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Ano VII | Nº 35| Setembro • Outubro | 2010 Órgão Oficial das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da Convenção Batista Brasileira M issões Jornal de Brasil Geral Mundo Pág. 5 Pág. 12 Faça parte do Programa Nacional de Evangelização de Crianças neste mês de outubro Trabalho indígena Albânia Antigo Desafio Os esforços para alcançar os indígenas brasileiros com a mensagem das Boas-Novas são centenários, mas congresso realizado em São Paulo conscientiza a Igreja de Cristo: ainda há muito por fazer Pág. 3 Socorro às vítimas das enchentes de Alagoas prossegue Pág. 7 Pág. 19 Rio Grande do Sul aguarda a chegada da Trans em janeiro L evar o evangelho integral tem sido a marca da ação de Missões Nacionais ao longo de sua história. Um de seus mais novos pro- gramas sociais, o Dentista Cidadão, tem ajudado os batistas a cumprirem sua missão evangelizadora, levando qualidade de vida a co- munidades em situação de vulnerabilidade social. Na tentativa de amenizar o alto índice de brasileiros sem acesso à saú- de bucal (cerca de 25 milhões, segundo o IBGE), um somatório de forças entre o DC e as igrejas batistas revela que é possível fazer a diferença por meio de ações excelentes, com profissionais capacitados e ferramentas de qualidade. Essa rede de dentistas, técnicos e assistentes atua em muti- rões solidários, projetos de evangelização da JMN e/ou igrejas parceiras e em unidades de atendimento social. Atualmente, são quatro unidades em todo o Brasil, nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio de Ja- neiro. Neste último, as unidades foram implantadas em julho e agosto deste ano, em Bangu e na Mangueira, respectivamente. Hoje o programa Dentista Cidadão vive uma fase de expansão, mas espera que você e sua igreja façam parte dessa visão. Pág. 8 Dentista Cidadão amplia rede de atendimento Dani Paes (à dir.) e voluntários do Dentista Cidadão Ações estratégicas para falar de Cristo no Sul da Ásia Pág.11 Pág. 15 Muçulmanos rendem-se a Cristo Batismos Bíblia é traduzida para idioma da Guiné Portugal: uma missão centenária E m 2011 a Junta de Missões Mundiais com- pleta 100 anos de investimento missionário em Portugal. Por lá passaram homens e mu- lheres que marcaram a história do povo batista por- tuguês, bem como dos batistas brasileiros. Os pri- meiros missionários que Missões Mundiais enviou àquele país foram o Pr. João Jorge de Oliveira e sua esposa Prelidiana Frias de Oliveira, no ano de 1911. Como fruto do ministério do casal missionário, An- tônio Maurício, jovem português, aceitou a Jesus e transformou-se em um dos principais expansionis- tas da obra batista portuguesa. No início de 2009, a liderança da Conven- ção Batista Portuguesa solicitou a volta do in- vestimento missionário dos batistas brasileiros em Portugal. E em maio deste ano, durante a Assembleia da Convenção Batista Portuguesa, um documento de parceria foi assinado, com a presença do Pr. Sócrates Oliveira de Souza, Di- retor Executivo da CBB, e do Pr. João Marcos Barreto Soares, Diretor Executivo de Missões Mundiais. Começou assim uma nova arranca- da evangelizadora em Portugal. Pág. 13 Pr. Antônio Maurício: pioneiro da obra batista em Portugal

Jornal de Missões - 35

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Informativo das Juntas de Missões Nacionais e Mundiais

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Page 1: Jornal de Missões - 35

Ano VII | Nº 35| Setembro • Outubro | 2010

Órgão Oficial das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da Convenção Batista BrasileiraM issões

Jornal de

Brasil

Geral

Mundo

Pág. 5

Pág. 12

Faça parte do Programa Nacional de Evangelização de Crianças neste mês de outubro

Trabalho indígena

Albânia

Antigo DesafioOs esforços para alcançar os indígenas brasileiros com a mensagem das Boas-Novas são centenários, mas congresso realizado em São Paulo conscientiza a Igreja de Cristo: ainda há muito por fazer Pág. 3

Socorro às vítimas das enchentes

de Alagoas prossegue

Pág. 7 Pág. 19Rio Grande do Sul aguarda a chegada da Trans em janeiro

Levar o evangelho integral tem sido a marca da ação de Missões Nacionais ao longo de sua história. Um de seus mais novos pro-gramas sociais, o Dentista Cidadão, tem ajudado os batistas a

cumprirem sua missão evangelizadora, levando qualidade de vida a co-munidades em situação de vulnerabilidade social.

Na tentativa de amenizar o alto índice de brasileiros sem acesso à saú-de bucal (cerca de 25 milhões, segundo o IBGE), um somatório de forças entre o DC e as igrejas batistas revela que é possível fazer a diferença por meio de ações excelentes, com profissionais capacitados e ferramentas de qualidade. Essa rede de dentistas, técnicos e assistentes atua em muti-rões solidários, projetos de evangelização da JMN e/ou igrejas parceiras e em unidades de atendimento social. Atualmente, são quatro unidades em todo o Brasil, nos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio de Ja-neiro. Neste último, as unidades foram implantadas em julho e agosto deste ano, em Bangu e na Mangueira, respectivamente. Hoje o programa Dentista Cidadão vive uma fase de expansão, mas espera que você e sua igreja façam parte dessa visão.

Pág. 8

Dentista Cidadão amplia rede de atendimento

Dani Paes (à dir.) e voluntários do Dentista Cidadão

Ações estratégicas para falar de Cristo no Sul da Ásia

Pág.11

Pág. 15

Muçulmanos rendem-se a CristoBatismos

Bíblia é traduzida para idioma da Guiné

Portugal: uma missão centenáriaEm 2011 a Junta de Missões Mundiais com-

pleta 100 anos de investimento missionário em Portugal. Por lá passaram homens e mu-

lheres que marcaram a história do povo batista por-tuguês, bem como dos batistas brasileiros. Os pri-meiros missionários que Missões Mundiais enviou àquele país foram o Pr. João Jorge de Oliveira e sua esposa Prelidiana Frias de Oliveira, no ano de 1911. Como fruto do ministério do casal missionário, An-tônio Maurício, jovem português, aceitou a Jesus e transformou-se em um dos principais expansionis-tas da obra batista portuguesa.

No início de 2009, a liderança da Conven-ção Batista Portuguesa solicitou a volta do in-vestimento missionário dos batistas brasileiros em Portugal. E em maio deste ano, durante a Assembleia da Convenção Batista Portuguesa, um documento de parceria foi assinado, com a presença do Pr. Sócrates Oliveira de Souza, Di-retor Executivo da CBB, e do Pr. João Marcos Barreto Soares, Diretor Executivo de Missões Mundiais. Começou assim uma nova arranca-da evangelizadora em Portugal.

Pág. 13 Pr. Antônio Maurício: pioneiro da obra batista em Portugal

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Jornal de MissõesSetembro/Outubro • 2010 2

É possível evangelizar o Brasil!

Os resultados das últimas Trans mostram que, se todos os batistas realmente se em-penharem, poderemos evangelizar o Brasil.

Irmãos que vieram de várias partes do país se juntaram a outros e, focados na missão, demonstraram amor ao próximo compartilhando as Boas-Novas de salvação e o poder transformador do Espírito de Deus. Foi lindo ver adolescentes, jovens, adultos e a turma da terceira idade trabalhando com alegria e empolgação na proclamação das maravilhas do evangelho de Cristo Jesus. Por onde passei testemunhei o mover do Espírito Santo na vida dos voluntários e dos que recebiam a Pa-lavra de Deus. Vidas sendo transformadas pelo poder do evangelho levaram muitos irmãos às lágrimas em vários momentos. Se você conversar com qualquer voluntário que foi à Trans, poderá ouvir experiências marcantes e que mudaram a vida de muita gente. Mais de 70 mil pessoas foram evangelizadas. Mas poderíamos ter evangelizado muito mais se tivésse-mos mais voluntários, mais pastores comprometidos, mais igrejas envolvidas no suporte e na logística e que enviassem mais voluntários.

No próximo ano planejamos evangelizar 100 mil pessoas. Para isso vamos precisar de três mil volun-tários que formarão mil e quinhentas duplas para evangelizar cinco pessoas por dia durante 15 dias. É importante esclarecer que o processo de evangeliza-ção não é distribuição de folhetos. É necessário fazer pelos menos um dos estudos do Evangelho de João e compartilhar sua experiência pessoal com Cristo.

Agora imagine se 100 mil batistas resolvessem oferecer 15 dias de trabalho voluntário dedicados

à evangelização. Isso nos permitiria evangelizar 3,5 milhões de pessoas. É bom lembrar que somos mais de 1 milhão e 300 mil batistas. Não quero nem imaginar se 500 mil batistas se apresen-tassem como voluntários durante 15 dias para evan-gelizar. Seria um impacto neste país de proporção inimaginável. E nem estamos considerando o evan-gelismo pessoal no dia a dia de cada um e as ações que a própria igreja deveria realizar na sua agenda de trabalho missionário. Por isso acredito que podemos evangelizar o Brasil. Penso que evangelizar o Brasil não é mais um desafio gigantesco e impossível de superar. O verdadeiro desafio somos nós. O desafio maior é convencer os crentes e, principalmente, os líderes a focarem na missão evangelizadora da igreja comprometendo-se em fazer a obra de Deus. O desa-fio é mobilizar os crentes para orar pela salvação de pessoas que perecem nas trevas. Desafio é restaurar o altar do Senhor na família para orar, adorar e meditar na Palavra de Deus. Desafio é se submeter ao Espírito por meio da obediência aos ensinos e diretrizes de Jesus para a vida diária do discípulo. Isso tudo é o maior desafio para os nossos dias. Quanto ao Brasil: é perfeitamente viável evangelizá-lo. Só depende de nós, pois recebemos o poder do Espírito Santo para testemunhar, tanto em... (Atos 1.8).

Por Fernando Brandão Diretor Executivo de Missões Nacionais

Editorial Palavra do Diretor

O JORNAL DE MISSÕES é uma publicação bimestral das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da CBB.JorNalistas respoNsáveis: sérgio Dias 25.944/Drt-rJ (JMM)Marize Gomes Garcia 41.487/Drt-rJ da JMN

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Exped iente

TIRAGEM: 170.000 exemplares

Nosso compromisso“A Igreja no Brasil é tão grande que, se enviar um pouquinho dos seus

membros para missões, em breve não teremos mais gente que desconhece Jesus no mundo”. (Labuer)

Li esta frase em uma correspondência do pastor Ronaldo Li-dório, em que destacava algumas afirmações de líderes da igreja Konkomba, em Gana, frutos de seu trabalho naquele

local.A afirmativa é correta, complementa a fala de nosso diretor exe-

cutivo ao lado e, nesta edição, nos alegramos por ver que muitos têm compreendido sua responsabilidade individual e contribuído com a expansão do evangelho. Alguns indo além de seu bairro ou cidade, outros fazendo diferença onde estão.

A igreja de Cristo tem socorrido as vítimas das enchentes em Ala-goas, ajudando a reconstrução de suas casas e também construindo uma nova vida pautada na Palavra de Deus. Igrejas já iniciaram suas campanhas em favor da obra missionária nacional, arrecadando recur-sos que permitam expandir o reino de Deus no Brasil. Dentistas sepa-ram tempo para engajar-se no programa Dentista Cidadão e abençoar milhões de vidas que não têm acesso à saúde bucal. Membros de igreja visitam os campos missionários auxiliando no trabalho dos obreiros, mostrando a estes que não estão sós nos campos. Cada vez mais ir-mãos se apresentam como vocacionados, voluntários, intercessores ou parceiros na ação missionária durante congressos e cultos em suas próprias igrejas. Glórias a Deus por tudo isto.

Mas se você ainda não está comprometido com a missão de fazer do Brasil um país verdadeiramente feliz, apresentamos-lhe algumas oportunidades. Neste mês em que comemoramos o Dia das Crian-ças, envolva sua igreja com o Programa Nacional de Evangelização de Crianças. Confira na página 5 e participe. Se em sua igreja há dentistas, apresente a eles o programa Dentista Cidadão (na página 8), por meio do qual sua igreja poderá apresentar o evangelho de forma integral à população carente de sua região. Outra oportunidade para envolver-se com a missão de fazer Cristo conhecido é a mobilização missionária Jesus Transforma (Trans) que acontecerá em janeiro próximo no Rio Grande do Sul. Veja como se inscrever na página 8. Confira nossas notícias e veja de que forma Deus deseja usar sua vida para que todos conheçam Jesus a começar pelo nosso país.

Marize Gomes GarciaGerente de Jornalismo Institucional da JMN

Cooperando na reconstrução

Pr. João Marcos B. SoaresDiretor Executivo de Missões Mundiais

Terremotos normalmente seguem um mes-mo roteiro: destruição por causa do abalo sísmico, incêndios, epidemias e, geralmen-

te, milhares de mortes. As epidemias podem ser evitadas quando há uma infraestrutura adequada, ou quando ela é refeita rapidamente. Não é o caso do Haiti. Nove meses depois ainda há muitos es-combros e prédios condenados.

Depois da tragédia, o mundo todo se mobilizou para socorrer o povo haitiano. Mas, agora, temos a impressão de que não há mais nenhum interesse da mídia sobre o assunto. Pode parecer que o que foi feito resolveu o problema, que a ajuda que chegou ao país já foi suficiente. Mas isto está longe de ser rea-lidade. A verdade é que não há um movimento con-sistente de reconstrução do país. Fala-se em 1 milhão de pessoas sem casa. Há acampamentos com 40 mil pessoas vivendo em barracas; quando elas se rasgam, outras são colocadas. As pessoas vivem nas praças e terrenos baldios.

Em agosto tive a oportunidade de ir ao Hai-ti. E pude constatar que, se há alguma ação de reconstrução desse país, esta é o resultado da ação do povo de Deus. Quem ainda permanece lá são os cristãos, de vários lugares do mundo. Do Brasil, dezenas de voluntários estão indo, com seus próprios recursos, em caravanas or-ganizadas por Missões Mundiais. São médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, dentis-tas, pastores que têm doado as suas férias ou um tempo do seu trabalho para ajudar a população. Além do amor e do desejo de ajudar, eles levam

na bagagem muitas doa-ções de igrejas brasileiras, como remédios, roupas e calçados.

Em outubro, mais um grupo, com cerca de 50 ir-mãos e irmãs seguirá para dar continuidade ao traba-lho de ajuda humanitária e levar conforto espiritual a milhares que ainda sofrem e não conseguem renovar sua esperança.

Os batistas brasileiros aceitaram o desafio de ajudar o povo haitiano e de participar da re-construção do seu país. Milhares continuam a investir tempo em oração e a enviar recursos financeiros para ajudar a socorrer aquela nação. Através do projeto Por Um Novo Haiti a ajuda está chegando na forma de medicamentos, de alimentos, da reconstrução de templos, do am-paro aos pastores e suas famílias, da compra de bicicletas para os obreiros e muito mais. O pro-jeto prevê a construção de um centro de saúde comunitário, a abertura de um PEPE, o aumen-to do número de obreiros da terra, dentre ou-tras ações missionárias.

Oremos pelos haitianos. Não queremos ape-nas ajudar a reerguer o que veio abaixo com o terremoto, mas desejamos cooperar com Deus no Seu projeto de reconstrução de um novo Haiti.

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Jornal de MissõesSetembro/Outubro • 2010 3

BrasilMissão entre os guaranis recebe visita

norte-americana

Batistas olham para os indígenas brasileiros

O trabalho missionário entre os índios guaranis, em Paraty (RJ), recebeu a visita de um grupo de

irmãs norte-americanas conduzidas por um casal de promotores da 1ª IB de São José dos Campos. As visitantes presen-tearam a aldeia com cerca de 50 colchas de petchwork, que serão distribuídas aos casais indígenas. As doações são impor-tantes já que nesta época do ano o frio é intenso, trazendo baixas temperaturas ainda que dentro das casas.

