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|Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorresVasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·[email protected]·www.jornaldocentro.pt| pág. 02 pág. 06 pág. 07 pág. 10 pág. 16 pág. 21 pág. 25 pág. 27 pág. 30 pág. 33 pág. 36 pág. 38 pág. 40 pág. 43 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > REGRESSO ÀS AULAS > SUPLEMENTO > ECONOMIA > PASSEIOS DE VERÃO > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 2 a 8 de Setembro de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 494 1,00 Euro Publicidade Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreira Viseu recebe nove mil no Ensino Superior páginas 6 a 9 Publicidade

Jornal do Centro - Ed494

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Jornal do Centro - Ed494

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> REGRESSO ÀS AULAS> SUPLEMENTO> ECONOMIA> PASSEIOS DE VERÃO> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário2 a 8 de Setembrode 2011Sexta-feiraAno 10N.º 494

1,00 Euro

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licid

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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Viseu recebenove mil no

Ensino Superiorpáginas 6 a 9

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praçapública

palavrasdeles

rSabe todo o País que V. Exa (Primeiro-Ministro) não descansará um segundo enquanto existir em Portugal uma única empresa pública. E sabe também que a palavra de ordem é privatizar. Privatizar! Rapidamente e em força. E a qualquer preço. Melhor dito, a um ‘preço para amigos’, como soe dizer-se”

José NizaCronista, O Ribatejo, 25/08/11

rCarros não identificados (GNR), estacionados nos locais escondidos ou escuros, oferecendo até ocasião a uma aprazível sesta porque a máquina programada faz todo o trabalho por ela própria, são praga constante”

Manuel ArmandoPadre, Jornal da Bairrada, 25/08/11

rIremos assistir à degradação do tecido social e do poder de compra, aumento do endividamento das famílias e da procura dos mercados paralelos para aquisição de bens e ainda ao aumento dos comportamentos sociais desviantes como a prostituição e a ladroagem”

Antonieta GuerreiroMilitante do PSD, ex-deputada, O Algarve, 26/08/11

rAlguns dos males de que padecemos enquanto país têm precisamente a ver com o centralismo do exercício do poder”

Francisco FigueiredoCronista, Região de Leiria, 26/08/11

Os Europeus nunca parti-ciparam no processo de construção das instituições europeias”

Jacques Le Goff, eminen-te medievalista, dirigindo-se aos jovens, definiu Euro-pa, desta forma: “ Das suas origens, a Europa conserva duas características: é uma mulher, uma bela mulher, digna de ser amada; é um mito, uma história inventa-da para explicar uma ori-gem misteriosa e que espe-ra ainda tornar-se uma rea-lidade concreta.” (A Europa contada aos jovens, Gradiva, 1997)

A fórmula conceptual de Le Goff é determinante, para percebermos a encruzilha-da a que o nosso continen-te chegou: a interacção en-tre o mito e a consumação da realidade, põe-nos ainda hoje perante um horizonte nublado.

Há um erro estrutura l determinante, a mensurar este impasse: os Europeus nunca participaram no pro-cesso de construção das ins-tituições europeias; nunca foram ouvidos; nunca con-tribuíram para as grandes políticas implementadas; nunca foram questionados, sobre o monstro burocráti-co criado, enquanto entida-de decisória.

A este propósito escreve António Barreto: “ Estão con-vencidos [os dirigentes eu-ropeus] de que o seu peque-no mundo de certezas buro-cráticas é o mundo inteiro. (…) Dominados pelo pensa-mento sectário dos juristas e pela dogmática dos econo-mistas, julgam que tudo lhes é permitido.” (Sem Emenda Relógio D’Água/1996)

E por que assim foi e, por-que assim é, somos hoje di-rigidos por um eixo Franco/Alemão, que fez eclipsar a Comissão e decide tudo o que entende. Com este mo-delo, de directório, de ausên-cia de diálogo e de autismo político, nunca haverá Eu-ropa.

Mas, este é o paradoxo su-premo, da nossa vivência e evidência comunitária.

Afinal, de que falamos (e hoje fala-se até à exaustão) quando falamos de Europa?

A saber: democracia, par-tilha de soberania, desen-volv imento humano, co-esão económica, social e territorial, paz, justiça. É nisto que se consubstancia o projecto europeu (ou do que resta dele, dirão cép-ticos anunciadores da im-plosão).

Contudo, isto é um sonho lindo, prestes a transformar-se num pesadelo. A Europa é hoje financeira, contabilis-ta, burocrata e … liberal. Na verdade, devia ser, a esfera privilegiada da cidadania ou das cidadanias.

Lucas Pires, que mesmo quando divergíamos dele, admirávamos a sua inteli-gência, a riqueza argumen-tativa e a dimensão cultural, escreveu, a este propósito: “ A cidadania é a coroação de um processo de integração activo e democrático pela qual, em séculos anteriores, se lutou e se morreu e supõe um pertinência cultural que excede o mero vínculo jurí-dico-formal.” (Os Novos Di-reitos dos Portugueses – Di-

fusão Cultural, 1994).Com efeito, sem esta “per-

tinência cultural” ser assu-mida e exprimida no discur-so oficial, não é verosímil uma Europa do Cidadão.

Na esteira do exposto, po-de-se, inclusive, convocar Edgar Morin (que saudades que eu tenho dos grandes intelectuais): “ A Europa tem duas vocações ‘funda-doras’, uma cultural, a ou-tra política. Precisamos de encarar um segundo Re-nascimento europeu que una estas duas dimensões.” (Pensar a Europa – Pub. Eu-ropa-América, 1988).

Mas (há sempre um mas a encravar esta história) precisávamos , para che-gar a bom porto, de elites esclarecidas e mobilizado-ras. Só que, “o papel das eli-tes não é governar-se nem sequer orientar os assun-tos do Estado em tempos de vida corrente e banal; é, acima de tudo, saber com-preender as mudanças do processo histórico e ter a capacidade de conceber e concretizar novas soluções, que a História tende discre-tamente a exigir.” (Ernâni Lopes – 25 anos de integra-ção europeia , Parlamento Europeu, Gabinete em Por-tugal, 2010).

Seja como for, há que per-ceber, que temos de expur-gar sentimentos ancilosa-dos, entre pares, que ain-da subsistem, porque “cada um dos povos europeus co-nhece melhor os Estados Unidos (e apreciam) do que conhece o vizinho, quando

o conhece, desenha-o ou in-veja-o.” (Eduardo Lourenço

– Ressentimento sem fascí-nio – Visão/13/03/2003)

E assim não vamos lá!Va sco P u l ido Va lente ,

diz mesmo, que “A Euro-pa morreu” (Revista única, 25/6/2011).

Esperamos todos que não. Acreditamos, ainda, que é possível um espaço de par-tilha de experiências e de culturas, que façam preva-lecer o devir europeu.

Gu i l her me d ’Ol ive i ra M a r t i n s , e sc reve em O Enigma Europeu (Quetzal, 1993): “Há que recusar o egoísmo. (…) A Europa sem solidariedade tornar-se-á um espço vulnerável, inse-guro e instável.”

Finalmente, reler Geor-ge Steiner, para explicar a sua curiosa ideia de Euro-pa: “A Europa é feita de ca-fetarias, de cafés. (…) En-quanto existirem cafetarias, a ’ideia de Europa’ terá con-teúdo” (A Ideia de Europa, Gradiva/2005).

Os cafés enquanto Ágo-ras. Espaço público, locais de cultura, onde existe de-bate, estudo, transmissão e retransmissão de ideias. Quantas revoluções não se fizeram aqui, quantos movi-mentos políticos e culturais, ali não se desencadearam. Os cafés enquanto espaço de cidadania. Os cafés oportu-nidade de socialização.

É disto que a Europa preci-sa: de um novo fervilhar de ideias, que coloque o cida-dão no centro das suas pre-ocupações.

Opinião Europa?

José Lapa Técnico Superior do IPV

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Quanto vai gastarcom o regresso as aulas dos seus fi lhos?

Importa-se de

responder?

Gastarei 120 euros em livros e 250 euros em material esco-lar. A minha filha tem onze anos e vai para o 6º ano.

Prevejo gastar com a minha filha de seis anos, que vai para o 2ª ano, na mochila e livros, mais ou menos 150 euros

Tenho dois filhos. O meu filho terminou a licenciatura e vai tirar o mestrado em Aveiro. Ainda não sei quanto vou pagar este ano. Nos anos anteriores, como tinha bolsa e alojamento gratuíto, pagava apenas as propinas (1000 euros / ano) e de-positava por mês 200 euros para a comida e as despesas dele. A minha filha entrou este ano no ensino superior e ainda não tenho noção de quanto vou gastar, mas à partida será mais porque entrou em Lisboa

Tenho duas gémeas com sete anos. Nunca gasto menos de 300 euros.

Rui Moreira Examinador

Canas de Senhorim

Marta Teles Bibliotecária Castro Daire

Maria da Graça Costa Repositora Santarinho

Sandra Silva Assistente Operacional

Castro Daire

estrelas

Associação de Desenvolvimento

de Dão Lafões e Alto Paiva

O embaixador de Moçambique em Portugal, Miguel Mkaima, pelos la-ços afectivos que o prendem a Viseu, despediu-se dos seus amigos, num jan-tar realizado no House Moments Spa, para assumir novas funções diplomá-ticas em Havana, Cuba.

Fernando SebastiãoPresidente do Istituto

Politécnico de Viseu

números

678.763 Número de utentes aten-

didos na loja do cidadão de Viseu, em 2010.

Miguel MkaimaEmbaixador

de Moçambiqueem Portugal

O responsável do IPV fala aberta-mente sobre a instutuição. Reconhe-ce a crise financeira e revela dados sobre a redução de verbas que ali está a ser feita. Alerta para um pre-juízo na qualidade do Ensino se os cortes de financiamento do Estado se mantiverem.

Os promotores de uma candidatu-ra ao Proder lançam suspeitas sobre a gestão do programa pela ADDLAP. Todo o processo de financiamento de projectos de desenvolvimento na re-gião precisa de ser esclarecido pela instituição em causa.

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Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Les menhirs la nuit vont etviennent

Et se grignotent.

Les forêts le soir font du bruit en mangeant.

La mer met son göemon autour du cou – et serre.

Les bateaux froids poussent l’homme sur les rochers

Et serrent.Carnac, Eugène Guillevic

A mutação é uma vicissitude. A mutabilidade é uma inconstância. Logo, é a instabilidade.

O fim do milénio é portador de um sem número de questões, co-locadas ao cidadão, à sociedade e aos Estados.

A radical alteração da paisagem política edificada e consolidada a partir de 1948, ainda traumatiza os governantes, que tinham aí en-raizadas as convicções, bem anco-radas nos balizamentos políticos que os cenários laboriosamente montados claramente definiam e delimitavam. Proliferam as guer-ras civis entre “estados irmãos”. O fim da guerra fria e a derrocada da União Soviética desmoronou o sistema de valores estabelecidos e milimetricamente arquitecta-do, gerando desajustamentos sem resposta.

E agora?Num mundo convulsionado pe-

las imensas mutações tecnológicas, desregramentos económicos e flo-rescimento consciente das catás-trofes ecológicas, de mãos dadas – por relação de causa / efeito – com as desordens / confusões sociais e a explosão das desigualdades,

com o aparecimento de novas for-mas de pobreza (os novos pobres do consumismo, por exemplo) e de exclusão, com uma imensurável crise do valor-trabalho, profundo mal-estar do poder, com o desem-prego em massa, a progressão do irracional, a proliferação dos na-cionalismos, dos integralismos, da xenofobia, e ao mesmo tempo, com a difusão das preocupações éticas, gera-se um contexto dantesco de incertezas e decepções.

Além disso, o século XX, apre-senta-se vertiginoso na velocidade das mutações. Nomeadamente, da década de 70 até ao presente, o de-senvolvimento tecnológico atingiu proporções radicais e imparáveis.

A mente humana, capaz de ge-rar a máquina, mostra-se na sua imensa maioria de indivíduos, in-capaz de alterar as mentalidades e as concepções de vida e pensa-mento profundamente enraizadas, assimiladas e aceites. Ou seja, a evolução das mentalidades mos-tra-se incapaz de acompanhar a revolução tecnológica.

O abismo vai-se indefinindo na sua abissalidade, e o homem per-turbado vive uma crise de inteligi-bilidade agravada pela irreversibi-lidade fenomenológica.

Despontam, deste horizonte, dois novos paradigmas estrutura-dores da maneira de pensar.

O primeiro é o da comunicação, que tende a arrasar um dos concei-tos-chave dos dois últimos séculos – o de progresso.

A substituição da ideologia do progresso pela ideologia da comu-nicação, confunde a missão do po-der político. Daí a rivalidade cres-cente entre os poderes e os mass-media.

O segundo é o de mercado, que futuramente determinará tudo em função dos seus critérios.

As leis do mercado ultrapassam as leis da natureza ou da História, como explicação generalizada dos movimentos das sociedades. To-dos os sectores de actividades se precipitam, graças às novas tecno-logias da comunicação, para o mo-delo dos mercados financeiros.

É o sistema PPII: planetário, per-manente, imediato e imaterial; é a base da mundialização, que é o fenómeno determinante da nos-sa época.

No âmago deste sistema, encon-tra-se o dinheiro, ao qual se consa-gram maiores cuidados e atenções do que a socorrer os Homens em dificuldades no Mundo. O dinhei-ro, mais do que nunca, torna-se o critério, o guia, o valor supremo que fascina e cega, na grandiosa feira e fogueira das vaidades.

N u m m u n d o d e s t e s , a e m e r g ê n c i a , a e c l o s ã o d o s fundamentalismos é uma resposta. Uma má resposta. Se calhar, a res-posta possível a um mau mundo. Um mundo prenhe de ideologias que se vêm sucedendo desde a Re-volução Industrial, que tem vindo a constatar a falência de todos os ismos, e a assentar no descrédito, a raiz perturbadora do derradeiro ismo, o do fundamentalismo.

De qualquer forma, não esque-çamos que é o fim da Idade Mé-dia, que derruba e arrasa os valo-res espirituais. Que há seis sécu-los que o homem vem construindo laboriosamente as suas utopias, agarrando-se sucessivamente a novas miragens, que têm provado ser exactamente isso e não mais do que isso!

O homem tem gerado convul-sões. Urge geri-las antes que as convulsões o aniquilem. Visão pessimista? Os optimistas que mostrem e provem, na sua fé in-quebrantavelmente louvável, qual a via a seguir. A Humanidade mos-tra-se impaciente.

O caldeirão onde a Humanidade refoga as suas iras, apresenta-se ebuliente…

Nota: Escrevi este texto em Mar-ço de 2001. Hoje, ao vasculhar papéis antigos, veio-me às mãos. Pelo que contém de actualidade, de premo-nição e de contributo para um olhar crítico sobre a última década, deci-di aqui vo-lo apresentar, na certeza de que nem sempre o tempo avilta ou anacroniza, mas, com frequência, permite o objectivo distanciamento, para poder passar em revista alguns dos fenómenos mais globais da nossa época e sobre eles fazer um exercício de reflexão.

DirectorPaulo Neto, C.P. n.º TE-251

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Redacção([email protected])

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ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

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GerênciaAlbertino Melo e Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesapara o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

O dinheiro, mais do que nunca, torna-se o critério, o guia, o valor supremo que fascina e cega, na grandiosa feira e fogueira das vaidades”

Editorial Mutatis mutandis

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

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Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

OpiniãoGastronómica

O Social, a Moda. A Comida.

Antipatizemos, para que nos possamos en-tender e desde já, com as ligações entre a comi-da e a falta de saúde. Nem poderia ser de outra forma. Ninguém contesta que é preciso comer. E quem não come está doente. E que se comeu demais adoece. E que existe anorexia, bulimia, hepatites, cirrose, gastrite, esofagite, colite, diarreia, vesícula preguiçosa. E que mais, tanto. Todos somos diferentes e como tal reagimos, quer física, quer espiritualmente.

Agora vem a tagarelice, sobretudo nas revis-tas cor-de-rosa, de associar o consumo de cer-tos alimentos ao aparecimento de cancro. Ha-verá, por certo alguma razão. A ciência não é

cega. Acredito é que haja um certo “exage-ro” para vender a revistita. Mas temos

de desconfiar.Tentemos esventrar razões para atingir, sentindo, a magia que oblitera vontades fazendo correr riscos à mesa. Diremos que algo fenomenal nos em-purra, cegamente, para a par-tilha da mesa. Dispensemos, por hoje, a carência fisioló-

gica – comer – por descontex-tualizado.Se dois cavalheiros bem postos,

barbeados, com bela gravata, rosa-dinhos (etc) estiverem à mesma mesa

num restaurante bom e caro e a comerem cada um sua coisa – lagosta e sardinha – seremos confrontados com o rigor selectivo de pensa-mentos como:-Devem ser muito boas, mas um deles não

aprecia lagosta (ou, um deles não aprecia sar-dinha). Gente habituada a comer coisas boas, ao optar por estes pratos é porque conhecem a cozinha e confiam no que lhes servem.

Mas, do outro lado da rua, naquela tasquita que serve pasto económico, estão dois indi-víduos, de fato-de-macaco, a comer sardinha. Pensaremos, correspondentemente:

-Deve ser o prato do dia. Por certo o mais eco-nómico e, portanto, o escolhido.

Assim, a admirável sardinha passa na rua carregada e apregoada pela peixeira, ou per-manece estática na banca aguardando cliente. Toda ela igual. Mas, sai logo com destinos di-ferentes ( como nós ao nascer).

Mas, já na tal rua, se entrar na porta do lado direito tem o estatuto social de igualha com a lagosta na apetência de escolha na ementa dos comensais. Se entrar do lado esquerdo, na tas-quita, é despojada das jóias que a sua irmã, na porta ao lado, continuou a usar, e faz-se pasto, inevitável, do “fato-de-macaco”.

Questão: -Foi promovida? Ou desmascarada?Baixinho e entre dentes direi que lhe suce-

deu o mesmo que a muita gente…Ainda a sardinha. Voltamos para perguntar

(não é fácil responder!) se as duas irmãs, uma degustada e a outra devorada, teriam o mes-mo sabor? Ou mesmo, e ainda, se os empre-gados dos dois locais de restauração tivessem cruzado a rua e fossem servir as ditas na “casa do vizinho” (em travessas diferentes, já se vê) o sabor seria semelhante? Teriam a mesma frescura e dariam o mesmo resultado enquan-to refeição?

Mas, lembremo-nos do que se dizia de mal deste peixe há alguns anos. Era um veneno! Só que Deus não dorme. Ilumina o caminho e descobriu-se que, afinal, a sardinha é ópti-ma. Hoje quem não come sardinha é um pa-rolo. E, o que antigamente era mais cheirado do que comido (um peixe poderia dar para quatro pessoas) é hoje uma iguaria comida às dúzias “per capita”, cujos livores escorrem pelas mãos finas e pintadas, “cabides” de “be-los” cachuchos.

A vida tem um encanto indiscutível.A sardinha poderá ser, um dia, banida dos

nossos pratos. Pode ser hoje muito “in” e ama-nhã ser proscrita e voltar a ser pasto de “me-nores”. Pode deixar de ser moda. Mas, deixar-mo-nos colher por preconceitos relacionados com o seu consumo e a saúde, é uma atitude muito antipática.

Hoje quem não come sardinha é um parolo”

Opinião

António [email protected]

Não há Festa como esta!

Bastam essas cinco palavras para defi-nir aquela que é, sem sombra de dúvida, a maior, a mais bela, a mais participada iniciativa política, cultural, artística, des-portiva, convivial levada a cabo no nosso País.

Aí está ela, a 35.ª edição da Festa do «Avante!», que se realiza já este fim-de-se-mana na Quinta da Atalaia, Amora, Seixal. Festa do Portugal de Abril, da liberdade e da democracia. Festa do povo, da juventu-de, das famílias e da luta com a confiança de que é possível uma sociedade melhor e mais justa, livre de exploração. Ela cons-tituirá, pela sua dimensão, diversidade e impacto, um momento marcante da vida política e cultural do país.

A Festa do «Avante!» é a maior iniciati-va político-cultural do país. Ela é, como se sabe, o resultado do trabalho voluntário de milhares e milhares de militantes e simpa-tizantes comunistas. A forma como é tra-tada pela comunicação social dominante é um exemplo, dos mais evidentes, do silen-ciamento a que é submetida nos jornais, re-vistas, rádios e televisões, toda a activida-de do PCP. Uma actividade que, sublinhe-se, é maior do que a soma das actividades de todos os restantes partidos.

