12
Sintest cobra abertura de RU para técnicos Pág. 04 Ações de equiparação do auxílio-alimentação tramitam na justiça Pág. 03 Março 2012 INFORMATIVO Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do RN - Rua das Angélicas, 225 - Mirassol , Natal / RN - CEP: 59078 - 130 Aposentados iniciam 2012 realizando protestos Pág. 05 Uma luta antiga dos servidores públicos federais - encaminhada pelo SINTEST/RN desde a sua criação - finalmente parece alcançar um passo importante: sua implantação nos hospitais universitários da UFRN. Pág 06 Impresso Especial 9912250650-DR/RN SINTEST/RN Devolução Garantida CORREIOS : luta continua! 30h

Jornal de Março de 2012

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Capa: 30h: a luta continua!

Citation preview

Page 1: Jornal de Março de 2012

Sintest cobra abertura de RU para técnicos

Pág. 04

Ações de equiparação do auxílio-alimentação

tramitam na justiçaPág. 03

Março 2012INFORMATIVO

Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do RN - Rua das Angélicas, 225 - Mirassol , Natal / RN - CEP: 59078 - 130

Aposentados iniciam 2012 realizando

protestosPág. 05

Uma luta antiga dos servidores públicos federais - encaminhada pelo SINTEST/RN desde a sua criação - finalmente parece alcançar um passo importante: sua implantação nos hospitais universitários da UFRN. Pág 06

Imp

res

so

Es

pe

cia

l99

1225

0650

-DR

/RN

SIN

TE

ST

/RN

Dev

oluç

ão

Gar

ant i

da

CO

RR

EIO

S : luta continua!

30h

Page 2: Jornal de Março de 2012

INFORMATIVO SINTEST-RN - MARÇO/20122

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

Rua das Angélicas, 225 - MirassolCEP: 59078 - 130 - Natal/ RNTelefones: (84) 3234 7404 / 7005Site: www.sintestrn.org.brE-mail: [email protected]

Este informativo é uma publicação sob responsabilidade do SINTEST/RN, enti-dade representativa dos funcionários da educação de ensino superior do RN.

Coordenação GeralJoão Maria dos Santos

Vânia M. de A. Cunha Guerra

Coordenação FinanceiraMarcos Aurélio Maques da Silva

Nilberto Ferreira Galvão

Coord.de Adm. e PatrimônioLuíz Antônio do Nascimento

Francisco Lourenço da S. Filho

Coord. de ComunicaçãoEdson Nascimento de LimaJosé Rebouças da Costa

Coordenação JurídicaMoisés Alves de Sousa

Maria das Graças Oliveira

Educação e Formação SindicalMaria Aparecida D. de AraújoSandro de Oliveira Pimentel

Integração e Política SindicalAna Cristina de M. Araújo

Coord. dos AposentadosJane Suely C. Damasceno

Coord de Políticas SociaisJosé Talvanes Pessoa

Suplentes

Edilene Ferreira de O. DélioJosé Messias da SilvaJosé Dutra de Oliveira

Conselho EditorialJoão Maria dos SantosVânia Machado Edson LimaJosé Rebouças da CostaSandro PimentelLivia CavalcantiMyrianna CoeliDanielle Castro (estagiária)

Tiragem: 4200 exemplaresImpressão: Impressão GráficaEditorial: João Maria dos SantosRevisão: Edson LimaJornalista Responsável:Livia Cavalcanti - RN 01168/JP

Expediente

Após muitas lutas e discussões, enfim o SINTEST/RN consegue mais uma importante conquista que começa parcialmente pela área da saúde, mas nossa meta é que se estenda a toda categoria. Estamos falando da carga horária das 30h ou horário corrido, algo que representa um grande avanço porque potencializa a qualidade de vida dos trabalhadores e beneficia a sociedade com dois turnos de trabalho. Todos ganham com isso, mas é fato que há resistência por parte do go-verno, portanto nossa luta não pode parar.

Outra vitória que se avizinha, antiga reinvidicação deste sindicato, é a provável aprovação da PEC 270/08, transformada em PEC 05/12 que tramita no Senado Federal, já tendo sido aprovada na CCJ, necessitando tão somente ser aprovada em dois turnos para se-guir para sanção presidencial. O projeto trata da aposentadoria integral para quem se apo-sentou por invalidez, ou seja, corrigir uma dis-torção mais que injusta.

Não menos importante e atento aos inte-resses da categoria, especialmente dos sindica-lizados, o SINTEST/RN ajuizou ação contra o

desconto do PSS – Plano de Seguridade Social, sobre o terço das férias. Essa pressão foi impor-tante porque induziu o governo a editar Medida Provisória suspendendo as referidas cobranças. Agora, vamos tentar receber tudo que foi des-contado indevidamente e corrigido, retroativo há 05 anos à data do ajuizamento da ação.

Felizmente, nossa direção tem compreen-dido que a luta dos trabalhadores não se resume ao corporativismo. Nesse sentido, tem ultrapas-sado fronteiras e apoiado reivindicações justas como a dos policiais militares que trabalham sem salário adequado, inclusive sofrendo cri-minalizações a exemplo do que ocorreu com o Cabo Jeoás que, como nós, apoiou as greves das polícias militares do Ceará, Bahia e bombeiros militares do RJ. Também estivemos na linha de frente do ato público contra a desocupação do acampamento Pinheirinho/SP, algo que poderá se repetir aqui em Natal em decorrência das de-socupações para os projetos da Copa.

Como não poderia ser diferente, aprovei-tamos o dia dos aposentados (as) e fizemos ati-vidades nas Reitorias da UFRN e URFESA. Na

oportunidade entregamos ofícios aos respecti-vos reitores ou representantes, contendo reivin-dicações históricas e justas dos nossos queridos aposentados (as). Algo significativo ocorreu em Mossoró, pois além do protesto na reitoria, onde fomos recebidos pelo próprio reitor, realizamos visita ao Museu do Sertão, nos arredores daque-la cidade. Fomos brindados com uma aula mag-na sobre antropologia do nosso estado, através do Prof. Dr. Benedito Mendes que mantém essa importante estrutura, sem qualquer recurso go-vernamental, ou seja, é um museu que por si só conta a história do sertão.

