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Distribuição gratuita | [email protected]
“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec
FRATERNOFRATERNOJornal Bimestral | Edição 48 | Ano VIII | Julho/Agosto de 20118 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita
LA FONTAINELA FONTAINEE O COMPORTAMENTO HUMANOE O COMPORTAMENTO HUMANO
LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ
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Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386
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HORÁRIO DE ATENDIMENTOSegunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José
Cianciarulo, 89 - Centro Osasco - SP. - Cep: 06013-040
“O orgulho é igual em
todos, só diferem os meios
e a maneira de mostrar”(La Rochefoucauld)
Costumamos entender como
identidade pessoal tudo aquilo
que nos distingue de outra
pessoa. Formamos a idéia sobre
nós mesmos fundamentada
em alguns modelos ou scripts
que nos foram passados
por nossos pais, educadores
e pessoas importantes
de nosso convívio
Também nesta ediçãoEDITORIALA fábula de La Fontaine ....................................... 2
DISCUTINDO A BÍBLIACatólicos têm contato com espíritos ........ 2EVENTOSAniversário da livraria .............................................. 3
ESPÍRITO NA ESCOLAManter-s em sintonia com o bem .................. 4
DOUTRINAFamília é prato difícil de preparar .................... 5Tolerância ....................................................................... 5
CULTURA ESPÍRITAO burro que levava relíquias ...............................6 e 7
MEMÓRIA DE CHICO XAVIER ................. 7SEXO NOS ESPÍRITOSMaria de Magdala ..................................................................8
MENSAGEMA decadência intelectual dostempos modernos ................................................................9MOMENTO FRATERNOAmadurecer .............................................................10UTILIDADE PÚBLICAFechamento do institi]uto ..............................11
MORAL CRISTÃNa subida cristã .....................................................12
[email protected] | FRATERNO | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 48 | Julho/Agosto
FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEP 06070-240, Osasco, SP. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Dire-ção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo e Jussara Ferreira da Silva. Diagramação: Jovenal Alves Pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribuição: Osasco e Grande São Paulo; e-mail: [email protected]; Telefone: (011) 3447 - 2006
| editorial |
Shopping Center PrimitivaRua Dona Primitiva vianco, 244 - 3 andar - Centro
Osasco - SP - e - mail www.fschool.com.br
Telefone 8342-2503
Fizemos esta anotação singela
que representa um esforço
literário adaptado quanto
possível ao campo de um
entendimento simples e lúcido. A
partir de uma coletânea das fábulas
de La Fontaine, que sempre ilustram
um preceito moral, fi zemos ponte em
direção da Doutrina Espírita, mensa-
geira que é de uma visão ampla e
integral do ser.
Sob a designação de “LA FON-
TAINE e o comportamento humano”,
nesta edição, dirigimos aos nossos
companheiros de jornada evolutiva,
aos nossos leitores que buscam ainda
relembrar que as ações e condutas
exteriores são geradas inicialmente
na vida íntima, onde os pensamentos
criam a saúde ou a enfermidade, o
que, aliás, é perfeitamente demons-
trado pelos princípios da interdepen-
dência, repercussão ou reverberação.
Inspirado em Esopo, La Fontaine rein-
ventou essas histórias, no livro ditado
por Hammed (espírito) ao médium
Francisco do Espírito Santo Neto,
tornando-a mais atual e, com isso,
alcançou enorme popularidade. Ela
ganhou um sentido mais moderno,
pois freqüentador que era da corte
francesa, ele utilizava seus contos
para criticar os relacionamentos
sociais e a moralidade da época. É
muito conhecida sua frase: “Sirvo-me
de animais para instruir os homens”.
Essas são narrativas pedagógicas
protagonizadas por animais irracio-
nais, cujo comportamento, preser-
vando-se as características próprias,
deixa transparecer inúmeros ensinos,
via de regra proporcionam um resta-
belecimento da saúde emocional aos
seres humanos. As fábulas podem
levar-nos a profundas refl exões.
A palavra fábula é latina (fabula,
ae) e signifi ca relato, conversação,
narração alegórica.
Fábulas são histórias fictícias
que simulam verdades, têm sempre
fundo moral e didático, envolvem
freqüentemente animais falantes
ou divindades e, muitas vezes, apre-
A fábula de La Fontainesentam feição humorística. É dela
que provém o verbo fabulare – em
português “falar”.
O mais antigo fabulista que se
tem notícia foi Esopo, escravo que
viveu na Grécia no século VI antes
de Cristo. Tornou-se famoso pelas
curtas histórias de animais, cada
uma delas com ensinamento sobre
procedimentos inteligentes diante
entre 1668 e 1694, nesta época, as
fábulas tinham elementos da comé-
dia, do drama, além de episódios
que enfocavam a melhor maneira
de utilizar as boas qualidades morais.
Moralidade essa inquestionável, visto
que reafi rma a manutenção do status
quo, isto é, a conservação da ordem
preestabelecida pela sociedade
vigente.
de situações que envolvem moral
e ética. A presença dos animais em
seus contos deve-se principalmente
ao convívio ativo entre os homens e
o mundo animal naqueles tempos.
Ele teve alguns continuadores, como
o romano Fedro (Séc. I a. C.), que enri-
queceu suas fábulas estilisticamente,
e o francês Jean de La Fontaine (Séc.
XVII), entre outros.
La Fontaine reinventou essas
histórias em doze livros publicados
A moral nessas fábulas, apresen-
tada de forma normativa, estabelecia
regras perfeitas e condutas irrepre-
ensíveis, isentas de falhas, tendo
como modelo um comportamento
maniqueísta, ou seja: um modo
“certo”, que necessita ser imitado com
a máxima fidelidade; e um modo
“errado”, que precisa ser completa-
mente banido e evitado.
O maniqueísmo – doutrina que
consiste basicamente em afi rmar a
existência de um confl ito cósmico
entre reino da luz (o bem) e o das
sombras (o mal) – foi fundado por
Mani (Manes ou Manchaeus) na
Pérsia e amplamente difundido no
Império Romano nos séculos III e IV.
Essa postura bipartida do mundo
reduz as criaturas a uma visão de
“o unicamente correto” e o “unica-
mente errado”, dividindo a existên-
cia humana em poderes opostos
e incompatíveis e resulta numa
forma defi ciente de sentir, pensar e
agir diante do mundo. Essa visão é
uma das possíveis responsáveis pela
intolerância e pelo fundamentalismo
vigente ainda na sociedade de hoje.
O desconhecimento em relação
à verdade do outro nos leva a um
modo de ver maniqueísta e, por
decorrência, aos mais diversos tipos
de preconceito: racismo, sexismo e
outros tantos .
Após essas explicações, aqui jul-
gadas necessárias, queremos afi rmar
que as idéias contidas nesta edição,
não pretendem validar fi losofi as dua-
listas ou maniqueístas, nem mesmo
defi nir caminhos únicos para todos
e prescrever o que deve ou não ser
feito da vida que o Criador nos outor-
gou com a lei do livre-arbítrio: “A cada
um segundo suas obras - Jesus”.
Ao comentarmos a fábula citada
em nossa Cultura Espírita, tivemos,
tão somente, a inspiração de levar a
todos uma refl exão de alguns por-
quês da diversidade comportamental
dos indivíduos, para que possamos
nos entender melhor e, ao mesmo
tempo, entender os outros em suas
peculiares maneiras de agir e reagir
ante as diferentes circunstâncias exis-
tenciais. Aqui, contamos apenas uma
dessas deliciosas e divertidas fábulas,
a do “BURRO QUE LEVAVA RELÍQUIAS”.
Mas, chamamos a atenção do leitor,
caso goste e também veja interesse,
para indicação do livro: “La Fontaine
e o Comportamento Humano”, nas
melhores casas e livrarias.
Boa leitura,
O editor.
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MENSAGEIROS DE LUZ
A Livraria Espírita Mensageiros de Luz
comemorará em agosto, 10 Anos de
Atividades divulgando a Doutrina
Espírita e apresenta seguinte progra-
mação de aniversário:
TARDES DE AUTÓGRAFOS
30/Julho/11 - sábado - das 14h às 18h
- O médium e divulgador da Doutrina
Espírita, Américo Simões estará auto-
grafando os romances mediúnicos
recebidos do espírito Clara, “Sem
Amor Nada Seria, Por Entre as
Flores do Perdão e Nenhum Amor
é Eterno”
13/Agosto/11 - sábado - das 14h
às 17:30h - A médium e divulga-
dora da Doutrina Espírita, Maria
Nazaré Doria estará autografando
o Romance Mediúnico “Vozes do
Cativeiro” recebido do espírito Pai
Miguel de Angola e publicado pela
Editora Lumen.
