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Jornal da SBD Ano XIV n. 5 1 Diretoria 2009-2010 Presidente - Omar Lupi - RJ Vice-presidente - Bogdana Victória Kadunc - SP Secretária-geral - Maria de Lourdes Viegas - RJ Tesoureira - Maria Fernanda Gavazzoni - RJ 1 a secretária - Célia Luiza P . Vitello Kalil - RS 2 o secretário - Emerson de Andrade Lima - PE Jornal da SBD Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, dirigida a seus associados e órgãos de imprensa. Publicação bimestral - Ano XIV - n. 5 - setembro-outubro - 2010 Coordenador médico - Paulo R. Cunha Conselho editorial - Omar Lupi, Bogdana Victória Kadunc, Maria Fernanda Gavazzoni, Célia Kalil e Emerson de Andrade Lima Jornalista responsável - Erika Drumond - Reg. MT n o 31.383 Redação - Erika Drumond Editoração eletrônica - Nazareno N. de Souza Estagiário de editoração eletrônica - Maurício Pacheco Versão Online - Samuel Peixoto Contato publicitário - Priscila Rudge Simões A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes. As matérias e textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Correspondência para a redação do Jornal da SBD Av. Rio Branco, 39/17 o andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ CEP: 20090-003 E-mail: [email protected] Assinatura anual: R$ 120,00 Número avulso: R$ 20,00 Tiragem: 7.000 exemplares Impressão: Sol Gráfica Tour de Prevenção já está na estrada Sociedade Brasileira de Dermatologia Afiliada à Associação Médica Brasileira www.sbd.org.br Editorial Sumário Na presente edição do Jornal da SBD você vai encontrar todas as notí- cias sobre o evento mais importante para a SBD: o Congresso Brasileiro de Dermatologia. Realizado no RioCentro, no Rio de Janeiro, e presidido pela Profa. Luna Azulay, ele não poderia ter sido melhor, tanto do ponto de vista científico quanto do cultural e social. Nesse espaço, palco de tan- tas trocas de experiências e de aprendizados, foi lançado o livro oficial da SBD, Rotinas de diagnóstico e tratamento. Escrito por profissionais convida- dos sob a coordenação dos editores Omar Lupi, Paulo Cunha e Josemir Belo, a obra privilegia temas importantíssimos dentro de nossa área de atuação. Esperamos que ela cumpra a função de auxiliá-los de forma obje- tiva e direta em suas práticas diárias. Ainda no referido congresso, o Prof. Dr. Rubem David Azulay, um dos mais eminentes representantes da dermatologia brasileira, recebeu a Ordem do Mérito Médico pela contribuição ao ensino, na formação de profissionais de saúde e na pesquisa da dermatologia em nosso país. O documento assinado pelo pre- sidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi entregue pelo atual titular da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde (SVS), Dr. Gerson Penna, que representou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na abertura do evento. Justa homenagem ao grande mestre de nossa especialidade. Também constam neste número os nomes dos 18 dermatologistas brasileiros que, por concurso realizado pela SBD, mereceram as bolsas de estudos oferecidas pelo Congresso Mundial de Dermatologia que ocorrerá em Seul, em maio de 2011. A SBD por meio desse concurso reafirma a característica de internacionalização nos âmbitos profissional e acadêmico da atual diretoria. Destaca–se, ainda, o 19 o Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV). O encontro, realizado em outubro, na Suécia, manteve sua tradicional qualidade e testemu- nhou a diversidade da produção científica da especialidade.Você poderá ler sobre algumas novidades desse congresso nas notas de três dos dermatologistas brasileiros que lá estiveram. A reportagem da coluna “DermAção” narra a segunda expedição às comunidades ribeirinhas da Amazônia, depois de quatro anos. Em 2006, tive a oportunidade de participar da primeira edição jun- tamente com o Dr. Oswaldo Delfini Filho e, dessa vez, ao lado de outros profissionais de saúde, aten- der à população do município de Coari. Este ano, além de desenvolver ações educativas na área de saúde, pesquisamos também as consequências da mansonelose, um tipo de filariose que atinge 25% dos habitantes da área rural estudada no município de Coari. A atividade faz parte do projeto Dermatologia Ambiental e Básica, desenvolvida pela Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, com apoio da SBD, da Universidade Federal do Amazonas, da Universidade Federal de Minas Gerais, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Na coluna “SBD 100 anos”, o ex-presidente da SBD-RS Lúcio Bakos aborda com propriedade a história da regional, referindo-se a fatos relevantes ocorridos naquele estado. Chamo atenção para o último encontro científico no calendário oficial da SBD, e que promete mar- car a dermatologia nacional e estrangeira: o 1 st Summer Meeting of Dermatology – Brazil 2010, de 9 a 11 de dezembro, em Salvador (Bahia). Convido todos para participar desse evento global, que vai reu- nir conferencistas brasileiros e dos Estados Unidos, Europa Oriental e Ocidental, Oriente Médio e Bielorússia, país que compunha a antiga União Soviética, na terra em que foi fundada a primeira facul- dade de medicina do nosso país. Com certeza será um grande evento que fechará com chave de ouro o calendário de atividades. Compareçam! Termino agradecendo a todo o corpo editorial do JSBD e aos funcionários da SBD pelo trabalho e pela dedicação empregados ao longo deste ano. Aos membros da diretoria e associados que nos prestigiam: Feliz Natal com muita saúde e paz. Boa leitura! 18 02 Palavra do Presidente 03 Notas 05 Ombudsman 06 65 o Congresso Brasileiro de Dermatologia 12 Lançamento do Rotinas de diagnóstico e tratamento da SBD 15 TED Especial 17 1 st Summer Meeting of Dermatology 22 Dermatologia Básica e Ambiental 25 Portal da SBD registra aumento de visitas 27 Projeto de lei visa a proteção de trabalhadores expostos ao sol 30 EADV 33 Campanha Nacional de Psoríase da SBD 36 Profissões e Dermatoses Ocupacionais 38 SBD 100 anos 41 Departamentos 42 Regionais 43 Serviços Credenciados Matéria de capa Paulo R. Cunha - Coordenador médico do Jornal da SBD Prof. Dr. Paulo R. Cunha

Jornal da SBD - Nº 5 Setembro / Outubro 2010

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Page 1: Jornal da SBD - Nº 5 Setembro / Outubro 2010

Jornal da SBD � Ano XIV n. 5 � 1

Diretoria 2009-2010

Presidente - Omar Lupi - RJ

Vice-presidente - Bogdana Victória Kadunc - SP

Secretária-geral - Maria de Lourdes Viegas - RJ

Tesoureira - Maria Fernanda Gavazzoni - RJ

1a secretária - Célia Luiza P. Vitello Kalil - RS

2o secretário - Emerson de Andrade Lima - PE

Jornal da SBDEsta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia,

dirigida a seus associados e órgãos de imprensa.

Publicação bimestral - Ano XIV - n. 5 - setembro-outubro - 2010

Coordenador médico - Paulo R. Cunha

Conselho editorial - Omar Lupi, Bogdana Victória Kadunc,

Maria Fernanda Gavazzoni, Célia Kalil e Emerson de

Andrade Lima

Jornalista responsável - Erika Drumond - Reg. MT no 31.383

Redação - Erika Drumond

Editoração eletrônica - Nazareno N. de Souza

Estagiário de editoração eletrônica - Maurício Pacheco

Versão Online - Samuel Peixoto

Contato publicitário - Priscila Rudge Simões

A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de

Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou

serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade

única e exclusiva dos anunciantes.

As matérias e textos assinados são de inteira responsabilidade

de seus autores.

Correspondência para a redação do Jornal da SBD

Av. Rio Branco, 39/17o andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ

CEP: 20090-003

E-mail: [email protected]

Assinatura anual: R$ 120,00Número avulso: R$ 20,00Tiragem: 7.000 exemplaresImpressão: Sol Gráfica

Tour de Prevenção já está na estrada

Sociedade Brasileira de DermatologiaAfiliada à Associação Médica Brasileirawww.sbd.org.br

Editorial

Sumário

Na presente edição do Jornal da SBD você vai encontrar todas as notí-cias sobre o evento mais importante para a SBD: o Congresso Brasileirode Dermatologia. Realizado no RioCentro, no Rio de Janeiro, e presididopela Profa. Luna Azulay, ele não poderia ter sido melhor, tanto do pontode vista científico quanto do cultural e social. Nesse espaço, palco de tan-tas trocas de experiências e de aprendizados, foi lançado o livro oficial daSBD, Rotinas de diagnóstico e tratamento. Escrito por profissionais convida-dos sob a coordenação dos editores Omar Lupi, Paulo Cunha e JosemirBelo, a obra privilegia temas importantíssimos dentro de nossa área deatuação. Esperamos que ela cumpra a função de auxiliá-los de forma obje-tiva e direta em suas práticas diárias.

Ainda no referido congresso, o Prof. Dr. Rubem David Azulay, um dos mais eminentes representantesda dermatologia brasileira, recebeu a Ordem do Mérito Médico pela contribuição ao ensino, na formaçãode profissionais de saúde e na pesquisa da dermatologia em nosso país. O documento assinado pelo pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi entregue pelo atual titular da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde(SVS), Dr. Gerson Penna, que representou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na abertura doevento. Justa homenagem ao grande mestre de nossa especialidade.

Também constam neste número os nomes dos 18 dermatologistas brasileiros que, por concursorealizado pela SBD, mereceram as bolsas de estudos oferecidas pelo Congresso Mundial deDermatologia que ocorrerá em Seul, em maio de 2011. A SBD por meio desse concurso reafirma acaracterística de internacionalização nos âmbitos profissional e acadêmico da atual diretoria.

Destaca–se, ainda, o 19o Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia(EADV). O encontro, realizado em outubro, na Suécia, manteve sua tradicional qualidade e testemu-nhou a diversidade da produção científica da especialidade.Você poderá ler sobre algumas novidadesdesse congresso nas notas de três dos dermatologistas brasileiros que lá estiveram.

A reportagem da coluna “DermAção” narra a segunda expedição às comunidades ribeirinhas daAmazônia, depois de quatro anos. Em 2006, tive a oportunidade de participar da primeira edição jun-tamente com o Dr. Oswaldo Delfini Filho e, dessa vez, ao lado de outros profissionais de saúde, aten-der à população do município de Coari. Este ano, além de desenvolver ações educativas na área desaúde, pesquisamos também as consequências da mansonelose, um tipo de filariose que atinge 25% doshabitantes da área rural estudada no município de Coari. A atividade faz parte do projeto DermatologiaAmbiental e Básica, desenvolvida pela Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, com apoio da SBD, daUniversidade Federal do Amazonas, da Universidade Federal de Minas Gerais, da Universidade Federal de SãoPaulo (Unifesp) e da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Na coluna “SBD 100 anos”, o ex-presidente da SBD-RS Lúcio Bakos aborda com propriedade ahistória da regional, referindo-se a fatos relevantes ocorridos naquele estado.

Chamo atenção para o último encontro científico no calendário oficial da SBD, e que promete mar-car a dermatologia nacional e estrangeira: o 1st Summer Meeting of Dermatology – Brazil 2010, de 9 a11 de dezembro, em Salvador (Bahia). Convido todos para participar desse evento global, que vai reu-nir conferencistas brasileiros e dos Estados Unidos, Europa Oriental e Ocidental, Oriente Médio eBielorússia, país que compunha a antiga União Soviética, na terra em que foi fundada a primeira facul-dade de medicina do nosso país. Com certeza será um grande evento que fechará com chave de ouroo calendário de atividades. Compareçam!

Termino agradecendo a todo o corpo editorial do JSBD e aos funcionários da SBD pelo trabalhoe pela dedicação empregados ao longo deste ano. Aos membros da diretoria e associados que nosprestigiam: Feliz Natal com muita saúde e paz.

Boa leitura!

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02 � Palavra do Presidente03 � Notas05 � Ombudsman06 � 65o Congresso Brasileiro de Dermatologia12 � Lançamento do Rotinas de diagnóstico e tratamento da SBD15 � TED Especial17 � 1st Summer Meeting of Dermatology22 � Dermatologia Básica e Ambiental25 � Portal da SBD registra aumento de visitas27 � Projeto de lei visa a proteção de trabalhadores expostos ao sol30 � EADV33 � Campanha Nacional de Psoríase da SBD36 � Profissões e Dermatoses Ocupacionais38 � SBD 100 anos41 � Departamentos42 � Regionais43 � Serviços Credenciados

Matéria de capa

Paulo R. Cunha - Coordenador médico do Jornal da SBD

Prof. Dr. Paulo R. Cunha

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Acabei de me lembrar de dois episódios antigos, quenão chegam a configurar um quadro grave de nostalgia. É doconhecimento de todos o fato de que a palavra saudadenão tem tradução efetiva em inglês; a nossa saudade pun-gente é herança lusitana que transcende tempo e distância.Também os franceses chamam de esprit d´escalier aquelaresposta mental que todos vivenciamos, mas que apareceatrasada alguns segundos quando já estamos na escada; eraaquela resposta absolutamente perfeita para a circunstânciaque acabamos de vivenciar e que só se tornou disponívelalguns segundos depois do momento exato. Todas as lín-guas, portanto, parecem ter sua particularidade e nem sem-pre traduções exatas podem ser obtidas.

Há alguns anos, discutia com amigos americanos sobre otermo committed que sempre admirei na língua inglesa. Suatradução mais óbvia seria estar comprometido, no entanto,se observarmos o nosso “comprometimento político oupartidário” brasileiro logo perceberemos a diferença clarade abordagem. Sejamos absolutamente justos, a palavra

inglesa tem uma força e profundidade queescapa do nosso comprometi-

mento normal. É estar tão inti-mamente ligado a uma ideia

ou proposta, que esta passaa ser um pouco da suaprópria essência. Duranteesses dois anos frente àpresidência da SBD, pro-

curei criar esse tipo decomprometimento pro-

fundo, e aí precisamosacrescentar o adjetivo em

português para dar a realideia daquilo a que me refiro;

e quero acrescentar que intuíigual sentimento na nova dire-

toria, a que dei possedurante o

C o n g r e s s oB r a s i l e i r o

r e c é m -realizado.

Caro dermatologista,

Palavra do Presidente

2 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 5

Nesse período, a SBD se tornou muito de mim, e eu umpouquinho dela. Comprometimento total e inquebrantável,committment, portanto, tem sido a minha política mais sim-ples e direta, procurando sempre fazer o melhor, eventual-mente errando, mas jamais deixando de estar completa-mente ligado a nossa sociedade. Desejo à próxima gestãoque se aproxima essa relação tão íntima e intensa que, acre-dito, ajuda a explicar as recentes conquistas e, também,minha profunda satisfação de realizar por todos os derma-tologistas esse trabalho.

A segunda lembrança me veio à mente também duran-te o Congresso Brasileiro tão bem realizado no Rio, porocasião do lançamento do meu livro sobre infecções porherpesvírus. Nele, conto que em algum dia ensolarado de1993, eu tinha acabado de ser aprovado no curso de mes-trado em dermatologia da Universidade Federal do Rio deJaneiro (UFRJ) e, naquela época, diferente dos dias atuais,precisava ainda definir minha linha de trabalho. Entrei na salado saudoso Professor Antônio Carlos Pereira Jr., meu orien-tador de tese, para lhe perguntar sobre o melhor caminhoa tomar naquele momento. Fui recebido pela sua voz toni-truante e firme me dizendo: “Chegou em boa hora, meurapaz. Acabei de ter uma discussão acalorada com oProfessor Sérgio Carneiro sobre o real potencial de o her-pes genital ser transmitido por via sexual. Já tenho a sualinha de investigação.Você vai estudar o herpes em toda asua plenitude!”. Se soubesse o longo caminho que me espe-rava após o que ele disse, talvez não tivesse aceitado aincumbência. Talvez eu tenha entendido suas palavras deforma literal demais quando ele me aconselhou a “estudaro herpes em toda a sua plenitude”. É o que eu tenho feitocom comprometimento todos esses anos.

