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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SANTA ROSA• Julho de 2012 Ano 3 • Edição 28 Educação Seu filho tem dislexia? 4 Polícia Furtos e vandalismos no bairro Cruzeiro 11 Negócios Frango do Paulinho será co- mercializado pela rede Wal- mart 10 Saúde Atividades na 3ª idade 9 Ecologia Colabore com o planeta 8 3 Entrevista Alcides Girardon

Jornal Cruzeiro Julho 2012

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Jornal Cruzeiro Julho 2012

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Page 1: Jornal Cruzeiro Julho 2012

DISTRIBUIÇÃO GRATUITASANTA ROSA• Julho de 2012 Ano 3 • Edição 28

EducaçãoSeu filho tem dislexia?

4

PolíciaFurtos e vandalismos no bairro Cruzeiro

11

NegóciosFrango do Paulinho será co-mercializado pela rede Wal-mart

10

SaúdeAtividades na 3ª idade

9

EcologiaColabore com o planeta

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3 EntrevistaAlcides Girardon

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SANTA ROSA • Julho de 20122 Geral

Em Brasília, 24 horas Carlos Leite de Oliveira (Zé)[email protected], trabalha em Brasília.

Alexandre Luis Thiele dos Santos [email protected]

Advogado especialista em Direito Civil Lato SensuOAB/RS 71.791

CONCURSOS PÚBLICOS: O direito do portador de surdez unilateral de concorrer às vagas

destinadas aos portadores de deficiência

A Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso VIII prevê que a “a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão”. Embora várias deficiências sejam reconhecidas como critério hábil a concorrer a tais vagas, a surdez unilateral ainda encontra barreiras em exames médicos de vários concursos. Do mesmo modo que aos detentores de visão monocular foi certificado o direito de concorrer às vagas de portadores de deficiência - tendo o Superior Tribunal de Justiça - STJ lançado a Súmula nº 377, cujo texto expressa que “o portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes” – entende-se pela extensão desse direito, também, aos portadores de surdez em apenas um dos ouvidos.

Insta ressaltar que aqui no estado do RS o centro da discussão se encontra na interpretação do Decreto Estadual nº 44.300/2006, que em seu art. 3º, inciso II, considera deficiência auditiva a “perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500 hz, 2.000 hz e 3.000 hz”. Com efeito, entende-se perfazer-se inconstitucional o critério adotado pela norma estadual, isto porque a natureza da deficiência não é elidida em razão da unilateralidade. Seja a surdez bilateral ou unilateral, a deficiência é existente, pois normais condições auditivas não são encontradas na pessoa, carecendo a mesma da normalidade do sentido. Ou seja, a unilateralidade não afasta a caracterização de surdez e, surdez, perfaz-se uma deficiência, seja em um ou em ambos os ouvidos.

A simplicidade interpretativa que confere a nuance de inconstitucionalidade interna ao inciso II do art. 3º emana do critério lógico de que não possuir o pleno sentido (audição nos dois ouvidos) já se consubstancia em uma DEFICIÊNCIA, sendo impossível concluir que um candidato detentor de surdez, ainda que unilateral, seja pessoa desprovida de tal gravame.

Atenta-se que o ponto nodal localiza-se sobre o critério de “UNILATERALIDADE”, que em nada diverge em se tratando de “visão” ou “audição”. Assim, consubstanciando-se em deficiência o fato de “visão monocular” (diga-se, cegueira de um dos olhos), subentendida está, automaticamente, a acertada aplicação de tal para os casos de “audição unilateral”, porquanto a superada divergência interpretativa de caracterização de deficiência, repisa-se, trata-se de “UNILATERALIDADE”, a qual é presente em ambos os casos. Não se distingue o critério interpretativo em razão do sentido (audição-visão). D’outro prisma, poder-se-ia comparar com concursando com ausência de um dos membros superiores, com o que inconstitucional e ilegal seria a exigência da

ausência de ambos os membros superiores para lhe conhecer tal qualidade.

Dentre os vários fundamentos jurídicos favoráveis ao portador de surdez unilateral, tem-se a destacar não ser juridicamente aceitável que, para enquadrar-se na condição de portador de deficiência, deva ser o portador detentor de condição mais gravosa que a própria deficiência que lhe afeta. E, não cabe à lei impor tal exigência, pois não se presta a norma a impor critério mais gravoso, pelo que neste caso já se tem a discriminação propriamente dita. E, o intuito constitucional é o de propiciar a inclusão social àqueles cuja condição é desfavorecida. Ademais, não cabe à norma hierarquicamente inferior (decreto estadual) restringir direito já amplamente previsto em normas superiores (constitucional e Lei Federal nº 7.853/89).

A sustentar o todo, ressalta a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Nova York - 30/03/2007). Norma de caráter constitucional (por tratado internacional que é - e do qual o Brasil é signatário), estabeleceu nova ótica de leitura para a própria Constituição e aos critérios de determinação de deficiência elencados nas mais diversas leis. Seu objeto veio reformar antigas disposições constitucionais, sobretudo invalidar erga omnes as de ordem infraconstitucional contrárias ou incompatíveis às suas disposições, estendendo seus efeitos em controle difuso para todos os âmbitos. Dentre seus princípios gerais, determinou como obrigações a “não-discriminação”, a “plena e efetiva participação e inclusão na sociedade”, a “igualdade de oportunidades” e a “acessibilidade” dos portadores de deficiência de qualquer gênero. E, mais: dada sua natureza, com aplicabilidade imediata, revogando os critérios de concursos públicos, cujos editais pautam-se no decreto estadual nº 44.300/2006.

Sob a ótica administrativa, elementar que administração pública, na realização de concursos, deve pautar-se, dentre outros, pelos ditames da proporcionalidade, isonomia e legalidade, sob pena de nulidade de seus atos e, no caso, infringir critérios rigorosos de ordem constitucional.

Vários tribunais de justiça estaduais, inclusive do Distrito Federal, já aplicam em suas decisões a nova interpretação, paralelando o direito dos portadores de visão monocular, também, aos que possuem surdez unilateral. Tudo pautado em precedentes diversos, sobretudo, do STJ.

Diante da resistência da administração pública em aderir ao entendimento dos tribunais, as medidas judiciais (mandados de segurança e ações declaratórias - com pedidos liminares para reserva da vaga, em sendo o caso) têm sido o meio para a efetividade do direito aos concursandos portadores de surdez unilateral. No aguardo de, num futuro próximo, tais obstáculos à pacífica inserção social sejam dirimidos.

