32
Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha jornal abrantes de MARÇO 2016 · Diretora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5541 · ANO 115 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GRATUITO DR De 24 a 27 de março Sardoal ganha outro esplendor com as capelas adornadas, a procissão mística dos Fogaréus e todos momentos complementares ao programa religioso. Pág. 13 a 16 SAUDE ENTREVISTA Padre Pedro: chamado a estar com as comunidades e a servir a Igreja Estamos na Quaresma, a caminho da Páscoa. Este é um tempo forte para as comunidades cristãs, desde sempre. Uma oportunidade para olharmos para a figura do padre. Pág. 3 Unidade de saúde familiar abre portas no mês de abril para abranger 10 mil utentes Segundo a presidente da CM de Abrantes vão in- gressar no novo equipamento: 5 médicos, 5 en- fermeiros e 4 administrativos. A conclusão das obras já se concretizou e os médicos que vão in- gressar já deram nome ao equipamento. Pág. 12 Semana Santa de Sardoal um Património de Fé e Religiosidade Festas de Constância juntam a tradição, a cultura, a música e a gastronomia Constância recebe as Festas do Concelho deste ano entre 26 e 28 de março com um cartaz musical marcado pela diversidade. Três dias plenos com a bênção de Nossa Senhora da Boa Viagem. Pág. 17 a 20 Paulo Sousa

Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal de Abrantes, Constância, VN Barquinha, Sardoal, Mação e Vila de Rei

Citation preview

Page 1: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

Mação, Sardoal, Vila de Rei, Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinhajornal abrantesde

MARÇO 2016 · Diretora Joana margarida carvalho · mEnSal · nº 5541 · ano 115 · diSTriBUiÇÃo graTUiTaGRATUITO

DR

De 24 a 27 de março Sardoal ganha outro esplendor com as capelas adornadas, a procissão mística dos Fogaréus e todos momentos complementares ao programa religioso. Pág. 13 a 16

SAUDEEntrEviStA

Padre Pedro: chamado a estar com as comunidades e a servir a igrejaEstamos na Quaresma, a caminho da Páscoa. Este é um tempo forte para as comunidades cristãs, desde sempre. Uma oportunidade para olharmos para a figura do padre. Pág. 3

Unidade de saúde familiar abre portas no mês de abril para abranger 10 mil utentesSegundo a presidente da CM de Abrantes vão in-gressar no novo equipamento: 5 médicos, 5 en-fermeiros e 4 administrativos. A conclusão das obras já se concretizou e os médicos que vão in-gressar já deram nome ao equipamento. Pág. 12

Semana Santa de Sardoal um Património de Fé e Religiosidade

Festas de Constância juntam a tradição, a cultura, a música

e a gastronomiaConstância recebe as Festas do Concelho deste ano entre

26 e 28 de março com um cartaz musical marcado pela diversidade. três dias plenos com a bênção de nossa

Senhora da Boa viagem. Pág. 17 a 20

Paul

o So

usa

Page 2: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

2 MARÇO 20162016ABERTURA

O blogue Tágides de Abrantes denunciou o estado de degradação do largo da Estação Ferroviária de Abrantes, situada em Rossio ao Sul do Tejo. O JA soube em reunião de executivo camarário que o município já pediu uma reunião com a Infraestruturas de Portugal, entidade competente pela conservação daquele espaço, para se proceder à sua requalifi cação.

FICHA TÉCNICA

DiretoraJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

RedaçãoMário Rui Fonseca

(CP.4306)[email protected]

ColaboradoresAlves Jana e Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 [email protected]

Cristina [email protected]

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho

244 819 [email protected]

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

Design gráfico António Vieira

ImpressãoUnipress Centro Gráfico, Lda.

ContactosTel: 241 360 170Fax: 241 360 179

[email protected]

Editora e proprietáriaMedia On

- Comunicação Social, Lda.Capital Social: 50.000 eurosNº Contribuinte: 505 500 094

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Detentores do capital socialLena Comunicação SGPS, S.A. 80%

Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

GerênciaFrancisco Rebelo dos Santos,

Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel

Gonçalves da Silva Reis.

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617

jornal abrantesde

Susana ChambelPego

Não tem muito signifi cado. É uma altura gira para os miúdos, para ofe-recer amêndoas e coelhos de cho-colate.

Miguel DuarteAbrantes

Quando eu vivia com os meus pais tinha mais signifi cado, juntávamo-nos em família na aldeia. Hoje como sou padrinho costumo oferecer o folar e os ovinhos aos afi lhados.

Maria JoãoPego

É uma época que não me diz muito, como estou sempre a traba-lhar. Considero-a uma época festiva, mas acabo por não conseguir vivê-la muito.

FOTO DO MÊS

INQUÉRITO

EDITORIAL

Que signifi cado tem para si a Páscoa?

IDADE? 50

NATURALIDADE/RESIDÊNCIA? Tramagal, Abrantes

PROFISSÃO? Empresário

UMA POVOAÇÃO? Alferrarede

UM CAFÉ? Sical ... “53 by Trincanela”!

PRATO PREFERIDO? Cozido à Por-tuguesa

UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Margens da Albufeira do Castelo de Bode

UM DISCO? 19, Adele

UM FILME? Papillon

UMA VIAGEM? Brasil

UMA FIGURA DA HISTÓRIA? Aristi-

des de Sousa Mendes

UM MOMENTO MARCANTE? Nas-cimento dos meus fi lhos, Catarina e Francisco

UM PROVÉRBIO? “Não há mal que sempre dure, nem sorte que nunca acabe”

UM SONHO? Ser feliz!

UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Passeio, café e almoço em São Lourenço, Par-que Urbano de Abrantes

SUGESTÕES

Luís Correia Pires

Joana Margarida Carvalho

Diretora

Parar e Refl etirPassamos os nossos dias a prio-

rizar os nossos afazeres, aconteci-mentos e as pessoas com quem privamos, muitas vezes numa adre-nalina constante, num stress que nos consome, numa agitação total e num turbilhão de emoções.

Os dias são em grande parte passados a trabalhar, com objeti-vos a cumprir, detalhes a ter em conta, prazos a obedecer e mesmo quando chegamos a casa, ao nosso seio familiar, os ecos do dia conti-nuam lá bem presentes na nossa cabeça e memória.

Estaremos assim a valorizar o que realmente importa? Há peque-nas situações que transformamos em grandes coisas, que nos con-somem os pensamentos, que nos desiludem ou acabam por destruir um pouco das nossas crenças …e quando somos atravessados por si-tuações que realmente importam ficamos com alguma inércia, sem noção de como agir. Será assim ne-cessário Parar e Refl etir? Refl etir so-bre o que realmente importa e va-lorizar quem realmente merece. Por exemplo, hoje estarmos juntos de quem amamos e respeitamos é um verdadeiro privilégio. São de facto esses momentos que fazem todo o sentido e nos fortalecem para vol-tarmos ao dia a dia, da confusão e da adrenalina total.

Neste mês, em que dois conce-lhos se prepararam para receberem os seus principais certames, falo de Constância e de Sardoal, a estraté-gia também passa por valorizar o que de melhor ali existe. Os seus recursos endógenos, o património, as tradições e sobretudo as gen-tes daquelas terras que justifi cam que tudo faça sentido e haja uma aposta autárquica.

Assim, cada vez mais é necessário relativizar quando tem de ser, mas também priorizar e dar valor no momento chave. É nisto que penso que nos devemos concentrar. Pois vivemos num mundo onde cada vez mais o que é certo hoje, não o é amanhã, quem é o melhor hoje, é o pior amanhã, e onde as exigências são cada vez maiores, mais cons-tantes e ingratas!

Blo

gue

Tági

des

de A

bran

tes

Page 3: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

3MARÇO 20162016 ENTREVISTA

Estamos na Quaresma, a caminho da Páscoa. Este é um tempo forte para as comunidades cristãs, desde sempre. Uma oportunidade para olharmos para a figura do padre. Por exemplo, o bem conhecido Pa-dre Pedro, como é conhecido, de seu nome Pedro Tropa, 45 anos, pároco das freguesias do norte do concelho de Abrantes.

ALVES JANA

Porquê padre?Por chamamento. Senti-me – e

sinto-me – chamado a estar com as comunidades, a servir a Igreja.

Um chamamento sentido como?Fui sentindo-o aos poucos, pela

minha ligação à Igreja, na vivên-cia da catequese, no serviço como acólito… Mais tarde senti, de forma mais expressa, o chamamento para fazer a experiência do seminário, para aprofundar a vocação e os co-nhecimentos da fé. No fundo, é sen-tir um desafi o.

E para quê?Para ajudar as pessoas. A fé tem

de ser sempre uma ajuda, para a vi-vência do dia a dia. As pessoas, mui-tas vezes, têm dúvidas, problemas, e precisam de ter alguém junto delas que seja um apoio em termos espiri-tuais, em termos de vida. É esse o de-safi o: estar com as pessoas.

Justifi ca-se “deixar tudo” para de-dicar a vida a umas aldeias rurais, envelhecidas?

Os idosos são alguém, por serem idosos não os podemos pôr de parte. Justifi ca-se perfeitamente. Hoje em dia, pensa-se que tudo se resolve com psiquiatras, psicólogos, médi-cos… Mas o sacerdote na comuni-

dade é um grande apoio, é muitas vezes a forma que as pessoas têm de conseguirem falar de si próprias, de refl etir nas ideias que têm.

Com tantas paróquias, um pa-dre, hoje, anda sempre atarefado. Ainda há tempo para cultivar a es-piritualidade e aprofundar a cul-tura religiosa?

Infelizmente, somos ordenados para servir e muitas vezes acabamos por servir um pouco a correr. Temos que organizar o nosso tempo, mas tantas solicitações e todos os traba-lhos, que temos que fazer… As pes-soas por vezes têm a ideia de que o padre só celebra missas. Mas tem muitos outros trabalhos. O atendi-mento das pessoas, a preparação de catequeses… e tratar de todos os papéis…

Não se torna mais um administra-dor de bens divinos e menos um guia espiritual?

É isso que se pretende não ser. Mas os trabalhos têm de ser feitos. Mui-tas vezes temos colaboradores, por exemplo na parte burocrática, mas há coisas que têm de nos passar pe-las mãos. E uma coisa que o padre não pode descurar é a oração, que não é só a Eucaristia.

Como é um seu “dia normal”?De manhã, por sistema, tenho as

missas, mas depois tenho de estar nas várias comunidades para as coi-sas que há a resolver. Às vezes tenho o dia organizado e… aparece um funeral. Nem sempre se consegue chegar onde se queria… e fi ca para a noite.

Os fi ns de semana são de mais tra-balho para um padre.

Não são de mais trabalho. O traba-lho é ritmado. Temos é mais gente,

porque as pessoas que estão fora vêm à sua terra e é a oportunidade para se fazer certo tipo de reuniões.

Qual é o seu dia de descanso?Devia ser a segunda feira. O que

nos é pedido é que tenhamos um dia para parar. Mas é claro que, se aparece um funeral ou outra coisa qualquer… tem que se resolver.

Quanto ganha um padre?Na nossa diocese [de Portalegre -

Castelo Branco], temos um valor es-tipulado: 750€. Daí temos de fazer os descontos para a Segurança So-cial, IRS, etc.

Chega? Tem de chegar. Não ando aqui para

ganhar dinheiro, mas para trabalhar, para servir.

Estamos na Quaresma, aproxi-ma-se a Páscoa, o tempo forte do “anúncio” do Evangelho. Ainda faz sentido para as pessoas, hoje?

É importante que faça. Muito mais numa época em que as pessoas vi-vem muito para as coisas do mundo. É importante mostrar-lhes uma ou-tra realidade que vai para além do mundo. O mundo traz-nos muitas desigualdades e conflitos a partir daí, é importante mostrar às pessoas outra realidade. É claro que muitos não estão abertos a ela, acham que não é preciso, afastam-se. Até por-que, por exemplo nas escolas, mui-tas vezes os professores dizem aos alunos que eles não podem acredi-tar, que a fé não faz sentido…

O Cristianismo católico é mais para velhos ou os jovens ainda se revêem nele?

O Cristianismo é para quem o qui-ser aceitar. E vai também ao encon-tro dos jovens, mas muitas vezes

PADRE PEDRO

“Não ando aqui para ganhar dinheiro, mas para servir.”

deparamo-nos com comunidades mais envelhecidas, em que as pes-soas não estão preparadas para acei-tar e ajudar os jovens. Por vezes, vai-se ao encontro dos jovens e os ido-sos fi cam um pouco de lado, noutras vai-se ao encontro dos idosos e os jo-vens fi cam um pouco de lado.

Pode dizer-se que a doutrina ca-tólica está presa de modelos do passado e rurais e menos aberta a modelos urbanos? E os jovens são cada vez mais urbanos…

A Igreja está aberta a novos mode-los. Nas comunidades, muitas vezes as pessoas é que não estão prepara-das para isso. O Concílio Vaticano II já foi há 50 anos e há dele muitas coisas que ainda não conseguiram ser pos-tas em prática, porque as pessoas não estão preparadas para elas.

Na Diocese há cerca de 60 padres no activo para 161 paróquias. Muitos dos padres são de idade avançada. Como vai ser?

Quando eu estava no seminário, a média de idades dos padres na Dio-cese já era acima dos 65 anos, idade da reforma. Hoje está pior, porque depois de mim foram ordenados muito poucos. Quanto ao futuro, o tempo dirá. Mas terá que haver al-guma reorganização nas paróquias, que não podem passar apenas pelo pároco. Há alguns anos, o padre fa-

zia tudo; cada vez mais, o padre tem de ser alguém que vai à frente, mas deixa as pessoas trabalharem.

Num tempo de fortes confl itos re-ligiosos em perspectiva, uma das respostas é o diálogo inter-relig-ioso. Ao nível das cúpulas, alguma coisa tem sido feita. E entre nós, nas bases?

Não há… Porque esta zona é pací-fi ca nessa matéria. Cada religião tem os seus fi éis, não há confl itos.

O Papa Francisco é superstar. Beija os defi cientes, ameaça renovar a Cú-ria, pede atenção aos pobres”. Um papa “fixe”. Mas se pensarmos na sexualidade, por exemplo, a coisa muda de fi gura: não ao preservativo, não à homossexualidade, não ao di-vórcio, etc.

Na comunicação social transparece o que convém. A posição da Igreja é uma e está devidamente fundamen-tada. Mas nesses campos há um tra-balho que vem sendo desenvolvido. Porém, não são trabalhos em que no dia seguinte está tudo resolvido.

Acha, portanto, que tem havido evolução nessas matérias.

Há, e vai haver cada vez mais. Há documentos para estudar e para se tomar decisões a esse respeito. Não se pode é fazer afi rmações de qual-quer maneira.

PU

BL

ICID

AD

E

Page 4: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

4 MARÇO 20162016DESTAQUE

Assembleia Municipal de Abrantes aprova moções e discute saúde fi nanceira do Tagus Valley

Núcleo Local da Liga Portuguesa Contra o Cancro conta com novas instalações em Abrantes

Na sessão ordinária da As-sembleia Municipal de Abran-tes, reunida a 26 de fevereiro, no edifício Pirâmide, foram aprovadas três moções.

Uma das moções apre-sentadas pela bancada da CDU, e votada por unanimi-dade com duas declarações de voto da parte do PSD e do PS, foi uma moção de re-jeição às portagens na A23. José Dias referiu que “o prin-cípio do utilizador-pagador” é aplicado “de forma cega”, e é “uma dupla discriminação das regiões do interior” que traz “consequências profun-damente negativas para as populações e para o tecido económico”.

A CDU apresentou outra moção, esta a não merecer aprovação em Assembleia, relativa aos problemas do rio Tejo, nomeadamente os fo-cos de poluição, o baixo cau-dal do rio e o travessão cons-truído pela Tejo Energia - Pe-gop. A moção foi rejeitada por não merecer o consenso quanto à questão da Pegop, nomeadamente por parte do PS.

Luís Alves, presidente da União de Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Ros-sio ao Sul do Tejo, propôs

duas moções à Assembleia Municipal que foram apro-vadas. Uma relativa ao encer-ramento da Caixa Geral de Depósitos em Rossio ao Sul do Tejo que mereceu a una-nimidade da sala e outra mo-ção relativa à saída da mé-dica de família de Rossio ao Sul do Tejo para a Unidade de Saúde Familiar de Abrantes que foi aprovada por maioria, com duas abstenções.

Outros temas de enfoque foram o caso das urgências do Hospital de Abrantes, levan-tado pelo deputado bloquista Armindo Silveira, que revelou preocupação quanto ao as-sunto, e Fátima Chambel, da bancada do PS, que fez duras críticas ao caso PIEF e em con-creto à saída destes alunos do

Agrupamento de Escolas nº 2 para uma sala adaptada na Encosta da Barata.

Os assuntos da ordem do dia foram aprovados, exis-tindo dois pontos que gera-ram alguma discussão e con-trovérsia entre as bancadas. O Orçamento Participativo foi um deles, onde Margarida Togtema, do PSD, e Armindo Silveira, do BE, fizeram che-gar algumas propostas de alteração às regras de parti-cipação no Orçamento Par-ticipativo. A deputada soc-ial-democrata questionou ainda Maria do Céu Albu-querque sobre alguns con-tornos deste regulamento do OP para 2017. A presidente da CM de Abrantes referiu-se à importância de dar segui-

mento ao OP e que as ques-tões/sugestões propostas já chegavam tarde.

TagusValley gera controvérsia na Assembleia Municipal

O último ponto da sessão, relativo à aquisição de 106 unidades de participação do TagusValley, no valor de 530 mil euros, levou a que os âni-mos se exaltassem.

José Miguel Vitorino, depu-tado do PSD, levantou muitas questões sobre o TagusVal-ley referindo que a entidade tem apresentado “resultados desastrosos” e que poderão haver algumas ilegalidades referentes ao funcionamento do parque tecnológico.

“Pode ler-se que os resul-tados fi nanceiros não são os mais satisfatórios, pois até ao momento, e estou a citar, não têm conseguido gerar as receitas suficientes para, para além dos custos opera-cionais, suportar os restan-tes custos de atividade”, de-clarou.

O deputado social-democ-rata referiu que a bancada tem “receio de que estes atos sejam uma manobra finan-ceira apenas para iludir o Tri-bunal de Contas” e que “a lei é muito clara sobre esta maté-ria e determina prontamente que as unidades de partici-pação devem ser alienadas. O município está prestes a cometer uma ilegalidade ao deliberar sobre esta matéria

no sentido proposto”.Maria do Céu Albuquerque

explicou a importância da Ta-gusValley para o concelho e para a região e referiu que a comunicação do deputado do PSD não passava de “gin-cana politica”. A autarca re-feriu que “desastrosa é uma política que foi levada a cabo nos últimos tempos (…) em que não houve a possibili-dade de introduzir na ativi-dade económica 1 cêntimo, nomeadamente através do quadro comunitário. Porque não foi possível aprovar va-les de inovação, não foi possí-vel contratar recursos huma-nos e isso impossibilitou que as empresas que têm neste momento um conjunto de propostas de trabalho para fazer em parceria com a Ta-gusValley, não o fi zeram por-que não tiveram ainda a pos-sibilidade”.