Hoje, quase 20 anos depois, não posso mais apartar adiscussão acadêmica entre os professores Antônio Carlos eSérgio Carneiro, pois ambos já deixaram nosso convívio.Todavia, recebi deles uma missão e tenho lutado muito paratransformá-la em realidade. Cito Tom Veitch, ensaísta ameri-cano, quando diz:“No princípio não havia nada. No fim tam-pouco haverá. Entre esses dois extremos, tudo que existenão passa de um sonho, um sonho de luz e trevas. Entre oprincípio e o fim, entre o nada e o nada, nós somos o sonhoe o sonhador de tudo que existe”.

Omar Lupi Presidente da SBD

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RecadastramentoA SBD deu início ao recadastramento do dermatologista que qui-

ser alterar a condição de associado eletrônico ou de associado padrão.O prazo termina no dia 10 de dezembro e o procedimento pode serfeito diretamente pelo site da SBD (www.sbd.org.br).

Quem optar pelo associado eletrônico, terá à disposição a leituraapenas online dos Anais Brasileiros de Dermatologia, Surgical &Cosmetic Dermatology e do Jornal da SBD, e receberá desconto de10% na anuidade de 2011 em sua categoria. O médico que desejarmanter a opção de associado padrão irá receber em casa todas aspublicações impressas.

A tesouraria lembra que será mantido o status desse ano para oassociado que não realizar o recadastramento até a data estabelecida.

Jornal da SBD � Ano XIV n. 5 � 3

CCoonnggrreessssoo MMuunnddiiaall ddee DDeerrmmaattoollooggiiaaSSeeuull –– 22001111

A SBD realizou concurso para o maior eventoda especialidade, o Congresso Mundial deDermatologia, cuja 22a edição se realizará em maiode 2011, em Seul, Coreia do Sul. Os 18 ganhado-res das bolsas foram:Adriana de Carvalho Correa;AlexandreLeon Ribeiro de Ávila; Bianca Ishimoto Della Nina; CarolinaChrusciak Talhari; Cassio Porto Ferreira; Emerson Vasconcelosde Andrade Lima; Fabiane Andrade Mullinari Brenner; FláviaMartelli Marzagão; Gleison Vieira Duarte; Hélio Amante Miot;Ivan Jorge Freire de Semenovitch; Juliano Vilaverde Schmitt;Leandro Ourives Neves; Leonardo Spagnol Abraham; LiviaCristina de Melo Pino; Luíza Soares Guedes; Tatiana BassoBiasi;Thaís Serraino Ferraz.

NotasCCFFMM nnããoo vvaaii mmaaiiss lliimmiittaarr aass vviiaaggeennss ddee mmééddii--ccooss ppaaggaass ppoorr llaabboorraattóórriiooss

O Conselho Federal de Medicina (CFM) renunciou à ideiade elaborar resolução para restringir a ida de médicos aeventos científicos com o patrocínio da indústria farmacêuti-ca. A regulação específica do tema poderia gerar punições,entre elas até a cassação do médico que a desrespeitasse.Um eventual acordo com a indústria farmacêutica tambémfoi protelado para permitir mais discussões. O presidente doCFM, Roberto D’ Ávila, afirmou que seria difícil fiscalizar umapossível resolução e que a saída é pelo convencimento eargumentação. Para ele, a ideia agora é buscar um “termo deajustamento de conduta” com a indústria para evitar situa-ções como viagens patrocinadas de médicos que nãodemonstram suas pesquisas nos encontros. Os profissionais,no entanto, não poderão ser punidos com base nesse termo.

A proposta seria apresentada na plenária do conselho, em16 de julho e foi promovida pelo Conselho Federal deMedicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) eAssociação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).

PPaalleessttrraa oonnlliinneeO professor do Departamento de Dermatologia

da Universidade Estadual Paulista Júlio de MesquitaFilho (Faculdade de Medicina de Botucatu) HamiltonStolf ministrou no final de agosto a palestra “Dicaspara a excisão de pequenos tumores da pele”.Promovida pelo Departamento de Telemedicina daSBD, a aula teve transmissão online diretamente dasede da entidade e foi vista por 150 pessoas, incluin-do algumas que estavam no exterior. “Sou carioca eassisti à palestra no Canadá. Agradeço a oportunida-de.”, disse por e-mail a dermatologista CristianaLudwig Schneider Longo. A palestra ficará disponívelna videoteca da SBD.

Livro doadoA biblioteca da SBD recebeu em agos-

to a doação do livro Estudos e reflexõessobre a formação de especialistas na área desaúde, da Fundação do DesenvolvimentoAdministrativo (Fundap). Organizado porSilvia de Almeida Prado Sampaio, a obradestaca os estudos e pesquisas de residên-cia médica realizados pela fundação noEstado de São Paulo de 1980 a 2008.

Órgãos do governo, como ministérios da Educação e daSaúde,bibliotecas de escolas de medicina,hospitais com progra-ma de residência médica, especialistas na área de recursoshumanos em saúde e 50 sociedades médicas receberam exem-plares.Um dos projetos realizados pela Fundap e que está regis-trado no livro engloba a área da dermatologia. “No final dadécada de 1980, foi feita a primeira tentativa de discutir as com-petências mínimas obrigatórias de especialistas por meio da rea-lização de um seminário, e agora a comissão de residênciamédica voltou a discutir e analisar esse projeto pioneiro. Nolivro há detalhes de como tudo teve início”, informa Silvia.

CCoonnggrreessssooss ddee 22001122 ee 22001133Márcia-Ramos-e-Silva foi eleita para presidir o

Congresso Brasileiro de Dermatologia em 2012, no Rio deJaneiro, ano em que a entidade completará 100 anos. Já oCongresso de 2013, será realizado em Brasília.

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Eventos da SBD - 2010

Ombudsman

Prezados Colegas,

Nosso maior evento acabou de acontecer e, mais uma vez, foicoroado de sucesso. Sob a batuta da Dra. Luna Azulay, o 65o

Congresso da SBD, no Rio de Janeiro, contou com a presença maci-ça de nossos associados do Brasil inteiro. Fomos agraciados comuma programação científica impecável e eventos sociais em quepudemos interagir com nossos pares. Enfim, todos os objetivos deum congresso desse porte foram alcançados.

Durante o evento tivemos a oportunidade, como sempre, dediscutir com as diversas comissões da SBD os caminhos a seremdelineados para o futuro de nossa instituição. Ainda é controver-sa a diretriz que devemos tomar com relação às sociedades cria-das por colegas de outras especialidades que atuam em nossaárea de expertise e que, apesar de não serem reconhecidas peloCFM, constituem sociedades civis organizadas e válidas.

Nossa estrutura científica, de ensino e de divulgação da der-matologia é incomparável. Contudo, estamos lutando contra"empresas" estruturadas não para o enobrecimento da dermato-logia como especialidade clínico-cirúrgica, mas única e exclusiva-mente visando ao lucro. É necessário que também nos estruture-mos para fazer frente a essas instituições, que às vezes lançam nomercado profissionais mal preparados.

Ficamos fragilizados no embate "empresarial" a que ele noslançam. Precisamos ter o mesmo profissionalismo jurídico queeles têm para os assuntos que versam sobre a prática da especia-lidade e a defesa dos colegas. É necessária cautela, mas tambémnão podemos nos calar por medo do aparato de advogados queeles possuem. Os colegas que ocupam cargos na SBD têm odever de defender a dermatologia, porém faz-se necessário posi-cionamento do Departamento Jurídico da SBD de como fazeressa defesa. Precisamos saber até onde podemos ir para não pre-

judicar a instituição e também não nos prejudicar.Especialistas somos nós. Não podemos estar acuados;temos o conhecimento científico e o reconhecimento daAMB/CFM para exercer com dignidade a dermatologia.Infelizmente a prática romântica segundo a qual tão somente obem servir conta não existe mais.

Por último, percebi cobrança dos associados com relação àpostura da SBD quanto à conduta de colegas médicos que atuamem nossa área sem ter o título de especialista. Em colunas ante-riores, após consulta a entidades de classe e ao CFM, esclarecique não temos ingerência nem poder para fechar consultórios,impedir a organização de congressos ou acabar com sociedadesmédicas que sejam pessoas jurídicas legalmente instituídas, aindaque não sejam reconhecidas pelo MEC/AMB.

Foi bastante comentada a possibilidade de cobrarmos preçoselevados para a participação de colegas não especialistas em nos-sos eventos. E, de novo, lembro que temos a obrigação profissio-nal e ética de disseminar o conhecimento científico entre nossospares. A solução passaria por um aumento no número de vagasem nossas residências para suprir a demanda de médicos interes-sados em nossa especialidade, e assim captar esses profissionaispara desenvolver um trabalho sério e científico, trazendo-os paraa nossa instituição. Aumentaríamos assim o número de partici-pantes em nossos eventos e o público leitor dos Anais.Atrairíamos mais parceiros e anunciantes e aumentaríamos ofaturamento da SBD. Não seria essa a solução empresarial que omercado nos impõe, sem abrirmos mão dos valores maiores quenorteiam nossa entidade? O debate promete!

Grande abraço.

NOVEMBRO

4-7 � International Melanoma Research Congress – Sidney, Austrália (http://www.melanoma2010.com)

5 � II Simpósio Nacional de Cosmiatria e SBD NacLaser da SBD – Curitiba, PR

5 � 9o EMC-D/Pré-Jornada SBD-RESP 5 � Jornada Mineira de Dermatologia SBD-MG 5 � 57a Jornada Goiana de Dermatologia SBD-GO6 � 136a Jornada Dermatológica Paulista SBD-RESP10 � XVIII Cilad – Cancun, México17 � Dia Mundial da Psoríase SBD-PE 27 � Campanha Nacional do Câncer da Pele SBD Nac

DEZEMBRO

2 � 15a Radesp – Campinas-SP SBD-RESP7 � 5o Simpósio Brasileiro de Hansenologia

(Sociedade Brasileira de Hansenologia – Belo Horizonte, MG)

9 � 1st Summer Meeting of Dermatology – SBD NacSalvador, BA

18 � Confraternização SBD-MA

Jornal da SBD � Ano XIV n. 5 � 5

Gilvan Alves

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65o Congresso Brasileirode Dermatologia daSBD realizado comêxito no Rio de Janeiro

Último evento foi retrato fiel do crescimento da especialidade e cumpremeta de ser importante meio de atualização profissional e científica

Os Arcos da Lapa e o calçadão da Praia deCopacabana foram levados para dentro do RioCentrodurante o 65o Congresso de Dermatologia da SBD. Por tra-duzirem com perfeição o que a Cidade Maravilhosa tem demelhor, essas paisagens foram cenografia ideal para receber,pela décima vez em sua história, o maior evento nacionalsobre pele, cabelos e unhas. O encontro ocorreu de 4 a 7de setembro e reuniu 4.750 médicos. Nesse período, houveintensa programação científica e social, com a apresentaçãode mais de 150 atividades, entre simpósios, sessões espe-ciais, cursos teóricos, painel de procedimentos com pacien-te e em vídeo, e tira-dúvidas com os departamentos, porexemplo.

Cerca de oito mil pessoas circularam pelo evento quetambém contou com exposição de 56 empresas da indús-tria médica e farmacêutica, e 34 laboratórios, além de 1.278trabalhadores diretos (equipe de apoio). Esses númerosrefletem bem a realidade e mostram a força do encontroda Sociedade Brasileira de Dermatologia que a cada anofica melhor. "O Congresso da SBD manteve seu padrão de

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qualidade científico. A oportunidade foi excelente para atroca de ideias e também para a atualização profissional.Nossos dermatologistas estiveram, com muita envergadura,à frente de painéis de discussão, simpósios, encontros efóruns de debate, apresentando casos clínicos, responden-do aos questionamentos e interagindo com os participan-tes sobre as principais novidades das áreas cosmiátrica, clí-nica e cirúrgica", disse Luna Azulay, presidente do 65o

Congresso.O coordenador da comissão científica, Márcio Rutowitsch,

destacou a competência das diversas equipes que trabalha-ram em sintonia na realização do evento. "Não há palavraspara explicar o quão satisfatório e gratificante foi trabalharao lado desse timaço.Tivemos liberdade e integração cor-reta e absoluta. De uma edição para outra, a programaçãocostuma sofrer mudanças, mas a qualidade é sempre muitoboa, refletindo a alta qualidade da dermatologia brasileira",ressaltou.

Cursos teóricos gratuitos para o associado, painéis deprocedimentos em vídeo e com paciente, temas em foco esimpósios entraram na programação dos primeiros dias(sábado e domingo). Peelings, rejuvenescimento cutâneo,correção de cicatrizes, oncologia cutânea, dermatologiageriátrica, DST-Aids, preenchimento cutâneo e antibióti-cos/antivirais/antimicóticos foram os cursos de destaque,ministrados por grandes especialistas nacionais. Na segundae na terça-feira, o público assistiu a palestras sobre fotopro-teção, unhas, pérolas cirúrgicas, dermatoses psicossomáticas,alergia dermatológica, dermatoses ocupacionais e outras.

Houve ainda três reuniões de sociedades irmãs: Radla,Cilad e International Society of Dermatology; a SessãoEspecial Você Decide o Tema, em que associados pré-inscri-tos puderam escolher que temas seriam abordados; e aReunião de Dermatopatologia, um dos destaques, e quereuniu mais de 400 inscritos.“Esse encontro, especificamen-te, deixou como legado para os Serviços Credenciados um

fantástico material. Considero que a verdadeira missão doCongresso Brasileiro é deixar algo de efetivo para todos,não simplesmente acontecer”, salientou Luna, lembrando aimportante participação de estandes institucionais deONGs cariocas, como Papel Pinel, Casa de Arte da Rocinha,Cilad, entre outros.

No encerramento, a alegria e o reconhecimento eramgerais. “A comissão organizadora agradece a todos os par-ticipantes pela presença e pela confiança depositada emnosso trabalho. Graças ao apoio e ao incentivo recebidosdos colegas, desde o primeiro momento, conseguimos reu-nir energias para alcançar o objetivo deste encontro, cujoponto central é a valorização do dermatologista de nossopaís”, encerrou Márcio.

Membros das comissões científica e diretora são homenageados por Luna Azulay

A programação social incluiu dois shows

eletrizantes: na cerimônia de abertura, no sába-

do à noite, o AfroReggae animou os dermatolo-

gistas que estavam no RioCentro; e na segunda-

feira, dia 6, o cantor Lulu Santos fez empolgan-

te apresentação, com sequência de grandes

sucessos que levantou o público no Armazém

do Cais.

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Posse da nova diretoriaEm seu discurso de posse durante a Assembleia Geral a

presidente eleita da SBD para o biênio 2011-2012, BogdanaVictória Kadunc, afirmou que para deixar a entidade aindamais ágil e moderna ela deve atuar em várias frentes a partirdo ano que vem, quando assumirá o cargo. Um dos pontosfundamentais de seu mandato será a tentativa de elaboraçãode projetos de sustentabilidade e de um programa de açõespara os departamentos. "Vamos ainda ampliar a EMC-D e aparticipação dos associados, buscar a integração com ascomissões, regionais e serviços credenciados, otimizar e for-talecer nosso perfil científico por meio da reestruturação dosdepartamentos e realizar campanhas públicas de esclareci-mento." Para o ano do centenário (2012), está nos planos acirculação de selo comemorativo, a elaboração de livro his-tórico e exposição itinerante com as fotos que o ilustrarão.