EmancipaçãoResgatei na memória um movimento que começou a ser articulado em Cru-zeiro, na década de 90, que objetivava a emancipação do bairro. À época, os defensores afirmavam que Cruzeiro estava abandonado pela administra-ção de Santa Rosa. Mas o pleito não foi adiante, uma vez que a Assembleia Legislativa nãoautorizou que se reali-zasse o plebiscito para decidir pelo sim ou não à emancipação.PrefeituraEm menos de 20 anos o cenário mu-dou. Até o prédio da Prefeitura hoje está localizado próximo no bairro. Mas mais do que isso, nos últimos três anos, a Administração Municipal tem investido muito em Cruzeiro. São ruas pavimentadas, novas moradias popu-lares, mais postos de saúde, novas cre-ches, escolas reformadas, entre outras ações que desmobilizaram completa-mente qualquer resquício emancipa-cionista.PreocupaçãoO problema, agora, é que alguns mo-radores do centro de Santa Rosa que-rem se emancipar de Cruzeiro (risos). Brincadeiras à parte, chegamos a uma situação em que a harmonia entre os moradores do município é uma das melhores possíveis. Um sentimento de união que ajuda a cidade a crescer e a se desenvolver. InvestimentosOs investimentos em Cruzeiro conti-nuam. Recentemente foi anunciada a construção de um posto de combustí-vel da Cotrirosa, com aporte de R$ 2,5 milhões. A Prefeitura dará início às obras da Praça do PAC, além de pavimentação de várias ruas.Posto de saúde na vila Júlio de Oliveira em estado adiantado.E, ainda, já inaugurada à reforma da Escola Municipal Pedro Speroni, que deu nova vida ao colégio. R$ 200 milE os deputados com base de apoio aí na cidade continuam a destinar recur-sos para o município. Desta vez, Elvi-no Bohn Gass (PT) informou ao pre-feito Orlando Desconsi que o Governo Federal deve liberar R$ 200 mil para a construção de uma Academia de Saúde em Cruzeiro. Os beneficiados serão os moradores das vilas Progresso, Perei-ra, Jardim, Kontarski e Coohab II e III.EleiçãoAté o dia sete de outubro, ou seja, da-qui a três meses, os santa-rosenses voltarão às urnas para eleger o prefeito

e os vereadores. A cada quatro anos a democracia se consolida com a parti-cipação popular que proporciona que os cidadãos livremente façam as suas opções de representação no Executivo e no Legislativo.Orlando, Vicini e TomasiSanta Rosa já conhece os seus candida-tos a prefeito. Como já se sabia, Orlan-do Desconsi e Sandra Padilha formarão a dobradinha PT-PC do B; Alcides Vici-ni (PP) tentará o seu quarto mandato de prefeito; e a novidade do pleito é o pupilo de Osmar Terra, o jovem Feli-pe Tomasi, que representará o PMDB. Será uma eleição muito disputada, em que o candidato peemedebista poderá ser o fiel da balança. No dia sete de ou-tubro, final da noite, saberemos quem comandará a bela Santa Rosa nos pró-ximos quatro anos. Boa campanha a todos.PINCELADASPINCELADAS PINCE-LADASPINCELADASEm julho, este colunista passará uma se-mana aí no bairro Cruzeiro. Aproveitará para encontrar familiares e amigos. Sem-pre é bom retornar às raízes e “beber da água do Pessegueirinho”.E como está a nossa Torre de Pisa?, nossa caixa d’água, ainda escorada?Cruzeirense Ronaldo Zulke, o Canhoto, é candidato a prefeito em São Leopoldo, pelo PT. Se eleito, deixará de ser deputa-do federal.Última pesquisa DataFolha (29/06) aponta a aprovação recorde do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT). Chega a 59% de ótimo e bom. Apenas 8% conside-ram o seu governo ruim ou péssimo.Lajeado Reginaldo recebe calçamento rei-vindicado havia muitos anos pela comu-nidade. Quase quatro quilômetros de pa-vimentação, com recursos da Prefeitura, que investiu mais de R$ 600 mil na obra. Todos estão de parabéns.

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SANTA ROSA • Julho de 2012 3Geral

Talento de nossa terra

Gaita com dois tipos de teclado

Alcides C. Girardon iniciou na gaita com três anos de idade. Com o dom que a na-tureza lhe deu leva uma vida repleta de sonoridade. Rela-ta brevemente sua trajetória com um jeito simples e dire-to. Transcrevemos o texto da mesma maneira que ele falou, para refletir seu modo de ser e transmitir com mais fidelidade a sua essência. Certamente você já ouviu a gaita de Girardon abrindo o fole em algum baile ou algu-ma rádio.

“Costumo dizer que já nasci com a gaita nos braços pois este dom já vem na fa-mília. Meu pai tocava gaita, mas eu me espelhei mesmo foi no meu tio Afonso Girar-don que foi um grande gai-teiro de gaita ponto na nossa região, inclusive ele inven-tou uma gaita de dois anda-res que era um mix de gaita pianada com gaita ponto (foto). Esta gaita foi feita na indústria Danielson no ano de 1959. É uma relíquia para mim, a qualidade do som é impressionante e é uma bela gaita pois é toda cravejada de pedras”, diz.

“Meus pais moravam em Santa Rosa quando resolve-ram morar na Costa do rio Uruguai, na localidade cha-mada fundo dos Prados. Lá meu pai tinha um salão de baile, e eu com oito anos já me misturava com os gaitei-ros para tocar algumas peças e assim fui evoluindo na gai-ta. Cada vez mais tramava meus dedos” relata Girar-don, sorrindo.

“Aos doze anos já tinha um pequeno conjunto formado de gaita, pandeiro e violão, e quando retornamos a Santa Rosa eu toquei um tempo com o Maninho e o Mauri, depois com o Pedro Pinhei-ro. Nesta época eu era um piazote, a gente tocava por todo este rincão”.

Girardon continua dizen-do que após alguns anos, já mais maduro, fez parce-ria com o Alceu Rufino que foi um dos fundadores do

conjunto dos Tiarajús. “Na época o Portinho, que era sócio do Rufino, foi morar no Mato Grosso e então eu assumi o lugar dele no con-junto. Gravamos o primeiro disco em 1979 e depois de uma trajetória de cerca de oito anos resolvi parar”.

“Depois de um certo tem-po parado”, conta Girardon, “retornei aos Tiarajús e pro-fissionalizamos o conjunto. Fizemos um bom trabalho,” reflete”, e gravamos o se-gundo disco. Deixei uma boa imagem em todo este Rio Grande, Santa Catarina, Pa-raná. Os Tiarajús alegravam as comunidades por onde se apresentava, quando encer-ramos o conjunto, depois de cerca de vinte anos.”

JC – O que levou você a gravar os discos?

Girardon – Com certeza não foi a parte comercial (risos). Gravei por amor a minha música, para deixar um legado musical para mi-nha família e para aqueles amigos de fé, que sempre me

apóiam.JC – Você que conviveu

com o seu tio, qual foi o mo-tivo que levou ele a inventar uma gaita tão diferente?

Girardon - Muitos anos me indaguei sobre isso. Acho

Os Tiarajús

que foi a sensibilidade dele com a música que o levou a juntar duas gaitas em uma, e como gaiteiro afirmo que deu muito certo, inclusive tem algumas músicas em que utilizo os dois teclados. Lembro quando participei, com essa gaita, de um cam-peonato de gaita ponto em Julio de Castilhos, onde fui classificado em segundo lu-

gar. Eu representava o CTG Sepé Tiarajú. Depois desta etapa fui para Porto Alegre onde fui classificado em quinto 5º lugar no estado.

Em Porto Alegre os jura-dos acharam que eu estava

tocando uma gaita de tecla-dos – o concurso era para gaita ponto - mostrei a gaita para os jurados que consta-taram que era duas em uma, mas eu tocava na ponto. Es-clarecido o incidente toquei minhas duas músicas e a gaita fez um sucesso. Cha-mou muita atenção por ser um instrumento único. Em todas as minhas andanças

nunca vi e nem ouvi falar de uma gaita parecida.

JC – Você nunca pensou em divulgá-la?

Girardon – Pois é, nunca pensei. Inclusive não a uti-lizo em minhas apresenta-

ções. Mas ela tem um valor musical muito bom, pois o som é de primeira, além da beleza estética, toda craveja-da de pedrarias e por ser úni-ca. Este instrumento tem 50 anos, mas seu estado é como se recém tivesse sido feita. Eu cuido muito na preserva-ção dela.