27/Agosto/11 - sábado - das 14:00
às 17:30h - A médium e divulga-
dora da Doutrina Espírita Eliana
Machado Coelho estará autogra-
fando o Romance Mediúnico “Mais
Forte do que Nunca” , recebido do
espírito Schellida e publicado pela
Editora Lumen
As tardes de Autógrafos ocorrerão
na Livraria Espírita Mensageiros de
Luz
Nota - os livros a serem autografados
estão no Clube do Livro Espírita Men-
sageiros de Luz por apenas R$ 18,00
aos seus associados
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Sensacional Show Musical com os
artistas e divulgadores da Doutrina
Espírita: Paula Zamp, Allan Vilches
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14/Agosto/11 - domingo - Das
18:00 às 20:30h - Local - Teatro Muni-
cipal de Osasco - av. dos Autono-
mistas, 1.533 - Campesina - Osasco
- SP - Ingresso - Você troca 01 livro
espírita (novo) por um ingresso do
Evento, na Livraria Espírita Mensa-
geiros de Luz - Nota - os livros serão
posteriormente doados a Biblioteca
Municipal de Osasco, Biblioteca
de Casas Espíritas e de Instiuições
Prisionais.
PINTURA MEDIÚNICA
A Médium pictógrafa Tania Massu-
catti, estará efetuando pintura medi-
única em contra capa de livros adqui-
ridos no dia do Evento. Você adquire
um livro e recebe gratuitamente em
sua contra capa, uma pintura mediú-
nica personalizada.
20/Agosto/11 - sábado - das 14:00 às
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sageiros de Luz
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“HERDEIROS DO NOVO
MUNDO”
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deiros do Novo Mundo”, baseada no
livro de mesmo nome do Espírito
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Por José Rei Chaves
Existe uma doutrina impor-
tante da Igreja, mas pouco
explicada. Trata-se da
Comunhão dos Santos, que é
um dogma antigo do Credo
Católico citado nas missas.
Como todo dogma é
doutrina polêmica, o Espírito
Santo é outro, pois de espí-
rito humano na Bíblia, ele foi
transformado pelos teólogos
no Espírito divino da doutrina
trinitária criada por eles. Na
Bíblia, o Espírito Santo é o espí-
rito de cada um de nós. Assim,
ele é uma espécie de coletivo
de todos os espíritos. (Daniel
13,45, da Bíblia Católica; e 1
Coríntios 6,19).
Também virou dogma a
confl itante doutrina da ressur-
reição da carne, do corpo, pois
pela Bíblia ela é do espírito (1
Coríntios 15,44). As traduções
mais recentes já falam em res-
surreição dos mortos, o que já
é um bom progresso. O maior
teólogo católico da atuali-
dade, o espanhol Andrés Torres
Queiruga, ensina em seu livro
“Repensar a ressurreição”, Ed.
Paulinas, que a ressurreição é
do espírito, inclusive a de Jesus.
O Velho Testamento fala que
Jesus ressuscitaria no terceiro
dia. Porém se trata da ressur-
reição ou aparição em nosso
mundo físico para os seus
apóstolos e discípulos. Mas no
mundo espiritual, Ele ressusci-
tou mesmo no momento de
sua morte. “Pai, em vossas mãos
entrego meu Espírito”. E Jesus
apareceu com o seu Corpo
Espiritual (1 Coríntios 15,44)
materializado, ou seja, o que as
pesquisas científi cas de Kardec
denominaram de perispírito.
Mas os cristãos primitivos, por
ignorância, pensavam que se
tratasse do corpo morto na
cruz.
Sobre a doutrina da
vida eterna, creio que ela virou
dogma porque os primeiros
cristãos, influenciados pelos
cristãos judaizantes saduceus,
não acreditavam em ressurrei-
ção nem em espírito. (Atos 23,8;
e Eclesiastes 9,10). Ademais, a
palavra “eterno” era polêmica,
pois, apesar de ter sido tradu-
zida por um tempo sem fi m,
na verdade ela signifi ca tempo
indeterminado, indefi nido, que
é o sentido do vocábulo grego
“aionios”. O tempo é indefi nido
porque depende do carma de
pagamento dos pecados de
cada um. Mas já havia os teó-
logos que pensavam que era
o sangue de Jesus que pagasse
os nossos pecados, pois eles
achavam que o Espírito de
Deus se sentisse contente,
aliviado e indenizado pelo
pecado de assassinato de Jesus.
Além disso, eles ainda não
tinham descoberto que somos
nós mesmos que pagamos os
nossos pecados. “Ninguém
deixará de pagar até o último
centavo”. (Mateeus 5,26).
E, quanto ao dogma da
Comunhão dos Santos, cer-
tamente os teólogos cristãos
judeus saduceus, como vimos,
contrários que eram à imortali-
dade dos espíritos e ao contato
com eles, repudiavam essa
doutrina, por ela transgredir as
leis mosaicas (não as divinas do
Decálogo), as quais proíbem o
contato com os espíritos dos
mortos, não os diabos, como
dizem alguns líderes religio-
sos. (Deuteronômio capítulo
18). Mas de certa feita, Moisés
defendeu o espiritismo, elo-
giando Heldade e Medade, que
recebiam espíritos (Números
11, 24 a 30).
| discutindo a bíblia |
Os católicos têm contato com
espíritos santos de sua devoção
[email protected] | FRATERNO | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 48 | Julho/Agosto
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| o espírito na escola (parte 13) |
Por Dalmo Duque dos Santos
O conflito entre o Bem e
o mal é uma luta antiga,
milenar, simbolizada por
todas as religiões e fi loso-
fi as regeneradoras. No plano universal
é a lei da polaridade, o Uno e o Verso.
Nos planos inferiores e menores
são as duplicidades e contradições:
treva e luz, pecado e virtude, amor e
ódio, anjo e demônio, céu e inferno.
Mas não é somente o clima físico
que está esquentando no planeta.
A atmosfera psíquica está cada vez
mais quente e tensa, por infl uência
de mentes acostumadas ao uso da
força e da violência para atingir seus
objetivos materiais. Como estamos
em processo de mutação, portanto
mais vulneráveis, essas coletividades
espirituais desencarnadas negativas
infl uem com mais liberdade sobre os
cúmplices encarnados aproveitando-
se das nossas próprias fraquezas
morais. Forças ou correntes do Bem
estão constantemente lutando para
neutralizar essas negatividades. São
coletividades experientes, mas que
também precisam de suporte psí-
quico, nossos bons sentimentos e
boas emissões mentais, para ampliar
sua atuação de socorro e orientação.
Precisam, sobretudo, pois respeitam
radicalmente a lei universal, do uso
correto e sensato do nosso livre arbí-
trio, nas escolhas e ações responsá-
veis. O inverso disso, pela invigilância
e indiferença cotidiana, é o caos e o
desequilíbrio, causado pelas nossas
próprias decisões, das quais teremos
de arcar com as conseqüências.
Combater o medo e a incerteza
Não há como agir em nosso
campo batalhas sem os riscos das
ameaças, represálias e ferimentos.
Educar é gozar o prazer das lições, mas
também as dores da aprendizagem,
junto com os educandos. Não existe
somente a possibilidade do ensino
frio e distante, protegido pela más-
cara dos nossos títulos e das nossas
teorias. Quando entramos nessa luta,
e é realmente uma luta de vida ou
morte, fi zemos uma escolha de um
lado defi nido e não podemos recuar
ou simplesmente debandar para o
lado oposto. Se assim fi zermos perde-
remos a confi ança dos nossos aliados
e o respeito dos adversários. Cada vez
que penso nessa lógica fi co momen-
taneamente apavorado, mas reajo
imediatamente: não existe espaço
para a incerteza e para covardia na
Educação. Medo e timidez é fraqueza
para nós é força para os adversários. As
feras atacam suas vítimas quando elas
revelam o seu medo e sua indecisão
através do suor eliminado e saturado
de adrenalina. Espiritualmente é a
mesma coisa. O medo atrai mentes
perversas e dominadoras, especiali-
zadas nesses ataques psíquicos. No
universo do ensino e da educação, a
timidez e a indecisão permite a ação
dos mais atrevidos e abusados. O uni-
verso espiritual ou etérico é uma com-
plexa sobreposição de mundos que se
interpenetram através das diferentes
vibrações e esferas de manifestação.
Nosso planeta, por exemplo, segundo
vários autores, desde Ptolomeu até
os mais atuais, possui sete esferas
de manifestação, quatro inferiores e
densas, onde predominam as trevas,
a opressão, o terror, a escravidão, o
sofrimento e as dores físicas e morais; e
as três superiores e progressivamente
sutis, onde predomina a liberdade
total em relação á lei da gravidade,
através da luz e da felicidade plena.