Cumprindo a parte protocolar da posse o presidente daSBD, Omar Lupi, agradeceu e cumprimentou a dedicaçãode cada membro de sua gestão atual e de funcionários daentidade, peças fundamentais para que todas as ações pro-gramadas dessem certo. Lupi citou algumas de suas referên-cias de épocas passadas, como Alice Alchorne e ClarisseZaitz, com quem trabalhou em 2007-2008 e 1997-1998,respectivamente, além de projetos bem-sucedidos que saí-ram do papel entre 2009 e 2010. “Estendo meus agradeci-mentos pelo apoio e pela confiança aos mais de seis milassociados da SBD que, ao me elegerem, deram voz a umanova geração de dermatologistas, mais jovens e empenha-dos em fazer o melhor por nossa Sociedade. Posso dizerque o norte da minha gestão foi representar bem a SBD, eos resultados corresponderam ao esforço de cada um queme acompanhou ao longo dessa trajetória,” conclui.

Reunião do Conselho DeliberativoAntecedida pelo Congresso Brasileiro, a reunião do Conselho

Deliberativo manteve a organização verificada no ano passado, como sistema de votação eletrônica e com formato de arrumação dasala de reunião que disponibilizou a marcação de lugares para osconselheiros de acordo com estado e em ordem alfabética. Osconselheiros presentes aprovaram todos os relatórios apresentadospelas comissões e pela diretoria, bem como os regimentos.

Também se determinou a manutenção dos membros docorpo editorial dos Anais Brasileiros de Dermatologia, formadopela editora científica Izelda Costa e os editores científicos VitorManoel Silva dos Reis e Renan Bonamigo.

O grupo que coordena a seleção para a obtenção do Títulode Especialista cogita a hipótese de que São Paulo seja a sede doExame em 2011. Foram eleitos novos membros das seguintescomissões: Científica, Jayme de Oliveira Filho (SP); Ensino, JoelLastória (SP), Bernardo Gontijo (MG) e Sérgio Hirata (SP); Éticae Defesa Profissional, Eliandre Palermo (SP); de Título deEspecialista, Lauro Lopes Filho (PI) e Flávia Bittencourt (MG).

Até o fechamento desta edição, cerca 479 médicos entreespecialistas e não especialistas se haviam inscrito para oCongresso de 2011, em Florianópolis, de 3 a 6 de setembro.O presidente do 66o Congresso da SBD, Roberto MoreiraAmorim,disse que não serão medidos esforços para mantera qualidade que caracteriza os congressos da SBD. "A comis-são organizadora fará o possível e o impossível tanto naparte científica quanto na parte social para que o evento sejainesquecível." Acesse o site oficial do evento –www.sbd.org.br/floripa2011 – para detalhes e inscrições.

Omar Lupi passa a bandeira da SBD para a presidente eleita,Bogdana Kadunc

A nova diretoria é composta por Eliandre Palermo (primeira secretária),Carlos Barcaui (tesoureiro), Sarita Martins (vice-presidente), Bogdana

Victória Kadunc (presidente), Leandra D'orsi Metsavaht (secretária-geral)e Luciana Rabello de Oliveira (segunda secretária).

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 5 � 9

Omar Lupi entrega placacomemorativa ao presidentede honra, René Garrido Neves

Coube a presidente eleita,Bogdana Victória Kadunc,

homenagear a dermatologistaNeide Kalil Gaspar

A dermatologista Gabriela Lovyrecebe homenagem de Márcia-Ramos-e-Silva

Durante a cerimônia de abertura do 65o CongressoBrasileiro da SBD, o dermatologista Gerson Penna, atualtitular da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde (SVS),surpreendeu todos ao oferecer uma placa, em nome doministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao patrono doevento, Prof. Rubem David Azulay. A homenagem simbolizao reconhecimento dos serviços prestados à saúde pública,particularmente na assistência médica, no ensino e na for-mação de profissionais de saúde e na pesquisa da dermato-logia em nosso país.

Gerson Penna complementou a surpresa anunciandoque foi conferida ao Prof. Azulay a Ordem do MéritoMédico, a mais alta condecoração que um médico podereceber em nosso país. O documento foi assinado pelo pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Premiação ao Prof. Azulay

Ilustres homenageados

Orgulho nacional: Ao lado da esposa Esther Azulay, Prof. Dr. Rubem David Azulay exibe documento de mérito, a mais alta honraria reservada a quem apresente

reconhecido nível de contribuição em saúde pública

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Em parceria com o governo municipal foram desenvolvi-das ações de educação em saúde e atendimento para diag-nóstico de doenças de pele nas comunidades do Rio dasPedras e Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Quase 800pessoas foram atendidas por professores e residentes dedermatologia dos Serviços Credenciados da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade FederalFluminense (UFF), Instituto de Dermatologia do Prof.Rubem David Azulay-Santa Casa, Universidade do Estadodo Rio de Janeiro (Uerj), Policlínica Geral do Rio de Janeiro,Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio)e do Serviço de Dermatologia Tropical do Hospital Centraldo Exército, nos dias 27 e 28 de agosto.

Congresso Brasileiro também prioriza ações comunitárias de atendimento

"O Posto de Saúde Luiz Gonzaga, em Rio das Pedras, eo Centro Municipal de Saúde Hamilton Land, na Cidade deDeus, receberam com antecedência panfletos da SBDsobre as dermatoses prevalentes, para distribuição divulgan-do da campanha. Isso contribuiu para que as pessoas seinteressassem em buscar as consultas", ressalta um dosmembros da Comissão Social e de Responsabilidade Social,Maria Leide Wand Del Rey de Oliveira. Eczemas, especial-mente o atópico e o seborreico, e micoses superficiaisforam as principais doenças diagnosticadas.

Durante todo o mês de agosto, a SBD promoveu cam-panhas publicitárias em favor da valorização do dermatolo-gista em locais de grande público, como metrô, ônibus, trem,rádio, busdoor e cinemas.

Um dos mais procurados

Quase cinco mil dermatologistas passaram pelo estande da SBDpara tirar dúvidas e conhecer melhor o funcionamento da entidade.Muitos aproveitaram a ocasião para criar seus sites pessoais com oapoio de equipes dos departamentos de Mídias Eletrônicas e deComunicação da SBD. Cerca de 200 associados aderiram ao projetoSite para o Sócio que conta hoje com 400 participações desde suacriação, em julho deste ano. “Explicamos ao médico como o site fun-ciona, e orientamos para que ele crie sua própria página e, de casa,gere seu conteúdo”, esclareceu o responsável pela web, SamuelPeixoto, acrescentando que a construção da página é simples, rápida econtribui para o marketing profissional a custo zero.A SBD disponibi-liza um serviço de atendimento eletrônico para ajudar os médicos quetiverem dificuldades para construir sua página pessoal. O telefone é(21) 2223-7797, e o horário de atendimento é de segunda a sexta, das9h às 17h.

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A edição deste ano do Congresso Brasileiro da SBDreservou espaço para a realização de duas palestras cujotema suscita conflitos na área médica: a ética. Coordenadapor Márcio Rutowitsch, a primeira reunião teve como con-ferencista o corregedor do CFM e membro da ComissãoNacional responsável pela revisão do Código de ÉticaMédica, José Fernando Vinagre, que abordou os limites dapublicidade médica para o profissional de medicina.O segundo encontro, coordenadopelos membros da Comissão deÉtica e Defesa Profissional da SBD,Vicente Pacheco de Oliveira e JoséRamon Varela Blanco, destacou asdificuldades impostas aos médicospelo exercício profissional, nocampo da saúde pública e no siste-ma de saúde suplementar.

Conferência – Em vigor desde13 de abril, o novo Código de ÉticaMédica prevê que a medicina nãopode ser exercida como comércio.Os anúncios médicos, portanto,devem apenas tornar públicos osserviços prestados por profissionalou empresa – práticas agressivas depropaganda, comuns no comércio debens e na prestação de determina-dos serviços, são incompatíveis coma ética da profissão. Vinagre iniciousua apresentação afirmando quemuitas vezes o médico brasileiroinfringe essas normas por pura falta de informação. “Éimportante que os médicos atentem para os medicamen-tos e procedimentos reconhecidos a fim de não causar pre-juízo à comunidade.”

Ele explicou que a Resolução CFM 1.701/03 determinaque cada conselho regional de medicina mantenha umaComissão Permanente de Divulgação de Assuntos Médicos(Codame), constituída por três membros, no mínimo. Entreoutras atividades, a comissão é responsável por convocarmédicos para esclarecimentos e determinar a suspensão deanúncios.“Qualquer médico brasileiro pode remeter para aCodame do CRM seu folder de propaganda que preste

esclarecimentos à população. O CRM irá corrigi-lo de acor-do com o novo código”, alertou.

De acordo com o corregedor do CFM, pelo Código, évedado ao profissional tratar informações sobre temamédico de modo sensacionalista, divulgar tratamento quenão tenha sido cientificamente reconhecido, realizar consul-ta por meio de veículo de comunicação de massa, anunciartítulos científicos que não possa comprovar, participar de

anúncios de empresas comerciaisvalendo-se da profissão, apresentarcomo originais descobertas quenão o sejam e deixar de incluir emanúncios profissionais seu númerode inscrição no CRM.

Simpósio – A quantidade con-siderável de médicos não associa-dos à SBD inscritos no Congresso,cerca de 1.000, foi motivo de preo-cupação perante o público queassistiu à palestra sobre defesa pro-fissional. “Essa prática existe, e nósaceitamos, pois não podemos proi-bir o médico de se aperfeiçoar. Noentanto, não vemos essa situação

com bons olhos. Não temos comoimpedir isso a não ser aplicandovalores de inscrições mais altas. Umasociedade pode fazer um congressopara seus sócios, mas há um entendi-mento jurídico de que profissionaisde outra especialidade também pos-

sam ampliar seus conhecimentos”, explicou Ramon VarelaBlanco, da Comissão de Ética da SBD.

Segundo o presidente da Comissão Científica do 66o

Congresso da SBD e coordenador da Comissão de Éticae Defesa Profissional da SBD,Vicente Pacheco de Oliveira,será estudada uma forma para tentar limitar essas inscri-ções no Congresso de Florianópolis em 2011.Participaram do debate Florisval Meinão, da AssociaçãoMédica Brasileira, e Carlindo de Souza Machado e SilvaFilho, do Cremerj.

Manutenção da ética médica

“É importante que os médicos atentem

para os medicamentos e procedimen-

tos reconhecidos a fim de não causar

prejuízo à comunidade.”

Jornal da SBD � Ano XIV n. 5 � 11

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O livro oficial da SBD sobre condutas e tratamentosrotineiros das principais doenças dermatológicas foi lançadono estande da Sociedade, no dia 5 de setembro, durante oCongresso Brasileiro. Participaram da elaboração de Rotinasde diagnóstico e tratamento da Sociedade Brasileira deDermatologia renomados especialistas do país, escolhidosem função de seu conhecimento sobre cada assuntoabordado. A obra, que engloba vasto conteúdo distribuídoem 81 capítulos, tem abordagem ampla e contempla as trêsprincipais vertentes da especialidade: clínica, cirúrgica ecosmiátrica.“Este é um livro inédito para ser usado no dia adia de atendimento. É o tipo de publicação indispensávelpara os dermatologistas brasileiros continuarem evoluindo”,disse o presidente da SBD, Omar Lupi, um dos editores,juntamente com Paulo Cunha e Josemir Belo.

A tiragem colocada à venda, cerca de 900 exemplares,esgotou em dois dias. Segundo Sílvio Araújo, diretor da ACFarmacêutica, 200 médicos fizeram encomenda durante oevento.“A procura tem superado nossas expectativas, e atémeados de outubro contabilizamos 1.532 exemplaresvendidos. Por conta da alta procura estamos preparandoreimpressão”, comenta.

Livro oficial da SBD lançadodurante o Congresso tem ediçãoesgotada em dois dias

Dermatologistas de todo o país têm procurado a obrachancelada pela SBD. “Um dos motivos que meinfluenciaram a adquirir o livro foi a forma com que ele foiproduzido, ao unificar ideias de maneira didática eprofissional”, salienta Miriam Belao, de São José dosCampos. Para ela, a atual administração da SBD teminovado continuamente e contribuído para que oprofissional tenha orgulho de pertencer à instituição:“Espero que a próxima diretoria dê prosseguimento aotrabalho desenvolvido pelos membros atuais,acrescentando tanto quanto essa”, completa.

Com residência médica em dermatologia pelaUniversidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), MargarithaCobuci, que atende no Hospital Militar de Bagé (RS) háquatro anos, considera a leitura de Rotinas uma maneiraproveitosa de atualização, especialmente para quemreside distante dos grandes centros. “Uniformizar aterapêutica é extremamente importante, e o livro trazinformações práticas de profissionais gabaritados da SBDsobre as formas de tratamento que estão sendo utilizadasatualmente.Além disso, é ótima forma de atualização paraquem não pode acompanhar muitos eventos.” Oresidente do 3o ano do Hospital das Clínicas de VitóriaRicardo Tiussi afirma que, além da praticidade e concisão,

Os editores Josemir Belo, Omar Lupie Paulo Cunha durante lançamentodo livro e sessão de autógrafos

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Jornal da SBD � Ano XIV n. 5 � 13

o bom preço atraiu. Já a médica Luciene BelarminoCavalcante, da Paraíba, destacou a qualidade dos editorese colaboradores. “Sem dúvida: uma equipe competentecom autores conceituados.”

As regionais, os serviços credenciados e os colaboradoresreceberam a versão impressa da obra. No entanto, para quetodos os associados tivessem acesso ao conteúdo do livro, aSBD disponibilizou a versão eletrônica, que pode ser baixadapelo site da editora até o dia 31 de dezembro. Até ofechamento desta edição foram registrados 809 acessos.Diante do estrondoso sucesso, Paulo Cunha propôs emreunião de diretoria a tradução da obra para o inglês e parao espanhol. “A concretização da tradução representaria oavanço e o ineditismo, marcas da atuação gestão”.

Além dos editores e dos colaboradores, muitos residentes passaram noestande da SBD para receber dedicatória personalizada

DDeerrmmaattoollooggiiaa -- Jean Bolognia agradeceu o trabalhoprimoroso desenvolvido por Célia Kalil, coordenadora darevisão científica da tradução da segunda edição deDermatologia (editado por Jean Bolognia e cola-boradores), e pelos mais de 50 especialistas da SBD eresidentes do Serviço de Dermatologia da Santa Casa deMisericórdia de Porto Alegre envolvidos no projeto.

Outros livros da áreadermatológica

O Congresso também foi palco de lançamento de

outros livros da especialidade, como a segunda edição do

Atlas de dermatoscopia – aplicação clínica e correlação

histopatológica (Dilivros), de Carlos Marcelo Martins

Ferreira, Carlos Barcauí e Juan Piñeiro-Maceira. A obra

traz um capítulo inédito no Brasil sobre a dermatoscopia

aplicada à tricologia, escrito pelo grupo do ambulatório

de alopecias do Instituto de Dermatologia Prof. Rubem

David Azulay.

Editado por Walter Belda Jr., Nilton Di Chiacchio e

Paulo Ricardo Criado, o Tratado de dermatologia abrange,

em seus 123 capítulos divididos em 16 partes, temas

como fundamentos da dermatologia, diversas afecções,

cirurgia dermatológica e procedimentos terapêuticos ou

corretivos da pele, terapêutica dermatológica, entre

outros assuntos. São dois volumes que vêm

acompanhados de CD-ROM com uma gama de imagens,

sendo grande parte delas cedida pelos Serviços

Credenciados da SBD.

