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(77) 3639.5100 LEM, BARREIRAS E RODA VELHA Aiba e Ufba acertam acordo PÁGINA 2 Lagarta chega à região do Vale Alexandre Garcia O Big Brother real PÁGINA 18 PÁGINA 19 AGRONEGÓCIO ARTIGO De 1 o a 15 de julho de 2013 • Ano 7 • Edição 132 São Francisco JORNAL DO A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00 VIRGÍLIA VIEIRA Um Shopping para todos. PÁGINA 4 Sucesso de público, pecuária e negócios na 31 a Expoagro Embora ainda não tenha sido fechado o balanço da feira, a estimativa é de que a exposição tenha recebido aproximadamente 300 mil visitantes. LOCAL PÁGINA 8 ENTREVISTA RENATE MARIA WIEcZOREk A PSICOLOGIA POR TRÁS DOS PROTESTOS Os dois lados da exploração do Tálio Exploração do metal é vista com ressalvas pela alta toxicidade e pelo perigo que pode provocar ao bioma Pichações contrárias à exploração podem ser vistas em diversos locais da cidade PÁGINA 10

Jornal do São Francisco - Edição 132

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OS DOIS LADOS DA EXPLORAÇÃO DO TÁLIO

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Page 1: Jornal do São Francisco - Edição 132

Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 1Jornal do São Francisco

(77) 3639.5100LEM, BARREIRAS E RODA VELHA

Aiba e Ufba acertam acordo

PÁGINA 2

Lagarta chega à região do Vale

Alexandre GarciaO Big Brother real

PÁGINA 18 PÁGINA 19

AGRONEGÓCIOARTIGO

De 1o a 15 de julho de 2013 • Ano 7 • Edição 132

São FranciscoJORNAL DO

A VOZ DE INTEGRAÇÃO DO OESTE BAIANO

jornaldosaofrancisco.com.br • 77 3612 3066 • R$ 2,00

VIRG

ÍLIA

VIE

IRA

Um Shopping para todos.

PÁGINA 4

Sucesso de público, pecuária e negócios na 31a ExpoagroEmbora ainda não tenha sido fechado o balanço da feira, a estimativa é de que a exposição tenha recebido aproximadamente 300 mil visitantes.

LOCAL

PÁGINA 8

ENTREVISTA

RENATE MARIA WIEcZOREkA PsIcoloGIA Por trÁs dos ProtEstos

Os dois lados daexploração do Tálio

Exploração do metal é vista com ressalvas pela alta toxicidade e pelo perigo que pode provocar ao bioma

Pichações contrárias à exploração podem ser vistas em diversos locais da cidade

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Jornal do São Francisco2 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

Editora: Heloíse Steffens | Repórteres: Ivana Dias, Virgília Vieira, Raul Beiriz e Luciano Demetrius | Diagramador: Nicélio Ramos | Colunistas: Alexandre Garcia, Durval Nunes, Carlos Augusto, Tizziana Oliveira, Romênia Mariani e Denise Pitta| Publicidade: Angélica Rambo e Aline Mello Secretária: Priscila Pereira | Impressão: Imprima Gráfica | Tiragem: 15 mil exemplares

Praça Dr. Augusto Torres, 38 - Centro HistóricoBarreiras - Bahia - CEP 47.805-230FONE/FAX: (77) 3612-3066

[email protected]@jornaldosaofrancisco.com.br

jornaldosaofrancisco.com.brSão Francisco

JORNAL DO

OPINIÃO

O trecho da música “Comida”, da banda de rock Titãs e que dá título a este editorial, é um questionamento que se ajusta aos reais – mas não muito explícitos – desejos dos bra-sileiros, em especial àqueles que foram às ruas se manifestar recentemente. Bandeiras

por melhorias na educação, mais investimentos em saúde, combate à corrupção, clamor por segurança pública e redução do valor da tarifa do transporte coletivo foram os jargões que ecoaram repetidamente durante os atos.

Sim, seguindo a letra da canção dos anos 80, a frase “bebida é água, comida é pasto” soa de maneira óbvia ao projetarmos tal trecho para as reivindicações repetidas à exaustão pelos manifestantes. A ida às ruas impressionou devido à tão reclamada letargia que tomava conta dos brasileiros, desde o Fora Collor, em 1992. Antes disso, havia apenas nove anos entre a en-tão última manifestação (a campanha Diretas, Já!, em 1983). Ou seja, o Brasil passou calado em hiato de 21 anos.

Mas qual é a educação, a saúde, a segurança, o transporte que os manifestantes desejam? Não seria cabível perguntar por qual ensino os brasileiros pleiteiam? Educação estaria limita-da à construção de escolas, em detrimento de melhorias no ensino, no salário dos professores, no estímulo ao aperfeiçoamento dos educadores ou nas condições dignas da infraestrutu-ra dos estabelecimentos de ensino? Por qual saúde pedem os manifestantes? Resume-se a mais postos de saúde e a um engrossamento no contingente de médicos? Houve reflexão pela medicina preventiva? Viu-se algum cartaz ou faixa reivindicando melhorias em saneamento básico? E quanto à segurança, a população acredita que minando nossas ruas com policiais armados e viaturas em ronda trarão tranquilidade ao cidadão? Ou que a redução da maiorida-de penal abreviará os índices de violência?

Ir às ruas, parar o trânsito, fechar o comércio e, na maioria dos casos, obter êxito como a redução do valor da tarifa do transporte público (principalmente nas capitais) foram conquis-tas de quem saiu da frente da tela do computador ou abandonou o sofá e desligou a tv para protestar. Prova disso – além da redução da tarifa do transporte – foi o freio no ímpeto dos con-gressistas (deputados federais e senadores) que votaram de acordo com os anseios da popula-ção (e não em causa própria), como no caso da PEC 37 (que tirava o poder de investigação do Ministério Público) e a aprovação da proposta que acabou com a função de segundo suplente no Senado e proíbe parentes dos suplentes no cargo.

Diante disso, fica a pergunta por meio de afirmação ainda na música dos Titãs: “A gente quer inteiro e não pela metade”? A evolução destas manifestações se mostrará eficiente via reflexão, debates e fiscalização por parte da sociedade. Quais os projetos, propostas e os re-sultados das votações nas câmaras de vereadores dos municípios brasileiros? Os orçamentos das cidades, dos estados e da União estão em consonância com as necessidades da popula-ção? Há distribuição justa de recursos para cada setor? Como nos representam os deputados estaduais, federais e senadores? Eles, estejam na oposição ou situação, colaboram para que o Poder Executivo evolua em seus trabalhos ou engessam projetos e propostas? Ou seja, não cabe apenas lembrar para qual candidato foi depositado o voto nas últimas eleições, mas qual a sua participação no Legislativo.

“Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?”

NicélioRamos

CHARGEvizinha

fofoqueira! aposto que é uma

agente da cia.

caiu no colo do governo a história de que os america-nos estão espionando nossos

telefonemas e nossas mensagens pela internet. Enfim, fomos promo-vidos a nação espionável - ao lado da Índia. Mas não é apenas essa promoção que alegra o governo. Mas sim a oportunidade em que a bisbilhotagem é anunciada: bem no momento em que o governo já não sabe o que fazer para desviar esse incômodo assunto das ruas, que julgam o ministério grande demais, a corrupção grande de-mais, a insegurança pública grande demais e a educação, a saúde e o transporte urbano pequenos demais. O governo insiste em não ter entendido. De audição falha, o governo só gerava respostas como pacto e plebiscito.

Ficamos indignados ao saber que big brother não é apenas a ficção do George Orwell no seu 1984. Ele existe e é o nosso grande irmão do norte. O governo, que não é bobo, vai aproveitar a chance para unir a nação indignada em torno dele, governo, para ser porta voz da in-dignação nacional contra o Grande Irmão. Assim unidos, quem sabe os brasileiros aceitem que a presiden-te contrarie as ruas, teimando que vai importar médicos, vai fazer a Copa, vai insistir no plebiscito e não vai desinchar o ministério. E em lugar de fazer coisas simples, mas urgentes, insiste numa com-plexa reforma política, na tentativa

inútil de desviar a atenção. À beira do fracasso da estapafúrdia ideia de plebiscito, chega o big brother como mágica diversionista.

O Congresso fez diferente: tratou de aprovar em dias o que se arrastava há anos. Só marqueting: a maior parte dos temas aprovados será inútil. Numa sessão presidida por Renan Calheiros, o Senado aprovou, por exemplo, que cor-rupção é crime hediondo. Irônico, não? Ficha limpa para funcionário público. Mas para fazer concurso já não se exigem certidões negativas da polícia e da Justiça? E que tal a derrubada da PEC 37? Divertido, não? O Ministério Público agora vai precisar de outra PEC para dar-lhe o direito de investigar, que não está na Constituição.

Bem que os espiões americanos que guardam tantas ligações tele-fônicas, poderiam nos presentear com conversas entre corruptores e corrompidos - ambos corruptos. Tem tanta gente curiosa para saber como construíram os estádios, como se reformam aeroportos, como se vencem licitações, como se votam emendas do orçamento, como um assessor do presidente da Câmara fica três dias com 100 mil reais retirados do banco até que seja assaltado... ah, há tan-ta coisa que esse Grande Irmão arquivou e que poderia clicar num encaminhar aos seus irmãozinhos do sul que saíram às ruas sonhan-do com mudanças.

o BIG BrotHEr rEAl

É jornalista das Organizações Globo onde, desde 1996 apresenta o programa Espaço Aberto, na GloboNews, e desde 2001 apresenta e coordena, direto de Brasília, o telejornal local matutino DFTV - 1ª Edição. Faz participações diárias como comentarista político do telejornal Bom Dia Brasil e está no grupo de apresentadores que se revezam na bancada do Jornal Nacional aos sábados e integra a equipe de colunistas do Jornal do São Francisco.

ALEXANDRE GARCIA

ERRAMOSNa edição 129 (16 a 31 de maio de 2013), página 51 (Esportes), na matéria “Dupla Ba-Vi: cenários bem diferentes na capital baiana”, foi publicado incorretamente o escudo do Sport Recife como sendo do Vi-tória-BA. Na edição 131 (16 a 30 de junho de 2013), página 30 (Esportes), na matéria “Começa em agosto a Série A do Intermunicipal de Luís Eduardo”, o nome correto da competição é Municipal. Nesta mesma edição, erramos nas informações da Agenda de shows da Expoagro na página 3. Ainda nesta página, na matéria “Concurso movimenta São João”, erramos ao mencionar sobre a quadrilha campeã do concur-so, Remelexo Cearense, e divulgar a foto de outra quadrilha. Na matéria “Região Oeste se prepara para Conae”, página 5, a autoria do texto é da repórter Ivana Dias e não de Virgília Vieira como foi publicado.

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Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 3Jornal do São Francisco

E D I T A L D E P R A Ç A E I N T I M A Ç Ã O**PRAZO DE 20 (VINTE) DIAS**

O EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO, LEAN-DRO DE CASTRO SANTOS, Juiz de Direito em substitui-ção na Vara dos Feitos Relativos às Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais da Comarca de São Desidério, Estado Federado Bahia, República Federativa do Brasil, no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas por lei e etc.,

FAZ SABER a todos quantos do presente Edital virem ou dele tiverem conhecimento, que será(ão) levado(s) a PRAÇA, na modalidade PRESENCIAL, o(s) bem(ns) penhorado(s) do(a)(s) EXECUTADO(A)(S) AUGUSTO PERUGINI e ARMANDO PRIMO PERUGINI,devendo os licitantes comparecer cientes de que a “a arrematação far-se-á o pagamento imediato do preço pelo arrematante ou, no prazo de até 15 (quinze) dias, mediante caução”, art. 690, CPC e s.s, e ainda na seguinte forma: PRIMEIRA (1ª)PRAÇA: dia 28 de agosto de 2013, às 08h30min, por preço igual ou superior ao da avaliação. SEGUNDA (2ª)PRAÇA: dia 11 de setembro de 2013, às 08h30min, pelo maior lance oferecido, não sendo aceito preço vil. LOCAL: SALÃO DO JÚRI DO FÓRUM MINISTRO ACM - Ministro Antônio Carlos Magalhães – Bairro Felisberrto Ferreira dos Anjos – Rua Wandinalva de Carvalho Nunes dos Santos, Log. 19 - CEP 47820-000. Fone: (77) 3623-2102. Se não houver expediente forense nas datas designadas, o PRAÇA realizar-se-á no primeiro dia útil subsequente. CARTA PRECATÓRIA, SOB Nº.: 0000578-17.2012.805.0231, EXTRAÍDA DOS AUTOS DO PROCESSONº.:0450324-77.1992.8.26.0011 – EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDI-CIAL TRAMITANDO NA 3ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL XI - PINHEIROS – COMARCA DE SÃO PAULO - SP,emqueéExequente COOPERATIVA AGRICOLA DE COTIA – COOPERATIVA CENTRAL. I- BEM:“Um imóvel denominado de Fazenda Nova Esperança, localizada neste município com área 1.070,00 hectares em condomínio com co-executado Augusto Perugini e outras duas pessoas, sob matrícula 0059 do Cartório do Registro de Imóveis e Hi-potecas da Comarca de São Desidério”. Ônus: HIPOTECADO em favor do BANCO DO BRASIL S/A, Agencia Barreiras-Bahia, através da: 1º) CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA Nº 96/70410-1(securitização), valor R$ 992.975,62., vencimento imento imento em 31.10.2005 prorrogada para 31.10.2008 em 1ª grau; Escritura Pública de Confissão de dívidas com Garantia Pignoratícia e Hipotecária, passada em Notas no 1º Ofício de Barreiras-Bahia, no livro 020, fls 186 e vº em data de 22 de agosto de 1996, valor R$ 260.841,49, vencimento imento imento em 31.10.2005 em 2ª grau; Em favor do BANCO DO BRASIL S/A, Agencia Barreiras-Bahia CRPH nº 21/22368-8, valor R$ 300.000,00, vencimento, em 15.05.2011 em 4ª grau; CRPH nº 21/22369-6, valor R$ 300.000,00, vencimento em 15.05.2011 em 5ª grau; CRH nº 21/22888-4, valor R$ 200.000,00b vencimento, em 15.12.2008 em 6º grau; CRH nº 21/62657-X, valor R$ 200.000,00, vencimento em 15.10.2008 em 7º grau; CRH nº 21/25106-1, valor R$ 200.000,00, vencimento em 15.10.2008 em 8º grau; Em favor da URC de Barreiras-Bahia, através da Escritura Pública de Confissão de Dívidas com garantia Hipotecária e Cessão de Créditos, passada em Notas no Cartório do 2º oficio de Barreiras-Bahia, no livro 18-CD., fls 30 a 32vº em data de 31 de julho de 2000, valor R$ 571.000,00, vencimento em 1º de julho de 2.020 em 4º grau; Escritura Publica de Outorga de Hipoteca em Garantia do Cumprimento de Obrigações em Operações de Comercio Exterior, passada em Notas no Tabelio-nato de 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 33, fls 84 a 86vº em data de 15.12.2004, limite de R$ 1.000.000,00. Escritura Pública de Outorga de Hipoteca em Garantia do Cumprimento de Obrigações em Operações de Comercio Exterior, passada em Notas no Tabelionato de 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 33, fls 81 a 83 vº em data de 15.12.2004, limite de R$ 1.000.000,00. Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70969-0 no valor de R$ 453.972,00 com vencimento imento para 15/01/2006, prorrogado para 30.09.2011 em 9º grau; Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70970-4 no valor de R$500.000,00 com vencimento imento para 15/01/2006, prorrogado para 30/09/2011 em 10º grau; Aditivo de Re - ratificação a Cédu-la rural pignoratícia nº 13/70968-2 no valor de R$200.034,00 com vencimento imento para 15/01/2006, prorrogado para 30/09/2011 em 11º grau; Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70967-4 no valor de R$100.000,00 com vencimento imento para 15/01/2006, prorrogado para 30/09/2006 em 12º grau; Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70964-X no valor de R$100.000,00 com vencimento imento para 15/01/2006 , pror-rogado para 30/09/2011 em 13º grau; Aditivo de Re - ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70966-6 no valor de R$109.176,86 com vencimento imento para 15/01/2006, prorrogado para 30/09/2011 em 13º grau; Aditivo de Re-ratificação a Cédula rural pignoratícia nº 13/70965-8 no valor de R$109.176,86 com vencimento para 15/01/2006, prorrogado para 30/09/2011 em 15º grau. Em favor da URR, Agencia Barreiras-Bahia, através da Escritura Pública de Confissão de Dividas com Garantias Hipotecaria, passada em Notas no Tabelionato de 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 035, fls 095 a 097vº em data de 30 de Novembro de 2005, valor R$ 917.592,04, vencimento, em 30.09.2011; Escritura Pública de Confissão de Dividas com Garantia Hipotecaria, passada em Notas no 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 035, fls 092 a 094vº em data de 30.11.2005, valor R$ 1.016.886,46, vencimento, em 30.11.2011; Escritura Pública de Confissão de Dividas com Garantia Hipotecaria, passada em Notas no Tabelionato de 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 035, fls 089 a 091 em data de 30.11.2005,valor R$ 477.200,89, vencimento, 30.09.2011; Escritura Pública de Confissão de Dividas com Garantia Hipotecaria, passada em Notas no 1º Oficio de Barreiras-Bahia, no livro 035, fls 086 a 088vº em data de 30.11.2005, valor R$ 788.239,36, vencimento, em 30.09.2011; Em favor do BANCO DO BRASIL S/A, Agencia Barreiras-Bahia novamente: CRH nº 21/00292-4, valor R$ 30.570,00, venc, em 30.10.2012; CRH nº 21/00291-6, valor R$ 94.067,00, vencimento, em 30.10.2012, prorrogada para 15.06.2020; CRH nº 21/00293-2, valor R$ 93.970,00, vencimento, em 30.10.2013, prorrogada para 15.06.2020; PENHORADO 401,25ha (quatrocentos e um hectares, vinte e cinco ares) em favor da COOPERATIVA AGRÍCOLA DE COTIA- COOPERATIVA CENTRAL; II - AVALIAÇÃO:R$ 345.000,00 (trezentos e quarenta e cinco mil reais),em 08/11/2010 – oito de novembro de dois mil e dez; III -VALORDADÍVIDA: Cr$ 14.340.861,67 ( quatorze milhões, trezentos e quarenta mil, oitocentos e sessenta e um cruzeiros e sessenta e sete centavos), atualizado no ano de 1992; IV-ÔNUS: eventuais ônus existentes sobre os bens levados a PRAÇA deverão ser verificados pelos interessados junto aos órgão competentes; V- RESPON-SABILIDADES: É de inteira responsabilidade do adquirente o pagamento de despesas de transferência de veículos, bem como de eventuais débitos em aberto junto ao DETRAN; da mesma forma, fica responsável pela quitação de valores existentes relativos à alienação fiduciária e, no caso de imóveis, pelo pagamento do ITBI e demais despesas de transcrição, além de taxas, se for o caso a presente, os atrasos tais como condomínio, impostos, energia elétrica, água, etc; VI- LEILOEIRO: ANTONIO JOSÉ DE SOUZA, JUCEB nº 2192; VII - COMISSÃODOLEILOEIRO:Emcasodearrematação,acomissãoseráde10% (dez por cento) sobreovalordaarrematação,aserpagapeloarrematante.INTIMAÇÃO:ficam desde já as partes, seu cônjuges, se casados, credores hipotecá-rios, usufrutuários ou senhorio direito havendo, INTIMADOS pelo presente EDITAL, para todos os atos aqui mencionados, caso encontrem-se em lugar in-certo e não sabido ou não venham ser localizados por carta intimatória e Oficial de Justiça, consoante o dispositivo do art. 687, §§3º e 5ª do CPC, bem como as alterações trazidas pela Lei n.º 11.382/2006 no CPCB. Não obstante, antes da arrematação e da adjudicação do(s) bem(ns), poderá(ão) remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios, consoante o disposto no art. 651, caput, do códi-go de ritos, bem como que poderá(ão) oferecer embargos à arrematação ou à adjudicação, dentro do prazo de 05 (cinco) dias. E, para que chegue ao co-nhecimento de todos e no futuro ninguém possa alegar ignorância, expediu-se o presente edital, que será publicado no DJE, afixação no átrio, em jornal de ampla divulgação, bem como em outros na forma da Lei. DADO E PASSADO nesta Cidade e Comarca de São Desidério, Estado da Bahia, o MM. Juiz mandou eu, [ass.]VINICIUS DE MOREIRA PINHEIRO, Subescrivão, CAD: 901.526-4 digitar. Eu, [ass.], LUIZ FRANÇA GUEDES, Escrivão Titular, CAD: 225.039-0, subscrever.

São Desidério-BA, 07 de junho de 2013.LEANDRO DE CASTRO SANTOS/ Juiz de Direito

E D I T A L D E P R A Ç A E I N T I M A Ç Ã O**PRAZO DE 20 (VINTE) DIAS**

EDITAL

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Jornal do São Francisco4 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

Virgília Vieira

Realizada pela Prefeitura de Barreiras e instituições parceiras durante os dias 29 de junho a 07 de julho, a 31ª

Expoagro teve sucesso de público, pecu-ária e negócios garantido. Com máquinas agrícolas, parque de diversões, leilões, comércio, provas equestres e espaço para agricultura familiar, a feira contou com aproximadamente 300 mil visitações e su-perou as expectativas dos organizadores. “Esta feira foi um grande desafio para nós. Barreiras hoje sedia uma das maiores fei-ras agropecuárias do Oeste baiano e con-tamos com a presença de autoridades de todo o Estado. Isso mostra a importância da região para a Bahia”, declarou o prefei-to Antônio Henrique.

O secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ozimar Amo-rim, justificou o sucesso da feira. “Na nos-sa área interna, os visitantes encontraram lojas, restaurantes, shows, parque infan-til, revendedoras de veículos e máquinas agrícolas, além de leilões e provas eques-tres”, completou. Durante todos os dias, até às 15h, o acesso ao Parque foi gratuito. A grade de shows diversificada também foi importante para conferir resultados positivos à feira.

A programação contou com apresen-tações dos cantores Frank Aguiar e Mi-chel Teló, além das duplas João Neto e Frederico, João Lucas e Marcelo, Vitor e Léo e Maria Cecília e Rodolfo. Destaques para os shows de Michel Teló – que pela primeira vez se apresentou na cidade e levou mais de 25 mil pessoas ao parque e, Maria Cecília e Rodolfo – que apresen-taram som romântico e músicas sertane-jas de raiz e reuniram 40 mil pessoas. As duas atrações tiveram os maiores públi-cos da feira.

A Expoagro também abriu espaço para bandas regionais, como Baião de Dois, Farol de Fusca, Amantes do Forró, Helena Lídia e Dieguinho, dentre outras bandas. Presente aos shows, em meio à multidão, o Prefeito Antonio Henrique se disse con-tente e satisfeito com a feira, especial-mente, com o entretenimento oferecido à população. “Estou muito feliz com a Expoagro. Fizemos um ótimo trabalho no parque, com uma ótima estrutura e gran-des atrações musicais”, avaliou.

LEILõES Com transmissão ao vivo pelo Canal do Boi, o leilão da Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia (Acrioeste), da seleção Guzerá, foi o primeiro a aconte-cer, no quarto dia da feira, 02. O espaço Tathersal Sebastião Ferreira, reservado para os leilões, reuniu centenas de pe-cuaristas que arremataram lotes de 300 animais que estavam disponíveis para comercialização. A seleção Guzerá do re-banho do Oeste da Bahia, da cidade de São Desidério, advém da fusão de quatro grupos: Agropecuária Jacarandá, Fazenda Canoas, Guzerá Eg. e Guzerá Martino.

