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Jornal dos Jardins 3 - 12 JULHO 2015 Nº 690/1 | Distribuição gratuita Diretor António Figueiredo ARQUITETURA SOM OFICINAS ARTES VISUAIS MERCADOS CINEMA PÓLIS TEATRO E DANÇA Se uma planta é a cidadania, nós somos as folhas ESPECIAL JARDINS EFÉMEROS 2015 UMA EDIÇÃO EM PARCERIA COM

Jornal Dos Jardins Efémeros 2015

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Jornal dos Jardins Efémeros 2015 em parceria com o Jornal do Centro.Iniciativa privada em parceria com a Câmara Municipal de Viseu que incide sobre animação de ruas e espaços de Viseu, mais concentrado na zona do Centro Histórico.O Jornal do Centro tem sido o jornal oficial da iniciativa, e é um órgão de comunicação social de Viseu.

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Jornal dos Jardins312 JULHO 2015N 690/1 | Distribuio gratuitaDiretor Antnio FigueiredoARQUITETURA SOM OFICINAS ARTES VISUAISMERCADOS CINEMA PLIS TEATRO E DANASe uma planta a cidadania, ns somos as folhasESPECIALJARDINS EFMEROS 2015UMA EDIO EM PARCERIA COM2 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015Durante dez dias Viseu a cida-de que mostra a Portugal o que de bomediferenteexistenaprodu-o local, nacional e internacional. Mais de uma centena de manifes-taes culturais ocupam a cidade equintaediosointroduzi-das algumas novidades, das quais aprogramaopensadaparaos mais novos que vo ter o seu espa-o na Casa do Sonho, e ainda o es-pao mais alternativo Fojo.Todasaspropostassodecor-rentesdeumacuidadadireo artstica,numaprogramao decarterurbano,contempor-nea e experimental e com os con-tributoscontinuadosdevrios criadores,investigadores,uni-versidades,assistentessociais, empresas e associaes, assegu-ra a organizao do evento.Nareadamsicaestocon-firmadosconcertosemvrioslu-garesdacidadedeartistasinter-nacionaiscomo,porexemplo,o pianistaucranianoLubomyrMel-nyk,aprodutoraHollyHerndon, PuceMary,Quiltland,Caterina Barbieri,EliGras,HOMOeJona-than Saldanha. No Palco constru-do especialmente para os Jardins Efmeros (da autoria de Pedro Tu-dela),noAdrodaS,passamno-mescomoPyeCorner&NotWa-ving,TochaPestana,TTrips, Gala Drop, HHY & The Macumbas e Trans-Aeolion Transmission.Nocampodasartesvisuais, outradasfortesreasdes-teeventocultural,soespe-radasvriasexposieseins-talaes,comoporexemploa ExposioColetivamoderno& medievalcamufado,noMuseu NacionalGroVasco,comcura-doriadeMiguelvonHafePrez. H teatro com Jorge Fraga, dana comDanielMacedoPinto,cine-ma com as escolhas de Isabel No-gueiraemuitasconversaseex-posiesdaresponsabilidadedo NcleodeArquitetosdaRegio de Viseu (NARV). Os Jardins para quem c efmera ou longamente vive em Viseu A 5 edio dos Jardins Efmeros, um dos maiores eventos culturais de Viseu e um dos maiores do pas, decorre de 3 a 12 de julho, no centro histrico da cidade, este ano com o tema A Luz da Cidade. No a Luz redentora, de verdade total e absoluta, mas a Luz que se reete nos momentos, breves ou longos, das realizaes que se propem neste festival, como escreve no seu editorial Joo Lus OlivaAPRESENTAOTodas as propostas so decorrentes de uma cuidada direo artstica, numa programao de carcter urbano, contempornea e experimental e com os contributos continuados de vrios criadores, investigadores, universidades, assistentes sociais, empresas e associaesH uma sala de estar nica no largoPintorGata.Quatrocentas caixasdefrutaforamutilizadas paramontartrsespaosdistin-tos,masquesecomplementam. Hbancadasparavenderprodu-tos biolgicos, h um espao para dj's e outro para as pessoas se sen-tarem,beberemumcopoerela-xarem.Hacriaodaduplade arquitetos Andr Alves e Ricardo Afonso que fazem a Fava e que de-ram cidade este Fora da Caixa.A instalao tem como principal objetivoousodematerialbara-to e que reutilizado pode tornar--sefuncional.Odesafofoiini-cialmentesuperadoparauma parceria entre a Fava e a Coopera-tiva Cho e agora transposto para os Jardins Efmeros. A colocao dosmdulosfoipensadanosen-tido de apropriao do espao e no uso que as pessoas lhe podem dar.Noestamosaimpornada, queremos tambm perceber a di-nmica das pessoas no uso deste mdulo, explica Ricardo Afonso.Fora da Caixa uma instalao quetemcomoconceitosfunda-mentaisaexperimentao,a criaodeambientessinest-sicoseainteraocomopbli-co. um dos primeiros projetos do coletivo Fava, constitudo por ex alunos da Universidade Cat-licadeViseu,equenoquerf-carapenasnaarquiteturamas criarprojetosquefaamtam-bm a interligao com o som e o audiovisual.Molcula de trs peasno Largo Pintor GataCaixas de fruta formam um mdulo como se de um jogo de Ttris se tratasse, mas que resultam numa banca de venda de produtos, numa cabine para dj's e numa zona para relaxar. Arquitetos reconguram com material barato o Largo Pintor GataJORNAL DO CENTRO MECENAS FORA DA CAIXAsai s sextas!4 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015Em 2011, a Praa D. Duarte e al-guns edifcios volta receberam aprimeiraediodosJardins Efmeros.Doisdiasdeiniciati-vas vividas com curiosidade que comearam logo com a chegada detoneladasdeplantaseasua distribuio pela Praa.Daprimeiraedio,fcouna memriaoconcertoDuasgui-tarraseumacidadedeAlexan-dre Soares e T Trips (msico que tem estado sempre presente nas edies do festival) e uma revisi-tao de Raquel Castro do flme de Almeida Moreira. De uma for-ma mais tmida, mas estava dado o pontap de sada para um even-to que hoje marca o ms de julho em Viseu.OsJardinsforamcrescendoe conquistandooseuespaojun-todacidadeedopblicoquea visita.Em2012,osdiasdeinter-venespassamaserseise,na programao,odestaquefoida-do s muitas exposies de artis-tas locais,entre elas a instalao HeradeBeatrizRodriguesnu-ma loja de ferragens na Praa D. Duarte e que ainda hoje mantm decorada a fachada de um prdio a precisar de obras. Surgiram as ofcinas e cada vez mais espaos aseremokupadoscomooTa-lho Mimo, a Funerria D. Duarte ou a garagem da Maria Xica que foiacasadamsicaedoteatro. GalaDrop(queesteanoregres-sam),osviseensesMaizeeNO NOforamalgumasdasbandas presentes. Chega-se a 2013 e, nesta edio, o tema Viseu cidade aberta. J so sete os dias de festival. A pin-tura,adana,agastronomia,a multimdia,aliteratura,ocine-ma, os debates, o teatro e a msi-ca compem uma programao que comea a ter a sua marca de produo independente. o ano emqueaRuaDireitaseassocia esetornaocentrodeatenes comasintervenesdearquite-tos em vrias lojas.Em 2014, os sete dias do lugar a dez, tantos como este ano. O Som e para l do visvelforam os te-madestaedio.Paralelamente aos Jardins Efmeros realizou-se emViseuoprimeirocongresso internacional dedicado a este te-ma.InvisiblePlaces,Sounding Citiesfoionomedosimpsio quereuniuespecialistasdeto-do o mundo e convocou para Vi-seuartistasatentoaindades-conhecidosdopblico.Outros, j consagrados como Nils Frahm ou Monolake, juntaram-se a m-sicosemergentescomoBruno Pernadas e Paus.Em2015,osJardinsEfmeros reinventam-se.Tornam-seum jardimbarroco,levammsica at antiga garagem da Renault e ao Adro da S. Mostram instala-es feitas em Viseu e para Viseu ecomposiesnicaspensadas para a cidade. Tm uma Casa do Sonho e espaos novos para des-cobrir como o do Logradouro da Boa Morte.Celebra-se a Luz da Cidade.Jardins Efmeros conquistam espaos desde 2011H vrios momentos que cam na memria de quem j participa h quatro anos nos Jardins Efmeros. Festival comeou com dois dias e mantm-se agora nos dezA