Os dermatologistas Omar Lupi, Ivan Semenovitch e

Fabrício Lamy lançaram Infecções por herpesvírus. O livro

sedimenta 18 anos da linha de pesquisa e foi produzido

pelos maiores especialistas nacionais de cada área. É

composto de 18 capítulos, como o de infecção herpética

ocular, escrito pelo presidente da Sociedade Brasileira de

Oftalmologia, Mario Motta, e o oral, escrito pelo

presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões

Dentistas, Luciano Artioli Moreira.

A edição revisada e atualizada de Fundamentos de

dermatologia, das médicas Márcia Ramos-e-Silva e Maria

Cristina Ribeiro de Castro também foi lançada. Publicado

pela Editora Atheneu, o livro recebeu o Prêmio Jabuti,

maior premiação literária do país, na categoria Ciências

Naturais e Ciências da Saúde, em 2009.A nova edição tem

mais de 2.300 páginas divididas em dois volumes e ainda

conta com um DVD-ROM com todas as imagens

reproduzidas no livro.

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14 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 5

Como a Internet mudou a área editorial

pical que só pode ser lido no formato online:“Ter artigos dis-poníveis na Internet faz com que o número de leitoresaumente.Ainda em 2010, pretendemos publicar uma série detextos na área de dermatologia tropical e comunitária paraapresentar no Congresso Americano de 2011.”

Outro fator que mostra como a Internet mudou a áreaeditorial, segundo Thiers, é a possibilidade de qualquer pessoapoder publicar: “Há muitos pontos positivos e negativos napublicação online. A grande vantagem é disseminar a revisãode pares. Qualquer revista pode ser lançada online, mesmoque muitas vezes ela não tenha corpo editorial.” Ele chamoua atenção para o problema do plágio, dando um alerta aoseditores:“Temos de ser policiais todo o tempo.A fácil dispo-nibilidade de tantos dados médicos na web torna o plágioalgo comum. Na dúvida, sugiro selecionar um trecho do arti-go e checar no Google.” Outro problema é a autoria fraudu-lenta de fotos. “Para combatê-lo, temos um software queexamina a imagem quando suspeitamos de alguma altera-ção”, informou. Thiers complementou ainda que o tempomédio de um editor-chefe no cargo, em jornais americanos eeuropeus, é de cinco anos, recebendo remuneração paraexecutar o trabalho.

Gibson comentou ainda que, até 2011, espera receber1.700 artigos. Mais de 70 países – entre eles, Índia, Coreia,Japão, Iraque, Cuba – enviam seus trabalhos para o ISD.“Estamos tentando ser globais em nossas ações, e a AméricaLatina é uma grande área de interesse. É amplamente conhe-

cida a contribuição de especialistas brasileiros para o desen-volvimento da dermatologia. Não somos um jornal ame-

ricano ou europeu, somos mundiais e queremos terboa representação em todo o mundo”, analisou

Gibson, que trabalha com uma equipe compos-ta de 61 membros de 30 países diferentes.

Dois americanos de reconhecida competência científica eresponsáveis por grandes publicações na área de dermatolo-gia abrilhantaram o simpósio Anais Brasileiros de Dermatologiae Surgical & Cosmetic Dermatology coordenado pelas editorasIzelda Costa e Bogdana Victória Kadunc, respectivamente.Durante mais de 40 minutos, Bruce H.Thiers, editor-chefe doJournal of the American Academy of Dermatology (JAAD) desde2008, e Lawrence E. Gibson, editor do International Journal ofDermatology (ISD) há cinco anos, compartilharam suas expe-riências no comando desses renomados periódicos e falaramda relação estreita com a web, que, a cada dia, tem obrigadoo jornal impresso a se reinventar.

Entusiasta da era da Internet, Bruce Thiers exaltou, comjustiça, a facilidade com que sua equipe, hoje, edita o jornal.“Definitivamente, a Internet mudou a área editorial.Todo otrabalho, por exemplo, é feito eletronicamente. No caso doJAAD, os revisores ficam em Massachusetts; eu, na Carolinado Sul; e outra parte da equipe está distribuída pelosEstados Unidos”, assinalou. Seu temor, no entanto, é emrelação ao declínio da mídia impressa americana, setor quemais tem sofrido com as mudanças que vêm ocorrendodentro da mídia. Segundo Thiers, isso está acontecendo por-que a Internet tem tomado os anúncios antes destinadosaos jornais. Resultado: muitos deles acabaram migrandopara a web, cuja receita publicitária é maior.

Sobre a migração dos leitores de jornais médicos impres-sos para a mídia digital, o editor do JAAD disse que nemtodos estão preparados para a mudança. Contudo, em suaopinião, há a tendência de que profissionais mais velhos leiamjornais de papel e os mais novos optem pelos jornais online.“Em relação ao JAAD, acredito que haverá um deslocamentonatural. Em breve, nosso conteúdo integral estará disponívelapenas no formato online. O ponto positivo é que os leitoresvão passar a imprimir apenas os artigos mais interessantes.Essa medida também contribui para a preservação do meioambiente, uma vez que reduz o uso do papel.” Considerandoesse público mais jovem, o editor do ISD, Lawrence E. Gibson,revelou a criação de um suplemento sobre dermatologia tro-

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As dermatologistas Carla Viotti,de Minas Gerais, e ClarissaDiógenes, do Ceará, receberamduas grandes notícias este ano:ambas foram aprovadas noExame de Título de Especialistaem Dermatologia (TED) eganharam bolsas e inscriçõespara o Meeting da AcademiaAmericana de Dermatologia2011, que será realizado em feve-reiro, em Nova Orleans, Estados Unidos.

Carla é formada pela Universidade Federal de MinasGerais (UFMG) com residência médica em dermatologiapelo Hospital das Clínicas da UFMG e tem trabalhospublicados em anais de congressos, incluídos os interna-cionais. Este ano, expôs no Congresso Americano deDermatite de Contato e na Radla, e, com uma ex-pre-ceptora, Maria Antonieta Rios Scherrer, enviou trabalho“As leituras de testes epicutâneos podem ser influencia-das pela cor da pele?” para os Anais Brasileiros deDermatologia, ainda sem confirmação de aprovação.Estreante no TED, ela considerou alto o nível do examee ressaltou a organização da comissão, “tendo em vistaque todos os candidatos do Brasil realizaram a provaaqui, em BH”. Oncologia cutânea e colagenoses são suasáreas de interesse.

Ao receber a notícia, Clarissa não escondeu sua satis-fação pelo fato de poder voltar ao exterior. Em 2004,época em que cursava medicina, teve curta passagempela Alemanha para um estágio no Serviço deHepatologia da Universidade de Freiburg. "Fiquei surpre-sa e feliz com o convite para participar do Congresso daAcademia Americana, o que farei pela primeira vez.Achoa iniciativa da SBD motivadora para a busca de novosconhecimentos e deve ser mantida", salienta a dermato-logista formada pelaUniversidade Federal do Ceará(UFC) em 2006 com residênciano Serviço de Dermatologia doHospital Universitário WalterCantídio da UFC. A cearensetem trabalhos publicados sobreciclofosfamida e tumor hepático,e é coautora de livro sobre rinitealérgica.

Palmas das mãosumedecidas. Palpitações.A impressão de que omomento tão esperadoestava próximo. Foiassim que o dermatolo-gista carioca Joel NunesBarbosa se sentiu quando soube que havia passado no TEDEspecial 2010. Aos 68 anos de idade, ele se submeteu váriasvezes à prova para obtenção do Título de Especialista atéalcançar o triunfo. Guiaram-no, após tantas tentativas, a forçade vontade, a esperança, a perseverança e a fé em si mesmo.Joel recebeu a aprovação como recompensa da dedicaçãointegral aos estudos. “Nunca pensei em desistir. Sempre fuiuma pessoa disciplinada, consciente do que eu queria paraminha satisfação pessoal. Tive a coragem de continuar estu-dando, apesar dos mais variados percalços pelos quais tive depassar. Mas não esmoreci, ao contrário, encarei a batalha defrente.Acredito que todos podem conseguir chegar lá, desdeque haja interesse para se conquistar o que se está objetivan-do”, comenta.

Formado em 1973 pela Escola de Medicina e Cirurgia doEstado do Rio de Janeiro, hoje, Universidade Federal doEstado do Rio de Janeiro (UniRio), foi monitor em dermato-logia do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, no mesmoano. Lá conviveu com grandes mestres da especialidade,como Antar Padilha-Gonçalves, Gabriela Lowy, MarciusAchiamé Peryassú, Aldi Barbosa Lima e Danilo Filgueiras.Desde 1995 atua no Serviço de Dermatologia do HospitalUniversitário de Brasília (HUB) como médico colaborador,ao lado da equipe comandada por Raimunda NonataRibeiro Sampaio. Casado, é pai de três filhos, todos advoga-dos, e tenente-coronel da reserva do Ministério do Exércitoaposentado pelo Ministério da Saúde.

Atualmente a SBD contabiliza 1.088 médicos contribuin-tes que não têm o título de especialista. Este ano, 113 médi-cos realizaram o exame, e 65 foram aprovados, entre eles,Joel. Não existem receitas para passar na prova, mas, sim, agrande disposição, a insistência obstinada e a valentia diária,qualidades mostradas pelo especialista em dermatologia qua-lificado na prova pela SBD. "Para alcançar os nossos ideais,sejam lá quais forem, temos de batalhar no que estamos bus-cando", aconselha Joel, ressaltando a importância que teve oServiço de Dermatologia do Hospital Universitário deBrasília (HUB) em sua caminhada rumo ao Título.

“Tudo vem em seu tempo. Que o exemplo de Joel, sirvapara todos”, comenta Jackson Machado, presidente daComissão de Título de Especialista da SBD.

Bolsa AAD 2011Só com muito esforço

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A um mês da realização do Summer Meeting ofDermatology Brazil 2010 a equipe organizadora já contabi-liza cerca de 500 inscritos. Essas pessoas terão a oportuni-dade de ver aulas atuais e interagir com dermatologistasconsagrados de todas as partes do globo, nos dias 9 e 11de dezembro, em Salvador. "Temos trabalhado com inten-ção de fazer o melhor. Para isso, trouxemos profissionaisnacionais e estrangeiros de grande experiência na derma-tologia e que contribuirão para o aperfeiçoamento detodos. O importante é discutirmos juntos os mais recentesdesenvolvimentos dentro de nossa especialidade conside-rando seu rápido crescimento”, frisa o presidente doSummer Meeting, Paulo Cunha, lembrando que o eventoconta 10 pontos para a Educação Médica Continuada.

A programação científica englobará os mais variadosespectros das doenças dermatológicas: a oncologia, a inflama-ção, a infecção e a cosmetologia com a apresentação de con-sagrados professores do Brasil e do exterior. Haverá cincoconferências ("Carcinoma basocelular : novas fronteiras";"Cutaneos markers of internal malignancy"; "Pênfigo foliáceoendêmico – um enigma ainda a ser desvendado"; "Clinicalforms of erythroderma" e "Dermatology: 'Quo vadis'"), cinco

fóruns, sendo dois sobre terapêutica, um de laser e luzesterapia, um de dermatologia tropical e sanitária e uma sessãointerativa anatomoclínica; três simpósios ("Cirurgia dermato-lógica", "Cosmiatria" e "Melanoma") e uma sessão especialpara intercâmbio de conhecimentos, além de apresentação ede premiação dos dois melhores trabalhos de cada catego-ria (minicaso, minicomunicação e investigação científica).Também serão realizados dois simpósios-satélites.

Para Lauro Lourival Lopes Filho, do Piauí, com o SummerMeeting portas serão abertas para que outros eventos dessetipo ocorram no país: "Com o 1st Summer Meeting ofDermatology, a SBD inova mais uma vez em termos de even-tos. Por sermos a segunda maior sociedade de dermatologis-tas do mundo, é essencial que esse mundo nos veja e queverifique o nível de excelência da dermatologia praticada noBrasil, tanto em seus aspectos clínicos quanto nos cirúrgicos enos cosmiátricos.Além disso, é uma forma de estimular espe-cialistas de outros países a participar de nossos eventos", res-salta. Ana Maria Meski, de São Paulo, acredita que a interna-cionalização é um importante meio para que a Sociedade semodernize, cresça, se fortaleça cientificamente. "A dermatolo-gia brasileira está entre as melhores do mundo; é necessáriaesta aproximação com sociedades estrangeiras para quenosso trabalho seja cada vez mais divulgado", afirma ela queministrará a aula "Toxina botulínica – experiência brasileira”.

A presidente da Sociedade Europeia de DermatologiaEstética e Cosmética, Hana Martina Zelenkovà, ressalta queo alto nível da medicina brasileira é conhecido internacio-nalmente, na literatura como em apresentações em con-gressos. Em sua opinião, o Summer Meeting ofDermatology Brazil 2010 será, principalmente, um espaçopara conhecer as personalidades mais destacadas da der-matologia brasileira e de todo o mundo.“Estou ansiosa pararever não só meus antigos amigos, como também paraencontrar muitos jovens doutores cujo trabalho em nossobelo e criativo ramo se tornou, assim como no meu caso,um sonho e uma fonte de realização profissional. Essa seráminha quarta passagem pelo Brasil, e cada visita que faço aesse belo país me traz ricas experiências pessoais e profis-sionais. Acredito que esse congresso não será exceção.”

O evento conta com o apoio da Secretaria de Turismodo Estado da Bahia.

Evento da SBD quer ser modelodo desenvolvimento da dermatologia brasileira

Faltam poucos dias para o

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18 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 5

A SBD deu a largada para o 2o Tour de Prevenção emsetembro, durante o Congresso Brasileiro de Dermatologia,no Rio de Janeiro, rumo a dez cidades brasileiras. Este ano,além do litoral, o caminhão itinerante equipado com dois con-sultórios vai passar por cidades do interior do Brasil, perfazen-do dez mil quilômetros. A ação, que acontece até dezembro,faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer daPele (CNPCP) e conta com o apoio da La Roche-Posay e daAssociação Brasileira de Enfermagem em Dermatologia(Sobende) pelo segundo ano consecutivo. Desde 2009, quan-do o projeto teve início, o Tour percorreu 15 mil quilômetrose visitou 13 cidades litorâneas, orientando quase três mil pes-soas sobre os cuidados com relação à exposição solar.

Até o momento, mais de mil pacientes foram examina-das em seis cidades: São Paulo (11 e 12/09), Belo Horizonte(18 e 19/09), Cuiabá (25 e 26/09), Porto Alegre (16 e17/10), Rio de Janeiro (26/10) e Florianópolis (30/10).O maior número de beneficiados saiu da capital paulista,onde começaram os atendimentos. Ao todo, 275 pessoasforam examinadas por dermatologistas e enfermeiros noParque Ibirapuera. “No ano passado, a campanha foi ótima,mas não atraiu tantas pessoas por causa da chuva. Este anofoi ainda melhor, o clima favoreceu, e a participação dediversas formas de mídias também contribuiu para que as

pessoas se interessas-sem”, assinala o coor-denador local, LuizRoberto Terzian. Os42 pacientes – cercade 14% do total de pessoas atendidas – que apresentaramlesões suspeitas foram encaminhados para tratamento semnenhum custo financeiro.

A coordenadora nacional da campanha e uma das articu-ladoras do Tour de Prevenção, Selma Cernea, ressalta o valorda propagação e do desenvolvimento da cultura de preven-ção em meio à população brasileira:“Campanhas como essasrepresentam um passo importante para conscientizar a popu-lação sobre como proceder para evitar a doença”, considera.

