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04 · IBERJOYA 2011 FADO E OURIVESARIA Kátia Guerreiro e Ouronor CONFERÊNCIA IBÉRICA DE OURIVESARIA 9 e 10 de junho OBSERVATÓRIO DE TENDÊNCIAS E INTERNACIONALIZAÇÃO Relatório Atividades AORP

JORNAL MARÇO 2012

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Jornal trimestral AORP.

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Page 1: JORNAL MARÇO 2012

04 · IBERJOYA 2011

FADO E OURIVESARIAKátia Guerreiro e Ouronor

CONFERÊNCIA IBÉRICA DE OURIVESARIA9 e 10 de junho

OBSERVATÓRIO DE TENDÊNCIAS E INTERNACIONALIZAÇÃORelatório Atividades AORP

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Anel Giardini em Prata Dourada com Pedra Olho de Gato e Zircónias - Misis by Topázio

Turquesa em novos volumes Para este verão 2012, a transparência foi revisitada e aparece em locais mais diversificados, como é o exemplo das joias. Este anel da Misis by Topázio surpreende para além da cor pela forma XL, os volumes e as cores fortes mar-

cam novamente no que toca às tendências do verão 2012.

A TENDÊNCIA DAS CORES FORTES

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CAROS COLEGAS,

Atitude positiva!

Os tempos de dificuldade que vamos atravessando não poderão condicionar a evolução da Ouri-vesaria Portuguesa. Exige-se dinamismo, inconformismo e uma boa dose de persistência!Ensina-nos a história que os momentos de crise têm a vantagem de criar janelas de oportunidade para os mais atentos e arrojados. Sabemos que muito dos nossos empresários têm as caracterís-ticas necessárias para vencer as adversidades.

Nesta primeira edição de 2012, o jornal da AORP dá-lhes a conhecer que o mundo da ourivesaria vai evoluindo. No universo que rodeia este setor, mostramos-lhes que a ourivesaria é mais do que trabalho, a ourivesaria é um lifestyle!

Destacamos as feiras internacionais do início do ano, Eclat de Mode e Inhorgenta, damos a co-nhecer escolas novas de ourivesaria, uma dentro de portas, a Alquimia e outra lá fora, Van Cleef & Arpels. Apresentamos o Congresso da CIBJO, em Vicenza que se realizará em maio e a Confe-rência Ibérica de Ourivesaria em Viana do Castelo, no mês de junho. Falamos de Fado, de quem o canta, e de quem o encanta vestindo a ourivesaria.

Convidamos para a feira OURINDÚSTRIA, que se realiza de 22 a 25 de março, em Gondomar, onde encontraremos ourivesaria produzida em Portugal de forma artesanal, trabalhada com rigor e perfeição. Gondomar é terra de grandes ourives, que se dedicam com alma a esta nobre arte. Encontrará neste jornal um convite que lhe abrirá as portas para visitar este certame.

Mostramos o que as empresas portuguesas produzem e elogiamos Guimarães Capital Europeia da Cultura!E tantas outras coisas.

São estas boas razões para não perder este Jornal. Trabalhamos a pensar na OURIVESARIA PORTUGUESA!

AORP-Associação de Ourivesaria e Relojoaria de PortugalAvenida Rodrigues de Freitas, 204 · 4000-416 PortoT. +351 225 379 161/2/3 · F. +351 225 373 [email protected] · www.aorp.ptTIRAGEM - 2000 exemplares

327 CREATIVE STUDIOwww.327graus.com

Gabinete de Comunicação e Imagem da [email protected]

Gabinete de Comunicação e Imagem da [email protected]

(Presidente AORP)

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04 · LIFESTYLE

Filthy Rich™ PoRtugal chiaDo

Filthy Rich™ Portugal é um conceito de ori-gem norte americana, inovador e original em Portugal que pretende tornar acessível ao seu público alvo a aquisição de réplicas licenciadas de jóias históricas e reconhe-cidas internacionalmente, desenhadas por conceituados designers para celebridades mundiais como Jackeline Kennedy, Marilyn Monroe ou Marlene Dietrich entre outras.O acesso a réplicas de peças de mais de 90 museus mundiais fazem parte do âmbito deste conceito, que pretende igualmente divulgar a história associada a cada uma delas mostrando desta forma a vertente cultural do mesmo. A adaptabilidade ao mercado europeu do conceito divide as peças em 5 categorias principais, “Presti-ge”, “Contemporany”, “Museum”, “Youth” e “Accessories” o que demonstra uma trans-versalidade em termos de setores etários e socioeconómicos, fator que se revela uma mais-valia.

Existe dentro deste conceito um espaço que pretende dar a todos a possibilida-de de criar e ao mesmo tempo ter peças únicas e originais bastando para isso trazer a ideia e deixar os designers de joias por-tugueses que têm parcerias com a Filthy Rich™ Portugal de fazer a sua peça. E a sua arte pode igualmente ser apreciada no espaço onde divulgam mais de 8 criadores de joias e bijutaria portugueses.

COLAR “FREnCh

MARROCCAn”

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Anel David Miracca, coleção “Mange l’Orange”

Pulseira Anabel Campbell, Navajo Cuff

A Pantone inc, autoridade mundial na criação e fornecimento de padrões de cor para a indústria Gráfica, elegeu como tem sido hábito, a cor oficial de 2012, o Pantone 17-1463 Tangerine Tango.Tangerine Tango é descrito pela empresa como um “laranja avermelhado e espiritu-oso” que dá “o impulso de energia de que precisamos para recarregar as baterias e seguir em frente”. “Sofisticada, alegre e se-dutora” é assim que a fabricante de tintas descreve o novo tom escolhido para 2012 e serão certamente estes os elogios que receberá se incluir devidamente esta cor nas suas peças de joalharia.

COR OFICIAL DE 2012

A cor Pantone é um valioso indicador para designers de moda, designers de interiores, publicitários e outros criativos das áreas da moda, design e fotografia, que por esta altura do ano aguardam com expetativa a decisão da marca.