HISTRIAEm 2012 o destaque foi dado s muitas exposies de artistas locais,entre elas a instalao Hera de Beatriz Rodrigues numa loja de ferragens na Praa D. DuarteTodos os dias trabalhamos para fazer desse lema histrico uma realidade, reinventando a nossa marca e a nossa identidade. Tambm por isso, Viseu a Melhor Cidade para Viver.Cartaz de promoo Viseu, A Cidade Jardim da Beira / 1936Cidadecomtradio deserjardimwww.cm-viseu.pt | www.facebook.com/municipioviseu6 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015O efeito dnamo e contaminadorQue novidades se esperam pa-ra esta edio ? A flosofa sempre a mesma, ou seja celebrar a cidade atravs das prticasartsticaseredescobrir espaos que esto na cidade e que no so habitados. ter um outro olharsobreacidadeearelao que temos com o espao pblico. Esta a tnica de todas as edies dos Jardins Efmeros. Este ano o tema a luz e o maior enfoque na programaofoicolocadonaru-bricaPlis,nomeadamenteatra-vs da Casa do Sonho e do Fojo. A primeiracomoobjetivodeesti-mularacriatividadedascrian-as e tentar que este projeto se au-tomize em 2016. O Fojo enquanto um espao onde a Associao Fo-radeRebanhoconseguedesen-volverumprogramaque,se-melhana dos Jardins, engloba a msica mas tambm artes visuais e outras atividades. importante celebrar a cidade com todos os seus atores e a Fora de Rebanho no tem tido um es-paofsicomuitopresentenaci-dade, mas tem feito um trabalho consistente que deve ser apoiado e celebrado.Estes dois projetos so icnicos porqueprimeiroforampensa-dos os contedos para depois ver quearquiteturaospoderiarece-ber. Isto a anttese do que se faz nas polticas culturais do pas. quinta edio, j mais fcil montar um even-to desta natureza?No,continuaasercadavez mais difcil. A cada ano a cidade torna-semaioremaiscomple-xa. A equipa muito pequena e s com muito amor cidade e ao projetoqueseconseguefazer toda esta programao.Osprogramasnascemevo evoluindo, tal como a cidade vai evoluindoevaipedindomais contedosemaisprogramao. Mesmoanvelnacional,aspes-soas j tm expetativa do que ns vamos fazer e proporcionar.Os Jardins Efmeros so um festival emergente?Tenhoalgumatensocomapa-lavrafestival,porqueatualmen-teosfestivaissocircuitosfecha-dos,compermetroscomose fossem arenas, onde debitam mar-cas e bandas em que as pessoas es-to confinadas quele espao. No isso que ns queremos fazer. Ns queremosqueaspessoaspos-samusaracidadenosseusmais diversos campos e que a vivam de umamaneiracoletiva.Umadas coisas que eu mais gostos nos Jar-dins perceber que tenho famlias inteiras nesta cidade e h sempre coisas a acontecer. Isso para mim muito importante porque estou a usar dinheiro pblico e o que me interessacomessesmeiospro-gramarparatodasaspessoas, disponibilizarprticasartsticas comasquaisaspessoasnormal-mentenoestohabituadasou porqueacidadenotemoupor-queoutrosagentesculturaisno tmessavertentedeumaprogra-mao ligada experimentao.Por outro lado, tambm muito importante dar possibilidade aos valoreslocaisdeseultrapassa-rem e isso trz competncias pa-ra a prpria cidade. A experimentao o suces-so das ofcinas que fcam sem-pre com as vagas ocupadas?Sim,asofcinasestosempre preenchidas porque eu acho que anovidadeeporquenotm umformatoclssicoeissosus-citacuriosidadespessoas.So novasformasdeabordartemas interessantes e por isso so mais apelativas. Este um evento que, afr-ma, pretende celebrar a cida-de. O que tem fcado para a ci-dade das edies anteriores?Eu acho que mais do que o tan-gvel, o que fca o intangvel. Se em 2011 tivssemos, por exemplo, feitoainstalaoMesasnaRua Direita (pea de Ricardo Jacinto ondealgumasmesasforamsus-pensas),aspessoasdiriamque ns ramos malucos. Hoje j no assim.Portanto,oquenses-tamos a fazer com este trabalho experimentaledevanguarda mostrarspessoasvriasreali-dadesestticaseartsticas,sen-sibiliz-las e aproxim-las ao ato criativo. O que fca essa natura-lidadecomqueaspessoasper-cebemoespaopblicocomin-tervenesartsticas.Esteo valormaior.Emtermosmate-riais, fcaram algumas coisas. O primeirocoraodaLilianaRo-drigues,ocntaroazuldaBea-triz Rodrigues numa loja da Pra-a D. Duarte e que j est desde a primeira edio, o Entre Aduelas daautoriadelvaroPereira.Os Jardins tm este efeito dnamo e contaminador. Como foi a primeira edio?Mais do que como aconteceu foi porque aconteceu. Aconteceu por vriosfatores,pessoais,edeco-mo se vive na cidade. Achei que o centrohistricodeveriatermais atividadesporqueestavacom-pletamentedespido,aspessoas estavam fechadas nos centros co-merciais,estavamdemitidasdo seucentrohistrico,asruasno eramvividasnempercebidasco-mo um espao de cidade e achei queeraengraadoconvoc-las novamenteparaocentro.Euti-nha vindo de uma feira de Milo dedesigninternacionaletinha lvistoumainstalaodeplan-tas,umpequenoespaode10 m2comvasosecomumainsta-lao sonora e achei que poderia comear por a. Apresentei o pro-jetonaCmaradeViseuelem-Desde a primeira edio que a criadora dos Jardins Efmeros, Sandra Oliveira, pensa numa programao que convoca a cidade e as suas gentes a viverem e experienciarem novas prticas artsticasENTREVISTA A SANDRA OLIVEIRAEstes dois projetos (Casa do Sonho e Fojo) so icnicos porque primeiro foram pensados os contedos para depois ver que arquitetura os poderia receber. Isto a anttese do que se faz nas polticas culturais do pasSandra Oliveira7 Jornal dos Jardins Jornal do Centro|3 - 12 julho 2015bro-medaspessoascomquem falei fcarem a olhar para mim a pensaremestamulhermalu-ca, mas como era pouco dinhei-rodecidiramarriscar.Naaltura, no pensaram que o projeto vies-se a ter esta dimenso.E a Sandra pensava?Sim, pensava.O que mudou da primei-ra edio para as seguintes?Ascoisasnomudaram,evo-luram.Ospressupostoseos parmetrossoiguais.Por exemplo,naprimeiraedioti-vemosumaexposiodaBea-trizRodriguesquesechamava Patrimnio,MemriaeIdenti-dade. A questo do patrimnio e da memria nas prticas arts-ticasexperimentaissemprees-tiveram presente desde o incio. Oquemudou,entretanto,foia disponibilidadedaspessoaspa-ra serem surpreendidas com as obras artsticas. Esteomaiorganhodopro-jeto e funciona porque estamos todosmuitoprximos.Traba-lhamoscomaspessoasepara aspessoas.umtrabalhode vanguardaelaboratorial,mas quetemnoodoespaoque ocupa.Ocoletivoeasuadiver-sidademuitomaisrelevante do que todos pensarmos de for-ma igual. OsJardinsnuncaforamum projetounnime,sempresusci-tarampolmicaediscusso.E issodecorredasuarealnature-za de constantemente provocar e no se conformar. Este ano houve mais parti-cipao, nomeadamente a n-vel fnanceiro, da comunida-de. outra forma da cidade tambm estar presente?Politicamente,achoqueda competncia e dever da Cmara de Viseu disponibilizar este tipo deprogramaoporquepromo-veosvaloreslocais,adinmi-ca econmica local e promove a notoriedadedacidade.Ditoisto, acho ser um grande erro sujeitar osJardinsEfmerosourealiza-es do gnero a um concurso de apoionomesmoplanoqueou-tros projetos pontuais. Todoesteprocessodecandi-datura ao Concurso atrasou-se enssconseguimoscolocar ascoisasnoterrenoemmaro desteano,umaalturaemque amaioriadasempresasjti-nham feito as suas opes. Ain-daassim,conteicomoapoio deviseensesquemeajuda-ram a chegar aos mecenas que ajudaramamontarestapro-gramaoporquesozinhano conseguiria.8 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015O arranque dos Jardins Ef-meros o ponto de partida para um vero de eventos em Viseu?OsJardinsEfmerossoum