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Jornal da Defensoria Pública da União de Categoria Especial - Abril/2013 - Ano III - Nº 16 Defensoria Pública da União comemora 18 anos com 3° Encontro Nacional dos Defensores Defensores e servidores, opinem! Qual a sua opinião sobre a imposição de prisão domiciliar a apenados em regime semiaberto? Como a Categoria Especial pode te ajudar? Confira as sugestões vindas de Porto Velho/RO, na pessoa da Dra. Mariana Zamprogna, 1º Ofício Cível e Previdenciário. Fui promovido, e agora? Conheça mais uma defensora promovida para atuar na Categoria Especial, Dra. Miriam Marsiglia. pág. 6 pág. 3 pág. 4 pág. 11 Foto: Ricardo Joffily

Jornal da Defensoria Pública da União de Categoria ... · 3° Encontro Nacional dos Defensores Defensores e ... Aproveitando as lições ... Pós-graduada em Direito Público

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Jornal da Defensoria Pública da União de Categoria Especial - Abril/2013 - Ano III - Nº 16

Defensoria Pública da União comemora 18 anos com

3° Encontro Nacional dos Defensores

Defensores e servidores, opinem!

Qual a sua opinião sobre a imposição de prisão domiciliar

a apenados em regime semiaberto?

Como a Categoria Especial pode te

ajudar?Confira as sugestões vindas de

Porto Velho/RO, na pessoa da Dra. Mariana Zamprogna,

1º Ofício Cível ePrevidenciário.

Fui promovido, e agora?

Conheça mais uma defensora promovida para atuar na

Categoria Especial, Dra. Miriam Marsiglia.

pág. 6

pág. 3 pág. 4 pág. 11

Foto: Ricardo Joffily

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Defensor Público-Chefe:Dr. Holden Macedo da SilvaDefensora Pública-Chefe Substituta:Dra. Vânia Márcia Damasceno Nogueira

Conselho Editorial:Dr. Gustavo Zortéa da Silva

Comunicação Social:Talita Helena da Costa BrandãoLeandro Vieira RibeiroSônia Maria da Silva SanzonowiczDilonilson Oliveira Júnior

Telefone: +55 61 [email protected]

Esta edição do Especiarias está repleta de novidades.

Não poderia deixar de citar, como destaque, o 3º Encontro Nacional dos Defensores, que constituiu oportunidade única de congraçamento dos Defensores Públicos federais espalhados pelos diversos cantos do País. Poucas vezes é possível reunir tamanha quantidade de ideias e experiências diretamente relacionadas ao exercício de nosso sacerdócio (como prefere denominar a Dra. Miriam Marsiglia, recém-promovida à Categoria Especial, na coluna “Fui promovido, e agora?”).

Destaco, também, a notícia sobre a convocação de audiência pública no STF para discutir a possibilidade de concessão de prisão domiciliar aos apenados em regime semiaberto. A maioridade da DPU, tão propalada nos últimos dias, confere a ela a maturidade

necessária para participar ativa e diretamente da discussão dos temas mais importantes que estão a rondar a Suprema Corte.

Destaco, ainda, vitória importante da DPU nos Tribunais Superiores em caso em que o STF determinou a extinção de processo contra três flanelinhas que atuavam sem registro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Nossa maioridade é também, por que não dizer, penal, haja vista os sucessos que vimos acumulando, nos últimos tempos, nas diversas instâncias do Judiciário brasileiro, no exercício de nosso sacerdócio criminal.

Há muito mais no Especiarias. Desde depoimento de nova integrante da carreira (a Dra. Mariana Zamprogna, lotada na saudosa Porto Velho/RO) a inúmeras outras notícias,

passando por dicas culturais e do vernáculo e por alguns surtos literários.

Aproveitando as lições de Português da Fernanda: onde estamos ou aonde vamos? Só o leitor poderá dizê-lo.

Desfrutem a leitura!

Editorial

Dr. Gustavo Zortéa da Silva19° Ofício Superior Criminal

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Como a Categoria Especial pode te ajudar?

