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C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É “O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-o por sobre os telhados” (Mt 10,26). Distribuição Gratuita Ano CIII - Edição nº 2.115 - Julho/Agosto 2012 www.diocesedetaubate.org.br O LÁBARO Pág. 10 a 13 A PRÓXIMA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE É VERDE E AMARELA. E A DIOCESE DE TAUBATÉ ENTRA EM CAMPO, NA EXPECTATIVA PARA JMJ RIO 2013. Tradicional Festa de São João Batista é realizada em Caçapava. Pág. 08 Festejando a redução do número de católicos. Pág. 17 Dom Eugênio de Araújo Sales: a serviço do Evangelho e da promoção humana. Pág. 5 Setembro é mês dedicado a Biblía. Saiba mais. Pág. 06

Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

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1O LÁBAROComunicação a serviço da fé

• C O M U N I C A Ç Ã O A S E R V I Ç O D A F É •

“O que vos digo ao pé do ouvido proclamai-opor sobre os telhados” (Mt 10,26).

Distribuição GratuitaAno CIII - Edição nº 2.115 - Julho/Agosto 2012w w w. d i o c e s e d e t a u b a t e . o rg . b r

O LÁBARO

Pág. 10 a 13

A PRÓXIMA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE É VERDE E AMARELA. E A DIOCESE DE TAUBATÉ ENTRA EM CAMPO,

NA EXPECTATIVA PARA JMJ RIO 2013.

Tradicional Festa de São João Batista é realizada em Caçapava.

Pág. 08

Festejando a redução do número de católicos.Pág. 17

Dom Eugênio de Araújo Sales: a serviço do Evangelho e da promoção humana. Pág. 5

Setembro é mês dedicado a Biblía. Saiba mais.Pág. 06

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2 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

“Aos anciãos que estão entre vós,

exorto, eu, que também sou ancião com

eles e testemunhas dos sofrimentos de

Cristo, eu, participante da glória que

se há de revelar: Apascentai o rebanho

de Deus que vos é confiado, velando

por ele, não por coação, mas de bom

grado, como Deus o quer; não por co-

biça, mas por dedicação. Não exerçais

um poder autoritário sobre aqueles que

vos couberam por partilha; mas tornai-

vos modelos do rebanho. E quando

aparecer o pastor supremo, recebereis

a coroa imperecível de glória. Vós tam-

bém, jovens, sede submissos aos an-

ciãos. E todos, no vosso trato mútuo,

revesti-vos de humildade, porque Deus

resiste aos soberbos, ao passo que aos

humildes dá a sua graça.” (1 Pd 5, 1-5)

1 – O tema do Bom Pastor perpassa a

Escritura praticamente do Gênesis ao

Apocalipse. Constantemente o Senhor

incrimina os maus pastores e louva

os bons. Mas dada a reincidência dos

maus, quer sejam reis, sacerdotes ou

até profetas, o Senhor vai retomar seu

rebanho. Fê-lo então através de Jesus

Cristo - O Bom, o Belo Pastor: o Pas-

tor nato. Ele veio, assumiu o pastoreio,

foi ao encontro das ovelhas, tratou as

doentes, enfaixou as machucadas, bus-

cou as tresmalhadas e levou-as a boas

pastagens. Como outrora, o Senhor

colocou à frente de Israel – Moisés -, e

lhe deu assessores, assim, hoje, Ele age

em seus prepostos: Os Papas, Bispos e

Presbíteros. Ele os chama, e está presen-

te em suas vidas, mesmo quando, não

haja a devida colaboração. Envia-os

como discípulos, operários (Mt 20.04),

pescadores ou operários. Fica claro que

os envia para servir, como Ele serviu..

Dá-lhes uma missão. Envia como quem

dá ordens: “Ide” (cf. Mt 28.19). Portan-

to, não de qualquer modo. Ide como

testemunhas (At 1.8), servidores e não

como mercenários ou dominadores.

2 - Olhando para Cristo, O Supremo

Pastor, e para São João Maria Vianney,

nosso grande modelo e padroeiro, até

que ponto somos bons pastores? Cristo

deu sua vida, amando, servindo, e as-

sim cumprindo sua missão. São João

Maria Vianney assumiu a comunidade

de A´rs, uma verdadeira favela paro-

quial e a tornou a Paróquia mais famo-

sa da França e da Igreja de então. Foi

ao encontro do rebanho e este o buscou

com grande confiança, porque conhe-

cia sua voz. Qual foi a causa de tanto

sucesso? Era ele um notável teólogo?

Não! Grande orador sacro? Por certo,

não! Atração, como pessoa, fisicamen-

te? Indubiamente, não! Por que então?

Ele era um homem de Deus. Orante.

Servidor, testemunha e discípulo fiel.

Era um santo.

3 - O que ele tem a dizer-nos, hoje?

Penso que, entre as muitas coisas:

a) O pastor deve ser despojado, como

o Mestre. Este nasceu, viveu evangeli-

zando, e morreu pobre. Cristo aprendeu

no sofrimento a fidelidade plena a Deus

(Hb 5.7).

b) Deve ser obediente ao Pai e à Igre-

ja, para o bem do Reino - o bem maior.

c) Deve ser transparente, sincero, ve-

raz, amoroso, servidor e puro de coração.

Mais: seu culto não pode ser como o dos

sacerdotes da Antiga Lei, ou o de tantos

em nossos tempos, mas uma oblação

amorosa e filial da própria vida no exer-

cício da missão sacerdotal (Hb 10.5 ss).

4 - Como somos vistos nós, hoje? Tenho

a impressão que tenhamos, às vezes,

medo de constatarmos o que se pensa

de nós, até porque frequentemente de-

monstramos dificuldades para valorizar

a necessária e indiscutível colaboração

dos leigos. Falhamos na constituição

de um presbitério fraternal, e tememos

confrontar-nos conosco mesmos, até

em retiros. O rebanho de Cristo parece

estar, não poucas vezes, confuso ou ex-

posto a lobos e mercenários, sem a devi-

da e necessária defesa.

- Como agiria São João Maria Vian-

ney, hoje?

- O que teria a nos dizer ou mos-

trar? Não o explanarei para deixar

a cada qual o mais amplo e pes-

soal aprofundamento do tema.

5 – Por que nos últimos anos os Papas

tanto insistiram em falar da fé ou até de

Ano da Fé? (cf. Paulo VI e Bento XVI)..

Em Ano Paulino? Em Ano de São João

Maria Vianney? Nossos sensores não

detectaram a mudança de época, de

paradigma? Vimos sensíveis diferen-

ças na convivência humana, mas não

seu real impacto e perigo para o Cris-

tianismo. Vivemos em época de visível

crise de valores e não a percebemos?

Trata-se de inegável crise de fé. A ver-

dade tornou-se subjetiva e o relativis-

mo está apresentando suas exigências,

quando não, sua ditadura. O mundo

ficou quase insensível aos valores cris-

tãos, e novas denominações religiosas

surgem quais cogumelos. A juventude

com a Igreja - sem ela ou contra ela –

vai sobrevivendo. E a família? A vida

religiosa? Escândalos existem somente

fora da Igreja? Não! Acontecem tam-

bém entre nós – ministros ordenados:

A VOZ DO PASTOR

MENSAGEM SOBRE O DIA DO PADREDom Carmo João Rhoden, scj

- EXPEDIENTE

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DA DIOCESE DE TAUBATÉAvenida Professor Moreira, nº 327 – Centro – Taubaté/SP. CEP 12030-070Diretor: Pe. Kleber Rodrigues da SilvaEditor e Jornalista Responsável: Pe. Jaime Lemes, msj – MTE 62.839 / SPConselho Editorial: Pe. Kleber Rodrigues, Pe. Silvio Dias, Mons. Marco Silva, Henrique Faria, Eliane Freire e Fausto Macedo.Revisão: Eliane FreireProjeto Gráfico: Fausto MacedoImpressão: Katú Editora GráficaTiragem: 5.000 | Distribuição dirigida e gratuitaContatos: Tel.: (12) 3632-2855 / ramal: 216 (Redação) E-mail: [email protected]

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores, não emitem necessariamente a opnião deste veículo.

O LÁBAROComunicação a serviço da fé

até em nossa Diocese? Sejamos sensí-

veis e perspicazes em responder.

6 – Não quero questionar muito –

pois, no fundo, sabemos o que se pas-

sa. As análises de conjuntura eclesial o

mostraram e a mídia sensacionalista,

com prazer, o veicula. O dia de hoje não

é, antes de tudo, um dia de exame de

consciência, pois lembramos um vence-

dor: O Cura D´Ars. É dia de louvor a

Deus. De agradecimento. De encontro

fraternal no mês vocacional. Nossa Dio-

cese tem coisas muito positivas. Partin-

do desta constatação, é que vemos nos-

sas lacunas, não tanto para lamentá-las,

mas como desafios para serem enfrenta-

dos e superados fraternalmente. Temos,

até, alguém que foi membro de nosso

presbitério, enquanto presbítero, depois

como Bispo Diocesano, e agora como

Servo de Deus. Ele viveu e morreu pelo

Reino de Deus, para que nossa Diocese

pudesse assumir a proposta do Vaticano

II; e nós, hoje, conseguirmos, pela Nova

Evangelização, fazer mais discípulos

e missionários. Feliz encontro para to-

dos! Abençoado mês Vocacional! E que

Dom José Antônio do Couto, interceda

por nós!

Page 3: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

3O LÁBAROComunicação a serviço da fé

DA REDAÇÃO

Semana Nacional da Família trata da Família no âmbito do trabalho

Durante a semana (12 a 18 de agosto) aconteceu a Semanal Na-cional da Família em todo Brasil. Desde pequenas comunidades paroquiais, até arquidioceses in-teiras, refletiram sobre a temática da família, a partir do tema: ‘A Família: o trabalho e a festa’. A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), organizou um texto a partir das Catequeses prepara-tórias ao 7º Encontro Mundial das Famílias, que trata da famí-lia no âmbito do trabalho, como uma contribuição na reflexão. Família e o trabalho:

Hoje, o mercado do trabalho obri-ga não poucas pessoas, principal-mente se são jovens e mulheres, às situações de incerteza constante, impedindo-os de trabalhar com a estabilidade e segurança econô-mica e social. Impondo “regras” individualistas e egoístas às gera-ções mais jovens na formação de uma família, e às famílias, a gera-ção e a educação dos seus filhos. O trabalho é o gesto de justiça com que as pessoas participam no bem da sociedade e con-tribuem para o bem comum. A oportuna “flexibilidade” do tra-balho, exigida pela chamada “glo-balização”, não justifica a perma-nente precariedade de quem tem

na sua única “força trabalho” o recurso para assegurar para si mes-mo e para a sua família o necessá-rio para viver. Previdências sociais e mecanismos de proteção ade-quados devem fazer parte da eco-nomia do trabalho, a fim de que sobretudo as famílias que vivem os momentos mais delicados, como a maternidade, ou mais difíceis, como a enfermidade e o desem-prego, possam contar com uma razoável segurança econômica. Os ritmos de trabalho contem-porâneos, estabelecidos pela eco-nomia consumista, limitam até quase anular os espaços da vida comum, sobretudo em família. O perigo de que o trabalho se torne um ídolo é válido também para a família que esquece de Deus, dei-xando-se absorver completamen-te pelas ocupações mundanas, na convicção de que nelas se encontra a satisfação de todos os seus dese-jos. Isto acontece quando a ativi-dade de trabalho detêm o primado absoluto das relações familiares e quando ambos os cônjuges bus-cam apenas o lucro econômico e depositam a sua felicidade uni-camente no bem-estar material. O justo equilíbrio de trabalho exige que todos os membros da família tenham discernimento acerca das opções domésticas e profissionais: no trabalho domés-tico, todos os membros da famí-lia são convidados a colaborar, e

não somente as mulheres e a ati-vidade profissional não diminua o relacionamento familiar. Infe-lizmente, atualmente, a ideologia do lucro e do consumo impedem muitos membros da família a bus-carem, com sabedoria e harmonia, o equilíbrio entre trabalho e famí-lia. A condição da vida humana prevê para a família cansaço e dor, sobretudo no que diz respeito ao trabalho para o próprio sustento. No entanto, o cansaço derivado do trabalho encontra sentido e alí-vio quando é assumido não para o enriquecimento egoísta pesso-al, mas sim para compartilhar os recursos de vida na lógica cristã, dentro e fora da família, espe-cialmente com os mais pobres. No que se refere aos filhos, às vezes os pais “pecam“ ao evitar que os filhos enfrentem qualquer dificuldade. Pois, essa prática pode tornar os filhos incapazes de assumirem num futuro pró-ximo suas responsabilidades. Aos pais e filhos deve-se sempre recordar que a família é a pri-meira escola de trabalho e gra-tuidade, onde se aprende a ser responsável por si mesmo e pelos outros. A vida familiar, com as suas tarefas domésticas, ensina a apreciar o cansaço e a fortale-cer a vontade em vista do bem-estar comum e do bem recíproco.