As festas do «Avante!», por muito que custe aos anticomunistas reconhecê-lo,

são magníficas. A ideia de que os partidos são todos iguais tem na Festa do «Avan-te!» um claro e inequívoco desmentido. O PCP é diferente dos que são todos iguais: ninguém tem dúvidas de que nenhum ou-tro partido nacional tem condições para levar por diante uma realização como a Festa do «Avante!».

Ela será de novo uma Festa erguida pelo trabalho militante de milhares de homens, mulheres e jovens. Um exemplo ímpar, sem paralelo na vida nacional, da força e da ca-pacidade de realização do PCP e que todos os anos assume uma renovada expressão.

Mais uma vez os comunistas de Viseu estarão presentes num espaço próprio si-tuado junto a uma das entradas da Festa – a da Medideira.

A Organização Regional de Viseu do PCP, vai dispor na Festa, de um espaço de mais de 300 m2, ocupado pelo Restaurante “O Malhadinhas”, pela Taberna Beirã (Bar e Garrafeira), por um espaço de Mostra/Venda de Artesanato, outro de Venda de Produtos Regionais. E também uma docu-mentada Exposição Política.

Como sempre, a música de cariz popular do Distrito não podia faltar na Festa. Pena é que não possam estar presentes todos os grupos que se disponibilizaram para parti-cipar, num inegável exemplo da importân-

cia que reconhecem na Festa para a promo-ção de todos eles.

A Exposição Política, espaço nobre de divulgação da luta dos comunistas, dos trabalhadores e das populações de Viseu, tratará da ofensiva do governo contra os serviços públicos. Da luta em defesa dos Serviços de Saúde de Penalva do Caste-lo, Santa Comba Dão, Manhouce. Da luta contra as portagens na A24 e na A25. Da participação dos trabalhadores do Dis-trito na Greve Geral. Da luta dos agricul-tores e das populações rurais por preços compensadores e escoamento para a pro-dução agrícola. Das iniciativas de come-moração do 90º Aniversário do PCP.

Ser-se comunista é uma coisa inteira e não se pode estar a partir aos bocados. A força dos comunistas não é o sonho nem a saudade: é o dia-a-dia; é o trabalho; é o ir fazendo; e resistindo, nas festas como nas lutas. Por isso a dimensão e o êxito da Festa do «Avante!» chateiam. Por isso, a Festa é um «perigo» que há que extermi-nar. Só que enquanto os outros partidos puxam dos bolsos para oferecer concer-tos de borla, a que assistem apenas fami-liares e transeuntes, a Festa do «Avante!» enche-se de entusiásticos pagadores de bilhetes. Assim será mais uma vez este ano!

A ideia de que os partidos são todos iguais tem na Festa do «Avante!» um claro e inequívo-co desmentido”

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

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abertura texto e foto ∑ José Lorena

Nove mil estudantes vão regressar, ou pisar pela primeira vez, as salas de aula das instituições de Ensino Superior de Viseu no ano lectivo que agora começa. A tradição aca-démica de Viseu é recen-te, mas já criou raízes en-tre os milhares de jovens que se formaram na cida-de ao longo das últimas décadas.

Com o advento da Uni-versidade Católica Por-tuguesa e do Instituto Politécnico de Viseu no último quartel do sécu-lo XX - os percursores do ensino universitário e politécnico - a cidade passou a ter população estudantil superior.

Juntou-se depois o Ins-tituto Piaget com as ins-talações do Alto do Gaio, em Lordosa. Tudo isto foi acontecendo em simul-tâneo com a reivindica-

ção de uma universida-de pública para Viseu. O processo começou ainda no Estado Novo, quando foi dada a ordem de par-tida às universidades re-gionais que hoje existem. Viseu ficou de fora e ain-da hoje por isso se protes-ta e sonha.

Mas o que existe, de facto, não é incipiente: um Instituto Politécnico com quatro escolas su-periores (mais uma em Lamego), um Centro Re-gional da Universida-de Católica Portuguesa e, no ensino particular e cooperativo, um Istituto Piaget. Dezenas de alter-nativas e escalões de for-mação superior e univer-sitária estão ao alcance dos alunos.

A crise económica na-cional e a evolução do sector ditada pelo Minis-tério da Educação leva-

ram a algum decréscimo da população estudan-til que, nos seus anos de ouro, ultrapassou a deze-na de milhar.

Tal como lembra nes-ta edição o presidente do Instituto Politécnico de Viseu, Fernando Sebas-tião, há alguns anos (si-tuação que era considera-da clássica) as vagas para o Ensino Superior (poli-técnico ou universitário) eram inferiores à procu-ra. Actualmente a situa-ção inverteu-se e as va-gas sobram para os can-didatos que aparecem.

Um exemplo deste pa-norama é o curso de En-genharia de Madeiras, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu. Durante vários anos funcionou e quase justif icou conceptual-mente a sua criação (rela-cionada com a prolifera-

ção de empresas do sec-tor f lorestal na região). Todavia, uma parte dos candidatos entrava para o curso como segunda ou terceira e até mesmo quarta escolha. Os cur-sos preferenciais eram inacessíveis para muitos candidatos.

O apertar do cinto sur-giu com as exigências aos estudantes em áre-as como a Matemática e o Português durante a preparação para as uni-versidades, politécnicos e instituições superiores particulares e cooperati-vas. A tutela passou a es-tar mais atenta e a exigir mais dos candidatos.

Actualmente os jovens chegam com melhor pre-paração para a formação superior e alcançam as primeiras escolhas que fazem nas candidaturas. E áreas como a Engenha-

ria de Madeiras e até mes-mo outras, da Escola Su-perior Agrária, relaciona-das com a actividade da região (vitivinicultura), têm menos procura.

A acção social escolar é uma ajuda aos estudan-tes, comum em todas as instituições de Ensino Superior. Em Viseu atin-ge maior visibilidade no Instituto Politécnico, por ser alargada a um núme-ro maior de candidatos. Mas também funciona no centro Regional das Bei-ras da Universiadde Ca-tólica em Viseu e no Ins-tituto Piaget.

E há um número cada vez maior de estudantes carenciados. Os casos au-mentam e as instituições procuram auxiliar quem precisa e dê provas de ne-cessidade.

Com a chegada dos jo-vens estudantes já está

apto o negócio natural do aluguer de casas e quartos. As residências estudantis do Instituto Politécnico (300 lugares) e do Instituto Piaget (30) estão também prepara-das para receber os estu-dantes.

Vai iniciar-se também a recepção aos caloiros e respectivas praxes e cerimónias iniciáticas. O conceito é universal, mas pouco interiorizado en-tre os estudantes: contri-buir para uma melhor in-serção dos alunos na co-munidade académica. Os excessos indesejáveis por vezes acontecem.

E sabia-se já que no interior do Inst ituto Politécnico continuarão a não ser permitidas pra-xes e que os restantes es-tabelecimentos de ensino já prometem vista grossa ao excesso.

REGRESSO ÀS AULAS NO ENSINO SUPERIOR

Estudantes invadema cidade de Viseu

Jornal do Centro02 | Setembro | 20116

à conversa texto ∑ Pfotografia ∑ J

Semanalmente, “À Conversa” resulta de um trabalho conjunto do Jornal do Centro e da Rádio Noar. Pode ser ouvida na íntegra na Rádio Noar, esta sexta-feira, às 11hoo e às 19h00, e domingo, às 11h00. Versão integral em www.jornaldocentro.pt

Entrevista ∑ José LorenaFotografia ∑ Nuno Ferreira à conversa

Há uma situação crítica quan-to à situação financeira dos institutos politécnicos em Portugal. O que se passa em Viseu? De que forma a crise financeira afecta o Instituto Politécnico?De uma forma geral, a situ-

ação das instituições de En-sino Superior, politécnicos e universidades, é muito se-melhante. Desde há vários anos que o nosso orçamento vem sendo progressivamen-te reduzido, quer por dimi-nuição das verbas que nos são atribuídas, ou pelo au-mento de despesas como as prestações sociais da Segu-rança Social, Caixa Geral de Aposentações ou da ADSE.

Tem havido aumentos progressivos que não têm sido compensados através do orçamento. A inflação tem provocado despesas e isso tem tido reflexos no funcionamento normal da instituição.

Houve cortes substanciais no nosso orçamento, entre 2011 e 2012. Tivemos uma re-dução da ordem dos 10 por cento para o orçamento de 2011 e este ano [para o ano

civil de 2012] temos um corte de 8,5 por cento, que é igual para todas as instituições de Ensino Superior e vamos ter ainda uma cativação de mais 2,5 por cento.

O que é que isso significa?Chamo a isso uma reser-

va para despesas de funcio-namento e vencimentos e temos que ter uma autori-zação especial para a poder utilizar se for necessário. Normalmente é difícil utili-zar esse tipo de cativações. Por isso, à cabeça, estamos com um corte de cerca de 11 por cento.

O que é que isso representa em números?Já com cativações, em

2010 tivemos um corte de 1,3 milhões de euros. Na práti-ca acaba sempre por ser um corte definitivo.

Este ano tivemos um cor-te de 1,6 milhões de euros. Com a cativação que referi, este ano o corte vai para os mais de 2 milhões de euros.

Para quem gere uma institui-ção como esta a situação pode

considerar-se difícil com os números de que fala…A situação que temos le-

vanta dificuldades de fun-cionamento. Com o orça-mento que tínhamos an-teriormente já havia uma margem muito pequena para outro tipo de despesas. Se não houver alguma for-ma de atenuar este corte nós vamos ter muitas dificulda-des e isso pode reflectir-se na qualidade do ensino.

A nossa preocupação neste momento é garantir os encargos com o pessoal e é preciso também garantir as despesas fixas das insta-lações, tais como água, luz, climatização, limpezas, se-gurança, etc. e depois, prati-camente, não sobra nada.

Desde há três anos que não temos feito outra coisa que não a racionalização e redução de despesas.

E têm o mesmo número de funcionários?Também nesse domínio

tivemos alguma redução. O número de funcionários diminuiu porque alguns fo-ram para a reforma e não fo-

ram substituídos, o que tam-bém aconteceu com alguns professores. Neste momen-to temos 260 funcionários nas várias escolas e Serviço de Acção Social.

Conseguimos ainda fazer a redução de uma das es-colas da instituição. Havia duas escolas em Lamego, que transformámos em ape-nas uma: as escolas superio-res de Tecnologia e Gestão e a de Educação – que era um pólo da de Viseu - são agora apenas uma, sendo designa-da apenas por Escola Supe-rior de Tecnologia e Gestão de Lamego.

Quantos alunos vão frequentar as cinco escolas do Instituto este ano lectivo?Há três anos o Instituto

Politécnico de Viseu tinha 5.800 alunos e, no ano que passou, frequentaram as escolas cerca de 6.800. Ti-vemos um aumento de mil alunos. Para este ano ainda é difícil calcular o núme-ro de alunos. Temos mais de 1.500 vagas, tal como se vem registando há alguns anos através do Concurso

Nacional de Acesso ao En-sino Superior, mas temos é tido um aumento noutro tipo de regimes, tais como as transferências, mudan-ças de curso e pessoas que já estão no mercado de traba-lho sem formação superior e que concorrem ao abrigo de uma situação especial para os que têm mais de 23 anos.

Quase sete mil alunos no Insti-tuto Politécnico representam um valor significativo em pro-pinas pagas. Qual é esse valor e como é gerido na instituição?A maior fatia do nosso or-

çamento vem do Orçamen-to Geral do Estado mas a das receitas próprias já tem um peso bastante significativo. São cerca de seis milhões de euros e a do Estado de 18 mi-lhões.

Recebemos a verba que referi por parte do Estado mas, só com pessoal, já gas-támos um valor próximo dos 20 milhões de euros. Da parte das receitas próprias, em que as propinas têm o grande peso, já pagamos quer vencimentos, quer des-pesas de funcionamento. Já

não conseguimos assegurar as despesas normais de fun-cionamento apenas com o orçamento do Estado.

A nossa preocupação ago-ra é a de aumentar as recei-tas próprias para conseguir fazer face ao que tem sido a redução do financiamento do Estado.

Como é que vão aumentar as receitas próprias?A prestação de serviços

à comunidade tem sido au-mentada, por exemplo. No ano passado assinámos qua-se 70 protocolos com em-presas e outras instituições. Grande parte deles envol-via verbas de trabalhos que prestamos ao exterior, que vêm aumentando ao longo do tempo.

Temos expectativas que a prestação de serviços ao ex-terior possa vir a ser refor-çada, embora saibamos que a situação económica das empresas não é fácil. Sem-pre tivemos uma proximi-dade grande com o tecido empresarial e queremos re-forçá-la.

H á , c o n t u d o , u m a

“É importante que os alunos escolham bem a sua área de formação” O presidente do Instituto

Superior Politécnico de Viseu, Fernando Sebas-tião, fala sobre a institui-ção que dirige e sobre as grandes mudanças que a instituição tem regista-do nos tempos da crise económica que afectou o País. Fica a saber-se do esforço financeiro que é feito e das alternativas de acção praticadas na maior instituição de Ensino Su-perior da cidade.Sobre o tema do arranque das aulas, o Jornal do Cen-tro ouviu ainda os respon-sáveis de Viseu do Centro Regional das beiras da Universidade Católica, Ai-res do Couto, do Instituto Piaget, Teresa Pantelei-tchouk, e a responsável do Serviço de Acção Social do Instituto Politécnico, Rosa Rodrigues.

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À CONVERSA | REGRESSO ÀS AULAS NO ENSINO SUPERIOR

condicionante que temos. Estamos a fazer uma grande aposta na formação do corpo docente. Temos 110 professo-res que têm o doutoramento, num total de 400, e 170 es-tão a fazer o doutoramento. Destes últimos, 150 estão a ser apoiados com bolsas do próprio Instituto Politécnico que também lhes facilita os horários para que concluam com sucesso essa etapa.

Queremos ter 70 por cen-to do corpo docente dou-torado dentro de três anos. Esta é uma ambição muito significativa e coloca-nos ao nível dos quadros das uni-versidades.

Dizia que a redução de verbas se pode reflectir na qualidade do ensino aqui. Como é que isso pode acontecer?Temos dificuldade em re-

novar equipamentos de la-boratório – os cursos que têm aulas práticas são sem-pre mais caros do que os de papel e lápis. Com dificulda-des financeiras temos que nos socorrer daquilo que existe e não podemos actu-alizar-nos.

Como é sabido, também vamos ter o aumento do IVA para o gás e electricidade. Vamos ter as despesas fixas aumentadas, por isso.

Mas posso adiantar que, desde há alguns anos, vimos fazendo cortes nas despe-sas de funcionamento. Dou o exemplo de um recente acordo que fizemos com a EDP em que conseguimos o fornecimento de lâmpa-das de baixo consumo para todo o Instituto. Isto reflec-tiu-se certamente nos níveis de consumo das escolas. Te-mos essas preocupações há bastante tempo e agora tor-na-se difícil apertar mais. Andar antes do tempo não é vantajoso, às vezes por-que podem exigir-nos cortes adicionais onde já cortámos bastante. Tem que haver al-gum cuidado em avaliar o que cada um já fez e não o que vai ter que fazer.

A investigação das escolas do Instituto pode ser prejudicada com esta onda de cortes que existe e que deve apertar-se ainda mais?À medida que aumenta-

mos o número de doutora-dos aumentamos também a investigação. Nem toda a investigação tem custos muito significativos. Temos um centro de investigação que está a ser financiado

oficialmente, o que permi-te dar apoio a um conjunto de investigadores que inte-gram aquela estrutura. Pen-so que, em princípio, o fi-nanciamento do centro não foi afectado com os cortes orçamentais.

Além disso, o que tem acontecido é que temos um corpo docente doutorado cada vez maior, o que per-mite candidatar e ver apro-vados cada vez mais projec-tos de investigação.

Há novidades para este ano nos cursos das diferentes escolas do Instituto?Neste momento temos a

funcionar 33 licenciaturas, 31 mestrados, 10 Cursos de Especialização Tecnológica - os CET, que permitem a formação rápida de espe-cialistas e a respectiva en-trada directa no mercado de trabalho com um diplo-ma de especialização – e 12 pós-graduações. Quando se fala em Ensino Superior, uma das apostas estratégi-cas do País é forçosamen-te a formação. Só podemos dar o salto se a população activa estiver qualificada. Segundo os nossos planos vamos continuar a cres-cer este ano em número de iniciativas de valorização da formação normal que é prestada nas escolas supe-riores.

Houve alguma expectativa para a região com a criação do curso de Engenharia de Madeiras, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, e de cursos da Escola Superior Agrária. Será que a aceitação não foi a melhor, já que, pelo menos o primeiro não tem tido grande procura?A situação do curso de

Engenharia de Madeiras é complexa. O curso é neces-sário, é o único do País nes-ta área, existe uma procu-ra imensa neste sector, tem muitas ofertas de emprego a avaliar pelos anúncios que aparecem na escola, mas não tem sido uma área apelativa para os candidatos.

A grande dificuldade tem sido a de procura do curso e não de empregabilidade por parte dos empresários. Podemos dizer mesmo que a procura tem sido muita em quase todo o País, prin-cipalmente no Norte, e não temos tido capacidade de oferta para as necessidades do mercado de trabalho. No ano passado chegou mes-

mo a haver uma proposta de criação do curso no Norte, no Instituto Politécnico do Porto, que acabou por não ser aprovada pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. É uma pena o que está a acontecer mas enquanto conseguir-mos vamos aguentar o cur-so.

Mas está ameaçado…Está ameaçado há uns

anos desde que houve re-dução do número de candi-datos ao Ensino Superior. Acabava por encher antes porque havia mais candida-tos que vagas. Este momen-to acontece o contrário.

E quanto à Escola Superior Agrária, também ficaram por terra as expectativas com os cursos adaptados à região, nomeadamente na área da vitivinicultura?O que entendo nesse do-

mínio é que, infelizmente, começa a haver uma cons-ciência nacional que pode levar a reverter toda uma situação desfavorável. Ou seja, não podemos conti-nuar a comprar no exterior tudo o que consumimos em produtos como as frutas e legumes, por exemplo.

Temos que apostar forte-mente na produção nacio-nal e, para isso, a nossa Es-cola Superior Agrária tem um papel fundamental. No-tamos que a grande dificul-dade tem sido a escassa pro-cura do que oferecemos por parte dos alunos.

Mas, neste domínio, a oferta também é grande a nível na-cional…Existem várias esco-

las agrárias e tem havido, de facto, uma fuga do sec-tor primário em Portugal. Essa é, infelizmente, uma tendência que começa a en-raizar-se e que leva os alu-nos a procurarem áreas di-ferentes de formação supe-rior.

É necessário que o País tenha pessoas capacitadas para modernizar a produ-ção agrícola, alterando con-ceitos de há 50 anos. E digo isto porque, por exemplo, a empregabilidade já não é o que era. Há 30 ou 40 anos, quem tirava um curso su-perior tinha um emprego garantido para a vida e isso hoje não acontece.

Se há dificuldades de emprego no sector agrário, também o há noutros sec-

tores. Os jovens devem pro-curar aquilo que pode vir a ser importante e pensarem em novas oportunidades. Não é só por conta de ou-trem que se vence. A cria-ção do próprio emprego, o empreendedorismo, pode também ser importante.

Não só como responsável por uma grande instituição de En-sino Superior, mas também como homem, preocupa-o a crise vocacional e de identi-dade que mostram os jovens candidatos à formação supe-rior?É preocupante. Penso

que, no passado, podería-mos dizer que, quando ha-via muitos mais candidatos que o número de vagas, os alunos eram obrigados a ir para uma área de formação por não conseguirem en-trar noutra, na que eventu-almente desejariam.

O que verifica hoje é que a esmagadora maioria dos alunos são colocados na primeira opção que têm para o Ensino Superior. São eles que escolhem a área de formação que querem. Se as escolhas iniciais são as mais acertadas… não sabe-mos. Mas podem não ser.

A s i n s t i t u i ç õ e s disponibilizam os cursos e cabe aos candidatos ter informação mais detalha-da para saberem se o curso que escolhem corresponde àquilo que gostariam de fa-zer e se têm garantias no mercado de trabalho cor-respondente.

Os jovens que concluem o Ensino Superior têm cada vez mais a ameaça do desempre-go?Há estudos recentes so-

bre empregabilidade, pen-so que da autoria do Institu-to de Emprego e Formação Profissional, em que é con-cluído que, mesmo assim, a percentagem de desempre-go é maior para quem não tem cursos superiores do que para os que os têm.

Continua a haver vanta-gens com a formação su-perior quanto à entrada no mercado de trabalho. Para além disso é importante pensar que pode não con-seguir-se trabalho na área escolhida. Mas o que foram as competências entretanto adquiridas pode dar a pos-sibilidade de trabalhar em áreas afins, uma vez que os estudantes adquirem essa preparação.