Além das doações, as visitantes vive-ram momentos especiais no campo mis-

No fim de semana de 10 a 12 de se-tembro, Missões Nacionais rea-lizou seu 1º Congresso Indígena

no templo da Igreja Batista Boas Novas, em Vila Zelina, São Paulo(SP), que teve como objetivo refletir sobre a questão indígena, compartilhando necessidades e discutindo estratégias e metodologias para uma atuação mais efetiva nesta área. Reuniu, entre os palestrantes, líderes do trabalho indígena e missionários de Mis-sões Nacionais na área indígena. Entre os participantes, pessoas desejosas de saber mais sobre a evangelização indíge-na. Muitos destes entregaram suas vidas a Deus para alcançar este grupo com a mensagem do evangelho. Pastor Samuel Moutta, gerente executivo de expansão missionária da JMN, resumiu: “O con-gresso foi maravilhoso. Palestras extraor-dinárias e um clima de comoção e amor ao povo indígena”.

“Eu sou um desgraçado”A programação contou com cultos,

oficinas, exposição de artesanato indíge-na e de traduções da Bíblia e de porções em diversas línguas indígenas, em espe-cial do Novo Testamento Xerente – úni-ca tradução, desde os estudos linguísti-cos preliminares até a tradução, feita por brasileiros e com investimento financeiro nacional. Além disso, um grupo xavante se apresentou louvando a Deus com cân-ticos em sua língua e danças e os perso-nagens do Clubinho Missionário fizeram a alegria das crianças, no domingo pela manhã, e até mesmo dos adultos no do-

sionário. Na escola onde são realizadas aulas de alfabetização e reforço escolar, as irmãs participaram de um culto e ti-veram o privilégio de acompanhar o mo-mento de decisão de duas jovens índias e quatro alunos. Com a decisão, o casal missionário que atua entre os guaranis desde fevereiro de 2005, pastor Valdeval e Roseli Santos, fará o discipulado dessas vidas.

A obra missionária entre os guaranis avança a cada dia. Uma grande vitória foi a permissão dada pelo cacique para que algumas pessoas da aldeia recebam estu-

“A denominação está acordando para uma participação mais expressiva no esforço de fazermos as Boas-Novas de Cristo ecoar em todas as aldeias indígenas do Brasil”

dos bíblicos. Entre essas pessoas, o pró-prio cacique deseja saber mais sobre as Boas-Novas de Cristo.

O casal missionário atua entre os gua-ranis desde fevereiro de 2005. Na aldeia Paraty Mirim, há mais de 250 indígenas e uma das metas do trabalho é ampliar o número de índios estudantes da Palavra. Além dos desafios da língua, a guaruani mbya, preservam elementos religiosos fortíssimos, como o politeísmo e as reuni-ões sagradas na opy – local sagrado, onde a tribo se reúne para cultuar seus deuses e receber as bênçãos do pajé.

Os guaranis acreditam na existência de um paraíso mítico, localizado do ou-tro lado do mar, e também na reencarna-ção. Sua vida religiosa toda é centrada no cumprimento de uma série de ordenan-ças dadas pelos deuses. O maior desafio é comunicar o evangelho na língua gua-rani, de forma bem contextualizada. Para isto estão sendo feitas lições narrativas para evangelização. Também há a grande necessidade de alfabetização do povo na língua materna para que possam ler, não apenas as lições, mas principalmente a Palavra de Deus.

Povos indígenas e missionários representados na oração final Exposição sobre o trabalho entre os xerentes

mingo à noite. Pastor Guenther Carlos Krieger, missionário entre os xerentes há 52 anos, comentou a presença dos indí-genas no congresso: “Vê-los ali com suas pinturas, suas orelhas furadas, seus enfei-tes tribais e sua dança, louvando, em sua língua nativa, o mesmo Deus que nós lou-vamos em português, e ouvir das maravi-lhas que Deus está operando no meio de suas etnias foi algo muito emocionante e convincente sobre a validade de se levar a Palavra de Deus aos povos indígenas”.

Mensagens desafiadoras reforçaram a grande necessidade de alcançar as mais de 100 etnias indígenas de nossa Pátria que ainda não contam com missionários que lhes anunciem as Boas-Novas do evange-lho. Pastor Edward Luz, presidente da mis-são Novas Tribos do Brasil, compartilhou que havia ouvido de um cacique a expres-são: “Eu sou um desgraçado”, por sua tribo não receber um missionário quando outra tribo recebia o segundo obreiro. Pastor Eli Ticuna, vice-presidente do Conselho de

Pastores e Líderes Indígenas, em sua men-sagem, baseada na carta de Paulo à Igreja de Corinto e em Deuteronômio, compa-rou os critérios humanos com os critérios de Deus para alcançar um povo com a mensagem de salvação. Enquanto homens analisam quantidades (populacionais e financeiras) Deus usa o amor pelos perdi-dos. Amor este que fez com que escolhesse Israel (povo minoritário e escravo) para ser bênção. Trazendo para a atualidade, mos-trou que os indígenas, povo minoritário e sem recursos, têm sido preteridos.

No último dia do congresso, a pro-gramação foi compartilhada por Missões Nacionais e Igreja Batista Boas Novas, quando foi apresentado um pacto firma-do durante o congresso em que os partici-pantes assumiram o compromisso de le-var o desafio do avanço missionário entre os indígenas do Brasil aos batistas brasilei-ros. Pastor Guenther fez a leitura do pac-to, sendo por todo o plenário aplaudido. Pastor Vagner Vaellati, titular da IB Boas

Novas, chamou à frente os xavantes e pas-tor Eli Ticuna, representando os indíge-nas brasileiros; o casal Guenther e Wanda Krieger, representando os missionários; um bebê que havia sido apresentado na-quela noite, representando o nascimento de uma nova geração de obreiros para a causa indígena; e jovens e adolescentes representando o futuro da igreja ao redor destes para um momento de oração. Se-gundo os gerentes regionais de Missões Nacionais no estado de São Paulo, pastor Exequias e Maria Helena Santos, mais de 150 pessoas aderiram ao PAM Brasil ado-tando missionários no campo indígena; mais de 200 pessoas se comprometeram com a intercessão e muitos vocacionados se apresentaram no momento do apelo. “Creio que a realização do Congresso tes-tifica que a denominação está acordando para uma participação mais expressiva no esforço de fazermos as Boas-Novas de Cristo ecoar em todas as aldeias indígenas do Brasil”, declarou pastor Guenther.

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BrasilInvista por indígenas

verdadeiramente felizes em nossa Pátria

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Jornal de MissõesSetembro/Outubro • 2010 5

BrasilNo mês das crianças, ofereça o melhor presente aos pequeninos: a mensagem de salvação

Central do Brasil receberá projeto Radical Brasil

Grande Cruzada Evangelística

em Niterói!

‘Deixai vir a mim as crianças’

Não param de crescer a prostitui-ção e o número de usuários de crack e moradores de rua nas

imediações da Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Já não há sensação de segu-rança e a miséria social é vista por todos os lados, apesar das tentativas de se colo-car ordem no centro da capital carioca. Por trás de todo esse cenário estão vidas que já perderam a esperança de um futu-ro melhor e acabaram por se acostumar com a condição em que vivem.

É por conta de tudo isso que a Junta de Missões Nacionais, sendo apoiada pela As-sociação das Igrejas Batistas do Centro do Rio de Janeiro e pela Escola Bíblica do Ar (Ebar), está preparando mais um projeto Radical Brasil, em uma ação que reprodu-zirá na Central do Brasil o que está sendo desenvolvido na cracolândia, em São Paulo. A ação missionária, que contará com vo-luntários com perfil adequado ao trabalho, começa em julho do próximo ano, após pe-ríodo de treinamento teórico, prático e uma ação de impacto (Transradical Urbano), que dará o pontapé inicial do projeto.

O escopo do Radical Brasil 2011 já está definido, bem como a participa-ção de cada instituição envolvida. Até a data da ação, mais reuniões entre as partes acontecerão a fim de ajustar de-talhes dessa mobilização evangelística. Segundo o pastor Marcelo Farias, da Gerência de Evangelismo e Discipulado da JMN, o projeto Radical Brasil integra

um amplo programa que visa suprir as ne-cessidades de evan-gelização de grupos específicos. Portan-to, os participantes precisam de uma cla-ra convicção de cha-mado, treinamento, suporte e sustento em oração.

Ser um radical é mais que ajudar a solucionar um pro-blema social. Segun-do o pastor Gere-mias Bento, da Ebar,

é também dar respostas a uma questão teológica.“Se Jesus nos orientasse hoje sobre os cuidados e responsabilidades com o próximo, certamente diria que deveríamos cuidar da viúva, do órfão, do pobre, do necessitado, do dependen-te do crack, do marginalizado(...). Em momento algum o Senhor encaminhou o problema a César, isto é, ao governo.

Muitas vezes não temos os resultados es-perados porque o nosso foco está errado. As obras não salvam, mas autenticam a nossa fé, confirmando que entendemos de fato o que significa ser cristão”, disse o pastor em comunicado divulgado no site da instituição.

É preciso urgência Segundo uma estimativa feita pelo

psiquiatra especializado no tratamen-to de dependentes do crack Pablo Roig, o número de usuários no Brasil está em torno de 1,2 milhão e a idade média para início do uso da droga é 13 anos. O dado, que tem como base dados do censo do IBGE, foi divulgado no lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, em maio deste ano.

Ajude a reduzir o índice dessa alar-mante estimativa. Seja um Radical Bra-sil, doando uma pequena parte de sua vida para a transformação de muitas outras. Para mais informações, acesse www.missoesnacionais.org.br/radicalbrasil.

Radical intercede por vida em situação de miséria social

Os batistas fluminenses con-tam com o apoio de todos os batistas brasileiros neste

esforço evangelístico durante os tra-balhos da 91ª Assembleia da Conven-ção Batista Brasileira em Niterói, RJ. Precisamos das orações de todos e da participação daqueles que estarão na Assembleia da CBB. Em Mato Grosso, foi uma grande bênção a ação dos con-vencionais na distribuição de folhetos, na participação das conferências nas igrejas e na aquisição e distribuição de, pelo menos, 10 exemplares do Evange-lhos de João ao preço de R$ 0,50, cada um, no estande de Missões Nacionais. Com as orações e a efetiva participa-ção de todos, poderemos fazer ainda melhor em Niterói, São Gonçalo e ci-dades vizinhas.

A Cruzada Evangelística será reali-zada especialmente no domingo à noi-te, dia 23 de janeiro de 2011. Por ser uma região de muitas igrejas batistas,

teremos a necessidade de muitos pre-gadores, inclusive pastores de outras regiões fluminenses que estiverem em Niterói nesse domingo. Contamos com sua participação, amado pastor batista, membro de uma igreja filiada à CBB. Entre no site da JMN (www.missoes-nacionais.org.br) e faça a sua inscrição. Se preferir envie e-mail para [email protected] ou ligue para (21) 2107-1818.

De corações unidos e de mãos da-das com os batistas fluminenses, va-mos aproveitar esta grande oportuni-dade para conduzir muitas vidas aos pés do Senhor Jesus na distribuição de milhares de folhetos e exemplares do Evangelho de João, no testemunho pessoal e no engajamento com a Cru-zada Evangelística a ser realizada nas igrejas!

Pr. Nilton Antônio de SouzaGerente Executivo de Evangelismo e Discipulado

Estamos a um passo do mês das crianças e, mais uma vez, temos a expectativa de intensificar o tra-

balho evangelístico a elas direcionado. Dessa forma, queremos desafiá-lo(a) a levar sua igreja a engajar-se no Programa Nacional de Evangelização de Crianças (Crianças para Jesus). Separe três dias, de preferência próximos ao dia 12 de ou-tubro, e leve o amor de Cristo aos peque-ninos de seu bairro.

A Campanha Nacional de Evangeliza-ção de Crianças, realizada pela primeira vez no ano passado, transformou-se em um Programa, para o qual novos mate-riais serão criados, enriquecidos a cada ano. Para 2010, teremos cinco histórias em um só volume, além de ferramentas adicionais, tais como CDs e diferentes kits para realização de atividades infantis.

O tema da Campanha deste ano é “O Futuro começa aqui”. A ideia surgiu da necessidade de alertar as igrejas para a urgência da transformação do país, co-meçando com a evangelização e discipu-

lado de cada criança em solo brasileiro. As propostas de programação, histórias, canções e brincadeiras foram publicadas no Caderno Infantil (pág. 25) da Cam-panha de Missões Nacionais. Convoque líderes, verifique a agenda de sua igreja e ajude-nos a transformar vidas.

Missões Nacionais está à disposição para a realização de treinamentos, cujas datas passarão a ser exibidas em nosso site (www.missoesnacionais.org.br). En-tretanto, convenções e associações pode-rão agendar novas datas para treinamen-tos em suas regiões.

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Jornal de MissõesSetembro/Outubro • 2010 6

BrasilMãe e filha buscam

restauração em Meribá

No mês de agosto, o Instituto Batista de Carolina (IBC), no Maranhão, recebeu a visita de dois represen-

tantes dos Gideões Internacionais do Brasil, associação de homens de negócio e profis-sionais cristãos que tem como objetivo levar as Boas-Novas por meio do testemunho pes-soal e distribuição de exemplares do Novo Testamento.

A visita foi de grande importância para o IBC, já que reforça a missão da instituição, que é educar e formar cidadãos tementes a Deus. Todos os alunos do 5º ano foram contemplados com a porção bíblica. “Ao ter acesso à Palavra de Deus, os alunos podem conhecer as Boas-Novas do evangelho e aceitar a salvação em Cristo. Por sua vez, ao estudar as Escrituras, podem crescer espi-ritualmente e usá-las para compartilhar sua

Instituto Batista de Carolina recebe visita de Gideões Internacionais

O que está acontecendo?

Restauração familiar

Professores participam de treinamento em educação inclusivaAlunos do IBC em uma de suas atividades cívicas

fé em Cristo com suas famílias”, ressaltou a coordenadora pedagógica e missionária da JMN, Renata Keli Marinho Duarte. Esse elo entre educação e fé é uma receita que vem dando certo ao longo da história do Insti-tuto. Vários alunos que passaram pelo IBC hoje são pastores, missionários, professores, médicos, advogados, políticos influentes na cidade, estado e País. A ex-aluna Dinalva de

Desde 1970/80 já se ouvia falar dos “maconheiros” ou dependentes da cocaína. O problema foi o aumento

incomensurável das drogas, em todas as di-reções. Procuro saber de um lugar onde não haja drogas. Nunca se viu tantas famílias, em todos os estados do Brasil, pedirem socorro pelos seus queridos, que já estão dominados pelo crack e outras drogas (a grande parte já esteve em alguma igreja). Uma irmã de nossas igrejas no Amazonas escreveu para a sede, pedindo que orássemos por seu jovem filho que, após ingressar na universidade, co-meçou o uso da maconha, deixou a univer-sidade e demais cursos que fazia. “Somente Deus na sua infinita misericórdia para mudar e transformar, não só o meu filho, como tan-tos outros jovens que estão nesse caminho

tão tenebroso”, afirmou a confiante mãe ao final do pedido de oração.

Nesta batalha contra o uso de drogas, pela primeira vez o Governo lançou um estudo nacional, que inclui a participação da igreja, como necessária. O título do es-tudo chama-se “Fé na Prevenção”, lançado em 2009 e novo estudo está sendo lançado neste ano. Missões Nacionais, desde 2007, tem lançado programas seguidos para um trabalho em rede, buscando o resgate de vidas que estão literalmente morrendo nas drogas. Com a dependência química, não basta pregar o evangelho. Muitas vezes é fundamental cuidar do(a) usuário(a). Aqui, tirando carrapichos das almas, as Comu-nidades Terapêuticas (CT’s) masculinas e femininas se mostram fundamentais.