Nesta sessão foram ainda apresentados todos os inves-timentos realizados no con-celho, integrados no anterior quadro comunitário, as in-tervenções relativas à repa-vimentação de estradas, os investimentos realizados nas ETARS e o programa do cen-tenário.

JS/JMC

Foi perante vários mem-bros do núcleo local, que foi inaugurada, no dia 27 de fevereiro, a nova sede do Grupo de apoio de Abran-tes da Liga Portuguesa Con-tra o Cancro. O novo espaço encontra-se sediado na Rua Luís de Camões, junto ao edifício do Mercado Diário, em instalações cedidas pela Câmara Municipal de Abran-tes.

Matilde Sacavém, uma das responsáveis do núcleo lo-cal, enalteceu o trabalho vo-luntário que os cerca de seis membros têm desenvolvido nos últimos anos: “ acredita-mos no nosso voluntariado, somos uma equipa, trabalha-mos por uma causa, que é de

todos nós, e é com grande gosto que faço parte desta grande família”.

Presente na cerimónia, o Presidente da Liga Portu-guesa Contra o Cancro, Fran-cisco Cavaleiro Ferreira, dei-xou uma palavra de felici-tação ao núcleo local e fez ainda um apelo ao rastreio do cancro da mama, expli-cando que na região a per-centagem de rastreio está centrada nos 52%, um valor ainda inferior face à média nacional, que é de 62%. Se-gundo Francisco Cavaleiro Ferreira, no último rastreio foram convocadas cerca de 7 mil mulheres e apenas com-pareceram 3.500.

Maria do Céu Albuquerque,

presidente da autarquia, ex-plicou que Câmara de Abran-tes pretende continuar a apoiar o desenvolvimento das atividades do grupo de apoio de Abrantes, em be-nefício da população do con-celho.

Atualmente, o grupo de apoio de Abrantes reúne al-guns serviços nomeada-mente, o apoio psico oncoló-gico, que decorre quinzenal-mente, o apoio emocional e o movimento Vencer e Viver. O núcleo conta ainda com a colaboração de um enfer-meiro que faz massagem lin-fática e vai iniciar sessões de reiki

Joana Margarida Carvalho • As responsáveis do núcleo local, Francisco Ferreira, presidente da Liga, e Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM Abrantes

Page 5: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

5MARÇO 20162016 ABRANTES

RUA DAS ESCOLAS | ALFERRAREDE | ABRANTES | TEL. 241 360 460

DE 03DE MARÇO

A 11DE MAIO

A Estação de Canoagem de Alvega, no concelho de Abrantes, aguarda os resulta-dos de um concurso público que irá defi nir qual a coletivi-dade a fazer a exploração do equipamento.

Recorde-se que a autarquia abrantina recorreu a dois con-cursos para o efeito. Maria do Céu Albuquerque, presi-dente da Câmara Municipal de Abrantes, referiu ao JA que no primeiro concurso “houve apenas uma proposta que foi apresentada e que não cum-pria os requisitos legais”. Deste modo foi lançado novo con-curso, cujo prazo de entrega do projeto terminou a 26 de fevereiro. A abertura das pro-postas das coletividades can-didatas à iniciativa aconteceu no passado dia 29.

A presidente da CM de Abrantes frisou que “caso ne-nhuma associação local cor-

responda aos requisitos exigi-dos teremos de convidar uma entidade para o poder fazer”.

No entanto, a autarquia reu-niu com “as associações locais em primeiro lugar, para se in-teirarem do processo e com isso possam efetivamente apresentar a melhor candida-tura e que cumpra os requisi-tos técnicos e legais para que, logo no início da primavera, aquele imóvel possa abrir e possa servir os intentos de ex-ploração que estão na base de reabilitação daquele patri-mónio”, referiu.

Francisco Neves, presidente da direção da Casa do Povo de Alvega, disse ao JA que a associação está a concorrer pela segunda vez consecu-tiva. “A CPA sempre esteve li-gada à gestão do espaço da Praia Fluvial de Alvega, e tem efetivamente os materi-ais necessários para o apoio

à prática de desportos aquá-ticos, nomeadamente de ca-noagem. Tem disponível um jipe, reboques e canoas”, re-feriu, acrescentando que “es-tamos a trabalhar para que a candidatura seja bem-suced-ida. (…) Não sentimos propri-

amente pressão. Só se for pela vontade que temos em abrir e ter o espaço entregue, para que se possa fi nalmente des-frutar do novo equipamento”.

Quanto às restantes associa-ções da freguesia, é unânime o motivo que levou a não se

candidatarem. António Mou-tinho, da direção da Banda Fi-larmónica Alveguense, disse que “não faria sentido haver duas ou três associações a concorrer, ou a ter o mesmo objetivo, porque iriam estar a prejudicar uma associação

que está mais vocacionada para as atividades que pro-move, que é nomeadamente a canoagem”.

Já Fábio Viegas, da Associ-ação de Melhoramentos da Freguesia de Alvega, disse em comunicado que “a AMFA não se candidatou, uma vez que não faz sentido para a nossa coletividade utilizar um es-paço que tem como objec-tivo principal a prática de des-portos aquáticos, com foco na prática de canoagem, quando a AMFA não possui nenhum equipamento e/ou experiên-cia nesse sentido”.

O edifício da Estação de Ca-noagem foi um dos nomea-dos para Edifício do ano 2016 num concurso internacional de arquitetura, e é um projeto do ateliermob.

Joana Santos (aluna JCC ESE Portalegre)

Estação de Canoagem de Alvega aguarda resultado de hasta pública para exploração

Fern

ando

Cor

reia

• O projeto arquitetónico da Estação de Canoagem de Alvega esteve entre os nomeados para Edifício do Ano no concurso do ArchDaily

Page 6: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

6 MARÇO 20162016AMBIENTE

Inspeção-Geral do Ambiente ameaça encerrar empresas por poluírem o Tejo

A Inspeção-Geral do Ambi-ente determinou dois man-dados a empresas com ativi-dade junto da bacia do Tejo, que têm de cumprir as medi-das estipuladas para acabar com a poluição, ou serão en-cerradas, e pediu abertura de inquéritos criminais.

Os inspetores detetaram infrações contra o ambiente nestas empresas e defi niram medidas que terão de ser cumpridas “para pôr fim às ações de poluição da bacia do rio Tejo, caso contrário se-rão encerradas”, refere um co-municado divulgado no dia 18 de fevereiro pelo Ministé-rio do Ambiente.

“A Inspeção Geral do Minis-tério do Ambiente determi-nou novos mandados a em-presas onde foram detetadas infrações contra o ambiente e solicitou a abertura de in-quéritos criminais ao Ministé-rio Público”, acrescenta.

Nos últimos dias, os inspe-tores “investigaram 58 em-presas, tendo sido feita a pro-posta de abertura de dois in-quéritos criminais junto do Ministério Publico”, resumiu a informação do organismo liderado por João Matos Fer-nandes.

O Ministério do Ambiente, a IGAMAOT (Inspeção geral do ambiente), as três Comissões de Coordenação e Desenvol-vimento Regional (CCDR) e a Agência Portuguesa do Am-biente (APA), estão a desen-volver um plano conjunto de inspeções para o território nacional, com especial enfo-

que na bacia do rio Tejo.Desde agosto de 2015, sali-

enta o Ministério, “não eram homologados processos de inspeção que permitissem a punição dos infratores e o ministro João Pedro Matos Fernandes já homologou os 120 processos pendentes, sendo que 30 dizem respeito à bacia do Tejo”.

O Ministério do Ambiente anunciou a 19 de janeiro a cri-ação da Comissão de Acom-panhamento sobre a polui-ção no rio Tejo com a missão de avaliar e diagnosticar as si-tuações com impacto direto

na qualidade da água do rio e seus afl uentes.

No dia 17 de fevereiro, de-putados do Bloco de Es-querda pediram informações adicionais ao Ministério do Ambiente sobre os proble-mas de poluição no Tejo, en-tidades poluidoras, baixos caudais no maior rio ibérico e iniciativas previstas junto das autoridades espanholas.

Os reiterados incidentes poluidores, a avaliação preli-minar o Plano de Desempe-nho Ambiental da Celtejo e as medidas aplicadas à Cen-troliva”, estão na base desta

solicitação de informações adicionais. As referidas em-presas estão instaladas e a la-borar em Vila Velha de Rodão, no distrito de Castelo Branco.

Os problemas ambientais do Tejo levaram a iniciativas de outros partidos como o PSD, que, a 04 de fevereiro, propôs a criação de uma Comissão Interparlamentar Luso-Espanhola com depu-tados dos dois países para desenvolver políticas de co-operação.

O Partido Ecologista os Ver-des, a 29 de janeiro, no de-bate quinzenal, defendeu

que o governo português re-clamasse, junto das autorida-des espanholas, uma revisão da Convenção Albufeira, que estabelece os termos da coo-peração para a “Proteção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidro-gráficas Luso-Espanholas”, depois de, no início do mês, ter entregado na Assembleia da República uma pergunta ao Ministério do Ambiente sobre poluição no Rio Tejo, na freguesia de Ortiga, con-celho de Mação.

Também partido Pess-oas-Animais-Natureza (PAN)

apresentou a 03 de fevereiro um projeto de resolução que recomenda ao Governo uma intervenção junto de Espa-nha para encerrar a central nuclear de Almaraz.

A 02 de fevereiro, os presi-dentes das câmaras de Cas-telo Branco, Abrantes, Mação, Nisa, Gavião, Vila Velha de Ró-dão e Constância estiveram na Assembleia da República para alertar os deputados para os problemas de polu-ição do rio Tejo e pedir uma intervenção rápida da tutela.

A Celtejo, fábrica de pasta de papel da Altri, em Vila Ve-lha de Ródão, garantiu na véspera da ação de protesto dos pescadores que cumpre os limites de descarga hídri-cos impostos pela licença ambiental e adiantou que as análises demonstram a “cor-reta atuação” da empresa.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a empresa de Vila Velha de Ródão, no dis-trito de Castelo Branco, re-fere que “cumpre escrupulo-

samente a regulação e nor-mativo aplicável, detendo a respetiva licença ambiental para a sua atividade indus-trial, estando a cumprir os li-mites de descarga nela re-queridos, nomeadamente no domínio hídrico”.

A Celtejo adianta ainda que as autoridades de fi scalização ambiental têm realizado di-versas amostragens ao efl u-ente fabril, “não tendo sido, até à data, levantada qual-quer contraordenação, de-

monstrando as análises que lhe são efetuadas sistemati-camente a correta atuação da empresa”, estando os efl u-entes da fábrica “dentro dos limites previstos”.

Por último, o comunicado recorda que a empresa foi a primeira do setor em Por-tugal e na Europa a obter a certifi cação de qualidade ISO 9001 e a certifi cação ambien-tal ISSO 14001:2015.

MRF/C/LUSA

Celtejo diz que cumpre limites de descarga hídricos impostos pela licença ambiental

Um grupo com cerca de duas dezenas de pescado-res queimaram a 20 de fe-vereiro um barco junto ao cais de Vila Velha de Ródão, num gesto que simboliza o fim da atividade piscatória no rio Tejo.

“Queimamos um barco porque ninguém consegue sobreviver com a atividade piscatória” no rio Tejo, disse o membro do Movimento

de Pescadores Pelo Tejo, Má-rio Costa.

“Há alguns anos havia cerca de mil pescadores que vivam da faina no rio Tejo, mas por causa da poluição no rio Tejo, esse número foi reduzido atualmente para cerca de 90 ao longo de todo o rio”, destacou o re-presentante do Movimento de Pescadores Pelo Tejo .

A manifestação de pro-

testo contra a poluição do rio decorreu junto ao cais de Vila Velha de Ródão, onde os pescadores colocaram vá-rias faixas alusivas ao pro-testo, entre as quais “Não à poluição no rio Tejo e seus afluentes” e “Por um Tejo vivo, não à poluição”.

Pescadores queimam barco junto ao Tejo para simbolizar fi m da atividade piscatória

• O Ministério do Ambiente anunciou a criação de uma Comissão de Acompanhamento sobre a poluição no rio Tejo

Page 7: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

7MARÇO 20162016 MAÇÃO

O Plano de Desenvol-vimento Estratégico Ma-ção 2025 foi apresentado a 22 de fevereiro, no audi-tório do Centro Cultural El-vino Pereira. A apresentação do plano foi feita pela Soci-edade de Consultores Au-gusto Mateus & Associados, responsável pela concretiza-ção do mesmo.

O plano levanta questões e problemas do concelho de Mação, assim como indica possíveis soluções futuras. A estratégia passa pela valori-zação económica do espaço fl orestal, gestão do patrimó-nio histórico e cultural e oti-mização e melhoria das res-postas sociais.

Vasco Estrela, presidente da CM de Mação, referiu que o documento de cerca de 80 páginas “traça linhas gerais, indica opções” e para ser efi -caz “precisa ser cumprido com detalhe e rigor”, embora reconheça que “não tem ne-nhuma solução mágica para os problemas do concelho, é um contributo decisivo para um futuro melhor dentro de 10 ou 15 anos”.

Neste instrumento de ação política e administrativa, como o apelidou o presi-dente da CM Mação, salienta as forças/vantagens da área do concelho, destacando a forte matriz identitária.

Também foram detetadas as condicionantes/desvan-tagens do território, nomea-damente o envelhecimento populacional, diminuição da população em idade ativa e baixa densidade empre-sarial.

Os pontos fortes do concelho

Ainda assim, e seguindo a lógica de concretização deste plano estratégico, reu-niram-se as oportunidades de desenvolvimento que

permitam uma progressão e investimento positivos na re-gião maçaense, destacando-se a “aposta, no período de programação de 2014-2020, no crescimento da econo-mia verde”.

O plano de ação inserido na estratégia de desenvol-vimento do concelho as-senta em seis áreas de in-tervenção, 1. Zona Piloto de Intervenção Florestal em Mação – Programa de de-senvolvimento do sistema agro-fl orestal; 2. Valorização dos recursos endógenos; 3. Inovação social e empreen-dedorismo; 4. Projeto edu-cativo; 5. Cultura para Todos; 6. Evento Dia Aberto: “Venha conhecer Mação”.

Augusto Mateus, presi-dente da Sociedade de Con-sultores Augusto Mateus & Associados, entidade res-ponsável pela realização deste plano, referiu durante a apresentação que “o do-cumento corresponde a um trabalho, e é um guia para ação. (…) Tenta ser uma coisa que valha a pena fa-zer. E uma estratégia passa por saber o que queremos, mas também o que não que-remos. (…) É algo que pro-cura dar resposta a um ter-ritório que tem pouco mais que 7 mil pessoas, que tem um conjunto de recursos en-dógenos óbvios, e que tem de fazer de algumas das suas fraquezas a sua força”.

Vasco Estrela, autarca da CM Mação, disse ainda que “[este plano] não é estan-que, pelo contrário, ao de-finir um rumo, ao definir uma estratégia, é suficien-temente aberto para que ao longo do tempo da sua apli-cação possa ser adaptado às circunstâncias que vão sur-gindo”, concluiu.

Joana Santos JCC ESE Portalegre

Mação já tem Plano de Desenvolvimento Estratégico para a próxima década • O Plano de Desenvolvimento Estratégico Mação 2025 foi concretizado pela sociedade de consultores Augusto

Mateus & AssociadosJo

ana

Mar

gari

da C

arva

lho

Page 8: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

8 MARÇO 20162016GASTRONOMIA

Lampreia volta a ser a Rainha no Festival gastronómico de Mação

22ª edição do Mês do Sável e da Lampreia em VN da Barquinha até fi nal de março

O Festival da Lampreia de Mação vai decorrer até 3 de abril, contando com 8 restau-rantes aderentes no conce-lho.

Este festival é organizado pela Câmara Municipal, con-tando com o apoio da Asso-ciação Pinhal Maior.

Na edição deste ano par-ticipam 8 restaurantes, que servem o tradicional Arroz de Lampreia, ao mesmo tempo que servem como entrada o presunto Marca Mação, ofe-recido pela autarquia, outro dos produtos de excelência deste concelho.

Vasco Estrela, presidente da CM Mação, disse que, ao rea-lizar mais uma edição deste festival, “mantém uma tradi-ção já com alguns anos” e os apreciadores terão “mais um mês e meio para degustação da lampreia no concelho de Mação”. O autarca acrescen-tou que os proprietários dos restaurantes aderentes “cola-

boram e entendem que faz sentido manter o Festival da Lampreia, tirando assim par-tido dum prato com muita tradição no concelho e na re-gião”.

Ainda assim, o autarca está apreensivo quanto à adesão na edição deste ano, nomea-damente pelas questões que têm sido levantadas nos ór-gãos de comunicação social e junto do poder central re-lativamente à poluição nas águas do Tejo. “Claramente que preocupa, e não preo-cupa pouco. Quando estive na Assembleia da República tive oportunidade de dizer isso mesmo. Estes focos de poluição que têm surgido não ajudam em nada a pro-mover esta iniciativa. Infeliz-mente o rio Tejo só tem sido divulgado por más notícias, e pode parecer quase um cont-ra-senso estarmos a fazer um Festival da Lampreia, com lampreias que chegam junto

à Barragem de Belver-Ortiga. Mas penso que não deverá ser isso a demover-nos na promoção deste festival”, re-conheceu Vasco Estrela.

“Obviamente que não va-mos passar/vender a ima-gem de que estas lampreias que vão ser degustadas nesta iniciativa serão apenas apa-

nhadas no concelho. Isso é da responsabilidade dos em-presários da restauração, que farão a gestão da forma que bem entenderem. (…) Ape-

sar de temer, espero que as pessoas devotas a este prato continuem a vir e que não seja por essa razão [focos de poluição no Tejo] que o dei-xem de fazer”, concluiu.

Este ano haverá também uma preocupação na promo-ção de outros recursos endó-genos, nomeadamente do presunto, que estarão expos-tos em escaparates nos vá-rios restaurantes que coope-ram com a autarquia neste festival. “Vamos ter produtos da Marca Mação de maneira a aproveitar a vinda de pes-soas de fora da área territo-rial do concelho, e divulgar os nossos produtos de exce-lência. (…) Todos os produ-tos estarão disponíveis para exposição, mas também para aquisição”, salientou António Louro, vereador da CM Ma-ção.

Joana Santosaluna JCC ESE Portalegre

Em Vila Nova da Barquinha, o Festival do Sável e da Lam-preia vai decorrer até 27 de março em seis restaurantes aderentes.

Fernando Freire, presi-dente da CM de Vila Nova da Barquinha, salientou que esta mostra aproveita “os re-cursos endógenos dos rios, dos nossos territórios” e “é um convite a virem à mesa provar o sável e a lampreia, dois peixes migratórios que nesta altura, devido ao ele-vado caudal de água, sobem o rio e que os pescadores capturam para nos servirem de iguaria num manjar di-vinal”.

No entanto, o autarca reco-nheceu que estes pratos tí-picos, como açorda de sável e arroz de lampreia, têm ca-raterísticas muito próprias, e no que toca ao ciclóstomo “ou se ama, ou se odeia”.