No primeiro caso as mentes são
horizontalizadas, como a espinha
dorsal dos animais, submissas pelos
instintos à gravidade e ao magma do
planeta. No segundo caso a mentes
se verticalizaram, se tornando espi-
ritualmente eretas, como os seres
humanos, e assim permanecem até
que evoluam e fl utuem livremente
no éter ou eternidade. A maioria dos
bilhões de Espíritos da Terra, encar-
nados e desencarnados, ainda não
atingiu totalmente essa verticalidade
mental, por isso ainda habita as quatro
esferas inferiores, mesmo aqueles
que já se iniciaram nos processos de
regeneração, já que não conseguiram,
por enquanto, libertar-se totalmente
das “raízes” instintivas que nos pren-
dem nos planos baixos, pela lei da
gravidade. Os Espíritos habitam essas
esferas de acordo como seu padrão
mental e vibratório. Jesus já ensinava
essa verdade dizendo que, na vida
futura, iríamos para onde estivesse o
nosso coração. Numa escala evolutiva,
a quarta esfera é a transição para
condições superiores, onde se pro-
cessam os programas reencarnatórios
regeneradores. As colônias do tipo
“Nosso lar” localizam-se nessa quarta
faixa mental e vibratória . A sabedoria
oriental antiga ensina há milênios que
“ Tudo é mente. Tudo está contido na
mente do Todo. O universo é mental.
A única realidade é Deus e tudo o mais
não passa de ilusão.” Assim , o pensa-
mento, animado pela vontade e pelos
sentimentos, percorre, sem limites,
qualquer dimensão ou distância dos
planos da Criação. Na quarta esfera
espiritual existem também as chama-
das Fraternidades do Espaço, grupos
reunidos por afi nidade de propósitos
e que lutam intensamente contra
as forças do mal predominantes nas
esferas inferiores, grupos também
afi ns que tentam dominar o mundo
carnal, para ampliar seus domínios
de exploração e vícios. Todos esses
grupos fraternos, em todo o planeta,
estão, através de seus líderes, em con-
tato direto com o Governo Espiritual
da Terra, bem como das esferas hierár-
quicas ainda maiores do nosso sistema
solar. Apenas um gesto simples de
mentalização , em forma de prece, nos
liga imediatamente a eles, que respon-
dem prontamente ativando, também
pela mente, os milhões de Espíritos
fi liados para socorrer esses pedidos.
Isso não é superstição do misticismo
irracional, mas ciência psíquica; não
é ritual vazio e sem propósito, mas
procedimento psicológico natural,
espontâneo, da lei de adoração e res-
peito pelas demais Leis do Universo.
Para nós, pouco acostumados com a
abstração mental e muito ligados a
tradição religiosa cristã , eles recomen-
dam a força psíquica dessas palavras
de forte impressão mental , aliadas aos
sentimentos fraternos, e utilizadas há
séculos nos planos etéricos:
Nosso Divino Mestre e
Salvador , fortalecei-nos
e amparai-nos para que
possamos lutar contra as
forças do mal que tentam
dominar o mundo.
Veneráveis Mensageiros
Celestes, auxiliares de Jesus,
fortalecei-nos e amparai-
nos para que possamos
lutar contra as forças do
mal que tentam dominar
o mundo
Pai Nosso, Criador Nosso,
Fonte Eterna de Amor e
de Luz, fortalecei-nos e
amparai-nos para que
possamos lutar contra as
forças do mal que tentam
dominar o mundo
Manter-se em sintonia com o bem
A sabedoria oriental
antiga ensina há
milênios que “ Tudo
é mente”. Tudo está
contido na mente
do Todo. O universo
é mental. A única
realidade é Deus e
tudo o mais não
passa de ilusão
Julho/Agosto | Edição 48 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRATERNO | [email protected]
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Por Nelson V. da Silva
Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente,
minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café
da manhã, na hora do jantar.
E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela
fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, lin-
güiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se
alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a
sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como
tinha sido o meu dia na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de
ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e
geléia e engolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa
naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver
queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse: “ Adorei a torrada
queimada...”
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de
boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha real-
mente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em
seus braços e me disse:
“ - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito
pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma tor-
rada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas.
E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozi-
nheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!
O que tenho aprendido através dos anos é que saber
aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças
entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para
criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos os
dois, a suprir as falhas do outro.
Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma
panela de alumínio brilhando.
Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas,
ela faz tudo fi car cheiroso, de tão limpo.
Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe
assar uma carne como eu.
Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você
tomava banho rápido, sem reclamar.
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu
e que te apóia, eu e ela nos completamos. Nossa família
deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os
dois presentes.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer
tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e fi lhos,
irmãos, colegas e com amigos.
Então fi lho, se esforce para ser sempre tolerante, prin-
cipalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a
você e ao próximo.
Família é prato difícil de preparar. São
muitos ingredientes. Reunir todos é
um problema, principalmente no Natal
e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade
da panela, fazer uma família exige coragem,
devoção e paciência. Não é para qualquer
um. Os truques, os segredos, o imprevisível.
Às vezes, dá até vontade de desistir. Preferi-
mos o desconforto do estômago vazio. Vêm
a preguiça, a conhecida falta de imaginação
sobre o que se vai comer e aquele fastio. Mas
a vida - azeitona verde no palito - sempre
arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir
o apetite. O tempo põe a mesa, determina
o número de cadeiras e os lugares. Súbito,
feito milagre, a família está servida. Fulana sai
a mais inteligente de todas. Beltrano veio no
ponto, é o mais brincalhão e comunicativo,
unanimidade. Sicrano - quem diria? - solou,
endureceu, murchou antes do tempo. Este
é o mais gordo, generoso, farto, abundante.
Aquele o que surpreendeu e foi morar
longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a
mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os
pensamentos e veio aqui me fazer compa-
nhia. Como saiu no álbum de retratos? O
mais prático e objetivo? A mais sentimental?
A mais prestativa? O que nunca quis nada
com o trabalho? Seja quem for, não fi que aí
reclamando do gênero e do grau compa-
rativo. Reúna essas tantas afi nidades e anti-
patias que fazem parte da sua vida. Não há
pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo.
Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a
faca mais afi ada e tome alguns cuidados.
Logo, logo, você também estará cheirando
a alho e cebola. Não se envergonhe de
chorar. Família é prato que emociona. E a
gente chora mesmo. De alegria, de raiva
ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos
alteram o sabor do parentesco. Mas, se
misturadas com delicadeza, estas especia-
rias - que quase sempre vêm da África e do
Oriente e nos parecem estranhas ao paladar
- tornam a família muito mais colorida, inte-
ressante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as
medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo
e, pronto, é um verdadeiro desastre. Família
é prato extremamente sensível. Tudo tem de
ser muito bem pesado, muito bem medido.
Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser
profi ssional. Principalmente na hora que se
decide meter a colher. Saber meter a colher
é verdadeira arte. Uma grande amiga minha
desandou a receita de toda a família, só
porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acre-
dita na receita da família perfeita. Bobagem.
Tudo ilusão. Não existe “Família à Oswaldo
Aranha”, “Família à Rossini”, Família à “Belle
Meunière” ou “Família ao Molho Pardo” - em
que o sangue é fundamental para o preparo
da iguaria. Família é afi nidade, é “à Moda
da Casa”. E cada casa gosta de preparar a
família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas.
Outras apimentadíssimas. Há também as
que não têm gosto de nada - seriam assim
um tipo de “Família Diet”, que você suporta
só para manter a linha. Seja como for, família
é prato que deve ser servido sempre quente,
quentíssimo. Uma família fria é insuportável,
impossível de se engolir.
Há famílias, por exemplo, que levam
muito tempo para serem preparadas. Fica
aquela receita cheia de recomendações
de se fazer assim ou assado - uma chatice!
Outras, ao contrário, se fazem de repente,
de uma hora para outra, por atração física
incontrolável - quase sempre de noite. Você
acorda de manhã, feliz da vida, e quando
vai ver já está com a família feita. Por isso é
bom saber a hora certa de abaixar o fogo.
Já vi famílias inteiras abortadas por causa
de fogo alto.
Enfi m, receita de família não se copia, se
inventa. A gente vai aprendendo aos poucos,
improvisando e transmitindo o que sabe
no dia a dia. A gente cata um registro ali,
de alguém que sabe e conta, e outro aqui,
que fi cou no pedaço de papel. Muita coisa
se perde na lembrança. Principalmente na
cabeça de um velho já meio caduco como
eu. O que este veterano cozinheiro pode
dizer é que, por mais sem graça, por pior
que seja o paladar, família é prato que você
tem que experimentar e comer. Se puder
saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas.
Passe o pão naquele molhinho que fi cou na
porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo. Família é prato que,
quando se acaba, nunca mais se repete.
Fonte: trecho extraído do Livro:
O Arroz de Palma de Francisco Azevedo
| doutrina |
Família é prato difícil de preparar Tolerância
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Ditado pelo Espírito Hammed
A FÁBULA
Um burro carregando a está-
tua de um santo e outras
relíquias; caminhava pelas
ruas da cidade. E por onde
ele passava as pessoas entoavam
hinos e queimavam incenso. Paravam
para vê-lo e fi xavam em sua direção
olhares de admiração.