“A partir deste evento desejamos mos-trar as qualidades da raça Guzerá e o quanto esta é adequada para a região”, disse um dos organizadores do evento, Geraldo Melo Filho. Os bovinos foram

raul Beiriz

A 31ª Expoagro rendeu frutos para a região. A empresa Eco2Corp prepara-se para desembarcar no Oeste da Bahia. No sábado, dia 6 de julho, diretores da empresa firmaram acordo com a Asso-ciação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), com o apoio da Prefeitura Municipal de Barreiras e o Governo do Estado da Bahia, no penúltimo dia de re-alização da feira. A previsão da empresa é de que já esteja operando em Barreiras ou na Região do Vale a partir do próxi-mo ano. Participaram da reunião com os empresários, entre outros, o deputa-do federal João Leão; o prefeito Antonio Henrique; o secretário da Indústria Na-val e Portuária da Bahia, Carlos Costa;

diretoria da Aiba, além de mestres da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

A Eco2Corp, basicamente, transforma todo o descarte de material a base de po-lietileno e similares, como garrafas plás-ticas de óleo e de água ou refrigerantes e o transforma em material que pode ser usado nas lavouras, especialmente as de maracujá e tomate. Nesta lista de produ-ção estão tutores, que servem para orde-nar a plantação, telhas, pavimentos e até cruzetas para fiação. A empresa reutiliza

resíduos industriais, tais como plástico e borracha, além de investir na área de recuperação energética de resíduos.

A grande vantagem, segundo os par-ticipantes da empresa e da cadeia pro-dutiva local, é que a Eco2Corp, além de resolver o problema da região de descarte de resíduos sólidos, também trará impulso econômico ao Oeste e ao Vale. “Mantemos na Aiba uma estrutu-ra de pessoas para manter contato com indústrias ligadas ao agronegócio. Esta

separados em 49 lotes, divididos entre os animais de corte e de elite e foram leilo-ados com as melhores condições de pa-gamento para o comprador. Para o secre-tário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ozimar Amorim, a reali-zação do leilão foi apenas o início de um trabalho que deve continuar para resgatar a autoestima do pecuarista. “Hoje o par-que está voltado para os criadores e para o fortalecimento da pecuária”, afirmou.

AGRICuLTuRA fAmILIARPor meio de uma parceria entre Prefeitura

Municipal de Barreiras, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário (SEBRAE), Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (SENAR) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), durante todos os dias de feira foram realizadas palestras voltadas à agri-cultura familiar. Entre os temas, estavam a produção de leite; cultivo da mandioca; aplicação de agrotóxico; manejo de pas-

tagem; cadeia avícola do Oeste da Bahia e registro de Produtos SIM/SISB e comércio do Programa de Aquisição de Alimenta-ção (PAA) e PNAE.

Caprinocultura de corte – manejo ade-quado para a região Oeste; cultivo de milho em pequenas propriedades; Pro-grama de Sanidade Equídea; Programa de Sanidade Bovina; piscicultura; impor-tância da Torta do Caroço de Algodão na Produção e Controle da Febre Aftosa e da Brucelose também foram assuntos na grade de palestras da Expoagro.

PROjETO COLmEIA Durante todos os dias da feira, o projeto de formação desenvolvido pela Secretaria Municipal do Trabalho e Promoção Social esteve aberto para visitantes conhecerem e também comprarem artesanatos pro-duzidos com matérias-primas do Cer-rado. “Este projeto de sustentabilidade ambiental é fantástico, porque a gente produz um artesanato belíssimo, preser-va a natureza e garante a capacitação de quem precisa”, destacou a secretária de Trabalho e Promoção Social, Antônia Pe-drosa. O Programa Colmeia compõe uma série de programas sociais voltados para a capacitação profissional. Toda renda ob-tida com a comercialização é destinada para a manutenção das oficinas em coo-peração com as beneficiárias do projeto. Até o fechamento desta edição, a organi-zação da 31ª Expoagro não havia divulga-do o balanço da feira. ■

Sucesso de público, pecuária e negócios na 31a Expoagro

Indústria de reciclagem acerta parceria na Expoagro

Embora ainda não tenha sido fechado o balanço da feira, a estimativa é de que a exposição tenha recebido aproximadamente 300 mil visitantes

Ideia é montar fábrica nas regiões Oeste ou do Vale e passar a produzir até dormentes de trem a partir do descarte de garrafas plásticas de óleo e outros materiais usados na produção

LOCAL

VIRGÍLIA VIEIRA

RAUL BEIRIZ

A feira contou com aproximadamente 300 mil visitações e superou as expectativas dos organizadores

Da esquerda para direita: Edson Barros, Henrique Martins, Júlio Busato, Plínio Filho e Helmuth Kieckhofer

Jornal do São Francisco

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Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 5Jornal do São Francisco

ideia surgiu porque hoje nós temos um volume grande de embalagens, que está sendo reciclado, mas que o produtor tem que levar até as empresas que fazem isso, distante da região”, disse o presidente da Aiba, Julio Busato. Entre o grupo de pesso-as que trabalha nesta captação de empre-sas e de investidores para a região, o presi-dente da Aiba destacou a participação do assessor da diretoria, Helmuth Kieckhofer, na elaboração deste projeto.

A ideia original é a de que a Eco2Corp passe a coletar todo o material descarta-do pelos agricultores e os transforme em outro que possa ser utilizado nas cultu-ras agrícolas e pecuaristas. Antes de dar como sacramentada a questão da insta-lação da empresa, Julio Busato disse que era necessário primeiro entender como o mecanismo da empresa funciona, a ne-cessidade de matéria-prima que a empre-sa precisa e, depois, fechar o acordo com a Associação do Comércio de Insumos Agrícolas (Aciagri).

Júlio Busato disse que o local onde fica-rá a fábrica será decidido pelos empresá-rios. “Uma vantagem é que esta indústria coleta diretamente na fazenda de cada produtor. A Aciagri vai continuar este entendimento para instalação da fábri-ca. Um dos locais é a região do Vale. Esta

fábrica deve absorver todo este material de reciclagem”, disse, lembrando que há dupla vantagem na instalação da indús-tria de reciclagem na região. “A ideia é usar estes produtos que nós descartamos e transformar em algo que nós possamos usar na nossa própria propriedade. Isso pode acontecer, inclusive, no Vale, os tu-tores servem para alinhar a cultura do to-mate e cruzetas instaladas nos postes de iluminação ou de telefonia. Ou seja, há uma gama muito grande de produtos da empresa que podem servir aos produto-res da região”, disse. Entre os produtos fa-bricados pela Eco2Corp estão dormentes para linhas férreas.

COmO fuNCIONA O SISTEmANa verdade, segundo explicou o empre-sário Henrique Carlos Martins, o pro-cesso de reciclagem é simples. “Todas as subsidiárias do nosso grupo trabalham de maneira integrada, em busca de um resultado unificado, capaz de auxiliar na preservação de todas as áreas e na inte-gração com a cadeia produtiva”, disse, ressaltando que a empresa já foi premiada em 2012 por sua atividade de reciclagem pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Deste prêmio participaram mais de 1,5 mil empresas.

Segundo contou, uma empresa faz a coleta do material, como embalagens de óleo lubrificante, filtros, estopas contami-nadas e os resíduos da caixa separadora de água e óleo; outra faz a separação e os encaminha para a destinação adequada e, uma terceira produz o material a partir da matéria-prima descartada, no caso, pelos agricultores. “Nosso material é conhecido pela sigla PPAD, que significa polietileno polipropileno de alta densidade... Reci-clado; o mais importante é isso”, disse Henrique Martins. Outro sócio da Eco-2Corp, Plínio Ghirello Filho, disse que não é apenas o material usado pela agricultu-ra que pode ser destinado à produção de PPAD. “Há uma série de embalagens que você usa em casa que podem seguir para a nossa produção”, informou.

Plínio e Henrique informaram que já estão iniciando as operações na região Sudoeste da Bahia, no município de Fir-mino Alves, mas a área do Cerrado e do Oeste da Bahia interessa ao grupo. Firmi-no Alves fica entre as BRs 101 e 116, duas das principais rodovias do País, próximo à Vitória da Conquista, a 798 quilômetros de Barreiras e a 522 quilômetros de Salva-dor. “Na verdade, foi em razão da nossa atividade em Firmino Alves que a Aiba tomou conhecimento do nosso trabalho,

que é feito em parceria com a Secretaria da Indústria e Comércio do Estado da Bahia. Como aqui existe matéria-prima em abundância e problemas ambientais porque a coleta de lixo é insuficiente, houve interesse das duas partes”, disse.

O diretor financeiro da empresa, Edson Barros, confirmou que a empresa quer atender a região com a instalação de uma fábrica, que demanda investimentos da ordem de R$ 4 milhões só em maquiná-rio, com a geração de 100 empregos di-retos e 500 indiretos. “Já estivemos em Barreiras em outra ocasião, mas só des-ta vez, depois de feito um estudo, é que acertamos nossa entrada no mercado”, disse Barros, destacando que o produ-to da empresa já é consolidado. Plínio Ghirello Filho afirma que o agricultor vai ganhar duas vezes com a entrada da empresa na região. “Além do descarte dos resíduos, da matéria-prima, o agricultor vai ganhar com a eliminação de fungos, que acontece com o uso de tutores, que podem servir por 20 safras seguidas ou até mais, desde que higienizados com o hipoclorito de sódio, um desinfetante”, informou, lembrando que a maior vanta-gem dos tutores é o fato de que, quanto mais distantes estiverem do solo, melhor será a qualidade dos frutos. ■

Sucesso de público, pecuária e negócios na 31a ExpoagroEmbora ainda não tenha sido fechado o balanço da feira, a estimativa é de que a exposição tenha recebido aproximadamente 300 mil visitantes

Feira mostrou pujança econômica da regiãoDeputado, prefeito, secretário estadual e presidente da Aiba elogiaram Expoagro de Barreiras como evento para realização de novos negócios

raul Beiriz

A 31ª Expoagro de Barreiras foi conside-rada um marco para o desenvolvimento da região. Autoridades e representantes dos empresários presentes à exposição consideraram a feira um bom exemplo para mostrar a todo o País, a pujança da economia regional e a força do Oeste da Bahia. Durante toda a feira, vários negó-cios foram firmados entre empresas lo-cais, associações regionais, companhias de capital estrangeiro e órgãos de fomen-to da economia.

O deputado Federal João Leão, do PP, classificou a Expoagro como “maravilho-sa”. Em seu entendimento, a 31ª Expoagro foi uma das melhores da história da ci-dade. “A estrutura está boa, muito boa. O nível dos estandes está muito bom, com a participação de órgãos representativos como Aiba, Prefeitura, Governo do Estado, Secretaria de Agricultura, Codevasf e gran-des empresas. A feira está nota 10”, disse.

Sobre a participação de diferentes em-presas dos mais diversos segmentos fe-chando acordos em relação ao desenvol-vimento regional, na 31ª Expoagro, João Leão foi enfático: “O Oeste da Bahia vai dar uma arrancada muito maior”, disse. “A

feira demonstra a capacidade de gestão de todos em trazer pessoas, empresas no-vas para a região e aumentar o progresso”, completou. Em seu discurso, o deputado elencou como principal fator de desen-volvimento para a região Oeste, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).

“Estão para serem liberados os lotes 5 e 5A; de Caetité até Gunambi e de Guanam-bi até o Rio São Francisco, com a ponte sobre o Rio São Francisco. Nós queremos atravessar o rio para chegar ao lote 6, que vem até Barreiras”, adiantou, deixando claro que, a seu ver, a grande arrancada da região vai acontecer quando a Fiol atra-vessar o município e São Desidério. “Tudo isso vai fazer com que venham mais em-presários; mais pessoas de todas as áreas, não só na agricultura, mas também na área de minério, de serviços, enfim, a eco-nomia irá ganhar vigor”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de a burocracia estar emperrando o projeto, o deputado disse que não. “Acontece que a Fiol é um projeto de mais de R$ 10 bi-lhões. O Ibama vai liberando devagar os lotes, enquanto o Tribunal de Contas da União vai analisando os pontos e as vír-gulas para que uma obra não saia super-faturada”, disse, informando que já esteve

nos canteiros de obras e viu que estão a todo vapor, nos lotes 1 e 2. Leão aprovei-tou a entrevista exclusiva ao Jornal do São Francisco para sugerir que haja um maior distanciamento entre as datas da Bahia Farm Show e da Expoagro. “As duas feiras acontecem praticamente na mesma épo-ca. Eu acho que deveríamos mudar um pouco isso. Botar uma para setembro, que é um mês seco ainda. Quanto maior o pra-zo entre as duas, maior será o alcance das duas”, disse.

Para o secretário Estadual da Indústria Naval e Portuária da Bahia (Seinp), Carlos Costa, “a feira mostra a pujança, a capaci-dade de gestão da região Oeste da Bahia.

É o momento em que a gente sente que esta região da Bahia é diferenciada das outras. Aqui estão instaladas empresas economicamente ativas e pessoas com visão de futuro”, disse o secretário. Carlos Costa foi outro a destacar que esta rea-lidade do desenvolvimento econômico do Oeste da Bahia pode ficar mais visível com a chegada da Fiol. “Quando a ferro-via chegar, todos os empresários estarão, ao desembarcar sua produção no Porto, com as portas abertas para o mundo. É o caminho mais rápido para que a produ-ção chegue à Europa e à África”, destacou. Costa informou ainda que a participação do Governo Estadual só tende a aumen-

LOCAL

Prefeito Antônio Henrique: “A intenção da gente era retomar a feira como um programa da cidade. Fica claro que o objetivo foi conquistado"

VIRGÍLIA VIEIRA

Jornal do São Francisco

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Jornal do São Francisco6 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

Barreiras sediou congresso Brasileiro sobre cavernas O evento aconteceu pela primeira vez no Nordeste

iVana Dias

No período de 11 a 14 de julho, aconteceu em Barreiras a 32ª edição do Congresso Brasileiro de Espeleologia (CBE), no au-ditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). O principal objetivo foi reunir pessoas interessadas no estudo e proteção das cavernas e do meio na qual se inserem, além de formar multiplicadores e disse-minar conhecimento espeleológico.

O evento realizado pela primeira vez no Nordeste foi organizado pela Uni-versidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com a Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE). Na abertura foi apresentado o 2º Simpósio de Susten-tabilidade no Manejo e Gestão do Tu-rismo em Áreas Cársticas e Cavernas. Além da primeira fase com o trabalho de campo no município de São Desi-dério, o evento contou com mesa re-donda, conferências, apresentação de trabalhos técnicos e científicos com debates sobre o papel das unidades de conservação em áreas cársticas ou com cavernas.

“No congresso expomos experiências sobre a criação e gestão das unidades de conservação, além de debater estra-tégias do manejo e gestão do turismo em caverna”, observou o professor e coordenador do Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Susten-tável (Icads), e presidente do SBE, Leo-nardo Morato, que declarou também os fatores da escolha da região Oeste para sediar o evento. “A escolha em realizar o trabalho aqui foi um passo muito im-portante para difundir a espeleologia nessa localidade. Em muitos lugares existem cavernas, mas poucas pessoas estudando sobre o tema. É interessante que a população local conheça mais, as-sim haverá valorização do que elas têm, além de ser uma forma de incentivar as pessoas a trabalharem e conhecerem o assunto. Visamos a possibilidade de São Desidério, por exemplo, ser conhecida pelo Brasil inteiro e até mesmo por pes-soas de fora”, disse.

Quanto às expectativas, Morato disse que o evento permite a possibilidade de intercâmbio entre pesquisadores e pessoas atuantes do turismo de modo a encontrar formas de facilitar os pro-cedimentos de manejo, uso, gestão, licenciamento e monitoramento dos impactos em áreas voltadas ao turismo cárstico.

Durante o Simpósio, o representante da consultoria Scala - Estação Floresta, José Scaliante, ressaltou a importância da criação de unidades de conserva-

ção em áreas cársticas para preserva-ção desse bem, independente de ser privada, municipal ou estadual, assim como a constituição do conjunto de ações para que essa unidade seja criada e utilizada de forma sustentável. “Te-mos que ter equilíbrio. Esse resultado só é possível a partir de um conjunto de pensamentos e entendimentos de todo os envolvidos. Quando se pensa em sustentabilidade de uma área ela deve ser pensada por profissionais que já te-nham experiência, que estejam envolvi-dos e tenham maior tempo de pesquisa na área, para evitar que sejam tomadas iniciativas que não levem à sustentabi-lidade do ambiente e para a sociedade local”, pontua Scaliante que chama a atenção dos participantes para os avan-ços tecnológicos. “Devemos atender a evolução tecnológica. É importante não ficarmos presos as diretrizes, a burocra-cia e não nos abrirmos para atender as evoluções tecnológicas do momento para suprirmos o mínimo da necessida-de do ambiente das cavernas e ambien-tes cársticos, que são muito frágeis. As vezes tomamos decisões que protegem o ambiente cavernículo, mas que não protegem quem está lá fora”, conclui.

Participaram do evento: acadêmicos, pesquisadores, profissionais da área, empreendedores, órgãos fiscalizado-res e população local. Um grupo de seis pessoas integrantes da Associação das Pessoas com Deficiência de Mon-tes Claros (MG), veio para participar da programação do Congresso. Entre eles, Argemiro Domingo dos Santos, deficiente visual, jogador da seleção de goallball, que participou de toda a pro-gramação. “É uma experiência nova. Eu não vejo, mas vou tocando com as mãos e percebendo a natureza bem pertinho de mim. A mente trabalha para enten-der a natureza, a descrição do momen-to. Achei muito interessante. Foi gratifi-cante o nosso esforço no desenrolar da caminhada dentro das cavernas uma vez que há a dificuldade da locomoção. É meio difícil, mas valeu a pena a ex-periência”, relatou Argemiro, admirado com a experiência que realizou na com-panhia dos seus amigos – todos porta-dores de deficiências.

A Sociedade Brasileira de Espeleo-logia (SBE) é uma associação sem fins lucrativos, que congrega interessados na exploração, pesquisa e preservação de cavernas, assim como em todas as ciências e atividades correlatas ao meio ambiente. A SBE incentiva, organiza e difunde todas as atividades relaciona-das à espeleologia, seja no campo es-portivo, social ou científico. ■

Virgília Vieira

Foi apresentada na 31ª Expoagro, mas a Árvore Encantada veio para ficar. Dr. Líptus – que é o nome da árvore - é um projeto de Preservação Ambiental que visa ensinar, de forma lúdica, as crianças sobre sustentabilidade e preservação do planeta. Criada há três anos, a árvore já esteve em várias cidades baianas, levan-do educação ambiental para muitos es-tudantes.

Segundo o que explica o apresentador do projeto, Fernando Garcia, a Árvore Encantada recebeu da mãe natureza o dom da fala e, assim, passou a divulgar em todo o Estado, os cuidados que a po-pulação deve ter com a Terra. Durante a apresentação da árvore, as crianças dia-logam com o fantoche Timóteo sobre o desperdício de alimentos, cuidados com a água, energia e o lixo.

Na tarde do dia 1° de julho, Dr. Liptus

recebeu crianças e adolescentes na faixa etária dos dois aos 18 anos de idade, do Centro Municipal de Educação Infantil e do Lar Batista, respectivamente. Na noi-te do dia 02, o projeto teve continuidade com a visitação de crianças, acompanha-das de seus pais, no parque Engenheiro Geraldo Rocha. Estima-se que cerca de 5 mil estudantes tenham visitado a Árvore Encantada Dr. Liptus, durante a 31ª Ex-poagro.

Satisfeita com a iniciativa, a diretora da creche, Maura Ronise, disse da importân-cia de despertar nos pequenos a neces-sidade de ações sustentáveis em prol da natureza. Um espaço lúdico para o de-senvolvimento de atividades pedagógicas com os estudantes foi mantido na Expoa-gro pelas Secretarias de Meio Ambiente e Sustentabilidade e também de Educação. A vinda do projeto foi possível a uma par-ceria firmada com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA). ■

Dr. Liptus: a árvore que fala chegou à cidade

tar nas próximas feiras de Barreiras. “O papel da secretaria hoje é fomentar as ini-ciativas. É estar perto do empresário para juntos atingirmos o desenvolvimento e o crescimento”, garantiu.

PREfEITO E PRESIdENTE dA AIbAO prefeito de Barreiras, Antônio Henrique, concorda com o deputado federal e com o secretário de Indústria Naval e Portuária do Estado. “A intenção da gente era reto-mar a feira como um programa da cidade. Fica claro que o objetivo foi conquistado. Estamos felizes com o resultado”, disse o prefeito, em visita ao estande da Aiba. Antônio Henrique também destacou que a feira mostrou que todas as iniciativas de trazer empresários e empreendedores para a região são válidas. “Prova disso é a quantidade de visitas que recebemos de pessoas interessadas em investir na re-gião. O sucesso foi alcançado com a ajuda de todos”, reforçou, informando que um dos principais objetivos da sua adminis-tração é aumentar os contatos com os se-tores produtivos e empreendedores para investirem em projetos que gerem receita, empregos e desenvolvimento à região.

O presidente da Associação dos Agri-cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Cézar Busato, disse que a exposição deste ano foi consagrada pelo volume enorme

de pessoas. “A Aiba montou seu estande para divulgar as suas ações e buscar em-presas para desenvolver a região. A ideia é mostrar àqueles que nos visitam quem somos, o que pensamos e o que fazemos”, enfatizou. Busato disse que a ideia de montar o estande e dar todo alicerce para o ingresso de novos parceiros é mostrar, ainda, que o agricultor tem todo um com-prometimento com a região. “Nós não somos nômades. Viemos, nos instalamos, crescemos muito aqui, geramos nossos filhos e nossos netos e, um dia, provavel-mente, seremos plantados nesta terra que nos acolheu”, complementou, lembrando que todo agricultor tem por obrigação lu-tar pelo engrandecimento da região.

Julio Busato, assim como o deputado João Leão, também sugeriu que a Bahia Farm Show e a Expoagro Barreiras te-nham algumas alterações, como a trans-formação desta última em um evento regional. “A Expoagro poderia ter outro foco, como pequenas empresas, peque-nas indústrias, coisas ligadas ao agrone-gócio e à pecuária, principalmente, que é muito forte na região”, ressaltou. Segundo o presidente da Aiba, a instituição está “satisfeitíssima” com a Expoagro. “Ano que vem, é nosso compromisso estarmos presentes novamente, pois a feira foi um sucesso total”, finalizou. ■

LOCAL

VIRGÍLIA VIEIRA

REPRODUÇÃO

Gruta do catão em são desidério

Estima-se que cerca de 5 mil estudantes tenham visitado a Árvore Encantada dr. liptus, durante a 31a Expoagro

Jornal do São Francisco

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Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 7Jornal do São Francisco LOCAL

Manifestações continuam no Oeste

Bloqueio na “ponte de cimento” gera confronto entre polícia e manifestantes

Com paralisações, bloqueio de ruas e pontes, passeatas e greves, a população clama por mudançasVirgília Vieira

Após uma série de manifestações, ini-ciadas em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães no dia 20 de junho com

passeatas e protestos que levaram mais de nove mil pessoas às ruas, a população demonstrou que quer e precisa ser ouvi-da. Com pautas e reivindicações, mani-festantes voltaram às ruas e, desde então, tentam de todas as formas chamar a aten-ção dos poderes públicos para os proble-mas e deficiências existentes na região.

Recentemente, no dia 11 de julho, con-vocados pelas Centrais Sindicais, os tra-balhadores e a população em geral foram às ruas com passeatas, greves e discursos, aderindo ao denominado “Dia Nacional de Lutas”. Em Barreiras, o movimento pa-ralisou estradas, bancos e escolas e levou para as ruas a força dos movimentos sin-dicais da região Oeste, representados pela CUT/BA, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Oeste da Bahia (SINDIOESTE), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Alimentar e afins (SINTIAB), Sindicato dos Traba-lhadores em Transportes Rodoviários de Cargas e Passageiros de Barreiras (Sin-tracarpas), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR’s), União de Jovens Socialis-tas (UJS’s), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Sindicato dos Bancários do Oeste, Movi-mento dos Trabalhadores Rurais Sem Ter-ra (MST), entre outras instituições.

