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ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ • rua Henrique gorceix, 80 • padre Eustáquio • BH/Mg • 30720-360 Ano IX Nº 22 Abril de 2012 JOrNAL Família de Caná “Fazei o que Ele vos mandar” Têm surgido, em nosso tempo, “co- munidades novas”, que agrupam pes- soas com o compromisso de consagrar a vida a um ideal de crescimento pessoal e de serviço à Igreja e unidas por laços de profunda fraternidade e objetivos bem definidos. Elas consagram-se a Deus pondo-se a serviço dos irmãos, na evan- gelização e em obras de assistência. Não se obrigam necessariamente ao celibato nem à vida em comum, nem renunciam aos bens materiais. O que pretendemos Estamos lançando a semente de uma Comunidade Nova, de pessoas que quei- ram comprometer-se com o nosso traba- lho em favor da família, a evangelização e o serviço aos irmãos necessitados. A Comunidade se anima pelo es- pírito e o carisma da Congregação dos Sagrados Corações - da qual espera re- ceber assistência espiritual e estímulos - no exercício da adoração, da miseri- córdia e do anúncio do amor de Deus re- velado no Coração de Jesus. Isso signifi- ca amar a Deus e ao próximo “não só de palavras, mas com ações e de verdade” (1 Jo 3, 18). Dessa semente vai nascer uma orga- nização com estatuto e regras que a vida diária e a experiência irão sugerindo. Colocamos tudo na mão de Deus. Va- mos começar pela Consagração da nossa família ao Coração de Jesus, pelo gesto da Entronização. Vamos programar um tempo de adoração, diante do Santíssi- mo Sacramento, ou à noite em nosso lar. Vamos escutar os apelos de Deus, len- do e orando o Evangelho, pedindo luz e força para tomar uma decisão corajosa e generosa. A escolha do nome No Evangelho encontramos um sa- maritano e uma samaritana, que nos dão ensinamentos importantes para a vida cristã. A samaritana era a mulher a que Je- sus encontrou pediu água à beira do poço de Jacó. Depois de um longo diálogo, prometeu dar-lhe a água da vida que mata todas as sedes e que “se tornará, na- quele que dela beber, uma fonte que jorra para a vida eterna”. E quando ela faz per- guntas sobre o lugar onde adorar a Deus, Jesus dá a entender que se pode adorar a Deus em todo o tempo e lugar, mas é preciso “adorar em espírito e verdade”, pois estes são “os adoradores que o Pai procura”. Esta mulher “deixou a sua bi- lha e foi à cidade anunciar o nome de Je- sus ao seu povo”, tornando-se a primeira evangelizadora do povo samaritano (Ver Jo 4,7-30). O samaritano é personagem da pa- rábola em que Jesus responde “quem é o meu próximo”. O próximo é a pessoa que encontro no meu caminho precisan- do da minha ajuda. Devo aproximar-me e cuidar dela, não hesitando em gastar com ela o meu tempo e o meu dinheiro (Lc 10,25-37). Os dois inspiram o nome a dar à nos- sa comunidade - COMUNIDADE SA- MARITANA - com o objetivo de nos tornarmos, cada um de nós, “o adorador que o Pai procura” e “o próximo capaz de dar de si para ajudar o irmão”. Há um outro samaritano que, entre dez leprosos curados por Jesus, foi o úni- co a voltar para agradecer. Ser agrade- cido e voltar para agradecer é mais uma lição importante que nos é dada por um samaritano. Padre Osvaldo Gonçalves SSCC Exemplo a seguir CANÁ rOMpENDO FrONtEIrAS Está nascendo mais um Grupo de Apoio às famílias de dependentes de álcool e ou- tras drogas, vinculado à Família de Caná. A iniciativa foi de um dos serventes do Caná, membro atuante da Pastoral Familiar na Pa- róquia de São Sebastião de Juatuba – MG, com apoio do pároco Padre Adair, o vigário Padre Adão e toda a Pastoral Familiar, e a participação de voluntários, já com experi- ência no segmento. Haverá, em breve, treinamento para quem deseje prestar serviço voluntário no Grupo, ministrado por profissionais atuan- tes no Caná e alguns voluntários residentes na cidade e região. É Deus fazendo um apelo: Venham sal- var as famílias do “inferno das drogas”. Contatos na Paróquia (31) 3535-8578 pOr ONDE ANDA? Encontramos a Eneida com muito vigor e alegria de viver. Por uma feliz coincidência, estivemos na sua casa no dia em que completava 82 anos. Cheia de vida, parece que o tempo parou para ela. É mãe de cinco filhos, sendo três homens e duas mulheres, avó de treze ne- tos (oito mulheres e cinco homens) e bi- savó de cinco bisnetos (quatro meninas e um menino), com mais um a caminho. Quando se casou com o saudoso Al- berto, foi morar em Lagoa Santa. Ele era mecânico da Aeronáutica. Eles fizeram o quarto Encontro de Revisão Matrimo- nial, em 1975. Este Encontro foi um dos que mais frutos rendeu para o Caná, ge- rando uma equipe de serventes que pres- tou seu trabalho de apostolado por lon- gos anos, com muita dedicação. Eneida e Alberto, por exemplo, começaram a trabalhar já no encontro seguinte. Alberto morreu aos 62 anos, em conseqüência de doença de Chagas; para Eneida, ele morreu foi de emoção, durante a festa de Santo Antônio, em La- goinha de Fora, lugarejo situado no município de Lagoa Santa. O casal foi festeiro desse evento religioso durante muitos anos. Após a morte de Alberto, Eneida ain- da trabalhou na cozinha dos encontros, cantou nos Seresteiros e freqüentou o Bazar das Senhoras. Hoje, dedicada em tempo integral aos filhos, netos e bisne- tos, ela se encontra afastada do Caná, mas só fisicamente, porque em seu cora- ção o Caná permanece para sempre. Danilo dos Santos Pereira Eneida proença Otechar Certa vez, perguntaram a Madre Teresa de Calcutá: “Que devemos fazer para promover a paz no mundo?” Sua resposta foi: “Vá para casa e ame a sua família!...” recado do padre Osvaldo EStOU LANÇANDO UMA SEMENtE. vAMOS CULtIvÁ-LA JUNtOS? Para pensar...