Como um dos mais no-vos membros da carreira, ouso dizer que a Categoria Especial pode me ajudar em quase tudo! Brincadeiras à parte, nesses pouco mais de três meses sinto falta de um contato maior en-tre os membros que atuam nos Tribunais Superiores, espe-cialmente para que nos sejam repassadas as conclusões dos julgamentos e entendimentos predominantes sobre as princi-pais áreas de atuação.

Além disso, acho que seria interessante a criação de um banco de peças ou teses en-campadas pela Defensoria Pú-blica da União (sem prejuízo da independência funcional). Por exemplo, sinto que na área previdenciária ainda existem muitas questões em discussão, tendo em vista as reformas efe-tuadas nos últimos anos. Diante disso, seria interessante orien-tação dos colegas sobre pontos que devam constar nas petições

(prequestionamento), de modo a fomentar a discussão nas Cor-tes Brasileiras e fazer com que a DPU assuma papel relevante na garantia dos direitos individuais, construção das políticas públicas e eventuais mudanças legislati-vas futuras.

Mariana Döering Zamprogna, defensora pública federal de 2ª categoria, ocupante do 1º Ofício Cível e Previdenciário de Porto Velho/RO. Pós-graduada em Direito Público (Unisul) e Direito Constitucional (Anhanguera), graduada em Direito (UniChapecó). Natural de Chapecó/SC.

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Fui promovido, e agora?

Para mim, simplesmen-te, a promoção para a categoria especial é consequência lógica de minha caminhada como de-fensora pública, ou seja, é o iní-cio da última etapa no exercício dessa função pública – que, posso afirmar, exerço como um verdadeiro sacerdócio (disse-ram-me uma vez isso no “gru-pão” em tom de crítica, mas realmente fiquei feliz quando reconheci que era o meu caso) - antes de me aposentar daqui a nove anos (claro, se não hou-ver alteração no regime de apo-sentadoria dos servidores pú-blicos), quando pretendo sair para dar oportunidade a outro profissional da área do direi-to de se abastecer nessa fonte inesgotável de satisfação como ser humano e cristão.

Desde meus primeiros anos de faculdade já sabia o que gostaria de fazer: auxiliar as pessoas carentes que não ti-vessem condições de suportar o custo da contratação de um pro-fissional de direito, mas ao mes-mo tempo sabia que não pode-ria fazê-lo sem que recebesse um salário, pois desde que pres-tei o meu primeiro concurso pú-blico, aos 18 anos, sempre pre-cisei auxiliar minha mãe e arcar com todas as minhas despesas, inclusive a decorrente da conti-nuidade dos estudos. Assim, trabalhava o dia todo – entrava no trabalho às 9:00, mas precisava sair da minha casa por volta de 7:00 hs, e saía às 18:00 hs, indo di-reto para a faculdade, onde permanecia todos os dias até

às 23:00hs. Chegava em casa às 24:00 hs e no outro dia precisava levantar-me, no máximo, às 6:00 hs. Foram anos de muito sa-crifício, mas não me arrependo (ou sinto-me injustiçada) em ne-nhum instante, pois acredito que todo esse esforço apenas fez com que restasse fortalecida a minha vontade de ajudar aos mais des-favorecidos. Assim, quando me formei, prestei o primeiro concurso de nível universitário e passei como analista do TRF 3a região, pois eu precisava ter, no mínimo, dois anos em atividade privativa de bacharel em direito. Na maior parte do tempo em que trabalhei no judiciário, assessorei um juiz federal – Dr. Manoel Álvares, que me ensinou muito e a quem me afeiçoei bas-tante, tendo a oportunidade de auxiliá-lo na substituição de de-sembargadores que se encontra-vam afastados, então pude tra-balhar na confecção de votos em todas as áreas federais, o que me permitiu conhecer, na prática, as diversas áreas do direito de com-petência da Justiça Federal. Até que fosse publicado o edital do 1º concurso para pro-vimento de cargos de Defensor Público da União, eu realmente estava bastante satisfeita com o