Precisamos promover políti-cas públicas e sociais que colo-quem no centro o ser humano e salvaguardem a criação para garantir a dignidade huma-na/familiar e o justo equilíbrio do trabalho na vida familiar. Além é claro de uma atenção aos pobres, uma dimensão da famí-lia saudável, que é uma das mais bonitas formas de amor ao próxi-mo, que uma família possa viver. Saber que mediante o próprio tra-balho se ajuda aqueles que não dispõem do que lhes é necessário para viver, fortalece o compromis-so e sustêm no cansaço. E mais ainda quando a família se empe-nha com a promoção da justiça social colaborando para que as políticas públicas tenham como centro a pessoa humana desde do início ao fim natural da sua vida. Dessa forma a família se torna um sinal de contradição da pro-priedade egoísta da riqueza e da indiferença pelo bem comum. Os membros da família ainda são convidados a oferecer aqui-lo que possuem a quantos nada têm, compartilhar com os pobres as próprias riquezas, procurando reconhecer que tudo o que recebe-mos é graça, e que na origem da nossa prosperidade existe um dom de Deus, que não pode ser con-servado para nós mesmos, mas há de ser dividido com os outro.

“Os ritmos de trabalho contemporâneos, estabelecidos pela economia consumista, limitam até quase anular os espaços da vida comum, sobretudo em família.”

Fonte: CNBB

Page 4: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

O LÁBAROComunicação a serviço da fé4

No dia 15, quando a Igreja celebrava a Assunção de Nossa Senhora ao céu, o Papa Bento XVI rezou a oração mariana do Angelus junto aos fiéis que foram a Castel Gandolfo neste dia, que é feriado na Europa. Antes da oração, ele explicou que a festa da Assunção é uma realidade que toca também nós, por dar orientações. “Mas a Assunção é uma realidade que toca também a nós, porque nos indica de modo luminoso o nosso destino, o da humanidade e da história”, disse. Retomando o que já havia ilustrado na Missa desta manhã, o Papa sintetizou a ideia de que, depois da morte, não há o vazio, mas o abraço amoroso de Deus. Por isso, a festividade de hoje, para o cristão, é “estritamente ligada à Ressurreição”. Bento XVI recordou aos mais de 3 mil fiéis reunidos no pátio da residência que a proclamação do dogma da Assunta ocorreu em 1950 com o Papa Pio XII e, brevemente, citou a tradição das Igrejas ortodoxas russas, que fala

de ‘Dormição’ e não de Assunção. Encerrando, o Papa lembrou um trecho da Constituição conciliar Lúmen Gentium: “Maria, depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Ela cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada”. Após a oração, o Papa fez breves saudações em algumas línguas. Hoje foi a vez também do português: “Saúdo cordialmente os fiéis brasileiros de Umuarama e Paranavaí e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, as maiores bênçãos divinas. Deixai Cristo tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo! Ide com Deus”.

SOB O OLHAR DA FÉ

Papa afirma que a Assunção nos indica o futuro da humanidade

Fonte: CNBB

O dia a dia de nossas Paróquias e Comunidades é marcado por diversas atividades que caracterizam a ação evangelizadora da Igreja e as quais damos o nome de Pastoral.

A atividade pastoral desenvolvida dentro de uma Igreja tem como referência a pessoa de Jesus Cristo que se coloca como o Bom Pastor, em João 10. Ali o Cristo de cada uma, as protege, mas também vai atrás daquela que se perdeu. Trabalhar pastoralmente na vida da Igreja é ter claro esta missão, de anunciar, testemunhar e trilhar um caminho de intimidade com Jesus Cristo. Não basta uma série de atividades. Um autêntico trabalho pastoral se desenvolve associando ação e espiritualidade.

O agente de pastoral deve ter claro que “toda ação eclesial brota de Jesus Cristo e se volta para Ele e para o Reino do Pai” (DGAE 2011-2015, n. 4). Deste modo, cada pastoral ou movimento existente precisa ter um foco, uma meta, um objetivo: conduzir as pessoas ao conhecimento de Jesus Cristo.

Outro passo importante que cada pastoral deve dar é superar a ideia de somente “a sua” pastoral é importante. A meta não é essa, mas trabalhar a unidade na diversidade, uma pastoral complementa a outra como forma de testemunhar a multiplicidade dos dons e carismas.

Que a cada mês construamos um caminho de reflexão sobre a Vida Pastoral de nossa Igreja e mais especificamente em nossa Diocese. Que o Cristo Bom Pastor, esteja junto de cada agente de pastoral.

A importância da PastoralPe. Kleber Rodrigues da Silva

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O LÁBAROComunicação a serviço da fé 5

Faleceu no dia 09 de julho um dos maiores expoentes da Igreja Católica do Brasil, Dom Eugênio Sales.Grande evangelizador que esteve a frente da Arquidiocese do Rio de Janeiro por três décadas.Alto, magro transmitindo aos seus interlocutores a imagem de um asceta. Dom Eugênio de Araújo Sales quis na sua juventude ser um engenheiro agrônomo. Não obstante ser filho de um Desembargador,não se sentiu atraído pela carreira jurídica.Nasceu em Acari-RN, em 8 de novembro de 1920.Filho de Celso Dantas Sales e Josefa de Araújo Sales. Ao terminar o curso secundário no Colégio Marista, despertou para a vida sacerdotal.Em Fortaleza-CE,cursou filosofia e teologia no antigo Seminário da Prainha. Desde então, ficou comprovado que era um homem de inteligência prática. Antes que alguém terminasse de lhe expor uma teoria,ele já estava pensando na sua implementação.

Ordenado sacerdote em 1943,foi nomeado co-adjutor da paróquia de Nova Cruz-RN,onde passou um ano. Esta experiência pastoral lhe ensejou um contato vivo e direto com a realidade do meio rural.Desde esta época, ficou evidenciado que sua vocação de agrônomo não morrera,apenas assumira outra forma de ser. Em meados de 1944 foi trabalhar em Natal, onde logo organizou a Juventude Masculina Católica(JMC). A marginalidade social que se intensificava na capital do Rio Grande do Norte, após a II Guerra Mundial,mereceu dele e de sua equipe um intenso trabalho de assistência e promoção social na periferia da cidade,voltado para os

pobres,os velhos,os menores abandonados e às jovens cujo comportamento moral poderia conduzi-las à prostituição.

Em 1946 iniciou um trabalho junto aos presídios. Nas suas constantes viagens ao interior para angariar recursos para a Obra das Vocações Sacerdotais,o então Pe. Eugênio começou a tomar consciência da miséria e abandono em que viviam as populações rurais nordestinas. Esta sua preocupação culminou com a criação do Serviço de Assistência Rural (SAR) em dezembro de 1949, praticamente sem dinheiro,mas com muita vontade de trabalhar pelo homem do campo. O SAR foi, sem dúvida, o seu grande instrumento para captar recursos de entidades públicas e privadas. Em junho de 1951, realizou-se em Castel Gandolfo(Itália) o Congresso Rural Católico Internacional sob a presidência do Cardeal Pizzardo. O representante do Brasil neste Congresso foi o Dr. João Gonçalves de Souza,que depois viera a ser Superintendente da Sudene(1964-1966).

Por sugestão do Dr. João Gonçalves, o então Cônego Eugênio Sales resolveu promover as Semanas Rurais do Rio Grande do Norte.De 1951 a 1959 foram realizadas 14 destas semanas em várias cidades do Estado, visando elevar a produção,melhorar a qualidade dos rebanhos e, sobretudo, transmitir novas técnicas. Por ocasião destas Semanas Rurais eram abordados os problemas da reforma agrária, da habitação rural e da higiene pessoal e familiar. Como conseqüência destes encontros foi criada em 1951, com atividade até 1954,a Missão Rural Ambulante

que visava proporcionar às populações rurais assistência médico-dentária e educação sanitária. Em agosto de 1954, o Cônego Eugênio Sales foi eleito Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Natal. A partir de então,afastou-se da Polícia Militar do Rio Grande do Norte,onde durante vários anos exerceu a função de Capelão Militar. Desde 1952 ele vinha lutando para instalar uma Rádio-Escola em Natal. Uma vez obtida a concessão do canal de rádio, em 21 de maio de 1958, o Cônego Eugênio deu início, em agosto do mesmo ano, às Escolas Radiofônicas através da Emissora de Educação Rural.Pela primeira vez no Brasil, o rádio era usado pra educar o povo. Em 1960 havia na Diocese de Natal 300 escolas radiofônicas atingindo 5.000 alunos. O caráter inovador desta experiência despertou atenção de outros Bispos e do próprio Governo Federal.As Escolas Radiofônicas implantadas por D. Eugênio serviram de funcionamento ao Movimento de Educação de Base(MEB) criado pelo Decreto Federal n. 50.370/61. Em reconhecimento aos seus trabalhos, o Papa João XXIIII nomeou-o Administrador Apostólico de Natal,em janeiro de 1962. Além de instalar a Emissora de Educação Rural,pôs em circulação em 1962 o jornal A Ordem,fundado pela diocese de Natal em 1935, e que saíra de circulação em 1953. Contrastando com o passado ultraconservador deste jornal, Dom Eugênio o transformou-o num semanário com sede de justiça e de verdade,no período de 1962-65. Nenhuma injustiça social praticada,quer no campo quer na cidade, escapou à

análise deste jornal. Em 1964 foi nomeado administrador apostólico da Arquidiocese de São Salvador da Bahia até 29/10/1968,quando da sua nomeação a Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil,pelo Papa Paulo VI. Quando Arcebispo de salvador,foi um dos criadores das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e da Campanha da Fraternidade.Foi um dos primeiros bispos brasileiros a implantar o Diaconato Permanente. Em 28 de abril de 1969, Dom Eugênio foi nomeado Cardeal. No dia 13 de março de 1971, o Papa Paulo VI o nomeou Arcebispo do Rio de Janeiro,função que exerceu até 25 de julho de 2001. Assumiu a defesa de refugados políticos dos regimes militares latino-americanos entre 1976 e 1982. Certa vez Dom Eugênio falou a esse respeito: “Pensei e rezei toda a noite . Aí decidi: abram os portões”. Ligou para o I Exército e avisou: “Sou responsável por eles. ”Mais de quatro mil refugiados latino-americanos foram acolhidos por Dom Eugênio nos anos 70. Agia em silêncio para salvar da prisão e da tortura centenas de pessoas. Setenta e oito anos de sacerdócio e cinqüenta e oito anos de episcopado realizando aquilo que expressou o Papa Bento XVI “apontando a todos a senda da verdade na caridade e do serviço à comunidade, em permanentemente atenção pelos mais desfavorecidos.Dom Eugênio viveu aquilo que expressou em seu lema episcopal: “Gastarei e gastar-me-ei por inteiro por vós”. Encontrou em Cristo sua vida.

*José Pereira da Silva é historiador e professor

Dom Eugênio de Araújo Sales: a serviço do Evangelho e da promoção humana

IGREJA

Prof.José Pereira da Silva

Page 6: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

6 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

DIOCESE EM FOCO

VIII CAMINHADA VOCACIONAL DIOCESANA MARCA O MÊS VOCACIONALO Serviço de Animação

Vocacional (SAV) da Diocese de Taubaté promoveu no último dia 19 de agosto (Domingo da Assunção de Nossa Senhora) a VIII Caminhada Vocacional Diocesana. O evento foi um grande e significativo momento de encontro fraterno, além de se celebrar todas as vocações da Igreja. Junto com todos os movimentos eclesiais atuantes em nossa Diocese, cada qual com seu público-alvo específico, com os religiosos e religiosas, com as nossas Paróquias e Comunidades, enfim, todos procuraram se fazer presentes para celebrar o Mês Vocacional. Os movimentos de juventude presentes na diocese fizeram toda a diferença neste ano. 80% do público presente na caminhada foram de jovens. Avaliando o evento podemos constatar que o SAV (Pastoral Vocacional) conseguiu cumprir com seu papel dinamizador da vida vocacional na Igreja como um todo, procurando auxiliar na promoção e incentivo de todas as vocações no seio de nossas comunidades. Este ano nossa Caminhada Vocacional foi motivada pelo tema do Ano da Fé e impregnada pelo espírito de preparação para a Jornada

Mundial da Juventude. O evento reuniu centenas de pessoas de toda a diocese manifestando assim a comunhão que edifica a Igreja e nos faz todos discípulos do mesmo Mestre Jesus, que a todos nos chama para segui-lo e estar com ele.