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ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ • rua Henrique gorceix, 80 • padre Eustáquio • BH/Mg • 30720-360

Ano IX

Nº 22Abril

de 2012

JOrNAL

Família de Caná “Fazei o que Ele vos mandar”

Têm surgido, em nosso tempo, “co-munidades novas”, que agrupam pes-soas com o compromisso de consagrar a vida a um ideal de crescimento pessoal e de serviço à Igreja e unidas por laços de profunda fraternidade e objetivos bem defi nidos. Elas consagram-se a Deus pondo-se a serviço dos irmãos, na evan-gelização e em obras de assistência. Não se obrigam necessariamente ao celibato nem à vida em comum, nem renunciam aos bens materiais.

O que pretendemosEstamos lançando a semente de uma

Comunidade Nova, de pessoas que quei-ram comprometer-se com o nosso traba-lho em favor da família, a evangelização e o serviço aos irmãos necessitados.

A Comunidade se anima pelo es-pírito e o carisma da Congregação dos Sagrados Corações - da qual espera re-ceber assistência espiritual e estímulos - no exercício da adoração, da miseri-córdia e do anúncio do amor de Deus re-velado no Coração de Jesus. Isso signifi -ca amar a Deus e ao próximo “não só de palavras, mas com ações e de verdade” (1 Jo 3, 18).

Dessa semente vai nascer uma orga-nização com estatuto e regras que a vida diária e a experiência irão sugerindo. Colocamos tudo na mão de Deus. Va-mos começar pela Consagração da nossa família ao Coração de Jesus, pelo gesto da Entronização. Vamos programar um tempo de adoração, diante do Santíssi-mo Sacramento, ou à noite em nosso lar. Vamos escutar os apelos de Deus, len-do e orando o Evangelho, pedindo luz e força para tomar uma decisão corajosa e generosa.

A escolha do nomeNo Evangelho encontramos um sa-

maritano e uma samaritana, que nos dão ensinamentos importantes para a vida cristã.

A samaritana era a mulher a que Je-sus encontrou pediu água à beira do poço de Jacó. Depois de um longo diálogo, prometeu dar-lhe a água da vida que mata todas as sedes e que “se tornará, na-quele que dela beber, uma fonte que jorra para a vida eterna”. E quando ela faz per-guntas sobre o lugar onde adorar a Deus, Jesus dá a entender que se pode adorar a Deus em todo o tempo e lugar, mas é preciso “adorar em espírito e verdade”, pois estes são “os adoradores que o Pai procura”. Esta mulher “deixou a sua bi-lha e foi à cidade anunciar o nome de Je-sus ao seu povo”, tornando-se a primeira evangelizadora do povo samaritano (Ver Jo 4,7-30).

O samaritano é personagem da pa-rábola em que Jesus responde “quem é o meu próximo”. O próximo é a pessoa que encontro no meu caminho precisan-do da minha ajuda. Devo aproximar-me e cuidar dela, não hesitando em gastar com ela o meu tempo e o meu dinheiro (Lc 10,25-37).

Os dois inspiram o nome a dar à nos-sa comunidade - COMUNIDADE SA-MARITANA - com o objetivo de nos tornarmos, cada um de nós, “o adorador que o Pai procura” e “o próximo capaz de dar de si para ajudar o irmão”.

Há um outro samaritano que, entre dez leprosos curados por Jesus, foi o úni-co a voltar para agradecer. Ser agrade-cido e voltar para agradecer é mais uma lição importante que nos é dada por um samaritano.

Padre Osvaldo Gonçalves SSCC

Exemplo a seguirCANÁ rOMpENDO FrONtEIrAS

Está nascendo mais um Grupo de Apoio às famílias de dependentes de álcool e ou-tras drogas, vinculado à Família de Caná. A iniciativa foi de um dos serventes do Caná, membro atuante da Pastoral Familiar na Pa-róquia de São Sebastião de Juatuba – MG, com apoio do pároco Padre Adair, o vigário Padre Adão e toda a Pastoral Familiar, e a participação de voluntários, já com experi-ência no segmento.

Haverá, em breve, treinamento para quem deseje prestar serviço voluntário no Grupo, ministrado por profi ssionais atuan-tes no Caná e alguns voluntários residentes na cidade e região.

É Deus fazendo um apelo: Venham sal-var as famílias do “inferno das drogas”.

Contatos na Paróquia(31) 3535-8578

pOr ONDE ANDA?

Encontramos a Eneida com muito vigor e alegria de viver. Por uma feliz coincidência, estivemos na sua casa no dia em que completava 82 anos.

Cheia de vida, parece que o tempo parou para ela. É mãe de cinco fi lhos, sendo três homens e duas mulheres, avó de treze ne-tos (oito mulheres e cinco homens) e bi-savó de cinco bisnetos (quatro meninas e um menino), com mais um a caminho.

Quando se casou com o saudoso Al-berto, foi morar em Lagoa Santa. Ele era mecânico da Aeronáutica. Eles fi zeram o quarto Encontro de Revisão Matrimo-nial, em 1975. Este Encontro foi um dos que mais frutos rendeu para o Caná, ge-rando uma equipe de serventes que pres-tou seu trabalho de apostolado por lon-gos anos, com muita dedicação. Eneida

e Alberto, por exemplo, começaram a trabalhar já no encontro seguinte.

Alberto morreu aos 62 anos, em conseqüência de doença de Chagas; para Eneida, ele morreu foi de emoção, durante a festa de Santo Antônio, em La-goinha de Fora, lugarejo situado no município de

Lagoa Santa. O casal foi festeiro desse evento religioso durante muitos anos.

Após a morte de Alberto, Eneida ain-da trabalhou na cozinha dos encontros, cantou nos Seresteiros e freqüentou o Bazar das Senhoras. Hoje, dedicada em tempo integral aos fi lhos, netos e bisne-tos, ela se encontra afastada do Caná, mas só fi sicamente, porque em seu cora-ção o Caná permanece para sempre.

Danilo dos Santos Pereira

Eneida proença Otechar

Certa vez, perguntaram aMadre Teresa de Calcutá:

“Que devemos fazer parapromover a paz no mundo?”

Sua resposta foi:“Vá para casa e ame a sua família!...”

recado do padre OsvaldoEStOU LANÇANDO UMA SEMENtE.

vAMOS CULtIvÁ-LA JUNtOS?

Para pensar...

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Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Abril de 20122

www.familiadecaca.com.br - Este é o endereço eletrônico – o site – da Família de Caná. Nele você encontrará informa-ções institucionais da nossa Associação e de como atuamos, notícias e fotos das di-versas atividades realizadas, programação de todos os encontros e eventos, notícias e artigos de interesse geral, vídeos de for-mação e espiritualidade e muito mais.