Nunca é demais destacar a importância e relevância da nossa TV SINTEST na WEB, com vários programas, por sinal no último dia 08/03, Dia Internacional da Mulher, fizemos aniversário da programação, e agora queremos voar mais alto com um programa em TV aber-ta. Estamos trabalhando com muito carinho neste novo projeto e não esqueça, você é sem-pre nosso alvo principal, acredite!

Editorial

Relatório

Financeiro

146.119,80R$

49.512,57R$

19.810,00R$

DESPESAS TOTAIS 69.322,57R$

SALDO TOTAL ( RECEITA - DESPESAS GERAL ): 76.797,23R$

SALDO TOTAL ( RECEITA - DESPESAS GERAL - INVESTIMENTOS ) 49.106,58R$

RELATÓRIO FINANCEIRO 02.2012 DO SINTEST/RN

RECEITA

DESPESAS FIXAS

DESPESAS VARIÁVEIS

ChargeVeja aqui o resumo do relatório de fevereiro de 2012. Para ter acesso à tabela completa ou aos me-ses anteriores, basta acessar o nosso site.

Page 3: Jornal de Março de 2012

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

INFORMATIVO SINTEST-RN - MARÇO/20123

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

Jurídico

Ações de equiparação do auxílio-alimentação já tramitam na justiça

A motivação veio pela divulgação de uma série de deci-

sões, no Juízado Especial, favoráveis ao pleito.

O objetivo dessa ação é equiparar o valor do auxílio-alimentação recebido hoje pe-los servidores do executivo ao recebido pelos servidores do judiciário e do legislativo, que chega à R$ 608,00.

Lembramos que se no decorrer do processo for necessário recurso, passan-do assim para outra instân-

cia, a categoria será chama-da em nova assembleia para decidir se segue ou não com a ação, avaliando os riscos ou não no momento certo (pois poderá ou não haver sucumbência).

Quem tem direitoTêm direito aos be-

nefícios desta ação os ser-vidores da ativa e os apo-sentados a menos de cinco anos na UFRN, ou seja, que se aposentaram depois de janeiro de 2007.

A decisão de entrar com a ação aconteceu em outubro do ano passado, tanto na UFRN como na Ufersa

CONTRA A UFERSA - 0000016-72.2012.4.05.8401CONTRA A UFRN - 0000010-68.2012.4.05.8400

Estes números equivalem aos processos coletivos que estão na justiça comum. Os que optaram por entrar também com ação individual no juizado especial devem se informar sobre seus processos pessoalmente, com a assessoria jurídica, no dia de atendimento jurídico.

Vitória

Após perder na justiça, governo decide parar desconto indevido do PSS

O desconto do PSS (Plano de Seguri-dade Social) so-

bre o terço de férias que vinha sendo efetivado em percentual de 11% é ob-jeto de ação judicial co-letiva proposta pelo sin-dicato e que foi julgada procedente em primeira ins-tância, estando em fase de recurso na segunda instân-cia (TRF 5ª Região).

Ocorre que no final do ano passado, o governo fede-ral editou Medida Provisória de nº 556 de 23/12/11 de-terminando que a partir de sua publicação não fosse mais efetuado o desconto do PSS sobre o terço de férias, adicionais noturnos e horas

extras. No entanto, não há orientação do MPOG sobre procedimentos de devolução dos valores já cobrados antes da edição da MP.

Por isso, independen-te da orientação e procedi-mentos administrativos, a ação jurídica do sindicato continuará em andamento, pois em sendo vitoriosa, contemplará todo e qualquer desconto indevido do PSS sobre o terço de férias nos úl-timos cinco anos a partir do ajuizamento da ação.

No tocante ao des-conto do PSS sobre os demais adicionais con-templados pela MP, caso ocorram, serão devolvidos administrativamente.

O desconto do Plano de Seguridade Social (PSS) vinha sendo eftivado em cima do terço de férias, dos adicionais noturnos e das horas extras

Números dos Processos

Page 4: Jornal de Março de 2012

INFORMATIVO SINTEST-RN - MARÇO/20124

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

Sintest cobra abertura de RU para técnicos Pressão

Professores e técnico-administrativos não podem se alimentar lá

sob várias justificativas. Uma delas é a de que o preço atu-al só pode ser praticado para estudantes, pois é subsidiado pelo fundo enviado pelo go-verno federal destinado à as-sistência dos mesmos.

Há meses, a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PROAE) junta-mente com a direção do RU vêm prometendo um estu-do para estipular um outro valor a ser cobrado para os servidores. Por isso, os co-ordenadores gerais Santos e Vânia estiveram em reunião com a PROAE e conversa-ram com o pró-reitor ad-junto, Paulo Roberto Paiva Campos, cobrando o anda-mento dessa questão.

Segundo Paulo, a próxima sessão do Consad (Conselho de Administração), marcada ordinariamente para o dia 22/03, deve tratar do assun-to. O pró-reitor garantiu que os estudos sobre os valores já foram concluídos e que a intenção é sair de lá com um valor aprovado que equi-

valha ao preço de custo da refeição.

O que a reitoria diz sobre o assunto

Na mesma audiência em que a reitoria respondeu as reivindicações dos aposenta-dos, o SINTEST/RN cobrou novamente sobre os RUs, des-ta vez ouvindo diretamente a

reitoria e a Pró-reitoria de pla-nejamento da UFRN.

Ao ser questionada sobre a demanda dos téc-nicos de poderem usar os serviços do RU, a reitora foi além e reconheceu os problemas na área de ali-mentação da UFRN. Para a universidade, a reforma feita recentemente foi insu-

ficiente e por isso persistem os problemas de espaço físi-co, além dos ligados à capa-cidade de produção.

