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REFERÊ NCIA EM LOGÍSTICA LogWeb Log Web Logística Supply Chain Transporte Multimodal Comércio Exterior Movimentação Armazenagem Automação Embalagem J O R N A L E D I Ç Ã O N º 5 2 J U N H O 2 0 0 6 Informe Publicitário Matrac e Fulguris: A melhor assistência técnica com o maior fabricante A Matrac é representante autorizado do fabricante Fulguris, mas também executa reformas em baterias de todas as marcas, nacionais e importadas. E, além da venda propriamente dita, oferece serviços de manutenção preventiva e corretiva e dá apoio na criação de salas de baterias. (Página 16)

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R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb❚❚❚❚❚ Logística❚❚❚❚❚ Supply Chain❚❚❚❚❚ Transporte Multimodal❚❚❚❚❚ Comércio Exterior❚❚❚❚❚ Movimentação❚❚❚❚❚ Armazenagem❚❚❚❚❚ Automação❚❚❚❚❚ Embalagem

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Informe Publicitário

Matrac e Fulguris:A melhor assistência técnica

com o maior fabricanteA Matrac é representante autorizado do fabricante Fulguris, mas também executa reformas em bateriasde todas as marcas, nacionais e importadas. E, além da venda propriamente dita, oferece serviços de

manutenção preventiva e corretiva e dá apoio na criação de salas de baterias. (Página 16)

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Iveco lança novasversões de caminhõesStralis

A Iveco acaba de anunciar quatro novasversões da linha Stralis de caminhõesextrapesados, que já começaram a sercomercializadas. Também serão lançadosveículos nos segmentos de leves e médios.(Página 3)

EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS

NOVIDADESMOVIMENTAM O SETOR

Trator portuário, super stacker,reach stacker, sistema can-bus,plataforma de trabalho aéreo, asadelta, freio a disco e sapata sãoalgumas das novidades para osegmento portuário. (Página 18)

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

O PAPEL DASTRANSPORTADORASNA CADEIA DESUPRIMENTOS

As transportadoras sãofundamentais para osucesso dos operadoreslogísticos, pois fazemchegar ao cliente, comintegridade e no prazoestipulado, a mercadoria doembarcador. (Página 20)

OPERADORES LOGÍSTICOS

O CONTRATANTE EA TERCEIRIZAÇÃO DASOPERAÇÕES

O contratante deverá mudarsua visão da terceirização dasoperações logísticas em razãoda mudança de perfil dasempresas que atuam no setore do amadurecimento dasusuárias destes serviços.(Página 22)

Aliança apresentanovo conceito para oserviço de cabotagem

Da navegação que tem origem e destinodentro do território nacional, o conceito foiampliado, transformando-se num transporteporta-a-porta. É isto que propõe o BR-Marí-tima, o novo serviço da Aliança. (Página 8)

Coopercargalança terminal decontêineres

A Coopercarga - Coo-perativa de Transporte deCargas do Estado de San-ta Catarina acaba de lan-çar o seu Terminal de Con-têineres no Guarujá, SP, a6 km do porto. (Página 7)

Fleet One gerenciafrotas da Liquigásem SP e RS

A Fleet One, especializada na gestão defrotas, adquiriu 83 utilitários Sprinter daMercedes-Benz para entrega na Liquigás,que utilizará os veículos para distribuição degás em São Paulo e no Rio Grande do Sul.(Página 6)

Bomfim CargasExpressas firma-seem São Paulo

Depois de dois anos atuando em São Pau-lo, SP, com parceria, a Bomfim CargasExpressas acaba de se instalar em um novoprédio, em Cumbica, SP, com área construídade 1.500 m2. (Página 9)

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Salas de baterias:Como planejar eevitar erros

Segundo os entre-vistados, temperaturaambiente, ventilaçãoforçada, piso antiácido

e área para lavagem de baterias sãoalguns dos itens fundamentais para umasala de baterias adequada. (Página 10)

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4REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

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Indicadoresde DesempenhoEmpresarial

É IMPORTANTETER UM SÓINDICADOR

Os indicadores de desempe-nho variam de setor a setor e deempresa a empresa, poisdependem dos objetivosprincipais que estas organiza-ções tencionam alcançar.

Entretanto, é sempreimportante ter um só indicadorque englobe todas os demais eque seja a representação dosdesejos dos proprietários ecolaboradores da empresa.

Em pesquisa realizada emabril de 2006 pela MMConsult& Associados (http://mmconsult-a.com/nl/resultado_pesquisa_2006.pdf),o indicador financeiro principalé o Fluxo de Caixa seguido doEBITDA (Earnings BeforeInterest, Taxes, Depreciationand Amortization), que podeser comparado ao LucroOperacional antes das DespesasFinanceiras, acrescido daDepreciação do período.

Para os indicadores nãofinanceiros continua liderandoa satisfação dos clientes.

Esses indicadores servem deguia para a empresa alcançar osresultados desejados e verificarcomo podem melhorá-lo a cadainstante.

Colaboração técnica: MauroMartins, sócio da MMConsultE-mail: [email protected]

Qual é o principal indicador financeiroutilizado?

2006 2003EBIT ............................................ 8% .. 0%EBITDA ...................................... 17% 17%EVA ............................................. 8% .. 9%Fluxo de Caixa ........................... 51% 32%IVA ............................................... 0% .. 9%Lucro Líquido ............................... 0% .. 0%Lucro / Vendas ............................. 0% 17%Margem Bruta .............................. 8% .. 0%Receitas de Vendas ..................... 0% .. 9%ROC / ROI ................................... 8% .. 9%

Qual é o principal indicadornão financeiro utilizado?

2006 2003Horas de Treinamento .................. 0% .. 9%Lançamento Produtos Novos ....... 0% .. 0%Participação de Mercado ........... 16% .. 9%Perda de Material na Produção ... 0% .. 9%Produtividade ............................. 16% 17%Satisfação dos Clientes ............. 52% 32%Satisfação de Funcionários .......... 8% .. 9%Tempo de Atendimento/Resposta 8% 17%

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 5EDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

J O R N A L

Editorial

Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 234 - 2º andar - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializada em logística, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistente de RedaçãoCarol Gonçalves

[email protected]

DiagramaçãoFátima Rosa Pereira

[email protected]

MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

[email protected]

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

Os artigos assinadosnão expressam,

necessariamente,a opinião do jornal.

LogWebJ O R N A L

S

Representantes Comerciais:

SP: Nivaldo ManzanoCel.: 9701.2077

[email protected]

RJ: Perfil Corp.Fone: (21) 2240.0321Cel.: (21) 8862.0504

[email protected]

BH: Eugenio RochaFone: (31) 3278.2828Cel.: (31) 9194.2691

[email protected]

QUATROMATÉRIASESPECIAIS

ão quatro as matérias especiais desta ediçãodo jornal LogWeb. Uma delas enfoca as salas

de baterias, que aborda como executar o projeto ecomo evitar erros. Tanto fabricantes e distribuidoresde baterias e acessórios para estas salas quanto deempilhadeiras participam desta matéria especial.

Outra abordagem é sobre os equipamentosportuários, enfocando as novidades - trator por-tuário, reach stacker, plataforma de trabalho aéreo,asa delta, freio a disco e sapata - e as tendências.

Já no caderno “Multimodal”, um dos destaquesenvolve as transportadoras. Aqui, uma das abor-dagens abrange o papel das transportadoras emvirtude da expansão dos serviços logísticos, quelevou ao surgimento dos operadores logísticos.Também é analisado o fato de o transportador e ooperador logístico serem a mesma coisa ou não e,em caso negativo, como deve ser a parceira entreeles e o contratante.

Também destaque é quanto aos operadoreslogísticos - continuação da edição anterior, quan-do enfocamos o futuro dos operadores logísticosno Brasil, envolvendo as mudanças previsíveis eas tendências. Nesta edição, é dado destaque àquestão sobre se o contratante deverá mudar suavisão da terceirização das operações logísticas.

Não é preciso lembrar que uma grande varie-dade de especialistas, em suas respectivas áreas,participa destas matérias especiais, o que lhes dá adevida credibilidade e, ao mesmo tempo, permiteao nosso leitor ter uma visão verdadeira dos váriossetores analisados, além de, no caso da matériasobre salas de baterias, as “dicas” perfeitas para a

montagem ou manutenção deuma, sem que ocorram prejuízos.

Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

VEÍCULOS PESADOS

Iveco lança novasversões decaminhões Stralis

siderúrgico, químico, petroquí-mico, agrícola, alimentício, agro-industrial e de cargas especiais.

E, finalmente, a versão 4x2HD450S42T, que possui 420 HP,tara de 7.270 kg e CMT (capaci-dade máxima de tração) de 60toneladas. O veículo está dispo-nível na versão caminhão trator4x2, com cabine leito de teto altoe distância entre-eixos de3.500 mm, possibilitando tracio-nar semi-reboques com 15,37 mpara 30 paletes sem ultrapassaro limite máximo de comprimen-to total permitido pela legislaçãobrasileira, que é de 18,15 m.

Também são esperados, ain-da para este ano, novos produtos

nos segmentos deleves e médios.“Nossa meta éofertarmos ao mer-cado latino-ameri-cano a mais com-pleta gama de veí-culos comerciais eo objetivo no Bra-sil é deter 10% demarket share”,revela Bracco.

VENDASOs números de produção/

vendas de Stralis (veículospesados) no Brasil, de acordocom o diretor comercial daIveco, chegam a 1.200 unida-des. “Já para a América Latina,da Guatemala ao Chile, chega-se a um total de 13.200 unida-des produzidas/vendidas, sendo7.000 de veículos leves, 2.200finaliza Bracco. ●

A Iveco (Fone: 0800553.443) acaba deanunciar quatro novas

versões da linha Stralis de cami-nhões extrapesados, que come-çam a ser comercializadas jáneste mês de junho. “Com estasnovas versões do Stralis temosagora como competir em seg-mentos onde não tínhamos pro-dutos”, declara Marcelo Bracco,diretor comercial da Iveco paraAmérica do Sul e Central.

Os caminhões versõesHD570S38T e HD570S42Tpossuem terceiro eixo original defábrica e novas opções de moto-rização, e são disponíveis com380 e 420 HP, respectivamente.

Podem formar composições dotipo bitrem com PBTC (pesobruto total combinado) de até57 t e atuar nos setores químico,petroquímico, siderúrgico,alimentício e agroindustrial.

Já o modelo Stralis HD740S42TZ 6x4 possui 420 HPde potência e pode ser aplicadoem composições de tipo rodo-trem com PBTC de 57 t e semi-reboques de três eixos conven-cionais. Sua atuação está,principalmente, nos setores

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6REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

LogWebJ O R N A L

EMBALAGENS

Myers já opera no Brasilgens são produzidas através deinjeção com alta pressão, as nos-sas são fabricadas com polie-tileno de alta densidade em bai-xa pressão, com multipontos deinjeção”, diz ele.

Panosso também ressalta quea unidade brasileira da Myers –“que conta com as melhores má-quinas, uma delas com operaçãoem regime de 300 libras/150 kgde injeção (única no mundo), eperiféricos existentes no merca-do” - vai se dedicar à produçãode grandes produtos, atendendo,ainda, aos mercados da AméricaLatina, Europa e Estados Unidos.“Um dos nossos produtos é a cai-xa-silo para granulados, com ca-pacidade para 1.400 kg eempilhamento em até quatro al-turas. Também produzimos umaampla linha de embalagensretornáveis, incluindo caixascolapsíveis para até 900 kg, epaletes one-way. Nossa linhatambém inclui 35 medidas e ti-pos diferentes de paletes, sendoque no Brasil estamos produzin-do seis diferentes tipos de

paletes”, acrescenta Ivan SenteioRiado, gerente comercial da em-presa.

Ainda em termos da unidadebrasileira, instalada em Jagua-riúna, SP, ela ocupa uma área de6.200 m2, em um terreno de9.000 m2, e conta inclusive comsistema de tratamento de água. Aprodução é sob encomenda, etambém são disponibilizadosprodutos para pronta entrega e

outros importados da matriz daempresa, instalada nos EstadosUnidos. “A Myers está entre astrês maiores empresas do mundoem transformação de resinas plás-ticas e conta com cerca de 20 milmoldes ativos em todo o mundo,já que abrange um conglomeradode 14 empresas, incluindo o Bra-sil”, lembra Panosso.

Aliás, referindo-se ao por queda instalação da empresa no Bra-sil, o diretor regional lembra queela ocorreu em virtude do proces-so de globalização e do fato de aMyers precisar estar próxima deseus clientes. Neste contexto, oBrasil foi escolhido o primeiropaís para expansão, consideran-do que a diretoria da empresa acre-dita que a América Latina deveráse desenvolver bastante nos pró-ximos anos e que haverá umagrande integração entre os países.“Por outro lado, a fixação da em-presa no Brasil deveu-se ao mer-cado interno e à qualidade de suamão-de-obra”, explica Panosso.

Já Riado diz que a unidadebrasileira vai oferecer uma opção

de qualidade, de nível interna-cional, para os clientes e umagrande variedade de produtos, “oque não se acha no país”. Eletambém lembra que a empresaatende a clientes exigentes, comoa indústria automobilística – GM,Ford, Toyota, Mercedes Benz eFiat -, de autopeças e operadoreslogísticos no mundo todo, ofere-cendo produtos para aplicaçãoem praticamente todos os tiposde indústrias, como alimentícias,de cosméticos, agrobusines e ou-tras. “Temos um departamentode engenharia que pode desenharqualquer tipo de produto que ocliente precise”, completa ogerente comercial.

METASSobre as metas da empresa

brasileira, Panosso diz que até omomento já foram investidos20 milhões de dólares na unida-de de produção e que o objetivoé dobrar o tamanho da mesmanos próximos três anos.

Com relação ao mercado, oobjetivo é estar próximo dosclientes, oferecendo soluções naárea de logística, já que o mer-cado brasileiro é bastante pro-missor e gera muitas oportunida-des, principalmente na área desubstituição de caixas e paletesde madeira. “Acredito que aMyers possa oferecer muitas al-ternativas para reduzir o ataqueao meio ambiente, substituindoo uso da madeira. Também valedestacar que o mercado brasilei-ro é bastante jovem na área delogística em relação aos paisesmais desenvolvidos, e achamosque podemos colaborar para re-duzir os custos logísticos dasempresas”, completa o diretorregional. ●

C omeçou a operar no Bra-sil, em janeiro último, aMyers (Fone: 19 3847.