Fotos: Ugo Camera

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05 · OBSERVATÓRIO DE TENDÊNCIAS E DE INTERNACIONALIZAÇÃO

PUBLICADORELATóRIO DE ATIvIDADES O quÊ?O observatório de tendências e de interna-lização implementado pela AORP no seio do setor da ourivesaria de Portugal, con-siste na implementação duma metodologia destinada à observação, à pesquisa, e à análise de dados e informações relevantes para a atividade setorial.Funciona como um orgão de prospeção e produção de informação adaptada. Preten-de colmatar fragilidades, possibilitando a capacitação e o melhor alinhamento com o universo da moda e as últimas tendências estilísticas e comercias.

COMO?Está estruturado em duas atividades prin-cipais:. Recolha e produção de informações sobretendências estilísticas e estéticas nosetor da ourivesaria e da fileira moda;. Tratamento e divulgação de dados sobrebalança comercial, acesso quantitativo equalitativo aos mercados internacionais.

PARA quEM?PME do setor e agentes da envolvente do setor da ourivesaria em Portugal. Decisores institucionais.

OBJETiVOSEstratégicos:. Melhorar o conhecimento e a introdução de inovação no setor;. Promover a implementação de soluções

adaptadas para aumentar a competitivida-de setorial.Específicos:Desenvolver um Observatório para estudo de tendências e de mercados;utilizar articuladamente os recursos dis-poníveis em termos de conhecimento de tendências de mercado, para fomentar a competitividade e a internacionalização;Produzir conhecimento adaptado ao público-alvo das PME setoriais.

METODOLOGiAA implementação do Observatório faz parte de um projeto mais global “Ourivesa-ria On the Move”, apoiado pelo Programa SiAC – Sistema de incentivos das Acções Coletivas. Ambiciona fortalecer a dinâmi-ca iniciada no projeto “Ourivesaria XXL” (2009-2010) de geração de informação e conteúdos de base estratégica para o setor da ourivesaria nacional e assegurar a sua divulgação e aproveitamento operacional por parte das PME. Também permite asse-gurar a presença da AORP e da ourivesa-ria nacional nas atividades da envolvente internacional.

As atividades do Observatório resumem--se em:. Levantamento da informação existente sobre mercados e tendências no setor da ourivesaria e da fileira moda (divulgação regular de informação adaptada às PME e

apresentação das conclusões anuais nas Jornadas de Ourivesaria);. Seguimento da balança comercial interna-cional e dos mercados a partir da presença sistemática nas principais feiras e salões setoriais a nível mundial (participação em feiras e realização de relatórios da visita com informações práticas e com a auscul-tação direta da situação do setor); . Divulgação nos meios de comunicação da AORP e Apresentação das conclusões anuais durante as Jornadas da Ourivesaria.O trabalho foi desenvolvido entre janeiro e dezembro de 2011.

As realizações foram validadas na segun-da edição das Jornadas de Ourivesaria, organizadas em 15 de dezembro de 2011, na sede da AORP. A sessão contou com a participação de dirigentes de empresas, responsáveis e formandos dos centros de formação e escolas de ourivesaria e agen-tes setoriais.

www.issuu.com/aorp/docs/relatorio_jornadas_2011

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Eclat de Mode é a Feira Profissional inter-nacional dedicada a bijuteria, fantasia e criadores, a alta costura e joalharia, aces-sórios de moda, artefactos em ouro, prata e relógios. O evento propõe dois encontros anuais em Paris para apresentar as tendên-cias das próximas temporadas.

Em janeiro a AORP esteve presente na feira que teve este ano um acréscimo de partici-pações portuguesas.A ourivesaria portuguesa esteve presente nesta última edição.

_ Wings of Feeling www.wingsoffeeling.com

_ Gofrey www.gofrey.pt

_ Materialab - Carla Matos www.materialab.pt

_ Astella Melu www.astellamelu.com

_ Elza Pereira www.elzapereira.com

_ Sofia Canas da Mota www.sofiacmota.com

_ Bergue&Co www.bergueandco.com

06 · ECLAT MODE PARIS

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07 · VAN CLEEF AND ARPELS

A fim de transmitir o conhecimento acu-mulado pelos seus peritos para mais de um século, a assinatura de joias finas que tam-bém desenvolve relógios, propõe uma série de cursos divididos em capítulos. Aberto para o público internacional, L’École Van Cleef & Arpels situa-se no coração de Paris.

Van Cleef & Arpels é sinónimo da mais alta joalharia. As suas peças são comuns nas boutiques mais prestigiadas e em leilões. Fundada em 1906, a empresa tem desen-volvido técnicas de criações atemporais. Em fevereiro de 2012, a Escola Van Cleef & Arpels deu um passo importante na história Van Cleef & Arpels, abrindo uma luz sobre o mundo tão secreto de joias finas para partilhar o seu bem mais precioso: o seu “savoir-faire ‘. “Esta oferece uma maneira única de descobrir e aprender com aqueles que são apaixonados por joias, amantes da beleza ou qualquer um, curioso que deseja obter conhecimento deste mundo fascinan-te. A escola está aberta a um público inter-nacional”, segundo informação da marca.

Sob o nome L’Ecole, a formação é dividida em três etapas: “Abertura”, “iluminando”

e “Revelação”, cada uma consistindo em vários “capítulos” a que se seguirá um processo de aprendizagem progressiva. A L’École Van Cleef & Arpels fica na Place Vendôme, numa casa que encarna o século XViii estilo de arte francês.

O curso é flexível durante os primeiros dois níveis para que se possa inscrever numa ou várias disciplinas de acordo com seus próprios interesses, gostos e conhe-cimentos. As inscrições para a sessão de 2012 abriram a 15 de novembro passado. Os primeiros cursos, ministrados em inglês ou Francês, começaram em fevereiro 2012. Os participantes interessados poderão verificar o conteúdo dos cursos e preços, bem como registarem-se no site oficial da empresa.