Dra. Miriam Aparecida de Laet Marsiglia

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meu trabalho de assessora, pois recebia um excelente salário (muito maior que o salário de de-fensor público) e trabalhava com pessoas que gostava muito, tanto que cheguei a ficar em dúvida se me inscreveria ou não no concur-so. Devo o meu ingresso na carreira ao meu marido que “ me obrigou” a inscrever-me, pois eu realmente acreditava que não te-ria condições de passar na prova, já que trabalhava cerca de 10 ho-ras por dia e fazia muito tempo que não sabia o que era estudar para concurso (continuava a es-tudar apenas para conseguir so-lucionar os litígios dos processos do gabinete). Fui no primeiro dia de prova – prova teste, mas acredi-tando não ter ido muito bem, não queria voltar no dia seguinte (era domingo e teria de acordar muito cedo e ficar o dia todo em prova – de manhã, a dissertativa cível e, à tarde, a criminal). Para me con-vencer, meu marido prometeu que me levaria de manhã ao local da prova, retornaria para almoçar comigo e me esperaria para me levar para casa ao final. Por incrível que pareça, quando saiu o resultado, eu havia sido aprovada e o problema pas-sou a ser outro: eu ter de ir para Brasília para fazer a prova oral sem saber nada (era o que pensa-va). Combinamos eu e meu marido que iríamos fazer uma

viagem de turismo – nós conhe-ceríamos Brasília. Foi o que fize-mos, pois “era muita prepotên-cia minha achar que passaria no concurso”. No oral, vou ser bem sin-cera, rezei muito a Deus para que a minha vergonha não fos-se muito grande, “pois ninguém passa em um oral sem saber muito bem as matérias” - era o que dizia o tempo todo. Por fim, as perguntas que me foram feitas em todas as bancas, embora, em muitos as-pectos, objeto de intermináveis discussões jurídicas, eu soube responder com propriedade, pois, de alguma forma, eu havia tido contato com o assunto, en-tão, conhecia-os com certa pro-fundidade. Bem, ao final, fiquei sa-bendo que o milagre havia se realizado e em sua completude, pois, por incrível que pareça, além de ter conseguido passar no concurso, devido a minha colocação, conseguiria ficar em minha cidade – São Paulo, sendo que após a minha pos-se – 05/12/2001, e participação no curso de formação, assumi minhas funções em janeiro de 2002. Trabalhei em todas as áreas de atribuição da Defenso-ria Pública Federal. No começo foi muito difícil, tanto que dos 12 defensores públicos inicial-mente lotados no núcleo de São Paulo, somente permanecemos

na carreira eu e a Dra. Danie-la Muscari Scachetti; todos os demais pediram exoneração. A maioria exonerou-se para assumir outros cargos públi-cos, sendo que alguns saíram para voltar a estudar, pois não aguentaram as dificuldades iniciais pelas quais passamos no núcleo. Em 2006, fui promo-vida por merecimento para a primeira categoria, onde per-maneci por cerca de 7 anos. Realmente, posso afirmar que sou uma pessoa/profissional realizada, pois faço o que gosto com dedicação e amor, tenho um bom salário e, pretendo com a minha promoção, con-tinuar a realizar um excelen-te trabalho, agora buscando o convencimento junto às mais altas Cortes de Justiça, em fa-vor dos interesses dos nossos assistidos, que são, com cer-teza, a razão da existência da “nossa” Defensoria Pública Fe-deral.

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O QUE ESTÁ ROLANDO NA DPU

Celebração dos 18 anos da Defensoria Pública da União conta com Encontro Nacional dos Defensores

A Defensoria Pública da União completou 18 anos no dia 30 de março e comemorou a data com a realização do 3º Encontro Nacional dos Defen-sores Públicos Federais, que aconteceu entre 3 e 5 de abril, cujo tema foi “Conciliação: o novo caminho”, o qual propôs a ampliação da atuação extraju-dicial para solução de conflitos.