JC – Você participou de festivais?

Girardon – Participei ape-nas de um festival, em Ho-rizontina junto com o Alceu Rufino. Na época estávamos muito bem pois estávamos nos preparando para gravar, nos apresentamos muito bem, com duas gaitas nunca esqueço perdemos para as Irmãs Varela, que tocavam em um tom e cantavam em outro (risos). Isso foi a mais de quarenta anos. Depois da-quilo jurei nunca mais parti-cipar de festival (risos).

JC – Existe uma carência de pessoas como você que tem uma vasta experiência na gaita ponto dispostas a passar este conhecimento às novas gerações, como você contempla este quadro?

A gaita botoneira é dife-renciada, e para aprender a tocar tem que ter o dom, tem que gostar e ter persistência, aliás como tudo na vida.

Estou descobrindo que te-nho jeito para dar aulas de gaita. Nunca pensei que eu conseguiria porque dar aulas exige muita paciência.

Tenho três alunos. São uns “gurizotes” filhos de amigos meus que já estão tocando muito bem.

JC – Qual é a melhor idade para iniciar?

Girardon – É dos oito anos em diante, porém uma pessoa que tem idade meio avançada fica muito difícil, porque a pessoa tem dificul-dade em ficar com a música na cabeça.

Para os meus aprendi-zes procuro ensinar muitas músicas minhas. Me sinto feliz, pois no futuro sei que alguém vai tocar as minhas músicas, elas não ficarão no

esquecimento. Hoje já tenho a satisfação de escutar al-guns dos meus alunos irem à rádio e dizer: esta música que vou tocar é do Alcides Girardon.

Gosto de ensinar, porque no meu tempo isso não exis-tia, a gente aprendia tocar ouvindo e vendo os gaiteiros e depois ia tentar “solito no más”. Aprendia, mas sofria. Eu aprendi muito vendo meu tio tocar.

JC- O que você acha da divulgação dos talentos de nossa cidade?

No meu ver as rádios locais deveriam divulgar mais o nosso trabalho, dos músicos de nossa terra, se as rádios tocarem mais as músicas da-qui, o povo vai conhecendo e gostando.

Acho que este quesito po-deria ser melhor, ajudaria uma barbaridade a quem ama e desenvolve este tra-balho. Veja quantos eventos que temos em nossa cidade, todos eles promovem shows, mas na maioria das vezes só artistas de fora são chama-dos.

É muito triste o artista não ser valorizado dentro de sua própria casa.

Eu já toquei com os Bertuc-ci e outros artistas renoma-dos. Basta ter boa vontade e aproximar os artistas locais dos eventos da cidade.

JC – Como você define a música em sua vida?

Girardon – É uma dádiva de Deus, quando estou ner-voso pego minha gaita e tudo se alegra, a preocupação de outrora se desfaz. Fiz um re-canto em um sítio, com uma cabana feita de pau a pique (costaneira), mas tem tudo o que preciso para passar com minha família horas de lazer e alegria, sempre com minhas gaitas e minha ca-chorrada por perto. Quando começo a tocar eles vem para perto e parecem entender o que está acontecendo, é o meu público canino.

Veja no site vídeo do Girar-don com um de seus alunos.

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SANTA ROSA • Julho de 20124 Educação

Como identificar se seu filho tem dislexia

Jaqueline Sandra Ri-gon Petry

Pedagoga

Quando uma crian-ça apresenta baixo rendimento escolar, nem sempre significa que ela é preguiçosa ou desinteressada, pode ser um distúr-bio hereditário co-nhecido como disle-xia. O termo dislexia, que não está isento de ambigüidade, de utilização exagera-da e, às vezes, de uma carga adicional nas famílias que têm membros com esse transtorno, agrupa o que de maneira mais ampla, mas talvez mais precisa, enten-demos por problemas lactoescritores ou problemas na apren-dizagem e desenvol-vimento da habilida-de lectoescritora.

Assim dizendo que quem tem o distúr-bio apresenta dificul-dades na leitura e na escrita. Além disso, na hora de escrever, a pessoa troca ou omite palavras. Com isso, a aprendizagem é logo prejudicada.

Segundo a Asso-ciação Internacional de Dislexia (IDA), o distúrbio atinge 17% por cento da popula-ção mundial e geral-mente é identificado nas salas de aula, nos anos após a alfabeti-zação. Quanto mais cedo o diagnóstico, menor é o compro-metimento da apren-dizagem da criança.

Em alguns casos, a criança também vai apresentar disgrafia (letra feia); dificulda-de com a matemáti-

ca; dificuldades para compreender textos escritos e dificulda-des em aprender uma segunda língua.

A Associação de dis-lexia alerta para que o diagnóstico seja feito por uma equipe multidisciplinar com-posta por fonoau-diólogo e psicólogo, psicopedagogo. Deve ser considerado tam-bém o resultado de alguns exames como audiometria, avalia-ção neurológica, pro-cessamento auditivo e processamento vi-sual.

É importante sa-lientar que “portado-res do transtorno são inteligentes, mas tem que usar de outros artifícios para apren-der”. Geralmente eles apresentam bom de-sempenho em testes orais e em atividades práticas. A inteligên-cia deles não é afetada pela dislexia, porém é de suma importân-cia o reconhecimen-to deste transtorno, para ser promovida a metodologia com-patível com a dificul-dade, levando o edu-cando ao processo de aprendizagem.

Após o diagnóstico.A dislexia, embora

não tenha cura, deve

ser tratada. O trata-mento é longo e per-sistente, porém não é necessária a utili-zação de medicamen-tos.

A falta de tratamen-to adequado pode prejudicar, além da aprendizagem, a vida social, causar ansie-dade ou até depres-são uma vez que este transtorno afeta a autoestima da crian-ça, que com o passar do tempo percebe que é diferente, mas não sabe como lidar com isso. O acompa-nhamento abranda as dificuldades e o estudante vai encon-trando formas alter-nativas para a apren-dizagem.

Se a criança for diagnosticada com dislexia, a família deve informar a esco-la. Com este procedi-mento irá evitar que a criança seja consi-derada mau aluno e os profissionais de educação irão buscar soluções para lidar com a dificuldade dela.

Em casa, os pais de-vem ser atenciosos quanto aos estudos e evitar fazer sérias cobranças. O ideal é que eles também aju-dem a criança, mo-tivem e incentivem. Por exemplo, dislé-xicos compreendem mais quando alguém lê para eles.

Se tratado desde cedo, quando adulto, o disléxico aprende a conviver com as difi-culdades e, principal-mente a superá-las, neutralizando os pro-blemas advindos do distúrbio.

Agenda da Saúde

Victoria Nardes

Trofóloga CRT: 44565

A calvície e a caspa são os pro-blemas mais comuns do cabelo e couro cabeludo. A queda de cabelo pode ser ocasionada tanto por uma doença como em resposta genética normal à testosterona, o hormônio do sexo masculino.

A caspa- descamação exces-siva do couro cabeludo, afeta mais de 50% da população. Pode ser desencadeada por es-tresse ou uma doença de pele recorrente e crônica, como a dermatite seborréica, porém a causa mais freqüente é uma infecção atribuída ao fungo Pi-tyrosparum ovale. Este fungo é encontrado naturalmente no couro cabeludo, no entanto afe-ta somente algumas pessoas.

A alta proliferação do P. ovale leva a irritação e descamação. O cabelo é composto pela proteí-na conhecida como queratina.