Fernando Freire e Ricardo

Honório, autarcas da CM de Vila Nova da Barquinha, apresentaram a sessão inau-gural do Mês do Sável e da Lampreia, que conta já com 22 edições consecutivas.

Durante a mostra, as pes-soas que consumirem nos restaurantes aderentes po-derão ganhar bilhetes para passeios de barco ao Cas-telo de Almourol (1 bilhete por dose, sendo a promo-ção válida apenas ao fi m de semana). Podem também usufruir deste ícone classifi -cado como Património Mun-dial de Origem Portuguesa e dos conteúdos museoló-gicos disponíveis para os tu-ristas no interior da Torre de Menagem do castelo.

A XXII edição do Mês do Sá-vel e da Lampreia vai contar com a participação dos res-taurantes locais: Stop (Ata-laia), Almourol (Tancos), Ri-beirinho (VN Barquinha),

Tasquinha da Adélia (VN Bar-quinha), Soltejo (VN Barqui-nha), e Chico, este último em Praia do Ribatejo.

O Centro Cultural foi tam-bém o palco escolhido para o lançamento do vídeo tur-ístico-promocional “Vila Nova da Barquinha, Terra de sorrisos!”, que retrata os vá-rios recursos endógenos do concelho, quer a nível de pa-trimónio histórico e religi-oso, gastronómico e militar, entre outros.

Fernando Freire disse ao JA que este vídeo promocional “vem dar a conhecer o terri-tório, aquilo que amamos e gostamos. Se as pessoas não conhecerem a oferta não vêm visitar Vila Nova da Bar-quinha. Esta iniciativa vem já incluída numa estratégia in-termunicipal”.

Joana Santosaluna JCC ESE Portalegre

• O Arroz de Lampreia em Mação é feito com o sangue da lampreia e servido separado da mesma, o que o diferencia de outras regiões onde também é confecionado

• Fernando Freire e Ricardo Honório, autarcas da CM de Vila Nova da Barquinha, apresentaram a sessão inaugural do Mês do Sável e da Lampreia, que conta já com 22 edições consecutivas

• A autarquia convidou os presentes na sessão a visitar o Castelo de Almourol que tem sido alvo de intervenções no âmbito da conservação e da musealização

Joan

a Sa

ntos

Joan

a Sa

ntos

Page 9: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

9MARÇO 20162016 REPORTAGEM

Ti’ Manuel Fontes: a história do mestre calafateManuel Pires Fontes, nascido, criado e amadurecido em Or-tiga, no concelho de Mação, é muito provavelmente o úl-timo calafate que a região co-nhecerá. E um defensor apai-xonado de um recurso natu-ral que é de todos, mas que trata como sendo seu. O Tejo, entenda-se, o seu pai.

“É pena eles mandarem tanta porcaria, mas agora como houve lá para cima aquelas manifestações, entre ontem e hoje não têm man-dado. Era um veneno terrí-vel. A água tinha outra cor. Sei lá… Um desastre”, disse o ti’ Fontes, que segue atenta-mente o percurso do rio, sen-tado no seu banco.

“Sempre tive uma ligação muito forte com o rio. Desde há muitos anos, antes dos meus 20 até”, disse acrescen-tando “fui calafate e o meu pai também já o era”.

Rodeado de diplomas de participação em feiras-most-ras do concelho, fotografias antigas, jornais e recortes, barcos em ponto pequeno construídos a pormenor en-quanto réplicas daqueles construídos de raiz e conser-tados ao longo dos tempos, quando a época da pesca acalmava. E de muitos ob-jetos do Futebol Clube do Porto, pois é preciso que se note, é o único portista na terra.

Ti’ Fontes completou 90 anos, e conhece bem o ci-clo do rio e das espécies. Um estudo que, na prática, dura

há uns 70 anos. A mesma idade da sua pesqueira mais moderna, ali para o lado de baixo da barragem, constru-ída com as pedras em cu-nha para durar mais tempo e permitir uma melhor cap-tura do peixe. “Gosto de ex-plicar”, disse o sábio ancião. “O peixe nunca vai pela veia de água. Vai sempre à boleia. Ou vai por um lado, ou vai por outro”.

Pescava, a fi ntar lampreias, pois “sabia bem qual era o rumo delas”. Havia ali certo sítio onde elas atravessavam o Tejo para o outro lado, re-corda Manuel Pires Fontes.

Mas nessa altura, era uma altura diferente. “Ricos tem-pos que já não voltam”, em que - apesar das difi culdades – “a água era limpa, nós bebí-amos de lá, o peixe era mui-tíssimo saboroso” e mesmo considerando a pesca “uma arte desgastante”, tudo era “bonito dentro do barco”.

Obra preta, obra branca

O Ti’ Fontes de Ortiga lemb-ra-se bem de como tudo co-meçou. O pai, pescador e ca-lafate, trabalhava também na-quilo a que chamavam a obra branca. “Fazer portas, janelas para os prédios, telhados, so-alhos. Naquela altura havia poucas máquinas”, explicou enquanto rematava que o seu pai “era um profi ssional de pri-meira. Era bom artista, zeloso e o que fazia, fazia perfeito”. Mas o progenitor de Ti’ Fon-tes gostava de “aprender mais

coisas”, além da obra branca, também sabia desenrascar-se na obra preta, e um dia acei-tou o convite do padrinho, lá das Torres de Belver, e apren-deu a construir um barco. E o que é a obra preta? Tudo o que sujava mais, “porque já se lidava com resinas, com pro-dutos que sujavam, como o caso da pintura do barco que é preta”, esclareceu.

E a embarcação dava jeito, porque precisava muitas ve-zes de atravessar o rio para ir trabalhar para os lados da Casa Branca. Então “começou a fazer um barco, só um, na horta. Mas como não tinha prática, isto que é a proa, a parte que levanta, partiu-a umas 3 ou 4 vezes”, disse Ma-nuel Fontes a rir à gargalhada, enquanto apontava para o barco picareto que tem ex-posto à beira da sua janela.

Ainda assim, “o meu pai não desistiu, e lá arranjou aquilo de qualquer maneira, mas ele já passava o rio. Começou a construir e foi aperfeiçoando. Fez-se um bom mestre!”, disse o calafate em tom saudoso.

A partir daqui, foi mais fácil para o Ti’ Fontes chegar-se ao Tejo. Largou da mão um ir-mão 20 anos mais velho que o explorava, e lançou-se à obra preta, que acabou por ir aprendendo ao longo de três anos com o pai. “Disse para o meu pai «Eu vou tra-balhar para os barcos!». Tinha perto de 20 anos. E bem que eu gostava daquilo”. Muito mais que o pai, que nunca gostou muito daquela arte, da obra preta.

Não foi difícil a adaptação à obra preta, porque já sa-bia “manobrar as ferramen-tas. Mais do que meio cami-nho andado. E comecei a fa-zer o meu primeiro barco, e quando eu tinha alguma dú-vida perguntava ao meu pai. Bastou um barco ou dois”, confidenciou, ao mesmo tempo que se admitiu orgu-lhoso deste seu feito.

O engenho e a arte fi zeram com que Manuel Pires Fontes começasse a ser muito requi-sitado pelas gentes que do Tejo faziam vida. “Começa-

ram a vir os pescadores lá de cima, no tempo da lampreia, e eu comecei a fazer barcos para eles. Fiz muitos, muitos, muitos [Os tais que são perto de 300]”.

Tal como o pai, seu mestre, Ti’ Fontes também foi aper-feiçoando a sua arte de ca-lafate, porque sempre que construía um barco “ia per-guntando quais eram os defeitos que os pescado-res encontravam. E eles di-ziam, ‘olha! É isto, é aquilo e aqueloutro’ e a partir daí eu procurava emendar. E assim cheguei a este ponto”. Pass-aram-lhe pelas mãos umas centenas de barcos picare-tos, com seis metros de com-primento cada. Com exceção da Barca do Ti’Vitorino, da travessia entre Alvega-Ort-iga. “Essa tinha 7 metros. Fui eu que a fi z. Eu era o calafate dele. Nunca vi um homem com tanta força para segurar um barco! Aquilo era um dos piores portos do Tejo”.

Joana Santosaluna JCC ESE Portalegre

Lamentações de um fi lho ao ver o pai sofrer

“Meu querido rio Tejo.Estás triste. Doente. Sem vida.Já tuberculoso.Todos os dias olho para ti e choro. Eu morro e tu fi cas a

penar.Mas levo-te no coração para a eternidade”

M.P. Fontes

• Manuel Pires Fontes, mais conhecido como Ti’ Fontes, completou 90 anos no dia da entrevista. Diz que “a arte de calafate morre aqui. Morre comigo”

• Um dos barcos picaretos construídos para demonstração pelo mestre calafate. Este é um barco tradicional da região, muito usado na pesca da lampreia

Foto

s: J

oana

San

tos

Apesar da avançada idade, Ti’Fontes acompanha os problemas do rio e aponta a culpa “aos gananciosos”, como ele chama, nos tex-tos que ainda escreve, aos “donos de fábricas, homens sem coração, assassinos”. O mestre calafate acredita que “Não se incomodaram de deitar na miséria famílias com muitos fi lhos cujo seu governo de vida era o rio”, leu em voz alta, um tanto re-voltado.

“Entre fevereiro e junho, junto à barragem, era uma festa. Hoje, é uma enorme tristeza. Tudo acabou. Não se vê um único barco na-

quela pesca. Chegavam a estar lá 40”, relembrou Ma-nuel Fontes. “E agora per-gunto: quem acabou com isto?”.

Ti’Fontes declarou guerra ao açude de Abrantes, às barragens, ao baixo caudal, à poluição das fábricas de celulose. E aponta para o rio.

“Estou mesmo no sítio ideal”. Disse-o, com um riso e olhar ternurento, ao sent-ar-se no espacinho junto à janela. Da Ortiga, sua mãe, avista-se o Tejo, todos os dias. O pai de Ti’ Fontes. Lá lhe nasceram os dentes… e lá lhe caíram pela velhice. Assim o diz.

Page 10: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

10 MARÇO 20162016DESTAQUE

ABRANTES

Agenda Cultural e o Catálogo de Atividades Educativas e Culturais para 2016 apresentados

“Hoje é um privilégio estar-mos a concretizar mais este feito”, foi assim que Maria do Céu Albuquerque, pre-sidente da CM de Abrantes, começou o seu discurso de apresentação da Agenda Cultural de 2016 e o Catá-logo de Atividades Educati-vas e Culturais de 2016.

Uma apresentação que de-correu no Mercado Diário, no dia 22 de fevereiro, e que juntou o executivo camará-rio, alguns agentes culturais locais e a comunidade em geral.

Trataram-se de dois su-portes em papel, que tam-bém estão disponíveis on-line nas redes sociais e no site do município, e que dão a conhecer a oferta cultural e educativa até ao fi nal do ano a decorrer nos vários equi-pamentos municipais.

Para a autarca abrantina, a Agenda Cultural vai permitir fazer um trabalho em dois vetores: “ na programação, mediação cultural, a forma-ção de públicos, tão impor-tante para podermos aspi-rar a ter uma comunidade mais viva e desenvolvida, mas depois assenta num fator de desenvolvimento territorial e integrado, onde a pessoa é tida como um todo”.

Maria do Céu Albuquerque adiantou que a Câmara pro-

põe nesta Agenda Cultural, organizada por meses, com uma introdução específi ca e uma pequena memória des-critiva dos eventos previsto: “13 espetáculos de música, 15 de dança (incluindo a Menina Dana); 6 de teatro, 9 infantis, 8 de arte andante dispersos pelo território (…) 50 espetáculos para já nesta agenda”.

Já previstos estão tam-bém alguns dos destaques musicais e culturais das fes-tas da cidade que vão con-tar com a presença dos The Gift (10 de junho), os Azei-tonas (11 de junho), um es-

petáculo intitulado Vozes de Abrantes (13 de junho) e mais um Concerto Sinfónico Bravo Abrantes, no dia da ci-dade (14 de junho).

A Galeria Municipal de Arte, o Museu D. Lopo de Almeida, o Arquivo Muni-cipal e a Biblioteca Munici-pal António Botto vão conti-nuar a assumir “uma dimen-são expositiva com projetos diversos, representativos de várias correntes artísticas”. O Serviço de Juventude vai continuar “ com os seus pro-jetos âncora, também o Ser-viço de Educação Igualdade e Cidadania com promoção

da quarta semana da Edu-cação Igualdade e Cidada-nia”, referiu ainda a presi-dente.

Em ano de Centenário, Ma-ria do Céu Albuquerque ex-plicou que o programa co-memorativo vai ser especí-fi co e no que diz respeito ao Creative Camp a autarquia quer que “seja uma marca distintiva. Queremos criar uma oportunidade para to-dos os gostos, para que to-dos aqui encontrem mo-mento para crescerem, para poderem construir a nossa identidade primeiro indivi-dual e depois coletiva”.

Catálogo de Atividades Educativas Culturais 2016 elaborado pela primeira vez

Na ocasião, a autarca abrantina apresentou tam-bém o Catálogo de Ativi-dades Educativas Cultu-rais 2016 adiantando que se trata de um “ caderno de projetos práticos, com con-teúdos distintos, contex-tos, lugares, e atores diver-sos (…) um catálogo orga-nizado por temáticas, com públicos-alvo, duração e es-timativa do calendário pre-visto”.

“São as atividades culturais, desportivas, ambientais, tu-rísticas, no fundo educativas (…) para toda a comunidade educativa e a comunidade associativa”. Com o objetivo de “trazer mais pessoas, de forma organizada ou indi-vidual, a participar naquilo que é a nossa oferta”.

Por último, Maria do Céu Albuquerque explicou que o desfi o é “para além de que-rermos chegar à nossa co-munidade, queremos che-gar à região e a quem nos visita”.

Joana Margarida Carvalho

Para reduzir uma despesa anual de 1,2 milhões de euros (ME)/ano em iluminação pú-blica, o município de Abran-tes vai instalar lâmpadas lu-minárias de LED’s em todo o concelho, um processo que “poderá demorar anos e cus-tar 6,5 ME”, segundo a autar-quia

O vice-presidente da Câ-mara de Abrantes, João Go-mes (PS) disse ao JA que a faturação da iluminação pú-blica custa anualmente aos cofres do município 1,2 ME, um valor que considerou

“avultado” e que a autarquia está apostada em reduzir, tendo iniciado esse processo de investimento de substi-tuição de lâmpadas com “re-sultados muito positivos”, al-guns deles superando as me-lhores expectativas.

“Instalámos variadores de velocidade nos motores com consumo mais significativo nas piscinas municipais de Abrantes e Tramagal e o in-vestimento da autarquia, que contou com uma taxa de comparticipação de 70% reduzindo o investimento do

município para 7 500 euros, estava concretizado seis me-ses depois, quando era ex-pectável que o fosse em dois a três anos”, exemplifi cou.

Relativamente à ilumi-nação pública, o processo de renovação já abarcou as luminárias existentes na Avenida das Forças Arma-das, Rotunda do Quartel e Rotunda da Liberdade, em Abrantes, um investimento exclusivamente municipal na ordem dos 30 mil euros para uma poupança anual aproximada de 6 mil euros,

o que se pode traduzir num período de retorno equiva-lente a 4,5 anos.

“Estas apostas é que são o futuro”, destacou o autarca, tendo feito notar que “a pou-pança nestas áreas vai per-mitir dotar o município de capacidade financeira para responder a outras necessi-dades” concelhias.

O município de Abrantes, com cerca de 40 mil habitan-tes e um território de mais de 700 quilómetros quadra-dos, já tem preparado um ca-derno de encargos com to-

dos os pontos de iluminação pública do concelho referen-ciados, tendo João Gomes referido que o investimento global de instalação de LED’s “ascende aos 6,5 ME e vai de-morar alguns anos” até à sua conclusão.

“Não temos capacidade para fazer tudo de uma só vez mas era preciso começar e ir avançando, consoante as disponibilidades fi nanceiras do município. Este é um in-vestimento de retorno ga-rantido, no máximo entre 3 a 5 anos”, frisou.

O projeto global de promo-ção da efi ciência energética e das energias renováveis está a ser desenvolvido em con-junto com a Médio Tejo 21 – Agência Regional de Energia e Ambiente do Médio Tejo e Pinhal Interior Sul -, e en-globa a substituição de lumi-nárias de iluminação pública, a instalação de baterias de condensadores e de variado-res de velocidade, e a substi-tuição das óticas dos semáfo-ros por óticas de LED’s.

Mário Rui Fonseca

Abrantes investe em lâmpadas LED para baixar fatura na iluminação pública

• Maria do Céu Albuquerque na apresentação ofi cial do Catálogo e da Agenda Cultural

Joan

a M

arga

rida

Car

valh

o

Page 11: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

Page 12: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

12 MARÇO 20162016SAUDE

O Conselho de Adminis-tração do Centro Hospita-lar do Médio Tejo reuniu na manhã de 17 de fevereiro com o Sindicato dos Enfer-meiros Portugueses, onde foram colocadas as ques-tões e problemas levanta-dos pelo sindicato junto dos enfermeiros do CHMT. Ficou agendada uma nova reuni-ão para o próximo dia 10 de março.

Segundo o Conselho de Administração do CHMT, em declarações ao JA, a reunião “decorreu de modo construtivo e de franco di-álogo visando a resolução dos problemas que se con-sideram mais prementes”.

Por sua vez, Helena Jorge, da Direção Regional de Santarém do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, disse ao JA que “a reunião

foi, como sempre, constru-tiva” e “o Conselho de Ad-ministração assumiu alguns compromissos, que discuti-remos na reunião de dia 10 março”.

Os resultados para já são inconclusivos, mas o Sin-dicato de Enfermeiros vai avaliar “em plenário, após a reunião de dia 10 de março, com os enfermeiros, para saber o que querem fazer em relação às atuais pro-postas do Conselho de Ad-ministração do CHMT”.

Ainda assim, a sindicalista afi rma que na próxima reu-nião a maior parte dos pro-blemas têm de ser resolvi-dos, caso contrário, será afi -xado o pré-aviso de greve que já havia sido divulgado.

Relembre-se que os enfer-meiros do Centro Hospitalar do Médio Tejo haviam mar-

cado uma greve de quatro dias, entre 29 de março e 01 de abril, e pretendem fazer

uma exposição ao ministro da Saúde sobre o seu funci-onamento.

Helena Jorge, da direção regional de Santarém do Sindicato dos Enfermeiros,

referiu à Lusa que, passado um ano de “tréguas” dadas à nova administração do CHMT, os enfermeiros estão “revoltados” com a ausência de medidas que corrijam si-tuações que estão a levar ao “aumento do absentismo e dos acidentes de trabalho”.

A sindicalista afi rmou que, além de estarem revoltados com o horário de 40 horas imposto à classe, os enfer-meiros queixam-se do nú-mero insuficiente de pro-fissionais, do não cumpri-mento dos horários, da mobilização entre as três unidades que integram o CHMT (Torres Novas, Tomar e Abrantes) e do não paga-mento de horas extraordi-nárias.

JS com LUSA

A Unidade de Saúde Fami-liar, (USF), de Abrantes, vai en-trar em funcionamento já no próximo mês de abril, anun-ciou Maria do Céu Albuquer-que, presidente da CM da Abrantes.