Alguns até se ajoelhavam.
Imaginando que todas as honra-
rias eram para ele, o burro, cheio de
orgulho, marchava soberbamente
diante do povo. E até fazia paradas
estratégicas quando percebia que a
multidão exultava.
Alguém por ali passava, obser-
vando a pose do animal, advinha o
que lhe passa na cabeça e diz:
Não sejas tolo, ó burro insano!
Deixa de lado essa pretensão! És
pobre de cabeça? Não vês que as
homenagens e as preces dos supli-
cantes são para o santo que carregas
e não para ti?
Quantos burros se imaginam
adorados pelos homens!
Quantos magistrados que nada
sabem são aplaudidos pela impo-
nência da toga!
SEM ASAS PARA VOAR
O notável fi lósofo e matemático
Blaise Pascal escreveu: “A vaidade é
de tal foram inerente ao coração do
homem que todo mundo que ser
admirado – mesmo eu, que assim
escrevo, e você, quem me lê”.
Todos aqueles que não conquis-
taram valor próprio fi cam “sem asas
para voar”. Os homens modestos
legitimam suas habilidades e com-
petências e sabem usá-las com farta
generosidade, porque possuem
autoconsciência das suas virtudes
inatas. Já o vaidoso é inconsciente de
seu potencial e busca conquistá-lo
exteriormente, em vez de desen-
volvê-lo na própria intimidade.
O modesto fala por si só, pelo
silêncio que manifesta, e, quando se
exprime, é por meio da simplicidade,
lucidez e síntese; o presunçoso,
quando quer obter algo, a qualquer
custo, faz discursos pomposos e
arrogantes.
Todos nós apreciamos a consi-
deração, a afabilidade, a atenção, as
homenagens e os agradecimentos.
Manifestação de afeição e reco-
nhecimento faz bem. Quem de nós
haveria de abrir mão desses pronun-
ciamentos?
No entanto, para uma criatura
presunçosa, o aplauso passa ser uma
necessidade constante e vital, e não
uma aspiração momentânea que
corresponda a um fato realmente
merecido.
Certos homens, como o burro
que carregava relíquias, supõem
serem melhores e superiores, não se
enxergam, não percebem o disparate
de suas posturas arrogantes. Mas,
como na fábula, há sempre alguém
que os alerta dizendo:
“- Não sejas tolo, ó burro insano!
Deixa de lado essa pretensão! És
pobre de cabeça? Não vês que as
homenagens e as preces dos supli-
cantes são para o santo que carregas
e não para ti”?
A busca da aprovação pode
ser comparada à história bíblica aos
fi lhos de Isaac – Jácó e Esaú. Ela des-
creve a busca desesperada daquelas
pessoas que tentam comprar a gloria
e a fama por um prato de lentilha.
Um dia em que Jacó preparava
um guisado, voltando Esaú fatigado
do campo, disse-lhe: “Deixa-me
comer um pouco, porque estou
muito cansado”.
Jacó respondeu-lhe: “Vende-me
primeiro o teu direito de primoge-
nitura”.
Ponderou Esaú: “Morro de fome,
que me importa o meu direito de
primogenitura”?
Disse Jacó: “Jura-me, pois, agora
mesmo”.
Esaú jurou e vendeu o seu
direito de primogenitura a Jacó.
Este deu-lhe pão e um prato de len-
O burro que levava relíquias
tilhas. Esaú comeu, bebeu depois se
levantou e partiu. Foi a assim que
Esaú desprezou o seu direito de
primogenitura.
Costumamos entender como
identidade pessoal tudo aquilo que
nos distingue de outra pessoa. For-
mamos a idéia sobre nós mesmos
fundamentada em alguns modelos
ou scripts que nos foram passa-
dos por nossos pais, educadores
e pessoas importantes de nosso
convívio.
Como passar do tempo, percebe-
mos que tanto mais nos assemelhá-
vamos a esses modelos idealizados,
mais éramos amados, admirados e
queridos. De maneira implícita, nota-
mos igualmente que a sociedade e
nossos entes queridos estavam per-
feitamente condicionados a retribuir,
com estima especial e carinho, a doci-
lidade com que cedíamos e adoráva-
mos esse modelo comportamental
que eles acreditavam ser bom.
É comum encontrar na vida social
pessoas que deixa subir a cabeça os
elogios que não são propriamente
para eles:
“Quantos burros não se imaginam
adorados pelos homens! Quantos
magistrados que nada sabem (essên-
cia) são aplaudidos pela importância
da toga (aparência)”!
São indivíduos que defen-
dem dia após dia um “fantasma
mental”, imaginado e feito de
névoa, enquanto alma, verdadeiro
ser real, muito superior a todas as
relíquias, coroas, cetros e direitos
de primogenitura, fica esquecida e
abandonada.
Nossa essência imortal está
repleta de riquezas imensas e infi ni-
tas; nosso espírito é fonte inesgotável
de poderes ilimitados e efi cazes. Por
analogia, a alma assemelha-se a “cor-
nucópia” da mitologia grega: um vaso
em forma de chifre, com abundância
de frutas e fl ores, que expressava a
Julho/Agosto | Edição 48 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRATERNO | [email protected]
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Memórias de Memórias de Chico Xavier
A obsessão nem sempre é
o mal que imaginamos. Foi
através do problema obsessivo
de uma de minhas irmãs,
que fi cou completamente
restabelecida, que cheguei ao
conhecimento do Espiritismo.
De tudo, precisamos saber
extrair o melhor. Sempre que
enfrentarmos em família este ou
aquele problema, necessitamos
de saber decifrar a mensagem
que a Vida está nos enviando em
código.(Extraído do livro “Evangelho de
Chico Xavier” Carlos A. Bacelli)
SEM ASAS PARA VOARTodos aqueles que não
conquistaram valor próprio
fi cam “sem asas para voar”.
Os homens modestos
legitimam suas habilidades e
competências e sabem usá-
las com farta generosidade,
porque possuem
autoconsciência das suas
virtudes inatas.
Já o vaidoso é inconsciente
de seu potencial e busca
conquistá-lo exteriormente,
em vez de desenvolvê-lo na
própria intimidade.
Hammed
fertilidade e a riqueza. Miticamente
relacionada a infância de Júpiter, o
chifre da cabra Amaltéia é símbolo
de plenitude, capacidade e pros-
peridade; características idênticas
as da alma.
A modéstia requer auto-refl exão
e disciplina. A verdadeira simplici-
dade consiste no ato de nos despir-
mos da auto-admiração lisonjeira,
do narcisismo e das falsas noções a
respeito de nós mesmos, para tra-
tarmos do que é verdadeiramente
real.
CONCEITOS – CHAVE
PRESUNÇÃO
Ato de tirar uma conclusão
antecipada, baseada em indícios e
suposições e não em fatos reais; jul-
gamento alicerçado em aparências;
suposição que se tem por verda-
deira; julgamento exageradamente
bom e lisonjeiro sobre si mesmo;
demonstração pública dessa opi-
nião; imodéstia, pretensão, vaidade,
confi ança excessiva em si mesmo.
SCRIPTS
Muitos de nós tentamos escon-
der os nossos pontos fracos e nos
mostramos diante dos outros com
aparências imponentes, repre-
sentando papéis sociais que não
correspondem aos fatos. Simular
socialmente um script é formar uma
idéia inconsciente e distanciada da
realidade em que vivemos, suponde
ou pensando sermos o que não
somos. Em várias circunstâncias, nós
nos utilizamos de uma aparência
enganadora para ocultar ou dis-
farçar nossos confl itos, desajustes,
fragilidade e pontos vulneráveis.
CORNUCÓPIA
Segundo a Mitologia, Júpiter,
fi lho de saturno e de Réia, foi sepa-
rado da mãe ao nascer e amamen-
tado por uma cabra, única maneira
de livrá-lo das garras do pai que,
temendo ser destronado por um de
seus descendentes, engolia-os logo
que nasciam. Assim, Júpiter cresceu
tendo como ama de leite a mitoló-
gica cabra de leite Amaltéia. Um dia,
enquanto o deus infante brincava
com a ama, quebrou sem querer um
de seus chifres. Para compensar sua
imprudência, Júpiter prometeu a ela
que o corno que restara despejaria
sempre e em abundância fl ores e
frutos. E quando Amaltéia morreu,
para agradecer os cuidados que dela
recebeu de criança, o jovem deus
Júpiter colocou-a no céu, brilhando
na constelação de capricórnio. Do
mito para vida, temos a imagem do
vaso corniforme, que se representa
cheio de fl ores e frutos, e a cornu-
cópia, símbolo da abundância, da
plenitude, da profusão gratuita dos
dons divinos que jazem na essência
de cada um, aguardando para serem
acordados.
