu-nicípio”.

A volta do funciona-mento da FEPAGRO é uma ação decisiva do Governo do Estado, em parceria com a Administração Mu-

nicipal. A intenção é aten-der as necessidades do desenvolvimento da agri-cultura da região. Partici-param do ato de reativação e da posse dos funcioná-rios que irão trabalhar no município, o Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, o Diretor Presidente da Fe-pagro, Danilo Rhenheimer dos Santos, o Presidente da Associação dos Municí-pios da Grande Santa Rosa, Marino Pollo, os Deputa-dos da região, lideranças locais, representantes de entidades e a comunidade em geral. Foi empossado o Coordenador local, Ivar Kreutz juntamente com a veterinária, Coralia Maria Oliveira Medeiros. Depois da cerimônia foi realizado um almoço, e em seguida, uma visita na Unidade da Fepagro.

Conforme o índice In-tenção de Consumo das Fa-mílias gaúchas, a intenção de consumo dos consumi-dores gaúchos teve leve que-da em abril, situação que já era prevista por empresário e analistas do setor.

O índice, calculado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e divulga-do na segunda-feira, era de 135,5 pontos em março, en-quanto em fevereiro chegou a 129. No entanto, a redu-ção não constitui queda no consumo, e sim um cresci-mento mais lento.

A perspectiva de consu-mo ficou praticamente es-tável. Enquanto em março estava em 102,5, em abril caiu para 100. Conforme Zildo De Marchi, o quadro reflete claramente o cenário que atinge toda a economia brasileira. “Existe uma desa-celeração generalizada, mas isso não significa que o con-sumo vá cair, e sim que vai crescer a taxas mais baixas”, explica.

Medidas impostas pelo Banco Central para maior controle ao crédito já come-çam a ser sentidas pelo con-sumidor: conforme a pes-quisa, o acesso a crédito teve índice de 109,7, enquanto no mês anterior estava em 136,4. “Mesmo que muitos nem tenham arcado com os custos do aumento do IOF para operações de Pessoa Física, definido em abril, as pessoas já estão se preve-nindo”, comenta De Mar-chi. O presidente acredita que a elevação do imposto, que pulou de 1,5% para 3%, assim como o aumento da taxa Selic, devam gerar mais cautela na população em termos de consumo. “Esta-mos vivendo um momento de excelentes resultados para o comércio, com altos níveis de consumo. Para que esse crescimento continuas-se tão elevado, a população teria que ter uma elevação considerável na renda”, ava-lia o presidente da Federa-ção.

A campanha da vacinação contra a gripe pretende imunizar 23,8 milhões de pessoas

Alunas legenda: Alunas em atividade de vacinação.

de Ensino Galileu, reali-zam atividades de vacina-ção em pessoas acamadas ou impossibilitadas de se

locomover ao posto de saúde para fazer a vacina contra a gripe, atividades estas supervisionadas

pela Enfermeira Jurema Oliveira do Centro Social Urbano do Bairro Cruzei-ro.

Segundo a Fecomércio, gaúchos diminuem intenção

de consumo em abril

Fepagro em Santa RosaPrefeitura reúne responsáveis por transporte escolar

Bairro Cruzeiro • SANTA ROSA • Maio de 201112

Por que Deus permite

que as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite,

é tempo sem hora,

luz que não apaga

quando sopra o vento

e chuva desaba,

veludo escondido

na pele enrugada,

água pura, ar puro,

puro pensamento.

Morrer acontece

com o que é breve e passa

sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,

é eternidade.

Por que Deus se lembra

- mistério profundo -

de tirá-la um dia?

Fosse eu Rei do Mundo,

baixava uma lei:

Mãe não morre nunca,

mãe ficará sempre

junto de seu filho

e ele, velho embora,

será pequenino

feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

Para sempre