Inicialmente propôs que a discussões sobre isso fossem levantadas após uma nova reforma no RU. Os representantes da nossa entidade foram enfáticos quanto à pressa na solu-ção para essa demanda. O pró-reitor de planejamento apresentou então um pra-zo de até o final de março para dar resposta à reivindi-cação. Conforme sua inter-venção, serão feitos estudos no orçamento da UFRN que estabeleçam o preço de cus-to das alimentações. Até lá a UFRN dirá se abrirá o espa-ço para os técnicos e, caso abra, quanto será o custo da alimentação.

Desde a última reforma do restaurante universitário (RU) que o mesmo encontra-se sem atender aos servidores da UFRN

Os coordenadores Santos (geral) e Sandro Pimentel (formação) representaram o Sintest na audiência

Ato em favor da PM conta com SINTEST/RNSolidariedade

O SINTEST/RN se fez presente na ati-vidade através de

cinco de seus diretores, além de alguns representantes da base. José Rebouças da Costa, coordenador de comunicação da nossa entidade expôs a posição da diretoria sobre a questão: “se fosse uma greve em que estivessem reivindi-cando armamento, munição e outras coisas que aprofundam a cultura repressora nós não estaríamos aqui. No entanto, a reivindicação é vinda de trabalhadores como nós, que pedem condições dignas de trabalho e melhores salários. Esse tipo de reivindicação nós sempre vamos apoiar”.

Nota de ApoioRecentemente o

SINTEST/RN foi signatário de duas notas de apoio em de-fesa do cabo Jeoás. A primei-ra em conjunto com outras entidades e a segunda, espe-cífica da categoria, aprovada durante assembleia na área da saúde. Na última nota, os técnicos reconheceram “a in-tegridade desse profissional, servidor público da segu-rança que tem mantido uma conduta irrepreensível diante das movimentações em prol da categoria dos Policiais Militares e Bombeiros do RN tanto em nível local como em nível nacional. Um homem cuja conduta tem sido pau-

tada pelo compromisso com a melhoria de sua categoria que como tal merece total respeito dos governantes pela importância que assume diante da sociedade norte-rio-grandense, bem como da sociedade brasileira.

Um homem aguer-rido que acredita na força do movimento como meio de dialogar com os órgãos competentes com o objetivo de haver mudanças que pos-sibilitem uma prestação de serviços à sociedade compa-

tível com suas ansiedades e isso perpassa pela melhoria nas condições de trabalho, salários dignos e liberdade de expressão”.

Depois de mais de 40 dias preso , o cabo Jeoás re-cebeu alvará de soltura no úl-timo dia 22 de março.

SINTEST TV debate segurança pública

Aprofundamos o tema entrevistando o vice-presiden-te da ACSPM-RN, Roberto Campos. Na entrevista foi dis-cutido o aumento da violência, PM x população, mobilizações da categoria, desmilitarização, polícia cidadã, uso de armas não-letais e outros.

O ato foi iniciativa conjunta de entidades ligadas ao movimento social e sindical, principalmente, com o objetivo de contrapor o que foi veiculado na grande mídia a respeito da greve dos PMs da Bahia, bem como sobre o cabo Jeoás, membro da PM/RN

Ato culminou com caminhada pelas ruas da Cidade Alta

Foto

: Liv

ia C

aval

cant

iFo

to: L

ivia

Cav

alca

nti

Page 5: Jornal de Março de 2012

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

INFORMATIVO SINTEST-RN - MARÇO/20125

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

Aposentados da UFRN e Ufersa começam 2012 realizando protestos

Atividade

Na verdade, neste dia os servidores aposentados da

UFRN lotaram o pátio da reitoria durante ato público em busca de seus direitos. A famosa frase ainda está valendo e muito: “Aposen-tado Sim, Inativo Nunca”. E não foi só a categoria da UFRN que se mexeu, mas a da Ufersa também. Na semana seguinte, ato seme-lhante aconteceu no centro de convivência da univer-sidade em Mossoró.

Entrega de Ofício e reivindicaçõesEm ambas ativida-

des, os presentes no ato se encaminharam para as respectivas reitorias para entrega formal de ofício acompanhado por um abai-xo-assinado. No caso da UFRN, o reitor em exercí-

cio, profº. Hênio Ferreira de Miranda, diretor do CCSA, juntamente com a Pró-reitora de RH, Miriam Dantas representaram a ad-ministração central no re-cebimento do documento. Na Ufersa, o próprio reitor, Josivan Barbosa foi quem recebeu os documentos. Entre outras coisas, o ofí-cio continha as seguintes reivindicações:

1.Direito de voto na consulta para reitor;

2. Participação nos Conselhos Superiores da uni-versidade (assento);

3.Reabertura da dis-cussão sobre o reenqua-dramento.

Vale destacar que os pontos 1 e 2 já são realida-de em quase vinte univer-sidades em todo o Brasil.

Já o ponto três é realidade em quinze outras universi-dades, sendo cinco destas já concretizado através de pagamento, inclusive do retroativo.

Além das questões locais, há também uma sé-rie de lutas nacionais, trava-das não só pelo SINTEST/RN, mas também por várias entidades de servidores pú-blicos em todo o país. Tais como: a aprovação da PEC 555/2006 que acaba com a cobrança de contribui-ção previdenciária sobre os proventos dos servido-res públicos aposentados e a aprovação em caráter final a PEC 270/2008 que garante ao servidor o direi-to dos proventos integrais com paridade nas apo-sentadorias por invalidez permanente.

O dia do aposentado de 2012 foi motivo de orgulho para o SINTEST/RN, apesar de não ter sido dedicado para comemorações.

Aposentados se direcionam ao gabinete do reitor (Ufersa) Protesto dos aposentados na UFRN Parte dos presentes do ato público da UFRN

Até agora, somente a UFRN deu retor-no ao documento

entregue pelos aposentados com as principais reivindi-cações da classe. A respos-ta se deu durante audiência com a reitora Ângela Paiva, no início de março.