O consultório sobre rodas também passou por BeloHorizonte. Muita gente buscou orientações de especialistasno Parque Municipal, onde o caminhão fez sua segunda para-da. Uma equipe de 30 dermatologistas da Santa Casa, do

Tour de Prevenção já está na estrada Caminhão itinerante inicia incursão pelo Brasil. Este ano habitantes de cidades do interior também serão contempladoscom atendimento gratuito de setembro a dezembro

São Paulo

Cuiabá

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Hospital das Clínicasda UniversidadeFederal de MinasGerais (UFMG) e do Hospital Militar, além de médicos semvínculo com os serviços de dermatologia, buscou lesões sus-peitas de câncer de pele.“Tenho a convicção de que a maio-ria das pessoas ficou satisfeita com o atendimento e, além daconsulta, levou para casa e para os familiares informaçõesimportantes sobre prevenção e diagnóstico precoce damaior parte dos principais cânceres da pele”, assinala o der-matologista Daniel Gontijo, coordenador do Tour e daCampanha de Prevenção ao Câncer da Pele em Minas.

O último fim de semana de setembro também foi movi-mentado em Cuiabá. O tempo colaborou, e centenas depessoas passaram pelo Pantanal Shopping, terceiro local areceber o Tour. Nos dois dias de atividades na capital mato-grossense, médicos e profissionais da área de saúde infor-maram como se proteger da exposição ao sol e quais sãoas principais recomendações para cuidar da saúde da pele.

De Cuiabá, o caminhão-consultório seguiu viagem atéPorto Alegre, onde ficou instalado por dois dias no estacio-namento do Parque da Marinha do Brasil. Nesse período,mais de 200 moradores da capital responderam a um ques-tionário, assistiram a vídeos educativos sobre os riscos daexposição indevida do sol e fizeram consultas dermatológi-cas gratuitas. Segundo o coordenador do Tour em PortoAlegre, Sérgio Dornelles, seis casos de carcinoma basocelu-lar, um de carcinoma escamocelular e 31 de ceratoses actí-nicas foram diagnosticados.“O número foi o ideal para quepudéssemos fazer um atendimento adequado.Acredito quealcançamos nossos objetivos, especialmente pela ação con-junta com a assessoria de imprensa contratada pela SBD-RS. Com isso, pudemos levar o assunto à população e rea-lizar diagnósticos de neoplasias malignas e lesões compotencial neoplásico maligno”, afirma Dornelles.

Participaram 20 médicos voluntários, sendo alguns dele-gados, residentes do ambulatório de Dermatologia Sanitáriada Universidade Federal de Ciências da Saúde de PortoAlegre, além de todos os membros da diretoria da SBD-RS.O presidente da SBD, Omar Lupi, acompanhou as atividadesem Belo Horizonte e em Porto Alegre e agradeceu a todosos envolvidos na realização do Tour. “O apoio das regionais

e dos serviços cre-denciados tem sidodeterminante paraque os resultadosalcançados em 2010sejam ainda melhores. Gosto de fri-sar que esse é um trabalho essencial-mente coletivo, feito em benefício dapopulação, e que a SBD tem orgulhode realizar com êxito pelo segundoano. Parabéns a todos.”

A médica Cláudia Carvalho Alcântara Gomes coorde-nou o atendimento em Ipanema, Rio de Janeiro, ao lado dadermatologista Paula Dadalti. Lá, a procura foi boa. Alémdelas, três residentes do Hospital Marcílio Dias e da SantaCasa de Misericórdia realizaram 64 exames.“Considero essacampanha extremamente funcional em termos de conscien-tização. Sua função educativa é ilimitada, e todos os que vie-ram aqui hoje aprenderam mais sobre como se prevenir elevarão seus ensinamentos para familiares e amigos”, enfati-za Cláudia Carvalho. Ela comentou que 90% das pessoasobservadas relataram que não usam o filtro solar diariamen-te. “Infelizmente isso ainda faz parte da cultura do carioca,que costuma associar pele bronzeada à saúde”.

As próximas cidades a receber o serviço itineranteserão Goiânia (13 e 14/11), Brasília (20 e 21/11), Rio deJaneiro (27 e 28/11) e Campinas (4 e 5/12).

Mobilização nacional em 27de novembro

A 12a edição da CNPCP ocorrerá no dia27 de novembro deste ano em 168 postosde atendimento em todo o país.A previsão éde que 35 mil pacientes sejam beneficiados.

“Esperamos poder contar novamentecom a colaboração dos colegas derma-tologistas que por meio do trabalho deatendimento voluntário realizado no diada campanha demonstram a responsabi-lidade social que eles têm com a popula-ção de nosso país. Recentemente, tive aoportunidade de apresentar os resultados obtidos na última CNPCPem simpósio de Câncer de Pele realizado em Santiago do Chile, e foigratificante a admiração despertada nos colegas dermatologistas chi-lenos e colombianos que expressaram interesse em repetir o mode-lo em seus respectivos países”, afirma Selma Cernea.

Para consultar os locais de atendimento em sua cidade, ligue para0800 70 13 187.

Belo Horizonte

Porto Alegre

Santa Catarina

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Agora é obrigatório ter no consultório médico umCódigo de Defesa do Consumidor (CDC) disponível paraconsulta pelo paciente. É o que determina a Lei 12.291,aprovada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e queentrou em vigor no dia 20 de julho. O projeto, de autoriado deputado Luiz Bittencourt (PMDB-GO), estava emtrâmite no Congresso desde 2001.

Segundo a norma, todos os estabelecimentos comerciaisou que prestem serviços, devem deixar à disposição dopúblico, em local visível e de fácil acesso, um exemplar doCDC. Em caso de descumprimento, a penalidade é multade até R$ 1.064,10, em caso de fiscalização. Foram vetadospelo presidente os ar tigos que previam suspensãotemporária das atividades e a cassação de licença caso a leinão fosse obedecida.

“O que se discute nessa relação é a reparação quandohouver possível erro, cabendo o estabelecimento de culpa,num procedimento, ser provado pelo tomador do serviço.

É uma das situações que favorecem o médico, o advogado,o professor e outros, cuja atividade profissional os obrigacomo fornecedores de meios, e não de fins, salvo asexceções, na medicina, por exemplo, no campo da estética”,salienta José Ramon Blanco, da Comissão de Ética da SBD.

Código de Defesa do Consumidor nos consultórios médicos

Esta seção está aberta para receber opiniões, sugestões, elogios e críticas dos leitores do Jornal daSBD. Mande seu e-mail para [email protected]

Painel do leitor

Gostaria de parabenizar a comissão técnica responsávelpelo TED Especial e nosso presidente Dr. Omar Lupi eequipe, por tornar meu sonho uma realidade. Explico:nesses últimos dois anos, o sócio contribuinte foi maisnotado pela SBD. Isso me motivou a estudar mais e fazer aprova de TED Especial.

Espero, sinceramente, que a nossa Sociedade continuenesse ritmo de crescimento e de fortalecimento e que aqualificação do quadro social fique cada vez melhor.

Md. Jonas Kosminsky Ex-sócio contribuinte, em migração para sócio titular.

Nós, do Serviço de Dermatologia do HospitalUniversitário Cassiano Antonio Moraes (Vitória, EspíritoSanto), ficamos muito contentes com a atitude da diretoriada SBD de enviar equipamentos aos ServiçosCredenciados. Temos uma central de esterilização dematerial cirúrgico no hospital e somos impedidos de terautoclaves nos serviços. Desta forma, não pude aceitar adoação do referido aparelho. Posteriormente, recebemos e-mail da SBD para que escolhêssemos, entre quatro opções,aparelhos que pudessem ser utilizados em nosso serviço.Optamos pelo dermatoscópio e eletrocautério em

substituição à autoclave, que são de muita valia para nós.Agradecemos esse incentivo da diretoria da SociedadeBrasileira de Dermatologia.

Lucia Martins Diniz Chefe do Serviço de Dermatologia do HospitalUniversitário Cassiano Antonio Moraes.

Caro Dr. Omar,

Sou dermatologista de Fortaleza, estive no CongressoBrasileiro no Rio, onde adquiri o livro Rotinas da SBD(inclusive você o autografou), e tenho o prazer deparabenizá-lo pelo conteúdo excelente, prático e objetivo,além de ter sido escrito pelos maiores nomes brasileiroscom vasta experiência em cada assunto abordado.

Também gostaria de acrescentar que a sua gestão foimuito inovadora para a Sociedade. Gostei muito do Sitepara o Sócio mantido pela SBD. O meu ainda não está noar, mas tenho certeza de que será muito proveitoso paramim e para os pacientes que o acessarem.

Ana Glória Pinto

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Desenvolvido pela SBD Nacional em 2006, o projetoDermatologia Básica e Ambiental, destinado a atendercomunidades ribeirinhas no interior da Amazônia, teve novaedição em 2010, com o apoio da atual diretoria por inter-médio do presidente, Omar Lupi. Na primeira jornada doprojeto foram assistidas 387 pessoas de seis comunidadesdo Alto Solimões, município de Coari. Já a segunda expedi-ção científica, ocorrida entre 17 e 21 de agosto, contabilizoucerca de 200 atendimentos na mesma região, sendo possí-vel reexaminar alguns dos pacientes de duas comunidadesatendidas há quatro anos.

Para chegar ao destino, uma equipe técnica composta de23 profissionais de saúde – entre eles dois dermatologistasda SBD, Paulo Cunha e o residente do 3o ano da Faculdadede Medicina de Jundiaí,Tiago Zanelato, – percorreu aproxi-

madamente 300 quilômetros em 40 horas num barco deManaus até o município de Coari, às margens do RioSolimões. Os inconvenientes enfrentados pelos pesquisado-res durante a jornada não foram poucos. Além da distância,do calor, da topografia, da dificuldade no transporte de

SBD participa de nova expediçãocientífica e assistencial na

Amazônia

Trabalho de laboratório em campo

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equipamentos, da ausência de energia elétrica e de meiosde comunicações e da miríade de mosquitos, havia ainda orisco do contágio de doenças típicas da região, como a den-gue, a malária, a doença de Chagas, a leishmaniose, além dafilariose. Nada, porém, que pudesse desanimar o grupo, queadotou medidas básicas de proteção.

Adequadamente aparelhados e qualificados em pesqui-sa básica e clínica, os médicos se deslocaram até a popula-ção para tratar de doenças dermatológicas em geral e exa-minar lesões de pele específicas relacionadas com manso-nelose – doença pertencente ao grupo das filarioses causa-da por um verme (espécie de filária), a Mansonella ozzardi,nematoide cujas microfilárias circulam no sangue periféricodos indivíduos infectados e é transmitida por inseto. “Aodesenvolver essas ações educativas na área de saúde, pre-tendemos minimizar o surgimento de doenças tropicais

hoje negligenciadas, que afetam populações pobres e caren-tes de recursos”, declara Paulo Cunha, um dos idealizadoresdo projeto ao lado de Sinésio Talhari, do Instituto deMedicina Tropical de Manaus.

Segundo Paulo Cunha, ao contrário de outros tipos defilarioses, ainda não é possível afirmar que aquelas lesões depele estejam relacionadas especificamente com a mansone-lose, apesar de ela apresentar alta prevalência na populaçãoribeirinha da zona rural do município do Coari, atingindocerca de 20% dos examinados. “Embora tenha sido relata-da há décadas nas comunidades da Amazônia, ainda não háestudos suficientes, e são desconhecidas as manifestaçõesclínicas, dermatológicas e até mesmo os insetos transmisso-res”, completa.

A embarcação que transportou a equipe estava equipa-da com alojamentos, sanitários, refeitório e salas para exa-mes e procedimentos médicos oftalmológicos detalhados,realizados por médicos especialistas, já que a mansonelosetambém pode afetar a visão.

Além da SBD, a ação reuniu profissionais da Fundaçãode Medicina Tropical do Amazonas, da Universidade Federaldo Amazonas, da Universidade Federal de Minas Gerais, daUniversidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Faculdadede Medicina de Jundiaí, que atualmente tem um grupo coo-perativo de pesquisa denominado Mansonelose e Vetores,coordenado pelos professores Marilaine Martins e Jansen T.Medeiros.

A primeira expedição contou com a participação dosdermatologistas Paulo Cunha e Oswaldo Delfini. Essasegunda jornada reuniu, além de Cunha, os professoresMarilaine Martins, Jacob M. Cohen, Marcos Jacob Cohen,Maurício Borborema, Felipe A. C. Pessoa, Tiago PinaZanelato, Rubens Belfort, Lucas M. M. Vianna, GilbertoFontes e Jansen T. Medeiros.

Equipe de pesquisadores envolveu dermatologistas, oftalmologistas,infectologistas, biólogos e entomologistas

Atendimento à população ribeirinha do Amazonas

Segundo Paulo Cunha, a expedição enfrentou diversos obstáculos naturais durante cinco dias

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Após a reestruturação ocorrida entre julho e setembrodeste ano, o site da SBD apresentou um salto no númerode acessos, registrando 40.340 visitantes únicos em um mês,crescimento de 107% na comparação com períodos ante-riores à mudança estrutural, quando o número médio devisitantes mensais era 17.204. As estatísticas são do GoogleAnalytics, ferramenta gratuita que faz monitoramento onli-ne de visitações de sites. Um dos fatores que aceleraramesse bom desempenho foi o direcionamento de conteúdodo site principal para informações ao público.“A compatibi-lização da estrutura técnica do site aos requisitos técnicosdo mecanismo de busca do Google fez com que o site eseu conteúdo individualizado por temas fossem mais facil-mente encontrados”, afirma Rinaldo Pavanello, especialista

em SEO (conjunto de técnicas que ajudam os sites a moni-torar o índice de visitação). A redução da taxa de rejeição,a fidelização do internauta e o fato de o site da SBD estarsendo referenciado por outros são também indicadoresque mostram o resultado positivo do trabalho.

O coordenador do Departamento de Mídias Eletrônicasda SBD, Aldo Toschi, está satisfeito com a ascensão do site,que teve seu trabalho de reformulação iniciado há cerca dedois anos, culminando com o a entrada do novo site públi-co como portal. “Nosso conteúdo era excepcional. As ges-tões que nos antecederam dotaram o site da SBD commatérias fantásticas e grande relevância para o médico epara a imprensa e para o público. Agora o internauta entra,encontra o que quer e interage com a Sociedade de modo

40.340

Portal da SBD registra aumento de

visitas após reformulação de layoutRelatórios mostram que site teve aumento de 107% em visitasúnicas, sendo acessado por 40.340 pessoas em um mês

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mais rápido e simples. O acesso direto é algo muito impor-tante, e o crescimento que tivemos foi absolutamente con-siderável. Hoje estamos sendo chamados por nosso nome,não somente pela busca do Google. A referência tambémcresceu, e além de sermos apontados pelo jornal Zero Hora,do Rio Grande do Sul, como um dos melhores sites no seg-mento médico, passamos a receber inúmeras referências,como, por exemplo, no portal G1, da Globo. Isso compro-va que, para o tema dermatologia, somos hoje fonte confiá-vel na web", salienta.

Após um ano, um comparativo detalhado vai verificarnúmeros mais eloquentes de visitações. "O processo decrescimento na quantidade de acessos é resultado de umtrabalho constante de análise das estatísticas, combinadocom ajustes de conteúdo e de layout. O que direciona essesajustes é a análise de interesse no conteúdo e a facilidadede acesso a eles. Uma vez que se encontrou uma identida-de para o site, é importante também não fazer alteraçõesdrásticas na estrutura, e sim, acertos sutis com finalidade deharmonizar a facilidade de acesso ao conteúdo. Isso valetambém para a adaptação do conteúdo em relação à lin-guagem do público que o acessa", afirma Pavanello.

