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SINPEEM JORNAL DO NOVEMBRO DE 2013 ANO 17 Nº 133 FILIADO À CNTE, À CUT E AO DIEESE Secretaria de Educação impõe Regimento Escolar Página 15 Sindicato reivindica a descentralização do HSPM Página 16 Lutas e conquistas do SINPEEM Páginas 12 e 13 Governo descumpre a Constituição e cria fila prioritária para CEIs Página 18 Projeto das duas referências continua tramitando na Câmara Página 16 Colônias de Ibiúna, Peruíbe e excursões Páginas 19 e 20 Realizado entre os dias 29 de outubro e 01 de novembro, no Palácio das Convenções do Anhembi, o 24º Congresso do SINPEEM, com o tema central “A educação em crise e a crise na educação”, reuniu mais de quatro mil delegados. Durante os quatro dias do evento, os delegados participaram de painéis temáticos, palestras que abordaram os mais variados temas relacionados ao cotidiano escolar e plenárias nas quais foram aprovados o plano de lutas para 2014, reivindicações educacionais e específicas do Quadro de Apoio. Páginas 3 a 11 Fernando Cardozo

JORNAL NOVEMBRO DE 2013 - SINPEEM€¦ · mava o agente escolar em auxiliar técnico de educação e integrava o agente de apoio ao Quadro dos Profissionais de Educação, ... alunos

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SINPEEMJORNAL DO

NOVEMBRO DE 2013 – ANO 17 – Nº 133FILIADO À CNTE, À CUT E AO DIEESE

Secretaria de Educação impõe Regimento Escolar Página 15

Sindicato reivindica a descentralização do HSPM Página 16

Lutas e conquistas do SINPEEM Páginas 12 e 13

Governo descumpre aConstituição e cria filaprioritária para CEIs

Página 18

Projeto das duasreferências continua

tramitando na CâmaraPágina 16

Colônias deIbiúna, Peruíbe

e excursõesPáginas 19 e 20

Realizado entre os dias 29 de outubro e 01 de novembro, no Palácio das Convenções do Anhembi,

o 24º Congresso do SINPEEM, com o tema central “A educação em crise e a crise na educação”,

reuniu mais de quatro mil delegados. Durante os quatro dias do evento, os delegados participaram

de painéis temáticos, palestras que abordaram os mais variados temas relacionados ao

cotidiano escolar e plenárias nas quais foram aprovados o plano de lutas para 2014,

reivindicações educacionais e específicas do Quadro de Apoio. Páginas 3 a 11

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2 novembro de 2013

TABELAS DE VENCIMENTOS DO QUADRO DOS PROFISSIONAISDE EDUCAÇÃO DO ENSINO MUNICIPAL DE SÃO PAULOEDITORIAL

DIRETORIA

Presidente ................................................................................................ Claudio Fonseca

Vice-presidente ................................................................ Adelson Cavalcanti de Queiroz

Secretário-geral ............................................................................. Cleiton Gomes da Silva

Vice-secretária-geral .......................................................... Laura de Carvalho Cymbalista

Secretária de Finanças ......................................................................... Doroty Keiko Sato

Vice-secretária de Finanças ......................................................... Cleide Filizzola da Silva

Secretário de Administração e Patrimônio .................................. Josafá Araújo de Souza

Secretária de Imprensa e Comunicação ........... Mônica dos Santos Castellano Rodrigues

Secretária de Assuntos Jurídicos ................................................. Nilda Santana de Souza

Vice-secretária de Assuntos Jurídicos .......................................... Lourdes Quadros Alves

Secretária de Formação .................................................. Maria Cristina Augusto Martins

Vice-secretária de Formação .............................................................. Gicélia Santos Silva

Secretário de Assuntos Educacionais e Culturais ................................ Eliazar Alves Varela

Secretário de Política Sindical .................................................. João Baptista Nazareth Jr.

Secretária de Assuntos do Quadro de Apoio .................................... Reni Oliveira Pereira

Vice-secretário de Assuntos do Quadro de Apoio ..................... Rogério Marcos de Melo

Secretária de Seguridade Social/Aposentados ................................. Myrtes Faria da Silva

Secretária para Assuntos da Mulher Trabalhadora ................... Patrícia Pimenta Furbino

Secretária de Políticas Sociais ................................................... Luzinete Josefa da Rocha

Secretário de Saúde e Segurança do Trabalhador ................ Floreal Marim Botias Júnior

Secretário de Organização de Subsedes/Regional .................... José Donizete Fernandes

DIRETORES REGIONAIS

DE SUBSEDES

Alexandre Pinheiro Costa

Almir Bento de Freitas

Edson Silvino Barbosa da Silva

Eduardo Terra Coelho

Fidelcino Rodrigues de Oliveira

João Antonio Donizzetti Carvalho

José Corsino da Costa

Júlia Maia

Lílian Maria Pacheco

Maria Aparecida Freitas Sales

Maria Hildete G. Nepomuceno Rezende

Teresinha Chiappim

SINDICATO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO NO ENSINO MUNICIPAL DE SÃO PAULOAv. Santos Dumont, 596 - CEP 01101-080 - Ponte Pequena - São Paulo - SP - Fone 3329-4500www.sinpeem.com.br – e-mails: [email protected][email protected] Sindical no Ministério do Trabalho outorgado pelo Processo nº 24440.025576/89

Jornalista responsável:

Graça Donegati - Mtb 22.543

Diagramação: José Antonio Alves

Impressão: Folha Gráfica

54 mil exemplares - Distribuição gratuita

OS TEXTOS PUBLICADOS NO JORNAL DO SINPEEM SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DA DIRETORIA DO SINDICATO

Observação: tabelas com a aplicação dos seguintes índices:0,01%, referente a maio de 2011 (Lei nº 15.774/2013)

0,82%, retroativo a novembro de 2011 (Lei nº 15.774/2013)0,01%, referente a maio de 2012 (Lei nº 15.774/2013)0,18%, referente a maio de 2013 (Lei nº 15.774/2013)

10,19%, terceira parcela de incorporação do abonocomplementar de piso (Lei nº 15.215/2010)

* Corresponde à tabela de vencimentos de ADIs / ** Corresponde à tabela de vencimentos dos PDIs

A educação em crise e a crise na educaçãoOs temas do Congresso do SINPEEM

e a escolha dos grupos de interesse sem-pre levam em consideração as opiniões dosdelegados, descritas na avaliação que pre-enchem ao final do evento.

Neste ano, o tema central “A educa-ção em crise e a crise na educação” tradu-ziu a atual situação da educação na cida-de de São Paulo. Em menos de um ano àfrente do Executivo o prefeito Haddad jádemonstrou a que veio.

Depois de vetar artigos do Projeto deLei nº 310/2012, que garantia a criaçãode duas referências nas tabelas de venci-mentos de docentes e gestores, transfor-mava o agente escolar em auxiliar técnicode educação e integrava o agente de apoioao Quadro dos Profissionais de Educação,anunciou o programa Mais Educação SãoPaulo, que prevê a reorganização da redemunicipal de ensino com medidas que di-ficultam o bom funcionamento das esco-las, o trabalho dos profissionais de educa-ção e a qualidade do ensino.

Sem qualquer discussão com a cate-goria ou entidades representativas dos pro-fissionais de educação o programa desres-peita a categoria e desconsidera problemasreais e estruturais da rede, como a super-lotação de salas, bem como a inexistênciado Plano Municipal de Educação que es-tabeleça os princípios, as diretrizes e me-tas do sistema de educação da cidade deSão Paulo.

Elaborado por técnicos da SME, o pro-grama do governo responsabiliza os pro-fessores e as equipes das unidades pelo fra-casso escolar e coloca para a população areprovação, as notas numéricas e a obri-gatoriedade da lição de casa como verda-deira panaceia, com força para salvar aeducação municipal.

Como se não bastasse, está institucio-nalizando a fila - com prioridade para os

inscritos no programa Bolsa Família, dogoverno federal - como meio para aten-der à demanda na educação infantil, quehoje chega a 157 mil crianças de zero atrês anos, aprofundando ainda mais a da-nosa política de terceirização. Contradi-toriamente, durante a campanha afirma-va que iria universalizar o atendimento naeducação infantil.

Tudo isso prova que a educação pas-sa por uma crise provocada inclusive pordescasos, implantação de programas decaráter estritamente eleitoral, descontinui-dade de políticas públicas para o setor edesvalorização da escola e de seus profis-sionais.

Durante o 24º Congresso, mais umavez deixamos claro que não há saída semque haja respeito aos profissionais de edu-cação e aposta na autonomia das escolaspara elaborarem, executarem seus proje-tos político-pedagógicos, aprovados peloConselho de Escola. Sem a ampliação darede física com a construção de mais esco-las, valorização salarial e profissional dedocentes, gestores e Quadro de Apoio, rea-lização imediata de concurso público, am-pliação dos módulos de professores e doQuadro de Apoio, redução do número dealunos por sala/turma/grupo, investimen-tos dos recursos da educação exclusiva-mente na manutenção e desenvolvimentodo ensino, entre outros itens que fazemparte do plano de lutas (veja na página 4),aprovado no Congresso, por melhor quesejam as propagandas sobre planos de go-verno, nada ou muito pouco mudará.

A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA

Presidente

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3novembro de 2013

Qualidade das palestras tem aprovação dos delegados

■ 24º CONGRESSO DO SINPEEM

A 24ª edição do Congresso do SINPEEM,maior evento da educação na cidade de São Pau-lo, organizado e promovido por um sindicato,teve como principal desafio debater e encontrarcaminhos para reverter o quadro em que a edu-cação pública se encontra.

Durante quatro dias foram realizados pai-néis temáticos, 32 grupos de interesse, com aparticipação de 62 especialistas. As palestras,com temas escolhidos tendo como parâmetroas avaliações dos delegados do congresso de2012, abordaram gestão democrática e ética nasescolas, assédio moral, políticas públicas ne-cessárias para garantir educação de qualidade,

saúde, neurociências, violência entre os jovens,direitos humanos, formação profissional, ava-liação escolar, liberdade assistida, ensino denove anos, educação infantil, educação inte-gral, inclusão, arte na educação, relações inter-pessoais, condições de trabalho, elos entre asdiferentes culturas, preservação ambiental,drogas e alcoolismo, mudanças sociais e polí-ticas, entre outros temas.

Além dos grupos de interesse, os delega-dos também participaram das plenárias quedebateram o caderno de Texto Referência eEmendas apresentadas por associados, que tra-duzem as políticas desenvolvidas ao longo dos

anos pelo sindicato, em defesa da manutençãoe extensão dos direitos e luta pelo atendimentoàs reivindicações da categoria. Nos debates,aprovaram o Plano de Lutas para 2014, políticaeducacional e reivindicações específicas do Qua-dro de Apoio.

Também participaram de 13 atividadesculturais e prestigiaram a 11ª Mostra de Arte eCultura (MAC), que neste ano homenageou asmulheres com uma exposição de fotos . A MACcontou, ainda, com a oficina de instrumentosmusicais do Mestre Lumumba e com o traba-lho dos cartunistas Laudo e Omar, do EstúdioBanda Desenhada.

Espaço democrático da categoria

Na abertura do 24º Congresso do SINPE-EM, realizado entre os dias 29 de outubro e 01de novembro, no Palácio das Convenções doAnhembi, o presidente do SINPEEM, ClaudioFonseca, destacou a importância do eventocomo espaço democrático da categoria e fatorpreponderante para o debate sobre as reivindi-cações dos profissionais de educação, que vi-sam à melhoria da qualidade do ensino em to-dos os níveis, em todo o país.

Com o tema central “A educação em crise e

a crise na Educação”, o evento contou com aparticipação de mais de quatro mil delegados,entre docentes, gestores e profissionais do Qua-dro de Apoio, eleitos por seus pares em seuslocais de trabalho.

Participaram da solenidade de aberturaRoberto Franklin de Leão, presidente da Confe-deração Nacional dos Trabalhadores em Edu-cação (CNTE); Douglas Izzo, vice-presidente daCentral Única dos Trabalhadores de São Paulo(CUT-SP); Ivan Valente deputado federal pelo

Psol; Ana Maria Dunkel Bonalumi, diretora deOrganização Social do Sindicato dos Especialis-tas do Ensino Municipal (Sinesp); Roberto Gui-do, secretário de Comunicação do Sindicato dosProfessores do Ensino Oficial do Estado de SãoPaulo (Apeoesp); Orlando Silva, vereador peloPC do B; Altino de Melo dos Prazeres Jr., presi-dente do Sindicato dos Metroviários e dirigen-te do PSTU; e João Marcos, secretário-geral doSindicato dos Funcionários e Servidores da Edu-cação do Estado de São Paulo (Afuse).