Virgília Vieira

Em adesão ao movimento nacional da greve geral do dia 1º de julho, manifes-tantes formados por jovens, estudantes, crianças e adultos invadiram a “ponte de cimento”, em Barreiras, com previsão de liberá-la até à meia-noite deste mes-mo dia. Dentre as reivindicações, mais educação, saúde, transporte digno e me-nos violência. “A pretensão era chamar a atenção para os problemas que afetam a população barreirense de forma pacífica e ordeira”, afirmou uma das organizado-ras do evento, Berenice Brasil.

O protesto seguia tranquilamente até às 18h, quando o comando da Polícia Mili-tar se concentrou no local na tentativa de um acordo com os manifestantes para a liberação da ponte, a fim de amenizar o caos provocado pelo congestionamento do trânsito. Sem acordo, os manifestan-tes declararam que só sairiam do local à meia-noite, conforme programado.

Por volta das 20h, o comandante do 10º Batalhão, Osival Moreira Cardoso, comu-nicou que não havia confronto, uma vez que a presença da polícia no local tinha o objetivo de garantir a segurança, inclusi-ve dos manifestantes. “Estamos só obser-vando. Até o momento percebemos que não há radicalismo, até porque são jovens

Entre as reivindicações destacam-se o fim do fator previdenciário; jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial; re-ajuste digno para os aposentados; investi-mentos em saúde, educação e segurança; transporte público de qualidade; fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a terceiri-zação; reforma agrária e fim dos leilões do petróleo. Para o diretor da Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT/BA) e

e muitos até menores de idade. Sabemos que se alguma coisa de pior acontecer, a culpa é da polícia”, afirmou o comandan-te.

Ainda questionado pela imprensa so-bre o limite de tolerância, o comandante assegurou que teriam toda a paciência necessária para garantir que nenhum mal acontecesse aos que estavam no lo-cal. “São jovens, esse momento é perigo-so e existe cuidado por parte da polícia para que nada de pior aconteça. Eu sou

coordenador geral do Sindicato dos Ele-tricitários da Bahia, Regino Marques, o movimento desde o início é legítimo, uma vez que a história do país mostra que to-das as grandes conquistas sociais foram obtidas através dos movimentos de rua.

“Fiz questão de sair de Salvador e apoiar o movimento em Barreiras, no intuito de somar. As nossas reivindicações são anti-gas e o poder público precisa ouvir a voz

responsável também pelas pessoas que estão do outro lado. Nós estamos mais preocupados com eles do que eles mes-mos. Não vamos perder a cabeça em uma atitude descompensada”, disse o coman-dante.

HORA dO ATAquEEram 21h, quando manifestantes e popu-lação foram surpreendidos com o ataque da Polícia Militar, que enfrentou os mani-festantes com bombas de gás lacrimogê-

do povo”, declarou. Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários e da Federação Bahia e Sergipe, Aderbal Batista Neves, a luta do Sindicato tem sido relacionada a novas contratações, redução de juros e mais respeito aos clientes. “Essas são as nossas reivindicações, além de apoiar-mos todas as demandas pautadas neste movimento. Precisamos nos juntar e mu-dar este país”, disse.

neo e de efeito moral, balas de borracha, viaturas, cassetetes e spray de pimenta para desobstruir a ponte. “Eu estou sen-tindo muita dor, fui atingido com bala de borracha. Eu sou grande, mas se esse tiro pegasse em um desses meninos, o pior estaria feito”, disse o estudante que preferiu não se identificar, mostrando as marcas deixadas pelas balas de borracha.

Indignada, a estudante da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Poliana Ferrei-ra, questionou o que estava acontecendo. “Pra que essa violência? Parece que Bar-reiras está vivendo uma ditadura. Nós temos uma pauta que deveria ser nego-ciada com o poder público. Quando a po-lícia invadiu, sentamos e pedimos ‘não à violência’, mas nada adiantou, pois fomos atacados de maneira violenta e truculen-ta”, lamentou a estudante.

Questionado, o comandante respondeu que os manifestantes estavam irredutí-veis. “Tentamos desobstruir desde cedo, estávamos com o canal de comunicação aberto. Seguramos enquanto podíamos, não queríamos ferir ninguém. Mas mes-mo sendo o comandante, eu também cumpro ordens. A determinação foi de-ferida, segurei até onde pude. Tentamos todos os limites, mas tivemos que deso-bstruir a ponte”, afirmou o comandante após o confronto. ■

VIRGÍLIA VIEIRA

VIRGÍLIA VIEIRA

Manifestantes e população foram surpreendidos com o ataque da Polícia Militar, que enfrentou os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, balas de borracha, viaturas, cassetetes e spray de pimenta

com pautas e reivindicações, manifestantes voltaram às ruas e, desde então, tentam de todas as formas chamar a atenção dos poderes públicos

Jornal do São Francisco

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Jornal do São Francisco8 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

ENTrEvIsTA

A psicologia por trás dos protestosraul Beiriz

“Um grupo é impulsivo, mutável e irritável. É levado quase que exclusivamente por seu

inconsciente. Os impulsos a que um grupo obedece podem, de acordo com as circunstâncias, serem generosos ou cruéis, heróicos ou covardes, mas são sempre tão imperiosos, que nenhum interesse pessoal, nem mesmo o da autopreservação, pode fazer-se sentir. Tem um sentido de onipotência: para o indivíduo em um grupo a noção de impossibilidade desaparece”. Com este pensamento do pai da psicanálise, o austríaco Sigmund Freud, a mestre em psicologia, Renate Maria Wieczorek, definiu bem o seu entendimento sobre o momento dos protestos nas ruas que o Brasil atravessa.

No entender da paranaense de Gua-íra e que tem clínica em Luís Eduardo Magalhães, as manifestações foram um basta, como se todos dissessem que não aguentam mais. Com 28 anos de prática de consultório e 19 lecionando em uni-versidades, a psicóloga lembra, no en-tanto, que as vozes das ruas esbarram em um pequeno problema: “os humanos são naturalmente resistentes às mudan-ças”, disse em entrevista ao Jornal do São Francisco. A especialista em psicomotri-cidade lembra, ainda, que existem vários tipos de manifestantes entre aqueles que protestam. A seguir, o texto completo da entrevista.

JOrNAL DO sÃO FrANCIsCO - O que levou esta multidão, principalmente de jovens, às ruas? A motivação é de inte-resse pela nação ou simplesmente uma moda gerada pelas redes sociais?renate Maria Wieczorek - O início do movimento não é recente; os interesses são políticos e sociais. As redes sociais foram e continuarão sendo o veículo utilizado para alcançar o maior número de participantes em pequeno espaço de tempo.

JsF - As manifestações seriam um sinal de que o brasileiro deixou de ser con-formista e está interessado em mudar a configuração da democracia, da socie-dade e da política?rMW - As manifestações parecem ser legítimas expressões de pesar frente às dificuldades econômicas as quais o país está sendo conduzido, assim como ques-tões ligadas às condutas éticas diferentes entre si, quando do discurso e de ações observadas em todas as esferas políticas governamentais. Tanto que a própria Presidente da República e os políticos já estão se mobilizando para atender às de-mandas tão claramente expressas nestas manifestações.

JsF - Não é normal que as pessoas pres-sionadas tenham reações despropor-cionais ao tamanho do problema. Neste caso, as passagens de ônibus funciona-ram como estopim?rMW - Para quem não conhece os meios de transporte em grandes centros, R$

0,25 centavos parece pouco, porém, mul-tiplicando este valor por quatro, seis ou mais ônibus tomados por dia e multipli-cando isto por 30, e ainda pelo ano, com-parando ao salário mínimo, não é ape-nas um estopim. Diria antes que foi um basta, não aguentamos mais. Por outro lado, aos que não têm este problema di-retamente, pode, sim, ter sido o primeiro item de muitos manifestados. Hoje ainda temos os caminhoneiros e outras cama-das profissionais e sociais reivindicando e mostrando as não conformidades de muitos dos brasileiros.

JsF - Dá para fazer uma relação históri-ca entre este movimento e os da década de 80 como o das Diretas Já e o do Fora Collor?rMW - Os estudantes do ensino médio e universitário estão em idade própria em que seus pensamentos, sentimentos e ideais podem ser ditos, vistos ou discu-tidos. Creio que neste caso haverá mu-danças tão ou mais significativas que os ocorridos nas últimas duas décadas. O Hino Nacional na Copa das Confedera-ções, cantado por setenta mil, oitenta mil pessoas em área de som que multiplica as emoções, vê-se pessoas chorando, mos-trando a tal emoção inconsciente, pare-cia mais que o povo bradava por justiça e reparações.

JsF - De que forma o movimento pode gerar resultados na vida das pessoas? Ou seja, influenciar as decisões pesso-ais, a pessoa passar a questionar mais sem aceitar coisas impostas pelos go-

vernos?rMW - O movimento por si só, penso, não traria mudanças comportamentais na vida das pessoas. Porém, dele podem surgir frutos como debates, aulas, dis-cussões e outras formas de informação, ações políticas e mudanças significativas para os eleitores brasileiros.

JsF - O jovem não estaria resgatando a autoestima perdida ao se interessar pelo destino do País, desiludido com a política?rMW - Autoestima eu não creio, porém toda conquista resgata crenças latentes ou perdidas. Se assistirmos os jornais ve-mos como os políticos já se movimenta-ram para ganhar a confiança dos eleito-res, como o projeto que torna corrupção crime hediondo, reforma política anun-ciada pelo governo, discussão de plebis-cito etc; isso é consequência direta das ações destes jovens e população em geral que, como retorno, gratifica os sujeitos pelas conquistas e fomenta novos movi-mentos de mudança.

JsF - O protesto conta para mudar a vi-são da massa em relação ao seu papel ativo até nas eleições?rMW - Penso que o que conta, ou conta-ria, será apenas mais informações, e se os organizadores forem sábios, assim o fa-rão. Estas informações devem ser repas-sadas à população no período de forma-ção de voto. A visão do universo em que vivemos não muda tão prontamente. Hu-manos são naturalmente resistentes às mudanças. Veja o caso recente do políti-co Marcos Donadon que, mesmo senten-

ciado, culpado por crimes graves contra a sociedade, se reelege, provavelmente pe-los mesmos que, paradoxalmente, agora se manifestam contra a corrupção.

JsF - Quais são os perigos que um mo-vimento deste pode tomar em relação a um grupo, a uma cidade, uma nação, do ponto de vista psicológico?rMW - Este é um tema interessante. O comportamento de massas é incontrolá-vel. Isto porque as pessoas não são regi-das pela razão totalmente, mas sim pelos conteúdos inconscientes. A massa pode se comportar agressiva, gentil, proteto-ra, enfim, toda forma de comportamen-to que a situação inspira e conduza. Por exemplo, em um resgate de massa, as pessoas se colocam em situações de risco para salvar outras, pois num grupo, todo sentimento e todo ato são contagiosos, e em tal grau que o indivíduo prontamente sacrifica seu interesse pessoal ao interes-se coletivo. O que não faria se estivesse só ou em poucas pessoas. Gosto quando leio em Freud que “um grupo é impul-sivo, mutável e irritável. É levado quase que exclusivamente por seu inconscien-te. Os impulsos a que um grupo obedece podem, de acordo com as circunstâncias, serem generosos ou cruéis, heróicos ou covardes, mas são sempre tão imperio-sos, que nenhum interesse pessoal, nem mesmo o da autopreservação, pode fa-zer-se sentir. Tem um sentido de onipo-tência: para o indivíduo num grupo a no-ção de impossibilidade desaparece”.

JsF - Há manifestantes mais exaltados, isso é notório. Quem seriam estas pesso-as que perdem a mão e o temperamento no meio da manifestação?rMW - Há vários tipos de grupos. Os de frente, que tem mais claro os movimen-tos sociais; os que querem mudanças, porém ainda não sabem como obtê-las; os que querem sair com os colegas e, os que buscam marginalizar e destruir o que encontram na frente, entre outros. Cada um destes subgrupos agia nitida-mente de maneira diferente. Temos que pensar também que a polícia é um grupo que está incluído no comportamento das massas, para um ou outro fim. Em cada grupo, as respostas de comportamen-to se fundamentam pelas exigências do próprio grupo. Por isso, podemos com-preender como alguns quebravam e ou-tros pediam que não o fizessem. Isto é, cada qual mantendo o comportamento exigido por seu grupo, por sua massa.

JsF - Quais as diferenças que a senhora vê entre as manifestações nas principais capitais do Brasil e no Oeste da Bahia, do ponto de vista motivacional?rMW - O motivo que leva às ruas pode ser o mesmo, porém a resistência, o ex-por-se às críticas de pessoas conheci-das, o temor em geral adia a tomada de decisão e minimiza o número de parti-cipantes. Grandes centros movimentam massas maiores, o que gesta o fenômeno do inconsciente coletivo. Não ter conhe-cidos ao seu redor também muda o com-portamento de pessoas em massa. ■

Segundo psicóloga, a massa obedece a impulsos, que vão desde a generosidade à crueldade

Mestre em psicologia, renate Maria Wieczorek

ARQUIVO PESSOAL

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EsPECIAL

Os dois lados da extração do TálioExploração do metal é vista com ressalvas pela alta toxicidade e pelo perigo que pode trazer ao bioma

deral de Bahia (Ufba), Roberto Bagattini Portella, que é doutor em engenharia am-biental, é um dos que lembra que o tálio tem dois lados. “Ninguém nega que o tá-lio é uma riqueza. O tálio é um elemento químico, é um metal pesado e só há em dois lugares no mundo. Barreiras é o ter-ceiro lugar em que é encontrado. Há uma diferença. Na China e no Cazaquistão, o tálio é encontrado na superfície do terre-no. Aqui, está na crosta terrestre”, disse. A grande dúvida de Roberto Portella é no que Barreiras deve ganhar e no que pode

perder com a extração de tálio. “O assunto tálio é meio obscuro. Sabe-

se muito pouco e isso assusta. É preciso discutir melhor, mostrar os efeitos do metal; suas vantagens e desvantagens”, disse, lembrando que há relatos de que, há 40 anos, um senhor de origem asiática já visitava a região do Vale da Boa Espe-rança para estudar os metais encontra-dos ali. O interesse pelo estudo não é de hoje, mas o especialista alerta: até nos países mais desenvolvidos, os estudos sobre o metal são raros. Esta associação é que é perigosa no entender do doutor em engenharia ambiental. “Estes oligo-pólios querem explorar metais raros, em rincões longínquos e distantes, onde ain-da não há pleno desenvolvimento. Este é o perigo. Qualquer migalha que for ofe-recida, mesmo que de forma enganosa, parece valer à pena”, disse.

Roberto Portella citou como exemplo o caso da metalúrgica de Santo Amaro da Purificação, que fica a 72 quilômetros de Salvador. “Santo Amaro era um rincão abandonado no Recôncavo Baiano. De repente, chega lá, na década de 50, uma fábrica de chumbo, com a promessa de modificar toda a cidade. A fábrica se ins-talou e, após alguns anos, começaram os problemas de contaminação. A fábrica funcionou 23 anos, de 1960 a 1993, dei-xando um rastro de contaminação sem precedentes e abandonando a explo-ração”, contou. A história contada pelo mestre da Ufba é a da empresa francesa Penarroya Oxide, que é líder mundial na

raul Beiriz

Ninguém nega a riqueza do tálio. O tálio é um metal raro somente pro-duzido na China e no Cazaquistão.

Recentemente, foi descoberta uma jazida em Barreiras de 60 mil quilos. Só que o tálio, como tudo que é riqueza, tem seu lado negativo. É conhecido como o vene-no dos venenos. Pode matar em peque-nas porções. Toda e qualquer exploração do metal deve ser feita com muito cuida-do. A dona da concessão da exploração do produto é a empresa Itaoeste, que está se habilitando a montante equivalente ao ganho bruto de R$ 810 milhões, conta ob-tida usando o preço médio do grama de R$ 6 e o dólar comercial médio de R$ 2,25. O total da jazida encontrada em Barrei-ras equivale ao consumo mundial de seis anos, estimado em 10 toneladas anuais. O sócio majoritário da Itaoeste é o empresá-rio Olacyr de Moraes.

Só que a alta toxidade do produto deixa algumas questões entre as pessoas ou-vidas pelo Jornal do São Francisco que precisam ser avaliadas. A primeira delas é qual é a utilidade do tálio e como o metal pode mudar o destino de Barreiras; para o bem ou para o mal? A soma de faturamen-to bruto, baixo no universo de grandes empreendimentos na área de mineração, justifica investir pesado? Mais produção de tálio significa maior oferta e menor cotação. Não estaria a extração do tálio ligada à retirada de manganês e cobalto, substâncias geralmente encontradas com o tálio? Segundo os geólogos, o tálio está sendo substituído gradativamente pelo tungstênio, exatamente em razão da sua toxidade. Há panos para mangas a serem discutidos por geólogos, ambientalistas, geógrafos, produtores rurais, pecuaristas e químicos.

Sem falar do lado B desta questão, os pontos mais negativos. O tálio já foi usa-do como veneno de ratos e de formigas e é tido como cancerígeno - o que levou muitos países a proibir a sua comerciali-zação. Para se ter uma ideia, apenas um grama de tálio pode matar alguém, se ingerido. Em quantidades menores pode danificar o coração, medula espinhal, pulmões e até o cérebro. Historicamente, o tálio é um veneno associado a assassi-natos políticos e a heranças milionárias porque não deixa vestígios físicos no sangue e resíduos nas vísceras. Segundo espiões americanos e ingleses, Saddam Hussein, o ditador iraquiano, usava tálio para eliminar seus oponentes. A substân-cia era diluída nas bebidas oferecidas aos prisioneiros. O serviço de espionagem americano informou que Fidel Castro também teria sido envenenado com tálio, como prova, a perda progressiva da sua barba, mas este fato não foi confirmado por agentes britânicos. E o metal teria sido a causa do envenenamento fatal do ex-espião russo Alexander Litvinenko, na Inglaterra, em 2006. Descobriu-se que ele morreu de exposição a um isótopo radioativo. Nos seriados CSI e Criminal Minds, ambos na lista dos dez mais vis-tos do mundo, há dois casos envolvendo o tálio como instrumento de assassinato. Em um deles, uma enfermeira, uma as-

sassina em série que tem seu perfil des-vendado pelos profissionais especializa-dos em traçar personalidades, matava os pacientes velhinhos e terminais. No epi-sódio de CSI, a equipe do Criminal Scene Investigation encontra na Biblioteca de Antiguidades Branch, em Nova York, um livro manchado de tálio. Todo mundo que tocava o livro morria.

A dúVIdA é O PREçO dA INCERTEzA

O engenheiro civil na Universidade Fe-

VIRGÍLIA VIEIRA

REPRODUÇÃO

FOTO: WIkIPéDIA

Val da Boa Esperança, onde recentemente foi descoberta uma jazida de 60 mil quilos

Metal teria sido a causa do envenenamento fatal do ex-espião russo Alexander litvinenko, na Inglaterra, em 2006

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Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 11Jornal do São Francisco

produção de óxidos de chumbo destina-dos à fabricação de baterias, cristais, plás-ticos e tubos de televisão. Atuava no Brasil por meio da subsidiária Companhia Bra-sileira de Chumbo (Cobrac). Em 1989, a Cobrac foi vendida e incorporada à em-presa Plumbum Mineração e Metalurgia Ltda., pertencente ao Grupo Trevo.

“A indústria pertencia a um destes con-glomerados que se têm por aí. Esta é a minha preocupação”, disse, referindo-se ao fato de que a extração pode aumentar os problemas ambientais na região do Rio de Ondas, além da possível contami-nação. Ainda de acordo com ele, o pro-blema pode ser agravado pelo fato de se ter, entre outros, o manganês, o cobalto e o calcário. Portella, no entanto, entende que a exploração do tálio, associada à de outros minerais, pode alavancar a eco-nomia. “Vai depender muito do que será feito. Por exemplo, eles poderão explorar o tálio em outro local e não fazer todo o processo aqui”, explica.

Em relação ao fato de a jazida estar sobre o aquífero Urucuia, o engenheiro ambiental lembrou mais uma vez dos problemas relacionados à falta de infor-mação sobre o que é o tálio. “O metal é extremamente móvel. Não é tão simples assim não. Ele tem o poder de não ser estático. Ele se locomove pelos poros do solo. Em função disso, teoricamente ele pode atingir os lençóis d´água mais rapi-damente. Tudo dependerá dos processos de mineração do tálio”, explicou. Eis uma questão bem preocupante para todos. Os ambientalistas alertam que as reservas ficam às margens do Rio de Ondas, que abastece a cidade de Barreiras e é pro-curado também para o lazer. O dono da Itaoeste disse, em audiência pública reali-

zada em Barreiras, em abril, que não é in-tenção da empresa passar perto desse rio.

RESPONSAbILIdAdE E fISCALIzAçãO

Mesmo com a promessa do empresário, diz que a exploração do tálio só pode dar certo se houver fiscalização com respon-sabilidade. “Como esta atividade exige muito dinheiro e há decisões que não são da esfera municipal, é difícil ter controle por parte da sociedade, mas a tecnologia nos permite fazer projeções mais preci-sas”, lembra. O engenheiro alerta que o Governo costuma incentivar mais o de-senvolvimento econômico do que a sus-tentabilidade. “Há outras questões a se-rem esclarecidas neste debate. Será que uma empresa que explora tálio em Bar-reiras seria a marca do desenvolvimento regional? Será que a empresa pode mi-nimizar, de alguma forma, os impactos negativos que o tálio possa trazer?”, ques-tiona.

Em seu ver, o ideal é que a mina de tá-lio ficasse em um lugar só. “Este fato per-mitiria ter um controle ambiental muito maior. É melhor ter um impacto menor sobre uma área do que em uma espalha-da, e o tálio está em uma área bem grande, em todo o Vale da Boa Esperança. O que vamos ter aqui, em vez de ter um ponto de mineração, são vários pontos. Isso é mais perigoso”, reforça. O engenheiro ci-vil destaca outro problema na exploração. “Pode-se retirar o manganês; dele extrair-se o tálio. Recoloca-se tudo em cima, mas aí fica uma questão: a chuva. O solo vai lixiviar e as substâncias vão cair no Rio, no lençol freático”, considerou. Roberto Portella defende, por exemplo, que antes de toda e qualquer exploração do tálio,

faça-se um estudo sobre os efeitos que o minério tenha gerado na população do Vale da Boa Esperança. “Este estudo po-deria dar sinais de como fazer de forma correta a exploração do tálio”, disse. Dian-te dos prós e contras da exploração do metal, o engenheiro entende que se há o risco, por menor que seja, de causar dano ao meio ambiente e à vida de alguém, a

exploração deve ser bem pensada. “Se estes riscos existirem, incluindo o bioma, os estudos devem ser aprofundados. Bem aprofundados”, disse. A reportagem en-trou em contato com a Itaoeste e elencou uma série de perguntas à empresa. Até o fechamento desta edição, a redação não obteve o retorno da assessoria de impren-sa da empresa. ■

• Fabricação de fotocélulas.• Nos dispositivos óticos para infravermelho.• Em equipamentos para a detecção de radiação gama.• como flutuador para a separação de minerais.• Está presente, com chumbo, em alguns tipos de fusíveis.• No tratamento de infecções de pele; este uso foi limitado devido à margem estreita que existe entre a sua

toxicidade e o benefício terapêutico.• Na medicina nuclear para diagnosticar doenças coronárias e para a detecção de tumores.• Na produção de vidros de alta densidade com baixos pontos de fusão, entre 125 e 150 °c.• o acetato de tálio é empregado em meios de cultura juntamente com a penicilina para isolamento de

micoplasmas - as menores bactérias de vida livre existentes.

Há pesquisas com o tálio para desenvolver materiais supercondutores em elevadas temperaturas para aplicações como imagem de ressonância magnética, armazenamento da energia magnética, propulsão magnética, geração de energia elétrica

e transmissão.