A cerimônia de comemo-ração do aniversário e abertura do evento foi realizada no dia 3 de março no Museu Nacional do Conjunto Cultural da Repú-blica. O vice-presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, esteve presente e ressaltou a im-portância da DPU na instalação da justiça na sociedade brasilei-ra: “a DPU vem dedicar todo o seu esforço com a conciliação, com isso ela vai desafogar o po-der judiciário e propiciar a paz social. Saúdo a todos os defen-sores. Que o trabalho relevante continue sempre mais inten-

so, para que tenhamos um país mais justo, solidário e fraterno”.

A abertura do encon-tro contou com a presença de diversas autoridades, como o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e o procu-rador-geral da República, Ro-berto Gurgel, dentre outros.

O encontro contou com diferentes palestras, realizadas no Hotel Nacional, sobre a ver-tente conciliatória do Sistema Judiciário brasileiro, além de painéis para debate de temas pertinentes, como as estraté-gias de conciliação e resolução extrajudicial perante diversas instituições públicas e privadas.

Sobre a DPU Atualmente estão em

atividade 479 defensores pú-blicos federais, atuando em 56 cidades de todos os estados e no Distrito Federal. A DPU está presente em todas as capi-tais, além de 30 cidades do in-

terior. Em 2012, foi sanciona-da a Lei 12.763, que criou 789 novos cargos de defensores.

A Defensoria tem como meta atender todas as cidades onde existe sede da Justiça Fede-ral. O número de pessoas aten-didas tem sido crescente desde 2011. Neste ano de 2013, foi ve-rificado o crescimento de 26,6% de processos acompanhados.

A principal demanda da Defensoria são atendimentos previdenciários, geralmente com pedidos que envolvem apo-sentadoria, auxílio-doença e be-nefício de prestação continuada. Também se destacam os pedidos de medicamentos e ações de pes-soas com problemas em progra-mas de habitação. A DPU atua ainda na defesa criminal de réus julgados pela Justiça Federal.

O serviço da Defenso-ria Pública da União é direi-to do cidadão. Todo brasileiro que comprove despesas fami-liares que o impeçam de con-tratar um advogado, poderá vir a ser assistido pela DPU.

Painel 2: Direito Previdenciário - Uma nova visão

Foto: Ricardo Joffily

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O QUE ESTÁ ROLANDO NA DPU

Reunião plenária do mês de abril de 2013

Reunião plenária no auditório da Categoria Especial

No dia 03/04/13, foi realizada a reunião plenária do mês, no auditório da Categoria Especial, que contou com a participação de grande parte dos Defensores da Categoria Especial.

Presidida pelos Drs. Holden Macedo da Silva e Vânia Márcia Damasceno Nogueira, a reunião tratou de

Palestra na Polícia Ambiental do DF sobre o Biocentrismo

No dia 21 de março, a defensora pública federal Vânia Márcia Damasceno Nogueira, ministrou palestra sobre Biocentrismo, a convite do curso de pós-graduação da Polícia Militar Ambiental do Distrito

Federal, em Candangolândia. Segundo a defensora

federal, Vânia Márcia, a palestra teve o objetivo de difundir o trabalho da DPU em outros órgãos estatais, lecionar um olhar mais biocêntrico no

dois importantes temas para a categoria: a cessão da Dra. Vânia para o Ministério da Justiça, para ocupar o cargo de Coordenador Nacional do Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo, cujo processo seletivo contou com centenas de currículos, tendo a defensora sido aprovada em primeiro lugar; a troca de

Chefia da Unidade, tendo sido aprovados por unamimidade os nomes dos Drs. Heverton Gisclan, para exercer a chefia da Unidade, e Dr. Marcos Antônio Castro de Chaves, para exercer a chefia substituta.

Caminhando para novas atribuições, a Dra. Vânia ressalta que foi muito importante o período na chefia substituta para conhecer um pouco mais da estrutura admistrativa da Categoria Especial e colaborar mais efetivamente para sua melhoria.

trabalho dos órgãos ambientais e reforçar a necessidade de a Defensoria da União assumir uma postura proativa em relação à tutela ambiental.