Entre 2007 e 2010, passaram pelo site da SBD 798.717visitantes, sendo 339.453 entre janeiro de 2009 e agosto de2010. O balanço também revelou que o total de visualiza-ções de página no período de 25 de julho a 26 de setem-bro de 2010, quando o portal recebeu 80.680 visitas, foi de393.704. Uma visualização de página é cada clique que ousuário dá dentro do site, não importando se repetindopágina ou não. Além disso, 56,15% é a porcentagem deusuários que acessaram o site pela primeira vez, de acordocom as estatísticas do Google Analytics. O sistema de buscado médico membro da SBD e as informações sobre asdoenças continuam sendo as áreas mais visitadas.

Novidades

Tradução: o portal conta agora com tradução de

seu conteúdo para os idiomas inglês e espanhol.

O estrangeiro pode conhecer a entidade e filiar-se.

Oportunidades profissionais: foi criado um espaço

para que o médico e o residente tenham acesso a

oportunidades no mercado, que vão desde vagas para

emprego a treinamentos, estágios, cursos no exterior,

compra de equipamento, etc.

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adicional aos profissionais que realizam atividades sob o sol.A SBD-RESP pronunciou-se publicamente sobre o

assunto por intermédio de seu diretor de comunicação,Francisco Macedo Paschoal, em cuja opinião é necessária acriação de mecanismos que estimulem a adoção demedidas de fotoproteção pelos trabalhadores.“Esse projetode lei é muito importante, por reconhecer os riscos à saúdedos profissionais expostos ao sol e promover a discussãosobre esse tema pela sociedade. Mas não é suficienteapenas a legislação garantir compensações aos traba-lhadores.Também seria importante a obrigação da adoçãode algumas medidas preventivas, como o uso deequipamentos de proteção individual, como roupas demangas longas e chapéus, e aplicação de protetor solar comfator de proteção solar (FPS) mínimo de 30 a cada duashoras, quando da exposição aos raios solares”, explica.

Paschoal acrescentou que medidas de fotoproteçãoadequadas são capazes de prevenir o surgimento do câncerda pele e favorecer seu controle, evitando gastos de saúdepública e reduzindo riscos de morte.

SBD defende aprovação de projeto de lei que visa

proteger a saúde de trabalhadores expostos ao sol

A SBD se mostra favorável à sanção do Projeto de Lei552/09 da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que prevê aalteração na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) paraproteger a saúde de profissionais que trabalham a céu abertoexpostos aos raios solares. A limitação na carga horária detrabalho, a introdução de intervalos para descanso eremuneração extra são alguns benefícios que terá o trabalhadorcaso o projeto seja aprovado.A proposta está pronta para ir àvotação pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS).

No relatório, a senadora argumenta que “não importaque a comunidade médica seja uníssonaquanto ao fato de a exposição ao solacarretar inúmeros prejuízos à saúdedo trabalhador, incluindo a grandeincidência de neoplasia maligna. Se nãoestá na lei, não está no mundo”. Notexto, Serys também buscou dadosdo Programa Nacional deControle do Câncer de Pele(PNCCP) de 2002 parajustificar a proteção

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Médicos e clínicas de estética

Em assustadora proporção, nossos colegas se estãoassociando com profissionais não médicos que incluemconsultórios em suas “clínicas”, passando o médico e suaatividade profissional a ser apenas um dos itens oferecidosaos clientes desses estabelecimentos.

O fato de nosso país ocupar posição destacada naprocura de tratamentos estéticos – bem como ovislumbrar de ganhos financeiros rápidos – tem estimuladoa criação de inúmeros cursos de formação nesse ramo damedicina. Ramo em que muitos médicos, incluindoespecialistas de outras áreas, buscam incrementar suaclientela.

Todos sabemos das dificuldades que os jovens médicosencontram para se estabelecer profissionalmente: custos dealuguel de imóvel, taxas, salários, impostos, baixaremuneração, concorrência, despesas com aprimoramentocientífico, entre outras. Os concursos públicos, de modogeral, requisitam poucos especialistas. Do outro lado, muitasoperadoras de planos de saúde já aplicam rigorososcritérios de seleção para admissão de novos médicos.Cientes de tais dificuldades, os empresários do setor debeleza não demoraram em perceber que poderiam seconstituir nos “salvadores” para essa “tão penosa” situaçãoenfrentada pelos recém-formados e novatos no mercadoprofissional.

Dessa maneira, oferecendo a possibilidade de facilitar oacesso ao consultório isento de despesas – além de vastaclientela – esses empresários garantem o trunfo de contarcom “atraentes diferenciais” para seus estabelecimentos.Aos clientes, entre os tratamentos estéticos de todanatureza – massagens, cortes de cabelos, cuidados dasunhas, maquiagem, etc. – também são oferecidostratamentos médicos. Por vezes, até consultas fazem partede promoções e deixam de ser cobradas. O quecaracteriza o “fundo do poço” quando se pensa emvalorização da profissão.

Na maioria dos casos, os médicos dessas clínicas nãorepresentam mais do que técnicos a manusear aparelhos,que constituem, verdadeiramente, a grande fonte de lucrosdesses locais. No entanto, os altos investimentos nessesequipamentos podem possivelmente “cobrar” uma posturamais agressiva e liberal no que diz respeito às indicações deuso. Há, então, o atenuamento do brilho fronteiriço da éticaprofissional. (A continuação deste texto será publicada napróxima edição.)

Coordenador da Comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD

Ética em Pauta

Desde os primeiros Códigos de Ética Médica que foramadotados no Brasil, evidenciou-se a preocupação em relação àmercantilização da medicina. Nesses instrumentos nor-matizadores, procurou-se enfatizar a necessidade de se evitar atransformação da essência de nossa profissão em mero objetode lucros e negócios. Assim é que o Código de Ética Médica(Resolução CFM 1931/2009) em sua nova edição lançada noinício de 2010, estabelece como um de seus princípiosfundamentais: “a Medicina não pode, em nenhumacircunstância ou forma, ser exercida como comércio”.

Certas condutas adotadas por alguns médicos têmprovocado muita preocupação entre profissionais da classe,sobretudo para aqueles que se dedicam a orientar edivulgar a ética nas práticas médicas. Entre elas, a associaçãocada vez mais frequente entre profissionais médicos eclínicas de estética, salões de beleza e semelhantes.

Vicente Pacheco Oliveira

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Apresentar e discutir os mais recentes avanços nodesenvolvimento das áreas de pesquisa clínica e experimen-tal foi o objetivo da 19a edição da reunião anual daAcademia Europeia de Dermatologia e Venerealogia(EADV), promovida pela Sociedade Sueca de Dermatologiae Venereologia, de 6 a 10 de outubro, em Gotemburgo(Suécia). Cerca de sete mil especialistas de 104 países parti-ciparam do evento, entre eles centenas de brasileiros.Destacamos neste espaço alguns temas substanciais aborda-dos no encontro e trazidos por dermatologistas da SBD.

Acne – Pedro Bezerra da Trindade NetoA acne foi tema principal em cinco atividades de destaque.

Com relação aos aspectos patogênicos atuais, dieta e acne, omanejo da acne em mulheres adultas, o futuro da terapia tópi-

ca e sistêmica, o impacto da acne na vida diária, a antibiotico-terapia, entre outros subtemas em diferentes sessões, atraí-ram a atenção de expressivo número de congressistas.

Os professores Golnnick (Alemanha) e Laiyton (UK)abordaram com muita propriedade e com análise crítica daliteratura atual uma questão ainda controversa: dieta eacne. As evidências são cada vez mais consistentes emincluir fatores dietéticos na patogênese da acne, em espe-cial leite desnatado, além de vitaminas antioxidantes, ácidosgraxos essenciais, minerais e álcool.

No tema em foco acne e depressão, o professor UweGeiler, da Universidade JLU Gilssen (Alemanha), falou sobrea relação da acne com comorbidades psiquiátricas (30% nocurso da doença) que independem da gravidade da acne epodem estar associadas ao risco de suicídio. Estudos obser-vacionais e epidemiológicos não têm demonstrado qual-quer efeito da isotretinoína no aumento da ocorrência dedepressão. Como orientação geral, o professor Geiler reco-menda falar com o paciente sobre depressão, suicídio eacne, e ao identificar distúrbio psiquiátrico, orientar psicote-rapia e terapia psicofarmacológica associados à terapêuticadermatológica.

Quanto ao futuro da terapia da acne (Bettoli, Ferrara –Itália), várias estratégias estão em desenvolvimento, comonovos veículos, aumento da concentração dos ativos, novasformulações e combinações com o objetivo de melhorareficácia, tolerabilidade, aceitabilidade cosmética e adesão dopaciente. Novos conceitos em dose cumulativa da isotreti-

Segunda maior cidade da Suécia, Gotemburgo recebe

mais de sete mil médicos. Dermatologistas brasileiros

mantêm tradição e marcam presença no encontro

Dermatologistas domundo inteiro dividemexperiências na 19a EADV

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noína para acne leve a moderada, agentes farmacológicosinovadores como peptídeos antimicrobianos, inibidores dasectopeptidases, novos antiandrógenos, além de vacinasantiacne despontam no cenário de futuras modalidadesterapêuticas.

Dermatoscopia – Francisco Burnier No simpósio intitulado Update on melanoma management,

presidido pelo Dr. Garbe, o que vi de mais relevante foi ocomentário do Dr. Stratigos, sobre a necessidade do examedermatológico completo em pacientes com fatores de riscopara melanoma. Ele lembrou dados de conhecimento públi-co que mostram que mais de 60% dos melanomas finos sãodiagnosticados em exames de rotina.

Na sessão interativa de dermatoscopia, presidida peloDr. Binder, a grande contribuição ficou por conta do Dr. Argenziano, que mostrou excelentes casos de lesõesmelanocíticas acompanhadas durante três meses em média.Ele chamou atenção para a importância de examinar lesõespequenas, que às vezes não são notadas, e lesões compadrão vascular atípico.

Em relação aos carcinomas, em minha opinião, os desta-ques foram o simpósio de cirurgia micrográfica, que vemganhando mais espaço na EADV, e o simpósio sobre a tera-pia genética da síndrome de Gorlin-Goltz. Destaco tambéma apresentação do Dr. Parmentier, que mostrou agravamen-to do padrão histopatológico do carcinoma basocelularrecidivado após tratamento com terapia fotodinâmica. Emrelação à terapia genética da síndrome nevobasocelular,uma única palavra: hedgehog!

Laser e afins – José Carlos Greco Eximer Laser

Na aula do Dr. Giovanni Leone (Itália) foram apresenta-dos novos trabalhos que evidenciaram o avanço nos resul-tados terapêuticos utilizando esse método para o trata-mento de doenças, como vitiligo e psoríase. Já o Dr. T.Passeron (França) apresentou trabalho em que relata pro-cedimento anterior à aplicação da técnica de luz: ablação naregião das máculas despigmentadas, usando o laser deErbium, com melhora de 30% da resposta de pigmentação.

Laser fracionados, ablativos ou nãoA Dra. Christine Dierickz (Bélgica) abordou em sua aula

importantes soluções para cicatriz de acne com a utilizaçãode equipamentos ablativos, ressaltando os melhores resulta-dos com o CO2 e o YSGG. Já o Dr. Paolo Bonam apresen-tou amplo trabalho de comparação de diversos equipamen-tos do mercado que utilizam o fracionamento ablativo parareestruturação tecidual após perda de colágeno. E concluiuque os melhores resultados foram obtidos com o uso dolaser CO2 fracionado. Esse trabalho foi comprovado após aexplanação do Prof. Dr. U.Paasch (Alemanha), que fez estu-do histológico dos pacientes submetidos ao tratamento delaser fracionado CO2 para cicatrizes de acne.

Lesões pigmentadasO Dr.Agneta Troilius (Suécia) versou sobre melanoses e

a importância de se encontrar a combinação ideal e indivi-dual para cada paciente. O uso da LP é a melhor técnicapara eliminar pigmentos mistos de melanina e hemossideri-na depositados, apesar da necessidade da realização de ele-vado número de sessões. O Dr. Klaus Fritz (Alemanha) tam-bém dissertou sobre uso da luz pulsada para esses trata-mentos. No caso de melasmas, eles utilizam a combinaçãoda luz pulsada e o uso tópico de associações com ácidoretinoico + hidroquinona + corticoide.

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Mais de 50 postos de atendimento espalhados em 17estados brasileiros, incluindo as regionais e os serviços cre-denciados, participaram da ação no dia 26 de outubro.Dezesseis deles estavam localizados em São Paulo.“Considero a campanha desse ano um sucesso, atraindogrande número de pessoas. Nunca tivemos tanto movimen-to como em 2010”, conta o coordenador da campanhaRicardo Romiti.

O esclarecimento ao paciente foi o foco principal daação, que abordou também a não contagiosidade e a possi-bilidade de controle do quadro. "Estamos entrando em umanova era de descobertas no campo dessa doença. E, combase em tudo isso, a Campanha Nacional de Psoríase de2010 da SBD quer contribuir ainda mais para a divulgação eo conhecimento dessa dermatose que esteve tão esquecidano passado. Nossa meta é esclarecer a população sobre aexistência e manifestações da psoríase, que ainda carregagrande preconceito em nossa sociedade”, salienta.

A coordenadora nacional da campanha, Cláudia Maia,complementou informando que, além dos pacientes, fami-liares também receberam informações importantes, assisti-ram a palestras e ganharam material educativo que os auxi-liará a controlar a psoríase. Ela ressaltou o sucesso da inicia-tiva realizada simultaneamente em todo o país. “Em geral, acampanha foi muito boa. Nossa meta é aumentar a qualida-

Campanha Nacional de Psoríase daSBD é destaque em todo o país Distrito Federal

de de vida das pessoas, alertando-as de que a doença podeser controlada”. Segundo Maria Denise Takahashi, tambémcoordenadora, quanto maior for a divulgação da doença,menor é o preconceito. “Também é importante que essadivulgação parta de nós, dermatologistas. Dessa forma, égrande a importância da participação de todos nós dos ser-viços credenciados da SBD", analisa.

Da dir. para esq.: Os coordenadores da campanha, Ricardo Romiti e Maria DeniseTakahashi, o médico do Hospital das Clínicas, Marcelo Arnone, e a presidente da

Associação de Apoio aos Portadores de Psoríase (AAPP), Sílvia Galli

São Paulo

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Pernambuco

Bahia

Desde agosto a SBD tem reali-zado cursos gratuitos de recicla-gem em psoríase para associadosde cinco capitais do país.A primei-ra a se beneficiar foi Brasília, no dia21. A coordenadora do curso nacapital federal, Gladys Martins, elo-giou a presença dos dermatologis-tas que compareceram em bomnúmero: "Foi um verdadeiro suces-so.Tivemos 50 inscritos, e grandeparte deles ficou até o final dasapresentações". Recife veio logo aseguir, no dia 28 de agosto e obte-ve a média de 60 associados. "Estados vizinhos como Paraíba,Alagoas e Rio Grande do Norte também marcaram presença.As palestras transcorreram bem, com amplos momentos de dis-cussão e aprendizado.Além disso, a experiência de dois reuma-tologistas como palestrantes também favoreceu uma grandetroca de conhecimentos, possibilitando a aproximação de espe-cialidades que estudam doenças afins", frisou o coordenador locale segundo secretário da SBD, Emerson de Andrade Lima.

Em setembro foi a vez de Salvador. Realizado no dia 29,o encontro não teve plateia tão numerosa quanto os dosoutros estados, mas agradou. "Reunimos 26 médicos.Algunsse inscreveram, mas não compareceram. Acredito que aplateia não foi maior pelo fato de o curso ter sido à noite,mas achei produtivo, principalmente para o dermatologistaque hoje não trata de psoríase. Depois conversei com algu-mas pessoas que participaram do curso, e todas disseramtê-lo achado muito bom", ressaltou Anete Olivieri, coorde-nadora local. A maratona teve continuidade em outubro eem novembro, quando foram realizados cursos em Curitiba(28/10) e em Vitória (10/11).