9990), fabricante de caixas, pa-letes e contenedores plásticospelo processo de espuma estru-turada, que utiliza plástico comgás, o que proporciona, segundoJosé A. Panosso, diretor regionalda empresa, maior leveza do pro-duto e maior resistência mecâni-ca. “Enquanto as outras embala-

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 7EDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

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ENTREVISTA

Hugo Yoshizakifala sobre amacrologísticaHugo Tsugunobu Yoshida Yoshizaki – especialista em macrologística – éengenheiro naval, mestre em engenharia de transportes e doutor em enge-nharia de produção pela Escola Politécnica da USP. Também é professordo Departamento de Engenharia de Produção da POLI/USP, da FundaçãoVanzolini e Fundação Instituto de Administração da USP, além de especia-lista em logística, sistemas de produção e Supply Chain Management.

LogWeb: O que é macro-logística? O que elaenvolve?

Yoshizaki: Macrologísticaenvolve todos os aspectos am-bientais, basicamente a infra-es-trutura geral da logística. Chama-se macro porque é usado o pontode vista macro (país, sociedade,governo, indústria) e não micro(nesse caso, chama-se logísticaempresarial).

LogWeb: Defina os limitesoperacionais damacrologística.

Yoshizaki: Os limites opera-cionais da macrologística sãoamplos. Define os parâmetros deinfra-estrutura do país, da socie-dade, do governo e do setorindustrial.

LogWeb: Qual a relaçãoentre macrologística ecadeia de abastecimento?

Yoshizaki: Logística é parteintegrante ou subconjunto doSupply Chain Management, ouseja, é uma de suas preocupações.É a parcela do processo da ca-deia de suprimentos que planeja,implanta e controla o fluxo cons-ciente e eficaz de matérias-pri-mas, estoque em processo, pro-dutos acabados e informaçõesrelacionadas, desde seu ponto deorigem até o ponto de consumo,com o propósito de atender aosrequisitos dos clientes.

LogWeb: Qual a relaçãoentre macrologística elogística interna?

Yoshizaki: Do ponto de vis-ta da sociedade e da macrolo-gística, não temos infra-estruturasuficiente, por isso não temos boalogística dentro do país, nem boalogística de portos e aeroportos,nem operadores logísticos ade-quados para exportar e importar.

LogWeb: Qual a relaçãoentre macrologística elogística internacional?

Yoshizaki: O rápido cresci-mento do comércio internacionalgerou uma enorme demanda pelalogística internacional. Isto de-manda projetos de macrolo-gística globais como instrumen-tos poderosos de simplificaçãodos complexos modelos de cadapaís com um consumo mínimo derecursos, no menor tempo possí-vel, no momento e local certos ecom a mais reduzida circulaçãode capitais possível.

LogWeb: Dentro do conceitode macrologística, fale sobreplanejamento geral de redes detransporte de mercadorias e redeslogísticas, planejamento territorialintegrado de logística e transporte demercadorias; consultoria de setores detransporte de mercadorias e logística eplanejamento territorial integrado delogística e transporte de mercadorias.

Yoshizaki: Envolve desde fator indutor dodesenvolvimento pela acessibilidade dada pelamacrologística, como pela necessidade de visãode longo prazo e de direcionamento de investi-mentos públicos e privados, que inclui as PPP´s.●

LogWeb tem representanteem Belo HorizonteEugenio Rocha (Fone: 31 3278.2828) é o novorepresentante do LogWeb em Belo Horizonte. Comamplos conhecimentos no segmento de logística,ele é o responsável por trazer para o jornal e o portalLogWeb as empresas mineiras que trabalham nosetor, e fazem com que este Estado tenha um dosmelhores processos logísticos do país.

Kabi produz poliguindaste paracaçambas roll-on-roll-off

A Kabi (Fone: 212481-3122) lançou opoliguindaste Kabi-Multicaçambas-Roll-On-Off® modeloKPG-110/185-SHA-B A R T - 2 K C E - 5 0Roll-On-Off®, proje-

tado para operar duas caçambas estacionárias de apli-cação múltipla Kabitudo® ou similares de até 5 m3

cheias, carregar/levantar ao nível do solo e até 2.8 mde altura, assim como bascular/despejar ao nível dosolo e até 3 m de altura. Possui sistema hidráulico quepermite carregar, transportar, descarregar e bascularcaçambas estacionárias Kabítudoroll, tanques, carroça-rias tipo carga seca, silos, estrados e baús.

Notíciasr á p i d a s

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8REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

LogWebJ O R N A L

GESTÃO DE FROTAS

Fleet One gerenciafrotas da Liquigásem SP e RS

entregas nos centros urbanos, emespecial nas localidades de difícilacesso.

De acordo com Paulo Silvei-ra, presidente da Fleet One, “essanova frota substituirá os cami-nhões mais antigos da Liquigás

com design diferenciado e carri-nhos ergonômicos para que osfuncionários entreguem o gássem se machucar. Optamos pelaSprinter da Mercedes-Benz por-que é um veículo potente, flexí-vel e com grande produtividade.Além disso, os modelos têmacesso mais fácil em regiões emque os caminhões não entravamfacilmente”.

Conforme o projeto, a Liqui-gás pagará um aluguel pelosveículos nos próximos cinco anose a Fleet One centralizará osserviços de gestão da frota, o queinclui manutenção, gasto decombustível e atualização dedocumentos como IPVA e segu-ro, entre outros. Os caminhõesusados antigamente circulavamcom três funcionários, e as novasSprinter contarão com um únicomotorista. ●

Após vencer licitação, aFleet One (Fone: 0800770.1522), empresa es-

pecializada na gestão de frotascorporativas e individuais, adqui-riu 83 utilitários Sprinter daMercedes-Benz (Fone: 0800970.9090) para entrega naLiquigás (Fone: 11 3177.2000),que utilizará os veículos para dis-tribuição de gás em São Paulo eno Rio Grande do Sul. O direitoà prestação deste novo serviço foiganho por meio de concorrênciaenvolvendo oito empresas dosetor de logística.

Os novos equipamentos,modelo 313 CDI, possuem chassicom cabina e 3 550 milímetrosde entre-eixos, permitindocarroçarias curtas de 3,50 m decomprimento e 2,10 m de largu-ra. As dimensões, consideradascompactas, objetivam agilizar as

OPERADOR LOGÍSTICO

Gefco esperadobrar faturamentona América Latina

tende aumentar a oferta de servi-ços para os clientes com as quaisjá trabalha no país e no exterior.

Apesar de problemas comoinfra-estrutura e limitações go-vernamentais, Defline vê grandedesenvolvimento para Brasil eArgentina. Dominique Schmitt,diretor geral na Argentina, decla-ra que “problemas existem, masnão são decisivos quanto ao in-vestimento”. Por sua vez, o dire-tor geral da logística do Brasil,Jean-Noël Gerard, tem boas pers-pectivas: “estou confiante em re-lação ao Brasil, apesar da insta-bilidade econômica. Temos 300clientes fortes no país”.

Atualmente, a operadoralogística conta com clientes dediferentes setores no Mercosul,como de higiene-beleza e auto-motivo, entre eles a Bosch. Des-de 2.005 a empresa responde noBrasil pelo abastecimento da fá-brica de autopeças e ferramentaselétricas da Bosch. Por meio deum sistema de suprimento contí-nuo, a Gefco coleta peças em cer-ca de 15 fornecedores e entregana unidade da empresa em Cam-pinas. “O contrato com a Bosché um exemplo que queremos se-guir. A partir do contrato feito noBrasil, passamos a prestar servi-ço para a companhia também naEuropa, ou seja, a Bosh foi con-quistada pelo Brasil e depoiscresceu para outros países”, afir-ma Defline.

Christian Zbylut, vice-presi-dente de Network, conta que osprocessos da Gefco são os mes-mos em qualquer lugar, “o clien-te pode obter o mesmo serviçoem outros países graças à inte-gração entre filiais e suporteinformativo”.●

AGefco (Fone: 21 2103.8100), operador logísticodo Grupo Peugeot-

Citroën (PSA), espera alcançaraté 2008 um faturamento de 150milhões de euros na AméricaLatina, onde possui filiais naArgentina e no Brasil. Das 32agências ou centros que a empre-sa possui no Mercosul, 14 delesestão ligados ao transporte ma-rítimo e aéreo internacional, 14ao transporte terrestre de merca-dorias e 4 ao transporte e logís-tica de automóveis.

De acordo com o presidenteda empresa, Louis Defline, ofaturamento do grupo no Merco-sul aumentou 60% em 2.005,comparado a 2.004, passando de51 milhões de euros a 82 milhõesde euros. “Ambicionamos dobraressa soma em menos de 3 anos”,declara. E, para isso, a Gefco pre-

Utilitários agilizam entrega

Da esquerda para direita:Schmitt, Zbylut, Defline e Gerard

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 9EDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

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CONTÊINERES

Coopercargalança terminal noGuarujá, SP

mos proporcionando os mesmosserviços que já disponibilizamosno terminal de Itajaí, SC, lem-brando que também estamosprospectando negócios em Cri-ciúma, SC, e em Salvador, BA”,afirma Cláudio Savoldi, gerentede terminais de contêineres dacooperativa.

Ele salienta, ainda, que estesprojetos visam atender ao coope-rado que, passando por um mo-mento difícil no transporte, pode

usar os terminais para obtermaior produtividade do cami-nhão. “Afinal, no terminal, o ca-minhão pode ser descarregado ra-pidamente, ao contrário do queacontece no porto – que, ao con-trário do terminal, concentra vá-rias atividades –, obtendo maisprodutividade, como já aconteceno porto de Itajaí”, diz o gerente.

INSTALAÇÕESLocalizado no Bairro Vicente

de Carvalho, à margem daRodovia Cônego DomenicoRangoni (antiga Piaçaguera), oTerminal Retroportuário, queestá em fase de construção, teráuma área pavimentada de85 mil m², cercada com seguran-ça 24 horas e capacidade paraarmazenar 7.000 contêineresestáticos.

O terminal também vai disporde estrutura para prover serviçosde reparos e manutenção de con-têineres - a oficina será coberta eterá 1.000 m² -, de acordo com asnormas internacionais IICL, e alimpeza e descontaminação decontêineres com produtos espe-ciais e ecologicamente corretos. Oempreendimento contará comuma Estação de Tratamento deEfluentes ocupando uma área de150 m², além de dispor de 250tomadas para P.T.I. e manutençãode contêineres cheios. “Tambémestarão disponíveis cinco stackerpara altura de 5”, diz Savoldi.

Profissionais treinados com osistema Modal, da Datasul, paracontrole de estoque, estarãoatuando no Gate de 200 m². Alémdisso, o novo terminal da Cooper-carga disponibilizará uma área delavação em concreto armado deaproximadamente 500 m², com-portando um total de 36 contêi-neres. Para os caminhões, have-rá uma estrutura de 5.000 m² deestacionamento com infra-estru-tura para acomodar motoristas.

As primeiras movimentaçõesdesta unidade de negócio devemgerar mais de 80 empregos dire-tos e 500 indiretos. “Com a ex-pansão de nossas atividades, te-mos a perspectiva de sermos re-conhecidos no mercado comouma nova opção para soluçõeslogísticas”, completa o gerente. ●

ACoopercarga - Coopera-tiva de Transporte de Car-gas do Estado de Santa

Catarina (Fone: 41 3364.9365)acaba de lançar o seu Terminalde Contêineres no Guarujá, SP, a6 km do porto.

Com início das operaçõesprojetadas para o mês de julhopróximo, o novo terminal iráagregar valor para a cooperativa,como operador logístico, além degerar grande crescimento com oaumento das oportunidades naatividade. “O objetivo deste novoterminal é oferecer aos armado-res a estrutura das 33 filiais daCoopecarga espalhadas por todoo Brasil, ou seja, estamos apro-veitando a estrutura das filiais eagregando este novo negócio.Somos fortes no transporte a ago-ra queremos oferecer serviçoscompletos de logística. Estare-

Logística de Distribuiçãoe Transporte

Período: 1 de julhoLocal: Recife – PE

Realização: Focus TrigueiroConsultoria e Treinamento

Informações:www.focustrigueiro.com.br

[email protected]: (81) 3432.7308

Metodologia Prática paraDimensionamento de Estoques

Período: 4 e 5 de julhoLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

Operadores LogísticosPeríodo: 5 e 6 de julho

Local: Rio de Janeiro – RJRealização: CEL - Coppead/RFRJ

Informações:www.cel.coppead.ufrj.br

[email protected]: (21) 2598.9812

Logística de ManufaturaPeríodo: 15 de julhoLocal: Recife – PE

Realização: Focus TrigueiroConsultoria e Treinamento

Informações:www.focustrigueiro.com.br

[email protected]: (81) 3432.7308

Gestão de Transportes eDistribuição – Ênfase em

LogísticaPeríodo: 17 a 21 de julho

Local: São Paulo – SPRealização: Ceteal

Informações:www.ceteal.com

[email protected]: (11) 5581.7326

WMS – WarehouseManagement System – Teoria

e PráticaPeríodo: 19 de julho

Local: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Missão Técnica Internacional –MB Logística

Período: 31 de julho a4 de agosto

Local: Estados UnidosRealização: CEL - Coppead/RFRJ

Informações:www.cel.coppead.ufrj.br

[email protected]: (21) 2598.9812

Agenda

No portalwww.logweb.com.br,

em “Agenda”,estão informações completassobre os diversos eventos do

setor a serem realizadosdurante o ano de 2006.

Julho 2006

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10REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

LogWebJ O R N A L

Transporte marítimo

Aliança apresentanovo conceito para oserviço de cabotagem

Embora priorize o transportemarítimo, a BR-Marítima envol-ve parcerias importantes comempresas rodoviárias e ferrovias,como Coopecarga, Fassina e

MRS, entre outras, o que possi-bilita a entrega das mercadoriassem retirar a carga do contêiner.

A partir do segundo semes-tre deste ano, os navios “Aliança

Europa” e “Aliança Brasil”, quejá atendem o longo curso, serãoincorporados à BR-Marítima.“Com a nova estrutura, a empre-sa espera ampliar em mais de20% a sua capacidade de aten-dimento até o final do ano, secomparado com o mesmo pe-ríodo de 2005. Hoje, a AliançaNavegação e Logística contacom sete navios para atender acabotagem”, diz Balau.

Ele também informa que, noano passado, a empresa movi-mentou 200 mil TEUs nestemodal. Em 2006, a perspectivaé chegar a 250 mil TEUs. “Paraisso, estamos oferecendo espa-ço e novas alternativas de servi-ço, melhorando a regularidadee a confiabilidade, esperando,assim, ter um retorno significa-tivo do mercado aos nossosinvestimentos”, afirma o diretorda Aliança.

VANTAGENS DABR-MARÍTIMA

Para os usuários do serviçode cabotagem da Aliança, asprincipais vantagens, de acordocom Balau, são custos mais bai-xos para longas distâncias, segu-rança e previsibilidade, uma vezque a empresa mantém regulari-dade dos serviços, com saídassemanais – em dias fixos – nosprincipais portos brasileiros. Aintegridade da carga, combaixíssimo índice de avarias, éoutro destaque da cabotagemassinalado pela empresa.