“Desde 2009 a JMN recebe vários pedidos para que novas CT’s fossem implantadas, em vários estados. Creio que a situação não pode mais ser discu-tida, mas é fundamental uma ação con-junta com as igrejas batistas para colo-carmos em prática ações assertivas em prol das vidas. Existe uma possibilidade de fazermos diferença nesta geração. Pelo nome do Senhor Jesus, colocarmos os pés e os braços, além dos corações, em luta conjunta para salvarmos vidas”, convoca pastor Fernando Arêde Júnior, diretor da Comunidade Terapêutica Reviver, em Muriaé (MG) e coordena-dor que complementa abaixo.

Vale lembrar que o tempo de divul-gação do crack está terminando (prate-

leira de divulgação pelo narcotráfico). Uma nova droga, mais forte e barata, já está bem espalhada nos EUA e chegou ao Brasil com o nome de cristal (me-tanfetamina). A maconha e a cocaína continuam, porém o crack ainda é o carro-chefe, com os coadjuvantes merla, ecstasy e outras. Mas, provavelmente, o cristal deverá ser o novo titular ou carro-chefe por um bom período, até que algo novo e pior apareça. Não falo somente segundo a minha opinião, mas de dados já comprovados.

Quantas são as cracolândias no Bra-sil... agora não sei mais. Quantos soldados de Deus serão necessários para iniciar um combate contra o inimigo das nossas al-mas? Deus sabe.

Sales Queiroz, missionária que por mais de 30 anos dedicou sua vida como diretora do IBC, é um grande exemplo.

O Instituto Batista de Carolina oferece cursos de Jardim, Alfabetização e Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano, incluindo o atendimento a alunos com necessidades especiais. Os professores e funcionários participam de intensivo treinamento em

LIBRAS, para melhor assistência aos alunos surdos da instituição. Falando em assistên-cia a alunos com necessidades especiais, há dois meses a escola sediou um curso de Formação de Gestores e Educadores com foco em educação inclusiva. O evento foi promovido pelo Ministério da Educação em parceria com as secretarias de Educação estadual e municipal.

Na Comunidade Terapêutica Águas de Meribá, em Senador Canedo (GO), uma das residentes, ao lon-

go de dois meses, foi sendo transformada. No f ísico, recuperou 16 Kg, mas também em sua mente foi sendo transformada a cada dia. Diante da recuperação da filha, a mãe assumiu ser dependente da cocaína há 10 anos e resolveu buscar tratamento na mesma instituição. Hoje, mãe e filha vivem juntas o processo de restauração de suas vidas. O testemunho mostra que a de-pendência química não escolhe classe so-cial, sexo ou idade, e se espalha como uma erva daninha.

Meribá, inaugurada em abril deste ano, conta com nove residentes que têm recuperado a auto-estima por meio da te-rapia ocupacional e recebido forças para seguir adiante por meio da mensagem do evangelho. Sempre que chega uma nova residente, um estudo bíblico sobre o pla-no de salvação é apresentado a ela. Dentro deste processo, das 17 pessoas que passa-ram por Meribá, 15 aceitaram Jesus como Salvador de suas vidas. “Hoje o plano é apresentado por residentes de confiança que já têm um testemunho de conversão. Isso impacta e traz confiabilidade a quem chega”, afirma pastor Sérgio Grycuk, dire-

tor da CT. A família das residentes não é esquecida e os missionários buscam apre-sentar também a eles as Boas-Novas.

Neste processo de restauração de vida, uma ajuda muito importante que a CT tem recebido é das igrejas batistas do estado. Voluntárias das igrejas oferecem oficinas de bijuterias, aulas de costura, customização de sandálias havaianas, etc. A parceria tem sido crescente, alguns lí-deres das igrejas ajudam semanalmente e outros uma vez ao mês. Na rotina das residentes, estão incluídos, diariamente, estudos bíblicos específicos e à noite cul-tos e orações, conforme escala das igrejas.

Aos domingos pela manhã, o local de culto tem sido o templo da Igreja Batista Jardim das Oliveiras, em decorrência da facilidade de acesso à igreja.

Em um processo que pode levar de cin-co a 15 meses, há previsão de que, dentro dos próximos 60 dias, ocorra a primeira alta. Oremos pela vida das residentes de Meribá e para que Deus as fortaleça para que prossigam até o fim do tratamento e que, uma vez libertas, jamais voltem seus olhos para trás. Interceda também por re-cursos financeiros e parcerias que tornem possível a expansão da rede de comunida-des terapêuticas.

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BrasilCasas e vidas reconstruídas em Alagoas

Venha trabalhar em nossas instituições sociais

Radicais da cabeça aos pés

Radicais também aderem ao projeto Por Amor às Ribeirinhas e doam seus cabelos para vítimas de escalpelamento

Em julho deste ano, o Brasil acompa-nhou o drama de estados atingidos pelas chuvas. Muitas vidas se per-

deram e bens materiais foram destruídos. Missões Nacionais, com o apoio dos ba-tistas brasileiros, arrecadou donativos e recursos para a aquisição de alimentos, produtos de higiene pessoal, medicamen-tos e a reconstrução de lares. Ao todo, foram cerca de R$ 10 mil enviados a Ala-goas, com boa parte desses recursos sen-do direcionada ao campo da missionária Idalina F. da Silva, que acompanhou os desabrigados do bairro de Pontal da Bar-ra, em Maceió.

No período das chuvas que arrasaram Alagoas, a missionária Idalina conta que três famílias que vinham sendo discipula-das perderam suas casas, móveis e apare-lhos domésticos. O drama vivido por elas e outros moradores da comunidade que

Adriana, marido e filhos apresentam casa em ponto de cobertura

Edson, Maria e seus 7 filhos posam em frente às obras da nova casa

vivia às margens da Lagoa Mundaú não chegou a receber atenção da Defesa Civil.

Com os recursos recebidos, foi pos-sível a aquisição de telhados, tijolos, ma-deira, portas e janelas para as três casas. Uma empresa construtora da região tam-bém fez uma doação de tijolos, e pastores alagoanos se uniram para a compra de

cimento para o reboco. A mão de obra ficou por conta de parentes e amigos das famílias. “Deus transforma em bênção toda situação que aparentemente veio para nos destruir. É o que nós temos visto ao conduzir o projeto que o Senhor nos confiou”, afirmou a missionária.

Durante a fase de reconstrução, as famílias permaneceram em abrigos im-provisados pelo governo. Dez crianças com seus pais mantinham a esperança de dias melhores, como conta Idalina: “Em momento nenhum perderam a alegria em Jesus Cristo. Era muito bom chegar lá, pensando em levar algum conforto, e sair confortada com aquelas crianças cantan-do ‘havia um homenzinho torto, andava no caminho torto, morava numa casinha torta...’”. Segundo a missionária, o cântico infantil traduzia a realidade das famílias que haviam perdido o abrigo e que hoje

possuem uma casa simples, mas firme e aconchegante.

“Obrigada a você que orou e enviou sua oferta para as vítimas das enchen-tes em Alagoas e Pernambuco. Sinta-se usado(a) por Deus como participante desta obra. Deus abençoe sua vida!”, con-clui Idalina.

Se você tem chamado para trabalhar com crianças e deseja integrar o quadro de obreiros do Lar Batista David Gomes, em Barreiras (BA), do Lar Batista F. F. Soren, em Porto Nacional (TO), ou de uma de nossas Instituições de Ensino, entre em contato, o mais rápido possível, com a Gerência Executiva de Ação Social de Missões Nacionais por um desses e-mails: [email protected] ou [email protected] .

PERFIL E REQUISITOSMISSIONÁRIOS CUIDADORES/EDUCADORES SOCIAIS – Podem con-

correr às vagas pessoas solteiras ou casadas (sem filhos ou com filhos que não re-sidam com os pais), que tenham concluído o ensino médio, que estejam dispostas a residir com os menores que lhe forem confiados na Casa Lar, que tenham boa sanidade f ísica, mental e boa conduta social; que sejam membros de uma igreja batista, que tenham experiência comprovada no trabalho com crianças e adoles-centes, que tenham chamado e vocação para a obra missionária e conhecimento das diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente.

ALGUMAS ATRIBUIÇÕESCuidar das crianças ou adolescentes sob sua responsabilidade e acompanhá-los,

atentando-se às questões emocional, espiritual, f ísica, de saúde, educação, etc.; Tratar os assistidos com zelo, amor e respeito; Administrar o lar, realizando e organizando as tarefas a ele pertinentes. De-

dicar-se, com exclusividade, às crianças e adolescentes e à Casa Lar que lhe for confiada, sendo responsável pelos cuidados com higiene, saúde, educação e desen-volvimento das crianças e adolescentes abrigados.

O objetivo maior desse trabalho será construir um ambiente sociofamiliar ba-seado em relações afetivas que se aproximem da melhor forma de um ambiente familiar, atendendo às necessidades individuais de cada residente da casa.

MISSIONÁRIOS PARA EQUIPE TÉCNICA – Também necessitamos de missionários com formação em Serviço Social ou Pedagogia, com experiência comprovada. É desejável carteira de habilitação.

VOLUNTÁRIOS – Se você deseja atuar como voluntário(a) em uma de nossas instituições sociais , participe do nosso Programa de Voluntariado Ação e ComPai-xão. Envie e-mail para [email protected] ou entre em contato conosco pelo telefone (21) 2107-1818.

Após receberem informações sobre as vítimas de escalpela-mento do Pará, as voluntárias

do projeto Radical Brasil Tauana Melo, Aline de Souza e Fernanda Manzzo-ni decidiram doar seus cabelos para a confecção de perucas, que irão para meninas e mulheres ribeirinhas muti-ladas devido ao contato com a tração de motores de pequenas embarcações.

Enquanto cortava os cabelos, a ra-dical Tauana expressou sua felicidade em poder demonstrar o amor de Deus por meio de algo tão importante para a estima da mulher brasileira: “Para mim, foi uma alegria muito grande poder, no dia do meu aniversário, presentear as meninas do Pará”. A jovem Fernanda, acostumada aos cabelos longos, reve-lou a forma como foi tocada por Deus para a doação. “Eu sempre tive cabelo comprido, mas quando fiquei sabendo desse trabalho, Deus incomodou mui-to o meu coração. Fiquei muito feliz em poder ajudar. Agradeço a Deus por essa oportunidade”.

A campanha em favor das vítimas de escalpelamento também foi pro-movida por intermédio do Desperta pelo Brasil na Primeira Igreja Batista de Itaim Paulista, na zona leste da ca-pital paulista. Cerca de 40 mulheres doaram seus cabelos, os quais, soma-dos, chegam a medir cerca de 7m. As doações serão encaminhadas ao pro-jeto Por Amor às Ribeirinhas, uma iniciativa das Jovens Cristãs em Ação da PIB do Pará.

O projeto de doação de perucas tomou proporções maiores a partir da Tenda da Esperança de 2009. Com o conhecimento do problema, volun-tárias de Missões Nacionais aderiram à campanha não só cortando seus ca-belos, mas ajudando na divulgação da causa em seus estados de origem. Du-rante a Tenda, 30 voluntárias doaram seus cabelos.

O escalpelamento é um aciden-te que acontece devido à falta de segurança em transportes f luviais . As vítimas, ao se aproximarem do motor, tem seus cabelos puxados pelo eixo. A forte rotação enrola os cabelos em torno do eixo, arran-cando parte ou todo o escalpo. Em alguns casos, as vítimas chegam a perder orelhas, sobrancelhas e por vezes uma enorme parte da pele do rosto e pescoço, levando a defor-mações graves e até a morte. Entre os anos de 1982 e 2009, o estado do Pará notificou 242 acidentes por escalpelamento nos municípios do Marajó, da região Metropolitana, região nordeste, região do Baixo Tocantins e Tapajós.

Para contribuir com o projeto Por Amor às Ribeirinhas, basta enviar os cabelos para o endereço: Av Assis de Vasconcelos, 817 – CEP 66017-070 – Belém, PA. Se preferir, entre em con-tato com a JCA da PIB do Pará pelos telefones (91) 3223-5908/ 8819-2867/ 3259-0698; e-mail [email protected]; ou pelo Orkut JCA PIB do PARÁ.

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BrasilTransformando vidas com um sorriso

Projeto à vista

Segundo dados do IBGE, existem mais de 25 milhões de brasileiros sem acesso à saúde bucal. Em uma

análise mais aprofundada, 45% da popu-lação brasileira não tem acesso a escovas de dentes; 13% dos adolescentes nunca foram ao dentista; 60% dos adolescentes já perderam ao menos 1 dente, 93% por cárie; 78% dos adultos entre 35 e 44 anos apresentam doença periodontal, geral-mente causada pela falta de cuidado na higiene da boca e que leva à perda dos dentes a médio prazo.

Os dados acima são alarmantes e de-monstram a carência dos brasileiros por um evangelho prático, que os assista de forma integral. Por isso, a Junta de Mis-sões Nacionais implantou o Programa Dentista Cidadão (DC) que, por intermé-dio de uma rede solidária, agrega em seus projetos profissionais de odontologia e assistentes, comprometidos com a expan-são do Reino.

Mutirão Solidário

O Programa Dentista Cidadão está se preparando para fixar território em Minas Gerais. Em

breve, uma unidade do Projeto Restaurar será inaugurada na cidade de Ribeirão das Neves. O município apresenta uma demanda muito grande na área da saú-de bucal. O trabalho, que será assumido pela PIB de Ribeirão das Neves, teve, em setembro, uma prévia da bênção que será para os moradores da região, quando fo-ram atendidas 15 pessoas em um consul-

Várias igrejas já somam forças com DC no sentido de levar a comunidades e pessoas carentes qualidade de vida. Exemplo disso foi a ação conjunta entre a PIB de Curitiba, a IB do Bacacheri, o Pro-grama Dentista Cidadão – com apoio da Associação Beneficente de Ação Social de Curitiba – que, em agosto, beneficiou dezenas de pessoas do bairro Cidade In-dustrial. A ação faz parte do projeto Mu-tirão Solidário e alcançou especialmente membros da Associação de Catadores de Lixo daquela comunidade. Participaram da ação três dentistas, um médico e uma fonoaudióloga.

No mês de setembro, a ação solidá-ria também chegou ao Presídio Regio-nal Bicas II, em São Joaquim de Bicas (MG). São 1.500 detentos divididos em três alas (homens, mulheres e homosse-xuais). O mutirão entre os carcerários contou com o apoio de Thiago Rebello, dentista e missionário plantador de igrejas de Missões Nacionais em Porto Firme (MG). Além dele, a missionária

Mônica Peixo-to, que já desen-volve o ministé-rio de capelania prisional, auxi-liou a ação do DC, comple-mentando os atendimentos com aconselha-mentos e evan-gelização de detentos.

O trabalho resultou em 32 atendimen-tos e 59 pro-c e d i m e n t o s odontológicos. Vendo o resul-

O Programa Dentista Cidadão busca voluntários, igrejas e

associações que possam compor sua rede de parcerias

tado do mutirão, a Diretoria do pre-sídio cedeu o consultório, há um ano desativado por falta de profissionais, para a implantação de uma unida-de do Dentista Cidadão. Esta é mais uma oportunidade para alcançar vi-das como a de Maria (nome fictício). Ré primária, descreveu sua situação da seguinte maneira: “Antes, tudo era festa. E agora é só tristeza... Hoje sei o verdadeiro valor da liberdade e da vida. Sinto-me sozinha e discrimina-da”. O Projeto Restaurar de Bicas II funcionará semanalmente, levando saúde, alegria e, acima de tudo, a es-perança de uma vida melhor.

Projeto Restaurar

ções da Palavra e aconselhamento espi-ritual. Atualmente, são quatro unidades do Projeto Restaurar em todo o Brasil, nos estados de São Paulo, Santa Cata-rina e Rio de Janeiro. Neste último, as unidades foram implantadas em julho e agosto deste ano, em Bangu e na Man-gueira, respectivamente.