Segundo a autarca, vão in-gressar inicialmente na USF “5 médicos, 5 enfermeiros e 4 administrativos. Serão para já abrangidos mais de 10 mil utentes, dos quais 4.500, aproximadamente, não tem médico de família (…) Pret-ende-se que as atividades da USF se iniciem no princípio de abril de 2016”.

A conclusão das obras já se concretizou e os médicos que vão ingressar na USF já deram nome ao equipamento: “já foi submetida a candidatura do modelo A da USF Agrupa-mento de Centro de Saúde de Abrantes ao que os médi-cos deram o nome de D. Fran-cisco de Almeida”, adiantou a presidente.

“É um trabalho hercúleo que temos vindo a desenvol-ver, e estamos em condições, inclusivamente, de poder dar indicação aos nossos serviços

para pôr a funcionar o nosso protocolo para podermos atribuir o incentivo finan-ceiro, que nos compromete-mos, para com estes médi-cos”, acrescentou a autarca.

O novo equipamento, fi-nanciado pelo QREN em 85% e orçado em 1 milhão e 48

mil euros, conta com três pi-sos: um primeiro destinado a sediar uma Loja do Cidadão, o rés-do-chão para instalar a USF e um piso subterrâneo que está destinado ao esta-cionamento de 40 veículos ligeiros.

A nova estrutura conta com

oito gabinetes para consultas, um gabinete para consulta de internos, quatro gabinetes para enfermagem, duas salas de tratamento, uma sala de inaloterapia e uma de saúde oral. O espaço é composto ainda por áreas administra-tivas, sala de espera, zona de

higiene para bebés, salas de apoio e serviço social e por úl-timo, salas de trabalho.

Loja do Cidadão vai ser ins-talada na USF, mas sem data prevista

A futura Loja do Cidadão de Abrantes vai ser insta-lada no primeiro piso do edi-fício da USF, contudo ainda não existe uma data para a entrada em funcionamento deste espaço.

Maria do Céu Albuquerque reuniu já com o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Se-gurança Social, Vieira da Silva, a fim de apresentar o pro-jeto para a instalação da nova Loja. A autarca disse que a câ-mara tem vindo também “a trabalhar com a Agência Para a Modernização Administra-tiva neste sentido”.

A presidente acrescentou que algumas entidades já se mostraram cooperantes, no-meadamente “a Autoridade Tributária manifestou a in-tenção de aderir a esta Loja do Cidadão, mas do ponto de vista político, temos todo o interesse em que a Segu-rança Social se possa insta-

lar naquele espaço, para tra-zer para o centro histórico um serviço público importante e para estar próximo de outros serviços públicos que tam-bém facilitem a vida às pes-soas que ali se deslocam”.

Esta seria uma das medi-das a ter em conta no projeto do Plano Estratégico para a revitalização do centro his-tórico abrantino, relembrou Maria do Céu Albuquerque, contudo ressalvou que “não depende da CMA, não é nossa responsabilidade, é por proatividade e vontade polí-tica que temos puxado este barco”.

Sobre a USF de Abrantes, Avelino Manana, vereador da CDU, reafirmou, na reunião do executivo camarário do dia 2 de fevereiro, uma po-sição que já tinha tomado quanto a este e a outros as-suntos. Para o vereador a au-tarquia de Abrantes resp-onsabiliza-se por questões e áreas que dizem respeito ao poder central e não à Câmara Municipal.

Joana Margarida Carvalho

CHMT: Sindicato dos enfermeiros volta a reunir com o Conselho de Administração em março

Unidade de Saúde Familiar de Abrantes abre portas no mês de abril

Joan

a Sa

ntos

• O Sindicato de Enfermeiros vai avaliar “em plenário, após a reunião de dia 10 de março, o que os enfermeiros querem fazer em relação às atuais propostas do Conselho de Administração do CHMT”

Paul

o P

imen

ta

Page 13: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

Exposições • Arte Sacra Rostos de Misericórdia Centro Cultural Gil Vicente 12 de março a 15 de maio Horário da Exposição na Semana

Santa: Quinta-feira Santa, 24 – das 15.00 às

21.30 horas Sexta-feira Santa, 25 – das 15.00 às 20

horas Sábado Santo, 26 e Domingo de Páscoa

– das 15.00 às 19.00 horas Horário normal: De terça a sexta-feira – das 16h às 18h Sábados e domingos – das 15h às 18h Encerra às segundas-feiras

• Trabalhos Projeto Capela Espaço “Cá da Terra” Com a participação do Agrupamento de

Escolas de Sardoal (Centro Cultural Gil Vicente) 12 de março a 10 de abril

Música • Concerto de Flauta Forever Bach, forever António Carrilho Domingo, 27 – 16 horas Igreja Matriz

• Concerto de Páscoa Filarmónica União Sardoalense Domingo, 2 de abril – 21,30 horas Igreja Matriz de Sardoal

Passeio Pedestre • Caminhos de Fé Sexta-feira, 25 março (ver programa próprio)

Teatro • A Paixão de Cristo Sábado, 26 – a partir das 15 horas Getas - Recriação ao vivo do percurso

de Jesus Cristo a caminho do Calvário Praça da República - Rua 5 de Outubro –

Centro Cultural Gil Vicente

“Doce Quiosque” com venda de amêndoas

Casa Grande (confi rmar ou ver alternativa)

Dias 13, 20, 24, 25, 26 e 27 de março Abertura às 15 horas Preservação de uma antiga tradição

local que remonta aos tempos em que o comércio local tinha horário livre, permanecendo aberto após terminarem as celebrações religiosas. Nessa ocasião, os casais ou pares de namorados aproveitavam para oferecerem amêndoas à pessoa amada. Esta iniciativa é efetuada há 15 anos consecutivos e, em cada ano, é convidado um agente comercial do concelho para o respetivo fornecimento.

Semana Santa

de Sardoal24 a 27

março

Textos: Joana Margarida Carvalho Fotos: Paulo Sousa

Page 14: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

14 MARÇO 20162016ESPECIAL SARDOAL

GETAS RECRIA PAIXÃO DE CRISTO

“Não vamos vedar a passagem das pessoas, vamos envolvê-las”

O GETAS Centro Cultural vai assumir, à semelhança dos anos anteriores, uma dupla responsabilidade no decorrer da Semana Santa. O grupo, essencialmente constituído por sardoalen-ses, irá adornar a Capela de Santa Catarina e vai retratar a Paixão de Cristo, no dia 26 de março, a partir das 15h00.

Cristina Curado, presi-dente da direção, conta que na realização do tapete de fl ores há sempre a preocu-pação de ir buscar ajuda es-pecializada: “Todos os anos pedimos a uma pessoa di-ferente que faça o dese-nho [do tapete]. Para esta Semana Santa, pedimos a uma pessoa com conheci-mento de design, que é a Cláudia Dias e que já estru-turou tudo ao nível do de-senho, das cores, etc. Posso dizer que vai ser colorido, vai ter a cruz, a hóstia, os vá-rios símbolos que norteiam a Semana Santa”, explica.

Para a presidente da di-reção, o importante é cor-responder às expetativas: “Gostamos de fazer boa fi -gura. O nosso tapete tem sido um dos mais bonitos e queremos que continue a sê-lo. É uma das capelas

mais visitadas por estar na rua principal”, conta.

Em termos teatrais, a recri-ação ao vivo do percurso de Jesus Cristo a caminho do Calvário é um momento de emoção forte que acontece na Semana Santa, mas é logo de manhã que o grupo de teatro começa a drama-tizar com a recriação de um Mercado Medieval.

“Vimos a rigor e trazemos produtos para venda, tais como pão, enchidos, hor-tícolas, animais…e as pes-soas compram bastante. Na Paixão de Cristo vamos fazer à semelhança do que temos

feito. As pessoas gostam e envolvem-se como fi guran-tes no momento da procis-são. Juntamos cerca de 60 pessoas em termos técni-cos, segurança, maquilha-gem, atores, etc. Este ano, não vamos vedar a passa-gem das pessoas, vamos envolvê-las”, explica Cristina Curado.

É o quarto ano consecu-tivo que o GETAS assume este momento e a caracte-rização das personagens e o envolvimento das mes-mas são máximas a ter em conta: “O Gil é o nosso Jesus Cristo, porque tem todas as

caraterísticas. Não é um pa-pel fácil e ele consegue des-empenhá-lo muito bem. Ele próprio pede aos colegas que estão com o chicote para não terem problemas, a mãe dele não acha muita piada, mas o Gil leva o mo-mento muito a sério. A sua caracterização demora três horas a fazer”, conta a pre-sidente.

“A Semana Santa é mesmo uma festividade muito im-portante, traz muita gente ao Sardoal, é uma marca”, fi naliza.

A Banda Filarmónica União Sardoalense, FUS, é presença obrigatória na Semana Santa do Sardoal. É através das marchas fúnebres que quem se desloca à Vila Jardim por estes dias consegue sentir de uma forma mais intensa a sua fé.

Tal como em anos anteri-ores, a FUS vai acompanhar todas as procissões a decor-rer na quinta-feira (dia 24), na sexta-feira Santa (25) e no domingo de Páscoa (26). Já no dia 2 de abril vai levar a cabo o seu tradicional con-certo de Páscoa na Igreja Matriz, a partir das 21h30.

César Grácio, presidente da direção da FUS, conta que tocar na Igreja Matriz tem muito signifi cado: “Quando tocamos na igreja, qualquer pormenor, qualquer erro, é facilmente denotado. É um ponto alto da nossa ativi-dade anual. No ano passado correu muito bem, este ano a fasquia está bastante ele-vada, esperamos ter a igreja repleta de pessoas para nos ouvirem”.

O reportório musical para esta altura é caracterizado

pelas marchas fúnebres, “música mais lenta, com uma carga emocional forte. Quanto ao concerto, nós tentamos sempre inovar, são peças mais sentimentais, de refl exão”, acrescenta.

“Este tipo de peças já as te-mos bem ensaiadas de um ano para o outro. O mais im-portante aqui é a envolvên-cia, com referência à procis-são de Quinta-feira Santa, pelo carisma e a crença que a envolve, e a imposição que tem, que também se trans-mite para os músicos. Isso nota-se com o sentimento com que tocamos nesses dias”, refere César Grácio.

Para o presidente da dire-ção, que também é músico e já se envolve nestas celebra-ções há 30 anos, a Semana Santa “é um dos pontos altos devido à quantidade de pes-soas que vêm”.

Atualmente a FUS tem cerca de 40 músicos, na es-cola de música tem cerca de 43 aprendizes e é conduzida pelo maestro Américo Lo-bato.

FUS PROMETE CONCERTO DE PÁSCOA IMPERDÍVEL

“O mais importante aqui é a envolvência”

• Andreus

• Presa

• Cabeça das Mós

• S. Montalegre

• Entrevinhas

• S. Simão

• Mivaqueiro

• Espírito Santo

• Penascos

• Igreja da Misericórdia

Page 15: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

15MARÇO 20162016 ESPECIAL SARDOAL

A realização dos tape-tes de flores nas freguesias do concelho aconteceu há dois anos. Para esta Semana Santa, e em Cabeça das Mós, Maria Assunção Alves, Maria José Navalho e Beatriz Louro, fi lhas da terra, já estão a ini-ciar todos os preparativos.

A capela de Cabeça das Mós que recebe o tradicio-nal tapete de flores chama-se Sr. Jesus da Boa Morte, um padroeiro que é assinalado no domingo de Pascoela. É neste fi m-de-semana, após a Páscoa, que a aldeia celebra a sua festa. Contudo, o en-volvimento na Semana Santa também é uma preocupação levada a cabo com bastante responsabilidade.

Maria Assunção Alves viu

este alargamento da realiza-ção dos tapetes “com muito bons olhos. É uma forma de dar a conhecer estas aldeias pequenas, que já estão des-motivadas com tão pouca gente. O objetivo é que pas-sem por aqui e fi quem a co-nhecer a Cabeça das Mós”.

“No primeiro ano, passa-ram mais de 400 pessoas, no ano passado não foi inferior, muita gente se dirigiu aqui à nossa igreja. Com o auto-carro que a autarquia dispo-nibiliza, as pessoas acabam por vir… há aquela curiosi-dade”, contou.

No que diz respeito à ela-boração do tapete, o mesmo terá de estar pronto na quinta-feira, que marca o iní-cio da Semana Santa, con-

tudo muito trabalho acarreta: “O tapete surge em frente ao altar. Para o fazer nós com-pramos uma placa e ordena-

mos depois com as fl ores. Na vila utilizam a areia, mas nós achamos que não é muito prática, porque pode apo-

drecer a flor”, explicou Bea-triz Louro.

As flores do campo são uma preocupação, mas para as três responsáveis têm ou-tro signifi cado: “Nós fazemos sempre com fl ores do campo, utilizamos rosmaninhos, gi-estas, moita, etc. Este ano, ainda não pensámos bem o que fazer, e mesmo que sou-béssemos não íamos dizer (ri-sos). O objetivo é fazer um desenho diferente, podemos destacar novamente um sím-bolo ou vários”, referiu Maria José Navalho.

“As fl ores do campo é que têm signifi cado, dá mais tra-balho, mas é melhor. Va-mos fazer igual ou melhor do que ano passado. Quere-mos que seja muito bonito”,

acrescentou. A principal preocupação

das três é garantir que esta prática agora iniciada se pro-longue no tempo: “Preoc-upa-nos não haver pessoas que não deem continuidade a esta tradição, nós temos a preocupação de a passar, mas há poucos jovens”, la-mentou Maria Assunção Al-ves.

“Isto para nós tem outro va-lor, porque quando fomos desafi adas a fazer, nós não tí-nhamos qualquer tipo de ex-periência, agora já estamos em sintonia umas com as outras, somos um grupo de meia dúzia. Dá trabalho, mas sem trabalho o que é que se faz?”

CABEÇA DAS MÓS ENVOLVE-SE PELO TERCEIRO ANO NA REALIZAÇÃO DO TAPETE DE FLORES

“Vamos fazer igual ou melhor do que no ano passado”

Desde há 30 anos que Ma-ria Manuela Grácio se en-volve no adornar das capelas da vila de Sardoal.

Inicialmente, e sendo fun-dadora do GETAS, Maria Ma-nuela começou por enfeitar a capela de Santa Catarina, pois esta era a que estava en-tregue ao grupo de teatro. Hoje a sua dedicação é à ca-pela de São Sebastião, à en-trada da vila, devido ao facto

“de ter nascido ali naquela rua”.

“Pensei que devíamos de enfeitar a de São Sebastião, que não é abrangida pela passagem da procissão. Mas agora, como todas as capelas saem nos folhetos de divul-gação, acabam por ser todas contempladas com visitas”, conta.

“O ano passado correu muito bem. Habitualmente

o que acontece é que reuni-mos um grupo de mulheres mais idosas e mais novas. Fa-zemos a recolha das flores e peço ajuda a muita gente das aldeias. Depois começa-mos na terça-feira a colocar a areia, a esboçar o desenho, na tarde de quarta é até ter-minar, na quinta tudo tem de estar pronto”, explica Maria Manuela.

Sobre a Semana Santa deste

ano, a responsável conta que “já estamos com uma ideia. O desenho tem a ver com as cerimónias, com os motivos religiosos”. Já quanto às flo-res, terão de ser “naturais, do campo”.

Maria Manuela admite que “os visitantes têm aumen-tado de ano para ano. Para além de uma celebração da fé, é um convívio, é um atra-ção de turistas” e assim a sar-

doalense sempre conside-rou que as capelas de fora da vila também deviam de se envolver “as pessoas co-laboram, gostam, convivem, esta dinâmica anima as loca-lidades”.

Por último, a responsável confessa um desejo: “Quero passar esta tradição para os meus fi lhos. Acho que os jo-vens ainda não estão muito mobilizados para isto, é pre-

ciso ter motivação. Nós es-tamos disponíveis, a contar com a ajuda de todos”.

TRADICIONAIS TAPETES DE FLORES FAZEM AS DELÍCIAS DOS VISITANTES

“Os visitantes têm aumentado de ano para ano”

• Maria José Navalho, Maria Assunção Alves, Beatriz Louro

• Igreja SM Caridade

• S. Sebastião

• NS Carmo

• Vale Onegas

• Santa Catarina

• Valhascos NS Graça

• Sant’Ana

• Valhascos S. Bartolomeu

• Senhor Remédios

• Venda Nova

• Maria Manuela Grácio

Page 16: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

16 MARÇO 20162016ESPECIAL SARDOAL

Quais são os principais ob-jetivos que vão nortear a Semana Santa deste ano?

O objetivo é exaltar e divul-gar, no âmbito da fé e da reli-giosidade, o nosso patrimó-nio imaterial e material. Sem-pre com enorme respeito pelas cerimónias e pelos que se deslocam ao Sardoal como peregrinos no âmbito da sua fé, mas também proporcio-nar aqui um espaço onde o Turismo possa ter um mo-mento de grande dinâmica nesta altura do ano.

Do Programa Religioso e Complementar o que é que destaca?

É um programa comple-mentar na linha dos anterio-res, com uma exposição de Arte Sacra, onde vamos re-unir um conjunto de obras do concelho e da região que vão estar patente no Centro Cultural, com abertura a 12 de março. No Cá da Terra va-mos ter a exposição do Pro-jeto Capela, para que eles [os alunos] como sardoalenses percebam que há uma tra-dição, com muitos anos, no qual os familiares têm partici-pado há muito tempo e que eles se possam envolver para que esta tradição se prolon-gue por muitos anos.

No sábado, dia 26 de março, temos o Getas com a recri-ação da Paixão de Cristo, um momento que deve ser acompanhado. Outro ponto alto será um concerto de um excelente fl autista, dos maio-res nomes na Europa, Antó-nio Carrilho, na igreja matriz, no domingo de Páscoa. Já no dia 2 de abril vamos ter o tra-dicional concerto da Filarmó-nica União Sardoalense.

Todas as capelas do conce-lho vão estar enfeitadas pe-los moradores e pelas associ-ações que habitualmente co-laboram. Temos um circuito de transporte, com horários específicos, para a visita às capelas fora da vila. A com-plementar vamos ainda pro-mover um percurso pedes-tre, intitulado Caminhos de Fé, onde os participantes vão poder percorrer as capelas em contacto com a natureza.

Do programa religioso há momentos que são diferen-ciadores, falo da procissão dos fogaréus, é um recuar nos tempos, é adaptar a vila ao que foi esta procissão no passado, no tempo em que não havia iluminação pú-blica, uma procissão acom-panhada de fogaréus que iluminam todo o percurso. A procissão da Ressurreição também é diferenciadora pela alegria e colorido que tem, por toda a carga emoci-onal, pela festa e alegria.

De que modo é que a Se-mana Santa tem repercus-são na economia local?