Além disto, outras vantagenssão apontadas, como a gestão dalogística porta-a-porta feita pelomesmo operador, a agilidade epontualidade nas entregas e aintegração de todas as regiões dopaís.

Já os principais serviços des-tacados são, primeiramente, oporta-a-porta: sistema que asso-cia o transporte terrestre – rodo-viário e/ou ferroviário – e marí-timo para a coleta e entrega dacarga em local defendido pelocliente. As entregas são coorde-nadas, com agendamento, deacordo com a necessidade dorecebedor. “O serviço permiteuma melhor gestão dos recebi-mentos através de programaçãoprévia”, diz Balau.

Já o “carga fracionada” éuma extensão do transporteintermodal porta-a-porta. Con-siste em uma ou mais coletas, apartir de 500 kg, para um ou vá-rios destinos diferentes. Tanto asoperações de coleta quando as deentrega são conduzidas integral-mente pela Aliança, por meio dacontratação de parceiros locaisespecializados na distribuiçãofracionada. “Este serviço é idealpara as empresas que não con-seguem locar um contêiner, masque desejam atender a clientescom pequenos volumes, manten-do custos baixos, ou abrir novosmercados”, explica o diretor.

Também há o serviço de“cargas de projetos”, que consis-te no transporte de cargas pesa-das, como transformadores ebobinas, entre outros. A Aliançadisponibiliza esse serviço regu-larmente, escalando os prin-cipais portos entre Manaus eBuenos Aires.

A empresa também desen-volve soluções específicas delogística, como redesenho deprocessos de distribuição, geren-ciamento de transporte, gestãodo fluxo de informações, supor-te no desenvolvimento de emba-lagens, assessoria fiscal e gestãoda armazenagem estratégica –estoque avançado e gestão deinventário. ●

Da navegação que temorigem e destino dentrodo território nacional, o

conceito foi ampliado, transfor-mando-se num transporte porta-a-porta.

Pelo menos é isto que propõea BR-Marítima, “ou nova cabo-tagem, um novo conceito para oserviço de cabotagem que con-siste no transporte porta-a-portae que abrange todo o territórionacional por meio de parcerias”,como diz José Antônio CristóvãoBalau, diretor de operações,logística e cabotagem da Alian-ça Navegação e Logística (Fone:11 5185.5600), a empresa res-ponsável por este novo serviço.

Afinal, segundo garanteBalau, “num país com cerca de7.400 km de costas e 80% de po-pulação vivendo até 200 km dolitoral, a cabotagem é a opçãomais lógica e econômica”.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 11EDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

J O R N A L

OPERADOR LOGÍSTICO

Bomfim CargasExpressas firma-seem São Paulo

Ele destaca que as perspecti-vas neste novo mercado são tãoboas que acreditam em um cres-cimento de 30% por parte da fi-lial de São Paulo ainda este ano.

A diretora também informaque a Bomfim Cargas é originá-ria de uma empresa de ônibuscom 45 anos de atuação no mer-cado, e que em 1996 foi feita aseparação das duas empresas, quepassaram a atuar de forma inde-pendente. “No Nordeste ainda égrande o referencial das empre-sas de ônibus, no sentido de quetêm um compromisso com ocliente, não atrasam, saem no

horário. Daí o conceito que aBomfim Cargas mantém em todaa região”, diz a diretora geral,destacando que os seus maioresclientes são as empresas de auto-peças e de medicamento.

Este é apenas um dos diferen-ciais da empresa, segundo expli-ca Marcos Ribeiro, sócio daBomfim Logística. “O maior di-ferencial é o fato de a Bomfimconseguir fazer uma ligação‘internordeste’, o que não acon-tece com as empresas que aten-dem, de forma geral, todo o Bra-sil. Temos condições de fazer ascargas chegarem até o interior,

enquanto as empresas de SãoPaulo, por exemplo, não têm estainfra-estrutura”, diz Ribeiro.

Ele considera que, em SãoPaulo, a empresa vai “brigar” emnível de serviço, usando a expe-riência que tem no Nordeste, e in-clusive estabelecendo planos paracontar com carros rápidos, comdois motoristas, de modo a percor-rer a distância entre Recife e Sal-vador em no máximo 24 horas.

Para isto, tanto Luciana quan-to Ribeiro informam que a em-presa conta com uma frota pró-pria no caso dos carros de trans-ferência. No que diz respeito aoscarros para distribuição, são usa-dos veículos próprios e tercei-rizados. São cerca de 60 veícu-los próprios, todos rastreados, emenos de 5% do transporte é rea-lizado em ônibus em alguns tre-chos no Nordeste. Já os agrega-dos somam cerca de 140 veícu-los, fora os que estão sendo co-locados para atuar em São Paulo,onde a Bomfim também vai tra-balhar com frota própria e agre-gados. “Já estão colocados 30veículos próprios para distribui-ção e transferência, todos rastrea-dos”, lembra o sócio da BomfimLogística. Ele também ressaltaque a Bomfim Cargas está sepreparando para ser operadorlogístico, através da BomfimLogística, mas sem abandonar atradição da Bomfim Cargas. ●

D epois de dois anosatuando em São Paulo,SP, com parceria, ope-

rando dentro de outra empresa dosetor, a Bomfim Cargas Expres-sas (Fone: 11 6406.0707) – cujamatriz está em Acarajú, SE –,acaba de instalar-se em um novoprédio, em Cumbica, SP, comárea construída de 1500 m2 econtando com galpão de 1000 m2.

“A mudança ocorreu por, pelomenos, dois motivos. O primei-ro foi implementar a filosofia quetemos no Nordeste, onde a Bom-fim já tem um nome fortementeestabelecido – temos 26 linhasoperando apenas dentro do Nor-deste, cruzando a região. Outrofator é que queremos crescer emSão Paulo, atuar em novos mer-cados, já que somos fortes daBahia para cima”, explica Lucia-na Menezes, diretora geral daBomfim Cargas Expressas.

Revogada aInstruçãoNormativa nº 07que oficializava aNIMF 15 no BrasilA Instrução Normativa nº 07 queoficializava a NIM15 no país foirevogada através de publicação noDiário Oficial da União do dia 15de maio último. A Instrução Norma-tiva nº 07 que regulamentava acertificação fitossanitária das em-balagens e suportes de madeirautilizadas no trânsito internacionalde mercadorias foi publicada noDiário Oficial no dia 17 de março eentraria em vigor de forma definiti-va no dia 16 de maio. No entanto,o Ministério da Agricultura Pecuá-ria e Abastecimento (MAPA) deci-diu revogar a IN 07 considerandoas alterações aprovadas na I Reu-nião da Comissão de MedidasFitossanitárias (CMF), realizadaem Roma, no período de 3 a 7 deabril de 2006. Devido a esta revo-gação, continuará em vigor a Ins-trução Normativa nº 4, que atendeàs recomendações do Fundo dasNações Unidas para a Agriculturae Alimentação (FAO) e simplifica oprocesso de certificação fitossani-tária com o uso de marca interna-cional. Mais informações junto àABRAFIT – Associação Brasileiradas Empresas de TratamentoFitossanitário e Quarentenário(Fone: 11 5522.3300, ou peloe-mail [email protected]).

Translovato recebePrêmio SantistaA Transportes Translovato (Fone:54 3026.2777) acaba de conquis-tar o Prêmio Santista Têxtil de Su-primentos e Logística na categoria“Melhor Prestador de ServiçosLogísticos – Outbound (Distribui-ção) – 2005”, pelo qual os partici-pantes são avaliados nos quesitosqualidade, pontualidade, atendi-mento e satisfação dos clientesinterno e externo. A empresa, noseu primeiro ano de atuação, con-sagrou-se com 99,87% de eficácia.

Notíciasr á p i d a s

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12REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

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SALAS DE BATERIA

Como planejare evitar errosSegundo os entrevistados, temperatura ambiente, ventilação forçada, piso antiácido, área para lavagem de baterias,caixa de contenção de resíduos, chuveiro de emergência e transportadores de baterias/carrinhos são alguns dos itensfundamentais para uma sala de baterias adequada.

tes a considerar em um projetode salas de baterias de acordocom Simei Trindade de Ávila,desenhista-projetista da EatonPower Quality (Fone: 15 3235.8136). Ele também revela serimportante considerar os requi-sitos mínimos de ventilação ne-cessários para a operação segu-ra: o dimensionamento da trocade ar da sala deve ser calculadoem função da quantidade e tipodas baterias a serem carregadasem conjunto. Também é precisoconsiderar a necessidade de ta-lha ou guincho para levantamen-to da bateria da máquina adequa-do ao tipo de bateria utilizada,

pois, de acordo com Ávila, o pesopode variar de 200 a 1.500 kgaproximadamente.

“Devem ser observados itenscomo quantidade, dimensões etipo das baterias dos retificado-res/carregadores a serem utiliza-dos durante a carga para estabe-lecer o layout da planta. Alémdisso, é necessário projetar a salaprevendo facilidades de locomo-ção de equipamentos e pessoas;saber qual será o tipo de máqui-na que estará utilizando as bate-rias, e se as máquinas entrarão ounão na sala de carga para trocada bateria”, acrescenta o dese-nhista-projetista.

Já na opinião de SandroRavazi, gerente da divisão tracio-nária da Newpower Sistemas deEnergia (Fone: 11 6412.1922),“estima-se que cada bateria e seurespectivo carregador necessitemde pelo menos 3 m2 de espaçoútil, com isso evita-se acúmulo eriscos de acidentes”. Quanto àventilação, Ravazi também aler-ta para a boa circulação de ar paraque os gases, oxigênio e hidro-gênio, que se desprendem dasbaterias ao final da carga sejamfacilmente dispersados.

Por outro lado, analisa a ques-tão João Carlos Waldmann, dire-tor da JLW (Fone: 19 3491. 6163).

Segundo ele, deve-se considerara área que o cliente disponibiliza,a localização mais próxima pos-sível do maior fluxo de trabalho,definir quantos turnos de traba-lho por dia e o tipo de empilha-deira. “Existem máquinas comextração lateral nas quais utiliza-mos carrinhos para saque da ba-teria do compartimento, e empi-lhadeiras com saque da bateriapor cima, onde necessitamos deuma ponte rolante ou uma talha”,completa Waldmann.

Temperatura ambiente, ven-tilação forçada por exaustor, pisoantiácido, área para lavagem debaterias, ponto de água de man-gueira, caixa de contenção de re-síduos, observação de espaço mí-nimo entre bateria e carregador,coluna de água desmineralizada/destilada, altura do pé direito,estrutura metálica com pinturaantiácida, chuveiro de emergên-cia de acionamento rápido, extin-tor para equipamentos elétricos,placa indicativa “não fume”,EPI’s – Equipamentos de Prote-ção Individual básicos, instala-ções dos carregadores à prova deexplosão, iluminação com prote-ções e ter bicarbonato de sódiosão outros itens da lista fornecidapor Walter Filho, supervisor téc-nico da Fortim Exide/SAT Brasil(Fone: 11 6480.2520).

Além destes, Fernando Pes-soa, diretor da Comab Comércioe Manutenção de Baterias (Fone:11 6412.0240), acrescenta outrosrequisitos necessários para umasala de baterias, como: racks paraacondicionamento de bateriastratados para resistir a eletrólito;lavadores de olhos e pessoas comdistância de até nove metros daárea de trabalho; facilidades paraesguichar e neutralizar o eletró-lito derramado; proteção contrafogo; e proteção durante a trocada aparelhagem contra danoscausados pelos veículos. Já paracarga e armazenagem de baterias,“a instalação para troca debaterias deve ser localizada emáreas adequadas para este propó-sito; quando racks são usadospara suporte de baterias deverãoser feitos de material não-con-dutivo (roletes revestidos) paranão gerar faísca; um transporta-dor, talha ou equivalente equipa-mento para manuseio deve serprovidenciado para manusear abateria; o transportador para ba-terias deve ser propriamente posi-cionado e preso ao veículo; umamáscara deve ser providenciadapara manuseio de eletrólito; veí-culos devem ser devidamenteposicionados freados antes datentativa ou o intuito de trocar oucarregar as baterias; quando car-regando, as válvulas dos elemen-tos devem estar no local para

Um dos assuntos especiaisdeste mês é salas de ba-teria. Contando com a

participação de representantes dosetor, o jornal LogWeb informacomo executar o projeto de umasala de baterias e como evitar erros.

DETALHES QUE FAZEMA SEGURANÇA

“Avaliar se o local para insta-lação é o melhor e mais adequa-do para a execução de manuten-ção das baterias (recarga, com-plementar água, etc.) e a chega-da e saída das empilhadeiras”.Este é um dos fatores importan-

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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J O R N A L

evitar o spray do eletrólito; cui-dados devem ser tomados paraassegurar que as válvulas estejamem funcionamento; a bateria (ouo compartimento) e as tampasdevem ser limpas para dissipar ocalor; precauções devem ser to-madas para evitar chamas, faíscase arcos elétricos na área de cargade baterias; ferramentas e obje-tos metálicos devem ser guarda-dos longe da parte superior dasbaterias”, complementa Pessoa.

“Geralmente as salas sãoconstruídas em função do núme-ro de baterias a serem carrega-das. O ideal é que seja em umlocal onde haja uma ventilaçãonatural, que não tenha tempera-tura muito elevada e que não es-teja longe dos materiais a seremtransportados e movimentados,tudo isso é fundamental para seter um projeto bem estruturado efuncional”, salienta MarceloMota de Bitencourt, gerente co-mercial da Acumuladores Moura(Fone: 81 2121.1600).

O projeto de sala de bateria,conforme explica Jose Luis Gar-cia, gerente de vendas da Améri-ca Latina da MTC (Fone: 281380.1693), começa com a neces-sidade de ordenar os recursospara carregar as baterias de ma-neira eficiente e produtiva. “Pri-meiro determinamos o númerototal de carregadores e bateriasna sala de baterias e damos umasolução específica para cada ne-cessidade e cliente”, diz Garcia.

Ruberval Fernandes Boneto,gerente de vendas da Dieletro(Fone: 11 6911.2048), aconselhasempre a escolher o local maisindependente ou que faça divisacom a parte externa da fábrica ouCD, de preferência uma área queseja muito arejada.

“É importante considerar osturnos de operação (um, dois outrês); verificar se a troca de bate-rias será por carrinho ou talha;dimensionar a quantidade de car-regadores, baterias tracionárias,esteiras para apoio de baterias,circuito de água destilada e água‘suja’; verificar bitola (circuitoelétrico de cabos), quadro dedisjuntor central e disjuntor in-dividual para cada carregador;observar se haverá destilador ouse usará água destilada; separarlocal para manutenção preventi-va e corretiva das baterias; con-ferir instrumentos para controledas baterias: relatórios, multí-metro, densímetro e termômetro aálcool; e atentar-se para que o pisode concreto receba tratamento an-tiácido”, informa Boneto.