Passeando por lá, você poderá ler os testemunhos de pessoas sobre sua experi-

ência de passar pelo Caná. Numa passagem pelo site, registrei meu testemunho, pois acho importante outras pessoas conhe-cerem o que sentimos com a transformadora experiência vi-venciada no Caná.

Clicar no link Como Participar, meu caro(a) leitor(a), le-vará você a uma página com informações detalhadas do que fazer para participar das atividades do Caná, sob a forma de contribuição financeira ou como voluntário da nossa causa.

Navegar pelo site e divulgá-lo entre amigos, familiares, pa-rentes, vizinhos e colegas de trabalho é uma forma de ajudar nosso Caná; quanto mais pessoas acessarem o site, mais o tra-balho pastoral realizado pela Família de Caná será conhecido e poderá beneficiar as pessoas.

Nosso site ficará melhor ainda, mais dinâmico, mais ami-gável e mais moderno, pois estamos contratando a Actio Co-municação, empresa especializada em comunicação visual e mídia, para dar suporte na publicação e atualização do conte-údo e do layout do site. A Actio doará parte deste custo, redu-zindo o valor da sua consultoria, e a outra parte será assumida pelo Caná.

Financiar este custo com recursos captados através da ven-da de espaço publicitário no site é nosso objetivo. Se você co-nhece algum empresário, amigo ou familiar, que queira divul-gar seu produto em nosso site, ajude-nos a vender essa ideia. Contamos com você.

É sempre oportuno agradecer o apoio que tenho recebido de todos os voluntários e funcionários do Caná, que nos aju-dam com sua dedicação a vencer mais um ano à frente da nossa Associação. Que Deus lhes dê em dobro tudo que fizerem pela nossa causa.

Destaco nesta edição o artigo da minha queria Ariádina, com suas impressões sobre o PRODES. E quero tomar em-prestadas as suas palavras de agradecimento ao nosso incan-sável Wagner Leão à frente da assessoria de Comunicação e parabenizá-lo especialmente pela excelente elaboração da re-vista “Eu Visto Esta Camisa”, em sua edição especial de no-vembro, dedicada à celebração dos 80 anos de vida do Padre Osvaldo. Obrigado, meu irmão, que Deus o abençoe e lhe dê muita saúde e paz para continuar nesta missão.

José Afonso Pinto de Assis

No entender do Padre Osvaldo, a Entronização resu-me a espiritualidade da Família de Caná. Com o propó-sito de divulgar e incentivar esta prática piedosa, reco-mendada por Jesus a Santa Margarida Maria, ele acaba de criar o Centro Missionário do Coração de Jesus e de publicar um pequeno manual, com os fundamentos e o ritual da Entronização. Com a palavra o Padre Osvaldo:

O Que é?“A Entronização do Sagrado Coração de Jesus é a

consagração da família ao amor de Cristo. O gesto da Entronização consiste em colocar a imagem de Jesus em lugar de honra da casa, como profissão pública de fé de que “aqui Jesus é o Senhor”. A imagem traz em destaque o coração, símbolo do amor de Jesus por nós e sinal de toda a sua riqueza interior, que se deve revelar ao mundo através da nossa vida em família.”

Compromissos“A Entronização expressa a vontade decidida de vi-

ver o Evangelho - honrando plenamente os compromis-sos do Batismo, da Crisma, do Matrimônio, da Eucaris-tia - de viver a Religião de maneira viva e esclarecida. Assim entendida, será certamente um meio de salvar a família e a sociedade.

A família que fez a Entronização tem que realizar uma síntese de fé e vida: • Ser coerente com o ideal cristão, praticando a justiça, vi-

vendo honestamente, respeitando os direitos dos outros.• Participar da Eucaristia no domingo e cultivar o hábi-

to da oração e da leitura da Bíblia no lar. • Preocupar-se em realizar as obras de caridade e de

ajuda aos necessitados. • Interessar-se pelas vocações sacerdotais e orar

pelos padres e semina-ristas. • Comprometer-se com a comunidade pa-roquial nos trabalhos de pastoral e de promoção social.

A experiência tem mostrado que esta vida de confiança e de amor aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria faz com que haja paz no lar e os problemas en-contrem solução. Jesus nunca se deixa vencer em generosidade”.

Muitas famílias do Caná já entronizaram Jesus em seus lares. A Lilia e José entrevistaram o casal Luzia e Rialino. Após confirmar Jesus como Rei e Senhor em seu lar, eles se tornaram missionários da Entronização, motivando e realizando a cerimônia em muitos lares.

Por que decidiram fazer a Entronização do Coração de Jesus?RL – Para que Jesus tenha um lugar de honra e de in-timidade em nosso lar e para demonstrar publicamente que ele é o nosso Rei. A presença dEle no lugar de honra é um testemunho de fé e uma força para nós e todos que frequentam nossa casa. Alguma coisa mudou, depois da entronização?RL – E muito. Houve um grande crescimento espiritual. Sentimos a presença permanente e mais viva de Cristo em nossa vida. Ele é o nosso melhor Amigo. Passamos a viver como verdadeiros cristãos, na fé, esperança e amor. A Entronização é para vocês apenas mais uma devoção?RL – Mais que uma simples devoção, é uma consagra-ção, um compromisso de alma e coração. “Jesus vive no lar, e a família vive dEle e com Ele”. Colocamos junto ao Coração de Jesus o Coração de Maria. A mãe de Je-sus está junto de seu filho e sempre intercede por nós. Quais sacramentos vocês procuram depois da entronização? RL – O Batismo – vivendo como bons cristãos; a Cris-ma, agindo como paroquianos fiéis e ativos na Comuni-dade; a Eucaristia – dando-lhe o valor que ele merece; o Matrimônio – assumindo os compromissos de esposo e esposa, de pai e mãe. Que vocês fazem de especial para homenagear os corações de Jesus e Maria?RL – Na primeira sexta-feira de cada mês, reunimos amigos e familiares para rezar o terço, meditar a Palavra de Deus e buscar forças para nossa vida. Isso é motivo de muita alegria e crescimento espiritual. É uma verdadeira festa cristã. Cada família escolhe seu modo de honrar o Coração de Jesus: uma hora de oração ou adoração, com preces espontâneas etc. A celebração da primeira sexta-feira foi a maneira que Luzia e eu escolhemos. Nossa alegria é inexplicável. Somos muito felizes!

pALAvrA DO prESIDENtE

passeando pelo siteda Família de Caná

Entronização do Sagrado Coração de Jesus nos Lares

MasterCard Maestro

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Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Abril de 2012 3

Um panorama assustador“Meu nome é mãe. Sou exatamente igual a milhares de mães que de repente se veem à frente de um filho que não é mais o seu filho... Que não é mais aquele que você gerou, amamentou e cuidou, com o carinho que só mãe é capaz de dar, e que o viu transformar-se num belo adolescente. De repente, sem que você se desse conta, esse adolescente deixa de ser seu filho e nem mais é lindo. Tudo mudou e a vida dessa mãe passou a ser uma sucessão de medos. Só medos. Seu filho se transformou em seu carcereiro e seu cárcere; sua insônia e sua depressão.” (Depoimento da mãe de dependente internado em clínica do estado de São Paulo).