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REGRESSO ÀS AULAS NO ENSINO SUPERIOR | À CONVERSA

O Instituto Piaget é a maior instituição portu-guesa de ensino superior particular e cooperativo. Está ramificado em alguns pontos do País, e estende-se a Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné e Bra-sil, onde tem importantes unidades de ensino.

Em Viseu, a terra natal de Oliveira Cruz, o funda-dor da instituição, o Piaget possui as escolas superio-res de Educação e de Saú-de (Ensino Politécnico) e o Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares - Ensi-no Universitário (ISEIT). Para este ano está previs-ta uma população escolar entre os 800 e os 1.000 es-tudantes.

A Escola Superior de Educação apresenta-se

com cursos de forma-ção de professores para os 1º e 2º ciclos. De acor-do com a vice-presidente do Instituto, Teresa Pan-teleitchouk, as novidades deste ano nos cursos des-ta ESE serão apostas em cursos de 2º ciclo em áre-as como a Educação pela Arte, Ensino e Educação Musical, Professores do Pré-escolar, 1º e 2º ciclos e um Curso de Especiali-zação Tecnológica em Ge-rontologia.

A Escola Superior de Saúde Jean Piaget/Viseu terá, para além das licen-ciaturas em Enfermagem e Fisioterapia e do mestrado em Ciências da Enferma-gem, uma nova pós-gra-duação em Supervisão Clínica em Enfermagem e cursos breves na área da

Fisioterapia. Este estabe-lecimento de ensino tem feito notar a sua actividade no domínio das parcerias com organismos públicos e privados, nomeadamen-te as autarquias de Viseu e Tondela, o Hospital de S. Teotónio e universidades como a de Salamanca.

No ISEIT continuarão as licenciaturas e mes-trados em Motricidade Humana, Ensino de Edu-cação Física nos ensinos Básico e Secundário, Psi-cologia e Música, área que terá destaque este ano com o novo mestrado profissionalizante em Ensino de Música, man-tendo uma forte aposta nos cursos de Especia-lização Tecnológica em Contabilidade e Gestão e em Condução de Obras.

O Centro Regional das Beiras da Universidade Católica Portuguesa fun-ciona apenas em Viseu, depois de terem sido en-cerradas as unidades que possuia em Leiria e na Fi-gueira da Foz. Em Viseu, a “Católica”, como é conhe-cida, já foi um dos princi-pais estabelecimentos de Ensino Superior e vai abrir este ano com cerca de 700 estudantes.

Na universidade estão disponíveis mestrados integrados em Medicina Dentária (o único curso da instituição que é apoia-do pelo Ministério da Edu-cação e em que os alunos pagam a mesma propina que no ensino público), Arquitectura, Supervisão

Pedagógica e Avaliação de Docentes, Serviço Social, Gestão e Ciências da Edu-cação.

“O número de candida-tos está a diminuir este ano aqui no 1º Ciclo por-que temos registado me-nor procura devido ao au-mento das vagas no Ensi-no Superior Público”, diz Aires do Couto, presiden-te do Centro Regional das Beiras que critica a fal-ta de equidade do Estado “no tratamento em relação aos locais onde funcionam universidades privadas”.

A população escolar da universidade é oriunda particularmente do dis-trito de Viseu, exceptuan-do Medicina Dentária em que os estudantes são pro-

venientes de todo o país.Quanto à acção social

escolar, que existe na uni-versidade, Aires do Couto mantém o tom crítico, con-siderando que “os alunos da privada estão em des-vantagem”. “Os apoios do Estado não deveriam ser para as instituições, mas sim para os alunos e isso não tem acontecido”, diz, acrescentando que “os pais acabam por ter uma dupla tributação com os impos-tos que pagam e com a edu-cação dos filhos”.

A qualidade do ensino e a possibilidade de os alu-nos beneficiarem de al-guns apoios como os res-tante estudantes do pú-blico são vantagens que a “Católica” reclama.

Instituto PiagetNovidades em 2011

Universidade Católica“Pais têm dupla tributação”

“Ninguém deixa de estudar por ter carência e falta de apoio” A directora do Serviço

de Acção Social do Insti-tuto Politécnico de Viseu, Rosa Rodrigues, sublinha a garantia da instituição: “Ninguém deixa de estu-dar por ter necessidades e falta de apoios”.

Este é o princípio que go-verna os serviços que ga-rantem apoio aos estudan-tes em duas vertentes: a ajuda indirecta, na alimen-tação e no alojamento, e a directa, com bolsas de es-tudo concedidas para 10 meses durante o ano.

A alimentação é apoiada a todos os quase sete mil estudantes que este ano

vão frequentar as cinco es-colas do instituto. As refei-ções são cobradas ao preço de 2,40 euros para todos.

Quanto ao alojamento, o Instituto possui um con-junto de residências com capacidade para 320 camas. “A procura tem sido maior que a oferta. Mas, se for necessário, os alunos são apoiados para o alojamen-to”, diz Rosa Rodrigues, apontando o caso da Esco-la Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, onde os jovens que necessitam podem beneficiar de apoio financeiro para alojamento por ali não existirem resi-

dências de estudantes.Quanto ao apoio em bol-

sas de estudo, o Instituto Politécnico de Viseu tem o critério de dar um valor calculado entre a diferença dos mais de seis mil euros da bolsa máxima e a capita-ção do agregado familiar.

Assim, os valores osci-lam entre os 987 e os 6.100 euros por ano.

O processo de atribuição de bolsas para este ano ain-da não está concluído. No ano passado, o Instituto Politécnico atribuiu bol-sas a pouco mais de 30 por cento dos alunos da insti-tuição.

As bolsas atribuídas em 2010 foram dadas a um nú-mero menor de alunos do que em anos anteriores. “Por outro lado”, explica Rosa Rodrigues, “as bolsas aumentaram para os estu-dantes cujas candidaturas foram aceites pelas regras em vigor”.

A responsável do Ser-viço de Acção Social do Instituto Politécnico jus-tifica esta alteração com o facto de ter havido cer-ca de 300 estudantes que deixaram de beneficiar de bolsas de estudo. “Em muitos casos autoexclui-ram-se”, diz.

A Teresa Panteleitchouk, vice-presidente do Instituto Piaget

A Aires do Couto, presidente do Centro Regional das Beiras da Universidade Católica

A Rosa Rodrigues, responsável pelo Serviço de Acção Social do Instituto Politécnico de Viseu

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

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região

A Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24 saiu quar-ta-feira da audiência com a Comissão Parlamentar de Economia desconten-te com a “confirmação” do pagamento da utilização naquelas vias pelos deputa-dos do PSD e CDS-PP.

A audição surgiu depois de a comissão ter entrega-do em Março na Assem-bleia da República uma petição que reuniu 35.702 assinaturas contra a intro-dução de portagens nas SCUT.

No final da reunião, o porta-voz da Comissão de Utentes, Francisco Almei-da, disse que “viu muito mal” as declarações dos de-putados do PSD e CDS-PP, bem como a posição “vaci-lante” do PS.

Também o utente Luís Martins, que também par-ticipou na audiência, con-siderou que “os deputa-dos não ouviram nada” do que foi apresentado pelos utentes.“Os deputados não estão

preocupados com o país, mas em cumprir o que foi acordado com a troika”, dis-se o utente, apelando a que

“as finanças públicas se-jam pagas por todos e não às custas do interior, onde não há criação nem de em-prego, nem de riqueza”.

Durante o encontro, Francisco Almeida, subli-nhou a inexistência de al-ternativa, os índices dos preços, a “disparidade dos rendimentos das zonas abrangidas” perante o lito-

ral do país, a “incoerência” da diferença de preços ao usar aquelas autoestradas ou as estradas nacionais e a influência que a introdu-ção de portagens pode ter nos empresários da Cova da Beira, para justificar a oposição ao pagamento da utilização da A25, A23 e A24.

Por sua vez, Luís Martins salientou que “ir e vir a Lis-boa vai passar a custar mais de 40 euros quando agora custa cerca de seis” e consi-derou que “se há que pagar as autoestradas por causa da crise, então que paguem todos, mas que pague tam-bém Lisboa pela utilização da 2.ª Circular e do IC19”.

“Não somos coitadinhos, queremos é justiça, que se olhem aos rendimentos per capita. Se temos de pa-gar, então que paguemos-todos”, afirmou.

Perante estas posições, o PSD defendeu o “princí-pio do utilizador pagador” e lembrou que “neste mo-mento há uma asfixia nas contas do Estado” e que

“todos têm de contribuir”.O CDS-PP lembrou que

“sempre foi contra este modelo de pagamento e contra os princípios das SCUT” e defendeu a “co-erência das suas posições”, salientando que vai ape-lar à “introdução de por-tagens justas”.

PCP e Bloco de Esquer-da defenderam que o pa-gamento nestas antigas SCUT vai agravar “uma zona esquecida nesta situa-ção de crise” e que “não tem sentido impor às pes-soas das zonas mais pena-lizadas” o pagamento das portagens.

Perante o número de as-sinaturas apresentadas na petição, o tema terá de ser discutido ainda em plená-rio.

Os utentes admitiram avançar para manifesta-ções na rua, caso as porta-gens nestas três autoestra-das sejam pagas. Lusa

VANDALISMOViseu. A PSP de Viseu identif icou, na pas-sada segunda-feira , t rês jovens , de 17 e 19 anos, suspeitos de vandalizar o edifício da Biblioteca Munici-pal D. Miguel da Silva e o posto de abasteci-mento de carros eléc-tricos aí existente. Os suspeitos residem em Viseu e as autoridades conhecem-nos de ou-tros crimes do mesmo teor, as investigações continuam para tentar apurar se haverá mais pessoas envolvidas. Os prejuízos ainda não fo-ram contabilizados.

Santa Comba Dão. A campa do antigo dita-dor António de Olivei-ra Salazar foi esta se-mana vandalizada por desconhecidos no ce-mitério de Vimieiro, no concelho de Santa Comba Dão.O corpo de Salazar jaz no local há 41 anos. De recordar que o antigo estadista nasceu na-quela localidade.“Salazar toninho ru-ralóide” foi a inscrição colocada na campa do antigo presidente do conselho de minis-tros. Habitantes da lo-calidade acreditam que as inscrições foram ali colocadas por “gente que não é da terra”. As autoridades estão a in-vestigar o sucedido.

A Utentes querem manifestações contra portagens

Comissão de Utentes descontente

Os promotores de uma candidatura a uma das alíneas do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) queixam-se de não terem sido contempla-dos ainda com apoios ofi-cias devido à actuação da Associação de Desenvol-vimento do Dão, Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), com sede em Viseu.

O facto levou a que os seus promotores lanças-sem uma suspeita sobre a referida associação de de-senvolvimento, acusando uma das suas técnicas de analisar e dar parecer so-bre projectos que, poste-riormente, são aprovados por uma empresa da qual é sócio o marido.

As suspeitas avançam que a empresa referida consegue a aprovação de projectos de regeneração do meio ambiente e de es-pécies da fauna local, acu-sando a ADDLAP, que os teria aprovado, de deixar de fora outras candidatu-ras com projectos aprova-dos, mas não financiados ainda, e ligados ao turis-

mo, património, equipa-mentos e serviços para a ruralidade.

A informação foi abor-dada pela estação nacio-nal TSF, que contactou serviços do Ministério da Agricultura sobre esta matéria. Foi confirmada a existência de algumas queixas e esclarecido que as candidaturas ao Pro-der são sujeitas a parece-res variados e sucessivos até que seja tomada uma decisão final.

Foi dada ainda a garan-tia de que a Inspecção-Ge-ral de Agricultura e Pescas realiza auditorias a todas as decisões de aprovação de candidaturas.

Contactado pelo Jor-nal do Centro, o respon-sável pela direcção da ADLAP (em representa-ção da Câmara Munici-pal de Viseu), Guilherme Almeida, refutou todas as críticas e acusações refe-ridas.

Para o também vereador da autarquia viseense, “não foi aprovada ainda nenhu-ma candidatura nesta fase

do Proder”. “Estamos no primeiro aviso de candida-turas ao programa, que se encontra em fase final deaudiência prévia”, decla-rou, esclarecendo que hou-ve candidaturas aprovadas e em que ainda não hou-ve luz verde para o finan-ciamento devido à normal tramitação neste proces-so.

“Não há candidaturas aprovadas”, garantiu Gui-lherme Almeida, que re-futou também os argu-mentos em que uma téc-nica é acusada de analisar e dar pareceres sobre pro-jectos aprovados por em-presa à qual supostamen-te pertencerá o marido.

“ Temos a obr iga-toriedade de cumprir a segregação de funções na ADDLAP”, diz Guilher-me Almeida, indicando que, nestas situações, os técnicos “não aprovam projectos nem podem, por si, aprovar e validar pedidos de apoio a um só projecto”.

José Lorena

ADDLAP alvo de críticasCandidatura∑ Suspeitas lançadas sobre aprovação de projectos

A Actividade da Associação é posta em causa pela gestão de verbas do Proder

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Jornal do Centro02 | Setembro | 201110

REGIÃO | PENALVA DO CASTELO

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Vinhos de Penalva do Castelo medalhadosDécima Prova Técnica de Vinhos Dão ∑ Evento enalteceu o reconhecimento nacional e internacional do vinho do Dão

A Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, rece-beu a “X Prova Técnica de Vinhos Dão de Penalva do Castelo”. O evento, integra-do nas Festas do Concelho 2011, contou com a presença de várias individualidades ligadas ao sector do vinho, políticos, autarcas e curio-sos.

Procedeu-se à entrega dos prémios do X concurso In-ternacional de Vinhos “La Selezione del Sindaco”, rea-lizado em Itália, onde foram apresentados 1113 vinhos de várias regiões do mundo, 150 vinhos de Portugal. O vinho “Adega de Penalva Touriga Nacional/2008” ar-recadou a medalha de ouro, a medalha de prata foi para o vinho “Quinta do Serrado Reserva 2007/Touriga Na-cional”, da Sociedade Agrí-cola Castro de Pena Alba/FTP Vinhos.

Penalva do Castelo tem motivos para celebrar dada a qualidade e a exce-lência dos vinhos do Dão produzidos no concelho, pelo crescente reconhe-cimento nacional e inter-nacional. O XLIX concur-so “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor”/ co-lheita de 201o, promovido pela Comissão Vitiviní-cola Regional (C.V.R.) do Dão, o prémio “O Grande Vinho do Dão” foi atribu-ído ao vinho Touriga Na-cional da Adega da Corga (Pindo). Foram ainda atri-buídas mais duas meda-lhas de ouro ao vinho tinto da Adega Cooperativa de Penalva do Castelo e Tou-riga Nacional da Adega da Corga e três medalhas de prata para o tinto da Adega Cooperativa de Penalva do Castelo e da Quinta do Ser-rado/Sociedade Agrícola

Castro de Pena Alba e para o vinho branco Encruzado da Adega Cooperativa de Penalva do Castelo.

Seguiu-se a prova dos vi-nhos premiados e a actua-ção do Grupo de Cantares de Pindo.

O presidente da Câmara

Municipal de Penalva do Castelo, Leonídio Monteiro, destacou os produtores e engarrafadores do conce-lho e o trabalho desenvol-vido por gente anónima, a aposta passa por promover o vinho do Dão e aumen-tar a produtividade. No fi-

nal, o autarca disse que “em Penalva do Castelo o difícil é fazer mau vinho”.

José Arimateia, represen-tante do grupo Visabeira, destacou os “vinhos de qua-lidade excepcional” que fo-ram dados a provar duran-te o evento. O presidente

da Comissão Vitivinícola Regional (C.V.R.) do Dão, Arlindo Cunha, voltou a lembrar que “o Dão está na moda” e que após uns anos “adormecido” o vinho do Dão está a “levantar-se”.

Tiago Virgílio Pereira

A Leonídio Monteiro (à esquerda) entregou a medalha de prata ao representante da Sociedade Agrícola Castro de Pena Alba/FTP Vinhos, Namércio Cunha (à direita)

A Arlindo Cunha (à esquerda) entregou a medalha de ouro a José Farias Clemente, presidente da Adega Cooperativa de Penalva do Castelo (à direita)

A Dezenas de apreciadores de vinho do Dão deslocaram-se à Casa da Ínsua

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NELAS | MANGUALDE | REGIÃO

Feira do Vinho do Dão começa hoje em Nelas

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A Feira do Vinho do Dão regressa pela vigé-sima vez à vila de Nelas. Hoje, e até Domingo, a Praça do Município vai encher-se com milhares de pessoas “amantes” do vinho do Dão.

“A Feira do Vinho é uma aposta forte na dinamização da nossa região e o vinho é o pro-duto do sector primário mais importante da nos-sa economia local”, disse ao Jornal do Centro Isau-ra Pedro, presidente da au-tarquia de Nelas.

Segundo a autarca, os objectivos passam por “tornar a feira mais for-te, projectar o concelho e destacar e homenage-ar os viticultores que es-tão a atravessar uma fase complicada, à imagem do país”.

Para além da vertente

vínica, a gastronomia, o artesanato vão estar dis-tribuídas em módulos pelo espaço da feira. O turismo rural e as expo-sições são outras apostas para atrair mais pesso-as ao concelho. Vão de-correr provas orientadas de queijo da Serra da Es-trela e de vinho do Dão por conceituados escan-ções, sessões de cozi-nha ao vivo para adultos e cozinha infantil, com o objectivo de alertar as crianças para os benefí-cios de uma alimentação saudável.

A animação infantil, arruadas, espectáculos de malabarismo, torneios de futebol, maratona de BTT, TT – Todos no Trilho e actuações de ranchos fol-clóricos e fanfarras vão animar os milhares de vi-sitantes. Amanhã, o con-

certo acústico dos Finger-tips, na Praça do Muni-cípio, pelas 22h00, será o ponto alto dos espectácu-los músicais. “O programa está mais soft e mais ade-quado a uma feira, porque na feira fazem-se negócios e, por isso, é necessária música de fundo e não ba-rulho que perturbe”, ex-plicou a autarca.

Este ano, “o apoio da Câmara à feira será na or-dem dos 80 mil euros”, disse Isaura Pedro, o que significa uma redução de 20 por cento, em relação ao valor do ano passado. Ainda assim, “pensamos que a qualidade não vai diminuir”, disse convic-ta a autarca. “Temos mais produtores que o ano pas-sado”, argumentou.

A entrada na feira é gra-tuita, são esperadas 25 mil pessoas nos três dias. TVP

Mangualde está em festa!

“Manter a qualidade para poder engrande-cer a alma dos mangual-denses, mas com muito menos dinheiro”, é este o lema de João Azevedo, presidente da autarquia de Mangualde para as Festas da Cidade, que de-correm a partir de hoje.

Trinta e cinco mi l euros é o valor que a au-tarquia vai investir. Me-tade do que investiu o ano passado. Actividades desportivas, musicais e

gastronómicas vão ani-mar a população e atrair pessoas ao concelho du-rante quatro dias.

Amanhã e no domin-go, durante todo o dia, a Feira de Antiguidades estará montada no Lar-go do Rossio. Do progra-ma constam as actuações das bandas filarmónicas de Tibaldinho, Abru-nhosa-a-Velha e Lobe-lhe do Mato, das escolas de música IAM, Nancy e Palco de Encantos, da

Alcatuna, do grupo de concertinas “Os Lusita-nos” e o Encontro de Fol-clore, que se realizam no Largo Dr. Couto.

A nível desportivo, o jogo de futebol de vete-ranos, G.D.Mangualde contra o F.C.Porto, no Estádio Municipal, será o ponto alto.

Toy, André Sardet, Angriff, Contrabanditi, Xeque-Mate e Hi-Fi são alguns dos nomes mu-sicais. Os espectáculos realizam-se no Largo Dr. Couto e no LiveBeach.

II Festival de Sopa de Mangualde. Pelo segun-do ano consecutivo, e in-serido na programação das Festas da Cidade, vai realizar-se o II Festival de Sopa de Mangualde, no Domingo, dia 4 de Se-tembro, pelas 18h30, no Largo Dr. Couto, onde os visitantes poderão sabo-rear diversas sopas tradi-cionais portuguesas. TVP

A II Festival da Sopa é aposta da autarquia

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011 13

REGIÃO | S. JOÃO DA PESQUEIRA

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“O distrito de Viseu sai enriquecido com o facto de possuir duas regiões que produzem vinhos de excelente qualidade”

O concelho de S. João da Pesqueira acolhe mais uma edição da Vindouro/Festa Pombalina. Os dias 2, 3 e 4 vão pautar-se pela prova e divulgação do vinho do Por-to/Douro e pela II edição da conferência Vitivinicultura Duriense ‘’Novos Rumos’’. O presidente da Câmara Municipal de S. João da Pes-queira, António José Tulha conta ao Jornal do Centro as expectativas, as atracções e o significado desta festa na região...