Já para o gerente comercialda Matrac (Fone: 11 6905.4108),Antonio Donizetti Mazzetti,“além do dever de as salas seremmontadas obedecendo à norma

VDE no que diz respeito à ven-tilação, é preciso também respei-tar toda a legislação ambiental”.

A ventilação, como um dositens mais importantes, pode serexplicada mais detalhadamentede acordo com Gilberto CesarPadilha Donadio, gerente de ven-das de baterias tracionárias daEnersystem do Brasil (Fone: 116412.7522). “As baterias chum-bo-ácidas ventiladas (que exalamgases livremente), na reação derecarga, principalmente no finaldesta, exalam uma quantidadebastante grande de gases, prin-cipalmente o hidrogênio, causa-dor de mau cheiro e, quando acu-mulado a proporções de 3,8% oumais no ar, pode causar explo-são espontânea. Para se ter umaidéia desta quantidade, uma ba-teria de paleteira de aproxima-damente 350Ah/8h/24 volts exa-la até 88 litros de hidrogênio porhora após atingir estágio final decarga, ou seja, nas últimas 3 ho-ras finais. No entanto, a quanti-dade de ar suficiente para diluireste hidrogênio a proporçõesbem abaixo de 3,8% da compo-sição de ar deverá ser absurda-mente maior, levando-se em con-ta também o fator de segurança.Um elemento carregado para 1Ah de carga decompõe 0,343 gde água, produzindo 0,42 litrosde gás de hidrogênio. Este volu-

me de gás deve ser diluído como11 litros de ar para perder a suapropriedade explosiva. Além dis-so, deve ser aplicado um fator desegurança de três vezes. Consi-deram-se salas de baterias sufici-entemente ventiladas quandoexiste a troca do seguinte volu-me de ar por hora: Q = V. q. S. I.Sendo: Q = Volume de ar em li-tros, a ser trocado por hora; V =Fator de diluição = 100% dividi-do por 3,8% igual a 26,3 (cons-tante) - este fator é a relação dear para hidrogênio sujeita à ex-plosão (se a porcentagem forigual ou maior a 3,8%, a misturaexplode com grande violência naocorrência da menor faísca) -;

q = 0,42 (constante equivalenteà quantidade em litros de hidro-gênio por Ah exalado); S = Fatorde segurança, para instalações empiso térreo = 3 (se fosse subsoloseria = 5); I = Corrente em A, quecausa a produção de hidrogêniovisando dimensionamento. Estacorrente é, normalmente, a cor-rente final de carga que, no casomais crítico, carga com correnteconstante, pode ser consideradacomo 5 A por 100 Ah de capaci-dade nominal (C8) ou 5% damesma capacidade nominal”,explica Donadio.

Para melhor compreensão, ogerente de vendas exemplifica:para uma única bateria de

12 elementos para paleteira de 350Ah/8 h em corrente final de cargade 17,5 A tem-se: V = 26,3;q = 0,42 litros; S = 3; N = 12 ele-mentos; I = 17,5A; Q = 26,3 x0,42 x 3 x 12 x 17,5 = 6.959litros. “Neste caso, necessaria-mente a troca de no mínimo6.959 litros ou 6,959 m3 de ar porhora, da sala de baterias, seránecessária para manter o am-biente seguro.”

Ainda segundo ele, “valesalientar que o hidrogênio, alémde sua propriedade explosiva,possui um mau cheiro caracte-rístico quando exalado de bate-rias porque leva consigo substân-cias a base de enxofre, que ématéria-prima do ácido sulfúrico.O hidrogênio acaba servindo ape-nas como transporte e não causadanos aos operadores que o res-piram. No hidrogênio, as pro-priedades nocivas do gás doenxofre estão extremamentediluídas, sendo capazes de cau-sar apenas o incomodo olfativo”.

Rinaldo Alberto Drumond,sócio-proprietário da BTR (Fone:31 3428.4077), crê que em umprojeto para sala de baterias, alémdos itens já citados, deve-se daratenção especial ao projeto darede elétrica, para atender à de-manda dos carregadores (nãopode haver oscilação), e de arcomprimido.

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A CONTRIBUIÇÃODO FABRICANTE EDISTRIBUIDORDE EMPILHADEIRAS

PREVENIR PARANÃO REMEDIAR

O que pode acontecer de er-rado no projeto de uma sala debaterias? O que dá pra evitar?

Ávila, da Eaton PowerQuality, acredita que os errospodem vir de “um planejamentoincompleto, sem abordagem sis-temática, e falta de precisão nasestimativas, uma vez que envol-ve custos, recursos e tempo, nãose prevendo todos os parâmetrospara o correto dimensionamentoe execução de uma sala de bate-ria”. De acordo com ele, para evi-tar surpresas é recomendável ob-ter todas as informações referen-tes às baterias, carregadores/re-tificadores, máquinas e dimen-sões disponíveis para o projeto dasala de bateria”, acrescenta.

Donadio, da Enersystem,aponta o erro do mau dimensio-namento da quantidade de trocade ar da sala, que pode causaracidentes graves como explosões;além do mau dimensionamento delayout, que pode acarretar dificul-dades de logística com a troca dasbaterias tracionárias e acidentescom os operadores, o que poderiaocasionar até mutilações dosmembros devido ao peso elevadodas baterias. “Além disso, deve-seter o devido cuidado com os equi-pamentos de socorro em caso deacidentes, como chuveiro doacionamento rápido com lavaolhos, kit de primeiros socorroscom solução antiácida para ser jo-

gada nas áreas atingidas após alavagem com água corrente eEPI´s para uso por parte dos ope-radores, como óculos de proteção,luvas de borracha, botas com so-lado de borracha e biqueira de aço,avental de borracha e jaleco detergal (que não corrói quando emcontato com ácido sulfúrico).”

Outros problemas são vistospor Ravazi, da Newpower, “geral-mente a falta de espaço causa vá-rios acidentes, como, por exemplo,a derrubada de baterias no ato datroca. Deve-se realizar essas tro-cas com equipamento adequado,as bases roletadas para troca de-vem ser robustas, semprelubrificadas e limpas e os rodízi-os devem estar sempre funcionan-do bem. Os carregadores devemestar adequadamente regulados,sofrendo aferições mensais de pre-ferência, os cabos, tanto das bate-rias como dos carregadores, devemsofrer manutenção preventivasempre, evitando-se danos quepossam causar fuga de corrente oufaísca, que causariam explosão”.

A falta de treinamento tam-bém é um fator que pode causarproblemas, de acordo comWaldmann, da JLW. “Montamosa sala, mas não treinamos os fun-cionários que, normalmente,acham que sabem, ou terceiri-zamos para empresas que não sãodo ramo. A falta de estrutura porparte da empresa pode gerar aci-dentes, além de diminuir a vida útildas baterias, o que só será vistoem 2 anos, quando elas passam a

Qual a contribuição que o fabrican-te e distribuidor de empilhadeiraspode dar na elaboração de umasala de baterias?

De acordo com Rogério Sato,supervisor de suporte ao produto daBauko (Fone: 11 3693. 9318), “o dis-tribuidor tem muita experiência naoperação destas salas de baterias epode sugerir a consideração de deta-lhes importantes para a sua elabora-ção, conforme o tipo de empilhadeira,carregador e baterias que o cliente iráoperar. A contribuição vem da espe-cificação dos equipamentos necessá-rios e da logística interna da opera-ção da sala para que o fluxo de traba-lho seja o mais otimizado possível”.

Na opinião de Guilherme GomesMartinez e Y. Ohira, engenheiros deaplicações da WHE (Fone: 11 5683.8580) - divisão de máquinas elétricasda NMHG do Brasil -, os fabricantesde empilhadeiras podem fornecer osdados de qual tipo de bateria será uti-lizada, suas respectivas medidas,especificações e quantidades. “Nomanual das baterias geralmente háuma idéia de projeto de sala de bate-ria. Todo projeto deverá ser de respon-sabilidade do departamento de enge-nharia do cliente, que contará com oapoio e as informações que os fabri-cantes de bateria e máquinas pode-rão fornecer”. Segundo eles, é muitoimportante que também os fabrican-tes de carregadores sejam consulta-dos e ouvidos na hora do desenvolvi-mento do projeto da sala, já que tododimensionamento da rede elétrica ne-cessária é determinado pela correnteque os carregadores necessitarãopara operar.

Oferecer layout da sala de bateri-as, treinamento para o pessoal res-ponsável pelos equipamentos e for-necer equipamentos necessários paraa manutenção das baterias, comodensímetro, multímetro, termômetro etabelas de controles, é a lista das con-tribuições que o fabricante/distribuidorde empilhadeiras pode dar, de acor-do com Marlon Garighan, do depar-tamento comercial da Requimaq(Fone: 49 3323.8797).

Já para Fábio D. Pedrão, diretorda Retrak (Fone: 11 6431.6464), “o fa-bricante e o distribuidor podem cola-borar com o cliente fornecendo umprojeto específico para a quantidade

de baterias e carregadores ideais aoprojeto; pode colaborar também comtreinamento de técnicos do clientepara uma melhor manutenção preven-tiva e corretiva das baterias e carre-gadores; além de fornecer formulári-os para leitura e verificação geral dasbaterias”.

Ricardo Matos, consultor técnicode empilhadeiras elétricas da Somov(Fone: 11 3718.5090), acredita quepodem ajudar na especificação técni-ca dos componentes necessáriospara instalação de uma sala de bate-rias, como carregadores, cabeamentoe disjuntores de rede, assim como nadisposição de layout.

De acordo com Ruy Piazza, dire-tor da Piazza Equipamentos para Mo-vimentação de Materiais (Fone: 116424.3908), “os fabricantes e suasredes de distribuição têm a obrigaçãode ajudar seus clientes no dimensio-namento e na correta instalação deuma sala de cargas de baterias. Osfabricantes de baterias renomadostambém têm feito um excelente tra-balho nessa área e já fornecem aosseus clientes desenhos de salas debaterias adequadas para a operaçãoespecífica do cliente. A Easytec, querepresentamos, está fabricando tam-bém equipamentos mais sofisticadospara salas de baterias, como estan-tes para carregadores e eletrólito, es-trados roletados para movimentaçãodas baterias e sistemas automati-zados para retirada e colocação dasbaterias nas máquinas. Ela fornecetambém projetos para seus clientesde salas de baterias das mais simplesàs mais sofisticadas”.

Conforme Eduardo Aché Assump-ção, supervisor comercial de locaçõesda Still (Fone: 11 4066. 8100), “o fa-bricante, como especialista no assun-to, deve orientar o cliente desde o pri-meiro croqui do projeto até sua im-plantação, para que os devidos cui-dados necessários para o bom funcio-

perder autonomia”.Para prevenir problemas, se-

gundo Mazzetti, da Matrac, “nos-sa empresa fornece layout suges-tivo para construção da sala debaterias e disponibiliza seus ser-viços de terceirização para ma-nutenção preventiva e corretiva”.

Já Drumond, da BTR, infor-ma que um projeto elétrico ina-dequado pode causar sobrecargana rede elétrica e comprometer aqualidade da recarga das bateri-as e também de outros setores daempresa. “Equipamentos paramanutenção das baterias subdi-mensionados, como talha, supor-te e carrinho, podem causar aci-dentes, desta forma deve-se veri-ficar a capacidade de carga destesequipamentos. É importante seguirtodas as normas recomendadaspelos fabricantes”, completa.

“O desconhecimento do as-sunto, em geral, pode levar a vá-rios erros que posteriormente irãogerar retrabalhos ou serão atémesmo impossíveis de seremcorrigidos”. A afirmativa é deBitencourt, da AcumuladoresMoura, que, além disso, exem-plifica: “construir uma sala e pos-teriormente não ser possível umaampliação necessária por contade sua localização, esquecer deter um local específico para lim-peza das baterias e, o que achomais sério de todos: fazer umasala de baterias sem se preocu-par com a troca de gazes internae com a questão do tratamentodos resíduos”.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 15EDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

J O R N A L

namento da operação sejam tomados.”Para Carlos Santos, gerente de

operações da BT (Fone: 41 9685.0760), existem diferentes modelos desalas de baterias em virtude da quan-tidade de baterias, espaço disponívelpara a montagem da sala, etc. “Masos fabricantes, de uma forma geral,têm informações sobre as diversas so-luções existentes no Brasil e no mun-do. No momento da aquisição dosequipamentos é importante que o fa-bricante e/ou representante informedimensões, peso, capacidade dasbaterias, mesas de troca e carregado-res, indicando, inclusive, a voltagem defuncionamento e consumo”, salienta.

Já Marco Aurelio Carmacio, ge-rente nacional de vendas e mar-keting da Dabo Brasil/Clark (Fone: 193881.1599), garante: “nossa empre-sa disponibiliza o layout para melhoralocar não só as baterias, mas, tam-bém, os carregadores. Na etapa deseleção e compra do equipamento,treinamentos específicos são ofereci-dos aos usuários finais”.

A questão da experiência no as-sunto é um dos pontos destacado porJean Robson Baptista, do departa-mento comercial da Empicamp (Fo-ne: 19 3289. 3712): recomenda-se fa-zer uma visita a uma empresa que játenha uma sala de baterias, pois estajá tem experiências positivas e negati-vas que podem poupar tempo e mini-mizar custos na elaboração desta sala.

Marco Antônio Augusto, enge-nheiro de aplicação da Hyster (Fone:11 3718.5090), é sucinto no assunto:“os fabricantes de baterias/carregado-res disponibilizam instruções para ela-boração e implementação de umasala de carga de baterias apropriada”.

A única ajuda, segundo AlexMontovanelli, supervisor técnico daCommat (Fone: 11 4208. 3812), é comrelação ao número de baterias, tama-nhos e quantidades necessárias paraa operação.

Para concluir, Luiz Antonio Gallo,gerente de vendas da Skam Empilha-deiras Elétricas (Fone: 11 4582.6755),destaca que a empresa, como fabri-cante de empilhadeiras elétricas, con-ta com um corpo de engenheiros es-pecializados e fornece aos clientestodo o suporte técnico, com desenhosespecíficos para salas de baterias,orientação sobre os itens, acessóriosque se fizerem necessários e asses-soria completa sobre o assunto. ●

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Ravazi:“A NewpowerFulguris tinhacerteza de queum dia a Matracseria a suarepresentantetécnico-comercial”

Instalada no mercado desde

1989, a Matrac (Fone: 11

6905.4107), empresa

especializada na venda,

manutenção e reparos de

baterias tracionárias, acaba de

ampliar as suas instalações em

mais 1000 m2. Junto com a

oficina, a empresa conta agora

com uma área total de 1250 m2.