Esse é também o grito de milhões de mães pelo Brasil afora e por esse mundo de Deus.

O CEBRID, da Universidade Federal de São Paulo, re-alizou o 1º LEVANTAMENTO DOMICILIAR SOBRE O USO DE DROGAS NO BRASIL, em 2001, com o patro-

cínio da SENAD, órgão do Governo Federal. A pesquisa atingiu 47 milhões de pessoas, em 107 cidades com mais de 200 mil habitantes. O resultado apontou 24.740.000 usuá-rios de drogas diversas. Entre as principais estão o álcool, com 5.200.000 usuários; o tabaco, com 4.200.000 e a ma-conha, com 3.200.000.

Nessa pesquisa não está incluído o crack, que em 2001 ainda tinha o uso restrito a poucas localidades. Segundo estimativa baseada no censo do IBGE, apresentada pelo psiquiatra Pablo Roig, especialista no tratamento de depen-dentes do crack, durante o lançamento da Frente Parlamen-tar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados, o número de usuários de crack hoje no Brasil está em torno de 1.200.000, e a idade média para início do uso da droga é de 13 anos.

Esses dados, parciais, se estendidos ao universo da po-pulação brasileira, atingem uma dimensão estarrecedora. Além do mais, refletem uma realidade de dez anos atrás. Depois disso, não foi realizado outro levantamento com essa abrangência. Há apenas estimativas.

A responsabilidade da famíliaConfrontados com a tragédia de ter um familiar envol-

vido pelos tentáculos da droga, os pais lançam a clássica e angustiada indagação: “Onde foi que eu errei, meu Deus?!...” A pergunta não é descabida.

O Padre Osvaldo, do alto da sua experiência no trato da questão, afirma:

“Temos consciência de que o problema do envolvimento com as drogas tem muito a ver com a família. Muitos es-pecialistas falam sobre o modo de viver em família como

responsável pelo envolvimento do filho com as drogas. A verdade é que, de um modo geral, a família determina o que o filho vai ser.”

Adaylton de Almeida Conceição, formado em Preven-ção de Drogas pelo Departamento de Drogas dos Estados Unidos, corrobora:

“O estudo das famílias é de fundamental importância para compreender por que uma pessoa toma drogas e com que propósito. Todos os sintomas tanto primitivos como recentes, num consumidor de drogas, geralmente se de-senvolvem a partir de transtornos oriundos das relações familiares do indivíduo... Desta primeira “rede humana” aprende o amor, o ódio, a agressão, a ternura, como se defender, com quem se identificar e como se sobrepor às frustrações. À luz das estatísticas, quando está unida, orga-nizada e comunicada, com papeis bem definidos, a FAMÍ-LIA é uma fonte de proteção dos filhos para evitar condutas distorcidas.”

“Onde foi que eu errei?” Realmente, a pergunta não é descabida. A família do dependente precisa se questionar. Mas isso não basta. Tem que ter a coragem de procurar as soluções. Que requerem paciência e persistência. Que são dolorosas. Que competem, em primeiro lugar, à família e ao dependente; mas sempre com ajuda de pessoas ou institui-ções compententes.

Acesse o nosso site www.familiadecana.com.br e saiba mais sobre o trabalho da Família de Caná.

Leia o livro do Pe. Osvaldo, “Eu me envolvi com os drogados”, emocionante relato de seu trabalho na FAZEN-DA RECANTO DE CANÁ.

José Wagner Leão

Drogas: e a família, onde fica?

Em torno desse tema, os Serventes do Caná se reuniram nos dias 11 e 12 de fevereiro, no Encontro de Espiritualidade com que, anualmente, são inauguradas as atividades do Re-canto de Caná. Casais, senhoras e jovens que prestam serviço voluntário – os Serventes – esmiuçaram os textos dos evange-lhos, guiados pelo Padre Duccio, Cláudia, Alex e Carina, mis-sionários da Comunidade de Villaregia, para melhor entender o papel de Maria no plano da salvação.

Alternando momentos de exposição doutrinária, com dinâ-micas e tempos de reflexão pessoal e oração – segundo a téc-nica do mexicano Prado Flores – os participantes descobriram Maria como “estrela da evangelização”, “primeira discípula do Reino”, “mulher de fé” e “espelho da Igreja”. Foram explici-tados fundamentos bíblicos das imagens e títulos de Maria e

apontados pontos da doutrina católica questionados por algu-mas denominações protestantes.

O encerramento, com a celebração da Eucaristia, contou com a participação do Padre Osvaldo.

Abastecidos espiritualmente, os serventes iniciam, em mar-ço, as atividades dos encontros.

Maria, Carta de Cristo

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Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Abril de 20124

Este espaço é seu. Suas opiniões são muito importantes para captarmos o que você quer do seu jornal. MENSAgEM pArA:

e-mail [email protected] site www.familiadecana.com.br

(clique em “contato”)

OpINIÃO DO LEItOr

grupos de pós-Encontro: força do Caná e suporte para os casais

Gosto muito quando recebo o jornal da Família de Caná. Paro tudo e leio as notícias e informações que ele traz.

Em setembro de 2011 fiquei tocada com a matéria sobre os 40 anos do PRODES.

Na primeira página, o Padre Osvaldo relata os primeiros tempo do grupo, explicando a origem do nome PRODES e em que se inspirou para criar o grupo. O artigo do jovem Elimar Melo (hoje nem tão jovem assim) sobre os tempos pioneiros, o legado de vida, o sucesso e percalços do grupo, as verdadeiras amizades que se fizeram e que perduram até hoje, o desejo de escrever um livro histórico e pastoral sobre o PRODES; tudo isso me envolveu e deixou em mim um sentimento de gratidão pelo que o PRODES representa para a nossa Associação.