MORAL DA HISTÓRIA
Aqueles que se vangloriam
com os bens dos outros se expõe
ao riso daqueles que os conhe-
cem. Narcisistas são visionários da
própria imagem. O que acontece é
que o narcisista identifi ca-se com a
imagem auto-criada. O self (essência)
fi cou escondido, porque a imagem
inventada deixou-o nublado. Os
narcisistas são presunçosos, não
funcionam em termos do “eu ver-
dadeiro”, porque lhes é ignorado;
não olham para si mesmos, é como
se olhassem seu refl exo no espelho.
E assim perdem a oportunidade
de amadurecer, impedindo que os
sentimentos verdadeiros ocupem o
espaço que lhes cabe. Personagem
mitológico extremamente belo e
vaidoso, Narciso se atira nas águas,
apaixonado pela própria imagem
refl etida no lago. Por extensão, a
psicologia defi ne o narcisismo como
“estado em que a libido é dirigida ao
próprio ego”. Qualquer semelhança
com os narcisismos da vida não será
mera coincidência, pois eles procu-
ram se sustentar emocionalmente
pelas aparências e não cultivam os
dons divinos que lhes foram gra-
tuitamente oferecidos. São como
peças decorativas: jazem em deter-
minados espaços para esconder um
vazio, para camufl ar a solidão de um
canto ou um vão ocioso de uma
sala. São ornamentos, nada mais.
REFLEXÕES SOBRE ESTA
FÁBULA E O EVANGELHO
“É preciso guardar de confundir
a fé com a presunção. A verdadeira
fé se alia a humildade; aquele que
possui coloca sua confiança em
Deus mais do que em si mesmo,
porque sabe que, simples instru-
mento da vontade de Deus, não
pode nada sem Ele (..)” (ESE, cap 19,
item 4, Boa Nova editora)
“Vivei em boa harmonia uns
com os outros. Não vos deixeis levar
pelo gosto das grandezas; afeiçoai-
vos com as coisas modestas. Não
sejais sábios aos vossos próprios
olhos” (Romanos 12:16)
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Por Luiz Guilherme Marques
Ninguém lhe conhecia a
origem. Ela aparecera em
Magdala, numa ocasião
em que a cidade trans-
bordava de estrangeiros, vindos das
festas de Jerusalém e de caravanas
carregadas de especiarias do Egito.
A cidade, também denominada de
Migdol Nunaya no Talmude, era
uma aldeia de pescadores, na beira
ocidental do lago de Genesaré.
Os palácios se erguem, ao longo
da praia, entre os leques das palmei-
ras e a sombra dos jardins.Nas ruas
calçadas, trafegam os mercadores,
soldados de escudo e lança, publi-
canos, o povo. Pelas mãos circulam
dracmas, sestércios, denários e papi-
ros cambiais aos sons do hebraico,
aramaico, grego e latim. Ela chegara
e logo adquirira fama: Maria. Logo se
lhe acrescentara à denominação, o
nome da cidade: de Magdala.
Era uma mulher de grandes olhos
nostálgicos e de longos cabelos
caídos sobre as espáduas, como
onda escura de ouro. Seu palácio era
procurado pelos príncipes das sina-
gogas, ricos negociantes, opulentos
senhores de terras e de escravos,
funcionários de alta categoria da
administração herodiana, que lhe
depositavam no regaço moedas de
ouro, jóias, dracmas de prata, perfu-
mes raros, presentes exóticos.
Ela se dava ao luxo de escolher
quem lhe aprouvesse e se tornou
detentora dos segredos dos fariseus,
aqueles que baixavam a cabeça na
rua, com ares pudicos, mas que a
buscavam, embuçados em mantos
negros, a horas mortas.
Maria, de Magdala ou Madalena,
contudo, não era feliz. Surda tristeza
a minava, entregando-se, por vezes,
dias seguidos, à profunda amargura.
Espíritos infelizes a tomavam, em
noites variadas, deixando-a alheada,
olhos perdidos no mistério de inson-
dáveis distâncias. Nessas horas, as
servas despediam, do átrio, todos os
Maria de Magdalaque a buscassem. Alguns homens,
sentindo-se preteridos, dobravam
as ofertas pelas horas de prazer que
anteviam. Tudo em vão.
“Numa noite de perfumes pri-
maveris, instada por uma serva de
confi ança, dedicada e fi el, permitiu
um diálogo” (1) sobre o Rabi que
andava pelas estradas da Galiléia e da
Judéia. Sentiu a esperança renascer,
ante a informação de que aquele
Rabi convivia com os pecadores, os
excluídos. Ele viera para encontrar o
que estava perdido.
Numa noite que “balouçava luzes
miúdas no fi rmamento escuro” (1),
servindo-se de uma embarcação,
atravessou o lago e foi ter com Ele,
em Cafarnaum.
Quando Ele veio a Magdala, ela
tomou de um vaso de alabastro
que continha o perfume do lótus.
Custara-lhe o preço de um campo.
Era seu presente ao Amigo.
Sabendo-O em casa de Simão,
para lá se dirigiu. Como bom fariseu,
Simão experimentava um gozo
particular em ostentar virtudes e
recepcionar amigos, apresentando,
em seu palácio, personalidades que,
por qualquer motivo, se tornaram
famosas. Durante meses, após um
banquete, os comentários persistiam
na cidade, acerca dos personagens
que sua casa acolhera.Com Jesus não
fora diferente. Ele e dois de seus discí-
pulos haviam “merecido” a distinção
de um banquete na rica vivenda
de Simão. Quase ao seu fi nal, ouvi-
ram-se gritos e altercações. Depois,
rompendo a segurança, Madalena
irrompe na sala.Tudo se deu tão
rápido! Ela se arroja aos pés do Rabi
que permanece impassível, na posi-
ção em que se encontrava. Surdos
cochichos perpassam pelo ambiente.
Simão se enche de cólera, ante o
epílogo desastroso do seu jantar.
Teme mandar expulsá-la, porque
sabe da sua coragem e ousadia. Ela
o conhece muito bem, bem como
a tantos outros que ali se apresen-
tam como homens de honra. Jesus
serve-se do momento para lecionar
o Amor, exaltando o gesto daquela
mulher que ajoelhada a seus pés,
rega-os com suas lágrimas, enxuga-
os com seus cabelos e os unge com o
excelso perfume que impregna todo
o ambiente, concluindo: “Por isso te
digo que os seus muitos pecados lhe
são perdoados, porque muito amou;
mas aquele a quem pouco é perdo-
ado, pouco ama.”(Lucas, VII, 47)
Ergue-se a voz de Jesus com
infi nita majestade: “Mulher, a tua fé te
salvou; vai-te em paz.”(Lucas, VII, 48)
“Na manhã seguinte Magdala
soube, pasmada, a notícia da con-
versão da pecadora. Distribuíra tudo
quanto possuía e, com o estritamente
necessário, iniciara nova vida.” (1)
As vozes da desonra e do des-
peito sussurravam que ela voltaria às
noites de prazer, que enlouquecera,
que sempre fora louca.
Ela se juntou aos que seguiam o
Mestre. Discreta, mais de uma vez,
recebeu a bofetada da desconfi ança.
Sabia que não confiavam em sua
renovação, nem se davam conta de
quantas tentações ela estava procu-
rando sublimar.
Chegados os dias da denúncia de
Judas, a prisão de Jesus, o julgamento
arbitrário, ei-la, caminhando para o
Gólgota, acompanhando-O. Perma-
neceu ao pé da cruz, junto a Maria e
o discípulo João. “Quando a cabeça
D’Ele pendeu, desejou cingir-lhe
outra vez os pés e osculá-los com ter-
nura, mas se sentiu imobilizada.” (1)
No domingo, indo ao túmulo
com Joana de Cusa, Maria, a mãe de
Marcos e outras mulheres, encon-
trou a pedra do sepulcro removida,
dobrados os lençóis que lhe haviam
envolvido o corpo. Ela temeu que os
judeus houvessem roubado o seu
corpo. Enquanto as demais mulheres
retornaram a Jerusalém a informar o
ocorrido, ela permaneceu no jardim,
a chorar. A saudade feita de dor lhe
estrangulava o peito, quando ouviu
a voz d’Ele, chamando-a pelo nome.
O Mestre estava ali, vivo, radioso
como a madrugada recém nascida.
Foi anunciar o fato aos discípulos,
que não creram. Por que haveria
Jesus de aparecer a ela, logo para
ela? Somente Maria, a mãe d’Ele, a
abraçou e lhe pediu detalhes.
Os dias que se seguiram foram de
saudades e recordações. As notícias
lhe chegavam doces. O encontro
com os jornaleiros dos caminhos
de Emaús. A pesca incomparável. A
jornada a Betânia. Após 40 dias, no
Monte das Oliveiras, junto aos qui-
nhentos discípulos, O viu ascender
lentamente, as mãos voltadas para
eles, como num gesto de afago, as
vestes luminosas, desaparecendo
ante seus olhos.