cartaz importante da cidade que sejuntamaumaofertavastssi-ma do ponto de vista cultural que a cidade tem. olhar hoje para a programaoculturalesentir que grande parte dela j est a ser desenvolvida por atores externos autarquia. Temos um Teatro Vi-riatocomumaprogramaore-gular ao longo do ano, temos um ConservatriodeMsicacom umpercursobrilhante,temos tambm uma Feira de S. Mateus adarumgrandesaltoqualitati-vo, temos os nossos eventos liga-dos ao vinho, temos o Festival de Jazz... Como se pode verifcar, h umconjuntodeeventosaolon-go do ano que d consistncia a uma toda programao cultural dacidade.Istoconsequncia da poltica que temos vindo a se-guirdeabrirasportascriativi-dade em Viseu e assumir que a ci-dade quer ser um polo de eventos e cultura. Com o apoio da Cma-ra e de uma forma concertada co-meamos a criar boas dinmicas que criam bons cartazes. No mbito destes cartazes, os Jar-dins Efmeros so uma boa ncora.Boas dinmicas que criam bons cartazes quinta edio, o presidente da Cmara de Viseu, Almeida Henriques, considera os Jardins Efmeros como uma ncora no cartaz cultural da cidadeENTREVISTA A ALMEIDA HENRIQUESOPINIOSeaparticipaodoMuseuNa-cionalGroVasco,naediodo ano passado dos Jardins Efmeros, resultou da assuno de uma par-ceriamaiscircunstancialeemo-cional,queoutracoisaqualquer, umavezqueaproximidadetem-poraldasuarealizaocomato-madadepossedanovadireo assim apenas o permitiu, j no cor-rente ano tudo se passa de forma bem diferente. E ainda bem que as-sim , no nosso modesto entender, porqueessadiferenasinalcla-ro do processo evolutivo do Museu, na sua relao mais prxima e in-timista com os protagonistas cria-tivos e os artistas que fazem de Vi-seu um palco, certamente efmero, masdeprofundidadememorial de largo alcance, quando decidem oferecer cidade o que de mais ge-nunopossuemasuacapacida-de criativa, na multiplicidade das reas,temasesuportesquedefi-nem estes Jardins repletos de can-AGOSTINHO RIBEIRODiretor do MNGV Jardins Efmeros, 2015teiros multifacetados, para gudio de todos ns.Diferente, porque mesma car-ga emocional que antes existia se acrescenta agora uma dose subs-tancial de racionalidade concep-tual; diferente porque a lgica da complementaridade,em2014, deu lugar lgica de um integra-cionismopartilhado;diferente, enfm,porqueperspetivains-titucionaldacednciarelativa-mentepassivadosespaos,na tica do museu, se sobrepe ago-raaperspetivadaparceriainte-gralmenteassumida,aindaque mantendoerespeitandocom-pletamenteaautonomiadapro-duo e criao artsticas que fa-zemdosJardinsEfmerosum caso nico e exemplar, neste tipo de realizaes urbanasH,portanto,diferenasque importasublinhar,daedio doanopassadoparaaatual,fa-zendo com que o museu assuma um papel ainda mais envolvente ecmplice,estaintegradajna programaoanualdoprprio museu, e que esperamos (e dese-jamos)queseaprofundeeenri-quea nos prximos anos.Em nmero de catorze, tantos quantososprojetosquedecor-remnointeriordoMuseuNa-cional Gro Vasco, abrangendo as reas do som, artes visuais eofcinas,afrmamosanos-sa cumplicidade com os Jardins Efmerosedamosrelevncia produoartsticaecultural que resulta de uma especial en-dogenia criativa, como se o mu-seu e a cidade das artes, nestes dias de efemeridades viseenses, se misturassem num s plano e vivessem uma s vida, na indis-sociabilidade que pretendemos perene.Porque isso, exatamente, que o museu pretende: ser a cidade onde o museu est implantado, e no apenas estar na cidade em queomuseunasceu.Porqueo museusomostodosns,eaim-portncia estratgica (para a cul-tura e o desenvolvimento) que o museu possa ter, exatamente a importnciaquetodoslhequi-sermosconceder,navisibilida-de dos eventos que produzimos e nos atos que praticamos: pessoas, grupos,comunicaosocial,en-tidades e instituies.E assim que vamos regando os nossos efmeros jardinsSempre que eu conseguir ajudar qualquer instituio ou evento a chegar a uma grande marca para obter nanciamento no o deixarei de fazerALMEIDA HENRIQUESPresidente da Cmara Municipal de Viseu quinta edio, este even-to j est defnitivamen-te enraizado na cidade?Aquintaediojconsolida osJardinsEfmeroscomoum evento. Um evento no s da ci-dade,mastambmdaregio, umeventoquetrzpessoasa Viseu e isso muito importante. Nasuaconceo,nodeixade ser um festival urbano bastante eclticoemuitoviradoparadi-ferentespblicoscomummix derealizaesquevodesdea msica,ssensaes,arteur-bana, s exposies e que permi-te agradar a diferentes pblicos. Depois,temumfgurinoorigi-nalequeacabaporpermitira convivncia intergeracional. Os JardinsEfmerosfzeramoseu percurso e j esto naquela fase deamadurecimentodeserum eventoqueporsispossacres-cer.Obviamentecomoapoio daautarquia,quenodeixar de continuar a apoiar, mas tam-bm com todos os mecenas que se associaram.Sobre o fnanciamento ao fes-tival, houve crticas quanto ao valor disponibilizado no mbi-to do Concurso Viseu Terceiro...Parajhouveumconcurso pblicoeosconcursospbli-cosintroduzemtransparncia e iseno na deciso. De realar quedos400mileurosdestina-dosaoViseuTerceiro[pelapri-meira vez a autarquia de Viseu atribuiu subsdios de apoio cul-turalatravsdeumconcurso], 125 foram alocados aos Jardins, o que atesta bem a importncia queesteeventotemnocontex-to dos apoios que a Cmara deu nesteconcurso.Olhandopara o oramento global dos Jardins divulgadopelasuapromotora, a Cmara est a suportar quase 70 por cento. Depois, eu prprio, como cidado, tambm me em-penheiparaencontrarmece-nasequeresultounoapoiode 40mileurosporpartedeuma empresa. Qual a necessidade de fa-zer essa divulgao?Estefoiumsinalqueeuquis dar.Eusouumcidadomuito empenhado na vida da minha ci-dade e, para alm da minha con-diodepresidentedaCmara, sempre que eu conseguir ajudar qualquer instituio ou evento a chegar a uma grande marca para obter fnanciamento no o deixa-rei de fazer. Estive muito dispon-vel para cumprir o meu papel en-quanto cidado para um evento que eu gosto muito.E para o prximo ano, o con-curso vai ser feito de igual for-ma? H quem advogue que os Jardins Efmeros no de-veriam entrar no mesmo plano que outros eventos.Vaiterdesecandidatar,claro que sim, at por uma questo de transparncia. Agora h duas ga-rantias que dou. Uma a de que vamosabriroconcursoemse-tembro. A segunda a de que as decisesestarotomadasatf-naldoano.Equacionoapossi-bilidadedehaverumcompro-missoplurianual,sendoque fcalogopr-agendadoparao ano seguinte.Vamostambmseparareven-tosjconsolidadosdenovos eventoseponderotambmre-forar o bolo. Considero que es-te concurso de apoio cultura emblemtico.Foiumaboame-todologiaedeubonsfrutos.H muitacoisanovaqueapareceu. E tudo isto para conseguir o obje-tivo de ter uma cidade com uma programaoculturalemque praticamente a Cmara no tem quepromovereventos.Omeu apeloqueosagentestragam boasideiasporqueestatam-bmumaboaformadepromo-ver a criao de competncias na nossa cidade.3 - 12 julho 201510 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015Dedicao e doaes do asas aos sonhosO espao onde as crianas e jovens podem ler, brincar e jogar. Um projeto pensado para o desenvolvimento educativo, cultural e social. Nasce com os Jardins Efmeros, mas quer ganhar asasA CASA DOS SONHOSAs guras imaginrias tm mais relevo e verdade que as reais.Fernando Pessoa in O Livro do DesassossegoLiliana Rodrigues, Sandra Oliveira, Vanda Rodrigues e Liliana Bernardo11 Jornal dos Jardins Jornal do Centro|3 - 12 julho 2015Emdoisandaresdonmero 