As fotos e testemunhos de muitos jovens e o relato das ex-

periências da mãe antes e depois da Parada só reforçaram este sentimento e me emocionaram muito.

Na última página, a foto e o artigo do casal Danilo e Zeneida sobre o Wanderlin e Sinhá, que foi e é muito especial para o Caná e para mim, Zé Afonso e nossos filhos, particularmente. E ainda me lembrei da nossa participação no XIII Congresso Nacional da Pastoral Familiar, no mês de agosto de 2011.

Por este magnífico exemplar do jornal, quero deixar aqui a minha admiração pelo incansável Wagner Leão, seu redator. Wagner juntamente com sua Ângela são exemplo e referência de dedicação, trabalho e perseverança a serviço do Caná. Obri-gada, Wagner, pelo seu empenho em redigir e manter este nosso jornal. Peço a Deus que lhe dê saúde e ânimo para continuar este importante trabalho. Ariádina das graças Arcanjo de Assis

Você lê o jornal Família de Caná? Ou somente dá uma pas-sada de olhos nos cabeçalhos e nas fotos?

Se você apenas dá um passada de olhos, sugiro-lhe que mude de postura. O Jornal Família de Caná é elaborado com muito ca-rinho e muito zelo pela causa do “fazer famílias felizes”.

Ele pode ter um alcance muito maior, se nós, da Família de Caná, nos empenharmos para que a publicação atinja os seus ob-jetivos. Ele mostra a vitalidade do nosso movimento, mas pode

fazê-lo de maneira mais enfática, mais contagiante, se a gente, ao falar do Caná com outras pessoas - amigos, vizinhos, parentes - usarmos o jornal como instrumento, mostrando-lhes como as coisas acontecem. E passando adiante o exemplar que já lemos.

Se você tiver lido cada linha e até os anúncios, verá que há muito sobre o que refletir e entusiasmar-se. O jornal Família de Caná é melhor a cada novo número. Que continue sendo inspira-do pelo Espírito Santo! Lúcio e Marília

No encontro de espiritualidade para os Serventes do Caná, nos dias 04 e 05 de fevereiro, recebi formulário de pesquisa sobre o jornal Família de Caná em que se pergun-tava: “Você acha que o jornal deve continuar a circular?” Minha resposta foi sim. E como não?

Para justificar este “sim”, vou citar, no jornal de setem-bro de 2011, a linda e esclarecedora história da Parada Pro-des, que eu e meu marido, embora fazendo parte da Família de Caná há 17 anos, não conhecíamos em detalhes.

Nossos filhos participaram do Prodes. Prestaram serviços por algum tempo e hoje seguem outros caminhos, mas com humildade suficiente para saber que sem Deus eles não podem fazer nada. O Prodes tem sua parcela neste caminhar dos nos-sos filhos, e tenho certeza que de muitos outros jovens.

E os casais que foram jovens do Prodes? Que energia e disposição para o serviço! Eles estão injetando sangue novo nos encontros de Revisão Matrimonial. Eles trazem a marca do Prodes e por isso são diferentes. Aos jovens casais e aos novos números do jornal, sejam sempre bem-vindos!!

rosa Silvano

Pergunte se valeu a qualquer pessoa que participou de algum encontros no Caná – para jovens, casais ou senho-ras. Todos vão responder um entusiasmado “sim”. “Mudou a nossa vida”. “Casamos de novo”. “Nos reencontramos”. “Descobrimos o Cristo”. São testemunhos que escutamos ao final de cada encontro.

Entretanto, esse fogo ardente acaba se tornando fogo de palha, na maioria das vezes, se os participantes não recor-darem periodicamente e cultivarem os bons ensinamentos e propósitos dos dois dias de convivência no Recanto de Caná. E isso se torna possível nos grupos de Pós-Encontro constituídos em vários pontos da Grande BH.

“Participamos há oito anos do Grupo Coração Aber-to. É uma terapia para o casal. Ali podemos par-tilhar nossas alegrias e colocar nossos pro-blemas sem constran-gimentos. O maior bem que o grupo nos trouxe foi a melhoria do diá-logo. Tínhamos grande

dificuldade de expor nossos problemas. Por um falar mais, faltava espaço para que o outro se manifestasse. Ele ficava à margem, e não percebia que as pessoas que mais ama-va estavam se afastando. Hoje não é mais assim; com a vivência no grupo, ajustamos nossas dificuldades. E com o aprendizado adquirido na troca experiências com casais mais jovens e mais velhos, resolvemos nossas dificuldades e temos oportunidade de falar, ouvir, decidir e melhorar. A assiduidade dos casais ao grupo cria e aperfeiçoa a amizade, a confiança, a liberdade e a abertura. Não nos é possível hoje viver sem participar de nosso grupo de pós-encontro.” Paulo e Dodora

“Há dois anos estamos no Grupo Liberdade I, dan-do continuidade ao aprendizado do encontro de Revisão Matrimonial. É uma troca de experiências muito inte-ressante, com base na convivência de várias famílias. Temos dois filhos gêmeos; com o grupo aprendemos a melhor forma de conduta para com eles, para com os jo-vens, para com a vida. Sabemos que nosso grupo precisa melhorar em alguns aspectos, mas o grupo é essencial e muito proveitoso para convivermos bem em família.” Clóvis e Adriane

“Há nove anos entramos para o Grupo Renovação, como forma de manter sempre aberto o canal de comuni-cação com a Família de Caná, a nossa família. O grupo é como um oásis no deserto; percebemos que não estamos sozinhos: o problema que nos parecia sem solução, já fora enfrentado e superado por outros casais, que, na partilha, nos mostram caminhos que não tínhamos visto ou sequer pensado. Por volta do ano de 2004, a Janete teve uma forte depressão e perdeu toda motivação para cuidar da famí-lia. O grupo foi para nós porto seguro e ponto de apoio. E aconteceu uma coisa muito bonita: mesmo desolada, sem vontade de sair de casa ou fazer qualquer outra coisa, para ir às reuniões ela sempre estava pronta. Chegou a ir sozinha

quando eu estava viajando; e é assim até hoje. Não con-seguimos nos imaginar fora do grupo. O grupo é muito unido e amigo; discutimos qualquer assunto aberta-mente, porque temos plena confiança um nos outros.”

Julho e Janete

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Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Abril de 2012 5

Já faz cinco meses. Mas ainda está repercutindo na vida da Família de Caná a comemoração dos 80 anos do Padre Osvaldo. A presença maciça de membros da Família de Caná, dos irmãos da Congregação dos Sagrados Co-rações, de familiares e amigos dão a medida de quanto ele é admirado, amado e seguido.