Durante os quatro dias do evento, os delegadoscontaram com várias atividades culturais

Ao abrir os trabalhos, com a presença de várias autoridades, o presidente do SINPEEM, Claudio Fonseca,destacou a importância do Congresso para a realização de debates sobre as reivindicações da categoria

Mais de quatro mil delegados participaram do evento,no Palácio das Convenções do Anhembi

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4 novembro de 2013

■ 24º CONGRESSO DO SINPEEM

Plano de lutas aprovado para 2014Nas plenárias realizadas durante o 24º Congres-

so, os delegados aprovaram o plano de lutas da ca-tegoria para 2014, que inclui realização de Conselhoampliado para deliberar e encaminhar ações em res-posta às decisões do governo no final deste ou iníciodo próximo ano letivo, reivindicações funcionais esalariais, conforme segue:

a) aumento real de salário;

b) evolução do quadro de apoio com os mesmos critérios domagistério, sem avaliação de desempenho;

c) concurso imediato para o Quadro de Apoio;

d) ampliação dos módulos de pessoal dos Quadros doMagistério e de Apoio;

e) garantia da JB como opção de jornada;

f) garantia da Jeif para todos que por ela optarem;

g) melhoria do atendimento no HSPM e descentralizaçãodo DESS;

h) redução do número de alunos por sala/turma/grupo;

i) ampliação do atendimento na EJA e matrícula na escola;

j) campanha contra a terceirização. Fim dos convênios edevolução dos prédios públicos;

k) campanha de combate à violência, com políticas queatendam às necessidades dos alunos, com a criação de umarede de proteção envolvendo as diversas áreas de saúde,educação, esporte, lazer, cultura etc.;

l) defesa dos trabalhadores concursados nos serviços públicos;

m) recesso em julho e férias em janeiro para todos osprofissionais dos CEIs e Emeis; ampliação do número dereferências na carreira, respeitando as tabelas atuais e paraos aposentados;

n) saúde pública, gratuita, estatal e de qualidade para todos;

o) reconhecimento das doenças de trabalho;

p) fim das creches conveniadas e que a Prefeitura assuma aadministração das mesmas;

q) redução do número de alunos por sala para atendimentoadequado aos alunos com necessidades especiais naproporção de cinco alunos para cada aluno deficiente;

r) contra as avaliações externas;

s) anulação do leilão de Libra, Petrobrás 100% estatal;

t) garantia da realização de Conselho ampliadoextraordinário, em função da portarias que ainda serãoapresentadas pelo governo;

u) organizar o boicote às avaliações institucionais(Prova Brasil e suas derivações);

v) participar da luta organizada da CNTE pela aplicação dalei que prevê a redução da jornada em sala de aula (2/3com alunos e 1/3 para hora/atividade na JBD, J-30 e JB);

w) lutar para que o financiamento da educação pública noCusto Aluno/Qualidade inicial (CAQi). Nada menos que10% do PIB;

x) lutar pelo direito de escolha e permanência nas jornadas detrabalho, incluindo a participação no PEA, para todos osprofessores em qualquer unidade de trabalho(volantes, profissionais em CJ, readaptados);

y) organizar a luta pela reversão do desmonte da EJA, pelareabertura de salas conforme a demanda da unidadeescolar;

z) organizar com sindicatos do município encontro dostrabalhadores por condições de trabalho, contra aprecarização, contra a privatização e em defesa dosserviços públicos;

aa) propor e realizar campanha juntamente com a CUT pelarevogação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF);

bb) participar da campanha nacional pela revogação das leisdas organizações sociais;

cc) combater a privatização dos aeroportos, lutar pelareestatização da Vale, da Embraer e de todas as empresasprivatizadas;

dd) que a Diretoria do SINPEEM participe da campanha pelaretirada imediata das tropas da ONU do Haiti integrando o“Comitê defender o Haiti é defender a nós mesmos”;

ee) participar com a CUT da luta contra o PL nº 4.330;

ff) defender o concurso por meio de provas e títulos paratodos os cargos da carreira do magistério e combaterqualquer medida que substitua o concurso parainvestidura nos cargos da carreiraas;

gg) flexibilização para participação na Jeif com 20 aulas.Que as cinco aulas restantes, que poderão ser CJ,também possam ser cumpridas com projetos comoXadrez Educativo, recuperação etc.;

hh) realização de campanha massiva de denúncia emobilização, com material específico do SINPEEM(cartazes, cartas à comunidade etc.);

ii) revogação da obrigatoriedade do registro no Cref aosprofessores de Educação Física;

jj) contra a reforma municipal, com campanhas e carta àpopulação denunciando os prejuízos decorrentes destamedida;

kk) contra a vinculação do Ideb à remuneração;

ll) contra o estabelecimento de notas na educação.Educação não é mercadoria;

mm) sistema de ensino único, público, gratuito, laico para todos,em todos os níveis;

nn) nenhuma retirada de direitos dos trabalhadores;

oo) nenhum prejuízo para o professor com a implantação doensino fundamental de nove anos;

Reivindicações do Quadro de Apoioforam discutidas com destaque

Ao vetar artigos do Projeto de Lei nº 310 /2012o prefeito Haddad impediu a mudança de denomi-nação do cargo de agente escolar para ATE, a trans-formação do agente de apoio e sua integração no QPEe o salto de três referências nas tabelas de vencimen-tos para todos os ATEs. Com certeza, foi um durogolpe contra conquistas que perseguimos por lon-gos anos e que poderiam melhorar um pouco o qua-dro de descaso, baixa remuneração e falta de valori-zação dos profissionais do Quadro de Apoio – agen-tes escolares e ATEs.

Durante o Congresso, sabendo dos ataques dogoverno, que aprofunda a terceirização dos serviçose joga na insegurança sobre a extinção de cargos doQuadro de Apoio, na vacância, propusemos e osdelegados debateram e aprovaram tratar as questõesrelativas aos integrantes do Quadro de Apoio em ca-ráter de prioridade nas plenárias que realiamos.

A primeira e estratégica decisão é que devemoslutar para conseguir barrar a continuidade do pro-cesso de privatização, conseguir a realização de con-cursos, ampliar o módulo do pessoal de apoio e po-líticas para a sua valorização.

Além destas questões, também foram aprova-das as seguintes reivindicações:

1 - lutar pela reorganização das carreiras que integram oQuadro de Apoio;

2 - defender a composição das carreiras do quadro de apoio emclasses e categorias distintas por evolução funcional econcursos de acesso;

3 - redução da jornada do quadro de apoio sem redução desalários;

4 - direito de opção para que os todos servidores que hojeatuam na educação possam integrar o Quadro dosProfissionais de Educação.

5 - escolha do turno de trabalho no início de cada ano letivo,respeitada a classificação por tempo do quadro de apoio.

6 - quadro operacional e de auxílio técnico-administrativoescolar composto de cargos de provimento efetivo e funçõesde livre provimento exclusivamente nas unidades escolares,com as seguintes configurações:

a) classe I – serviços de apoio operacional:

1) agente de serviços gerais;

2) agente de vigilância e zeladoria;

3) auxiliar de merendeira

4) merendeira.

b) classe II – serviços de apoio ao aluno:

1) agente de apoio ao aluno;

2) auxiliar de enfermagem;

3) enfermeiro.

c) classe III – serviços administrativos:

1) auxiliar técnico de educação I e II;

2) secretário de escola;

7 - programa de formação continuada pela SME para oQuadro de Apoio;

8 - complementação de escolaridade sob responsabilidadedo governo;

9 - garantia de substituição nas licenças do Quadro de Apoio;

10 - incorporação dos vigias escolares (agentes de apoio) ao QPE;

11 - sala para o Quadro de Apoio em todas as unidades detrabalho, com infraestrutura adequada;

12 - realização urgente de concursos para o quadro de apoio efim das terceirizações; abertura de concurso público já;

13 - evolução funcional para o Quadro de Apoio de acordo comos mesmos critérios aplicados à carreira do magistério;

14 - ampliação do número de cargos de auxiliares técnicos;

15 - afastamento remunerado e diminuição da carga horáriapara estudar;

16 - horário de formação dentro da jornada de trabalho, comdireito à pontuação para evolução funcional;

17 - aparelhos e equipamentos dimensionados para trabalhar emgrandes áreas e com grandes volumes;

18 - vestiários com chuveiros e local adequado para refeições;

19 - por mais cargos de auxiliares técnicos; equiparação salarialentre ATEs I e II; concurso para secretário de escola;

20 - garantia de lotação na unidade escolar para o ATE que estánomeado como secretário de escola.

Aprovadas estas reivindicações, entre outras,não pode haver acomodação e ilusão de que serãoatendidas do governo. Temos de lutar para conquis-tá-las. E o SINPEEM, como sempre, não deixará deconvocar a categoria para isto.

www.sinpeem.com.br

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5novembro de 2013

Observando cenas durante o Congresso, os cartunistas Laudo eOmar fizeram vários desenhos e caricaturas representando desde asplenárias às atividades culturais ou mesmo de participantes que cir-culavam pela 11ª MAC

■ 24º CONGRESSO DO SINPEEM

Educação e cultura durante o eventoNa 24º edição do Congresso, a

exemplo dos anos anteriores, osdelegados contaram com ativida-des culturais, sempre elogiadas.Nos quatro dias do evento, foramrecepcionados com a boa músicados saxofonistas Zico Oliveira,Gallus Bachmann e Ed Sax.

No hall nobre do Anhembi seapresentaram os cantores Marice-ni Espíndola, Denise Ruiz e Rodri-go Viana, além do grupo folclóricoBeija Fulô.

Já no auditório Celso Furtado(grande auditório), os shows fica-ram por conta de Loop B, O TeatroMágico, Grupo Ares Quinteto emBranco e Preto e Antônio Nóbrega.

Na 11ª Mostra de Arte Cultu-ra, os delegados contaram com aexposição do fotógrafo FernandoCardozo, em homenagem às mu-lheres; com a oficina de instrumen-tos musicais, comandada pelo Mes-tre Lumumba; e com o trabalho doscartunistas Laudo e Omar, do Es-túdio Banda Desenhada.

Grupos de interesse abordaram diversos temasEm cada dia do Congresso os

delegados contaram com oito gru-pos de interesse, totalizando 32palestras, com a finalidade de apri-morar o conhecimento de todos osparticipantes.

Foram abordados os mais va-

riados temas, que fazem parte docotidiano de todos os profissionaisde educação: docentes, gestores eQuadro de Apoio.

Educação em tempo integral,ensino de nove anos e organizaçãoem ciclos, ressignificação do papel

do professor, assédio moral, forma-ção do Quadro de Apoio inclusão,políticas públicas que garantameducação de qualidade, avaliaçãoescolar, uso de tecnologias em salade aula, violência entre os jovens,saúde dos profissionais de educa-

ção, cidadania e manifestações derua, sustentabilidade, formação ini-cial dos professores e relações in-terpessoais estão entre temas dosgrupos de interesse.

Veja a seguir os resumos de al-gumas destas palestras:

Oficina de instrumentos atraiu a atenção

O sucesso da oficina de instru-mentos surpreendeu até mesmo oMestre Lumumba, que participoupela primeira de um evento direcio-nado aos profissionais de educação.

“A necessidade de aprenderpara ensinar é grande”, afirmou.

Utilizando bambus, cordas,

madeira, couro e PVC, os educado-res viram os abjetos se transforma-rem em instrumentos musicais.“Com a construção destes instru-mentos, os professores também to-mam conhecimento da afinaçãonatural. É um trabalho muito pra-zeroso”, completou Lumumba.

Grupo Ares chamou a atenção do público pela perfeição dosmovimentos dos artistas aliados ao do show de luzes e cores

O show do cantor e violinista Antônio Nóbrega encerrou asatividades do 24º Congresso com sucesso absoluto

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6 novembro de 2013

■ 24º CONGRESSO DO SINPEEM

“Não existe gestão democráti-ca sem ética. A gestão é a tomadade decisões sobre a educação, coma mesma exigência de toda comple-xidade e compromissos que o ter-mo democracia possui”, afirmouNaura Syria Carapeto Ferreira, pe-dagoga e doutora em Educação.

Carlos Roberto Jamil Cury,mestre em Educação, completou,afirmando que a gestão democrá-tica é uma das colunas da escolapública, que apoia o princípio dacidadania.