Jornal do Centro (JC)- O que significa esta festa para a região?António José Tulha

(AJT) - A Vindouro/ Fes-ta Pombalina é um dos eventos fulcrais organi-zados pela Câmara Mu-nicipal, tendo como fina-lidade promover o con-

celho maior produtor de vinho do Porto /Douro e aquele que detém a maior área classificada como Património Mundial da UNESCO.

JC- De que forma a torna única no distrito?AJT - Apesar da Vin-

douro/Festa Pombalina ser um certame focaliza-do na divulgação da ri-queza que nos identifi-ca, o vinho, como factor diferenciador, também a vertente cultural é essen-cial, uma vez que nos re-mete para um período his-tórico que foi fundamen-tal para criação da Região Demarcada do Douro, a época Pombalina. Com este regresso ao passado procuramos homenage-ar o Marquês de Pombal reproduzindo os momen-

tos marcantes que leva-ram a criação e consoli-dação desta região.

JC - Qual o orçamento para a festa?AJT - Temos vindo a re-

duzir o orçamento ano após ano, sem descurar a quali-dade do evento. Mas devi-do às fortes condicionantes que o nosso país atraves-sa, uma das preocupações deste executivo, tem sido a gestão rigorosa dos recur-sos que tem ao dispôr.

JC - Quais as atracções desta edição e as expectativas?AJT - Durante três dias,

com entrada livre, dezenas de produtores de vinho do Porto e DOC Douro do con-celho estarão reunidos no salão de exposições de S. João da Pesqueira, dando à prova os seus vinhos.

Vamos ter a II edição da conferência: Vitivinicultura Duriense ‘’Novos Rumos’’, com oradores de excelência que certamente vão contri-buir para um debate enri-quecedor do futuro da re-gião do Douro.

No centro histórico, os visitantes poderão encon-trar expositores de produ-tos tradicionais durienses e divertir-se com animação de rua que recupera a época (século XVIII) de uma das figuras mais proeminen-tes da região: o Marquês de Pombal.

Durante o evento haverá ainda concertos e outras ac-tividades que irão elevar S. João da Pesqueira a capital do Douro Vinhateiro.

JC- Pertencendo São João da Pesqueira ao distrito de Viseu, de que forma a promoção do

vinho do Porto e do Douro, ao invés do Dão, favorece a região? AJT - O distrito de Viseu

sai enriquecido com o fac-to de possuir duas regiões com características tão dife-renciadas e que produzem vinhos de excelente quali-dade, reconhecidos mun-

dialmente. De referir que no concelho de São João da Pesqueira, se encontram algumas das quintas cujos vinhos têm sido sistema-ticamente premiados nos grandes eventos vínicos in-ternacionais.

Tiago Virgílio Pereira

A António José Tulha, presidente da Câmara Muni-cipal de S. João da Pesqueira,

Jornal do Centro02 | Setembro | 201114

especial Regresso às aulas

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O regresso às aulas é um período muito aguar-dado pela maioria das crianças e jovens. O chei-ro dos cadernos novos, os lápis prontos a usar e os livros cheios de histórias para descobrir são moti-vos mais do que suficien-tes para que a confusão a expectativa sejam gran-des.

E quando na mesma casa há várias crianças, a ansiedade é ainda maior. É o caso da família San-tos que, com três filhos - de 5, 8 e 12 anos, tem vivi-do o momento com mui-ta animação, mas também com bastantes despesas e uma grande ginástica fi-nanceira.

Os pais, Carla e Fernan-do, estimam que os gastos ascendam a cerca de 550 euros. “Os livros da Fabia-na, que vai para o 8º ano, custam quase 400 euros e os da Beatriz, que entra para o 3º ano, representam entre 60 ou 70”, explica a mãe. Já o Tomás, o ben-jamim da família, como anda no 3º ano do infan-tário, no Jardim de Infân-cia Santa Maria, ainda não

implica muitas despesas. Só precisa de uma capa de lombada larga e de outra de elásticos, uma mochila e uma lancheira; que man-tém de 2010. Para o ano, em que irá frequentar o ensino básico, o material terá de ser todo novo.

“Não é fácil”, reconhece a progenitora, adiantando alguns dos segredos para evitar ‘dores de cabeça’. “Os nossos principais ob-jectivos são reciclar e re-aproveitar: vemos o que está bom do ano passado, testamos as canetas que escrevem, afiamos os lá-pis e apontamos o que será necessário adquirir”, des-creve.

Dia a dia. Com o início de mais um período come-çam também as rotinas de acordar e deitar cedo, de fazer os trabalhos de casa e das actividades extra-curriculares. A verdade é que, ao nível da gestão de tempo, a família Santos é já uma profissional.

“Levanto-me às 6h50m e às 7 horas acordo-os. En-quanto preparo o Tomás, as meninas, que já são mui-

to autónomas, também se arranjam para tomarmos todos o pequeno-almoço”, conta a mãe. Apesar das mochilas e os lanches fi-carem prontos do dia an-terior, a família enfrenta uma corrida contra o tem-po: o Tomás fica no infan-tário às 7h45m;a Beatriz entra às 7h50m na Escola EB1 de Jugueiros e cinco minutos depois a Fabiana chega à EB 2,3 Infante D. Henrique. O pai, militar da GNR em Paranhos da Beira, quando trabalha de manhã sai de casa por vol-ta das 7 horas, enquanto a mãe lecciona Ciências Na-turais ao 3º ciclo, em Cas-

tro Daire, onde tem de es-tar até às 8h30m.

À hora de almoço o cor-rupio repete-se, sobretudo porque a escola da Beatriz não dispõe de cantina. “Tenho a sorte de a mi-nha escola fazer um horá-rio compatível com o dela a esse nível e que me per-mite assegurar o almoço quatro dias por semana, sendo o quinto garantido pelo pai. Quando nenhum de nós pode, temos de pe-dir aos amigos mais próxi-mos”, lamenta a mãe.

Depois das aulas vêm as actividades extracurricu-lares, como é o caso da na-tação para os mais novos e

do hip hop para a Fabiana. Aos sábados há também catequese.

Muito trabalho. Assim, durante a semana, a che-gada a casa é por volta das 20 horas. Antes do jantar, que é 15 ou 30 minutos de-pois, é tempo de tomar ba-nho e acabar os trabalhos de casa, que se vão adian-tando depois das aulas.

Ainda há tempo para brincar e estar em família até às 21 horas, quando se aproxima a hora de lavar os dentes e deitar, um ritu-al que é acompanhado de uma história para os mais novos.

Mas a jornada dos pais ainda não está terminada. É necessário fazer as ta-refas domésticas e prepa-rar o dia seguinte. “Até à meia-noite, normalmente, preparo as minhas aulas”, conta Carla, que faz ques-tão de frisar o apoio pre-cioso do marido em tare-fas como as compras e as refeições diárias.

“Como os avós não estão por perto, acaba por ser um pouco stressante e an-damos sempre numa lufa-lufa”, lamenta o casal que faz questão, ainda assim, de acompanhar os filhos e passar com eles tempo de qualidade.

Regresso às aulas implica grande gestão financeira e de tempoConheça um caso de sucesso

textos ∑ Andreia Mota

Jornal do Centro02 | Setembro | 201116

REGRESSO ÀS AULAS | ESPECIAL

O início do ano lectivo aproxima-se a passos lar-gos e é hora de entrar no ritmo que as aulas exi-gem.

A pensar nesta neces-sidade, o Learning ATL está a preparar um con-junto de actividades para ajudar os mais novos a concentrarem-se na nova etapa. Assim, os próxi-mos dias serão aprovei-tados para fazer um apa-nhado dos conhecimen-tos adquiridos no ano passado. “Queremos que os nossos alunos estejam a 100 por cento quando as aulas começarem”, co-meça por explicar a di-rectora técnica do esta-belecimento, Cristina In-vêncio.

Para que os últimos dias de férias sejam em grande, foi ainda criado um programa cheio de di-versão. Há idas ao cine-

ma, à Kidzânia e uma vi-sita a uma associação de solidariedade social de Abraveses, onde as crian-ças terão a oportunidade de brincar com os idosos da instituição. “Vamos proporcionar-lhes uma despedida das férias”, assegura a responsável, notando que, quando chegam a esta altura, os alunos “estão cheios de vontade de ir para a es-cola, de estar com os ami-gos e de trabalhar”.

Segunda família. Mas se para os mais novos é uma satisfação, os pais têm sempre a preocupação de encontrar um local onde deixar os filhos. Para que isso não se transforme num ‘quebra-cabeças’, o Learning ATL criou um espaço onde não falta “ca-rinho e conforto”. “Somos como uma segunda famí-

lia e só queremos que os nossos alunos tenham boas notas”, realça a di-rectora técnica, salientan-do que, dado o sucesso de anos anteriores, o núme-ro de inscrições, cerca de 80, aumentou significati-vamente e já existem pou-cas vagas.

Estudo acompanha-do e oficinas de estudo (para o 1º e 2º ciclos, res-pectivamente), activi-dades de enriquecimen-to curricular (Inglês, Tecnologias de Informa-ção e Comunicação, Mú-sica e Educação Física e Desportiva), apoio na área da Psicologia (ao ní-vel da auto-estima e dos métodos e hábitos de es-tudo) e promoção de ini-ciativas extracurricula-res são algumas das apos-tas do Learning. Todos os anos é escolhido um tema para os alunos trabalha-

rem e debaterem. Depois de, em 2010, terem sido abordados os Direitos da Criança, o deste ano ain-da não foi divulgado, mas Cristina Invêncio adianta que é uma área que “tem a ver com todos nós, agra-dável e que vai permitir aos alunos saírem do Le-arning para realizarem visitas”.

A criação do coro “Le-arning Voices”, com a aju-da do professor de Músi-ca, é uma das novidades, que vem juntar-se ao Clu-be de Judo Learning (que está integrado na Asso-ciação de Judo de Viseu), uma modalidade que ar-rancou no ano anterior e que é para manter. O lan-çamento da página elec-trónica do ATL será ou-tro dos marcos importan-tes e permitirá assinalar os 10 anos de existência do espaço.

“Queremos que os nossos alunos estejam a 100 por cento”Aposta do Learning ATL

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Jornal do Centro02 | Setembro | 2011 17

ESPECIAL | REGRESSO ÀS AULAS

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Na Fun Languages

Esta é a missão desta Es-cola de Línguas localizada no centro da cidade em 2 espaços: na Rua Eng. Lino Moreira Rodrigues – Cur-sos de Inglês para Crian-ças e Jovens e na Rua Eng. Manuel da Silva Almei-da – Formação em Inglês e Espanhol para Adultos e Empresas, num total de 8 salas de aula em aproxi-madamente 450 m2.

O s C u r so s A nu a i s 2011/2012 vão começar já no dia 19 de Setembro com MUITAS e BOAS novida-des mas o Voluntariado e Solidariedade são o assun-to que regista uma preo-cupação maior. A pensar nas dificuldades que as Fa-mílias vivem, a Fun Lan-guages | THE KIDS CLUB pretende dar continuída-de aos projectos anterior-mente iniciados, nome-adamente a colaboração com o BA - Banco Alimen-tar contra a Fome e com a AMI e iniciar parcerias com a APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (com Descon-tos e Promoções) e com a Cáritas Portuguesa – Fun Languages Solidária (atra-vés da entrega / doação de todos os materiais escola-

res e bens que vão ficando esquecidos na Escola.

A nível pedagógico, é importante registar o facto de a Fun Languages Viseu ter sido oficialmente as-sociada como Member do British Council numa co-laboração ao nível da Pre-paração de Alunos para a realização de Exames de Inglês e ser, efectivamen-te também um Centro de Preparação de alunos para os Exames de Inglês da Universidade de Cam-bridge – ESOL Exam Pepa-ration Centre.

Os Alunos da Fun Lan-guages Viseu realizam também os Exames de Es-panhol DELE no Instituto Cervantes em Lisboa.

Várias soluções. Os Cursos da Fun Langua-ges destinam-se a várias idades, Crianças a partir dos 3 anos, Jovens, Adul-tos (Cursos Intensivos e Aulas Particulares) e Em-presas (enquanto Entida-de Formadora Acreditada pela DGERT). A Forma-ção de Empresários e os Cursos de Formação para e nas Empresas têm tam-bém registado uma procu-ra cada vez maior. No to-

tal são cerca de 500 alunos inscritos anualmente, pelo que se avizinha mais um ano muito ocupado.

Professores Nativos com Qualificação e Expe-riência asseguram o su-cesso da metodologia En-glish is Fun! Alguns dos Professores desta Insti-tuição são Speakers re-gulares em Conferências Internacionais da APPI – Associação Portugue-sa de Professores de In-glês, autores e co-autores de vários Manuais de In-glês e artigos em Revistas / Colecções de Didática da Língua Estrangeira.

Outra novidade para 2011/2012 são os Cursos de Inglês Intensivos nos EUA. Até 2011 a Escola esteve mais vocacionada para os Summer Courses no Reino Unido por uma questão cultural e pela proximidade. No entan-to, em Julho 2012, a gran-de surpresa vai ser New York City – durante 2 se-manas, na prestigiada Universidade de Felician College.

Muitas razões para co-meçar a aprender ou aper-feiçoar o Inglês e Espa-nhol! FL

Aprender línguas é “FUNdamental”

Abre dia 12

A crise é o tema de con-versa principal dos vise-enses e dos portugueses, em geral. O país atraves-sa um período complica-do, mas é também nos mo-mentos mais difíceis que surgem as melhores ideias para poupar e fazer face aos problemas.

É com este intuito que vai surgir na cidade uma loja que combina a venda de produtos novos com outros em segunda mão para crianças. Como es-tão sempre a crescer, se aproxima uma mudan-ça de estação e durante as aulas sujam mais rou-pa, a Baby Trakina pode ser uma boa opção para não gastar muito dinhei-ro sem descurar a quali-dade.

A ideia de lançar este conceito inovador par-tiu das sócias Maryline Andrade e Sara Conde, que partilhavam a von-tade de abrir um negócio

próprio. “Sou professo-ra de Educação Visual e Tecnológica e estava na iminência de ficar sem co-locação, devido à redução, de dois para um, de do-centes nas salas de aula”, adianta esta última. Já a sócia recorda que pensa-ram em várias ideias até surgir a loja em segunda mão, uma ideia que foram amadurecendo.

“Lembrámo-nos que as crianças deixam tudo novo, muitas vezes a en-cher as casas e a estragar-se, sem que os pais saibam o que fazer com elas”, con-tam as empresárias.

Dar e receber. Carrinhos de passeio, bengalas, ca-deiras para o automóvel e de papa, camas de grade e de viagem, espreguiçadei-ras, marsúpios, triciclos, parques, mobiliário infan-til, brinquedos e roupa até 12 anos são alguns dos ar-tigos que poderá deixar ou

adquirir na Baby Trakina, que fica situada na Estrada Velha de Abraveses, jun-to à Escola Azeredo Per-digão.

“Ao entregarem estes equipamentos, as famí-lias podem reaver parte do investimento que rea-lizaram; enquanto quem compra obtém artigos de qualidade e em bom esta-do de conservação, mas a preços mais acessíveis”, explica Sara Conde.

Reciclar é mesmo a pa-lavra de ordem para as duas sócias, que se mos-tram bastante optimis-tas em relação ao sucesso da loja, que abrirá as suas portas no próximo dia 12. “A ideia tem sido bem aco-lhido e suscitado curiosi-dade”, contam.

O espaço disponibilizará ainda peças novas, como têxteis, roupa para bebés e artigos de decoração. Al-guns ‘mimos’ para os mais novos.

Baby Trakina disponibiliza artigos em segunda mão para crianças

Jornal do Centro02 | Setembro | 201118

REGRESSO ÀS AULAS | ESPECIAL

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Aprender Inglês é cada vez mais uma necessida-de. Devido ao fenómeno da globalização, em que é possível aceder quase sem barreiras a todas as partes do Mundo, a lín-gua tornou-se um veícu-lo de comunicação por excelência.

Tendo em conta a im-portância que a discipli-na tem para o nosso dia-a-dia, a International House, que em Viseu foi criada em 1983, tem rea-lizado um trabalho sig-nificativo na formação dos cidadãos, desde ten-ra idade.

A par do Inglês, é ain-da leccionado Espanhol e Português para estran-geiros. Mas é a primei-ra língua que abrange a maioria dos cerca de 550 inscritos no estabeleci-mento, que dispõe ainda de pólos em S. Pedro do Sul e Tondela e que lec-ciona em Seia e Olivei-ra de Frades. Contribui também o facto de o es-paço ser um centro au-torizado para os exames

de Cambridge, o que re-presenta “um motivo de orgulho”.

A directora da Inter-national House Viseu é peremptória quanto à re-levância de se dominar a língua inglesa, o que deve acontecer o mais cedo possível. “As crian-ças podem inscrever-se a partir dos 6 anos – em-bora a maioria só venha quando entra no 2º ci-clo do ensino básico – e quando entram na uni-versidade já têm um nível elevado”, sustenta Gay Adamson, acrescentan-do que as aulas são dadas

sempre na língua que os alunos estão a estudar e por professores devida-mente habilitados.

Para a responsável, “o ideal seria as pessoas aprenderem a falar num país onde o idioma é o oficial”, mas como nem todas as pessoas têm condições para tal, a IH apresenta-se como uma boa opção. Aliás, duran-te o Verão, os alunos têm a oportunidade de fazer um curso no Reino Uni-do, ao mesmo tempo que contactam com a cultura local e com pessoas de outras nacionalidades.

Outra vertente interes-sante do trabalho desen-volvido pela IH são as parcerias com as esco-las públicas. A este nível, os docentes da Interna-tional House não só pro-movem workshops para os professores do ensino público, como também fazem visitas e activida-des com os alunos.

O Inglês, enquanto fer-ramenta de trabalho para muitas multinacionais, tem servido de base tam-bém para a formação em empresas. “É uma língua cada vez mais universal”, conclui Gay Adamson.

International House promoveaprendizagem de novos idiomas

Segredospara pouparSetembro marca o início de mais um pe-

ríodo lectivo. O mês pode ser particular-mente difícil para os pais em termos finan-ceiros, mas há truques para que o rombo no orçamento não seja tão grande. Tome nota!

Faça uma lista Depois de realizar um inventário do que tem

em casa e do que sobrou do ano passado, elabore uma lista do material escolar necessário e apro-veite para ensinar os mais novos a perceberem o que é realmente indispensável. Faça o mesmo com a roupa e o calçado, de modo a evitar com-pras por impulso.

Defina um limite Antes de ir às compras estabeleça um valor má-

ximo que pode gastar. Pode também fazer uma previsão de gastos mensais, responsabilizando os seus filhos por cumprirem esse limite. Se que-rem, por exemplo, uma mochila mais cara têm de compensar noutro material mais acessível.

Quanto mais cedo melhorJá viu o que tem mesmo de comprar, agora é

só meter mãos à obra. Comece a comprar o mais cedo possível, de modo a evitar confusões e os preços inflacionados à medida que se aproxima o regresso às aulas. Os saldos de Verão também uma óptima oportunidade para comprar roupa e calçado com custos mais reduzidos.

Deixe os mais novos decidirAs despesas escolares são uma boa forma de

iniciar os mais novos na educação financeira. Concedendo-lhes, por exemplo, uma semanada ou mesada para as despesas diárias eles terão a oportunidade de aprender a lidar com as moe-das e notas. Se lhes der dinheiro a mais já terão de decidir se o gastam ou se preferem amealhar. Lá diz o ditado: “é de pequenino que se torce o pepino”.

CompareNão se precipite. Antes de comprar compare os

preços em vários locais e opte por aquele que lhe oferecer o cabaz menos oneroso.

Em segunda mãoQuando os livros escolares não se alteram em

relação ao ano anterior, o recurso a livros usados pode ser uma opção. Veja junto de vizinhos, pri-mos ou amigos se alguém tem os manuais de que os seus filhos vão precisar.

Compras OnlineHá supermercados e outros espaços que fazem

descontos, muitas vezes, apelativos, quando os li-vros escolares são comprados na Internet. Pode ser uma boa aposta.

IRSAs despesas com o material escolar são dedu-

tíveis em IRS. Não se esqueça de pedir factura e de guardar esses documentos.