Em Bangu, a gestora do projeto é a Primeira Igreja Batista de Bangu - pastor Gerson Luiz de Britto. A uni-dade, que conta com dois dentistas, presta atendimentos semanais a mo-radores da região. O outro projeto, instalado no Morro da Mangueira, funcionará na Frente Missionária do Sinimbu, onde atua o missionário Wagner Oliveira.

Os aten-dimentos à comunid ade iniciaram em setembro. A princípio, se-rão quatro profissionais dedicados ao projeto. Ro-wan Vilar, da PIB de Santa Cruz, é um deles. Ele, que conheceu o projeto por meio de um panfleto dado por uma irmã da igreja, diz

que será uma grande oportunidade para usar seus conhecimentos para o desenvolvimento social da Manguei-ra: “Para mim, vai ser muito bom po-der abençoar a vida de outras pessoas”, dando exemplo para que outros profis-sionais assumam a mesma postura.

tório odontológico portátil. Dr. Gilmar Santiago, dentista e membro da Igreja Ba-tista das Alterosas, em Belo Horizonte, foi voluntário nessa ocasião.

O Programa Dentista Cidadão está em busca de mais voluntários, igre-jas e associações que possam com-por sua rede de parcerias. Se você deseja fazer parte dessa proposta mis-sionária, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (21) 2107-1818.

Dr. Thiago em atendimento em Bicas II

Dentistas voluntários que atenderão na Mangueira

Além dos mutirões, a proposta do Programa Dentista Cidadão é ampliar as unidades de atendimento conheci-das como Projeto Restaurar. O concei-to desse trabalho é tratar de problemas bucais ao mesmo tempo em que os pa-cientes da fila de espera recebem por-

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Institucional

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Mundo

Um PEPE para o Haiti

Terezinha Candieiro (à dir.) com parte da caravana no Haiti

Terezinha Candieiro (agachada) com crianças haitianas

Com o terremoto as necessidades dos haitianos

aumentaram

O Programa de Educação Pré-Escolar (PEPE) al-cançará o Haiti em breve.

Quem garante a expansão é a coor-denadora internacional do Progra-ma, missionária Terezinha Candiei-ro. O PEPE chegará àquele país, de-vastado pelo terremoto de janeiro, em um momento mais que propício: o da sua reconstrução.

O interesse pela implantação do PEPE surgiu durante uma das visitas ao Brasil do Pr. Jonathan Joseph, coordenador dos obreiros da terra no país e presidente da Convenção Batista Haitiana. Ele encontrou-se com a missionária Terezinha Candieiro, que apresen-tou-lhe os pilares do. Programa.

Com o terremoto, e toda a destrui-ção por ele causada, as necessida-des da população haitiana aumen-taram, acelerando o processo de sua implantação naquele país.

Em uma das várias caravanas de voluntários brasileiros organiza-das por Missões Mundiais, Tere-zinha Candieiro esteve no Haiti e apresentou o projeto do PEPE aos principais líderes batistas locais. De acordo com a missionária, a re-ceptividade foi ótima. “Reuni-me com a liderança local e pude com-partilhar a experiência do PEPE em países que, como o Haiti, tam-bém vivem situação dif ícil. Os ir-mãos ficaram animados com o que viram e ouviram, e manifestaram

desejo de implantar o Programa para ajudar as crianças, suas famí-lias e suas comunidades a alcança-rem desenvolvimento que benefi-cia o país”, disse Terezinha.

Ao deixar o Haiti, a coordenado-ra do PEPE levou consigo impres-sões positivas sobre o país e o povo local, mesmo diante de cenas que relembravam a tragédia. “Algo na expressão e atitude dos haitianos me impressionou. Vi de perto a esperan-ça do povo na restauração do país. As pessoas continuam trabalhando e lutando; as crianças brincam, sor-riem, cantam e, as que podem, vão

à escola. E vi o povo de Deus cada vez mais comprometido em intervir na realidade atual e ajudar a nação nesta reconstrução. E o PEPE é um desses instrumentos para levar es-perança em um futuro melhor ao novo Haiti”, relata a missionária.

Ela encerra com um pedido de oração. “Peço que ore pelos pró-ximos passos: pelo fortalecimento dos contatos, pelos planos, pelos preparativos, pelas pessoas com-prometidas, pelos recursos neces-sários, a fim de que o PEPE seja uma realidade o quanto antes no Haiti”.

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Mundo

Reportagem destaca trabalho de brasileiros com futebol

Kids Games - expectativa de reunir 200 crianças no Oriente Médio

Missionários comemoram com crianças o sucesso da Academia de Futebol

Missões Mundiais man-tém, em um país do Sul da Ásia, dois casais de

missionários. Marcos e Priscila e Martinho e Lee atuam por meio de ações estratégicas naquela região, onde há perseguição aos cristãos da parte de grupos religiosos fun-damentalistas. Eles procuram, atra-vés de relacionamentos e das aulas na Academia de Futebol, passar o amor de Cristo aos que ainda não O conhecem. E, para a glória de Deus, a proposta de trabalho tem gerado frutos.

O projeto da Academia de Fu-tebol é uma novidade naquela região. Os missionários conse-guiram autorização junto ao go-verno do Estado onde vivem para instalar a escola. O objetivo desse trabalho é ajudar no desenvolvi-mento da comunidade e, assim, falar do amor de Cristo de for-ma estratégica por meio de seus serviços. Além disso, o registro também permite aos missioná-rios que, no futuro, a renovação dos vistos não seja um problema. Atualmente, cerca de 60 crianças estão inscritas na Academia, e a repercussão do trabalho dos bra-sileiros tem aberto portas junto às famílias dos alunos e até mesmo do governo local. “Este ministério tem aberto muitas portas e gerado credibilidade ao trabalho. A terra está em preparação e a semente lançada no coração das pessoas.

O casal missionário Jessé e Quézia atua através de mi-nistérios esportivos em um

dos países do Oriente Médio, conquis-tando resultados expressivos. Para a glória de Deus, nos últimos três me-ses, eles realizaram clínicas de fute-bol, KidsGames e um acampamento, apresentando o Evangelho de forma estratégica em uma região onde a livre evangelização é dif ícil.

Em parceria com um grupo de 40 crentes locais, entre treinadores, con-selheiros e organizadores, o missioná-rio Jessé reuniu um grupo de 130 ado-lescentes para um acampamento de verão. Os resultados foram excelentes: dois decidiram abraçar a fé em Jesus e outros se comprometeram a viver melhor a fé e o testemunho cristãos.

Agora é interceder por sabedoria e orientação para começar a co-lher os frutos”, diz o missionário Marcos.

No período da Copa do Mundo 2010, realizada na África do Sul,

Ações estratégicas para falar de Cristo no Sul da Ásia

os missionários Marcos e Marti-nho organizaram uma espécie de mini Copa com os alunos. A pre-miação aconteceu com a presença do Ministro da Agricultura, que entregou as medalhas e os tro-

féus. A repercussão foi tão grande que até uma grande emissora de TV local cobriu o evento. Os mis-sionários não perderam a oportu-nidade. “Além da premiação para o time campeão, demos um troféu para o jogador mais disciplinado. Aí falei da importância da lealda-de em todos os aspectos da vida. Foi muito bom, pois precisamos de mais alunos e este tipo de coi-sa é propaganda de graça”, disse Martinho.

Além das atividades no minis-tério esportivo, os missionários têm procurado demonstrar amor e serviço nos relacionamentos , ganhando assim o respeito da comunidade. A cada encontro, seja na Academia ou em casa , nos jantares com familiares de alunos ou vizinhos , os missioná-rios procuram abordar a impor-tância da família . No país onde v ivem, o índice de divórc ios é muito a l to , os jovens não acei-tam mais o casamento arranja-do e a imersão precoce na se-xual idade está cada dia mais acentuada . “Peço aos irmãos que orem por nós para que es-ses jantares se jam momentos estratég icos onde, de a lguma forma , eles possam ver Jesus em nós . Esse é o momento para o povo de Deus orar pelo Sul da Ásia e pela obra miss ionár i a a qu i ”, p e d e m o s m i s s i o n á r i o s M a rco s e M a r t i n h o .

“Mesmo não sendo o responsável dire-to pela organização, sinto-me recom-pensado e feliz por fazer parte da visão que tem desenvolvido na igreja e dos resultados colhidos”, disse Jessé.

Após o acampamento, os mis-sionários passaram a planejar a re-alização de um KidsGames em uma cidade vizinha. A expectativa era reunir cerca de 200 crianças para as atividades estratégicas. Enquanto Jessé cuidava das crianças maiores, a missionária Quézia divertia as me-nores com pintura no rosto. As ativi-dades, que duraram quase o dia todo, trouxeram oportunidades para que os missionários compartilhassem abertamente de sua fé em Cristo. “Foi uma experiência agradável, pois aconteceu na segunda cidade mais

populosa do país. Aqui o povo é mui-to carente e sem opções de lazer e re-creação. Eles sempre nos perguntam por que estamos nessa região e essa é uma grande oportunidade para falar-mos que o amor de Deus por eles é a razão da nossa presença. Eles sempre saem reflexivos depois da resposta”, contou o missionário.

Outra estratégia foi a realização de clínicas de futebol em pequenas cidades do interior. Durante duas semanas, Jessé ministrou aulas de futebol para um bom número de crianças e adolescentes. Ele contou com o apoio de uma família mis-sionária estrangeira, que mora na região há algum tempo, e uma equipe de volun-tários americanos que, por meio de uma ONG vinculada ao governo, deu todo o suporte legal e logístico. “No final, fomos

a uma recepção oferecida pelo chefe do Ministério de Desenvolvimento, res-ponsável pela região. Ele nos agradeceu muito e nos convidou para voltarmos no ano seguinte e participarmos de outras atividades”, vibrou o obreiro da JMM.

Para o missionário Jessé, o minis-tério através dos esportes, especifica-mente o futebol, é uma realidade e que dá frutos, muito em função do pres-tígio da Seleção Brasileira, e precisa ser encarado com a mesma seriedade pelas igrejas brasileiras. “Deus tem nos abençoado, como nação, com uma ex-celente reputação no futebol e isto tem servido para abrir portas por onde passamos. As portas estão abertas nesta área e precisamos de obreiros de curto, médio e longo prazos”, convoca o missionário de Missões Mundiais.

Ministério esportivo abre portas no Oriente Médio

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Mundo

Até o ano de 2007, nosso pe-queno grupo de crentes, cer-ca de 40 pessoas, se reunia

para cultuar a Deus em um pequeno apartamento na Cidade da Praia, ca-pital de Cabo Verde. Naquele ano, o Senhor tocou o coração do irmão Argemiro Edson Ribeiro, brasileiro, para que doasse os 30 dias de suas fé-rias para abençoar nossa congregação. Ele, que é pastor e também arquiteto, elaborou o projeto da 1ªIB da Cidade da Praia, que seria construída em um terreno que foi doado pela prefeitura.

Desde 2008 nos reunimos na nova igreja e estamos muito espe-rançosos por um tempo de cres-cimento. Deus tem nos dado mui-tas alegrias. Graças a Ele já temos uma escola de formação de líderes, a SACV – Servindo e Abençoando Cabo Verde, que cresce a cada dia. Ela tem, em média, 30 alunos sen-do preparados para serem pastores, evangelistas, servos etc., visando a

A 1ªIB da Cidade da Praia será construída em um

terreno doado pela prefeitura

Servindo e abençoando Cabo Verde

expansão do Reino de Deus no país.Nossa igreja ainda continua em

construção e Deus tem nos abençoa-do; já fizemos a planta para as novas salas e, também, pedimos à câmara municipal para murar o nosso terre-no. Construir as salas é, hoje, nossa prioridade. Em nossos planos, esti-ma-se a construção de cinco salas, dois banheiros, uma cozinha e dois escritórios. Assim, como consegui-

Ao ler o texto: “Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou,

tem a vida eterna e não será conde-nado, mas já passou da morte para a vida” (João 5.24 – NVI) podemos ter a certeza de que a Bíblia contém mui-to mais do que palavras. Nela está a Mensagem que transforma vidas para toda a eternidade. Essa palavra, citada no livro de João, ainda está inacessível a cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, mas sabemos que Deus não pára de trabalhar e a Sua ação tem alcançado muitas vidas todos os dias em toda a Terra.

Nos alegramos de, após um perío-do de atualização missionária no Brasil, retornar à Guiné, África, nosso campo missionário. Foi um grande privilégio chegarmos nesse país e vermos a forma que Deus tem agido na vida dos guinea-nos. Uma das nossas maiores surpresas foi termos a oportunidade de participar do momento conclusivo da tradução do Novo Testamento para a língua sussu, nome do povo com o qual trabalhamos aqui no oeste africano.

Anne Dias, minha esposa, que já dominava a língua desde o seu perí-odo aqui na Guiné como missionária

do Radical África, foi convidada pela equipe que traduziu a Bíblia para o sussu a cooperar na revisão dessa obra. Louvamos a Deus pois, depois de seis dias, dividido em duas partes, a revisão do Novo Testamento foi finalizada. A revisão é um trabalho muito detalha-do e técnico também, onde cada letra, expressão ou palavra deve ser muito bem avaliada para que não contenham erros. Fizeram parte da equipe de revi-são, além de Anne, Brad Willits (Tra-dutores Pioneiros da Bíblia) e Heather Rehn (Junta de Missões Internacionais do Sul dos EUA). O material traduzido já está sendo impresso em uma gráfi-ca dos Estados Unidos, e louvamos a Deus por mais esta vitória.

Brad Willits foi o responsável pela tradução do Novo Testamento para a língua sussu. Atualmente ele faz par-te da equipe da organização america-na Tradutores Pioneiros da Bíblia, na função de Tradutor e Diretor de Pro-gramas Linguísticos. Ele é missionário e trabalha na África Ocidental há 21 anos. Foi exatamente este tempo que demorou o trabalho da tradução do Novo Testamento para o sussu. “A tra-dução está bem clara, natural e correta em todos os sentidos. A ideia de nos

assegurarmos que a tradução está bem escrita do ponto de vista ortográfico faz parte do controle de qualidade de nosso trabalho. Também fizemos ve-rificação de outros aspectos, como a exegese e a fidelidade aos idiomas ori-ginais”, diz Brad Willits.

Segundo o missionário, não será pos-sível contabilizar o número de pessoas abençoadas com a tradução do Novo Testamento na língua sussu, mas esse povo que está na África ou em outros lugares provavelmente será alcançado. Para ele, sem uma tradução na língua materna, muitas pessoas não têm aces-

so à mensagem de Deus. “Com o Novo Testamento na língua sussu, nós os per-mitimos ter esse acesso da maneira mais natural e poderosa”, explica Brad.

Amados irmãos, alegrem-se conos-co pela obra que o Senhor tem feito em todo o mundo! A tradução da Bí-blia para outro idioma é uma grande conquista. Assim podemos cooperar na evangelização dos povos; especial-mente, agora, com essa tradução, es-tamos abençoando os que vivem no Oeste da África.

*Missionário na Guiné, África

Tradução da Bíblia para idioma da GuinéFilipe Dias

Pr. Emanuel Monteiro*

Pr. Emanuel (à dir.) com a equipe missionária em Cabo Verde

Juniores da 1ªIB da Cidade da Praia

Missionária Anne Diniz (à dir.) com a equipe que traduziu o Novo Testamento para o sussu

mos terminar a constru-ção do salão de culto, vamos começar devagar para construirmos as demais dependências da igreja. Esperamos con-seguir os recursos neces-sários, pois Deus é fiel.