94 da Rua do Comrcio, h salas debrincadeirasparadescobrir, quartosescuroscommonstros simpticos,salasdeestrelaspa-ra ajudar a relaxar e uma Casa do Sonhoqueduranteosdiasdos Jardins Efmeros o espao dedi-cado s crianas e jovens. Aqui,vopoderler,brincar,jo-gar e participar em ofcinas, tudo em contexto informal, como ex-plicaVandaRodrigues,coorde-nadora deste projeto que se assu-me como uma das novidades dos Jardins Efmeros mas que est a ganhar asas para se automizar. Trabalhamoscomdedicao edevoonumprojetopensado para que as crianas e jovens pos-samsonharemtodaasuapleni-tude, assegura.Esta uma Casa de Sonho cons-truda pela comunidade a quem foi pedida a sua colaborao para doarlivrosematerialinfanto-ju-venilelixoqueseriaparadei-tar fora.Nassalashfrigorfcosetele-visesqueservemdeestantes. Troncosdepinheiroecarvalho quesobancosemesas,man-tasderetalhosparadescansar. Htambmmuitadedicaode quem nos ltimos dias passou o tempo a decorar um espao que ao mesmo tempo o imaginrio decadaum.QueodigamLilia-na Bernardo e Liliana Rodrigues, responsveispelatransforma-o deste espao vazio num local cheio de alma e histrias. A Casa do Sonho torna-se, assim, numespaoqueagregaoscon-ceitos de biblioteca e de ludoteca, permitindoscrianasejovens estimular o pensamento e poten-ciar a imaginao. A primeira fase deste projeto de-correduranteosJardinsEfme-ros, mas a Casa no fca por aqui. Onossoespliomaiorfoidoa-dopelacomunidade,criamos uma rede de lojas aderentes para queacomunidadepudessedei-xar o seu contributo, porque a Ca-sa do Sonho isso, um projeto de responsabilidadesocial.Tive-mos bastantes donativos, mas no futuro vamos ter necessidade de mais, refere Vanda Rodrigues. Apsofestival,oespliode-volvidoaosestabelecimentosco-merciaisquesodesafadosa criarempequenosespaospara osmaisnovos.Masoprojetoes-tende-se para 2016, altura em que a organizao dos Jardins Efme-ros espera que o projeto ganhe au-tonomia.Queremosdevolver cidadeumespaoquejexistiu no Parque Aquilino Ribeiro, com acolocaodeumpr-fabrica-doemmadeira,debaixocusto masresistenteequeincluaeste esplio. NestaCasahmomentosl-dicos,educativos,recreativose culturaisquepotenciemaca-pacidadeimaginativaecriativa, contribuindoparaodesenvolvi-mento educativo, cultural e social dacomunidade,concluiVanda Rodrigues. Aqui, vo poder ler, brincar, jogar e participar em ocinas, tudo em contexto informalAps o festival, o esplio devolvido aos estabelecimentos comerciais que so desaados a criarem pequenos espaos para os mais novosVanda Rodrigues12 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015Amsicafaz-seouvirnaanti-gagaragemdaRenault,noLar-godeSantaCristina,ecompe-so e medida. Mas o Fojo muito maisdoqueumpalcoporonde passam dezenas de bandas. O Fo-joocentrodeoutrasiniciati-vas que celebram a comunho e a partilha de amigos que fazem a associao Fora de Rebanho, res-ponsvelpelaprogramaodes-te espao. Um local que foi sendo Abram alas!A Fora de Rebanho est h trs anos com a organizao dos Jardins Efmeros atravs de uma programao pensada para este festival. Nesta edio, ganhou mais visibilidade e um espao que nico na cidadeFOJOpreparado,literalmente,como suor dos muitos voluntrios que transformaramumaantigaofci-naabandonadanumanovacen-tralidadeequequeremoferecer ao seu pblico.Entrepneus,azulejos,fos,vi-drosequatrogigantescaspare-des constri-se o palco que serve de mostra a exposies de pintura, defotografa,degrafti,apassa-gens de modelo, a demonstraes de skate, a histrias contadas por profssionais contadeiras.Pensmos numa programao que, tendo como linha de conti-nuidade as rubricas dos Jardins Efmeros,sematerializa-sena-quilo que representa tambm a ForadeRebanho,explicaAnt-nio Baptista. Enestecontextoque,por exemplo, h espao dedicado improvisao para os msicos quequiseremparticiparatra-vsdoprojetoRessonnciado coletivoJamEverywhereou entoaexperimentaodeLi-quidu OHT. Mas no nos limitamos ao que somosenquantoassociaopor-queonossopblicodiversif-cado,sublinhaopresidenteda ForadeRebanhoquetemcons-trudoasuaprogramaona AssociaoCulturaleRecrea-tivadeQuinteladeOrgens(Vi-seu),hojeoscompanheirosdes-ta associao. ParaosdiasnoFojo,huma programaofortssimaque comea logo com a presena da bandaBizarraLocomotiva.Pa-ra os prximos dias h muita pro-duo nacional para ouvir. Enohfestadepesosem apresenadosZPereirasque abrem o caminho at ao Fojo.Para os dias no FOJO, h uma programao fortssima que comea logo com a presena da banda Bizarra Locomotiva. Para os prximos dias h muita produo nacional para ouvir14 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015APraaD.Duartetransforma--senestaediodosJardinsEf-merosnumgrandejardimbar-roconoqualosvisitantesso convidadosapasseareades-frutar.Paraouvirtambmuma composio original de cinco ho-ras da autoria de Ramalho.s cores verdes e vermelhas, que fazemlembraraportugalidade, junta-se o negro das esttuas que ornamentam este passeio. a au-snciadaluz,umaironia,quan-do o tema desta edio dos Jardins Efmeros a Luz na cidade.tambmumanovidaderela-tivamentesediesanteriores destefestivalquesepautavam pelos jardins babilnicos e fontes de gua. Esteano,oconviteparausu-fruir a Praa D. Duarte e o Adro daSondevaifcaropalco principaldeumaformadife-rente a que os visitantes estavam habituados. Temosdeolharsempreparaa cidadecomoumapautabranca e no repetir solues, sublinha SandraOliveira,autoradaideia que foi trabalhada pelos arquite-tos lvaro Pereira e Raquel Frias. A tambm organizadora do fes-tival explica ainda que como no ano passado milhares de pessoas concentraram-senapraapara verosconcertosetornou-sepe-queno o local, houve a necessida-de de reformular espaos e criar oportunidades para fazer outra deambulao nas praas. Estejardimtembancoscons-trudosemferroforjadoecom azulejos dos anos 70, tem o verde, temamsicarecolhidapeloRa-malho em vrios locais para uma experimentaosensorial.o espaoderelaxeemcontrapon-to vibrao toda de outros anos. umjardimquetambmum mistrio e que as pessoas podem descobrir, sublinha a criadora. ParaSandraOliveira,ojardim barroco mais um exemplo, se-melhana do palco no adro da S e do projeto no Largo Pintor Gata, de como no preciso ter arqui-teturapesadaparamudarcom-portamentos e relaes com o es-pao pblico.Com estas peas de arquitetura efmera, as pessoas usam e vivem o espao pblico de outra forma a que esto habituadas, refere.Deambular pela Praa D. Duarte ... com vestido de cauda e sombrinhaO convite para passear pelo jardim barroco que este ano substitui os jardins babilnicos de edies anteriores dos Jardins EfmerosJARDIMNo preciso ter arquitetura pesada para mudar comportamentos e relaes com o espao pblicoSandra Oliveira15 Jornal dos Jardins Jornal do Centro|3 - 12 julho 2015OPINIOA Fundao INATEL nasceu em 1935 e comemora os seus 80 anos.So oito dcadas a valorizar o tempo livre para todos.VICTOR ESTEVESINATEL Viseu Jardins Efmeros 2015 / INATELPedro Tudela est pela terceira vezedeummodoimplicadoe apaixonadonosJardinsEfme-ros.dasuaautoriaapeaLar--Circu-Larondealgunsdoscon-certosvoacontecer.Maseste umpalco,noopalco.No ondeacontecemascoisasno-bres,umapeaquetemcor-po, mas no se impe, uma pea queapontacaminhoseconvi-daaspessoasacircularemnu-magrandesaladevisitasque o Adro da S. uma instalao querecebee,normalmente, nassalasdeestarqueserecebe, e esta pea recebe atos criativos. Sempre olhei para esta praa co-mo uma espcie de sala de