A caminhada teve início às 08h30, na Praça da Igreja Santa Luzia, em seguida Pe. Leandro Santos dirigiu algumas palavras sobre vocação e deu início a caminhada que seguiu até a avenida do povo onde aconteceu um belíssimo momento de Adoração e bênção do Santíssimo Sacramento, em seguida a caminhada continuou seu percurso até a Igreja Sagrada Família para a Missa Solene que foi presidida pelo Exmo. Sr. Bispo Diocesano Dom Carmo João Rhoden,SCJ, que na sua homilia salientou a importância das vocações na Igreja e parabenizou o trabalho que vem sendo realizado na diocese.

Ao final da Santa Missa o Pe. Leandro Santos (Assessor Diocesano do SAV/PV) dirigiu algumas palavras de agradecimento a todos os que participaram da caminhada bem como à equipe organizadora do evento.

Setembro, mês da Biblía

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ulga

ção

A Igreja no Brasil celebra co-mumente os meses temáticos dentro de sua prática litúrgica e pastoral. Setembro é conhecido como o Mês da Bíblia, no qual muitas comunidades organi-zam-se para aprofundar o senti-do não só do livro sagrado, mas da Palavra de Deus anunciada, celebrada, vivida e acontecida. Neste ano a proposta apresen-tada e preparada pela Comis-são Episcopal Pastoral para a

Animação Bíblico-Catequética aponta-nos a seguinte temática: “Discípulos Missionários a par-tir do Evangelho de Marcos” e o lema: “Coragem, levanta-te! Ele te chama” (Mc 10,49). Den-tro deste contexto temático, o Mês da Bíblia vem como uma oportunidade clara às nossas comunidades de responder aos anseios das Diretrizes da ação evangelizadora: “Não se tra-ta, por certo, de nos voltarmos para a Palavra de Deus como atitude momentânea, fruto do atual período da história. Trata-se de redescobrir, mais ainda, que o contato profundo e vivencial com as Escrituras é condição indispensável para encontrar a pessoa e a mensa-gem de Jesus Cristo e aderir ao Reino” (DGAE n. 46). Toda dinâmica assumida deve levar

os batizados a um compromis-so efetivo com a Palavra En-carnada e consequentemente com a tarefa missionária da Igreja. Sentir-se encorajado e nutrido para o trabalho pasto-ral e provocado ao testemunho do grande valor e sentido de ser um discípulo missionário. Não nos faltam pistas para cele-brar efetivamente este mês, seja através dos grupos de reflexão, dos círculos bíblicos, da leitura orante. O importante é não res-tringir o Mês da Bíblia ao gesto litúrgico de entronizarmos a Sa-grada Escritura em nossas cele-brações, mas irmos além, dando à comunidade a oportunidade de ouvir, acolher, degustar e testemunhar o Verbo Encarna-do. Cada comunidade é cha-mada aprofundar o seu disci-pulado e perceber que este mês

deve trazer a animação bíblica da pastoral e assim “conduzir a uma iluminação bíblica de toda a vida” Esses dias tornam-se uma oportunidade clara de colocar em prática as pistas de ação apontadas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2011-2015. Ouçamos o convite que nos é feito: “Coragem, le-vanta-te. Ele te chama”, afinal a “Igreja no Brasil quer investir cada vez mais na formação de todos os católicos para que, nas mais diversas formas de segui-mento e missão, sejam agentes deste contato vivo, apaixonado e comprometido com a Palavra de Deus” (DGAE n. 92). Que o Espírito Santo abra os nossos corações dando-nos a oportu-nidade de fazer como a Virgem Maria, acolhedora do Verbo Di-vino.

Pe. Kleber Rodrigues da Silva

Page 7: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

7O LÁBAROComunicação a serviço da fé

DIOCESE EM FOCO

Retorno do Recesso Acadêmico

Datas confirmadas de Ordenações

Presbiterais

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ção

Desde o dia 07/08, temos a graça de contar com uma Psicóloga no Seminário, trata-se da Sra. Kátia Andraus Moutinho da Paróquia Santo Antônio de Lisboa, que se dispôs ao atendimento dos seminaristas diocesanos de ambas as casas, sendo esse um objetivo de nossa formação. A psicóloga Kátia é formada pela UNITAU em Psicologia – 1987. Atua no Hospital Universitário de Taubaté como Psicóloga

Hospitalar em atendimentos à pacientes internados e externos e atualmente ocupa a Diretoria de R.H. do H.U.T. Nosso Seminário já possui uma sala de orientação psicológica que favorece tal atividade e que agora efetivamente vai ser utilizado. Agradecemos a preocupação do Conselho de Formação e damos as boas-vindas à Sra. Kátia que nos acompanhará daqui por diante.

Atendimento Psicológico nos Seminários Diocesanos

Com grande alegria, já no nosso retorno, o diácono Jesus de Aguiar Silva da Diocese de Lins e residente no Seminário Diocesano de Teologia – Cura D’Ars -, comunicou a data de sua ordenação presbiteral que se dará em 12 de janeiro p.v. Também ficou oficial a data de ordenação presbiteral do diácono Celso Luiz Longo para o dia 08 de dezembro p.v. em sua terra natal, São Luiz do Paraitinga. Partici-pamos da alegria de ambos e desde já os colocamos em nossas orações para que tudo transcorra bem e para que sejam sempre fiéis ao chamado do Senhor.

Nossa Diocese de Taubaté trabalha efetivamente

pela formação dos futuros Padres. Sinta-se responsável

pela edificação das Vocações.Participe da Coleta para as Vocações a ser realizada nos dias 25 e 26 de agosto em todas as missas de nossas

Paróquias e Comunidades. Através dela podemos formar novos Pastores para o Rebanho do Senhor

Participe e no momento da procissão das oferendas se sinta parte

deste projeto divino!

Agradecemos sua generosa oferta!

O retorno oficial dos semi-naristas ocorreu dia 30 de ju-lho e foi no dia 31, terça-feira, que as atividades voltaram ao normal. Pela manhã foi reali-zado um grande mutirão para pôr a casa e as coisas em or-dem, depois o almoço em co-munidade e no meio da tarde a reunião oficial de planejamen-

to de semestre com o Sr. Rei-tor. Às 18h celebramos a Eu-caristia em nossa capela sob a presidência do Pe. Junior, nosso reitor e a assistência dos três diáconos residentes: Alexandre, Celso e Jesus do 4º ano de Teologia. Seguiu-se o jantar novamente em comu-nidade. Amanhã será a vez do

primeiro dia letivo do semes-tre na Faculdade, sendo que cada elemento vai se ajeitan-do e a rotina sendo retomada. É motivo de alegria perceber a passagem do tempo, termos refeito as energias no recesso acadêmico, e voltar dispostos a continuar a caminhada com determinação e afinco! No dia

em que fazemos memória de Santo Inácio de Loyola, como bem enfatizou Pe. Junior: “É preciso buscarmos o essencial sem desprezar o cultural, e o essencial é Deus, é a experi-ência de encontro com a Ver-dade que é Jesus, a Sabedoria que sempre devemos buscar!”

Page 8: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

8 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

DIOCESE EM FOCO

Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda inicia Ano Jubilar.

No dia 15 de junho, na Igreja Matriz de São João Batista, teve início a Novena preparatória para a Festa do seu padroeiro.

No início da Missa foi lido Decreto de Dom Carmo João Rhoden, bispo de Taubaté, promulgando um Ano Jubilar

para a Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda. O Decreto explicou o motivo da comemoração e o que significa o Ano Jubilar. Na tradição bíblica, a cada 50 anos, celebrava-se um jubileu, um ano da graça de Deus. O Ano Jubilar em comemoração ao segundo centenário da Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda, iniciado no dia 15 de junho de 2012, será encerrado no dia 24 de junho de 2013, com uma Missa Solene, ocasião em que será dada indulgência plenária aos fiéis que dela participarem, estando preparados espiritualmente.

Nessa celebração de abertura,

presidida por Dom Carmo, estiveram presentes ainda, vários padres e diáconos que atuam na cidade de Caçapava, autoridades públicas como o Prefeito Municipal, Eng. Carlos Vilela e o Comandante da 12ª Brigada, Gal. Antunes, a Vice-prefeito, Dona Darcy Breves, a Primeira Dama, Dona Eunice Borsoi Vilela, além de secretários municipais e vereadores. Fiéis da paróquia, vindos das várias comunidades filiais e de outras paróquias da cidade também compunham a assembleia celebrativa que encheu a Igreja Matriz naquela noite.

Festa de São João Batista 2012

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As homenagens a São João Batista, titular da Igreja Matriz e patrono de Caçapava, começaram no dia 15 de junho. Como pede a tradição, as festividades foram abertas com a novena preparatória, a qual durou até o dia 23 do mesmo mês. Todas as noites, a partir das 18 horas, o povo reunia-se na Igreja Matriz para rezar o terço e entoar a ladai-nha do santo. Depois, tinha início a Santa Missa celebrada com sole-nidade e abrilhantada com a pre-sença da Irmandade de São João, pelos festeiros que traziam seus convidados, por corais e novenei-ros que compareciam conforme a programação. Cada noite, a Missa era presidida por um sacerdote di-ferente. Outros eventos marcantes da nove-na foram a procissão do Mastro, a Festa São João de Caçapava, a pro-cissão do Carro de Bois e o Bingão de São João. Logo após a Missa de abertura da novena, saindo da Praça da Matriz, uma pequena pro-cissão foi organizada com homens levando o Mastro com a Bandeira de São João, o qual foi levado até

o lugar onde aconteceu a Festa São João de Caçapava. Lá chegando, o Mastro foi erguido, uma imagem de São João Batista, trazida pela Irmandade de São João, foi entro-nizada numa pequena capela ali erguida e a Festa desse ano de 2012 foi declarada oficialmente aberta.Na sua sexta edição, a Festa São João de Caçapava, realizada pela Prefeitura Municipal de Caçapava, reuniu 24 entidades benemerentes da cidade. Cada entidade tinha a sua barraca, oferecendo ao públi-co, a culinária típica de festa junina e da tradição festiva de Caçapava. Elemento mais popular dessa tra-dição é o bolinho de quermesse. Produto típico caçapavense, esse bolinho feito com farinha de man-dioca, água, sal, carne moída e cheiro verde, nasceu na década de 30, durante a quermesse da Festa de São João Batista, concorrendo para levantar fundos em prol da reforma da Igreja Matriz, um em-preendimento audacioso do Pe. José Monteiro. Esse bolinho, como tem sido nesses últimos seis anos, é o principal item oferecido na Bar-

raca da Igreja Matriz, recebendo o nome de Bolinho de São João. Todas as noites da festa, o povo fez fila para saborear a principal atra-ção culinária das quermesses em Caçapava. No dia 23 de junho, véspera da festa, aconteceram a procissão do carro de bois e o bingão de São João. Retomada a 21 anos atrás, a procissão do carro de bois, recorda os tempos em que, na festa de São João, o povo da roça vinha à cidade para comemorar o santo padroeiro. A viajem era feita em carro de boi, muitos vinham trazendo prendas para serem leiloadas na quermes-se, em frente à Igreja Matriz. Hoje, essa tradição é continuada por al-guns sitiantes da zona rural da ci-dade. O Centro de convivência da Terceira Idade Viva a Vida se en-carrega de ornamentar os carros e animar a procissão. Na frente da Igreja Matriz o padre abençoou sal, que foi distribuído aos condutores e depois foram abençoados os ani-mais e os participantes do cortejo, o qual prosseguiu animado pelas ruas da cidade indo até o lugar da

Festa São João de Caçapava, na Avenida Brasil.Nesse mesmo dia, a partir das 13 horas, sempre no recinto da Festa São João de Caçapava, foi realiza-da a terceira edição do Bingão de São João. Foram sorteados 21 prê-mios, entre eles uma moto Honda 125 e dois aparelhos de TV LCD, um de 42 e outro de 32 polegadas. Uma pequena multidão lotou a praça de alimentação do local da festa. Enquanto jogavam o bingo, as pessoas consumiam os alimen-tos oferecidos nas barracas. A Bar-raca da Igreja Matriz oferecia uma deliciosa feijoada, a qual foi toda consumida. Mais uma vez o Bin-gão de São João foi um sucesso. A solenidade da Natividade de São João Batista nesse ano foi ce-lebrada num domingo. Na Igreja Matriz foram celebradas as Missas nos horários costumeiros. No palco da festa de São João, o pároco cele-brou Missa na intenção das entida-des participantes e por seus volun-tários e por todos os envolvidos na festa. exultando de alegria, gritava vivas a são João Batista.