Desejou então seguir com os
novos disseminadores da Boa Nova.
Temeram que sua presença pudesse
ser perniciosa, semeando descon-
fi ança, naqueles dias incipientes das
luzes do novo Reino.
Ela experimentou soledade e
abandono e, para arrefecer a imensa
saudade do Rabi, passou a andar
pelas longas praias que tanto O
recordavam.
Sentiu a esperança renascer, ante
a informação de que aquele Rabi
convivia com os pecadores, os
excluídos. Ele viera para encontrar o
que estava perdido
Julho/Agosto | Edição 48 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRATERNO | [email protected]
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Por Emmanuel e Chico Xavier
Pesam sobre os corações atri-
bulados da Terra as amargas
apreensões com respeito ao
fatalismo da guerra.
E, infelizmente, ninguém poderá
calcular a extensão dos movimentos
que se preparam objetivando a luta
do porvir.
A Europa atual parece guardar a
“liderança” da cultura dos povos.
Todavia, é fácil estabelecer-se
um estudo analítico de sua situa-
ção hodierna, de pura decadência
intelectual depois das catástrofes de
1914-1918.
As ditaduras européias revivem
na atualidade a época napoleônica
na pátria francesa quando, segundo
Chateaubriand, tudo respirava o
senhor, homenageava o senhor e
vivia para o senhor.
No Velho Mundo, em todos os
países que o constituem, vive-se o
governo e mais nada.
O livro, a escola, a ofi cina, o clube
são núcleos de recepção do pensa-
mento dos maiores ditadores que o
mundo há conhecido.
A imprensa manietada pelas
medidas draconianas não pode criar
o cooperativismo intelectual das
classes e das administrações, obri-
gada a viver a de fase união absoluta
aos programas que sobrevieram à
grande guerra; não podem produzir
à grande guerra; não podem produzir
expressões que abranjam a solução
dos enigmas destes tempos novos,
coibidos ou trabalhados por leis vexa-
tórias e humilhantes e vemos pelo
mundo inteiro a invasão das forças
perversoras da consciência humana.
Jornais integrados das doutrinas
mais absurdas, falsa educação pelo
rádio que vem complicar sobre-
maneira a situação e os livros da
guerra, a literatura bélica, inflada
de demagogias e de estandar-
tes, de símbolos e de bandeiras
incentivando a separatividade.
Qualquer estudioso desses
assuntos poderá verifi car a verdade
de nossas afi rmações.
Os homens, nesta fase de pre-
parações armamentistas vivem
uma época de profunda pobreza
intelectual.
O porvir há de falar aos pósteros
dessas coisas, sem necessitar que
encareçamos essas realidades aos
vossos olhos.
O mundo tocou a uma fase
evolutiva em que é preciso encarar
a questão da fraternidade humana
para resolvê-la com justiça.
Os governos fortes, fatores da
decadência espiritual dos povos que
guardavam consigo a vanguarda evo-
lutiva do mundo, não podem trazer
uma solução satisfatória aos proble-
mas profundos que vos interessam.
Afigura-se-nos que a função
das ditaduras é preparar as reações
incendiárias das coletividades.
O que o planeta necessita é de
se criar uma nova forma de justiça
econômica entre os povos.
Que se aventem medidas conci-
liadoras para essa situação de paupe-
rismo e de alto imperialismo das nações.
Os que estudam a política inter-
nacional podem resolver grande
parte dos fenômenos que con-
vulsionam quase todos os países,
analisando a chamada questão das
matérias primas.
Matérias primas querem dizer
colônias.
Colônias querem dizer – possibili-
dades de vida e de expansão.
É verdade que na Espanha atual,
antes de tudo, reside o imperativo da
dor, redimindo grandes culpados de
outrora, constituindo essa dolorosa
situação um dos quadros mais ter-
ríveis das provações coletivas, mas
não só as ideologias extremistas ali se
combatem, pressagiando um novo
organismo político para o mundo.
Um dos diretores de um manicô-
mio espanhol asseverava há pouco
tempo que mais de 400 pessoas em
um ano tinham procurado refugio,
como loucos, nesse pouso de alie-
nados em virtude das necessidades
imperiosas da fome.
A Espanha é pobre de terras.
De cem hectares de terreno,
talvez somente uns trinta poderão
oferecer campo propício à agricultura.
Não só a velha península se
debate nessas necessidades tão duras.
A China não está suportando
o aumento contínuo de sua popu-
lação.
O Japão vem se fortifi cando para
poder nutrir o seu povo.
A Alemanha reclama suas antigas
possessões.
A Polônia estuda um projeto de
colocar na África ou na América mais
de 10.000.000 de criaturas que a sua
possibilidade econômica não está
comportando.
Nessas aluviões de protestos
ouvem-se os tinidos das armas e
melhor fora que o homem voltasse
suas vistas para o campo fraterno, antes
da destruição que se fará consumar.
Seria melhor estudar-se a ques-
tão carinhosamente, analisando-se
os códigos das medidas imigratórias
e que as nações não se deixassem
dominar tanto pelos pruridos de
nacionalismo, tentando estabelecer
um plano de concessões racionais
e resolvendo-se a questão da troca
de produtos ente os países, solucio-
nando-se o enigma da repartição
que a economia política não pode
conseguir até hoje, não obstante sua
perfeição técnica no círculo da dire-
ção das possibilidades produtoras.
O que verifi camos é que sem a
prática da fraternidade verdadeira
todos esses movimentos pró-paz são
encenações diplomáticas sem um
fundo pratico apesar de suas inten-
ções respeitáveis. Mas... O mundo não
se acha à revelia das leis misericor-
diosas do Alto e estas, no momento
oportuno, saberão opor um dique à
chacina e ao arrasamento.
Confi emos nelas, porque os códi-
gos humanos serão sempre docu-
mentos transitórios como o papel em
que são arquivados, enquanto não se
associarem parágrafo por parágrafo
ao Evangelho de Jesus.
(Do livro: Ação, Vida e Luz – CÉU)
Numa dessas tardes, encon-
trou leprosos que vinham de
muito longe buscar o socorro da
cura. Ela os abraçou, dizendo-lhes
que Jesus já partira. Deteve-se
por horas a falar, saudosa, do que
aprendera com quem era o Cami-
nho, a Verdade e a Vida.
Depois, seguiu com eles ao
vale dos imundos.
Sentindo que a seiva da vida
diminuía em suas veias, desejou
rever a doce Mãe de Jesus, aquela
que tanto a afagara em suas amar-
guras, e foi a Éfeso, morrendo às
portas da cidade, sendo branda-
mente recolhida nos braços do
Amor não Amado.
A biografi a de Maria de Mag-
dala representa um dos mais
importantes capítulos da história
do Cristianismo, destacando-se
como lições memoráveis sua
fi xação na ilusão da beleza sem
proveito e sua posterior dedi-
cação aos leprosos do Vale dos
Imundos.
Chama a atenção a referência
de Jesus na casa do magnata
Simão: “Por isso te digo que os
seus muitos pecados lhe são per-
doados, porque muito amou.”
Conhecia Jesus a essência
daquela alma profundamente
amorosa, temporar iamente
sucumbida sob o peso da ilusão
da beleza física mal empregada.
Por isso investiu na sua recupe-
ração, incentivando-a a mudar
de vida, o que ela aceitou com
a firmeza adamantina da sua
personalidade forte e iniciou um
rumo novo. Ela escandalizou os
falsos moralistas quando vivia
da prostituição, escandalizou-os
novamente quando abandonou
esses hábitos nocivos.
Passando a empregar sua
vitalidade sobretudo na área afe-
tiva, esvaziou gradativamente sua
libido, transformando-se, depois
da Mãe de Jesus, no maior exem-
plo de Amor na face da Terra.
| mensagem |
A decadência intelectual dos tempos modernos
[email protected] | FRATERNO | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 48 | Julho/Agosto
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| momento fraterno |
Por Jussara Ferreira da Silva
Amigos leitores,
Dentre tantas situações
que vivenciamos diaria-
mente, o relacionamento
humano é para mim uma
das mais difíceis tarefas. Sempre
muito observadora, e ouvindo mais
do que falando, cresci assistindo aos
desenrolares da vida cotidiana de
várias pessoas, inclusive da minha
própria. Como não sou especialista
no assunto, vou tentar expressar o
que sinto a respeito.
Em vários formatos, os relaciona-
mentos encontram-se nos ambientes
escolar, profi ssional, religioso, social e
doméstico.