Voto para reitor Para a reitora é preci-

so fazer um estudo do ponto de vista legal e operacional. João Emanuel, pró-reitor da Proplan, disse ser mais pru-dente levantar o assunto du-rante as discussões das nor-mas eleitorais. O sindicato concordou, desde que as mes-mas acontecessem com pelo menos um ano de antecedên-cia da consulta.

Assento nos conselhosA reitora disse ser sim-

pática à ideia, principalmente no Consuni. Segundo ela, é necessário atualizar o estatuto e o regimento da universidade que hoje não prevê esse es-paço. A pró-reitoria de plane-

jamento esclareceu que essa reestruturação deve acontecer no segundo semestre de 2013. Esse é o tempo necessário para realização de um processo que envolva todos os atores da co-munidade universitária com participação em seminários, por exemplo.

Reenquadramento Quem respondeu foi a

Pró-reitora da PRH, Miriam Dantas. Segundo ela não há segurança jurídica para im-plantação de algo do tipo e que não há nenhum fato novo desde a última vez que o tema foi levado à discus-são no Consad da UFRN. O SINTEST insistiu que há sim fatos novos, como por exem-plo, as cinco universidades que recebem o valor e as ou-tras sete que já ganharam o di-reito de receber. Miriam disse que no momento a PRH está voltada para as discussões das 30h na saúde e informou que em outro momento pode-ria avançar nas discussões do reenquadramento.

Entrega dos ofícios aos representantes da Ufersa (foto 1) e UFRN (foto 2) pelo SINTEST/RN

Resposta da Reitoria

Foto

: Myr

iann

a Co

eli

Foto

: Liv

ia C

aval

cant

i

Foto

: Liv

ia C

aval

cant

i

Foto

: Liv

ia C

aval

cant

i

Foto

: Myr

iann

a Co

eli

Page 6: Jornal de Março de 2012

INFORMATIVO SINTEST-RN - MARÇO/20126

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

30h semanais: primeiro passo foi dado na área da saúde, mas luta continua para todos!

Capa

Muito em breve servidores de vá-rios setores dos

Hospitais Universitários (HUs) da UFRN estarão tra-balhando em regime de 30h semanais. A mudança se dá graças às negociações com a UFRN no sentido de fa-zer valer o decreto 4836/03 que prevê o seguinte:

“Art. 3º Quando os serviços exigirem ativida-des contínuas de regime de turnos ou escalas, em período igual ou superior a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no período noturno, é faculta-do ao dirigente máximo do órgão ou da entidade auto-rizar os servidores a cum-prir jornada de trabalho de

seis horas diárias e carga horária de trinta horas se-manais, devendo-se, neste caso, dispensar o intervalo para refeições”.

Apesar de ser uma luta histórica, na verdade as negociações só passaram a se efetivar após pressão do SINTEST/RN. Com a implantação do ponto ele-trônico a contragosto da maioria dos trabalhadores dos HUs, a administração central, em contrapartida, se comprometeu a estudar a implantação das 30h. A par-tir daí a PRH (Pró-reitora de Gestão de Pessoas) ini-ciou uma série de reuniões com chefias e diretorias dos HUs. O SINTEST/RN es-teve representado em todas elas.

Setores contempladosApós estudos, obser-

vou-se que os setores de Nutrição, Farmácia, Serviço Social, Laboratórios, Centro Cirúrgico, UTI e Internação se enquadravam no decreto. Ficou pendente ainda o que fazer com o setor de ambu-latórios. Uma comissão fi-cou encarregada de estudar a flexibilização da jornada nesses setores. Sobre isso, Vânia Machado, coordena-dora geral do SINTEST/RN se mostra preocupada com os estudos dessa comissão e lembra que há ambulatórios que sequer deveriam rece-ber essa nomenclatura já que “fazem procedimentos de exames e pequenas ci-rurgias”, ou seja, precisam ser considerados para apli-cação do decreto. Somente

servidores efetivos serão contemplados com esta medida. Segundo a PRH/UFRN, os que forem con-templados com a medida deverão assinar um termo de compromisso.

Vale lembrar que junto com as 30h, a PRH/UFRN vai implantar um novo sistema de controle de ponto nos HUs. Outra novidade é que as escalas dos APHs passarão a es-tar disponíveis no site dos hospitais. Na verdade, des-de a criação do adicional há cerca de dois anos que o SINTEST/RN cobra essa exposição de escalas que é exigida pela lei.

Quando começa?No final de feve-

reiro aconteceu a reunião

de fechamento entre PRH e chefias. Faltava apenas o pedido oficial por parte das diretorias dos hospitais solicitando a aplicação do decreto, apontando quais os setores enquadrados. Uma vez feito isso, os pedidos seguem para aprovação da reitora Ângela Paiva. Caso estejam 100% em conso-nância com o que prevê o decreto, a publicação deve ser feita através de portaria. Caso haja algo que porven-tura não esteja contemplado integralmente no decre-to, será necessária discus-são e posterior aprovação pelo Consad (Conselho de Administração da UFRN). A próxima reunião or-dinária do conselho está prevista para o dia 22 de março.

Após três meses de discussão, finalmente o decreto 4836/03 será aplicado na área da saúde

Vânia Machado e Edilene Dério, diretoras do SINTEST/RN em reunião sobre as 30h. Elas fizeram parte da comisssão de implantação das 6h horas diárias

Foto

: Liv

ia C

aval

cant

i

Page 7: Jornal de Março de 2012

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

INFORMATIVO SINTEST-RN - MARÇO/20127

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

Entrevista especial sobre o XXI Confasubra

Saiba como será o con-gresso e quais os prin-cipais pontos de deba-

tes que acontecerão por lá, em entrevista com Sandro Pi-mentel, Coordenador de For-mação e Comunicação Sin-dical da Fasubra e membro da comissão organizadora do XXI Confasubra.

Confasubra: o que é e como é organizado?