Drª. Vânia Márcia Damasceno Nogueira

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O QUE ESTÁ ROLANDO NA DPU

Concurso de remoção interna para novos Ofícios

Novo treinamento no Sistema Eletrônico de Informações (SEI)

de palestra sobre o SEI, que per-mite a criação, trâmite e acom-panhamento de documentos eletronicamente, visando agi-lizar e desburocratizar a rotina administrativa dos setores en-volvidos.

Segundo Elaine Lima e Cai-que Fortunado, instrutores, o

Após a capacitação de 10 turmas em dezembro do ano passado, no dia 26/03/13, foi realizado um novo treinamento no Sistema Eletrônico de Infor-mações (SEI), dando oportuni-dade a quem ainda não conhecia o sistema.

Foram cerca de 3 horas

Sistema foi desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região – TRF4 e implantado na DPGU em 17 maio de 2012, por meio de um convênio firmado entre as partes.

Palestra sobre o SEI

Após a publicação da portaria nº 223, de 13 de março de 2013, e a deliberação na última reunião plenária, foi aberto o concurso de remoção interna para os 9 novos Ofícios Superiores, sendo 3 Ofícios Superiores Criminais, 3 Ofícios Superiores Cíveis, 1 Ofício Superior Criminal Militar e 2 Ofícios Superiores Previdenciários e Trabalhistas.

Os interessados tiveram até o dia 03 /04/13 para se inscrever e o resultado se encontra no quadro ao lado.

11°Ofício Superior Criminal - Dra. Cármem Lúcia Alves de Andrade

05º Ofício Superior Cível - Dra. Tônia Lúcia Reges Dourado

12° Ofício Superior Criminal - Dra. Miriam Aparecida de Laet Marsiglia

09º Ofício Superior Cível - Dr. Alessandro Tertuliano da Costa Pinto

13° Ofício Superior Criminal - Dr. Danilo de Almeida Martins

10º Ofício Superior Cível - Dr. Leonardo Lorea Mattar

14º Ofício Superior CriminalDr. Haman Tabosa de Moraes e Córdova

11º Ofício Superior Cível - Dr. Paulo Henriques de Menezes Bastos

15° Ofício Superior Criminal - Dra. Geovana Scatolino Silva

04º Ofício Superior Criminal Militar - Dra. Tatiana Siqueira Lemos

24° Ofício Superior Criminal - Dra. Tatiana Melo Aragão Bianchini

02º Ofício Superior Previdenciário e Trabalhista - Dra. Arlinda Magela Dias

27° Ofício Superior Criminal - Dra. Marta Veloso de Menezes

03º Ofício Superior Previdenciário e Trabalhista - Dr. João Paulo Gondim Picanço

28° Ofício Superior Criminal - Dr. Adriano Carlos Oliveira Silva

04º Ofício Superior Previdenciário e Trabalhista - Dr. Felipe Dezorzi Borges

29° Ofício Superior Criminal - Dr. Rômulo Coelho da Silva

05º Ofício Superior Previdenciário e Trabalhista - Dr. Jair Soares Júnior

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Engenharia de reabilitação e acessibilidade humanas

Após a contribuição ini-cial deixada pela ex-servidora Liliane Vieira Moraes, portadora de deficiência visual, no tocante à adaptação de instrumentos de trabalho, o servidor Fernan-do Dias, da Coordenadoria de Gestão da Informação, planeja expandir o Projeto de Acessi-bilidade nas Unidades da DPU.

A ideia é eliminar as barreiras de locomoção e

de uso de produtos e servi-ços, tanto para servidores, quanto para aqueles que bus-quem atendimento na DPU.

O projeto prevê inclusi-ve cursos de capacitação para que os servidores atuais pos-sam aprender a lidar de for-ma mais adequada com co-legas de trabalho e/ou com o público externo portadores de necessidades especiais (PNEs).

Símbolo internacional para Acessibilidade

Preocupado em atender ao disposto no Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Plano Viver sem Li-mite), instituído pelo Decreto nº 7.612/11, Fernando afirma: “Te-mos que nos preparar melhor para servir e atender esse públi-co, que só no Brasil são em tor-no de quarenta e cinco milhões de pessoas com deficiência.”