Todos os cursos são ensinados em inglês e Francês e estão abertos a estudantes de todo o mundo.

www.lecolevancleefarpels.com

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08 · INHORGENTA 2012

A inhorgenta decorre anualmente em feve-reiro em Munique e é uma das feiras líders da relojoaria e joalharia.A inhorgenta registou um aumento de visi-tantes nas suas últimas três edições.

Este ano a feira aconteceu entre os dias 10, 11, 12 e 13 de fevereiro e contou com uma incrível variedade de expositores de todo o mundo em mais de 33.000 metros quadra-dos de espaço na neue Messe München: Time Pieces, Tecnologia e Joias, Seleção, Estilo de Vida, quilates e Design Contem-porâneo.

na inhorgenta 2012 estiveram 4 empresas portuguesas:

_Astorga Jewels www.astorgajewels.com

_Azorean Secrets - Mar Português www.lundajoia.com

_iluminada Mendes www.iluminadamendes.com

_Styliano Jewellery www.styliano.com

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04 · IBERJOYA 2011

Page 10: JORNAL MARÇO 2012

10 · ARTIGO A NEW RELEVANCE OF GOLD

POR ARAm ShIShmANIAN, CEO DO WORLD GOLD COUNCIL

Em 2001, o preço do ouro atingiu em

média os 273 dólares por onça (1 onça

= 31,103gr). Desde então, o preço tem

aumentado a cada ano, com uma média su-

perior a 1.500 dólares a onça, nos primeiros

seis meses de 2011 e crescendo ainda mais

depois desse período.

Esse desempenho fez com que se passasse

a ideia de que o ouro é um investimento

especulativo, que está numa bolha e que

o preço, a seu tempo, vai com certeza cair.

Mas estas considerações não têm nenhuma

base real.

Mesmo um olhar superficial nos dados da

oferta e da procura demonstra que o preço

do ouro está a ser impulsionado por funda-

mentos de um mercado robusto. Em 2010,

a procura mundial de ouro foi avaliado em

157 bilhões de dólares, o valor mais alto de

sempre. A febre do ouro tem continuado

durante 2011, com fortes valores trimestrais,

tanto em termos de valor como em volume.

Por trás destas estatísticas encontram-se

uma série de fatos interligados, o que, ana-

lisados de forma conjunta, estão a aumen-

tar a relevância do ouro no mundo de hoje.

há já muitas décadas que a Ourivesaria

tem sido a principal fonte de procura para

o ouro, e continua na dianteira. Em 2010,

representava pouco mais de metade da

procura global e a tendência tem persistido

em 2011.

O apetite dos consumidores está em evi-

dência em todo o mundo, especialmente

em redutos culturais do ouro, como a China

e a Índia. O crescimento económico expe-

rimentado por ambos os países está bem

documentada. Como as pessoas se tornam

mais ricas, estão a comprar ouro em joias e

ouro para investimento, uma vez que am-

bos são vistos como sinónimo de riqueza.

Esta tendência traz bons presságios para o

futuro, especialmente porque os elevados

preços do ouro não tiveram o efeito de

fazer diminuir a procura - durante a última

década, por exemplo, o ouro subiu 400

por cento em termos rúpias na Índia mas a

procura aumentou em 25 por cento.

A par desta onda de crescimento, estima-

-se que na próxima década, o número de

pessoas que passará a fazer parte da classe

média indiana e Chinesa suba na ordem

das centenas de milhões.

Entretanto no Ocidente, uma série de

fatores contribuem para que o ouro faça

parte do tecido que alimenta os mercados

financeiros. isto não é um novo papel. na

verdade, já há algum tempo que o ouro

tem sido considerado um ativo confiável

contra os riscos do crédito, do cambio e da

inflação.

Como a crise financeira se transformou

de uma crise hipotecária para uma crise

bancária e, agora, numa crise da dívida so-

berana nas maiores economias do mundo,

o ouro tem sido uma constante fonte de

valor para os aforradores, para os gesto-

res de investimento e para a riqueza das

nossas nações.

Gestores de ativos de reserva têm reavalia-

do, tanto o seu nível ideal como a compo-

sição das reservas necessárias. um número

de reservas considerável será necessário

para sobreviver num mundo que, apesar

de três anos em crise financeira, continua

profundamente desequilibrado.

O mundo precisa de um sistema de reserva

multi-moeda: que se tornou evidente a

partir do “Dilema Triffin” que contribuiu

para a crise atual. Mas a diversificação em

mercados emergentes do eurobonds foi

abruptamente cerceada pela crise da dívi-

da soberana. Políticas de taxas cambiais no

resto do mundo, e a falta de profundidade

suficiente no mercado das dívidas públicas

dos governos nos outros lugares, excluíram

a diversificação. O ouro surgiu assim como

uma solução.

Os mercados dos países emergentes em

redor do mundo estão a comprar enormes

quantidades de ouro, isto, enquanto os

bancos centrais europeus têm suspendido

as vendas, os bancos centrais do mundo

são agora grandes compradores líquidos

de ouro. Estes bancos compraram mais de

200 toneladas de ouro até meados de 2011

e considera-se que acumulem muito mais

até o final de 2011 – valores muito distantes

das vendas de 400 toneladas que foram a

norma apenas há alguns anos atrás.

Os maiores desafios estão a ser enfren-

tados pelos líderes mundiais! O nosso

sistema financeiro está quebrado. Medidas

ousadas e novos quadros mentais são ne-

cessárias para corrigi-lo – já não bastando

considerar apenas alterações no quadro

regulamentar global, porque foi esse que

permitiu aos mercados financeiros avaliar

erradamente o risco. no entanto os passos

certos estão a ser tomados.

Os líderes do G20 comprometeram-se em

aumentar o uso de câmaras de compen-

sação centrais e de contraparte e Basileia

iii reduzirá os riscos sistémicos. Também

aqui o ouro está a desempenhar um papel

relevante. As principais câmaras de com-

pensação e bancos internacionais, como

o Chicago Mercantile Exchange nos EuA,

iCE Clear Europe e JP Morgan, começaram

a aceitar o ouro como garantia. A caracte-

rística que o ouro tem de não ser um ativo

de risco de crédito, aliado ao seu compor-

tamento anti-cíclico e ainda a sua liquidez

e segurança no mercado, tornam-no numa

escolha ideal. Como a qualidade de crédito

de outras fontes tradicionais de garantia

continuam a deteriorar-se, este uso para o

ouro é provável que cresça.