A Fasubra é uma orga-nização muito plural e demo-crática, e o congresso, estatu-tariamente, é a maior instância de deliberação. Nele, vamos discutir vários pontos e no último dia será aprovado o plano de lutas que vai balizar a Fasubra e a direção duran-te os próximos dois anos. O congresso vai tratar de temas como a mulher, o meio am-biente, a conjuntura nacio-nal e internacional, GLBTS, comunicação, então, é um momento muito rico de dis-cussão e de formação política. Esse congresso vai receber delegados e delegadas repre-sentantes de cada assembleia de base, portanto, o Brasil inteiro vai estar representado nesse congresso lá em Poços de Caldas, Minas Gerais. A expectativa é que tenhamos mais de mil delegados nesse congresso.

Falando em dele-gados, quem é que pode e como se dá essa participa-ção no congresso?

Cada base faz uma série de assembleias nas Universidades e nos Campi. Pode participar todo servidor técnico-administrativo ativo, aposentado e pensionista. Em caso de organizações que têm terceirizados, trabalhadores de fundações apensas tam-bém podem participar, desde que esteja no estatuto da en-

tidade aquela representati-vidade. A única coisa que o congresso, para este ano, está vetando é a participação de docentes.

Um dos objetivos do Confasubra é tratar de vários temas e inclusive as condições de vida e trabalho atuais dos trabalhadores das Instituições de Ensino Superior. Como você vê hoje essas condições?

Foi bom você lembrar, porque nós vamos tratar de te-mas muito bons, por exemplo, o assédio moral. Toda essa problemática de condição de trabalho vai ser discutida e debatida. Como eu falei antes, do plano de lutas vai sair um elencado de coisas, de proce-dimentos, atitudes, reivindica-ções e ações propositivas que a Fasubra vai ter que imple-mentar ao longo desses dois anos. É importante reforçar que este congresso também é eleitoral, pois ele vai eleger a direção da Fasubra para os próximos dois anos, onde to-dos os delegados presentes poderão votar. Além disso, vamos discutir a questão sa-larial, que tem a ver com a qualidade de vida. A categoria vem acompanhando todo esse processo, nós tínhamos um protocolo que terminou não acontecendo e vamos pautar isso também.

Falando em governo e protocolo, são muitas as preocupações e uma delas é essa negociação. Houve o falecimento do Duvanier e mais recentemente foi no-meado o Sérgio Mendonça. Como a Fasubra tem se comportado diante desse cenário?

Todos sabem que foi uma greve muito forte, de 113 dias. Do ponto de vista financeiro, a greve não nos

trouxe nenhum retorno, mas continuamos na luta. Fizemos cinco emendas que estão tra-mitando no congresso nacio-nal. Como sabemos, o gover-no está em crise no congresso e as coisas estão praticamente paralisadas e isso é ruim para a gente porque quanto mais agilidade tiver, melhor. Por parte do governo, para o ano de 2012 não tem nada, ou seja, do ponto de vista finan-ceiro, nós não vamos ter nada no bolso como já não tivemos em 2011. Para nós, continua-mos lutando por dentro do congresso pra garantir algu-ma coisa, aperfeiçoamento na carreira ou algum tipo de reajuste ainda para 2012. A Fasubra, no começo do ano, assinou um protocolo que foi sugerido pelo pró-prio governo e nele constava começo, meio e fim, onde o começo era início de janeiro e o fim era final de março. Até 31 de março a categoria deveria estar sabendo o des-membramento de tudo isso, ou seja, o que a gente vai ter,

se vai ter, quanto vai ter, para 2013. Com o falecimento de Duvanier, o governo en-controu um grande álibi. Na posse de Sérgio Mendonça, o governo já disse que não vai obedecer aquele calendário até 31 de março, marcou uma reunião que aconteceu no dia 14 de março, onde mais uma vez foi enfático dizendo às entidades que tem um com-promisso, que entende que há uma defasagem, mas ain-da não tem calendário para apresentar e sempre coloca que o limite é 31 de agosto. É justamente o final da LDO, mas nós não aceitamos esse prazo. Podemos até acei-tar fazer uma repactuação de mais 30 dias, até final de abril, mas para 31 de agosto é impossível e já estamos de-cididos quanto a isso. Como nós temos esse congresso em abril, se esse tema não for desenrolado daqui para lá, há uma possibilidade real da categoria se revoltar com esse descaso todo e aprovar um in-dicativo de greve.

Você acha que o destaque maior seria essa questão, afinal sempre se tem aquele ponto, aquela luta específica, uma pro-posta, uma ideia, em que se foca mais. Você acredi-ta que existe essa possibi-lidade de ser esse o foco do Confasubra?

Do ponto de vista conjuntural, não tenha dú-vida. Todo mundo sabe que esse ano o governo fez o maior corte do orçamen-to da história da república brasileira, 70 bilhões de re-ais, então esse cenário todo vai estar sendo discutido lá. Como a Fasubra representa nacionalmente os sindicatos essa política toda vai ser dis-cutida e se o governo conti-nuar embromando como já vem fazendo desde 2011, não será impossível sairmos do congresso apontando uma pauta incisiva de parali-sações, marchas à Brasília e, por que não uma nova greve já em 2012 para garantirmos algo para 2013?

De 10 a 15 de abril acontecerá em Poços de Caldas, em Minas Gerais, o XXI Congresso da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras.

Originalmente a entrevista foi concedida à SINTEST TV, no dia 19 de março

Page 8: Jornal de Março de 2012

INFORMATIVO SINTEST-RN - MARÇO/20128

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

Aposentadoria

PEC 05/12, antiga PEC 270 foi aprovada no Senado em sessão extraordinária

O texto da proposta garante proventos integrais aos servidores públicos aposentados por invalidez permanente

No último dia 20, a Proposta de Emenda Constitucional PEC

05/12, antiga PEC 270/08, foi aprovada no Plenário do Senado em segundo turno, por unanimidade. Os 61 sena-dores presentes votaram a fa-vor da proposta. No início de março a proposta já havia sido aprovada, também por unani-midade pela Comissão de Constituição, Justiça e Cida-dania (CCJ) do Senado.