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9O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Muitos fiéis comparecem a cidade de Tremembé pelo menos uma vez por ano para agradecer ou pedir graças ao senhor bom jesus. Estas visitas são esperadas no dia 6 de cada mês, data dedicada a devoção, sendo a festividade maior dia 6 de agosto de cada ano receben-do milhares de devotos vindos de todos os lugares. Lotaram a igreja em todas as missas ce-lebradas a cada 2h no espaço provisório da basílica, sendo a primeira as 6h da manhã. A cidade presenciou um momen-to de fé e amor ao Bom Jesus de maneira há muito tempo não vista e foi presenteada com a abertura do ano jubilar dos 350 anos da presença da imagem do Senhor Bom Jesus

em Tremembé, decretado por Dom Carmo João Rhoden. A leitura do decreto ocorreu no inicio da missa campal, em frente a Basílica, às 18 horas, , logo após a procissão, pre-sidida pelo Bispo Diocesano Dom Carmo João Rhoden e concelebrada pelo Bispo emé-rito com Antônio Afonso de Miranda que emocionado ca-rinhosamente parabenizou Pe. José Vicente pela organização e todo povo de Tremembé pela linda festa. Também conce-lebraram os padres, reitor e pároco padre José Vicente, o vigário paroquial, padre José Batista da rosa, Pe. Alan Rudz de carvalho rebelo, pároco, e Pe. Ricardo Luiz Cassiano, vi-gário paroquial, ambos da pa-

róquia São José em Tremem-bé, o pároco da paróquia São Cristóvão de Pindamonhanga-ba, Sebastião César Moreira, Pe. Àlvaro Mantovani (Tequi-nho), os diáconos Elizeu José Santos da paróquia Bons Jesus e João Bosco da Silva Ramos da Paróquia São Vicente de Paulo, Pindamonhangaba/SP. A imagem dos fiéis emociona pelo fervor nos olhares, nos gestos e na voz de quem canta e louva o senhor. Toda essa be-leza foi acompanhada durante toda a novena que contou com a presença de bispos na presi-dência das celebrações. a pre-paração liturgia esmerada deu maior brilho as festividades sendo elogiada a participação da assembléia por todos os bis-

pos, podendo citar as palavras de Dom Vitório Pavanello, bis-po de campo grande, “é emo-cionante participar de tão bela devoção ao Senhor Bom Jesus.Tremembé está de parabéns”. a parte social foi inovada com a abertura do espaço família na praça da basílica e o espaço juventude na praça de eventos, permanecendo a tradicional barraca bom jesus e os janta-res família na antiga estação. a festa que acontece desde o inicio da presença da imagem do Senhor Bom Jesus é toma-da por ares de alegria e fé num momento em que a família e a tradicional devoção são valori-zadas por todos.

DIOCESE EM FOCO

A centenária festa do Senhor Bom Jesus de Tremembé

SAV organiza Retiro Vocacional em São Sebastião

No primeiro final de sema-na de agosto, mês especial-mente dedicado às vocações, o SAV (Serviço de Animação Vocacional) da Diocese de Taubaté promoveu o retiro para os vocacionados, can-didatos ao Seminário no ano que vem. Infelizmente falta-ram alguns, devido não po-derem ter sido dispensados do trabalho. Contudo, foram

dias muito produtivos de re-flexão e discernimento para os jovens que aspiram à vida sacerdotal.

Este ano o retiro foi na Casa da Congregação das Ir-mãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, em São Sebastião e ministrado pelo Pe. Leandro Santos e auxi-liados pelos seminaristas da diocese.

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Aconteceu no dia 03 de ju-nho na festa litúrgica da San-tíssima Trindade a inaugura-ção da Igreja de Cristo Reino bairro do Padre Marcelo em Caçapava-SP, comunidade da Paróquia Nossa Senhora da

Boa Esperança, com a presen-ça do Excelentíssimo e Reve-rendíssimo Sr. Bispo Diocesa-no Don Carmo João Rhoden. Mais um conjunto da Admi-nistração Unificada da Paró-quia.

Igreja de Cristo Rei é Inaugurada em Caçapava.

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10 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Um simpático senhor de 84 anos chega ao Aeródromo Cuatro Vien-tos (Madri – Espanha). Ali o aguar-dam uma multidão de mais de meio milhão de jovens de todas as idades e diversas nacionalidades. A cena aconteceu em um sábado de agosto de 2011, na edição passa-da da Jornada Mundial da Juventu-de. O senhor em questão é Joseph Ratzinger, ou, mais precisamente, Sua Santidade, Papa Bento XVI.O sucessor de Pedro permane-ceu em oração com aquela mul-tidão de jovens por algumas horas, e os exortou: “Queridos jovens, não vos conformeis com nada menos do que a Verdade e o Amor, não vos conformeis com nada menos do que Cristo.”

Esse amor a Cristo vem impulsio-nando, ainda hoje, um número cada vez maior, milhares de jo-vens, na preparação e nos eventos que antecedem a próxima Jorna-da Mundial da Juventude. Des-sa vez, no Brasil: a JMJ Rio 2013

O começo

Na Praça de São Pedro, no Vatica-no, em 1984, o Papa João Paulo II entregou aos jovens ali reunidos, uma Cruz de madeira. Era uma vigília jovem em come-moração ao ano jubilar chamado Ano Santo da Redenção, que lem-brou os 1950 anos da morte de Je-sus Cristo e reuniu mais de 300 mil jovens, vindos de diversos países. No ano seguinte, Ano Internacio-nal da Juventude, segundo a ONU, os jovens do mundo todo voltaram

a se encontrar com o papa em São Pedro. Nascia, dos corações de João Paulo II e daqueles jovens, a vontade de que esses encontros se repetissem. Assim ficou combinado. Estava criada a Jornada Mundial da Ju-ventude.“Meus queridos jovens, na con-clusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anun-ciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a reden-ção” (Sua Santidade João Paulo II, Roma, 22 de abril de 1984).Aquela Cruz, com pouco mais de 3 metros de altura, percorreu, e continua a percorrer, cada país que sedia a Jornada Mundial da Juven-tude, junto de um ícone, um tipo de pintura, dado aos jovens por João Paulo II, em 2003. O ícone de Nos-sa Senhora é uma cópia contempo-rânea de um antigo e sagrado íco-ne, encontrado na primeira basílica dedicada a Maria, Mãe de Deus, no Ocidente: a basílica de Santa Maria Maior.Dois símbolos da fé católica que percorreram milhares de quilô-metros e se encontraram com inú-meros jovens de diferentes países, hoje percorrem as Dioceses de todo o Brasil, mobilizando e emo-cionando os jovens brasileiros.

Bote Fé

As chamadas edições do “Bote Fé” e as diversas manifestações po-

pulares e religiosas para acolher a Cruz e o ícone de Nossa Senhora já ocorreram em quase metade do país, e, até julho, a expectativa é de que percorram todo o Brasil.É possível acompanhar a trajetória da Cruz peregrina pelas dioceses

do Brasil por meio de um aplicativo eletrônico, o “ Siga a Cruz” desen-volvido especialmente para a JMJ, por meio do computador ou celu-lar. (Ver quadro abaixo)Aqui em nossa Diocese, a Cruz e o ícone permanecerão dos dias 01 a 07 de abril de 2013, estando pre-visto o evento “Bote Fé” para o domingo, dia 07, Festa da Divina Misericórdia. A expectativa e os pre-parativos para a JMJ no Brasil

Em julho de 2013, o papa Bento XVI e milhares de jovens peregri-nos do mundo todo desembarcam no Brasil para participar do maior evento religioso do mundo. Após 25 anos da Jornada de Buenos Ai-

res, a Jornada Mundial da Juven-tude testemunhará, novamente na América Latina, a presença mun-dial de uma Igreja viva, jovem e em constante renovação.No último domingo do mês pas-sado, após a tradicional oração do

Ângelus, no pátio do Palácio Apostó-lico de Castel Gan-dolfo, o Papa Bento XVI disse aguardar com esperança esse encontro com a ju-ventude no Rio de Janeiro. “Trata-se de uma preciosa ocasião para tantos jovens experimen-tarem a alegria e a beleza de pertencer à Igreja e de viver a

fé.”, ressaltou o Pontífice.E o Rio de Janeiro já se prepara para receber os peregrinos. “Famí-lias Acolhedoras” já estão sendo cadastradas para receber em casa os jovens de outras nacionalidades. Esta semana, foram divulgados também os nomes dos voluntários brasileiros aprovados para auxiliar os peregrinos no Rio. Em oração, as “Vigílias dos Jovens Adorado-res” antecipam o clima da JMJ, com a musicalidade, a alegria e a sensibilidade que são típicas do povo brasileiro.A oração oficial da JMJ Rio 2013 foi lançada em julho passado,faltando exatamente um ano para o início do evento. (Veja a oração na ínte-gra) O hino oficial será lançado na cha-mada “Festa da Aventura da Cruz”,

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primeira cruz peregrina

De Madrid para o Brasil. Rio de Janeiro sediará a Jornada Mundial da Juventude em 2013.Por Rodrigo Fernandes e Patricia Martins

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11O LÁBAROComunicação a serviço da fé

no dia 14 de setembro, data em que a Igreja celebra a Exaltação da San-ta Cruz. Para esse grande evento, a Santa Missa e a Vigília dos Jovens Adoradores será realizada, pela pri-meira vez, fora do Santuário Nacio-nal de Adoração Perpétua, a Igreja de Sant’Ana. O lugar escolhido foi a paróquia Nossa Senhora da Con-ceição, no bairro Santa Cruz, que será espaço de vários Atos Centrais da JMJ, da Vigília e da Missa de Envio com Bento XVI.O arcebispo metropolitano do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tem-pesta, ressalta que todos os cariocas estão de braços abertos, assim como o Cristo Redentor, esperando pelos peregrinos para o evento. “Brasilei-ros e estrangeiros serão todos cida-dãos cariocas de 23 a 28 de julho do próximo ano.”, conclui Dom Orani.

“Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (cf.Mt 28, 19)

Este é o lema proposto pelo papa Bento XVI para a Jornada em solo brasileiro, durante a audiência ge-ral no dia 24 de agosto de 2011, dias após a Jornada em Madri ter sido concluída.Foram dois milhões de jovens que, com alegria, testemunharam a Cris-to nos dias de jornada madrilena; e ouviram as palavras proferidas pelo Papa Bento XVI em sua mensagem final de agradecimento, que os re-nova no chamado “...a serem o fer-mento que faz a massa crescer...”, a levarem “...ao mundo a esperança que nasce da fé”. Por ocasião, o Papa Bento XVI ain-da ressaltou aos jovens: “Sede ge-nerosos ao dar um testemunho de vida cristã, especialmente em vista da próxima Jornada no Rio de Ja-neiro”.“Para o padre Geraldo Dondici Vieira, diretor do Departamento de Teologia da PUC-Rio, esse é um lema para ser guardado no coração, refletido e meditado. “Esse tema, de fazer discípulos, de chamar ou-tros discípulos para a comunhão e o convívio com o Senhor, é o tema mais querido do Evangelho de Ma-teus. Esse mandato, essa missão já está anunciada em todo o Evange-lho. E, na verdade, só faz discípulo quem já é discípulo, quem convive com o Senhor”, afirmou o sacerdo-te.” *

CONCEIÇÃO APARECIDAPROTETORA DA IGREJA E DAS FAMÍLIAS!

No ano 1717, três pescadores, ao lançarem a sua rede para pescar nas águas do rio Paraíba, encontra-ram a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Devido aos muitos milagres realizados e aumento da devoção foi proclamada padroeira do Brasil em 1930 e anos depois foi erguida, em sua homenagem, uma grande basílica que acolhe milhões de peregrinos todos os anos. A JMJ a invoca como Protetora da Igreja e das famílias! OraçãoMãe de Deus e Senhora minha, rogai incessantemente por mi-nha família que hoje consagro a vós! Amém.

SÃO SEBASTIÃOSOLDADO E MÁRTIR DA FÉ!

Sebastião preferiu a fidelidade a Cristo a toda e qualquer honra ci-vil e militar e, por esse motivo, foi expulso dos quadros do exército e morto na perseguição de Dioclecia-no no ano 300. Vemos destacar-se na vida do Santo a sua valentia e amor ao Senhor Jesus. A JMJ o in-voca como Soldado e mártir da fé! OraçãoQue vossa intercessão alcance-me a graça de obedecer mais a Deus do que aos homens, tor-nando-me um soldado de Cristo. Amém.

SANTO ANTÔNIO DE SANTA-NA GALVÃOARAUTO DA PAZ E DA CARI-DADE!

Nasceu em Guaratinguetá em 1739. Da família com grandes re-cursos e possibilidades, renunciou a tudo e ingressou na ordem Francis-cana. Pregador da paz e da carida-de com palavras e obras, tornou-se modelo de entrega. Seus milagres começaram ainda em vida, distri-buindo pílulas feitas por suas pró-prias mãos, que geravam grandes curas. O invocamos como arauto da paz e da caridade!

Oração oficial da JMJ 2013

Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por

Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações.

Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jo-

vens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a

Igreja precisa no Terceiro Milênio.