“Há um ano e meio muda-

mos nossa representação e

passamos a atender à marca

Fulguris, que possui uma maior

linha de baterias e nos oferece

uma condição para pronta

entrega seis ou sete vezes

maior do que a nossa represen-

tada anterior – então de cerca

de 30 baterias. Em razão disso,

tivemos que ampliar nossas

instalações para atender à

nova gama de clientes da

Fulguris que precisam destes

produtos. Também precisáva-

mos de uma área maior para a

estocagem das baterias para

pronta entrega. Além disto,

investimentos em frota,

instalações e força de

Informe Publicitário16

trabalho”, diz Edmilson Anjos

Ferreira, diretor da empresa.

“A Newpower Fulguris

(Fone: 11 6412.1922) ‘namo-

rou’ a Matrac por bastante

tempo, na certeza de que um

dia ela seria a sua represen-

tante técnico-comercial para

São Paulo. O namoro virou

casamento há mais de um ano

e meio e colhemos excelentes

resultados. Realizamos uma

pesquisa muito longa e

criteriosa para elegermos a

nossa representante técnico-

comercial e encontramos na

Matrac todos os requisitos que

buscávamos. A Matrac foi

escolhida, dentre várias outras

empresas do ramo de assis-

tência técnica em baterias, por

contar com a melhor estrutura

e corpo técnico. A solidez

técnica, a rapidez, a infra-

estrutura e o carinho com que

os clientes são tratados foram

aspectos fundamentais para

essa nossa escolha. Nossa

cobertura de serviços na

grande São Paulo às vezes

ficava prejudicada, pois nossas

equipes técnicas se revezam

para todos os tipos de baterias

que fabricamos e, com isso,

ocorriam chamados para as

baterias tracionárias que

tínhamos de atender no dia

seguinte ou até mais. Com a

entrada da Matrac, que é

especialista na assistência às

baterias tracionárias, conse-

guimos reduzir o atendimento

para menos de 24 horas,

contadas a partir do contato

do cliente. Esse pequeno

detalhe trouxe tranqüilidade

para nós e para todos os

nossos clientes, uma vez que

tanto a Fulguris quanto a

Matrac sabem que o pós-

vendas é o mais importante.

Poder conceder aos nossos

clientes a certeza de que

existem pessoas competentes,

que lhes darão todo o suporte

necessário nas baterias, é um

fator que os tranqüiliza e dá a

certeza de que não só estão

comprando a melhor bateria,

como também criando ami-

gos.” A análise é de Sandro

Ravazi, gerente da divisão

tracionária da Newpower

Fulguris.

Por sua vez, Ferreira

informa, ainda, que a partir de

junho, a Matrac passa a contar

com 150 baterias de diferentes

padrões no estoque para pronta

entrega. E que conta com oito

equipes de assistência técnica

na rua, mais uma equipe

interna, de modo a atender o

mercado de baterias com

pronta entrega.

Matrac: especialistaem vendas, manutenção

e reparos de bateriasAlém destes setores, a Matrac está consolidada e forte no apoio à criação de salas de baterias, quando

fornece layout e diversas dicas. E, para atender ao mercado, acaba de ampliar as suas instalações.

Investimentos foram feitos em área para estocagem das baterias, frota e força de trabalho

A Matrac já ocupa as novasinstalações

Todo cuidado é tomado pelaempresa na manutenção dasbaterias

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17

“Quando de uma máquina

parada, o cliente pode ligar

para qualquer fabricante de

baterias e, provavelmente, este

fabricante não terá a bateria

para pronta entrega, o que não

acontece com a Matrac.

Certamente, com base no

nosso estoque, sempre teremos

uma bateria para atender de

imediato às necessidades deste

cliente”, diz Ferreira, destacan-

do que, embora seja represen-

tante autorizado da Fulguris, a

empresa também pode efetuar

reparos em baterias de

qualquer marca, tanto

nacionais quanto importadas.

“Oferecemos atendimento

em menos de 24 horas, tanto

em termos de vendas quanto

de assistência técnica, e

também vendemos, além das

baterias novas, acessórios. A

assistência técnica abrange

todo o Estado de São Paulo,

enquanto a venda de baterias

tracionárias com pronta

entrega ocorre em todo o

Brasil”, acrescenta Antonio

Donizetti Mazzetti, gerente

comercial da Matrac.

NOVO PRÉDIO

A Matrac acaba de se

instalar no novo prédio

construído ao lado de sua

antiga oficina no bairro de Vila

Guilherme, em São Paulo, SP.

Ali é possível a armaze-

nagem de 150 baterias, sendo

que a oficina para reparo de

baterias ocupa 250 m2 e os

escritórios outros 200 m2. “A

oficina é totalmente adequada

às normas ambientais, contan-

do, inclusive, com uma Estação

de Tratamentos de Efluentes. Já

os resíduos gerados no cliente

também são encaminhados

para nossas instalações e,

junto com os criados interna-

mente, recebem destinação

adequada”, diz Ferreira.

“A nossa frota é composta

por oito carros-oficina para

atendimento junto aos clientes

e as garantias de fábrica. Estes

carros incluem dois técnicos

treinados na fábrica, além de

todo o ferramental necessário

para a manutenção das

baterias. Também contamos

com um caminhão de apoio

para entrega e retirada de

baterias. Por tudo isto, a Matrac

está consolidada e forte em

termos de contratos de

manutenção e na orientação

para criação de salas de

baterias, quando fornecemos

diversas dicas. Oferecemos

todo o suporte para a

montagem de salas de

baterias, desde o layout até as

regras para atendimento às

normas ambientais”, esclarece,

por sua vez, Mazzetti.

DIFERENCIAIS

Referindo-se aos diferenciais

da Matrac em relação às outras

empresas que atuam no mesmo

segmento, Ferreira informa que,

no caso das empilhadeiras

elétricas, a bateria é considera-

da o “combustível” e, quando

danificada, há necessidade de

um atendimento imediato, de

uma solução rápida, como no

caso de um automóvel sem

gasolina. “Também é preciso

lembrar que esta situação é

mais grave no caso dos

pequenos frotistas, com uma ou

duas máquinas, que precisa de

um atendimento imediato. É aí

que está o diferencial do pronto

atendimento da Matrac”, diz

Ferreira.

“Eu relacionaria, além deste,

outros diferenciais da Matrac: o

pessoal treinado em fábrica

com respaldo desta mesma

fábrica, incluindo laboratório e

suporte para dar o apoio ao

cliente; a nossa preocupação

com a preservação do meio

ambiente, recolhendo os

resíduos de ácido e chumbo; e

a assistência técnica rápida,

não ultrapassando 24 horas

desde o chamado”, informa

Mazzetti.

A Matrac também mantém

contratos de manutenção

preventiva com várias empresas

de renome e dos mais variados

segmentos do mercado, além de

contratos de terceirização de

salas de baterias. No caso da

manutenção, ela é feita de

acordo com as necessidades do

cliente, ou seja, envolvendo

visitas semanais, quinzenais e

mensais. Na terceirização de

salas de baterias, os técnicos

realizam desde a troca de

baterias na empilhadeira até a

manutenção efetiva do equipa-

mento. “Por exemplo, há casos

de empresa onde a CIPA –

Comissão Interna de Prevenção

de Acidentes não aprova a troca

de baterias pelo pessoal interno.

Neste caso, o pessoal da Matrac

faz a troca e a manutenção total

das baterias. Já no caso das

manutenções mais curtas e em

outras empresas, as trocas são

feitas pelo pessoal interno e a

Matrac cuida das revisões.

Também executamos avaliações

do parque de baterias, envol-

vendo relatórios das condições

do equipamento e das

operações”, conclui Ferreira. ●

Frota também inclui caminhão de apoio para entrega e retirada de baterias

Mazzetti: “Oferecemosatendimento em menos de24 horas, tanto em vendasquanto em assistência técnica”

Pessoal é treinado em fábrica,com respaldo desta mesmafábrica

Oficina conta comEstação de Tratamentode Efluentes

Ferreira: “Também fazemosavaliações do parque debaterias, envolvendo relatóriosdo equipamento e dasoperações”

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18REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

LogWebJ O R N A L

N

TENDÊNCIAS NODESENVOLVIMENTO DOSCM NO BRASIL

Supply Chain Management

a última década, a compre-ensão e o interesse pelasaplicações e potencialida-

des do Supply Chain Managementtêm crescido mundialmente. Asconseqüências no Brasil têm sidosignificativas nas áreas de serviço,notadamente na área de consultoriaespecializada e na indústria, parti-cularmente na área automotiva,que vem se empenhando em tor-nar as propostas inovadoras empráticas efetivas nas empresas,sejam elas nacionais ou multina-cionais, que compõem sua Cadeiade Abastecimento.

SITUAÇÃO ATUALO Outsourcing, utilizado ini-

cialmente em áreas de suporte,como informática, vem se tornan-do a cada dia uma prática mais efe-tiva e amplamente utilizada nasáreas de produção, manutenção,distribuição e marketing. A opçãopor terceirizar áreas específicas eestratégicas passou a significaruma relação de parceria e integra-ção nos negócios, que deve ser bemplanejada e implementada, de pre-ferência balizada por uma entida-de externa (consultoria), com o ob-jetivo de garantir que as necessi-dades atuais e futuras das partesserão atendidas, em termos decrescimento do relacionamentocolaborativo, desenvolvimentointerdependente e investimentosnecessários. Na indústria, o proces-so de seleção de um novo parceirologístico tem um impacto impor-tante no seu desempenho junto aomercado, que vai além do inbounde outbound, chegando ao maiorgrau de facilidade na concepção edesenvolvimento de produtos eplanos de crescimento.

O Benchmarking tornou-setambém uma ferramenta queviabiliza disponibilizar e obterinformação no mercado, com oobjetivo de integração das estra-tégias competitivas das cadeiasprodutivas, compatibilizando eadequando as medidas de desem-penho de cada empresa às reali-dades e aos objetivos do segmentoonde estão inseridas.

Agregando-se nesse comparti-lhamento de informações e

integração de infra-estrutura entreclientes e fornecedores se inseremdiversas Iniciativas de Integraçãoque passam por sistemas e práti-cas gerenciais (EDI, ReposiçãoAutomática, ECR, Lean Manu-facturing, SCOR), agilizando asoperações no padrão just-in-timee diminuindo a necessidade de es-toques ao longo da cadeia, aumen-tando a visibilidade das necessi-dades de abastecimento dos clien-tes e o grau de previsibilidade dademanda, beneficiando o balan-ceamento da capacidade produti-va por parte dos fornecedores eadicionalmente demandando daspartes um alto grau de agilidadena solução de gap´s e desviosoperacionais.

O Desenvolvimento Colabo-rativo de novos produtos, com oenvolvimento prévio dos fornece-dores, tem se mostrado tambémcomo tendência irreversível, pro-porcionando uma drástica reduçãode tempo entre o projeto e a fina-lização do produto acabado, alémde diminuição de custos inseridosnesse processo.

A contínua reestruturação econsolidação da quantidade de for-necedores e clientes tem possibi-litado um maior grau de sinergianos resultados finais, tanto econô-micos quanto ligados ao aumentode nível de serviço e eficiência, aoaumento do relacionamento cola-borativo e ao surgimento e cons-trução de parcerias anteriormenteinviáveis no médio/longo prazo.

O objetivo básico do SCM émaximizar e efetivar a poten-cialidade sinérgica da empresacom os player´s de sua cadeia pro-dutiva, atendendo aos clientes deforma eficiente, com custo redu-zido e adicionando valor ao pro-duto final, com maior grau deautomação e previsibilidade da de-manda.

Colaboração técnica: FernandoNeres, consultor sênior de SupplyChain da Qualilog Consultoria, quedesenvolve suas atividades noaconselhamento e implementaçãode soluções em logística e supplychain management nonível estratégico e operacional.www.qualilog.com.br

Notíciasr á p i d a s

Hand Held lançaleitor de códigosde barras emsuperfícies deferro e alumínioOs leitores móveis 6300 e6320 Series Direct Park Mark,recém-lançados no Brasil pelaHand Held Products (Fone: 112178.0500), lêem códigos debarras gravados em superfí-cies como ferro, alumínio, vi-dro e acrílico. Até então, essadecodificação só era possívelcom o uso de leitores fixos.“Outro atributo dos leitores é acapacidade de adaptação aambientes agressivos. Podemoperar em temperaturas de-10º C a 50º C e em espaçoscom até 95% de umidade”, dizo executivo de contas da HandHeld, Deivid Nicolas Delgado.Os equipamentos contam comcomunicação bluetooth, quedá autonomia para os proces-sos, e sistema de identificaçãoDPM - Direct Part Mark, quepermite um maior desem-penho de leitura e decodifi-cação de códigos lineares ebidimensionais gravados emsuperfícies metálicas.

Sistema da Atechvisa diminuircustos notransporte decargasO Ares Solução para GestãoIntegrada de Logística e Trans-porte, desenvolvido pela AtechTecnologias Críticas (Fone: 113040.7300), “tem uma versãofocada nas características dosoperadores logísticos e trans-portadores e outra dedicadaao atendimento dos embar-cadores”, explica o líder denegócios da empresa, ElbsonQuadros. O sistema, que fun-ciona em tempo real, oferecefunções avançadas de Trans-portation Management Sys-tem (TMS) e possui estruturamodular. Também está integra-do a recursos de gestão de ne-gócios e operacionais. “O ma-pa interativo na tela do com-putador mostra a localizaçãodo caminhão que transportauma carga por uma rodoviabrasileira, em tempo real.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 19EDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

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Numa sala, a equipe treina-da monitora desde a rota eocorrências até a localiza-ção exata da carga. A solu-ção compara o desempenhoplanejado, nível de serviço erentabilidade com os efetiva-mente realizados”, explicaQuadros. Dessa forma, épossível controlar desde fro-tas, fretes, rotas, valor decargas e indicadores de de-sempenho até informaçõessobre o centro de distribui-ção, entre outros dados.

Toledo lançaindicadorgráfico paraautomatizar aspesagens decaminhõesA Toledo do Brasil está lan-çando o Toledo 8540, umindicador gráfico para balan-ças rodoviárias que permitea automação das pesagensde caminhões em distribui-doras de produtos, transpor-tadoras e empresas delogística. É considerado oúnico do mercado que enviae-mail do ticket de pesagempara dois endereços, o quepossibilita a checagem daentrada e saída de produtos,a rastreabilidade dos pesose informações e a integraçãoentre as várias áreas daempresa. “Com o sistema deautomação, pode-se posi-cionar corretamente o cami-nhão na plataforma da ba-lança, reduzindo o tempo depesagem e evitando des-perdícios que, em geral,ocorrem quando não é feitaa checagem do correto po-sicionamento do veículo”,explica Michel AugustoMathias, analista de produ-tos da Toledo.