O SINPEEM tem como delibe-ração da categoria, que consta dasresoluções congressuais, que a

Gestão democrática e ética nas escolas

gestão da escola deve ser entendi-da como um processo que rege oseu funcionamento, compreen-dendo a tomada de decisão, pla-nejamento, execução, acompanha-mento e avaliação referentes à po-lítica educacional no âmbito daunidade escolar, com base na le-gislação em vigor, nas diretrizesfixadas no calendário de ativida-des escolares da rede municipal deensino e no projeto político peda-gógico aprovado pelo Conselho deEscola, instância de elaboração,deliberação, acompanhamento eavaliação do planejamento e dofuncionamento da unidade.

O governo Haddad tem comouma de suas principais metas, ex-tensão do tempo de permanênciado aluno na escola, consideradacomo “educação integral”, tendocomo um dos principais argumen-tos a obrigatoriedade de recupera-ção. No entanto, conforme o pro-grama de reestruturação da redemunicipal de ensino, anunciado nomês de agosto pelo prefeito os alu-nos ficarão a cargo de oficineirosdentro de uma estrutura física es-colar já saturada.

O SINPEEM é contra esta meto-dologia, porém, defende a amplia-ção de oportunidades educacionaisde caráter esportivo, cultural e pro-fissionalizante, respeitadas as ca-racterísticas e opções das crianças,dos adolescentes e da família.

A psicóloga Maria Guillermi-na Garcia concorda que a amplia-ção dos tempos e dos espaços temrelação direta com a ampliação deoportunidade de aprendizagem.“Além da necessidade de amplia-ção do tempo do aluno na escola,estamos falando de mudanças narelação com os tempos e espaços

vivenciados por eles nessa escolae de alterações nos processos edu-cativos. É por meio dessa amplia-ção que poderemos incluir outrossaberes no currículo da escola,outros atores nos processos edu-cativos, assim como outros espa-ços que irão promover aprendiza-gens”, completou.

Lígia Martha da Costa Coelho,professora do Programa de Pós-graduação em Educação/Mestradoda Universidade do Rio de Janeiro(Unirio) classificou a implementa-ção de educação em tempo integralcomo “espasmódica”, lembrandoque educadores como Darcy Ribei-ro e Anísio Teixeira já colocaramem prática em escolas cuja a cargahorária excedia em muito a jorna-da escolar de quatro horas diárias.Porém, a especialista afirmou queantes de qualquer discussão é neces-sário questionar em quais situaçõespodemos afirmar que educação in-tegral e tempo integral se comple-mentam e quais relações existementre escola em tempo integral eeducação integral, contemporanea-mente, no Brasil.

Educação em tempo integralou educação integral?

A educação em crise e a crise na educaçãoNo painel

“A educaçãoem crise e a cri-se na educa-ção”, tema docongresso, Elia-ne Aguiar, dou-tora em Educa-ção, afirmouque a crise naeducação é umaporta de abertu-ra para a reno-vação, para aconstrução denovos caminhos

para que as coisas realmente façamsentido. “Hoje, ainda vivenciamospráticas burocratizadas, com a im-posição da leitura e da escrita, quedeveriam ser e ter outro contextopara que realmente tenham um sig-nificado”, disse Eliane.

Doutor em Ciências da Comu-nicação, José Manuel Moran ressal-tou que a crise é estrutural, commudanças em todos os aspectos.Para ele, é necessário reconhecerque, independentemente do gover-

no, a escola estará sempre em cri-se, porque as pessoas queremaprender de acordo com suas ex-pectativas e as universidades, nahora de formar os professores, nãoestão atentas a este fenômeno. Nes-te sentido. “É necessário melhoraras metodologias ativas, investir nouso de recursos e ensinar o profes-sor a trabalhar o todo e o individu-al, não só na teoria, mas tambémna prática.”

Para Maria Elizabeth Bian-concini de Almeida, coordenado-ra e docente no Programa de Pós-Graduação em Educação da Pon-tifícia Universidade Católica(PUC-SP), é necessário questionarqual o currículo e as tecnologiasque estão por trás do processo queleva à crise na educação. Ela ex-plicou que há uma concepção deeducação massificada que nãoleva em conta as especificidadese a cultura escolar, reforçada pe-las avaliações existentes hoje que,na verdade, deveriam ser forma-doras para ajudar o aluno a evo-luir em seu processo.

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7novembro de 2013

■ 24º CONGRESSO DO SINPEEM

Ressignificar: atribuir novo sig-nificado aos acontecimentos atra-vés da mudança da visão de mun-do. É a capacidade de encarar deforma simples as situações que an-tes eram complicadas; de perceberde uma nova maneira e dar umnovo sentido àquilo que já estavaformatado no nosso sistema de va-lores e crenças.

Significa dizer que devemosbuscar a transformação do ensi-no considerando os nossos proje-tos, porém, sem desistir do sonhode alcançarmos educação públicade qualidade para todos, em to-dos os níveis; muito além do queé oferecido apenas pelas novas

Ressignificando o papel do professorna escola pública atual

tecnologias e da cobrança apenaspor resultados.

Este é o grande desafio postopara o professor, segundo Celso dosSantos Vasconcelos, doutor em Edu-cação e mestre em História e Filoso-fia da Educação. “Se eu não ofere-cer nada e não for porto seguro, nãoposso ser professor, que deve estarcomprometido com a cidadania. Sehá professores desistindo do ma-gistério, temos de nos empenharpara que não desistam mais e fa-çam um trabalho de qualidade so-cial, libertador, atribuindo sentidoà atividade docente, porque a qua-lidade do ensino está ligada à qua-lidade do professor”, disse.

A propagação da violência entre os jovens Assédio moral ou abuso de poder?

Especialistas alertam para anecessidade de extinção da práticade assédio moral no ambiente detrabalho, no sentido de garantir atão desejada gestão democrática.

No entanto, temendo retalia-ções, as vítimas desta prática exclu-dente não denunciam o agressor.Para orientar os profissionais deeducação, o SINPEEM elaborouuma cartilha para os profissionaisde educação, que pode ser consul-tada no site www.sinpeem.com.br

Durante o congresso, o profes-sor titular da Universidade Esta-dual de Campinas (Unicamp), JoséRoberto Heloani, definiu com pre-cisão aqueles que adotam o assé-dio moral como prática comum:“Muitas vezes esses agressores sãobem vistos por seus chefes devidoà sua capacidade de tomar deci-sões difíceis e polêmicas. Costu-

mam ser admirados por sua eficiên-cia, apesar da arrogância com quetratam seus subordinados. Comu-mente possuem traços narcisistase destrutivos. Eles se sentem inse-guros quanto à sua competênciaprofissional e podem exibir, porvezes, traços paranoicos, projetan-do nos outros sua ‘sombra’, ouseja, aquilo que não conseguemaceitar em si mesmos. Agem comdesconfiança em relação às atitu-des alheias e têm grande dificul-dade para aceitar críticas. Comisso, supervalorizam seu própriotrabalho e fortalecem sua autoes-tima. Ambiciosos e invejosos,constantemente se aproveitam dotrabalho alheio se apropriando dasrealizações de outros para monta-rem uma pseudoimagem de si pró-prios como verdadeiros ‘salvado-res da pátria´”.

A violência entre os jovensestá na ordem do dia. Não apenasa violência física, mas também apsicológica, como o bullying.

Segundo pesquisa do CentroNacional de Vítimas de Violência,63% das crianças e jovens sãoagredidos em casa. Toda estaagressividade, muitas vezes é ex-travasada na escola, em sala deaula. E fica a pergunta: como aescola pode contribuir para mini-mizar os conflitos e motivar osalunos a aprender?

Mestre em Psicologia, DorahLorch ressaltou que “quando oaluno chega agressivo em sala deaula, necessita de atenção e a pos-

tura do professor, de acolhimen-to, nessa hora é fundamental paramotivar este aluno a se interessarpelos estudos e aprender”.

Nelson Pedro-Silva, doutorem Psicologia Escolar e do Desen-volvimento Humano, ressaltouque para que o aluno não faça usodo bullying, prática de violênciaque tem se tornado recorrentedentro e fora da sala de aula, “asociedade precisa rever sua pos-tura, reafirmar o diálogo e cons-truir regras e valores éticos e mo-rais, com o exercício pleno da ge-nerosidade, da justiça, da prudên-cia, do respeito mútuo e do bomhumor”.

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8 novembro de 2013

Ensino de nove anos: organização em ciclos

■ 24º CONGRESSO DO SINPEEM

O tema avaliação está na pau-ta do dia na rede municipal, emfunção da reforma do ensino anun-ciada pelo governo Haddad, queprevê a volta da reprovação, notasnuméricas e obrigatoriedade da li-ção de casa como a “salvação” daqualidade da educação na cidade.

Para Cipriano Luckesi, doutorem Educação, as avaliações devemservir de instrumentos para ajudara melhorar o processo de ensino/aprendizagem. “Sou contra notas,porque as médias mascaram aaprendizagem. A seleção servepara vestibular, para concurso pú-blico. Na sala de aula só serve paraexcluir. Sou a favor da aprendiza-gem com o mínimo necessário, nãocom o mínimo possível. Por isso, nasala de aula temos de dar uma boa

Avaliação escolar para além dasprovas e das formas tradicionais

aula. Temos de diagnosticar se oaluno aprendeu ou não e corrigiras falhas, porque nós, professores,podemos fazer a diferença na vidados nossos alunos.

O educador Ocimar MunhozAlavarse disse que “a avaliação,como um processo culminadonum julgamento, deveria se asso-ciar à escolarização, cujo objetivocentral deveria ser a igualdade deresultados, notadamente aquelesde maior cunho democrático,como é o caso da proficiência emleitura. Para tanto, pode-se cogi-tar que essa escola de sucessodeve, quanto à avaliação, incorpo-rar e integrar as avaliações exter-nas às internas como um ponto deapoio para a radicalização de suademocratização”.

Atender aos alunos com defi-ciência na rede pública municipaltem se mostrado um grande desa-fio para docentes e profissionais doQuadro de Apoio. Sem infraestru-tura adequada para atender a estepúblico, as dificuldades se eviden-ciam no dia a dia das unidades es-colares, com a falta de acessibilida-de e de formação qualitativa paratodos os profissionais envolvidos.

“O professor precisa usar a afe-tividade para encontrar o ensinodiferenciado entre educação espe-cial e a educação regular, com ati-vidades dentro da sua prática coti-diana. Para isso, precisa estar ins-trumentalizado com boa formação,aliando as tecnologias das quaisdispõe à criatividade, garantindoque a criança passe a ser a autoraneste processo”, disse Eugênio Cu-nha, mestre em Educação.

Para o analista de sistemas Car-los Edmar Pereira, precisamos que-brar velhos paradigmas. “Algumaspessoas com deficiência talvez nãoconsigam escrever utilizando lápise papel, mas isso não quer dizer queelas não têm capacidade ou neces-

sidade de se alfabetizarem. Muitose fala em igualdade, mas igualda-de é oferecer condições iguais apessoas diferentes”.

Para garantir a inclusão de suafilha, que tem seis anos e paralisiacerebral, Pereira usou a tecnologiacomo sua aliada para criar o pri-meiro software de comunicação al-ternativa do mundo que permiteque pessoas com deficiência se co-muniquem em português. Trata-sedo Livox, um aplicativo que forne-ce conversão de texto em voz comsons naturais, milhares de símbo-los, personalização total e facilida-de de uso para tablets Android.

Este aplicativo garante autono-mia à pessoa com deficiência moto-ra e/ou visual, muitas vezes tiran-do-a, inclusive, do estado contempla-tivo. Ela pode falar sobre emoções enecessidades, participar ativamentede tudo, comer exatamente aquiloque mais gosta e se divertir sozinha.

“Para as pessoas a tecnologiatorna as coisas mais fáceis. Para aspessoas com deficiência, a tecnolo-gia torna as coisas possíveis”, fina-lizou Pereira.

Intervenções pedagógicas para atenderàs especificidades dos alunos

O governo Haddad apresentoucomo uma das metas do PlanoMunicipal de Educação a univer-salização do acesso ao ensino fun-damental de nove anos para 95%da população de seis a 14 anos deidade e universalização, até 2016,do atendimento escolar para todaa população de 15 a 17 anos. A or-ganização do ensino fundamentalcom duração de nove anos e a ini-ciação da criança aos seis anos deidade provocam alterações quan-to à formação da quantidade deturmas em três ciclos, com conse-quências diretas no módulo dasunidades e na inclusão dos docen-tes na Jornada Especial Integral deFormação (Jeif).

