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JORNAL CIRCULAÇÃO NACIONAL DEZEMBRO/2012 - JANEIRO/2013 ANO 16 Nº 180 S. J. RIO PRETO/SP JORNAL CIRCULAÇÃO NACIONAL FEVEREIRO/2013 ANO 16 Nº 181 S. J. RIO PRETO/SP TEMA DA JUVENTUDE COMEMORA 50 ANOS DA CF UM NOVO ARDOR MISSIONÁRIO NA DIOCESE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Primeiro padre José Bento da Costa. Página 3 Missionário e homem do desenvolvimento Mensagem de Sua Santidade Bento XVI para o XXI Dia Mundial do Doente PÁGINA 12 JOVENS PODEM REVOLUCIONAR POSITIVAMENTE AÇÕES POLÍTICAS MAIS DE 500 VOLUNTÁRIOS SE PREPARAM PARA CUIDAR DA SAÚDE DOS JOVENS NA JMJ NO RIO Entrevista na Página 4 GIRO NAS PROVÍNCIAS DE CATANDUVA E JALES Jovens se preparam para a Jornada Mundial da Juventude Pe. Marcelo Delalibera, de Catanduva. Foto: Diocese Hoje Deputado federal João Dado, em visita à Rádio Interativa FM, foi entrevistado pelo jornal “DH”. POLÍTICA E CIDADANIA Apesar de a CF 2013 começar dia 13 de fevereiro, o trabalho já iniciou há muito tempo. A Diocese de São José do Rio Preto, por exemplo, cuida de todos os detalhes. Cerca de 50 mil folhetos, separados por cor, para cada domingo da Quaresma e o domingo de Ramos. Página 5 HOMILIA PROFERIDA POR DOM TOMÉ POR OCASIÃO DOS 84 ANOS DE CRIAÇÃO DA NOSSA DIOCESE. Página 7 HISTÓRIA

Jornal DH - Fevereiro 2013

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Jornal DH - Fevereiro 2013

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Page 1: Jornal DH - Fevereiro 2013

JORNALCIRCULAÇÃONACIONAL

DEZEMBRO/2012 - JANEIRO/2013 ANO 16 Nº 180 S. J. RIO PRETO/SP

JORNAL CIRCULAÇÃONACIONAL

FEVEREIRO/2013 ANO 16 Nº 181 S. J. RIO PRETO/SP

TEMA DA JUVENTUDE COMEMORA 50 ANOS DA CF

UM NOVO ARDOR MISSIONÁRIO NA DIOCESE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Primeiro padre José Bento da Costa. Página 3

Missionário e homem do desenvolvimento

Mensagem de Sua Santidade Bento XVI para o XXI Dia Mundial do Doente PÁGINA 12

JOVENS PODEM REVOLUCIONAR POSITIVAMENTE

AÇÕES POLÍTICAS

MAIS DE 500 VOLUNTÁRIOS SE PREPARAM PARA CUIDAR DA SAÚDE DOS JOVENS NA JMJ NO RIO

Entrevista na Página 4

GIRO NAS PROVÍNCIAS DE CATANDUVA E JALES

Jovens se preparam para a Jornada Mundial da Juventude

Pe. Marcelo Delalibera, de Catanduva.

Foto: Diocese Hoje

Deputado federal João Dado, em visita à Rádio Interativa FM, foi entrevistado pelo jornal “DH”.

POLÍTICA E CIDADANIA

Apesar de a CF 2013 começar dia 13 de fevereiro, o trabalho já iniciou há muito tempo. A Diocese de São José do Rio Preto, por exemplo, cuida de todos os detalhes. Cerca de 50 mil folhetos, separados por cor, para cada domingo da Quaresma e o domingo de Ramos. Página 5

HOMILIA PROFERIDA POR DOM

TOMÉ POR OCASIÃO DOS 84 ANOS DE CRIAÇÃO DA NOSSA DIOCESE. Página 7

HISTÓRIA

Page 2: Jornal DH - Fevereiro 2013

DIOCESE 84 ANOS2 SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013

EXPEDIENTEO Jornal Diocese Hoje é

editado pela Fundação Ma-ter Ecclesiae.

Fundador: Donizeti Della LattaEndereço: Avenida Constituição, 1372 - São José do Rio Preto/SPDiretor Responsável: Dom Tomé Ferreira da SilvaAssessoria: Pe. Marcio Tadeu R. Alves de CamargoColaboradores: Pe. Benedito Mazeti, Pe. Rafael Dalbem, Pe. Jarbas e Pe. Irineu VendramiFone: (17) 2136.8699E-mail: [email protected]

* Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores

Distribuição gratuitaDistribuído nas cidades de Adolfo, Al-tair, Álvares Florense, Américo de Campos, Bady Bassitt, Bálsamo, Bu-ritama, Cedral, Cosmorama, Floreal, Gastão Vidigal, Guapiaçu, Ida Iolanda, Jaci, José Bonifácio, Lourdes, Macau-bal, Magda, Mendonça, Mirassol, Mi-rassolândia, Monções, Monte Aprazível, Nhandeara, Nipoã, Nova Aliança, Nova Granada, Nova Luzitânia, Onda Verde, Orindiúva, Palestina, Parisi, Paulo de Faria, Planalto, Poloni, Pontes Gestal, Potirendaba, Riolândia, São José do Rio Preto, Sebastianópolis do Sul, Ta-nabi, Turiúba, Ubarana, Uchôa, União Paulista, Valentim Gentil, Votuporanga e Zacarias.

Seria possível brincar o carnaval de modo cristão?

Estamos próximos do carna-val, festa espalhada por muitos países, mas que no Bra-sil adquiriu uma feição s i n g u l a r ,

senão única: pela extensão da dura-ção, pela diversidade das expressões regionais, pelo investimento público e privado realizado, como momento de expressão de facetas culturais di-versificadas, pela alegria com que é vivido e pelos excessos.

Em muitos países, como foi na sua origem, o carnaval é vivido em um único dia, na terça-feira que precede a quarta-feira de cinzas. Esse era o dia em que, na iminência da quaresma, tempo de jejum, oração, penitência e caridade, os cristãos se permitiam uma despedida das carnes, bebidas e festas com uma intensidade maior. Entre nós, o carnaval nem mais é vivi-do em quatro dias, de sábado à terça--feira, mas inicia-se na sexta-feira. Em muitos lugares, inicia-se no ano novo; em outros, estende-se para o interior da quaresma. Diversas cidades reali-zam um carnaval fora de tempo. Há um exagero na extensão do carnaval brasileiro, que oficialmente deveria ser realizado apenas na terça-feira, feriado nacional. A quem interessa e a que interesses serve um carnaval tão extenso e esta carnavalização de outros dias do ano?

Não podemos falar de um único carnaval no mundo, cada país ou cul-tura o experimenta de modo próprio. O mesmo ocorre no Brasil, cada re-gião tem sua festa carnavalesca com colorido, música, dança, comidas e folguedos próprios. Entre o norte, nordeste, centro oeste, sul e sudeste do Brasil, a única festa exprime-se em variadas formas. O carnaval brasileiro

é um mosaico cultural diversificado nas suas expressões. Como manifes-tação cultural, o carnaval acaba se tornando um instrumento divulgador de valores e hábitos regionais. E enquanto tal, manifestação cultural, apresenta expressões de beleza que encantam os olhos, os ouvidos e o paladar.

O carnaval brasileiro, salvo casos raros, tornou-se objeto de grandes investimentos públicos e privados, transformando-se em um negócio, às vezes rentável, outras nem tanto, envolvendo número expressivo de pessoas, em tempo integral ou não, tornando-se uma fonte de trabalho e ocupação para muitos. Temos uma indústria carnavalesca no Brasil que movimenta muitos milhões de reais. É preciso repensar o investimento público nas festas de carnaval. Até que ponto é justo, honesto e saudável as prefeituras e os estados investirem pequenas ou altas somas de dinheiro na promoção do carnaval? São in-vestimentos resultantes dos impostos que são recolhidos para fins muito específicos. Diante de tantas carên-cias, o dinheiro oferecido ao carnaval parece e pode irrigar práticas escusas, promover um enfraquecimento da consciência crítica, repetir a práxis do “pão e circo” como forma de esconder ou mascarar outras situações.

Nem tudo é fútil no carnaval. No Brasil, ele tornou-se uma nascente de expressões culturais, sobretudo no que diz respeito à música, dança e hábitos alimentares. Em alguns lugares, como no Rio de Janeiro, a teatralização do carnaval constrói um expressivo espetáculo público de grandes proporções, agregando diver-sos matizes da arte, da engenharia e da arquitetura. Tem sido um espaço livre para a criatividade. A escolha de temas para as diversas corporações acaba por tornar-se veículo de divul-gação de temas históricos, culturais, políticos ou de expressão de necessi-

dades específicas da população.Uma nota comum no carnaval bra-

sileiro é a alegria. Somos conhecidos como um povo alegre. Este sentimen-to aflora mais livre e expressivamente durante o carnaval. A alegria é uma dimensão saudável da vida, é também uma virtude cristã. Porém, a alegria carnavalesca não identifica-se com a alegria cristã e também não é pura ex-pressão da alegria humana saudável, sobretudo quando é produzida artifi-cialmente pelo consumo de bebidas alcoólicas, estimulantes, energizantes e dos mais diversos tipos de droga. No reinado do momo, muitas vezes, não necessariamente, essa alegria está associada a um processo de erotiza-ção das pessoas, apresentadas como objeto de prazer, escravizando-as e submetendo-as a um processo de des-truição de sua dignidade pela pública exposição corporal sem critérios ou pautada por critérios questionáveis.

O excesso é um elemento comum no carnaval brasileiro. E nenhum excesso é bom. Os excessos apontam para a necessidade de repensar as expressões do carnaval. Esse reposi-cionamento deve partir das pessoas e das famílias, mas também dos poderes públicos constituídos. Por sua própria natureza, as igrejas cristãs, sobretu-do a Católica Apostólica Romana, devem dar a sua contribuição, pois são formadoras de consciência e de opinião. Os padres e pastores podem e devem usar do púlpito, e de outros meios disponíveis, para ajudar a re-pensar o reinado do momo, pois do contrário continuaremos caminhan-do para um abismo esculpido pelo pecado.

Seria possível brincar o carnaval de modo cristão? Possível, sim, mas não provável; seria muito difícil, com raras exceções. Por isso, é “melhor prevenir do que remediar”.

+ Tomé Ferreira da SilvaBispo Diocesano de São José do Rio Preto/SP

PALA

VRA

DO

BIS

PO

Editorial

A força da Eucaristia

Na mensagem do Papa XVI, em relação ao XXI Dia Mundial do Doente, ele recorda algumas figuras que ajudaram pessoas do-entes a valorizar o sofrimento no plano humano e espiritual, com o propósito de estímulo e exemplo do que é ser um “Bom Samaritano”.