O tálio (que deriva da palavra latina "thallus", que significa "rebento") foi descoberto por Sir William Crookes em 1861 na Inglaterra, quando fazia determinações espectroscópica dotelúrio em resíduos de ácidos derivados de algumas plantas.

O nome vem da linha verde brilhante do seu espectro. Em 1892, Crookes e Claude-Auguste Lamy isolaram o metal independentemente. Embora o metal seja razoavelmente abundante na crosta terrestre em uma concentração estimada de

aproximadamente 0,7 mg/kg, existe, na maior parte, associado com o potássio nos minerais de argilas, solos e granitos, não sendo comercialmente fontes deste elemento.

Utilização do Tálio

RAIO-X dO TÁLIO

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EsPECIAL

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Jornal do São Francisco12 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

IVANA DIAS

Solenidade marca os 41 anos da chegada do 4o BEc a Barreiras

iVana Dias

O 4º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) comemorou no dia 12 de julho, em uma solenidade que

reuniu militares, oficiais da reserva, ex-generais, ex-coronéis, ex-comandantes, autoridades políticas da região e pioneiros civis, que chegaram junto com o batalhão, os 41 anos da sua chegada em Barreiras.

No período da manhã foi realizada a formatura com a participação de cerca de 300 militares. De acordo o comandan-te Thadeu Luiz Crespo Alves Negrão, foi uma solenidade muito importante, pois marca a chegada do Batalhão à cidade. “A criação do batalhão foi no mês de janeiro, mas aqui por tradição comemoramos o aniversário na data de chegada ao muni-cípio. Estamos há 41 anos em uma região

que nos acolheu muito bem. Valorizamos muito isso. Temos orgulho de estar aqui, no Oeste na Bahia”, pontuou o coman-dante.

“O 4º BEC veio para essa região na déca-da de 70 integrar Brasília ao resto do País, particularmente ao Nordeste. Essa ação tem um significado muito maior do que parece. O Batalhão trouxe o desenvolvi-mento para a região Oeste da Bahia, que hoje é potência econômica no agronegó-cio. Um papel que achamos simples, mas que teve grande repercussão: a ligação à estrada. Éramos dependentes do rio Gran-de para chegar aqui, tivemos um cresci-mento vertiginoso da região”, observou sobre a importância da instituição para a região.

O comandante Negrão foi transferido do Rio de Janeiro para Barreiras há seis

meses e, apesar do pouco tempo, mos-tra-se satisfeito. “É surpreendente como o batalhão é querido na cidade”, disse. Na carreira militar há 30 anos, o Comandante ressaltou a importância da influência do Exército Brasileiro no desenvolvimento do país. “A Engenharia Militar participou dos processos políticos ao longo des-ses quase 200 anos de independência. O Exército continua sendo um fator muito importante para o desenvolvimento na-cional. Principalmente, quando voltado para o aspecto interno do Brasil, na parte de integração. A grande preocupação era integrar as regiões do país, que está rela-cionado às ações de defesa. Para ter uma defesa nacional eficiente, todas as regiões devem estar integradas, é a engenharia se interessou desde o início, até mesmo na época colonial, em construir os seus pos-

tos. Foi um dos primeiros trabalhos que se concretizaram aqui, o de integração pelas rodovias”, observou.

De acordo com o Comandante Negrão, os militares do 4º Batalhão estão atuando na construção da duplicação da BR 101, no Estado do Sergipe, e no próximo semestre será iniciada a perfuração de poços no Es-tado da Bahia, nas principais áreas atin-gidas pela seca. “Temos uma obra grande de duplicação e, agora, vamos entrar com um trabalho de apoio de perfuração de poços. Não especificamente na região de Barreiras, mas na Bahia. Um trabalho em conjunto com o Ministério da Integração. Não iremos executar diretamente, mas va-mos contratar e fiscalizar o trabalho”, dis-se. Será assinado convênio para restaurar as estradas que passam na divisa da Bahia com o Estado do Tocantins. ■

Jornal do São FranciscoLOCAL

Apenas 22 profissionais compareceram à reunião

iVana Dias

A Ordem dos Advogados do Brasil, Sub-seção de Barreiras (OAB) realizou uma reunião extraordinária no último dia

08 de julho no auditório da Subseção, para deliberação da mobilização da classe contra a morosidade do Poder Judiciário do Oeste baiano e sobre a designação de juízes subs-titutos aprovados no último concurso do Tribunal de Justiça – (TJ/BA) para a região. Dos 583 advogados inscritos na Subseção de Barreiras, apenas 22 profissionais compare-ceram. O encontro debateu assuntos de im-portância para o desenvolvimento e avanço dos trabalhos jurídicos.

De acordo com a presidente da OAB Sub-seção de Barreiras, Dr.ª Cristiana Matos Américo, existem 8.921 mil processos trami-tando apenas nos Juizados Especiais Cível e Criminal. “O número de processos é maior. Ainda não temos os dados totais”, pontuou. O atual quadro de juízes da Comarca de Bar-reiras é composto por seis magistrados, dis-tribuídos nas varas de Juizado Cível e Crimi-nal (1); Vara Crime (1); Fazenda Pública (1); 1ª Cível (1); 2ª Cível (1) e 3ª Cível (1) - que não é suficiente para a demanda populacional.

Para suprir a carência de profissionais no município e região, a presidente defende que seria necessário trabalhar com a pro-porção de 100 juízes para cada 1 milhão de habitantes. “Barreiras deveria ter no mínimo 12 juízes. Na prática, temos apenas cinco. O juiz da 2ª vara está em gozo de licença médi-ca desde o início do ano e, em razão da gra-vidade do seu caso, não existe uma previsão de retorno”, observou.

Dos 99 juízes que tomarão posse em se-tembro de 2013, segundo informação extra-oficial, a presidente declara que apenas dois magistrados virão para a região, nos muni-cípios de Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia. “Apresentaremos a nossa reinvin-dicação ao presidente do Tribunal de Justi-

ça em Salvador antes da data da posse, para que providências sejam tomadas em relação à carência e necessidade de mais juízes para o Oeste”, garantiu.

O manifesto contra a Morosidade do Po-der Judiciário, organizado pela instituição no intuito de chamar a atenção do Tribunal de Justiça da Bahia e que seria realizado nos dias 11 e 12 de julho, foi adiado. A data pro-vável para a realização do movimento é dia 29 de agosto. No dia 25 de julho, uma reu-nião será realizada para apresentar as deci-sões referentes ao manifesto. “Além deste manifesto, faremos um abaixo-assinado para o TNJ e demais órgãos para demonstrar a insatisfação da classe com a morosidade dos trabalhos jurídicos e da falta de juízes. A população é a principal prejudicada. Ten-taremos mobilizar também as comarcas vi-zinhas”, adianta. Além da manifestação da classe na Praça Castro Alves, será realizado o lançamento do livro “As reformas proces-suais penais”, autoria de Fabiano Pimentel, e um ciclo de palestras jurídicas com profes-sores da Escola Superior da Advocacia (ESA). O evento é gratuito e tem como público alvo, advogados, estagiários inscritos na OAB e demais estudantes, na respectiva ordem e possibilidades de vagas. ■

Manifesto e abaixo-assinado estão sendo organizados para demonstrar a insatisfação da classe no município

OAB quer melhorias de trabalho

Barreiras deveria ter no mínimo 12 juízes. Na prática temos apenas cinco” DRa cRISTIANA MATOS AMéRIcOPresidente da OAB na Subseção de Barreiras

TJ/BA é considerado o segundo mais lento de todo o PaísO Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) obteve a segunda colocação no rol das cortes no quesito prestação de serviços. Foi considerado o tribunal que menos julgou processos por improbidade administrativa e crimes contra a administração pública. De acordo com o levantamento do Con-selho Nacional de Justiça (CNJ), o TJ-BA cumpriu apenas 7,16% da Meta 18, perdendo apenas para o Tribunal do Piauí, que atingiu somente 4,8%.

Os dois quesitos somam 4.387 processos com 314 julgados. Dos 1.313 processos de impro-bidade da Bahia, 162 foram julgados e 1.151 estão pendentes. Dos 3.074 criminais, 152 foram avaliados, enquanto 2.922 aguardam apreciação. A corte de Sergipe obteve 91,9% da meta cumpri-da. De 2012 até o momento, os tribunais esta-duais, federais e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgaram 46.621 processos de improbidade administrativa e ações penais de crimes contra a administração pública em tramitação há mais de um ano e meio na Justiça. Espera-se que até o final deste ano outros 74.557 sejam julgados para que o Judiciário consiga cumprir integralmente a Meta 18. Entre as ações julgadas, 19.883 são de improbidade e 26.738 refere-se a crimes contra a administração pública - corrupção, peculato e sonegação previdenciária.

meta 18A Meta 18 foi estabelecida no VI Encontro Nacio-nal do Poder Judiciário, promovido pelo Conse-lho Nacional de Justiça (CNJ) em novembro de 2012. E tem a finalidade de julgar os processos contra improbidade administrativa distribuídos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), à Justiça Federal e aos Estados e crimes contra a adminis-tração pública até 31 de dezembro de 2013.

Da redação com informação da Tribuna da Bahia.

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Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 13Jornal do São Francisco

TECNOLOgIA

O Tribunal de Justiça da União Eu-ropeia decidiu, na terça-feira 25, que o Google não precisa apagar detalhes pes-soais do seu índice de buscas, uma deci-são com ramificações importantes para a privacidade na internet, que impossi-bilita as pessoas terem o direito de “se-rem esquecidas”. O conceito do “direito de ser esquecido” parte do princípio de que cidadãos de países da União Euro-peia deveriam ter o controle total sobre seus dados pessoais, inclusive o direito de pedir que fossem apagados das bases de dados de grandes companhias.

O processo tinha sido trazido à Corte pela Agência Nacional de Proteção de Dados Espanhola, depois de ter recebi-do reclamações sobre a segurança das informações pessoais, encontradas com facilidade na internet. A agência havia pedido à filial espanhola do Google e à matriz, a retirada dos resultados das buscas. A empresa tinha argumentado em uma corte espanhola que não deve-ria ter de decidir quais páginas deveria ou não censurar.

“Os provedores de ferramentas de busca não são responsáveis, com base na Diretiva de Proteção de Dados, pelos dados pessoais que aparecem nas pá-ginas processadas”, disse o advogado-geral Niilo Jääskinen em seu parecer. A lei mencionada por Jääskinen é a que rege atualmente a proteção de dados na União Europeia. “A diretiva não estabe-lece um direito de ser esquecido abran-gente”, disse o advogado, acrescentando que o sistema de indexagem do Google “não permite sequer que seja feita a dis-tinção entre dados pessoais e outros”.

Bill Echikson, um dos gerentes do Google para a Europa, festejou a decisão de Jääskinen. “Ficamos contentes de sa-ber que o seu parecer sustenta nossa vi-são de longa data, segundo a qual, pedir a ferramentas de busca a supressão de informação legítima e legal, seria uma forma de censura”, disse Echikson.

A ação teve início quando um cidadão espanhol tentou tirar do Google os links com informações sobre um leilão da sua residência, cancelado após ter renego-ciado as suas dívidas.Fonte: cartacapital.com.br

Sem direito de ser esquecido

Molde a partir de impressão em 3D pode substituir o gesso

Firefox OS: conheça o novo sistema da Mozilla para smartphones

Quando ocorre uma fratura é sempre o mesmo problema: com o gesso vem a coceira e o mau-cheiro, em função

do local da fratura ficar abafado. Um projeto desenvolvido pela Universidade de Wellington (Nova Zelândia), liderado por Jake Evill, promete acabar com isso.

Denominado de Cortex, eles criaram um molde impresso em 3D - leve, ventila-do, lavável e que pode ser reutilizado - que substitui o gesso. Além do departamento de design, o departamento de ortopedia, também participou do projeto.

A ideia é que um software receba as imagens de raio-x da fratura, mais o esca-neamento 3D do membro, e determine a forma e a medida ideal do Cortex para ser aplicado na fratura.

"No momento, a impressão 3D do mol-de leva cerca de três horas, enquanto um molde de gesso leva só três a nove mi-nutos, mas exige 24 a 72 horas para ficar totalmente firme. Com os avanços da im-pressão 3D, poderemos ver uma grande redução no tempo necessário para impri-mi-lo no futuro", disse o designer.

As partes mais densas do molde ficam concentradas em torno da fratura em si. O molde poderia então ser impresso em duas partes, e depois montado usando prende-dores permanentes, até que o processo de cura esteja completo. Para retirá-lo, como de costume, ele teria que ser serrado. O pro-cedimento deve ser feito num hospital.

Fonte: terra.com.br

O Firefox OS finalmente está pronto para chegar às lojas. É o que anunciou a Fundação Mozilla, responsável pelo

sistema de código aberto, na segunda-feira (1º). Os dois primeiros aparelhos equipados com ele, o ZTE Open e o Alcatel One Touch Fire, começaram a ser vendidos na, terça-feira (2).

O Firefox OS é baseado em HTML5 e possui código aberto. A Mozilla espera que estes fatores, aliados à proposta de ser atra-tivo ao consumidor, sejam suficientes para atrair usuários de outros sistemas. A em-presa não perdeu a oportunidade e lançou, ainda em 2012, um simulador do sistema.

O grande diferencial do Firefox OS, se-gundo a Mozilla, é o Adaptive App Search (busca adaptável de aplicativos), que se adapta ao que o usuário está procurando para fornecer resultados melhores. Além disso, o smartphone terá recursos comuns nos telefones atuais, como um sistema de mensagens, players de música e navega-ção por mapas.

Para tornar a disputa ainda mais acirrada, a Mozilla preparou ainda a loja de aplicativos Firefox Marketplace, similar aos concor-rentes App Store e Google Play. Outras companhias também es-tão de olho no potencial do Fire-fox OS e no seu impacto no mer-cado. O Twitter, por exemplo, já anunciou um aplicativo oficial para o sistema.

Conforme o TechTudo já ha-via anunciado, o Brasil é um dos países que receberão as primeiras remessas dos smar-tphones. A estratégia de divul-gação inclui vendas na América Latina, leste e centro da Europa e, em se-guida, na Ásia. Espera-se também que as empresas Huawei e LG também lancem aparelhos com o sistema. Enquanto isso, a Sony já anunciou um modelo que deve ser lançado no início de 2014.

Na Espanha, o lançamento foi dia 2. O

ZTE Open foi anunciado no país por cer-ca de 69 euros (aproximadamente R$ 200) para planos pré-pagos.

Fonte: techtudo.com.br

REPRODUÇÃO

Cortex, criado na Universidade de Wellington, Nova Zelândia, é leve, ventilado e pode ser reutilizado

Segundo a Justiça europeia, o Google não precisa deletar as informações pessoais do índice de buscas

Jornal do São Francisco

cortex é leve e pode ser reutilizado

Software recebe as imagens de raio-x da fratura

Novos aparelhos da Alcatel e ZtE come-çam a chegar às lojas

Impressão 3d do molde leva cerca de três horas

REPRODUÇÃO/POckET-LINT

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Jornal do São Francisco14 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

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PULSEIrAS DE MãO – NOVO ACESSórIO é HIt ENtrE OS fASHIONIStAS

Tem muita gente que diz que na moda, não há mais o que se inventar. Mas será mesmo? Não quando o assunto se refere aos acessórios. A novidade da vez são as pulseiras de mão,

já ouviu falar? Com diferentes designs, elas foram concebidas para serem usadas bem na altura da palma da mão.

O primeiro modelo foi desenvolvido por uma designer de joias chamada Ana Khouri, que logo conquistou celebridades como Madonna e Carine Roitfield. E depois de aparecerem nas mãos das famosas, os acessórios ganharam as ruas em looks de fashionistas e também ficaram populares entre as blogueiras.

Confira modelos e inspire-se!!!

Moletom é praticamente um item obrigatório no guarda-roupa masculino – mesmo que seja para ficar jogado em

casa, lavar o carro ou levar o cachorro pra dar uma volta. O que muitos homens ainda não perceberam é que dá pra criar um look super estiloso com algumas peças de moletom.

Uma calça de moletom, por exemplo, ganha um novo status se for coordenada com uma camiseta e um blazer – até mesmo com uma camisa pode ficar interessante. Para um look mais casual, aposte numa calça de moletom com uma blusa

de lã para enfrentar o frio com estilo.Não gosta de usar terno? Que tal usar as

tradicionais calças de alfaiataria com camisa, gravata e um moletom? Ótimo e confortável para quem pode trabalhar com um look mais descolado. Se quiser experimentar outro look descolado, tente uma calça jeans, uma camisa ou camiseta, um moletom aberto e um blazer por cima – perfeito para o inverno. O look também funciona com moletons fechados. Se possível, opte pelos modelos com capuz para um charme a mais.

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Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 15Jornal do São Francisco

tIZZIANA [email protected]

Mosaico

POSSE NO ROTARyO Rotary Clube de Luís Edu-ardo Magalhães realizou no sábado, 6, às 20h, no Buffet Olavo Nascimento, a soleni-dade de posse do presidente Adilton dos Santos Gomes e do novo Conselho Diretor para o ano Rotário 2013/14, formado por Reginaldo Luís Arita, vice-presidente; Talvani Chiapetti, secretário; Marçal Eiji Tsuka-moto, tesoureiro; Renato João Sulzbach, protocolo; Fernan-do Kowalski, administração; Andrea Souza Lima Santos, quadro associativo; Maria do Rosário Oliveira Chiapetti, Fundação Rotária; Jair Fran-cisco, imagem pública; Zilda Maria Maróstica Vendrúscolo, prestação de serviços; Vanda Marli Besen Sulzbach, novas gerações. O evento teve a pre-sença de associados e cidadãos luiseduardenses.

fEIjOAdA VIP 242A terceira edição da Feijoada VIP 242 aconteceu no dia 29 de junho, no Cais & Porto, em Barreiras. Essa edição trouxe uma produção mais ousada com um toque de-licioso de atrações. Proporcionando um ambiente des-contraído com a galera jovem, familiares e amigos. Bosco Fernandes abriu a festa, em seguida a atração principal Batifun e, para finalizar, Elano Santarém e convidados.

EXPOAGrOA abertura da Expoagro foi realizada no sábado, 29 de junho, no Par-que de Exposições Engenheiro Geraldo Rocha. A 31ª edição da feira agropecuária contou com programação para todos os dias da feira, com os shows de Frank Aguiar, Michel Teló, João Lucas e Marcelo, João Neto e Frederico, Vitor e Léo, Maria Cecília e Rodolfo, entre outros. No dia 05 de julho, durante a 31ª Expoagro, a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) reuniu produtores associados, autoridades, lideranças locais e população em geral para um coquetel.

DA ESqUErDA PArA DIrEItA: Adilton dos santos Gomes e a esposa vanderlucia

DA ESqUErDA PArA DIrEItA: Rodrigo Melo, Jessica Melo e thiago Melo

DA ESqUErDA PArA DIrEItA: Elisete Gatto, Neibia e rosa Maria

DA ESqUErDA PArA DIrEItA: Sérgio Pitt, Eduardo sales, João leão, Humberto santa cruz, Walter Horita, Fátima Horita e o secretário estadual carlos costa.

DA ESqUErDA PArA DIrEItA: Sérgio Pitt, diana Macedo, Antônio Henrique e carlos Augusto Paê

DA ESqUErDA PArA DIrEItA: celestino Zanella, carlos costa, Humberto santa cruz, Júlio cesar Busato, João leão, odacil ranzi e Eduardo salles

DA ESqUErDA PArA DIrEItA: Vilma Higaki, Matilde Horita, cristina suzuki, Marisa uemura e Alex uemura

DA ESqUErDA PArA DIrEItA: Maristela souza, Mari luza, solania didomenico e solange Zanettim

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Jornal do São Francisco16 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

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Jornal do São Francisco18 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

JSF RURAL

raul Beiriz

A lagarta chegou à região do Vale – da qual fazem parte os municípios de Wanderley, Baianópolis, Cristópolis,

Muquém do São Francisco, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, Coribe e Ibotirama, entre outras cidades. Segundo técnicos, embora este não seja um fato preocupante, requer atenção especial dos produtores, especialmente o de sementes, em vista do poder de migração da praga num raio de 500 quilômetros. “Nas áreas de pastagens estabelecidas não haverá muitos problemas; a questão maior está na produção de sementes, exatamente pela lagarta ter preferência e alimentar-se da parte de reprodução das plantas”, justifica o engenheiro agrônomo, Adriano Luppinacci, acerca da ocor-rência da lagarta no capim da região vizinha – problema que, ao menos por enquanto, não deve afetar diretamente os pe-cuaristas.

“Quando o capim é usado para alimentação do gado, não tem problema porque a lagarta vai atacar a semente. Por outro lado, na área da pro-dução de sementes não. Esta poderá ser atingida”, explicou Luppinacci. O pecuarista, no entender do engenheiro agrô-nomo, não deve se preocupar, pois que a lagarta não ataca as folhas, mas sim as sementes. “O que a gente viu nas cultu-ras da soja e do algodão é bem diferente do que vai acontecer com a semente de capim”, as-segura. Ainda de acordo com ele, o combate à lagarta não tem uma fórmula mágica e, teoricamente, o período de seca inibiria a proliferação da lagarta, mas neste momento, qualquer teoria feita agora se-ria “chutômetro”.

“O problema da lagarta é que ela pode atingir todas as culturas do Cerrado. No caso da região do Vale, a agricultura predominante é a de peque-no porte. Tirando Baianópo-lis, onde existe um pouco de agricultura comercial, nos outros municípios o que existe é agricultura de subsistência: a agri-cultura familiar. As coisas são quase arte-sanais. Então, o risco de uma proliferação da lagarta é pequeno”, disse. Para Luppi-nacci, a preocupação deve estar em ações para que a lagarta não se desenvolva e re-torne ainda mais forte à região do Cerrado – onde a problemática maior tem sido a agricultura do milheto.

Nas palavras do mestre em agronomia, “esta é uma cultura (milheto) que tem sido difundida na região e que tem facilitado à propagação da lagarta”, onde a própria origem da lagarta helicoverpa - se é zea ou armígera – ainda é incerta. “Existem as duas. É uma tolice dizer que uma eliminou

a outra. Isso não aconteceu”, garante. Para confirmar sua tese, o engenheiro agrôno-mo cita o trabalho realizado pela Embra-pa, que constata a presença dos dois tipos de lagarta nas armadilhas. “Não existia relato da helicoverpa armígera no Brasil e a questão da zea era minimizada, porque esta última tem como inimiga natural, a lagarta do cartucho do milho - a spodop-tera frugiperda. O problema cresceu e pre-cisa ser combatido”, destaca, lembrando que é preciso olhar para frente.

“A pergunta que se faz é se a helicoverpa armígera também era inimiga natural da spodoptera frugiperda, mas nos países em que ela existe, não!”, frisa. O engenheiro agrônomo defende que qualquer tese so-bre o aparecimento da helicoverpa armí-gera no Brasil não passa de inferências e

especulações. “Ninguém tem certeza de nada”, acrescenta, reforçando que o importante não é mais a origem, mas as ações futuras para enfrentar este problema. Outro fato que, em sua opinião, é um proble-ma, é o agravamento da situa-ção com a seca. “Hoje, é difícil mensurar o prejuízo provo-cado pela seca e pela lagarta. A seca complica ainda mais a vida do agricultor”, lamenta.

mIGRAçãO dA LAGARTANo que diz respeito às ações futuras para combate à la-garta, Luppinacci insiste que não se deve pensar apenas em eliminar o problema aqui, da região. “Não estaremos livre da praga. Devemos levar em conta o raio de migração da la-garta e a infestação no Cerra-do e no Vale, podendo chegar à Brasília, Tocantins, Goiás, Piauí e Maranhão”, explicou. Segundo especialistas austra-lianos, o raio de migração da lagarta é de 500 quilômetros. Para resolver esta problemá-tica, o agrônomo lembra que existe outro entendimento que classifica como equivoca-do por parte de quem trabalha diretamente com a questão.