Não podemos deixar de aproveitar este momento, para dinamizar a nossa eco-nomia local. Um momento que enchemos a vila com muita gente que nos visita e que dá dinâmica à nossa economia e nós gostamos muito que as pessoas apre-ciem este património mate-rial e imaterial. As pessoas da região já sabem que du-rante esta semana todos os caminhos vão dar ao Sar-doal. Contudo, os nossos objetivos de interesse eco-nómico relativamente à Se-mana Santa só serão atingi-dos quando conseguirmos transportar para os restantes dias do ano aquilo que de bom a Semana Santa ofe-rece em termos turísticos. É importante que em agosto alguém que vem ao Sardoal possa entender e interpretar o que é a procissão dos foga-réus, um tapete de fl ores… esse é o desafi o. Através da nossa Estratégia de Turismo Religioso com os diferentes parceiros, queremos criar es-paços físicos onde a pessoa possa sentir o que são estes momentos.

A Semana Santa de Sardoal vai estar na Bolsa de Tu-rismo de Lisboa?

Sim pelo segundo ano con-secutivo. É um momento im-portante para divulgar a Se-mana Santa, o que vamos fazer é a construção de um tapete de flores. É um es-paço privilegiado, que con-

fere uma projeção garantida, para muitos milhares de pes-soas.

Qual é o ponto de situação do Hotel de Charme?

Estamos a falar de um edi-fício classificado e como tal há um rigoroso acompanha-mento da Direção Geral do Património. Para nós é uma salvaguarda da manutenção, da valorização daquilo que é importante neste edifício, porque nada é feito sem que haja a autorização da Dire-ção Geral do Património. É um processo que demora, o seu tempo, mas que não tem estado parado.

Por proposta do promotor, na última Assembleia Muni-cipal, o edifício onde está a biblioteca vai passar também para o hotel, e isso obriga a uma contrapartida, numa proposta da autarquia, que é a recuperação do antigo colégio, (edifício que está fe-chado em deterioração), para alojar a biblioteca.

O atual edifício não tem condições para uma biblio-teca, tem muitas salas, com desníveis, de difícil acesso para pessoas com mobili-dade reduzida. Todo o pro-jeto é um investimento de alguns milhares de euros de investimento no concelho e

há uma grande vontade em começar.

E a requalifi cação do Par-que Escolar?

Já tivemos luz verde do Mi-nistério da Educação e na in-tegração das obras nos fun-dos comunitários. Temos o projeto feito, agora é colocar o concurso a decorrer, num investimento de 3,7 milhões de euros. Este é um investi-mento fundamental, fomos dos poucos concelhos onde não houve intervenção no Parque Escolar.

O ano passado falava da possível instalação de al-gumas empresas na zona industrial, qual é o ponto de situação?

Há uma empresa que está a concluir os seus trabalhos. Há um conjunto de intenção para novas instalações.

Fizemos o novo regulamento da zona industrial, o que tínha-mos não contemplava aspe-tos importantes. Por exemplo, uma empresa que não cum-priu com o que era necessário, não criou riqueza num espaço disponibilizado pela câmara, qual é o retorno? Como é que retorna esse espaço para a au-tarquia? Neste momento, os detentores destes lotes têm um período onde se podem

adaptar às novas regras ou po-dem cumprir o que não fize-ram, fi ndo prazo, depois entra-remos num período de nova contagem, caso nada se faça, entraremos num processo jurídico de retorno dos lotes que não têm criado riqueza no concelho. Temos casos de em-presários que apenas têm o terreno na sua posse e nada fizeram, outras que fizeram pequenas intervenções, mas nunca concretizaram. Alguns já nos transmitiram que nos vão devolver os lotes, outros estão interessados e querem continuar, vamos avaliar.

Referiu que era essencial corrigir as assimetrias que existem entre os municí-pios da Comunidade Inter-municipal do Médio Tejo, como é que está o caminho nesse sentido?

Temos sabido entre nós cor-rigir essas assimetrias, temos conseguido um equilíbrio. Esperamos que este quadro comunitário traga desenvol-vimento económico, criação de trabalho e por sua vez fi -xação de pessoas. Contudo, enquanto não passarmos a ter um país igual, e não ten-dencialmente virado para o litoral, as coisas tornam-se muito difíceis para as pessoas e autarcas da região.

MIGUEL BORGES, PRESIDENTE DA C.M. SARDOAL, CONFESSA QUE O OBJETIVO É:

“Transportar para os restantes dias do ano aquilo que de bom a Semana Santa oferece”

Sensibilizar os alunos para a criatividade, a ori-ginalidade e a importân-cia de manter as tradições são apenas alguns dos ob-jetivos do Projeto Capela, iniciado no Agrupamento de Escolas de Sardoal há cerca de 15 anos.

Carma Maia, professora de Educação Visual na Es-cola Drª Maria Judite Ser-rão Andrade, explica que o Projeto “é abordado na planifi cação anual da disci-plina (…) Nós falamos um pouco com os meninos, fazemo-los pensar nos símbolos religiosos, a par-tir de um ou vários símbo-los resulta um projeto”.

De seguida, o passo se-guinte é a elaboração do tapete na Capela Nosso Senhor dos Remédios: “pedimos sempre o apoio dos alunos, professores, assistentes operacionais, encarregados de educa-ção para a elaboração do tapete. É feita uma estru-tura em areia, que é bas-tante regada, depois é de-senhado o projeto selecio-nado do aluno. Mais tarde, começamos a dar alturas, saliências na colocação das fl ores. São dois dias, é um pouco trabalhoso”.

Os projetos elaborados pelos alunos do 2º e 3º ciclos resultam também numa exposição que este ano ficará patente, entre 12 de março a 10 de abril, no Espaço Cá da Terra.

“Há sempre uma exposi-ção dos trabalhos executa-dos. Este momento marca normalmente a abertura da Semana Santa com a entrega dos diplomas aos participantes”, adiantou a professora.

Sobre a adesão ao Pro-jeto Capela, Carma Maia referiu que, apesar de ape-nas um aluno vencer e de-pois ver o seu projeto con-cretizado num tapete de fl ores “a maioria participa e fi ca muito entusiasmada e orgulhosa. O ano passado a vencedora foi uma aluna do 5º ano, a sensibilidade não está ligada à idade, os-cila de ano para ano”.

PROJETO CAPELA

“A maioria participa e fi ca muito entusiasmada”

Page 17: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

Pela Páscoa de cada ano Cons-tância enfeita-se de fl ores para re-ceber os muitos milhares de vi-sitantes que a ela acorrem para viverem connosco as Festas do Concelho, organizadas em torno da muito antiga e encantadora Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem.

São três dias de intensa alegria em que partilhamos as belezas da Vila Poema e do encontro do Zêzere com o Tejo, em que evoca-mos as raízes de Constância e o seu passado marítimo, em que mostra-mos a nossa realidade e perspeti-vamos o nosso futuro. São três dias

de festa, de movimento, de cor, du-rante os quais afi rmamos o gosto de viver e de estar com quem gosta de nós e nos visita.

O dia grande das Festas é a seg-unda-feira a seguir à Páscoa (28 de março) em que têm lugar, ao fi -nal da manhã, o tradicional desfi le fl uvial de Tancos a Constância e, à tarde, a procissão e a Bênção dos Barcos nos rios Zêzere e Tejo, e das Viaturas na Praça Alexandre Her-culano. Mas os três dias (26 a 28) serão cheios de atividades. Para além das que se realizam habitu-almente – como as ruas floridas, as tasquinhas, a Tarde de Folclore,

a mostra de artesanato, o Grande Prémio da Páscoa em Atletismo, a Mostra de Doces Sabores, os con-certos e o espetáculo pirotécnico de encerramento – gostaria de destacar as que se anunciam para os próximos tempos: o Festival das Grandes Rotas e a Reabilitação do Centro Histórico da vila de Cons-tância.

O Festival das Grandes Rotas irá decorrer em 29 e 30 de abril e 1 de maio e, através de várias ativida-des nas áreas do turismo, do lazer, do desporto, da cultura e da ciên-cia, visa promover a Grande Rota do Zêzere e o Caminho do Tejo no

território do concelho de Cons-tância. Por seu lado, a exposição que estará patente sobre a Rea-bilitação Urbana do Centro Histó-rico tem como principal objetivo incentivar os proprietários de imó-veis degradados dessa zona sensí-vel (e tão bonita e signifi cativa) da vila a reabilitá-los, aproveitando os apoios e condições excecionais atualmente existentes para áreas de reabilitação urbana.

Há sempre muitas razões para vir a Constância. Mas pelas Festas, como se vê, há mais ainda! Venha e celebre connosco a tradição, a cul-tura e a vida!

Constância 2016Festa Nossa Senhora da Boa Viagem 26 a 28 março

Júlia AmorimPresidente da Câmara Municipal de Constância

Page 18: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

MARÇO 201618 ESPECIAL CONSTÂNCIA

A exposição que estará patente sobre a Reabilitação Urbana do Centro Histórico tem como princi-pal objetivo incentivar os proprie-tários de imóveis degradados dessa zona da vila a reabilitá-los, aprovei-tando os apoios e condições exce-cionais atualmente existentes para áreas de reabilitação urbana.

“Existem hoje apoios que permi-tem oferecer uma solução atrativa e equilibrada, quer para o investi-mento público quer para empresas e particulares. E são essas possibili-dades de incentivos a particulares que queremos divulgar, para quem queira aproveitar a oportunidade para investir em reabilitação urbana no centro histórico de Constância, em edifícios que podem depois ser-vir para habitação, para segunda habitação, ou para aluguer, comér-cios, alojamento ou serviços”, desta-cou a presidente da Câmara Munici-pal de Constância.

No âmbito do Portugal 2020, qua-dro de apoio comunitário, foi criado um Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Ur-banas e, como tal, pode vir a ser-vir como apoio à reabilitação e revitalização urbanas, incluindo a promoção da efi ciência energética, em complementaridade com a rea-bilitação de habitação para empre-sas e particulares.

“Existem várias possibilidades e

instrumentos financeiros, sendo que a autarquia vai poder reabilitar os seus prédios no âmbito do mer-cado de arrendamento acessível”, destacou Júlia Amorim.

A autarca deu ainda conta que “a iniciativa privada, que justifi-que investimento em espaço pú-blico, pode levar a Câmara a in-vestir em obras de requalifi cação/

benefi ciação em vários espaços pú-blicos do centro histórico e zona ribeirinha, ou seja, o investimento público será alavancado pelo inves-timento privado”, observou.

O Pavilhão do Município vai dar especial destaque à Área de Reabi-litação Urbana de Constância por-que “é importante passar a informa-ção dos apoios e das oportunida-

des que existem atualmente, para que estas medidas possam ser uti-lizadas não só pelas empresas mas também pelos particulares”.

A necessidade de investimento na reabilitação urbana do núcleo histó-rico de Constância “traduz-se num processo fundamental para o de-senvolvimento urbano integrado do aglomerado e para o pleno aprovei-tamento das suas potencialidades turísticas, garantido a conservação dos valores patrimoniais e da sua identidade cultural e, simultanea-mente, procurando inverter a es-piral de degradação do edificado e a desertifi cação económica e so-cial que teima em verificar-se no nosso centro histórico”, destacou a autarca.

“Em breve apresentaremos o nosso Plano de Ação para a Rege-neração Urbana, e que já deve in-cluir as propostas de ação propos-tas pelos privados e pelo municí-pio”, observou Júlia Amorim, tendo defendido a importância da rea-bilitação do centro histórico “para que a história e identidade se man-tenham vivas e para a melhoria da qualidade de vida das populações que a ele recorrem, e que nele resi-dem, visitam, ou trabalham”.

“Este é um momento de oportu-nidades”, frisou Júlia Amorim, tendo apelado aos proprietários de imó-veis nesta área para que “não per-

cam a oportunidade de os reabi-litar”.

O Pavilhão da Câmara Municipal de Constância vai dar destaque nes-tas Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem aos programas de incenti-vos comunitários e aos incentivos municipais, como a isenção do pa-gamento de várias taxas munici-pais, isenção do pagamento do IMI, isenção do pagamento do IMT, con-dições especiais de licenciamento, informação detalhada sobre os incentivos do município, isenção do IMI por um período de 5 anos para edifícios reabilitados e isen-ção IMT na 1ª aquisição de edifícios reabilitados, para além da isenção de pagamento de diversas taxas municipais. Por outro lado, haverá penalizações que vão recair sobre os proprietários de imóveis degra-dados na ARU.

Com a delimitação desta ARU pret-ende-se potencializar a intervenção dos privados, através da criação de estímulos à reabilitação urbana por parte destes proprietários, enqua-drados numa estratégia integrada de reabilitação urbana, articulada com um programa de investimen-tos públicos a implementar no Nú-cleo Histórico de Constância.

“Chegou a hora. Todos juntos va-mos reabilitar o centro histórico de Constância”, apelou a presidente da Câmara Municipal.

• Delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Centro Histórico de Constância

FESTAS DO CONCELHO DE CONSTÂNCIA/PAVILHÃO DO MUNICÍPIO

Exposição – Área de Reabilitação Urbana de Constância

TEXTOS: MÁRIO RUI FONSECA

Page 19: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

MARÇO 2016 ESPECIAL CONSTÂNCIA 19

Constância recebe as Festas do Concelho deste ano entre 26 e 28 de março com um cartaz musical marcado pela diver-sidade. As propostas vão do pop-rock ao hip-hop, passando pelo reggae, pelo rap, o fado, o folclore e a música popular. Mas os festejos não se fi cam por aqui.

O programa das festas arranca no dia 26 com o 28º Grande Prémio da Páscoa de Constância EDP Distribuição em atle-tismo. A prova de 10 quilómetros será acompanhada por uma caminhada com metade da distância para os escalões jovens. Nessa data são inauguradas a 27ª Mostra Nacional de Artesa-nato, a 10ª Mostra de Doces Sabores, diversas exposições e as tasquinhas.

À tradição das ruas fl oridas, da gastronomia local e do arte-sanato junta-se a novidade do espaço criança, a somar às ativi-dades desportivas com uma mega aula de zumba ou a prova de atletismo. Três dias plenos com a bênção de Nossa Senhora da Boa Viagem.

26 de março – sábado

15H00 – Inauguração Ofi cial das Festas (junto ao Monumento a Camões)

15H30 – Abertura da Mostra de Artesanato, Mostra de Doces Sabores e Exposições

15H30 > 21H00 – Animação de Rua: MIMO’S DIXIE BAND

22H00 – Concerto: ALLEN HALLOWEEN (Palco Camões)

22H45 – Concerto “ROAMING BELLS SHOW”: CARRILHÃO LVSITANVS & ROSEMARIE SEUNTIENS(Margem do rio Zêzere)

23H45 – Concerto: NERVE (Palco Camões)

00H30 – Concerto: QUEM É O BOB? | TRIBUTO A BOB MARLEY (Palco Pelourinho)

O hip-hop chega na primeira noite com os rappers Allen Haloween e Nerve, ambos com temas para mostrar dos trabalhos discográfi cos editados em 2015 e não só. O primeiro vem de Odivelas e traz músicas dos álbuns “Mary Witch” (2006), “Árvore Kriminal” (2011) e “Híbrido” (2015). O segundo vem de Abrantes, terra natal, trazendo no carro os sons dos cinco álbuns/EPs lançados desde 2006, como “Eu Não das Palavras Troco a Ordem” (2008) ou “‘Trabalho e Conhaque’ ou ‘A Vida Não Presta e Ninguém Merece a Tua Confi ança’” (2015). De Leiria vem a banda de tributo a Bob Marley “Quem é o Bob?” com os ritmos calorosos do reggae e do ska.

27 de março – domingo15H00 – Abertura da Mostra de Artesanato, Mostra de Doces Sabores e Exposições

15H00 – Concerto: TUNA DA UNIVERSIDADE SÉNIOR DE CONSTÂNCIA (Palco Camões)

16H00 > 21H00 – Animação de Rua: BANDA ÀS RISCAS

16H00 – TARDE DE FOLCLORE (Palco Camões)RANCHO FOLCLÓRICO “OS CAMPONESES” DE MALPIQUE – CONSTÂNCIA RANCHO FOLCLÓRICO “OS MOLEIROS” DA RIBEIRA – OURÉMRANCHO FOLCLÓRICO DA FREGUESIA DE PUSSOS – ALVAIÁZERE

22H00 – Concerto: ANA LAÍNS COM A BANDA DA ASSOCIAÇÃO FILARMÓNICA MONTALVENSE(Palco Camões)

23H30 – Concerto: TOC’ & FOGE (Palco Pelourinho)

O fado pode ser de Portugal, mas em Constância pertencerá a uma voz e a uma banda que a vila conheceu praticamente na mesma altura, há três décadas atrás. A fadista Ana Laíns atuará acompanhada pelos músicos da Banda da Associação Filarmónica Montalvense 24 de Janeiro, dando alma às faixas dos álbuns “Sentidos” (2006) e “Quatro Caminhos” (2010). Pelo meio temos alguns dos mais dignos embaixadores do folclore nacional e a Tuna da nossa Universidade Senior. Para fechar o Palco Pelourinho a animação musical será assegurada pelo conjunto Toc’&Foge.

28 de março – segunda-feiraFeriado municipal9H30 – Içar das Bandeiras, nos Paços do Concelho com Guarda de Honra prestada pelos BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE CONSTÂNCIA e a presença da BANDA DA ASSOCIAÇÃO FILARMÓNICA MONTALVENSE 24 DE JANEIRO de Montalvo

10H00 – Cerimónia de Distinção dos Funcionários do Município com 10, 20 e 30 anos de serviço(Salão Nobre do Paços do Concelho)

10H30 – Visita às RUAS FLORIDAS

13H00 – Chegada das EMBARCAÇÕES ENGALANADAS ao cais de Constância

A 28 de março, segunda-feira da Boa Viagem, perpetua-se a tradição pascal iniciada pelos marítimos com a bênção dos barcos nos rios Tejo e Zêzere e mais tarde complementada pela bênção das viaturas na Praça Alexandre Herculano. Os festejos do dia do Concelho integram ainda a missa solene, a Procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem e um espetáculo piromusical.

15H00 – Abertura da Mostra de Artesanato, Mostra de Doces Sabores e Exposições

15H30 – CERIMÓNIAS RELIGIOSAS:Missa Solene na Igreja MatrizProcissão em louvor de Nossa Senhora da Boa Viagem Bênçãos dos barcos nos rios Tejo e Zêzere e das viaturas na Praça Alexandre Herculano

22H00 – Concerto: JORGE PALMA (Palco Camões)

FINAL – ESPETÁCULO PIROMUSICAL Jorge Palma, uma estreia nas Festas de Constância, traz a experiência musical da carreira iniciada com os estudos de piano. O pop-rock e baladas de uma vida estão asseguradas nas eternas músicas “Deixa-me rir”, “Frágil”, “Encosta-te a mim”, “Bairro do Amor” ou “O Lado Errado da Noite”, entre outras.