Aberto o 14º concurso de remoção para a 1ª Categoria

Foi aberto o 14º concurso de remoção que visa preencher as vagas de defensor público federal na 1ª Categoria. Na busca

da otimização do provimento dos cargos que ficarem vagos em razão do concurso, os interessados deverão indicar, em ordem de preferência, as localidades pretendidas, ainda que atualmente ocupadas. São 52 vagas oferecidas em 16 estados e no Distrito Federal.

Os defensores federais de 1ª Categoria interessados na remoção deverão encaminhar requerimento ao e-mail [email protected] no prazo de 15 dias,

contados a partir da publicação do edital do concurso no dia 26/03 no Diário Oficial da União.

Os defensores públicos federais de 1ª Categoria atuarão nos Tribunais Regionais Federais, nos Tribunais Regionais do Trabalho, nos Tribunais Regionais Eleitorais e nas Turmas dos Juizados Especiais Federais.

O QUE ESTÁ ROLANDO NA DPU

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PROJETO DE VALORIZAÇÃO DE RELAÇÕES HUMANAS E POLÍTICAS SOCIAIS DA DPU DE CATEGORIA ESPECIAL (VAL)

Projeto de Coleta Seletiva é ampliado

Por força do decreto pre-sidencial Nº 5.940/2006, que determina que cada órgão pú-blico possua uma comissão que coordene as atividades de coleta seletiva dos resíduos descartá-veis que possam ser reciclados, as unidades da DPU no DF pas-saram a desenvolver o projeto de Coleta Seletiva Solidária.

Atualmente, o represen-tante da Comissão de Coleta Se-letiva Solidária da DPU, Rena-to Botelho Machado, instalou na Categoria Especial um novo

marco para a coleta de pilhas e baterias descartáveis. Estas deverão agora ser depositadas em caixas de cor laranja, distri-buídas em todos os andares da Categoria Especial.

Segundo Renato, o pro-jeto tem por objetivo garantir a devida destinação das pilhas e baterias deixadas nas caixas. A ideia é contribuir com a di-minuição do descarte indevido desse material no meio am-biente, já que esses resíduos não são aproveitáveis pela atu-

al Cooperativa (Cooperativa de Material Reciclado e de Educa-ção Ambiental Nova Esperança - Coopernoes).

Vale ressaltar que os reci-pientes destinam-se apenas a pi-lhas e baterias e que outros ma-teriais deverão ser descartados em recipientes próprios.

Renato Botelho Machado

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Defensores e servidores, opinem!STF convoca audiência pública para discutir imposição de prisão domiciliar a apenados em regime semiaberto O ministro do Supre-mo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, convocou au-diência pública, para discutir a possibilidade de fixar a pri-são domiciliar aos condenados em regime semiaberto, quan-do não houver estabelecimen-to que atenda requisitos da Lei de Execução Penal (LEP). A convocação, publicada em 07/03/13, com prazo de 30 dias para inscrição, é decorren-te do julgamento de um recur-so interposto pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul contra acórdão do TJRS, que determinou ao condenado em regime semiaberto o cumpri-mento da pena privativa de li-berdade em prisão domiciliar. O fato se deu pela im-possibilidade material de o Es-tado instituir estabelecimento prisional destinado ao regime semiaberto que atenda todas as exigências da legislação penal. A discussão, que será transmitida pela TV Justi-

ça e Rádio Justiça, certa-mente alcançará grande número de interessados. O ministro Gilmar Mendes determinou o envio de convites a autoridades, como o Presidente da Câmara dos de-putados, o Presidente do Se-nado Federal, o Ministro da Justiça, a Ministra da Secre-taria de Direitos Humanos da Presidência da República, as-sim como ao Procurador-Ge-ral da República, ao Presiden-te da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ao Defen-sor Público-Geral Federal. A respeito do assun-to, a DPU já apresentou uma proposta de súmula vinculan-te - PSV 57, sobre a qual o de-fensor público federal Gustavo de Almeida Ribeiro tece o se-guinte comentário: “A Defen-soria Pública da União busca, com a proposta formulada, impedir que a falha do Esta-do, ao não manter vagas em estabelecimentos prisionais

adequadas ao cumprimento da pena imposta especificamente a cada condenado, resulte na imposição de regime mais gra-voso que o fixado pelo Julgador, situação que fere frontalmen-te a garantia constitucional da individualização da pena. Não havendo vagas suficientes no regime estabelecido, deve o condenado aguardar seu surgi-mento em situação mais bené-fica e nunca mais rigorosa, vez que não pode ser responsabili-zado pela omissão do Estado.”