visita, descreve o criador.Lar-Circu-Laraproveitaeapro-pria-sedetudooquejestno Adro. Dos desenhos no solo, do pe-lourinho, do confronto entre a S e a Igreja da Misericrdia e at da es-cadariadestaigrejaque,deuma formanatural,surgecomosefos-se a plateia ou a boca de cena. Mas, a instalao est colocada por for-ma a haver um rebatimento de to-dosestesconfrontos.Nareali-dade,aplataformaqueservede palcoequeestsuspensapermi-teumavisibilidadeatodaavolta e isso uma coisa que desde o in-cio foi por mim pensada. Ela nega oladomaisconcntricodacons-truo da prpria praa. O pelouri-nho, por exemplo, no est no cen-tro, descreve Pedro Tudela.Para o artista, natural de Viseu, a instalao no uma apropriao do espao, antes uma interveno que conta com o que j existe e que acaba por se relacionar e comple-mentar. A partir daqui h, espe-roeu,umdilogomuitofranco com o espao tal e qual como ele ,observa.Atmesmoonome dado pea refete os diferentes ti-pos de leitura em relao ao objeto. Aprpriasonoridadedapalavra Circu e a subjetividade do lar em receber. Gosto de ttulos que con-tam sempre com as diversos sen-tidos que as palavras podem ter, confessa Pedro Tudela.Este no o palco,o palco a cidadeLar-Circu-Lar recebe, serve de palco a atos criativos e convida as pessoas a circularem. Pedro Tudela usa o Adro da S como sala de visitaPALCO PRINCIPALNa realidade, a plataforma que serve de palco e que est suspensa permite uma visibilidade a toda a volta e isso uma coisa que desde o incio foi por mim pensada. Ela nega o lado mais concntrico da construo da prpria praa. O pelourinho, por exemplo, no est no centroPedro TudelaA Fundao INATEL tem como fnsprincipaisapromoodas melhorescondiesparaaocu-pao dos tempos livres e de lazer dos trabalhadores, no activo e re-formados, desenvolvendo e valo-rizando o turismo e o turismo so-cial,acriaoefruiocultural, actividadefsicaedesportiva,a incluso e a solidariedade social.ApoiamososJardinsEfme-ros2015emparceriacomaFo-ra do Rebanho, nosso associado colectivo.A valorizao ambiental, as cul-turas tradicionais e as novas cul-turasurbanassoriquezadeto-dos e para todos.AFundaoINATELparticipa assimnestecriativoecooperati-vo evento da cidade de Viseu e da regio.VamosaosJardinsEfmeros 2015.16 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015Ascomposiessonorasmais parecemflmesdeterrordos anos 60. Assim soam alguns dos trabalhosdabemdispostadu-plainglesaHowlroundoupelo menos o que os prprios dizem. Mas, em Viseu o que se pode ou-vir uma instalao sonora mais conceptualerelacionadacom ostioondenosltimosdiasos msicos estiveram a trabalhar: a Agncia Funerria D. Duarte.Robin the Fog e Cristopher Wea-ver passaram a ltima semana na cidadedeViseuarecolhersons. NaAgnciaFunerria,eduran-teosJardinsEfmeros,ovisitan-teconvidadoaouviracompo-sio elaborada para este espao emqueosprpriosfuncionrios intervm. J nos Claustros do Mu-seu Nacional Gro Vasco, o impro-visoeoimprevisvelvotomar conta da performance.Osmsicosrecorremavelhas mquinas de fta analgica para manipularemossonsquecap-tam. Tanto pode ser o ranger de uma porta, como uma conversa ou uma simples placa de vidro a bater no cho. Tudo serve de ma-tria prima para depois ser minu-ciosamentetrabalhadapeladu-pla.Minuciosamenteporqueo trabalho fnal a composio so-nora-resultasempredadelica-daoperaodecorteecolagem dos sons em ftas magnticas, as nicascomasquaisgostamde trabalhar. Estivemosarecolhersonsem bruto,depoisfzemosumape-quena edio no computador pa-ra encontrar aquele som especial, no computador porque realmen-te mais fcil j que temos cente-nas de horas gravadas para usar apenasdoisminutos.Depois passamos tudo para a fta anal-gica e ento comea a complica-daoperaocirrgicadecortar e colar a fta e na qual j estamos afcarrealmentebons,expli-cahumoristicamenteRobinthe Fog.esteotrabalhoqueadu-pla apresenta ao vivo no concerto do Museu. Vamos estar a cortar e a puxar fta, a montar sons e fa-zer com que tudo tenha um resul-tadomeldico.Nofazemosno computadorporqueseriadema-siado fcil, brincam.Basicamenteoquefazemos recolherossons,manipulamo--oscontrolandoavelocidadee aordemedepoisreproduzimo--los,muitofcil,portanto,subli-nham. Falando mais seriamente, estesdoismsicosexperimen-tais frisam que todos os sons po-dem ser msica. Desde um car-ro a passar at as pessoas a jantar, quandopercebermosasdiferen-tessonoridades,comeamosa produzirdiariamentepequenas composies, explicam.Sons bizarros dos quais at se pode gostarCada som um som diferente e como h uma innidade de sons h sempre material para trabalhar. Esta a mais valia que a dupla Howlround tem a seu favor, mas no essa a razo pela qual os dois ingleses obcecados por sons e tas analgicas criam as suas instalaes. Gostam do imprevisvel e da improvisao. Para ver e ouvir na Agncia Funerria D. Duarte e no Museu Nacional Gro VascoHOWLROUNDOPINIOEstaaVediodosJardins Efmeros.Estesdezdias,sero uma boa oportunidade para des-frutardeprogramasartsticose culturais de qualidade, mas no s. Os comerciantes tm aqui al-goquepodeedeveserdoseu interesse. Este evento, que tem na praa D. Duarte a sua sala de visitas, des-centraliza-separaasruasconti-guas Praa, como a Rua Direita, GUALTER MIRANDEZPresidente da Associao Comercial do Distrito de Viseu Jardins de oportunidadesa Rua D. Duarte, a Rua do Comr-cio, a Rua Augusto Hilrio, entre outras. Paraalmdoconvitequefoi lanadopelaorganizao,aAs-sociaoComercialdeViseu, lanaoreptoparaquetodosos comerciantesdestasedeoutras ruas,tenhamumaparticipao ativanosJardinsEfmeros,no sentidodecapitalizarmais-va-lias para o seu negcio. Umadasformasdeofazerem atravs da construo de mon-tras apelativas, alusivas ao tema dosjardins,queprovoqueme queincutamacuriosidadenos clientes. Outraforma,aprticadeho-rriosmaisalargados.Estando reunidas algumas condies que habitualmentenoseverifcam, comoocondicionamentodo trnsito, o reforo do policiamen-to ou um maior fuxo de pessoas, pensamosqueabriraslojasat as 22h00 (sem prejuzo de outros horriosquealgumqueirapra-ticar),almdeumaprticavan-tajosaparaonegcio,constitui igualmenteumaobrigaoque cadaempresriodeveassumir, participando nesta e noutras ini-ciativas de dinamizao coletiva. Tratando-se de um esforo adi-cionalquepedidoaoslojistas, necessrioqueelesejaenten-dido como um investimento em algoquepodevalerapena,um contributoprivadoeumdever. S este trabalho em rede permite que os objetivos de todos possam ser atingidos. Os Jardins esto de regresso, e preciso saber aproveit-los. Cristopher Weaver eRobintheFog, aduplainglesaqueadoramanipular sons18 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015NascidanoTennesseeeradica-daemSoFranciscomastendo em Berlim a sua cidade de inspira-o criativa, Holly Herndon retirou davibrantecenatechnodacapi-tal alem todo o sentido de urgn-cia de inovao que os seus discos captaram:Car,Movement,mas sobretudo o mais recente Platform, lanadojem2015pelainfluen-teeditora4AD,coroamHollyco-mo uma das figuras do momento da cena electrnica internacional, rendida ao som cerebral, hi-tech e futurista das suas composies.Platformumaconstantecon-versaentreosdoiselementos principais do mundo musical de Holly Herndon: o real e o virtual. Apartefsica,carnal,represen-tada na maioria das vezes pela voz de Holly, quer seja com cantos me-ldicos, gritos ou murmrios. Do outroladoestoosfantasmasdi-gitais, as mquinas: a sua msica tecnologicamente catica mas