Esta é também uma razão pela qual a

reserva de liquidez proposta no quadro de

Basileia iii deve ser alargada para abranger

o baixo risco e alta liquidez de ativos como

o ouro.

Outros papéis para o ouro podem ainda

surgir, possivelmente no sistema monetário

internacional. isto está a ser investigado

pela altamente respeitada, Chatham house,

onde as discussões estão num estágio

ainda inicial.

no entretanto, três pontos destacam-se:

os princípios da oferta e da procura para

o ouro são mais fortes do que nunca; o

respeito pelo ouro é maior do que tem sido

desde há décadas, e a apreciação sobre a

relevância do ouro no mundo conturbado

de hoje é apenas o começo!

www.gold.org

Page 11: JORNAL MARÇO 2012

11 · CONFERÊNCIA IBÉRICADE OURIVESARIA

A ourivesaria na Península Ibérica é uma

arte milenar. Desde há vários séculos que

a arte e a tradição da ourivesaria têm

servido monarquias, o clero, assim como as

populações em geral, sendo bem paten-

tes algumas tradições e trajares em que a

ourivesaria assume um papel relevante. Por

outro lado o design na ourivesaria/joalha-

ria tem sofrido uma evolução significativa

sendo vários designers ibéricos reconheci-

dos em certames nacionais e internacionais

tornando evidente a evolução que esta área

tem assumido no panorama internacional.

Finalmente a ciência e a tecnologia têm

mostrado que a Península Ibérica possui

dos projetos mais criativos e inovadores

no setor, também estes reconhecidos e

materializados através de diversos prémios

internacionais. Este congresso tem como

principal objetivo contribuir para afirmar a

ourivesaria e joalharia Ibérica no mundo.

Juntará personalidades de reputação mun-

dial que irão falar sobre tecnologia, design,

e marketing. Será realizado um fórum

para debater quer as dificuldades quer as

oportunidades e estratégias de internacio-

nalização e ainda um desfile com coleções

recentes de empresas e de designers. Estão

convidados a participar industriais, desig-

ners, distribuidores, comerciais, ou outros,

que são fundamentais neste processo de

afirmação do setor no mundo. Juntamente

com a Câmara Municipal de Viana do Cas-

telo, a organização convida o setor a fazer

parte deste evento. A conferência terá lugar

no moderno Centro de Congressos do Cas-

telo medieval de Santiago da Barra, num

ambiente de tradição e de modernidade.

O congresso pretende ser um espaço de

oportunidade e de partilha entre o trabalho

desenvolvido por designers e por joalheiros

e as empresas e comerciantes do setor de

ourivesaria e joalharia. Cada apresentação

poderá mostrar coleções ou abordagens ao

design ou ainda a técnicas de trabalho de

ourivesaria com materiais convencionais ou

com outros materiais menos convencionais

usados em joalharia e ourivesaria.

Programa e mais informações:

[email protected]

www.ct2m.uminho.pt

9 E 10 DE JUNhO

Page 12: JORNAL MARÇO 2012

12 · FADO

Património imaterial da humanidade

Como foi noticiado no dia 27 de novembro de 2011, o fado é Património imaterial da humanidade segundo decisão tomada durante o Vi Comité intergovernamental da Organização da Onu para a Educação, Ciência e Cultura - unESCO.

O antigo presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes lançou a ideia de candidatar o fado a Património imaterial da humanidade e escolheu os fadistas Mariza e Carlos do Carmo para embaixadores da candidatura.

A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 2 de maio de 2010 e apresentada publicamente na assembleia Municipal, no dia 1 de junho, tendo sido aclamada por todas as bancadas partidárias.

no dia 28 de junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e formalizada junto da Comis-são nacional da unESCO. Em agosto desse ano, deu entrada na sede da organização, em Paris.

A candidatura portuguesa foi considerada como exemplar pelos peritos da unESCO.

Page 13: JORNAL MARÇO 2012

JOIAS AmÁLIA RODRIGUES: ARTE QUE TAmBÉm É FADO

A OuROnOR, vestiu-se a rigor para embar-car, no que acreditam ser, um projeto que vai muito além do negócio. Envergando no peito os valores que o FADO encerra, aceitaram o repto lançado pela Valentim de Carvalho Filmes, para produzir réplicas das joias da Amália Rodrigues, que foram utilizadas no filme “Amália”. Seguiu-se a Fundação Amália Rodrigues, que querendo partilhar com o público o património da Diva do Fado, assinou um contrato com a Ouronor, conferindo-lhes a qualidade de agente mundial exclusivo com os direitos de reprodução das réplicas do espólio das joias da Amália Rodrigues e ainda a possibilidade de evoluir para coleções com formas mais contemporâneas, mantendo os valores estéticos e sentimentais das peças originais da Amália, e todas produzidas sob a égide do Fado.

Este projeto decompõe-se num processo produtivo que sai dos moldes tradicionais, e eventualmente mais mecanizados a que a indústria está habituada, uma vez que passa pela obrigatória incorporação de valores artísticos e afetivos ligados a um símbolo que identifica um povo, um país, uma nação: o FADO!

Estas peças, que saiem da Ouronor, e que pretendem homenagear a Amália Rodri-gues, são muito mais do que joias. São joias que contam histórias, que têm passa-do, uma carga emocional e um património genético que lhes confere autenticidade e riqueza.

A abordagem da Ouronor ao produto pre-tende permitir pela primeira vez, que o pú-blico em geral chegue a um património rico e envolto de luxo, de uma forma extraordi-nariamente acessível. As peças que serão lançadas ao longo do tempo e que têm por trás um cunho contemporâneo, respondem às exigências da moda e das tendências. Estas joias levarão a marca Amália onde está cravado o universo do Fado.