Niacina, biotina, zinco, e as vitaminas A, B6 e C são outros nutrientes que melhoram a saúde do cabelo e do couro ca-beludo.

Embora costume ser vincu-lado a fatores hormonais, a cal-vície geralmente é um traço he-reditário. Isso pode ser avaliado facilmente pela propensão de uma pessoa a calvície, de acor-do com o número de homens carecas na família do pai.

Uma pessoa saudável possui em média 80.000 a 150.000 fios, sendo que cada um deles passa por três fases de cresci-mento, independentemente de todos os outros. A qual-quer momento, 90% dos fios de cabelo estão no estágio de crescimento (anágena), que dura de um a cinco anos. Após o crescimento ocorre o que chamamos de fase de repouso

Calvície

(catágena), durante alguns me-ses. Após este período, há uma queda de cabelo (telógena) que dá lugar ao crescimento de um novo fio.

É considerado cientificamen-te que é normal uma queda di-ária de aproximadamente 50 a 100 fios.

Outros fatores de queda de cabelo ocorrem devido a dis-túrbios metabólicos, incluindo diabetes, distúrbios da tireóide e dietas radicais, uso excessivo ou indevido de produtos agres-sivos de tratamento capilares, estresse, mudanças hormonais da gravidez ou quimioterapia no caso de câncer ou distúrbios do couro cabeludo ou uso de medicamentos sem prescrição médica.

Analisando bem a trofologia percebe-se que a ingestão ex-cessiva de vitamina A ou uma alimentação pobre em ferro, proteínas, biotina e zinco, tam-bém levam a problemas no couro cabeludo.

Entre as centenas de produ-tos farmacêuticos indicados para o tratamento da calvície ou dos problemas capilares em geral deve-se tomar muito cuidado ao adquirir, só fazendo conforme indicação de especia-lista.

Uma alimentação rica em proteínas vegetais como bró-colis, couve, agrião, abóbora, acelga, cenoura, nabo, grãos integrais, sucos naturais, frutas, água fria, carne magra, peixe e leites vegetais, podem contri-buir grandemente para o forta-lecimento dos cabelos.

Curiosidade: A análise cientí-fica do cabelo pode confirmar a presença de determinados ele-mentos tóxicos mesmo anos depois. Isso foi comprovado 150 anos depois da morte de Napoleão para confirmar que ele havia sofrido um envenena-mento crônico por arsênico.

Cuide de seus cabelos com carinho, eles são a parte mais importante do seu visual.

Page 5: Jornal Cruzeiro Julho 2012

SANTA ROSA • Julho de 2012 5Geral

O amor cura todas as formas de medo

Olá. Estou feliz e grata em compartilhar da tua atenção e também pela aceitação que tive da minha primeira coluna (mês passado), neste jor-nal. Agradeço a Deus por esta oportunidade de me comunicar com você, caro leitor.

Hoje, quero estender--me sobre um tema que afeta a praticamente to-das as pessoas e que nem sempre é percebido como tal: o medo. O medo tem milhares de formas de se apresentar. Pode ser algo que nos perturba de leve, como uma pequena sensação de desconforto, até uma raiva tão imensa que bloqueia nossa capa-cidade de raciocinar com razão e lógica, levando--nos a ter pensamentos e atos irracionais, beiran-do à loucura. Não impor-ta a forma em particular, é necessário saber que isto é medo, se quiser-mos reverter este senti-mento.

Buscando uma maneira abrangente de classifi-car nossos sentimentos, podemos listar tudo em duas categorias: amor ou medo. O ódio, tido como o oposto do amor, é um subproduto do medo. Sempre que o medo sur-ge, houve uma falta de amor. Este entendimen-to é fundamental, se qui-sermos aprender a nos livrar de tudo que nos perturba.

Assim, o primeiro

passo para escaparmos deste terrível «mal» é reconhecermos que qual-quer sentimento que se oponha ao nosso estado natural de felicidade, que nos é dado por dom do nosso Criador, qualquer estado que não reflita este «estado de graça», é medo. Qualquer situ-ação que não nos traga profunda paz, está con-taminada pelo medo. E o medo é como um câncer que lentamente vai min-guando nossa alegria.

Como todo medo é falta de amor, o remédio para o medo tem que ser o amor completo. E o amor completo está ao alcance de todas as pessoas, pois faz parte da nossa essên-cia. É tão inerente a cada um de nós quanto a pró-pria vida. Nós comparti-lhamos deste amor com o nosso Criador, assim como compartilhamos da vida com Ele.

Existe, dentro de nós, uma parte que ainda está ciente deste Amor, uma parte que não está conta-minada pelo medo. Esta parte ainda está ligada ao nosso Criador; e é o lar da verdadeira felicidade. Diferentes correntes es-pirituais e religiosas tem dado diferentes nomes para expressarem este mesmo elo: Ser Superior, Espírito Santo, Inspira-ção Divina, são alguns exemplos. Não importa o nome, todos temos den-tro de nós este Ser, que

guarda para nós a Fonte do Amor Perfeito. Logo, o remédio para todas as formas de medo não está em soluções externas, e sim em nossa fonte de Amor, que é interna.

Para vivenciarmos a graça da verdadeira ale-gria, em troca de nossos medos, é preciso abrir mão de nossos próprios julgamentos, a fim de que possamos receber uma nova visão sobre o que nos perturba. É preciso abrir mão de estar “certo”, e escolher ser feliz. O Espírito San-to nos inspirará com uma nova interpretação a cada situação. Assim, estaremos trocando nos-sos medos (insegurança, raiva, ódio, angústia, crença de escassez...) por um sentimento de profunda paz (plenitude, segurança, amor). E nes-te novo sentimento já não haverá falta de nada, portanto, já não haverá lugar para o medo.

Basta que nos volte-mos com um real desejo de cura, para dentro de nós mesmos, para rece-bermos a cura do medo. Porém, devido a própria contaminação do medo na nossa mente, precisa-mos de ajuda para alcan-çar este intento. Jesus é um mestre que se iden-tificou totalmente com a fonte interna, o Espírito Santo, e Ele pode nos ajudar elevando nosso pensamento ao Espírito

Santo, se assim o per-mitirmos. É só pedir e aceitar a Sua ajuda, para obtê-la.

Este processo pode pa-recer difícil de realizar, ou muito distante no tempo, ou bom demais para ser verdade. Mas como poderia ser possí-vel não vivenciar o Amor agora? Só nossa própria resistência é que pode

atrasar a experiência da paz. O Amor está den-tro de nós agora, neste momento, aguardando nossa «permissão» para nos ajudar. Para viven-ciarmos isso, peçamos ao Espírito Santo que nos dê discernimento sobre este processo. E saberemos que estamos sob o comando do Amor, quando sentirmos uma

paz tão profunda que transcende a tudo que já vivenciamos neste mun-do.

Que possamos entre-gar nossos pensamentos ao Espírito Santo, nosso verdadeiro Ser, e assim viver uma vida plena de paz aqui na terra.

Paz a todos. Com amor,

Aprendiz Feliz.

Viver o Aqui Agora

Arceli WolaninTerapeuta HolísticaTodos os seres

humanos se movi-mentam em vários caminhos, caminhos do egoísmo , caminho da  revolta, da falta de perdão e falta de com-preensão, com a men-te ligada ao passado ou no amanhã. 

O amanhã não exis-te, a DEUS pertence.