Inglês é a disciplina mais procurada

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011 19

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Textos: Andreia Mota

Grafismo: Marcos Rebelo

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CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA DE CASTRO DAIREUMA DÉCADA DE HISTÓRIA(S)

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

UMA DÉCADA DE HISTÓRIA(S)UMA DÉCADA DE HISTÓRIA(S)CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA DE CASTRO DAIRECCENTRRO MUNICIPAL DE CULTURA DE CASTRO DAIRE

SUPLEMENTO22

A palavraA palavra

Os rostos

Bruna Ribeiro

Assistente Operacional

(Animação)

B una RibeiroCláudia Almeida

Assistente Técnica

(Animação)

Cláudia Almeida Joana Campos Assistente Técnica

(Animação)

J na Campos João Gomes Assistente Técnico

(Bibliomóvel)

J ã Gomes Marta CarvalhalTécnica Superiorde Biblioteca

Marta Carvalh lM Olga MonteiroAssistente Técnica (Tratamento Documental)

Olga MonteiroOPedro Fernandes Assistente Operacional (Design e Comunicação)

Pedro FernandP

Sandra Silva AssistenteOperacional

Sandra SilvaSA

O Centro Municipal, nomeadamente a Biblioteca, é uma mais-valia para a cul-tura, educação e desenvolvimento global da comunidade, pois proporciona-nos o acesso a tecnologias e livros indispensá-veis para os dias de hoje. Por outro lado, como dispõem da Bibliomóvel, levam-nos às aldeias, algumas bem distantes, e in-centivam a leitura.

Não podemos esquecer que o Centro trouxe um maior leque de escolha no que diz respeito aos livros, que para mim são instrumentos pedagógicos, e promoveu diversas iniciativas para as escolas – como os “baús da literatura” –, o que represen-ta um contributo importante para a popu-lação.

Embora more em Lisboa, venho muitas vezes passar férias à região e nunca perco a oportunidade de passar pelo Centro Municipal de Cultura. É um local agradável e uma boa aposta para a vila, dado que permite disfrutar de várias áreas, nomeadamente literatura, jornais e internet. Por outro lado, é uma for-ma de divulgar os eventos que acontecem no concelho.

Como o município ainda não tem muitas fontes de entretenimento, é possível passar aqui tempo livre com qualidade, ao mesmo tempo que nos mantemos informados.

Frequento a biblioteca do Centro Municipal da Cultura desde os 4 ou 5 anos e este é um lugar de que gosto muito. O espaço é bonito, agradável e costumo passar por cá uma vez por semana. Venho buscar CD’s, DVD’s de desenhos animados, brinco com os meus amigos, leio e navego no computador.

Acho que cresci a descobrir os jogos didácticos que ainda hoje utilizo para me divertir com os meus colegas de escola.

Ana Benedita HenriqueEducadora de Infância

44 anos

Fernando Rocha | Desenhador | 36 anos

Simão Andrade | Estudante | 9 anos

Este é um lugar com muita diversão, mas onde a aprendizagem nunca é esqueci-da. Como moro perto, posso vir com muita frequência e aproveito para brincar, utilizar o computador e aceder à internet. Assim, aproveito para fazer pesquisas e falar com ami-gos e familiares.

Também gosto de ler, nomeadamente obras do género do Harry Potter.A Biblioteca disponibiliza também jogos, como xadrez e damas, que são uma boa opor-

tunidade de nos divertirmos enquanto desenvolvemos a mente e o raciocínio.

João Fernandes | Estudante | 12 anos

MÚSICAANIMA EFEMÉRIDEA música é o ingrediente principal da comemoração do 10º aniversário do Cen-tro Municipal de Cultura, que se assinala hoje.

A festa começa por vol-ta das 15 horas, com o es-pectáculo “Pirata das Ber-lengas”. A partir das 17 ho-ras tem início uma sessão de escrita criativa para crian-ças entre os 6 e os 12 anos, que conta com a presença de Fernando Giestas.

A cerimónia que assinala o aniversário está marcada para as 19 horas e a anima-ção estará a cargo da Ban-da de Música dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire e da Tuna do Agrupamento de Escolas local.

Os festejos encerram com um concerto do grupo “Urti-gas”, que promete um serão di-vertido e cheio de surpresas.

Programa

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

UMA DÉCADA DE HISTÓRIA(S)UMA DÉCADA DE HISTÓRIA(S)CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA DE CASTRO DAIRECENTTROO MUNIICIPAL DE CULTURA DE CASTRO DAIRE

SUPLEMENTO23

O Centro Municipal de Cultura de Castro Daire assinala dez anos repletos de actividade e dinamismo, sem esquecer a vertente educativa. Esta é uma aposta que, de acordo com o presidente do município, Fernando Carneiro, é para manter, de modo a dar a conhecer as potencialidades endógenas.

O Centro Municipal de Cultura de Castro Daire assinala uma dé-cada de existência. Que significa-do tem para o concelho?

O Centro Municipal de Cultura é considerado como um dos principais pontos de interesse do nosso mu-nicípio, sendo um espaço de exce-lência. Aqui, hábitos de leitura são adquiridos e consolidados, a educa-

ção infantil é uma realidade concre-tizada através dos diferentes projec-tos educativos, e os nossos olhos e ouvidos podem desfrutar de gran-des eventos, como excelentes ex-posições e espectáculos dos mais conceituados artistas do panorama cultural.

Saliento que, nos tempos actuais, onde a contenção financeira é uma realidade, o Centro Municipal de Cul-tura torna-se uma opção real para to-das as famílias do concelho, que não necessitam de sair da sua terra para ter acesso à Cultura.

Qual o panorama geral da cul-tura local?

O nosso concelho apresenta uma riqueza cultural ímpar, com as dan-ças e cantares tradicionais, a gas-tronomia local, o artesanato, a ces-taria e o teatro, entre outros. Estes

recursos permitem-nos, por si só, dinamizar actividades de interesse relevante para os nossos munícipes e visitantes.

Também por considerarmos que o acesso a outras realidades é funda-mental para a formação do cidadão, investimos de forma significativa na cultura, apoiando os nossos grupos e associações, de modo a poderem mostrar ao mundo um pouco da nos-sa riqueza. De igual modo, investi-mos em eventos que trazem ao con-celho as mais variadas manifesta-ções culturais.

Quais as iniciativas culturais perspectivadas, no futuro próxi-mo, pelo executivo a que presi-de?

Sendo a cultura fundamental na formação das pessoas, continuare-mos a fazer investimentos e apoia-

remos as manifestações cul tura is endógenas. Para ta l implementa-mos medidas relaciona-das com a programação cultural municipal e o apoio a grupos e asso-ciações.

Que mensagem gos-taria de deixar aos seus munícipes?

A mensagem que deixo aos castrenses é que continuare-mos a fazer investimentos não só na cultura, mas em todas as áre-as fundamentais para o desen-volvimento da qualidade de vida dos nossos mu-nícipes.

Presidente da Câmara de Castro Daire satisfeito com o projecto

O CENTRO MUNICIPAL DE CULTURAÉ UM “ESPAÇO DE EXCELÊNCIA”

nifestações ndógenas.p lementa-s relaciona-ogramaçãoicipal e o os e asso-

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v Fernando Carneiro, presidente da Câmara Municipal de Castro Daire

Dez anos em imagens...Dez anos em imagens...O Centro Municipal da Cultura de Castro Daire é,

por excelência, um local de confluência de ideias, exposições, debates e por onde passaram figuras que se misturam com a história da região.

Ao longo de uma década com as portas abertas para e ao serviço da comunidade podemos desta-car, por exemplo, o acolhimento a personalidades como D. Ximenes Belo, a escritora Maria Alberta Meneres, António Mota, João Pedro Mésseder, e Pedro Lamares, que protagonizou um recital de po-esia. O Major Álvaro de Sousa Mendes; Doutor Luís Fidalgo, membro da Fundação com o mesmo nome e Rafael Erdriech, Cônsul de Israel em Lisboa, fo-ram recebidos no Centro Municipal, no âmbito de uma conferência sobre o Holocausto.

Houve ainda outras iniciativas que animaram este espaço. A “Animação da Leitura”, “A Grande Aventura”, a peça de teatro “Deixem-me resso-nar”, a “Festa da Juventude”, e as exposições “Os Chapéus dos nossos Heróis” e “Uma Empresa com História”, em que é abordado o percurso da Viarco, são alguns desses exemplos. Outro momento alto foi a conferência “Diálogos Oportunos”, em que fo-ram debatidas questões referentes ao diálogo inter-religioso e à igualdade de oportunidades.ram debatidas questões referentes ao diálogo inter-religioso e à igualdade de oportunidades.

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economiaLoja do Cidadão paga 13 mil euros por mês Valor da renda∑ Este número corresponde a 6 euros e 52 cêntimos por metro quadrado, 1999 no total

De acordo com as re-centes notícias sobre os valores mensais pagos de renda da Loja do Cidadão, em Viseu – cerca de 13 mil euros - o Jornal do Centro falou com Elísio Borges Maia, presidente do Con-selho Directivo da AMA - Agência para a Moder-nização Administrativa – que gere a Loja do Cida-dão instalada na cidade de Viriato desde o ano 2000, no sentido de esclarecer esta e outras questões.

Elísio Maia, confirmou que “o valor mensal actu-al do arrendamento é de 13 mil 37 euros e 4 cêntimos, que corresponde a um valor de 6 euros e 52

cêntimos por metro qua-drado - a loja tem uma área de 1999 metros quadrados - resultado de uma rene-gociação do arrendamen-to efectuado em 2009, que possibilitou uma redução de cerca de 30 por cen-to face ao valor anterior”. Contudo, “isto não signifi-ca que a avaliação da rede de serviços de atendimen-to não seja uma tarefa per-manente, quer no plano da oferta e da qualidade dos serviços prestados, quer no plano da sua eficiência, procurando sempre redu-zir encargos de funcio-namento onde se afigure possível, um princípio que tem norteado o processo

de expansão iniciado em 2007 que privilegia a ins-talação das novas lojas em edifícios públicos.

Segundo o presidente do Conselho Directivo da AMA, “a Loja do Cidadão de Viseu é uma das mais importantes do país e uma das mais procuradas pe-los cidadãos. O ano passa-do registou 678.763 atendi-mentos e mantém esse ní-vel de procura em 2011, no primeiro semestre efectu-aram-se 349.846 atendi-mentos, o que a torna a oi-tava loja mais procurada no país”.

A Loja do Cidadão de Viseu tem correspondido às necessidades dos cida-

dãos, registando uma taxa de desistências abaixo de um por cento e “uma re-clamação por cada 4.067 atendimentos, relativo ao primeiro semestre deste

ano. Das 112 pessoas que pediram o livro amare-lo, 26 efectuaram louvo-res ou sugestões, o tempo médio de espera, entre os quatro e os sete minutos -

está muito abaixo daquele que se verificam noutras lojas com o mesmo nível de procura”.

Tiago Virgílio Pereira

AA Loja do Cidadão é a oitava mais procurada do país

DR

25Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Gastronomia e vinho - Produto turístico estratégico para o desenvolvimento

regional

Opinião

A Gastronomia é um “discurso” sobre o pra-zer da mesa.

Funde-se na escolha e na selecção. É parte inte-grante da cultura.

A Gastronomia impli-ca amar e apreciar verda-deiramente boa comida e bom vinho. Dois dos pra-zeres da vida que, quan-do são suportados por um bom serviço e uma boa companhia propor-cionam uma refeição re-almente fantástica!

A sua preservação e va-lorização deverão, pois, ser vistas como tão im-portantes como a de qualquer outro elemento do património cultural. Vários estudos têm vindo a mostrar que as mais re-centes escolhas turísticas dão preferência ao Turis-mo Cultural incluindo as experiências intercultu-rais. É nestas experiên-cias que o “novo” turis-ta do século mantém a sua aposta. Já não bas-ta apresentar o Inventá-rio Turístico tradicional – alojamento, alimenta-ção e transporte (oferta tangível). O Século XXI reclama novas emoções e novos afectos ligados à oferta intangível. É aqui que entram a nova gas-tronomia e os vinhos como experiências úni-cas que são vividas, para além e dentro da cultu-ra, como mote de Produ-to Turístico.

A gastronomia e vinho

constituem um recurso turístico primário, um verdadeiro produto tu-rístico. Por conseguinte, os almoços ou os jantares vínicos não necessitam de estar ligados a even-tos para se constituírem como principal motivo para uma deslocação tu-rística.

A gastronomia e o vi-nho tem hoje uma grande afirmação no distrito de Viseu, quer a nível eco-nómico, quer a nível cul-tural, constituindo um recurso turístico de ex-trema importância.

O sector da restauração na nossa região, graças à sua profissionalização e a novas exigências do mercado tem consegui-do promover a gastrono-mia e o vinho (a que não é alheia a visão dos pro-dutores e engarrafado-res), tornando-a região num ponto de referência turística a nível nacional e que pretende rasgar ho-rizontes internacionais, em particular com a vi-zinha Espanha.

Contudo, as mutações do mercado, condiciona-das pela actual situação da economia, requerem que os profissionais liga-dos aos dois sectores re-forcem a ligação entre es-tes dois produtos de for-ma a terem uma oferta inovadora, respondendo às limitações actuais do mercado.

Carlos MõesResponsável pela Visabeira Turismo

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RestaurantesPastelarias

TalhosCozinhas

EstantariasMobiliário de escritório

GelatariasPanificadorasLavandarias

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Estrada de Silgueiros Km 1.3 / Lugar da Alagoa / 3500-543 ViseuTel.: 232 952 022 / Fax: 232 951 176

e-mail: [email protected]

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Flexibilizar

Opinião

João CottaPresidente da Associação Empresarial da

Região de Viseu (AIRV)

Acabadas as férias, Por-tugal voltará a acordar para a realidade das duras refor-mas que importa realizar e para os sacrifícios que, em nome de uma recuperação, teremos de ultrapassar. Um dos primeiros embates será a revisão da lei laboral. Também preconizada pela Troika, e uma das mudan-ças há mais tempo reclama-da, esta reforma não deixará ninguém indiferente.

Por uma vez, espero que o quadro legal resulte dos objectivos perseguidos, da realidade concreta que vi-vemos e não de preconcei-tos ideológicos.

É preciso flexibilizar. Esta flexibilização é neces-sária e urgente em nome da produtividade das em-presas, em nome da sua sustentabilidade, mas aci-ma de tudo, em nome da criação de emprego.

A flexibilidade levanta novos desafios e implica uma nova atitude de res-ponsabilidade, particular-mente dos empregadores.

São as pessoas que fazem as organizações, são os tra-balhadores que com a sua criatividade promovem a criação valor. A competi-tividade das empresas de-penderá cada vez mais da sua capacidade de captar, reter os melhores, fomen-tando um quadro flexível e proporcional que reconhe-ce o mérito e remunera o desempenho. Um quadro legal que promova a flexibi-lidade permitirá que os em-presários criem mais em-pregos e, mais, que estejam disponíveis para os remu-nerar melhor, por quanto a ausência de rigidez diminui o risco para a empresa.

Já não há empregos para a vida. A lei laboral não pode ficar ancorada a preceitos ideológicos desfeitos pela história e precisa de dar uma resposta adequada aos tempos que vivemos e aos desafios futuros.

A flexibilidade será uma boa aposta. Permitirá criar mais emprego, concilia-rá melhor a vida familiar e profissional, ajudará a mo-tivar os colaboradores com mais incentivos.

A flexibilidade laboral facilita a adopção de uma nova cultura de desempe-nho e respeito pelo indiví-duo. Será boa para Portugal e para trabalhadores e em-presários honestos.

Está em fase de constru-ção o Centro Escolar deS. Cipriano, em Resende, que irá albergar os cerca de 150 alunos que frequen-tam as escolas situadas nas freguesias de Freigil, S. Cipriano, S. Romão e Ovadas. O Centro Esco-lar de S. Cipriano é o ter-ceiro em Resende, de-pois dos de S. Martinho de Mouros, inaugurado em Setembro de 2007, e de Resende, em funcio-namento desde Setembro de 2010.

A obra, avaliada em 1,5 milhão de euros, envolve a

reabilitação do edifício es-colar existente bem como a construção de dois no-vos edifícios adjacentes.

O presidente da Câma-ra Municipal de Resende, António Borges, garantiu que “este é o último in-vestimento em Centros Escolares”. O autarca dis-se ainda que, “com toda a certeza, a partir de 2013, a população estará agrupa-da em três Centros Esco-lares”.

O edifício existente será reformulado e destinado a comportar as salas de direcção, psicologia, pos-

to de primeiros socorros, gabinete da associação de pais e encarregados de educação e atendimen-to, bem como as salas de trabalho de professores e educadores, instalação sa-nitária e um arrumo.

As instalações do pré-escolar vão desenvolver-se apenas num piso. O 1º ciclo vai organizar-se em dois pisos. Com a construção do terceiro Centro Esco-lar, a Câmara de Resende aposta na modernização do ensino no concelho.

Tiago Virgílio Pereira

Centro Escolar de S. Cipriano avançaOrçamento∑ Obra avaliada em 1,5 milhões de euros

A Este será o último investimento em Centros Escolares

DR

26 Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

texto e fotos ∑ Paulo Neto

Continuando a apresen-tar sugestões de passeios de Verão, desta feita, pro-pomos aos nossos leitores uma volta para um sába-do ou domingo, com di-versidade, História e de-liciosa gastronomia.

São 155 quilómetros contados desde a saí-da ao retorno a Viseu. O itinerário segue pelo Sátão, Vila Nova de Paiva, Touro, Alvite, S. João de Tarouca, Salzedas, Uca-nha, Lamego e Viseu. Passa pela Serra da Nave, parte integrante das Ter-ras do Demo, terra pobre onde “Cristo não rom-peu sandália”, pobrinha em centeio, milho, bata-ta e granito… num asfalto bem atapetado, sem mo-vimento, com bons ares e paisagem alargada. Des-cerá a S. João de Tarouca e… já lá vamos!

O domingo apresen-tou-se de boa cara, lim-po e com uma tempera-tura a rondar os 27 graus. Excelente para os meios de transporte que privile-giámos: as motocicletas e a marca Honda. Dois mo-tards e um aprendiz apre-sentaram-se à chamada: o Paulo Faro, concessio-nário da Ondavis, Cam-peão Nacional de Quad Trial Challenge, 2004 e 2005, o José Manuel Cos-ta, há muito dado a estas coisas e este vosso es-criba que já não se “en-forquilhava” num corcel daqueles há quase uma

década. Ossos do ofício, há que fazer “das tripas coração”, insuflar o pei-to de ar e não nos deixar-mos intimidar com estes habitués sabedores, com muita arte e menos 15 ani-nhos de idade…

A Ondavis disponibili-zou três modelos novos, de 2011, recém-apresen-tados e em test drive: a VT750C2B, uma moto de estilo e de cultura cus-tom. Uma moto com ati-tude, suave e assertiva no seu motor V-twin a 52º, 4 tempos e 6 válvulas, com 750 cm3. Foi a minha es-colhida. O preto cromado e baço e aquela posição distendida à “easy rider” faziam o meu estilo. Tam-bém a sua condução, soft, confortável, com um mo-tor sempre disponível no seu excelente binário de 65 Nm às 3.5oo r/m, trava-gem seguríssima e uma caixa muito bem sincro-nizada, permite devorar quilómetros ao ritmo que imprimimos, consciente-mente, dentro das limita-ções legais de velocidade, num desfrutar completo e alargado das estradas e paisagens da nossa terra. Os companheiros, com opções mais radicais, ca-valgavam uma Crossrun-ner, V4 a 90º, 4 tempos, 16 válvulas com 100 cv e uma CBR600F, de 4 cilin-dros em linha, 4 tempos e 16 válvulas, também com 100 cv de potência. Três conceitos distintos

numa marca comum, a Honda, comum também o prazer, rapidez e con-forto que qualquer uma delas proporcionou. Os seus preços de venda ao público são, respectiva-mente, 8.200, 10.900 e 8.500 euros, estando já disponíveis no mercado e em Viseu.

E lá chegámos, por vol-ta das 11H30 às portas da Igreja de S. João de Tarouca. Primeiro equí-voco: o “guardião do tem-plo”, o Sr. Caetano não está autorizado a deixar fazer fotografias. “Só o sr. Padre pode autorizar”, referiu-nos. Já dispostos a virar costas e a bater a outra freguesia, vimos o distinto BMW preto do senhor abade estaciona-do, com placa apropria-da, em zona ao pároco reservada. Onde estará, onde não estará, lá o lo-brigámos no café a sabo-rear o seu aperitivo bran-co do Porto… do qual não despegou, mas também não perdeu tempo a ne-gar as ditas fotos… Voltá-mos feitos bola de ping-pong ao Sr. Vieira Caeta-no, que lá acreditou não

estar perante assaltantes de igreja ou praticantes de simonia e nos deixou entregues ao nosso livre arbítrio. Os monumentos não são culpados pelas obras dos homens. Pon-to final! Esta Igreja, ro-mânico-gótica, de portal renascentista foi sofren-do alterações séculos afo-ra. Não deixa, porém, de ter um faustoso recheio a indiciar prosperidades de outras eras, com um ex-traordinário cadeiral em talha, belos altares tam-bém em talha, retábulos de Gaspar Vaz e quadros de Grão Vasco. A própria sacristia é cheia de digni-dade e com azulejos ricos. Azulejos que recobrem as paredes laterais do altar-mor, contando a história da fundação deste que é, provavelmente, o 1º mos-teiro Cisterciense portu-guês. De sublinhar a exis-tência de um magistral órgão na parede direita e, à esquerda, o imponente e rústico túmulo daque-le que foi o homem mais rico de Portugal, na sua época, Dom Pedro Afon-so, Conde de Barcelos, fi-lho bastardo do rei Dom

Dinis e bisneto de Afonso X, autor do “Livro de Li-nhagens”, escrito na Ida-de Média, por volta de 1344. O convento, inicial-mente um ermitério, data de 1152 e foi edif icado após a vitória de Dom Afonso Henriques sobre os mouros, em Lamego.