Por isso, o SINPEEM defendeque nenhum professor seja preju-dicado com a implementação doensino fundamental de nove anos:garantia de lotação e Jeif a todosque por ela optarem, redução dealunos por sala e a divisão das au-

las entre os professores.Claudia de Oliveira Fernan-

des, coordenadora do Programade Pós-Graduação em Educaçãoda Universidade Federal do Esta-do do Rio de Janeiro (Unirio), ex-plicou que os ciclos foram criadosnuma de concepção de escola de-mocrática na qual a avaliação temcaráter formativo, ou seja, servepara acompanhar o processo deensino/aprendizagem usando me-canismos pedagógicos, muito di-ferentes da reprovação.

Agora, com a reorganização darede municipal de ensino, os ciclosganharam uma nova forma de or-ganização, com o argumento deque são necessários para a repro-vação quando deveriam ser imple-mentados levando-se em conside-ração outros fatores que garantama identidade da escola, como currí-culo, valorização profissional e re-dução do número de alunos porsala de aula.

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9novembro de 2013

■ 24º CONGRESSO DO SINPEEM

“O burnout está dois grausantes da depressão e um grau an-tes do pós-traumático. Na educa-ção, esta síndrome ocorre emfunção da dificuldade de o pro-fessor lidar com as exigências degestão e de lidar com os alunos”,explicou Eduardo Carmello, con-sultor organizacional e educacio-nal e especialista em gestão es-tratégica de pessoas, afirmadoque a resiliência – habilidade queuma pessoa desenvolve para re-sistir, lidar e reagir de modo po-sitivo em situações adversas –ajuda os educadores a gerenciar

Doenças profissionais comuns aoseducadores: burnout e problemas vocais

melhor as mudanças e turbulên-cias cotidianas.

A fonoaudióloga Marcia Si-mões falou sobre os problemas devoz, uma das principais causas dereadaptação de professores narede municipal de ensino. A es-pecialista apresentou a anatomia,a morfologia dos órgãos da fona-ção e as manifestações clínicas en-contradas em função do uso ina-dequado da voz. Também falousobre as possibilidades de pre-venção e intervenções nos proble-mas vocais com técnicas tradicio-nais, atuais e alternativas.

Professor: vida, morte e ressurreição

“A identidade do professorpassa por um processo de descons-trução de sua identidade, com acontribuição de elementos suicidascomo a crença de que não precisade formação aprofundada, não pre-cisa seguir um caminho metodoló-gico e que avaliar é julgar o outro”,afirmou Júlio Furtado no grupo deinteresse “Professor: vida, morte eressurreição”, título de seu livro.

Furtado defendeu que o poder

da consciência, aliado à força doincômodo, é o combustível para anecessária ressurreição do profes-sor em sala de aula e em nossa so-ciedade.

No entanto, para que este pro-cesso tenha sucesso, é necessário,também, que o poder público ofe-reça a estes profissionais saláriocondizente com as atividades quedesenvolvem e condições dignasde trabalho.

Redescobrindo a importânciada arte na educação

Vibrante. Assim pode ser defi-nido este grupo de interesse, quecontou com os palestrantes Lean-dro Medina, professor e pesquisa-dos das tradições populares, e Nei-de Esperidião, doutora em Educa-ção.

Interagindo com os participan-tes, Medina, que se autodefinecomo pesquisador brincante, exal-tou a importância de o educadorpotencializar a cultura e levar issopara dentro da sala de aula. “A lu-dicidade passa por um processo devirar páginas, de tirar o professordo lugar comum e fazer com queele leve para a sala de aula a nossariqueza cultural”, afirmou, acres-

centando que “não deixamos debrincar porque envelhecemos, masenvelhecemos porque deixamos debrincar”.

Já a educadora Neide destacouque a maioria dos alunos desconhe-ce o patrimônio artístico do país,pois não frequentam museus, salasde concerto, teatro, nem outros es-paços culturais, o que contribui paraagravar os problemas na educação.“É preciso conclamar pedagogos earte-educadores para uma mobiliza-ção da categoria no sentido de bus-car alternativas, discutir possibilida-des e abrir caminhos que possamtransformar este cenário de crise daeducação artística no país”, disse.

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10 novembro de 2013

Elos entre as culturas popular,tradicional e africana

■ 24º CONGRESSO DO SINPEEM

As novas tecnologias, cada vezmais sofisticadas, dão origem anovas formas de aprendizagem ecolocam em xeque a necessidadede a escola se adaptar para acom-panhar este processo na prática. Eisso inclui a formação continuadapara que os profissionais de edu-cação possam atender a esta de-manda tão importante.

“O professor precisa trabalharcom o processo de ensino/apren-dizagem utilizando as novas tecno-logias, mas antes disso, ele tem deser usuário. Neste sentido, as Secre-

Tecnologias e a prática na sala de aulatarias de Educação precisam se ade-quar às novas tecnologias e dar su-porte aos profissionais de educa-ção. As instituições de ensino quetrabalham com formação inicialtambém têm de mudar os concei-tos e repensar o processo de ensi-no/aprendizagem, porque os pro-jetos que dão certo geralmente têmcoordenação de tecnologias naeducação. É uma nova realidade”,explicou Gláucia da Silva Brito,professora adjunta da Universida-de Federal do Paraná e doutora emLinguística.

As palestrantes Marta Pires Rel-vas, neurobióloga e especialista emNeuroanatomofisiologia Humana eBioética Aplicada; Regina Miglio-ri, coordenada do Programa Medi-tação Neurociências e Educação emValores; e Elisa Harumi Kosasa,doutora do Instituto do Cérebro doHospital Israelita Albert Einstein,falaram sobre a relação entre asneurociências e a educação.

De acordo com as especialis-tas, as concepções sobre educaçãose ampliam à medida que se co-nhece a estrutura e funcionamen-to do cérebro. Por isso, o educa-dor não pode ser o representante

As interfaces das neurociênciase a educação

da verdade absoluta para seu alu-no, mas um incentivador de diver-sas potencialidades, considerandoque o cérebro é um sistema abertode capacidades.

Como principal desafio doseducadores elas destacam a neces-sidade de alcançar a sala de aula,fazendo com que o conhecimentoseja realmente compreendido, mes-mo diante da grande oferta de apa-relhos eletrônicos, usando, inclusi-ve, práticas contemplativas milena-res (como a meditação) que, alémde contribuir na tarefa docente,podem ajudar o profissional a se co-nhecer melhor.

Os especialistas José GerardoGuimarães, doutor em Integraçãoda América Latina; Inimar dos Reis,folclorista e arte-educador; e Mari-na de Melo e Silva, professora deHistóra da África na USP aborda-ram diferentes culturas e a neces-sidade de descobrir como a educa-ção pode se beneficiar de tamanhadiversidade.

“Temos de acabar com o este-reótipo racial. A educação precisaperceber a cultura africana comofato, porque ela está presente nonosso modo de falar, na nossa cu-linária, nos ritos e na religiosida-de, só para citar alguns exem-

plos”, ressaltou Gerardo.Também tem igual importân-

cia as culturas tradicional, transmi-ta de pai para filho, e popular, tidacomo o conjunto de tradições cul-turais de um país ou região, comodefiniu Inimar dos Reis. “É precisoabertura dentro da escola de for-mas múltiplas para mostrar todasas culturas; aliar as tecnologias aopassado e às culturas”, completou.

Para a professora Marina, temfundamental importância levar acultura africana para discussão emsala de aula, com a finalidade deformar cidadãos “capazes de ven-cer preconceitos seculares e cruéis”.

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11novembro de 2013

■ 24º CONGRESSO DO SINPEEM

Delegados avaliaram o eventoCíntia Firmino Gabriel, repre-

sentante sindical, participou pelaprimeira vez do Congresso doSINPEEM. Professora de ensinofundamental II, ela elogiou a dinâ-mica, a organização e a logística doevento. “Foi tudo muito bom, compalestras muito interessantes, masgostaria que houvesse mais tempopara as plenárias.”

A agente escolar Jussara Pes-soa gostou das palestras, em espe-cial a que abordou relações inter-pessoais, e destacou que as atra-ções culturais são momentos óti-mos para extravasar, como acom-panhar o trabalho dos cartunistasLaudo e Omar, que participaramda 11ª MAC. “Infelizmente, não dátempo para ver tudo.”

A auxiliar técnico de educaçãoAlice Becherini elogiou os temas doCongresso, mas também fez algu-mas críticas. Sugeriu, por exemplo,mudanças na logística para o aten-dimento no restaurante, em funçãodo grande número de delegados.Também solicitou mais palestrasdestinadas ao Quadro de Apoio.

A professora de ensino funda-mental II, Mônica Messias da Sil-va, em seu segundo Congresso,disse que “foi tudo muito bom”,mas criticou o comportamento departe dos delegados nas plenári-as. “O pessoal distorce a discussãoe perde muito tempo com coisasque não são importantes e preju-dicam o debate.”

Aglailson Venâncio é professorde ensino fundamental II. Em suaoitava participação no Congressodisse que as atividades culturais sãomuito boas. Em relação às palestras,destacou as que trataram da saúdedo profissional de educação e de in-clusão, na qual o analista de siste-mas Carlos Edmar Pereira fez a de-monstração do aplicativo Livox, quegarante autonomia aos deficientes.

Maria Aparecida Servano e Rosângela Castro da Silva, ATEs lo-tadas no Departamento de Alimentação Escolar (DAE), também so-licitaram mais grupos de interesse para o Quadro de Apoio focadosno dia a dia destes profissionais. “Precisamos de mais informaçõescientíficas para absorver, incorporar e passar isso para as crianças.Queremos agregar o conhecimento teórico e acadêmico para desen-volver melhor as nossas funções”, afirmaram as ATEs, acrescentan-do que há diferença entre o trabalho desenvolvido na escola e reali-zado em órgãos centrais e que, por isso, os grupos de interesse têmde atender também a este público.

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A professora de Educação Fí-sica Alessandra Archeleigar, tam-bém pela primeira vez eleita comodelegada, disse que sempre quisparticipar do Congresso, mas a dis-puta na escola é grande, em funçãoda qualidade do evento. “Só ago-ra, depois de mudar de escola, con-segui ser eleita. Valeu a pena.”

Márcio Ferreira da Silva é au-xiliar técnico de educação. Para ele,tanto a dinâmica como a organiza-ção e a logística do evento foramótimas, oferecendo transporte e ali-mentação para todos os delegados,além dos grupos de interesse, comtemas de acordo com o cotidianovivenciado pelos profissionais deeducação.

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12 novembro de 2013

Conquistas são frutos das nossas lutas e capacidade de negociação, preservandoa nossa autonomia e independência em relação a todos os governos

SINPEEM, sindicato de luta,democrático e independente

Na década de 1990, o SINPE-EM tinha pouco mais de três milassociados e uma pequena sede,que mal atendia as suas necessida-des administrativas.

Desde então, fundado nosprincípios da autonomia e inde-pendência em relação aos gover-nos, partidos políticos e credos re-ligiosos, já possuía instâncias de-mocráticas, convicções e firmezana defesa da escola pública, gra-tuita, laica, de qualidade social edos direitos e reivindicações dosprofissionais que atuam na edu-cação, considerado como setor es-tratégico.

Por este perfil e apoiado emprograma, estatuto, reivindicaçõese lutas aprovadas pelos associados,não só cresceu numericamente,como estrutural e politicamente eobteve conquistas importantes paraos profissionais de educação.

Hoje, são mais de 50 mil asso-ciados, entre docentes, gestores eQuadro de Apoio, que estão em ati-vidade e/ou aposentados.

A estrutura física e logísticatambém cresceu e está a serviço daeducação, dos direitos e reivindi-cações dos profissionais de educa-ção, dos servidores públicos e daclasse trabalhadora.

Além de sede própria, Depar-

tamento Jurídico em instalaçõespróprias, Centro de Formação, ho-téis em Peruíbe e Ibiúna, conta comestrutura para as reuniões de repre-sentantes, Conselho Geral e assem-bleias. Contará, também, com umCentro Cultural moderno, com au-ditório para apresentações de pe-ças, shows, painéis sobre educaçãoe outros temas de interesse doseducadores e da sociedade.