Atualmente temos sete classes na Escola Bíblica Dominical: criancinhas (3 a 5 anos), crianças, juniores, adolescentes, jovens, adul-tos e a mais nova, a de pre-

paração para batismo. Queremos bati-zar, até 2014, 5.000 pessoas. As classes de criancinhas e adultos funcionam na igreja, as outras numa escola do Gover-no que fica a 800 metros de nossa sede.

Em Cabo Verde existem muitas pessoas com sede do Evangelho de Cristo. Recentemente, chegaram à nossa igreja duas famílias que dese-javam conhecer mais de Deus. Elas se converteram por meio da leitu-

ra de um livro pseudo-cristão, mas, atualmente, estão estudando a Pala-vra e têm buscado muito ao Senhor.

Louvamos a Deus pois, através da cooperação das igrejas e de ir-mãos brasileiros, nosso ministério em Cabo Verde tem sido abençoado. Sentimo-nos fortalecidos, pois sabe-mos que, do outro lado, existem pes-soas que estão orando e segurando as cordas por nós.

*Missionário da terra dos batistas brasileiros em Cabo Verde

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Jornal de MissõesSetembro/Outubro • 2010 13

junto às igrejas no despertamento da juventude portuguesa; missionários com conhecimento da Linguagem de Sinais para treinarem obreiros portu-gueses a fim de evangelizar os 350 mil surdos do país.

Há também uma carência na área de música. A 1ªIB de Curitiba/PR enviou o seu ministro de música, Pr. Paulo David, para conhecer a realida-de e ajudar os irmãos europeus, por-que a necessidade não é somente em Portugal. O pastor visitou também Espanha e Itália e desenvolveu um projeto de musicalização para crian-ças, que está em fase de implantação. Agora ele precisa de um músico que agilize esse projeto entre as igrejas. Sem dúvida, outros desafios surgirão.

O povo batista brasileiro, através da JMM, sempre esteve atento aos clamores do mundo. Há mais de 100 anos investe na América Latina, na África, na Ásia e na Europa. Este era visto como um continente rico, cujos cristãos tinham condições de evange-lizar o seu próprio povo e o mundo. Por isso, por muito tempo, se deixou de olhar para ele com mais cuidado. Na verdade, nunca deixamos de en-viar missionários para a Europa. Pelo contrário, nosso trabalho se desen-volveu, de Portugal para Espanha, da Espanha para Itália e dali para o Les-te Europeu. Mas foi de forma lenta e criteriosa. Hoje, então, estamos sen-do desafiados a investir mais pesado, a sermos mais ousados, a chegarmos mais perto, antes que as portas se fe-chem, como já tem acontecido nos países da Ásia Central.

O desafio está aí, podemos avançar e ousar um pouco mais?

MundoPortugal: uma missão centenária

Ana Lúcia Ferreira ensina crianças colombianas no PEPE instalado no país

Em 2011 a Junta de Missões Mun-diais completa 100 anos de inves-timento missionário em Portu-

gal. Por lá passaram homens e mulheres que marcaram a história do povo batis-ta português, bem como dos batistas brasileiros. Os primeiros missionários que Missões Mundiais enviou àquele país foram o Pr. João Jorge de Oliveira e sua esposa Prelidiana Farias de Olivei-ra, no ano de 1911. Entre outros, por lá também passaram os pastores Antônio Maurício de Souza e Hélcio da Silva Léssa que deixaram seus nomes marca-dos na história.

Há cerca de 10 anos, ainda sob a li-derança do Pr. Waldemiro Tymchak, Missões Mundiais deixou de enviar missionários a Portugal, após a declara-ção do então presidente da Convenção Batista Portuguesa (CBP), que entendia os batistas portugueses serem capazes de evangelizar seu país sozinhos. Então, seguimos enviando missionários para a Ilha dos Açores e, indiretamente, a Portugal através do Projeto Oeiras, um trabalho elaborado pelo Pr. Tomé Fer-nandes em parceria com a Igreja Batista de Oeiras, mas sem ligação direta com a CBP. Esse projeto visava a plantação de uma igreja com visão missionária no Parque das Nações, uma das áreas mais ricas financeiramente da capital Lisboa, mas sem a presença de uma igreja evan-gélica. Após cinco anos, o local já tem presença batista, com uma congregação prestes a se tornar igreja.

No início de 2009, o Pr. Sócrates Oliveira de Souza (Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira) e eu, fomos convidados para uma reunião com a atual liderança da CBP, sob a presidência do Pr. Abel Pêgo, para dis-cutirmos a possibilidade da volta do investimento missionário em seu país. E em maio do mesmo ano, durante a Assembleia da CBP, um documento de parceria foi assinado, com a presença do Pr. Sócrates e do Pr. João Marcos Barreto Soares, atual Diretor Execu-tivo da Junta de Missões Mundiais. Começou assim uma nova arrancada evangelizadora em Portugal.

De imediato foi transferido da Ilha dos Açores para o continente o casal Pr. Narciso e Mardilene Braga, com o objetivo de revitalizar a IB das Antas, na Cidade do Porto, que no início des-te ano tinha apenas oito membros. Em seguida, eles assumiram interinamente a IB de Francos, que estava sem obrei-ro. Hoje, ambas as igrejas crescem, para a glória de Deus. Não podemos

deixar de mencionar que essas igre-jas possuíam bons líderes leigos, mas faltava-lhes um pastor. Em setembro seguiu mais um casal para assumir a IB de Vila Real, próxima à Cidade do Porto; trata-se de Pr. José Calixto e Suely Mieko Patrício. Eles foram rein-tegrados ao quadro de missionários da JMM após um abençoado ministério nos EUA. Suas metas são revitalizar igrejas, treinar líderes e plantar novas igrejas. Outro casal, Pr. César e Eliane Corsete, se prepara no Rio de Janeiro, através do curso transcultural da JMM, a fim de seguir para a cidade do Faro, no sul de Portugal. Além dos já citados, a JMM conta com mais três casais de missionários: Pr. Milton e Patrícia San-ches, Pr. Ricardo e Priscila Guimarães e Pr. Joed e Ida Venturini de Souza. Certamente outros obreiros seguirão, e os batistas brasileiros marcarão um novo tempo naquele país.

A liderança da CBP nos desafiou para enviarmos outros obreiros, além de plantadores e revitalizadores de igrejas. Mas há outros desafios, como pastores-professores com doutorado para preparar líderes no Seminário de Portugal e ajudar a implantar o curso de Mestrado; líderes jovens para atuar

A cidade de Cartagena, ao norte da Colômbia, recebe projetos

de Missões Mundiais voltados prin-cipalmente para as crianças e jovens vulnerabilidade social. A missionária presente naquela região, Ana Lúcia Ferreira, destaca a importância da participação de seus adotantes, que oram e contribuem para que a obra de Deus cresça por lá.

No PEPE – Programa de Educa-ção Pré-Escolar, o trabalho não para nem durante as férias. Enquanto as crianças desfrutavam de sua folga, os missionários-educadores e Ana Lúcia Ferreira planejavam os estu-dos bíblicos que seriam realizados nos lares. Apesar do pouco tempo disponível das famílias visitadas – a maioria trabalha vendendo peixe ou cocada pelas ruas – os estudos aconteciam com o objetivo de con-duzi-las a aceitar Jesus como Se-nhor e Salvador

Uma outra oportunidade que as missionárias têm de levar o Evange-lho às famílias é o Projeto Compai-xão. Em Cartagena, ele conta com uma escola para pais, com ênfase em educação e evangelização de famí-lias, já que não é possível realizar es-tudos bíblicos com todos do projeto, que tem 143 crianças e previsão de receber mais 60 este ano. A missio-nária comemora o crescimento, mas ao mesmo tempo está preocupada, pois considera que a igreja não tem estrutura para receber mais de 200 famílias.

Na luta para melhorar os valores das famílias colombianas, as mulhe-res mostram a sua força. As irmãs realizaram um culto em clamor pela Colômbia, falaram das necessidades do país, de Cartagena e especialmen-te de Paraíso. Elas se dividiram para orar e entregaram folhetos evange-lísticos de porta em porta. No retor-no à igreja, fizeram uma sopa e des-frutaram de um delicioso momento de comunhão.

Nos últimos anos, a Colômbia experimenta um grande desenvolvi-mento na área do turismo, com re-flexos positivos em sua econômica, o que tem possibilitado a expansão da obra missionária no país. Por isso, é importante que os cristãos se man-tenham fiéis no sustento deste traba-lho através de suas orações e contri-buições a fim de que o crescimento seja também em Cristo.

Pr. Lauro Mandira, Gerente de Missões da JMM

Projetos levam vida melhor à Colômbia

Revista “O Campo é o Mundo” de 1979 fala da visita ao Brasil do Pr. Antônio Maurício

Pr. Lauro Mandira - Gerente de Missões da JMM

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Mundo

Nova equipe de missionários em treinamento no Rio de Janeiro

Momento devocional antes da aula

Pr. Marcos Grava, coordenador do PEM, fala dos desafios de Missões Mundiais aos vocacionados

Novos missionários para as Américas, Ásia e África

Érica Lopes, da coordenação do Projeto Radical, na oficina durante o

Congresso em BH

O curso de treinamento de missionários de Missões Mundiais continua prepa-

rando novos obreiros para serem en-viados aos campos. Ele funciona nas dependências do Seminário Teológi-co Batista do Sul do Brasil – STBSB, no Rio de Janeiro, e tem como coor-denador o Pr. Mayrinkellison Peres Wanderley, que conta com um cor-po docente de experientes professo-res, a maioria com passagem pelos campos transculturais. O curso tem como objetivo capacitar especifica-mente os vocacionados, aprovados por Missões Mundiais, para o exercí-cio do ministério missionário trans-cultural.

Neste ano a JMM já enviou aos campos, no fim do primeiro semestre e começo do segundo, os seguintes missionários: Mariana Duarte (Norte da África), Freddy e Elaine Ovando e Rosenilda de Assis (Guiné-Bissau), Elizete Ramos (Timor-Leste), Daniel e Gisele Soler (Moçambique), Lucia-na Marins (Gâmbia) e Paulo Garbino (Equador). Mas a missão da Junta não para, e ela continua preparando novos missionários para serem enviados.

Nova turmaAtualmente estão em treinamento

no STBSB 13 vocacionados que, em breve, deverão seguir para os campos transculturais. Estão em preparação: Leonardo e Pollyana de Oliveira, da Comunidade Batista do Bueno, Goi-ânia/GO; Aléksei e Ana Paula Faria, da PIB em Vila Canaã, Goiânia/GO; Alex e Sara Oliveira, da IB Orla Les-

te, Boa Vista/RR; Claudiney e Prisci-la Godoy, da IB El Shaddai, Campi-nas/SP; César e Eliane Corsette, da IB Pedras Vivas, Joinville/SC; Elis de Souza Vieira, da PIB de Jardim Maracanã, Seropédica/RJ; Évilin de Abreu Santos, da IB no Moneró, Ilha do Governador/RJ e Rosana Carva-lho Santos, da PIB em Colatina/ES. Eles serão treinados, durante o se-

A Ordem dos Pastores Batis-tas do Brasil (OPBB) reali-zou, com o apoio das Juntas

de Missões Mundiais e Missões Nacionais, o 1º Congresso Nacio-nal de Vocacionados. Sob o tema “Convictos, Engajados!”, o evento aconteceu entre 20 e 22 de agos-to, no Colégio Batista Mineiro, em Belo Horizonte/MG, e contou com cerca de 200 participantes de várias regiões do Brasil.

Além de apoiar oficialmente o congresso, Missões Mundiais mar-cou presença nas plenárias com a mensagem do Pr. Marcos Grava, coordenador do Programa Esporti-vo Missionário (PEM) e do setor de Voluntários, e nas oficinas com a pa-lestra de Érica Lopes, da coordena-ção do Projeto Radical – Voluntários Sem Fronteiras. Um estande da JMM também atendeu os congressistas.

O Pr. Lécio Dornas, presidente da OPBB, abriu o congresso com uma palavra de incentivo aos voca-cionados. O Pr. Juracy Bahia, dire-tor executivo da Ordem, ressaltou a

gundo semestre de 2010, para serem missionários em países da África, América do Sul e Ásia, para levar a mensagem de amor e salvação atra-vés de suas vidas e ministérios.

Como um canal das Boas-Novas, e apoiada pelas igrejas e irmãos bra-sileiros, a JMM continua obedecen-do às palavras de Jesus de levar o Evangelho da salvação a toda criatu-ra. Se você também deseja ajudar a levar Cristo até os confins da Terra, entre em contato com a Junta e ado-te em oração ou financeiramente um desses novos missionários.

Vocacionados reúnem-se para congresso em MG

importância da realização do even-to como ferramenta de direciona-mento dos vocacionados nos mi-nistérios pastoral, missionário, de música ou ação social.

Os preletores impactaram os congressistas com seus testemu-nhos de chamado ministerial e de descobertas vocacionais, como os pastores Éber Silva, da 2ª IB de

Campos/RJ, e Jonair Monteiro, com mais de 50 anos de experiên-cia pastoral no campo batista mi-neiro. A irmã Margarida Lemos, missionária de Missões Nacionais, contou fatos marcantes de sua vida enquanto vocacionada ao ministé-rio de educação religiosa.

A JMM teve a oportunidade de di-rigir duas oficinas, onde apresentou para os desafios do Projeto Radical, do Programa Esportivo Missionário e da caravana que seguirá para o Haiti em outubro. O Pr. Alexandre Peixoto, um dos representantes da JMM em Minas Gerais, deu seu breve testemunho de viagem àquele país e desafiou outros a fazerem o mesmo.

O diretor executivo da OPBB agradeceu a participação de cada vocacionado e das organizações da CBB que apoiaram o congres-so, ressaltando que o evento foi a primeira ação para conscientizar os futuros líderes da denominação sobre a responsabilidade e da pai-xão que o ministério cristão exige de cada um.

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MundoSementes lançadas

entre os muçulmanos na Espanha

Pr. Davanso (à dir.) batiza novos irmãos em Cristo

Pr. Joed (de camisa listrada, à dir.) encontra obreiros da terra

O Pr. Davanso repetiu os estudos a fim de que eles confirmassem a conversão a Cristo

Uma vez missionário, sempre mis-sionário”. Assim o Dr. Joed Ven-

turini justifica o seu retorno ao quadro de obreiros de Missões Mundiais. Ele aceitou o convite do Diretor Executi-vo da JMM, Pr. João Marcos Barreto Soares, para ser o Orientador Estra-tégico e Pastoral para o Leste Euro-peu. “Este é um grande desafio que estará associado ao meu trabalho como médico em Lisboa, Portugal”, diz o missionário.

Como filho de missionários, Joed Venturini passou a maior parte de sua vida fora do Brasil. Ele foi criado em Portugal, onde esteve durante 24 anos. E após ter vivido como missionário entre os muçulmanos da Guiné-Bis-sau, mergulhando na cultura fula por 13 anos, ele se considera “sem pátria, um forasteiro neste mundo, aguardan-do o retorno do Senhor”.

Dr. Joed retornou ao Brasil em 2008, quando foi recebido com muito carinho pelos irmãos da PIB de Campo Grande, Rio de Janeiro/RJ. Mas questões buro-cráticas, que o forçavam a esperar três para voltar a exercer sua profissão, o fizeram retornar a Portugal, onde seu

A praia de Shendini, no Norte da Albânia, próximo à capital Ti-rana, foi cenário para o batismo

de 21 ex-muçulmanos. Todos aceitaram Jesus como Salvador há mais de 1 ano, segundo o Pr. Henrique Davanso, mis-sionário de Missões Mundiais respon-sável pela obra naquele país do Leste Europeu.

O grupo participou de estudos bíblicos preparatórios para o batis-mo durante um ano e meio. O pastor repetiu os mesmos estudos por duas vezes, a fim de que eles confirmas-sem a conversão a Cristo, e que não estavam fazendo aquilo apenas por amizade ao pastor.