O passado faz cada um de nós vivermos no redemoinho e de-vemos sair dessa situ-ação com uma grande força de vontade e a aceitação de liberta-ção dos conflitos, das depressões, das iras, dos julgamentos, dos medos e de muitos outros. Ativando den-tro de si o Amor e o Perdão, colocando o primeiro passo para o dia de hoje que é a

oportunidade de um novo recomeço e das grandes transforma-ções, somos responsá-veis por nós mesmos e devemos adotar uma atitude de mudança.

No dia de hoje vamos colocar todas as nos-sas intenções ao uni-verso, para despren-der de tudo aquilo que nos impede de evoluir e quando conseguir-

mos nos libertar das velhas mazelas, en-tramos na nova era de uma energia pura, energia de amor, de paz, serenidade e ple-nitude e quando esta-mos na humildade na simplicidade na trans-parência e na inocên-cia, seremos a total beleza e pureza do ser reintegrando a unida-de com PAI\MÃE.

Page 6: Jornal Cruzeiro Julho 2012

SANTA ROSA • Julho de 20126 Especial

ALUGA-SE

Salas comerciais em ótimo pon-to, na Av. Rio Branco 188 em

frente ao Mercado Público.Estacionamento fácil.

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rio.Sala superior especial pra escri-

tórios.Tratar 3512-8420

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Sala superior, com três salas internas, ba-nheiro e sacada.

Page 7: Jornal Cruzeiro Julho 2012

SANTA ROSA • Julho de 2012 7Especial

Page 8: Jornal Cruzeiro Julho 2012

SANTA ROSA • Julho de 20128 Ecologia

Educação para a Sustentabilidade Minimize os danos que causamos ao planeta

A preocupação com as questões ambientais vem se intensif icando nas últimas décadas, como resultado da conscientização da sociedade mundial , que passou a cobrar uma postura res-ponsável nos ges-tos mais simples de todos os cidadãos. Atualmente é vi-sível que a educa-ção ambiental está cada vez mais res-tr ita a escola , uma vez que as cr ian-ças, os jovens e os adultos, estão ap-tos para receber conhecimentos que irão inter vir não apenas na sua for-mação profissio-nal, mas também na sua qualidade de vida . Por entender-mos a impor tância e o papel da educa-ção ambiental , to-

mamos como ponto de par tida a cons-cientização dos alunos, através da proposta de inter-venção pedagógica com a temática do Meio Ambiente e Educação Ambien-tal na escola

No Programa Mais Educação da Escola Municipal Professor Francis-co Xavier Giordani, a Oficina da Agen-da 21 busca cons-cientizar os alunos sobre os cuidados que devemos ter com o meio am-biente dentro e fora da escola , nes-te intuito traba-lhamos um projeto que visa conscien-tizar o aluno quan-to a reuti l ização de mater iais reciclá-veis , em especial o óleo de cozinha.

Dentro desta perspectiva os alu-nos da 8ª sér ie de-senvolvem o “PRO-JETO SABÃO NA ESCOL A” que con-siste na prática de reaproveitar o óleo de cozinha descar-tado pela comu-nidade do Bairro Planalto para fa-br icação de sabão, que é uti l izado na l impeza da própria escola .

A procura por esse produto pela comunidade esco-lar também é bas-tante signif icativa .

Além de desen-volver a consciên-cia ecológica , esse projeto contr ibui para a construção do conhecimento, pois a comercia-l ização do exce-dente é uti l izada para custear via-gens de estudo.

“Ajude a minimizar o impacto que causamos no planeta, faça seus próprios produtos de lim-peza. Além de contribuir para saúde da Mãe Terra, você também fará uma boa economia.

Sabão líquido para louça

• 2 litros de água

• 1 sabão caseiro ralado

• 1 colher de óleo de rícino

• 1 colher de açúcar.

Ferver todos os ingredientes até dissolver e engarrafar.

Detergente ecológico

• 1 pedaço de sabão de coco neutro

• 2 limões

• 4 colheres de sopa de amo-níaco (que é biodegradável)

Derreta o sabão de coco, picado ou ralado, em um litro de água. Depois, acrescente cinco litros de água fria. Em seguida, esprema os limões. Por último, despeje o amoníaco e misture bem. Guarde o produto re-sultante em garrafas e utilize-o no lugar dos similares comerciais. Você obterá seis litros de um detergen-te que limpa, não polui, cujo valor econômico é incomparavelmente menor do que o do similar indus-trializado.

Detergente ecológico multiuso

• Água

• Vinagre

• Amônia líquida (amoníaco)

• Bicarbonato de sódio e ácido bórico

Em um litro de água morna (cerca de 45º c), coloque uma colher de sopa

de vinagre, uma colher de sopa  de amoníaco, uma colher de sopa de bicarbonato de sódio e uma colher de sopa de bórax ou ácido bórico. O utilize em qualquer tipo de limpe-za, em substituição aos multiusos convencionais. Ou como qualquer produto de limpeza convencional, mantenha os detergentes ecoló-gicos fora do alcance de crianças e animais domésticos. Fonte: planeta na web.

Desinfetante para banheiro

• 1 litro de álcool (de prefe-rência 70º)

• 4 litros de água

• 1 sabão caseiro

• Folhas de eucalipto

Deixar as folhas de eucalipto de molho no álcool por 2 dias. Ferver 1 litro de água com o sabão ralado, até se  dissolver. Juntar a água e a essência de eucalipto. Engarrafar.

Amaciante de roupas

• 5 litros de água

• 4 colheres de glicerina

• 1 sabonete ralado

• 2 colheres de sopa de leite de rosas.

Ferver 1 litro de água com o sabo-nete ralado até se dissolver. Acres-centar mais 4 litros de água fria, as 4 colheres de glicerina e as 2 colhe-res de leite de rosas. Mexer bem até misturar e depois engarrafar.

Desodorante de ambiente: Pode ser substituído por uma solução de ervas com vinagre ou suco de li-mão. Além de gastar menos dinhei-ro, você vai estar evitando produtos responsáveis pelo aumento de do-enças respiratórias e alergias.Fon-te: WWF Brasil.

Page 9: Jornal Cruzeiro Julho 2012

SANTA ROSA • Julho de 2012 Saúde 9

Ana Paula Paz

Acadêmica de Psicologia

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

A Velhice ainda é con-siderada sinônimo de exclusão em muitas cul-turas, tanto do processo produtivo como do conví-vio social e, em muitos ca-sos, do convívio familiar, quando deveria ser uma etapa natural do ciclo bio-lógico. Embora o processo de envelhecimento seja uma conseqüência natu-ral da vida, muitas ativi-dades podem ser realiza-das nesta fase, atividades que farão com que o idoso possa viver com melhores condições psíquicas.

Entende-se que o enve-lhecimento é um proces-so múltiplo e complexo de mudanças ao longo da vida, com incrementos, reduções e reorganiza-ções de caráter funcional e estrutural, influenciado pela integração de fatores sociais e comportamen-tais.

Na busca de um enten-dimento acerca do en-velhecimento, devemos buscar mais explicações para este processo, pois além do fator biológico que compõe o envelheci-mento tem-se o fator psi-cológico.

O envelhecimento, an-teriormente era visto apenas como processo biológico, pois era anali-sado somente o declínio do corpo. No início do sé-culo XX passou a ser visto também sob um aspec-to psicológico, com isso ficou claro que, com as transformações ocorridas pelo processo do envelhe-cimento, as pessoas apre-sentavam mudanças de comportamento, papéis, valores e crenças.