O SINPEEM tem representa-ção política reconhecida e forçaque conferiram, por meio das lu-tas realizadas em diferentes gover-nos, muitas conquistas para osprofissionais de educação. Repre-sentação e força que podem ser con-feridas com as conquistas do Esta-tuto do Magistério, Jornada Espe-cial Integral de Formação (Jeif), leique organizou todos os profissio-nais da educação em quadro pró-prio, realização de concursos pe-riódicos, alteração da denominaçãode professor adjunto para titular;pagamento por hora/aula paraprofessor de ensino fundamental Ie de educação Infantil, 30% de adi-cional noturno, adicional de difícilacesso, ampliação da quantidadede referências para agentes escola-res e ATEs, evolução funcional paraos docentes e gestores, evoluçãofuncional para o Quadro de Apoio,

férias coletivas e recesso tambémpara os CEIs, direito de hora/ati-vidade também para professoresde CEIs, incorporação dos abonoscomplementares de pisos aos pa-drões de vencimentos e isonomiaentre ativos e aposentados.

Os reajustes sobre os padrõesde vencimentos entre 2008 e 2014,todos acima do índice de inflação -resultado da conquista da elevaçãodos pisos e incorporações dos abo-

nos complementares – são prova datática correta que temos utilizadoe de privilegiar acima de tudo, ointeresse da categoria.

Basta compará-los aos índicesaplicados aos demais servidores daPrefeitura neste mesmo períodopara afastar qualquer dúvida doacerto na forma como o SINPEEMtem atuado, resultando em con-quistas e continuando sempre naluta para conquistar mais.

Compare os reajustes conquistados pelo SINPEEM e os índices apli-cados aos demais servidores da Prefeitura:

Os sindicatos de trabalhadores são, pordefinição, organizações autônomas, que tra-balham em defesa dos direitos e atendimentoàs reivindicações de uma determinada cate-goria, pelos patrões e/ou governos.

Assim é o SINPEEM. Organização sindi-cal dos profissionais de educação do ensinomunicipal de São Paulo.

Fundado em 1988, como sucessor daApeem, tem se mantido sempre de forma in-dependente de partidos políticos e governos.A prova disto está nas muitas lutas que rea-lizamos ao longo dos anos de sua existênciae as conquistas obtidas que, quando compa-radas às dos demais servidores da Prefeiturade São Paulo, de outras cidades e mesmo Es-tados, não deixam dúvidas quanto à afirma-ção de sua independência e luta.

Logo após a sua fundação, Luiza Erun-dina, foi eleita e tomou posse em janeiro de1989, como prefeita da cidade. O fato de terrecebido o apoio da maioria dos educadoresnão implicou em alinhamento e submissãodo SINPEEM. Muito pelo contrário. O sindi-

cato foi a principal organização na luta pelaconquista da aprovação do Estatuto do Ma-gistério Municipal e outros direitos. Para isto,foram realizadas manifestações, paralisaçõese participação em várias reuniões de negocia-ção com o governo.

Maluf, infelizmente eleito prefeito emdisputa com Suplicy, tomou posse em janei-ro de 1993 e logo deixou claro seu caráter au-toritário e privatista. Além de ter políticaspara eliminar direitos dos servidores e arro-char salários, queria transformar as escolasem cooperativas nos moldes do que fez naárea da saúde que, através do PAS, entregouà iniciativa privada.

O SINPEEM, com sua atuação indepen-dente, não se intimidou. Enfrentou Maluf,exigiu realização de reuniões para tratar doquadro e carreiras dos profissionais de edu-cação. Realizou atos, paralisações e conquis-tou a Lei nº 11.434/93, com a ampliação dedireitos para os docentes, gestores e Quadrode Apoio. Em fevereiro de 1995, Maluf enca-minhou e conseguiu aprovar lei que retirou

o direito ao reajuste de 81% a que todos osservidores tinham direito.

Mais uma vez o sindicato foi a principalorganização na luta de enfrentamento e, porisso, seus dirigentes e militantes foram dura-mente reprimidos pela Polícia Militar, convo-cada por Maluf. A aprovação da lei, não im-plicou em desistência do direito.

O SINPEEM recorreu à Justiça e conseguiuganhos para mais de 25 mil associados preju-dicados por Maluf. Milhares ainda aguardama execução de sentenças favoráveis que tam-bém conseguimos.

O afilhado de Maluf, Celso Pitta, assu-miu em 1997 e, novamente, o SINPEEM, porseu caráter democrático, independente e deluta, debateu com a categoria, aprovou suasreivindicações, inclusive a participação emmanifestações pelo impeachment do prefei-to. Impedimos, com as nossas lutas, cami-nhadas em defesa da educação e paralisa-ções da categoria, a destruição de direitospreservando, por exemplo, a Jeif como jor-nada opcional.

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13novembro de 2013

Durante a gestão Kassab, o SINPEEM conquistou a aprovação daLei nº 14.660/07, que alterou a denominação de professor adjunto paratitular, pagamento do PDE, ampliação de referências para o Quadro deApoio, pagamento do vale-alimentação, hora/atividade para profes-sor de CEI, elevação dos padrões com a incorporação de gratificações edos abonos complementares de pisos, férias escolares em janeiro e re-cesso em julho também para a educação infantil (CEIs e Emeis), reali-zação e convocação de aprovados em concursos e duas referências amais para docentes e gestores.

O caráter de luta e entidade autônoma e independente do SINPEEMjamais foi abandonado.

SINPEEM obtém conquistascom a Lei nº 14.660/07

Saiu Kassab e entrou Had-dad, por quem a categoria tinhafortes expectativas, frustradasquando, no segundo mês degestão, vetou artigos conquista-dos com a luta do SINPEEM noProjeto de Lei nº 310/2012,aprovado pela Câmara Munici-pal, que dispunham sobre asduas referências para o magis-tério, mudança da denomina-ção do agente escolar para ATE,transformação do agente deapoio e sua integração ao QPE,salto de três referências paratodos os ATEs e isonomia entreativos e aposentados.

Com o veto e a pretensão dogoverno de vincular a aplicaçãode 11,46% em cinco parcelas até2018, sem direito à apresenta-ção de nenhuma reivindicaçãode reajuste até o final destadata, o SINPEEM não hesitou.Novamente foi a luta. Entre osdias 03 e 24 de maio realizougreve, com a participação degrande parte da categoria.

Haddad jogou pesado.Ameaçou, fez propaganda paraconfundir a população, infor-mando que já havia concedido10,19% aos profissionais de edu-cação – reajuste conquistadopela categoria em 2010 –, entreoutras inverdades.

O SINPEEM agiu de formaampla e tática. Convidou todasas entidades de servidores aparticiparem unificadamenteda campanha salarial e por me-lhores condições de trabalho.Tivemos a participação daAprofem nas negociações como governo e nas manifestações.

Greve foi a resposta àspolíticas de Haddad

Fato inédito e importante.Ao final de 21 dias de greve,

conseguimos o pagamento dosdias parados, redução de 28 para24 anos o tempo necessário parao magistério chegar à ultima dasduas referências que serão cria-das e itens relacionados à repo-sição, segurança, saúde para ostrabalhadores da educação, in-clusão na Jeif; 11,46% em trêsparcelas não vinculadas à nãoapresentação de reivindicaçõessalariais, entre outros itens queconstam do compromisso arran-cado com a greve, que em suamaioria não foram cumpridos atéo momento.

Por tudo que conquistoucom sua luta, por mais algunsdigam o contrário e queiram con-fundir a categoria, o SINPEEMsempre se manteve autônomo eindependente de todo e qualquergoverno.

A atuação da direção do sin-dicato não pode ser resumida aser contra os governos, mas con-tra as suas políticas e em defesados direitos e reivindicações dacategoria. Participar de reuniõesbuscando negociar o melhor éobrigação da direção, sem renun-ciar ao uso dos meios legítimosde pressão, inclusive a greve, ins-trumento utilizado em todos osgovernos, desde a fundação donosso sindicato.

O SINPEEM agiu de formatática, para obter conquistas. Nãofosse assim, provavelmente a ca-tegoria teria, no máximo, os mes-mos 0,01% de reajuste aplicadoaos demais servidores e ficariasem muitos direitos que tem.

Sindicato sempre na lutaContrariando o compromisso

de reajustar em pelo menos 25% ossalários de todos os servidores, aex-prefeita Marta Suplicy aprovoureajuste de 40% somente para oscargos de confiança e ainda alteroua Lei Orgânica do Município, redu-zindo de 30% para 25% os gastoscom manutenção e desenvolvimen-to do ensino.

O SINPEEM não pactuou comesta política. Foi o principal defen-sor da manutenção dos 30% e pelavalorização dos profissionais deeducação. Manifestações e paralisa-ções foram realizadas impedindo,inclusive, a mudança no cálculo dosquinquênios e sexta parte, que im-plicaria em prejuízos para a catego-ria. Mais uma vez, o caráter autô-nomo e independente do SINPEEMse fez presente com a convocação dacategoria e realização de manifesta-ções em sua defesa.

A aprovação de taxas e a re-dução da verba da educação con-tribuíram para a derrota de Mar-ta, em disputa por sua reeleiçãocom Serra.

Eleito, Serra tentou implantaro “Mais Educação”, com atividadesno pré e pós-aula por meio de con-

vênios com organizações não go-vernamentais, responsáveis pelosoficineiros. Na verdade, implantouum verdadeiro caos administrati-vo e desrespeito aos projetos peda-gógicos e autonomia das escolas.Além do inconfesso propósito deterceirização da educação.

Mais uma vez foi o SINPEEM,com sua atuação autônoma e in-dependente de todo e qualquer go-verno, que realizou a luta. Convo-cou e realizou greve de 17 diasque, além da conquista políticapelo pagamento dos dias parados,também conseguiu o fim do pro-grama como foi implantado eabriu a discussão sobre a fixaçãode pisos, valorização salarial, in-corporações de gratificações, entreoutras reivindicações.

Saiu Serra e ficou Kassab. OSINPEEM, independente e autôno-mo, continuou a luta. Realizoumanifestações em todos os anos desuas duas gestões. Em 2012, reali-zou greve de nove dias, indo até oprazo limite pela legislação eleito-ral, na tentativa de conseguir a an-tecipação do índice de 13,43%, con-quistado em 2011 e que será pagoem maio de 2014.

Os profissionais de educação realizaram manifestações e greve de 22dias para cobrar do governo o atendimento às reivindicações

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14 novembro de 2013

Governos estaduais agem comviolência contra educadores

A exemplo do que fizemos emmaio, os profissionais de educaçãode outros Estados também tiveramde recorrer à greve em defesa deseus direitos, pelo atendimento àssuas reivindicações e contra pro-postas de governos que destruíamas carreiras.

Em São Paulo, Haddad agiu deforma dura e descumpriu o que foinegociado. Nos outros Estados nãofoi diferente.

No Rio de Janeiro os governosimplementaram uma forte ação re-

pressiva. A violência policial foiusada contra professores e demaistrabalhadores de educação. Apesarde 77 dias de greve, mesmo assimo governo manteve a lei dispondosobre o plano de carreira, contrá-rio aos interesses da categoria.Aplicou o mesmo percentual dereajuste anunciado antes da greve,descontou os dias parados que sóserão pagos com a reposição. Mes-mo com o apoio da população àsreivindicações dos profissionais deeducação, o que se viu foi o gover-

O Núcleo dos Aposentados do SINPEEM tem realizado visitas pe-riódicas aos gabinetes dos vereadores, na Câmara Municipal, para so-licitar que apresentem emendas ao Projeto de Lei do Executivo quedispõe sobre a criação de duas referências para docentes e gestores,em tramitação no Legislativo.

Entre as emendas está a que garante aos aposentados enquadra-mento automático nas duas novas referências. Reivindicação conquis-tada pelo SINPEEM e que constou do PL nº 310/2012, aprovado pelaCâmara, mas que foi vetada pelo prefeito Haddad.

FIM DE ANO

O Núcleo encerra suas atividade com a confraternização anual noSINPEEM Park Hotel, no dia 4 de dezembro.

A próxima reunião será realizada somente na primeira terça-feirado mês de fevereiro de 2014.

■ ESPAÇO DOS APOSENTADOS

Núcleo também realizoupasseios, um deles a Peruíbe,no litoral Sul de São Paulo

no massacrá-los e decidido a nãoceder absolutamente em nada. Me-recem os trabalhadores de educa-ção a nossa solidariedade e apoio eo prefeito e do governador do Riode Janeiro o nosso repúdio.

Em Mato Grosso a greve teveinício em 12 de agosto e durou 63dias. Houve apresentação de pro-posta pelo governo durante a gre-ve, mas foi reduzida à aplicação dereajuste de 5% neste ano, 6% em2014 e 7% em 2016. O governo secomprometeu em aplicar reajustes

até 2023, para que o valor do salá-rio, comparado com o que é pagohoje, dobre.