Na celebração da Eucaristia, cada setor da Família de Caná fez questão de homenageá-lo, dando vazão à sua criatividade e carinho. Símbolo e sín-tese da personalidade, vida e obra do Padre Osvaldo, foi lançada na ocasião uma edição da revista EU VISTO ESTA CAMISA, toda dedicada a enfocar os aspectos mais salientes.

O que mais chama a atenção e serve de exemplo aos mais jovens é que, a esta altura da vida, Padre Osvaldo continua a elaborar projetos arrojados, mostra do seu incansável espírito apostólico e amor à Família.

Deus o conserve e ilumine!

Ferramenteiro do pai

Poderia ser oleiro, para produzir blocos para construção do ReinoOu poderia ser pedreiro, para realizar a Edifi cação.

Poderia ser médico, para curar as feridas dos Filhos DeleOu poderia ser motorista, para conduzir todos ao Destino.

Poderia ser Pastor, para guiar as Ovelhas com cuidadoOu poderia ser administrador, para gerir os Talentos que lhe foram conferidos.

Poderia ser vendedor, para convencer pessoas sobre a VerdadeOu poderia ser técnico, para montar as estratégias da Vitória.

Poderia ser arauto,para anunciar a Vida em abundânciaOu poderia ser advogado, para apontar os erros contra o Homem.

Poderia ser operário, para garantir a Colheita da messeOu poderia ser obreiro, para abrir Estradas e Caminhos

Poderia ser jardineiro, para cultivar as Sementes lançadas ao soloOu poderia ser vigilante, para zelar pela segurança do Rei.

Poderia ser tudo isso... e o é. Contudo, foi além.Decidiu ser ferramenteiro.Aquele que produz e repara ferramentas, para a construção da Grande Obra.Somos gratas ferramentasQue em suas mãos tornaram-se úteis ao mundo.Que em suas mãos são reparadas para transformar.Que em suas mãos chegam a Deus.

Elimar Silva Melo

Ecos do Aniversário do padre Osvaldo

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Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Abril de 20126

No salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor “mais do que a sentinela pela aurora” (v. 6). Parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia. Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmis-ta. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: “Educar os jovens para a justiça e a paz”, convencido de que eles po-dem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade mas um dever primário de toda a sociedade. Trata-se de comunicar aos jovens o apre-ço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa na qual todos nós estamos, pessoalmente, comprometidos.

As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo, exprimem o de-sejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora atual, muitos são os aspectos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma formação que os prepare de manei-ra mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a capa-cidade efetiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia, contribuindo para a construção duma sociedade de rosto mais humano e solidário. É importante que esses fer-mentos e o idealismo que encerram encontrem a devida aten-ção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuí-rem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver “coisas novas” (Is 42, 9; 48, 6).

Os responsáveis pela educaçãoA educação é a aventura mais fascinante e difícil da vida.

Educar - na sua etimologia latina educere - significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa. Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponí-vel para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo. Mas, para isso, não bastam meros dispensadores de regras e infor-mações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, teste-munhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos. A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe.

E quais são os lugares onde amadurece uma verdadeira educação para a paz e a justiça?

A família - Antes de mais nada, a família, já que os pais

são os primeiros educadores. A família é célula originária da so-ciedade. “É na família que os fi-lhos aprendem os valores huma-nos e cristãos que permitem uma convivência construtiva e pacífi-ca. É na família que aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro”. Esta é a primeira escola, onde se educa para a justiça e a paz.

Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se vêem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tor-nar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos - o que só se torna viável com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para não desanimarem! Com o exem-plo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas.

As instituições educacionais - Quero dirigir-me também aos responsáveis pelas instituições que têm tarefas educativas: Velem, com grande sentido de responsabilidade, para que seja respeitada e valorizada em todas as circunstâncias a digni-dade de cada pessoa. Tenham a peito que cada jovem possa descobrir a sua própria vocação, acompanhando-o para fazer frutificar os dons que o Senhor lhe concedeu. Assegurem às fa-mílias que os seus filhos não terão um caminho formativo em contraste com a sua consciência e os seus princípios religiosos.

Possa cada ambiente educativo ser lugar de abertura ao transcendente e aos outros; lugar de diálogo, coesão e escuta, onde o jovem se sinta valorizado nas suas capacidades e rique-zas interiores e aprenda a apreciar os irmãos. Possa ensinar a saborear a alegria que deriva de viver dia após dia a caridade e a compaixão para com o próximo e de participar ativamente na construção duma sociedade mais humana e fraterna.

A mídia - Não posso deixar de fazer apelo ainda ao mundo da mídia para que prestem a sua contribuição educativa. Na so-ciedade atual, os meios de comunicação de massa têm uma fun-ção particular: não só informam, mas também formam o espírito dos seus destinatários e, consequentemente, podem concorrer notavelmente para a educação dos jovens. É importante ter pre-sente a ligação estreitíssima que existe entre educação e comuni-cação: de fato, a educação realiza-se por meio da comunicação, que influi positiva ou negativamente na formação da pessoa.

Também os jovens devem ter a coragem de começar, eles mesmos, a viver aquilo que pedem a quantos os rodeiam. Que te-nham a força de fazer um uso bom e consciente da liberdade, pois cabe-lhes em tudo isto uma grande responsabilidade: são respon-sáveis pela sua própria educação e formação para a justiça e a paz.

“Educar os jovens para a justiça e a paz” Um anjochamado gabriel

O Gabriel mais famoso não é bem um Anjo, está um pouco acima na hierarquia angelical. Trata-se do Arcanjo Gabriel, o Mensageiro da grande notícia en-viada por Deus a Maria de Nazaré.

Quando, em novembro de 1989, pusemos os pés no Recanto de Caná pela primeira vez, passamos um final de semana incrivelmente abençoado, que deu novo rumo à nossa história de vida e enriqueceu nossa união conjugal. Fomos recepcionados por casais ma-ravilhosos, entre os quais destacamos Gabriel e Ma-rilu, os coordenadores daquele Encontro de Revisão Matrimonial.

Ficamos impressionados. A condução do Encon-tro foi feita com irretocável autoridade, de modo se-reno e ao mesmo tempo firme, por aquele casal que acabáramos de conhecer. Com seus cabelos grisalhos e olhar de mansidão cristã, Gabriel nos parecia asse-melhado àquela famosa figura bíblica. Não deu outra, passamos a chamá-lo de “anjo Gabriel” durante todo o Encontro.