Ó Cristo, Redentor da humanida-de, Tua imagem de braços abertos

no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos

conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens,

que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita

misericórdia para percorrer os ca-minhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.

Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua

Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens

para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude,

levem aos quatro cantos do mun-do a fé, a esperança e a caridade,

tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os prota-

gonistas de um mundo novo.

Amém

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Patronos da JMJ 2013

OraçãoIntercedei para que, a vosso exem-plo, eu promova a paz e a caridade em todos os momentos de minha vida. Amém.

SANTATERESA DE LISEUXPADROEIRA DAS MIS-SÕES!

Santa Teresinha do Menino Jesus nasceu na França, em 1873. Aos 15 anos, entrou num Mosteiro Carmelita, lugar onde viveu com humil-dade, simplicidade sua plena confiança em Deus. Foi pro-clamada padroeira das mis-sões em 1927, por seu profun-do desejo de ser missionária e sua disposição de oferecer tudo pelo bem dos demais. A JMJ a invoca como Padroeira das missões! OraçãoConcedei-me, por vossa in-tercessão, o ardor missioná-rio para levar Jesus a todos os povos! Amém.

BEATO JOÃO PAULO IIAMIGO DOS JOVENS!

O Papa João Paulo II, o Grande, foi o criador da Jor-nada Mundial da Juventude em 1984. Considerado como o Papa dos jovens esforçou-se no diálogo com eles e convidou-os a reconhecer o seu lugar e missão dentro da Igreja. Seu pontificado foi du-radouro e ajudou a conduzir os cristãos, tendo como base as inspirações do Concilio Vaticano II. Lutou até o úl-timo momento de sua vida compartilhando conosco sua felicidade de entregar-se to-talmente a Cristo e à Virgem Maria. O invocamos como amigo dos Jovens! OraçãoConfio-me a vossa interces-são a fim de viver sincera-mente a amizade com Cris-to e com os irmãos. Amém.

PADROEIROS DA JMJ 2013

Page 12: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

12 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Padre Cleber, como o Setor Juven-tude tem se organizado para a JMJ Rio 2013?

O setor tem realizado eventos de oração pela JMJ Rio 2013, além de eventos de preparação, organizan-do-se como setor, fortalecendo a união da Igreja jovem em Taubaté, representada pelas diferentes pasto-rais e movimentos que compõem o setor. Dessa forma, divulgando as diferentes maneiras como nossos jovens podem ser Igreja em nossa diocese, o setor espera aderir à gran-de convocação do papa Bento XVI para a JMJ Rio2013 “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”.Já realizamos reuniões com repre-sentantes de grupos e movimentos, reunião de formação, com no Do-cumento Sobre a Evangelização da Juventude (documento 85 da CNBB). Marcamos a presença da Igreja jovem na festa de Bom Jesus de Tremembé, durante as 17 noi-tes de festa, e promovemos uma grande noite de oração, a Noite das Portas Abertas, que aconteceu em todas as matrizes de nossa diocese, trazendo ao Brasil o movimento Nightfever.E muitos eventos já estão previstos, aqui na diocese, para este segundo semestre de 2012 e para o início de 2013. E novos eventos podem ser propostos ao Setor,conforme a ini-ciativa dos grupos. Estes são alguns dos eventos previstos:- Vigília pela JMJ 2013- Estruturação das comissões de preparação da JMJ- Noite do Taizé- Presença na Festa de Caçapava- Reuniões da organização da JMJ para lideranças de grupos juvenis- Dia Nacional da Juventude 21/10- Participação na 4ª Peregrinação

Nacional da Juventude a Apareci-da 15/11- Presença da Cruz e Ícone de Nos-sa Senhora - 1-7 de abril de 2013- Bote Fé – na semana da presença da cruz e ícone de Nossa Senhora na Diocese- Semana Missionária de 15-21 de julho de 2013

- É correto afirmar que o Setor Juventude começa a se estrutu-rar, em nossa Diocese, em virtu-de dos eventos da JMJ? Diante disso, como estão os preparativos referentes à estrutura do Setor, à formação de seus membros?

Podemos, sim, dizer que a JMJ 2013 é uma grande motivação para estruturarmos o Setor Juventude, de acordo com as orientações da CNBB. Todos nós estamos apren-dendo esta nova metodologia de trabalho. Felizmente, temos mui-tos jovens interessados em partici-par desta nova organização. O Se-tor Juventude é uma organização para aproximar os grupos. Uma formatação para que os grupos e movimentos saibam e participem daquilo que os outros grupos estão fazendo e como estão caminhando.

- Fale um pouco mais sobre o tra-balho que vem sendo realizado nos últimos meses. Quanto à formação, por exemplo, qual a importância do documento 85 da CNBB para estruturar esse setor em nossa Dio-cese?

Já estamos trabalhando na organi-zação do Setor. Em junho passado tivemos oportunidade de participar da formação sobre o Documen-to 85 da CNBB sobre a Evangeli-zação da Juventude. Atualmente,

nossas estruturas de organização parecem não mais responder aos anseios dos grupos. Como dinami-zar nossas atividades? Como levar jovens para o compromisso com a Igreja? O que fazer para que nossos grupos e movimentos se tornem atrativos para os jovens? Estas são perguntas sobre as quais também tratamos. Ficou muito mais clara, para os participantes do momento de formação, a proposta da CNBB. Enquanto Diocese, sob orientação do nosso bispo, queremos cami-nhar juntos e sem timidez. Todos com um mesmo objetivo: mostrar o rosto vivo e jovem da Igreja.

- Os jovens que quiserem ser vo-luntários, ajudando nos eventos da diocese, como podem participar?

Os voluntários que quiserem nos ajudar nos eventos na diocese de-vem estar engajados em algum gru-po ou movimento. Todos os nossos eventos são comunicados aos gru-pos e a partir deles organizados.

- O Setor está constituindo comissões para acompanhar e dar suporte aos trabalhos? Como essas comissões são formadas e como será articula-do o trabalho integrado entre elas?

Para participar das comissões de organização do Setor Juventude, os jovens também precisam estar engajados em grupos juvenis, mo-vimentos e paróquias. Temos uma pequena comissão central que se reúne para traçar os planos e ativi-dades. Na comissão central do Se-tor devem participar os coordena-dores de grupos e movimentos que têm representação diocesana. Esta estrutura é a primeira que quere-mos criar e a partir dela refletir so-

bre a melhor forma de fazer chegar aos grupos todas as informações e orientações.

- O envolvimento dos jovens, movimentos, grupos da Dioce-se que constituem o Setor Ju-ventude tem sido satisfatório?

Ainda estamos começando a or-ganizar o Setor. O envolvimento ainda precisa ser melhorado com o compromisso principalmente dos coordenadores. É fundamental a participação nas reuniões. É indis-pensável o compromisso. Vemos que quando os coordena-dores participam, se encontram, as informações chegam mais facil-mente até as bases dos grupos, as-sim como as sugestões de todos, de cada grupo, podem ser debatidas e contribuir para que o Setor Juven-tude represente melhor a Igreja jo-vem da Diocese.

- O Setor da nossa diocese estará presente no Rio de Janeiro, du-rante a JMJ, com alguma função específica, ajudando em algo?

Nós participaremos da JMJ, no Rio, sem função específica enquan-to Setor. Vários jovens da Diocese que se inscreveram como volun-tários no Rio foram selecionados. Eles participarão ativamente dos trabalhos e serão nossa contribui-ção enquanto Diocese de Taubaté.

- Existe ou existirá algum trabalho do Setor voltado para motivar os grupos de jovens da nossa Diocese a participar da JMJ no Rio de Janeiro?

Já estamos criando eventos moti-vacionais. Cada vez mais, os jovens querem saber como será o encon-

A diocese de Taubaté se prepara para a JMJ Rio 2013. Saiba como participar, nesta entrevista com o coordenador do Setor Juventude, Pe. Cleber Sanches, scj.

ENTREVISTA

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13O LÁBAROComunicação a serviço da fé

ntro, o que tem sido feito, como participar, como ir até o Rio. Creio que a motivação vai crescer, cada vez mais, na medida em que eles participam dos eventos programa-dos. É a primeira vez que o maior evento católico jovem da Igreja acontece no Brasil.

- Quanto ao jovem que sente von-tade em participar da JMJ, viver esse momento lá no Rio de Janeiro; qual a primeira iniciativa que ele deve tomar? Como deve proceder?

A primeira iniciativa é procurar um grupo juvenil para se engajar. Es-tando em um grupo, fica mais fácil participar. Assim, o jovem irá para o Rio com esse grupo, que perma-necerá sempre junto. As inscrições para a JMJ 2013 serão feitas por grupos. Se em última instância o jovem não participa de nenhum grupo e mesmo assim quer ir para a JMJ, ele pode fazer a inscrição indi-vidual. As inscrições e informações oficiais estão no site www.rio2013.com. Ao longo do semestre iremos divulgar mais informações aqui no Jornal diocesano e também na pá-gina do Setor Juventude de Tauba-té www.setorjuventude.com. Como os jovens da dioce-se podem entrar em conta-to com o Setor Juventude?

A partir deste segundo semes-tre contaremos com um escritó-rio do Setor Juventude na Cúria Diocesana. De lá coordenaremos o Setor. Este escritório funcio-nará também como a Central JMJ da Diocese de Taubaté.

Além disso, o jovem pode acom-panhar as ações do Setor, falar co-nosco e mandar suas sugestões pelo site www.setorjuventude.com, pelo e-mail [email protected]. Também é possível ficar por dentro de tudo e ainda participar conosco de momentos de reflexão e oração através das redes sociais. Facebook: Setor Juventude diocese

de Taubaté

Que mensagem o senhor gostaria de deixar aos jovens de nossa Diocese?

Deixo aos jovens que são, ao mes-mo tempo, o próprio Setor Juven-tude e a razão pela qual ele existe, a mensagem do papa João Paulo II, (que se encontra na integra ao lado)de cujo coração, que tanto amou os jovens, nasceu a Jornada Mundial da Juventude: “Precisamos de san-tos de calças jeans e tênis...”

Deus os abençoe,Pe. Cleber Sanches,scj*

ENTREVISTA

Precisamos de Santos sem véu ou batina.Precisamos de Santos de

calças jeans e tênis.Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.

Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se

esforcem na faculdade.Precisamos de Santos que tenham tempo

todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade,

ou que consagrem sua castidade.Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade

inserida em nosso tempo.Precisamos de Santos comprometidos

com os pobres e as necessárias mudanças sociais.

Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não

tenham medo de viver no mundo.Precisamos de Santos que bebam Coca-

Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem discman.

Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refrigerante ou comer pizza no

fim de semana com os amigos.Precisamos de Santos que gostem de cine-

ma, de teatro, de música, de dança, de esporte.

Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.

Precisamos de Santos que estejam no mundo e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos.

Jovens do mundo inteiro tenham a santa ousadia de serem

os santos do novo milênio.” (Papa João Paulo II)

Amém

CARTA AOS JOVENS

Beato João Paulo II

FIQUE LIGADO

www.rio2013.com/pt

www.setorjuventude.com

www.jovensconcetados.org.br

destrave.cancaonova.com JMM

201

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NET

*Padre Cleber Sanches,scj é

coordenador do Setor Juventude da

Diocese de Taubaté. Padre Dehoniano, professor universi-tário, e vigário da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na Vila São Geral-

do, em Taubaté.

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Page 14: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

14 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Temas importantes do Evangelho de Marcos (continuação)

E A PALAVRA SE FEZ CARNE

Pe. Mariano, scj*

(4) O CAMINHO DE JEUS EM MARCOS:

A estrutura fundamental de Marcos apresenta Jesus como aquele que caminha, o pregador itinerante, sempre em movimento. O conceito bíblico de caminho é muito rico: Abraão, Jacó, Moisés, o Povo de Israel... O caminho geográfico e material torna-se símbolo do caminho espiritual e ético. Em Jo 14,6 Jesus se apresenta: “Eu sou o Caminho”. Segundo Lucas, Jesus faz o caminho (Lc 9,51 – 19,28) e a própria comunidade eclesial é chamada como Caminho (At 9,2; 18,25.26; 19,9.23; 22,4; 24,14.22).Em Mc Jesus faz o caminho: junto a João Batista no Jordão; na Galileia e seus arredores; na Judéia e em Jerusalém. Por gestos e palavras, ao longo de seu caminho, Jesus espalha vida e bênção. Jesus que faz o caminho é também O Caminho. Atrás da estrutura geográfica esconde-se a estrutura temática sobre Jesus e seus discípulos. Jesus é o referencial para os tempos novos. Ele ensina, perdoa, cura, devolve a vida, enfrenta os que se arvoram em donos da religião... Também os discípulos caminham com Jesus. E o caminho material que

fazem é símbolo do caminho espiritual que trilham: conhecer Jesus, comprometer-se com ele, testemunhá-lo. Para eles, Jesus é o Cristo (Mc 8,9). Mas eles precisam aprender de que jeito ele é o Cristo. Essa verificação só pode ser feita depois da paixão: “Verdadeiramente este homem era Filho de Deus” (Mc 15,39). Lá, sim, fica evidente que ele é o Messias na linha do Filho do Homem e do Servo de Javé. Ao messianismo de Jesus está, pois, vinculado o tema do “segredo messiânico”.