Mas o tempo passa e, desta feita, no mesmo ro-teiro cisterciense, espe-rava-nos o Mosteiro de Salzedas, a seguir à Mur-ganheira e à Ucanha. E aí, se menos luxo e rique-za encontrámos à vista, deparámos com um eru-dito, um homem de vis-tas largas, de obra feita e de paixão arcas adentro do franzino peito: o Pa-dre António José Ferreira Seixeira, abade local, ori-ginário do concelho de Sernancelhe, autor, entre outros da obra “Mostei-ro de Santa Maria de Sal-zedas – Breve História e Algumas Curiosidades”, que de imediato se dis-ponibilizou a partilhar connosco o seu saber, a sua urbanidade, a sua afá-vel simpatia. Os homens são todos tão diferentes… E assim, foi um privilé-

gio ter uma visita guia-da a este Mosteiro data-do do Século XII, tam-bém da Ordem de Cister,doado pela mulher de Egas Moniz, Dª Teresa Afonso. Escreve-nos An-tónio Seixeira que a sua construção se iniciou exactamente a 20 de Ja-neiro de 1168. O epitáfio epigrafado em latim na sua pedra tumular, reza assim, traduzido: “Neste lugar se encerra aquela a quem a fama destinada a perpetuar os bons não deixará nunca esquecer; porque é propriedade da fama dar vida aos ilus-tres no próprio tempo da morte, e sustentar-se a si mesma com os mereci-mentos e obras de pes-soas famosas; D. Teresa ajudou a viver a sua fama por muitas vias: por san-gue, geração, costumes e boas obras; foi de sangue de duques e da mais cla-ra descendência do reino, os costumes teve alheios de toda a repreensão e a obra que fez foi esta Casa. A era em que foi sepul-tada achareis contando duas vezes seiscentos e dez menos um.” (fonte

passeios de verão

Em duas rodas ∑ Através da história e

da gastronomia

Hondas Serra da Nave e Vale do Varosa afora

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011 27

PASSEIOS DE VERÃO

Abade Seixeira). Adianta-nos ainda que o topóni-mo Salzedas poderá ser oriundo do excesso de salgueiros que ornavam as margens do Varosa ou Barosa. Certo é que esta

“Casa” está toda em remo-delação criteriosa no bom respeito pela traça origi-nal e pelo património que encerra. E tal se deve ao dinamismo do Abade Sei-xeira que aqui pretende trazer turistas e estudan-tes das escolas, ter um museu interactivo, sala de exposições, falar-lhes de arte, explicar-lhes as nossas raízes e fazer per-petuar a memória de um povo através das suas ge-rações mais novas, incu-tindo-lhes o gosto de ser Lusitano. De tal modo foi contagiante a paixão do Abade Seixeira pelo “seu” Mosteiro que promete-mos em breve voltar para aprofundar esta riqueza humana e patrimonial.

Muito em breve!Mas… “tempus fugit”

e a hora era chegada de amesendarmos na Uca-nha na “Tasquinha do Matias”, de Filomena Ma-tias Pinto, onde tínhamos feito reserva prévia. E em boa hora o fizemos, pois, em domingo festivo com procissão e foguetório fo-mos tratados com uma urbanidade, qualidade e variedade que não espe-rávamos encontrar. Este

“santuário” gastronómi-co é digno de visita e lau-to consumo. Diria mesmo, para consumir imodera-damente. Depois de umas entradas a preparar o pa-lato, onde sobressaíram o presunto e o queijo ca-breiro, chegaram os Mi-lhos à Lavrador… uma de-lícia. Servidos na panela de ferro negro, os rolões do trigo, aconchegados num azeite adequado e acompanhados da carne de porco mais pobre mas

não menos saborosa, mui-to chegada à couve tron-cha, foram-nos contados pela Dª Filomena que os aprendeu com o segre-do de sua avó, cuja sen-sibilidade dizia estar na ponta dos dedos que me-xiam o pote, fazendo os milhos sentir na colher o seu moer… Acompanhou com Murganheira branco. Seguiu-se-lhe a Marrã à Tasquinha, travessa onde a sápida carne de porco muito “torresmal” de sua origem, refulgia com sa-dia batata cozida a travo de loureiro bem chegada. Acompanhou com Murga-nheira tinto. “À mesa não se envelhece”, lá diziam os antigos. E nós, na nos-sa humildade complacen-te, apaziguados no espíri-to pela religiosidade das prévias visitações e agora, na carne aplacados por tal magna ceva, deslizámos para o Cordeirinho no Forno de Lenha, servido

Jornal do Centro02 | Setembro | 201128

PASSEIOS DE VERÃO

em romana “tegula”, com um arroz seco de três api-tos e uma salada de asso-bios. Sublime este anho na sua tenrura e elevado em seu sabor pelo forno que lhe deu a assadura. Por minha vontade e dos demais companheiros, o mundo podia acabar-se ali… Mas a Dª Filomena e a Dª Helena, simpáti-ca colaboradora, não nos deram tréguas e para o palato já adormecido em tão cálido leito, trouxe-ram ainda duas traves-sas de barro onde ponti-ficavam o Leite de Creme Torrado e o Arroz Doce com Mel… Bem pode di-zer, Estimado Leitor, que mais árduos mesteres ha-verá que este de apren-diz de “comilão”, que eu, incréu por natureza, lhe responderei asinho “que não senhor, este faz con-corrência ao basalto, em pura dureza!” O tempo, esse maganão nunca dá

tréguas. E depois de um cafezinho bem forte e de uma boa conversa com a simpática e laboriosa Dª Filomena (de quem ficá-mos definitivamente fãs), lá fomos passar a Ponte da Ucanha, com sua Tor-re onde reza “Esta obra mandou fazer D. Fer-nando, abade de Salze-das, em 1465” (embora já venha documentada em 1163). Nós acreditá-mos e confirmámos que o abade era um homem moderno, com vista de longo alcance e precur-sor das modernas scuts, porque já à época as in-ventara para cobrar a to-dos aqueles passantes de Moimenta para Lamego, que tinham que atraves-sar o Varosa pela romana ponte, a portagem estipu-lada que se converteu em apreciável fonte de ren-dimentos para o couto de Algeriz e de defesa para o couto de Salzedas. É de

referir que aqui nasceu o grande estudioso, erudi-to, historiador e etnógrafo, José Leite de Vasconce-los.

Regresso a Viseu por Lamego e A24 sem histó-ria. O vento cálido a asso-biar modinhas às orelhas amoucadas e o estômago abacialmente amaciado. Hei-de voltar a Ucanha e se calhar já para a sema-na…

Um obrigado especial ao Paulo Faro pela cedên-cia sem restrições das magníficas motas Honda que disponibilizou para esta reportagem, sem qualquer hesitação e, ain-da por cima, com o entu-siasmo que lhe corre no sangue!

Nota final: o consumo de bebidas alcoólicas foi feito com moderação e, só houve abuso da minha parte, no litro e meio de água com que reguei o re-pasto…

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011 29

desportoVisto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay O balanço da 1.ª elimi-

natória da taça de Portu-gal é positivo. Só o Canas de Senhorim foi elimi-nado perante um adver-sário difícil como o Cha-ves. Penalva, Cinfães, Tondela e Sporting de Lamego ganharam e se-guem na competição. Na época passada os clubes de Viseu foram preco-cemente eliminados. A Taça é a festa do futebol. O distrito bem merece receber esta festa.

Cartão FairPlay Jorge Almeida, piloto

de Mangualde, conquis-ta o 10.º título nacional da sua carreira, no Cam-peonato de Portugal de Slalom, categoria N/MINI TF, na prova re-alizada em 20 de Agos-to no Satão. Venceu na-turalmente a sua classe bem como a geral abso-luta. Jorge Almeida, em 14 anos de actividade, conta com mais de 3000 troféus conquistados.

Cartão Vermelho As muitas e excelentes

iniciativas desportivas do programa da feira de São Mateus, não têm tido a adesão do públi-co que mereciam. Não é todos os dias que há a possibilidade de se ver tantas modalidades e participantes de muita qualidade. Será a falta de alta competição despor-tiva durante o ano que contagia negativamente o adepto viseense?! Es-peravam-se mais.

Visto

FutebolEquipas de Viseu na Taça de Portugal

Jorge AlmeidaPiloto Perícia

Pouco PúblicoFeira S. Mateus

A Piloto viseense já subiu a rampa no “Espírito Caramulo”

Rampa do Caramulo 2011

Duas gerações rampa acima Pai e filho ∑ José Cruz vai subir com um Radical SR3, Rubén Lopes com um 206 GTi

José Cruz, o pai, Rúben Lopes, o filho, são dois viseenses com estreia marcada para a Rampa do Caramulo 2011.

A subida até ao alto da serra não é novidade para estes dois pilotos, que já tiveram a oportunidade de sentir a adrenalina, e o rápido curvar da estra-da, durante a edição des-te ano do Espírito do Ca-ramulo.

Preparador automóvel,

e com longos anos de liga-ção ao desporto automó-vel na Automotor Sport, de Viseu, José Cruz é tudo menos um novato nestas coisas dos carros de com-petição, embora esta ex-periência na Rampa do Caramulo seja algo dife-rente. “Subir e depressa” é a receita do piloto viseen-se, que vai tripular um Ra-dical SR3, uma carro ca-paz de proporcionar um andamento muito rápido.

O piloto viseense, menos experiente em rampas que os seus principais ad-versários poderá ser uma das revelações da prova, embora vencer não esteja nos seus planos, tal a qua-lidade dos adversários em prova e que compe-tem, com aspirações, no Campeonato de Portugal de Montanha.

Quanto a Rúben Lopes, vai voltar a subir a Rampa do Caramulo ao volante

do Peugeot 206 GTi com que participou no Espírito do Caramulo.

Mais do que pensar em resultados, o jovem pilo-to viseense está mais pre-ocupado em se divertir nesta prova. Perante ad-versários habituados às andanças das rampas, Rú-ben Lopes terá oportuni-dade de avaliar o seu po-tencial neste tipo de pro-vas, quem sabe a pensar em experiências futuras.

Ficou muito próximo da perfeição a prestação das equipas de Viseu na primei-ra eliminatória da Taça de Portugal.

Das cinco que competi-ram na primeira ronda da prova, apenas o Canas de Se-nhorim, sem surpresa, ficou pelo caminho. Derrota por 7 a 0 em Chaves frente a uma equipa procura retomar os caminhos das competições profissionais.

Quanto às restantes, com maior ou menor dificulda-de, lá conseguiram seguir para a segunda eliminatória. Mais complicada a missão do Tondela que apenas no prolongamento conseguiu desenvencilhar-se no Giná-sio de Alcobaça. Depois de uma igualdade a três golos no final dos 90 minutos, os tondelenses venceram por 5 a 4, no prolongamento.

O Penalva do Castelo, em

casa, derrotou o Prainha por 3 a 0, o Cinfães elimi-nou o Vianense por 2 a 1 e o Sporting de Lamego foi aos Açores vencer o sporting Guadalupe por 1 a 0.

A estas quatro equi-pas, juntam-se os “isentos” Académico de Viseu, Olivei-ra de Frades e Sampedren-se.

No fecho desta edição ain-da não era conhecido o sor-teio da II eliminatória. GP

Taça de Portugal

Eliminação do Canas impediu o pleno

A “Regressado” Ruca marcou pelo Tondela

AGENDA FIM-DE-SEMANA

FUTEBOL

II DIVISÃO NACIONAL SÉRIE CENTRO

01ª jornada - 04 Set - 17h00

FC Madalena (03/09) Gondomar

Padroense - Anadia

Operário - Coimbrões

Paredes - Sp. Espinho

Oliv. Bairro - Tondela

Amarante - S.J. Ver

Cinfães - Angrense

Boavista (15/09) Aliados Lordelo

III DIVISÃO NACIONAL

SÉRIE B

1ª jornada - 04 Set - 17h00

Infesta - Sp. Meda

Vila Meã - Sousense

Cesarense - Alpendorada

Sp. Lamego - Vila Real

Serzedelo - Grijó

Leça - Rebordosa

III DIVISÃO NACIONAL

SÉRIE C

1ª jornada - 04 Set - 17h00

Avanca - Valecambrense

Canas Senhorim - Ac. Viseu

P. Castelo - Bustelo

Sampedrense - Oliv. Frades

Sanjoanense - Oliv. Hospital

Nogueirense - Alba

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

30

DESPORTO | MODALIDADES

Ténis de Mesa

Tribunal decidiu quem manda na modalidade

Viseu 2001 apresentou-se com “vontadede ganhar”

O Tribunal Administra-tivo de Lisboa colocou um ponto final sobre a existên-cia de duas Associações de Ténis de Mesa no distrito.

Associação de Ténis de Mesa (ATMV), sedeada em Viseu, fundada pelo falecido Carlos Costa, e Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu (ATMDV), com sede em Resende, há muito que es-grimiam argumentos so-bre quem deveria repre-sentar a modalidade no distrito.

Embora sem reconheci-mento federativo, a ATMV continuava a existir, pelo menos por alturas dos jo-gos desportivos concelhios

de algumas autarquias, o que gerava alguma confu-são junto de clubes e atle-tas.

Em 2000, o apareci-mento da ATMDV, em Resende, e o seu reconhe-cimento pela federação, le-vou a que os então dirigen-tes da ATMV avançassem com um proesso judicial.

Em 9 de Maio de 2007, o Tribunal de Relação de Lisboa, deu razão à Asso-ciação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu, agora reconfirmada pelo Tribu-nal Administrativo.

Para Aquilino Pinto, pre-sidente da ATMDV, “ter-minou uma triste novela”. GP

O Viseu 2001 apresen-tou na manhã de segun-da-feira - dia 29 de Agos-to - a equipa sénior que vai competir, pelo quarto ano consecutivo, na série A da 2ª divisão nacional de futsal. O local escolhi-do foi a Cava do Viriato, junto à estátua de Viriato, valente guerreiro viseen-se, que figura no logótipo do Viseu 2001.

A ocasião foi marcada pela apresentação de mais quatro reforços que “che-gam para ajudar a equipa a alcançar os objectivos”, referiu o técnico Rui Al-meida. Dani, que actua na posição de fixo, jogou na

época transacta no Ama-nhã Criança, o ala César, ex-Salgueiros 08, Bruno Marques que subiu da equipa dos juniores e re-gressado ala/pivot Rob-son, proveniente da Aca-démica de Coimbra, clube para onde se transferiu de-pois de várias épocas em Viseu, juntam-se às ante-riores cinco contratações, num plantel composto por 14 jogadores.

Segundo Rui Almeida, “o plantel está fechado, os reforços vieram ocu-par posições em que es-távamos um pouco debi-litados e com a saída de alguns jogadores tivemos

de reequilibrar a equipa, os jogadores que chega-ram dão-me todas as ga-rantias”. O técnico optou por desvalorizar a “ob-sessão” de alcançar a 1ª divisão nacional de futsal contudo, garantiu que “o clube tem essa ambição e que mais cedo ou mais tarde vai alcançar essa meta”. Para já, “o lema do Viseu 2001 passa por tra-balhar muito e com humil-dade para ganhar em to-dos os pavilhões”. Em jeito de conclusão, o treinador não esqueceu o fervoro-so apoio dos amantes da modalidade durante toda a época e agradeceu, em

nome do Viseu 2001, di-zendo que “os jogadores sentiram esse carinho e querem retribuir este ano com vitórias”.

“Praticar um futsal de qualidade e entrar com vontade de ganhar”, é esta a mentalidade que Paulo Lopes, presidente do clu-be, quer nos jogadores do Viseu 2001. O orçamento global para a nova épo-ca, incluindo escalões de formação e equipa sénior, que ronda os 120 mil euros, “sofreu uma redução com-parativamente ao ano pas-sado, mas acredito que va-mos lutar pelos primeiros lugares”, concluiu. TVP

+ profissionalo encontro

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Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

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DESPORTO | MODALIDADES

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Futebol

Beré regressou a TondelaBeré, avançado brasileiro que já ves-

tiu a camisola do Tondela, está de re-gresso ao clube onde se destacou como goleador.

Em 2008/2009 apontou 33 golos em 23 jogos. Mereceu por isso a cobiça de clubes de escalões superiores, tendo na ociasião assinado pelo Sporting da Covilhã, equipa da II Liga Profissio-nal.

Nos serranos nunca chegou a impôr-se. Fez apenas quatro jogos, suficientes para apontar dois golos, mas acabou por, ainda durante essa temporada, se transferir para o Arouca, onde voltou a confirmar a sua capacidade goleadora. Marcou 6 golos em 10 jogos.

Na última época, Berá esteve no Bo-avista, onde apontou 14 golos nos 26 jogos em que vestiu a camisola axa-drezada.

Está agora de regresso ao clube onde despontou no futebol português, po-dendo ser já opção de Vítor Paneira para a deslocação a Oliveira de Bair-ro, na estreia do Tondela no Nacional de Futebol da II Divisão Centro, 2011 - 2012.

De saída está Hugo Oliveira. O avan-çado que era um dos reforços para a nova época vai jogar no Lousada. GP

CARAMULO MOTORFESTIVAL 2011

Rampa voltaa ser “Rainha” do evento

30 pilotos i ncr itos nas diversas catego-rias, vão animar a subi-da da Rampa do Cara-mulo, prova pontuável para o Campeonato de Portugal de Montanha, e que volta a ser o even-to principal do Caramu-lo Motorfestival 2011.

É a quinta prova do campoenato deste ano, f icando ainda a faltar mais três até ao final da temporada.

E nt re os i n sc r i tos

destaca-se a presença de Paulo Ramalho, em Juno SSE CN, que domi-nou na edição de 2010 e se apresenta como prin-cipal candidato à vitória este ano.

Como principais ad-versários, os três outros pilotos da Categoria 2, que pela relação peso/potência que apresen-tam, não deverão dar grandes chances aos carros da categoria 1.

Categoria 2 onde um

dos inscritos é o viseen-se José Cruz que conduz um Radical SR3 , mas onde o principal adver-sário de Paulo Ramalho deverá ser José Fonse-ca, piloto da Covilhã, que tripula um Silver-car, face à ausência de Daniel Matias, actual segundo classificado no Campeonato de Monta-nha.

Paulo Ramalho tem duas vitórias este ano, contra uma de Patrick

Cunha e outra de Pedro Salvador, piloto que em termos competitivos es-tará também ausente do Caramulo.

José Cr u z e T i a go Reis, com um BRC CM, poderão ser os outsi-ders nesta prova.

Há ainda que contar com o Porsche 91 1 de António Nogueira, que embora de Categoria 1, é um carro já com pro-vas dadas, capaz de lu-tar, senão pela vitória,

pelo menos por um dos lugares do pódio.

Quanto ao resto, tudo poderá acontecer nas diversas categorias. O Caramulo já mostrou que é uma Rampa capaz de provocar surpresas.

Emoção, essa é mais do que garantida. Subir, e depressa, será palavra de ordem ao longo de todo a manhã e princí-pio da tarde de sábado, dia 3 de Setembro, com os treinos de manhã, e

as mangas de qualif i-cação, que começam a partir das 14h00.

Curiosidade extra, a estreia do Porsche 911 Cayman R, uma das via-turas “0” no Caramulo, bem como a presença dos consgrados pilotos Armindo Araújo e Eli-sabete Jacinto, que se associam a este evento que promete levar mui-tos milhares até ao Mo-torfestival ao longo des-te fim-de-semana.

A Paulo Ramalho não deu hipóteses e venceu em 2010

A Beré marcou 14 golos em 2010/2011

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

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CULTURAS

Arcas da memóriaexpos

roteiro cinemas

Uma fl or de papel sobre o caixão

Estreia da semana

Um Dia – Depois de terem passado, na universidade, o dia da sua formatura juntos – 15 Ju-lho, 1988 – Emma Morley e Dex-ter Mayhew começam uma ami-zade que irá durar a vida inteira. Ela é uma rapariga simples cheia de princípios e ambições que so-nha transformar o mundo num lugar melhor.