“O especialista australiano, David Murray, lembrou que não se combate uma praga com um único método, com um único defensivo. É o que tem sido feito aqui”, re-clama.

Defensor do manejo integrado de pra-gas, que envolve um conjunto de medi-das, Luppinacci diz que este “é um siste-ma antigo, que já existe há algum tempo, só que, por uma questão de relaxamento, todos, inclusive os engenheiros agrôno-mos, preferem lançar mão de um produto a elaborarem estratégias”. O correto, a seu ver, seria abrir várias frentes de combate, como uso de agentes de controle bioló-gico, como outros insetos, fungos, bac-térias e até vírus que eliminem a praga. “Para ter sucesso no manejo integrado de

pragas, você precisa ter uma equipe com capacitação técnica. Precisa ter conheci-mento. Por que está se falando tanto em benzoato? Parece que é só jogar o produto e o problema está resolvido. Não é bem assim”, destaca, reforçando que o uso do benzoato não resolveu o problema da pra-ga na Austrália.

“Se você usá-lo repetidas vezes, o ben-zoato perde o efeito. A molécula é perdi-da”, explica. Adriano Luppinacci lembra que muitas comparações foram feitas entre os dois países, mas que a Austrália – diferente do Brasil -, dispõe de pesquisa mais desenvolvida e também de incenti-vos aos estudiosos do assunto. “Se o Mi-nistério Público tivesse vontade real de resolver a questão, teria ido aos Estados Unidos, à Austrália, para saber o que fazer, e não simplesmente proibir a importação como fez”, disse. O agrônomo lembra ain-da que todos os produtos existentes têm efeito tóxico e que só este argumento não poderia servir de suporte para a proibição do uso do benzoato. “É como o sal – se usar demais pode causar problemas de saúde. O benzoato é um problema? É um problema para nós porque ele não foi li-berado. A liberação foi pedida há uns seis anos”, destaca.

CRíTICAS AO GOVERNO bRASILEIROO engenheiro agrônomo não poupou o governo brasileiro nas críticas. “Da mes-ma forma que comparamos as questões da liberação, a participação do governo australiano nos problemas dos agriculto-res é centenas de anos luz à frente do go-verno brasileiro. O governo prefere proibir a ter uma ação efetiva no combate à la-garta”, disse. Luppinacci destaca ainda a necessidade de rever o modelo usado no Oeste da Bahia para que a produtividade prossiga por mais alguns anos.

“Está se apostando muita coisa sem avaliar os riscos. O uso excessivo de ma-téria orgânica e de defensivos pode trazer problemas futuros como a contaminação do lençol freático. Nossos modelos são

muito simplistas”, avalia, declarando-se um defensor incondicional de modelos mais duradouros e sustentáveis. “Outro problema da região que precisa ser verifi-cado pelos produtores é a qualificação da mão de obra. Investir na qualificação de profissionais é essencial para que dê tudo certo. Não há como evoluir na plantação e no modelo, sem que haja mão de obra qualificada”, encerra.

VESPAS CONTRA LAGARTASA vespa de 0,25 mm de comprimento, do gênero Trichogramma spp, pode ser a so-lução para eliminar a lagarta helicoverpa armígera das plantações. A helicoverpa armígera já causou prejuízo de quase R$ 2 bilhões aos agricultores da região Oeste da Bahia. Como a lagarta devora soja, al-godão, sorgo, milho, tomilho, feijão e to-mate, o inseto pode ser usado no combate à praga já que come as lagartas. A lagarta helicoverpa armígera é uma velha conhe-cida dos agricultores europeus, indianos e australianos. Segundo agrônomos, pode ter chegado ao Brasil por meio de mudas ou naturalmente. Estimativas dão conta que a lagarta já causou estragos em 11 es-tados brasileiros.

A vespa, produzida por uma empre-sa, são multiplicadas em laboratório por meio de ovos de traças presentes em grãos. Para a viagem, elas vão em forma de pupa (estágio intermediário entre as fases de larva e adulta), acomodadas em cápsu-las dentro de cartelas, dois dias antes de nascerem.

Quando soltas, elas impedem o nasci-mento das lagartas destruidoras de plan-tação e dão origem aos novos descenden-tes que vão somar esforços na atuação contra as pragas. Na idade adulta, a vespa deposita seus ovos dentro dos ovos da la-garta. As vespas somente são parasitas dos ovos de borboletas e de mariposas. Neste sentido, quando acabam os ovos da lagar-ta, a população de vespas também é redu-zida por não encontrar o local ideal para depositar seus ovos. ■

Lagarta chega à região do ValePoder de migração da praga num raio de 500 quilômetros exige atenção especial dos produtores

...por uma questão de relaxamento, todos, inclusive os engenheiros agrônomos, preferem lançar mão de um produto a elaborarem estratégias”ADRIANO LUPPINAccIEngenheiro agrônomo

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Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 19Jornal do São Francisco

JSFRURAL

reunião na Expoagro, em Barreiras, foi o primeiro passo para definir convênio entre as duas instituições acerca da instalação da Universidade federal do Oeste (Ufob) na região

raul Beiriz

Um convênio deverá resultar do acor-do firmado no último dia 2 de julho, durante a Expoagro, entre a Associa-

ção dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba) acerca da instalação da Universi-dade Federal do Oeste (Ufob) na região. As instituições deverão unir-se para a elabo-ração de um protocolo de intenções. Pro-dutores rurais e diretores da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Aba-pa) também participaram do encontro.

De acordo com o diretor do Campus Reitor Edgard Santos, da Ufba, em Barrei-ras, Jacques Antonio de Miranda, a elabo-ração de um protocolo de intenções vai possibilitar a transformação do acordo em convênio. “Todos sairão ganhando. A ideia é que a Ufob seja um instrumento de fomento do progresso da região, com vi-são de médio e longo prazos, tendo como parceiro quem desenvolve a região”, disse referindo-se à Aiba. Miranda aproveitou a oportunidade para lembrar que já no pró-ximo ano deverá haver vestibular para a nova universidade e que a sua criação é um sonho antigo que deve ser abarcado por toda a sociedade.

“Começou em 2005 e foi se sedimen-tando. Agora, precisamos acertar como será o seu funcionamento”, disse, eviden-ciando que é preciso prever a distribui-ção de várias unidades por um espaço regional. “Nós teremos a sede (reitoria) em Barreiras e campus em Luís Eduardo Magalhães, Barra, Bom Jesus da Lapa e Santa Maria da Vitória”, explicou. Sobre a polêmica que incide sobre o oferecimen-to dos cursos em cada um dos campi, o diretor é enfático: “Isso é outra questão. O importante é que a universidade vai se instalar na região. Isso tem uma intenção. O Oeste da Bahia é, hoje, uma região es-tratégica economicamente. A universi-dade não pertence a nenhum município, mas à região”, frisa.

A tendência para determinar a localiza-ção dos cursos, segundo o diretor da Ufba, deve ser a logística, com distribuição ló-gica na temática, para que se possa, por exemplo, facilitar a fixação de servidores. No entanto, isso tem que ser visto com foco no futuro e não no presente. “Nós temos uma vocação para o agronegócio, mas precisamos ir mais além do que a visão neste momento. A região carece de médicos porque está se desenvolvendo. Os Ministérios da Saúde e da Educação sinalizaram positivamente para a cria-ção do curso de Medicina em Barreiras, já pensando no forte desenvolvimento da região”, complementa.

Miranda exemplificou. “A gente não consegue implantar o curso de Medicina em Barreiras e ter um centro de saúde em Luís Eduardo. Se este centro estiver em Barreiras, o curso de Medicina tem que fi-

car aqui, assim como os demais relaciona-dos à área de saúde, como Nutrição, En-fermagem, Fisioterapia e Psicologia, entre outros”, ressalta. O diretor da Ufba expli-cou que, no caso de Luís Eduardo Maga-lhães, não é porque a vocação do muni-cípio é para o setor do agronegócio que a unidade da cidade deverá ter cursos re-lacionados ao setor. “A cidade carece é de tecnologia. É preciso dar ênfase aos cursos deste setor, explorar a área de tecnologia avançada na cadeia de agronegócios. Por exemplo, um curso de engenharia biotec-nológica é necessário para Luís Eduardo Magalhães. O curso de agronomia já exis-te em Barreiras”, analisou, destacando a importância de dar ênfase às carreiras que possam agregar valores aos agronegócios, incluindo, nestes casos, os cursos que le-vem às melhores políticas sociais.

“A tendência é que você tenha grande investimento, grande potencial de cresci-mento e necessite de apoio para sustentar o desenvolvimento regional. Estruturar a região é fundamental para dar suporte ao desenvolvimento”, disse. Sobre a re-clamação de investidores de que na re-gião falta mão de obra qualificada para o mundo dos agronegócios, Jacques Miran-da lembra que isso é uma questão pon-tual. “A universidade não pode pensar só no agora. A universidade tem que pensar no longo prazo. A tendência, agora, é a de agricultura de precisão. O investimento é em tecnologia”, assegura.

APOIO dA AIbAO diretor de Integração, Projetos e Pesqui-sa da Aiba, Ernani Sabai, era outro que, ao sair da reunião, demonstrava otimismo com a parceria. “Precisamos de muitos profissionais na área técnica na atualida-de, mas temos que pensar em um âmbito maior. A criação da Ufob fará a formação

dos profissionais que precisaremos em vários setores nos próximos anos, em médio prazo, em setores que hoje temos carência”, destacou. Em relação ao con-vênio a ser firmado com a Ufob, Sabai diz que é preciso acertar as demandas do setor produtivo com as da universidade, que deve ajudar a desenvolver e a forta-lecer o agronegócio na região, lembrando que há muitas demandas dos produtores e da sociedade que ainda não foram aten-didas e que poderão ser resolvidas com a

chegada da Universidade Federal. “Uma destas demandas é a pesquisa.

Nós não temos como desenvolver pesqui-sas sem que exista uma entidade capaci-tada na área”, enalteceu, destacando que o papel da universidade não é só fornecer mão de obra para a cadeia produtiva, mas fornecer alternativas que tornem o proces-so mais eficiente. Ernani Sabai disse que o acordo ainda está sendo desenhado. “A partir deste primeiro protocolo de inten-ções é que cada instituição vai desenhar como pode contribuir neste contexto de desenvolvimento”, disse. Segundo infor-mou, a ideia é estender o acordo também a todos os integrantes do setor universitário que queiram trabalhar em prol do desen-volvimento do Oeste da Bahia.

Em relação à grade de cursos, Sabai destacou o curso de engenharia civil, já que a região carece destes profissionais, por exemplo. “Hoje, já existe consenso para a implantação do curso de Engenha-ria de Produção em Luís Eduardo Maga-lhães. Biologia estaria nesta lista”, disse. Também o vice-presidente da Aiba, Oda-cil Ranzi, explicou que a reunião realiza-da durante a Expoagro teve caráter preli-minar no intuito de elaborar um projeto conjunto para a Ufob. “Será desenvolvido um projeto de interesse da comunida-de, que envolva todos os sistemas, como Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o aquífero em relação à agricultura e outros tantos. Precisamos avaliar cada ponto de nossa realidade para que a universidade seja inserida neste sistema”, completou. ■

Aiba e Ufba acertam acordo para protocolo de intenções

JSFRURAL

Armazém da conab não tem local definidoluciano Demetrius

Apesar de confirmada instalação em Luís Eduardo Magalhães, ainda está em debate o local para o armazém pú-blico da Companhia Nacional de Abas-tecimento (Conab). Na quinta-feira, 27 de junho, o superintendente da Conab, Rafael Bueno, e dois assessores do ór-gão, João Bertolino de Oliveira Neto e Luiz Antônio de Castro, estiveram na cidade em reunião com o secretário municipal de Agricultura, Renato Fae-do, a fim de debater quais os prováveis locais para instalação do armazém. Não foram divulgados os possíveis pontos aptos a sediar o graneleiro.

O armazém terá capacidade para 150 mil toneladas de grãos e o inves-timento para sua construção é de R$ 47,8 milhões. O graneleiro, que será

construído em Luís Eduardo Maga-lhães, servirá como suporte para o abastecimento, especialmente de mi-lho, durante estiagens prolongadas como esta da safra 2012/13.

“A Conab tem muito interesse em construir essa unidade de armazena-gem, pois o Governo Federal entende que Luís Eduardo Magalhães é um ponto estratégico para o desenvolvi-mento das ações, dentro de um plano de crescimento das regiões agrícolas do país”, disse o superintendente.

A localização estratégica do municí-pio – por sua proximidade da BR 020 – foi fundamental para a escolha da Conab. A unidade terá o foco de mul-timodalidade, com uma série de aces-sórios para suportar a exportação via porto seco e exportação através da Fer-rovia de Integração Leste Oeste (Fiol).

RAUL BEIRIZ

A ideia é que a ufob seja um instrumento de fomento do progresso da região, com visão de médio e longo prazos, tendo como parceiro quem desenvolve a região

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Jornal do São Francisco20 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 Jornal do São Francisco

JSFRURAL

Alta do dólar e juros em elevação não devem influenciar custo da produção; pecuaristas poderão ter problemas no próximo ano em função de seca e abate antecipado de animais

raul Beiriz

Dólar em valorização, juros em ele-vação, inflação acima da meta com aparentes sinais de novas altas, eco-

nomia com sintomas de desaceleração, a praga da lagarta e a oscilação dos preços das commodities nos mercados interna-cionais. Tudo isso, além da onda de pro-testos que acontece no país, traz um novo cenário para o produtor da região. No en-tanto, não há motivos para temer segundo Ápio Cláudio Medrado, engenheiro agrô-nomo que atua na área de planejamento agroambiental, mercado de grãos, plane-jamento e estratégia financei-ra. A seu ver, sobra fôlego ao mercado e os produtores não terão um ano tão difícil como o período 2012/13.

Perguntado sobre qual se-ria o cenário para as commo-dities para o resto de 2013, Medrado disse que uma série de fatores das conjunturas ex-terna e interna beneficiaram os produtores e devem ter re-flexo nestes próximos meses. “Deus é um cara fantástico, pelo menos para a Bahia! A la-voura local vinha acumulan-do perdas nos últimos dois anos, só que os Estados Uni-dos tiveram problemas em suas safras e áreas plantadas, o que beneficiou diretamen-te o milho e a soja. Como as reservas de grãos dos Estados Unidos estão muito baixas, nós teremos um impacto já no final do ano, o que pegará a próxima safra”, disse, lem-brando que a política mone-tária adotada pelo governo Barack Obama em relação ao câmbio, pressionando o valor do dólar, também terá conse-quências favoráveis aos pro-dutores brasileiros.

Ainda de acordo com ele, a alta do dólar no Brasil, na fai-xa de R$ 2,30, terá impacto no mercado agropecuário brasi-leiro. “Se a elevação do dólar se ampliar, terá impacto somente no próximo ano, não nesta safra, para a qual a maior par-te já está com os insumos comprados. Só terá impacto em 2014”, explicou. O enge-nheiro ambiental entende que não deve haver muita pressão nos custos, ao con-trário das vendas, que devem ser benefi-ciadas pela elevação da moeda estrangei-ra. Em relação aos custos da produção, o engenheiro não acredita em uma forte elevação de preços dos combustíveis, mesmo com a alta nos mercados de Lon-dres (Brent) e de Nova York (WTI). “A pres-são feita pelos caminhoneiros e transpor-

tadores deve ter efeito aí. Pode ser que a gasolina suba, mas não acredito em ele-vação do valor do diesel. A pressão é mui-to forte”, disse. O especialista em finanças lembra que no Brasil paga-se um dos va-lores mais elevados pelo combustível do mundo.

Medrado diz que a lagarta helicoverpa armígera pode trazer problemas para os agricultores. “O maior entrave é que nós não conseguimos importar o defensivo para matar a lagarta a tempo. Não acre-dito que vai ser tão devastador como este ano, mas existe a possibilidade da praga aumentar de tamanho”, lembrou. Quanto

ao clima, o engenheiro agrô-nomo aposta em melhorias para o produtor nos próximos dois anos. “Não existe a pre-visão de um terceiro ano de chuvas difíceis na região. O ano (safra) passado foi mais seco do que este. Tivemos dois períodos de seca nesta safra. O primeiro, em dezembro, prejudicou o milho no iní-cio de colheita, pegou a soja precoce toda; a segunda, em fevereiro, interferiu na soja e no algodão. Então, ele conse-guiu acertar as três culturas”, destaca.

ROdízIO dAS CuLTuRASSobre a sugestão dada na Bahia Farm Show por técni-cos de aumentar a partici-pação do milho na cadeia de produção, equilibrando as três principais culturas – mi-lho, soja e algodão -, Medrado destacou que este fato não deve acontecer. “Todo o pla-nejamento de quem trabalha com os três produtos é feito em cima do algodão. É com-plicado haver mudanças na forma como eles produzem. Você tem toda uma estrutura montada para o algodão. Ao reduzir a área plantada do algodão, significa que você vai estar com um ativo imo-

bilizado grande. Lembrando que todo o maquinário usado no algodão é muito caro. Se você não usa o maquinário, você fica com o ativo parado”, explica. O enge-nheiro diz que não consegue enxergar a necessidade de aumentar a área do mi-lho por causa da lagarta. “Se o manejo for bem feito, a lagarta vai existir em ní-veis suportáveis. Não é por aí. Tivemos o mesmo problema com a ferrugem e com o bicudo, e foi resolvido de outra forma”, explicou, defendendo o uso da transge-nia no plantio da região. “É a técnica mais recomendável para segurar os ataques de pragas”, garante.

No curto prazo, Medrado vê tendência de baixa para o milho, já que ainda existe produção passada armazenada. “A safra do próximo período deve ficar entre 10% e 11% acima desta safra. Isso, em relação ao país. A safra do Oeste não deve cair, mas deve crescer entre 5% e 6%. Como deve aumentar consideravelmente a área, não teremos uma queda efetiva, mas uma produtividade menor”, disse. Em médio prazo, no que diz respeito ao milho, a ten-dência de preços será definida pela pecu-ária e como ela vai se portar, incluindo, a suinocultura, a caprinocultura e a bo-vinocultura, entre outras. “Os estados da Região Nordeste devem ampliar o consu-mo de grãos em função da seca em médio prazo e o preço poderá ter recuperação no final do ano”, explicou.

Quanto à soja, o engenheiro lembra que o preço da commoditie está diretamente ligado ao mercado internacional. “A Chi-na não vai reduzir a compra. A Europa, agora, viu que não tem condição de com-prar farelo suficiente e abriu mercado para comprar a soja grão. Não vejo muito fator que possa afetar o preço da soja. O que pode acontecer é haver uma flutua-ção natural dos preços no mercado”, dis-se. A previsão para o algodão já é diferen-te. É de que continue em elevação. “Como o algodão é uma lavoura em que se vende muito antecipado, a alteração de preços não deve beneficiar muita gente”, disse, lembrando que o preço do produto não deve sofrer muitas alterações em razão de qualquer problema interno.

PECuÁRIAO setor também preocupa Medrado. “Este ano, como foi muito ruim de chuva, a la-garta chegou antes do boi lá na região do Vale. Depois, o Nordeste como um todo viveu uma forte seca. Boa parte dos pro-dutores ficou sem pasto. E a região foi o recurso dos pecuaristas, que trouxeram os animais para cá. Então, tivemos no ano passado uma sobrecarga de animais muito grande”, explicou. Com isso, o en-genheiro entende que os pecuaristas da região terão problemas em função des-tes dois fatores: sobrecarga e pasto. Ele lembrou ainda que dois terços do total de animais abatidos foram de fêmeas, o que não é normal, já que deixa o pecua-rista com menos potencial de renovação do rebanho. “E não foi o primeiro ano. Isso aconteceu pelo segundo ano seguido e é bastante preocupante”, disse. Em seu ver, regionalmente o preço da carne pode disparar, mas o mercado deve ser equali-zado pelo abastecimento de outras pra-ças, principalmente por Tocantins, que não teve problema de seca e tem rebanho muito grande. “Muitos pecuaristas opta-ram por abater antecipadamente os ani-mais, com peso menor do que o normal, o que acabou trazendo prejuízo”, finaliza. ■

Bom cenário para a agricultura regional

Se a elevação do dólar se ampliar, terá impacto somente no próximo ano, não nesta safra, para a qual a maior parte já está com os insumos comprados”ÁPIO cLÁUDIO MEDRADO Engenheiro Agrônomo

“Não há risco de caos na economia”, diz LoyolaEx-presidente do Banco Central não vê motivo para fatalismo no cenário econômico, mas defende que Brasil terá baixo crescimento por longo tempo

luciano Demetrius

“Não vejo nenhum risco de queda da demanda do al-godão. O Brasil tem poten-

cial natural e de recursos humanos, mas precisamos abandonar a he-rança paternalista de aguardar que o Estado mantenha tudo. É isso que trava nossa economia. O Estado não serve para substituir os mercados. Isso leva a erros sérios de política econômica”, disse o economista e ex-presidente do Banco Central, Gus-tavo Loyola, ao ministrar no último dia 28, a palestra “Economia global e as tendências para o agronegócio com ênfase no algodão”, no Espaço Quatro Estações. O evento foi pro-movido pela Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa).

Otimista quanto à alta da produ-ção algodoeira em 2013, o econo-mista, que esteve à frente do Ban-co Central em duas ocasiões (entre 1992 e 1993, no governo Itamar Franco e, entre 1995 e 1997, no go-verno Fernando Henrique Cardoso), não é fatalista quanto às incertezas do cenário econômico mundial. “As mudanças que acontecem no mundo refletem imediatamente no Brasil, mas este processo não pode ser visto como tragédia. Diria que se trata de um terremoto”, disse, como forma de tentar minimizar a incer-teza na economia mundial.

Sua expectativa é de que haja re-dução no preço das commodities, mas não a ponto de prejudicar os produtores rurais brasileiros. “É um processo natural a queda no valor cobrado (das commodities), assim como no mercado de títulos, bolsas e de moedas, fruto da valorização do dólar e do aumento da taxa de juros”, explicou. A China, um dos maiores compradores dos grãos brasileiros, não será uma ameaça às commodi-

Economista e ex-presidente do Banco central, Gustavo loyola

LUcIANO DEMETRIUS

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Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 21Jornal do São FranciscoJornal do São Francisco

três cultivares e resultados de grupos de trabalho fitossanitário foram os destaques do evento

luciano Demetrius

Três tipos diferentes de cultivares e e os resultados do Pro-jeto Fitossanitário foram os destaques durante o Dia de Campo do Algodão 2013 realizado no dia 29 de junho, no

Campo Experimental da Fundação Bahia, em Luís Eduardo Magalhães. Foram apresentadas ao grupo de participantes as cultivares BRS 368RF, que são tolerantes ao herbicida glifosa-to, ideal para o cultivo no Cerrado baiano; as BRS 335, pró-prias para produção de fibra de comprimento médio; e a BRS 336, específica para alta qualidade de fibra média e longa.

De acordo com os organizadores do evento, Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Fundação Bahia, Fundeagro e Embrapa, cerca de 500 pessoas entre produto-res, gerentes de fazendas, técnicos, consultores, instituições de ensino e pesquisa, entidades do agronegócio, autoridades e multinacionais participaram do evento.

A cultivar BRS 368RF foi apresentada na Estação 1 pelos pa-lestrantes Alexandre Ferreira, da Embrapa; Camilo Morello, da Embrapa Algodão; e Murilo Pedrosa, da Fundação Bahia. Eleusio Freire, da Cotton Consultoria, expôs as vantagens, desvantagens entre as cultivares convencionais e as trans-gênicas disponíveis. “A estratégia, já para a safra 2013/14, é aumentar para 80% o uso de transgênicos. Os Estados Unidos já utilizam 90% de suas cultivares com essa tecnologia. Des-de a safra de 2010, o Brasil faz uso de 50% de suas cultivares com transgenia. Não podemos nos expor mais ao risco”, disse referindo-se às perdas com a lagarta Helicoverpa. “O ideal é o uso de transgênicos de segunda geração para baixar o custo. Isso porque não devemos nos enganar que não iremos mais aplicar inseticidas”, alertou.