Cursos de atualização

SimpósiosAs ações da SBD englobaram ainda a realização do 2o Simpósio

Online de Psoríase, em que especialistas ministraram duas palestrassobre a doença em outubro (20 e 27) e duas novembro (3 e 10), e o2o Simpósio Nacional de Psoríase em São Paulo, no dia 20 de novem-bro, que discutiu os mais recentes tratamentos para o controle dapsoríase que compromete a saúde e autoestima de pelo menos cincomilhões de brasileiros. “Aumentar o conhecimento sobre a psoríase eusá-lo para instruir dermatologistas a tratar seus pacientes com terapiasmelhores foi o que objetivamos ao promover os cursos presencial eonline”, assinala Cláudia Maia.

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Distrito Federal

Espírito Santo

Rio Grande do Norte

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A carcinogênese tem diversas etapas:1) Iniciação (dano rápido e irreversível ao DNA); 2)

promoção (lenta, reiterada e reversível até a transforma-ção); 3) transfomação; 4) malignização.

No processo de desenvolvimento do câncer vários fatoresinfluem: tipo de carcinógeno, forma e frequência de administra-ção, dose, número de exposições, interação entre agentes inicia-dores e promotores, tipo de tecido, idade e genética do indivíduo.

Fatores causaisOs fatores etiológicos conhecidos permitem identificar a

população exposta a riscos e as medidas de prevenção neces-sárias. Podem ser físicos: radiações ionizantes, radiações nãoionizantes (eletromagnéticas) – raios ultravioletas e raios infra-vermelhos (calor) e traumas; químicos: arsênico inorgânico,hidrocarbonetos aromáticos policiclícos e nitrosaminas; bioló-gicos (fatores co-carcinogenéticos): vírus (HPV e herpes).

Agentes carcinógenos físicos1) Raios ultravioleta (RUV): são carcinógenos com-

pletos – iniciadores, promotores, e também atuam comoco-carcinogenéticos, principalmente UVB (mais raramenteUVA). O UVC só tem importância para trabalhos de solda-dura (com oxiacetileno e soldadura de arco) e utilização delâmpadas germicidas. A exposição pode ser ocupacionale/ou recreacional. É a causa mais frequente de câncerescutâneos não melanoma (carcinomas). Os mais frequentessão o carcinoma espinocelular (CEC) e o basocelular(CBC), que costumam ter baixa mortalidade. Afetam geral-mente indivíduos de pele clara. Os melanomas têm formasclínicas de comportamento heterogêneo em relação aosRUV. O lentigo maligno de Hutchinson e o lentigo malignomelanoma são vinculados a dano solar crônico; o extensivosuperficial e o nodular são relacionados a queimaduras solaresintensas e reiteradas em indivíduos com profissões protegidase que tomam sol recreacional esporadicamente (melanomanão ocupacional).

Profissões de risco: as expostas a radiação natural (sol),como construção civil, segurança externa, motoristas profis-sionais, sinalizadores de campo de aviação, carteiros, traba-lhadores rurais, construção de estradas e pontes, desportis-tas, indústria madeireira, socorristas, pescadores, marinhei-ros, mineiros a céu aberto e trabalhadores ferroviários; eRUV artificial, como técnicos de laboratório, indústria far-macêutica, enfermeiros, médicos, cabeleireiros, irradiação dealimentos e profissionais de imprensa.

2) Raios infravermelhos (RIV): o eritema abi igne podeser ocupacional e se relacionar a CEC (maquinistas de trem).

3) Radiações ionizantes (RI): produzem radiodermi-tes agudas e crônicas e podem ser carcinógenos completosproduzindo até 1% de câncer cutâneo profissional (CCP).O CBC é mais frequente na cabeça e no pescoço, e o CECnas extremidades. Doses reiteradas acumulativas altas são

Alice O. A. Alchorne

Profissões e Dermatoses Ocupacionais

O câncer cutâneo ocupacional constitui um grupo de neoplasiasmalignas desencadeadas por fatores oncogênicos no ambiente profissio-nal. Desde 1775 com Percival Pott, que descreveu o câncer escrotal noslimpadores de chaminés, há vários relatos sobre o assunto.A incidência ea prevalência são desconhecidas em vários países.No Brasil, temos as esta-tísticas anuais da Campanha de Câncer de Pele da SBD que, entretanto,coleta dados gerais, sem especificar se é de caráter profissional ou não.

É difícil estabelecer nexo ocupacional para o câncer cutâneo: a) sãomuitos os fatores exógenos causais, e, muitos deles interagem entre sicomo fatores co-carcinogenéticos; b) alguns fatores de risco não seencontram exclusivamente no meio laboral; c) o tempo de latênciaentre a exposição e o aparecimento do câncer é geralmente muitogrande – em anos: arsênico 15 a 25; alcatrão 10 a 25; óleo mineral 45 a55; óleo de parafina 15 a 20; radiações ultravioletas 10 a 20; radiaçõesionizantes 20 a 30; traumas 15 a 25; d) o indivíduo pode expor-se a dife-rentes fatores durante sua vida profissional; fatores endógenos genéticospredisponentes contribuem para o aparecimento de tumores.

Cânceres cutâneos

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as mais perigosas. Os CEC induzidos por RI causam maismetástase do que os resultantes de RUV.

Profissões de risco: técnicos de radioterapia, enfermei-ros, médicos radioterapeutas e ortopedistas, dentistas, vete-rinários, de indústrias alimentícias e de petróleo, laborató-rios de física nuclear e eletrônica.

4) Traumas:: trata-se de aspecto controverso e seriasemelhante aos cânceres em cicatrizes e úlceras crônicas devi-do à regeneração tissular repetida e perturbada; o trauma seriaum co-carcinógeno promotor. É difícil estabelecer o nexo ocupacional.Alguns critérios seriam:pele normal prévia ao trau-ma, trauma comprovado, presença de tumor não metastático(histologia do tumor consistente com os tecidos ao redor); ori-gem do tumor no ponto exato do trauma; existência de tempode latência com continuidade de sinais clínicos. Exemplo clássi-co é a chamada úlcera de Marjolin (CEC geralmente com baixametastização).Os chamados carcinomas agudos por queimadu-ras com limalhas metálicas quentes são CBC com tempo delatência curto,possivelmente já presentes, subclínicos.Cortes depele também podem desencadear cânceres.

Agentes carcinógenos químicos1) Alcatrões:: contêm hidrocarbonetos aromáticos

policíclicos (HAP), como benzopirenos e benzoantracenos.Podem desencadear câncer em epitélios da pele e internos.Produzem formas eletrofílicas reativas (diol – epóxidos)capazes de reagir com o DNA, podendo haver expansãoclonal das células iniciadas e formação de lesões pré-cance-rosas (lesões verrucosas) que podem evoluir para o câncer.

Os RUV podem potencializar a ação carcinogenéticados alcatrões. É controverso se é frequente o risco de CCPcom esses compostos. A combustão e a destilação incom-pleta do carvão geram alcatrão, creosoto e antraceno. Já acombustão e a destilação incompleta do petróleo e do gásnatural geram negro de fumo, óleos e graxas lubrificantes,combustível diesel, óleos refrigerantes e de corte de peças.

Atividades de risco:Alcatrões e negro de fumo: construções de estradas,

fabricação de cabos elétricos, fabricação de alcatrão dehulha e negro de fumo, limpeza de chaminés, fabricação deborrachas, fabricação e conserto de sapatos, fabricação deplásticos (linóleo) e indústria de gás.

Óleo de creosoto: fabricação de ladrilhos e cerâmicas econservação de madeiras.

Antraceno e fracionado de petróleo: as atividades dos tra-balhadores de refinarias, mecânicos torneiros, metalúrgicos(óleo de corte de peças), ferroviários, trabalhadores de fábricasde munição, de naftalina, de indústria de papel e de fósforos.

2) Arsênico inorgânico: é empregado na indústria,mas é encontrado também em medicamentos prescritosfrequentemente no passado (para sífilis, psoríase) e atual-mente (para leucemia); águas contaminadas (por exemplo,na Argentina) que desencadeiam o hidroarsenicismo crôni-co regional endêmico (Hacre); poluição ambiental comfumos industriais e alimentos vegetais contaminados.Desencadeia cânceres cutâneos e sistêmicos (pulmão, larin-ge, fígado e bexiga). A tríade clássica – queratodermia pal-moplantar difusa ou circunscrita (lesões verrucosas pré-can-cerosas), melanodermia no tronco e carcinomatose múltipla(CEC, CBC, moléstia de Bowen) – em áreas não expostasa RUV, geralmente superficiais, é muito sugestiva de CCP.

Profissões de risco: veterinários, mineiros, trabalhadores deindústria eletrônica, de indústria de flores artificiais, de papéis,de cerâmica, de vidro, de detergentes, da impressão têxtil, daprodução de vinhos, de fundição e ligas, de madeira e de couro.

Agentes carcinógenos discutíveis1) Linfomas cutâneos de células T:micose fungoide (MF) e

síndrome de Sézary são linfomas de células T helper.A etiologiada MF não está totalmente esclarecida, havendo várias hipóteses:estimulação antigênica crônica, exposição ambiental, infecçõesretrovirais (HTLV). Profissões de risco seriam os trabalhadoresda construção civil, maquinistas, eletricistas e industriais.

DiagnósticoA clínica e o exame histopatológico são idênticos aos

dos cânceres idiopáticos, o que dificulta o estabelecimentodo nexo causal ocupacional – feito pela investigação deta-lhada dos antecedentes laborais desde o início da atividadeprofissional do indivíduo. Alguns dados do exame dermato-lógico podem contribuir para se suspeitar de origem labo-ral, como, por exemplo, carcinomas múltiplos em zonas nãoexpostas e queratodermias – arsenicais; zonas expostas emtrabalhadores ao ar livre – RUV; cânceres em dedos – mani-puladores de radiações ionizantes.

Carcinoma basocelular deorigem arsenical

Carcinoma Basocelularem pedreiro

Carcinoma espinicelular em segurança externo

TratamentoÉ específico para cada tipo de tumor e não difere da

conduta dos cânceres idiopáticos.

PrevençãoEducação sobre os riscos e higiene; uso de equipamen-

tos de proteção individual (EPI) apropriados; fotoproteçãocom vestes e fotoprotetores tópicos para trabalhadores aoar livre; cremes-barreira não protegem adequadamente;medidas de engenharia como exaustão e ventilação; e subs-tituição de produtos reconhecidamente cancerígenos.

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“Este espaço foi criado para que todos possam

compartilhar informações históricas

de momentos especiais vivenciados na Sociedade.

Notícias e fotografias são bem-vindas.

Contamos com a participação de nossos

associados para que, ao longo deste ano, possamos

reavivar e conservar a memória de uma das mais

antigas sociedades médicas do Brasil.”

Paulo Cunha

Coordenador médico do JSBD

Após convênio celebrado em 1952, a antiga Secção RioGrande do Sul da Sociedade de Dermatologia e Sifiligrafiareunia-se periodicamente, ou na 3a Enfermaria da SantaCasa de Misericórdia de Porto Alegre, ou na AssociaçãoMédica do Rio Grande do Sul, onde eram discutidos oscasos clínicos mais difíceis, tomadas as deliberações sobreassuntos administrativos e a admissão de novos sócios, bemcomo realizadas palestras sobre temas de atualização, prin-cipalmente por membros que tinham ido a congressos, nopaís e no exterior, e que transmitiam as novidades àquelesque deles não haviam participado.

Por muitos anos, houve atividades paralelas dessa Secçãocom o então existente Departamento de Dermatologia daAssociação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), até

A Dermatologia no

Lúcio Bakos e Antonio Carlos Bastos Gomes

Rio Grande do Sul

38 � Jornal da SBD � Ano XIV n. 5

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que, em 1971, houve a fundação oficial da atual Regional RSda SBD, com a passagem da quase totalidade dos sócios daprimeira para a SBD. Constam como membros fundadoresos Drs. Roberto Lopes Gervini, Luiz Fernando Bopp Muller,Humberto Ponzio, Lucio Bakos, Miriam Peres, AntonioCarlos Gerbase, Maria Elizabete Carvalho, Luiz CarlosCampos, Célia Kalil, Ane Maria Pires, Aída Schafransky Libis,Marlene Hinnah, Olga Barrios e Sérgio Ivan Donnelles. ARegional, possuindo estatuto consoante com a SBDNacional desde 1987, exerce suas atividades em sede pró-pria, adquirida na década de 1990, dentro do prédio dasEspecialidades da AMRIGS, com quem, após todos aquelesanos de convivência, mantém vínculos operacionais e filosó-ficos, bem como, aliás, com a AMB.Após sua instalação, paravalorizar e estimular a dermatologia no interior do estadoforam criadas as distritais de Caxias do Sul, Santa Maria ePelotas.

Em 1972, iniciou-se a Jornada Sul-Brasileira deDermatologia, primeiramente presidida pelo Dr. Jorge Joséde Souza Filho, de Florianópolis, e no ano seguinte passan-do para o Rio Grande do Sul, englobando as regionais dosestados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.Após interrupção de vários anos por motivos operacionais,e após ser denominada temporariamente Jornada deDermatologia da Linha Sul, retornou às atividades com onome original. Atualmente está em sua 19a edição, semprecom a organização, a cada três anos, em rodízio, da SBD/RS.

Em 1975 surgiu a Jornada Gaúcha de Dermatologia quecomemora em 2010 sua 35a edição, sempre promovidapela SBD/RS. É rotina da Regional também apoiar os even-tos dermatológicos acadêmicos de Porto Alegre, como aJornada de Dermatologia do Hospital de Clínicas, em todosos seus 27 anos consecutivos de realização, e as mais recen-tes Jornada da UFCSPA (há quatro anos) e a da Santa Casade Misericórdia (há três anos).

Presidiram a antiga Secção RS da Sociedade deDermatologia e Sifiligrafia e a SBD/RS os Drs. Enio Candiotade Campos,Armin Bernhard, Clovis Bopp,Armin Niemeyer,Aída Schafranski, José Gerbase, Raul Müller, Roberto LopesGervini, Lucio Bakos, Antonio Carlos Gerbase, Humberto

Antônio Ponzio, Antonio Carlos Bastos Gomes, CésarDuílio Varejão Bernardi, Hugo Cláudio Weiss, Dóris MariaHexsel, Célia Luiza Petersen Vitello Kalil, Inês Alencar deCastro, Miriam Pargendler Peres, Sérgio Ivan TorresDornelles, Berenice Capra Valentini e, atualmente, GustavoGonçalves Costa Pinto Corrêa.

Passando dos cerca de 30 sócios na década de 1960,para os 380 atuais, a SBD possui seis serviços credenciadosno Rio Grande do Sul: Hospital de Clínicas de Porto Alegre(UFRGS), chefiado pela Dra. Tania Cestari; Posto SantaMarta (UFCSPA), Dr. Renan Bonamigo; DermatologiaSanitária (SSMARS), Dra. Cecilia Correa; Santa Casa deMisericórdia de Porto Alegre (o mais antigo), Dr. RobertoGervini; e os mais recentemente credenciados, PontifíciaUniversidade Católica do RS, Dr. Luiz Carlos Campos; eUniversidade Federal de Santa Maria, Dr.Walter Neumaier.

Em seus quase 100 anos de existência, a SociedadeBrasileira de Dermatologia sediou, em Porto Alegre, seis con-gressos brasileiros, tendo como presidentes A.F.Costa Jr (1947),Jandir Maia Faillace (1954), Glyne Leite Rocha (1963), ClovisBopp (1971), Cesar D.V. Bernardi (1989) e Lucio Bakos (2002).