Colaboração: Dr. Gustavo Almeida Ribeiro

Talita Brandão

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Passei pela DPU

EDITAL Nº 01, DE 06 DE ABRIL DE 2009, eis o meu começo na DPU. Lembro de ter feito a inscrição nos últimos dias, pois mal sabia como eram realizadas as contratações dos estagiários. A única certeza que eu tinha era fruto de um reta-lho de depoimentos de amigos e professores dizendo quase com as mesmas palavras: “Se quer realmente aprender Direito, procure a Defensoria”. Quando da contratação, me pergunta-ram se eu tinha alguma área de interesse. Estranhei: estagiário com voz? Sim, na DPU desde o primeiro contato com o RH no-tei um enorme respeito no trato com as pessoas.

Eu dizia “bom dia” e logo acrescentava que era estagiária, assim como quem diz: “Cuida-do comigo, alta probabilidade de erro”! Errei, acertei, apren-di, mas duas coisas ficaram na memória: a paciência do pesso-al do protocolo, da informática,

da xerox, de todos que convivem com estagiários e sabem da im-portância deles em cada área; a segunda é o prazer de saber a importância do serviço realiza-do. Ler um habeas redigido pelo paciente/impetrante me trouxe a ideia de que mesmo encar-cerado ele fez tudo o que pôde para mudar sua situação pro-cessual, então acho que também posso fazer o meu melhor para evitar vícios e excessos ao longo da prestação jurisdicional. Por que não? Há sempre um novo desafio!

Na DPU tive a oportuni-dade de transformar pesquisa em trabalho, teoria em prática. Não apenas assistir, mas parti-cipar de mudanças, fossem em um único processo ou divulga-das no sítio eletrônico de Tribu-nal Superior – a alegria ainda é indescritível.

Confesso, fiquei apenas dois meses como estagiária, a minha ideia em 2009 era passar

um período na área penal, de-pois na cível, ir para o penal mi-litar, eu queria novidades. Um dos meus erros foi esquecer que eu não iria lidar apenas com pro-cessos. Ganhei serviços e muitos amigos, me apeguei ao Direito Penal e sinto-me muito bem no Ofício em que estou. Tanto que assim que arrumei um horário de trabalho menor voltei como colaboradora e estou lá há três anos, agora, contabilizando pe-ríodo de prática forense.

O que me falaram da De-fensoria era o início de um bom caminho, aprendo a cada peça, a cada recurso. Então, se me per-guntarem se passei pela DPU, direi a verdade. Direi que não, pois foi a DPU que passou na minha vida!

Segue uma das fotos da Família DPU- 14º Ofício Crimi-nal!

Letícia Rocha, ex-estagiária da Categoria Especial (última da esquerda para direita). Atualmente, é técnica judiciária no Supremo Tribunal Federal (concurso de 2008), gabinete do Ministro Marco Aurélio. Também é voluntária do 14º Ofício Criminal.

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CATEGORIA ESPECIAL NOS TRIBUNAIS

STF extingue processo contra flanelinhas após habeas corpus impetrado pela DPU

O Supremo Tribunal Fe-deral (STF) acatou pedido de ha-beas corpus impetrado pela De-fensoria Pública da União (DPU), determinando a extinção de pro-cesso contra três flanelinhas que atuavam em Belo Horizonte/MG, sem registro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE).

A denúncia foi rejeitada pelo juízo de primeiro grau, po-rém, após recurso do Ministério Público, foi recebida pela Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado de Minas Gerais.