(5) O SEGRDO MESSIÂNICO DE JEUSU: O que é, mesmo, o tal “segredo messiânico”? Quando Jesus opera prodigiosamente e as pessoas reconhecem sua extraordinária pessoa e ação, ele pede segredo. Jesus quer evitar que alguém o siga a partir de uma imagem equivocada. Quais são as ocasiões em que Jesus pede que não se diga quem ele é? Quando é que Jesus deseja que o segredo messiânico seja observado? São seis estas ocorrências: u Mc 1,25; 3,12 (Jesus rejeita a “confissão” dos espíritos impuros); v Mc 1,44 (após a cura do leproso); w Mc 5,43 (depois de ressuscitar a filha

de Jairo); x Mc 7,36 (ao curar o surdo-mudo); y Mc 8,30 (após a confissão de Pedro); z Mc 9,9 (depois da transfiguração).Quando, enfim, o segredo pode ser revelado? Quando Jesus tiver superado a tentação, a paixão e a morte e viver a vida plena com a ressurreição. Aí, sim, chegamos à sétima referência ao segredo messiânico: { Mc 16,15.20 (o segredo revelado, a ser testemunhado). Uma vez que se sabe quem Jesus é (o Messias) e de que forma o é (através da limitação humana que inclui a morte), então não é mais tempo de segredo. Agora é tempo de proclamar quem é Jesus e como conhecê-lo, segui-lo, amá-lo, testemunhá-lo.Reflexão a partir de Mc 3,13-15Para o mês vocacional convém visitar um texto de grande densidade vocacional que é o de Mc 3,13-15: O Senhor chama (vocação), congrega (comunhão) e envia (missão).a) Vocação/chamado: “Jesus subiu à montanha, chamou os que ele quis e foram até ele” (Mc 3,13). Montanha é o lugar de Deus. Do encontro com o

Pai, Jesus discerne e chama aqueles que ele quer. Eles foram até Jesus. Somos os chamados, vocados por Jesus. À proposta divina corresponde uma resposta humana. b) Acolher o convite de Jesus implica na convivência de outros também chamados: “Com-vocados, convocação”: “E constituiu Doze, para que ficassem com ele” (Mc 3,14a). A primeira e mais importante dimesão vocacional é estar com Jesus e com os outros também chamados, vocados. Somos convocados. Assim, a vocação pessoal desdobra-se em convocação comunitária. c) Do ser chamado e estar

com Jesus (vocação) e viver comunitariamente (convocação) brota a missão (provocação) tanto no falar quanto no agir, em nome do Senhor da. “Pro-vocados, provocação”: “Para enviá-los a pregar” (Mc 3,14b), “E terem autoridade

para expulsar os demônios” (Mc 3,15). Neste contexto é importante o duplo significado da palavra “provocação”: tanto interpelação e sinal desafiador para a sociedade, quanto vocação vivida pelos outros, em prol deles, a exemplo de Jesus que está no meio dos seus como aquele que serve (cf. Lc 22,27).

*Pe. Mariano, scj é doutor em Teologia, Mestre em Bília e Provincial da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Provincia Brasil Central)

LEITURAS DOS DOMINGOS DE AGOSTO

Dia 05 - Ex 16,2-4.12-15 / Sl 78 Ef 4,17.20-24 / Jo 6,24-35

Dia 12 - 1Rs 19,4-8 / Sl 34 Ef 4,40-5,2 / Jo 6,41-51

Dia 19 - Ap 11,19a . 13,1.3-6a.10ab Sl 44 / 1Cor 15,20-27a / Lc 1,39-56

Dia 26 - Js 24,1-2.15-18 / Sl 34 Ef 5,21-32 / Jo 6,60-69

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15O LÁBAROComunicação a serviço da fé

LITURGIA

Uso do Evangeliário em todas as celebrações Dominicais – Um luxo?

Dando continuidade à nossa reflexão sobre os ritos próprios da Liturgia da Palavra, neste mês refletiremos acerca da impor-tância do Evangelho. Iniciamos com uma citação da introdução do Lecionário:“Como a procla-mação do evangelho é sempre o ponto culminante da Liturgia da Palavra, a tradição litúrgica, tan-to no Ocidente como no Oriente, desde sempre estabeleceu uma certa diferença entre os livros das leituras. Com efeito, o Livro dos Evangelhos, elaborado com um maior cuidado, era adornado e gozava de veneração superior à dos demais livros litúrgicos. É, pois, muito conveniente que, também em nossos dias, pelo me-nos nas catedrais, nas paróquias e igrejas maiores e mais frequen-tadas, haja um Evangeliário, or-nado com beleza e distinto de qualquer outro livro de leituras”. (Introdução geral ao elenco das leituras na missa, nº 36) A pro-clamação do Evangelho cons-titui o ponto alto da liturgia da Palavra, para o qual a assembleia se prepara com as demais leitu-ras, na ordem indicada, isto é, a partir do Antigo Testamento até chegar ao Novo. Há como um “crescendo” até seu ápice: o pró-prio Cristo-Palavra que passa por entre os seus para anunciar-lhes palavras de vida eterna, aclama-do com o “aleluia”, o canto dos homens novos.

O uso do Evangeliário está prescrito pelo Missal Romano, pela Introdução do Lecionário, bem como pela recente Exorta-ção Apostólica Verbum Domi-ni de Bento XVI para todas as festas e solenidades – logo, para todos os Domingos do ano, pois todo Domingo constitui-se como solenidade! Nos ritos iniciais, na procissão de entrada de todas as missas dominicais e demais sole-

nidades e festas, o Evangeliário deverá ser transladado solene-mente à frente dos ministros

ordenados e depositado no centro do altar, seja pelo Diácono, seja, em sua falta, pelo primeiro Leitor. Tal prescrição encontra-se tanto no missal (82-84), quanto na Intro-dução geral do Lecionário nº 17. Essa deposição equivale pratica-mente a uma “entronização” (se-melhante à “exposição” do San-tíssimo Sacramento sobre o altar. Semelhante, não equivalente!).

Se na procissão de abertura da celebração o Evangeliário deve ser levado pelo Leitor, na falta do Diácono (ministro ordinário da proclamação do Evangelho), na procissão do altar até o ambão, durante o canto de aclamação a Cristo por meio do “Aleluia” con-vém que o livro seja tirado do altar por um diácono ou, se não houver diácono, por um sacerdote conce-lebrante ou então por aquele que preside, e seja levado ao ambão, acompanhado ou não pelos minis-tros que levam velas, incenso ou outro sinal de veneração a Cristo Palavra. O significado desse rito é claro: Quando o diácono ou sacer-dote tira o Evangeliário de cima do altar, sinal do Cristo, dá a entender de modo magnífico que as pala-vras que vai proclamar não são suas, mas de Jesus. “O Cristo fala, diz o Concílio (SC 7), quando se lêem as santas Escrituras”. É essa afirmação que o rito de exposição do Evangelho salienta majestosa-mente. O altar é também o centro da assembléia celebrante. É pois nesse centro que se enraíza a pa-lavra de Jesus. É desse centro que ela se irradia sobre a comunidade.

Neste momento também os fiéis estão de pé e entoam suas acla-mações ao Senhor com o canto do “Aleluia”. Ainda segundo as indicações contidas no Ordena-mento das Leituras da Missa, é bom valorizar a proclamação da Palavra de Deus com o canto, particularmente o Evangelho, de modo especial em determinadas solenidades. A saudação, o anún-cio inicial: “Evangelho de Nosso

Senhor…” e a exclamação final “Palavra da salvação”, seria bom sempre proferi-los em canto para evidenciar a grandeza do que será lido, exprimindo a importância da leitura evangélica e promovendo a fé dos ouvintes que mais uma vez aclamam o seu Senhor.Exposição permanente do Evan-geliário na Igreja: uma proposta do Sínodo dos Bispos, um pedido do papa Bento XVI

Particularmente significativa é a exposição do Evangelho na igre-ja antes da celebração: os fiéis, ao entrarem no templo, são assim de certo modo acolhidos pelo Cristo. Nesse espírito é que certas comu-nidades de ritos orientais conser-vam o Evangeliário entronizado no altar, mesmo fora das ocasiões de celebração. Seria excelente, que esse costume se generalizasse no nosso rito romano, cumprindo inclusive um mandato de nosso atual pontífice Bento XVI: “Os espaços sagrados, mesmo fora da ação litúrgica, revistam-se de elo-quência, apresentando o mistério cristão relacionado com a Palavra de Deus, dando-se atenção espe-cial ao ambão, enquanto local li-túrgico donde serão proclamadas as leituras. Além disso, os padres sinodais sugerem que, nas igrejas, haja um local de honra onde se possa colocar a Sagrada Escritu-ra mesmo fora da celebração. Re-almente é bom que o livro onde está contida a palavra de Deus te-nha dentro do templo cristão um lugar visível e de honra, mas sem tirar a centralidade que compete ao sacrário que contém o santíssi-mo sacramento” (Verbum Domini 68). Uma alternativa seria ter jun-to à entrada principal de nossas Igrejas um espaço estável, digno e belo que expusesse o Evangeliário diuturnamente, e deste local fosse transladado pelo diácono ou pelo Leitor no início de cada celebra-ção Dominical até o altar.

Pe. Roger Matheus dos Santos*

*Pe. Roger Matheus dos Santos é acessorde Liturgia da Diocese de Taubaté

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Page 16: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

16 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

*Henrique Faria - Caçapava-SP

Lições de Londres 2012.Henrique Faria

DE OLHO NA REALIDADE

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Não se pode dizer que o Bra-sil decepcionou nas Olimpíadas de Londres. Quem acompanha o país há cinqüenta ou sessenta anos em suas participações olím-picas não espera mesmo mui-ta coisa dos atletas brasileiros. Não pela política que o poder pú-blico desdenha com relação ao esporte amador, mas muito mais por uma cultura nacional que privilegia o esporte profissional – destaque-se aqui o futebol – e se lembre dos esportes genuinamen-te olímpicos de quatro em quatro anos. Eu falo de esporte amador. Não de esporte olímpico, que, malgrado o choro dos atletas olím-picos perdedores, é, sim, ampara-do pela iniciativa governamental. As modalidades que mais se des-tacam nos embates olímpicos são, geralmente, dos esportes que nas-ceram e evoluíram nas elites, e que nem sempre correspondem às expectativas, como foi o caso da vela, do vôlei masculino e ou-tras modalidades. Daí a surpresa quando uma menininha do Piauí consegue, no primeiro dia de com-petições das Olimpíadas de 2012, uma medalha de ouro para o Bra-sil. Mas Sarah Menezes não che-ga a ser nenhuma surpresa para quem a acompanha desde 2006 quando passou a integrar a Bolsa-Atleta. Na verdade, não somente ela, mas muitos outros atletas po-bres são bancados por bolsas do governo brasileiro ou têm respal-do financeiro de grandes empre-sas estatais como a Caixa Federal, a Petrobrás, o Banco do Brasil. Não se pode criticar, como é hábi-

to brasileiro, a falta de apoio oficial para os atletas olímpicos. O proble-ma é que os resultados são pífios. A relação custo-benefício é de-sequilibrada. Não se engane o leitor com o bordão já gasto de que o esporte amador não rece-be a devida atenção do Poder público, se considerarmos es-porte amador as modalidades olímpicas que disputam as com-petições quadrianuais de maior visibilidade no mundo esportivo. É balela chamar de amador o es-porte olímpico. A grande maioria dos atletas são muito bem pagos e sustentados para disputarem as Olimpíadas. Aqui não me refiro, evidentemente, ao futebol e ao voleibol, que são verdadeiras mi-nas de ouro para os seus atletas. É uma hipocrisia chamar por ama-dor essas modalidades olímpicas. Ao esporte amador realmente o poder público não dá atenção. Inclua-se nessa categoria o es-porte praticado nas escolas pú-blicas. Professores de educação física são verdadeiros heróis para manterem acesa a chama do es-porte praticado pela competi-ção em si e não pelas medalhas. O esporte praticado nas escolas deve servir de apoio à educação formal que crianças e adolescen-tes recebem nas salas de aula.