“Somos bons e sabemos fazer bem” é o lema da empresa, que pretende com esta parceria Ouronor/Fundação Amália Rodri-gues, o fortalecimento da memória coletiva do povo português. não se pense no entanto que o projeto da Ouronor apenas andará dentro de portas. É também lá fora que a empresa pretende estabelecer fortes relações comerciais. A marca Amália Rodri-gues será o melhor dos cartões de visita.

13 · OURONOR

As Joias Amália Rodrigues – um tesouro mundialuma joia Amália Rodrigues será sempre

uma peça que vale pela envolvente emo-

cional, pelo acervo histórico que encarna

e respira, mas tem também a garantia

de qualidade que o prestígio da Ouronor

assina. É produto de uma combinação de

tecnologia, inovação e design, que transmi-

te a cultura da empresa.

site: www.ouronor.com

Page 14: JORNAL MARÇO 2012

14 · ENTREVISTA KÁTIA GUERREIRO

A vOZ DO FADO E DA OURIvESARIA TRADICIONAL

Kátia Guerreiro divide a sua vida entre as paixões pela música e pela medicina. É uma das mais internacionais fadistas portuguesas. O seu fado caracteriza-se por uma grande rique-za lírica, cantando escritores portugueses contemporâneos, com destaque para António Lobo Antunes.Teve um percurso geograficamente atribulado. Nasceu na África do Sul, cresceu nos Aço-res, onde frequentou um rancho folclórico. Estudou e licenciou-se em Lisboa, em Medicina. Nos anos 90 do século XX foi vocalista com o grupo Os Charruas. Trabalhou no Hospital Distrital de Évora e, mais tarde, regressou à capital. Foi durante o curso que descobriu a sua veia fadista, em convívio com colegas e, de forma um pouco mais séria, em concertos, após o desafio feito pela parelha de guitarristas formada por Paulo Parreira e João Veiga.Em 2006 foi editada uma caixa com os seus primeiros dois discos e o álbum “Tudo Ou Nada” foi reeditado, destacando-se a colaboração do brasileiro Ney Matogrosso.Em 2008 estreia-se como autora, ao lado de Rui Veloso, no álbum “Fado”, que será editado a 17 de novembro.Em 2010, faz uma participação especial, no primeiro álbum a solo, ”Karma Train”, do guitar-rista, António Mão de Ferro.Katia Guerreiro já conta com concertos por todo o mundo, em locais tão diversos como Japão, Marrocos, Turquia, França, Holanda, Nova Caledónia, Suécia, Brasil, Bulgária, Macau, Rússia ou Espanha.

Para além deste curriculo tão rico a Kátia Guerreiro tem o Coração em Viana. O “namoro” entre Kátia Guerreiro e o Município de Viana do Castelo começou em abril de 2010, numa festa do fado promovida por uma rádio local daquela cidade.“Esperamos que seja um namoro por muitos anos”, sublinhou o autarca, referindo-se a Ká-tia Guerreiro como uma “enamorada por Viana do Castelo” e uma “grande divulgadora do coração e do ouro de Viana”, nomeadamente através dos “brincos à rainha” que a fadista usa sempre nos concertos.

Page 15: JORNAL MARÇO 2012

15 · ENTREVISTA KÁTIA GUERREIRO

KÁTIA GUERREIRO É JÁ UM NOME INCONTORNÁVEL DO FADO E ESTÁ INTRINSECAMENTE LIGADA à OURIVESA-RIA PORTUGUESA. COMO NASCEU ESTA LIGAÇÃO?

Esta ligação nasceu de forma muito natural. Sempre gostei da ourivesaria portuguesa e quando comecei a fazer espetáculos, achei que eram os brincos mais bonitos para usar em palco. Começaram a ser uma das minhas imagens de marca, porque para alem dos espetáculos, uso-os sempre nas capas dos meus discos, nas fotos oficiais e nos eventos em que participo. As pessoas começaram naturalmente a associá-los à minha imagem.

OS BRINCOS à RAINHA qUE USA E qUE JÁ SÃO UMA IMAGEM DE MARCA FUN-CIONAM COMO UM ESCUDO qUANDO ESTÁ EM PALCO?

Podem funcionar como um escudo, não no sentido de defesa mas, no sentido de sinal distintivo, de bandeira...são a minha imagem de marca, mas antes disso são uma das imagens da tradição e da cultura do nosso país.

DE CERTEZA qUE USAR ESTE OURO qUE É PORTUGUÊS, UMA ARTE E UM SíMBOLO DE CARÁCTER NACIONAL, A DEIXA OR-GULHOSA. É ASSIM qUE SE SENTE?

É com grande orgulho que uso as peças

de joalharia minhota e que as mostro pelo mundo fora nos meus espetáculos. É muito bom poder contribuir para a divulgação da nossa arte, da nossa cultura e das nossas tradições um pouco por todo o mundo.

EXISTE A NECESSIDADE DE LEVAR O qUE HÁ DE MELHOR EM PORTUGAL qUANDO ATUA LÁ FORA?

O Fado e a ourivesaria portuguesa são dois óptimos exemplos de produtos de qualida-de que podemos e devemos mostrar por esse mundo fora. Para além dos tradicionais Brincos de Viana, escolho sempre estilistas portugueses para a minha roupa de espetá-culo. É com grande orgulho que levo comi-go o que de melhor temos em Portugal.

REPRESENTA DUAS ARTES, A OURIVE-SARIA PORTUGUESA E O FADO. É UMA RESPONSABILIDADE OU UM PRAZER?

É uma responsabilidade que me dá imenso prazer! O Fado e a ourivesaria portuguesa são duas artes maiores do nosso país por isso, poder representá-las é um orgulho imenso.

COMO REAGIU qUANDO TEVE CONHE-CIMENTO qUE O FADO PORTUGUÊS SE HAVIA TORNADO EM PATRIMÓNIO IMATE-RIAL DA HUMANIDADE?

Fiquei muito feliz, claro! A verdade é que a expectativa era imensa e tínhamos todos a esperança que a candidatura fosse aceite.