Segundo Alexandre Ferreira, o uso da BRS 368RF necessita de prudência pelo produtor. “Temos que ter cautela na adoção de estratégias para não fazer uso indevido do produto”, afirmou.

Na Estação 2, foram apresentados os resultados dos grupos de trabalho do Projeto Fitossanitário. Formado há cinco me-ses, o grupo técnico atuou com cerca de 40 voluntários, con-sultores, produtores e pesquisadores, além de viajar para fazer pesquisas em todo o território nacional e em alguns países do exterior. “A equipe se comprometeu a montar um programa fitossanitário ideal e eficiente”, afirmou o engenheiro agrôno-mo e líder dos grupos de trabalho, Celito Breda. Ao seu lado, e à frente do grupo, esteve o também engenheiro agrônomo Pedro Brugnera, que observou a necessidade do uso da bio-tecnologia no campo. “A biotecnologia vai ser a espinha dorsal do novo manejo. Seja para algodão, soja ou milho”, disse.

O engenheiro agrônomo Luiz Henrique Kasuya lembrou

que a criação do grupo não se restringiu ao combate à praga Helicoverpa. “Criamos os grupos para as pragas de sistema”. Segundo ele, a proposta é ampliar o vazio sanitário da soja de 1º de julho até 15 de outubro (ante o atual período que é entre 15 de agosto e 15 de outubro). “Estamos ofertando alimento para as pragas o ano todo, devido ao calendário completo das culturas”, afirmou. Porém, apesar dos estragos provocados pela helicoverpa, Kasuya vê a praga como alternativa para estudos futuros. “Por incrível que pareça, a helicoverpa veio para melhorar o sistema. Causou prejuízos, mas vamos pre-servar os insetos benéficos”, disse em alusão aos insetos con-siderados predadores de espécies mais nocivas às plantações.

Na Estação 3, os temas foram as causas e prejuízos do ata-que do bicudo na safra 2012/13 e a emergência fitossanitá-ria no Oeste da Bahia. Segundo o diretor da Abrapa, Celito Missio, somente o trabalho e a conscientização coletiva nas propriedades irá garantir o combate ao bicudo. “Todos têm que estar imbuídos do controle desta praga: os gerentes de fazenda, os agrônomos e os produtores. Se não houver cola-boração, a conta será alta”, alerta.

Para exemplificar os danos, Missio apresentou um painel com uma nota de dólar devorada pelo bicudo. “Se não fizer-mos a lição de casa, vamos rasgar dinheiro. Não há inseticida que dê jeito se não tivermos consciência. O que vai onerar o produtor não é o custo do veneno, mas a falta de produtivida-de”. Por isso, ele alertou para a busca por métodos de contro-le e pelo vazio sanitário. “Assim, iremos gastar menos e com mais inteligência”, ressalta.

Na abertura do evento, no auditório da Fundação Bahia, o presidente da Interagrícola, Antônio Vidal Esteve falou sobre o cenário do mercado de algodão nacional e internacional.

As novidades no Dia de campo de Algodão

JSFRURAL

ties, segundo Loyola. “Antes o crescimen-to naquele país era de 9% ao ano e agora a taxa prevista é menor do que 7,5% para o período entre 2013/14. Mesmo assim, o risco da China capotar é mínimo, pois sua taxa de crescimento pode ser menor, mas sem risco de crise. O ciclo de crescimen-to daquele país é longo e compreende o mesmo da alta das commodities. Diante disso, não vejo a China como ameaça, mas como consumidor das commodities e motor do crescimento mundial”, frisou.

Quanto à Europa, que ao mesmo tem-po enfrenta três crises (fiscal, bancária e de crescimento econômico), a dúvida é quanto a quem arcará com o ônus da instabilidade atual. “Qual país vai assu-mir a crise enfrentada por países do bloco União Europeia? A Alemanha, que está es-tável e conseguiu se manter, mesmo dian-te da instabilidade de seus vizinhos, como a Grécia?”, questionou. Apesar do cenário crítico da Europa, Loyola não acredita em turbulência para aquele continente.

“A crise vai perdurar um pouco, mas o pior já passou. Não há risco de provocar graves consequências para o mundo. As perspectivas econômicas são positivas, mas sem a pujança pré-2008”, disse, re-ferindo-se ao caos na economia, puxado pela crise bancária nos Estados Unidos. No que diz respeito a este país, o econo-mista vê como fato positivo a sua recu-peração econômica. “Os mercados de-veriam receber bem isso, uma vez que a economia de lá reflete em outros países”, disse. Segundo Loyola, tal reação vai le-var o Banco Central dos Estados Unidos a mudar o sinal da política monetária.

bRASILApós ilustrar as perspectivas econômicas dos países que interferem diretamente no cenário internacional, Loyola não é pessi-mista quanto ao Brasil. “O risco de desastre é baixo. Há elementos que inibem os erros e a nossa sociedade tem mecanismos de correção”, pontuou. Ele criticou determi-nadas ações do atual governo, tais como a alta taxa de juros, a intolerância do Banco Central quanto ao risco de alta da inflação e a ação concentrada no estímulo ao con-sumismo. “Faltou criatividade na adminis-tração das contas públicas. A desoneração tributária gerou confusões e o controle de preços para cumprir metas de inflação é uma medida ineficaz e perigosa”, criticou.

Em sua opinião, o protecionismo que o atual governo praticou para manter a economia causou insegurança nos inves-tidores e no mercado. “Os investidores não gostam de incertezas. Houve perda de qualidade na política fiscal, pois não há transparência. Voltaram o medo da inflação e a piora no sistema tributário. O Brasil corre risco de aceleração inflacio-nária e de piorar as expectativas dos con-sumidores e das empresas. Assim, o risco é de baixo crescimento por um longo pe-ríodo de tempo”, avalia.

CERTIfICAdOSA abertura do evento teve os pronuncia-mentos da presidente da Abapa, Isabel da Cunha, e do presidente da Associa-ção Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso. O secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, esteve presente na plateia. Na ocasião foi realizada a entrega dos certificados do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) – que é financiado com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão, implanta-do na Bahia pela Abapa, com a coordena-ção da Abrapa. ■

O Sr. Claudimar Mauri e Outros CPF nº 603.386.449-20, torna publico o requerimento à Se-cretaria de Meio Ambiente e Turismo de São Desi-dério – BA da Licença Ambiental de Alteração (LA) para a atividade de agricultura de sequeiro com cultivo de soja e milho numa área de 534,1176 ha nas Fazen-das Céu Azul (matrículas 1346 e 1448).

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL DE ALTERAÇÃO

LUcIANO DEMETRIUS

EDITAL

Murilo Pedrosa (Fundação Bahia) durante exposição de resultados da Brs 368-rF

Page 22: Jornal do São Francisco - Edição 132

Jornal do São Francisco22 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

JSFRURAL

Governador convida Aiba para contribuir na definição dos rumos do Estado

A Aiba foi a única entidade de todo o interior da Bahia presente na reunião com o governador Jaques Wagner, re-

alizada no último dia 11, em Salvador. Es-tiveram representadas oito entidades do setor empresarial que foram convidadas para dar continuidade ao diálogo com os diversos segmentos da sociedade civil e debater a atual situação do país.

Durante o encontro, os participantes elogiaram a iniciativa do governo em criar um espaço democrático para debater com os setores organizados a conjuntura atual e sugeriram a criação de uma agen-da mínima para construção de um grande acordo nacional.

Presente à reunião, o vice-presidente da Aiba, Odacil Ranzi, destacou a necessida-de de estar atento ao chamado das ruas e pensar o que se deseja para o futuro do Brasil. “Tivemos a ditadura, depois a esta-bilização da moeda, em seguida a refor-ma social, e agora? A nossa agricultura é pujante, mas enfrenta diversos entraves como a falta de infraestrutura e a insegu-rança no campo. O que fazer? Precisamos pensar que rumo queremos dar ao nosso país”, disse Ranzi, enfatizando que a in-clusão da Aiba no debate mostra o respei-to que o agronegócio do Oeste da Bahia conquistou no Estado e no País.

Estiveram presentes na reunião, além da Aiba, a Associação de Dirigentes de

Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Federação da Agri-cultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado

da Bahia (Fecomércio-BA), Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Sindicato de Ho-téis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte e do Convention Bureau.

A primeira reunião foi realizada no dia 6 de julho, com as centrais sindicais e asso-ciações profissionais. As próximas terão a participação de lideranças dos movimen-tos sociais, da juventude e dos setores re-ligiosos e acadêmicos. ■

AScOM/AIBA

A Aiba foi a única entidade de todo o interior da Bahia presente na reunião com o governador Jaques Wagner

Page 23: Jornal do São Francisco - Edição 132

Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 23Jornal do São Francisco

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Jornal do São Francisco24 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

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Page 25: Jornal do São Francisco - Edição 132

Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 25Jornal do São Francisco

rEgIÃO

conselho retoma articulação para revitalização do Turismo

Objetivo é tornar a região Oeste da Bahia um atrativo polo turístico, evidenciando municípios que fazem

parte do roteiro Caminhos do Oeste

Parque Municipal da lagoa Azul em são desidério. Município é o único que apresenta um produto pronto voltado para o turismo

tegrar esse roteiro com outros municípios mais longes”, evidencia.

PROduTO CONSOLIdAdOAtualmente, o município de São Desidério é o único que apresenta um produto pron-to voltado para o turismo. “São Desidério já tem um produto turístico consolidado. A Unidade de Conversação de Proteção Inte-gral, Parque Municipal da Lagoa Azul, é um produto pronto, com critérios de visitação, trilhas e todas as regras existentes para que uma Unidade de Conservação desse tipo seja criada”, afirma Demósthenes. O Par-que Municipal da Lagoa Azul tem visita-ção monitorada, com capacidade de carga e números de pessoas. “Este é o primeiro produto de ecoturismo na região Oeste, pronto e comercializado, com receptivos, sinalização e monitoramento”, informa.

Esses critérios são considerados uma forma de transformar um atrativo natural em produto turístico. No município de São Desidério existem três operadoras do tu-rismo. “São pessoas da própria cidade que já vivem desse ramo de atividade. Quando iniciamos o desenvolvimento do ecoturis-mo no município, não tínhamos nenhuma operadora, portanto, isso já representa um avanço”, afirma o secretário. Segundo o di-retor de Turismo de São Desidério, Silvio Reis, o município recebeu no ano passado em torno de 120 mil visitantes, incluindo os três principais eventos, São João do Sí-tio Grande, Festa da Paz e Ano Novo. “Des-te total, 15 mil pessoas visitaram o Parque Municipal Lagoa Azul. O nosso potencial é enorme. Dispomos de logística favorável e boa divulgação. Podemos aumentar consi-deravelmente o número de visitantes. Para este ano, já reservamos a instalação de pla-cas de sinalização turística para a cidade”, adianta Reis.

SãO dESIdéRIO E bARREIRASCom o objetivo de estabelecer uma parce-ria para hospedagem, alimentação e lazer, representantes da secretaria de Meio Am-biente e Turismo de São Desidério e Se-

brae de Barreiras se reuniram com empre-sários que fazem parte do trade turístico regional. No encontro, ficou firmado um programa de capacitação com dez empre-sas de turismo de Salvador, para a venda dos destinos turísticos do município de São Desidério, que visa aumentar o fluxo turístico regional. Para a vinda das ope-radoras, São Desidério fez parceria com a Passaredo Linhas Aéreas.

O roteiro de apresentação já está defi-nido e engloba visitação no Parque Muni-cipal Lagoa Azul e Gruta do Catão, ao Su-midouro e Sítio Arqueológico das Pedras Brilhantes, passeio de bote no Rio Grande e esportes radicais que compreendem a prática de tirolesa e rapel no Sítio Gran-de. Haverá ainda hospedagem, almoços e jantares em bares, restaurantes e hotéis na cidade de Barreiras. “Estas iniciativas são muito importantes para que os em-presários confiem e acreditem no turismo como atividade rentável e distribuidora de renda. Por isso, o Sebrae apoia este even-to”, disse o gerente regional do Sebrae, Emerson Cardoso. ■

Virgília Vieira

com o objetivo de tornar a região Oeste um atrativo polo turístico, represen-tantes dos municípios por meio do

Conselho Regional de Turismo Caminhos do Oeste, tem articulado a retomada de ações para revitalizar o turis-mo na região. “Cachoeiras, rios, grutas, trilhas, corredei-ras, comunidades tradicio-nais, religiosidade e o agro-negócio fazem do Oeste da Bahia uma região com grande potencial turístico. O turismo traz emprego e renda, mas precisa de incentivos. Vamos correr atrás disso”, garante o presidente do conselho, De-mósthenes Júnior.

De acordo com ele, que tam-bém é secretário de Turismo do município de São Desidé-rio, a região Oeste carece de empresários que acreditem no setor e invistam na região. “Temos um potencial grande. Temos o turismo religioso em Bom Jesus da Lapa, ecoturis-mo em São Desidério, rios e cachoeiras em Barreiras e For-mosa do Rio, grutas em Ria-chão das Neves, e muitos ou-tros atrativos. Mas, a gente não pode tratar de turismo falando apenas de municípios isola-dos. É preciso articular e pro-gramar isso de forma regional, daí a necessidade da integra-ção do conselho”, enfatizou.

Em 2007, o Ministério do Tu-rismo criou o Programa de Regionalização do Turismo, que objetiva intensificar o tra-balho de regionalização, fazendo com que o turista visite todos os atrativos da região e não apenas um só lugar. Assim, foi cria-do pela Bahia Tursa – órgão do Governo do Estado da Bahia - o roteiro ‘Caminhos do Oeste’, composto por 13 municípios da

região: São Desidério, Barreiras, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Barra, Bom Jesus da Lapa, Lapa, Correnti-na, São Felix do Coribe, Ibotirama e Santa Maria da Vitória.

Para o empresário da área de Turismo, Rogério Sodré, a região apre-senta forte potencial, porém, existem vários fatores prepon-derantes para que as coisas não “andem” na velocidade que deveriam. “O polo turís-tico Caminhos do Oeste é um polo novo, com excelentes atrativos, riquíssimo em bele-zas naturais, mas que, como qualquer outro destino turís-tico que se inicia, esbarra na falta de infraestrutura tanto dos atrativos quanto das cida-des que o envolvem. Aqui no Oeste baiano não é diferente”, afirma.

dIfICuLdAdES E SOLuçõESSodré cita o fato de a região não ter uma roteirização concluída e com sequência realmen-te aplicada - o que dificulta a criação dos pacotes turísticos que levem as pessoas ao ‘Ca-minhos do Oeste’. “Devemos também lembrar que estamos numa região relativamente grande. Com exceção de São Desidério, a maioria das cida-des que compõem o destino fica a mais de 100 km da sede, que no caso é Barreiras. Isso dificulta a roteirização”, expli-

ca. Para o secretário de Meio Ambiente e Turismo de São Desidério, a solução é um planejamento que leve em consideração a característica geográfica de um municí-pio para outro. “Temos o exemplo de São Desidério e Barreiras. Sempre procuramos trabalhar com um roteiro integrado, que facilite a logística. Ficaria complicado in-

O turismo traz emprego e renda, mas precisa de incentivos. Vamos correr atrás disso”DEMÓSThENES JúNIORPresidente do Conselho regional de turismo Caminhos do Oeste e Secretário de turismo de São Desidério

Rapel no Paredão do “deus me livre”

Descida de bote no rio de ondas

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Jornal do São Francisco26 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 Jornal do São Francisco

romênia mariani

cotegipe comemorou em grande esti-lo os seus 88 anos de emancipação política nos dias 28, 29 e 30 de junho.

Para celebrar esta importante data, a po-pulação foi presenteada com três dias de muita cultura e animação na Praça Mário Hermes, que ficou lotada durante toda a programação. Entre as atrações, subiram ao palco as bandas Moleca Sem Vergonha, Batukerê, MG2 e Hilário Pas-sos, além de talentos locais e regionais.

Música, danças e poesia também não faltaram. As apresentações das quadri-lhas e os estandes montados no circui-to da festa pelas escolas e secretarias do município deram o tom cultural do evento em comemoração ao aniversá-rio. Visitantes e cidadãos cotegipanos puderam mergulhar na história e sentir a beleza do lugar por meio da descrição de fatos pitorescos, das fotografias, dos doces, dos biscoitos, da famosa Cacha-

ça Cotegipana, dos licores expostos e muito mais.

A intenção, segundo o prefeito Marce-lo Mariani, é não perder a originalidade e preservar os traços culturais do muni-cípio, por isso, no intuito de reforçar a ideia, fez questão de valorizar o traba-lho artesanal - construiu uma ‘Barraca de Bambú’ para recepcionar os amigos, as lideranças e a população em geral. “Não podemos deixar de homenagear a nossa Cotegipe. Temos que manter as festividades tradicionais vivas. Precisa-mos consolidar dia a dia a nossa identi-dade cultural”, disse.

Ainda de acordo com o prefeito, o aniversário da cidade é uma data im-portante e oportuna para mostrar o que a cidade tem de melhor. “Precisamos enaltecer o nosso potencial socioeco-nômico. Temos que apresentar o nosso boi gordo, a nossa boa pinga, a nossa li-teratura, a nossa gente, as nossas ações e os nossos projetos”, encerrou.

Município comemora aniversário de 88 anos de emancipação políticaPara celebrar esta importante data, a população foi presenteada com três dias de muita cultura e animação

luciano Demetrius

Tomou posse na manhã de quarta-feira, 10, o novo coman-dante da 5ª Companhia de Polícia Militar de Luís Eduardo Magalhães, o capitão Cesar Elpídio do Sacramento Almeida. Ele substitui o tenente Edjean Sabino Ferreira da Silva, que havia assumi-do em 25 de abril, mas que segue na companhia, agora como subco-mandante.

Com 20 anos de atuação na Po-lícia Militar, o comandante Elpídio reside na região Oeste da Bahia desde 1994. “Já conheço a cidade há muito tempo e, assim, espero realizar um bom trabalho por aqui”, disse em encontro com o vice-pre-feito de Luís Eduardo, Marcos Ale-crim. No mesmo dia em que tomou posse, o novo comandante partici-pou de reunião com integrantes da Comissão dos Moradores do Novo Paraná, juntamente com o vice-pre-feito e com o secretário de Indústria e Comércio, Ondumar Marabá.

Durante a reunião, o capitão Elpi-dio garantiu que um de seus pilares será a implantação da Companhia Independente da Polícia Militar na cidade. “Quero instalar essa Com-panhia Independente aqui em Luís Eduardo Magalhães. Não justifica uma cidade com o potencial de Luís Eduardo não ter uma Companhia de Polícia Independente. A cidade tem poderio econômico de sobra, basta observar que daqui pra divisa temos pelo menos três fronteiras agrícolas”, disse. Segundo o capitão, a independência da companhia representa uma autonomia gestora e financeira e a possibilidade de um incremento substancial no efetivo policial que atende o município.

O novo comandante avisa que existe a possibilidade de inclusão de vagas para Luís Eduardo Ma-galhães no próximo concurso da Polícia, previsto para o segundo semestre deste ano. “Com a inde-pendência da Companhia podemos gerar de 200 a 300 empregos na cidade”, afirmou.

CONSEGÀ noite, o capitão Elpídio reuniu-se com membros do Conselho Comu-nitário de Apoio à Segurança de Luís Eduardo Magalhães (Conseg/LEM) e com o comandante do 10º BPM, tenente-coronel Osival Moreira, e com o subcomandante, major Ca-milo Uzêda. O presidente do Con-seg/LEM, Jair Francisco, aproveitou a presença do comando do 10º BPM para cobrar mais policiais militares

para a cidade. “Já tivemos efetivo de 82 policiais, mas atualmente Luís Eduardo conta com 69 PMs”, observou.

O comandante do 10º BPM, Tenen-te Coronel Osival, está confiante na independência da 5ª CIA. “A expecta-tiva é que isso aconteça o mais rápido possível, pois hoje a cidade é a cidade que mais cresce na região”, disse. No final da reunião ficou acertada ainda uma operação conjunta das polícias do município nos pontos mais críticos da cidade.

VIATuRA NA OfICINA A viatura policial que será deslocada para a comunidade do Novo Paraná já está na oficina e tem previsão de ficar apta para rodar em no máximo 30 dias. A Prefeitura de Luís Eduardo Maga-lhães se comprometeu em arcar com a manutenção do veículo. Enquanto a viatura ficar no conserto, um veículo alugado irá atender a comunidade. A expectativa é que já a partir da segun-da-feira, 15, a 5ª CIA de PM desloque dois policiais para trabalhar em regime provisório. A intenção é que, com a in-dependência da companhia, a polícia e o governo municipal possam incre-mentar ainda mais o trabalho em prol da segurança da população, tanto da zona urbana, quanto rural.

Da assessoria

com aDaptação | JsF

O prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, reuniu-se em Brasília no último dia 10, com o deputa-do federal Arthur Maia (PMDB/BA), o mi-nistro da Aviação Civil, Moreira Franco e o prefeito de Guanambi, Charles Fernan-des. O encontro teve como objetivo tratar da situação do aeroporto municipal.

O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, sugeriu ao prefeito Humberto Santa Cruz e ao deputado Arthur Maia, que articulassem maneiras de desenrolar a obra com o Governo Estadual, uma vez que este detém o poder sobre o aero-porto. Moreira Franco sugeriu também que o governo de Luís Eduardo Maga-lhães solicite essa demanda ao Governo Federal, para acelerar ainda mais o processo de término e possíveis ajustes de ampliações.

Humberto Santa Cruz e o deputado federal Arthur Maia combinaram de agendar uma visita ao secretário de Infraestrutura da Bahia, Otto Alencar. Humberto destacou que o município tem uma demanda grande de viagens aéreas. “A população que necessita viajar de avião se desloca quase 100 quilô-metros até o aeroporto mais próximo, que está localizado no município de Barreiras”, disse o prefeito corroborando a conversa do deputado e o ministro da Aviação Civil.

Implantação de companhia Independente é compromisso de novo comandante da PM

Prefeito busca soluções para término do aeroporto

rEgIÃO

O prefeito parabeniza cotegipe pelos seus 88 anos de história

Multidão se diverte no aniversário de cotegipe

cotEGIPE

luÍs EduArdo MAGAlHÃEs

SIGIVILARES

ROMÊNIA MARIANI

AScOM

Prefeito quer acelerar ainda mais o processo de término e possíveis ajustes de ampliações

Page 27: Jornal do São Francisco - Edição 132

Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 27Jornal do São Francisco

BrAsÍLIA

Tramita no Congresso Nacional a Medida Provisória (MP) 610/2013, mais conhecida como ‘MP da Seca’.

A medida trata de ações emergenciais para socorrer municípios atingidos pe-los efeitos da estiagem no Nordeste. No último dia 09, senadores e deputados aprovaram na Comissão Mista, o rela-tório apresentado pelo Senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Agora, a matéria segue para apreciação no plenário.

Os produtores rurais, em decorrência das constantes estiagens, têm sofrido com a perda das lavouras e morte dos animais. Por ser uma atividade de ris-co e que depende da solidariedade da mãe natureza, que nem sempre é tão amigável, é justo que o governo aponte normas mais flexíveis e se mobilize para fazer algumas concessões.

Segundo dados do Ministério da Inte-gração Nacional, até 7 de novembro de 2012, 2.491 reconhecimentos de cala-midade pública e estado de emergência foram registrados no País. Desse total, ao menos 52% dos casos ocorreram no Nordeste: 1.285 municípios tiveram es-tado de emergência e um reconhecido por estado de calamidade pública pelo Governo Federal.