Uma das figuras lembrada é a Beata de Calcutá que, segundo o Pontífice “... começava sempre o seu dia encontrando Jesus na Eu-caristia e depois saía pelas estradas com rosário na mão para encontrar e servir o Senhor presente nos enfermos, especialmente naqueles que não são “queridos”, “nem ama-dos”, “nem assistidos”.

Outra citada, Santa Adélia Shäffer, que, também procurava se fortalecer pela comunhão diá-ria e “(...) seu quarto de enferma transformou-se numa cela conven-tual, e o seu sofrimento em serviço missionário...”

As duas se fortificaram “encon-trando Jesus na Eucaristia” diária, para enfrentar as diversidades, movidas pela caridade para com o necessitado. Era desse encontro com Jesus que tiravam sua força, coragem e determinação, o que leva à Homilia, proferida por Dom Tomé por ocasião dos 84 anos de criação da Diocese De São José do Rio Preto.

Nosso bispo disse: “Nossas pa-róquias, capelas, comunidades (...) precisam, com urgência inadiável, voltarem à celebração diária da Eucaristia(...) Portas das Igrejas fechadas, altares sem uso(...) os que respondemos por esses fatos um dia prestaremos contas diante de Deus pelo bem que deixamos de fazer(...)”

E diz, ainda, “É a Eucaristia, com as duas mesas, a da Palavra e a do Corpo e Sangue do Senhor, o alimento para a fé e a missão. Sem a Eucaristia, não há fé que se sustente e missão que prossiga”.

Diante disso, resta-nos refletir sobre a importância não só da Eucaristia em nossas vidas, mas sobretudo compreender que Jesus “Se despoja da sua ‘veste divina’, que baixa sua ‘condição’ divina para assumir forma humana e aproximar-se do sofrimento do homem(...) não se vale da sua igualdade com Deus, do seu ser Deus, mas inclina-se, cheio de misericórdia, sobre o abismo do sofrimento humano, para ele derra-mar o óleo da consolação e o vinho da esperança” (Mensagem, Papa Bento XVI).

Que possamos enxergar no próximo “um irmão” e seguir as palavras finais da parábola do Bom Samaritano: “Vai faz tu também o mesmo ( Lc10,37)”.

Page 3: Jornal DH - Fevereiro 2013

O A

no da Fé: “Senhor, aumenta a nossa fé!” (Lc 17,5)

SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013 DIOCESE 84 ANOS 3

DA REDAÇÃOO padre José Bento da Costa,

nosso primeiro pároco, destacou-se pelas ações evangélicas e por ter contribuído para o desenvolvimento de São José do Rio Preto e região. Era um homem muito adiante do seu tempo. Quando havia na então vila de 200 a 300 casas, um pequeno comércio, algumas ruas, ele contra-tou o engenheiro italiano Ugolino Ugolini para fazer a primeira planta da cidade.

Esse estudo abrangia os patrimô-nios de São José (atual área central) e de Nossa Senhora do Carmo (atual bairro Boa Vista e adjacências), que haviam sido doadas à Igreja, em 1852. Assim, por iniciativa do padre Bento da Costa, São José do Rio Preto foi uma das primeiras cidades do interior do País a planejar sua expansão de maneira ordenada.

Ele teria chegado a Rio Preto em 1879, ano em que a capela foi elevada à freguesia (paróquia). Aqui permaneceu até 1896. Padre Bento liderou ou participou de campanhas reivindicatórias, como abertura e conservação de estradas, construção de prédios públicos e outros me-lhoramentos. Empenhou-se, junto com autoridades e moradores, pela emancipação de São José do Rio Preto, que era distrito de Jaboticabal. E a 19 de julho de 1894, instalou-se o município rio-pretense. Pelo seu trabalho, poderia ser intitulado “Pa-droeiro do Desenvolvimento de São José do Rio Preto”.

Em sua propriedade rural, colhia grãos e criava bovinos e suínos. Distribuía parte da produção aos necessitados. Foi, também, notável evangelizador. Percorria áreas rurais,

Missionário e homem do desenvolvimentoHistória: Primeiro padre de São José do Rio Preto

a cavalo, divulgando os ensinamentos de Jesus. Construiu uma nova igreja e o salão paroquial. Neste salão, reu-niam-se fiéis para ações de promoção humana (eram as pastorais daquela época), e em fins de semana, nesse es-paço realizavam-se festividades e até animados bailes, ao som de polcas.

De personalidade forte, polê-mico e intransigente em algumas questões (defendia ardorosamente o sacramento do Matrimônio), desen-tendeu-se com algumas autoridades. Denúncias chegaram à Diocese de São Paulo (então, a única diocese no estado paulista) e o nosso pri-meiro pároco foi afastado e punido (suspenso do trabalho sacerdotal). Mas a população rio-pretense reagiu e enviou ao bispo de São Paulo ma-nifestação de apoio ao padre Bento. Entre os signatários, fazendeiros,

O primeiro pároco de São José do Rio Preto, padre José Bento da Costa, é português. Nasceu na Freguesia de Nossa Senhora da Expec-tação de Santa Maria de Emires a 25 de novembro de 1824, segundo declaração, por escrito, do arcebispo de Braga (Portugal), Dom Jorge da Costa Ortier, em resposta ao questionário formulado pelo então bispo de São José do Rio Preto, Dom Paulo Mendes Peixoto, e pelo escritor Donizete Della Latta. Até agora, textos biográficos diziam que o padre Bento havia nascido em Mogi Mirim. Mas, em suas pesquisas, Della Lata não encontrou, em cartórios de Mogi, registro de nascimento do nosso primeiro pároco. Das consultas feitas em Portugal, provas documentais vieram da Arquidiocese de Braga, certificando que Padre Bento é por-tuguês e foi ordenado em Braga.

Padre José Bento nasceu em Portugal

Síntese biográfica:Nascimento: 25 de novembro de 1824 na Freguesia de Nossa Senhora da Expectativa

de Santa Maria de Emires (região de Braga-Portugal).Pais: Bento José da Costa e Ana Maria, lavradores.Batismo: 28 de novembro de 1824.Ordenação: Recebeu ordens menores em 1842; ordenou-se sacerdote em 1949, em Braga.Atuação: Em 1950, padre José Bento da Costa viajou para o Brasil. Trabalhou em Pinhal

de 1852 a 1856; de 1856 a 1862, em Campestre (MG); em 1862, nomeado para a capela de Santa Rita do Rio Claro (hoje, Santa Rita de Caldas-MG), onde permaneceu até 1856. Vol-tou para Campestre, onde ficou até 1867. Não há informações oficiais sobre o seu trabalho sacerdotal até 1871 (nesse período teria percorrido regiões mineiras e paulistas); de 1872 a 1874, vigário da Matriz de Nossa Senhora de Assunção de Cabo Verde (MG); em 1875, assumiu a Paróquia de São Simão (MG); em 1879, chegou a São José do Rio Preto, onde trabalhou até 1896. Neste ano, foi nomeado pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus de Monte Alto e primeiro reitor do Santuário Nossa Senhora da Conceição de Montesina, popular-mente chamada de Santuário de Virgem Montesina (distrito de Aparecida), em Monte Alto.

Falecimento: 18 de setembro de 1900.

comerciantes, autoridades, operários e até o seu desafeto João Bernardino de Seixas Ribeiro. Reabilitado, o sacerdote optou por deixar São José do Rio Preto, em 1896.

Foi transferido para Monte Alto. “Aqui, teve uma atuação grandiosa. Dedicou-se à evangelização, prote-geu desamparados e injustiçados”, diz o padre Altair Tonon, reitor do Santuário Virgem Montesina, distrito de Aparecida, de Monte Alto.

Padre Bento da Costa morreu no dia 18 de setembro de 1900. Quando retornava de uma desobriga num povoado de Ariranha, sentiu-se mal, caiu do cavalo e foi encontrado, horas depois, morto. Faleceu dois meses antes de completar 76 anos. Um túmulo honorífico guarda os restos mortais do padre Bento no Santuário Virgem Montesina.

Fotos: DELLA LATTA

Os restos mortais de Pe. José Bento encontra-se na cripta da igreja Aparecidinha do Monte Alto.

Padre José Bento da Costa foi o primeiro padre da igreja de São José do Rio Preto.

Page 4: Jornal DH - Fevereiro 2013

DIOCESE 84 ANOS4 SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013

Jornada Mundial da Juventude - R

io 2013

DA REDAÇÃO

"Ide e fazei discípulos entre todas as nações" (Mt 28,19)

Nossa equipe entrevistou, com exclusividade, o dr. Pedro Spineti (mé-dico cardiologista), coordenador dos voluntários na área da saúde da JMJ Rio de Janeiro. Ele foi convidado para escrever um projeto para a equipe da área médica. De acordo com ele, essa equipe está sendo formada para servir em postos de atendimento médico, próximos às paróquias, e essa divisão será feita por forania. “Este posto será localizado em uma paróquia e terá uma equipe de um médico, um enfermeiro e dois socorristas”. Veja os detalhes da entrevista a seguir:

Jornal “Diocese Hoje” - Quem é Pedro Pimenta de Mello Spineti?

Dr. Pedro - Meu nome é Pedro Pimenta de Mello Spineti, sou médico cardiologista (CRM 52.79764-2), mé-dico da JMJ Rio 2013. Sou coordena-dor dos voluntários da área da saúde, dentro do Setor de Voluntários do Comitê Organizador Local, da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013.

Jornal “DH” - Cerca de quantos profissionais e ou voluntários estarão de plantão?

Dr. Pedro - O número exato de profissionais e ou voluntários de saúde por evento da JMJ, ainda, está sendo definido pela equipe de logística da JMJ, junto às esferas competentes do governo.

Jornal “DH” - Desde quando estão trabalhando e os locais que irão ficar? Quantos homens, mulheres e ou jovens, faixa etária?

Dr. Pedro - Os voluntários da área de saúde estão atuando desde dezembro de 2011; inicialmente, na promoção do voluntariado. Ao longo de 2012, atuamos em alguns eventos preparatórios da JMJ no Rio de Ja-neiro, como o Congresso de Jovens da Comunidade Shalom; o Festival Halleluya (RJ); o Dia Nacional da Juventude e o Encontro de Delegados Internacionais da JMJ. Durante a JMJ, atuaremos em postos de atendimento ambulatorial em mais de 70 locais de catequese, espalhados pela cidade. A participação, nos postos de atendimen-to nos Atos Centrais em Copacabana e Guaratiba, ainda está sendo avaliada pelo COL. Já somos cerca de 200 mé-dicos, 300 enfermeiros e 300 técnicos de enfermagem voluntários.

Jornal “DH” - Com o aumento da temperatura, o acúmulo de pessoas em um só local, há o risco de proliferação de bactérias, alguma orientação?