O tempo passou e nos trouxe a gratificante oportuni-dade de, como serventes do Caná, desfrutar o convívio com Gabriel: ele permaneceu anjo aos nossos olhos.

Gabriel alçou voo rumo à Eternidade, deixan-do provisoriamente sua amada Marilu e a todos nós. Quando um justo chega ao Céu, o Céu se rejubila. E por se tratar de um justo chamado Gabriel, anjo aqui na Terra e, em especial, no nosso Recanto de Caná, não temos dúvida de que as trombetas soaram a mando de Deus e a alegria tomou conta de todos os outros anjos.

Danilo & Zeneida

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Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Abril de 2012 7

Horizontais1. “Eu sou o caminho a verdade e a ........” Jo, 14,6)2. “ A fé sem ......(s) é morta” (Tg 2,14)5. Designação dos voluntários do Caná6. Evangelhos Apócrifos (iniciais)8. Santa Joana D’ ........, heroína francesa9. O ........ da corrente10. Jesus ensinava através de ............12. Uma característica da Igreja de Cristo14. Encontro para casais com 25 anos de união15. Encontro para casais que fizeram Revisão Matrimonial.

verticais2. A ”mãe de todos os viventes”...3. Título que se dá aos bispos4. Quadro6. Grupo de ajuda mútua que dá suporte aos alcoólicos7. Rei dos Reis (iniciais); título de Jesus8. Sacerdote do Antigo Testamento9. “Eu sou o bom ...........”12. Outra característica da Igreja de Cristo 14. “Não se faça a minha vontade, mas a .......”

Momento de lazerO prODES na minha vida

Publicação da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁEndereço: Rua Henrique Gorceix, 80 Bairro Padre Eustáquio - Belo Horizonte/MGCEP: 30.720-360 - Telefone: (31) 3462-9221e-mail: [email protected] Site: www.familiadecana.com.brCNpJ nº 16.881.294/0001-48Entidade filantrópica de utilidade pública•Decreto Federal – Proc. MJ 2042/97, 20/06/97•Lei Estadual 9.073, 11/12/84

•Lei Municipal 6.372, 18/08/93 (Belo Horizonte)•Lei Municipal 2.958, 30/11/06 (Rib. das Neves)Conselho Nacional de Assistência Social•Certificado nº 28.984.016095/94-01 presidente: José Afonso Pinto de AssisDiretor: Padre Osvaldo Gonçalvesredator: José Wagner Leão

tiragem: 10.000 exemplaresImpressão: FUMARC

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Dizer que o Prodes foi um divisor de águas em minha vida é como chover no molhado. Já falei isso muitas vezes e já ouvi isso de muitos amigos prodeanos.

Fiz a Parada Prodes em abril de 1989, tinha 15 anos, levada pela tia Neli.

No domingo seguinte, lá estava eu na reunião, claro! E não poderia haver momento melhor pra estar ali. Apesar de ninguém saber, pois eu não fazia questão de contar, meus pais haviam acabado de se separar e a vida em mi-nha casa estava toda fora do lugar. Nos-sa situação financeira se modificou e eu e meus dois irmãos passávamos pelos problemas que a separação de um casal gera para os filhos. O grupo era pra mim o momento de clima bom. Era ali que eu me sentia feliz, mesmo sem grana alguma, mesmo com as brigas da separação. Falo sem o menor medo de errar que aqueles anos foram dos melhores da minha vida.

Tenho um caminhão de lembranças de que me re-cordo como se fosse ontem. Fui verdadeiramente feliz. E também aprendi muito. Meus amigos eram bem mais maduros que eu, e não porque eram mais velhos. Eu era mesmo uma menina, infantil demais. Só anos mais tar-de me dei conta de quão imatura era, do quanto agi sem perceber o que fazia. Mas até esses erros e suas conse-quências me fizeram crescer, me prepararam para vida.

O Prodes foi uma escola. Lembro-me da primeira vez que fiquei responsável pela reflexão sobre parábola do Semeador, no sábado pela manhã na capela. Inverti todo o sentido da parábola (lógico que quando termi-nou o PO me pegou pelo braço e me chamou pra uma conversa). Aprendi que sem uma devida preparação não se faz uma tarefa bem feita. Guardo com carinho as lembranças das bagunças das cozinhas, das festinhas, das serenatas, das excursões, do grupo para as campa-

nhas de Natal, das saídas nos barzinhos das redondezas, quando ficávamos cantando até de madrugada, ao som do violão. Hoje percebo como é importante que meus filhos tenham boas amizades, andem com gente que cultiva bons valores. Os ensinamentos ali aprendidos são aplicados em minha vida conjugal, na família que formei com o Paulo, meu marido.

Mas a maior importância do Prodes em minha vida eu só fui descobrir mui-tos anos depois: foi ali que minha fé se fotaleceu. Naquelas orações na capela, às terças-feiras à noite, ou no decorrer das Paradas, eu conheci mais sobre

Deus. E não faço a menor ideia de como isso seria hoje sem ter passado por lá.

Tenho a felicidade de ainda estar presente no grupo do Jurassic Prodes, com muitas daquelas pessoas, que eu amo como se tivessem meu sangue. E toda vez que eu entro naquela casa, sentindo uma paz que não sinto em lugar algum, percebo que minha dívida com A Fa-mília de Caná só cresce.

No encerramento, os encontristas não podiam agra-decer. Lembro que esta orientação várias vezes ela não obedecida. Realmente não tem como não agradecer. Eu agradeço até hoje. Todas as emoções, as alegrias, cada sentimento e até os momentos tristes.Tudo que passei ali me fez ser uma pessoa melhor. Tudo, absolutamente tudo faz parte de mim. É impossível não agradecer.

Fica aqui a minha imensa gratidão também à minha tia, que me deu a oportunidade de conhecer o Caná, e especialmente ao PO. Fica neste relato, a minha tenta-tiva de explicar o quanto o Prodes, o Caná e as pessoas que fizeram parte da minha história naquele momento são singulares em meu coração.

Carla Pena

IMpOrtANtE!...Serão sorteados 5 exemplares do livro

Em Oração com a Bíblia na Mão, do Pe. Osvaldo,entre os que enviarem as respostas corretas

das Palavras Cruzadas.

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Soluções inteligentes para fabricação e montagens industriais.

O que construímos com o trabalho, é para dar continuidade à vida.

1º de maio, dia mundial do trabalhador.

Soluções inteligentes para fabricação e montagens industriais.