Com sua aprova-ção, a PEC vem reparar o dano causado pela Emenda Constitucional 41 (EC 41/2003), a qual determinou que o valor da aposentadoria por invalidez deveria ser cal-culada pela média das remu-nerações e não fixou regra de transição, garantindo apenas a aposentadoria pela integra-lidade para as futuras apo-sentadorias voluntárias por idade e tempo de contribui-ção de servidores admitidos até a data de sua publicação. Na prática, isso significa a possibilidade de o servidor ter o seu salário diminuído ao se aposentar, além de per-der a paridade com os servi-dores da ativa.

Esse foi o caso de Luis Gonzaga da Silva, ser-vidor público aposentado pelo IFRN, que teve que se aposentar antes do tem-po por conta de cardiopatia dilatada (cardiopatia grave) tendo, assim, seu salário reduzido. Atualmente, Luis move uma ação judicial conta o IFRN na qual requer a integralidade dos seus proventos, isto é, receber o valor da sua última remu-neração no cargo efetivo, bem como a paridade, ter seus vencimentos revistos

sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade pertencente à mesma carreira.

Para sobreviver, Gonzaga busca complemen-tar a sua renda com qualquer atividade que possa exercer sem vínculo empregatício e que não comprometa ainda mais a sua saúde. Para ter qualidade de vida, o apo-sentado diz que passa por muitas dificuldades, pois às vezes é necessário abrir mão de certos itens de sua alimen-tação para comprar seus me-dicamentos e que, por outro lado, uma boa alimentação é essencial para o seu tra-tamento. “Eu não pedi para adoecer”, desabafa.

Sobre a aprovação da PEC 05/12, no Plenário da Câmara, Gonzaga avalia como um fator favorável à sua causa e afirma que “essa é mais uma ‘janela’ que se abre para respaldar a ques-tão em discussão”.

ControvérsiasEmbora a aprovação

da PEC 270 seja um grande reparo aos servidores que perderam a integralidade

de suas aposentadorias por invalidez, alguns estudiosos e advogados dizem que a mesma apresenta, pelo me-nos, dois problemas:

1 - Embora ratifique a ideia da paridade junto com integralidade, limita aos servidores que ingressaram no serviço público anterior-mente à EC 41, ou seja, até 31 de dezembro de 2003, o que poderá ser um retroces-so à orientação do Supremo Tribunal Federal (STF) que, pelo que se sabe, não condi-ciona a data do ingresso do servidor.

2 - A redação que “garante” a paridade NÃO É A MESMA utilizada pelos

dispositivos constitucionais que tratam do assunto, limi-tando-se a assegurar a “revi-são dos proventos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade”. Leia o que diz a redação:

“Art. 7º (...) serão re-vistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e pensio-nistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quan-do decorrentes da transfor-mação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na for-ma da lei.”

Com base nesses ar-gumentos, defende-se que, na chegada da PEC ao Senado, se-jam apresentadas emendas que assegurem a utilização desta mesma redação, sob pena de no futuro o texto até aqui apro-vado dar margem a interpreta-ções restritivas.

2003Com a Reforma da Previdência, a Emenda 41 acabou com a apo-sentadoria integral e com a paridade no ser-viço público. Apenas servidores que entra-ram antes de 2003 têm a possibilidade de se aposentar com os proventos integrais, se obedecerem aos requi-sitos da Constituição.

Junho 2008 A deputada federal Andreia Zito (PSDB-RJ) apresentou a Proposta de Emenda Constitucional 270

Dezembro de 2011A PEC 270/08 foi aprovada em primei-ro turno. A inclusão da proposta na pauta de votações ocorreu após três anos de luta e pressão de vários setores da sociedade

Fevereiro de 2012A Proposta teve sua aprovação em 2º tur-no e seguiu para o Senado, agora como PEC 05/12.

Março de 2012A CCJ do Senado aprovou, por unani-midade a PEC 05/12. Agora ela precisa passar por dois turnos para virar Lei.

Retrospectiva

Reunião da CCJ. Foto: Natália Godoy / G1

“Da época em que eu

me aposentei para hoje, a diferença é

exorbitante se comparado

aos que estão na ativa”Luis Gonzaga

(aposentado)

Foto

: Dan

ielle

Cas

tro

Page 9: Jornal de Março de 2012

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

INFORMATIVO SINTEST-RN - MARÇO/20129

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

Direitos Humanos

Caso Pinheirinho reacende a discussão sobre o direito à Moradia

Reintegração de posse removeu 1,3 mil famílias que moravam no local há quase 8 anos. Em Natal, a Copa é a vilã das desapropriações

No dia 22 de Janeiro a sociedade acom-panhou de forma

perplexa, através da mídia, o caso Pinheirinho. Mesmo após a decisão do Tribunal de Justiça Federal de suspender a desocupação, o governador de São Paulo, Geraldo Al-ckmin (PSDB) ordenou que dois mil policiais retirassem as famílias do local.

Em solidariedade às vítimas de Pinheirinho, o SINTEST/RN partici-pou do ato “Somos todos Pinheirinho” no final de janei-ro, realizado em Natal.

Desaproriações

Trazendo a discussão para a realidade local, atu-almente Natal vive um im-passe com relação à desa-propriação de 429 imóveis, sendo 269 residências, 41 terrenos e 119 comércios, devido às obras de mobili-dade urbana para a Copa do Mundo de 2014.

O secretário-adjunto de Planejamento e Obras da Copa 2014 de Natal, Walter Fernandes, informou que o valor das indenizações será estipulado mediante a rea-lização de um trabalho que compreenderá três etapas: identificação dos imóveis pela Semurb; avaliação da infraestrutura e a parte ju-rídica com a publicação de decretos de desapropriação e a negociação com os pro-prietários, que será realiza-da pela Procuradoria Geral do Município (PGM).