Programa Desportivo26 de março – sábado 9H30 – 28º GRANDE PRÉMIO DA PÁSCOA DE CONSTÂNCIA EM ATLETISMO / EDP DISTRIBUIÇÃO (Av. das Forças Armadas)

17H00 – MEGA AULA DE ZUMBA (Palco Pelourinho)

RUAS FLORIDAS . TASQUINHASXXVII MOSTRA NACIONAL DE ARTESANATO(Parque de Merendas)X MOSTRA DE DOCES SABORES(Parque de Merendas)EXPOSIÇÕES (Antiga Cadeia)ESPAÇO CRIANÇA (Insufl ável – pinturas faciais – moldagem de balões – bicicleta estática)CONCURSO DE FOTOGRAFIA Retratos da Festa(consultar normas de participação no Posto de Turismo)

Programa

Page 20: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

MARÇO 201620 ESPECIAL CONSTÂNCIA

O Festival das Grandes Rotas irá decor-rer em Constância nos dias 29 e 30 de abril e 1 de maio através de várias ati-vidades nas áreas do turismo, do lazer, do desporto, da cultura e da ciência. Um evento que visa promover a Grande Rota do Zêzere e o Caminho do Tejo no território do concelho de Constância. Para conferir e marcar na sua agenda.

“O concelho de Constância é um ter-ritório de excelência para a prática des-portiva na natureza, agora potenciado pela Grande Rota do Zêzere – GRZ 33 e Grande Rota do Tejo – GR 12, destacou a presidente da Câmara de Constância, Júlia Amorim.

A Grande Rota do Zêzere (GRZ), da nas-cente do rio Zêzere, na serra da Estrela, até à sua foz, em Constância, tem um percurso de 370 quilómetros que pode

ser feito a pé, de bicicleta e de canoa. “É um projeto que tem a vantagem de ter uma componente multimodal, que per-mite que os visitantes possam fazer tro-ços a pé, de bicicleta ou de canoa, o que lhe dá ainda uma maior abrangência”, frisou a autarca.

Sendo percursos marcados no terreno funcionam como equipamentos com um potencial turístico enorme, já que cada vez são mais os praticantes de pe-destrianismo e cicloturismo que percor-rem os territórios onde existe este tipo de percursos, aliando o conhecimento dos valores patrimoniais à prática de exercício físico. Os percursos apresen-tam também um enorme potencial como marcas que podem ser explora-das por empresas privadas, conciliando as suas três vertentes (pedestre, BTT e

canoa).“O concelho de Constância assume-

se como um território fulcral para a dinamização das duas Grande Rotas já que pode funcionar como ponto de partida ou ponto de chegada em cada uma das Rotas e também como ponto de ligação entre elas”, observou Júlia Amorim.

Este é o ponto de partida para o Festi-val das Grandes Rotas – um evento que irá decorrer dias 29 e 30 de abril, e 1 de maio em Constância, e no qual o Muni-cípio de Constância, em conjunto com alguns agentes económicos locais pre-tendem promover a Grande Rota do Zêzere e o Caminho do Tejo no território concelhio, através de várias atividades nas áreas do turismo, lazer, desporto, cultura e ciência.”

Constância e o Festival das Grandes RotasPrograma 6.ª FEIRA – 29 de abril 19h00 – Receção dos participantes – Turismo21h00 – Abertura do Festival das Grandes Rotas – Exposição de Fotografi a Digital das Grandes Rotas 21h15 – Palestra sobre viagens de aventura e desafi os em autonomia – Auditório da Casa Memória de Camões 22h45 – Apresentação do trabalho desenvolvido pelo gabinete de SIG no âmbito das GRs no Concelho de Constância – Auditório de Casa Memória de Camões SÁBADO – 30 de abril08h00 – Abertura do Secretariado – Turismo08h30 – Inicio do Passeio Pedestre – 18 Km10h00 – Inicio do Passeio Pedestre – 8 Km10h00 – Abertura dos Stands e Exposição10h30 – Camões com Bússola (PontoAventura – atividade paga)10h30 – Descida do rio Tejo em canoa com visita ao Castelo de Almourol (PontoAventura – atividade paga)10h30 – Grande descida Zêzere e Tejo em canoa (Glaciar, Sports Bar, Lda. - atividade paga)14h00 – Rapel suspenso na ponte sobre o Zêzere (PontoAventura – atividade paga)16h0 – Grande descida Zêzere e Tejo em canoa (Glaciar, Sports Bar, Lda. - atividade paga)20h00 – Rota do Tejo em Bicicleta “O Colorido Lusco Fusco” – Igreja Matriz de Montalvo20h30 – Rota do Tejo em Bicicleta “O Colorido Lusco Fusco”21h30 – Observações astronómicas21h30 – Zumba Colour Party – Praça Alexandre Herculano22h30 – Animação musical

DOMINGO – 1 de maio09h00 – Inicio da Passeio Pedestre – 12 Km9h30 – Paintball + slide de 200mt (PontoAventura – atividade paga)- Constância Sul10h00 – Abertura dos Stands e Exposição10h00 – Descida do rio Tejo em canoa com visita ao Castelo de Almourol (PontoAventura – atividade paga)10h30 – Inicio do Passeio Pedestre – 6 Km10h30 – Grande descida Zêzere e Tejo em canoa (Glaciar, Sports Bar, Lda. - atividade paga)12h30 – Entrega de Prémios15h00 – Competição de carrinhos de rolamentos (PontoAventura – atividade paga)16h0 – Grande descida Zêzere e Tejo em canoa (Glaciar, Sports Bar, Lda. - atividade paga)

Agarre a liberdade e construa o seu roteiro!!A decorrer em simultâneo: Visitas culturais: Passeio de Barco: 10h00 | 11h30 | 15h30 | 17h00 |18h30Visitas ao Borboletário: 10h30 – 17h30Visitas ao Jardim-Horto: 10h – 13h | 14h – 18hVisitas ao Museu dos Rios: 10h – 13h | 15h – 19hVisitas ao CCV-Parque de Astronomia: 10h – 13h | 15h – 19h - Sábado 21h – 23hMostra de produtos regionais – TAGUS – Edifício da Antiga Cadeia

Secretariado do Festival: Turismo Parceiros: TAGUS; Aldeias do Xisto; CIMT; Turismo do Centro; Agentes económicos do Concelho de Constância

Page 21: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

21MARÇO 20162016 JUSTIÇA

Vila de Rei inaugura sistema de videoconferência para um acesso próximo à justiça

Desde o dia 12 de fevereiro que os munícipes de Vila de Rei po-dem usufruir de um sistema de vi-deoconferência caso necessitem de ter acesso à justiça.

O novo sistema, que represen-tou um investimento autárquico de 5 mil euros e que está sediado no Julgado de Paz de Vila de Rei, poderá ser utilizado nas diversas diligências determinadas pelos tribunais a que o concelho está ligado.

De acordo com José Avelino Gonçalves, juiz presidente do Conselho de Gestão do Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco, o sistema poderá ser uti-lizado por qualquer vilarregense,“ em qualquer diligência judicial (…) tudo para o bem-estar da po-pulação”.

Este sistema de videoconferên-cia já é utilizado entre tribunais de diferentes concelhos do país e em

outras entidades tuteladas pelo Ministério da Justiça.

Para o Presidente de Câmara Municipal, Ricardo Aires, o prin-cipal benefício do novo equipa-mento passa pela poupança de recursos financeiros: “em vez de as pessoas se estarem a deslocar aos tribunais não será necessá-rio, basta fazer um requerimento a dizer que querem fazer uma vi-deoconferência e seguidamente é deslocarem-se a este local. Já não tem de gastar dinheiro no seu transporte (…) É uma grande van-tagem para Vila de Rei ter este ser-viço público aqui sediado no con-celho”, afi rmou o autarca.

Para além da utilização do novo sistema, os munícipes vão contar com o apoio de um responsável de um tribunal judicial sempre que tiverem necessidade de esta-belecer uma videoconferência.

Joana Margarida Carvalho

PUBLICIDADE

• Ricardo Aires, presidente da CM Vila de Rei e José Avelino Gonçalves, Presidente da Comarca de castelo Branco

Page 22: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

22 MARÇO 20162016REPORTAGEM

HÁLIA COSTA SANTOS

São quase 200 novelos de lã para fazer cerca de 20 mantinhas que vão ser oferecidas à Maternidade de Abrantes. Os pares de mãos que as estão a trico-tar têm os sinais do tempo que por elas passou. São mãos que, por estes dias, se dedicam a fazer manti-nhas de lã que vão acon-chegar bebés que nem co-nhecem, mas a quem já de-sejam uma vida feliz.

Estão juntas a fazer man-tinhas e percebe-se, pela conversa, que estão juntas em muitas outras coisas. Transparece cumplicidade na forma como brincam uma com a outra. Na sala em que, na Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, se fazem os mais variados tra-balhos manuais, D. Narcisa e D. Maria de Lurdes mos-tram as mantinhas que es-tão a fazer: uma é cinzenta e roxa e a outra é amarela clarinha.

As mantinhas da D. Narcisa e da D. Maria de Lurdes são duas das cerca de 20 que es-tão a ser feitas em três Cen-tros de Dia de Abrantes e que serão oferecidas à Ma-ternidade de Abrantes, do Centro Hospitalar do Mé-dio Tejo. Farão parte dos en-xovais que estão a ser pre-parados para as crianças que, quando nascem, não os têm. A ideia de colocar as senhoras de mais idade a fazer mantinhas partiu da Casa da Amizade, o grupo de esposas dos membros do Rotary Club de Abrantes (RCA), dando forma a mais uma iniciativa de solidarie-dade junto da comunidade local.

“Acho a ideia ótima, por-que ver uma criança nascer sem nada faz doer o cora-ção.” D. Narcisa teve quatro filhos e oito netos. Já tem um bisneto e espera por ou-tro. Desde pequenina que

sabe tricotar. Aprendeu com uma tia que era cos-tureira, em casa e nas Doro-teias. Reconhece que sem-pre teve “um bocadinho de jeito” para os trabalhos manuais. Por isso, foi uma das senhoras que abraçou a ideia de fazer uma manti-nha para um bebé que ve-nha a nascer em Abrantes. Talvez uma menina, até por-que a sua mantinha é cin-zenta e rosa, uma combi-nação de cores de que até não gosta muito, mas que agrada muito a quem a vê.

Enquanto mostra a sua mantinha amarela, D. Ma-ria de Lurdes, de 87 anos, avisa logo que gosta muito de brincar. Assim que soube do projeto, fi cou logo com “muita vontade” de fazer uma mantinha. Mas, como tem “muita idade”, não sa-bia se conseguia. “Mas têm-me ajudado e tenho con-seguido.” Apesar de ter “uma grande aversão à lã”, este projeto fê-la mudar de ideias: “Temos que ajudar, não é?” Fazer uma manti-nha para alguém que nem conhece não a preocupa. “O que interessa é que vai be-nefi ciar alguém, porque há tanta criança que precisa.” Num tom bem disposto que percorre toda a conversa, conclui: “Que Deus nos dê saúde e cabecinha para fa-zermos muitas coisas para ajudar os outros.”

Alberto Margarido, Pro-vedor da Santa Casa da Mi-sericórdia de Abrantes, ex-plica que nesta instituição se dá muita importância à área da animação, tal como à componente do exercício físico. Por isso, “tínhamos que aceitar” o desafi o, com a mais valia de vir do RCA, um clube que tem a preocu-pação de estar ao serviço da comunidade.

O Lar de Idosos Domus Pa-cis – Casa da Paz, do Centro Interparoquial de Abrantes, também aceitou o desafio de fazer mantinhas. D. Maria

MANTINHAS PARA QUEM PRECISA: GRUPO DE ESPOSAS DOS ELEMENTOS ROTARY CLUB LANÇA DESAFIO A CENTROS DE DIA DE ABRANTES

“Que Deus nos dê saúde e cabecinha para fazermos muitas coisas para ajudar os outros”

• Na Santa Casa da Misericórdia a animadora, Sónia Serrano, acompanha o trabalho de D. Narcisa e de D. Maria de Lurdes

Hál

ia C

osta

San

tos

Page 23: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

23MARÇO 20162016 REPORTAGEM

PUBLICIDADE

“É importante que as instituições não se fechem sobre si mesmas, pois fazem serviços muito nobres, que escapam aos olhos do cidadão comum.

Tendo tido conhecimento do Pro-jeto Tricotanças - Nascer quentinho em Abrantes, surgiu a ideia de nos juntar-mos a esse projeto, criando uma inte-ração com outras instituições. Tendo em conta as diferentes idades e dis-ponibilidades das pessoas, pensámos que seria muito interessante as “avozi-nhas” com disponibilidade nos lares da nossa comunidade fazerem as manti-nhas para depois se oferecerem aos recém nascidos na nossa maternidade no Centro Hospitalar do Médio Tejo.

Pôr a ideia em prática foi muito fácil, pois todos os intervenientes nos aco-lheram muito bem nos três Lares que contactámos. Criou-se grande entusi-asmo, diria mesmo, alegria, em plenos meses de muito frio (janeiro e feve-reiro), estabeleceram-se relações de afeto nas visitas já feitas e que pode-rão ter continuidade, puseram-se os talentos de cada um a render: a oferta da matéria prima, a oferta do trabalho em mãos tão habilidosas e a comuni-cação entre todos. Esta atividade cul-minará com a entrega das mantinhas na maternidade brevemente.”

Delfi na Baptista Casa da Amizade, Rotary Club de Abrantes

da Conceição, de 79 anos, assim que viu as lãs, quis logo fazer uma mantinha e foi a primeira a escolher as cores. Sempre fez mui-tas mantinhas, mas nunca fez duas iguais. Enquanto vai tricotando, manifesta uma preocupação: “Não sei se esta lã vai chegar...” Mas rapidamente recebe a ga-rantia de que, se for pre-ciso mais, se compra mais lã igual. Se esta mantinha falasse, levava, para a bebé que a receber, um desejo de “dignidade e saúde”.

Roseana Torres trabalha na parte da animação so-cial com os idosos do Lar Domus Pacis. Lembra que quando surgiu a ideia de fa-zer “mantas para bebés de mães carenciadas, a ideia foi muito bem acolhida!” Adi-anta que o envolvimento neste projeto tem sido “muito positivo”. Para além da utilidade óbvia, permite que os utentes do lar vejam que “fora deste ambiente também há pessoas que es-tão a necessitar de ajuda”.

No Centro de Dia de A l f e r r a r e d e , A n d r e i a Ferreira, diretora técnica

da Terceira Idade, explica que o desafi o lançado pela Casa da Amizade do RCA foi apresentado numa sessão para que todos percebes-sem bem os objetivos. Vá-rias senhoras, assim como as funcionárias, agarraram a ideia com toda a energia. “Nunca nos tinha sido lan-çado um desafi o destes por alguém de fora, mas tem sido muito positivo!”

D. Cremelinda, de 63 anos, diz que se sente “bem” a fa-zer uma mantinha “para os meninos que vão nascer na Maternidade de Abrantes”. Sempre fez muita renda, mas nunca tinha feito ma-lha. Com a ajuda da D. Leonor, funcionária do Cen-tro de Dia de Alferrarede, está a fazer uma mantinha pela primeira vez. E de-seja “sorte” ao bebé que a vai receber. Umas cadeiras

mais à frente, D. Cristina, de 73 anos, também faz uma mantinha para uma criança que não conhece, mas com o mesmo carinho com que fez para os seus fi lhos.

Assim que soube deste desafi o, D. Maria Luísa quis logo fazer uma mantinha “para os bercinhos” dos be-bés. Não deixa que conversa sobre este projeto diminua a velocidade com que a faz. Tem 81 anos e fez muita ma-lha e renda durante a sua vida, para as fi lhas, netos e bisnetas e para “pessoas que pediam”. Desta vez, fazer mantinhas não é diferente, mesmo sendo para bebés que não conhece. “É igual!” À menina que receber a sua matinha, deseja que a use durante muito tempo. Ao lado, D. Edite acrescenta: “E que tenha muita sorte na vida!”

A iniciativa explicada por quem a teve

A circulação normal na ponte que liga Abrantes a Rossio ao Sul do Tejo será retomada no final de março, segundo informa-ção da Infraestruturas de Portugal (IP).

O vice-presidente da Câ-mara Municipal de Abrantes, João Caseiro Gomes, referiu que, segundo comunicado da Infraestruturas de Portu-gal (IP), “as condicionantes do trânsito serão eliminadas no fi nal de março. O que sig-nifica que temos aqui um atraso de um mês sobre o previsto inicialmente pela IP”. A obra teve início em setem-bro de 2014, com três me-ses de atraso, e previa-se o seu término em novembro de 2015. No entanto, a sua conclusão é agora apontada para fi nal de abril de 2016.

Segundo o comunicado

enviado à CM de Abrantes, a circulação voltará ao nor-mal no mês de março e o trânsito vai circular nos dois sentidos, sendo que os pe-sados poderão novamente voltar a passar em cima do tabuleiro.

Porém, a obra só fi cará to-talmente concluída em abril, ainda que o vereador João Gomes garanta que “não terá qualquer interferência com a circulação do trânsito em cima do tabuleiro. Penso eu que poderá ter uma pe-quena condicionante, mas será uma coisa mínima e que será sempre feita na altura em que há me-nos trânsito, ou durante a noite ou durante o dia, mas sem impacto perante estas condicionantes que temos agora”.

O autarca salientou ainda

que “é de lamentar que haja este atraso, porque sabemos que é uma condicionante que tem trazido muito trans-torno sobretudo aos nossos munícipes e também à pas-sagem dos veículos pesa-dos, e das empresas que es-tão sediadas no nosso mu-nicípio e não só”.

No mesmo comunicado a IP indica que a conclu-são dos trabalhos no leito do rio será também feita em março, permitindo insuflar o açude e permitindo ainda “organizar algumas provas desportivas”, acrescentou João Caseiro Gomes.

Esta informação foi trans-mitida na reunião de execu-tivo camarário, realizada no início do mês de fevereiro.

Joana Santos aluna JCC ESE Portalegre

Normal circulação na ponte que liga Abrantes ao Rossio retomada este mês

Page 24: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

24 MARÇO 20162016REGIÃO

O Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) do Agrupamento de Esco-las nº 2 de Abrantes vai levar este ano os alunos para fora do ambiente escolar, uma medida que a vereadora da educação considerou “discri-minatória”

Em causa estão duas tur-mas e cerca de 20 alunos, di-vididos por uma turma de Vocacional e uma outra de PIEF, em programa de inser-ção e integração social do Mi-nistério da Educação, tendo a direção do Agrupamento de Escolas nº 2 de Abrantes de-cidido que este ano letivo a turma PIEF devia funcionar num estabelecimento exte-rior à escola.

A vereadora da Educação e Ação Social, Celeste Simão, disse ter votado “contra a me-dida” por entender que “os alunos PIEF, são alunos PIEF porque algo no seu percurso

já falhou, esta é a última linha para eles, pode ser uma úl-tima oportunidade e neces-sitam de ser incluídos. Desta forma, retirando-os do seu meio escolar, estamos a falar de discriminação”, defendeu.

Os alunos PIEF começa-ram a ter aulas em mea-dos de fevereiro numa zona residencial da Encosta da Ba-rata, em instalações cedidas pela União de Freguesias de Abrantes, e almoçam no re-feitório de um Lar do Centro Social Interparoquial, longe da escola sede.

“Durante o meu percurso profissional lecionei turmas PIEF, fui coordenadora de vá-rios PIEF em vários concelhos. Houve casos de sucesso e ca-sos de insucesso, tal como no ensino regular. Mas sou com-pletamente a favor da inclu-são destes alunos no espaço escolar com os seus colegas e beneficiando das ativida-

des que a escola promove”, vincou Celeste Simão.