Dr. Pedro - As doenças que mais nos preocupam em um grande evento como a JMJ são as doenças relacio-nadas ao calor e ao frio (estaremos no inverno), doenças associadas ao consumo de alimentos contaminados e doenças de transmissão respiratória, como a gripe. Seguem alguns cuida-dos importantes: mantenha-se bem hidratado e alimentado. Durma bem. Use roupas leves, boné e protetor solar durante o dia. Tenha sempre um agasalho para usar à noite. Evite comer alimentos preparados na rua ou de ori-gem duvidosa. Dê sempre preferência

Jovens podem revolucionar positivamente ações políticas

Para o deputado João Dado, a Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer em julho, no Rio de Janeiro, com a presença do papa Bento XVI, será um dos grandes acontecimentos de 2013. “Está ocorrendo uma mobilização mundial da juventude para que os jovens participem da vida religio-sa, das suas instituições, e até de ações políticas, pois amanhã eles vão conduzir ou influir no proces-so político”, disse o parlamentar.

Acrescentou: “Temos que fa-zer uma reflexão com os jovens, para que eles participem da vida política com ética, retidão, caráter. Com isso, ganha o povo e a nação. Então, a JMJ é um momento im-portante para a juventude, porque os jovens são uma força viva e com muita energia e, certamente, vão revolucionar positivamente as ações políticas”.

RECURSOSA Jornada Mundial da Ju-

ventude vai reunir milhões de jovens brasileiros e do exterior. O deputado João Dado revelou que há uma preocupação do governo federal e municipal (no caso, o do Rio de Janeiro) em oferecer assistência de boa qualidade aos participantes da Jornada. Isso já ocorreu em eventos anteriores, como os Jogos Pan-americanos de 2007; Jogos Mundiais Militares de 2011; a Conferência Rio Mais 20 de 2012; festa do réveillon, em Copacabana; e o governo já trabalha para capacitar unidades públicas de saúde, para atendi-mento durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

Mais de 500 voluntários irão cuidar da saúde dos jovens na JMJ no Rio de Janeiro

aos restaurantes conveniados com a JMJ. Lave constantemente as mãos. Tenha um frasco de álcool gel na bolsa para higiene das mãos, caso não haja um local propício para lavar as mãos antes de alimentar-se.

Jornal “DH” - Fale-me um pouco das ações, a capacitação de voluntários etc, para esse grande evento, atingiu os objetivos da organização?

Dr. Pedro - No momento, estamos na reta final de inscrições para o volun-tariado. O último dia para inscrições será 31/01/2013. Estamos preparando todo o material de capacitação dos vo-luntários. Os encontros de capacitação acontecem, a partir de abril para os voluntários de diocesanos; a partir de 15/07/2013, para os voluntários nacio-nais e internacionais, que já estarão no Rio de Janeiro.

Jornal “DH” - Qual o número ideal de médicos e enfermeiros para atuar na saúde?

Dr. Pedro - A JMJ é um evento único e é difícil realizar essa estima-tiva. Nossas estimativas baseiam-se nas edições anteriores da JMJ, e nos dados da assistência médica durante a Festa de Reveillon em Copacabana que, este ano, reuniu 2,3 milhões de pessoas. Como respondi anteriormen-te, o número exato de profissionais e ou voluntários de saúde, por evento da JMJ, ainda, está sendo definido pela equipe de logística da JMJ, junto às esferas competentes do governo.

Jornal “DH” - Como está a saúde nos Hospitais, SUS, especificamente no Rio de Janeiro? Como vai ser o atendimento Universal, com relação aos países que estarão presentes no evento? A cidade do Rio estará de prontidão para atender?

Dr. Pedro - O Rio de Janeiro já sediou grandes eventos, como Pana-mericano de 2007; os Jogos Mundiais Militares de 2011; a Conferência Rio +20 em 2012 e além da JMJ irá sediar eventos, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. O governo tem trabalhado para capa-citar as unidades públicas de saúde para esses eventos, inclusive, com o treinamento de equipes no exterior. O COL tem trabalhado em conjunto com o governo para oferecer toda assistên-cia necessária aos peregrinos. O SUS traz, dentro de suas premissas básicas, a universalidade do atendimento, com

garantia de acesso a todos os cidadãos, inclusive aos estrangeiros em viagem ao país em situações de urgência e emergência.

Jornal “DH” - Campanha da Fra-ternidade vai ser lançada dia 13, depois do carnaval, em todo o país. Todos os anos é escolhido um tema, sempre baseado em uma realidade, ou uma situação em que a igreja percebe que precisa ser transformada, enfrentada, trabalhada, refletida, para melhorá-la. Gostaríamos da sua opinião, algumas palavras sobre o Tema desse ano de 2013 com o Papa?

Dr. Pedro - A Campanha deste ano traz o tema Fraternidade e Juventude com o lema "Eis-me aqui, envia-me" em unidade com o tema da própria JMJ "Ide e fazei discípulos entre todas as nações!". Acredito que será um ano importante para refletirmos sobre a importância do protagonismo do jo-vem no mundo de hoje e o chamado de Cristo para que os jovens, também, sejam discípulos e missionários.

Jornal “DH” - Alguma mensagem para nossos Jovens, para os da nossa região?

Dr. Pedro - Cristo vos espera de braços abertos, no Rio de Janeiro, em julho de 2013. Será uma experiência única na vida de todos nós. Tive a gra-ça de já ter participado de três edições da JMJ e fui profundamente marcado por cada uma delas. É uma enorme alegria receber a JMJ na minha cidade. Aguardamos a todos em julho para JMJ Rio 2013!

Nota do coordenador ao corpo editorial do jornal “Diocese Hoje”. Fiquei muito feliz pelo convite para escrever sobre os preparativos da JMJ para saúde, sobretudo por tratar-se da Diocese de Rio Preto. Meu avô é natural de Nova Granada; meu pai, de Mirassolândia. Tenho muitos tios e primos em São José do Rio Preto e Mirassol. Sou o coordenador de plan-tão médico da JMJ, sou coordenador dos voluntários da área da saúde. Meu serviço no COL é promover o volun-tariado, selecionar, capacitar e alocar os voluntários nos diferentes locais em que precisaremos de voluntários para atuar no atendimento à saúde durante a JMJ.

Em Cristo! Pedro Spineti

Dr. Pedro Spineti e Grupo de Voluntários do COL-Rio de Janeiro.

Foto gentilmente cedida pelo Dr. Pedro Spineti

Page 5: Jornal DH - Fevereiro 2013

O A

no da Fé: “Senhor, aumenta a nossa fé!” (Lc 17,5)

SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013 DIOCESE 84 ANOS 5

Desde que foi lançada há 50 anos, a Campanha da Fraternidade desen-volve ações comunitárias, de prática da caridade, de ajuda ao próximo, de apoio a projetos que combatam a exclusão social, de promoção de uma economia a serviço da vida, de mobilizar a sociedade para enfrentar o problema das drogas, de promover a vida humana, de defesa ao meio ambiente, etc. A CF propõe, a cada ano, um tema. O deste ano é “Fra-ternidade e Juventude”.

O objetivo geral da CF, em 2013, “é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção da vida, da justiça e da paz”.

E os objetivos específicos são “propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo, a fim de contribuir para sua vocação de discí-pulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida; pos-sibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade, para que eles possam contribuir com seus dons e talentos; e para sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civi-lização do amor e do bem comum”.

A Campanha da Fraternidade é iniciada na Quaresma, período dedicado à reflexão, à fraternidade, à mudança interior. São quarenta dias para colocar em ação a proposta deste ano. O tema “Fraternidade e Juventude”, é oportuno, pois tere-mos, em julho, a Jornada Mundial da Juventude,no Rio de Janeiro, com a presença do papa Bento XVI.

O guia litúrgico da Quaresma é este: 17 de fevereiro, 1º domingo da Quaresma (“Nem só de pão vi-ve o homem”); 24 de fevereiro, 2º domingo da Quaresma (“Mestre, é bom ficarmos aqui”); 3 de março, 3º domingo da Quaresma (“Se vo-cês não se converterem, vão morrer todos do mesmo modo”); 10 de março, 4º domingo da Quaresma (“Esse homem acolhe pescadores e come com eles?”); 17 de março, 5º domingo da Quaresma (“Pode ir, e não peque mais”); e 24 de março, Domingo de Ramos (“Façam isto em memória de mim”).

Campanha da Fraternidade

50 anos promovendo a vida

DA REDAÇÃOCerca de 500 jovens de Catan-

duva e municípios vizinhos vão participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será realizada em julho, no Rio de Janeiro, com a presença do papa Bento XVI. Antes, acontecerá a Semana Missionária (pré JMJ), em Catanduva, que reunirá pelo menos 250 jovens. Estes ficarão hospedados no Colégio Jesus Adolescente (da congregação dos doutrinários) e em algumas escolas de idiomas da cidade.

Coordena o comitê que orga-niza a Semana Missionária e a viagem ao Rio de Janeiro o padre Marcelo Delalibera, da Diocese de Catanduva. Colaboram nesse comitê, que funciona na Sé Ca-tedral Nossa Senhora Aparecida, cerca de 60 jovens.

Dos inscritos, até o momento, para a Semana Missionária e para a Jornada Mundial da Ju-ventude, a maioria deles está na faixa etária de 14 a 26 anos. São estudantes, professores, conta-dores, escriturários, serventes de pedreiro, etc.

A animação durante a Sema-na Missionária ficará por conta de grupos de dança e de teatro, bandas, shows (entre os artistas, provavelmente Eliana Ribeiro). “Estamos em contato com a se-cretaria de Cultura, associações espanhola e italiana, Rotary Clu-be e outras instituições, para que participem como colaboradores da Semana Missionária”, decla-rou o padre Marcelo. O comitê JMJ aguarda patrocínio e doações para a realização desse evento.

GIRO NA PROVÍNCIA500 jovens da Diocese de Catanduva na JMJ

Dioceses e Arquidioceses de todo o Brasil organizaram ações para o início da CF 2013.

Apesar de a CF 2013 começar dia 13 de fevereiro, o trabalho já ini-ciou há muito tempo. A Diocese de São José do Rio Preto, por exemplo, cuida de todos os detalhes. Cerca de 50 mil folhetos, separados por cor, para cada domingo da Quaresma e o domingo de Ramos. Também, 42

mil envelopes para o dia da Coleta da Solidariedade. Todo esse mate-rial é separado e distribuído para as 97 paróquias da Diocese, em 50 municípios.

Segundo Padre Jarbas, “O ma-terial está praticamente pronto. Estamos checando a infraestrutura, montando os folhetos, ensaiando as músicas, preparando liturgias e jograis”.

CF lançada dia 13 de fevereiro para todo o Brasil

Page 6: Jornal DH - Fevereiro 2013

DIOCESE 84 ANOS6 SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013

Jornada Mundial da Juventude - R

io 2013

DA REDAÇÃOJornal “Diocese Hoje” - Qual o

número de jovens inscritos em Fer-nandópolis, idade, profissão?

EJOCRI - O EJOCRI conta com aproximadamente 120 jovens atuan-tes, com idade entre 14 e 25 anos, a grande maioria são estudantes do Ensino Médio e Superior.