O termo “Terceira Ida-de”, surgiu na França para designar o período da vida que se intercala entre a aposentadoria e a velhice. Na França do sé-culo XIX, a velhice passou a ser tratada como um problema social, devido ao crescimento rápido da classe operária, a expan-são do sistema capitalista de trabalho e ao conjun-

to de procedimentos que passaram a orientar a or-dem social estabelecida.

Nesse período, mais da metade da população acima de 65 anos, vivia em precárias condições, porque não possuíam sa-lários ou pensões, viven-do sob a dependência dos filhos ou de instituições assistencialistas. Nessa época é que foram cria-dos os primeiros asilos, construídos com recur-sos de fundos privados ou doações de famílias de banqueiros e industriais. Sabe-se que 60% dos asi-los franceses foram cons-truídos no século XIX.

A aposentadoria surge nessa ocasião como res-posta ao reconhecimento da necessidade de se ga-rantir o futuro dos traba-lhadores. Assim, a velhice passa a ser tratada como uma questão social me-recedora de atenção e de legitimação no campo das preocupações sociais.

A aposentadoria, apoia-da na idade biológica ou no tempo de serviço, traz para a pessoa, até então dentro do processo pro-dutivo, a inatividade, que representa o tempo dis-ponível para realizar de-sejos e novos projetos de vida.

Os novos aposentados passaram a ter outros ti-pos de necessidade, como lazer, cultura e outras ati-vidades praticadas pelas camadas médias assala-riadas, transformando a visão negativa predo-minante da velhice, para uma imagem mais alegre, saudável, colorida e as-sociada à arte de bem vi-ver. A expressão “terceira idade” veio para designar exatamente essa nova etapa da vida, cujo enve-lhecimento não impede a continuidade de uma vida ativa, independente e prazerosa.

Com base nisso, a inser-ção de atividades recreati-vas compreende todas as atividades espontâneas e criadoras que o indiví-duo busca para melhor ocupar seu tempo livre, pois muitos idosos tem a maior parte do seu tempo

A atividade esportiva de recreação na 3ª idade como auxílio contra o envelhecimento psicológico

ocioso, então a recreação é grande aliada na com-posição de atitudes mais felizes junto aos idosos, e melhor, auxiliam no com-bate ao envelhecimento psicológico.

Várias são as modali-dades de Esportes Re-creativos para a terceira idade. Vamos citar espe-cificamente 3 dessas ati-vidades, que podem ser consideradas as mais uti-lizadas.

1 - O jogo: Segundo LORDA, 2001, o desejo de brincar nos acompa-nha a vida toda. E com o brincar, conseguiremos: canalizar nossa criativi-dade, liberar tensões e emoções, orientar posi-tivamente as angústias cotidianas, refletir, au-mentar o número de ami-zades, divertir-nos, au-mentar o acervo cultural e o compromisso coletivo, ter predisposição para re-alizar outros afazeres, e por fim, obter integrações quando se possibilitam oportunidades. Jogar sig-nifica, simultaneamen-te, construir, inventar e criar. Permite satisfazer os ideais de expressão e socialização. O jogo com-bate o aborrecimento, estabeleces novos conta-tos em equipe, incentiva o gosto pela ação e com-pensa a falta de ativida-

de profissional. Ao mes-mo tempo, se efetua, em muito as oportunidades, a transmissão cultural de geração em geração, favo-recendo, com sua prática, o entendimento entre as gerações, quando se criam espaços de partici-pação de pai-filho-avô.

2 - Atividades de Sa-lão: As atividades de salão sempre têm um atrativo muito especial, provavelmente porque a pessoa que ali está já sabe que tudo está con-dimentado com alegria, comunicação e bons mo-mentos. Mesmo que haja predisposição para elas, ainda falta tomar conhe-cimento sobre os demais participantes. Alguns dos objetivos destas ativida-des são: desbloquear a inibição na participação coletiva; a integração in-terpessoal; o contato vi-sual, gestual e corporal; e também a melhoria da auto-estima. Algumas das atividades de salão são: canções por grupo, trem gigante, baile dos dedos, a cama elástica, forman-do grupos, fios de cores, espiral humana, passes de pingue-pongue, voleibol cooperativo, entre outros.

3 - Colônia de Férias: Uma colônia de férias, por tratar-se de uma ati-vidade ao ar livre, oferece múltiplas possibilidades de trabalho com a Ter-

ceira Idade. É aqui que os processos de socialização e desinibição se conjugam com o desejo de partici-pação coletiva. Conforme LORDA, 2001, o ambien-te do Acampamento ou Colônia de Férias é pro-pício pelo contato com a natureza, que predispõe psicologicamente o par-ticipante a libertar-se, diminuir tensões, assimi-lar com facilidade os pe-quenos detalhes que vão criando estados de hu-mor, que brindam e pro-porcionam prazer. Porque o indivíduo está predis-posto a buscar e a sentir felicidade afastando mo-léstias e angústias da vida cotidiana. Um encontro com a natureza, consigo mesmo e com a vida gru-pal. Esforço de adaptação, aceitação, integração e transformação. Também é, oportunidade de desco-brir capacidades pessoais, pensar, realizar novas ex-periências, desenvolver--se sozinho, arrumar-se sozinho, virar-se sozinho e fazer amigos, viajar, co-nhecer, entre outras tan-tas opções.

Em sua obra, “A Ativi-dade Física na 3ª Idade”, (MEIRELLES,1999), nos coloca que a tendência da população idosa é au-mentar, e para integrar--se à sociedade, o idoso precisa praticar atividade física visando saúde físi-ca e psicológica para ob-ter melhor qualidade de vida.      Portanto, a ativi-dade física é um fator de-terminante no processo de envelhecimento ativo e saudável. Ela pode re-tardar as condições mor-fofuncionais que ocorrem com a idade.

Podemos dizer que a velhice é uma das eta-pas mais importantes da vida, ela chega de mansi-nho, quase não se faz sen-tir. De repente, está-se ou é considerado velho, e esse momento não fica identificado. Embora este processo seja uma conse-qüência natural da vida, é preciso estabelecer as bases para que, nesse pe-ríodo, o idoso possa viver nas melhores condições possíveis. Os benefícios das atividades físicas, e consequentemente, psi-cológicos, são evidentes

para o domínio das capa-cidades cognitivas e psi-cossociais.

Para que o idoso se mantenha atualizado, o ambiente deve oferecer condições onde ele pos-sa e deva ser responsável por si próprio, aprenden-do sobre suas limitações e particularidades físicas e motoras, instrumenta-lizando-se para praticar atividade física perma-nentemente. De acordo com MEIRELLES (1997), o idoso angustia-se por problemas que envolvem a saúde e, com o passar dos anos, nasce a preocu-pação da redução de suas capacidades, sentindo--se desmotivados e sem interesses. Devido a essa realidade, deve-se salien-tar que o idoso ativo vive melhor. O objetivo mais importante para promo-ção de saúde e da qualida-de de vida está integrado à atividade física na sua vida cotidiana, e por isso é fundamental que o ido-so aprenda a lidar com as transformações do seu corpo, prevenindo e man-tendo em bom nível sua plena autonomia.

Muitas são as formas como a recreação colabo-ra com a terceira idade, por ser uma alternativa de adaptação às mudan-ças e perdas da velhice. E com essas atividades, como danças, jogos e brincadeiras, a recrea-ção pode fazer com que os idosos criem novos hábitos, tornem-se mais motivados às atividades diárias e modifiquem seu modo de pensar acerca da sociedade como um todo. Portanto, a recreação é uma das formas de res-socializar e remotivar o idoso, para que este pos-sa viver em um potencial máximo quanto as suas capacidades, tornando-o independente psicologi-camente e preservando sua memória.