ao mesmotempoorgnicaehuma-na,comofcaprovadopelopro-cessamentodevriossonsacs-ticos do seu dia-a-dia, desde sons devidrosapartiremaosomdo digitarnoteclado.ParaHollyo SOMOs jardins futuristas de Holly HerndonA artista atua no Claustro da S de Viseu no sbado, dia 11, s 23 horascomputadorumaextensona-turaldocorpohumano.Neste seu complicado mundo sonoro, a sua vida digital um lugar de ex-pressoartsticaenoumlugar de fuga ou auto-negao.Chorus o primeiro grande mo-mento do disco que Holly ir apre-sentaremViseunoprximodia 11 de Julho. Construda a partir de sons captados enquanto Holly na-vegavanainternet,acanode-senrola-senumcaosdebeatse samplesesquizofrnicosquede-safiam as regras da percusso, cul-minandonumimaculadorefro sempalavras.JMorningSun acabaporserafaixamaisacess-vel e pop do disco, fazendo uso debatidasmaisconvencionaise dearpeggiosvocaislaDanDea-con.TambmHometematica-menteinspiradanosmtodosde vigilnciadosServiosSecretos norte-americanos,umdospon-tos altos de Platform: delineada em crescendo,efeitos sonoros digitais e acsticos vo-se acumulando at criarumaatmosferatensaehip-ntica que faz recordar a electrni-ca pulsante de Daniel Lopatin e os seus Oneohtrix Point Never.Paraalmdemusicalmentear-rojadaeambiciosa,amsicade HollyHerndontambmideolo-gicamente inovadora: por um lado, explora o que a californiana consi-dera ser uma relao de simbiose entre o que humano e o que di-gital. Por outro, incorpora nas suas msicas um carcter interventivo, fazendo-odeformaprovocadora e por vezes inquietante. Lonely At The Top o exemplo mais ilustra-tivo: num dilogo quase ertico en-tre uma humana e uma mquina, HollyHerndondesfocaaslinhas entreontimoeoinvasivo,ultra-passandooslimitesquehojeco-nhecemosentreainteracohu-mana e digital e eleva Platform ao estatuto de obra-de-arte.Texto de LusSobradoEscrito no antigo acordo ortogrcoUma das guras do momento da cena electrnica internacional, rendida ao som cerebral, hi-tech e futurista das suas composies19 Jornal dos Jardins Jornal do Centro|3 - 12 julho 2015MiguelJanurioestemViseu equerdeixarasuamarcaatra-vsdaquiloquemelhorsabefa-zer: intervir atravs da arte.We arenotaloan-Nsnosomos um emprstimo ou no estamos sozinhos(naformacomosel) umdosstatementsqueoartis-ta portugus deixa na fachada da antigagaragemRenault.Uma grandefrasecomletrasapre-todesenhadaatravsdostencil [pintura com recurso a moldes] e a 3D. Uma interveno principal que dar lugar a outras e que so para descobrir ao longo dos dias dos Jardins Efmeros. Oartistaurbano,queassina (Mais Menos), gosta de jogar com as palavras e com isso questionar a co-munidade. a partir desta permis-sa que Miguel Janurio usa o jogo de palavras para que as pessoas fa-am uma reflexo sobre os tempos que correm e aquilo que somos en-quanto cidados, como explicou.Com estesmeus trabalhos que-ro fazer passar a ideia de que no somosumnmero,somospes-soas,sublinhouainda.E,nos temposquecorrem,hmuita matria prima que serve de mo-tivo para intervir. Nas paredes es-t tambm a prpria refexo que o artista faz sobre o que o rodeia.MiguelJanurionasceuem 1981.LicenciadoemDesignde Comunicao pela Faculdade de Belas Artes do Porto, na rea da street art e do grafti que se tem destacado. (Mais Menos) a sua vertentemaisvisveleatravs destaidentidadequereivindica eintervmnapaisagemurbana. Os seus trabalhos pretendem dei-xar um caminho aberto para uma refexo sobre a evoluo social. Como o prprio tem referido, es-te projeto nasceu numa altura em que andava a questionar o meu papel no design e como designer numa sociedade de mercado em queessemesmodesignfuncio-na como uma maquilhagem num sistema de propagandas.Frases como in goods we trust (Nosbensmateriaisnsconfa-mos) , O Povo vencido jamais ser unido ou Until debt tear us apart (Atqueadvidanossepare)po-dem ser lidas em muitas paredes espalhadas pelas cidades do pas.Assuasintervenesvomais longeenodeixamdeserpol-micas,comoasquefezemGui-mares,nombitodaCapital Europeia da Cultura. O desfle Fu-neral de Portugal, escoltado pela GNR,umcortejoondenofalta-ram carpideiras e que tinha como elemento central um caixo com aformadePortugalouaperfor-mance Traio, onde a esttua de D. Afonso Henriques surgiu com uma faca nas costas.Artivista assumido, como se pode ler em todas as suas referncias, Miguel Janurio gosta de jogar com as palavras e com as imagens. Os seus gritos esto espalhados pela paisagem urbana. Em Viseu, o artista tambm deixa a sua marca (Mais Menos)WE ARE NOT A LOAN 20 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015Esteumciclo,sgundoapro-gramadoraIsabelNogueira,em queosflmesexibidosusama imagemcomorevelaoere-fexo da vida, mas tambm como problematizao,denncia,em especialemtemposdeinsegu-rana,oscilao,mudana,co-mo aqueles que vivemos. Do programa dedicado ao Cine-ma, h ainda uma mesa redonda e umavdeoinstalaoDismant-le de Rui Calada Bastos. Trata--sedeumapeaquemostratra-Entra-se no Logradouro da Boa Morte,atravessa-seoantigoOr-feo e sai-se para a Rua Direita. Pe-lo meio visita-se aquela que pode-r vir a tornar-se numa espcie de Casa dos Pesadelos. a casa Re-fexusdoencenadorJorgeFra-gaquevaibuscaraoscineastas comoRomanPolanskiouDavid Lynch aquilo que so as suas me-mrias cinematogrfcas.MasdentrodaCasanoum flme o que est a acontecer, nem estaperformanceumahome-nagemaocinema.Humadi-visocomteatromaistextual, outramaispoticaedepoisa grandesalaondeoencenadore maisde30viseensesbrincam com a memria do Orfeo. co-moseaspessoasaindaaquies-tivessempresentesemsilncio, desvendaJorgeFraga.Avisita termina com um baile que bem pode ser uma imagem tirada de um flme de Kubrick.ComoesteanootemadosJar-dins a luz, optei por criar coisas demudanaequerefetissemo que vamos sendo e o que vamos fazendo partindo das memrias. A isto, explicou, juntou-se o cine-ma porque foi a arte que no scu-lo XX nos veio dar a luz das coi-sas, que surgiu como uma fonte de conhecimento. O resultado fnal acaba por ser uma pequena homenagem ao ci-nema, mas com cenas manei-ra do encenador. A imagtica cinematogrca nos Jardins O Cinema, o Orfeo,a Luz, as Memriase o Conhecimento maneira de Jorge Fraga O ciclo de cinema Imagem: Paradigma de Transparncia e Opacidade prope (re)ver os lmes Blow-Up (1966) de Michelangelo Antonioni, Blue (1993) de Derek Jarman, Caf e Cigarros (2004) de Jim Jarmusch, La jete (1962) de Chris Marker, N:O:T:H:I:N:G (1968) de Paul Sharits e Dont Come Knocking (2005) de Wim WendersUma passagem pelo antigo Orfeo pode ser uma descoberta de memrias presas em paredes e expressas no silncio de quem vagueia pelas salasCINEMATEATRObalhadores das obras a desmontar umandaime.Oquenosmos-trado, na verdade, o depois de al-go ser edifcado, isto , o que se su-cedeuaoprprioacontecimento ou objeto, explica o autor.Ocinemaeaarquiteturatam-bmandamladoaladoneste festival. O programa NARV DOC consisteemdocumentriosva-riadossobreArquitetura,com especial enfoque para o tema da luz.voltadotemadaArqui-teturaparatodos,oNARVela-borouumprogramadeexposi-es,conferncias,instalaes e documentrios que se iro de-senvolvernoLogradouroeno interior do antigo edifcio do Or-feo, propiciando vivncias nes-tesespaos.OprogramaMesa Redondaprope,segundoaor-ganizaodoevento, umacon-versaabertasobreestaideia (Imagem:paradigmadetrans-parnciaeopacidade),tendo comoconvidados AntnioPe-droPita,RuiCaladaBastose SusanaMendesSilva,commo-derao de Isabel Nogueira.Optei