Jornal “DH” - Desde quando estão se preparando para a Jornada Mundial da Juventude com o Papa?

EJOCRI - Estamos nos preparan-do desde Maio de 2012, programando a viagem e repassando aos jovens a importância da Juventude na Igreja. Estivemos presentes no DNJ, reali-zado em Santa Fé do Sul no final de 2012, essa participação também serviu como preparação para a JMJ 2013.

Jornal “DH” - Uma das frases do Santo Padre João Paulo II foi refletida em sua iniciativa de criar a Jornada Mundial da Juventude. “A Igreja só será jovem quando o jovem for Igre-ja”. Como a Igreja faz para conquistar o jovem de hoje?

EJOCRI - Em Fernandópolis, realizamos encontros e retiros espi-rituais durante o ano, além disso, a paróquia faz questão de inserir os jo-vens nas celebrações. A Igreja também incentiva os jovens a colocarem seus talentos em prol da comunidade, seja através da música, participando do co-ral, como também, com a realizações de encenações em datas importantes da Igreja. Outro fato importante que também motiva o jovem a fazer parte da Igreja é a realização da Semana da Juventude, geralmente no mês de julho.

Jornal “DH” - O número de jo-vens (h) e ou (m) que fazem parte do grupo e os que participam, mas que, provavelmente, não irão viajar para ver o Papa?

EJOCRI - Devido a grande vio-lência da cidade do Rio de Janeiro, e muitos jovens serem menores de idade, cerca de 80 jovens não irão viajar para conhecer o Papa. Mesmo com toda segurança que terá no local, conforme estamos vendo divulgado através da mídia, muitos pais não

autorizaram a viagem de seus filhos.Jornal “DH” - Os que irão ver o

Papa, por que irão, são todos católicos, qual a sua verdadeira religião?

EJOCRI - Todos os jovens do EJOCRI são católicos; portanto, todos os 40 jovens que irão ao Rio de Janeiro pertencem à Igreja Católica.

Jornal “DH” - João Paulo II, durante um encontro com jovens na Praça de São Pedro, reproduziu a frase de Santa Catarina: “Jovens, se vocês forem o que devem ser, incendiarão o mundo!”

Na opinião do grupo, é isso mes-mo? Existe uma animação grande internamente? Vocês estão animados e após o encontro com o Papa, e contato com os jovens do mundo inteiro vai permanecer?

EJOCRI - Sim, a força da Juven-tude é imensurável, a alegria e a força de vontade dos jovens é contagiante. Internamente, o grupo possui uma energia muito positiva cativando a to-dos em todos os lugares. Esse encontro com o Papa é muito importante, pois será possível ter contato com jovens do mundo todo, englobando costu-mes diferentes e diversas abordagens para o mesmo tema. Com certeza, a participação na JMJ 2013 trará para o grupo muito aprendizado na maneira

de trabalho, além de motivar os jovens a participarem ainda mais da Igreja e da comunidade.

Jornal “DH” - Quanto tempo existe esse trabalho dos jovens na Diocese?

EJOCRI - Aqui em Fernandópo-lis, o EJOCRI participa, ativamente, desde 1998. Levando a palavra de Deus para os mais necessitados, realizando projetos com muito amor e carinho e trabalhando em prol da Igreja e da Comunidade.

Jornal “DH” - O número de jo-vens atuantes na Pastoral da Juventude de Fernandópolis , idade, profissão, sexo h ou m?

EJOCRI - Na PJ de Fernandó-polis, existem mais de 400 jovens atuantes, de grupos diferentes, porém todos com a mesma missão: divulgar a palavra de Deus. Atualmente, Fernan-dópolis conta, com aproximadamente 20 grupos de jovens.

Jornal “DH” - As Ações - traba-lho em Grupo, para arrecadar verbas, patrocínio etc, como está sendo feito?

EJOCRI - Para angariar fundos para o grupo, são realizadas vendas de rifas e de pizzas, além da promoção de evento aberto para toda a comunidade (Quermesse).

Jornal “DH” - Os jovens de hoje,

com certeza, serão responsáveis pelas próximas descobertas que facilitarão, ainda mais, nossas vidas ?

EJOCRI - Certamente. Os jovens possuem muita criatividade, pode se esperar tudo de um jovem empolgado e entusiasmado.

Jornal “DH” - Em outras palavras, são sinais da modernidade, por isso, se sua paróquia não possui um site ou um canal de comunicação eficaz e interativo, como as redes sociais, esses jovens estarão colaborando com a Igreja, mesmo que não tenha esse caminho?

EJOCRI - O grupo possui um site (www.ejocrisite.com.br) e também um grupo no Facebook (rede social mais utilizada atualmente) muito uti-lizados para passar informações aos jovens. Atualmente, a maneira mais fácil de comunicação é via internet. Porém, se não existisse internet, os jovens participariam da mesma forma.

Jornal “DH” - A Igreja nessa hora deve investir nos jovens e atribuir responsabilidades que condizem com sua personalidade?

EJOCRI - Sim, muitos jovens possuem responsabilidade que con-dizem com a sua personalidade, isso apenas faz com que evoluam como pessoa e membro da igreja. Um jo-vem com responsabilidades é um jovem diferenciado, que passa a ser observado pela comunidade, servindo de exemplo para os demais jovens e motivando-os a participar mais ativa-mente da Igreja.

Jornal “DH” - Profissões interes-santes, ator, músico, instrumentista, pedreiro, pintor etc?

EJOCRI - O grupo conta com atores de teatro profissionais e semi--profissionais, além de músicos, facili-tando assim, a linguagem entre jovem e comunidade.

Jornal “DH” - Antes da viagem vocês farão a semana missionária? Onde vai ser, como vai ser?

EJOCRI - Sim, será realizada uma semana missionária, que está previa-mente agendada, de 17 a 21/07/2013, e será realizada nas cidades vizinhas, Meridiano e Pedranópolis.

Jornal “DH” - Por que o desejo de conhecer o Papa?

EJOCRI - O Papa é a figura máxima da Igreja Católica, é o cargo mais respeitado. É, em outras palavras, um astro para os jovens. E quem não quer conhecer um astro de perto? Não é verdade?

Jornal “DH” - Como estão as co-nexões em nível de mundo com outros jovens e comunidade? Quais os meios que se utilizam nas redes sociais?

EJOCRI - Através de redes sociais, jovens do grupo já fizeram contato com outros jovens que estarão na Jornada Mundial da Juventude, por meio de grupos do Facebook e Fun pages, e já combinaram de se encontrarem. É incrível a facilidade de comunicação dos jovens nos dias de hoje!

ENTREVISTAS GRUPO DE JO-VES DA DIOCESE DE JALES

Grupo de Jovens – EJOCRI – Pa-róquia Santa Rita de Cássia-Fernan-dópolis

GIRO NA PROVÍNCIA

Jovens da Diocese de Jales se preparam para a JMJ (Rio)

Page 7: Jornal DH - Fevereiro 2013

O A

no da Fé: “Senhor, aumenta a nossa fé!” (Lc 17,5)

SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013 DIOCESE 84 ANOS 7

Na festa da conversão do Apóstolo São Paulo, neste ano de 2013, agra-decemos a Deus os 84 anos de cria-ção da Dio-

cese de São José do Rio Preto, a nossa Diocese, onde Deus Pai nos quer como filhos e filhas queridos, reunindo-nos no amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, integrando-nos no seu Povo, fazendo-nos pedras vivas constitutivas de sua Igreja, permitindo-nos ser membros do Cor-po Místico de seu Filho Bem Amado.

Razões outras, ao menos quatro, estão presentes no nosso coração nesta Eucaristia: vivemos o Ano da Fé; encerramos o ano pastoral de nossa Diocese, com destaque para a Eucaristia; encontramo-nos a elaborar o novo plano com as orien-tações pastorais; há um clamor para dirigirmos o olhar e o coração para a juventude, pois vivemos um tempo de graça para ela.

Na leitura dos Atos dos Apósto-los, ouvimos de São Paulo a narrativa de sua conversão no caminho de Damasco. Quando ia ao encontro dos cristãos para trazê-los prisioneiros a Jerusalém, encontra-se com Nosso Senhor Jesus Cristo Ressuscitado. Envolto por uma luz, é interrogado: “Saulo, Saulo, por que me perse-gues?” Diante do maravilhoso, nu-minoso e desconhecido, ele também interroga: “Quem és tu, Senhor?”. Então o Mestre se lhe apresenta: “Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem persegues.”

Por pior que seja a pessoa huma-na, ainda que seja um crápula, nin-guém sai ileso do encontro pessoal com Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é capaz de resgatar todas as pessoas, independentemente de sua situação, e restaurar todas as coisas. “Cristo é capaz de salvar totalmente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, visto que Ele vive para sempre para interceder por eles.”(Hb 7,25).

Propor Nosso Senhor Jesus Cristo às pessoas de nosso tempo, no terri-tório de nossa Diocese de São José do Rio Preto, conduzi-las a Ele, é o primeiro e maior bem, senão o único, que podemos fazer às nossas sociedades, cidades, bem como à humanidade, ao mundo e à história. Nenhuma missão na Igreja antecede ou supera esta: levar as pessoas ao encontro pessoal com Nosso Senhor Jesus Cristo. O restante da vida de fé e eclesial é decorrência natural deste encantamento e fascínio inicial, experimentado pelo fiel diante do Divino Salvador.

Programáticas são as palavras que Ananias dirige a Saulo: “Saulo, meu irmão, recobra a vista. (...) O Deus de nossos pais te predestinou para conheceres a tua vontade, veres o Justo e ouvires a voz saída de sua boca; pois deves ser sua testemunha diante de todos os homens do que viste e ouviste. Por que retardar ainda? Vamos! Recebe o batismo e purifica-te de teus pecados, invocan-

do o seu nome.”A solicitação outrora feita a

Saulo por Ananias é um clamor do Espírito Santo a cada um de nós e à Igreja: “Recobra a vista! (...) você foi predestinado e conhece a Vontade de Deus; você viu Jesus Cristo; você ou-viu a palavra saída de sua boca. (...) Deve ser sua testemunha diante de to-dos os homens do que viste e ouviste. (...) Não tarde mais!” Esse não é um pedido gentil, sugerido em sussurro à Igreja, mas um clamor, um grito, um brado do Divino Espírito Santo! Até quando permaneceremos insensíveis e surdos a esse clamor?

A solicitação de Ananias a Saulo, que é o clamor do Divino Espírito Santo a mim, a você e a nós, é a tradução do testamento de Nosso Senhor Jesus Cristo, que ouvimos no evangelho nesta noite: “Ide por todo o mundo, proclamai o evangelho a toda criatura.” Todos, em todos os tempos, de todos os lugares, são destinatários da missão confiada pelo Divino Salvador a nós que somos o seu povo: ir por todo o mundo, ao encontro de toda criatura.