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20REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

LogWebJ O R N A L

Multim

odal

EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS

NOVIDADESMOVIMENTAMO SETORTrator portuário, super stacker, reach stacker, sistema can-bus, plataforma detrabalho aéreo, asa delta, freio a disco e sapata são algumas das novidadespara o segmento portuário.

ob o tema equipamen-tos portuários, o jornalLogWeb deste mês reu-

niu, com algumas empresasdo setor, informações sobrenovidades e tendências.

NOVIDADES EDIFERENCIAIS

A novidade da RuckerEquipamentos Industriais(Fone: 11 4187.2600) nosetor portuário, segundoClaude Misrahi, diretor pre-sidente da empresa, é o tra-tor portuário TT-40, fabrica-do no Brasil e projetado paramanusear contêineres de 20ou 40 pés. “Os concorrentesdo TT-40 no Brasil são oscaminhões de linha automo-tiva, aos quais se adapta umatransmissão automática. En-tretanto, este chassi não su-porta adaptação da 5ª rodahidráulica e, tampouco, pos-sui força para tracionar maisque um trailer, enquanto oTT-40 pode rebocar até 120toneladas, ou seja, três trai-lers com contêineres de 40pés”, destaca Misrahi.

O diretor presidente daRucker, ainda, faz questão desalientar, como novidade, odesenvolvimento do trator deporto, que também é utiliza-do em pátios de centros dedistribuição.

Para a Linde (Fone: 113604.4755), de acordo comItalo Fagá, supervisor comer-cial, “as novidades estão nosequipamentos de 1,2 a 5 tversão contêiner (ova e deso-va), equipamentos para mo-vimentação de contêinerescheios (reach stacker) e vazi-os (equipamentos popular-mente conhecidos como ‘asadelta’)”. Além disso, Fagáacrescenta monitoramento

gradual de luzes alertandopara operações de risco ecomunicação remota viamodem como diferenciaisdos produtos.

Já o diretor da Equiport– Equipamentos para Portos(Fone: 13 3227.6025), Thier-ry Montagne, descreve comoprodutos da empresa reachstackers de até 45 toneladas,empilhadeiras de contêineresvazios até 7 alturas e de gar-fos de 1 até 16 toneladas e tra-tores de terminais Tug Mas-ters. A novidade fica por con-ta da nova geração de SuperStacker que, conforme Mon-tagne explica, “apresenta maisvelocidade nos movimentoshidráulicos, cabine do opera-dor com ar-condicionado esistema de autodiagnósticodas causas de falhas”.

“Temos vários tipos deequipamentos, desde empi-lhadeiras com capacidadesacima de 10000 kg até osreach stackers com empilha-mento de seis containeres dealtura (cheios), e de novecontaineres de altura (va-zios).” Estes são os equipa-mentos da Ergomax Equipa-mentos (Fone: 11 5533.0269) descritos por RodrigoLucas, gerente geral da em-presa. A novidade é a linha“B” de reach stackers da

empresa SMV, da quala Ergomax é distribui-dora. “Nesta linha foiaplicada tecnologiaque facilita a operaçãoe manutenção, poissão utilizados mate-riais que não requeremlubrificação, bem co-mo uma série de van-tagens adicionais”,explica Lucas.

Para a JLG (Fone:19 3295.0407), as no-

vidades em equipamentos comaplicação portuária são as pla-taformas de trabalho aéreo eos manipuladores de mate-riais, conforme relata Hamil-ton Bogado, gerente da empre-sa no Brasil.

Já as contribuições daStemmann Indústria e Co-mércio (Fone: 15 3261.9190)para o setor portuário são osfreios a disco e sapatas, ospára-choques hidráulicos/gáse o sistema de freio RailClamp, de acordo com infor-mações de Ellen PrevitaliFerraz, assistente de marke-ting da empresa.

A CVS-Ferrari (Fone: 212235.3884), por sua vez,fabrica “reach stackers paramovimentação de contai-neres cheios e vazios - espe-cial destaque para os mode-los da série 300, que possuemcapacidade de empilhamentode até seis contêineres cheios,sistema hidráulico de eleva-da performance (Rexroth) ecompleta integração de con-trole pelo sistema can-bus -,empilhadeiras para movi-mentação de cargas comcapacidade de 10 a 45 to-neladas e tratores para ter-minais nas versões 4” x 2” e4” x 4”, descreve o diretor daempresa no Brasil, Carlos R.Tinoco.●

Empilhadeira de garfos espreader com capacidade deaté 52.000 kg; dispositivos paramovimentação de chapas, taru-gos e bobinas de aço; reachstacker para empilhamento decontêineres até 6 alturas;spreader para RTG, RMG,reach stacker; pórticos, trans-têineres e portêineres sobrepneus e sobre trilhos são astendências em equipamentosportuários citadas por Lucas,da Ergomax.

Já na opinião de Bogado,da JLG, “as plataformas de tra-balho aéreo, bem como osmanipuladores de materiais,são imprescindíveis nas tarefasde apoio como inspeção decontaineres, manutenção emgeral, carregamento e desovade contêineres no caso dosmanipuladores, entre outrasinúmeras aplicações”.

Para o crescimento do se-tor, Misrahi, da Rucker, apostano incentivo do Reporto - Regi-me Tributário para Incentivo àModernização e à Ampliaçãoda Estrutura Portuária queestabelece que a venda eimportação de máquinas eequipamentos para utilizaçãoexclusiva em portos estão sus-pensas de IPI, PIS, Cofins eImposto de Importação.

Com o Reporto, Fagá, daLinde, também aposta emmelhorias: “devido ao benefíciodo Reporto, os equipamentostornaram-se em média 30%mais baratos. Com essa redu-ção, a compra fica muito maisatrativa em comparação com oaluguel”.

Montagne, da Equiport,por sua vez, descreve o cres-cimento do país no setor e ex-põe seu parecer. “O Brasil ini-ciou a privatização dos seusportos em 1995. Em 10 anosa movimentação de cargasdos terminais cresceu de for-ma exponencial. Tal como nospaises desenvolvidos, os ter-minais do Brasil adaptaram,pouco a pouco, os sistemas decarga e as tecnologias maismodernas. Para adaptar eaproveitar essas tecnologias, aestrutura dos portos e a rederodoviária têm de permitir umacirculação rápida e segura dasmercadorias. Em conclusão, osetor público e o setor privadodevem estudar, conjuntamen-te, um programa que permitaganhar tempo e dinheiro noprocesso de movimentação dacarga ‘porta-a-porta’”, comple-ta o diretor da Equiport.

Ainda de acordo com ele,o sistema intermodal, navios,trens e caminhões também de-vem otimizar-se. As “inovaçõessão poucas e consistem emadotar soluções mais adequa-das, como RTG (Rubber TyresGantry – pórtico sobre pneus)e pórticos que permitemotimizar o espaço do terminal”,diz Montagne.

S AS TENDÊNCIAS NO SETOR“DEVIDO AO BENEFÍCIO DOREPORTO, OS EQUIPAMENTOSTORNARAM-SE EM MÉDIA30% MAIS BARATOS. COMESSA REDUÇÃO, A COMPRAFICA MUITO MAIS ATRATIVAEM COMPARAÇÃO COM OALUGUEL”

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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Metropolitanvai disputaro mercadodoor-to-doornas importaçõesA Metropolitan Logística (Fone 116802.2000) vai disputar o merca-do de entregas “door-to-door” emoperações de importação. A em-presa vai atuar em sinergia com aMetropolitan Trading & FreightForwarder, responsável pelasoperações do grupo em comérciointernacional. “Vamos focar nossaatuação principalmente emempresas importadoras de pro-dutos acabados”, explica Cristia-no Baran, diretor da MetropolitanLogística. O novo portfólio de ser-viços abrange todas as etapas dacadeia logística - desde a coletados produtos na fábrica de origem,transporte até o porto/aeroporto,freight forward, contratação eacompanhamento dos naviosjuntos aos armadores, desemba-raço aduaneiro, armazenagemnos depósitos da companhia edistribuição para os clientesfinais no Brasil.

ThyssenKrupp eJaguar Plásticosusam contêineresaramados paraotimizar logísticaA ThyssenKrupp Molas (Fone: 116332.2400), especializada na fabri-cação de componentes para sus-pensão automotiva, agilizou o pro-cesso de movimentação, armaze-nagem e transporte de barrasestabilizadoras ao substituir as ca-çambas de aço pelos contêineresaramados da Artok (Fone: 116100.8022). Os equipamentos per-mitem a movimentação tanto ma-nual quanto por empilhadeiras e,por enquanto, estão sendo utiliza-dos somente para algumas barrasestabilizadoras, mas a Thyssen-Krupp já estuda a possibilidade deestender a sua utilização para amovimentação de outras peças. AJaguar Plásticos (Fone: 19 3867.2831) também fez a substituição decaixas de papelão pelos contêi-neres aramados Artok na mo-vimentação, armazenagem e trans-porte de tampas para detergente ecopos de requeijão, que represen-tam 30% da sua produção.

Notíciasr á p i d a s

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22REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

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TRANSPORTE RODOVIÁRIO

O PAPEL DASTRANSPORTADORASNA CADEIA DE SUPRIMENTOSDe acordo com um dos entrevistados, as transportadoras são fundamentais para o sucesso dosoperadores logísticos, pois executam uma das fases mais difíceis: fazer chegar ao cliente, comintegridade e no prazo estipulado, a mercadoria do embarcador.

m virtude da expansãodos serviços logísti-cos, que levou ao sur-

gimento dos operadoreslogísticos, como ficará o pa-pel das transportadoras?Transportador e operadorlogístico são a mesma coisa?Se não, como deve ser a par-ceria entre eles e o contratan-te? Para responder a essasperguntas, o jornal LogWebdeste mês preparou esta ma-téria especial com empresasde transporte rodoviário.

IMPORTÂNCIA“Lembrando que o trans-

porte é uma das diversas ope-rações envolvidas na logís-tica, o papel das transporta-doras é fundamental para osucesso dos operadores logís-ticos, pois estas executamuma das fases mais difíceis:fazer chegar ao cliente, comintegridade e no prazo esti-pulado, a mercadoria doembarcador.” Esta é a opiniãode Roberto Dexheimer,gerente comercial da SicallCargas e Encomendas (Fone:11 3858.5811), sobre o papeldas transportadoras frente aosoperadores logísticos.

Na opinião de RubensLuiz Pereira, diretor comer-cial da Exato TransportesUrgentes (Fone: 11 6409.8909), apesar das novidadesno setor, o transporte rodo-viário ainda é bastante pro-curado no país. “É preciso le-var em consideração que, noBrasil, a maioria dos embar-cadores ainda contrata e re-munera diretamente as trans-portadoras que irão distribuiros seus produtos. Até por uma

questão de economia, perma-nece a tendência de não sequarteirizar o transporte,mesmo entre as empresas queutilizam operadores logís-ticos. Dessa forma, os servi-ços logísticos mais procura-dos continuam sendo os dearmazenagem e expediçãodos produtos. É claro queessa não é uma situação defi-nitiva, muito pelo contrário,mas, por ora, o papel dastransportadoras não foi alte-rado tão acentuadamente,como se esperava.”

Marcelo Almeida Alen-car, gerente comercial e deprojetos logísticos da Cam-pos Operador Logístico(Fone: 19 3782.6800), porsua vez, analisa a importân-cia do transporte rodoviáriona cadeia logística, inclusivepor realizar o serviço porta-a-porta, conforme ele mesmoexplica: “via de regra, o cus-to do transporte representamais de 60% dos custos lo-gísticos e, portanto, sua par-ticipação na matriz logís-tica é de extrema relevânciapara qualquer empresa. Apercepção do cliente finalsobre a qualidade dos servi-ços logísticos prestados se dáinicialmente no cumprimen-to dos prazos de entrega, evi-denciando-se a importânciado transporte. Na realidadebrasileira, o transporte rodo-viário de carga continua sen-do o único modal a realizar oporta-a-porta, além de ser omais utilizado nas operaçõesde transferências. O operadorlogístico tem como uma desuas premissas o gerencia-mento de suas operações,com informações consisten-

tes e em tempo real de todo ofluxo da cadeia logística dosseus clientes. E para isso, suadependência das informaçõespassadas pelo transportadorse torna ainda mais premen-te. O sucesso de um opera-dor logístico está intimamen-te ligado à sua aliança estra-tégica com os transportado-res. Isto, obviamente, quan-do o escopo do serviço pres-tado ao seu cliente envolvertambém as atividades de dis-tribuição e/ou transferências”.

Leandro de Carvalho Pin-to, diretor executivo, e Mar-celo Covizzi Alvarez, diretorde logística, ambos do Gru-po Grande ABC (Fone: 114360.6000), também salien-tam a importância das trans-portadoras. Para os diretores,“elas são um elo fundamen-tal na Cadeia de Suprimen-tos, desempenhando um pa-pel importante pois, além deoperacionalizarem o desloca-mento dos materiais, tanto nosuprimento das fábricas ecentros de distribuição comona distribuição física dos pro-dutos, elas devem garantir ocumprimento dos horários eprazos pactuados entre clien-tes e fornecedores, zelar pelaintegridade e segurança dascargas sob sua administração,

disponibilizar informaçõesdos materiais em trânsito(rastreabilidade de carga) edas operações efetuadas atra-vés de Indicadores de Perfor-mance (base fundamentalpara gestão e otimização daCadeia Logística). Acredita-mos também que o planeja-mento e a otimização dasoperações são tarefas funda-mentais que devem serfornecidas pelos ‘operadoresde transporte’”.

O diretor administrativoda Transportadora America-na (Fone: 19 2108.9000),Celso Luchiari, também falasobre o papel preponderanteda transportadora na Cadeiade Suprimentos. Segundoele, isto ocorre “em funçãoda alta concentração de car-ga nesse modal no país. Comisso, cada dia mais, os ope-radores logísticos buscarãoparceiros em transporte comexcelência em qualidade. Nacontrapartida, obrigará ostransportadores a buscaremalto nível de investimento emtecnologia, veículos e umagestão profissional das suasoperações. A expectativa éque o setor se especialize eamadureça ainda mais. Acre-ditamos que empresas com-prometidas com a qualidadee a excelência se destacarãonesse contexto”.

Para André Ferreira, ge-rente de marketing e vendasda Rápido 900 (Fone: 116632.0947), existe uma par-ceria entre operadores logís-ticos e transportadoras, tantoque há empresas de transpor-te que acabam tornando-se,também, operadores logís-ticos. “A maioria das trans-

portadoras faz as transferên-cias de produtos e distribui-ções, prestando serviço aosembarcadores. Existem nomercado várias empresas detransporte que se tornaramtambém operadores logís-ticos.”