No entanto, para Marcos Reinaldo da Silva, coordenador da Associação Potiguar dos Atingidos pela Copa (Apac), “O proje-to não foi discutido com a

população. Outras avenidas podem ser utilizadas para desafogar o trânsito”, diz. O empresário Armando Paulo da Silva, um dos atingidos pelas obras de mobilidade urbana, salienta que não é contra a Copa, mas está bastante preocupado por ter o seu comércio diretamen-te afetado e, indiretamente, cerca de 20 funcionários e suas famílias. Já a moradora Íris Rocha da Silva se sente insegura porque até o mo-mento não se sabe os valo-

res dessas desapropriações e teme não ter seus direitos assegurados.

Outro caso seme-lhante é o das obras do Pró-Transporte, em que cerca de 500 imóveis terão que ser desapropriados para que as obras possam seguir sem empecilhos. O trecho mais complicado é onde será fei-

to a ligação da avenida das Fronteiras com a BR-101. No local, há muitos pontos comerciais.Os proprietários ainda não foram avisados sobre as obras e possível remoção.

Muito mais que um teto e quatro paredes

Além de constar na Constituição Federal Brasileira, o direito à mora-dia é reconhecido como um direito humano fundamen-tal desde 1948, através da

Declaração Universal dos Direitos Humanos e deve ser aplicável em todas as partes do mundo. Mas, ape-sar disso, a sua implemen-tação ainda é um grande desafio.

Muito mais que um teto e quatro paredes, a questão da moradia integra o direito a um padrão de

vida adequado onde toda pessoa deve ter acesso a um lar e a uma comunida-de seguros para viver em paz, com dignidade e saúde física e mental. Esta deve incluir:

•Segurança da posse: todas as pessoas têm o direito de morar sem o medo de sofrer remo-ção, ameaças indevidas ou inesperadas;

•Disponibilidade de serviços: a moradia deve ser conectada às redes de

água, saneamento básico, gás e energia elétrica; em suas proximidades deve ha-ver escolas, creches, postos de saúde, áreas de esporte e lazer, além de serviços de transporte público, lim-peza, coleta de lixo, entre outros;

•Custo acessível: O custo para a aquisição ou

aluguel da moradia deve ser acessível, de modo que não comprometa o orçamento familiar;

•Habitabilidade : tem que apresentar boas condições de proteção con-tra frio, calor, chuva, vento, umidade e, também, contra ameaças de incêndio, des-moronamento, inundação e qualquer outro fator que ponha em risco a saúde e a vida das pessoas. Além disso, o tamanho da mo-radia e a quantidade de cômodos devem ser con-dizentes com o número de moradores.

•Não discrimina-ção e priorização de gru-pos vulneráveis: A moradia adequada deve ser acessível a grupos vulneráveis da so-ciedade, como idosos, mu-lheres, crianças, pessoas com deficiência, pessoas com HIV, vítimas de desas-tres naturais etc.

•Localização: deve estar em local que ofereça oportunidades de desenvol-vimento econômico, cultu-ral e social.

•Adequação cultu-ral: A forma de construir a moradia e os materiais utilizados na construção de-vem expressar tanto a iden-tidade quanto a diversidade cultural dos moradores e moradoras.

Como podemos per-ceber, não se trata de um assunto simples, por isso, como sociedade devemos estar atentos para que não hajam mais casos como o de Pinheirinho, afinal as famí-lias que tiverem seus imó-veis desapropriados preci-sam estar amparadas.

Concentração do ato se deu no cruzamento da Av. Salgado Filho com a Av. Bernardo Vieira, seguida de caminhada até o antigo Machadão

Foto

: Jai

ldo

Dant

as

Page 10: Jornal de Março de 2012

INFORMATIVO SINTEST-RN - MARÇO/201210

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

CoordenaçõesEspaço reservado para os informes das coordenações

A vida do trabalhador tem várias etapas a ser percorrida. Na admissão, a felicidade de estar inserido no mercado de trabalho e assim, deslumbrar a realiza-ção de vários sonhos e desejos. No decorrer da vida laboral, o servidor desempenha um papel importante no crescimento da instituição em que trabalha, assim como, no seu próprio desenvolvimento pessoal. A úl-tima fase é reservada para a aposentadoria, essa fase é o momento que deveria estar reservada a realizar outras atividades e sonhos que ficaram adormecidos durante o período efetivo de trabalho.

Porém, os fatos nos mostram que na maio-ria dos casos dos nossos aposentados, as perspec-tivas são alteradas e continuam sobre seus ombros, responsabilidades como cuidar da casa, dos netos e muitas vezes, suprindo financeiramente as des-pesas da casa e dos filhos. Essa lógica precisa ser alterada para que o aposentado e pensionista tenha também momentos de lazer, qualidade de vida, de-senvolvimento social e físico, e formação sobre os assuntos que os cercam.

Com esse propósito, as Coordenações dos Aposentados e Pensionistas e a de Educação e Formação Sindical desenvolveram várias ações nes-ses dois anos de mandato na direção do SINTEST/RN como alguns encontros dos aposentados e pen-sionistas em Natal, Santa Cruz, Mossoró, curso de artesanato, informática com o Projeto inclusão di-gital à “melhor idade”, ato em favor da participa-ção e do direito a voto dos aposentados da UFRN e UFERSA nos Conselho Superiores e na escolha para reitor dessas Instituições de Ensino, bem como em defesa do reposicionamento salarial dos apo-sentados, com café da manhã no dia do aposentado em Natal e Mossoró, visita ao Museu do Sertão, participação de ato em Brasília pela aprovação da PEC 555/06 e 270/08, participação no encontro na-cional de aposentados em Brasília etc.