por criar coisas de mudana e que reetissem o que vamos sendo e o que vamos fazendo, partindo das memriasJorge FragaLa jete de Chris MarkerReunio de trabalho no espao do antigo Orfeo22 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015programaArtes VisuaisMUSEU NACIONAL GRO VASCO11 JULHO > 18H00 > VISITA GUIADA EXPOSIO*moderno & medieval camuadoComissrio | Miguel von Hafe Prez Artistas | lvaro Lapa, ngelo de Sousa, Antnio Areal, Avelino S, Bruno Pacheco, Daniel Barroca, Eduardo Batarda, Fernando Brito, Fernando Jos Pereira, Gil Heitor Costeso, Helena Almeida, Jorge Pinheiro, Jorge Queiroz, Mrio Cesariny, Miguel Leal, Pedro Cabrita Reis, Susanne Themlitz e a participao especial de Eduardo Souto de MouraEXPOSIOMUSEU DA MISERICRDIA (ADRO DA S DE VISEU)memo.graphicoPaula Magalhes e Nicolau TudelaEXPOSIORUA D. DUARTE, 51SEXTA E SBADO 11H00 > 00H00RESTANTES DIAS 15H00 > 00H00 Memento MoriLiliana Velho, Maria de Betnia, Ricardo Correia EXPOSIORUA ESCURA, N 4SEGUNDA A QUINTA 16H00 > 00H00SEXTA A DOMINGO 14H30 > 00H00Casa de PartidaCriao colectiva | Alunos da ESEVCoordenao|Paula RodriguesEXPOSIONoApaguemAsLuzes, S.f.f. !!! (Aforismos Luminosos)YWK (Yndo Wamos K)INSTALAOE[Scape]S #1Jos Cruzio /Colectivo de FotgrafosINSTALAORUA GRO VASCO16H00 >23H00PHARMACIA COFFEE BAR AND STORE, RUA DIREITA, 24722H00 > 00H00 8 e Metade, Tropeando com Fellini Eduardo RosasINSTALAO FOTOGRFICASEDE DOS JARDINS EFMEROSRUA DO COMRCIO, 118Refraces Guilherme Pina e Carolina RodriguesINSTALAOFUNERRIA D. DUARTESEGUNDA A QUINTA: 10H00 > 19H00SEXTAS E SBADOS: 21H00 > 23H30Ive Got The PowerJos LoureiroINSTALAO23 Jornal dos Jardins Jornal do Centro|3 - 12 julho 2015ADRO DA S DE VISEULar-circu-larPedro TudelaINSTALAOANTIGA GARAGEM RENAULT (LARGO SANTA CRISTINA)We are not a loan maismenos INSTALAOMUSEU NACIONAL GRO VASCOIn the light of movement Anita AckermannSOM|Lucrecia DaltINSTALAOSEDE DOS JARDINS EFMEROSRUA DO COMRCIO, 118Dismantle Rui Calada BastosCuradoria | Isabel Nogueira(Ver Cinema)VDEOINSTALAOMERCADO 2 DE MAIO (PISO INFERIOR)B viage* Beatriz RodriguesINSTALAORUA DIREITA E RUAS ENVOLVENTES DO CENTRO HISTRICO DE VISEUOkuparAtelier CentropontoarteINSTALAOMERCADO 2 DE MAIO (PISO SUPERIOR)Mute-AntesJos Almeida e Alexandre FerreiraINSTALAOSEDE JARDINS EFMEROSRUA DO COMRCIO, 118Incluses#2Lusa SoaresINSTALAOADRO DRM, RUA DIREITACasa BeirCriao colectivaINSTALAOJARDIM SUPERIOR DA CASA DO MIRADOURO CamaradilharCriao colectiva | Alunos do 12E da Escola Secundria de Viriato)Coordenao | Paula SoaresINSTALAO24 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015SomIGREJA DA MISERICRDIA19H00Jonathan Saldanha (PT)4 JULHO | SBADO | CONCERTOADRO DA S DE VISEU23H00Gala Drop (PT)4 JULHO | SBADO| CONCERTOCATEDRAL DE VISEU22H00Lubomyr Melnyk (UKR)4 JULHO | SBADO | CONCERTOMUSEU NACIONAL GRO VASCO01H00DJ Maboku, Puto Anderson & DJ NinOo4 JULHO | SBADO | DJ SETMUSEU NACIONAL GRO VASCO (CLAUSTRO MAIOR)00H00Quiltland (SE)4 JULHO | SBADO | CONCERTOFUNERRIA D. DUARTE, PRAA D. DUARTE, 26HORRIO DE FUNCIONAMENTO Howlround (UK)3 > 12 JULHO| INSTALAO SONORAFUNICULARHORRIO DE FUNCIONAMENTO Msica Eterna (PT)Andr Gonalves3 > 12 JULHO | INSTALAO SONORAJardim Errante Soa A..3 > 12 JULHO | CONCERTOSPratos Da Casa 3 > 12 JULHOAtelier do RossioINSTALAO JARDIM ERRANTE (RUA DO COMRCIO/RUA CHO DE MESTRE)3 E 12 JULHO > 19H00RESTANTES DIAS > 18H003 E 10 JULHO CSAR ZEMBLA4 JULHOSONIDO TUPINAMBA5 JULHOFRIDALILVGREN6 JULHODANIEL PERALTA E NUNO 7 E 9 JULHORAMALHO 8 JULHOAFONSO MACEDO11 JULHOPEDRO AZEVEDO 12 JULHOMAFALDA PAISLARGO PINTOR GATA 17H30 > 23H3021H00LIQIDU OHT+ UMANO23H00AMATERAZU00H00REMEMBER & SHUFFLELARGO SANTA CRISTINA (ANTIGA GARAGEM RENAULT)9 JULHO | QUINTA | CONCERTOS + DJ SETADRO DA S DE VISEU 23H00T Trips (PT)10 JULHO | SEXTA | CONCERTOCATEDRAL DE VISEU 22H15Cidade Museu (UK | PT) 10 JULHO | SEXTA | CONCERTOPedro Rebelo, Ricardo Jacinto, Franziska Schroeder, Andr CepedaPedro Tudela10 JULHO | SEXTA | DJ SETPuce Mary (DK)10 JULHO | SEXTA| CONCERTOMUSEU NACIONAL GRO VASCO (CLAUSTRO MAIOR)01H00MUSEU NACIONAL GRO VASCO (CLAUSTRO MAIOR)00H0025 Jornal dos Jardins Jornal do Centro|3 - 12 julho 2015MUSEU NACIONAL GRO VASCO (CLAUSTRO MAIOR) 17H30HOMO / Hysterical OneManOrchestra (PT)5 JULHO | DOMINGO | CONCERTO LARGO SANTA CRISTINA (ANTIGA GARAGEM RENAULT)4 JULHO | SBADO | CONCERTOS + DJ SETLARGO SANTA CRISTINA (ANTIGA GARAGEM RENAULT)5 JULHO | DOMINGO | CONCERTO + DJ SETMUSEU NACIONAL GRO VASCO5 JULHO > 18H30 (CONCERTO A SOLO)10 JULHO > 19H00 (CONCERTO COM A ARTISTA E COM OS PARTICIPANTES NA OFICINA DIORAMA SONORO )Eli Gras (ES)5 JULHO | DOMINGO | CONCERTO21H0013 CHANNELS MARCO ALEXANDRE (CONCERTO/INSTALAO)01H00BIZARRA LOCOMOTIVA02H30OPHELIASGHOST21H00THE DIXIE BOYS23H00OLD SKULLADRO DA S DE VISEU 22H00TOCHAPESTANA (PT)9 JULHO | QUINTA | CONCERTOADRO DA S DE VISEU22H00Hhy & The Macumbas (PT) 3 JULHO | SEXTA | CONCERTOMUSEU NACIONAL GRO VASCO (CLAUSTRO MAIOR) 23H00Howlround (UK)3 JULHO | SEXTA | CONCERTOADRO DA S DE VISEU00H00Pye Corner & Not Waving (UK)3 JULHO | SEXTA | CONCERTOMUSEU NACIONAL GRO VASCO01H00Sonido Tupinamba (ARG) 3 JULHO | SEXTA | DJ SETJulia GonzalezLARGO SANTA CRISTINA (ANTIGA GARAGEM RENAULT)3 JULHO | SEXTA | CONCERTOS + DJ SET20H30ARRUADA PARA O FOJO!21H00THE GREYHOUND JAMES BAND01H00DIRTYCOAL TRAIN02H00DR SPEEDCaterina Barbieri (IT) 11 JULHO | SBADO | CONCERTO 10 JULHO | SEXTA | CONCERTOS + DJ SETHolly Herndon (EUA)11 JULHO | SBADO | CONCERTOTrans-Aeolian Transmission11 JULHO | SBADO | CONCERTO 11 JULHO | SBADO | CONCERTOS E DJ SET21H00RESSONNCIA,JAM EVERYWHERE00H00ASTRODOME01H00THE QUARTETOF WOAH!02H30PETAUROMUSEU NACIONAL GRO VASCO (CLAUSTRO MAIOR)19H00LARGO SANTA CRISTINA (ANTIGA GARAGEM RENAULT)CLAUSTRO DA S DE VISEU23H00ADRO DA S DE VISEU22H0016H00RESSONNCIA,JAM EVERYWHERE00H00BIG RED PANDA01H00LOWTORQUE02H30BERZERKERLARGO SANTA CRISTINA (ANTIGA GARAGEM RENAULT)26 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015ArquiteturaLARGO PINTOR GATAMECENAS JORNAL DO CENTROFora da Caixa FAVA | Andr Alves, Ricardo Afonso INSTALAOPRAA D. DUARTEA Contemporaneidade do Jardim BarrocoIdeia Original | Sandra OliveiraINSTALAO4 JULHO10H00 > 13H00OFICINAVamos criar o nosso jardim4 JULHO14H30 > 18H3011 JULHO11H00 > 13H00 E 15H00 > 18H00CONFERNCIASReabilitao, Identidade e TurismoA Luz da cidadeCeclia Moreno (Prmios IHRU)Ins Pimentel (Prmios IHRU)Miguel Figueira (Prmios IHRU)Tiago do Vale (Prmios IHRU)Mesa redonda com Joo Carlos Santos (DGPC)Anita Ackermann Alexandre NetoDaniel WormMaria Joo Pinto-CoelhoMrio CaeiroMOOV - Miguel FaroMesa redonda com Jos Moura (FCT-UNL)EXPOSIESOutro PrismaArquitetura e Apropriao5 > 10 JULHO18H30 E 21H30NARV DOCCiclo de Documentrios sobre Arquitetura / luzINSTALAOSupercie AnimadAnimated SurfaceLOGRADOURO DO ANTIGO ORFEO (LARGO S. TEOTNIO)3 > 12 JULHO 2 A 5 | 16H00 > 00H006 A DOM | 11H00 > 00H00Logradouro da Boa MorteNARV - Ncleo de Arquitectos da Regio de ViseuEXPOSIES, CONFERNCIAS E DOCUMENTRIOSJUNTO AO LARGO ANTNIO JOS PEREIRA / JARDIM DA CASA DO MIRADOUROMud Nuno Vasconcelos, Joana Marques e Coletivo L2P1INSTALAOPRAA DA REPBLICA (ROSSIO)Perspectivas de LuzArtspaziosINSTALAORUA DO COMRCIO / RUA CHO DE MESTREJardim ErranteAtelier do RossioINSTALAOMercadosRUA D. DUARTE, 53 SEXTA E SBADO > 11H0000H00RESTANTES DIAS > 15H0000H00RUA DO COMRCIO, 84SEXTA E SBADO > 11H0000H00 RESTANTES DIAS > 15H0000H00 Mercado de Letras e SonsH Piranha no JardimEdies de Serralves | Inc. Edies de Autor | Matria Prima | Ler Devagar | Organic Anagram IndustriesPiranha Tatoo STUDIOS & SUPPLIESLARGO PINTOR GATA | FORA DA CAIXAPERODO I 4, 5 , 11 E 12 DE JULHO | 10H 30 > 13H30 REABERTURA S 17H30 > 23H30PERODO II 3, 6 > 10 JULHO | 17H30 > 23H00 MERCADO 2 DE MAIOPERODO I3 DE JULHO | 17H30 > 23H00 4 E 5 DE JULHO | 10H 30 > 13H30 REABERTURA S 17H30 > 23H30 PERODO II 10 DE JULHO | 17H30 > 23H3011 E 12 DE JULHO | 10H 30 > 13H30 REABERTURA S 17H30 > 23H30Mercado de proximidadeNovos, Usados e Transformados Produtos Biolgicos, Regionais, ArtesanaisNick Taylor e colaboradores da ESAD-crKengo KumaArquitetura e NaturezaNAAV OA-SRN27 Jornal dos Jardins Jornal do Centro|3 - 12 julho 2015CinemaBlow-UpMichelangelo Antonioni, 1966, 110La jeteChris Marker, 1962, 28 Mesa RedondaBlueDerek Jarman, 1993, 79N:O:T:H:I:N:GPaul Sharits, 1968, 36 Coee and CigaretesJim Jarmusch, 2004, 95Dont Come KnockingWim Wenders, 2005, 122Imagem: Paradigma de Transparncia e OpacidadeCuradoria | Isabel NogueiraPROGRAMA FLMICO + CONVERSA(Ver Artes Visuais > Instalaes)Dismantle Rui Calada BastosSEDE DOS JARDINS EFMEROSRUA DO COMRCIO, 118 VDEOINSTALAOLOGRADOURO DO ORFEO NO LARGO S.TEOTNIO5 > 10 JULHO, 18H30 E 21H30NARV DocCuradoria | NARV - Ncleo de Arquitectos da Regio de ViseuDOCUMENTRIOS DE ARQUITETURALOGRADOURO DO ANTIGO ORFEO (LARGO S. TEOTNIO)5 JULHO17H00Antnio Pedro PitaRui Calada BastosSusana Mendes SilvaJoo SilvrioModerao porIsabel NogueiraPRAA. D. DUARTE 5 JULHO | 22H00PRAA. D. DUARTE 6 JULHO | 22H00 PRAA. D. DUARTE 7 JULHO | 22H00 PRAA. D. DUARTE 8 JULHO | 22H00PRAA. D. DUARTE 8 JULHO | 22H00PRAA. D. DUARTE 12 JULHO | 22H0028 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015PlisRUA DO COMRCIO, 9410H00 > 00H00Casa do SonhoPLISLOGRADOURO DA BOA MORTE(ORFEO) 9 JULHO > 21H30 | REUNIO DAS EQUIPAS DE TRABALHO10 JULHO > 18H00 | A LUZ DAS FAMLIAS (LOGRADOURO DA BOA MORTE, LARGO DE S. TEOTNIO) 11 JULHO > 11H30 | A LUZ DO COMRCIO > 15H00 | A LUZ DAS CASAS, 16H30 | A LUZ DAS RUAS, 18H00A Luz das Ideias9 > 11 DE JULHO | PLISJoo SeixasAVENIDA ALBERTO SAMPAIO 4 JULHO > A PARTIR DAS 15H00 > CONCERTO E DJ SET11 JULHO > DESFILE DE MODA, CONCERTOS E DJ SET RESTANTES DIAS: HORRIO DE FUNCIONAMENTO ALARGADO AT S 22H00H Jardim na Alberto Sampaio PLISIlumine!Cristina BaccariORIGAMI AVANADOMercados de proximidadeVtor Martinho | Escola Superior Agrria de Viseu (ESAV)ESAVProduo de CogumelosRui Coutinho | Escola Superior Agrria de Viseu (ESAV)ESAVComo se imprime?Joo Carlos | Foto BatalhaLABORATRIO MANUAL DE FOTOGRAFIA Fotografar em digitalJoo Carlos | Foto BatalhaFOTOGRAFAR NO TERRENOYoga nos jardinsCludia Cesrio | Atelier Cc Hatha YogaYOGABiodanza Ana Maria Silva E Rui Lopes | Centro KailasSADE E BEMESTARMeditaes activas de oshoEmlia Sarmento | Centro KailasMEDITAO ACTIVAMeridianos no jardim Paulo Frana | Centro KailasTUI NMEDICINA TRADICIONAL CHINESA Flor de luzCristina Baccari ORIGAMI INICIAOVamos criar o nosso JardimAna Carina Esteves e Gabriel SilvaNARV roda do mundo Ctia Cardoso, Diana Lopes, Margarida Lua e Rafael Gomes | Viseu a DanarDANAMiss Vite nos JardinsJoana AlvesCOZINHA SAUDVELIniciar na fotograaJoo Carlos | Foto BatalhaNOES BSICAS DE FOTOGRAFIA IlusionismoJos Pereira OFICINA DE IMAGINAOChi kung no jardimMarco Vieira e Bruno VarelaSADE E BEMESTARTai-chi-chuan no jardimMarco Vieira e Bruno VarelaSADE E BEMESTARA arte no um crimeLiliana RodriguesCONVERSAOcinas Informao detalhada no programa JE15Diretor A. Figueiredo, C.P. n. 2153 - [email protected] Redao ([email protected]) / Textos SandraRodrigues - [email protected] Fotograa MicaelaCosta- [email protected] Comercial ([email protected]) / Lus Duarte [email protected] T. 967 475 664 / DanielaCardoso ([email protected]) T. 969 331 055 // Departamento Grco ([email protected]) / ProjetoGrco DPXDesign /Paginao TniaFerreira/ NunoRodrigues Impresso Coraze - Oliveira de Azemis T. 910252676 / 910253116 / [email protected] Distribuio Vasp Tiragem10.000 ex. / edio Sede e Redao Av. AlbertoSampaio, 132 - 2,3510-028 Viseu Contatos T. 232431 311 / 969331 031 / [email protected] Propriedade LegendaTransparente, Lda. / Contribuinte N 510 803 636 / Capital Social 10.000 / Depsito Legal N 44 731 - 91 / Ttulo registado na ERCsob o n 124 008 Gerncia Joo Rebelo Cota / Joo Paulo Rebelo / Francisco Rebelo dos Santos www.jornaldocentro.ptFICHA TCNICA29 Jornal dos Jardins Jornal do Centro|3 - 12 julho 2015Teatro & DanaPASSEIO DOS CNEGOS E JARDIM BARROCO AO LADO DA MURALHA (PRAA. D. DUARTE) Performance Potica4 > 11 JULHO| TEATRODaniel Macedo PintoLARGO S. TEOTNIO5 JULHO > 21H30Espectculo de Ilusionismo5 JULHO | DOMINGO | TEATROJos PereiraANTIGO EDIFCIO DO ORFEO, RUA DIREITA 7 > 9 JULHO > 22H30ReexUS7 > 9 JULHO| TEATROJorge FragaLARGO S. TEOTNIO10 JULHO S 21H30; 9 JULHO S 21H30 (SESSO DE PREPARAO)Baile do Mundo10 JULHO | SEXTA | DANACtia Cardoso e Rafael Gomes | Viseu a DanarPORTUGAL / IVA Includo35Cupo de Assinaturasno valor de 35 euros, ordem de Legenda Tranparente, LDA.ASSINATURA35 / ANO32 Jornal dos Jardins |Jornal do Centro 3 - 12 julho 2015Nmeros a reter230 3000 400 6000Toneladas de plantas usadas no festivalVagas para 61 ocinas Caixas de fruta para o projeto Fora da CaixaValor angariado pelo crowdfunding MapaGSEducationalVersion10 15367812411291RUA DO COMRCIO2ROSSIO3RUAD. DUARTE4RUA ESCURA5MERCADO 2 DE MAIO 6ADRO DA S 7LARGO DE S. TEOTNIO8PRAA. D. DUARTE9SANTA CRISTINA10 RUA DIREITA11JARDINS CASA DO MIRADOURO12LARGO PINTOR GATAOPINIOVivemos(n)umtempomarca-dopeloapagardeiluminismos tantasvezesreactualizadosque aolongodequasetrss cu-los permitiram, apesar de mui-tosefeitosperversosnocami-nho,transforma escriadoras de progresso, justi a e bem-estar.Dessalanterna,commuitos modelosmasdamesmapaten-te,esgota-seagoraaenergiaea capacidadederenova o.Ma-nifestooabalo( svezes,aru -na)dosseusalicerces;ineg vel JO O LU S OLIVAA LUZ DA CIDADEaultrapassagemdeteses,pro-gramas,inten esediscur-sosmaisoumenosestereotipa-dospelarealidade,elapr pria.O tempo e o modo...Mas tambm agora que se pro-p e como tema destes Jardins de 2015 A Luz da Cidade. N o a Luz redentora,deverdadetotaleab-soluta, mas a Luz que se refecte nos momentos, breves ou longos, das realiza es que se prop em. E,secertoqueesserefexopo-desermais bvionoprograma de manifesta es de artes visuais, nasuatradu oemdesenho, pintura,fotografa,nosdebates sobreArquiteturaeurbanismo, elen odeixadeestarpresente melhor: no se dispensa na luminosidadequesepretendeu imprimirnaprodu odoelen-co de ofertas que, durante 10 dias, podeserfru dopelosviseenses; isto ,porquemcnasceu,por quemcef meraoulongamen-te vive, por quem visita a cidade.Sempre a cidade...Nuncaesquecendoque,sim-b licaecientifcamente,acla-ra cor da luz o branco re-sultadoluminosodajun o todasasoutrascores:diver-sas, diferentes, mesti as, plurais. habitual terminarem estes edi-toriais com uma cita o po tica aprop sito.Masisson osefa-r este ano. Desta vez, propomos encontrarapoesianapr pria luzdacidade,natranspar n-ciadoseuquotidiano.Sempre ajardinaroprazerdosencon-tros,ogozodaspr ticasart s-ticas,olivredebatedasideias.Afnal ... o exerccio da cidadania. FotoEduardoFerroTEMPO3 SEX27 /137 TER32 /17 5 DOM31 / 15 9 QUI30 /16 11 SB29 /20 4 SB29 / 148 QUA33 / 16 6 SEG33 /17 10 SEX34 /2112 DOM29 /20