Em defesa dos assisti-dos perante o STF, a DPU foi representada pelo defensor Esdras dos Santos Carvalho, que baseou seus argumentos no princípio da adequação social da conduta e no princí-pio da insignificância, ressal-tando a conduta meramente atípica imputada aos pacien-tes, que não geraram lesão ao bem jurídico protegido.

Apesar da acusação de exercício ilegal da profissão, o STF entendeu que a irregula-ridade apontada é de caráter

administrativo e não justifica o prosseguimento de ação penal, como ressaltou o ministro Ri-cardo Lewandowski, relator do processo: “se ilícito houve, ele se aproxima mais de um ilícito de caráter administrativo, e o comportamento dos acusados não revela grau de reprovabili-dade elevado a ponto de deter-minar a incidência do Direito Penal ao caso”.

Dr. Esdras dos Santos Carvalho

10/04/2013, Jornal Especiarias - 16ª edição, 13

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Caminho CulturalExposições

Gil 70Museu NacionalTerça a domingo, das 9h às 18h30Entrada francaDe: 13/02/2013Até: 28/04/2013

Exposição das Obras dos Museus da FrançaReproduçõesSESC - 504 - 504 SulSegunda a sexta, das 8h às 18hEntrada francaDe: 04/03/2013Até: 06/05/2013

Teatro

O EspelhoBrasil 21 Cultural - Sala Juca Chaves

Quintas e sextas, às 21hDe: 11/04/2013

Até: 25/04/2013

Música

Toca Raul com Zélia Duncan, Zeca Baleiro

Centro Cultural Banco do BrasilDomingo, às 17h

Entrada francaDe: 21/04/2013

Até: 28/04/2013

AniversariantesAniversariantes de Abril

01 – Lauanda – Colaboradora02 – Vera Lúcia – Servidora03 – Fernando Goulart – Servidor04 – Marcos Vinícius – Servidor05 – Deusdete – Servidor06 – Silveira – Vigilante07 – Dr. Gustavo Zortéa – Defensor08 – Raimundo Nonato Silva – Servidor08 – Vitor Hugo – Estagiário10 – Mª das Dores Silva – Serviços Gerais10 – Kaydher – Estagiário11 – Nílvia – Estagiária12 – Maria Luiza – Estagiária

14 – Dr. Holden – Defensor14 – Dr. Paulo Henriques – Defensor

14 – Sandra Mara – Servidora19 – Elenice – Servidora19 – Damião – Vigilante20 – Juliete – Estagiária

21 – Anamélia – Servidora21 – Guilherme Gomes – Estagiário

21 – Rita Varela – Servidora21 – Lívia – Estagiária

23 – Amanda – Estagiária24 – Elaine Paulúcio – Estagiária

28 – Tânia – Servidora

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Descomplicando a gramática

Onde ou aonde?

Ambas palavras são advérbios usados para indicar lugares, mas a preposição “a” de aonde indica que essa palavra deve ser usada somente quando estiver relacionada a verbos que pedem tal preposição e a orações que sugerem movimento.

Aonde indica movimento.

AONDE você vai agora?AONDE Paulo se dirigiu quando saiu do colégio?

Onde refere-se a lugar em que se está ou se fica.

ONDE João trabalha?A faculdade ONDE Thiago estuda fica longe daqui.

Uso equivocado do advérbio AONDE:

Aonde está você?Aonde ele trabalha?

Não sei aonde ele vai.Aonde você comprou essa caneta?

Sua namorada mora aonde?

Fernanda Hottum

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Surto

s Lite

rário

sGemidos

Gemidos escapam pela janelaO corpo em brasaA cara amarrada

Prestes a explodir.

Explode. Vem a bonançaCheiro de terra molhadaO mar de cara inchada

Porque não pôde segurar as lágrimas.

O adeus dos pássaros à tempestade

Lamentações, murmúrios confundem-seChoros

Está morta.

Por dinheiro, morrerá mais um pouco amanhã.

Gustavo Zortéa da Silva, 19° Ofício Superior Criminal

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