Com o aumento da qua-lidade e da expectativa de vida das populações, e das mudanças de men-talidade com respeito ao modo de viver, a velhice agora pode ser sinônimo de vida ativa, saudável e feliz, em toda a sua pleni-tude.

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SANTA ROSA • Julho de 201210 Política

Frango do Paulinho será comercializado pela rede WalMart

A crise da suinocultura

Edson Ricardo Gross

Presidente do Sindicato Rural de Santa Rosa

Estamos vivendo uma crise histórica na ati-vidade suinícola, já es-tamos chegando a qua-renta e cinco meses de dificuldade no setor, mas a situação dos úl-timos meses està in-sustentável, depois do embargo da Rússia que já fechou um ano e do embargo Argentino que esta chegando a seis me-ses a dificuldade é muito grande, o mercado esta pagando R$ 1,70 o kg do animal vivo e o custo para se produzir é de R$

2,50 o kg, com isto esta se tendo um prejuízo de R$ 80,00 por animal entregue, mas isto não é culpa do produtor in-dependente, este está em extinção, hoje tem nos estados do sul do Brasil em torno de 10% da produção na mão dos produtores independen-tes, o restante esta na mão das Agroindustrias.No dia 13/06/2012 tive-mos uma audiência com o Ministro da Agricultu-ra Mendes Ribeiro, onde o Ministro constituiu a Comissão da crise para analisar as propostas apresentadas pelo setor e vão apresentar solu-

ções no dia 12/07/2012 quando vai ser instalada uma audiência pública constituída pela Sena-dora Ana Amélia Lemos na comissão de Agricul-tura do Senado Federal em Brasília. O Sindicato Rural de Santa Rosa e a Farsul estão trabalhan-do todos estes meses para a busca de soluções para esta atividade tão importante para a eco-nomia do País, já que esta atividade gera 1,2 milhão de empregos no País e estamos organi-zando um grupo de sui-nocultores para irem a Audiência pública no dia 12/07/2012 em Brasília.

Lajeado Reginaldo recebe a maior obra de pavimentação do Orçamento Participativo.

A comunidade de Lajeado Reginaldo, na sede da Associa-ção XV de Novembro, marcou presença e preparou um jantar para comemorar a obra, conquistada por eles, no Orçamento

Participativo (OP). A obra de pavimenta-ção, com pedras irre-gulares compreende 22.568,70 m², o que corresponde a 3,761 Km, entre a comuni-dade e o anel rodovi-ário. O investimento

foi de R$ 634.102,13, com recursos próprios do município. Essa é a maior obra de pa-vimentação de Santa Rosa, conquistada nas assembleias do OP (orçamento participa-tivo).

Otávio Paulinho Backes, morador de Santo Cristo, na Linha Dona Belinha tra-balhava como vendedor de frango colonial em merca-dos do município. Certo dia um amigo lhe falou, “você poderia assumir abatedou-ro municipal e vender seus próprios frangos”, assim eu fiz. Abati frangos durante oito anos com inspeção mu-nicipal, e com o aumento da demanda das vendas para outros municípios, como Santa Rosa, tive que fazer um abatedouro maior com inspeção estadual. Já faz seis anos que abato com inspeção do Cispoa.

JC - Qual o volume de abate de frangos por sema-na?

Paulinho - Fazemos dois abates por semana em mé-dia de 800 frangos por aba-te totalizando 6.400 fran-gos por mês, estes números oscilam, mas geralmente para cima, poderia ter ainda um aumento de abate de até 40% a 50 % em função da capacidade do abatedouro.

JC - Qual a diferença do frango de granja para o frango colonial?

Paulinho - O frango de granja é criado em sistema intensivo só com ração e abatido com de 35 a 40 dias de idade.

O frango colonial é abati-do com 120 dias, sendo 60 dias dentro de casa e mais sessenta dias soltos onde é oferecido ração, grama, fru-tas, hortaliças, batata e ou-tros, tendo assim uma car-ne diferenciada mais firme e de maior qualidade.

JC – Como está a negocia-ção com a rede Wal-Mart ?

Paulinho – Está na fase inicial, houve um primeiro contato com o senhor Ari Biondo da rede Wal-Mart que fez uma visita para ava-liação inicial do produto, das instalações, e do siste-

ma de criação, se aprovada forneceríamos frango colo-nial inicialmente para a re-gião de Santa Rosa e Santo Ângelo. Em uma etapa pos-terior para Ijuí, Cruz Alta e Santa Maria, onde eles já tem mercado aberto. Após aprovação iniciaríamos uma parceria, o que veio acontecer nesta quarta fei-ra, 04 de julho, quando as-sinei o contrato com a rede Wal-Mart. Segundo o Sr. Ari Biondo, representante da rede a expectativa é de grande aceitação no mer-cado, sendo que as aves de-vem ter um peso médio de 3 a 3,5 kg.

JC - O senhor tem previ-são de início de vendas ao Wal-Mart?

Pulinho - Como o nos-so frango está dentro dos padrões exigidos pela rede Wal-Mart, como inspeção estadual, higiene, apresen-tação do produto, já em ju-lho/agosto faremos as pri-meiras vendas.

JC - O senhor está tendo algum problema com a os-cilação do preço do farelo de soja que é regulado pelo mercado externo?

Paulinho - Sim, realmen-te a pouco tempo atrás pa-gávamos R$ 0,80 por quilo e agora está em 1,15 R$/kg e temos que repassar este custo ao preço do frango.

JC - Na criação do frango colonial o senhor tem tido algum problema de sanida-de?

Paulinho - Praticamente não ocorrem doenças, ape-nas nos pintinhos de um dia os cuidados com o frio devem ser redobrados, mas após sessenta dias não há problemas.

JC - Além dos produtores que lhe fornecem o frango para abate, o senhor tam-bém cria na sua proprie-dade. Qual a alimentação usada?

Paulinho - Sim produzo de 2 a 3 lotes com média de 2.000 frangos por lote que garantem estabilidade para o abate e ao mercado. Uso milho em grão, silagem de grão úmido, farelo de soja, pasto verde à vontade, fru-tas, verduras, que resultam em uma carne mais escu-ra, suculenta por causa dos exercícios diários e sem hormônios. O núcleo usado é especial e dá pouca gor-dura, e é comprado direta-mente da fábrica tendo por vantagem a estabilidade de preços e qualidade.

JC – Com a consolidação do contrato com a Wal--Mart, o senhor prevê al-guma mudança na produ-ção do frango colonial na região?

Paulinho - Certamente vai ser bom para os pro-dutores de toda a região, pois teremos que bus-car novos produtores de frangos, e/ou aumentar a produção dos atuais que terão bom incremento de renda.

Page 11: Jornal Cruzeiro Julho 2012

SANTA ROSA • Julho de 2012 11Geral

IPTU: Como surgiu e se desenvolveu este imposto

FERNANDO MOSCONContadorCRC 088802-O

O IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, trata-se de um imposto de com-petência dos muni-cípios brasileiros, é um imposto antigo, seu surgimento é da-tado de 19 de maio de 1799, quando a Rainha D. Maria, de-sejando um emprés-timo, recomendou ao Governador da Bahia que instituísse o es-tabelecimento de dé-cimas nas casas das cidades marítimas.