Entre os batizados havia qua-tro adolescentes de uma mesma família. O primeiro a se converter hoje está com 15 anos, e dia a dia tem demonstrado ser uma pessoa diferente, sendo um bom teste-munho entre familiares e amigos. “Um dos adolescentes teve muita dificuldade para deixar o cigarro, pois fumava diariamente desde os 10 anos, como é costume no bair-ro onde trabalhamos. Em um dos acampamentos, após uma pregação em que falei sobre vícios, ele me

De volta à “batalha” em Missões Mundiais

Ex-muçulmanos nascem para Cristo na Albânia

chamou no quarto e entregou um maço de cigarros que havia levado. Depois, falou-me que não queria mais fumar e que a sua escolha é, e sempre será, por Jesus”, revelou o Pr. Davanso.

Uma das mulheres batizadas aguardava a presença de uma igreja evangélica em seu bairro há anos. Ela aceitou Jesus antes mesmo da abertura do trabalho em Bathore, por meio de um programa evangé-lico de TV em italiano. Desde então, passou a estudar a Bíblia e orava por uma presença missionária. Ela foi batizada junto com seu marido, tam-

bém um ex-muçulmano. Atualmen-te, ajuda no trabalho com crianças de 4 a 6 anos na Escola Dominical.

Hoje a igreja tem uma frequência de cerca de 200 pessoas, entre crian-ças, adolescentes, jovens e adultos. Desse total, 38 já foram batizados. O Pr. Henrique Davanso ora para que o Espírito Santo ilumine a cada um dos batizados, levando-os a fazer novos discípulos para Cristo. “O melhor de tudo é ver que o Espírito de Deus tem levado cada um a viver conforme a vontade de Deus. Temos visto grandes transformações”, fina-liza o missionário.

A província de Huelva, na Espanha, experimenta um tempo de realizações do

Senhor. Apesar de ser considera-do um ótimo lugar para o período de férias, com suas ilhas paradisí-acas e um clima propício, Huelva tem sido para o casal missionário de Missões Mundiais, Leno Lúcio e Raquel Franco, um vasto campo para a pregação da Palavra de Deus, com experiências impressionantes especialmente junto a uma parte da população local, formada por cerca de 8 mil muçulmanos.

Uma única semente, plantada por uma irmã da igreja de Huelva, promete render muitos frutos. Ela presenteou com uma bíblia a um, então, muçulmano que começou a frequentar a igreja e logo tomou a decisão de caminhar com Jesus Cristo. Hoje o maior desejo deste ex-muçulmano é testemunhar aos seus amigos sobre o Evangelho que liberta e salva. “Antes eu vinha aqui (à igreja) para encontrar Alá, mas hoje descobri Jesus Cristo, que me salvou”, diz o convertido. O Pr. Leno louva ao Senhor por essa vida tão preciosa para Deus.

No final de agosto, o pastor foi procurado por um cidadão do Mar-rocos, país do Norte da África de onde, nos últimos anos, vários cris-tãos foram expulsos sob ameaça de morte. O jovem contou que estava desesperado, mas que ao chegar à igreja viu que necessitava de algo mais que ajuda material. O pastor convidou-o a participar do culto, orou por ele e lhe deu uma bíblia. Agradecido e com o semblante to-mado por uma alegria antes distan-te, o marroquino disse ao pastor: “Oxalá que todo mundo fosse como você!”. E saiu com uma boa impres-são do povo de Deus.

Os missionários veem, em opor-tunidades como essas, a abertura de novas portas para o desenvolvi-mento de seu ministério em Huelva e oram para que Deus lhes dê capa-citação e visão para o melhor cami-nho a seguir.

trabalho como médico é reconhecido. Além disso, ele ministra na 3ªIB de Lis-boa, leciona no Seminário Batista e par-ticipa de conferências e cultos por todo aquele país europeu.

Como a chama por missões sempre esteve acesa em seu coração, foi com alegria que o missionário recebeu o convite do Pr. João Marcos para voltar a colaborar com a JMM. “O executivo falou-me de seus planos e sonhos e, através de suas palavras, pude vislum-brar seu amor por missões e sua deter-minação em prosseguir e ampliar esta obra grandiosa”, revelou o missionário.

Ele aceitou o desafio, pois sentiu que poderá usar toda a sua experiência para o benefício dos missionários batistas brasi-leiros. Joed manterá suas atividades em Portugal e apoiará seus colegas de campo no Leste Europeu. “Missionários também precisam ser pastoreados, aconselhados, ouvidos e acarinhados, pois a ‘guerra’ faz muitos feridos e nossa função é renová-los e enviá-los novamente à frente de batalha. Estou feliz por sentir que o Pr. João Mar-cos tem como prioridade o cuidado com os missionários, pois se o obreiro está mo-tivado, seu trabalho é muito mais eficaz e duradouro”, conclui.

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Artigo

Quando você lê Atos 2.17 (“E nos últimos dias acontecerá, diz o Senhor, que do meu Es-

pírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas pro-fetizarão, os vossos mancebos terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos”), texto em consonância com a profecia registrada no AT em Joel 2.28, imagino que fique encantado com a terminologia sobrenatural do texto: “profetizarão”, “terão visões” e “sonha-rão sonhos”. Um encantamento equi-vocado, sinto muito dizer-lhe.

Visão, profecia e sonho eram te-mas comuns e, de certo modo, ocor-riam com frequência, principalmen-te na comunidade pós-exílica. Tais manifestações não eram o “supra-sumo” das maravilhas do Senhor. Seria necessário perpassar todo o Antigo Testamento, com tantas rea-lizações extraordinárias. A promes-sa da visão, profecia e sonho de Joel se mostrava sem muita importância diante de tudo o que ocorrera. O mi-lagre não está no sobrenatural, mas

Pr. Natanael Gabriel da Silva*

na presença do Senhor derramado sobre todos.

Embora não seja possível determi-nar com exatidão a época da profecia de Joel, sabe-se de seu desencontro com a religião oficial. Primeiro a pro-messa da devastação e depois a crítica aguda e a chamada ao arrependimen-to nacional, conversão genuína com lágrimas e lamento, particularmente pelos sacerdotes, oficiais por vocação e detentores do domínio religioso; estes deveriam se derramar em pran-tos diante do altar do Senhor. Uma convocação nacional para o lamento profundo, prostração e rendição. De-pois perderiam o que nunca tiveram. O Senhor sairia do domínio deles. O povo, gente simples, sem importância, da fé simples e sem rito, receberia um Deus que se libertaria do ritualismo, da exclusividade de quem detinha e manipulava o seu nome, fixava-o num lugar como se fosse prisioneiro de um templo, de um lugar sagrado.

Missões em Atos tinha que come-çar com derramamento e liberdade:

Deus para todas as etnias! Caso pudes-se, escreveria isso em fonte tamanho 2.329, arial black, sublinhado, caixa alta... Era mensagem sendo espraia-da a tanta gente, de tantos lugares, já em línguas diferentes, só para quebrar aquela ideia de que só seria possível pensar no Senhor no idioma da Torá. Uma Babel ao contrário.

Quem fez isso? Gente comum. Pescadores, discípulos antes perse-guidos, gente que ficou meio perdida achando que o sonho havia acabado, e num dia de festa de gratidão, rom-peram os céus em derramamento e o Espírito Santo se tornou a dádiva. Os senhores do templo não conhe-ciam isso, nem os oficiais formais da religião, apenas o povo simples, um punhado de apóstolos que não tinha nada a ver com o templo. Gente do norte, desnorteado, da terra de nin-guém, e a presença de Deus se es-parramou por toda a carne. E sem autorização, para espanto de quem dominava a religiosidade. Esperavam um Jesus que colaborasse com eles,

Missões e Derramamentodando-lhes a libertação dos roma-nos. De repente, aconteceu o inespe-rado: Deus se dando para quem não O merecia, manifestando-se em mi-lagre a quem não entendia nada da religião formal, de gente que nunca vivera no templo, a quem escriba ne-nhum ensinara. E Jerusalém nunca mais viu outro dia como aquele, em que o Senhor se tornou mensagem universal, a todos os povos, para o mundo inteiro, sem preconceitos ou limites. Quem estava longe poderia agora chegar perto; quem era estran-geiro agora se tornaria cidadão do Reino – diria Paulo, pouco depois, à Igreja de Éfeso.

Começa assim o sentido de Mis-sões: abrange o mundo inteiro, e não existe povo ou nação que deva ser im-pedido de receber as boas novas sal-vadoras do Evangelho. Missões para o mundo é a celebração da liberdade de Deus, é o anúncio da liberdade para todos os povos.

*Pastor da IB Central de Sorocaba/SP

Missões para o mundo é a celebração da liberdade de

Deus, é o anúncio da liberdade para todos os povos

Igreja Multiplicadora

Como crentes em Jesus, fazemos parte da mais linda e longa his-tória – a história da Salvação

– escrita a partir do Éden, após Adão e Eva terem desobedecido às ordens do SENHOR, trazendo como consequên-cia a dor, o sofrimento e a morte. Com as palavras “Da mulher nascerá um que pisará a cabeça da serpente”, o próprio Deus inicia o trabalho de restauração da raça humana.

É sabido que o desejo dele é que to-das as pessoas o conheçam como único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviou, sendo nossa a responsabilidade pregar as Boas-Novas, dizendo que há paz, perdão, esperança e Salvação em Je-sus Cristo. Precisamos nos multiplicar se queremos que o evangelho alcance mi-lhões de pessoas que se encontram per-didas. Na verdade, precisamos repensar a igreja e entendê-la do ponto de vista de Jesus. Não podemos confundir o papel da igreja no mundo com o ato da ado-ração a DEUS, ou até mesmo atividades

religiosas; pois é certo que quem não está envolvido na salvação de pessoas não tem direito de prestar culto a Deus. Aliás, nosso culto deve ser o resultado de nos-so trabalho na conquista de pessoas para Cristo. Todo crente precisa se multiplicar, ser apaixonado pelos perdidos, como o foi Jesus e depois seus apóstolos. Eles eram pessoas mo-vidas pela urgência da pregação do evangelho e tinham como trabalho prioritário o resgate de vidas, salva-ção de pessoas. Paulo dizia: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois

me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não pregar o evangelho” 1Co 9.16.

Com a multiplica-ção dos crentes

e igrejas no p r i m e i r o

século, o m u n d o habitado ouviu o e v a n g e -lho, e daí

por diante só perde-mos mun-

do. Hoje 2/3 dos habitantes da Terra não têm

qualquer segurança quanto à eterni-dade. No Brasil cerca de 160 mi-lhões de pessoas ainda não creem em Jesus como

Pr. Cirino Refosco*

único Salvador e Senhor de suas vidas, e o crescimento da população é maior do que o crescimento da igreja. Se con-tinuarmos no ritmo que estamos não alcançaremos a Pátria para Cristo. Não sou pessimista, esta é a realidade dos nú-meros. Mas eu creio no que DEUS fará em nosso país nos próximos anos; pois haverá um avanço do evangelho jamais visto, porque a igreja, em obediência ao grande mandamento, aceitará o desafio de multiplicar-se. Nosso desejo é ver os pastores e missionários batistas do Brasil, sob a direção do Espírito Santo de Deus, abraçando com fé os ensinos da Grande Comissão, e desta forma cada um levará sua igreja a entender que a multiplica-ção faz parte do grande Projeto de Deus para alcançar o mundo. E cada crente se multiplicando é o caminho para alcan-çarmos o Brasil e o mundo.

*Coordenação Estratégica de Igreja Multiplicadora – Junta de Missões Nacionais da CBB

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Institucional

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GeralCartas

Envie sua carta ou e-mail com experiências com a obra missionária. Sua opinião sobre o nosso trabalho, e o conteúdo do Jornal de Missões, é muito importante. Escreva para [email protected] ou [email protected].

ESCREVA-NOS CONTANDO SUAS EXPERIÊNCIAS COM MISSÕES

Instrumento de bênçãos“Tenho lido o Jornal de Missões, que mostra o excelente trabalho de um povo que tem compromisso com a obra de Deus. Sem dúvidas este tem sido instrumento de bênçãos na vida de muitos, inclusive na minha. Fiquem na Paz!”

Thaize Silvano membro da IB em Nova Belém, Japeri/RJ

Amor por MissõesSe tem algo nesta vida que me dá muito prazer é manter contato com os amados

que estão sempre na linha de frente.Gostaria que soubessem do amor de nossa igreja por toda a Junta e que quando um

não se lembra de orar, o outro chega dizendo que já orou. É mesmo Deus fazendo a obra. A Ele, somente a Ele toda a honra!

JosinéaII Igreja Batista do Parque Jockey Clube - Campos dos Goytacazes (RJ)

Campanha

Agradecemos a presença da missionária Rozélia em nosso meio. Sua palavra e postu-ra foram excelentes e tocaram profundamente nossos corações. Que o bondoso Senhor continue abençoando o trabalho dos amados e desta querida missionária, é nossa oração.

Fraternalmente em Cristo Jesus,Pr. Vitor Valente

Primeira Igreja Batista de Copacabana

Coração missionárioRepresentando o Ministério de Missões, quero agradecer a visita do missionário

Ray Miller. Foi uma bênção grandiosa a visita dele a nossa igreja. Deus tem transfor-mado o coração da PIB em José Walter num coração missionário. Este ano já fomos surpreendidos pelo Senhor ao ir aos campos. Tivemos a oportunidade de ir a Tauá, estivemos com os missionários Marcos, e Márcia e foi lindo demais.

Deus tem sido muito maravilhoso conosco, e agora, o missionário nos despertou para outros povos. Só agradeço a Deus por tudo o que tem feito e vai fazer.

DaniellaPor e-mail

Igreja FelizA Quarta Igreja Batista de Governador Valadares parabeniza a Junta de Missões

Nacionais pelos seus desafios e ações. Estamos trabalhando na campanha e desafiando a igreja a ultrapassar o seu alvo. Estamos juntos neste glorioso avanço da nossa Jun-ta. Estamos orando todos os dias pelos nossos missionários e toda a diretoria. Que o nosso Deus continue abençoando a nossa Junta no avanço missionário. Graça e paz.

Pr. Dorgival GouveiaPor e-mail

Gratidão a Deus“Quero parabenizar a Junta de Missões Mundiais da CBB pelo trabalho abençoado que tem realizado. Sou grata a Deus pela vida de cada servo que trabalha nessa Junta. Que Deus os abençoe.”

Vilma Aparecida de Oliveira Pires 3a Igreja Batista em Divinópolis, MG

Fé em Deus e amor ao próximo“Sempre, quando oro por Missões Mundiais, penso nos missionários que estão nos campos enfrentando todo tipo de dificuldades para glorificar a Deus pela fé e por amor ao próximo. Louvo a Deus por todos. Continuem firmes. Abraços!

Maria América dos S. Smith Igreja Batista Monte Horebe, AM

Esteve em visita à sede de Missões Mundiais um grupo de irmãos in-

gleses do Spurgeon’s College – semi-nário que prepara pastores em Lon-dres. Peter Morden (professor, à esq. na foto) e os alunos Peter Dibdin, Eli-zabeth Pinder, Naomi Gadsden, Lind-say Caplen, Andrew Caplen e Alistair Jones conheceram como funciona a JMM. O grupo permaneceu no Brasil até o dia 21 de setembro. O objetivo da viagem ao Brasil foi fazer um es-tágio no curso de missões transcultu-rais, em parceria com a missão BMS World Mission. O estágio envolveu

ainda visitas a igrejas, trabalhos evan-gelísticos, pregação em igrejas, ativi-dades com crianças e reflexão teológica com alunos brasileiros.