Em outros Estados e Municípi-os a história não tem sido diferen-te. O país, que gasta bilhões com arealização e preparação para aCopa do Mundo, trata com repres-são e nega o mínimo à educação eaos seus profissionais. O pior é que,independentemente, do partido aoqual pertencem, agem igualmentea quase totalidade de governado-res e prefeitos. Lamentável!

Concessões: forma vergonhosade privatização

Logo após a realização do lei-lão para a exploração do petróleodo campo de Libra, a presidenteDilma comemorou o resultado emcadeia nacional de rádio e TV. De-clarou-se satisfeita com o resulta-do e afirmou que 85% da rendaque será obtida com a exploraçãodo petróleo da área descoberta dacamada pré-sal ficarão no Brasil.Também meio alterada com asperguntas, respondeu que o quefoi feito não tem nada de privati-zação, mas concessão.

Chama a atenção o fato de ogoverno dizer que fez um extra-ordinário negócio, mas, para isto,convocou o Exército e as Força Ar-madas para proteger a realizaçãodo leilão, que resultará na explo-

ração compartilhada com as mul-tinacionais Shell, Total e duas es-tatais da China, com 20% do con-sórcio em que a Petrobras entroucom 40%. As empresas multina-cionais estrangeiras ficarão com60% dos recursos da exploraçãodo Petróleo.

O governo Dilma foi eleito comum discurso contra a privatizaçãoe, mesmo agora, afirmando quedestinará os recursos do pré-salpara a educação, não deixa de re-velar profunda contradição. Petró-leo é recurso esgotável. Vincular osrecursos oriundos da exploração dopetróleo não é um erro. Muito pelocontrário. Mas, não pode ser a al-ternativa definitiva para melhoraro setor porque demora e acaba.

■ PRÉ-SAL

CONSULTE NO SITE DO SINPEEM:

legislação, manuais, programação do

SINPEEM Park Hotel e do SINPEEM Peruíbe Hotel,

Hotéis conveniados, excursões,

relação de todas as escolas, informativos,

convênios, Jornal do SINPEEM,

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www.sinpeem.com.br

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15novembro de 2013

Durante a realização da gre-ve deste ano cobramos, pressio-namos e a SME assumiu o com-promisso de realizar o enquadra-mento por evolução funcional doQuadro de Apoio.

Nas reuniões de negociaçõesque realizamos após a greve, con-seguimos não só o compromisso de

SME não publicou evolução do Quadrode Apoio, prometida para outubro

que isto aconteceria, mas tambémque seria em outubro.

No entanto, até o momento, ocompromisso não foi cumprido.Agora, a SME que já fez a apura-ção do tempo de todos os integran-tes do Quadro de Apoio e que es-tão apurando os títulos. Mais queisto, afirma que não há previsão

Não há porque se opor ànecessidade de cada escoladebater, decidir e implemen-tar o seu regimento. Sendocada escola uma unidade in-tegrante do sistema de ensi-no, deve também observardiretrizes gerais já previstasnas leis existentes e até mes-mo nos programas da Secre-taria Municipal de Educação.

No entanto, ao publicara Portaria nº 5.941, de 15 deoutubro de 2013, a SME, aofixar diretrizes para a sua ela-boração, avança o sinal.

Mais do que apresentardiretrizes, ataca a autonomiada escola, limitando ou pra-ticamente impedindo queexerça sua relativa autono-mia e construa seu regimen-to a partir das discussões querealizará e de suas especifici-dades locais e do projeto po-lítico-pedagógico.

Mesmo considerandoque entre as diretrizes há in-dicação de medidas discipli-nadoras, que devem ser apli-cadas pela direção da unida-de ou dos dirigentes regio-nais, há de se considerar quepara a legitimação de normasé importante que haja umprocesso de construção comparticipação.

Seguindo o que dispõe aportaria, até mesmo a dis-cussão e deliberação peloConselho de Escola fica dis-pensada, bastando a elabo-ração do regimento pela“equipe escolar” e sua apro-vação pela DRE.

O SINPEEM defendeu aampla discussão da propos-ta de regimento, inclusivecom a suspensão de aulaspara garantir a participaçãode todos. Defendeu, também,que o Conselho, por seu ca-ráter deliberativo, deve apro-vá-lo antes de o documentoser submetido à aprovaçãoda DRE. Mas, infelizmente,até o momento, o governo,acreditando que viabilizaráseu programa “Mais Educa-ção” sem discussão com a ca-tegoria e com ações autoritá-rias, continua desprezando arealidade das escolas e deseus profissionais.

Secretaria publica

diretrizes e impõe

Regimento Escolar

Com grande barulho e muitogasto em propagandas no rádio ena TV, o prefeito Haddad anun-ciou o programa de reestruturaçãoe reorganização da rede municipalde ensino.

Explorou a face mais visíveldaquilo que é reclamado pelo sen-so comum como principal respon-sável pelo fracasso escolar, baixaqualidade de ensino e indisciplinana escola, para declarar o fim daaprovação automática.

É assim que o governo tem ditona propaganda na TV. Lógico quese trata de uma falácia. Afinal, es-tamos no final do ano e nenhumadas medidas anunciadas foi sequerimplementada em nenhuma unida-de da rede.

Mas, para a população, a par-tir de agora, com provas bimes-trais, boletim e notas numéricasa história será diferente. Acaba ociclo de aprovação automática e

“Mais Educação” de Haddad significamais privatização da educação infantil

inaugura-se um período de ple-na aprendizagem e quem não al-cançar o estágio de desenvolvi-mento e conhecimento necessárioserá reprovado. Vende assimuma ilusão e não diz à popula-ção que a sua política é conser-vadora e pouco ou nada muda-rá. A proposta não enfrenta osproblemas estruturais da educa-ção. Não amplia os recursos ma-teriais, humanos e financeiros ne-cessários e até mesmo o anúnciode alteração curricular não pas-sa de má acomodação e engen-dramento dos ciclos.

Na proposta do governo o úni-co ciclo bem resolvido é o referen-te à alfabetização. Os ciclos deno-minados como interdisciplinar eautoral não apresentam funda-mentação teórica e parecem maisarranjo para encaixar a políticanacional de avaliação e sua men-suração através o Ideb.

Durante toda a divulgação doconteúdo da proposta de reformacurricular, bem como da consultapública, ficou claro que o governonão tomou cuidado para que osprofissionais de educação, não fos-sem identificados como os culpa-dos pelo fracasso escolar.

A educação tem, de fato, mui-tos problemas, mas, com certezanão será com uma proposta quesequer foi debatida com os edu-cadores que serão resolvidos.Além disso, diz o governo quecom sua política de expansão darede com construção de novasunidades, inclusive algumas emparceria com o governo federal,conseguirá atender à demanda naeducação infantil.

Infelizmente, estas unidades,conforme anunciado largamentepelo secretário, serão entregues àsONGs, aprofundando a privatiza-ção do ensino.

sobre a data de publicação da evo-lução no Diário Oficial.

Para que parem de protelaresta publicação, com certeza tere-mos de ir a luta. O SINPEEM nãoconcorda com o argumento da de-mora provocada pela falta de ser-vidores na Conae e continuarápressionando.

O programa de reestruturação e reorganização da rede municipal de ensino foi lançado pelo governo em 15 de agosto e ficoudisponível para “consulta pública” durante um mês; proposta não resolve problemas estruturais da educação

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16 novembro de 2013

Jeif para todos que por ela optaremA Jeif é jornada composta por 25 horas/aula, re-

gência e 15 horas/aula adicionais. Foi conquistada em1992, quando lutamos e conseguimos convencer quea atividade docente é mais abrangente do que a re-gência de classe/aula. Da docência plena, que envol-ve pesquisa, planejamento, articulação entre as açõesda área de conhecimento e da disciplina, depende aboa regência de classe/aula. Portanto, conseguimosconquistar a Jeif por ser uma jornada que reconheceas necessidades descritas.

No entanto, esta jornada permanece como opcio-nal. Por um lado, em respeito ao direito à jornada docargo para o qual o professor prestou concurso. Poroutro lado, porque a obrigatoriedade de Jeif implica-ria em incompatibilidade de horário para muitos queacumulam cargos.

Entretanto, com a redução de turnos e agora como ensino fundamental com duração de nove anos,que implicará em redução da quantidade de aulaspara o 6º ano do ensino fundamental, é importanteque seja assegurada a inclusão na Jeif a todos quepor ela optarem.

A inclusão de todos, com a divisão de aulas deregência em quantidade igual para os professores deensino fundamental II é, com certeza, a saída paraevitar perda de remuneração e melhor desenvolvi-mento do trabalho escolar, com todos ou a maioria

participando dos projetos pedagógicos das unidadesnas horas adicionais.

O SINPEEM tem lutado para garantir este direitopara todos. Resultante do processo da negociaçãoocorrida durante a greve, é compromisso do governoque estamos cobrando.

Compromisso foi assumido nanegociação resultante da greve

Durante a greve, a inclusão na Jeif para todosque por ela optarem foi reivindicação apresentada ediscutida com o secretário de Educação, que garan-tiu que não haveria prejuízos aos docentes em con-sequência da organização do ensino fundamental denove anos. Garantia que consta da carta compromis-so por ele assinada.

Agora, às vésperas de ocorrer a escolha/atribui-ção, precisamos ter este direito garantido. Com a re-dução da quantidade de turmas no 6º ano, portanto,queda na quantidade de aulas, considerando a pro-posta de docência compartilhada, recuperação para-lela e outros vinculados à reorientação curricular, aSME tem a oportunidade de evitar perdas para os pro-fissionais de educação. Afinal, não haverá "Mais Edu-cação" com menos direitos e menos remuneração paraos professores e demais profissionais de educação.

Melhorar e descentralizar o atendimento no HSPMO HSPM é o hospital do servi-

dor público municipal de São Pau-lo. Mas, embora tenha este nome hámuito está longe de cumprir a fi-nalidade para o qual foi criado.Hoje, atende aos servidores, masnão exclusivamente. Também pres-ta atendimento pelo SUS e demons-tra claramente que está com suaestrutura saturada. Tem uma recei-ta orçamentária menor que a desti-nada para a Câmara Municipal eaté mesmo para o Tribunal de Con-tas do Município. Precisa de refor-mas, atualização de seus equipa-mentos, infraestrutura e pessoalpara as equipes médicas e de apoioadministrativo.

São mais de 200 mil servidores,entre ativos e aposentados. Popu-lação superior a boa parte das ci-dades brasileiras. Portanto, é neces-sário que o governo invista no aten-dimento médico e hospitalar dosservidores, investindo na descen-tralização do atendimento por meio

da construção de HSPMs regionais,bem como em um plano de saúdeopcional para o servidor.

Ao contrário do que muitosimaginam, os servidores contribu-em sim para a seguridade social.Todo o mês são 11% para a Previ-dência (RPPS/Iprem). Percentual,

superior ao que contribui o traba-lhador da iniciativa privada parater direito à aposentadoria, assis-tência à saúde e social.

Com certeza, deve ser luta detodos os servidores públicos e obri-gação do prefeito Haddad descen-tralizar e melhorar o HSPM.

Apesar de termos conquistado a antecipação daprimeira parcela do Prêmio de Desempenho Educa-cional (PDE), o governo Haddad publicou decreto noDOC estabelecendo os critérios que serão considera-dos no cálculo do valor a ser pago individualmente,dos quais o SINPEEM discorda.

Para o pagamento da segunda parcela do prêmio,em janeiro de 2014, além de incluir descontos sobrefaltas abonadas e licenças médicas existe a possibili-

dade de desconto ou devolução integral do valor pagona primeira parcela, em junho. Isto porque o secretá-rio municipal de Educação entende que o PDE é umaferramenta de estímulo à frequência.

O SINPEEM discorda desta justificativa e dosdescontos, posto que o PDE é pago com receita vin-culada à manutenção e desenvolvimento do ensino,que deveria ser aplicada na valorização da remune-ração de todos os profissionais de educação.

Prefeito Haddad quer descontoaté sobre a primeira parcela do PDE

Duas referênciaspara ativos eaposentados

Continua tramitando naCâmara Municipal o projetode lei do Executivo que dispõesobre a criação de duas refe-rências para docentes e gesto-res. No entanto, apesar de fi-xar em 24 anos o tempo parase chegar à última referência,vincula o enquadramento porevolução funcional nas duasnovas referências à apresenta-ção de tempo e títulos.

Caso seja aprovado comoestá, nenhum docente ou ges-tor que já tiver completado ouvenha completar 23 anos oumais no magistério terá enqua-dramento automático nasduas novas referências. Alémdisso, também terá de apre-sentar títulos, que serão regu-lamentados pelo governo pormeio de decreto.