Destaque

In memoriam de Cândi-da do Céu Ferreira

Chamava-se Cândi-da. Cândida do Céu. E eu conhecia dos olhos dela a cor azul e no rosto dela eu via sempre a tranquila imagem de quem está de bem com o mundo que fi-cava ao seu redor. Cândida do Céu Ferreira era artesã. Mas também aprendeu a camponesa. Foi mãe, avó, mulher das sete partidas, de viagens de aventura na roda do seu pequeno mun-do que raramente se esten-deu para além de algumas léguas da sua terra, a Fra-gosela. Mulher de um ofí-cio singular, fazedora de flores de papel, desde me-nina. Ofício aprendido do avô, apurado em serões de longa demora que se mul-tiplicavam nos meados da primavera quando os ro-meiros começavam a pas-sar pelos caminhos. Baú de Folha de Flandres, pe-sando à cabeça, caminhos fora nas madrugadas, um pano de linho armado em duas varas a deslado da ca-pela e uma festa de flores a iluminar o arraial, a cati-var quem passava nas lon-gas filas da procissão. Flo-res de namorados, verdes e vermelhas, de outras cores

e os versos em quadra, fa-lando de amores e o peito das raparigas e o chapéu dos rapazes e os corações deles que as flores que lhes vendia punham a bater. S. Macário, Senhora da Lapa, Santa Eufémia, Senhor dos Caminhos, dos Afli-tos, Senhor dos Milagres, promessas cumpridas, às vezes de anjinhos. Silvas, camélias, palmas de andor, flores de arame, cravos, flores de saudade no mês dos Finados, papéis recor-tados com ingénuos dese-nhos de sua invenção, cola e arame e fios dourados e nos tempos primeiros pe-nas de pavão que lhe apa-nhavam no chão do Fonte-lo. Contas compradas para um cordão. Contas conta-das na palma da mão. Os filhos criados. Os tempos mudados. Flores murchan-do num solitário. Cruzadas as mãos no chão do regaço. Cândida do Céu partindo agora, na hora marcada, para a última viagem. Não leva o baú. Leva um braça-do de flores no caixão. Se calhar quis levá-las para dar aos anjinhos que an-dam aos ombros com a Virgem Maria.

Com o meu preito de ho-menagem.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

A escultura de vulto representando “Santa Ana e a Virgem”, clas-sificado como Tesouro Nacional, é uma das peças mais significa-tivas da colecção de escultura religiosa existente no Museu de Grão Vasco, em Viseu. A obra é atribuída a Claude de Laprade.

D “Santa Ana e a Virgem”

O Teatro Viriato, em Viseu, inicia a tempora-da de Setembro a Dezem-bro com a estreia absolu-ta de “Não se Brinca com o Amor”, da companhia Artistas Unidos, nos dias 16 e 17 de Setembro, pelas 21h30. A peça, nunca antes apresentada em Portugal, evoca o romance trági-co de Camille e Perdican, interpretado por Catari-na Wallenstein e Elmano Sancho.

Em conferência de im-prensa, o director Paulo Ribeiro disse tratar-se de uma programação “essen-cialmente nacional com uma forte componente te-

atral”. Até ao fim do ano, a palavra será homenagea-da através das diferentes artes de palco.

No final de Setembro - dia 24 - o artista multifa-cetado Zeca Medeiros irá apresentar os novos temas do recente editado “Fados, Fantasmas e Folias”.

O Teatro Viriato está integrado na rede de pro-gramação cultural “5 Sen-tidos” e, desta forma, os coreógrafos/criadores Gonçalo Waddington, Rui Catalão e Sofia Din-ger vão apresentar os seus espectáculos no palco vi-seense.

Se houver verbas, os

dias nove e dez de De-zembro vão receber um dos mais antigos espectá-culos de dança da Compa-nhia Paulo Ribeiro, “Ru-mor de Deuses”.

Na música, o Teatro Viriato propõe o trio de músicos da nova geração portuguesa “Open Field String Trio”, a 19 de Ou-tubro.

Em jeito de conclusão, Paulo Ribeiro considera que se trata de uma pro-gramação “interessante”, num teatro que vem man-tendo uma taxa de ocupa-ção de 83 por cento.

Tiago Virgílio Pereira

“Não se Brinca com o Amor” abre temporada Teatro Viriato ∑ Até ao fim do ano, aposta recai nos artistas nacionais

A A palavra vai ser homenageada através das diferentes artes de palco

VISEU

∑Edifício da Refer

Até dia 30 de Setembro

Exposição de fotografia

“Viseu, Memória Ferro-

viária”.

∑Palácio do Gelo

Até dia 29 de Setembro

Exposição de brinquedos

da marca “Playmobil”,

que passa em revista os

35 anos da marca.

MOIMENTA DA

BEIRA

∑Biblioteca Municipal

Aquilino Ribeiro

Até dia 30 de Setembro

Exposição de pintura

(óleos e aguarelas) su-

bordinada ao tema do

Douro, pelo artista Fer-

nando Osório.

SANTA COMBA DÃO

∑Átrio da Biblioteca

Até dia 30 de Novembro,

Exposição temática “Pri-

mórdios da Fotografia”.

MANGUALDE

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Setembro

Exposição de pintura

“Arte Contemporânea”,

por Maria da Costa.

VISEU

FORUM VISEU

(LUSOMUNDO)

Sessões diárias às 11h00* (Só

Dom.), 14h00, 16h30, 19h00,

21h30, 00h00*

Os Smurfs

(M6) (Dob.) (Digital)

Sessões diárias às 15h00,

18h00, 21h00, 23h40*

Planeta dos Macacos – A

Origem

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h35,

16h15, 18h45, 21h40, 00h20*

Conan o Barbaro

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30,

17h30, 21h10, 00h10*

Capitão América

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50,

16h25, 19h20, 21h50, 00h25*

Chefes Intragáveis

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20,

16h45, 19h10, 22h00, 00h30*

O Último Destino 5

(CB) (Digital 3D)

PALÁCIO DO GELO

(LUSOMUNDO)

Sessões diárias às 11h00

(Dom.), 13h30, 16h00, 18h35,

21h10, 23h50*

Os Smurfs

(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h10,

17h20, 21h20, 00h00*

Conan - O Bárbaro

(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h40,

16h20, 19h00, 21h50, 00h30*

Amigos Coloridos

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h30,

00h10*

Planeta dos Macacos – A

Origem

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00,

18h10, 21h00, 23h50*

Cowboys & Aliens

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50,

16h30, 19h10, 21h40, 00h20*

Um Dia

(CB) (Digital)

Legenda

* Sexta e Sábado

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

33

Lamego recebe a pri-meira edição do festi-val de música moderna “TRC Zigur Fest”, hoje e amanhã, no auditório do Teatro Ribeiro Concei-ção e no Puro Malte Bar.

Integrado na progra-mação do Teatro Ribeiro Conceição, este festival que vai decorrer duran-te a tarde e a noite, trás à cidade duriense nove

bandas. Os destaques vão para Peixe: Avião, Dear Telephone e John is Gone. O festival tem como principais objec-tivos proporcionar aos amantes deste género musical a audição de bandas de renome no panorama musical por-tuguês, bem como a des-coberta de novos talen-tos.

Para além da música, o evento conta ainda com uma exposição de foto-grafias no espaço do Ser-viço Educativo do teatro e a projecção de dois documentários: “Signi-ficado - A música por-tuguesa se gostasse dela própria”, de Tiago Perei-ra e “Alegria com firme-za Firmeza com alegria”, de Tiago Cabral. TVP

Festival de música moderna em Lamego

A Casa da Cultura de Santa Comba Dão tem um novo horário de fun-cionamento. Assim, passa a funcionar de domingo a sexta-feira entre as 15h00 e as 19h00. Aquando da realização de espectáculos no Cinetea-tro, o período de funcionamento será alargado.

D Casa da Cultura tem novo horário

Destaque

Sernancelhe vai acolher o 13º Concurso e Festival Internacional de Guitarra Clássica, entre os dias sete e 10 de Setembro, no Au-ditório Municipal de Ser-nancelhe.

O evento é dos mais re-putados do género no país, uma vez que é procurado por guitarristas de todo o mundo que, aqui, encon-tram uma oportunidade para lançarem as suas car-reiras.

A direcção artísti-ca é de Paula Sobral e José Carlos Sousa e o evento conta, este ano, com parceiros como o Conservatório Regional de Viseu, Teatro Viriato, ACERT – Associação Cultural e Recreativa de Tondela, Teatro Municipal da Guarda, Guitaressonn e Teatro Ribeiro Conceição, A Savarez e a Florista Mil em Rama apoiam o evento enquanto que a organiza-ção está a cargo do muni-cípio de Sernancelhe e da PROVISEU - Associação para a Promoção de Viseu e Região.

O Auditório Municipal de Sernancelhe, antigo edifício dos Paços do Con-celho, irá acolher durante três dias o concurso, o fes-tival e também as master-classes, destinadas a gui-tarristas de nível médio

ou superior, músicos pro-fissionais e professores de guitarra. Os inscritos po-derão ser participantes ac-tivos ou apenas ouvintes, havendo um limite máxi-mo de 15 participantes ac-tivos, cada um dos quais terá três aulas de 30 minu-tos cada, ficando assegu-rada pelo menos uma aula com o professor da sua es-colha.

O Concurso e Festival Internacional de Gui-

tarra Clássica preten-de proporcionar ao

público a oportu-nidade de des-

frutar de in-terpreta-

ç õ e s

musicais de qualidade, sem ter neces-sidade de acor-rer aos gran-des centros e de forma gratu ita . Além dis-so, o even-to incentiva o aparecimento de novos valores musicais e divulga o concelho de Sernan-celhe.

Este concurso acon-tece desde 1999, sem-

pre no mês de Setembro, e já destacou guitarristas oriundos de vários países: Austrália, França, Rússia, Chile, Polónia, Suécia, Ucrânia e Japão são alguns exemplos.

Do programa do concur-so constam três eliminató-rias, todas abertas ao públi-co, e com um júri que vai escolher os candidatos que irão disputar os prémios pecuniários previstos no regulamento e oferecidos pela organização aos três primeiros classificados do concurso.

À componente compe-titiva junta-se a vertente festival, este ano com ar-tistas da guitarra clássica como Margarita Escarpa (Espanha), Duo Perroy (França), Pedro Rodrigues (Portugal) e Duo de Sousa (Portugal e França).

Tiago Virgílio Pereira

Concurso e Festival Internacional de Guitarra Clássica13ª edição ∑ Sernancelhe acolhe um dos eventos mais reputados do país

mo onal ato, ção a de ipal nn e ção, Mil

ento iza-uni-e da ção seu

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ante fes-ter-gui-dio

Internacional de Guitarra Clássica preten-

de proporcionar aopúblico a oportu-

nidade de des-frutar de in-

terpreta-ç õ e s

musicais de qualidade, sem ter neces-sidade de acor-rer aos gran-des centros e de forma gratu ita .Além dis-so, o even-to incentiva o aparecimentode novos valores musicais e divulga oconcelho de Sernan-celhe.

Este concurso acon-tece desde 1999, sem-

regulamento e oferecidospela organização aos três primeiros classificados do concurso.

À componente compe-titiva junta-se a vertente festival, este ano com ar-tistas da guitarra clássica como Margarita Escarpa(Espanha), Duo Perroy (França), Pedro Rodrigues (Portugal) e Duo de Sousa (Portugal e França).

Tiago Virgílio Pereira

Música

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

34

culturas

PROGRAMADE 2 A 8 DE SETEMBRO

Dia 2

∑ Concerto com Mercado Negro seguido de Jorge Palma, 22h00, palco 1.

Dia 3

∑ Banda da Sociedade Musical 2 de Fevereiro, 16h00, palco 2.

∑ Desfile: “A voar se Brinca em

Feira com Asas”, 20h00.

∑ Concerto com Orelha Negra, 22h00, palco 1.

Dia 4

∑ Domingo Franco

∑ Quadros etnográficos em ani-mação de rua, 16h00, recinto da feira.

∑ Merenda Tradicional - Baile Tradicional, 18h30, recinto da feira.

∑ Desfile: “A voar se Brinca em Feira com Asas”, 20h00.

∑ Festival de Folclore, 21h30, palco 1.

Dia 5

∑ Banda “Soma e Segue”, 22h00, palco 1.

Dia 6

∑ Espectáculo com Cantasumfa-do, 22h00, palco 2.

Dia 7

∑ Tuna Real Tonel Académico, 22h00, palco 2.

∑ Quartas FNAC: Birds are Indie, 23h00, palco 3 (Viriathus Loun-ge).

Dia 8

∑ Actuação do Grupo de Cava-quinhos da Associação Passil-gueirense - Silgueiros e Grupo Cantorias, 22h00, palco 2.

FEIRA DE S. MATEUS

Pedro Abrunhosa fala da sua ligação à região

Pedro Abrunhosa esteve em Viseu para um concer-to na Feira de S. Mateus. Além do espectáculo, o artista fala da sua ligação à região, que viu crescer e na qual se refugia e inspira para criar novos temas.Apesar de ser um cantor bastante acarinhado e com muito sucesso junto do público – graças a te-mas como “Momento”, “Não Desistas de Mim” ou “Fazer o que ainda não foi feito” – diz que ainda nada foi concluído. O que o move é o que fal-ta concretizar.Quanto à música, que as-sume ser uma forma de estar em contacto com a sua alma, não poupa elogios

Como foi actuar na Feira de S. Mateus?Esta foi a segunda vez que

estive na Feira de S. Mateus. O público é muito exigente, habi-tuado a bons espectáculos e foi isso que tentei proporcionar.

Esta não foi, portanto, a primeira vez que esteve em Viseu. Qual a sua relação com a cidade?A m i n h a f a m í l i a é d e

Moimenta da Beira, por isso conheço muito bem a cidade e tive a oportunidade de assis-tir ao seu crescimento. Passei aqui grande parte da minha in-fância e sou visita assídua do Museu Grão Vasco, das uni-

dades hoteleiras da região e do Centro Histórico, que vi ser reabilitado e dignificado.

Com o público viseense fiz grandes espectáculos próprios, como a produção de 1994, em espaços nocturnos; actuei no Teatro Viriato, na Feira de S. Mateus e dei outros concertos em festividades.

Como referiu anteriormente, têm raízes na região. É bom actuar perto de casa?Tendo em conta que anda-

mos pelo mundo inteiro, sim. A Beira Alta é a minha zona por excelência. É sabido que, entre dois discos, retiro-me durante algum tempo para escrever e escolho sempre a zona da Serra da Nave, muito perto de Viseu.

Esta é uma região que me é muito cara, pela sua morfo-logia, pelo granito, pelos pi-nheiros… Sem dúvida que é a minha zona preferida do país e na qual escrevi alguns dos meus grandes êxitos.

Depois preciso também do outro lado, da vertente urba-na de Nova Iorque, onde es-tou a viver há já alguns anos. As duas coisas complemen-tam-se.

Mas quando chego ao país, estar em Viseu ou no Porto é como estar em casa.

Muitos anos e após ter lançado vários trabalhos, o que é que “ainda não foi feito”?Tudo. O que já fizemos tem

pouca importância e o que in-teressa é o que temos para fa-zer. É isso que nos move, e é por isso que vou produzindo com alguma regularidade coi-

sas que as pessoas gostem de ouvir.

Este é um princípio válido para tudo: ciência, política ou até para o amor.

No dia em que já não tiver mais nada para fazer, certa-mente já não estarei entre os vivos.

O que é a música para si?É uma festa, uma comu-

nhão, uma forma de prazer imensa, de contacto divino; uma maneira de encontrar pessoas e de estar em contac-to com a minha alma e com o meu interior. É também uma forma de falar.

Como vê o futuro do sector da-qui a alguns anos?Actualmente existem mui-

tas bandas e grupos, a indús-tria do disco é que desapa-receu. O que vinga é a quali-dade e o trabalho que se faz, pelo que não adianta vestir fatos espaciais ou encher o palco de luzes e de fumo. Isso não engana o público.

As pessoas gostam de can-ções e ouvem o que passa nas rádios, que têm neste mo-mento um papel fundamen-tal. Depois, também têm a possibilidade de ir à internet buscar, uma a uma, as músi-cas de que gostam.

O público é genuíno e ver-dadeiro, não se consegue iludir. Por isso, não queren-do fazer futurologia, acredi-to que vão manter-se algu-mas das bandas que existem agora, mas serão as pessoas a ditar essa escolha. Os mú-sicos, no fundo, são apenas peões.

“A Beira Alta é a minha zona por excelência”

A Pedro Abrunhosa

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011

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em foco

Nun

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reira

Jornal do Centro02 | Setembro | 201136

Homenagem no House Moments SpaO House Moments Spa, localizado em Abraveses, Viseu, foi o local escolhi-

do para o jantar de despedida do embaixador de Moçambique em Portugal, Miguel Mkaima e da embaixatriz Glória Mkaima, que partem para “uma nova missão em Havana, Cuba”, como referiu o embaixador. O House Moments Spa recebeu muitas caras conhecidas da política, empresários e colaboradores do grupo SH, SGPS SA. que prestaram não um adeus mas sim um até já a Miguel e Glória Mkaima. A noite foi animada ao som de um Dj e o convívio e a boa disposição imperaram. Miguel Mkaima aproveitou o momento para realçar “as qualidades humanas do empresário Pedro Santiago”, presidente do Con-selho de Administração do grupo SH, SGPS SA. A festa continuou noite den-tro com os “resistentes”, nos bares do centro histórico da cidade seguido de um “pézinho de dança” numa discoteca da cidade. TVP

em focoJornal do Centro02 | Setembro | 2011 37

O Moto Clube de Viseu organizou mais uma vez a sua Concen-tração Motard “Feira de S. Mateus”, cumprindo este ano a 20ª edição do encontro que trou-xe a Viseu centenas de amantes das duas rodas vindos de vários pontos do país.

Cumpriu-se a tradição num encontro que já tem presenças habituais e é uma atracção à cidade durante a Feira. As acti-vidades foram as que ca-racterizam estes encon-tros, tais como os jogos tradicionais, música ao vivo e as esperadas “me-ninas do strip-tease”.

E tudo regado com muita cerveja para re-frescar do tempo quen-te. JL

20 anos de motas na FeiraFo

tos:

José

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23 SET 21H30“porViseu’60s”

APRESENTAÇÃO DO LIVRO NOMONTEBELO VISEU HOTEL & SPA

23 SET 21H30“porViseu’60s”

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UMA INFUSÃO DE BOM GOSTOVISEU 24 SET 20H

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saúdeOs fritos

Apetitosos sabores,terríveis consequências

Opinião

Os alimentos subme-tidos à fritura revelam um conjunto de aromas inigualáveis. Penso que todos nós já nos deliciá-mos com as praticamen-te extintas batatas fritas feitas em casa e com os saudosos bifes a cavalo, prato frequente na nos-sa alimentação infan-til e juvenil, já para não falar nos deliciosos pe-tiscos que com alguma regularidade encontra-mos como entradas nos restaurantes e nas tas-cas que são certamente uma fiel reserva da tí-pica gastronomia por-tuguesa.

Por norma, os óleos utilizados nas frituras são de girassol, sendo ainda possível a utiliza-ção dos de milho ou de amendoim, bem como a banha, mas já com uma frequência excepcional. Estes óleos apresentam um ponto de ebulição a 180 ºC e, neste senti-do, importa manter al-guns cuidados para a sua correcta utilização, dos quais destacamos pela sua importância os seguintes:

Os óleos alimenta-res devem ser utiliza-dos por norma até 4 a 5 vezes.

Nestas situações, e após cada fritura, es-tes devem ser coados, removidos e filtrados. As pequenas partículas que aí se vão depositan-do passam a constituir uma massa densa e es-pessa de difícil remo-ção e são várias vezes fritas, constituindo des-te modo os precursores dos grandes problemas alimentares amplamen-te noticiados com o seu consumo.

Os óleos devem ser conservados numa em-balagem de vidro de cor verde escura, rolhada, na ausência de luz e não nas fritadeiras em con-tacto com o ar.

Quando os óleos a utilizar começam a evi-denciar alguma viscosi-dade, com uma cor de

mel, e aquando da fer-vura, libertam aromas desagraváveis e fumos frequentes, estes já não se encontram em con-dições de utilização. As frituras aí realiza-das são de má qualida-de com repercussões na componente aromática e um verdadeiro perigo para a saúde.

Após a fritura, e se possível, os alimen-tos devem permanecer num papel absorvente, no sentido de tentar re-tirar o excesso de óleo que resulta desta ope-ração.