Quantas pessoas, milhares cer-tamente; quantos lugares, centenas com certeza, em nossa Diocese, estão a esperar de nós para que venham a conhecer, ou conhecer adequada-mente, a Jesus Cristo Nosso Senhor. Onde houver uma casa, onde estiver uma pessoa humana, aí e a ela deve-mos ir para conduzi-las ao Sumo e Eterno Sacerdote. Não estamos mais para pescar com redes ou tarrafas, mas com vara. Não importa o lugar, não importa o número, os confins da nossa diocese e de nossas paróquias são espaços de evangelização, onde houver uma alma, a ela deve ser oferecido Jesus Cristo, nosso Esposo, salvação de Deus para a humanidade.

Se fechamos ou abandonamos uma Igreja, uma comunidade ou um grupo, se menosprezamos um fiel que seja, se deixamos ao léu qualquer expressão de vida eclesial, ainda que seja de apenas duas pessoas, respon-deremos pelas nossas atitudes no dia do juízo particular e final. Pres-taremos conta do zelo negado para com as ovelhas perdidas e feridas, pelo abandono ou fechamento de qualquer comunidade ou expressão de vida eclesial, seja ela grande ou pequena, minúscula ou maiúscula, desta ou daquela corrente teológico--pastoral. Todos são filhos e filhas de Deus. Todas são expressões de vida eclesial suscitadas pelo Divino Espírito Santo.

Diante de Deus, responderemos pela singularidade de cada pessoa colocada sob os nossos cuidados. Um fiel ausente da Igreja, um fiel que deixe de vir à Igreja, deve suscitar em nós profundas preocupações e suscitar zeloso ardor missionário. Não posso esperá-lo, sou eu que devo ir buscá-lo, resgatá-lo, incluí-lo. Não fechamos igrejas e comunidades, abrimos igrejas e comunidades. Não abandonamos ou menosprezamos pessoas, somos pescadores de pes-soas para Nosso Senhor Jesus Cristo, construtores do Povo de Deus, nela introduzindo novos fiéis.

A ação missionária tem por fim

suscitar a fé e batizar, com tudo o que isso implica: “Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado.”

O crente e o missionário não es-tarão sozinhos, têm garantias: “Estes são os sinais que acompanharão aos que tiverem crido: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas, pegarão em serpentes, e se beberem algum veneno mortífero, nada sofrerão; imporão as mãos sobre os enfermos, e estes ficarão curados.” O Divino Espírito Santo é que suscita e sustenta a missão. De nossa parte é preciso confiar e se entregar, fazer menos perguntas e agir com mais celeridade.

A fé leva à missão e a missão leva à fé. São duas realidades intimamente conexas e inseparáveis. A fragilida-de da fé se traduz na fragilidade da missão; a medida e a intensidade da missão é a medida e a intensidade da fé. Se a crise assola a vivência e a transmissão da fé, é porque em crise está a missão. Se a missão encontra dificuldades para ser assumida com ousadia, é porque nossa fé, também, não está sendo abraçada com coração aberto e generoso.

É a Eucaristia, com as duas mesas, a da Palavra e a do Corpo e Sangue do Senhor, o alimento para a fé e a missão. Sem a Eucaristia, não há fé que se sustente e missão que prossiga. Sem fé, não há Eucaristia profícua e missão que produza fru-tos. Sem missão, não se transmite a fé e a Eucaristia.

Nossas paróquias, capelas, co-munidades, colégios católicos, casas religiosas e outros espaços de culto precisam, com urgência inadiável, voltarem à celebração diária da Eu-caristia, em horários convenientes e adaptados à realidade de nossos fiéis. Portas das igrejas fechadas, altares sem uso, são um valioso contributo e porta aberta para a ação do malig-no no mundo e na história. Os que respondemos por esses fatos um dia prestaremos contas diante de Deus pelo bem que deixamos de fazer, privando as pessoas da salvação de Deus.

O pequeno número de fiéis e a ausência de equipes de celebração em número conveniente não se cons-tituem em motivos suficientes, que justifiquem a não celebração diária da Santa Missa. Nenhum bispo, nenhum padre, nenhum conselho paroquial tem o poder ou o direito de limitar e ou suprimir as missas diárias, dominicais e nos dias santificados. Se o fazemos, pecamos gravemente, induzimos ao erro e privamos os fiéis dos bens espirituais necessários à sal-vação. Se algum conselho paroquial se achou no direito de tais atitudes, deveria ser supresso de imediato, para que não venha a causar mais danos à fé e à missão do que já tenha causado.

O ano da fé e a necessidade premente da missão nos chamam à responsabilidade de voltar a celebrar a missa diariamente, também nas famílias, nos condomínios, prédios, escolas, ambientes de trabalho, pre-sídios e congêneres, comunidades rurais e espaços públicos. A missa

sempre, em todos os lugares, pois todos os espaços são sagrados, foram purificados pelo sangue redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo, por isso dignos da Eucaristia.

Se um bispo ou padre chegasse ao final da jornada diária morto de can-sado, mas sem ter celebrado a Santa Missa, nadou em vão, morreu na praia. Um padre e um bispo podem se ocupar ao máximo de trabalhos pastorais e administrativos, mas se estes não nascerem e não levarem à Eucaristia diária, nada feito, soaram como o sino, cujo som se perde no es-paço, são nuvens vazias, sem chuva, trabalharam em vão, pois negaram à Igreja o que só eles podem fazer, e o que ninguém pode fazer por eles, dar ao mundo a Eucaristia, o Mistério de Salvação, o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Aos domingos e nos dias santifi-cados e de festas religiosas de grande apelo popular, como no dia de Nossa Senhora Aparecida e outros, sendo feriado civil ou não, nenhuma pa-róquia, por menor que seja, deveria ter menos que três celebrações da Santa Missa, propiciando aos fiéis as condições necessárias, em horários oportunos, para se aproximarem da Eucaristia como solicita a Igreja.

O mesmo deveria ocorrer no dia do padroeiro das nossas paróquias. Não basta uma só missa “grande e alegre”, é preciso ao menos três, para que todos que o desejarem se aproxi-mem dos sagrados mistérios no modo e horário que mais lhe aprouver.

Recomendemo-nos à terna e materna proteção do Coração Ima-culado de Maria e de São José, para que avancemos por águas mais profundas, no que diz respeito à fé, à missão e à Eucaristia, sem medo, mas com ousadia, aquela santa ousa-dia assegurada pelo próprio Divino Espírito Santo.

Nossa Igreja é uma Igreja de Mi-nistros Ordenados, sem eles não há missão, não há Eucaristia, não ocorre a guarda, o cultivo e a transmissão da fé. Vamos criar uma cultura vocacio-nal em nossa Diocese de São José do Rio Preto. Precisamos de padres, de muitos padres, de bons padres, padres que sejam homens de fé, padres que vivem da Eucaristia, padres com coração missionário.

Cada paróquia, capela, comunida-de, movimento, associação religiosa, nova comunidade, pastoral, criativa-mente busque e encontre meios para suscitar, no coração dos jovens, o amor a Nosso Senhor Jesus Cristo e auxiliem para que não tenham medo de responderem sim ao chamado à vi-da sacerdotal, religiosa e missionária.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, pelos 84 anos de fecunda e bela vida de nossa diocese. Pelos 84 anos de bela e fecunda vida de nossa diocese, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Coração Imaculado de Maria, sede a nossa salvação! São José, rogai por nós!

+ Tomé Ferreira da SilvaBispo Diocesano de São José do Rio Preto, SP.

Homilia na Missa dos 84 Anos da Diocese de São José do Rio Preto

HOMILIA DO BISPO DIOCESANO

Page 8: Jornal DH - Fevereiro 2013

DIOCESE 84 ANOS8 SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013

Jornada Mundial da Juventude - R

io 2013

DA REDAÇÃOCom uma Missa Solene, celebra-

da pelo bispo Dom Tomé Ferreira da Silva, dia 25 de janeiro, às 20 horas, na Sé Catedral, iniciou-se a comemoração do 84º aniversário da Diocese de São José do Rio Preto. Participaram dessa celebração deze-nas de padres, religiosos, lideranças leigas e fiéis, além de autoridades locais e regionais. Padres presentes à cerimônia acenderam 84 velas, e o Coral da Basílica cantou várias mú-sicas, sob a regência de Ana Maria Polloto. Fiéis que assistiam à missa carregavam velas acesas. Era um cenário de muita fé e devoção.

Leia, em outro local desta edição, a íntegra da homilia de Dom Tomé, que, pela sua importância, torna-se mais um documento histórico da nossa Diocese.

Ao ser criada em 25 de janeiro de 1929, o território da nossa diocese (de quase 30.000 km²) era maior que o dos Estados de Alagoas (27.900 km²) e Sergipe (22.000 km²). Exis-tiam 15 paróquias, poucas estradas pavimentadas. Com os desmem-bramentos, a área da diocese, hoje, é de 14.634 km².São 97 paróquias, 105 padres, 50 municípios e 930 mil habitantes.

Em área, Diocese de São José do Rio Preto era maior que o Estado de Alagoas

1929 - 25 de janeiro - Criação da Diocese de São José do Rio Preto, com a edição da bula “Sollicitudo Omnium Eclesiarum”, do papa Pio XI.

1930 - 8 de agosto - Dom Lafayette Libânio é eleito bispo de São José do Rio Preto pelo papa Pio XI.

1931 - 22 de janeiro - Posse canônica de Dom Lafayette Libânio, primeiro bispo da Diocese.

1933 - 11 de maio - Dom Lafayette cria o Santuário - hoje Basílica Nossa Senhora Aparecida, que é uma das atra-ções turísticas da cidade.

1940 - 26 de maio a 2 de junho - Realização do Congresso Eucarístico de São José do Rio Preto - o primeiro do Interior -, em preparação ao 4º Con-gresso Eucarístico Nacional de 1941. Foi evento de repercussão nacional.

1944 - 19 de março - Dom Lafayette inaugura o Seminário N.Sra. da Paz.

1947 - Construção do Palácio Epis-copal, na Avenida Constituição, em terreno doado pela família Spínola de Castro.

1954 - 17 de agosto - O Imaculado Coração de Maria é declarado pelo papa Pio XII padroeira da Diocese de São José

do Rio Preto.1959 - 12 de dezembro – Criação da

Diocese de Jales, pela bula Eclesia Sanc-ta, do papa João XXIII, desmembrada da Diocese de São José do Rio Preto.

1966 - 4 de outubro - Renúncia ao múnus episcopal de Dom Lafayette Libânio (permaneceu 36 anos à frente da nossa Diocese).

1968 - 4 de agosto - Dom José de Aquino Pereira é empossado bispo de São José do Rio Preto.

1974 - 19 de março - Lançamento da pedra fundamental da nova Catedral de São José do Rio Preto, em cerimônia presidida pelo cardeal de São Paulo, Dom Evaristo Arns.

1975 - 17 de fevereiro - Instalação do Seminário Maior Diocesano Sagra-do Coração de Jesus, por Dom José de Aquino Pereira.