Ronald Vieira, diretorcomercial e operacional daTransportadora Cardoso Mi-nas (Fone: 11 6483.1000),também acredita nesta inter-dependência entre transpor-tadora e operador logístico,pois o papel das transporta-doras é de “fundamental im-portância, haja vista que osoperadores logísticos não in-vestem em ativos, papel estedos transportadores. Dessemodo, defendo a tese de queum depende do outro”.

TRANSPORTADORA XOPERADOR LOGÍSTICO?

Como se pode observar,há uma tênue linha entretransportadora e operadorlogístico. Afinal, ele exercemas mesmas funções? De fato,não.

De acordo com Alencar,da Campos, o transportadorfaz parte do contexto logís-tico como uns dos agentespartícipes da cadeia logísticade qualquer empresa, masisto não quer dizer que eleseja um operador logístico.Segundo ele, “o operador lo-gístico é o agente responsá-vel por ter a visão e gestãosistêmica dos dois principaisfluxos – mercadorias e infor-mações – ao longo de toda aSupply Chain. E para isto sefaz necessária a detenção doconhecimento e dos recursostecnológicos que viabilizema efetivação deste tipo de ser-viço. Desta forma, um trans-portador rodoviário queeventualmente tenha se es-truturado com os recursosnecessários (pessoal, tecno-logia e equipamentos) para aprestação dos serviços de umoperador logístico pode, sim,oferecer aos seus clientesnovas soluções que lhes pos-sibilitem um diferencial fren-te ao mercado.”

Apesar da ligação entreas atividades, segundoLuchiari, da TransportadoraAmericana, o operador logís-tico desenvolve várias ativi-dades dentro da cadeia logís-tica, sendo que o transporteé uma delas. Além disso, “astransportadoras são parceirase fornecedoras de serviços

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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para os O.L., e a prestaçãodos serviços de um O.L., ge-ralmente, é de longo prazo,assim como o processo decontratação pelo cliente”.

Vieira, da Transportado-ra Cardoso Minas, tambémfaz uma observação sobre oassunto: “se o transportadorobtiver todos os requisitosque compreendem as quali-dades de um operadorlogístico, pode ser conside-rado um. Mas o ativo imo-bilizado descaracteriza-ocomo operador logístico,que investe apenas em know-how e tecnologia”.

Pereira, da Exato, porsua vez, alerta para a neces-sidade de evolução dos ser-viços prestados pelo trans-portador. De acordo com ele,“o transportador não é ope-rador logístico, mas devepensar em tornar-se um, comurgência. Apesar de havermencionado que as transpor-tadoras ainda não forammuito afetadas pelos opera-dores logísticos, é previstoque isso acabe ocorrendo, acurto ou médio prazo. Por-tanto, os transportadores quenão se adaptarem aos novostempos serão transformadosem carreteiros de luxo. Se,hoje em dia, conseguir fre-tes dignos negociando dire-tamente com os embarca-dores, os donos dos produ-tos, já é uma tarefa hercúlea,imagine-se, então, quandotivermos que discuti-los comintermediários”.

Carvalho Pinto e Alva-rez, do Grupo Grande ABC,e Ferreira, da Rápido 900,concordam que, em muitoscasos, uma transportadoraassume o papel de planejar,administrar, contratar esubcontratar, otimizar, con-trolar e consolidar dados eoperações físicas para um oumais clientes, caracterizan-do-se, assim, como operadorlogístico para estes clientes,ainda que não seja este seufoco de negócios.

Por outro lado, exami-nam Ferreira, da Exato, eDexheimer, da Sicall, háempresas de transporte queusam em sua razão social otermo ‘logística’ inaqueda-damente.“Infelizmente, nãosó não executam essa ativi-dade como possuem um co-nhecimento bastante super-ficial de tudo o que está en-volvido em uma operaçãologística. Como já tive opor-tunidade de trabalhar em

grandes operadores logís-ticos nacionais, acompanheiinúmeras operações desde oseu início junto à linha deprodução até o momento dalogística reversa, ou seja, adevolução da embalagem doproduto após o seu uso peloconsumidor final, o que evi-dentemente envolve inúme-ras outras fases, além dotransporte. Por isso, pode-mos definir o transportadorcomo quem executa uma dasatividades envolvidas nacadeia logística, certamentede grande importância, masnão a única”, acrescentaDexheimer.

A UNIÃO FAZ A FORÇAJá que é necessário tra-

balho em conjunto, comodeve ser a parceria transpor-tadora/operador logístico/contratante de modo quebeneficie os três envolvidosno transporte rodoviário decargas?

“Como em toda e qual-quer parceria, transparênciae confiança devem ser as ca-racterísticas mais marcantesno relacionamento diárioentre as partes. Deve-se en-tender que cada vez mais háno mercado competiçõesentre as Cadeias de Supri-mentos, e não mais pontual-mente entre empresas. Ouseja, a união faz a força.”

Essa é a opinião de Alen-car, da Campos, que aindaexplica que, neste contexto,o transporte rodoviário selocaliza quase que invaria-velmente na ponta da cadeia,ou seja, todo e qualquer atra-so ocorrido ao longo da ca-deia acaba tendo que ser ti-rado no momento da entre-ga do produto. Por outro la-do, o transportador que even-tualmente atrasa uma entre-ga acaba comprometendoigualmente o trabalho de to-dos. Para Alencar, os agen-tes da Cadeia de Suprimen-tos devem ter suas responsa-bilidades e obrigações clara-mente definidas e mensu-radas, através de indicadoresde performance, durantetodo o processo. Todos de-vem encarar o consumidorfinal como seus clientes-ponta, e desta forma saberinterpretar as eventuais ten-dências do mercado, paraque então se tenha o menortempo de resposta possível.

O gerente comercial daCampos alerta, ainda, para a

situação mais crítica e quedeve ser evitada a todo cus-to: o desconhecimento porparte de um dos agentes so-bre sua importância para onegócio com um todo, e aocultação ou distorção deinformações entre os elosdesta cadeia.

Sobre a parceria, Perei-ra, da Exato, admite que seos embarcadores optarempor contratar diretamente astransportadoras (como mui-tos já vêm fazendo), apesarde utilizarem serviços deoperadores, a parceria trarábenefícios a todos, afinal,“não se supõe que um ope-rador contrate uma transpor-tadora para distribuir os pro-dutos do seu cliente semaplicar um over price aosfretes ou, o que é mais pro-vável, em face das circuns-tâncias de mercado, sem exi-gir que a transportadora lheconceda um substancial des-conto”. Para sucesso da par-ceria, o diretor comercial daExato dá a dica sobre o quenão fazer: “não se deve ma-tar a galinha dos ovos deouro: embarcadores e opera-dores precisam das trans-portadoras para manterem osseus negócios funcionando”.

Transparência e ética norelacionamento são os fato-res fundamentais segundo adupla do Grande ABC: Car-valho Pinto e Alvarez. Alémdisso, eles acrescentam,para o sucesso da parceria,o detalhamento formal dasobrigações de cada um dosparceiros, limites de atuaçãoe de responsabilidades. Deacordo com eles, toda a ope-ração deve ser medida atra-vés de Indicadores Opera-cionais e Financeiros, commetas bem definidas, deforma a permitir a gestão damesma.

Ferreira, da Rápido 900,concorda: “a união deveexistir da maneira mais sau-dável e transparente possí-vel, por que entendo queparceria só é boa quandotodos ganham. Cada umdeve cumprir o seu papel.”

Para Dexheimer, daSicall, os benefícios são to-dos do contratante, mas elealerta para a escolha ade-quada das empresas, nãoapenas pelo custo. “Inúme-ros ‘cases de sucesso’ com-provam que essa parceria éextremamente vantajosapara os três envolvidos. Ocontratante acaba sendo omaior beneficiado, claroque quando faz a escolhacerta, pois pode concentrarseus esforços no desenvol-vimento, produção e comer-cialização de seus produtos,enquanto seu operador lo-gístico e transportador uti-lizam cada um sua expertisecumprindo com sua parte naoperação. Quanto aos crité-rios, são muito peculiares acada tipo de produto, regiãoa ser atendida e objetivosdefinidos pelo embarcador,porém não é o tamanho dooperador ou transportadorque garante o sucesso daoperação, haja vista o nú-mero de pequenos OPL´s etransportadores que execu-tam as mais diversas opera-ções com resultados satis-fatórios”, diz o gerente co-mercial da Sicall.

Ética e transparênciatambém são as palavras usa-das por Luchiari, da Trans-portadora Americana, parao sucesso da relação. “An-tes de mais nada, deve ha-ver a parceria e o compro-metimento das partes. A ne-gociação deve ser saudávelpara que viabilize o negó-cio do transportador e man-tenha a rentabilidade do O.L.O contratante, por sua vez,deve ser atendido integral-mente na qualidade do ser-viço, com preços competiti-vos, além do que, o melhor emais adequado serviço deveser garantido do início ao fimda operação”, salienta odiretor administrativo.

“Foco e segmentação: secada qual seguir o seu nãohaverá problema, pois ocontratante passa a gestãologística ao operador, queelabora o projeto de viabi-lidade juntamente com otransportador (investidor), e,em tudo se atrelando, cadaqual terá sua função, direitose deveres. Os critérios a se-guir seriam transparência,seriedade e honestidadecorporativa”. Este o pontode vista de Vieira, da Trans-portadora Cardoso Minas,finalizando o assunto. ●

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LogWebJ O R N A L

OPERADORES LOGÍSTICOS

O CONTRATANTEE A TERCEIRIZAÇÃODAS OPERAÇÕESHá um consenso, entre os entrevistados, que o contratante deverá mudar sua visão da terceirização dasoperações logísticas, sobretudo em razão da mudança de perfil das empresas que atuam no setor e,também, do maior amadurecimento das empresas usuárias destes serviços, à medida que algumas jáconseguem separar as que são, realmente, operadores logísticos.

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a edição anterior dojornal LogWeb enfo-camos o futuro dos

operadores logísticos no Bra-sil, envolvendo as mudançasprevisíveis e as tendências.

Nesta edição, enfocamosa seguinte questão: o contra-tante deverá mudar sua visãoda terceirização das opera-ções logísticas?

MAIOR APROXIMAÇÃOEdson Depolito, diretor

comercial da Brucai Logís-tica (Fone: 11 3658.7288),avalia que a simples permis-sibilidade em se iniciar pro-cedimentos de terceirizaçãode tarefas logísticas em fábri-cas, CDs e armazéns de apoioindustrial introduzindo aterceirização de tarefas comorecebimento de matéria-pri-ma, picking e expedição deacabados, emissão de N.F.,confiabilidade de gestão deestoques e abastecimento deprodução, entre outros, já re-flete uma maior aproximaçãode tudo o que um operadorlogístico pode fazer. Esta se-qüência pode ser aproveita-da para repensar e adequarmudanças e adaptações atudo o que estiver ligado aoponto ótimo de suas ativida-des, facilmente quantificadaspelos índices de atendimen-to e de performance, que se-rão automaticamente passa-dos pelos indicadores dosoperadores aos clientes.

Paulo Roberto Guedes,superintendente operacionale administrativo da Columbia(Fone: 11 3305.9999), desta-ca que os clientes ainda têmmuitas dificuldades paraaceitar um projeto logístico

como uma revisão na estra-tégia empresarial. “Geral-mente querem terceirizar asoperações mais tradicionais etêm, como objetivos priori-tários, segundo pesquisas daCelCoppead de 2004, redu-ção de custos, foco em seucore business, aumento daflexibilidade operacional eredução de investimentos emativos. Ainda são poucas asempresas que buscam aterceirização dos serviçoslogísticos mais sofisticados(projetos logísticos, porexemplo) e que tenham ob-jetivos claramente estratégi-cos, como seria a busca deexpansão de mercado.”

“Portanto – continua osuperintendente operacionale administrativo da Columbia- as empresas contratantesprecisam difundir, no âmbi-to interno, o conceito logís-tico e a sua importância. Pre-cisam alinhar a função dalogística com a estratégia daprópria empresa, isto é, com-preender que a logística é uminstrumento estratégico quecria vantagens competitivassignificativas, pois é funda-mental a integração e a coor-denação das funções logís-ticas dentro de um planeja-mento que incorpore seusfornecedores e clientes. “Épreciso entender que o ope-rador logístico poderá vir aser um grande parceiro e queas empresas contratantes po-derão aperfeiçoar as ativida-des ligadas à cadeia de supri-mentos (Supply Chain Mana-gement) e descobrir novasoportunidades. Para isso énecessário que essas empre-sas compreendam que a com-pra de serviços logísticos é

muito mais complexa do quea compra de commodities”,completa Guedes.

Esteban Kinjô Escobar,diretor de logística da Coi-mex Logística Integrada(Fone: 27 2122.3285), tam-bém enfoca o fator custo paraafirmar que, sim, o contratan-te deverá mudar sua visão daterceirização das operaçõeslogísticas. “O foco atual estámuito voltado a custos, quan-do na realidade este deve serum dentre vários balizadores.Há uma série de outros aspec-tos a serem levados em con-sideração na contratação deum provedor de serviçoslogísticos, como nível de ser-viço, aderência à soluçãologística, capacidade de in-vestimento, flexibilidade,sinergia com as demais ope-rações, compartilhamento deganhos em função de metaspré-estipuladas e capacidadede investimento, entre outros.Entendo que existe a neces-sidade da conscientização dadiferença entre fornecedor deserviços logísticos para par-

ceiro e provedor de soluçõeslogísticas”, ressalta o diretorde logística.

“O contratante tem papelfundamental no sucesso detoda a operação. Principal-mente conseguindo identifi-car no mercado o operadorlogístico apto e qualificadopara suas necessidades e ten-do a compreensão de que essacontratação implica numaparceria operacional de altovalor agregado onde há a ne-cessidade de sincronia, co-nhecimento e transparênciade informações, com foco naotimização dos negócios,além de clareza de metas eobjetivos que pretende alcan-çar. A partir daí, estar dispos-to a participar de uma equipemultidisciplinar (operador eempresa contratante) naespecificação das necessida-des, na preparação do proje-to, na montagem do crono-grama de ações necessárias ena gestão da implantação,itens de extrema importânciapara a obtenção das metasestabelecidas e para o suces-

so do projeto”, avalia RicardoMolitzas, diretor comercial ede marketing da MesquitaSoluções Logísticas (Fone:11 4393.4900).

Pelo seu lado, MárioReis, diretor de operações daFly Logística – Recife (Fone:81 3378.0000), aponta que amaioria dos embarcadoresainda não se sente segura paracompartilhar informações es-tratégicas com os operadoreslogísticos. “Mas isso ocorreporque o mercado brasileirode logística ainda não se-parou o joio do trigo. Nesteponto, como em tantos ou-tros, ainda estamos duas dé-cadas atrasados em relaçãoaos Estados Unidos, onde asempresas já operam em co-laboração no Supply Chain.Aqui, muitas indústrias ain-da definem o operador pelopreço do serviço e, se este nãoconsegue atender a contento,é trocado por outro a partir omesmo critério. Quando em-barcadores e operadores pas-sarem a atuar em sinergia, oganho na negociação serámaior para ambos. A empre-sa de logística será remune-rada pela redução e eficáciana cadeia logística do clien-te, e não mais por entrega”,diz o diretor da Fly.