Contactado pela Lusa, o di-retor do Agrupamento, Al-cino Hermínio, disse que “a medida foi debatida e apro-

vada em sede de Conse-lho Geral e não foi imposta”, tendo feito notar que a mesma visa “o melhor para todos os alunos” integrados em PIEF, cuja idade máxima

é 18 anos.O responsável do Agrupa-

mento disse ainda que “o programa PIEF tem sempre funcionado dentro da escola mas não é inédito, a nível na-

cional, funcionar fora da es-cola”, tendo feito notar que estes alunos, “estão numa medida que é de último re-curso, pelo seu passado com-plicado, e que os impede de estar em turmas regulares”.

Alcino Hermínio disse ainda que este “é um projeto novo”, uma “aposta na qual o Agru-pamento deposita expecta-tivas muito positivas”, tendo realçado que o mesmo en-volve também um protocolo com a escola de bombeiros de Abrantes, na área da for-mação, aprendizagem e in-tegração.

Instado a comentar as acu-sações de “discriminação” da vereadora da educação da Câ-mara de Abrantes, o respon-sável pelo Agrupamento de Escolas disse “respeitar mas não comentar”, tendo insis-tido que “estas medidas são a bem de todos os alunos”.

MRF/COM LUSA

Mário Centeno esteve em Sardoal acompanhado da ministra da Presidência e da Modernização Adminis-trativa, Maria Manuel Mar-ques, onde inauguraram no dia 18 de fevereiro a Loja do Cidadão de Sardoal, equipa-mento que disponibiliza os serviços da Autoridade Tribu-tária, Segurança Social, Ga-binete de Inserção Profi ssio-nal do Instituto do Emprego e um balcão multisserviços, entre outros.

Na sua intervenção, o pre-sidente da autarquia de Sar-doal, Miguel Borges (PSD), destacou a interioridade do município, “interior de um país que teima em acentuar a sua inclinação para o litoral, apesar das poucas dezenas de quilómetros que nos se-param desse mesmo litoral”.

“A Loja do Cidadão de Sar-doal”, sublinhou, “poderá, também ela, contribuir para o tão desejado nivelamento territorial, como fator dina-mizador da nossa economia local, além de transmitir a imagem real de um concelho

com história que se quer mo-derno e dinâmico”.

Miguel Borges aproveitou a presença dos dois minis-tros no município de Sardoal para lembrar “o problema da falta de médicos” no conce-lho e para “lamentar que a Loja do Cidadão não inte-

gre o Instituto dos Registos e Notariado”.

O ministro das Finanças fez passar a mensagem de que os impostos não servem ape-nas para pagar dívidas, consi-derando que investimentos como o da Loja do Cidadão que inaugurou naquela lo-

calidade são “uma das faces mais visíveis do retorno dos impostos que pagamos”.

“Os impostos não servem apenas para pagar dívidas e esta Loja é uma das faces mais visíveis do retorno dos impostos que pagamos, as-sim como escolas e centros

de saúde, na promoção de serviços públicos de qua-lidade, modernos e de pro-ximidade, pois servem para melhorar a qualidade de vida das pessoas (…)”, disse Mário Centeno no seu discurso.

“Esta ação pública é o re-sultado do esforço dos habi-tantes do Sardoal, do muni-cípio e do Governo, e é este tipo de serviço público de confi ança e proximidade que o Governo quer dinamizar, numa lógica da relação en-tre o Estado e os cidadãos e numa perspetiva de médio e longo prazo para o país, reto-mando o programa Simplex”, destacou o ministro das Fi-nanças.

A nova Loja do Cidadão está a funcionar nas instalações da antiga União Panifi cadora Sardoalense, cujo edifício foi adquirido pela autarquia há cerca de um ano, tendo re-cebido obras de adaptação e reabilitação que representa-ram um investimento na or-dem dos 400 mil euros, com financiamento de 85% de fundos comunitários.

Maria Manuel Marques, mi-nistra da Modernização Ad-ministrativa, destacou, por sua vez, o “elogio e o aplauso dos cidadãos às Lojas e Espa-ços do Cidadão”, lembrado o tempo e o dinheiro que os portugueses perdem ao “te-rem de se deslocar de edifício em edifício, quando têm de tratar de assuntos com dife-rentes entidades, a correr de serviço em serviço”.

A Governante destacou, neste âmbito das Lojas e Es-paço do Cidadão, a “renova-ção dos serviços públicos, a requalificação de edifícios devolutos, a colaboração dos municípios, o serviço de pro-ximidade, com os serviços agrupados”.

“Este é o único caminho que corresponde a uma boa gestão de serviços públicos de proximidade”, vincou.

O ministro Mário Centeno confi denciou ter-se estreado no Sardoal a descerrar uma placa com o seu nome num equipamento público.

MRF

Alunos PIEF com aulas fora do ambiente escolar gera controvérsia em Abrantes

Dois ministros presidem à abertura da Loja do Cidadão de Sardoal

• O autarca sardoalense (ao centro) destacou a interioridade do município

• Alunos PIEF começaram a ter aulas numa zona residencial da Encosta da Barata

Page 25: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

25MARÇO 20162016 DESPORTO

O Serviço de Desporto da Câmara Municipal de Abrantes vai levar a efeito o XIV Torneio de Futebol 7 de Veteranos, habitual-mente realizado em abril, tendo como objetivo prin-cipal a vertente lúdica/des-portiva da modalidade, pro-movendo o convívio entre todos os intervenientes de forma a contribuir para o fomento dos valores soci-ais, educativos e culturais, através do futebol. A reali-zação deste torneio incen-tiva a uma prática despor-tiva generalizada, propor-cionando um estilo de vida saudável em que cuidar do corpo não tem grande peso face às ocupações e condicionantes do dia-a-dia.

Inicialmente participaram 10 equipas e a última edi-ção contou com 12 equi-

pas de clubes, empresas e até grupos informais. Este evento tem possibilitado a participação de uma mé-dia anual de 140 indiví-duos com mais de 35 anos, levando-os a desenvolver todos os anos, às terças e quintas-feiras actividade fí-sica, durante 3 meses e sem carácter competitivo.

Competição é sempre as-sociado ao desporto em ge-ral sendo uma das razões que leva muita gente a desl-igar-se da prática despor-tiva. Ao eliminar este con-ceito, leva a que se aumente o número de praticantes, sem que acha a preocupa-ção de atingir a excelência, em que o importante é pra-ticar uma actividade des-portiva, neste caso, o fute-bol.

Muitas vezes, o abandono da prática desportiva deve-

se essencialmente à falta de tempo. Para contornar tal obstáculo e manter a mo-tivação, o Serviço de Des-porto determinou que os praticantes que se quei-ram dedicar à actividade fí-sica de uma forma regular o possam fazer dois dias por semana de acordo com um calendário defi nido.

A Câmara Municipal de Abrantes ao realizar este torneio não tem só o objec-tivo de fomentar a prática desportiva como também dinamizar as infra-estrutur-as desportivas nomeada-mente os campos números 2 e 3 em Abrantes e Rossio Sul Tejo.

Com o passar do tempo o exercício regular duma ati-vidade física é um trunfo importante para se chegar a “idoso” com saúde.

Carlos Serrano

Início ou reinício da prática desportiva após os 35 anos

A jovem canoísta interna-cional Francisca Laia vai re-presentar o Sporting, por um ano, juntando-se na equipa ao vice-campeão olímpico Emanuel Silva.

“Depois de um ano tão im-portante como foi 2015, este vínculo é uma motivação ex-tra para o meu objetivo de apuramento olímpico para o Rio2016. É igualmente ótimo para a minha carreira e um si-nal de que as pessoas repa-ram no nosso trabalho”, re-feriu.

A estudante do quarto ano de medicina na Universidade de Coimbra, e que competia pelo CD Os Patos, de Rossio ao Sul Tejo, tem apenas 21 anos e está ainda na luta por uma vaga nos Jogos Olím-picos Rio2016, com a derra-deira oportunidade a decor-rer em maio na Alemanha, com duas vagas para K1 200 ou uma para K2 500.

“O objetivo é disputar uma das três vagas que a Europa

ainda tem… e consegui-la! Será importante estar lá para lutar por elas”, vincou, reve-lando que vai continuar a tra-balhar em Montemor-o-Vel-ho, no seio da seleção portu-guesa liderada pelo polaco Ryszard Hoppe.

Em K1, na distância de 200 metros, Francisca Laia tem como melhores resultados internacionais o título de vice-campeã do mundo sub-23 em 2015, ano em que con-quistou também a medalha

de bronze europeia.Enquanto júnior, foi meda-

lha de bronze nos europeus de 2011 e 2012.

“É também uma mais-valia estar associada a uma marca como o Sporting, o que me permite outra visibilidade e oportunidades”, acrescentou Francisca Laia, “confi ante” de que o vínculo de um ano será prolongado após nova época de sucesso, para se focar em Tóquio2020.

Lusa

Francisca Laia vai representar o Sporting

PUBLICIDADE

DR

Page 26: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

26 MARÇO 20162016HISTORIA

Abrantes, a “notável vila de Abrantes”, como passou a ser de-signada no ano seguinte à restau-ração da independência portu-guesa em 1640, por ter sido a pri-meira vila portuguesa a aclamar D. João IV, passaria a ser - após To-mar (1844) e Santarém (1868) – a terceira cidade do distrito, por de-creto de 14 de Junho de 1916.

A origem da elevação de Abrantes a cidade tem a ver com a acção de-senvolvida pelo movimento repu-blicano nos anos fi nais da monar-quia, principalmente nos primeiros anos da centúria de 1900, em par-ticular pela acção do Partido Repu-blicano Português e pela criação dos centros republicanos que, com o apoio da imprensa, através da di-fusão - nos jornais locais - dos ar-tigos dos publicistas republicanos

da imprensa da capital, trouxeram para aqui as ideias que levaram à queda do regime monárquico em Portugal.

Portanto, Abrantes Cidade é obra do movimento republicano e só pela grande adesão que essas ideias aqui suscitaram, com a pre-sença de milhares de pessoas em grandes comícios, é que permitiu gerar a dinâmica que conduziu ao resultado alcançado. Mas não se pense que foi por unanimidade que os abrantinos desse tempo (incluindo alguns dos republicanos mais influentes) aderiram a essa passagem de vila a cidade. Houve uma polémica, quer na imprensa, quer nos próprios órgãos delibe-rativos municipais, e uma clara di-visão na tomada de posição pró ou contra a ideia da passagem a ci-

dade, sobretudo devido ao receio que alguns tinham quanto à hipó-tese de poderem vir a pagar mais impostos.

Cinquenta anos depois, em 1966, em pleno regime do Estado Novo (já a aproximar-se do seu ocaso), as comemorações efectuadas le-varam à realização de obras de restauro no Convento de São Do-mingos (que deixara de ser quar-tel militar e foi entregue à câmara municipal), permitindo que este passasse a ser um espaço desti-nado à realização de exposições e colóquios. A comemoração ofi -cial, realizada no dia 14 de Junho, teve a presença do ministro do Interior, Santos Júnior enquanto, nesse mesmo dia, outro minis-tro, o das Corporações, Gonçalves de Proença, inaugurava dois bair-

ros de casas em Tramagal. Ainda nesse mês de Junho foi editado, pela CMA, o foral manuelino de Abrantes de 10 de Abril de 1518.

A segunda parte das comemora-ções do cinquentenário da elevação de Abrantes a cidade decorreu em Setembro com a realização de ex-posições histórico-culturais, de arte-sanato, agricultura, feira de mostras e actividades de folclore e tiveram a presença de dois secretários de Es-tado, da Agricultura e da Indústria. No fi nal do ano, a CMA contratou o escultor Lagoa Henriques para ela-borar o monumento ao condestá-vel D. Nuno Álvares Pereira no Ou-teiro de S. Pedro.

As comemorações dos 75 anos de elevação de Abrantes a cidade, rea-lizadas em 1991, iniciaram-se a 7 de Abril e decorreram até 8 de Setem-

bro, tendo como ponto mais alto a presença do Presidente da Repú-blica, Mário Soares, que no dia 14 de Junho inaugurou o monumento Testemunho, do escultor José Auré-lio, representando simbolicamente 75 setas alusivas à efeméride.

O programa das comemorações do centenário foi publicamente di-vulgado em 9 de Janeiro e prevê actividades ao longo de todo o ano, já tendo entretanto decorrido algu-mas delas, com particular destaque para o concerto de Ano Novo, que encheu a Igreja de S. Vicente. Esp-era-se que este ano do centenário - e as diversas iniciativas que estão a ser programadas e realizadas no seu âmbito - perdurem na memória dos abrantinos por longo tempo.

Rolando F. Silva

Abrantes, cidade centenáriaAbrantes, cidade centenária• Praça Raimundo Soares

• Abrantes antiga • Jardim da República

Page 27: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

27MARÇO 20162016 REGIÃO

DR

Venha conhecer o melhor acolhimento do concelho, dispomos de serviços e atividades para o fazer sentir bem e útil.

Promovemos e contribuimos para a sua qualidade de vida.Venha conhecer a Família Real Residence.

Contactos: 241 403 173 - 912 318 272 - 934 338 [email protected]

Real ResidenceHerdade da Pedreira

Alojamento Local - AbrantesPUBLICIDADE

PUBLICIDADE

NOTÁRIOJosé Carlos Travassos Relva

CERTIFICO que, por escritura de 03 de fevereiro de 2016, exarada a fl s. 131 e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número 314 – P, do Notário José Carlos Travassos Relva, com instalações na Rua Mouzinho de Albuquerque, n.º 8, na Guarda, ALBERTO BRÁS COELHO, viúvo, natural e residente na freguesia de Lameiras, concelho de Pinhel, com exclusão de outrem, declarou-se dono e legítimo possuidor do seguinte bem imóvel:

Reboque agrícola de marca BIOUCAS, de matrícula C – 21065, ao qual atribui o valor de cem euros.Que possui este bem em nome próprio, convicto de que lhe pertence, há mais de dez anos, por o ter

adquirido pelo ano de dois mil e três por compra verbal à sociedade “José dos Santos Bioucas, Lda” com última sede conhecida na Avenida das Forças Armadas, em Abrantes e desde então e ininterruptamente o utiliza, posse que sempre exerceu com conhecimento e à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, sendo, por isso uma posse pacífi ca, contínua, pública e de boa fé, pelo que o adquiriu por usucapião, não tendo todavia, dado o modo de aquisição, documentos que lhe permitam fazer prova do seu direito de propriedade.

Guarda, 03 de fevereiro de 2016.O Notário(José Carlos Travassos Relva)

Desde o passado dia 21 de março, a “Edição da Manhã” da Antena Livre, conduzida por Paulo Delgado há vários anos está diferente! Os servi-ços noticiosos foram reforça-dos a cada mudança de hora, passando desta forma a faz-er-se o acompanhamento de toda a atualidade inter-nacional e nacional desde manhã cedo e claro conti-nuando a marcar presença a informação de proximidade com tudo o que se passa na região do Médio Tejo.

A Informação da Antena Li-vre é cada vez mais uma in-formação de proximidade, atenta à região, ao país e ao mundo em geral. O departa-mento de Informação da An-tena Livre, faz-se representar entre as 7h00 e as 11h00 por Joana Margarida Carvalho, Mário Rui Fonseca e Joana Santos, que além da “Edição da Manhã” entre as 7h00 e as 11h00 de segunda a sexta-feira asseguram ainda os restantes serviços de notí-cias do dia às 00h00; 04h00; 12h00 e 18h00, ainda com intercalares noticiosos du-rante a tarde entre as 16h00 e as 18h00 de 30 em 30 mi-nutos. A Informação Antena Livre conta ainda com a par-ticipação regular de Rolando Silva como comentador dos assuntos que marcam a atu-alidade, bem como dos cro-nistas semanais: Ana Clara à

segunda-feira; Piedade Pinto à terça; Francisco Armando Fernandes marca presença todas as quartas-feiras; Mar-garida Togtema às quintas e Vasco Damas às sextas-feir-as.

O programa “Radar”, tam-

bém do departamento de Informação da Antena Li-vre acontece todas as quin-tas feiras à noite assegurado pela jornalista Patrícia Sei-xas que recebe em estúdio Luís Ablú Dias, Vasco Damas e Alves Jana que comentam

os assuntos que marcaram a atualidade na semana ante-rior ao programa.

A equipa da “Edição da Ma-nhã” conta ainda com as co-laborações da dietista Célia Dias Lopes, da empresa Nu-tricuida, que vem à Antena falar de como podemos fa-zer uma alimentação mais saudável; as psicólogas Joan Palma e Clara Cruz, da clí-nica PsiTorres, que esclare-cem assuntos relacionados com a nossa saúde mental; o dentista Wellington Nader da Nader Clinic, que deixa conselhos importantes so-bre a saúde oral. Mais recen-temente o conhecido as-trónomo Máximo Ferreira também integrou a equipa com “O Caminho das Estre-las” que semanalmente nos ajuda a perceber melhor o universo que nos rodeia. Há vários anos no ar continuam Alves Jana com “Philosofa-lando – a vida a partir da fi lo-sofi a e a fi losofi a a partir da vida”, e Isilda Jana que nos recorda factos históricos que marcaram a região.

É assim que acontece de segunda a sexta-feira a “Edi-ção da Manhã” da Antena Li-vre entre as 07h e as 11h. A não perder!

A “Edição da Manhã” está diferente!

Joana Santos

Paulo Delgado

Joana Margarida Carvalho

Mário Rui Fonseca

Foi no passado dia 27 de fevereiro que a Retro-saria Manuela Coelho, em Abrantes, se encheu para comemorar o 1º aniversá-rio nas novas instalações na rua de Nossa Senhora da Conceição.

A festa foi grande e ani-mada, com direito a bolo de aniversário e animação as-segurada pela “Meganima-ção”, que não deixou indife-rente quem passava.

Neste primeiro aniversá-rio, nas novas instalações houve ainda presentes para os clientes que durante a semana fizeram compras num valor superior a 10 euros, e que por isso se ha-bilitaram ao sorteio reali-zado na festa.

Há mais de 20 anos em Abrantes, Manuela Coelho é um nome que dispensa qualquer tipo de apresen-

tação. São inúmeras as noi-vas que no seu dia de casa-mento utilizaram um ves-tido exclusivo de Manuela Coelho. A responsável faz os artigos de raiz de acordo com os desejos de cada noiva e com o que imagi-nou. Mas não só as noivas. Em conjunto com o cliente Manuela Coelho, e esco-lhendo os tecidos da pró-pria loja, torna realidade aquilo que cada um imagi-nou vestir num trabalho de qualidade inigualável e re-conhecido como sendo de garantia.

E foi isso mesmo que Manuela Coelho prometeu a todos os clientes e amigos nesta comemoração do 1º aniversário na nova locali-zação: Continuar o trabalho a que se dedica há mais de 20 anos em Abrantes.

Paulo Delgado

MANUELA COELHO, RETROSARIA, TECIDOS E CONFECÇÃO À SUA MEDIDA!