1987 - 19 de março - Inauguração da nova Catedral de São José do Rio Preto por Dom José de Aquino Pereira.

1997 - 26 de fevereiro - O papa Paulo II aceita o pedido de renúncia de Dom José de Aquino Pereira (no dia 22 de abril completaria 77 anos de idade).

1º de maio - Dom Orani Tempesta

é empossado terceiro bispo de São José do Rio Preto em solenidade na Catedral.

1999 - 3 de agosto - Dom Orani Tempesta instala, em São José do Rio Preto, o Tribunal Eclesiástico para apu-rar possível milagre atribuído ao padre Mariano de La Mata, que foi diretor e professor do Colégio São José.

2000 - 9 de fevereiro - O papa João Paulo II cria a Diocese de Catanduva, desmembrada das dioceses de São José do Rio Preto, Jaboticabal e São Carlos.

2001 - 5 de agosto - No Dia do Padre, lançamento da pedra fundamental da Casa do Clero no distrito de Engenheiro Schmitt, em terreno doado pelo padre Jarbas Brandini Dutra. A Casa, que acolhe padres idosos e enfermos, foi inaugurada um ano depois.

2004 - 13 de outubro - Dom Orani Tempesta é nomeado arcebispo de Be-lém do Pará pelo papa João Paulo II.

20 de dezembro - Vaticano reconhe-ce milagre atribuído ao padre Mariano de La Mata Aparício.

2005 - 7 de dezembro - O padre Paulo Mendes Peixoto, da Diocese de Caratinga (MG), é nomeado bispo de São José do Rio Preto pelo papa Bento

XVI.2006 - 25 de março - Posse de Dom

Paulo no bispado de São José do Rio Preto.

Maio - É criado o Tribunal Eclesiás-tico Interdiocesano, que reúne as dioce-ses de São José do Rio Preto, Catanduva, Barretos e Jales.

5 de novembro - Cerimônia de beatificação do padre Mariano de La Mata Aparício na Catedral da Sé, em São Paulo.

2008 - 14 a 19 de julho - São reali-zados, em São José do Rio Preto, o 23º Encontro da Sociedade Brasileira de Ca-nonistas e o 25º Encontro dos Servidores de Tribunais Eclesiásticos. Pela primeira vez, esses congressos aconteceram numa cidade do interior.

2012 - 7 de março - Dom Paulo Mendes Peixoto é eleito arcebispo de Uberaba pelo papa Bento XVI, às vés-peras de completar 6 anos na Diocese de São José do Rio Preto.

26 de outubro – Dom Tomé Ferreira da Silva é nomeado bispo de São José do Rio Preto pelo papa Bento XVI.

16 de novembro – Posse de Dom Tomé, o nosso 5º bispo.

SÍNTESE HISTÓRICA

HISTÓRIA

Page 9: Jornal DH - Fevereiro 2013

O A

no da Fé: “Senhor, aumenta a nossa fé!” (Lc 17,5)

SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013 DIOCESE 84 ANOS 9

PASTORAL DA SAÚDE:“Santo” remédio

Espaldar propaga

óleo de avestruzO Centro de Saúde Natural

de Buritama, uma ONG funda-da pelo pároco da cidade, padre Ezio Dastres, oferece tratamen-tos preventivos - massagem com aplicação de argila, fisio-terapia e outros procedimentos - e, recentemente, iniciou a divulgação do óleo de avestruz, que é rico em ômegas 3, 6, 7 e 9, além de possuir as vitaminas E e D. “É um suplemento ali-mentar que tem propriedades terapêuticas e estéticas muito poderosas; é cicatrizante e anti-inflamatório em casos de contraturas e outros tipos de inflamações cutâneas”, segundo informações da internet.

Esse produto é novidade no Brasil, mas é muito conhecido e utilizado na Inglaterra, Fran-ça, Austrália, Estados Unidos e em outros países. O óleo de avestruz, acrescenta texto da internet, também é indicado para combater dores muscula-res, dores reumáticas, artrites, artroses, queimaduras, alergias, assaduras. Acelera a perda de gordura, principalmente na região abdominal e oferece proteção antioxidante.

“O Espaldar é representante desse produto”, disse o padre Ezio. Um vidro de mil gotas custa R$ 30 (fone do Espaldar: 18- 36911523; 18-97949848). A recomendação é tomar 45 gotas/dia: 15, de manhã; 15, ao meio-dia; e 15, à noite.

Padre Ezio Dastres fundou a ONG Espaldar anos atrás, foi seu primeiro presidente e, ago-ra, exerce funções de secretário--executivo.

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

DA REDAÇÃOO deputado federal João Dado,

em entrevista ao Diocese Hoje, disse que “criamos uma frente parlamentar que está atuando junto ao governo federal para que ocorra a atualiza-ção monetária do SUS – pelo menos 100% dos atuais valores pagos – para a continuidade da assistência à saúde, prestada por entidades filantrópicas. A tabela do SUS não vem sendo atualizada normalmente, o que tem causado déficit financeiro para essas instituições filantrópicas”, acrescentou.

O parlamentar lembrou que essas entidades foram instituídas pela so-ciedade civil e sem apoio do estado brasileiro. “Elas oferecem assistência sem visar lucros, mas pela não atu-alização da tabela do SUS, o custo do procedimento médico é maior

Deputado federal Dado luta pela atualizaçãoda tabela do Sistema Único de Saúde

do que essas instituições vão rece-ber do SUS. Então, temos o estado brasileiro que não ajudou a construir essas entidades e não destina recursos suficientes para que elas possam con-tinuar prestando assistência”.

REFINANCIAMENTOO deputado João Dado reivin-

dicou refinanciamento das dívidas das instituições filantrópicas com a Caixa Econômica Federal. “Nesse re-

Até o presente momento, a Diocese de São José do Rio Preto já possui cadastrados, aproxima-damente, cerca de 750 jovens para participarem da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. A expectativa é chegar a um número maior. A JMJ acontecerá de 23 a 28 de julho deste ano, e todos os jovens que já estão inscritos, ou mesmo os que estão procurando o Setor Juventude Diocesano para se inscreverem estão muito animados para viverem essa aventura. Serão dias inesquecíveis para a juventude mundial!

Para a arrecadação de fundos, os jovens estão usando a criatividade. Os jovens de Mirassol, com o apoio dos Padres, fizeram raspadinhas com diversos prêmios instantâneos e estão vendendo pelas ruas da cida-de. Outros grupos estão vendendo cachorro-quente, pastéis, pizza nas portas das Igrejas após as Missas; outros estão promovendo shows de prêmios. Em José Bonifácio e Mendonça, fizeram até carnezi-nhos para as famílias contribuírem

mensalmente. Para a arrecadação de dinheiro, não falta criatividade da parte dos jovens.

Os jovens da paróquia de São João Batista de José Bonifácio, apoiados pelo Padre Mauro, já estão ensaiando músicas e danças para apresentarem durante a JMJ. A maioria dos jovens que participarão da JMJ sã estudantes universitários e trabalhadores do comércio.

A viagem será feita de ônibus pela maioria dos jovens; apenas,

12 jovens da paróquia Sagrada Família de José Bonifácio optaram por viajar de avião.

Até o presente momento, a Diocese tem, aproximadamente, 15 ônibus confirmados. Cada um sairá das devidas paróquias que os solicitaram; entretanto, a Região da Pastoral de José Bonifácio todos os ônibus sairão do mesmo local.

Ir. Tiago Henrique da Silvapelo Setor Juventude Diocesano

Diocese de São José do Rio Preto envia Jovens para a JMJ

financiamento, as grandes conquistas foram: o prazo de 6 meses (carência) para iniciar o pagamento das dívidas ampliou-se; com isso, houve redução dos valores das parcelas a serem pagas e reduziu-se a taxa de juros.

“Com esse refinanciamento das dívidas, todas as instituições filan-trópicas de saúde do país vão ganhar um fôlego adicional para continu-arem a prestar o valoroso serviço de assistência, em nome do estado brasileiro”, salientou o parlamentar.

João Dado revelou que entre essas instituições filantrópicas de saúde, “as mais notáveis e as mais conhecidas são as Santas Casas de Misericórdia. Todas elas poderão se beneficiar desse plano de refinan-ciamento”. Além disso, “serão as beneficiárias principais da correção dos valores da tabela do SUS.”

POLÍTICA E CIDADANIA

Page 10: Jornal DH - Fevereiro 2013

DIOCESE 84 ANOS10 SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013

Jornada Mundial da Juventude - R

io 2013

Interessante é o testemunho do jovem carismático Márcio Basotto: “ Fui me confessar para o Natal ( dia 22 /12/12) na paróquia de S. Judas Tadeu , em SJRP; ao rezar a penitência, depois da confissão, eu tive uma visão. Vi a irmã Conceição abraçada a Jesus ressuscitado . Ela sorria contente.”

Trata-se da visão relacionada à Irmã MARIA DA CONCEIÇÃO MACHADO DE OLIVEIRA.

Essa freira nasceu aos 4 de agos-to de 1921 em Guaranésia (MG) , filha de Paulo Machado de Oliveira e de Josefina Rangel de Oliveira . Trabalhou como assistente do lar, em S Paulo na casa de italianos, por vários anos, no bairro Du Paris. Em seguida, passou a residir em Campinas, no Lar dos Velhinhos, onde já residia sua irmã freira Maria do Carmo.

Foi aqui que se encontrou com o Monsenhor Ângelo Angioni, que estava realizando com Don Stefano Gobbi umas pregações em favor do Movimento Sacerdotal Mariano, em 1983.

Convidada por Monsenhor Ân-gelo Angioni, a irmã Maria da Con-ceição transferiu-se para São José do Rio Preto, onde seria construído o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Nazareth. Neste lugar, onde queria ficar até aos últi-mos dias de sua vida, chegou dia 25 de janeiro de 1985.

Começou aqui seu noviciado e fez os primeiros votos trienais no dia 14 de fevereiro 1988; nomeada vice-mestra das noviças para a nova

comunidade das AUXILIARES DO SACERDOTE, no dia 19 de junho de 1990.

Fez seu engajamento perpétuo na vida religiosa , no dia 20 de junho de 1994 , no mesmo santuário de Fátima. Foi aí, neste Santuário, que morreu aos 21 de dezembro 2012.

Tornou-se, assim, a fundadora da comunidade das irmãs AU-XILIARES DO SACERDOTE , associação pública de fiéis erigida canonicamente, no dia 26 de feve-reiro de 1997, pelo Bispo Dom José de Aquino Pereira, de São José do Rio Preto.

Podemos traçar as linhas marcan-tes da espiritualidade dessa humilde irmã :

A devoção mariana à NOSSA SENHORA DAS LÁGRIMAS , devoção relacionada às aparições da irmã Amália de Campinas; essa devoção foi a causa que fez erigir a paróquia que tem o mesmo nome.