As chuvas que pouco chegam ao nor-deste é uma realidade que sufoca os produtores e os deixam de mãos atadas. Plantam, mas não colhem. Sem colher os frutos do trabalho, ficam estagnados. Num beco sem saída, não conseguem nem recursos para garantir a sobrevi-vência, muito menos para honrar com os compromissos pactuados nos bancos. Os empréstimos viram uma bola de neve e quitá-los torna-se algo impraticável.

Sendo aprovada, a MP deverá bene-ficiar cerca de 500 mil famílias do Nor-deste e calcula a distribuição de milho a pequenos criadores. Amplia o valor do Benefício Garantia-Safra destinado à safra 2011/12. Também estende o Au-xílio Emergencial Financeiro de que tra-ta a Lei nº 10.954, de 29 de setembro de 2004, referente aos desastres ocorridos

em 2012.A medida provisória prevê a conces-

são de um adicional de até R$ 560 ao va-lor do benefício Garantia-Safra, por fa-mília, aos agricultores que aderiram ao programa. O valor deverá ser pago em até quatro parcelas mensais de R$ 140. Autoriza também, excepcionalmente, no caso de desastres ocorridos em 2012, a ampliação do valor do Auxílio Emer-gencial Financeiro, que hoje é de R$ 720, em até R$ 800 por família.

Com a MP 610, as portas se abrem para o homem do campo. Não será o fim dos problemas, mas ajudará a amenizá-los. As quatro medidas que foram colocadas como essenciais no relatório, se forem postas em prática como estão estabe-lecidas, prometem dar uma guinada na vida dos agricultores lesados pela seca.

A primeira autoriza a suspensão das execuções das dívidas contratadas junto ao BNB e aos demais bancos, suspensão dos seus prazos processuais e do seu pra-zo de prescrição até dezembro de 2014.

Enquanto a segunda concede des-conto de até 85% para a liquidação de operações de crédito rural contratadas até 2006, com valor original de até R$ 35

mil por mutuário com recurso do FNE, ou mistas, ou ainda com recursos do Or-çamento Geral da União, nos mesmos moldes praticados no âmbito do Pronaf.

Já a terceira permite a abertura de li-nha de crédito para a composição de dívidas contratadas até 2006, com valor original de até R$ 200 mil, para paga-mento em até dez anos, com taxa de ju-ros de recursos do Fundo Constitucional do Nordeste, do FNE.

Por fim, a quarta admite a renegocia-ção de operações contratadas a partir de 2007 e que estavam inadimplentes em dezembro de 2011, em até dez anos, com três anos de carência.

Com essas medidas, a expectativa é que 301.166 produtores com dívidas contratadas até R$ 15 mil na origem li-quidem e refinanciem aproximadamen-te R$ 1,3 bilhão. Além disso, os 126.194 produtores com dívidas até R$ 35 mil na origem poderão liquidar ou refinan-ciar suas dívidas que chegam a R$ 2,1 bilhões. Para os produtores com dívidas originalmente contratadas superiores a esse limite, a possibilidade de renego-ciação chega a R$ 1 bilhão.

Como num jogo de baralho, em que para um dos participantes tudo parece estar perdido, chega a carta curinga e muda a realidade da partida. Por exem-plo, a permissão de os produtores pode-rem renegociar as dívidas, com descon-tos de até 85%, oferece condições para que esses cidadãos possam reiniciar as suas atividades produtivas e se engajar na comunidade.

O senador Eunício enfatizou em seu texto que nenhuma renegociação de dí-vidas pode prosperar se o produtor rural não tiver sua capacidade de pagamento recuperada, se as distorções provocadas pelas intempéries ocorridas não forem ajustadas, se os expurgos meramente fi-nanceiros não forem corrigidos e, sobre-tudo, se os excessos imprevisíveis não forem expurgados.

A MP 610-2013 é uma espécie de carta curinga para os agricultores castigados pela seca. A MP, se aprovada no Con-gresso Nacional, de acordo com o rela-tório apresentado pelo Senador Eunício, dará uma nova chance ao homem do campo de se recompor, não só do ponto de vista econômico, mas também social. E como o próprio relator fez questão de externar: “o mais importante disso tudo é poder oportunizar aos produtores que recuperem a sua capacidade de paga-mento e sustentabilidade produtiva”. ■

CARTA CURINGA PARA OS PEQUENOS AGRICULTORES

JSF no PlanaltoroMêNIA MArIANI [email protected]

XVI MARchA DOS PREFEITOS

De 08 a 11 de julho, Brasília sediou a XVI Marcha dos Prefeitos. O evento que reúne milhares de prefeitos de todo o Brasil teve como tema este ano "O desequilíbrio federativo e a crise nos municípios". Gestores municipais da Bahia marcaram presença.

Em reunião na Câmara dos Deputados com os parlamentares da bancada baiana, os prefeitos do Estado fizeram questão de reivindicar um Pacto Federativo mais justo, compatível com as obrigações de cada ente federado. Até então tudo recai no município e os recursos desaparecem dia a dia. A queda da arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios - FPM e a pior seca dos últimos 50 anos deixou a Bahia sem chão.

No Senado para fortalecer os municípios foi lançada a Subcomissão Permanente de Assuntos Municipais, que funcionará ligada à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O município sofre com a falta de verbas e a alta carga de responsabilidades. Na saúde, por exemplo, os municípios têm a obrigação de investir 15% das receitas e os estados são obrigados a destinar 12% do orçamento, enquanto não há uma porcentagem para a União.

O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, na ocasião, em defesa do municipalismo, reforçou pedido de aumento de dois pontos percentuais na parcela de tributos que cabe ao FPM como medida democrática por atingir todos os estados brasileiros. Outra reivindicação importante é o reajuste de valores dos programas federais repassados aos municípios e reposição de perdas com IPI e Cide.

Que a Marcha gere um saldo positivo. Chega de palavras ao vento!

ESTATUTO DA JUVENTUDENo último dia 09, deputados e

senadores aprovaram o Projeto de Lei 4529/04, que institui o Estatuto da Juventude. O texto define princípios e diretrizes para o Poder Público criar e organizar políticas para cidadãos de 15 a 29 anos de idade. A matéria será enviada à sanção. Projeto prevê benefícios como meia-passagem em ônibus interestaduais e meia-entrada em cinema e eventos culturais para jovens de famílias de baixa renda.

NotAs

REPRODUÇÃO

1. todos os agricultores da região da SUDENE com contratos de até r$ 35 mil serão beneficiados pelas mesmas regras do PrONAf. Além disso, agricultores com contratos entre esse valor e r$ 100 mil terão o benefício diferen-ciado por faixas de rebate. 2. Em relação às renegociações de contratos com valor original de até r$ 200 mil, o PLV garante uma linha de financiamento com recursos do fNE (fundo Constitucional de financiamento do Nordeste) para pagamento do excedente em 10 anos, com três anos de carência. Outro avanço em razão da negociação do senador Eunício foi a definição de renegociar os contratos em caráter individual. 3. Depois de concedido o desconto, caso o produtor tenha interesse, poderá refinanciar o saldo remanescente em até dez anos, com carência mínima de três anos e taxa de juros de 3,5% ao ano. Essa condição também foi incluída por Eunício Oliveira 4. Ainda conforme o parecer do relator, os mutuários poderão refinanciar operações de crédito rural contratadas até 31 de dezembro de 2006, no valor original de até r$ 200 mil, em dez anos.

PONTOS ImPORTANTES dO RELATÓRIO

Até r$ 15 mil 85% 75%de r$ 15 mil a r$ 35 mil 50% 65%de r$ 35 mil a r$ 100 mil 45% 40%

Dívidas Rurais Rebate – Semi-árido Rebate-Demais regiões

RENEGOCIAçõES

REPRODUÇÃO

Senadores e deputados aprovaram na comissão Mista, o relatório apresentado pelo senador Eunício oliveira (PMdB-cE). Agora, a matéria segue para apreciação no plenário

Jornal do São Francisco

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Jornal do São Francisco28 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

CrÔNICA

durvAl [email protected]

Minha Cara Mãe CalinaA moça dirige por uma estrada des-conhecida, viaja em imaginação e relembra experiências vividas junto

ao grande rio, ora com profunda sauda-de, ora com imensa mágoa de sonhos irrealizados, oportunidades perdidas... mas consciente de que não há ganhos importantes sem perdas e abandonos. Junto à curva, sob um majestoso jatobá, estanca abruptamente o carro.

Desde criança observava seu avô, de pouca cultura e grande sabedoria, au-mentar o patrimônio. Sua vivência na sala de aula foi mais um palco da vida real tão visceral, que buscou se revelar em minudências, analisando e copiando atos atrevidos do avô.

Teve um professor que enxergava seu azimute muito além e a orientava a en-contrar o ponto ideal entre a teoria e a prática, e buscar as oportunidades onde quer que elas se apresentassem.

Diana viera passar férias no interior, às margens do rio São Francisco, onde moravam seus avos e tios; foi muito bem recebida, reviu os amigos/as de infância, já crescidos, mas todos amarrados im-perceptivelmente àquela submissão da vida quotidiana.

Há oito anos ela fora para Brasília es-tudar e conseguiu passar na UNB - uma efeméride. Queria fazer enfermagem, mas depois de torça de ideias com cole-gas e muita pesquisa na internet, optou por administração. Boa aluna que foi, mal concluída a graduação entrou no mestrado de gestão da empresa rural. Antes mesmo da dissertação já estava contratada por uma multinacional do agronegócio, que explorava a macaúba para biodiesel no norte de Minas, isso há dois anos.

Em sua cidadezinha conheceu o professor Eudório numa conferência, promovida pelo MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário, onde ele dis-correu sobre a “Viabilidade econômica de pequenos ruminantes”. Terminada a palestra ela se apresentou e foi ques-tionar sobre o que ouvira. Depois de mais de hora de verdadeira inquisição, rendeu-se à evidência do que o mestre falara. Não havia dúvida, a região havia

mudado muito nessas três décadas e a economia tinha que se adaptar. O pro-fessor Dório lhe recomendou algumas leituras, sobretudo os artigos: “Caprinos, uma pecuária necessária no Semiárido nordestino”, do eng° agrônomo João Su-assuna, pesquisador da Fundação Joa-quim Nabuco – PE; e “O agronegócio das peles caprina e ovina”, de Enéas Reis Lei-te, engenheiro agrônomo,Ph.D., da Em-brapa Caprinos, que começava assim:.

“A cadeia produtiva da ovinocaprino-cultura tem se ajustado rapidamente às transformações da economia. O Brasil tem um grande mercado potencial para

produtos derivados das peles desses pe-quenos ruminantes, e ainda apresenta condições favoráveis para a produção de calçados e vestuário, em quantidades su-ficientes para suprir a demanda interna e gerar excedentes exportáveis. A possibi-lidade de produzir caprinos e ovinos, no-tadamente nas fronteiras em expansão no semiárido Nordestino e nos Cerrados, com custo de produção relativamente baixo, pode favorecer este mercado”.

Seu avô, um autodidata que tinha faro para ganhar dinheiro, havia aprendido bastante nas andanças que fizera por esse imenso país. Era respeitado como homem esperto e empreendedor. Mas sua fã de carteirinha, agora com algum conhecimento e experiência, o via sob uma nova ótica. Muito mais depois da-quela conferência. Começou por ques-tionar o Vô Abdias sobre as novas opções de investimento. O velho, do alto de seu pedestal, esnobou a pequena Diana, que considerava ainda a menina que ele car-regara na garupa do cavalo pra fazenda da Mata Verde até bem pouco tempo.

― O meu negóço é boi! Tenho quase 300 cabeças, minha fia; e o armazém e as casas de aluguel. Dinheiro nunca foi problema aqui.

― Mas vô, e as despesas e os custos operacionais e os preços de mercado, o senhor já pensou nisso?

― Oh menina... quando ocê nasceu seu avô já tinha andado muitas légua. Agora qué mi dá lição? Ra ra ra ra ra...

― Meu avô, se o senhor topar, eu faço uma parceria para investir em caprinos e ovinos, o equivalente a um lote com

gado bovino. Vamos fazer um contrato de dois anos e o senhor me paga a me-tade do que exceder sobre os resultados financeiros do lote dos bovinos. Topa?

― Ra ra ra ra ra... tá feito, minha filha. Mas, quem te deu essa confiança toda?

― Foi a palestra que ouvi do professor Eudório.

― E esse dotô é o que?― Sociólogo..― E sociólugo intendi di cabra? - Run!

Se omenos fosse Veterináro ou Agrôni-mo... mas sociólugo...

― Mas ele trabalhou muitos anos na Paraíba e aprendeu com a Embrapa. Meu vô, com lotes de 20 hectares, não se pode criar nem 20 vaca. Só gado de leite, de alta produtividade e com muita tecnologia! Do contrário, é como se vê todo mês de novembro: Um cemitério de vacas por toda a beira da rodovia. E tem ainda o fator econômico: - Com quantos anos uma vaca dá a primeira cria? - Três anos.

– Quantos meses de gestação – Nove. – Quantos bezerros ela pare? – Um. – E quanto vale uma arroba? – R$

80/90,00.Pois bem: - A cabra pare com um ano;

com gestação de cinco meses; geralmen-te dois e até mais; e o preço é de R$ 5 / 6,00 o quilo vivo, o que dá de $ 150 a 180 por arroba. Topa a minha proposta?

- Tá bom. Se dé prijuizo eu te dou uma pensãozinha.

Diana escolheu um lote de 20 hectares, subdividiu-o em piquetes com cercas de tela, plantou andu, cunhã, mandioca e algaroba. Adquiriu um rebanho de boas cabras e reprodutores bôer; fez um capril rústico, cochos para sal e bebedouros e adquiriu tudo sobre caprinos com a Em-brapa.

Nem chegou ao fim do contrato. A seca apertou, a chuva foi embora cedo, mor-reu muito gado, a cabra alcançou preços nunca vistos. Toda a região passou a criar cabras e ovelhas.

E o vô Abdias implantou um abate-douro, um curtume e um laticínio. Os queijos chabichou “Diana” estão fazen-do sucesso em Brasília.

Diana, a cabritaREPRODUÇÃO

CâNCER. Uma virada radical no projeto de vida poderá gerar tensão, mas, a partir do dia 7, a oportunidade de crescer em dire-ção a um futuro brilhante será excitante. Respostas poderão atrasar, com Mercúrio retrógrado, até o dia 19. Apartir do 20, terá mais certeza das suas escolhas. Aceite um novo desafio e não tenha medo de aumen-tar suas responsabilidades. A vida sexual aquece a partir do dia 22. Terá apoio do parceiro para tomar decisões na vida ínti-ma. Se estiver só, um novo amor chegará entre 28 e 30.

LEãO. Tente quebrar a rotina e dar mais atenção aos sentimentos. Aproveite os úl-timos dias antes do seu aniversário para rever hábitos e escolhas. Uma viagem na primeira quinzena será divertida, além de trazer chances para o amor. Tome a iniciati-va para resolver pendências do passado, na segunda quinzena, surgirão boas soluções, entre os dias 16 e 20. Os melhores momen-tos na vida íntima virão com a Lua Cheia, no 22. No mesmo dia, o Sol entrará em seu signo, inaugurando um ciclo de um ano que fortalecerá vínculos afetivos e a base familiar. O dia 28 e o 30 trarão oportunida-des de desenvolvimento e acordos finan-ceiros positivos.

VIRGEm. Preocupações e imprevistos po-derão tumultuar o início do mês. Talvez tenha de encarar novas relações e se afastar de velhas amizades. Até o dia 20, Mercúrio retrógrado dificultará a vida social. Mas amizades iniciadas na Lua Nova, no dia 8, prometem criar um ambiente acolhedor. Marte trará conquistas na carreira, até o dia 13. Na segunda quinzena, terá mais segurança nos relacionamentos e mais empolgação no trabalho. Vênus entrará em

seu signo no 22, aumentando seu poder de atração. Aproveite para cuidar da beleza e ousar mais no visual. Se o coração estiver livre, a última semana trará um encontro encantador e instigante. Poderá se apaixo-nar para valer entre os dias 28 e 30!

LIbRA. Escolhas definitivas e evolução da carreira darão um ar sério a este período. Aproveite a Lua Nova, no dia 8, para decidir o futuro e iniciar uma fase mais construtiva em sua vida. Um empreendimento próprio ou uma nova posição profissional ganharão força, a partir do dia 13. Mas espere até o movimento direto de Mercúrio, no 20, para assumir o novo desafio. A Lua Cheia, no 22, trará mais poder de liderança no trabalho e emoções fortes na vida íntima. Comemore suas conquistas, com mais autoconfiança, muita paixão e cumplicidade com o par-ceiro. Amigos também apoiarão seus novos projetos. Os últimos dias do mês prometem realizar antigos sonhos e renovar seus sen-timentos. Confie na sua inteligência e siga em frente!

ESCORPIãO. A vontade de superar limites criará um clima excitante neste mês. Apro-veite a Lua Nova, no dia 8, para viajar, deci-dir uma formação acadêmica ou embarcar numa aventura romântica. Seja qual for sua opção, a fase promete entusiasmo e proje-tos atraentes. Um encontro inesperado, no dia 7, abrirá os caminhos profissionais. Conversas com o parceiro, também nes-se dia, inspirarão planos em comum para o futuro. A segunda quinzena trará mais prestígio e projeção social. Realize um anti-go desejo, no dia 22. No fim do mês, encon-tros agradáveis com amigos de fora ou que andavam distantes darão um sabor intenso à vida. Aceite convite para uma viagem rá-pida e descubra novidades de trabalho.

SAGITÁRIO. Gastos imprevistos com filhos ou com o seu lazer provocarão tensões en-tre os dias 1 e 5. Talvez tenha de abrir mão de um plano preestabelecido, mas logo no dia 7 surgirão soluções originais que per-mitirão seguir seu roteiro. Lua Nova no dia 8 esquentará a vida sexual com emoções fortes. A segunda quinzena trará tranquili-dade emocional e pensamentos mais leves. Fantasias românticas poderão se realizar e intensificar a relação, entre os dias 16 e 20. Aproveite a Lua Cheia, no 22, para fazer novas amizades e contatos profissionais, as comunicações estarão ativadas! Entre os dias 28 e 30, visualizará um negócio lu-crativo. O mês terminará com perspectivas financeiras positivas e surpresas deliciosas na vida íntima.

CAPRICÓRNIO. Os encontros deste mês mudarão seus conceitos sobre a vida. A Lua Nova do dia 8 será o melhor momento do ano para começar um relacionamen-to amoroso ou para tornar o já existente mais intenso. Amizades também chegarão facilmente nesta fase. Vários planetas na sua área afetiva atrairão novas relações e ampliarão sua rede de influências. Apro-veite para agitar a vida social entre os dias 16 e 20, poderão surgir convites e oportu-nidades de parceria em projetos relevantes. Entre os dias 22 e 30, conexões com pessoas de outros lugares ampliarão perspectivas e apoiarão seus planos de expansão. O desejo de morar fora ou de mudar o estilo de vida poderá inspirar decisões radicais no dia 30.

AquÁRIO. O sucesso no trabalho trará re-compensas, mas a primeira semana será

tensa, com fatos inesperados e confrontos. A partir do dia 8, a Lua Nova destacará seu brilhantismo e fortalecerá sua posição no trabalho. O período entre os dias 16 e 20 promete expansão profissional e finan-ceira. Respostas serão positivas, a partir do dia 20, com Mercúrio em movimento direto: poderá firmar novos contratos ou contar com resultados positivos. Um novo romance poderá começar de maneira inu-sitada neste mês. No dia 22, inicia-se uma época animada na vida pessoal. Lua Cheia em seu signo trará decisões importantes e mais clareza nos relacionamentos. O coti-diano ficará mais gostoso nos últimos dias do mês, com a inspiração do amor. Incluirá uma nova atividade em sua rotina, no dia 30.

PEIXES. Autoconfiança e muita criativi-dade tornarão este mês especial para de-senvolver projetos autorais ou iniciar um trabalho em parceria. O dia 7 trará uma oportunidade financeira inesperada. Mo-mentos deliciosos no amor, temperados com muita paixão, inaugurarão uma fase de maior satisfação e prazer na vida íntima, a partir do dia 8. Se estiver só, poderá se apaixonar intensamente nesse dia. Os dias 28 e 30 também prometem fortes emoções, encontros encantadores e mais cumplici-dade com o parceiro. Se quiser engravidar, neste mês será mais fácil, vários planetas em harmonia com seu signo garantirão fertilidade e a realização dos sonhos. Tudo aberto também para viajar, reencontrar amigos de longe e fazer novas amizades.

ÁRIES. Mesmo que pareça ameaçador, abandonar os padrões do passado abrirá espaço para você viver com mais proteção e segurança. Se não der para fazer um ano sabático ou morar em outro país, poderá

dedicar mais tempo à vida íntima e fami-liar. Documentos e organização da casa pedirão atenção, com Mercúrio retrógrado, até o dia 19. Um novo ambiente social, que surgirá na Lua Cheia do dia 22, inspirará projetos de trabalho. Parcerias firmadas entre os dias 28 e 30 agilizarão os planos de crescimento. Os dias 7, 15, 26, 28 e 30 serão os mais positivos para encontrar um novo amor ou se comprometer mais com o atual.

TOuRO. Fase de aprendizado. Mude as re-gras! Os encontros deste mês mexerão com a sua cabeça. Se estiver aberta às novas ideias, tudo fluirá melhor. Problemas de comunicação ou com burocracias e con-tratos, do dia 1 ao 4, poderão abalar o seu prestígio ou impedir uma viagem. Mercúrio retrógrado, até o dia 19, exigirá atenção aos detalhes e à comunicação. Já na vida ínti-ma, a fase trará mais estabilidade. Aprovei-te a segunda quinzena para falar de amor e traçar planos de longo prazo com seu par. Se estiver disponível, uma paixão ardente poderá balançar suas certezas na última semana. No dia 30, uma viagem a dois api-mentará a vida sexual.

GêmEOS. Desafios financeiros e revira-voltas nos relacionamentos profissionais marcarão os primeiros dias do mês com angústias e ansiedade. Tente resolver um assunto de cada vez. Lua Nova, no dia 8, e a passagem do Sol por Mercúrio, no 9, na sua área do dinheiro, trarão boas soluções para organizar o orçamento. Se estiver em busca de trabalho, uma proposta irrecusável virá na segunda quinzena. Contratos firmados a partir do dia 20, com movimento direto de Mercúrio, serão mais positivos. Aproveite a Lua Cheia, no 22, para viajar ou curtir o parceiro! O mês terminará com mudanças na equipe ou no ambiente social.

HOrósCOPO

Jornal do São Francisco

Page 29: Jornal do São Francisco - Edição 132

Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 29Jornal do São Francisco

ENTrETENIMENTO

CRUZADASCAÇA-PALAVRASX O Z R Y O C T G J T U M V D L G O G Q L R C C V H A TL N P C L R I I D P X W J R R A E I L E E S G M K D X PB J R E A W Y L S F U M Z H Z G Q A Q S J D Z P P F A QZ M D T U E V N B F S Z B C A F R E W Z D M U A U V C BP O W I T M D O R M I R C R W J M I K C D W D L L A O SM P R F Y C P A T I Z N T T N D Z G E I K A U T F M S ZW M O H W A Q R A K N U E S F E S T A J U N I N A X Q QC B E U I U I F O O M X M C A I P I P O U P A N C A T YM T V Q R Q Q Z O F Y W A E V X L R I Z S Q M T S L R AH O S H L I J X O C I A R G T Z I E J E G U P Z J M A DB W R D P E Z B Y L Y S B L B S O V U C N T P H K Q B SU D A B F G C T M K G K S D W L P N M O E M G H D R A DM T B C Z R L M E V J Q S I G P B L V N G Q E T L E L TN N J W E K V P D A U N A T O D D K X T O C V D U L H QW V U I L O T E C X R X W Z O N B V S I C U A J I A O UK A G R X O M W Z Q B L T O U A A A J N I J F S S C G KS A O F R A N C I S C O I H N T R L D G A X H T E I O MM Q H T H B T W A O V R W I B I D C Q E C F T L D O F SD Z F O C A X A A M E H L B E C U U L N A O W U U N M AM C Y Z Z W M Y N D P P E R N V E U W T O C K B A A K LB O G F C A U R I H I A R J Y J F V D E V N F I R M D OM N I B R P B S P C H A N E Z X M R J O P J K X D E D JS S P G X I E I S O B U P H N B A P K O B D Q L O N B AO E O K O D Y I D N T R A T A M E N T O R R D K A T G MR R J L O U D Y A H A K I Z N V S O L F X N I F D O C EP V I A E I A F M N K F D H L K K G O U W I A G N A N NI A S P M E V U H V D R V X C L J J Q K D C W L A I E TD D C W G U L F D Q V W V G X D Y T S E R V I C O C L OE O T Z S N Q Z L C U W T V B X Y A U T O R I Z A C A OP R Y R J T T O X B S Z D Z T K Q P S W M U D A N C A O

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Sudoku é um quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números. o objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada uma das células vazias numa grade de 9x9, constituída por 3x3 subgrades. os algarismos não podem se repetir na mesma coluna, linha ou grade.