Há 12 anos que canto Fado um pouco por todo o mundo e sei o carinho e a admi-ração que os outros povos sentem pelo Fado. Já era uma música do mundo e esta distinção é a prova disso.

Page 16: JORNAL MARÇO 2012

16 · ESCOLA ALqUIMIA

Page 17: JORNAL MARÇO 2012

04 · IBERJOYA 2011

carla Solheiro Vilas Boas Barroso

Nasceu em Fafe em 1973 e tirou o curso de Artes Plásticas na escola artística secundaria Soares dos Reis no Porto com-

pletando com uma licenciatura em Arquitetura com a especia-lização em Recuperação Arquitetónica e Urbana, Universidade

Lusíada Porto, 1996.Atualmente vive e trabalha no Porto e ocupa o cargo de Diretora e

Formadora na escola de Joalharia Alquimia.Expõe desde 2000 na área da joalharia.

Trabalha regularmente com clientes particulares.Desenha esporadicamente coleções para marcas de ourivesaria

em parceria com Andreia quelhas Lima.Está representada em várias publicações e catálogos.

andreia Quelhas lima

Nasceu no Porto em 1976 e licenciou-se em Escultura na FBAUP, 2002.

Atualmente vive e trabalha no Porto e ocupa o cargo de Direto-ra e Formadora na escola de Joalharia Alquimia.

Andreia expõe individualmente desde 2001 nas áreas da joalharia e fotografia.

Anualmente expõe individualmente joalharia em espaços alternativos. Colabora com lojas na área da moda e design de joias tanto na formação

de funcionários como na produção de objetos.Desenha esporadicamente coleções para marcas de ourivesaria em parceria

com Carla Solheiro.Colabora com o projeto “A Loja do Lopes” desde 2006.

Em 2009 produz peças de joalharia, e colabora ao nível de adereços para a curta-metragem de Manoel de Oliveira, “Representação ao vivo

do políptico de S. Vicente de Fora”, com o apoio da Fundação de Serralves.

Está representada em várias publicações e catálogos bem como em coleções particulares e públicas, em Portu-

gal e na Holanda.

ARTE DE ENSINAR JOALHARIA JUNTO AO DOURO.

SITUADO NO PORTO, ENTRE O EDIFíCIO DA ALFâNDEGA E O PALÁCIO DA BOLSA COM VISTA PARA O RIO, ENCONTRA-SE UM EDIFíCIO HISTÓRICO DE FACHADA DO SÉCULO XVIII, NO SEU INTERIOR A ESCO-LA ALqUIMIA. ESTA ESCOLA, SIMPATICA-MENTE DIRIGIDA POR CARLA E ANDREIA, AMIGAS DE LONGA DATA, PROMETE DAR UMA NOVA FORMA DE VER E DE ESTAR AOS INTERESSADOS NO RAMO.

NA ALqUIMIA PODEM ENCONTRAR UMA FRESCURA NA IMAGEM DO TRADICIO-NAL, O qUE NOS LEVA A UM RÁPIDO IN-TERESSE NA DESCOBERTA DO qUE ESTÁ POR DETRÁS DOS íCONES DAS ROLDA-NAS, PADRõES, GIFS E SITE APELATIVOS.

A SURPRESA ESTÁ qUANDO ENCON-TRAMOS DUAS PESSOAS COM VONTADE DE ENSINAR E ULTRAPASSAR TODAS AS DIFICULDADES IMPOSTAS, ACONTEÇA O qUE ACONTECER.

AS DUAS CONTAM-NOS COMO FOI...

17 . ESCOLA ALqUIMIA

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18 · ESCOLA ALqUIMIA

Já lá vão cerca de doze anos de partilha de amizade, de ideias, de projetos sólidos e de sonhos concretizáveis.

Dez anos passados, e enquanto partilha-vam atelier em frente ao Rio Douro onde se produziam objetos por encomenda ou não, comuns ou incomuns; sentadas na esplanada em frente à histórica Igreja de S. Francisco em momento de pausa (possi-velmente as mãos já doíam), Andreia em tom de brincadeira aponta para prédio de esquina do Séc. XVIII e esboçando sorriso exclama que um dia aquele andar seria a nossa escola de joalharia, chamemos-lhe o que quisermos; semente plantada; hoje é mesmo nesse andar que vive a nossa escola Alquimia pronta para crescer.

As Formações Académicas, Carla Solheiro, Arquiteta, e Andreia quelhas Lima, Esculto-ra. O encontro entre as duas fora na Escola de Joalharia Engenho e Arte onde concluí-ram o curso de joalharia, apesar de Andreia, em Florença onde estudou um ano, tenha já iniciado a sua atividade em joalharia, traba-lhando mesmo em cooperação com os seus docentes em loja atelier.

A ideia inicial das duas, aquando da des-coberta desta realidade nova que eram as joias, não fugia ao “lugar comum” que se baseava no trabalho manual, na liberdade

possível de edifícios e esculturas habitarem e prolongarem o corpo de forma harmo-niosa e coerente. A vontade de inovar de trazer novas formas a uma joalharia can-sada, desgastada e repetida. Rapidamente foram surgindo outros projetos para outros futuros mais sólidos numa sinergia quase estranha de entendimento técnico e teórico entre duas pessoas com realidades plásticas diferentes. O projeto apenas ficou adiado.A vida tomou rumos diferentes, Andreia sai do Porto para Lisboa, Alentejo, novamen-te Lisboa, sempre ligada à área das Artes frequenta o Curso de Fotografia na AR.CO, entre outros workshops; dedica-se à produ-ção para clientes particulares e desenvolve várias parcerias com lojas ligadas à Arte e à Moda. Um percurso que permitiu a versati-lidade, da adaptação da peça ao cliente, ao comércio e à tendência.

Carla prossegue com carreira de Arquite-ta, dividida entre a sua carteira de clientes pessoal, concursos, exposições e a docência durante 5 anos na Escola onde se formou como joalheira e onde se apaixona e desco-bre a vocação pelo ensino.