Intercâmbio entre ingleses e brasileiros

Alunos ingleses visitam a JMM

A irmã Noêmia Correia Teixeira é uma apaixonada pela obra mis-

sionária mundial. Por isso, sempre que pode, ela visita a sede de Missões Mundiais. Noêmia, que é Promotora de Missões da 1ªIB em Campos Elíse-os, Duque de Caxias/RJ, prefere visi-tar a JMM às terças-feiras para assistir ao culto que acontece na Sede quan-do, também, tem a oportunidade de conhecer novos missionários. “Faço tudo isso porque amo a obra de Mis-

Intercedendo por Missões Mundiais

sões Mundiais” da qual sou interces-sora”, enfatiza a irmã Noêmia.

Irmã Noêmia Garcia

Fórum do Conplei

“Uso das Escrituras em Línguas Indí-genas” foi o tema do fórum promo-

vido pelo Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas (Conplei), realizado em Anápolis (GO), tendo como um dos preletores o missionário de Missões Nacionais pastor Rinaldo de Mattos.

Em sua mensagem, pastor Rinaldo e quatro índios da tribo Xerente fizeram uma dramatização sobre a postura do mis-sionário, indígena ou não, frente aos desa-fios do campo. Exemplo disso é a forma

como o obreiro aprenderá a língua nativa, se identificará com o povo e organizará uma igreja autóctone. Em sua preleção, Rinaldo exibiu fotos de acontecimentos que marcaram seu ministério, emocionan-do os mais de 200 participantes do fórum, sendo 59 etnias indígenas representadas e 32 agências missionárias reunidas. Ao fim de sua preleção, o missionário foi home-nageado, recebendo uma placa em que foi ressaltada sua contribuição no trabalho de evangelização entre indígenas do Brasil.

ensinada, embora muitos continuem ape-gados a Maria, sem aceitar Jesus por medo de serem castigados pela “santa”. Oremos pelo desenvolvimento do trabalho nesta cidade e pela expansão missionária no estado de Minas Gerais, clamando para que Deus liberte estas pessoas.

No dia 19 de setembro a frente missio-nária em Paraguaçu, liderada pelos

missionários pastor Levi e Shirley Lopes e iniciada há um ano, teve sua segunda cerimônia de batismo, quando cinco no-vos irmãos desceram às águas, para honra e glória do Senhor Jesus. Outros quatro já se preparam para serem batizados em dezembro. “Louvamos ao Senhor porque a obra está sendo feita e pessoas têm se aproximado e vindo para a igreja”, afirmou pastor Levi. Apesar da resistência por parte dos idólatras, aos domingos a frente mis-sionária tem contado com a participação de cerca de 30 pessoas, das quais 19 já são membros. Além dos cultos, o trabalho prossegue com discipulado e estudos bíbli-cos nos lares, em que a Palavra de Deus é

Vitórias no sul de Minas

Novos irmãos mineiros

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Jornal de MissõesSetembro/Outubro • 2010 19

Geral

O Programa de Educação Pré-Es-colar (PEPE) lançou mais uma

ferramenta para apoiar o trabalho desenvolvido nas mais de 300 uni-dades em 15 países onde está insta-lado. Trata-se de um CD de músicas infantis com versões em inglês. No ano passado fora lançada a versão em português. O CD, “PEPE – Esperança e alegria para a criança”, contém 16 músicas e playbacks. A produção é de Mônica Coropos, Ministra de Música da PIB de Irajá, Rio de Janeiro/RJ. Se-gundo a missionária Terezinha Can-dieiro, Coordenadora Internacional do PEPE, a inclusão da música no cur-rículo do Programa justifica-se pelo

fato de ela contribuir para o desenvol-vimento das crianças em várias áreas.

Os interessados devem entrar em contato através do e-mail [email protected], ou do tele-fone (11) 3739-0302, de segunda à sexta-feira, no horário das 9h às 15h.

PEPE lança CD em inglês

O Pr. Joabson dos Santos segue apoiando a Igre ja Esperança

Viva, no Paraguai, e se diz muito feliz em ver a reação dos irmãos quanto à obra missionária evangelística. Ele havia realizado um treinamento com a igreja e agora ajuda no trabalho prá-tico. Atualmente está em uma etapa

Nova Congregação no Paraguaimuito importante, que é a implan-tação de uma nova congregação. Os contatos já foram feitos, o missionário já visitou o lugar com os irmãos e ago-ra oram para conseguir construir, pelo menos, um barracão para reuniões já que a região é formada por constru-ções humildes.

O casal de obreiros da terra no Chi-le, Rojélio e Zita Silva, recebeu

em julho a visita de 19 irmãos da IB Centenário, Belém/PA, sob a respon-sabilidade do Pr. Mesaque da Silva Rego. Eles estiveram por dois dias na Cordilheira, no campo missionário do Projeto “Mananciais no Deserto”. Jun-to com a equipe, os obreiros da terra viajaram de Arica até Codpa, distante

Voluntários no Chile140 km, onde fizeram um trabalho de evangelismo. Durante o culto ao ar li-vre, uma missionária católica apareceu para confrontar os irmãos, mas após alguns minutos de conversa acabou confessando que não estava de acordo com muitas coisas na igreja católica. O grupo também visitou o campo mis-sionário de Caleta Vitor e mais uma vez foram muito bem recebidos.

Escola Batista no Sudão

A Escola Batista nesse país da África está cada vez mais alicerçada na gra-

ça do Senhor, registrando aumento na matrícula de alunos a cada período le-tivo, mas carente de investimentos em infraestrutura. De acordo com a missio-nária da JMM, apesar das dificuldades, ver a salvação e a transformação na vida de alunos e pais supera os problemas. “Caso listasse as diversas ações do Espí-rito Santo através de nossa tão pequena escolinha, de uma estrutura ainda frágil, sem saneamento básico, luz ou água, passaria horas escrevendo. Porém, quando nos encontrarmos diante do

Trono, todos poderemos glorificá-Lo por Suas ações aqui no Norte da África”, disse a missionária.

Crianças da Escola Batista

diariamente, visitam e evangelizam”. Dessa forma, Mutamba da Caeira já visa plantar igreja na comunidade Nova Esperança. As primeiras atividades no ponto de pregação já foram iniciadas e, em agosto, quatro vidas tomaram decisão por Cristo.

Uma das grandes metas da ação missio-nária no Rio Grande do Norte é o al-

cance de mais de 30 comunidades rurais no norte do Vale do Açu. A missionária Marta Lúcia está à frente desse desafio, iniciando a multiplicação de igrejas na região desde 2006, a partir da Missão em Linda Flor.

Um dos trabalhos iniciados pela Frente Missionária de Linda Flor é a Congregação de Mutamba da Caeira. Apesar dos cinco meses de existência, tem frequência média de 20 pessoas não crentes e 10 membros batizados. Segundo a missionária Marta, cada membro já cresce espiritualmente com a missão de discipular vidas. “Esses dez irmãos têm cada um a responsabilidade por, no mínimo, seis famílias pelas quais oram

Igreja gerando igreja

Membros da frente missionária de Nova Esperança

Parceiros sociais

Há algumas semanas, a marcenaria do Lar Batista David Gomes, em

Barreiras (BA) ganhou um grande reforço com a doação de uma má-quina esquadrejadeira. A doadora foi a empresa Casa do Marceneiro, dos proprietários Charlles Adamy e Claudio Lurczaki. A marcenaria é uma

das atividades do projeto Empreende-dorismo do Lar Batista David Gomes. Por intermédio dele, adolescentes têm desenvolvido habilidades na fabrica-ção de móveis e gestão de negócios. A produção é exibida nas feiras de Barreiras (BA), tornando o trabalho dos menores reconhecido na região.

com que ele alcance todas as regiões do estado. Se você deseja receber um Missões Brasil em sua igreja ou associação, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (21) 2107-1818.

Como parte da mobilização missionária no estado do Rio de Janeiro, acon-

teceu, nos dias 17 e 19 de setembro, na PIB de Queimados, o Congresso Missões Brasil. A programação traz mensagens e testemunhos desafiadores a igrejas e/ou associações da CBB.

Dirigida pelo pastor Jozadaque Go-mes, a PIB de Queimados recebeu em seu templo cerca de 250 irmãos de diversas igrejas da região, presentes na ocasião para receber informações, interceder e ouvir ex-periências de missionários, como o pastor Manoel Moreira (RN), Gilnei Silva (RS), Rozélia Araújo (PB) e Antônio M. Xavier (CE). Os congressos já chegaram à PIB de Bangu, PIB de Pádua, PIB de Olinda e, agora, PIB de Queimados. A ideia é fazer

Congresso Missões Brasil

Membros da PIB de Queimados intercedem por missionários

batistas que intercedam pela Trans, projeto de grande importância para o povo gaú-cho. “Precisamos que você esteja conosco orando por este trabalho desafiador, pois assim alcançaremos vidas para o Senhor. Ore também pelos voluntários que virão nos ajudar, para que sejam escolhidos pelo Senhor da Seara”.

A Frente Missionária de Tramandaí , no Rio Grande do Sul, está a todo

vapor. Os membros da comunidade en-frentam frio intenso, chuva e vento, muitos caminhando cerca de 4km para chegar ao local de culto. A mais nova missão, em Imbé, também tem seguido os passos da primeira, com integrantes animados e quatro novos decididos sendo preparados para o batismo. Além disso, há uma grande expectativa com a chegada da Trans a Imbé, em janeiro do próximo ano. Serão 15 dias de atividades missionárias, que darão grande impulso na evangelização no local.

O missionário responsável pelos tra-balhos, pastor Élcio dos Santos, pede aos

Missões no RS

Casa cheia na inauguração da Missão Batista de Imbé

Congresso leva proposta missionária a igrejas batistas

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Jornal de MissõesSetembro/Outubro • 2010 20

Mobilização Missionária

Promotores do Amazonas, Pernambu-co, Sergipe, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná estiveram

reunidos em seus respectivos estados para a participação em mais um Acampamento de Promotores de Missões Nacionais. Os eventos, que aconteceram no mês de agos-to, foram essenciais para o preparo e mo-tivação dos que têm por função mobilizar igrejas durante a Campanha 2010.

Acontecendo todos os anos, os acam-pamentos reservam aos participantes um período de imersão na obra missionária, com mensagens sobre os desafios da Pátria, testemunhos missionários e a apresentação do conteúdo do material de divulgação da Campanha. Neste ano, cerca de 500 pessoas foram impactadas por meio dessa proposta.

Algumas atividades vivenciadas pelos promotores, além do toque inovador, apro-ximaram parceiros missionários dos alvos de suas parcerias, ou seja, de vidas que foram alcançadas pela obra missionária sustentada

Com a missão de apoiar o trabalho do Lar Batista David Gomes, um gru-po de Mensageiras do Rei (MR) da

Associação das Igrejas Batistas do Centro de São Paulo decidiu deixar a capital com desti-no a Barreiras, no oeste baiano.

A viagem missionária das MR já é uma tradição na Associação Centro. Os planos para a 11ª edição foram traçados a partir do contato com a missionária Marjorie Esqui-na, que desafiou as líderes das meninas, Cin-

Cumprindo a ordenança de Cristo e prestando apoio aos campos de Missões Nacionais, a PIB de Artur

Nogueira realizou, no dia 7 de agosto, uma viagem missionária a Piracicaba, cidade onde atua a obreira Sônia de Fátima Francisco.

Sob a direção do pastor Cleverson Perei-ra do Valle, a caravana auxiliou o trabalho da congregação batista local, por meio de ativi-dades para crianças e adultos, além de evan-gelismo nos lares. Segundo a missionária Sônia, os moradores daquela região são bas-

Promotores impactados em acampamentos

Mensageiras do Rei visitam Lar Batista David Gomes

Campo paulista recebe apoio da PIB de Artur Nogueira

“Mensageiras do Rei da Associação Centro de São Paulo realizam

a 11ª viagem missionária e garantem: “é muito melhor que

acampamento”

O lançamento da Turma do Clubinho também foi atração no RJ

Promotores assistem a batismos de ex-viciados da Cracolândia

pelos batistas brasileiros. Tal fato aconteceu em São Paulo, quando, no auge da progra-mação, uma caravana da Missão Batista Cristolândia realizou no local o batismo de 12 ex-dependentes químicos que viviam pelas ruas da capital. O momento, condu-zido pelo diretor executivo da JMN, pastor Fernando Brandão, e o líder da Missão, pas-tor Humberto Machado, foi regado a teste-munhos de transformação de vidas, emo-cionando cerca de 300 pessoas presentes.

Mesmo prolongando-se até às 2h da manhã, o período do culto, iniciado às 20h, foi pou-co diante de tudo o que estava acontecendo, como revela a promotora Juvelina, da PIB de Itaquera: “Nunca vi um encontro de promo-tores como este. Sentimos que realmente o Senhor de Missões estava presente em tudo que foi transmitido”. Alvina, da PIB de Suza-no, reafirmou as palavras de Juvelina: “Sou crente há 40 anos, participei em todos os en-contros de promotores aqui no estado, mas

nunca vi algo que impactasse tanto a vida do promotor como vi neste acampamento”.

O estado do Amazonas também trouxe novidades em seu acampamento. Um estú-dio foi montado no evento com fins de re-gistrar testemunhos e depoimentos de pro-motores acerca de suas iniciativas na prática da mobilização missionária. O material será usado para enriquecimento de outros pro-motores e igrejas que desejam ideias sobre atividades de Campanha.

O amor pela obra missionária também foi demonstrado por meio de ações. No Rio de Janeiro, promotores aceitaram o desafio proposto na última noite de programação e ofertaram para a compra de uma Kombi, que será destinada ao projeto de Arroio dos Ratos (RS), onde atua o missionário Sérgio Murilo. Na ocasião, eles ainda se comprometeram a mobilizar um total de 500 voluntários do estado para participação no projeto Jesus Transforma que ocorrerá entre os dias 15 e 31 de janeiro de 2011, no Rio Grande do Sul.

Igreja Batista Artur Nogueira e irmãos de Piracicaba

tante carentes do evangelho e de um sólido trabalho social, devido à existência de muitas áreas em situação de vulnerabilidade social.

Wagner dos Santos, membro da cara-vana da PIB em Artur Nogueira, sentiu-se realizado com sua participação nesse tão importante apoio ao campo missionário. “Ficou a gratidão e a felicidade de ter co-nhecido mais um campo missionário e ver os desafios enfrentados pelos missio-nários. Isso nos encoraja mais ainda a ser atuantes na obra missionária”.

tia Rojo e Shirley Garcia, a desenvolverem um projeto com os internos do Lar. Antes da viagem, a equipe participou de duas ses-sões de treinamento em que conheceram um pouco mais sobre a cidade de Barreiras e o trabalho do Lar, e aprenderam novas es-tratégias de evangelismo.

Amparadas pelo tema “Cristo: a maior história de amor”, as MR desenvolveram as seguintes atividades: Escolas Bíblicas de Fé-rias, Kids Games, Treinamento de MR para

meninas e conselheiras, sessões de cinema, recenseamento, evangelismo pessoal, pan-tomima e atividades de lazer e comunhão com as crianças e adolescentes do Lar, en-tre outras. Falando mais profundamente, Shirley explicou que a missão da caravana era “contar a mais linda história de amor e, aos que já haviam tido um encontro com Cristo, relembrar-lhes que Jesus nunca está ocupado demais para manifestar seu cuida-do em nossas vidas”.

Retornando a São Paulo, ficou a saudade de dias maravilhosos vividos na obra mis-sionária. Como definiu a mensageira Ana Thaís: “É muito melhor que acampamento”. Tal afirmação correspondeu às expectati-vas de Shirley ao expressar o desejo de ver suas meninas impactadas pela visita. “Orei, pedindo a Deus que essa fosse uma experi-ência inigualável, a fim de que elas compre-endessem o que significa, de fato, ser uma Mensageira do Rei”.