Outras ações estão planejadas para a reta fi-nal da nossa gestão como Encontros Regionais com aposentados da UFRN e UFERSA e com institui-ções de estados vizinhos, continuar com cursos de iniciação digital e avançado, oferecer outros cursos de artesanato e ampliar a parceria com Entidades de ensino superior. Em Mossoró, sondamos a pos-sibilidade de desenvolver o projeto informática para melhor idade. Esperamos o envolvimento de todos (as) aposentados e pensionistas.

Contem conosco sempre.

Jane Suely DamascenoCoord. de Aposentados

Notas Rápidas

SINTEST/RN tem representação no Conselho estadual de Saúde do RN

A nova composição do Conselho Esta-dual de Saúde do

RN (CES/RN) está vigente desde o dia 29 de dezembro passado, ocasião em que to-maram posse os novos con-selheiros. O SINTEST está

representado por seu coor-denador de finanças, Marcos Aurélio Marques da Silva, que é suplente na represen-tação dos profissionais da saúde do RN. O mandato no conselho vale para o bi-ênio 2011 a 2013.

Iniciativa da Coordenação de Educação e Formação Sindical, originalmen-

te o curso foi pensado para ser feito entre direção e fun-cionários da entidade. Com a abertura de mais vagas, o sindicato decidiu dar opor-

tunidade de oferecê-las tam-bém a seus sindicalizados. O curso foi ministrado pela profº MS. Fabíola Barreto, durante três intensos dias, na sede do SINTEST/RN.

A proposta do curso foi principalmente atualizar

quanto ao novo acordo orto-gráfico que passa a valer de-finitivamente a partir do ano que vem. Isso porque até o final de 2012 a forma antiga ainda será aceita.

Encontro sobre direito à comunicação

Discutir os rumos da comunicação so-cial foi o foco do

I Encontro Nacional sobre Direito à Comunicação que aconteceu em Recife nos dias 09,10 e 11 de fevereiro. O evento teve como objeti-vo trazer à tona temas como marco regulatório da comu-

nicação, comunicação como direito humano, experiên-cias independentes, comu-nitárias e contra-hegemôni-cas da comunicação.

O SINTEST/RN se fez representado no encontro através da mais nova contra-tada do setor de comunica-ção, Myrianna Coeli.

SINTEST/RN promove curso de atualização em Português

As aulas aconteceram no auditório da sede do SINTEST/RN

Foto

: Liv

ia C

aval

cant

i

Page 11: Jornal de Março de 2012

Visite nosso site: www.sintestrn.org.br

Como viviam nossos antepassados? Como sobreviveram a várias secas?

Museu do Sertão: origem de uma civilização tipicamente potiguar

A civilização da seca traz consigo características de uma sociedade bastante peculiar. Essa civilização encontra-se no centro da re-gião nordeste e se destaca por suas técnicas de sobrevivên-cia e por sua história. Ela só começou a ser formada apro-ximadamente 200 anos após a colonização do litoral brasi-leiro, especialmente pela forte resistência dos índios Tapuias e pela dificuldade de insta-lação de outras populações na região devido ao clima

bastante seco. Apesar das di-ficuldades iniciais, as formas peculiares de resistência às adversidades encontradas na região moldaram o modo de ser sertanejo no Rio Grande do Norte.

Esses e outros aspectos da cultura sertaneja puderam ser apreciados pela cara-vana de idosos da UFRN e UFERSA que foram no dia 08 de fevereiro até a Fazenda Rancho Verde, localizada em Mossoró e onde se encontra o Museu do Sertão.

Criado e mantido pela iniciativa privada, o Museu do Sertão recebe visitantes de todo o país que se interessam em conhecer um pouco mais so-bre como viviam as primeiras civilizações colonizadoras no Brasil. Assim que o visitante chega ao local, o mantenedor do Museu, professor Benedito Mendes, recebe todos com bastante atenção e apresenta o trajeto do museu que tem onze galpões espalhados por sua propriedade.

O sertão nordestino é retratado em cada galpão. Há o espaço reser-vado para mostrar as ferramentas de trabalho dos nossos antepassados, um local que mostra os utensílios domésticos utilizados nas primeiras décadas de colonização, outro espaço dedicado somente aos vaqueiros e muitos ou-tros que juntos retratam as várias fases da vida dos sertanejos nordestinos.

Em um dos galpões podemos observar todo o maquinário de prensas, caldeirões e outras peças que eram utilizadas no início da colonização para a produção de farinha de mandioca e de cana-de-açúcar que era usada na produção de rapadura e cachaça. O professor Benedito destacou durante a visita que essa produção de alimentos “foi muito importante para a sobrevi-vência durante os longos anos de seca, pois eram alimentos de fácil armaze-nagem. Não adiantava ter ouro. Na seca, o que importava era o alimento”.

No trajeto por todo o museu vimos algumas espécies animais como codornas, coelhos, emas e outros ani-

mais da região. Mas um local se destaca dos demais. É a réplica de uma casa de taipa original usada por tantos habitantes do sertão até os dias de hoje. Na casa o professor ressalta que as louças domésticas eram diretamente influen-ciadas pelos índios que viviam na região antes da colonização. Ao entrar no local, podemos sentir como era viver em condições bastante limitadas.

Em outro espaço do museu, vemos um galpão com imagens em tamanho um pouco maior do que os originais de personagens importantes da história nordestina: Lampião, Frei Damião, Zumbi dos Palmares, Jackson do pandei-ro, o vendedor de pirulitos e muitos outros.

Na saída desse espaço, existe uma plantação com espécimes próprias do sertão que garantiam e ainda garantem a sobrevivência em tempos de seca.

Durante todo o passeio pela história da civilização da seca, observa-mos que a riqueza cultural do sertão é muito grande e pouco conhecida por quem não vive nesse meio e o quanto ainda temos que aprender sobre a vida dos nossos antepassados.

Quem quiser saber um pouco mais da nossa história poderá visitar o Museu do Sertão que está aberto a visitações todos os últimos sábados de cada mês. As visitas devem ser agendadas com o próprio professor Benedito Mendes por meio do telefone (84) 9972-2139.

Page 12: Jornal de Março de 2012