Mês de maio passado, Andreia recebe um telefonema da sua querida amiga em Lisboa… “E a Escola?” Pensamos cerca de cinco minutos... a nossa experiência já era outra e rica o suficiente. Seguiu-se um trabalho tão intenso que nos é impossível verbalizar ou sequer perceber hoje como é que fomos capazes de em quatro meses no “sítio escolhido” há dez anos atrás fosse possível reunir todas as condições técnicas e teóricas ao ensino da nossa área, tudo isto aliado a uma paisagem maravilhosa sobre o nosso rio, ao toque feminino próprio dos locais onde a mulher habita e à imagem

criada por Francisca Torres, nossa designer que tão bem soube perceber como funcio-namos.

E assim somos uma Escola. O objetivo comum deste projeto é ensinar. Mas prin-cipalmente aprendermos todos através da partilha do conhecimento e da experiência sem preconceitos, quebrar barreiras castra-doras. Por aqui começamos na procura pela diferença. Um projeto que não pressupõe tendências corretas ou erradas, uma escola que apenas entende como normal o impul-sionar das capacidades de cada um e que pretende guiar seres humanos individuais dentro daquele que é o seu mundo e que é com toda a certeza rico e inesgotável, preparar o aluno para o mercado se esse for o objetivo.

O programa rege-se entre o ocupacional

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19 . ESCOLA ALqUIMIA

e o artístico/design, e propomos a quem quiser alargar conhecimentos, workshops contínuos com datas a marcar: modelagem de ceras; lapidação de materiais moles, como o âmbar e azeviche, técnicas em esmaltes; e sem esquecer os mais novos e a sua primeira joia. As inscrições estão abertas todo o ano, e é oferecida uma aula experimental a quem quiser vivenciar o que é fazer um objeto.

E por isso, Alquimia, porque tudo são ex-periências, porque nada é impossível nem limitado.

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20 · AGENDA JURíDICA

Aviso nº 692/2012 de 17 Janeiro (in DR, nº 12, II Série, de 17.01.2012)Em conformidade com o disposto no nº 2 da Portaria nº 597/2005, publicada no Diário da República, 1ª série – B, nº 137, de 19 de Julho de 2005, dá-se conhecimento que a taxa supletiva de juros moratórios relativamente a créditos de que sejam titulares empresas comerciais, singulares ou Coletivas, nos termos do 3º artigo 102º do Código Comercial, em vigor no 1º semestre de 2012 é de 8%.

Nos termos da Lei nº 3/2012, de 10.1, a partir de 11 janeiro de 2012, podem ser objeto de duas renovações extraordinárias os contratos de trabalho a termo certo que, até 30 de junho de 2013, atinjam os limites máximos de duração estabelecidos no art. 148º do Código do Trabalho.

Fica deste modo contemplada a possibili-dade de duas renovações extraordinárias, pelo período máximo de 18 meses, dos contratos com prazo a terminar até 30 de junho de 2013 e que não podem ser reno-vados devido aos limites legais previstos no Código do Trabalho (limite de 3 renovações e duração máxima de 3 anos).

Assim, as empresas vão poder renovar até 5 vezes os contratos a termo dos trabalha-dores ao serviço, contra as 3 renovações atualmente previstas no art. 148ª do Código do Trabalho.

Nos termos da nova lei publicada, a dura-ção de cada renovação extraordinária não pode ser inferior a um sexto da duração máxima do contrato de trabalho a termo certo, ou da sua duração efetiva, consoante a que for inferior.

Por seu lado, o limite de vigência do con-

trato de trabalho a termo certo objeto de renovações extraordinárias é 31 de dezem-bro de 2014.

Limites de duração previstos no Código do TrabalhoDe acordo com o art. 148º do Código do Trabalho, o contrato de trabalho a termo certo pode ser renovado até 3 vezes e a sua duração não pode exceder:- 18 Meses, quando se tratar de pessoa à procura do primeiro emprego;- 2 Anos, em caso de contratação de indivi-duo em situação de desemprego de longa duração ou de lançamento de nova ativi-dade de duração incerta, bem como inicio de laboração de empresa ou de estabeleci-mento pertencente a empresa com menos de 750 trabalhadores;- 3 Anos, nos restantes casos, incluindo os previstos no nº 2 do art. 140º do mesmo Có-digo (situações de necessidade temporária da empresa).

Compensação ao trabalhadorquanto ao direito a compensação a atribuir ao trabalhador, refira-se que os contratos que venham a beneficiar deste regime extraordinário de renovação vão ficar su-jeitos a um sistema de compensação pele cessação que concilia o anterior regime

de compensação (três ou dois dias de retribuição base e diuturnidades por cada mês de duração de contrato) com o que se encontrar em vigor na data da sua cessa-ção, que atualmente resulta de alterações ao Código do Trabalho levadas a efeito pela Lei nº 53/2011, de 14.10, que corresponde a 20 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano de antiguidade.

in Boletim do Contribuinte

EmPREGADORES JÁ PODEm EFETUAR RENOvAçõES ExTRAORDINÁRIAS

TAxA SUPLETIvA DE JUROS mORATóRIOS RELATIvAmENTE A CRÉDITOS DE QUE SEJAm TITULARES EmPRESAS COmERCIAIS Em vIGOR NO 1º SEmESTRE DE 2012

N.R. A taxa de juro comercial aplicável aos créditos de que sejam titulares empresas comerciais singulares ou Coletivas fixada para o 1º semestre de 2011 foi de 8% (Aviso nº 2284/2011, de 21.1 – 2º série). Para o 2º semestre de 2011 a taxa foi fixada em 8,25% (Aviso nº 14190/2011, de 14.7).

in Boletim do Contribuinte

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21 · GUIMARÃES 2012

CARTãO GUImARãES 2012 JÁ SE ENCONTRA DISPONívEL DESDE FEvEREIRO

Apartir de agora já é possível adquirir o Cartão Guimarães 2012 e usufruir de um considerável desconto na aquisição dos ingressos para a maior parte dos eventos programados no âmbito de Guima-rães 2012 Capital Europeia da Cultura.