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Mobilização Missionária

No início de setembro, igrejas ba-tistas de várias regiões do país se organizaram para a realização dos

cultos de abertura da Campanha de Mis-sões Nacionais de 2010. Amparados pelo tema “Por um Brasil verdadeiramente Feliz”, igrejas foram desafiadas com mensagens missionárias, canções, coreografias e todo o material enviado pela JMN que dá suporte ao trabalho dos promotores de missões. Das notícias enviadas à Sede, informando as bênçãos do início desse grande movimento missionário, destacamos as ações de igrejas, organizações e instituições em Pernambu-co, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.

Campanha 2010 Eventos marcam início de período promocional de Missões Nacionais

Período de Campanha aquece ardor missionário dos batistas

Mobilização em PernambucoNa região nordeste do país, mais es-

pecificamente no estado de Pernambuco, Missões Nacionais participou do culto de lançamento da Campanha no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, rea-lizado no dia 28 de agosto. Participaram da programação centenas de pessoas, entre alunos, líderes denominacionais e mem-bros de diversas igrejas. Pastor Ney La-deia, presidente da Convenção Batista de Pernambuco, marcou presença no evento e parabenizou a Junta de Missões Nacio-nais, convidando os batistas do estado a se envolverem na obra missionária e a levan-tarem um alvo expressivo para este ano. Pastor Ney também apresentou a família missionária que foi transferida para o Reci-fe, pastor Marcos e irmã Alessandra Aze-vedo, juntamente com seus filhos, Raquel e Emanuel. Marcos e Alessandra estão atu-ando como missionários promotores de Missões Nacionais para o Nordeste.

Também prestigiaram o evento o pas-tor Maurício Manoel (coordenador da JMN em Pernambuco); profª Iraci Leite (primeira-secretária e representante da CBB); pastor Eliezer Moreira (coordenador interino de Evangelismo e Missões do Es-tado - CEVAM); diácono Lyncoln Araújo (diretor interino do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil - STBNB); profª Milzede Albuquerque (representante do Seminário de Educação Cristã - SEC) e o pastor Alfredo Oliveira (professor e apoio na área de Missiologia no STBNB).

A abertura da campanha no SEC tam-bém homenageou o ex-gerente regional da JMN para o Nordeste, pastor Cirino Refosco. O diácono Lyncoln Araújo fez uso da palavra para honrar o pastor Ciri-no, que durante 25 anos dedicou sua vida à expansão do trabalho batista.

Durante o evento, pastor Marcos apresentou o pastor Silas Pereira, mem-

Crianças celebram em culto missionário Membros da Igreja Batista de Vila Gerte em momento de dedicação de vidas

bro da IB da Capunga que recentemente foi aprovado como missionário da JMN.

Campanha em São PauloA Campanha de Missões Nacionais

também foi motivo de celebração no es-tado de São Paulo. Por isso, centenas de pessoas estiveram reunidas, no dia 28 de agosto, na Igreja Batista de Vila Gerte, em São Caetano do Sul, para prestigiar teste-munhos missionários e de transformação de novos convertidos, resgatados pela Missão Batista Cristolândia, no centro da cracolândia paulistana.

Para Jander, vice-presidente da Igreja Batista em Vila Gerte, a campanha mis-sionária é uma grande programação, que tem como foco desafiar os batistas. “Mo-mentos como esses fizeram e vão fazer di-ferença na vida de cada pessoa”, destacou.

O culto contou ainda com a partici-pação de 15 missionários que vieram de várias partes do Brasil para participar da divulgação missionária. Pastor Fernando Brandão, executivo da JMN, também es-teve presente e, em sua palavra, desafiou todos os presentes para um maior envol-vimento com Missões.

Cultos simultâneos no RJNo estado do Rio de Janeiro, o dia 4 de

setembro foi marcado por cultos de aber-tura da campanha de Missões Nacionais. A PIB em Parque Fluminense, no muni-cípio de Duque de Caxias, a SIB do Rio de Janeiro e a SIB de Olinda abriram suas portas para que os batistas cariocas e flu-minenses pudessem dar as boas-vindas à campanha “Por um Brasil Verdadeira-mente Feliz”. Missionários de várias par-tes do Brasil deram seus testemunhos e a todos impactaram em programações que ocorreram simultaneamente nas igrejas mencionadas. Eles também apresenta-ram as propostas da JMN para quem

deseja ser um voluntário em Missões, in-tercessor ou Parceiro na Ação Missioná-ria (PAM Brasil). A Turma do Clubinho Missionário marcou presença na SIB Rio de Janeiro, reforçando a importância da participação das crianças e adolescentes na obra missionária.

Os cultos de lançamento da campa-nha impactaram a vida de líderes, como o pastor Marcos Côrtes Navega, presidente da Associação Batista Caxiense. Segundo ele, a programação ocorrida em Duque de Caxias reuniu 49 igrejas, proporcio-nando a todos momentos de comunhão e conscientização. “Acima de tudo, desper-ta a igreja para a missão que Jesus deixou. Por outro lado, tenho que ressaltar que trabalho dessa magnitude demonstra a importância da campanha de missões para o avanço missionário, e, sobretudo, relembra o papel que a igreja precisa de-sempenhar”, destacou o pastor.

Clamor por Missões na BAAssim como no Rio, na Bahia os pe-

queninos foram ensinados a amar a obra missionária. A Frente Batista de Barra da Estiva deu o pontapé inicial no perí-odo de Campanha com atividades para crianças. As ações de mobilização tive-ram início no dia 1º de setembro, data em que, de joelhos, meninos e meninas oraram por um grande despertar das igrejas batistas para missões. No dia 4, à tarde, um grupo de 25 crianças apresen-tou o hino da campanha na Congrega-ção Batista de São Félix, realizando ainda um momento cívico.

A Junta de Missões Nacionais agra-dece toda a dedicação de igrejas e par-ceiros que entendem a urgência e prio-ridade do processo de evangelização do Brasil. Com o apoio de todos, daremos respostas às necessidades espirituais e sociais da Pátria.

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Jornal de MissõesSetembro / Outubro • 2010 22

Mobilização MissionáriaIgrejas Missionárias

A Campanha de Missões Mundiais terminou, mas o ardor missionário continua aceso, o ano todo, nas igrejas!

Direcionados pelo tema “Há Vida em Jesus”, a Associação Batista

Primeiro Centenário (ABAPCEN), de Nova Iguaçu/RJ, realizou, 13 a 18 de julho de 2010 uma grande atividade missionária. O evento contou com a participação de irmãos paraguaios de igrejas da Associação Unidos em Cristo do Paraguai (AUCP).

A ABAPCEN recebeu 15 missioná-rios, brasileiros e paraguaios, que foram distribuídos pelas seguintes igrejas: PIB em Jardim Boa Esperança, IB Ebenézer, IB Monte Sião, IB em Cruzeiro do Sul, PIB da Posse, IB Memorial de Mesquita e PIB em Nova Brasília, todas na Baixada Fluminense.

Segundo o Coordenador de Evangelis-mo e Missões, Pr. Carlos Henrique de Car-valho Medeiros, “foram dias maravilhosos que passamos com muitos lares visitados e cultos nos templos”. Para a honra e glória de Deus, 128 pessoas se decidiram por Cristo.

“Agradecemos a Deus por todo o trabalho realizado, ao Pr. Enrique Ja-vier Galarza Guerrero (Presidente da AUCP), por terem atendido o nosso convite. A nossa oração é que mais igre-jas se despertem para essas atividades missionárias, que têm sido uma grande estratégia para ganhar almas para o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”, finaliza o Pr. Carlos Henrique.

Dez igrejas batistas do Vale do Pindaré, no Maranhão, se reu-

niram para celebrar a obra missioná-ria. O encontro aconteceu nos dias 28 e 29 de agosto e foi promovido pela IB Betel na cidade de Santa Inês. Participaram do evento o Pr. Leonardo Reis e sua esposa Pollyana, missionários que estão sendo pre-parados pela JMM. Ele foi um dos preletores e desafiou os presentes a aplicarem seus talentos ainda mais na obra missionária.

No domingo pela manhã, a IB Be-tel reuniu-se para ouvir os desafios do Sul da Ásia. À noite, os irmãos foram desafiados a dedicarem-se ainda mais ao Senhor de Missões, aplicando seus talentos na interces-são, no sustento e na proclamação

da Palavra de Deus. Muitos aten-deram o desafio. De acordo com o Pr. Leonardo Reis, foram dias de celebração e alegria. “Mais uma vez pode-se ver que a Igreja do Senhor reafirmou seu compromisso de, por Cristo, ir até os confins da Terra com seus joelhos, mãos e pés”, disse.

Mãos pequenas e mãos grandes, Indo aonde o Rei mandar, Sorridentes e contentes, Somos nós, Ide e Pregai! O Evangelho é para todos. Então, vem! Vem proclamar: Só Jesus é o caminho... Ele pode te salvar.

Celebração de missões no Maranhão

Para a Campanha de Missões Mundiais deste ano, nossa igre-

ja já tinha votado um alvo bem arrojado, mas, mesmo assim, o Pr. Alexandre Gusmão nos desafiou a aumentá-lo. O desafio foi aceito e o mover de Deus aconteceu. A ter-ceira idade trabalhou com o Jardim Missionário, vendendo mudas de plantas; os adolescentes realizaram um lava-jato missionário; os jovens votaram ofertar 5% do seu salário; os juniores cataram garrafas pet para reciclagem; o departamento infan-til vendeu potes e ingressos para o Cine-Kids Missionário; a classe de homens votou ofertar 1% do salário de cada um; a classe das mulheres, de novos crentes, de maturidade e as organizações Mensageiras do Rei e Amigos de Missões, junta-

mente com nosso pastor e família, perseguiram o alvo: ‘Por Cristo, vou até os confins da Terra’. Além de alcançarmos um bom valor em ofer tas , reg istramos mais duas adoções através do Programa de Adoção Missionária. E, para nossa alegria , a irmã Maria Silvina da Silva é um exemplo a ser seguido por todos. Aos 88 anos, foi uma das que participaram desta grande conquista, adotando a missionária Maria Aparecida França (Equa-dor). Glórias sejam dadas Àquele que, de eternidade em eternidade, é Deus sobre nossas vidas, nossa família e nossa igreja.”

Rosane Bacelar Lopes – Promo-tora de Missões da PIB em São Mateus, São João de Meriti/RJ

Um novo tempo em Missões

Intercâmbio missionário com paraguaios

Primeiro investimento: Missões

Em janeiro de 2009 tomamos co-nhecimento de uma igreja que

estava necessitando de revitalização na cidade de Bauru/SP. Confiantes no Senhor da Seara, pegamos as chaves do templo, sem sustento pastoral e sem um único membro; depois de algumas limpezas e visitas a vizinhos, demos reinício às atividades da igreja no dia primeiro de março. Passados 15 dias, duas irmãs membros da igre-ja retornaram e, agora, entre cinco irmãos empreendemos a tarefa de continuar a obra do Senhor naquele local. Como primeira iniciativa, sepa-ramos naquele mês uma oferta de R$ 50,00 reais para Missões Mundiais. Lembro-me que na ocasião comen-

tei: ‘Estou feliz, porque o primeiro investimento que fizemos em nossa igreja, nesta revitalização, foi para Missões’. Desde então, nada nos tem faltado, seja em nosso lar ou na igreja. Hoje, para a glória de Deus, somos 27 membros, sete congregados e 11 crianças. Um ano depois temos uma boa notícia: não somente participa-mos da oferta especial para a JMM como também adotamos um casal de missionários de Missões Mundiais. A Deus toda glória.”

Pr. Nilson Siqueira Dias, Marinês Bergmann Dias e Grace Emanuele

Bergmann Dias – IB Nova Esperan-ça, Bauru/SP

SUA IGREJA TAMBÉM PODE SER NOTÍCIA

Se você deseja ver publicado o que sua igreja tem feito pela obra de Missões Mundiais, envie um testemunho com fotos para a re-dação da JMM:

E-mails: [email protected] ou [email protected]

De Everaldo NascimentoIB Amar, Manaus/AMAcróstico de Missões

Voluntários paraguaios e brasileiros

Irmãos quebrantados em momento de oração

Missões Mundiais reconhece que os promotores ajudam a manter a chama missionária

acesa nas igrejas

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No primeiro semestre de cada ano, durante a Mo-bilização Missionária, a

Junta de Missões Mundiais envia para as igrejas o material promo-cional da Campanha. Mas as igre-jas não se movimentam sozinhas, elas contam com pessoas muito especiais e separadas por Deus para divulgar missões. São pessoas que a cada Campanha Missionária desenvolvem esse ministério com muito amor, criatividade, ânimo, alegria, compromisso e dedicação: o Promotor de Missões.

O Promotor é peça fundamental de desenvolvimento da consciência missionária nas igrejas, pois ele é a ligação entre a igreja local e o campo missionário, informando-a e motivando-a. Conforme definiu o Representante de Missões Mundiais para a Região Sul, Pr. Cláudio An-drade, “o Promotor consciente do seu papel e bem preparado é uma grande bênção na vida de sua igreja”.

O ministério do Promotor de Missões é fundamental para que a igreja local se conscientize da ur-gência da evangelização dos povos. E, através dessa atuação, vidas são transformadas, ofertas levantadas, clamores são feitos em favor das nações e muitos vocacionados são despertados para irem aos campos.

O Promotor precisa entender que na guerra contra as trevas ele é um mobilizador, um estrategista. É preciso ainda estar consciente de que missões não é cargo, é ministé-rio, algo que vem de Deus e precisa ser desenvolvido no poder e na unção do Espírito Santo.

Durante muito tempo isso foi feito apenas pelo pastor da igreja ou pelo missionário que, uma vez por ano, ia à igreja e mostrava as necessidades dos campos. Porém, nem sempre isso acontecia de ma-neira eficaz porque, como ainda acontece, o número de obreiros disponíveis geralmente não atende às incontáveis solicitações. Mas os desafios missionários não passam; portanto, para que o ardor missio-nário não se desvaneça, sempre foi primordial uma ação constante.

E são os Promotores de Missões que têm trabalhado durante todo o ano para manter a chama acessa da igreja , sempre incentivando, despertando, motivando...

Mesmo com o fim da Campanha de Missões Mundiais o trabalho do Promotor continua. Afinal, ele pre-cisa preparar a igreja, e se preparar, para a próxima batalha, a fim de promover uma grande mobilização. Durante o período de transição en-tre as campanhas, o Promotor man-tém um relacionamento constante com o setor de Promoção da JMM, buscando um melhor planejamento para o próximo período. Ele é orien-tado a participar de eventos anuais como os Acampamentos e Treina-mentos de Promotores, além dos Congressos Conexão Missionária.

O Promotor também conta com uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento da Campanha de Missões: a Revista do Promotor, que integra o material enviado às igrejas

e traz artigos, sugestões de mo-mentos missionários, informações sobre a JMM e outras ideias para dinamizar a mobilização na igreja.

Se você já é Promotor de Mis-sões, viu como o seu trabalho é muito importante? Esta visão tem proporcionado uma parceria ex-tremamente eficaz e vital para o avanço da obra missionária. Afinal, missões não é uma obra realizada apenas pelos que vão, ou por uma agência missionária. Sem o envolvi-mento da igreja não há missionário, não há sustento, não há intercessão.

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Mobilização MissionáriaA importância do Promotor de Missões

Promotores de missões da Região Sul reunidos em Curitiba/PR para capacitação

Promotores de missões reunidos em Rio Bonito/RJ para capacitação

Momento de intercessão pelos povos

O Promotor é peça fundamental de desenvolvimento da consciência missionária

Quer ido Promotor, Missõ es Mundiais agradece por tudo que você tem realizado em favor da obra missionária. Por isso, o incentiva-mos a realizar, no próximo ano, uma Campanha ainda melhor do que em 2010. Desperte sua igreja para os desafios dos campos!

Nosso desejo é que você con-tinue a ser um instrumento no serviço do Senhor, realizando esse importante ministér io que Ele mesmo colocou em seu coração. A JMM, a obra missionária e os povos agradecem.

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Jornal de MissõesSetembro/Outubro • 2010 24

Institucional