No caso concreto das batatas fritas, o seu teor em gordura é de 32% (32 gramas por cada 100 gramas de alimen-to), percentagem que corresponde a aproxi-madamente meio copo de óleo! Imagina-se a beber tal quantidade de gordura?

Por outro lado, os óle-os não devem ser derra-mados na banca nem na casa de banho. Um dos maiores problemas que se verificam na ETARs (estações de tratamento de águas residuais) re-sulta dos altos conteú-dos de óleos que impe-dem a degradação das lamas por parte dos mi-crorganismos, vulgar-mente conhecidos como os tratamentos biológi-cos, constituindo uma película de difícil degra-dação.

Sendo assim, os res-tos dos óleos de fritura devem ser armazenados numa garrafa ou garra-fão de plástico e entre-gues, preferencialmen-te, nos ecopontos com essa valência ou no res-taurante mais próximo. Os seus proprietários agradecem este gesto e o ambiente vai sair cla-ramente beneficiado. Estes óleos vão ser re-colhidos, tratados e in-corporados no recente biodiesel. Como dizia Lavoisier “ Nada se per-de, tudo se transfere e transforma”.

Hospital de Tondela justifica mais gastosRelatório∑ Aumento de despesa em Tondela deve-se a serviços encerrados até 2010

A direção do Hospital Cândido de Figueiredo, em Tondela, justificou o aumento de 342,7 por cen-to da despesa com medi-camentos com o facto de a unidade de internamen-to e o bloco operatório te-rem estado encerrados no ano passado.

De acordo com uma in-formação recente do Di-ário Económico, apesar dos gestores hospitalares terem ordens expressas de contenção, os números divulgados num relatório da Autoridade do Medica-mento mostram que esta continua a ser uma despe-sa que resiste em baixar: até junho os hospitais já gastaram mais 83 milhões de euros do que no mesmo período de 2010.

Segundo o mesmo jor-nal, os dados divulgados “mostram que em alguns hospitais os gastos dispa-raram”, como “é o caso do

hospital de S. João, no Por-to, o segundo maior do país, que registou um au-mento do consumo de me-dicamentos de 32,3 por cen-to”, e do hospital Cândido de Figueiredo de Tondela, onde “o aumento da despe-sa chegou mesmo aos 342,7 por cento”.

Fonte da direção do hos-pital de Tondela explicou que “essa percentagem de aumento não é real, por-

que não há forma de com-parar”.

A mesma fonte, citada pela Agência Lusa, lembrou que, “de Agosto de 2009 a Outubro de 2010, a unidade de internamento e o bloco operatório estiveram para-dos” devido a obras de re-qualificação e ampliação do hospital. Por outro lado, acrescentou, “em feverei-ro de 2011 abriu no hospital uma unidade de cuidados

paliativos com 20 camas”.“Se o internamento e o

bloco operatório estive-ram parados mais de um ano, é lógico que, quando retomaram a sua activida-de, foi praticamente a par-tir do zero para a despesa global”, frisou, acrescen-tando que “é sobretudo no internamento e no bloco que se gasta medicação”.

Lusa

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

A Mais 342 por cento de gastos no hospital de Tondela

Arq

uivo

Jornal do Centro02 | Setembro | 201138

SAÚDE

O quadro de médicos de clínica geral do Centro de Saúde de Penalva do Cas-telo vai ser suficiente para assegurar o atendimento dos pacientes que não têm médico de família. Esta foi a garantia dada aos utentes daquele concelho pela Ad-ministração Regional de Saúde do Centro depois de uma manifestação realiza-

da em Coimbra.Os cerca de 30 mani-

festantes mostraram-se indignados pela falta de médicos no Centro de Saúde de Penalva do Cas-telo, o que impedia mui-tos utentes de ter médico de família.

O vice-presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, Má-

rio Ferreira, declarou que o agrupamento onde se integra o Centro de Saúde de Penalva do Castelo “é o mais carenciado da região centro em todos os profis-sionais de saúde”.

O mesmo responsável informou que dois médicos estrangeiros denunciaram recentemente os seus con-tratos, o que veio aumentar

os poblemas de atendimen-to aos utentes de Penalva. Até ao preenchimento das duas vagas, os quatro mé-dicos que ali prestam ser-viço vão assegurar o aten-dimento a todos os utentes do concelho. Os utentes lo-cais reivindicam ainda um aumento de horas de fun-cionamento do centro ao fim-de-semana. JL

Médicos garantem serviço em Penalva

EM CASO DE INTOXICAÇÃO

chamada local

808 250 143

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011 39

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

CATARINA DE AZEVEDOMorada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email [email protected]

CARLA MARIA BERNARDESMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295JOÃO MARTINSMorada Rua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ANTÓNIO M. MENDESMorada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ MIGUEL MARQUESMorada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email [email protected]

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Man-teiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morce-la como fazem nas Aldeias, Feijo-cas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 15 euros. Mora-da Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observa-ções Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Mo-rada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefo-ne 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE BELOS COMERES (ROYAL)Especialidades Restaurantes Ma-risqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, bapti-zados, convívios, grupos.

TELHEIRO DO MILÉNIOQUINTA FONTINHA DA PEDRAEspecialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Do-mingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, bapti-zados e outros eventos) e Domin-gos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515-016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE A COCHEIRAEspecialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Ob-servações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Fol-ga Sábado (excepto Verão). Pre-ço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.

Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

RESTAURANTE EIRA DA BICAEspecialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Fol-ga 2ª Feira. Preço médio refei-ção 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilhari-gues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMARESTAURANTE SANTA RITAEspecialidades Bacalhau Espiri-tual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Fol-ga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fáti-ma. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http://santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresenta-ção do Jornal do Centro 5% des-conto no total da factura.

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CLASSIFICADOS Jornal do Centro02 | Setembro | 201140

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Impressor de “offset” c/ expe-riência na área. Tondela – Ref. 587768257

Pedreiro de acabamentos com experiência. Tondela – Ref. 587766379

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Enfermeiro. Tabuaço – Ref. 587759441

Chefe de cozinha. Chefiar a equipa do restaurante, preparar ementas e gestão comercial com experiência e formação na área e conhecimentos de informática. Lamego – Ref. 587765140

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Serralheiro civil. Elaboração e montagem de estruturas metálicas (metalomecânica em geral). Moimenta da Beira – Ref. 587762479

Pedreiro. Lamego – Ref. 587767580

Ajudante familiar. Auxiliar de preferência com carta de condu-ção. Tabuaço – Ref. 587777835

Ajudante de padaria com ou sem experiência mas com per-fil para o sector. Sátão – Ref. 587778081

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Distribuidor. Lamego – Ref. 587778441

Cozinheiro confecção de refei-ções (com experiencia de pelo menos 12 meses). Tabuaço – Ref. 587778836

Canalizador com conhecimentos em ar condicionado e energias. Lamego – Ref. 587778846

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL

(232 720 170)Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Serralheiro mecânico / traba-

lhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Centro de Emprego de VISEU

(232 483 460)Ajudante de cozinha. Viseu – Ref. 587779121

Cozinheiro. Viseu – Ref. 587779120

Empregado de Mesa. Viseu – Ref. 587779115

Trabalhador indiferenciado. Viseu – Ref. 587779093

Técnico de Vendas. Viseu – Ref. 587778530

Empregado de balcão. Viseu – Ref. 587778479

Estucador. Viseu – Ref. 587778436

Pedreiro. Nelas – Ref. 587778084

Ajudante Padaria. Sátão – Ref. 587778081

CLASSIFICADOS

EMPREGO & FORMAÇÃOOFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

VENDOCASAS RURAIS TRADICIONAISTOTALMENTE RECONSTRUÍDAS (2 T3, 1 T2, 1 T1)

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Jornal do Centro02 | Setembro | 2011 41

NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIAAlzira de Almeida Ferreira, 83 anos, viúva. Natural do Campo e resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de Agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério Velho de Viseu.

João Alves Pereira do Sacramento, 80 anos, casado. Natural de S. Sal-vador e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de Agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério Velho de Viseu.

Aristides Carreira de Figueiredo, 58 anos, casado. Natural de Orgens e residente em Abraveses. O funeral realizou-se no dia 27 de Agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Orgens.

Maria da Conceição Inácio Lourenço, 75 anos, casada. Natural de Vilar de Besteiros e residente em Travassos de Baixo. O funeral reali-zou-se no dia 25 de Agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério Novo de Viseu.

Joaquim Celso da Silva Gomes, 73 anos, casado. Natural de Ranha-dos e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 01 de Setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério Velho de Repeses.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Elvira Rodrigues Diogo, 88 anos, viúva. Natural e residente em Vendas, Santa Cruz da Trapa. O funeral realizou-se no dia 26 de Agosto, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Santa Cruz da Trapa.

Maria do Céu Paiva, 80 anos, viúva. Natural e residente em Ladreda. O funeral realizou-se no dia 27 de Agosto, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alba.

António Fernandes Rua, 82 anos, casado. Natural e residente em S. Félix. O funeral realizou-se no dia 01 de Setembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de S. Félix.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Joaquim de Amaral Garcia, 61 anos, casado. Natural de Abrunhosa do Mato e residente em Mangualde Gare. O funeral realizou-se no dia 26 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Maria do Carmo Linhares, 99 anos, casada. Natural de Ferreira de Aves e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 28 de Agosto, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Francisco de Oliveira Gomes, 74 anos, viúvo. Natural de Água Levada, Mangualde e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 17:30 horas, para o cemitério de Espinho Mangualde.

Francisco Manuel Amaral, 82 anos, casado. Natural e residente em Contenças de Baixo. O funeral realizou-se no dia 01 de Setembro, pe-las 18.00 horas, para o cemitério de Contenças de Baixo.

Maria Helena Santos, 77 anos, viúva. Natural e residente em

Mangualde. O funeral realizou-se no dia 01 de Setembro, pelas 16:30 horas, para o cemitério de Mangualde.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Armando Fernandes da Costa, 32 anos, casado. Natural e residente em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 02 de Setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Castro Daire.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Cândida do Céu Ferreira, 76 anos, viúva. Natural e residente em Fra-gosela. O funeral realizou-se no dia 25 de Agosto, pelas 18:30 horas, para o cemitério de Fragosela de Cima.

José Fernandes da Silva, 74 anos, viúvo. Natural de Povolide e resi-dente na Alemanha. O funeral realizou-se no dia 25 de Agosto, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

Agnelo Pais Dias, 86 anos, casado. Natural e residente em Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 26 de Agosto, pelas 17:30 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Jornal do Centro02 | Setembro | 201142

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu. Ou então use o email: [email protected] cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir iden-tificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selec-cionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

DEscreva-nos para:

FOTO DA SEMANA

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

HÁ UM ANO

NinsO pontapé de saída

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> REGIÃO

> ESPECIAL

> NEGÓCIOS

> DESPORTO

> FEIRA S. MATEUS

> CULTURAS

> SAÚDE

> RESTAURANTES

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

03 de Setembro de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 442

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

Especial

Regresso às aulas

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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ade

∑ Tondela (II Divisão), Académico de Viseu, Cinfães, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo e Sampedrense (III Divisão)

preparam o arranque da nova época. O Jornal do Centro antecipa os protagonistas e os objectivos destas seis equipas,

a uma semana do início dos campeonatos.especial Regresso às aulas

Diagnóstico gratuito Rua Dr. Alexandre Lucena e Vale, n.º 49

3500-072 Viseu (junto à Escola Grão Vasco) Telm: 964 044 149 - Tel: 232 449 178

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Vamos encher a mochila

Material 1º cicloDossier A4 – 2.50€Folhas Pautadas A4 – 0.90€Lápis de carvão – 0.50€Borracha – 0.30€Afia – 0.40€Régua – 0.70€Micas – 1.30€Esferográfica Azul – 0.30€Caixa de lápis de cor – 2.50€Caixa de lápis de cera – 1.30€Tubo de cola – 1€Rolo de fita-cola – 0.80€Tesoura – 0.35€Plasticina – 5€Guaches e pincéis – 3.30€Calculadora – Desde 1€Transferidor – 2.50€Compasso – 5€

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Material 2º ciclo e 3º ciclo(Ao material do 1º ciclo acrescentar)

Cadernos A4 – 1.50€(um para cada disciplina)

Preços podem variar consoante os locais de compra

Aulas são sinónimo de despesasCrise∑ Orçamentos familiares apertados exigem atenção na altura de encher a mochila

Depois das férias de Verão, é tempo de regres-so às aulas para a grande maioria das família por-tuguesas.

Para as crianças que pela primeira vez vão vi-ver esta experiência, a emoção e o nervosismo são sentimentos presen-tes, para as outras é tem-po de rever colegas e ami-gos e voltar à rotina das

aulas.Não deixar tudo para

a última hora e não com-prar tudo o que agrada aos filhos são alguns dos truques que as famílias devem ter em conta para que o regresso às aulas.

No distrito de Viseu são 80 as escolas do 1º ciclo que encerram por ordem do Ministério da Educa-ção e, por isso, para mui-

tos estudantes é neces-sário pensar numa novarealidade e adaptações.

Mas qualquer que seja a situação, os preparativos são indispensáveis.

Os hipermercados en-chem-se, por esta altura, de gente que compra novo material escolar. A lista pode ser longa e o orça-mento familiar tem que esticar para encher as mo-

chilas das crianças com o material e os manuais es-senciais para o novo ano lectivo.

Várias empresas fazem, também por esta altura, promoções e campanhas que visam facilitar a vida das famílias, que devem estar atentas para que este regresso às aulas não se torne num desiquilíbrio orçamental.

textos ∑ Raquel Rodrigues

Jornal do Centro03 | Setembro | 201012

Incêndios

Pressa de conseguir apoios

origina corrida dos agricultores

às repartições de Finanças| página 6

Investimentos

Viseu vai dispor

de dois novos

hospitais até

final de 2011página 8

Vandalismo

Câmara de Viseu

gasta mais de um

milhão de euros

a repor materialpágina 10

NelasTrês dias de Feira

do Vinho do Dão

na Praçado Município

página 9

Nun

o Fe

rrei

ra

| centrais

EDIÇÃO 442 | 03 DE SETEMBRO DE 2010

∑ A pressa de apanhar os apoios depois dos incêndios.

∑ Vandalismo em cemitérios e imobiliário urbano resol-

ve-se com “reforço de efectivos”.

∑ Fundação Aquilino Ribeiro espera decisão do Conse-

lho de Ministros.

∑ Aulas são sinónimo de despesas.

∑ Pais devem ter mais atenção na medicação das crianças.

∑ Cavaco Silva visita norte do distrito.

José

Lor

ena

Centenário da escritora e jornalista Manuela de Azevedo 31/08/1911Foi a primeira mulher portuguesa a trabalhar como pro-

fissional em jornais diários, sendo criadora das primeiras grandes reportagens, em série, no extinto Diário de Lisboa e, mais tarde, no Diário de Notícias.

Tem uma obra literária nos campos da poesia, dramatur-gia e investigação.

Aliou sempre, ao exercício da sua profissão, o interesse pelas causas públicas especialmente no campo da cultura e na área social.

Foi a criadora do grande evento que é a Casa Memória de Camões em Constância.

Em 2010 publicou dois volumes “Memória de Uma Mu-lher de Letras” e “Cartas de Manuel Teixeira Gomes a João de Barros”. Acaba de publicar, editada pela Colibri e patro-cinada pela Fundação Calouste Gulbenkian “Memórias do Senhor Jeremias O Gato das Botas Brancas” e tem no prelo o livro de contos “Pobres de Cristo”.

A nova Feira de S. Mateus finalmente oferece um grande palco, suficientemente aberto e agradável, para os afec-tos. O muro do espelho de água do segundo palco é um convite a estar e apreciar sensações marcantes na secular feira. Pena é que os espectáculos que ali se oferecem não acompanhem o clima que ali acontece. Mas o que inte-ressa é a primeira vez, tal como a dos namorados. Depois, podem acertar-se as escolhas.

A Retrato de Manuela de Azevedo, por Oswal-do Teixeira

Jornal do Centro02 | Setembro | 2011 43

O Forum Viseu e a Fei-ra de S. Mateus promo-vem, em parceria com a Academia Estrelas da Moda, um casting de moda, amanhã e Do-mingo, nas instalações do centro comercial.

Esta será a oportuni-dade para seis jovens vi-seenses desfilarem num grande evento de moda - Desfile de Moda Forum Viseu 2011 - no dia nove de Setembro, ao lado de grandes nomes da moda nacional como Ricardo e Pedro Guedes, Afonso Vilela, Débora Monte-negro e Telma Santos.

Amanhã, o casting destina-se a crianças dos 3 aos 8 e dos 9 aos 14 que poderão mostrar o seu talento e habili-tar-se a dividir a passe-relle com grandes no-mes da moda nacional. No Domingo, é a vez dos jovens dos 15 aos 23 mostrarem porque de-vem ser as estrelas a bri-lhar no palco da moda. Os castings decorrem das 11h00 às 14h00 e das 15h00 às 20h00, no corredor do piso 2 do Forum Viseu.

Esta iniciativa insere-se no mês em que o cen-tro comercial celebra o sexto ano de existência,

na cidade de Viriato. No dia nove, o desfi-

le de moda irá aliar tra-dição e modernidade e mostrar as tendências para as estações Outo-no/Inverno. As indu-mentárias são exclusi-vas das lojas do Forum

Viseu. João Manzarra e Va-

nessa Oliveira serão os apresentadores do even-to e, ao mesmo tempo, os convidados especiais da noite.

Tiago Virgílio Pereira

JORNAL DO CENTRO02 | SETEMBRO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 2 de Setembro, Chuva fraca. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 12ºC. Amanhã, dia 3, Tempo limpo. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 9ºC. Domingo, 4 de Setembro, Limpo com possibilidade de chuva durante o dia. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 11ºC. Segunda, 5 de Setembro, tempo limpo. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 10ºC.

tempo: Limpo

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Querido mês de AgostoEste Olho de Gato ainda é escrito em Agos-

to mas vai ser lido em Setembro, é escrito ainda no mês mais veludo do ano mas vai ser lido quando o “regresso às aulas” se começa a cruzar com o cartão de crédito de férias e com a digestão de farturas na feira — “uma água-das-pedras, por favor!”

Este querido mês de Agosto foi suave nestes tempos de “arrefecimento global”, “nortada moderada a forte” nos areais, casaquinho de malha a tapar a tatuagem, pelo que o “dispo-sitivo” espalhado no “teatro das operações” para o combate aos incêndios não teve mui-to trabalho — boas notícias, assim se prolon-guem Setembro adentro.

Este querido mês de Agosto teve as roma-rias todas que manda o calendário, teve amo-res de verão, teve emigrantes, e teve as sau-dade dos emigrantes, esses heróis recebidos em Vilar Formoso por José Cesário, o eter-no secretário de estado à direita da diáspo-ra — emigrantes que este ano gastaram me-nos dinheiro para mal das lojas das nossas cidades.

Este querido mês de Agosto, mesmo de cha-natos no pé, disse-nos que a crise sistémica global continua na “fase charlie” e nem os

“meios aéreos” do senhor Trichet e do senhor Bernanke, nem os rendez-vous de Sarko com a Angela, nem Obama, nada está a conseguir apagar o fogo, fogo que arde e se vê e já fez arder 15 000 000 000 000 de alavancados dó-lares — fogo que continua mesmo depois de apagadas as chamas dos amores de verão.

Este querido mês de Agosto teve a laracha suave dos “impostos aos ricos”, esse insubtil tapa-olhos aos remediados, teve o professor Cavaco a querer deserdar os herdeiros, teve António José Seguro emplastrado por Miguel Ginestal nas televisões, teve muita coisa doce

— mas já acabou.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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Objectivo ∑ Tornar realidade o sonho de seis viseenses

Forum Viseu promove casting de moda

Sexta, 2Viseu∑ A Fnac Viseu promove um ciclo de cinema designado “11 de Setembro - 10 anos depois”. Assim, pelas 19h00, o filme “A Última Hora”, de Spike Lee está em projecção. As sessões de cinema vão estender-se até dia 11 de Setembro. Sexta, 2Nelas∑ Com o objectivo de homenagear o vinho, a vinha e as gentes que produzem este produto, o pintor Aires Santos, e um conjunto de artistas, pretende levar uma acção de promoção e divulgação cultural à Festa do Vinho que decorre até dia 4, na vila de Nelas.

Sexta, 2Castro Daire∑ Comemoração dos 10 anos do Centro Municipal de Cultura. O início está marcado para as 15h00, no jardim da Biblioteca Municipal.

Sábado, 3Oliveira do Hospital∑ Inauguração da esposição de aguarelas “Civitas Splendidissima”, de Maria Ventura, no Museu Municipal Dr. António Simões Saraiva , pelas 18h00.

agenda∑

A Irmãos Guedes desfilam no Forum

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