Vêm como suplemento para a disciplina, a determinação, a co-ragem, o espírito de reabilitação e o moral elevado mesmo na der-rota, a humildade na vitória, cuja prática o adolescente levará para a vida para, mesmo vitorioso e bem sucedido, nunca menospre-zar aqueles que não atingiram o seu status de prosperidade. O esporte, nas escolas, funciona como educação para a solida-riedade. Quando se vê um Ri-valdo – que disputava a artilha-ria da Copa do Mundo de 2002 com Ronaldo – abrir as pernas para deixar a bola passar para que o Fenômeno fizesse o gol, o exemplo estava consagrado. In-felizmente, não existe no Brasil uma cultura de que a educação física seja matéria de educação. Evidentemente, não pelos profes-sores, que sonham em fazer des-sa matéria o que faz o professor de matemática, de português, de história ou geografia. Mas, aban-donados pelo descaso público, se veem em situação de inferiorida-de com a falta de equipamentos, de uniformes, de quadras decen-tes, de material esportivo e, prin-cipalmente, de tempo suficiente para que possam administrar

uma matéria de educação formal que venha a produzir cidadãos de verdade e não boleiros merce-nários que se espelham em ído-los de pano que recebem muito mais do que valem, como dizia o Barão de Itararé. E o pior: esses mercenários podem acabar sen-do pernas de pau e se tornarem políticos, o que passa a ser mui-to mais preocupante. A educa-ção física formal precisa ser vista com mais carinho pelo governo. O surgimento de um atleta olím-pico será um fenômeno natural, como surgem, de vez em quando, um Niemeyer das salas de mate-mática, um Jorge Amado das de português, um Marcos Pontes das de engenharia aeronáutica, um Marcelo Gleiser das salas de física.

*Herrique Faria é colaborador leigo e responsável por esta matéria

Page 17: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

17O LÁBAROComunicação a serviço da fé

REFLEXÃO

Na semana em que foi anun-ciada a redução do número de católicos, li muitos artigos de jor-nal festejando o “encolhimento” da Igreja Católica. A diminuição do número de católicos, caindo de 75% para 64% na última déca-da, foi apontada pela última pes-quisa feita pelo IBGE. Efusivos, muitos colunis-tas celebraram o decréscimo dos católicos e o crescimento dos evangéli-cos vaticinando alegres que nos próximos 10 anos os católi-cos serão 50% da população, devendo cair, no decênio se-guinte, para 40%. Mais que os números es-pantou-me a comemoração eufó-rica de tantos artigos comentando o fato. Li apenas um comentaris-ta manifestar preocupação com as consequências dessa mudança fazendo observações sobre intole-rância e liberdade da pessoa. Ao final dessa semana de celebrações por essa notícia triste para nós

católicos, os jornais noticiaram o falecimento de Dom Eugênio Sales, Cardeal Arcebispo Emé-rito do Rio de Janeiro. Agora, artigos e comentários fizeram o elogio desse que foi um clérigo extraordinário. Dom Eugênio Sa-

les destacou-se como membro da Igreja Católica no Brasil, contan-do entre os seus feitos principais, a criação da Campanha da Fra-ternidade que tanto bem tem feito não apenas à Igreja, como a toda sociedade brasileira no campo so-cial e no da justiça. Os elogios des-tacaram a atuação do cardeal em defesa dos direitos da pessoa frente

a um governo de exceção. As ma-nifestações enalteciam um eclesiás-tico, uma das figuras proeminentes da Igreja que contribuíram na defe-sa da liberdade e na promoção do bem em nossa sociedade. Os mes-mos jornalistas que festejavam a

redução do número de católicos e previam a diminuição da influência da Igreja na sociedade, rendiam-se ao fato histórico incontestável de que ela tem sido a voz dos que não tem voz nem vez e que seus repre-sentantes gastaram a sua vida pro-movendo o bem, colaborando deci-didamente por uma nação onde o direito é respeitado. Hoje, a liber-

dade de imprensa é devedora da luta desses homens de Igreja que, mesmo não sendo os únicos a de-fender a democracia, arriscaram a própria vida e a boa fama sem, po-rém, colocar em risco a liberdade, a segurança e a vida de outros. Os

últimos docu-mentos eclesiais trataram des-sa evasão de católicos. Ela-boraram teses para explicar o fato, avaliaram a prática pas-toral da Igreja, levantaram res-ponsabilidades e apontaram ca-minhos para a evangelização. Nem a festa feita pelos que se incomodam com a Igreja, nem nossos erros, nem a mudança de

hábitos ou a depreciação da vida espiritual podem ser motivo de de-sânimo para nós católicos. Antes, representam hoje, como foi nos pri-mórdios da Igreja, um desafio a ser enfrentado com coragem, humilda-de, ardor missionário e confiança

na graça de Deus.

*Pe. Silvio José Dias é Paroco na Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda emCaçapava-SP

Festejando a redução do número de católicos.Pe. Silvio José Dias*

Page 18: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

18 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

Os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica: um livro a serviço da fé .

Estamos comemorando 20 anos do lançamento do Catecismo da Igreja Católica,que o Papa João Paulo II entregou solenemente à Igreja no dia 7 de dezembro de 1992. O Catecismo é uma norma segura para a doutrina da Igreja, que deve ajudá-los a conhecer melhor,viver mais profundamente e transmitir a fé de forma mais convincente.É fundamental a Constituição Apostólica “Fidei Depositum” de João Paulo II que, a modo de introdução, apresenta o Catecismo caracterizando seu âmbito e seu valor: “Um catecismo deve apresentar com fidelidade e de modo orgânico o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição viva da Igreja e do Magistério autêntico como também a herança espiritual dos padres, dos santos e santas da Igreja a fim de permitir conhecer melhor o mistério cristão e reavivar a fé do Povo de Deus” (n.3).O valor doutrinal depende do conteúdo exposto: “ É uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, atestadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, Tradição Apostólica, Magistério da Igreja. Eu o reconheço como um instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial e como norma segura para o ensinamento da fé” (Fidei Depositum,4).Não se trata de um ‘catecismo universal”,como lembra o Papa: “Este Catecismo não se destina

a substituir os catecismos locais devidamente aprovados... Ele se destina a encorajar e ajudar a redação de novos catecismos que levam em conta as várias situações e culturas,guardando com cuidado a unidade da fé e a fidelidade à doutrina católica” (FD,4).O Catecismo divide-se em quatro grandes partes subdivididas cada uma em duas seções,valendo a primeira como introdução à segunda: 1) O Credo (Revelação e profissão de fé); A Liturgia(mistério pascal e sacramentos); A Vida em Cristo (moral e mandamentos);A oração Cristã (oração e Pai-nosso). O esquema é o mesmo do Catecismo de Trento promulgado em 1566 por S. Pio V.O Catecismo é fiel ao Vaticano II(1962-65), alcança alto nível teológico nas sínteses que apresenta dos grandes Documentos Conciliares Dei Verbum,Lumen G e n t i u m , S a c r o s s a n t u m Concilium. Fiel igualmente aos outros Concílios,situa-se muito bem nas grandes propostas,por elas feitas na elaboração da profissão de fé. A idéia de um Catecismo para a Igreja,que vinha amadurecendo desde o término do Vaticano II(1962-65), foi transformada em proposta pelo Sínodo extraordinário de 1985,reunido para celebrar o vigésimo aniversário do término do Vaticano II e para realizar um balanço de suas aplicações e de

seus resultados. A proposta do Sínodo direcionou, desde o inicio, o trabalho das comissões: “É desejo geral que seja redigido um Catecismo ou explicação global Doutrina Católica tanto sobre a fé quanto sobre a moral,que seja uma espécie de ponto de referência para os Catecismos ou exposições globais, que são compostos nos diversos países. A apresentação da doutrina deve ser bíblica e litúrgica, apresentando uma doutrina integral e, ao mesmo tempo, adaptada à vida atual cristã”. O Catecismo propõe-se,pois,a uma dupla tarefa: deve expor claramente a doutrina e,ao mesmo tempo,ajudar a viver mais profundamente e testemunhar mais decididamente essa fé. Doutrina e vida não podem se colocados em oposição. Como podemos amar sem compreender? A educação religiosa precisa ser também uma introdução à compreensão da fé. O mesmo conhecimento da fé fortalece ainda mais a confiança nesta mesma fé e consequentemente a confiança no caminho de vida que a fé nos ensina. O Catecismo parte de algo comum a todos os homens: a sua capacidade para Deus, a sua dimensão religiosa. O Catecismo parte do “inquieto coração” que, segundo Santo Agostinho,lhe foi dado por Deus. Com isso já de antemão se estabelece uma ponte para a parte moral, que encontra seu ponto de partida no anseio do homem pela felicidade. O Catecismo segue a profissão de fé batismal da Igreja de Roma,mas na sua explicação sempre faz referência ao chamado Símbolo Niceno-Constantinopolitano. O Catecismo mantém a estrutura trinitária da profissão de fé e também sua subdivisão tradicional em doze artigos. O Catecismo é um livro de fé para os transmissores da fé,uma ajuda para todos aqueles que querem conhecer melhor sua fé. Um livro a serviço da fé.

*José Pereira da Silva é historiador e professor

Prof. José Pereira da Silva

FUNDAÇÃO DOM JOSÉ ANTÔNIO

DO COUTO FUNDJAC

Fundação Dom Couto tem por finalidade, maior, trabalhar pela promoção, dignificação e inclusão de pessoas por meio de seus projetos socioculturais:

Conservação e manutenção em madeira policromada-a partir dos

18 anos/vagas 10;

Papel Marche –adulto e 3 idade- faixa etária a partir dos

18 anos/ vagas 10

Costumização- adulto e 3 idade- faixa etária a partir dos

18 anos/ vagas 10

Mosaico - adulto e 3 idade- faixa etária a partir dos 18 anos/ vagas 10

lauta doce- jovem a 3 idade- faixa etária a partir dos 18 anos/ vagas 10

Coral -infantil- faixa etária 8 a 12 anos/ vagas 10

Orquestra- fase inicial- faixa etária 8 a 12 anos / vagas 10

Camerata- crianças e jovens faixa etária entre 10 e 18 anos/ vagas 45

Cuidador de Idosos- faixa etária a partir dos 18 anos/vagas 20

As inscrições para os cursos já se encontram abertas. Para

maiores informações entrar em contato na sede da Fundação

Dom Couto ( Praça Barão do Rio Branco, 30 - ao lado

da igreja do Rosário) ou pelo telefone: 3622-1866 .

DIOCESE DE TAUBATÉ

Page 19: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

19O LÁBAROComunicação a serviço da fé

DIOCESE DE TAUBATÉ

Expediente

Decanatos / Decanos / Paróquias / PárocosDECANATO TAUBATÉ I - Decano: Mons. Marco Eduardo -------------- 3632-3316Catedral de São Francisco das Chagas – Mons. Marco Eduardo 3632-3316Nossa Senhora do Rosário (Santuário Sta. Teresinha) – Mons. José Eugênio 3632-2479São José Operário – Pe. Luís Lobato 3633-2388Santo Antônio de Lisboa – Côn. Elair Ferreira 3608-4908São Pedro Apóstolo – Pe. Fábio Modesto 3633-5906Nossa Senhora do Belém – Pe. Valter Galvão 3621-5170São Vicente de Paulo – Pe. Éderson Rodrigues 3621-8145

DECANATO TAUBATÉ II - Decano: Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864Sagrada Família – Pe. Arcemírio, msj 3681-1456Santa Luzia – Pe. Ethewaldo Júnior 3632-5614do Menino Jesus – Pe. Vicente, msj 3681-4334Nossa Senhora Mãe da Igreja – Pe. Emerson Ruiz, scj 3411-7424Nossa Senhora da Conceição (Quiririm) – Pe. Sílvio Menezes, sjc 3686-1864São Sebastião – Pe. Rodrigo Natal 3629-4535

DECANATO TAUBATÉ III – Decano: Pe. José Vicente 3672-1102Santíssima Trindade – Côn. Paulo César 3621-3267Sagrado Coração de Jesus – Pe. Aloísio Wilibaldo Knob, scj 3621-4440Senhor Bom Jesus (Basílica de Tremembé) – Pe. José Vicente 3672-1102São José (Jd. Santana-Tremembé) – Pe. Alan Rudz 3672-3836Espírito Santo – Pe. Antônio Barbosa, scj 3602-1250

DECANATO CAÇAPAVA – Decano: Pe. Sílvio Dias 3652-2052Nossa Senhora D’Ajuda (Igreja São João Batista) – Sílvio Dias 3652-2052Santo Antônio de Pádua – Pe. Décio Luiz 3652-6825Nossa Senhora da Boa Esperança – Côn. José Luciano 3652-1832São Pio X (Igreja de São Benedito) – Frei Deonir Antônio, OFMConv 3653-1404Menino Jesus – Pe. Luiz Carlos 3653-5903Nossa Senhora das Dores (Jambeiro) – Pe. Gracimar Cardoso 3978-1165São José Operário - Pe. Kleber Rodrigues da Silva 3653-4719