A devoção ao Papa João Paulo II, ao qual escrevia duas vezes por ano, recebendo resposta pessoal dele.

A devoção às almas do purga-tório

O cuidado das vocações sacerdo-tais, zelando da cozinha do seminá-rio por vários longos anos.

A visita aos presos do IPA.O amor ao Projeto Anjo da Guar-

da, para meninos de rua.Ela passou entre nós como um

anjo de bondade ao serviço de Deus e dos irmãos mais sofridos.

Por Pe. Cezarino Pietra

HISTÓRIA

Retrato de uma freira

Dom Tomé esteve em José Bo-nifácio, dia 28 de dezembro, para a posse do padre Rivaldo, na Paróquia Sagrada Família e Santos Reis. "Foi um privilégio, para mim, ser o primeiro sacerdote desta diocese empossado pelo novo bispo", disse o sacerdote. E prosseguiu: "Ele (Dom Tomé) é um excelente pastor, sempre ao lado do padre e do seu presbitério. Cativou o povo pela sua sabedoria, inteligência, humildade e simplicidade".

DINAMIZANDOPASTORAIS Antes, em novembro, padre Ri-

valdo foi apresentado aos fiéis como pároco pelo padre Jarbas Brandini, então administrador apostólico. Nesses três meses na Paróquia Sagrada Família e Santos Reis, pe. Rivaldo conheceu a realidade local, visitou lideranças e, junto com a comunidade, vai promover o redi-

Paróquia Santos Reis eSagrada Família recebe novo

administrador paroquial

recionamento pastoral. "Já reativei a Rede de Comunidade, a Pastoral da Criança e, agora, pretendemos implantar a Pastoral da Saúde e a Pastoral Social", revelou o pároco.

PROVISÕES

DA REDAÇÃOO bispo Dom Tomé Ferreira da

Silva deu provisão para o padre José Irineu Vendrami como reitor do Seminário Propedêutico Nossa Senhora da Paz, “tendo em vista o bem espiritual e formativo dos alunos do Seminário” e considerando que o padre Vendrami possui as qualidades exigidas “ad normam juris”.

Provisionou Pe. Rivaldo como administrador da Paróquia da Sagrada Familia e de Santos Reis em José Bo-nifácio. Também o padre Márcio Ta-deu Reiberti Alves de Camargo como assessor da Pastoral da Comunicação (mídias católicas, rádios, jornais, TVs

e outros) em nossa Diocese.Dom Tomé nomeou o Pe. Jarbas

como Procurador Diocesano.Nosso bispo assinou decreto de

confirmação de todos os ofícios, provisões, nomeações e responsabili-dades diversas, exercidas na Diocese de São José do Rio Preto, “até não determinarmos o contrário”. Esta providência “serve para garantir a continuidade e validade de todos os atos jurídicos, pastorais e sacramen-tais realizados na vida e atividade da nossa Diocese”.

Esses decretos são, também, assinados pelo Dr. Aparecido José Santana, chanceler do Bispado.

Pe. Irineu, Vigário Ge-ral.

Pe. Jarbas, Procurador. Pe. Tadeu, Comunica-ção.

CHANCELARIA

Page 11: Jornal DH - Fevereiro 2013

O A

no da Fé: “Senhor, aumenta a nossa fé!” (Lc 17,5)

SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013 DIOCESE 84 ANOS 11

Aconteceu no último dia 06 de Janeiro, no Centro de Espiritualidade São João Maria Vianney – Casa do Clero, mais um Congresso Anual de Espiritualidade Vicentina. O evento contou com a participação de 122 vicentinos e vicentinas que repre-sentam as lideranças da Sociedade de São Vicente de Paulo na Diocese de São José do Rio Preto, sob a or-ganização dos Confrades vicentinos Sebastião Cleber de Carvalho - Pre-sidente do Conselho Metropolitano de São José do Rio Preto (órgão que coordena os Vicentinos das Dioceses de Rio Preto, Barretos, Catanduva e Jales) e Claudinei Mereles da Silva - Presidente do Conselho Central de São José do Rio Preto (órgão que co-ordena os Vicentinos, especialmente da Diocese de São José do Rio Preto, dividindo tal responsabilidade com o Conselho Central de Tanabi).

O Congresso teve início, às 8:00 horas da manhã, com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Pe. Ed-son Friedrichen - da Congregação da Missão fundada por São Vicente de Paulo. O Pe. Edson reside na cidade de São Carlos e trabalha a serviço da Sociedade de São Vicente de Paulo, como Assessor Espiritual do Con-selho Metropolitano de São Carlos.

Na sequência, foram apresenta-dos os seguinte temas de formação: “Jesus e os Pobres”, pelo Confrade João Carniel, de Itajobi/SP; “Fre-derico Ozanam: Vida e Obra”, pela Consócia Renata Mancini, de Catanduva/SP; “Vozes na defesa dos Pobres”, pelo Pe. Edson da Con-gregação da Missão de São Carlos/SP, “A Doutrina Social da Igreja e a

VICENTINOS

Vicentinos realizam Congresso Anual de Espiritualidade

pratica Vicentina”, pelo Ir. Santos da Congregação dos Religiosos de São Vicente de Presidente Prudente/SP; e, por fim, fechando o Congresso que se encerrou às 16:30 horas, o tema: “A Questão Social”, pelo Confrade Nelson Junio Santos Rodrigues, de São José do Rio Preto/SP.

Todos os temas apresentados compõem o Livro temático do ano de 2013 para orientação espiritual de todos os Vicentinos e Vicentinas de todo o Brasil: “Amor, Caridade e Justiça”, escrito pelo Pe. Mizael Po-ggioli - da Congregação da Missão, fundada por São Vicente de Paulo,

morador e atuante na cidade de São Paulo/SP.

Já, há seis anos, a Sociedade de São Vicente de Paulo trabalha com o sistema de anos temáticos em relação à prática vicentina de Amar e Servir os mais Pobres, sendo que a cada ano, acompanhando cada tema, são disponibilizadas obras literárias, es-pecialmente criadas para sustentar e fortalecer a espiritualidade vicentina durante todo o ano, visto que cada texto do livro é usado nas reuniões semanais das Conferências Vicenti-nas, como fonte de leitura e reflexão dos participantes.

O tema de 2013 é: “Amor, Ca-ridade e Justiça”, vem aquecer nos corações vicentinos a trajetória de vida do fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo, Beato Antonio Frederico Ozanam, no ano em que estamos celebrando, no mundo todo, o Ano Jubilar dos 200 anos de seu nascimento.

A Sociedade de São Vicente de Paulo está presente em 147 países, há 180 anos, com sede mundial em Paris, na França, e no Brasil com a sede nacional no Rio de Janeiro. Na Diocese de São José do Rio Preto, além das Conferências Vicentinas, que trabalham em inúmeras Paró-quias, levando auxílio material e es-piritual aos mais pobres, sob a nova ótica de necessidade de mudança de estruturas geradoras de pobreza, fa-zendo das pessoas assistidas agentes principais das ações que lhes possi-bilitem uma nova e melhor realidade social. A Sociedade de São Vicente administra, com o trabalho inteira-mente voluntário de seus membros, 13 Asilos (Lar de Idosos), 1 Creche e 1 Hospital.

Venha também você conhecer es-sa entidade católica, que une homens e mulheres no mundo todo com um único ideal: fazer o bem ao próximo através da Caridade para com os mais pobres. Seja um voluntário ou colaborador dessa grande Rede de Caridade, entre em contato: (17) 3225-1288 ou pelo email: [email protected]

Conselho Central de São José do Rio Preto.Nelson Junio Santos Rodrigues

“Na alegria do desejo espiritual, esperem a santa páscoa!”

Com essas palavras de São Bento aos seus monges, convido você a curtir este tempo de graça e consolo, esta Quaresma do ano 2013. Em primeiro lugar, vivamos a Quaresma, literalmente, como tempo de preparação da Páscoa, organizando, preparando e par-ticipando logo da preparação da Vigília Pascal, planejando, detalhe por detalhe, essa grande festa. Se a Vigília Pascal é tão importante assim, mãe de todas as vigílias, no dizer de Santo Agostinho, não po-demos improvisá-la, não é mesmo?

Os cristãos do século II se preparavam para a festa da Páscoa com um jejum de pesar de dois dias: Sexta-Feira Santa e Sábado Santo. Esse Tríduo tinha início na Sexta-Feira Santa (morte do Senhor) e, passando através do Sábado Santo (deposição de Jesus no sepulcro), culminava na Vigília Pascal e no dia da ressurreição (na aurora do domingo de Páscoa). Isso nós recebemos da Tradição Apostólica de Hipólito de Roma.

Esse jejum se estendeu a toda a semana, no século III, na Igreja de Alexandria.

No início do século IV, é que se organiza um período de preparação para a Páscoa de três semanas. O historiador Sócrates nos informa que, nos primeiros decênios do século V, em Roma, a Páscoa era precedida de três semanas de preparação. A preparação para a Páscoa de seis semanas, isto é, de quarenta dias, pelo testemunho de Pedro de Alexandria (+ 311), co-meçou pouco antes do ano 384 com os monges do Egito. Tinha caráter de elevação das virtudes cristãs e isso se explica pela introdução, na Quinta-Feira Santa, da prática da reconciliação dos penitentes que se tinham preparado para a Páscoa.

A Quaresma como tempo de preparação para a Páscoa começa na Quarta-Feira de Cinzas e termi-na na Quinta-Feira Santa pela ma-nhã. A Missa do Lava-pés faz parte do Tríduo Pascal e, portanto, já está fora da Quaresma. Isso mostra que as festividades da Páscoa começam na Quinta-Feira Santa.

O número 40 é carregado de uma simbologia muito importante: quarenta dias e quarenta noites de chuva no dilúvio (Gênesis 7,17); quarenta anos de caminhada do povo pelo deserto; quarenta dias de Moisés no monte Sinai (Êxodo 34,28); quarenta dias de afronta de Golias contra o povo até quan-do Davi o enfrentou e o abateu (1Samuel 17,16); quarenta dias de caminhada de Elias para o monte de Deus, o Horeb (1Reis 19,8); quarenta dias de pregação de Jonas em Nínive (Jonas 3,4). E lembra-mos principalmente o retiro de quarenta dias de Jesus no deserto (Mateus 4,1-11; Marcos 1,12-13; Lucas 4,1-13).

A espiritualidade quaresmal é caracterizada, também, por uma atenção, profunda e prolongada da Palavra de Deus. É essa Pala-vra que ilumina a vida e chama à conversão, derramando em nós confiança na misericórdia de Deus. O confronto com o Evangelho ajuda a perceber o mal, o pecado, na perspectiva da Aliança, isto é, a misteriosa relação nupcial de amor

entre Deus e o seu povo. Motiva para atitudes de partilha do amor misericordioso e da alegria do Pai com os irmãos e irmãs que voltam convertidos.