A posse do cartão permitirá ao seu titular um desconto de 50% no preço do bilhete, com as seguintes exceções:- Eventos que já ocorreriam independentemente da programação de Guimarães 2012;- GUIdance, Festivais Gil Vicente, Encontros Internacionais de Músi-ca, Guimarães Jazz, Festival Internacional de Órgão Ibérico;- G-Sessions. Existem duas modalidades do Cartão Guimarães 2012: o Cartão Anual, com um custo de €50 (€30 a partir de 24 de junho)e o Cartão 10 Dias, com um custo de €20, válido por 10 dias conse-cutivos.

O cartão pode ser adquirido na bilheteira do Centro Cultural Vila Flor e, brevemente, na Loja Guimarães 2012 (Rua de Camões nº 60).

FINOURO ALIA-SE À CAPITAL EUROPEIA

DA CULTURA

A FINOURO - OURO FINO, UNIPESSOAL, LDA. está autorizada como Fabricante Ofi-cial da Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura.Assente numa estratégia de inovação tecnológica e criação e desenvolvimento de produtos, a FINOURO em parceria com a Fundação Cidade de Guimarães, lançou na passada sexta-feira, 24 de fevereiro, várias coleções de artigos de ourivesaria, associa-dos à Capital Europeia da Cultura - Guimarães 2012.Site: www.finouro.com

Em 2012, Guimarães será a cidade anfitriã de uma grande reunião de criadores e criações. Em Guimarães, os produtos artísticos imaginados pelos moradores irão fundir-se com

aqueles que de toda a Europa afluirão até à cidade. Ao longo de um ano, a cidade vai ser o promotor da diversidade cultural da Europa, revelando as suas criações e boas-vindas de

outros países.Sob o lema “Eu faço parte” Guimarães vai albergar projetos e eventos artísticos nacionais e internacionais em várias casas da cidade, sendo o ponto de encontro de artistas e criações

desde o cinema à música, fotografia, artes plásticas, arquitetura, literatura, pensamento, teatro, dança e artes de rua.

A programação de Guimarães 2012 constrói-se sobre quatro tempos,quatro ritmos, quatro pulsações. Em cada tempo são diferentes aspropostas, diferentes os atores e diferentes os desígnios de quem

nele participa.Tempo para Encontrar (21 janeiro a 23 março)

Tempo para Criar (24 março a 23 junho)Tempo para Sentir (24 junho a 21 setembro)

Tempo para Renascer (22 setembro a 21 dezembro)

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22 · CIBJO 2012

A cidade italiana de Vicenza vai acolher

delegados de todo o mundo para o Con-

gresso CIBJO 2012, que terá lugar de 17 a

20 maio. O local escolhido para o evento

é a Fiera di Vicenza, lugar onde tem vindo

a realizar-se vários eventos comerciais das

mais prestigiadas joalharias em Itália. Os

hóspedes serão alojados na casa pitoresca

Abano Terme, que com as suas nascentes

naturais de água quente se tornou num dos

resorts mais célebres de Itália.

O congresso CIBJO serve como ponto

de encontro oficial dos delegados para a

Assembleia da Confederação Mundial da

Ourivesaria. É também o local onde são

realizadas as reuniões anuais das comissões

setoriais CIBJO, onde podem ser introdu-

zidas alterações aos diretórios definitivos

da organização de padrões da indústria in-

ternacional de diamantes, pedras coloridas,

pérolas, os laboratórios de gemas e metais

preciosos, conhecidos como os livros azuis.

O Congresso CIBJO é também o local onde

é discutido o programa da World Jewel-

lery Confederation Education Foundation

(WJCEF) e onde se relata a cooperação em

curso entre a CIBJO e as Nações Unidas.

A receber o Congresso CIBJO 2012 será a

Fiera di Vicenza, uma das feiras mais impor-

tantes da Itália e organizadora das edições

anuais da VizenzaOro, Inverno, Outono e

Primavera e outras.

O Congresso CIBJO 2012 será um evento

âncora do World Jewellery Forum, que terá

lugar em Vicenza desde 13 maio - 23 maio.

O World Jewellery Forum será encerrado

com o show de joias Vicenzaoro Primavera.

Todos os delegados do Congresso CIBJO

poderão participar em todas os eventos do

World Jewellery Forum.

www.congress2012.cibjo.org

Fundada no século ii a.C. no norte da itália,

em 1994 Vicenza foi adicionado à lista da

unESCO de Património da humanidade,

em grande parte como um tributo à obra

do arquiteto Andrea Palladio séc. XVi cujos

edifícios estão espalhados por toda cidade

e zonas circundantes. Vicenza é o terceiro

maior centro industrial da itália, medido

pelo valor das suas exportações, e é res-

ponsável por cerca de um quinto de ouro

do país e de saída de joias.

CONGRESSO CIBJO 2012 DÁ AS BOAS-vINDAS AOS DELEGADOS Em vICENZA17 A 20 DE mAIO

Page 23: JORNAL MARÇO 2012

23 · SUGESTõES

FEIRA OURINDÚSTRIA - mULTIUSOS “GONDOmAR CORAçãO DE OURO“22 A 25 DE mARçO

EDIçãO ESPECIAL DE 200 ExEmPLARES DO ÚLTImO LIvRO DE JOANA vASCONCELOS PARA COLECIONADORESCAIxA (TIPO EmBALAGEm DE PORãO) + CORAçãO Em FILIGRANA CONCEBIDO TECNICAmENTE PELA JOANA E

COmERCIALIZADO PELA OURIvESARIA FREITAS.

Page 24: JORNAL MARÇO 2012

08 · INHORGENTA 2012

CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA INDÚSTRIA DA OURIVESARIA E RELOJOARIA

RUA PADRE AUGUSTO MAIA, 12 | 4420-245 GONDOMAR

TEL. +351 224 662 730 | FAX. +351 224 662 739 | [email protected] | WWW.CINDOR.PT