Monica Canova Passos,gerente de desenvolvimentode novos negócios da Mclanedo Brasil (Fone: 11 2108.8800), também fala em in-segurança. De acordo comela, o mercado brasileiro estácomeçando a falar em quar-teirização, mas ainda é inse-guro quanto à compra desteserviço. Neste caso, o foco docontratante da terceirizaçãopassa a ser em relacionamen-to estratégico, conhecimentoe informação, compartilha-mento de riscos e ganhos,capacidade de prover tecno-logia avançada e em sercolaborativo, adaptativo eflexível.

Edward Montarroios, di-retor de vendas do RapidãoCometa (Fone: 81 8802.9782), considera que, dentroda máxima de que a tendên-cia do mercado é cada vezmais ouvir o consumidor eatendê-lo, respeitando asespecificidades dos diversosmercados, o contratante de-verá migrar para operadoresde grande “musculatura” eque possam responder rapi-damente por quaisquer de-mandas. “A principal mudan-ça na ótica do contratante é

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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que o operador responda aosdesejos do seu cliente e, paratal, desenvolverá mecanis-mos de pressão transforman-do o operador logístico nasua mais importante arma demercado. Se antes o contra-tante olhava com temor essanova figura sob a alegaçãoque estaria abrindo ‘segre-dos’ da empresa e que ficariarefém do operador, isso ficouno passado. Hoje as empre-sas de ponta cada vez maisaderem à figura do operadorlogístico como solução paraas freqüentes mudanças emuma economia globalizada,onde mercados cada vez maisexigentes e acirrada concor-rência conspiram a favor dosmais ágeis e daqueles queentenderam que o mundomudou e que é preciso tercompetência para não su-cumbir”, diz Montarroios.

Para Eduardo Guimarãesde Assumpção, diretor co-mercial e operacional doGrupo Localfrio (Fone: 119997.3701), aquele que con-trata quer saber, também,quem executa. “Mesmo queo coordenador assuma as res-ponsabilidades, o problema,quando acontece, tem que serexplicado, tratado e resolvi-do, e neste momento o exe-cutor também é chamado àmesa. Se assim já acontece,para que fingir que um só faztudo?”

“Desta forma – prossegueo diretor –, o processo me pa-rece que acontecerá de ma-neira mais aberta, ou seja, ocoordenador deverá apresen-tar àquele que contrata seuserviço e aos seus parceiros,suas funções, suas qualifica-ções técnicas e operacionaise, uma vez homologados, es-tes serão contratados. A qua-lificação dos operadoreslogísticos estará na qualifica-ção de seus parceiros.”

Ainda para Assumpção,vai acabar a época de umprestador de serviço poucoqualificado estar presente emoperações importantes, mas-carado ou escondido atrás debandeiras de alto prestígio,operando como subcontra-tado a serviço daquele queganhou a concorrência ou foiescolhido pela sua estruturade informação.

Por sua vez, GuilhermeSantos Severino, gerente dedesenvolvimento de negó-cios da Menlo WorldwideLogística do Brasil (Fone: 113841.4441), diz que, sim, o

contratante também deverámudar sua visão da terceiri-zação das operações logís-ticas, mesma opinião de Mar-cos Ribeiro, sócio da Bom-fim Logística (Fone: 116406.0707), para quem deve-rá haver uma maior profissio-nalização por parte das indús-trias, selecionando com maisrigidez seus operadores ebuscando novos serviços.

De acordo com Severino,da Menlo Worldwide, à me-dida que a complexidade dasoperações logísticas das em-presas vai aumentando, au-menta também o grau de exi-gência e os cuidados quese deve ter no momento de secontratar um operador lo-gístico.

“Há pouco tempo, basta-va o operador ter algumainfra-estrutura física (espaço/galpão) para estar habilitadoa ser um prestador de ser-viços. Hoje, o que se esperade um operador logístico ébem mais do que isso. Envol-ve capacitação em desenho,melhorias e gestão de proces-sos, capacitação tecnológica(WMS/TMS, Análise, EDI,Barcoding, RFID, segurançade dados), gerenciamento deRH e de performance, infra-estrutura (espaço/galpão,equipamentos, veículos, etc.),conhecimento fiscal/legal egerenciamento de riscos”,ressalta Severino.

Vanderlei Cardoso deOliveira, gerente de logísticada Starlog Operador Logís-tico (Fone: 11 2142.5825),também concorda com a afir-mativa sobre este assunto.Afinal, de acordo com ele, ocontratante não quer somen-te um PSL que ofereça redu-ção de custos operacionais,mas, também, um prestadorde serviços que possa agre-gar estratégias ao seu negó-cio e oferecer competênciaoperacional e tecnológica quepossibilite aumentar seu mar-ket-share por meio de novoscanais de distribuição e/ou ser-viços diferenciados ainda não

desenvolvidos pela concor-rência.

“A mesma febre que oscontratantes tiveram emsubstituir suas operaçõespróprias visando a terceiri-zação como forma primor-dial de minimizar seus cus-tos está superada. A nova vi-são é ter uma operação logís-tica com empresas que pos-sam oferecer custo, benefícioe segurança ao contratante(agregar mais valor)”, avaliaJosé Carlos S. D’Agostini,diretor da Target Logistics(Fone: 11 2142.9009), con-cordando com a afirmativa.

“Sim, o tomador do ser-viço terá que amarrar o con-trato em cima de nível de ser-viço, ou seja, o operador de-verá ser remunerado combase em metas atingidas”,destaca Bento Miranda, dire-tor executivo de logística daTru Logística (Fone: 812121.8899).

“Essa é a grande mudan-ça por trás desse cenário”,completa Roberto Kiss, dadiretoria de novos negóciosda Transportadora Binotto(Fone: 49 3221.1846).

Segundo ele, “identifica-mos clientes em todos os es-tágios da evolução do posi-cionamento logístico, desdeaqueles que fazem pura ‘ges-tão de fretes’ até aqueles queefetivamente buscam umagestão da Logística Integrada.Porém, todos passam por for-te efeito da globalização e,sobretudo, da variação cam-bial, que leva o mercado a umabusca desenfreada por meno-res custos, em detrimento atéda qualidade ou continuidadedo atendimento.”

Ainda segundo o repre-sentante da Binotto, comisso, se fortalece o mercadovirtual de logística, sobretu-do com a prática de leilõesreversos, onde apenas o cus-to é relevante, uma vez queos participantes não têm umapré-qualificação que os colo-que no mesmo patamar emtermos de estrutura de

pessoal, investimentos emtecnologia, em ativos, emsistema de gestão, em capa-cidade e saúde financeira dasempresas.

“Felizmente, essa tendên-cia já foi superada em algu-mas empresas, que percebe-ram que esse modelo não sesustenta enquanto não houveruma efetiva abertura de infor-mações, lastreamento porcontratos e relacionamentode longo prazo. Infelizmen-te prevalece a questão cultu-ral que está frustrando todasas projeções das grandesconsultorias em termos deprazo de transição e evoluçãodo mercado, que tem se mos-trado extremamente resisten-te”, completa Kiss.

Ricardo Hoerde, gerentegeral da ViaLOG (Fone: 513218.4420), acrescenta que émuito comum o contratantese preocupar exclusivamen-te com o fornecedor direto,sem conhecer o seu formatode contratações. “Só conhe-cendo a estrutura global deoperação de um terceirizadopodemos medir os riscos donegócio. A terceirização é umcaminho sem volta em fun-ção, principalmente, da redu-ção dos custos. Porém, o con-tratante deve instalar um pro-cesso muito rigoroso, tantona seleção como no controlemensal das responsabilidadestotais (operacionais, traba-lhistas e tributárias) de umaempresa terceirizada. Esteprocesso acaba reduzindo osganhos, porém é infinitamen-te inferior aos riscos futuros deuma má contratação”, conclui.

Rodrigo Paglino, gerentede negócios do Grupo FasterBrasex - Unidade Logística(Fone: 11 4772.8006), alegaque, hoje, o contratante já pos-sui uma visão bastante críticae profissional sobre o assunto“terceirização em logística”.Atingiu, em pouco tempo,um grau de conhecimento eexigência bastante avançado,a ponto de se tornar uma dasforças mais importantes quepromove as mudanças nessesetor.

Segundo o gerente de ne-gócios, “o cliente deve man-ter-se sempre de olho nomercado em busca de solu-ções cada vez mais específi-cas ao seu segmento de atua-ção e perfil de seus clientes,já que o mercado logísticodeixou de ser comoditizadoe esse movimento parece serirreversível”, completa.●

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26REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

LogWebJ O R N A L

ARTIGO

Impostosa favor dacompetitividade

inicial levantam-se as regras (eexceções) tributárias.

Um aspecto fundamental, mui-tas vezes negligenciado por algu-mas empresas, é olhar toda a ca-deia de abastecimento, levando emconta não só as alterações em cus-to, mas também em receita. De-pendendo do modelo tributário, hátambém um impacto para o clien-te que deve ser avaliado. Por exem-plo, se em determinado modelo aindústria passa a pagar menosICMS e o cliente tem exatamente

a mesma redução no crédito desse impos-to, essa diferença não pode ser conside-rada como ganho, uma vez que o clientecertamente irá exigir a redução no valorfaturado e a redução na receita será igualà redução de custos.

Com as informações tributárias jáconhecidas é possível estruturar ummodelo de simulação que combine essasvariáveis de impostos com outras queimpactem a competitividade, como custode produção, disponibilidade e qualifica-ção de mão-de-obra em cada região,disponibilidade de energia, localizaçãodos fornecedores e infra-estrutura deserviços, entre outros. Deve-se buscar amelhor relação custo (incluindo custotributário) e nível de serviço.

Finalmente, devemos levar em contaque decisões como localização de fábri-cas, de centros de distribuição ou de por-tos de importação geralmente implicamem investimentos significativos e impac-to em pessoas, devendo, portanto, estarmuito bem sustentadas. Uma boa formade ter essa segurança é por meio de análi-ses de sensibilidade de algumas variáveis,principalmente daquelas com maioresprobabilidades de mudança, como as re-gras tributárias, tendo em vista a veloci-dade com que essas regras mudam noBrasil.

Enfim, fazer uma análise profunda domodelo de negócio, considerando opor-tunidades tributárias, é tarefa que nãocostuma atrair os executivos, justamentepela complexidade e aridez do trabalho.Mas pode fazer toda a diferença eimpactar positivamente na competiti-vidade. Se o seu modelo for mais eficien-te que o dos concorrentes, seguramenteos impostos serão revertidos a favor desua empresa.

Bruno Zanni - Consultor da [email protected]

V ocê já paroupara pensar que,do ponto de

vista logístico, produzirem Manaus para aten-der a um mercado con-sumidor concentradonas regiões Sul e Sudes-te é uma tremenda inco-erência? E o que dizerdas empresas que fazemsua mercadoria “passe-ar” milhares de quilô-metros para obter bene-fícios fiscais? O que leva, então, as com-panhias a tomar decisões como essas?

No Brasil, o custo tributário costumaser um importante fator de competitivi-dade, norteando as decisões sobre o localde instalação de fábricas e centros de dis-tribuição, proximidade de portos, além dadefinição dos fluxos de mercadoria. Tra-tando-se de assunto vital para a saúde fi-nanceira das organizações, alguns passose aspectos importantes devem ser obser-vados para que os impostos revertam embenefício da competitividade. O primei-ro passo é nos convencermos de que issoé possível.

Com margens apertadas, processoságeis e otimizados, concorrência comempresas sonegadoras e o governo insis-tindo na manutenção da carga tributáriaem níveis alarmantes, as instituições sãoconstantemente pressionadas a reduzircustos. E uma das formas de fazê-lo érever todo o modelo de negócio, identifi-cando-se, principalmente, a variáveltributária.

O modelo tributário brasileiro é com-plexo – impostos federais, estaduais e mu-nicipais, regras que variam por categoriade produto, índices de nacionalização,localização dos fornecedores, origem edestino por tipo de transação, entre ou-tros fatores. Não bastassem as regras bá-sicas de aplicação dos impostos (débito ecrédito e base de cálculo), ainda há as inú-meras exceções à regra (substituição tri-butária, políticas de financiamento de tri-butos, crédito presumido, entre outras)que são justamente as que fazem a dife-rença. E se não é fácil mapear todas asregras, imagine combiná-las em cenários!

Para tornar essa tarefa factível, deve-mos primeiramente selecionar alternati-vas minimamente viáveis, considerandoainda outros fatores, como localização dademanda e fornecedores. Somente paraos cenários que passaram por esse filtro

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 27EDIÇÃO Nº52—JUNHO—2006

J O R N A L

CompanhiaBandeirantesadota softwaresda Sisplan paragerenciamento dearmazénsA Companhia Bandeirantesde Armazéns Gerais acabade instalar softwares desen-volvidos pela Sisplan Proces-samento de Dados (114221.1844), de São Caetanodo Sul, SP, para o geren-ciamento de quatro armazénsinstalados em Santos: doisgerais e dois que atuam noregime Redex (Recinto Espe-cial para Despacho Aduanei-ro de Exportação). Em todoseles foi instalado o SISWMS,sistema de controle que utili-za coletores de dados portá-teis e código de barras e aten-de a todas as exigências paraoperação no regime Redex. ABandeirantes já utiliza oSISWMS para o gerencia-mento de seus armazéns lo-calizados nos bairros doIpiranga e Jaguaré, na capi-tal paulista. “O SISWMS tam-bém oferece outros diferenci-ais, como o acesso às infor-mações de estoque via inter-net e a integração aos softwa-res corporativos e do clientefinal”, afirma Mário BartolletiJr., diretor da Sisplan.

DM lançaViagem RápidaA DM Transporte e LogísticaInternacional (Fone: 51 3481.7100) acaba de lançar o Via-gem Rápida DM. “Com estenovo serviço, as cargas sãoentregues na hora e no localescolhidos pelo cliente, nomenor tempo e com melhorcusto global. O objetivo é re-duzir o transit time e gerarmaior produtividade na ope-ração”, explica o diretor deoperações DM, José Marce-lo Dossa. Esta nova modali-dade de transporte propor-ciona vantagens para ambosos lados: o cliente paga me-nos por um serviço mais rápi-do, com a conseqüente redu-ção de seus estoques, e a DMobtém uma melhor margemde lucro, mesmo cobrando ta-rifas menores.

Notíciasr á p i d a s

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