1º aniversário nas novas instalações

Page 28: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

Page 29: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

29MARÇO 20162016 DIVULGAÇÃO

Se eu lhe dissesse, sem qualquer explicação, que os dentes amadurecem, você acreditava? Então, se até as laranjas amadurecem, se fa-lamos em maturação do or-ganismo ou das células sexu-ais até que se tornem aptas para a reprodução, porque não os dentes?.

Quando os dentes nascem, o revestimento da coroa é as-segurado pelo esmalte, es-trutura muito mineralizada e formada predominante-mente por hidrofosfato de cálcio, na forma de cristais de hidroxiapatite.

Sempre que comemos ali-mentos açucarados, as bac-térias que aderem aos dentes produzem, quase de imedi-ato, ácido lático.

Se esse ácido diminui o pH da superfície dentária para valores inferiores a 5,5 dá-se início a um processo de des-truição do esmalte, por disso-lução da hidroxiapatite, num processo progressivo de des-mineralização.

Se esse processo se pro-longa no tempo, ou se re-

pete com frequência, a des-mineralização progride até ao aparecimento de uma “fe-rida” no esmalte e na dentina a que se dá o nome de cárie dentária.

Mas se a produção de ácido não for muito frequente, ele será eliminado pela saliva ou pela escovagem e o processo de desmineralização vai parar em consequência da recupe-ração dos valores do pH.

Nesta fase, o organismo re-vela toda a sua magia e atra-vés de um processo de re-mineralização vai reparar o que anteriormente tinha sido destruído.

A remineralização é um pro-cesso de reconstrução dos cristais de hidroxiapatite, que

ocorre sempre que se verifi ca a recuperação do pH. Mas se, para além de cálcio e fosfatos provenientes da hidroxiapa-tite destruída, houver flúor na boca proveniente das pas-tas dentífricas, de geles, com-primidos, soluções ou verni-zes, então os novos cristais serão de fl uorapatite.

A substituição sistemática dos cristais de hidroxiapatite por outros de fluorapatite condicionará a modificação da constituição do esmalte. Como a fl uorapatite é menos solúvel nos ácidos, o esmalte fi cará progressivamente mais resistente, num processo com duração aproximada de 2 anos após a erupção de cada dente, que se denomina maturação do esmalte.

Conhecer esta história é fundamental para se enten-der porque o ACES Médio Tejo promove a aplicação de vernizes de fl úor nos Jardins de Infância. Mas essa con-versa ficará para uma pró-xima oportunidade.

Rui CaladoMédico, USP Medio Tejo

Curiosidades, ou talvez não Ser mulher fez-me pensar no dia que nos dedicaram.

Se há um dia inter-nacional da mulher é porque realmente merecemos! Não é apenas para termos direitos iguais aos ho-mens e sermos con-sideradas uma parte importante da socie-dade. É porque essen-cialmente somos dife-rentes dos homens!

Para começar, sentimos tudo de maneira diferente, somos mais sensíveis, urinamos de maneira diferente, gostamos de coisas diferentes, temos o dom de carregar em nós o princípio do homem, gostamos de nós mas vivemos para nós e para os outros por-que somos mulheres e as mulheres são eter-namente preocupadas com os fi lhos, com o companheiro, com a restante família, com os amigos e inclusivamente com a carreira. Bem, temos o nosso colo sempre a postos para a febre do fi lho, para os lamentos do marido que diz que o trabalho correu mal, para os lamentos da amiga que está com problemas com o namorado, e até compre-endemos o chefe que está num dia mau.

Sabemos como ser donas de casa exem-plares, mães galinha, esposas dedicadas e ainda conseguirmos ter tempo para sermos vaidosas! Um sapato elegante e a mala fa-zem toda a diferença! E adoramos aquele batom que nos faz sentir sensuais e únicas, que usamos até quando vestimos, simples-

mente, as nossas cal-ças de ganga preferi-das e calçamos os té-nis. Até assim estamos prontas para desfi lar!

Temos o privilégio de termos a desculpa de, uma vez por mês, estarmos um bocadi-nho mais irritadas com tudo e com todos! Faz parte de ser mulher! O nosso corpo incha, temos aquelas dores

de barriga que incomodam, e usar as calças brancas, nem pensar! E quando acontece… drama! “Podes ver se estou suja?” Lá vai a amiga atrás de nós para verifi car se estamos “apresentáveis”. Ser mulher tem destas coi-sas. Ser confi dentes e protetoras!

Somos diferentes, mas temos os mesmos direitos, devemos ser respeitadas como se-res humanos e profi ssionais, temos fraque-zas e carências, mas sempre que é preciso somos inteiramente força e defendemos o que é nosso com unhas e dentes.

Somos diferentes porque somos eternas sonhadoras e românticas, emocionamo-nos mais intensamente, sangramos, choramos, lutamos e somos as únicas que damos à luz. É por isso que só nós merecemos o nome de M-U-L-H-E-R, e é por isso que merece-mos um dia no ano dedicado a nós e em que podemos comemorar estas maravilho-sas diferenças!

De mulher para mulher: Um grande bem-haja! E parabéns por ser mulher!

Cristiana Seroto

Só para Mulheres!

CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA DE REIJUSTIFICAÇÃO

Nos termos do artigo 100º do Código do Notariado, certifi co que por escritura de 17 de fevereiro de 2016, lavrada a folhas 4 e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas n.º 72 – E, de CARTÓRIO PÚBLICO, na qual, ALBINO DO CARMO GASPAR, NIF. 105.450.774, e mulher ROSALINA AGOSTINHO DA SILVA, NIF. 105.655.392, casados sob regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia do Souto, concelho de Abrantes e ela de freguesia e concelho de Vila de Rei, onde residem, no lugar de Milreu, na Rua da Prata, n.º 22, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do Prédio rústico sito em Chorca, freguesia de Fontes, concelho de Abrantes, composto de terra de cultura arvense, fi gueiras e oliveiras, com a área de mil e quarenta metros quadrados, que confronta pelo norte e sul com Albino do Carmo Gaspar, pelo nascente com Hermínio Gaspar Martins e pelo poente com ribeiro, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na matriz sob o artigo 120 Secção L, com o valor patrimonial tributário de 5,58 €.

Que o referido prédio, com a indicada composição, veio à sua posse, por volta do ano de mil novecentos e oitenta e cinco, em dia e mês que não podem precisar, por compra verbal a Manuel Bento e mulher Joaquina Rosa, atualmente já falecidos, residentes que foram no lugar de Água das Casa, freguesia de Fontes, concelho de Abrantes, não tendo porém, sido reduzido a escritura publica a referida compra.

Que desde essa data, em que se operou a tradição material do prédio passaram a cultiva-lo, a apanhar os fi gos e a azeitona, a limpá-lo, a trazerem pontualmente pagas as respetivas contribuições, a suportar os seus encargos, agindo com a convicção de serem proprietários daquele imóvel e como tal sempre por todos foram reputados.

Que nos termos expostos, vêm exercendo a posse sobre o mencionado prédio, com a indicada composição, ostensivamente, à vista de todos, sem oposição de quem quer que seja, em paz, continuamente, há mais de vinte anos.

Que assim e dadas as características da sua posse, eles primeiros outorgantes adquiriram o identifi cado prédio por usucapião, que aqui invocam por não lhes ser possível provar, pelos meios extrajudiciais normais, a aquisição do seu domínio e posse.

Está conforme com o seu originalVila de Rei, 17 de fevereiro de 2016.O Escriturário Superior(Manuel Rosa Dias)

ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

PUBLICIDADE

Comércio de artigos de cabeleireiro e estética

Av. das Forças Armadas - Edifício. Sopadel, loja 10 ABRANTES . 241 371 [email protected]

Comércio de PeçasNovas e Usadas

Exclusigratis

Rua da estação, nº 1 r/c, Alferrarede - Abrantes969 249 859 - 961 453 [email protected]

CRÓNICA DE SAÚDE CRÓNICA

Page 30: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

30 MARÇO 20162016CULTURA

AbrantesAté 08 de abri l – Exposição coletiva de cerâmica contemporânea - QUARTEL – Galeria Municipal de Arte Até 29 de abril – Exposição “Atividades económicas de Abrantes em meados do século XX” - Arquivo Municipal Eduardo CamposAté 29 de maio – Exposição “A História do Museu D. Lopo de Almeida” – Museu D. Lopo de Almeida, Castelo de Abrantes 8 a 11 de março – IV Semana da Educação, Igualdade e Cidadania – Biblioteca Municipal, Edifício Pirâmide e Agrupamento de Escolas11 de março – Carlos Martins Quarteto - Cineteatro São Pedro, 21h30 – 5€11 de março a 29 de abril – Exposição “Cadernos de Viagem de Abrantes” – Biblioteca Municipal António Botto12 de março – Primeira Aula de Música “A História da Mãe Clave” – Martinchel, 16 horas15 de março – Ler os Nossos com… Armando Fernandes, apresentação do livro “Cozinha económica de Portugal” – Biblioteca Municipal António Botto, 18 horas18, 19 e 20 de março – Abrantes (en)cena com grupos de teatro do concelho – Cineteatro São Pedro, 21h30 – 3€22 de março – Dia mundial da poesia “O som das palavras”, espetáculo de poesia – Biblioteca Municipal, 10h30 e 14h30 22 de março – “A menina dança?”, baile com David Alves – Cineteatro São Pedro, 15 horas

Constância 26, 27 e 28 de março – Festas do Concelho e Festas da Nossa Senhora da Boa Viagem

MaçãoAté 3 de março – Festival da Lampreia – Restaurantes aderentes do Concelho de Mação Até 5 de março – Exposição “Lugares de Culto”, fotografi as de arquitetura de Rui Morais de Sousa – Galeria do Centro Cultural 12 e 19 de março - 12º Passeio TT – Vila de Mação 2016 – Ortiga 24, 25 e 26 de março – Semana Académica e da Juventude – Concertos, DJ, Tunas, atividades desportivas – Cineteatro, Pavilhão José Maia Marques e recinto junto ao Campo de Futebol

SardoalAté 6 de março – Exposição “No Fio do Azeite” – Espaço Cá da Terra, Centro Cultural Gil Vicente Até 6 de março – Exposição coletiva de pintura “À Descoberta do Mestre” – Centro Cultural Gil Vicente 5 de março – Concerto de Paulo de Carvalho – Centro Cultural Gil Vicente, 21h30 – 5€14 a 29 de março – Semana da Leitura com Feira do Livro, encontro com escritores, cinema, teatro – Centro Cultural Gil Vicente e Biblioteca Municipal 24 a 27 de março – Semana Santa

Vila de ReiAté 24 de março – Exposição de pintura “Um Olhar”, de Luís Santos – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 3 a 31 de março – Exposição “Bordado de Castelo Branco”, de Natavidade Gaspar e Lurdes Sequeira – Museu Municipal12 a 20 de março – Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite – Restaurante aderentes do Concelho

Vila Nova da BarquinhaAté 20 de março – Exposição “100 anos da Grande Guerra e a luta pela paz” – Galeria de Santo António Até 27 de março – XXII Mês do Sável e da Lampreia – Restaurantes aderentes do Concelho de Vila Nova da Barquinha Até 22 de maio – Exposição “Foto-radiografias, 1896”, de Augusto Bobone – Galeria do Parque de Vila Nova da Barquinha 4 de março – Concerto solidário “Todos juntos pela Pipoca – Beatriz Morgado”, com Toy, Pedro Dionysio, Filipe Santos, Gonçalo Serras e Ricardo Oliveira – Pavilhão Desportivo

AGENDA DO MÊS

Março é o mês do teatro em Abrantes. A primeira ini-ciativa de Abrantes (En)cena acontece nos dias 18, 19 e 20 de março, no cineteatro São Pedro, e conta com peças de teatro de três grupos do con-celho: Grupo de Teatro Palha de Abrantes, Grupo de Teatro da Sociedade União Crucifi -xense e grupo de Teatro da Sociedade Artística Tramaga-lense.

“Sangue Jovem”, de Peter Asmussen, é interpretada pelo Grupo de Teatro Palha de Abrantes a 18 de março. A peça retrata o encontro anual de três velhas amigas com as

conversas habituais sobre o passado e o presente. Mas surge, de repente, um jovem, e tudo se altera. O Grupo de Teatro da Sociedade União Crucifixense encena “Agarra que é Milionário”, no dia 19 de março, uma história cari-cata entre o casal Pedro e Bé. “À nossa maneira”, pelo Tea-tro da Sociedade Artística Tra-magalense, no dia 20, é uma revista feita em duas partes, baseando-se na adaptação para o palco de várias ane-dotas, intercaladas com boa música portuguesa. Os bilhe-tes para cada espetáculo têm o preço de 3€.

Paulo de Carvalho regressa ao Sar-doal no próximo dia 5 de março para apresentar o espetáculo Voz & Pi-ano. O Centro Cultural Gil Vicente re-cebe, pelas 21h30m, o concerto que juntará em palco o conhecido can-tor e o pianista Victor Zamora. Voz & Piano é um espetáculo intimista, no qual o reconhecido cantor inter-

preta e revisita algumas das suas mais célebres canções, tais como: “E Depois do Adeus”, “Os Meninos do Huambo”, “10 Anos”, “Gostava de Vos Ver Aqui”, “O Meu Mundo Inteiro”, “Nini dos Meus 15 Anos” ou “Mãe Negra”. Os bilhetes (3€) encontram-se à venda no Centro Cultural Gil Vicente.

A Galeria do Parque de Es-cultura Contemporânea Al-mourol, em Vila Nova da Bar-quinha, tem em exposição “Foto-radiografi as, 1896”, de Augusto Bobone.

A exposição, patente até 22 de maio, revela o lado mais desconhecido e inovador de Augusto Bobone, antigo fo-tógrafo da Casa Real portu-guesa e um dos pioneiros na utilização do Raio X em Por-tugal.

Nesta mostra, com curado-ria de Margarida Medeiros, vão ser apresentadas as pran-chas com as foto-radiografi as obtidas por Augusto Bobone

em 1896, digitalizadas a par-tir de um exemplar único, guardado na biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa.

Em 22 de Março de 1896, Bo-bone obteve no seu elegante estúdio de fotografia her-dado do célebre Fillon – um dos pioneiros da fotografia

em Portugal - a sua primeira radiografia, a primeira a ser realizada em Lisboa, apenas três meses depois do físico alemão Wilhelm Röntgen – anos mais tarde galardoado com um Prémio Nobel - ter divulgava ao mundo a des-coberta de uma técnica que conseguia fotografar o inte-rior dos corpos a que deu o nome de Raio X.

A iniciativa é fruto da parce-ria do Município de Vila Nova da Barquinha com a Funda-ção EDP, no âmbito do pro-jeto Parque de Escultura Con-temporânea Almourol.

Mês do Teatro em Abrantes

“Foto-radiografi as, 1896”, de Augusto Bobone, na Galeria do Parque de V. N. da Barquinha

PUBLICIDADE

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) ADSE ADMG ADMMEDIS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PSP PT-ACS SAMS MULTICARE CAIXA GERALDE DEPÓSITOS ALLIANZ MEDICASSURMEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE

BOSCH SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS PEGOP

HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00)

PONTOS DE RECOLHA Sardoal Mouriscas Vila do Rei Vale das Mós Gavião Chamusca Longomel Carregueira Montalvo Stª Margarida Pego Belver

SEDE Avenida 25 de Abril, Edifício S. João, 1.º Frente Dto/Esq 2200 - 355, Abrantes Telf. 241 366 339 Fax 241 361 075

Paulo de Carvalho com concerto intimista em Sardoal

Page 31: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes

31MARÇO 20162016 PUBLICIDADEPUBLICIDADE

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTESLargo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Serra

ALERGOLOGIADr. Mário de Almeida;

Dr.ª Cristina Santa Marta

CARDIOLOGIADr.ª Maria João Carvalho

CIRURGIA

Dr. Francisco Rufi no

CLÍNICA GERALDr. Pereira Ambrósio; Dr. António Prôa

DERMATOLOGIADr.ª Maria João Silva

GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVADr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira

MEDICINA INTERNADr. Matoso Ferreira

REUMATOLOGIADr. Jorge Garcia

NEUROCIRURGIADr. Armando Lopes

NEUROLOGIADr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

NUTRIÇÃO Dr.ª Mariana Torres

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIADr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel

OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga

ORTOPEDIA Dr. Matos Melo

OTORRINOLARINGOLOGIADr. João Eloi

PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada

PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIAPatricia Gerra

PSICOLOGIADr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch;

Dr.ª Maria Conceição Calado

PSIQUIATRIADr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma

UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho

NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro

SERVIÇO DE ENFERMAGEMMaria João

TERAPEUTA DA FALADr.ª Susana Martins

CONSULTAS POR MARCAÇÃO

16

16

Elisa Narcisa Ferreira

17.05.1923 - 15.02.2016

Elisa Narcisa Ferreira

17.05.1923 - 15.02.2016

AGRADECIMENTO

Seu filho, nora e neto agradecem a todos os

familiares e amigos que se dignaram acompa-

nhar o seu ente querido à sua última morada,

ou que de outra forma lhes manifestaram o seu

pesar.

AGRADECIMENTO

A família agradece a toda a Direção e Colabo-

radores do Centro Social do Pego pela dedi-

cação prestada ao longo destes anos a Elisa

Narcisa Ferreira.

ABRANTES - VENDO

MORADIA REMODELADAA ESTREAR. 3 ASSOALHADAS, PISO TÉRREO,

COM QUINTAL. 92M2. 35.000€ (NEGOC.)

PRÓPRIO - 96 370 02 15

Construção Civil e Obras Públicas, Lda.

CONSTRUÇÕES RECONSTRUÇÕES - REMODELAÇÕES ORÇAMENTOS GRÁTIS Aceitamos permutas

Morada: R. de Angola, nº 35 - 2205-674 Tramagal - AbrantesTel. 241 890 330 - Fax: 241 890 333 - Tm: 91 499 27 19

Email: [email protected] - www.abrancop.pt

Construção Civil e Obras Públicas, Lda.

CLINICA MÉDICA E REABILITAÇÃOCONSULTAS

FISIATRIA - Dr. Joaquim Rosado - Dr.ª Almerinda Dias - Dr. Duarte Martelo ORTOPEDIA - Dr. António Júlio Silva DERMATOLOGIA - Dr. José Alberto Dores TERAPIA DA FALA - Dr.ª Ana Cláudia Fernandes PSICOLOGIA - Dr.ª Ana Torres NUTRIÇÃO E OBESIDADES - Dr.ª Carla Louro

GINASTICA DE MANUTENÇÃO E CORRECÇÃO POSTURAL

Acordos em TRATAMENTOS FISIOTERAPIA

Caixa de Previdência (ARS Santarém), ADSE, ADMFA, ADME, ADMG, CTT, SAMS, P. TELECOM,EDP, Seguradoras, Medis Saúde, Espirito Santo Seguros,

Seguros Acidentes Pessoais, MultiCare, Tranquilidade Seguros etc.

Tapada Chafariz, Lote 6 r/c Esq.- 2200-235 ABRANTESTelef. 241 371 715 - 932 904 773

Fax 241 371 715 - [email protected]

Page 32: Jornal de Abrantes - Edição de Março 2016

jornaldeabrantes