Origem dos Serviços CredenciadosA primeira residência médica credenciada pela SBD

(Santa Casa de Porto Alegre - UFRGS) foi iniciada peloProf. Clovis Bopp, em 1967, seguida pela Faculdade Católicade Medicina (atual UFCSPA), com o Prof. Enio Campos. Em1980, os Drs. César Bernardi, Luiz Fernando Bopp Müller,Jair Ferreira e Antonio Carlos Gerbase, iniciam a residênciaem Dermatologia Sanitária e, em 1982, a UFRGS passa a termais um espaço de ensino: Lucio Bakos, Luiz FernandoBopp Müller e Bernardo Kosminsky (este, após aposentado-ria, substituído pela Dra.Tania Cestari) iniciam o Serviço doHospital de Clínicas de Porto Alegre. Duas décadas maistarde, esses Serviços formadores foram acrescidos de doisnovos: Pontifícia Universidade Católica e UniversidadeFederal de Santa Maria.

Prof. Enio Candiota de Campos (em pé) palestrando na Associação Médica do RS, em 1954

Plateia de palestra na 3a Enfermaria da Santa Casa, em 1971. Presentesos drs. Gisela del Pino, Lucio Bakos (primeiros à esq.), Antonio Carlos

Bastos Gomes, José Carlos Fauri, Augusto Bopp (ao fundo, junto àparede) e Humberto Ponzio (segundo da dir. para a esq.)

Contribuíram para este texto, com dados e/ou fotos,as doutoras Miriam Pargendler, Inês Alencar de Castro e

Aída Schafranski Libis, e as senhoras Miriam e Lílian Bopp.

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Cirurgia micrográfica

A situação atual da cirurgia micrográfica no Brasil e oreconhecimento de sua importância com a recentefundação do departamento na SBD foram temas do ISimpósio Brasileiro de Cirurgia Micrográfica. O eventoocorreu em 23 de outubro, em Bombinhas (SC), e fez parteda III Jornada Catarinense de Dermatologia. O presidenteda SBD-SC, Nilson Octávio Campos Lobo e Silva, e o chefede Serviço de Dermatologia do Hospital UniversitárioPolydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal deSanta Catarina, Daniel H. Nunes, coordenaram o evento,que recebeu palestrantes do Rio de Janeiro (Pedro Briggs,

Alergia e dermatoses ocupacionaisOito cidades brasileiras já receberam cursos itinerantes

organizados pelo Departamento de Alergia e DermatosesOcupacionais da SBD. Desde abril, quando teve início, aequipe de Alice Alchorne passou por Rio Grande do Sul,Distrito Federal, Pará, Sergipe, Goiânia, Paraná, Piauí e Bahia.No final de novembro, será a vez do Espírito Santo, o últimolocal a se beneficiar com programas de estudos. Além dosmembros do departamento, foram convidados paraministrar as aulas associados das macrorregiões dasregionais em que ocorreu o evento.

Oncologia cutânea

Cerca de 220 dermatologistas de todo o Brasil eespecialmente da Região Sul compareceram à VI JornadaBrasileira do Câncer da Pele, em Blumenau (SC), nos dias20 e 21 de agosto. “Foi uma vitória a realização dessajornada que havia sido interrompida há cinco anos!”,afirmou o coordenador do departamento, Nilton Nasser.

Inácio Faver e Francisco Burnier), São Paulo (Eugenio Raulde Almeida Pimentel e Luiz Roberto Terzian), Paraná(Roberto Gomes Tarlé) e Santa Catarina (Rafael LenziTarnowisky, Luis Fernando Figueiredo Kopke).“A jornada foi um sucesso. Sou parcial para falar, masrealmente contamos com palestras e temas de alto nível.Gostaria aqui de deixar registrado o meu agradecimentoaos palestrantes que se deslocaram em um fim de semanapara longe de seus lares, e se esmeraram para responderem forma de palestra, exatamente ao tema proposto. Oagradecimento também se estende à atual diretoria da SBD,assim como a Regional SC, que apoiaram a iniciativa.Certamente, sem esse respaldo, um evento como esse nãoaconteceria”, destaca o coordenador do Departamento deCirurgia Micrográfica da SBD, Luis Fernando Kopke.

Departamentos

Questionamentos docotidiano

Com o apoio da SBD Nacional eda SBD-PR, o departamentorealizou Curso de Educação MédicaContinuada, no dia 25 de setembro,em Curitiba.

A programação, coordenadapelo presidente da Regional PR, Carlos Augusto Bastos, eLuis Fernando Kopke, discutiu as indicações, a técnica e aslimitações da cirurgia micrográfica e mostrou casosinteressantes.“Cerca de 40 colegas tiveram a oportunidadede conhecer os fundamentos da modalidade terapêutica,fora da correria dos grandes eventos. A apresentação decasos clínicos e a participação ativa da plateia permitiramuma compreensão maior sobre a eficácia e limitações datécnica”, explica Carlos Bastos.

Jornal da SBD � Ano XIV n. 5 � 41

Cosmiatria e LaserResponderam a enquete

promovida pelo departamento 823dermatologistas. Além de ganharemdesconto de 30% na inscrição para o IIISimpósio de Cosmiatria e Laser, os associadosparticiparão de sorteio de cinco bolsas para oTeraderm 2011.

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Alagoas Goiás Pernambuco

Regionais

Bahia

�� PernambucoA consolidação da Jornada Pernambucana deDermatologia no cenário científico-social dadermatologia brasileira

Quatro dias de intensa de programação científica e de con-graçamento social resumem a 19a edição da tradicional JornadaPernambucana de Dermatologia, realizada de 9 a 12 de outu-bro, no Vila Galé Eco Resort, do Cabo de Santo Agostinho (PE),local cercado por reservas ecológicas e belas praias de águas cal-mas e mornas. Duzentos e oitenta dermatologistas pernambu-canos e de vários estados do Brasil participaram do evento, queeste ano teve inscrições limitadas para sócios da SBD e residen-tes especializandos de Serviços Credenciados.

Na abertura da jornada, o presidente da SBD, Omar Lupi,falou brevemente sobre as metas cumpridas em sua gestão,destacando a aproximação com as regionais, tão necessáriapara o fortalecimento da SBD, e cumprimentou a diretoriade Pernambuco pelo sucesso: “O encontro foi memorável.Parabenizo a diretoria da SBD-PE que está há 19 anos levan-do conhecimento científico de qualidade para nossos der-matologistas”. A diretoria da SBD também foi representadapela vice-presidente da SBD, Bogdana Victória Kadunc.

Especialistas de renome compartilharam o que há demais novo em aulas divididas em quatro módulos: cosmia-tria, dermatologia geral, laser e cirurgia dermatológica.Nessa edição, 45 trabalhos apresentados em posters con-correram à premiações nas categorias trabalhos de investi-gação e minicasos.Todos eles ficaram expostos no saguãode entrada do evento, valorizando a produção científica.“Asensação é de dever cumprido. Sinto-me feliz por ter cui-dado de perto de cada detalhe da jornada, juntamentecom a diretoria, as comissões científica e social e os chefesdos serviços credenciados em Pernambuco”, frisa o presi-dente da SBD-PE, Sérgio Palma.

A programação social foi espetáculo à parte, com trêsfestas animadas que aproximaram ainda mais dermatologis-tas pernambucanos e de todo o país. No sábado à noite, a

festa Forrobodó, comandada pelo cantor de forróGeraldinho Lins, inaugurou o evento. No dia seguinte, o agitoteve o comando dos DJs Lala K e Rafael Pimenta na festaDisco. Para encerrar o encontro, a SBD-PE e a Banda SantaClara promoveram um inesquecível luau na praia.“Agradeçoa cada um que participou e aproveito para convidá-los paraa Pernambucana 2011!”, encerra Sérgio Palma.

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�� Goiás

O curso itinerante do Departamento de Alergia e DermatosesOcupacionais da SBD esteve em Goiânia no dia 20 de agosto.Dermatite atópica e de contato, testes de contato, dermatoses ocu-pacionais – etiopatogenia, clínica, origem infecciosa e legislação, urti-cária, discromias por drogas, eritema multiforme e síndrome Stevens-Johnson foram os temas versados. Estiveram presentes dermatologis-tas de São Paulo, Goiás e de toda a Região Centro-Oeste. Alice Alchorne, Maurício Alchorne, Marilene Silvestre

(presidente da SBD-GO), Maria Cecília Rivitti e Hegles R. de Oliveira

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Serviços Credenciados

� Instituto de Dermatologia Prof.Azulay

Trinta e sete membros do Serviço participaram de umaatividade solidária ao se cadastrar no programa de doação demedula óssea promovido pelo Ministério da Saúde.

� Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP)

O 2o Congresso de Saúde Integral e o 5o Congressode Saúde da Mulher e da Criança foram promovidos de4 a 8 de novembro, no Centro de ConvençõesPernambuco, em Olinda. O evento fez parte das come-morações dos 50 anos da instituição e é o único em todaa Região Nordeste a congregar várias especialidades nadiscussão de temas relacionados à saúde da criança, damulher e do adulto.

� Policlínica Geral do Rio de Janeiro (PGRJ)

A 12a Jornada de Dermatologia Cosmiátrica daPoliclínica Geral do Rio de Janeiro reuniu 150 participantesno Centro de Convenções do Centro Médico doBarraShopping (RJ) no dia 21 de agosto. Organizada pelacoordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD,Andréia Mateus Moreira, a programação científica priorizoutemas como melasma, acne, olheiras, peelings faciais, rejuve-nescimento e estrias. As aulas foram ministradas por 13professores experts em cada área, sendo três deles oriun-dos de outros estados.

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�� Alagoas

Jornada Norte e Nordeste reúne aprendiza-gem e confraternização

No período de 28 a 30 de outubro, Maceió recebeu a 29a

Jornada Norte e Nordeste de Dermatologia. Um dos pon-tos destacados pelos participantes e ratificado pelo presiden-te da Regional Alagoas, Everson Leite, foi a elevada qualidadecientífica.“O altíssimo nível das palestras, com conteúdos elo-giados, não foi surpresa para mim, tendo em vista a qualifica-ção dos palestrantes convidados”, analisa o dermatologista.

Aulas curtas e objetivas contemplaram temas atuais devárias áreas da especialidade. “Este formato é ideal paraauxiliar o dermatologista em sua prática diária de atendi-mento”. Os módulos “Discutindo Diagnóstico e Conduta” eas “Conferências” foram alguns destaques da parte científi-ca, além da premiação dos melhores trabalhos apresenta-dos como posters ou como apresentação oral.

O evento contou com a participação de 37 palestrantesde diversos estados, entre eles o presidente da SBD, Omar

�� BahiaApós eleições ocorridas no Hotel

Fiesta Bahia, no dia 7 de agosto, paraa escolha da nova diretoria, delegadose comissões para o biênio 2011/2012da SBD-BA, foram definidos osnomes: Ivonise Follador (presidente),Vitória Regina Pedreira de A. Rego (vice-presidente), Maisa PamponetRamalho (secretária geral), Bianca Lorena Paty da Costa (primeirasecretária) e Silvana Huf Dall'Igna (tesoureira).Os departamentos terãoo comando de Ariene Pedreira Paixão (Cirurgia), Paulo RobertoBarbosa Silva (Laser e Cosmiatria), Irene Spínola Chaves Pinto (Clínicae Terapêutica Dermatológica) e Anete Olivieri Pessoa da Silva eGuilherme Guerra da Rocha Macedo (Ética e Defesa Profissional).Anete Olivieri Pessoa da Silva, Eduardo Augusto Valverde de Morais eIrene Spínola Chaves Pinto serão os novos delegados.

Lupi: “Os professores deram grande contribuição à derma-tologia alagoana, cativando todos com suas experiências edidáticas exemplares. Parabéns à Regional-AL por promovermais um grande encontro entre dermatologistas do Brasil”.

Everson destaca a superação como fator decisivo para osucesso do evento:“Ultrapassamos uma gama de obstáculose vencemos muitos desafios, mas a satisfação de realizar umevento tão importante para as regiões Norte e Nordestedo Brasil compensou o esforço. Agradeço o empenho daSBD-AL e da comissão organizadora na realização de maisum evento de sucesso”, finaliza Everson Leite.

Ivonise Follador, Maisa PamponetRamalho, Silvana Huf Dall’Igna,Bianca Lorena Paty da Costa eVitória Regina Pedreira de A. Rêgo

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Serviços Credenciados

� Instituto Lauro de Souza Lima

Promovida em 24 e 25 de setembro, no Instituto Laurode Souza Lima, em Bauru, a Jornada Anual Dermatológicafoi um sucesso. Participaram como palestrantes TâniaMeneghel, Antônio Carlos Ceribelli Martelli e JaisonAntônio Barreto.

� Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos

A regional Guarulhos da Associação Paulista deMedicina e o Complexo Hospitalar Padre Bento deGuarulhos (CHPBG) realizaram em 23 de outubro odebate "Ética em Ciências da Saúde". Alguns dos assun-tos contemplados no programa foram ética médica nosdias atuais, o relacionamento ético entre os profissio-nais da saúde e o comportamento ético durante a gra-duação e a formação. O debate contou com a presen-ça de convidados, como Maria do Rosário Vidigal (chefedo Serviço de Dermatologia do CHPBG), José Rober toPegas (ex-presidente da Comissão de Ética da SBD),Regina Celli (chefe do Serviço de Oftamologia doCHPBG) e Walter Paulesini Jr. (chefe do Serviço deCirurgia Buco-Maxilo-Facial do CHPBG). A coordena-dora da residência médica da Secretaria de Estado daSaúde de São Paulo, Irene Abramovich, também estevepresente.

� Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

O chefe do Serviço, Renan Bonamigo, informa que acada dois meses o Grupo de Estudos em DoençasDermatológicas da UFCSPA, credenciado no CNPq, temrealizado fóruns para discussão de seus projetos de pesqui-sa. O primeiro ocorreu em outubro. Informações podemser obtidas no site www.dermatologia.ufcspa.edu.br.O Serviço de Dermatologia da UFCSPA foi recredenciadopela SBD por cinco anos e recebeu mais uma vaga, totali-zando cinco.

� PUC Campinas

A partir de 2010, os residentes do último ano de dermatologiada PUC Campinas têm a opção de fazer estágio de um mês noexterior. Em junho, a residente Fernanda Cruz (foto) esteve noHospital Henry Ford, em Detroit (EUA), sob supervisão de HenryW. Lim e acompanhou os ambulatórios de pediatria, fototerapia,fotodermatoses e dermatologia clínica em geral. Em outubro, aresidente Caroline Romanelli estagiou no Children's Hospital deSan Diego, na Califórnia (EUA). O Serviço coordenado por LúciaHelena Fávaro Arruda acredita que a nova oportunidade tem sidode grande valor para a formação de novos profissionais.

O chefe do Serviço, Sadamitsu Nakandakari (centro), entre algunspalestrantes

� Universidade de Mogi das Cruzes

O Hospital Luzia de Pinho Melo, da Universidade deMogi das Cruzes, sediou a 137a Jornada DermatológicaPaulista, nos dias 5 e 6 de novembro. Coordenado porDenise Steiner, o evento incluiu palestras de MarcoAndrey Cipiani Frade ("Células-tronco mesenquimais edermatologia"), Maria da Glóra N. Sasseron ("Estratégiasterapêuticas nas úlceras crônicas") e Neide Kallil("Terapia gênica na epidermólise bolhosa distrófica").No segundo dia, pacientes foram examinados no ambu-latório de dermatologia do Instituto Central da Saúde(Policlínica). Houve também conferência sobre células-tronco e discussão de casos clínicos. Participaram doencontro dermatologistas de São Paulo, Rio de Janeiroe Minas Gerais.

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