O que construímos com o trabalho, é para dar continuidade à vida.

1º de maio, dia mundial do trabalhador.

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Não há dúvida de que é sobre a infância e a juventu-de que se constrói o futuro da humanidade. Não por outro motivo, contra as crianças e jovens investem os elementos desagregadores da família e da sociedade. É isso o que fa-zem as drogas.

Levantamento realizado pela Subsecretaria de Políticas Antidrogas da Secretaria de Estado de Esportes e da Juven-tude de Minas Gerais, deixa evidente a urgência de atender esse segmento da drogadicção.

“O início do uso de drogas situa-se, principalmente, na faixa etária entre 12 e 17 anos (68%), entre 0 a 11 anos (14,7%), entre 18 a 24 anos (10,4%), 25 a 39 anos (2,7%), 50 a 59 anos (0,1%), sendo que 3,2% não souberam respon-der esta questão e 0,9% não responderam a questão”.

Fiel ao seu projeto de salvar as pessoas das drogas, a Fa-mília de Caná mantém a COMUNIDADE EU QUERO A VIDA, destinada ao tratamento de menores da faixa etária de 12 a 17 anos. Construções bonitas e confortáveis, pron-tas para receber 20 menores, sala de aula, piscina, quadra poliesportiva, quintal, natureza exuberante!

Um cenário maravilhoso!... Só que vazio... Atualmen-te, a ocupação fi ca em torno de 7 menores – isso mesmo, 7; para ninguém duvidar, vou colocar por extenso: SETE. Mesmo assim, é claro que vale a pena. De cortar o coração é que tanta riqueza seja desfrutada por tão poucos.

Graças a Deus, mesmo com a baixa demanda, o traba-lho tem dado frutos gratifi cantes, como atestam os depoi-mentos a seguir.

Comunidade “Eu Quero a vida”SALvAr OS JOvENS DAS DrOgAS! UM grItO SEM rESpOStA

Sempre tive uma vida muita atribulada e cheia de percalços. Desde os 12 anos, fazia minha família passar noites sem sono e de preocupações.

No dia 03 de maio de 2010, quando meus pais resolve-ram me falar da Fazenda Recanto de Caná, resolvi me dar uma chance. Era o dia de meu aniversário; foi o melhor presente que já ganhei. No dia 04 de maio saí para uma viagem maravilhosa pelas montanhas de Minas Gerais.

Cheguei à sede da Família de Caná no início de uma reunião com dependentes e seus familiares. Sentei e fi quei escutando os teste-munhos. Vi que o doente não era só eu e senti que estava no lugar certo e na hora certa, ao conhecer a proposta de tratamento da Família de Caná. Ao tér-mino da reunião, o Padre

Osvaldo veio me cumprimentar, perguntando se eu es-tava preparado para cumprir os nove meses. Respondi que estava, pois tinha sofrido muito e feito minha família sofrer, e que realmente precisava deste tratamento.

O dia 05 de maio de 2010 foi um dia meio compli-cado: decidido a me tratar, despedi-me de meus pais, já mais tranquilos, sabendo que só teria visita após 30 dias na Comunidade Eu Quero a Vida. A maior difi culdade foi a convivência com os outros residentes e a aceitação das normas. Mas o meu propósito era mais forte e busquei for-ça no meu interior; foi aí que eu aprendi a ter disciplina.

O período de tratamento foi de muita refl exão sobre

as atitudes que tinha assumido até então e de avaliação de como seria minha vida fora da Comunidade. O maior legado que me fi cou foi o aprendizado de convivência com as pessoas.

Um dos pilares do tratamento, e que é o melhor a meu ver, é a espiritualidade; eu aumentei bastante a mi-nha fé e me tornei católico junto com toda minha família. Recebi o batismo, na Fazenda Recanto de Caná, ao tér-mino do meu processo. Fiquei mais um mês como volun-tário-mirim e depois voltei para minha cidade. Em maio vim fazer o encontro de jovens, Parada PRODES, junta-mente com um amigo de tratamento, que morava com o tio em Contagem. Este amigo me convidou para morar na casa do tio dele. Com o apoio do meu pai, aceitei o convite e hoje estou morando em Minas, trabalhando na sede da Associação Família de Caná e estudando.

Aos 17 anos e 10 meses, sei que ainda tenho muito que aprender e colocar em prática tudo o que aprendi na Comunidade. Estou cheio de planos e não esqueço os pilares que devem estar sempre na minha mente e na minha vida: TRABALHO, DISCIPLINA E ESPIRITUA-LIDADE. João Paulo Gomes

“Entramos neste caminho das drogas, achando que resolveria nossos problemas. Mas, na verdade, nos trou-xe mais problemas, familiares, sociais e espirituais. Só depois de tanta dor, angústia e sofrimento, conseguimos enxergar Jesus, que é o Caminho, a Verdade e a Vida! VENHAM FAZER PARTE DESTA FAMÍLIA!”

Luís Eduardo e Eduardo LuizEx-residentes da Comunidade Eu Quero a Vida

Comecei a prestar serviços na Família de Caná, por indicação de uma psicóloga que já trabalhava na Casa.

Quando foi aber-ta a Comunidade Eu Quero a Vida, fui indi-cada pela Supervisora do Serviço Social para a vaga de Assistente Social e aceitei de bom grado o desafi o de trabalhar com os menores adolescentes dependentes de drogas.

No desenvolvimento do meu trabalho, tenho con-tato constante com os familiares dos residentes. Eles se mostram altamente empenhados no resgate e recu-peração do seu ente querido. Têm confi ança no trata-mento oferecido pela Família de Caná e consideram boas as instalações e o atendimento dispensado aos seus familiares. Percebe-se também como buscam apoio na fé e na espiritualidade, para superar a situ-ação da família afetada pela dependência. Testemu-nham que, nas reuniões dos grupos de apoio à família, aprendem muito com o depoimento dos outros fami-liares e com a prática da fi losofi a do amor exigente.

Sinto-me útil, feliz e realizada com o meu traba-lho e me empenho constantemente em me aperfeiço-ar e aprimorar os meus conhecimentos.

Ana Carolina Braga MouraAssistente social

9912263973 - DR/MG

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Rubrica do Carteiro Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Abril de 20128

Encontro de Aprofundamento

16 e 17 de junho (sábado e domingo)Início às 7h do sábado e término às 18h de domingo

Aproveite...a oportunidade de ampliar o seu conhecimento religioso.

Dois dias de estudo e refl exão ministrados pelo

Padre Osvaldo.