DECANATO PINDAMONHANGABA – Decano: Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Bom Sucesso – Côn. Luiz Carlos 3642-2605Nossa Senhora da Assunção (Igreja de São Benedito) – Pe. Celso Aloísio 3642-1320Nossa Senhora do Rosário de Fátima – Côn. Francisco 3642-7035São Miguel Arcanjo (Araretama) – Pe. João Miguel 3642-6977São Benedito (Moreira César) - Pe. José Júlio 3641-1928São Vicente de Paulo (Moreira César) - Côn. Geraldo 3637-1981São Cristóvão (Cidade Nova-Km 90 da Dutra) – Pe. Sebastião Moreira, ocs 3648-1336

DECANATO SERRA DO MAR – Decano: Côn. Amâncio 3676-1228Santa Cruz (Redenção da Serra) – Côn. Amâncio 3676-1228Nossa Senhora da Natividade (Natividade da Serra) – Côn. Joaquim 3677-1110Nossa Sra da Conceição (Pouso Alto-Natividade da Serra) – Côn Joaquim 3677-1110São Luís de Tolosa (São Luiz do Paraitinga) – Pe. Edson Rodrigues 3671-1848

DECANATO SERRA DA MANTIQUEIRA – Decano: Pe. Celso, sjc 3662-1740Santa Terezinha do Menino Jesus (Campos do Jordão) - Pe. Celso, sjc 3662-1740São Benedito (Campos do Jordão) – Pe. Vicente Batista, sjc 3663-1340São Bento (São Bento do Sapucaí) – Pe. Ronaldo, msj 3971-2227Santo Antônio (Santo Antônio do Pinhal) – Côn. Pedro Alves 3666-1127

Horário de MissasTAUBATÉPARÓQUIA DA CATEDRAL DESÃO FRANCISCO DAS CHAGASCatedral de São Francisco das ChagasMissa preceitual aos sábados: 12h / 16h. Aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 18h30 / 20hConvento Santa ClaraMissa preceitual aos sábados: 19h30.Aos domingos: 7h / 9h / 11h / 17h30 / 19h30Santuário da Adoração Perpétua (Sacramentinas)Missas aos domingos: 8h30Igreja de SantanaMissa no Rito Bizantino, às 9h30 aos domingosPARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIOMatriz: Santuário de Santa TeresinhaAos domingos: 6h30 / 8h / 9h30 / 17h / 19hMissa preceitual aos sábados: 19hPARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOMatriz: São José OperárioMissa preceitual aos sábados: 12h / 18h. Aos domingos: 7h / 10h30 / 18h / 20hPARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE LISBOAIgreja de Santo Antônio de Lisboa(Vila São José)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA SÃO PEDRO APÓSTOLOMatriz: São Pedro ApóstoloMissas aos domingos: 8h / 9h30 / 17h18h30 / 20hPARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIAMatriz: Sagrada FamíliaMissas aos domingos: 8h / 10h30 / 17h / 19hPARÓQUIA SANTA LUZIAMatriz: Santa LuziaMissas aos domingos: 10h / 19hPARÓQUIA MENINO JESUSMatriz Imaculado Coração de MariaMissas aos domingos: 8h / 11h / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA MÃE DA IGREJAMatriz: Santuário São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição (Quiririm)Missa preceitual aos sábados: 19hAos domingos: 8h / 18hPARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADEMatriz: Nossa Senhora das GraçasMissas aos domingos: 7h / 9h / 10h30 / 19hPARÓQUIA SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSMatriz: Sagrado Coração de JesusMissa preceitual aos sábados: 17hMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 17h30 19h30PARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOMatriz: São Vicente de PauloMissas aos domingos: 7h / 10h / 17h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BELÉMMatrizMissa aos domingos: 9h / 19h

CAÇAPAVAPARÓQUIA NOSSA SENHORA D’AJUDAMatriz: São João BatistaMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h 18h30PARÓQUIA SANTO ANTONIO DE PÁDUAMatriz: Santuário Santo Antônio de PáduaMissas aos domingos: 7h / 9h / 19hComunidade de São Pedro: Vila BandeiranteMissas aos domingos: 17hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAMatriz: Nossa Senhora da EsperançaMissas aos domingos: 10h / 19hPARÓQUIA SÃO PIO XMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 6h30 / 9h30 / 11h18h / 20hPARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIO Missas aos sábados: 19h e domingos: 9h e 19hPARÓQUIA MENINO JESUSMatriz: Menino JesusMissas aos domingos: 6h30 / 10h / 19h

PARÓQUIA SÃO JOSÉ OPERÁRIOMatriz: São José OperárioMissas aos domingos: 09h / 19h

CAMPOS DO JORDÃOPARÓQUIA SANTA TEREZINHADO MENINO JESUSIgreja Matriz: Santa Terezinha do MeninoJesus (Abernéssia)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITOMatriz: São Benedito (Capivari)Missas aos domingos: 10h30 / 18hJAMBEIROPARÓQUIA NOSSA SENHORA DAS DORESMatriz: Nossa Senhora das DoresMissas aos domingos: 8h0 / 19hNATIVIDADE DA SERRAPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA NATIVIDADEMatriz: Nossa Senhora da Natividade Natividade da SerraMissas aos domingos: 9h30 / 19hPARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOMatriz: Nossa Senhora da Conceição - Natividade da Serra (Bairro Alto)Missas aos domingos: 2º e 4º Domingos do mês: 10hPINDAMONHANGABAPARÓQUIA NOSSA SENHORADO BOM SUCESSOMatriz: Santuário Nossa Senhora do Bom SucessoMissas aos domingos: 7h / 9h / 11h / 18hPARÓQUIA NOSSA SENHORADA ASSUNÇÃOMatriz: São BeneditoMissas aos domingos: 7h / 9h30 / 18h / 19h30Igreja Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos(Cidade Jardim)Missas aos domingos: 8h / 19h30PARÓQUIA NOSSA SENHORADO ROSÁRIO DE FÁTIMAMatriz: Nossa Senhora do Rosário de FátimaMissas aos domingos: 7h30 / 9h / 19hPARÓQUIA SÃO BENEDITO (Moreira César)Matriz: São Benedito (Vila São Benedito)Missas aos domingos: 8hPARÓQUIA SÃO VICENTE DE PAULOIgreja Matriz: São Vicente de Paulo (Moreira César)Missas aos domingos: 7h / 9h / 19h30PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO - Cidade NovaIgreja Matriz: São CristóvãoMissas aos domingos: 7h / 19hPARÓQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO (ARARETAMA)Igreja Matriz: Missas aos domingos: 8h / 19hREDENÇÃO DA SERRAPARÓQUIA SANTA CRUZMatriz: Santa Cruz (Redenção da Serra)Missas aos domingos: 8h / 18h30SÃO LUIZ DO PARAITINGAPARÓQUIA SÃO LUIZ DE TOLOSAMatriz: São Luiz de Tolosa(São Luiz do Paraitinga)Missas aos domingos: 8h / 10h30 / 19hSANTO ANTONIO DO PINHALPARÓQUIA SANTO ANTONIO DO PINHALMatriz: Santo AntônioMissas aos domingos: 8h / 10h / 19hSÃO BENTO DO SAPUCAÍPARÓQUIA SÃO BENTO DO SAPUCAÍMatriz: São BentoMissas aos domingos: 8h / 10h / 18hTREMEMBÉPARÓQUIA SENHOR BOM JESUSMatriz: Basílica do Senhor Bom JesusMissas aos domingos: 7h / 8h30 / 10h /17h 18h30 / 20hIgreja São SebastiãoMissa no Rito Bizantino, às 18hPARÓQUIA SÃO JOSÉMatriz: São José (Jardim Santana)Missa preceitual aos sábados: 18h30. Aos domingos: 7h30 / 10h30 / 19h30

DIOCESE DE TAUBATÉMITRA DIOCESANA DE TAUBATÉ - CNPJ 72.293.509/0001-80Avenida Professor Moreira, nº 327. Centro - Taubaté-SPCEP 12030-070Expediente: De Segunda a Sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.Telefone (12) 3632-2855

Bispo Diocesano: Dom Carmo João Rhoden, scjVigário Geral: Côn. Elair Fonseca Ferreira Ecônomo e Procurardor: Côn. José Luciano Matos SantanaChanceler do Bispado: Mons. Irineu Batista da SilvaCoordenador Diocesano de Pastoral: Pe. Kleber Rodrigues da Silva

Page 20: Jornal O Lábaro - Julho e Agosto de 2012

20 O LÁBAROComunicação a serviço da fé

O ano de 2012 marca o 98° ano da chegada dos Carmelitas Descalços à Diocese de Taubaté. Pelas mãos de Dom Epaminondas Nunes de Ávila e Silva, primeiro bispo de Taubaté, foi confiada aos Teresianos em 1914 a administração da paróquia de São Bento do Sapucaí, onde permaneceram até 1929. Porém, antes de apresentarmos alguns fatos que marcaram a presença dos Carmelitas Descalços nesta localidade, faz-se necessário entendermos a origem da Ordem e o contexto que marca seu retorno ao Brasil em 1911. A Ordem dos Carmelitas Descalços nasceu no século XVl na Espanha. A Congregação descende como ramo renovado da Ordem do Carmo, fundada pelos eremitas do Monte Carmelo no final do século XIII. No Brasil, a primeira fundação do Carmelo Teresiano deu-se em 1665 em Salvador. Possuíram também outras casas e várias missões. No Império, em meio a um cenário marcado por uma política de hostilidade às ordens religiosas tradicionais, a Ordem foi suprimida em 1831 em Pernambuco e em 1840 na Bahia. Somente em

1911 estes retornaram ao país. Neste ano verificaram-se fundações do Carmelo italiano em Minas Gerais, nas paróquias sul-mineiras de Cambuí e de Córrego do B. Jesus. Estes eram provenientes da Província Romana dos Carmelitas Descalços com sede em Roma, província criada em 1597. Segundo a documentação pesquisada, a expansão da missão dos Teresianos para a Diocese de Taubaté deu-se por meio de contatos com os Redentoristas de Aparecida e o Bispo Dom Epaminondas. São Bento do Sapucaí situa-se a 209 quilômetros da capital de São Paulo na Serra da Mantiqueira e tem sua história associada ao bandeirismo. A paróquia foi criada em 3 de fevereiro de 1828 e até o ano de 1908 pertenceu no plano eclesiástico à jurisdição do Bispado de São Paulo. Neste ano, com criação da Diocese de Taubaté, a paróquia passou à jurisdição eclesiástica do novo bispado. Por provisão de 22 de agosto de 1914, frei Mauro foi nomeado vigário da paróquia. Na nova residência instalaram-se também frei Serafino como

superior, frei Gabriel, frei Jerônimo e frei Nazareno, e posteriormente frei Anselmo e frei Felix. Paralelamente à administração da paróquia, o grupo organizou-se segundo a Regra e Constituição, realizando encontros com os freis no Brasil, participando de definitórios na Itália e mantendo rígido controle administrativo da missão. Uma das primeiras atividades à frente da paróquia foi a mobilização da população para a reforma da Matriz. Em 1917 os trabalhos iniciados no ano anterior tiveram como resultado a construção de altares, púlpito, escada, ladrilhamento, aquisição de pinturas, quadros e nova instalação elétrica. Desenvolveram uma atividade pastoral intensa com a realização de visita paroquial anual aos camponeses, benção de capelas, administração de sacramentos e realização de atos religiosos na zona rural bem como a organização de freqüentes Santas Missões, realizadas por padres redentoristas e capuchinhos. Dedicaram-se à organização de associações religiosas nos moldes europeus como a Pia

União das Filhas de Maria e também à ereção da Ordem Terceira do Carmo e a de Santa Teresa. Realizaram relatórios anuais, registro e execução das orientações diocesanas e introduziram a devoção à Nossa Senhora do Carmo na paróquia. Ainda de acordo com os mandamentos diocesanos, combateram algumas práticas do catolicismo popular como as folias e assumiram o controle de antigas irmandades. Também participaram da vida política local, submetendo à Câmara Municipal solicitações diversas referentes à melhoria das condições da paróquia e da missão. Esforçaram-se para construir nesta localidade o primeiro convento no Brasil, fato que não concretizou-se por motivos diversos. Em 1922 deixaram definitivamente o sul de Minas Gerais. Neste período abriram-se novas perspectivas de fundação de casas na cidade do Rio de Janeiro (1920) e na cidade de São Paulo (1923). Permaneceram em São Bento do Sapucaí até 1929 quando em 7 de janeiro deste ano, o padre Pedro do Valle Monteiro recebe provisão de vigário.

A presença dos Carmelitas Descalços na Diocese de Taubaté 1911-1929

DIOCESE DE TAUBATÉ