Na escola passamos a nossa
infância e compartilhamos das
mesmas dúvidas das outras crianças
e jovens. Da maneira correta, mas
não obrigatória de soletrar o ípsilon,
até os bits, bytes, kbytes, megabytes,
gigabytes, etc, que configuram a
capacidade do nosso computador
doméstico, estamos envolvidos com
os demais alunos nos amparando e
nos preparando para o ano que em
breve se encerrará, levando com ele
as nossas dúvidas.
Quando um novo ano se inicia e
nos deparamos com os novos colegas
de classe, e quando percebemos que
aquele aluno que nos amparava saiu
da escola, liberando a vaga para um
novo relacionamento, percebemos
que a continuidade daqueles dias de
outrora foi sem deixar rastros. Diante
de novas amizades e possibilidades,
conseguimos enfi m, defi nir o valor
daquele megabyte que tanto nos
incomodava. E assim passamos por
esse ambiente, assustador no início,
mas magnificamente adaptado às
nossas necessidades e curiosidades.
No ambiente profi ssional, embora
devêssemos considerar o menos
importante, nos exige muita paci-
ência e um certo “jogo de cintura”
porque é nele que passamos a maior
Amadurecerparte do nosso tempo acordados.
Com algumas exceções esse tempo
pode variar, mas normalmente os
nossos dias são dedicados a ele. Acor-
damos preocupados com o horário
que devemos cumprir e, da mesma
forma, dormimos com os deveres
cobrando a nossa atenção.
Algumas vezes os relacionamen-
tos no trabalho tiram o nosso sono e
o substituem por lágrimas e dúvidas
que somente o dia seguinte poderá
resolver, porém, quando nos damos
conta disso, o dia já amanheceu.
São relacionamentos conduzidos
pela hierarquia, companheirismo,
concorrência, dentre outros. Em
poucos casos, conseguimos visualizar
uma “luz no fi m do túnel” somente
quando passamos dos 40 anos
de idade, ou seja, quando já nos
fi rmamos na carreira. Uma equipe
madura é, sem dúvida, um bálsamo
nas relações do trabalho.
No ambiente religioso, que pode
acontecer simultaneamente ao esco-
lar e profi ssional, achamos que esta-
mos prontos para uma vida dedicada
ao amor ao próximo. Lamentamos
cada momento perdido sem a prática
desse amor e, achamos que somos
capazes de nos lançar incondicional-
mente a essa tarefa tão sutil. Passado
algum tempo, percebemos que nada
sabíamos e continuamos sem saber,
porque o amor ao próximo deve ser
experimentado e praticado dia a
dia, mas é exatamente o nosso dia
a dia que nos difi culta, quando não
impede, o pensamento e as ações
direcionadas ao bem e à caridade.
Pensamos em melhorar cada
dia mais, pedimos conselhos, assis-
timos ao evangelho, fazemos nossas
orações, meditamos, lemos e, ainda
assim, nos sentimos insatisfeitos com
a nossa pequena participação no
cenário de luz e amor que envolve
o ambiente religioso. Esse ambiente
é o palco das grandes amizades.
É nele que, mesmo sem darmos
conta, crescemos espiritualmente. E
partir daí, passamos e entender que
os mais belos gestos de amor ao
próximo estão nas pequenas ações
e pensamentos.
Socialmente nos lançamos aos
relacionamentos sem a preocupação
das aparências. Somos o que somos.
Desprendidos, atuantes, carismáticos
e outros adjetivos mais. Os movimen-
tos são livres, pois, normalmente já
estamos maduros e sabemos como
nos comportar para conquistar novas
amizades e ampliar o convívio social.
As festas, recepções, eventos cultu-
rais, esportivos, dentre tantos outros,
são os nossos “momentos de folga”.
São momentos de lazer, de prazer, de
sorrir, de se divertir com a vida.
Porém nosso comportamento
requer atenção, visto que somos
passíveis de pequenos e grandes
erros. Dessa forma, melhor é nos
fi scalizarmos para não “sairmos da
linha”. Numa idade tenra sequer
lembraremos desse conselho, se é
que nessa época já o conhecemos.
Quando maduros, já nos fi scalizamos
tanto que os convites sociais acabam
sendo suprimidos por atividades,
digamos, mais caseiras.
Contudo, desde os ambientes
escolar, profi ssional, religioso e social,
vimos participando de pequenos
e até profundos relacionamen-
tos. No desenrolar das atividades
escolares, profi ssionais, religiosas e
sociais, conhecemos pessoas que
nos marcaram profundamente.
Em alguns casos, conquistamos a
simpatia dessas pessoas e passamos
a observá-las mais atentamente e
percebemos que, ao fazermos isso, o
coração nos acompanha num ritmo
maior do que o normal.
São essas pessoas que tocam o
nosso coração e com elas queremos
dividir a nossa vida, compartilhar
cada momento, cada experiência
nossa. E, na mesma intensidade que
o relacionamento se construiu, o
amor se instala e domina o nosso
pensamento e nos conduz a uma
das maiores alegrias que podemos
viver: o namoro.
Nessa fase sonhamos e fazemos
planos para o futuro. Ensaiamos
algumas ações na expectativa de
amadurecermos a idéia de, em breve,
termos a nossa casa, o nosso lar e nele
criarmos os nossos fi lhos. É uma fase
renovadora. Voltamos a ser crianças,
as músicas nos comovem e somos
capazes de passar horas quietos,
absortos, a imaginar uma vida feliz.
Do namoro, então numa forma
mais madura, partimos para o casa-
mento, a união de dois seres que se
amam, que trocam juras de amor, que
passam, então, a dividir o mesmo teto.
Numa fi gura de expressão, juntamos
as escovas de dente e entendemos
que, a partir daí, tudo será maravi-
lhoso, pois todos os dias estaremos
com a pessoa que amamos.
E é nesse ambiente doméstico que
partimos para o maior aprendizado de
nossa vida. Aprendemos o que sig-
nifi cam as juras de amor, no sentido
prático e sentimental. Aprendemos
No ambiente religioso, que pode acontecer
simultaneamente ao escolar e profi ssional,
achamos que estamos prontos para uma vida
dedicada ao amor ao próximo. Lamentamos cada
momento perdido sem a prática desse amor
e, achamos que somos capazes de nos lançar
incondicionalmente a essa tarefa tão sutil
Julho/Agosto | Edição 48 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRATERNO | [email protected]
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Como poucos sabem, o MEC
decidiu fechar até o fi nal
do ano o Instituto Benja-
min Constant, uma Escola
de Ensino Regular Especializada na
Educação de Cegos, com Turmas
que vão desde a Estimulação Pre-
coce até o 9º. Ano (Antiga 8ª. Série)
do Ensino Fundamental, e com
Atendimento Especializado reali-
zado com os Reabilitandos (Viden-
tes - pessoas que enxergam - que
fi caram cegos por alguma razão).
O fato saiu no Jornal O Globo
inclusive, mas não chegou a ser
a grande notícia da semana, pois
poucos sabem o significado da
Instituição para o País.
Não somente querem fechá-lo,
mas também ao INES (para Surdos)
e ir aos poucos acabando com as
Escolas Especializadas em Educa-
ção Especial, qualquer que seja a
necessidade.
Em nosso País o Sistema de
Ensino não consegue suprir as
necessidades dos Alunos Regulares,
quem dirá dos Especiais.
Cansamos de ver Escolas com
Falta de Material, falta de Professo-
res e que Carecem de Meios para
que se tenha Controle dos Alunos
e lhes ensinem Valores Morais já
esquecidos na Sociedade atual, e
ainda entra em cena o “Bullying”
(palavra tão usada ultimamente)
que emerge desta Impotência Moral
iniciada no Ambiente Escolar.
No Instituto, as Crianças se
sentem Parte de um Todo, não
sofrem preconceitos, mas saem de
lá Prontas para enfrentá-los, Prontos
para enfrentar nosso Mundo de
Videntes Egoístas.
Lá elas aprendem a Andar sem
Cair ou Bater em Objetos, aprendem
a Comer, têm Esportes Específi cos,
desde pequeninos são estimulados.
Alguns dos Alunos inclusive
passam a semana no Instituto,
são Alunos Internos do Benjamin
Constant.
Alguns Alunos são Internos
| utilidade pública |
Fechamento do institutoo exercício da paciência, do amor
incondicional ao próximo, sem querer
nada em troca. Os repentes de insatis-
fação são afastados em prol de uma
causa maior: a felicidade de todos.
E nesse ambiente doméstico,
acrescentam-se outros atores. O
círculo de convivência aumenta. A
atenção destinada somente a uma
pessoa, passa a ser dividida. Aquela
pessoa que, até certo tempo, era
o centro das atenções, conhece os
efeitos dessa divisão e, por vezes,
abre mão das suas necessidades ou
vontades propiciando momentos de
verdadeira compreensão.