SINPEEM lutapor mudanças

no projeto de leiComo não poderia deixar

de ser, o SINPEEM está lutan-do para que sejam feitas alte-rações no PL. Encaminhouemendas à Câmara Municipalpara garantir que os enqua-dramentos continuem comoocorrem atualmente: somen-te por títulos, somente portempo ou com a combinaçãode tempo e títulos, conformeconquista em 2012, aprovadapela Câmara e vetada peloprefeito Haddad.

Além disso, mantém aluta por isonomia entre ativose aposentados, com o enqua-dramento automático tambémdos aposentados nas duas no-vas referências. Nesse sentido,o Núcleo dos Aposentados doSINPEEM tem visitado perio-dicamente os gabinetes dosvereadores para convencê-losda importância destas mudan-ças no PL para o magistériomunicipal.

Acesse o site

www.sinpeem.com.brcadastre seu e-mail e receba

nossas correspondências

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17novembro de 2013

Aplicação de índice encerra ciclo de incorporação de abonos

Índice de 13,43% é conquista do SINPEEM edireito de todos os profissionais de educação

Em maio de 2014 todos os pro-fissionais de educação da redemunicipal de ensino, ativos e apo-sentados com direito à paridade,terão reajuste de 13,43% sobre ospadrões de vencimentos, a título deincorporação dos abonos comple-mentares de piso. Índice conquis-tado durante a campanha salarialde 2011 e garantido em lei.

Também será aplicado o per-centual de 3,683%, referente à pri-meira parcela de 11,46%, concedi-dos a todos os servidores públicosmunicipais na campanha desteano, totalizando reajuste de 17,6%aos profissionais de educação, ele-vando os valores dos pisos.

Outras duas parcelas, tambémde 3,683%, serão aplicadas em 2015e 2016.

Apesar destas conquistas emcampanhas passadas, o SINPEEMmanterá a luta em 2014 por au-mento real de salários, melhorescondições de trabalho, piso do Di-eese, redução do número de alu-nos por sala, isonomia entre ati-vos e aposentados, redução dajornada de trabalho dos gestorese do Quadro de Apoio, entre ou-tros itens que constam do Planode Lutas aprovado no 24º Con-gresso do SINPEEM, realizadoentre os dias 29 de outubro e 01de novembro.

A aplicação do índice de13,43% aos padrões de vencimen-tos dos profissionais de educaçãoencerra o processo de incorporaçãodos abonos complementares depiso, iniciado em 2008, quando acategoria, convocada pelo SINPE-EM para realizar manifestações egreve, em defesa de seus direitos ereivindicações, conquistou 37,5%,incorporados entre 2008 e 2010.

Em 2010, a categoria conquis-tou o índice de 33,79%, divididosem três parcelas de 10,19%, incor-

poradas entre 2011 e 2013. Já em2011, também com muita luta, con-seguiu garantir a aplicação de13,43% em maio de 2014.

Isto significa que, com a fixa-ção de dos pisos e incorporação dosabonos complementares, os profis-sionais de educação conquistaramreajustes muito acima dos concedi-dos aos demais servidores munici-pais, que não ultrapassaram o ín-dice de 0,01% nos últimos anos, emesmo a muitas categorias da ini-ciativa privada.

Anunciado em agosto deste ano, emconvênio com o Ministério da Educação(MEC), a Prefeitura pretende iniciar a im-plantação no município do sistema Uni-versidade Aberta do Brasil (UAB), que ofe-recerá cursos e programas na modalida-de a distância vinculados à Secretaria Mu-nicipal de Educação.

De acordo com a Lei nº 15.883, emparceria com os governos estadual e fe-deral, estes polos têm como finalidade;oferecer cursos de licenciatura e de for-mação inicial e continuada aos profes-sores da educação básica; cursos supe-riores para capacitação de dirigentes,gestores e trabalhadores em educaçãobásica; ampliar projetos, pesquisa e ex-tensão que visem o desenvolvimento so-cioeducacional em regime de colaboraçãocom instituições públicas, privadas, esta-tais e organizações não governamentais;oferecer cursos superiores nas diferentesáreas do conhecimento; ampliar o aces-so à educação superior pública; imple-mentar o programa de capacitação dosprofissionais da educação sobre a igual-dade de gênero e de raça/cor, para o com-bate à discriminação das mulheres e dosnegros, entre outros.

Sem dúvida são relevantes os ob-jetivos pretendidos pelo programa Uni-versidade Aberta, mas não deixa de fi-car claro que a SME, que mal dá contade solucionar o atendimento à deman-da da educação infantil, ampliar a rederegular de ensino fundamental para re-duzir a quantidade de alunos por sala,melhorar a remuneração dos Quadrosdo Magistério e de Apoio, assume a res-ponsabilidade com o ensino superior,que é competência legal do Estado e daUnião. Com certeza, trata-se de uma in-versão de prioridade e uso indevido dorecurso vinculado à manutenção e de-senvolvimento do ensino, por mais no-bre que seja este programa.

UniversidadeAberta do Brasil:quem pagará a conta?

AUXÍLIO-DOENÇA

Será concedido ao servidor auxílio-doença, correspon-dente a um mês de vencimento, após cada período de 12meses consecutivos de licença para tratamento de saúde.

Para fazer jus a este auxílio, o servidor deverá tomaros seguintes cuidados:

- não poderá haver nenhum dia descoberto. Caso alicença termine próximo a um feriado ou final desemana, o servidor poderá formular a sua prorrogaçãoaté oito dias antes do final do prazo da licença.

PROCEDIMENTO: o servidor ou a unidade de pesso-al deverá abrir um processo endereçado ao DRH, solicitan-do o auxílio-doença, informando o período de afastamen-to. O deferimento ou indeferimento será publicado no DOC.

OBSERVAÇÃO: anexar cópias das licenças médicase do último holerite.

LEGISLAÇÃO: Lei nº 8.989/79, de 29/10/79, Art. 126;Portarias nº 055/03 - SGP, de 31/01/2003, e nº 226/02, de27/03/02.

AUXÍLIO-ACIDENTÁRIO

Será concedido, na forma que a lei estabelecer, paraos casos de redução parcial e permanente da capacidadelaborativa.

PROCEDIMENTO: é assegurado ao servidor que so-frer acidente de trabalho ou for acometido de doença pro-fissional.

LEGISLAÇÃO: Lei nº 8.989/79, de 29/10/79, Art. 160,inciso II.

ADICIONAL NOTURNOQUADRO DE APOIO E VIGILÂNCIA

Pago para o quadro de apoio, por hora/trabalho, apartir das 19 horas, mediante apontamento, com préviaautorização do secretário municipal de Educação. Nãoincorpora para nenhum efeito.

Valor: 30% do valor da respectiva hora/trabalho (efe-tivamente trabalhada).

Para os vigias, o adicional noturno só será apontado apartir das 22 horas, com 25% sobre o valor da hora/traba-lhada.

LEGISLAÇÃO: Lei nº 8.989, de 29/10/79 e Lei nº12.396, de 02/07/97.

■ CONHEÇA MAIS SOBRE OS SEUS DIREITOS

ADICIONAL NOTURNOQUADRO DO MAGISTÉRIO

Apontamento por hora/aula, a partir das 19h, inclu-sive descansos semanais, feriados, pontos facultativos, fé-rias e afastamentos considerados de efetivo exercício, paratodos os efeitos legais.

Valor: 30% do valor da respectiva hora/trabalho.LEGISLAÇÃO: Lei nº 11.036, de 11/07/91; Decreto

nº 30.475, de 04/11/91; Decreto nº 30.516, de 11/11/91 eLei nº 14.660, de 26/12/07.

FÉRIAS

O servidor gozará, obrigatoriamente, de férias anu-ais por um período de 30 dias corridos, com pagamentode um terço a mais do que o salário normal. Esse paga-mento será proporcional quando o período de férias forinferior a 30 dias. O servidor poderá acumular férias, pornecessidade de serviço, pelo período máximo de dois anosconsecutivos. Nesse caso, poderão ser gozadas ininter-ruptamente.

Indeferidos dois períodos de férias em anos consecu-tivos, no terceiro ano o funcionário deverá, obrigatoria-mente, gozar pelo menos um período. O período de fériasdeverá ser, em princípio, de 30 dias corridos, podendo aadministração concedê-las por dois períodos de 15 diasou dois período de 20 e 10 ou de 10 e 20 dias.

Interrupção de férias: as férias poderão ser interrom-pidas por necessidade de serviço ou outro motivo justo. Opedido de interrupção de férias deve ser formulado ao se-cretário municipal de Educação. Interrompido o gozo deférias, os dias restantes poderão ser usufruídos em des-canso ou averbados em dobro, para quinquênio.

A servidora que entrar em gozo de licença gestanteou adoção/guarda de menor, respectivamente, no perío-do de férias previstas no calendário escolar, deverá solici-tar a interrupção/indeferimento por meio de formuláriopadronizado para gozo oportuno.

PROCEDIMENTO: a unidade de pessoal deverá en-caminhar formulário padronizado para o servidor assinaro seu pedido de férias.

LEGISLAÇÃO: Constituição Federal de 1988; Lei nº8.989, de 29/10/79; Decreto nº 24.146, de 02/07/87; De-creto nº 34.027, de 10/03/94; Lei nº 14.660, de 26/12/07;Decreto nº 50.687, de 25/06/09; Portaria nº 118/SMG, de30/10/09 e Decreto nº 52.291, de 03/05/11. de 31/01/2003,e nº 226/02, de 27/03/02.

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18 novembro de 2013

Fila prioritária para atender à demandana educação infantil não é legal

Bolsa Creche intensificará aprivatização da educação infantil

Absurda decisão, mas é verdadeira e deixa evidente queem vez de adotarem medidas para garantir o direito dos cida-dãos de ter acesso à vaga na escola pública e gratuita, manti-da diretamente pelo poder público, os vereadores que vota-ram favorável ao Bolsa Creche acabam por desresponsabili-zar o poder público de sua obrigação e ainda tornam a educa-ção uma mercadoria.

O projeto de lei que cria o Programa Bolsa Creche, no valorde meio salário mínimo, se for aprovado em segunda votação esancionado pelo prefeito Haddad, garantirá o benefício men-salmente às mães que têm filhos na faixa etária de zero a trêsanos, em situação de vulnerabilidade socioeconômica, queaguardam atendimento na fila de espera. Uma fila que hoje,segundo dados da própria SME, chega a 157 mil crianças.

O SINPEEM é contra a priorização da fila, bem como àcriação do Programa Bolsa Creche. Entende que as Constitui-ções Federal e Estadual e a Lei Orgânica do Município devemser cumpridas. Por isso, defende que a Prefeitura invista naconstrução de mais escolas, em infraestrutura para atendimen-to, na valorização dos profissionais de educação, além de aca-bar com processo de privatização do ensino.

Durante as audiências públicas re-alizadas pelo Tribunal de Justiça, paradebater a falta de vagas na educação in-fantil, a SME anunciou que dará priori-dade às crianças em que as famílias es-tão cadastradas no programa Bolsa Fa-mília, do governo federal, para atenderà demanda. Portanto, atenderá à de-manda pelo corte de renda.

Na edição de outubro do Jornal doSINPEEM abordamos este assunto ealertamos que ao adotar esta medida aPrefeitura de São Paulo desconsideratotalmente o que determina os artigos205 e 206 da Constituição Federal e oartigo 200 da Lei Orgânica do Municí-pio (LOM).

O artigo 206, inciso I da Consti-tuição, por exemplo, diz que o ensinotem de ser ministrado obedecendo aoprincípio de “igualdade de condiçõespara o acesso e permanência na esco-la”, ou seja, a escola é direito de to-dos e dever do Estado, indistintamen-te, como também afirma o artigo 205da Carta Magna.

Já o artigo 200 da Constituição Es-tadual afirma que é responsabilidadedo município de São Paulo a universa-lização do ensino fundamental e daeducação infantil:

“Art. 200 - A educação ministrada combase nos princípios estabelecidos na Cons-tituição da República, na Constituição Es-tadual e nesta Lei Orgânica, e inspirada nossentimentos de igualdade, liberdade e soli-dariedade, será responsabilidade do Muni-cípio de São Paulo, que a organizará comosistema destinado à universalização do en-sino fundamental e da educação infantil.”