SOLuçãO

SO

Luç

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1 57 5 2 6

1 72 3 9 6

8 78 3

7 36 3 44 2 1 268173495

749528316513694728172835964356419287984267531891742653637951842425386179

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escritorbrasileiro

(?)-benta,bolinho fei-to com co-co e ovos

Pessoamuito

parecidacom outra

Notíciacolocadano muralescolar

Aplicar;empregar

Fora de(?): des-contro-

ladoLíquido

fecundan-te; esper-

ma

Examedo MEC(sigla)

Sandrade (?),cantorada MPB

Opõe-seao "off"

(?) Spola-dore, atrizbrasileira

Faixa derádiomais

popular

Títuloinglês denobreza

Sobras(de

comida)

Pais damãe ou do pai

Capital dePortugal

Sílaba de"vocal"

Realizarviagemaérea

Ponto alto dafesta junina

Frutos davideira

502, emromanos

Tira-gostode beirade praiaPessoaque agecom cu-riosidade

(pl.)

Morador;residente

Sentençacomo"Vaso

ruim nãoquebra"

Tive von-tade deÚltimavogal

Cachorros

Contornodo gol

CriadasA energia

ausente no blecaute

Chá, eminglês

O "prato" do operário (pl.)

3a notamusicalTenente(abrev.)

MatouGolias(Bíb.)

(?) Bin La-den, ter-rorista

morto em2011

NegrinhofolclóricoPeritos(fig.)

Porém;entretantoConsoantesde "sebo"

Membrodo elenco

Santo(abrev.)

C Ã E S

2/on. 3/sir — tea. 5/osama — sêmen.XOZRYOCTGJTUMVDLGOGQLRCCVHATLNPCLRIIDPXWJRRAEILEESGMKDXPBJREAWYLSFUMZHZGQAQSJDZPPFAQZMDTUEVNBFSZBCAFREWZDMUAUVCBPOWITMDORMIRCRWJMIKCDWDLLAOSMPRFYCPATIZNTTNDZGEIKAUTFMSZWMOHWAQRAKNUESFESTAJUNINAXQQCBEUIUIFOOMXMCAIPIPOUPANCATYMTVQRQQZOFYWAEVXLRIZSQMTSLRAHOSHLIJXOCIARGTZIEJEGUPZJMADBWRDPEZBYLYSBLBSOVUCNTPHKQBSUDABFGCTMKGKSDWLPNMOEMGHDRADMTBCZRLMEVJQSIGPBLVNGQETLELTNNJWEKVPDAUNATODDKXTOCVDULHQWVUILOTECXRXWZONBVSICUAJIAOUKAGRXOMWZQBLTOUAAAJNIJFSSCGKSAOFRANCISCOIHNTRLDGAXHTEIOMMQHTHBTWAOVRWIBIDCQECFTLDOFSDZFOCAXAAMEHLBECUULNAOWUUNMAMCYZZWMYNDPPERNVEUWTOCKBAAKLBOGFCAURIHIARJYJFVDEVNFIRMDOMNIBRPBSPCHANEZXMRJOPJKXDEDJSSPGXIEISOBUPHNBAPKOBDQLONBAOEOKODYIDNTRATAMENTORRDKATGMRRJLOUDYAHAKIZNVSOLFXNIFDOCEPVIAEIAFMNKFDHLKKGOUWIAGNANNIASPMEVUHVDRVXCLJJQKDCWLAIETDDCWGULFDQVWVGXDYTSERVICOCLOEOTZSNQZLCUWTVBXYAUTORIZACAOPRYRJTTOXBSZDZTKQPSWMUDANCAO

Jornal do São Francisco

NicélioRamos

Page 30: Jornal do São Francisco - Edição 132

Jornal do São Francisco30 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

Santa Rita de cássia é campeã da copa Regional

Bahia: intervenção é boa ou ruim para o clube?

luciano Demetrius

A seleção de Santa Rita de Cássia fez prevalecer a marca de melhor cam-panha da Copa Regional de Seleções

do Oeste e conquistou o título da com-petição diante de Santa Maria da Vitória, no domingo, 7. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, em jogo disputado no Es-tádio Municipal de Santa Rita de Cássia, a definição do campeão foi para a disputa de pênaltis (uma vez que na partida de ida, em 30 de junho, em Santa Maria da Vitória, também houve empate por 1 a 1). Durante o tempo regulamentar, Gabriel marcou a favor de Santa Rita a um minu-to do primeiro tempo; Lindomar, aos oito minutos do segundo tempo, empatou para Santa Maria da Vitória.

A arbitragem foi de Genivaldo Santos do Amor Divino, auxiliado por Wiliam Pais e Marilza Silva (trio de Barreiras). O quarto árbitro foi Genivaldo da Cunha Santos (Santa Rita de Cássia). Em oito jo-gos disputados na competição, Santa Rita de Cássia venceu quatro, empatou três e perdeu apenas uma vez (para Santa Maria da Vitória, na primeira fase, por 5 a 0). A seleção campeã marcou 12 gols e sofreu 11. Este é o primeiro título de Santa Rita de Cássia desde que a Sociedade Des-portiva São Francisco (Sodesf) assumiu a

Há décadas, talvez desde que Paulo Ma-racajá saiu do Bahia, a torcida pede mu-danças na forma das pessoas gerirem o clube. Muitos escândalos foram levanta-dos desde a histórica conquista do Bra-sileirão, o clube amargou sérias crises, viveu dias de incerteza e fez seu torcedor sofrer como nunca. Agora, quando tudo parecia mais calmo, principalmente por causa da boa campanha da equipe no Campeonato Brasileiro deste ano, surge a

organização da competição, em 2010. Os campeões anteriores foram São Félix do Coribe (2010) e Paratinga (2011 e 2012).

A Sociedade Desportiva São Francisco (Sodesf) anunciou, logo após o término da segunda partida da decisão, a lista dos melhores atletas da competição. São eles:

intervenção judicial no Fazendão.O advogado Carlos Rátis é o interven-

tor nomeado pela justiça para averiguar detalhes da administração Marcelo Gui-marães Filho. Até aí, tudo bem! Nada mais justo, pois se existem dúvidas é preciso esclarecê-las, mas quanto isto vai custar ao time de futebol? Será que os jogadores vão "sobreviver" ao mo-mento turbulento que se vive no Fazen-dão, sem que o clube pague um preço

muito caro na tabela de classificação do Brasileirão?

Cristovão Borges, que tem feito um tra-balho brilhante no comando da equipe, ganhou mais um "pepino" daqueles para descascar. Vai ser preciso muita habili-dade para manter o grupo de jogadores alheio às chuvas e trovoadas que vão se abater sobre o Bahia nos próximos dias até que a intervenção no clube tenha acabado.

Três equipes classificadas às quartas de final da Segundona de LEMIpiranga, Tamandaré e Flamenguinho estão garantidos nas quartas de final da Segundona Manoel Padeiro (Série B) do Campeonato Municipal de Luís Eduardo Magalhães. O Ipiranga venceu Mimoso III por 2 a 1, no sábado, 13, no CT da Bun-ge, e Tamandaré e Flamenguinho garan-tiram vaga no domingo, 14, no Estádio Coronel Aroldo, após derrotarem Selem (5 a 0) e Aliança/Novo Paraná (3 a 2), res-

pectivamente.O jogo entre Florais Léa e Xique-Xique

na manhã de domingo, 14, foi interrom-pido no primeiro tempo devido à con-tusão de um atleta da equipe do Florais Léa, que sofreu fratura de maxilar após choque com um jogador adversário. A Liga Desportiva de Luís Eduardo Ma-galhães (Ldlem) optou por suspender a partida para prestar atendimento ao

atleta e vai anunciar data e local de novo confronto.

As oitavas seguem no sábado, 20, com Chapada Diamantina x Oliveira, no CT da Bunge, às 15h30. No domingo, 21, mais três jogos: Palmeirinhas x Toque Final, no CT da Bunge, às 8h30; Grêmio Oeste x Maclaren, no Estádio Coronel Aroldo, às 16h; Missão x MEC, no Estádio Coronel Aroldo, às 18h20.

Cárcio (artilheiro; Santa Maria da Vitória); Gleidson (melhor goleiro; Santa Rita de Cássia); Marcos Gudela (melhor jogador; Santa Rita de Cássia); Quédimo (melhor técnico; Santa Rita de Cássia) e Delton dos Santos (melhor dirigente; Santa Ma-ria da Vitória).

título foi conquistado na disputa de pênaltis após empate por 1 a 1 na decisão

Prevista para começar na segun-da quinzena de agosto, a Copa Re-gional Interclubes está com inscri-ções abertas. Segundo a Sociedade Desportiva São Francisco (Sodesf), que promove a competição, a preferência pela inscrição será às equipes campeãs e vice-campeãs dos campeonatos municipais das cidades da região Oeste e Vale São Francisco. Porém, caso não haja interesse de uma ou das duas equi-pes finalistas de cada município, serão abertas vagas para as outras melhores colocadas da competição da cidade da equipe desistente.

Segundo a Sodesf, não haverá limite de idade para atletas parti-cipantes. “Recomendamos que as equipes deem oportunidade para jovens talentos, a fim de que pos-sam ser projetados para o futebol profissional”, disse o dirigente da entidade, Deusdeth Vilas Boas. Para a edição 2013, serão permitidos até três atletas profissionais por equipe, desde que não estejam com contrato em vigor. As equipes que não tiverem estádios em boas con-dições poderão jogar em cidades vizinhas, quando estas estiverem aptas a sediar a partida.

Em 2012, com a participação de 20 equipes, o título ficou com o Morada da Lua (Barreiras) que, na decisão, derrotou o Juventus (Luís Eduardo Magalhães). Na primeira edição, em 2011, o campeão foi o Verde Angical (Angical). Mais infor-mações podem ser obtidas pelos telefones 77-3021-0125 / 9968-3099 / 9929-8681 / 9115-4400 ou pelo e-mail [email protected].

Equipe de vôlei masculino da Aceo Barreiras foi a vencedora da primeira etapa do Oeste do Campeonato Baiano 2013, dispu-tada em Luís Eduardo Magalhães, em 15 e 16 de junho. A conquista aconteceu após vitórias diante da UFBA (2 a 0) e Formosa do Rio Pre-to (2 a 1). No feminino, a liderança é da seleção de Luís Eduardo Ma-galhães que derrotou a Aceo por 2 a 0. A segunda etapa está prevista para ser disputada em Barreiras, nos dias 10 e 11 de agosto. Além da Aceo Barreiras e das seleções de Luís Eduardo Magalhães e de Formosa do Rio Preto, também participa da fase regional a seleção de Santa Rita de Cássia. Classifi-cam-se para a fase final as duas melhores classificadas em cada categoria (masculina e feminina).

Sodesf abre inscrições para copa Regional Interclubes

Equipe de vôlei vencedora do campeonato Baiano 2013

EsPOrTEJornal do São Francisco

REPRODUÇÃO

OESTE MANIA

Jogadores e comissão técnica comemoram título de santa rita de cássia

Page 31: Jornal do São Francisco - Edição 132

Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013 31Jornal do São Francisco

Seleção Brasileira estilo Felipão

Futebol chinês: ouro de tolo para atacante brasileiro

Brasileirão: gordinho vira sensação em Goiás

Grêmio: ídolo faz crescer venda de camisas na lojinha do clube

Vitória: caio Júnior pede e diretoria atende

Técnico é efetivado para surpresa da própria torcida

Durante três anos seguidos, Mano Me-nezes procurou uma seleção adequa-da. Não achou o traço, apesar dos tes-

tes em quase uma centena de jogadores. Trabalhou muito, mas não deu certo. Em apenas sete meses, o conterrâneo Felipão fez uma ao seu estilo, com a cara e a co-ragem que o faz ser detestado por muitos críticos e amados por milhares de torce-dores nos clubes por onde passou.

Do seu jeito bronco, meio grosso e, às vezes, até estúpido, vendo fantasmas onde há bandeiras brancas, Felipão con-segue ser um personagem único do fu-tebol brasileiro. Não deixará nenhuma tática revolucionária como herança, não oferecerá qualquer contribuição para o futuro dos esquemas táticos no mun-do do futebol. Tudo isso é verdade, mas uma coisa é inegável: seu modo de treinar clubes e seleções é único, daqueles que lutam até o último segundo para coroar uma vitória conquistada em 90 minutos.

O suor é a sua marca. O seu legado é a determinação, a garra extrema. Nunca a Seleção Brasileira foi tão estilo Felipão. A conquista da Copa das Confederações, a alegria estampada na cara do torcedor que canta de novo o hino nacional com o maior orgulho do mundo não surgiu por sorte, competência ou destino. Nada disso. Esta é só mais uma vitória do jeito Felipão de ser e isso ninguém pode negar.

Quem não lembra de André Lima, cen-troavante de pouca técnica, mas raçudo ao extremo e que fez muitos gols nos clu-bes por onde passou (Botafogo, Flumi-nense, São Paulo e Grêmio)? Pois bem, seduzido por uma proposta milionária para jogar na China, André Lima não ti-tubeou e ano passado se mandou para a Ásia. Foi buscar a independência finan-ceira num país emergente no mundo do futebol, pelo menos em termos de gran-des salários.

Lá está há exatos nove meses, mas o que pouca gente sabe é que há quase dois meses o atacante busca um jeito de vol-tar para o Brasil (e, se possível, para um clube da primeira divisão). O empresário

Ele foi revelado pelo Inter de Porto Alegre, mas no Sul ficou famoso não só pelos gols que fez. O atacante Válter também gosta-va de festas e não foram poucas as críticas que recebia da imprensa gaúcha. Bastava jogar mal para repórteres e comentaristas "caírem em cima" dele associando o fute-bol ruim dentro do campo às baladas fora das quatro linhas.

Saiu do Inter há quase três anos, jogou fora do país e voltou para vestir a camisa do Cruzeiro. Ultimamente está no Goiás, onde vive "brigando" com a balança. Atu-almente, garante estar pesando 92 quilos.

Verdade seja dita: nenhum torcedor gremista aguentava mais Vanderley Luxemburgo e suas justificativas para o futebol ruim jogado pelo Grêmio. Pois bem: Fábio Koff (mesmo a contragosto) demitiu o treinador pouco antes do fim do recesso do Brasileirão e trouxe de volta a Porto Alegre o maior ídolo da história do futebol gremista, o ex-jogador Renato Por-taluppi. A torcida adorou a ideia.

Se vai dar certo, isto só o tempo vai dizer. Mas uma coisa não dá pra negar: a idolatria dos gremis-tas por Renato continua a mesma desde quando o tricolor gaúcho ganhou o Mundial de Clubes em 1983 na final contra o Hamburgo, quando Portaluppi marcou os dois gols da vitória por 2x1.

A prova está no movimento de camisas vendidas na Arena do Grêmio. Desde a chegada de Renato, a camisa retrô número 7, que ele usava como jogador, já vendeu quase o triplo em relação ao uniforme atual do time. E olha que o preço é bem salgado: cada uma sai por R$ 219. Ídolo é ídolo, não é verdade?

A surpreendente campanha do Vitória no Brasileirão não ilude o técnico Caio Júnior. Mais do que ninguém, o treinador rubro-negro sabe que para se manter no topo da tabela vai precisar bem mais

do que um time de futebol. O Vitória terá que ter um elenco ca-paz de permitir que seu torcedor

Quem tinha dúvida sobre a capacidade deste gaúcho de Passo Fundo, agora se curva mais uma vez diante da dedicação de um senhor sexagenário que começa de novo a escrever mais uma entre tantas páginas vitoriosas numa carreira onde as derrotas desaparecem diante de tantas conquistas. Dá-lhe Felipão, você merece!

Walter Cirne, que administra a carreira de André, não aguenta mais ver o desespero do atleta que implora por um contrato no país onde nasceu. Sabem por quê? Além de não se adaptar ao idioma e principal-mente à culinária, André Lima até hoje não conseguiu o visto que precisa para tirar a carteira de motorista.

Assim, é preciso percorrer todos os dias quase nove quilômetros de bicicleta para ir de casa ao estádio do clube que defen-de, para treinar. Dizem que os poucos gols que fez por lá, têm uma explicação: André Lima anda esgotado de tanto pe-dalar. De segunda a sexta-feira são 90 qui-lômetros por semana em cima da bike. Aí não há preparo físico que aguente!

Tá gordinho, mas tem feito gols (o último foi contra o Vitória no Serra Dourada) e, mesmo acima do peso, se transformou num dos destaques do time. Como os di-rigentes goianos sabem que se conseguir emagrecer, Válter tem grandes chances de melhorar o seu desempenho, eles já pro-meteram "bicho extra" ao atacante por cada quilo de peso perdido. Segundo a imprensa que cobre o Goiás, se até agosto Válter estiver pesando 80 quilos (12 a me-nos do que o peso atual), o salário, que é de R$ 140 mil mensais, pode passar dos R$ 200 mil. Emagrece, Válter!

sonhe com uma grande campanha, algo que o time tem feito até agora.

Por isso, Caio Júnior não se cansa de pedir reforços à diretoria do clu-be baiano e, recentemente, ganhou dois de uma só vez: Daniel Borges, lateral direito que veio do interior paulista e, o meia Camacho.

Pode parecer pouco, mas diante do alto valor gasto no início do ano para montar um time competitivo, os dirigentes rubro-negros dão pro-va que não vão medir esforços para fazer do Vitória uma grata surpresa no Brasileirão deste ano.

Quando Muricy deixou a Vila Belmiro, muita gente imaginava que Claudinei Oliveira, técnico interino do Santos, não seria nada além de um mero interino, e que bastava um outro treinador ser contratado para ele voltar à con-dição de auxiliar ou comandante das categorias de base do clube. Até aí nenhuma novidade. O San-tos tentou Marcelo Bielsa, Carlos Bianchi e até Gerardo Martino, paraguaio que está no Newells Old Boys. Todos pediram uma fortuna para assinar contrato, além de garantias de que o time seria re-forçado com jogadores indicados por eles.

Os dirigentes não aceitaram as exigências e mudaram de tática. Ao invés de pagar uma grana preta para o novo treinador, mantive-ram o interino e agora vão gastar o dinheiro da venda de Neymar qualificando o time. Se partirmos da lógica de que quem joga é o jo-gador, o Santos está fazendo rigo-rosamente tudo que deve ser feito para voltar à elite do Brasileirão.

Quando chegou à Gávea, o meia Carlos Eduardo era uma das grandes esperanças do Flamengo para "arrumar" o meio campo da equipe ru-bro-negra. Quase três meses depois, o garoto revelado no Sul do país

empilha críticas ao seu jeito dispersivo de jogar e principalmente pela falta de comprometimento com o grupo.

Além de não ter até hoje conseguido atingir a forma física ideal, Carlos Eduardo constantemente é visto em peladas de futevôlei na praia de Copa-cabana, onde mora. Se isto não bastasse, a torcida anda pegando no pé do atleta, porque ele é dono de um dos maiores salários do grupo. Fontes liga-das ao Flamengo admitem que mensalmente Cadu embolsa pelo menos R$ 500 mil e pouco tem feito para justificar a fortuna que recebe.

A relação azedou até com o técnico Mano Menezes que o revelou para o futebol no Grêmio. Embora os dirigentes não admitam, desde que Renato Abreu foi mandado embora, Mano Menezes não para de pedir um meia qualificado para vestir a camisa que é de Carlos Eduardo por pura falta de opções dentro do grupo rubro-negro.

FlAMENGo: Até MANo MENEZEs PErdEu A PAcIêNcIA

cArlos AuGusto [email protected]

Mundo da bola

ESPORTES

Luiz Felipe scolari

Jornal do São Francisco

REPRODUÇÃO

Page 32: Jornal do São Francisco - Edição 132

Jornal do São Francisco32 Ed. 132, de 1o a 15 de julho 2013

INfOrME PUBLICItÁrIO

FASB encerra 11º CIC com recorde de inscritos e trabalhos científicos aprovados

O Congresso de Iniciação Científica (CIC) da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB), em sua sua 11ª edição, superou todos os recordes dos anos anteriores e se consolida cada vez mais como maior evento científico do oeste da Bahia. Encerrado no último dia 10 de maio, o evento contou com cerca de 1,1 mil inscritos, e com aproximadamente 150 trabalhos científicos aprovados.

O tema “A pesquisa como eixo articulador: práticas e saberes”, trouxe em sua programação em média 85 minicursos nas áreas de humanas, sociais, agrárias e da saúde, e quatro grandes palestras, sendo a atividades inaugural do evento a palestra-show sobre motivação com Adroaldo Lamaison.

A acadêmica de Enfermagem, Raquel Di Amarantos, elogiou a organização e a dinâmica do Congresso. “As temáticas e a didática dos palestrantes são bem envolventes e todas as atividades aconteceram de maneira bem pontual”. A principal novidade do CIC este ano trata-se da publicação final das pesquisas apresentadas no Congresso que passa a ter código e selo que atesta a validade científica em todo o território nacional.

O diretor- acadêmico da FASB, Roberto Marden Lucena, aponta que a avaliação é animadora diante da confirmação da presença dos palestrantes dos minicursos nas mais diversas áreas do conhecimento. “O diferencial é a participação ativa e permanente dos estudantes. O que nos estimula a fazer um CIC 2014 ainda melhor. O próximo ano será emblemático pois vamos comemorar 15 anos de FASB”, lembra.

www.fasb.edu.br

Revista Campo Jurídico da FASB seleciona artigos para sua próxima ediçãoRevista Campo Jurídico da FASB seleciona artigos para sua próxima edição

A Revista Campo Jurídico, primeiro periódico científico na área do oeste da Bahia, recebe até o dia 10 de agosto, inscrições de artigos para a sua próxima edição. Lançada pelo curso de Direito da Faculdade São Francisco de Barreiras (FASB) em abril, a publicação é o projeto do curso de direito com periodicidade semestral, nos formatos eletrônico e impresso, focada principalmente em Direito Agroambiental e Teoria do Direito. Os artigos deverão ser submetidos diretamente no site da revista pelo endereço eletrônico

A segunda edição da revista está prevista para novembro. Os interessados deverão encaminhar artigos focados nos dois Eixos Temáticos da revista: Direito, Sociedade Agrária e Ambiente e Teoria Jurídica e Evolução Social. A publicação também contará com o espaço para um artigo de acadêmicos. A Coordenadora do Curso de Direito, Cristiane Pacheco, afirma que a proposta vai incentivar e fomentar a pesquisa no curso da FASB para que os acadêmicos se envolvam e escrevam artigos. “A revista está aberta para a participação de pesquisadores do Brasil e do mundo”.

www.fasb.edu.br/revista/index.php/campojuridico.