Entretanto, o IPTU figurava na primeira Constituição Repu-blicana como um im-posto de competência dos Estados. E lá per-maneceu até a Consti-tuição de 1891 (artigo 9.°, item 2°), passan-do à alçada municipal a partir da Carta de 1934 até os dias atu-ais!

O IPTU é um dos impostos mais co-nhecidos dos cida-dãos brasileiros, pois é cobrado de todo contribuinte que seja proprietário ou pos-suidor de um imóvel urbano, ou seja, tem um vasto número de contribuintes, além disso, é cobrado pelos Municípios, ente mais próximo do cidadão e é antigo como foi supracitado, o que o torna de maior aceita-ção aos contribuintes, pois já estão habitua-dos com o mesmo.

Na CF - Constituição da República Federati-va do Brasil de 1988, o IPTU está previsto no Título VI Da Tributa-ção e do Orçamento, Capítulo I Do Siste-ma Tributário Muni-cipal, Seção V Dos Impostos dos Municí-pios, artigo 156, inci-so I, sendo ainda refe-rido no § 1°, inciso I e II do mesmo artigo.4

Eis o que a Cons-tituição Federal fala dele:

Art. 156. Compete aos Municípios insti-tuir impostos sobre:

I - propriedade pre-dial e territorial urba-na; [...]

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se re-fere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Cons-titucional nº 29, de 2000)

I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e  (Incluído pela Emenda Cons-titucional nº 29, de 2000)

II - ter alíquotas di-ferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.(Incluí-do pela Emenda Cons-titucional nº 29, de 2000)

No CTN – Código Tributário Nacional, o IPTU está mais expli-citado, encontrando--se no Livro Primei-ro Sistema Tributário Nacional, Título III Impostos, Capítulo III Impostos sobre o Patrimônio e Renda, Seção II Imposto so-bre a Propriedade Pre-dial e Territorial Ur-bana, artigos 32-34. 5

Segue a redação do CTN:

SEÇÃO IIImposto sobre a

Propriedade Predial e Territorial Urbana

Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domí-nio útil ou a posse de bem imóvel por natu-reza ou por acessão fí-sica, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Muni-cípio.

§ 1º Para os efeitos deste imposto, enten-de-se como zona ur-

bana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de me-lhoramentos indica-dos em pelo menos 2 (dois) dos incisos se-guintes, construídos ou mantidos pelo Po-der Público:

I - meio-fio ou calça-mento, com canaliza-ção de águas pluviais;

II - abastecimento de água;

III - sistema de esgo-tos sanitários;

IV - rede de ilumi-nação pública, com ou sem posteamento para distribuição do-miciliar;

V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxi-ma de 3 (três) quilô-metros do imóvel con-siderado.

§ 2º A lei municipal pode considerar urba-nas as áreas urbanizá-veis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprova-dos pelos órgãos com-petentes, destinados à habitação, à indús-tria ou ao comércio, mesmo que localiza-dos fora das zonas de-finidas nos termos do parágrafo anterior.

Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal do imóvel.

Parágrafo único. Na determinação da base de cálculo, não se con-sidera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanen-te ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, explo-ração, aformoseamen-to ou comodidade.

Art. 34. Contribuin-te do imposto é o pro-prietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possui-dor a qualquer título.

A CF e o CTN cons-tituem as bases para o estabelecimento do IPTU, sendo que é do município a obriga-ção, nos termos do art. 11 da Lei Comple-mentar n° 101/2000, de instituir, cobrar e efetivamente arreca-dar todos os tributos de sua competência, dentre os quais, o IPTU, sob pena de re-núncia de receita.

Furtos e vandalismosNos meses de abril

e maio houve um au-mento significativo de furtos simples e furtos mediante arrombamen-tos em Santa Rosa. Com a atuação da polícia e da Brigada Militar, que atua preventivamente, foi possível prender os responsáveis ocorrendo a diminuição dos casos de furto.

Nem todos foram pre-sos, alerta o delegado, por isso é imprescin-dível a colaboração da comunidade levando ao conhecimento da polícia todos os eventos.

Segundo o delegado José Soares de Bastos, muitos dos delinqüentes são dependentes de dro-gas, mais especificamen-te o crack. Na falta da droga os delinqüentes cometem qualquer desa-tino para obter dinheiro para a droga, inclusive furtos à luz do dia.

No bairro cruzeiro alguns estabelecimen-tos comerciais estão queixando-se de atos de

Delegado do bairro Cruzeiro Dr. José Soares de bastos

vandalismo, em que os vândalos quebram, de madrugada, a pedradas, os vidros dos estabeleci-mentos. “O vandalismo ocorre geralmente na saída dos bailões”, di-zem.

O delegado esclarece que apenas um destes eventos foi levado ao co-nhecimento da polícia e pede que a comunidade atue positivamente, co-laborando com a polícia no relato dos fatos, com a maior urgência e deta-

lhamento possíveis. “A colaboração com a

polícia, na verdade, é uma colaboração com a própria comunidade”, diz o delegado, “se a po-lícia for informada sobre todos os casos ocorridos é possível estabelecer ações de prevenção e repressão ao crime. O cidadão deve fazer a sua parte, informando, rela-tando o fato, sempre da maneira mais exata pos-sível, inclusive indican-do suspeitos.”

HortigranjeirosA pouco mais de um

mês do 29º Encontro Estadual de Horti-granjeiros, os traba-lhos da comissão cen-tral do evento estão se intensificando. Na noite desta terça-fei-ra, 03, a Comissão se reuniu na proprieda-de do Presidente do 29º Hortigranjeiros, Adenir Bortoli, em Candeia, para dar se-qüência às atividades de organização do evento, que irá acon-tecer de 08 a 12 agos-to.

Além de tratar de definições importan-tes para a realização do evento, a reunião comemorou o sucesso do Café Colonial, que marcou o lançamento desta edição.

O Presidente do En-contro atribuiu o su-cesso do lançamento aos cerca de 120 vo-luntários que traba-lham para a realização do Hortigranjeiros.

Bortoli agradeceu a dedicação de todos e afirmou que “o suces-so é uma prova de que teremos um grande evento em agosto”.

Como forma de agradecimento, o Pre-sidente e sua esposa,

Cornélia Nickel, ofe-receram um jantar para os coordenado-res de comissões.

Neste Hortigrangei-ros haverá também a Feira da Terneira no Pavilhão de Animais e Exposições durante os dias 8 a 12 de agosto.

O 29º Hortigranjei-ros terá entrada gra-tuita e acontecerá no parque de exposições Alfredo Leandro Carl-son de Santa Rosa.

Page 12: Jornal Cruzeiro Julho 2012

SANTA ROSA • Julho de 2012Geral

A ONU elegeu 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas, porque este é um modelo moderno e eficiente de gerar desenvolvimento social.No dia 6 de julho, a Sicredi União RS completa 99 anos, levando crescimento para toda a região. E estes não são os únicos motivos para comemorar: 7 de julho é o Dia Internacional do Cooperativismo, e também o início da contagem regressiva para os nossos 100 anos. Vem com a gente. Vem crescer e construir um mundo melhor com a Sicredi União RS.

Mais de 118 mil associados • R$ 131 milhões de patrimônio líquido • R$ 783 milhões de ativos

A ONU afirma:cooperativas constroemum mundo melhor.E os 99 anosda Sicredi União RS confirmam.

2011

0923

012

GENTEQUE

COOPERACRESCE.

SAC Sicredi - 0800 724 7220 / Deficientes Auditivos ou de Fala - 0800 724 0525. Ouvidoria Sicredi - 0800 646 2519.