Assim deveria ser. Mas lamenta-
mos que, na prática não alcançamos
essa perfeição. Quando os nossos
relacionamentos não são prazero-
sos, quando a convivência se torna
difícil, quando a paciência e o amor
necessários parecem não existir mais,
devemos, primeiramente, reconhecer
esse momento. Reconhecer que pre-
cisamos de ajuda, que não sabemos
por onde começar.
O início é esse. Reconhecer.
Reconhecer que também erra-
mos, mas, acima de tudo, podemos
acertar.
Reconhecer que, se causamos
tristeza em alguém, também somos
capazes de fazê-la sorrir.
Reconhecer que, se tiramos a
esperança de alguém, podemos
mostrar que a esperança pode ser
renovada.
Reconhecer que se ofendemos,
podemos pedir perdão.
Reconhecer que somos capazes
de aceitar as falhas alheias, porque
um abraço não nos custa nada.
Enfim, reconhecer que tudo
nessa vida tem um lado bom, senão
maravilhoso, que vale a pena des-
cobrir.
Reconhecer que Jesus, nosso pai
e amigo, nos acompanha e sempre
estará pronto para nos indicar o
caminho certo a seguir.
Um abraço a todos!
porque os Pais não têm condições
de levar e buscar, seja por Difi culda-
des Financeiras ou de Trabalho (as
Aulas são em Tempo Integral).
Com Cuidadores para auxiliá-los
a semana toda, Dormitórios Estru-
turados, Refeições bem preparadas
pelas “Tias da Cozinha” e elaboradas
por Nutricionistas, algumas Crianças
só têm na vida o Instituto.
Posso parecer que estou exage-
rando, mas não é.
A maioria das Crianças não
são somente Cegas, algumas têm
Doenças Degenerativas , ou seja, a
Doença vai piorando a um estado...
que...enfi m.
No IBC é onde elas são aceitas
e têm Assistência de Profi ssionais
Capacitados.
Só tentar descrever pelo e-mail
é complicado, aconselho que tirem
um dia e visitem o Instituto.
Estar presente e até mesmo
fazer Trabalho Voluntário lá pode
mudar o jeito que temos de ver a
vida, e com sorte nos tornar pessoas
melhores.
Essa luta não é por mim.
É uma luta EXTREMAMENTE
pelos Alunos, pelo próximo!
Geralmente só percebemos
diferentes situações fora de nosso
círculo social quando nos afeta de
alguma maneira.
Quem tem “Alguém Especial”
por perto sabe das difi culdades que
enfrentamos, bate de frente com
o preconceito, a desigualdade e o
descaso que cai sobre eles.
Meu principal objetivo com este
e-mail é conscientizar as pessoas,
principalmente os Cariocas, da
importância desse Centro de Refe-
rência para Cegos de todo o Brasil.
E é um motivo de orgulho para
nós ter tal Instituição que capacita
tão bem seus alunos.
Vamos lutar contra esse absurdo
de fechar o IBC!
Se quiser colaborar, agradece-
mos muito!
Abaixo assinado: http://www.
peticaopublica.com.br/PeticaoVer.
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Vamos repassar essa corrente
de luta e amor ao próximo, por isso
imploro para que repasse, por favor,
para TODOS os seus contatos essa
mensagem!
O Instituto Benjamin Constant
fi ca na Avenida Pasteur - Urca (Pró-
ximo a Botafogo, na Calçada do
Campus Praia Vermelha da UFRJ e
Uni Rio) caso queira conhecer.
Site: http://www.ibc.gov.br/
Te esperamos lá!
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TEREZA NESTOR DOS SANTOSAdvogada Trabalhista
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Felipe, o velho pescador fi el ao
profeta Nazareno, meditando
bastas vezes na grandeza
do Evangelho, punha-se a
monologar para dentro da própria
alma.
A “Boa Nova” – dizia consigo
mesmo – “era indiscutível um monte
divino, alto demais, porém conside-
rando-se as vulgaridades da existên-
cia comum. O Mestre era sem dúvida,
o embaixador do Céu. Entretanto,
os princípios de que era portador
mostravam-se transcendentes em
demasia. Como enfrentar as difi cul-
dades e resolvê-las? Ele, que acom-
panhava o Senhor, passo a passo,
atravessava obstáculos imensos, de
modo a segui-lo com fi delidade e
pureza. Momentos surgiam em que,
de súbito, via esfaceladas as promes-
sas de melhoria íntima que formulava
a si próprio. É quase impraticável a
ascensão evangélica. Os ideais, as
esperanças e objetivos do Salvador
permaneciam excessivamente lon-
gínquos ao seu olhar... Se os óbices
da jornada espiritual lhe estorvavam
sadios propósitos do coração, que
não ocorreriam aos homens inscien-
tes da verdade e mais frágeis que
ele mesmo?
Em razão disso, de quando em
quando interpelava o Amigo Celeste,
desfechando-lhes indagações.
- Felipe, não te deixes subjugar
por semelhantes pensamentos.
É indispensável instituir padrões
superiores com a revelação dos
cimos inspirando os viajores da
vida e estimulando-os, quando for
necessário... Se não descarregamos
a beleza do píncaro, como educar
o espírito que rasteja no pântano?
Não menosprezes, impensada-
mente, a claridade que refulge,
além...
- Mas, Senhor – obtemperava o
companheiro sincero -, não será mais
justo graduar as visões? O amor que
pleiteamos é universal e infi nito. A
maioria das criaturas porém, sobre
estreiteza e incompreensão. Muitos
homens chegam a odiar e perseguir
como se praticassem excelentes vir-
tudes. Filósofos existem que conso-
mem a vida e o tempo entronizando
os que sabem tiranizar. É razoável,
portanto, diminuir a luz da revelação,
para que se não ofusque o enten-
dimento do povo. No transcurso
do tempo, nossos continuadores
se encarregariam de mais amplas
informações...
O Cristo sorria benevolente, e
acrescentava:
Se as idéias redentoras de nossos
ensinamentos são focos brilhantes de
cima, reconheçamos que a mente do
mundo está perfeitamente habilitada
a compreendê-las e materializá-las.
Não é a coroa da montanha que
perturba a planície. E se obstáculos
aparecem, impedindo-nos a subida,
estas difi culdades pertencem a nós
mesmos. Uma estrela beneficia
sempre, convida ao raciocínio ele-
vado; no entanto, jamais incomoda.
Não mal digas, pois, a luz porque
todo impedimento na edifi cação do
Reino Celeste está situado em nós
mesmos.
O velho irmão penetrava o ter-
reno das longas perquirições interio-
res e concluía afi rmando:
- Senhor, como eu desejava com-
preender claro tudo isso!
Silenciava Jesus na sua Habitual
meditação.
Certo dia, ambos se preparavam
para alcançar os cimos do Hermom,
em jornada comprida e laboriosa,
quando o apostolo, ainda em baixa
altitude, se pôs a admirar, deslum-
brado, os resplendores que fl uíam
da cordilheira.
Terminara o lençol verdoengo
e fl orido.
Atacaram a marcha do carreiro
íngreme.
Agora era a paisagem ressequida
e nua.
Pequeninos seixos pontiagudos
recheavam o caminho.
Não obstante subirem devagar,
Felipe, de momento a momento,
rogava pausa e, suarento e inquieto,
sentava-se a margem, a fi m de alijar
pedras minúsculas que, sorrateiras,
lhe penetravam as sandálias. Gastava
tempo e paciência para localizá-la
entre os dedos feridos. Dezenas de
vezes pararam, de súbito, repetindo
Felipe a operação e, ao conquistarem
as eminências da serra, banhados de
Sol, na prodigiosa visão da natureza
em torno, o Mestre, que sempre se
valia das observações diretas para
fi xar as lições, explicou-lhe branda-
mente:
- Como reconheces Felipe, não foi
a claridade do alto que nos difi cultou
a marcha, e sim a pedrinha modesta
do chão. O dia radioso nunca fez mal.
Entretanto, muitas vezes, as questões
pequeninas do mundo interrompem
a viagem dos homens para Deus,
Nosso Pai. Quase sempre, a fi m de
prosseguirmos na direção do dever
elevado e soberano, nossa alma
requisita a cooperação dos outros,
tanto quanto os pés necessitam da
sandália protetora nesses caminhos
escabrosos... Toda dificuldade na
ascensão reside nos problemas insig-
nifi cante da senda... Assim também,
na caminhada humana, as questões
mais ínfi mas, se conduzidas pela pru-
dência, podem golpear duramente
o coração. Observa o minuto de
palestra, a opinião erradia, o gesto
impensado... Podem converter-se
em venenosas pedrinhas que cortam
os pés, ameaçando-nos a estabili-
dade espiritual. Entendes, agora, a
importância das bagatelas em nosso
esforço diário?
O pescador Galileu maneou a
cabeça, signifi cativamente, e respon-
deu, satisfeito:
- Sim, Mestre; agora compre-
endi.
(mensagem extraída do Livro Luz Acima, cap. 34)
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