Portanto, além de contraditóriocom as promessas de campanha em queafirmava que ampliaria a rede paraatender toda a demanda, também des-cumprirá o que determina a Constitui-ção se for, de fato, implementada a pro-posta do secretário. Com certeza, istogerará discussões e ingresso de açõestanto pelo Ministério Público como porcidadãos interessados em fazer valer odireito de acesso à educação para todos.

SME publica comunicado e portariasobre pontuação e mantém osmesmos critérios de 2012

A portaria que dispõe sobre a pontuação para classificação dosprofessores de educação infantil para escolha/atribuição de turnos,de agrupamentos e vaga no módulo sem regência e dos auxiliaresde desenvolvimento infantil para escolha de turnos de trabalho parao ano de 2014 segue os mesmos procedimentos, critérios e pesos queforam utilizados nos três últimos anos.

A data limite para o tempo apurado é 31/07/2013.

SINPEEM defende aumento do móduloAlém da redução da quantida-

de de alunos por agrupamento/sala/turma, necessária para se ga-rantir melhores condições de traba-lho para os professores e aprendi-zagem para os alunos, o SINPEEMtem lutado para que haja a amplia-ção da quantidade de professoresno módulo docente.

A falta de professores e mesmoa falta decorrente de afastamentospor licenças médicas, gestantes e ou-tras para atender às eventuais ne-cessidades têm gerado problemasque também provocam desgastes atodos que atuam na unidade. Estámais que evidente que é necessárioadequar urgentemente o módulodocente das unidades, obedecendocritérios quanto à quantidade deagrupamentos/salas/turmas e ao

projeto pedagógico da unidade.Passados mais de seis meses da

aprovação da lei que criou cargosde assistente de diretor para osCentros de Educação Infantil, de-signações para esta função nãoocorrem, sob o argumento da faltade professores nos CEIs, apesar deexistirem aprovados em concurso.Convocados para a escolha, tantopoderão atender à necessidade deampliação do módulo docente daunidade como permitir a designa-ção dos assistentes de diretor. Por-tanto, não é aceitável o argumentode SME de falta de professor.

O SINPEEM reivindica e pres-siona sempre pela convocação dosaprovados, ampliação do móduloe designação dos assistentes de di-retor para os CEIs.

Pontuação dos docentes de Cemeis,Emeis, Emefs, Emefms e Emebss

O comunicado e a portaria pu-blicados no DOC de 07/11/2013sobre pontuação e procedimentospara escolha/atribuição para 2014,também seguem os mesmos crité-rios usados nos três últimos anos.Isto, não indica que o processo éperfeito. Pontuação, escolha e atri-buição seguem critérios para clas-sificação, em que a disputa inevi-tavelmente está presente. Situaçãoque só seria superada dentro deuma outra lógica de direitos, orga-

nização e funcionamento da redeescolar: jornada de trabalho e remu-neração que pudessem dispensar orecurso ao acúmulo de cargos e jor-nadas distintas de trabalho. Sem es-tas condições, a cada ano não hásolução unânime quanto aos crité-rios e procedimentos.

O SINPEEM, como sempre,atua buscado critérios que nãogerem distorções e apoiados nosdireitos dos profissionais de edu-cação.

Acúmulos devem ser resolvidospor meio de acomodações

Após o processo de remo-ção, divulgação da pontuaçãoe com o processo de escolha/atribuição, como sempreocorre, somos procurados porcentenas de professores em si-tuação de incompatibilidadede horário, que os colocam emsituação de acúmulo ilícito decargos.

E, como sempre, procura-mos resolver primeiramente nasDREs, por meio de acomodação,ainda que em unidades diver-sas da lotação do professor e,posteriormente, com a SME.

Para tanto, os professoresque estiverem nesta situaçãodevem informar o SINPEEM,após finalizado o processo deescolha/atribuição, que acon-tecerá ainda neste ano.

Cada caso é comunicado àDRE e buscamos resolvê-lospara evitar exonerações ou pe-didos de afastamento sem ven-cimentos. Entendemos que estenão é um problema somente doprofessor, mas de interessetambém da SME, que deve en-viar todos os esforços para re-solvê-lo.

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19novembro de 2013

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■ PUBLICAÇÕES NO DOC

COMUNICADOS

nº 1.398 (DOC de 05/11/2013, página 38) - divulgaprocedimentos para aplicação da Prova Brasil, da Avalia-ção Nacional da Alfabetização – ANA e da 2ª ProvinhaBrasil 2013, nas unidades educacionais da rede munici-pal de ensino.

DECRETOS

nº 54.531(DOC de 30/10/2013, página 01) - introduzalterações no inciso I do “caput” do artigo 4° do Decretonº 53.676, de 28 de dezembro de 2012, que regulamenta aLei nº 15.648, de 14 de novembro de 2012, que estabelecediretrizes para o funcionamento dos Ciejas na rede muni-cipal de ensino do município de São Paulo.

nº 54.512 (DOC de 26/10/2013, página 01) - dispõesobre a convocação de servidores públicos municipais paratrabalhar na eleição dos conselheiros para os ConselhosParticipativos Municipais.

nº 54.454 (DOC de 11/10/2013, página 03) - fixadiretrizes gerais para a elaboração dos regimentos edu-cacionais das unidades integrantes da rede municipal deensino, bem como delega competência ao Secretário Mu-nicipal de Educação para o estabelecimento das normasgerais e complementares que especifica.

nº 54.453 (DOC de 11/10/2013, páginas 01 e 03) -fixa as atribuições dos profissionais de educação que inte-gram as equipes escolares das unidades educacionais darede municipal de ensino.

nº 54.452 (DOC de 11/10/2013, página 01) - institui,na Secretaria Municipal de Educação, o Programa de Re-organização Curricular e Administrativa, Ampliação e For-talecimento da Rede Municipal de Ensino – Mais Educa-ção São Paulo.

nº 54.416 (DOC de 03/10/2013, página 01) - intro-duz alterações na destinação dos recursos depositados emconta especial para pagamento dos precatórios que espe-cifica, conforme previsto no Decreto nº 51.378, de 31 demarço de 2010, nos termos do artigo 97 do Ato das Dis-posições Constitucionais Transitórias, introduzido pelaEmenda Constitucional nº 62/2009.

LEIS

nº 15.883 (DOC de 05/11/2013, página 01) - dispõesobre a implantação do sistema Universidade Aberta doBrasil - UAB no âmbito do município de São Paulo, voltadoà oferta de cursos e programas na modalidade a distância,mediante a criação e manutenção de polos de apoio pre-sencial, nos termos e condições que especifica.

nº 15.881 (DOC de 25/10/2013, página 01) - dispõesobre a formação do Grupo de Defesa Civil Escolar nasescolas municipais e Centros de Educação Infantil da cida-de de São Paulo.

PORTARIAS

nº 6.340 - republicação (DOC de 07/11/2013, pági-nas 27 a 29) - institui as Matrizes Curriculares para asEmefs, Emefms e Emebss.

nº 6.258 (DOC de 07/11/2013, página 14) - dispõesobre a pontuação dos profissionais de educação docen-tes, lotados e/ou em exercício nos Cemeis, Emeis, Emefs,Emefms e Emebss da SME.

nº 6.192 (DOC de 30/10/2013, página 11) - convocartodos os professores orientadores de sala de leitura darede municipal de ensino e um bibliotecário do CEU paraparticipar do seminário Projetos de Leitura e Práticas Pe-dagógicas.

nº 5.941 (DOC de 16/10/2013, páginas 16 a 18) - es-tabelece normas complementares ao Decreto nº 54.454,de 10/10/13, que dispõe sobre diretrizes para elaboraçãodo Regimento Educacional das Unidades da rede munici-pal de ensino e dá outras providências.

nº 5.930 (DOC de 15/10/2013, páginas 13 e 14) - re-gulamenta o Decreto nº 54.452, de 10/10/2013, que insti-tui, na Secretaria Municipal de Educação, o Programa deReorganização Curricular e Administrativa, Ampliação eFortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo- “Mais Educação São Paulo”.

nº 5.780 (DOC de 05/10/2013, página 14) - dispõesobre a dispensa de ponto aos professores de Inglês dociclo I inscritos para participarem do curso “O ensino deLíngua Inglesa no ensino fundamental – ciclo I”.

NACIONAISSISTEMA TUDO INCLUSO

NATAL LUZ – SERRAS GAÚCHAS – 21/12 A 28/12/13VALOR: EM ATÉ 15 X R$ 223,00

RÉVEILLON NO RIO DE JANEIRO – 28/12/13 A 01/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X R$ 330,00

SERRAS GAÚCHAS – 03/01 A 10/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 223,00

JOÃO PESSOA – 03/01 A 10/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 254,00

CALDAS NOVAS – 04/01 A 10/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 130,00

FOZ DO IGUAÇU – 16/01 A 20/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 158,00

THERMAS DOS LARANJAIS (OLÍMPIA) – 08/01 A 13/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X R$ 123,00

SALVADOR COM MORRO DE SÃO PAULO – 11/01 A 18/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 254,00

CIDADES HISTÓRICAS MINEIRAS – 14/01 A 18/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 112,00

DELTA DO PARNAÍBA – 11/01 A 18/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 254,00

FORTALEZA COM JERICOACOARA – 11/01 A 18/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 254,00

FLORIANÓPOLIS – 11/01 A 18/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 116,00

LENÇÓIS MARANHENSES – 11/01 A 18/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 254,00

NATAL – 19/01 A 26/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 254,00

BÚZIOS – 23/01 A 29/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X DE R$ 173,00

INTERNACIONAIS

*RÉVEILLON NA DISNEY – 28/12/13 A 10/01/14*VALOR: EM ATÉ 15 X US$ 307,00

SISTEMA TUDO INCLUSO

PATAGÔNIA – 13/01 A 26/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X US$ 400,00

TERRA SANTA – 15/01 A 29/01/14VALOR: EM ATÉ 15 X US$ 400,00

MÉXICO – 17/01 A 01/02/14VALOR: EM ATÉ 15 X US$ 400,00

ÁFRICA DO SUL E ZIMBABWE – 27/02 A 12/03/14VALOR: EM ATÉ 15 X US$ 400,00

COLÔMBIA E PANAMÁ – 28/02 A 09/03/14VALOR: EM ATÉ 15 X US$ 330,00

MARROCOS – 14/03 A 26/03/14VALOR: EM ATÉ 15 X US$ 360,00

JAPÃO – 13/04 A 28/04/14VALOR: EM ATÉ 15 X US$ 800,00

BUENOS AIRES – 17/04 A 20/04/14VALOR: EM ATÉ 15 X US$ 128,00

URUGUAI – 17/04 A 20/04/14VALOR: EM ATÉ 15 X US$ 128,00

[email protected]

3329-4516

Informações sobreatualização cadastral, filiação,

desfiliação, cursos, certificados,declarações, convênios e outros.

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20 novembro de 2013

Mais informações sobre as colônias

pelo fone 3329-4521 ou e-mail

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COLÔNIAS: SINPEEM ORGANIZAA PROGRAMAÇÃO PARA 2014

SINPEEM PERUÍBE HOTEL

Avenida Santos Dumont, 596 - CEP 01101-080

Ponte Pequena - São Paulo - SP

Fone 3329-4500

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IMPRESSO

ESPECIAL

9912252003/DR/SPM

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Mudou-se

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Não existe o número indicado

Falecido

Ausente

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Reintegrado ao Serviço Postal em ______ /______ /______

Em ______ /______ /______ _____________________responsável

Informação escrita pelo porteiro ou síndico

Durante todo o ano, o SINPEEM realiza atividades nas colô-

nias de Peruíbe, litoral Sul de São Paulo, e de Ibiúna, a 90 quilô-

metros da Capital.

Em Peruíbe, o hotel funciona durante o ano inteiro, de quar-

ta a domingo, para atender aos associados. O local, de frente

para o mar e próximo ao centro comercial da cidade, oferece

ótima infraestrutura, com estacionamento, piscinas, salão de

jogos, fitness, saunas, hidro-spa e churrasqueira.

Em Ibiúna, prevalecem o conforto e a tranquilidade, com

piscinas, quadra poliesportiva, campo de futebol, salão de jo-

gos, além de oferecer passeios de barco e caiaques.

AGENDA DE 2014

O SINPEEM está finalizando a agenda de 2014, com

a programação completa das colônias de Ibiúna e Pe-

ruíbe, com os feriados, festas e day use, procedimen-

tos para reservas e regulamentos dos hotéis (instru-

ções para o associado e critérios para inscrição).

Como ocorre todos os anos, assim que a agenda

do SINPEEM for concluída e impressa será enviada pe-

los Correios a todos os associados.

PODE SER ABERTO PELOS CORREIOS