É preciso urgentemente fazer da Quaresma um tempo favorável de avaliação de nossas opções de vida e linhas de trabalho, para corrigir os erros e aprofundar a vivência da fé, abrindo-nos a Deus, ao próximo e realizando ações concretas de fraternidade, solidariedade.

Celebrar a Quaresma é reco-nhecer a presença de Deus na caminhada, no trabalho, na luta, no sofrimento e na dor da vida do povo! Como o povo de Israel, que andou quarenta anos no deserto antes de chegar à terra prometida. Como Jesus, que passou quarenta dias de retiro antes de anunciar a vinda do Reino. Que subiu a Jeru-salém para cumprir a missão que o Pai lhe confiou: dar a sua vida e ser glorificado.

Pe. BeneditoMazeti

FORMAÇÃO LITÚRGICA

A QUARESMA

Page 12: Jornal DH - Fevereiro 2013

DIOCESE 84 ANOS12 SÃO JOSÉ DO RIO PRETOFEVEREIRO/2013

Jornada Mundial da Juventude - R

io 2013

(11 de fevereiro de 2013)

“Vai e faz tu também o mesmo” (Lc 10, 37)

Amados irmãos e irmãs!

1. No dia 11 de fevereiro de 2013, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, celebrar-se--á de forma solene, no Santuário mariano de Altötting, o XXI Dia Mundial do Doente. Este dia cons-titui, para os doentes, os operadores sanitários, os fiéis cristãos e todas as pessoas de boa vontade, “um momento forte de oração, de par-tilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem, na face do irmão enfermo, a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade” (João Paulo II, Carta de instituição do Dia Mundial do Doente, 13 de Maio de 1992, 3). Nesta circunstância, sinto-me parti-cularmente unido a cada um de vós, amados doentes, que, nos locais de assistência e tratamento, ou mesmo em casa, viveis um tempo difícil de provação por causa da doença e do sofrimento. Que cheguem a todos essas palavras tranquilizadoras dos Padres do Concílio Ecumênico Vaticano II: “Sabei que não estais (…) abandonados, nem sois inúteis: vós sois chamados por Cristo, a sua imagem viva e transparente” (Men-sagem aos pobres, aos doentes e a todos os que sofrem).

2. Para vos acompanhar na peregrinação espiritual, que nos leva de Lourdes, lugar e símbolo de esperança e de graça, ao Santuário de Altötting, desejo propor a vossa reflexão sobre a figura emblemática do Bom Samaritano (cf. Lc 10, 25-37). A parábola evangélica, narrada por São Lucas, faz parte duma série de imagens e narrações tomadas da vida diária, pelas quais Jesus quer fazer compreender o amor profun-do de Deus por cada ser humano, especialmente quando se encontra na doença e no sofrimento. Ao mesmo tempo, porém, com as pa-lavras finais da parábola do Bom Samaritano – “Vai e faz tu também o mesmo” (Lc 10, 37) –, o Senhor indica qual é a atitude que cada um dos seus discípulos deve ter para com os outros, particularmente se necessitados de cuidados. Trata-se, por conseguinte, de auferir do amor infinito de Deus, através de um intenso relacionamento com Ele na oração, a força para viver diariamen-te uma solicitude concreta, como o Bom Samaritano, por quem está fe-rido no corpo e no espírito, por quem pede ajuda, ainda que desconhecido e sem recursos. Isso vale não só para os agentes pastorais e sanitários, mas para todos, incluindo o próprio enfermo, que pode viver a sua con-dição numa perspectiva de fé: “Não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo

Mensagem de Sua Santidade Bento XVIpara o XXI Dia Mundial do Doente

que sofreu com infinito amor” (Enc. Spe salvi, 37).

3. Diversos Padres da Igreja vi-ram, na figura do Bom Samaritano, o próprio Jesus e, no homem que caiu nas mãos dos salteadores, Adão, a humanidade extraviada e ferida pelo seu pecado (cf. Orígenes, Homilia sobre o Evangelho de Lucas XX-XIV, 1-9; Ambrósio, Comentário ao Evangelho de São Lucas, 71-84; Agostinho, Sermão 171). Jesus é o Filho de Deus, Aquele que torna presente o amor do Pai: amor fiel, eterno, sem barreiras nem frontei-ras; mas é também Aquele que “Se despoja” da sua “veste divina”, que baixa da sua “condição” divina para assumir forma humana (cf. Flp 2, 6-8) e aproximar-Se do sofrimento do homem até ao ponto de descer à mansão dos mortos, como dizemos no Credo, levando esperança e luz. Ele não Se vale da sua igualdade com Deus, do seu ser Deus (cf. Flp 2, 6), mas inclina-Se, cheio de mi-sericórdia, sobre o abismo do sofri-mento humano, para nele derramar o óleo da consolação e o vinho da esperança.

4. O Ano da fé, que estamos a viver, constitui uma ocasião propí-cia para se intensificar o serviço da caridade nas nossas comunidades eclesiais, de modo que cada um seja bom samaritano para o outro, para quem vive ao nosso lado. A propósi-to, desejo recordar algumas figuras, dentre as inúmeras na história da Igreja, que ajudaram as pessoas doentes a valorizar o sofrimento no plano humano e espiritual, para que sirvam de exemplo e estímulo. Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, “perita da scientia amo-ris” (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 42), soube viver “em profunda união com a Paixão de Jesus” a doença que a levou “à morte através de grandes sofrimen-tos” (Audiência Geral, 6 de Abril de 2011). O Venerável Luís Novarese, de quem muitos conservam ainda hoje viva a memória, no exercício do seu ministério sentiu, de modo particular, a importância da oração pelos e com os doentes e atribulados, que acompanhava frequentemente aos santuários marianos, especial-mente à gruta de Lourdes. Movido pela caridade para com o próximo, Raul Follereau dedicou a sua vida ao cuidado das pessoas leprosas, mesmo nos cantos mais remotos da terra, promovendo entre outras coi-sas o Dia Mundial contra a Lepra. A Beata Teresa de Calcutá começava sempre o seu dia encontrando Jesus

na Eucaristia e depois saía pelas estradas com o rosário na mão para encontrar e servir o Senhor pre-sente nos enfermos, especialmente naqueles que não são “queridos, nem amados, nem assistidos”. San-ta Ana Schäffer, de Mindelstetten, soube, também ela, unir de modo exemplar os seus sofrimentos aos de Cristo: “o seu quarto de enferma transformou-se numa cela conven-tual, e o seu sofrimento em serviço missionário. (...) Fortalecida pela comunhão diária, tornou-se uma intercessora incansável através da oração e um espelho do amor de Deus para as numerosas pessoas que procuravam conselho” (Homilia de canonização, 21 de outubro de 2012). No Evangelho, sobressai a figura da Bem-aventurada Virgem Maria, que segue o sofrimento do Filho até ao sacrifício supremo no Gólgota. Ela não perde jamais a esperança na vitória de Deus sobre o mal, o sofrimento e a morte e sabe acolher, com o mesmo abraço de fé e de amor, o Filho de Deus nascido na gruta de Belém e morto na cruz. A sua confiança firme no poder de Deus é iluminada pela Ressurreição de Cristo, que dá esperança a quem se encontra no sofrimento e renova a certeza da proximidade e consolação do Senhor.

5. Por fim, quero dirigir um pensamento de viva gratidão e de encorajamento às instituições sani-tárias católicas e à própria sociedade civil, às dioceses, às comunidades cristãs, às famílias religiosas com-prometidas na pastoral sanitária, às associações dos operadores sanitá-rios e do voluntariado. Possa crescer em todos a consciência de que, “ao aceitar amorosa e generosamente toda a vida humana, sobretudo se frágil e doente, a Igreja vive hoje um momento fundamental da sua missão” (João Paulo II, Exort. ap. pós-sinodal Christifideles laici, 38).

Confio este XXI Dia Mundial do Doente à intercessão da Santíssima Virgem Maria das Graças venerada em Altötting, para que acompanhe sempre a humanidade que sofre, à procura de alívio e de esperança firme, e ajude todos quantos es-tão envolvidos no apostolado da misericórdia a tornarem-se bons samaritanos para os seus irmãos e irmãs, provados pela enfermidade e o sofrimento, enquanto de bom grado concedo a Bênção Apostólica.

Vaticano, 2 de janeiro de 2013.

BENEDICTUS PP XVI

Sete chaves para ler e conhecer

a BíbliaOlá caros amigos leitores, é com

muita alegria que iniciamos no nosso jornal diocesano uma coluna bíblica. Juntos vamos conhecer esse impor-tante livro, ou melhor, essa biblioteca que temos ao alcance de nossas mãos. No nosso primeiro contato, sugiro sete passos para você ler e conhecer melhor a Bíblia. Com os “Sete Passos” você encontra a Palavra de Deus que está na Bíblia e na vida e entenderá melhor o sentido escondido atrás das palavras. Veja só:

1 - Pés: Bem plantados na rea-lidade.

Para ler bem a Bíblia, é preciso ler bem a vida, conhecer a realidade pessoal, familiar e comunitária do país e do mundo. É preciso conhecer também a realidade na qual viveu o Povo da Bíblia. Ela nasceu das lutas, das alegrias, da esperança e da fé de um povo (Ex 3,7).

2- Olhos: Bem abertosUm olho deve estar sobre o texto

da Bíblia e o outro sobre o texto da vida. O que fala o texto da Bíblia? O que fala o texto da vida? A Palavra de Deus está na Bíblia e está na vida.

3 - Ouvidos: Atentos, em alerta.Um ouvido deve escutar o cha-

mado de Deus; o outro, escutar o seu irmão.

4 - Coração: Livre para amar.Ler a Bíblia com sentimento, com

a emoção que o texto provoca. Só quem ama a Deus e ao próximo pode entender o que Deus fala na Bíblia e na vida.

5 - Boca: Para anunciar e denun-ciar.

Aquilo que os olhos viram, os ouvidos ouviram e o coração sentiu a palavra de Deus e a vida.

6 - Cabeça: Para pensar.Usar a inteligência para meditar,

estudar e buscar respostas para nossas dúvidas. Ler a Bíblia e ler também ou-tros livros que nos expliquem a Bíblia.

7 - Joelhos: Dobrados em oração.Só com muita fé e oração dá para

entender a Bíblia e a vida. Pedir o dom da sabedoria ao Espírito Santo para entender a Bíblia.

REGRAS DE OURO PARA LER A BÍBLIA

a) Leia-a todos os dias.b)Tenha uma hora marcada para

a leitura.c) Marque a duração da leitura. (30

a 40 minutos)d) Escolha um bom lugar.e) Leia com lápis ou caneta na

mão.f) Faça tudo em espírito de oração.Quando se lê a Bíblia, faz-se um

diálogo com Deus; você escuta, você se sensibiliza, você chora.

É um encontro entre duas pessoas que se amam.

“Quando oramos, falamos a Deus. Quando lemos as Sagradas Escrituras, é Deus quem nos fala.”

PADRE RAFAEL DALBEM

SANTA SÉ

FORMAÇÃO